A Bandeira Nacional no Rito Moderno

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A Bandeira Nacional no Rito Moderno

A presença da Bandeira Nacional é obrigatória em todas as Sessões Maçônicas, sendo considerada a maior autoridade dentro de uma Loja. Nas Sessões públicas, com presença de profanos, é obrigatória a cerimônia da entrada da Bandeira, que será a última a adentrar ao Templo. A Bandeira será recebida por uma Comissão composta de treze Irmãos Mestres, armados de espada, e acompanhada por uma Guarda de honra de três Mestres, também armados de espada (um atrás e os outros ladeando o Porta Bandeira), somente esta Guarda de honra fica fora do templo para depois entrar acompanhando a Bandeira. A Comissão de recepção, tanto para a Bandeira como para Autoridades Maçônicas, não deve sair do Templo. A Comissão de recepção ficará em fila ao lado das colunas, sendo seis ao Norte e sete ao Sul. Os Irmãos permanecerão com a espada na mão direita, ponta para cima e punho colado ao quadril. Enquanto não houver alteração, o dec. 0084 de 19.11.97 deverá ser obedecido. A Bandeira deverá ser portada sempre na vertical, nunca deverá ser abatida para frente. Após sua entrada ficará entre colunas, enquanto for executado o Hino Nacional, que poderá ser de simples execução instrumental, tocando-se a música integralmente, mas sem repetição, ou de execução vocal, quando sempre serão cantadas as duas partes do poema. Durante a execução do Hino Nacional nas Sessões Maçônicas os Irmãos devem permanecer de pé e à ordem, e nas Sessões públicas deverão ficar perfilados, sem colocar a mão sobre o coração, conforme determina a legislação profana que rege o assunto. Após a execução do Hino, que não deve ser aplaudida, o Venerável ordenará que seja levada ao seu pedestal, sempre à direita do Triângulo da Sabedoria. Durante a sua passagem a Comissão deverá abaixar as espadas em sinal de respeito, para frente e para baixo, num ângulo de 45º graus do braço com o corpo, como se ela fosse uma extensão do braço, o Venerável poderá ordenar que se aplauda. Após a passagem da Bandeira todos voltam a posição anterior. Colocada em seu pedestal o Venerável deverá mandar desfazer as Comissões. Quando terminados os Trabalhos, a Bandeira Nacional é a primeira a sair. Antes de sua saída deverá ser ordenada a formação da Comissão e da Guarda, e o Venerável determinará a um Irmão, preferivelmente o Orador, para que faça a saudação à Bandeira. Quem fizer a oração à Bandeira não deverá beijá-la ao final, este ato serve para Estandarte de escola de samba. Após a alocução o Porta Bandeira ficará no centro do Oriente, voltado para o Ocidente, quando se executará o Hino à Bandeira. Seguindo ordem do Venerável, a Bandeira será retirada do Templo, devendo os Irmãos da Comissão se portar de igual forma da entrada da mesma.

Nas Sessões após a entrada do Pavilhão Nacional ninguém mais entra com formalidades. Simbolismo da Bandeira Nacional em Loja do Rito Moderno - Alguns Irmãos perguntam o por quê a Bandeira Nacional do Brasil deva ser referenciada, quando dentro da Loja existem Irmãos de diversas nacionalidades? A Loja não é um Templo Universal, símbolo de todo o Planeta? Com fundamento nos princípios da Universalidade da Maçonaria, evidentemente, estão com parte da razão os que assim pensam. No entanto, é de se observar que nas Constituições de todas as Potências Maçônicas e na nossa particularmente afirma-se: "Condena a exploração do homem, os privilégios e as regalias, ENALTECENDO, porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como O VALOR DEMONSTRADO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS à Ordem, À PÁTRIA e à Humanidade", e mais adiante vemos que o Maçom deve fidelidade e devotamento à Pátria. Ora, o homem que não tem amor pela sua origem, que não ama o solo onde nasceu, não tem devotamento à região em que vive, dificilmente poderá ter amor pelo seu semelhante, pelo seu par, pelo seu próximo, posto que, se não consegue ter amor por aquilo que está perto, por aquilo que está dentro de si, que está ao seu alcance, pelo solo em que pisa, muito menos poderá ter amor por aquele que nunca viu, embora saiba ser seu igual. Por outro lado, o homem que neste amor se radicaliza, que abraça neste seu nacionalismo uma posição xenófoba, jamais poderá ingressar na Ordem Maçônica, pois ainda naqueles mesmos Princípios acima citados nós vemos que além dos serviços que deve prestar à Ordem e à Pátria, se deve também a mesma obrigação para com a Humanidade. Diz ainda que "o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico...", e mais adiante afirma que "considera Irmãos todos os Maçons, quaisquer que sejam, suas raças, nacionalidades, convicções ou crenças". "Globalização econômica" não é universalismo, tanto quanto patriotismo não é xenofobia. Recorrendo ao símbolo da Pátria onde está localizada a Loja, lembramos todas as Pátrias do Universo, recordamos a Pátria de todos os nossos Irmãos. Razão porque consideramos, no mínimo inconvenientes. Irmãos que no momento da Oração à Bandeira se referem à participação dela em guerra contra outras Nações. Lembrai-vos, por fim, que a nossa Pátria, em seu sentido mais amplo, é aquela oriunda do Princípio Criador, e, ela tem por dimensão a Loja Maçônica, do Oriente ao Ocidente, do Norte do Sul. Nossa Pátria não tem limites, não tem fronteira. Saudação à Bandeira - Na Saudação à Bandeira, em Loja do Rito Moderno, o Orador não deve fazer nenhuma alusão a guerras nas quais o Brasil tenha participado, com exceção à luta contra o nazi-fascismo, sem referir às nações que se envolveram no conflito. Entre as diversas saudações que podem ser feitas, e sugeridas pelo Grande Oriente, sugerimos, também, que nas Lojas do Rito se faça a seguinte saudação: ORAÇÃO À BANDEIRA Bandeira do Brasil, nós, Maçons, estamos aqui reunidos para reverenciar-te.

No verde de nossa Mata Atlântica, quase extinta, que devemos preservar, e, por isso nos preocupar com a nossa Amazônia, que precisa desenvolver-se, mas com planejamento, com desenvolvimento auto-sustentável, com a importância e o respeito que ela merece. No verde de nossa agricultura, nosso destino maior, e tão mal amparada. No amarelo do nosso ouro, de nossas riquezas minerais, cada mais ameaçadas de espoliação. De nossa riqueza total, enorme e tão mal distribuída, o que vem degradando cada vez mais nosso povo. No azul de nosso céu, onde brilha um sol eterno, e onde reina nosso símbolo o Cruzeiro do Sul. No azul ameaçado pela poluição, com sua camada de ozônio sendo destruída, trazendo desesperança para as futuras gerações. No branco, que simboliza a Paz, com Ordem e com Progresso, mas também com Justiça Social, porque sem Justiça não sobrevive a Ordem e a Paz. No teu branco que simboliza o Amor, Amor que temos por toda a Humanidade, por todas as nações do mundo. Pois, tu, Bandeira do Brasil, representas em uma Loja Maçônica, não apenas nossa querida Pátria, mas todos os povos da Terra. Nas tuas estrelas, que representam todos os Estados, todos os segmentos que compõem este país continente; que com todas as suas características próprias, nenhum é mais importante que o outro, pois estão unidos num mesmo Ideal. Bandeira do Brasil, lidera-nos, para que seja realidade no planeta o nosso sonho, a nossa utopia: LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.
A Bandeira Nacional no Rito Moderno

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