CB - Método Científico

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Passo-a-passo do Método Científico Um método é entendido como a ordem em que se devem dispor os diferentes processos necessários para se atingir um resultado desejado.

1. OBSERVAÇÃO - QUESTÃO DE PESQUISA (PROBLEMA)

A observação é sempre a etapa inicial de uma pesquisa. É nela que resgatamos o olhar curioso de uma criança. A observação, muitas vezes, pode surgir da leitura de uma notícia, de uma situação cotidiana ou de um problema pelo qual você passou. A observação nos leva à criação do problema da pesquisa. Podemos imaginar também a seguinte situação: sua mãe sai para viajar e pede que você regue as plantas do jardim. Você esquece de regar, e quando sua mãe está prestes a voltar, você passa pelo jardim e percebe que diversos vasos estão com as plantas mortas. Diante disso, a sua observação permite criar a seguinte pergunta: seria a água essencial para garantir a vida de uma planta?

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2. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Depois de encontrar uma questão de pesquisa que deixe você animado e curioso, é preciso fazer uma pesquisa bibliográfica. É a etapa na qual se busca todo conhecimento que já existe nessa área, e que foi construído por outros cientistas. É essencial entender bem o problema da pesquisa e tudo que a ciência já sabe sobre o assunto. Nos projetos que tem por objetivo propor uma solução para um problema real, é nessa etapa que se busca conhecer todas as soluções já propostas, pois isso evita que alguém crie algo que já existe ou resolva um problema que já tem solução. É com base no conhecimento prévio que avançamos, e uma pesquisa bibliográfica bem feita evita que o cientista reinvente a roda ou redescubra a gravidade. Depois de fazer a revisão bibliográfica, cria-se uma hipótese, que deve ser justificada no conhecimento teórico. No próximo capítulo, vamos detalhar mais a fundo como realizar a pesquisa bibliográfica.

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3. HIPÓTESE

A hipótese é a resposta que o cientista espera encontrar ao final de sua pesquisa. Se, após ler muito sobre botânica, você perceber que diversos autores afirmam que toda planta precisa de água, você pode criar a hipótese de que “plantas precisam de água para viver”. As hipóteses podem se mostrar verdadeiras ou falsas, e é preciso partir para a experimentação para responder essa questão. Note que a hipótese responde à pergunta previamente, mas é a experimentação que confere a certeza da veracidade dessa hipótese.

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4. EXPERIMENTAÇÃO

Depois de ter uma hipótese, o cientista estuda métodos já existentes para responder à sua pergunta de pesquisa. Ele pode seguir uma técnica já utilizada ou desenvolver alguma nova. A metodologia deve ser elaborada para responder à hipótese. Se você pretende saber se a água é essencial à vida de uma planta, você poderia pegar vários vasos de plantas iguais, colocar em um local que tivesse iluminação uniforme, e experimentar dar água para algumas, e não dar para outras. As etapas que serão seguidas para validar essa hipótese é a chamada metodologia. Não se faz a experimentação sem antes ter uma metodologia planejada. É preciso definir antes quantas plantas serão utilizadas, em quais condições estarão sendo cultivadas, qual será a espécie escolhida, quanto de água um dos grupos vai receber e quanto tempo vai durar o experimento. Com a metodologia descrita dentro do Plano de Pesquisa, basta colocar a mão na massa e fazer os experimentos necessários. Falaremos mais sobre o Plano de Pesquisa nos próximos capítulos. Copyright © 2016 Cientista Beta. Todos os direitos reservados.

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5. RESULTADOS

Os resultados são obtidos ao analisar os dados coletados na experimentação. É preciso que eles sejam avaliados da forma mais correta possível, para evitar interpretações erradas. Você poderia descrever quantas plantas sobreviveram em cada grupo ao final de seu experimento. Os resultados geralmente são descritos na forma de números, de maneira objetiva. Você poderia dizer que 100% das plantas que receberam água sobreviveram ao final do experimento, enquanto 0% das que não receberam água sobreviveram.

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6. CONCLUSÃO

A conclusão é aquilo que se pode compreender com base nos resultados encontrados. O cientista deve ter criado uma metodologia que permita ter uma conclusão objetiva. Na conclusão, interpretamos os resultados, mas não devemos fazer isso de acordo com a nossa opinião, e sim de acordo com o que podemos afirmar. Na nossa pesquisa sobre a necessidade de água para a vida das plantas, os resultados permitiram concluir que a água foi essencial à vida das plantas testadas. Além disso, poderíamos fazer uma inferência, ao generalizar o resultado e afirmar que é possível que todas as plantas precisem de água para se desenvolver. Porém, isso não é uma garantia, já que não avaliamos “todas as espécies de plantas”. Concluiríamos que a hipótese de pesquisa foi verdadeira, pois a metodologia utilizada permitiu resultados que validam essa afirmação.

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7. PRÓXIMOS PASSOS A ciência sempre tem novas questões a serem respondidas, e dificilmente os resultados esperados são encontrados na primeira tentativa. Afinal, quando iniciamos uma pesquisa, temos ideias e hipóteses e não temos como saber os resultados que virão, já que se pressupõe que a pesquisa sirva justamente para trazer respostas que ainda não temos. Quando o cientista quer resolver um problema, é natural que, ao fazer um projeto de pesquisa, ele obtenha resultados opostos ao que previa em sua hipótese, e volte alguns passos, estude mais o assunto, mude sua metodologia e persista mais uma vez. É assim que se avança.

Contam que Thomas Edison criou a lâmpada elétrica após 10000 tentativas. Quando o método científico não traz uma conclusão desejada, basta voltar atrás e tentar mais uma vez – de preferência, de um novo jeito.

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