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7 DEUS É ONIPRESENTE O peixe voa para encontrar o oceano, a águia mergulha para encontrar o ar…. Pois nele vivemos, nos movemos, e temos o nosso ser... Francis Thompson, “O Reino de Deus” Atos 17: 28
Uma das primeiras coisas que aprendemos no Caminho Infinito é, na quietude e na meditação, desistir da busca por Deus na compreensão de que Eu e o Pai já somos Um, assim como somos ensinados a desistir da busca por suprimento na compreensão de que tudo o que o Pai tem é meu. Uma carta recente de um aluno afirmava que um vizinho havia pedido ajuda e que seu primeiro pensamento tinha sido: “Ah, se eu pudesse apenas conhecer a presença de Deus”, e imediatamente a Voz disse: “Pare de buscar; Deus já está aqui.” Essa sempre deve ser nossa primeira realização sempre que meditamos ou buscamos comunhão com Deus. Sempre que buscamos acesso a Deus, o primeiro pensamento que devemos ter é que Deus já está onde nós estamos. Não devemos tomar a atitude de que Deus é algo distante que devemos buscar. Qualquer crença de que devemos fazer algo, pensar algo, rezar algo, ou mesmo ser bons ou dignos para alcançar Deus, nos separaria de nossa boa experiência. Todos nós nos lembramos das falas de Tennyson: "Mais perto está Ele do que a respiração, e mais perto do que as mãos e os pés" e, portanto, qualquer sentimento de separação de Deus intensificaria os problemas. As palavras do poeta são verdadeiras - Deus está mais perto do que a respiração - e não importa se estamos orando, tratando, comungando ou sendo bons ou dignos. A Onipresença de Deus é um relacionamento Divino que existe desde o início dos tempos e, portanto, nosso trabalho não é buscar a Deus ou tentar encontrá-lo. Nosso trabalho é a contemplação silenciosa da Presença de Deus dentro de nós, e nossa oração é a compreensão de que não há lugar onde possamos nos tornar separados ou apartados de Deus! “Para onde irei eu do teu espírito? ou para onde fugirei da tua Presença? Se eu subir ao céu, tu estás lá: se eu fizer a minha cama no inferno, eis que tu estás lá….* Sim, ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, pois tu estás comigo. ”** (*Salmos 139;7,8) (**Salmos 23;4)
É possível nos encontrarmos em algum tipo de inferno. Pode ser um inferno de pecado ou doença, de carência ou limitação, mas podemos ter certeza disso: estamos tendo essa
experiência apenas porque aceitamos um senso de separação de Deus. O remédio não reside em procurar ou buscar por Deus, mas na silenciosa contemplação de Deus como Onipresente exatamente onde estamos. No meio desse mesmo pecado, doença ou carência, no meio desse perigo aparente, Deus está presente. Muitos ensinamentos religiosos, e mesmo alguns ensinamentos metafísicos, criam a ideia de que por causa do pecado, ou alguma outra circunstância, nos separamos de Deus. Esses ensinamentos criam a crença de que, se apenas pudermos encontrar Deus, ou alguma forma de nos comunicarmos com Deus, nossos problemas podem ser resolvidos. Nada disso é verdade. Há apenas uma Verdade, a Onipresença, e essa Verdade foi revelada, não apenas por milhares de anos antes do Mestre, Cristo Jesus, mas foi tão maravilhosamente revelada por ele, que nós, do mundo ocidental, passamos a aceitá-la como autoridade. Mas mesmo aceitando-a como autoridade na Escritura, negamo-la na nossa própria experiência. No Novo Testamento, lemos sobre um ladrão crucificado por sua ofensa, que foi levado ao paraíso pelo Mestre “neste mesmo dia”; e lemos sobre Maria Madalena, a quem o Mestre perdoou e salvou daqueles que a perseguiam e puniam. Então temos o exemplo ao qual muito poucos de nós pensaram seriamente, ou seja, o Mestre está dizendo que mesmo os publicanos e as meretrizes entrariam no céu antes dos incrédulos. Então, você vê, não há nada que possa separar você do Amor de Deus. Paulo é muito claro sobre isso no oitavo capítulo de Romanos: “Porque eu estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem as coisas do presente, nem as coisas porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo nosso Senhor.”*- nem vida, nem morte, pobreza, pecado, nem fracasso, nada neste mundo ou no próximo, nada pode separar você do Amor de Deus. Não há poder, e nunca houve um poder que possa separar você da Presença de Deus, do Amor de Deus e do Poder de Deus. Mas assim como é possível ter um amigo, um parente ou um pai e negligenciá-lo, renegá-lo ou se afastar dele, privando-nos, assim, de sua companhia, associação e relacionamento, podemos nutrir esse pensamento de separação, privando-nos assim da Presença e do Poder de Deus. Nosso amigo ou parente não nos abandonou: Demos as costas a ele. Deus nunca nos abandonou, mas, nós nos afastamos dessa compreensão da Onipresença. (*Romanos 8: 38,39)
Você encontrará mais um exemplo disso ao estudar o assunto do suprimento de acordo com o ensino do Caminho Infinito. O suprimento parece ser um problema muito difícil para muitas pessoas, mas à Luz do ensino do Novo Testamento, realmente não deveria ser, porque o Mestre deu inúmeras regras positivas de Cristo para a demonstração do suprimento. Na declaração “A todo aquele que tem, será dado” está o mesmo Princípio que tem sido nosso relacionamento com Deus desde o início. Em vez de buscar e orar a Deus, em vez de temer que talvez Deus não ajude, se você reconhecer a Presença e o Poder, a
Onipresença de Deus - mesmo que você possa se encontrar no inferno ou no próprio vale da sombra da morte - você se encontrará habitando no mesmo Espírito que Davi quando disse: “Não temerei mal algum, pois tu estás comigo”. Lembre-se disso - é o reconhecimento e aceitação da Presença de Deus que traz Deus em evidência, manifestação e expressão tangíveis. Desde que Deus é Onipresente, todo bem está exatamente onde estamos. Admitir a falta é privar-nos da abundância que já é nossa e, admitindo a falta, privamo-nos até do pouco que podemos ter à mão. Reconhecer que já temos tudo o que o Pai tem, seja ou não visível ou imediatamente disponível no momento, é reconhecer a verdade de "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que Eu tenho é teu", e isso é o suficiente para permitir-nos imediatamente começar a dar, gastar e servir, e nessa liberação o fluxo do suprimento começaria. Por todos os lados, vemos a demonstração do suprimento na natureza. Veja, por exemplo, um coqueiro. Um dia a árvore está sem cocos, mas em pouco tempo dezenas se desdobram de dentro, e a árvore está pronta para colocá-los em serviço para que mais possam ser produzidos. No entanto, se alguém pendurasse cem cocos em uma árvore, isso não convenceria a árvore de que esse era o seu suprimento, porque esse realmente não é um suprimento. Isso não teria nada a ver com a demonstração da árvore - seria a demonstração de quem tinha os cocos e os pendurou lá. Quando recebemos um cheque, podemos pensar que é uma demonstração do suprimento. O cheque, entretanto, não é nossa demonstração, mas a demonstração daquele que o enviou. Ele é aquele que demonstrou o suprimento ou não poderia tê-lo fornecido. Não importa o quanto recebamos, nunca demonstramos suprimento porque nossa demonstração de suprimento é determinada por quanto damos, quanto se desdobra em nossa própria consciência e quanto é liberado de nosso próprio ser. Muitos que se dizem cristãos aceitaram a visão materialista de que o suprimento está em receber, enquanto o suprimento está em dar. Esta é uma Lei Espiritual, e sua violação é responsável pela carência e limitação que tantas pessoas experimentam. O mesmo princípio também ilustrará a ideia de companheirismo. Muitos acham que não têm companhia alguma, ou pelo menos não têm companhia apropriada ou adequada. Isso, é claro, não poderia ser verdade. Pode ser que no momento eles não tenham companheiros, mas isso pode ser facilmente corrigido no momento em que a natureza do companheirismo for compreendida. O companheirismo não é encontrado em uma pessoa: o companheirismo é uma qualidade do seu próprio ser. Não é algo que você pode obter; é algo que você deve dar e, ao dá-lo, há uma ação reflexa que resulta em receber ou ter de forma tangível. Mesmo se alguém estivesse sozinho em uma ilha desabitada, ele poderia começar a expressar companheirismo, talvez com os pássaros ou as árvores, com o sol e as estrelas, ou mesmo com uma concha do mar. Ele poderia começar alimentando os pássaros e os peixes; ele poderia começar o processo de doação, e mesmo do afastamento daquela ilha estéril, segurança, proteção e resgate seriam alcançados, e isso seria alcançado através
da ideia correta de companheirismo, porque o reconhecimento da companhia seria um reconhecimento da Presença daquilo que não é visto. Qualquer pessoa que acredite que não tem companheirismo, só precisa começar a expressá-lo, encontrando uma maneira de liberá-lo de seu próprio ser, e logo encontrará a companhia adequada. O que entretemos na consciência é o que encontraremos onde quer que formos. Se nutrirmos falta e limitação, encontraremos falta e limitação, mesmo em meio à prosperidade. Durante os anos de depressão, muitos sofreram por acreditar que havia falta. Ao analisar a situação, no entanto, descobrimos que Maine cultivava a mesma quantidade de batatas, Kansas produzia tanto trigo, o Sul tanto algodão e as montanhas abundavam com muitos gados - mas ainda assim as pessoas choravam acerca da falta. Elas estavam aceitando na consciência a crença na falta e, em seguida, demonstrando-a, e ainda assim havia tanta abundância por toda a terra quanto antes. A abundância existe agora, e haverá abundância, mesmo nos dias da próxima chamada depressão, mas essa próxima depressão não chegará perto de sua morada, se apenas você puder começar agora com a compreensão de que demonstrará o que você tem na consciência, nada mais e nada menos. Você não demonstrará algo separado e à parte de seu próprio ser; você não demonstrará algo que está orando para que venha até você. Você deve compreender a Onipresença de Deus e todo o bem onde quer que você esteja, e então, começar a viver a partir disso como se fosse tangivelmente verdadeiro. Comece a viver como se pudesse gastar esse níquel, centavo ou dólar na compreensão de que está abrindo espaço para o desdobramento de mais a partir de dentro. Você começa com a constatação de que Deus é Onipresente. Eu sei que para muitos não há sentimento, nenhuma consciência ou nenhuma sensação da Presença de Deus. Muitas, muitas pessoas no mundo humano estão vivendo como se estivessem completamente desligadas de Deus, como se estivessem vivendo inteiramente por seus próprios esforços. Muitos estão orando pela ajuda de Deus, pelo amor de Deus ou pela presença de Deus, sem saber como encontrá-los, porque estão procurando onde não podem ser encontrados - ao passo que isso poderia ser facilmente realizado pela contemplação silenciosa e pacífica da Grande Verdade do Mestre. "O Reino de Deus está dentro de vós." O Reino de Deus pode ser encontrado através da meditação e oração. Existem dois estágios de meditação, cada um servindo a um propósito distinto. O homem normal ou natural vive inteiramente no exterior - trabalhando e brincando física e mentalmente. Suas leis são legais, físicas e mentais. Sua instrução e conhecimento vêm principalmente de pessoas ou livros. Em algum período de sua vida, no entanto, um interesse por Deus é despertado e ele se pega ponderando sobre o significado desta declaração: “O Reino de Deus está dentro de vós”. Esta é, então, a sua primeira meditação. Você pode o seguir conforme ele primeiro percebe que um reino é um reino no qual um rei vive, governa, direciona, dirige e protege? Ah, então, se o Reino de Deus está dentro de mim - então o governo de Deus, a lei de Deus, a ordem e a sabedoria devem emanar de
dentro de mim. Ele se lembra agora das palavras do Mestre, "Eu não posso fazer nada por mim mesmo ... o Pai que habita em mim, ele faz as obras." Essa ponderação, reflexão e meditação revelam que o Poder de Deus também vem de dentro, e silenciosamente vem o lembrete: "Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou" e, portanto, sabedoria, orientação e lei devem sempre se desdobrar de dentro. Todo um novo mundo se abriu para esse estudante - o Reino de Deus dentro dele mesmo. À medida que esta meditação se torna uma experiência diária - duas, três e quatro vezes por dia - ocorre uma expansão da consciência, e à medida que mais e mais deste armazém infinito de Sabedoria, Lei e Poder é revelado, ele aprende a depender menos e menos de formas externas de força, poder, lei e conhecimento. Por fim, surge na consciência a tremenda experiência de compreensão de que, uma vez que o Reino de Deus está dentro, e o Rei, Deus, está sempre dentro de Seu Reino, a transmissão direta de Sabedoria, Direção, Lei e Poder pode vir de dentro; e ele se lembra das palavras do jovem Samuel: “Fala, Senhor; porque o teu servo ouve. ”* A consciência então torna-se um estado de percepção, sintonizado com o Reino interior - o interior profundo - e gradualmente o estudante torna-se conscientemente ciente da orientação, direção e sabedoria interna. Este é o ponto culminante do primeiro estágio da meditação em que o estudante recebe segurança, confiança, cura e iluminação de dentro de seu próprio ser sempre que medita. (*l Samuel 3;10)
O segundo estágio da meditação se desdobra rapidamente. Aqui o estudante realiza uma sintonia quase contínua em seu interior, seja trabalhando, brincando ou dormindo. O ouvido interno está sempre alerta. Sempre existe um estado de receptividade e, em qualquer momento, e finalmente a cada momento, ele vive sob o Governo Divino, o Reino do Espírito tocando completamente todas as facetas de sua existência. Agora não há mais acasos ou acidentes, não há mais dúvidas ou derrotas, porque a Alma envolveu seu ser de tal maneira que nenhuma outra força ou poder pode ser encontrado. Nesse ponto, o estudante percebe: “Eu vivo; porém, não eu, mas Cristo vive em mim.* (*Gálatas 2;20)
Sabendo que vocês são cristãos, eu não estaria escrevendo essas coisas se não houvesse autoridade para elas nos ensinamentos do Mestre. O Mestre nunca disse a seu povo nada que não pudesse ser verificado nas Escrituras Hebraicas, porque ele sabia que seria inaceitável para eles e eles não seriam capazes de compreendê-lo. Todos os ensinamentos de Jesus podem ser encontrados no Antigo Testamento, repetidos nas mesmas palavras ou semelhantes no que chamamos de Novo Testamento. Os dois grandes mandamentos, "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente" e "Amarás o teu próximo como a ti mesmo",¹ que eram os mais importantes para o Mestre, foram ambos tirados das Escrituras Hebraicas. Ele também disse a seus seguidores:
“Não penseis que Eu vim destruir a lei ou os profetas: não vim para destruir, mas para cumprir”.² (¹Lucas 10;27) (²Mateus 5;17)
Nada na mensagem do Caminho Infinito é radical ou extremo, visto que tem suas raízes na Bíblia. Não há nada de radical ou surpreendente em admitir que você não precisa buscar a Deus ou orar para que Deus venha até você ou o ajude, mas que você só precisa reconhecer a Presença e o Poder do Pai interior. O Reino de Deus está dentro de vós - o Pai dentro de mim, Ele faz as obras - seu Pai e meu Pai. Então, ao invés de procurar, buscar e orar a Deus, vá para um canto calmo e pacífico, desista da busca e faça o reconhecimento: “Aqui e agora, o Reino de Deus está dentro de mim. Tenho toda a autoridade de que preciso; o Reino de Deus está dentro de mim, e meu Pai Celestial sabe das coisas que preciso e Ele tem o prazer de dar-me o Reino ”. Neste entendimento, você não precisa demonstrar suprimento, companheirismo, lar ou saúde, mas sair e começar a gastar - dinheiro, tempo, serviço, amor ou perdão. Gastar tem mais conotações do que apenas comprar um chapéu novo, uma sacola de mantimentos, um carro ou uma casa. Gastamos com a abundância e a infinidade de nosso ser quando damos amor a alguém, quando damos perdão ou um pouco de alegria. Um grande poeta maometano, Moslih Edden Saadi, escreveu: Se de teus bens mortais tu fores privado E de teu estoque esguio só restarem dois pães Venda um, e com a esmola Compre jacintos para alimentar tua alma.
Não parece estranho que de dois centavos um seja gasto em algo aparentemente tão inútil como uma flor? Se temos apenas um dólar, compremos nosso pão, mas também gastemos um pouco para enriquecer a alma. Vamos nos gastar, pois esse é o verdadeiro gasto - muito mais do que quando gastamos nossos bens. Tomando isso do ponto de vista de Deus ou do suprimento, encontramos o mesmo Princípio, e esse Princípio é a Onipresença. Quando consideramos o assunto da saúde, descobrimos que não podemos orar para que Deus nos dê saúde. Realmente não funciona, exceto aqui e ali sob grande tensão emocional; portanto, orar pela saúde nem sempre é uma prática confiável ou bemsucedida. Quando dizemos que curamos pela oração, queremos dizer algo muito diferente do que orar por saúde, e o que queremos dizer é o seguinte: Como Deus está sempre presente onde estamos, a saúde deve estar sempre presente, pois tudo o que o Pai tem está bem aqui onde estamos, e se Deus é saúde, temos saúde. Portanto, novamente, nosso trabalho não é alcançar ou orar pela saúde, mas a realização da saúde que já está em nosso meio. “Filho ... tudo o que Eu tenho é teu”, e isso incluiria saúde, força e paz.
Onde está o Cristo? Onde está o Mestre? Aqui - não em um crucifixo! Agora - não há dois mil anos atrás, não morto e ido para o céu, não esperando em algum lugar para voltar novamente! Não, não, não! O Cristo está dentro de você. O Cristo é a Atividade de Deus em você; o Cristo é o Amor de Deus em você; o Cristo é o Espírito de Deus em você; o Cristo é a Verdade de Deus em você - dentro de sua própria consciência. Constitui sua filiação divina. Portanto, se você quer Minha Paz, a Paz do Cristo, volte-se para dentro e deixe-a ser dada a você de dentro. O Cristo te dá Minha Paz, livramento dos problemas, das discórdias e das desarmonias do mundo, e tudo vem de dentro do seu próprio ser. Isso nos leva a uma parte muito importante de todo esse assunto. Visto que o Reino, a Totalidade de Deus, está dentro de você, é necessário que você o compartilhe, e aqui você aprenderá por que é mais abençoado dar do que receber. Voltamos novamente ao capítulo quinze de João, onde encontramos aquelas passagens que dizem que você é o ramo, Eu sou a videira e o Pai é o lavrador. À medida que você aprende a buscar em si mesmo suprimento, amor, companheirismo, lar e saúde, você descobrirá que existe uma Presença invisível dentro de você chamada de Filho de Deus, ou Cristo. É sua filiação divina, seu relacionamento divino com Deus; É o seu elo de conexão com Deus, e de Deus atrai a você tudo o que é necessário para sua realização. Por isso, Ele disse: “Eu vim. Eu sou a Videira - a Videira, sua filiação divina interior, que veio para que você pudesse ter vida, e para que você pudesse tê-la em abundância.” Pense na confusão que fizemos da vida olhando para fora para amigos e parentes, maridos e esposas, comunidades, governos e nações, esperando algo deles, quando todo esse tempo a Videira, Eu dentro de você, sua filiação divina, está aí com o propósito específico de lhe dar vida, e vida com mais abundância. Em cada caso de necessidade aparente, aprendemos a nos voltar para o Cristo, a Presença invisível, percebendo que sua função é nos dar vida abundante. Ele, recorrendo ao Pai, nos cumpre com tudo o que é necessário. Assim como uma lei da natureza atrai para a árvore da terra circundante tudo o que é necessário para o seu desenvolvimento da árvore, o Cristo atrai para nós, da divindade, tudo o que é necessário para o nosso cumprimento. Essa é a primeira, mas a menor parte da nossa demonstração. Agora vem a parte realmente importante, quando trazemos essa Verdade do Cristo à vitalidade, manifestação e expressão. Temos recebido essa Verdade de nossa filiação, da Onipresença de Deus e de todo o bem, e estamos cheios dela. Agora chegou a hora em que devemos começar a gastála, usá-la e expressá-la. Ao sairmos para o mundo, desistimos de nossa individualidade como um ramo e nos aceitamos como a videira. Reconhecemos todos que encontramos como um ramo, todos os membros de uma família, a casa de Deus, todos um em Cristo Jesus. Nesse momento, começamos a deixar essa verdade, que nos preenche, fluir para fora em expressão. Quando observamos pessoas em qualquer grau de humanidade, boas ou más, ricas ou pobres, doentes ou sãs, imediatamente percebemos a Verdade Espiritual de sua natureza,
percebemos que nelas está esta mesma Videira Invisível, este mesmo Cristo, e que sua função neles é para que possam ter vida e que possam tê-la com mais abundância. Se os vermos em carências físicas, financeiras ou morais, silenciosamente conhecemos esta verdade: "Bem no meio deles está a Presença de Deus; no meio deles está o Reino de Deus; no meio deles está o Cristo, ou Filho Divino, sempre atraindo para a eles tudo o que é necessário para seu enriquecimento, felicidade, alegria, paz, poder e domínio." Ao vivermos em nossas casas, em nossa comunidade e em nossa nação, torna-se necessário que sejamos a videira - não abertamente ou externamente, mas silenciosamente. O que é sussurrado em silêncio, será gritado dos telhados, só que não faremos os gritos. Deve ser gritado, mostrado como demonstração. Não seremos chamados a expressar a verdade, exceto quando alguém pedir especificamente por isso. Não sairemos para fazer proselitismo ou reformar o mundo. Não sairemos para ensinar ao mundo a verdade cristã, mas sairemos como parte de um underground espiritual. Em segredo e em sigilo, perceberemos que esta Verdade, que extraímos das Escrituras, é a Verdade sobre nosso próximo e nosso inimigo. Ame o seu próximo como a si mesmo, ame o seu inimigo ore pelo seu inimigo, por aqueles que o perseguem, odeiam e abusam de você. Silenciosamente e secretamente dentro de você, expresse esta Verdade sobre o seu vizinho, seja ele amigo ou inimigo, longe ou perto. Essa manifestação é o reconhecimento de que você tem a Verdade, e porque você está reconhecendo que a possui e está disposto a compartilhá-la, mais será adicionado a você. Lembre-se de que, como indivíduo, você é um ramo e tem dentro de você esta filiação divina que atrai para você tudo o que você precisa. Em seu relacionamento com o mundo, você agora se torna a videira, e é você quem está extraindo a Verdade de Deus e deixandoa fluir de você para seus vizinhos, sejam eles homens, mulheres ou crianças, animais, plantas ou minerais. Fale esta Palavra da Verdade ao seu vizinho. Observe o milagre que ocorre em seu jardim ao perceber que ele também é um galho da mesma árvore e que esse mesmo Cristo, essa mesma filiação espiritual, está alimentando cada planta e cada folha de grama. Nosso Mestre nos diz: “O homem não viverá só por pão, mas por toda palavra que sai da boca de Deus”, e assim é com nossas colheitas, nossos animais de estimação e nosso gado. Eles também vivem por cada Palavra de Deus, e podemos obter maior produtividade, expressando silenciosamente a Verdade de que eles não são alimentados apenas por fertilizantes, grama ou aveia, mas por cada Palavra da Verdade. Na verdade, vi em demonstração um rebanho de vacas leiteiras aumentar sua produção de leite em vinte e cinco por cento simplesmente por meio da realização espiritual. Também não esgotou as vacas, porque não veio delas, veio através delas. Elas não estavam sendo alimentadas apenas com forragem, mas por cada Palavra que saia da boca de Deus.
Todos que estão familiarizados com cavalos sabem que o cavalo árabe é uma das melhores raças, mas muito poucos sabem por que isso é verdade, e que até hoje, quando uma égua está no potro, um homem lê para ela o Alcorão, a Bíblia maometana. Essa é a razão da qualidade superior do cavalo árabe. Não é que sua comida ou clima sejam mais favoráveis, mas que eles estão sendo alimentados, não apenas com pão, mas com a Palavra da Verdade. O Amor e a Verdade da Sabedoria Espiritual que são transmitidos do Alcorão, o que realmente significa da consciência espiritual do leitor, alimenta, acalma e silencia a égua, permitindo que ela seja totalmente produtiva na saúde, na força e no bem- estar. Vimos em nossas próprias experiências que uma mãe que dedica parte de cada dia à leitura da Bíblia e de outra sabedoria espiritual enquanto carrega seu filho, descobre que ela tem um tempo de gestação mais fácil; a criança tem mais facilidade; e aí se desenvolve um forte e belo vínculo de amor e compreensão entre eles. Observe o milagre quando você introduz a Palavra de Deus na consciência humana, na consciência da criança e mesmo na consciência animal, vegetal e mineral. Observe os resultados maravilhosos que se seguem. É literalmente verdade que é muito melhor ter um pão e um jacinto do que dois pães. É muito melhor ter uma refeição e um livro de Verdade Espiritual do que duas refeições. Observe isso, porque é uma revelação de que o Reino de Deus está dentro de você, e você não pode fazer isso; você só pode entrar na realização. Nenhum homem ou mulher espiritual que já expressou ou escreveu o que descobriu disse a não ser que o Reino de Deus está dentro e que, através da meditação, ele é descoberto lá e levado à realização interior. Ninguém ainda encontrou Deus em uma montanha ou em um templo, ou em um país distante. Não, não, não! Muitos encontraram, escreveram ou falaram sobre Deus, mas Deus, em si, sempre foi encontrado dentro de nosso próprio ser.