Evangelismo - EDD

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Evangelismo

Evangelismo Há certas coisas que enfrentam muita resistência; há uma verdadeira batalha espiritual. Uma delas é que não há como falarmos de expansão do reino de Deus sem falarmos em ganhar vidas. Há críticas porque somos defensores do crescimento, às vezes as críticas ocorrem até no meio da igreja, muito embora número seja algo, realmente, fundamental. Jesus não morreu por causa de meia dúzia, mas sim por causa de uma multidão (diz João) e de um número tão grande que nem pode ser contado. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Mateus 28:19 Essa é a ordem do Senhor Jesus para cada um de nós. Não foi só para aqueles doze apóstolos. O senhor nos mandou ir e fazer discípulos. Naturalmente, nosso trabalho não é só evangelizar. Fazer discípulos envolve ganhar, consolidar, edificar, treinar e enviar. O fazer discípulos é um processo completo, mas ganhar é a primeira parte. 1. Porque os membros não evangelizam 1.1. Não foram treinados A primeira e principal razão porque não evangelizamos é porque não fomos treinados para isso. Não sabemos realmente o que dizer e como proceder. As tentativas mal sucedidas do passado servem, ainda, de um grande bloqueio. 1.2. Por causa de timidez e medo Muitos são demasiadamente tímidos e entram em pânico somente com a ideia de terem que abordar alguém, mesmo que seja conhecido. Timidez é uma postura retraída de muitas pessoas que têm dificuldade de estabelecer contato ou de conversar com quem nunca viram antes. O medo tem origem no desconhecimento por nunca ter feito antes. Porém, uma vez que seu discípulo o acompanhe e pratique juntamente com você, é provável que a timidez e o medo desapareçam.

1.3. Por causa de falsos conceitos Qual a primeira ideia que vem na mente de um crente quando lhe falamos sobre evangelismo? Alguns pensam na situação desagradável de ter de ficar de pé numa praça gritando para pessoas desinteressadas. Outros se angustiam com a ideia de que devem bater à porta de um desconhecido para entregar um folheto. A maioria associa o evangelismo a algo desagradável, inconveniente e embaraçoso. Podemos fazer cada uma dessas coisas, mas não temos necessariamente de fazê-las. Não podemos levar a igreja a evangelizar se não a instruirmos quanto a esses conceitos exagerados. 1.4. Não possuem o dom de evangelista Esse é certamente o principal equívoco, a ideia de que somente aqueles que possuem o dom de evangelista podem realmente evangelizar com sucesso. Creio que a visão departamental da Igreja tem contribuído para que a maioria dos crentes se sintam eximidos de pregar por causa desse pensamento. É claro que o evangelista também evangeliza. É evidente que quem tem esse ministério é mais eficiente e o faz com mais desenvoltura, afinal receberam uma graça para isso. Mas a principal tarefa dele é se multiplicar, é treinar e inspirar os demais irmãos ao evangelismo. 1.5.Por se julgarem desqualificados Existe uma mentira maligna que nos faz escravos de uma cobrança de que temos que possuir um alto grau de santidade para podermos evangelizar. A ideia de que o testemunho é mais importante que as palavras, têm levado as pessoas ao extremo da omissão. “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” Romanos 10.14-15

A bíblia diz que as pessoas só vão crer se houver quem pregue, porque a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. A ordem que Paulo estabelece é muito clara: só invocarão se crerem, só crerão se ouvirem, só ouvirão se alguém pregar, só haverá quem pregue se forem enviados. Logo, precisamos ser enviados para pregarmos, e isso já é uma realidade, pois Jesus Cristo enviou a sua igreja para pregar o evangelho à toda criatura (Mc 16.15); se fomos enviados, devemos pregar; se pregarmos pessoas ouvirão; se ouvirem, crerão; se crerem, invocarão e serão salvas. Por melhor que seja o seu testemunho, as pessoas só serão salvas se ouvirem a mensagem do evangelho e crerem nele. Por isso, você deve pregar. 1.6.

Não têm mais amizade com incrédulos

A igreja tem confundido separação com isolamento. Muitos crentes já não possuem amigos incrédulos depois de alguns nos de conversão. Separar é a estratégia de Deus para a nossa santificação, mas isolamento é a estratégia do diabo para impedir que influenciemos. O barco deve estar no mar, mas o mar não pode estar nele. Isso é separação. Um barco que nunca sai da areia da praia, está isolado e fora do seu propósito. Deus deseja a nossa separação para a santificação e isso envolve a não influência dos nossos amigos ímpios sobre nossas vidas. Porém, esse elo de amizade não deve ser quebrado, pois, afinal, o nosso desejo é levar cada um ao conhecimento de Cristo. 1.7. Porque não possuem encargo Encargo é algo que nós transferimos por meio de nosso exemplo, ministração e paixão. Se falta encargo na célula pelo evangelismo, o líder deve falar mais sobre isso, a célula deve orar mais e pedir a Deus que derrame ainda mais encargo sobre cada um. Cremos que o encargo é despertado pela oração. 1.8. Porque têm vergonha do Evangelho “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” Romanos 1:16

Se não confessarmos o Senhor hoje, ele não nos confessará naquele dia diante do Pai. Não podemos ter vergonha do evangelho, pois ele é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Como eu creio no Senhor para minha salvação, mas tenho vergonha de falar dEle para as pessoas? Isso demonstra uma tremenda incoerência e toda incoerência prova que um dos fatos é falso. Nesse caso, a pessoa não nasceu de novo ou a sua vergonha de pregar o evangelho é uma timidez que precisa ser quebrada. 2. Motivações para o Evangelismo A maioria das pessoas possui verdadeiro terror diante do desafio de evangelizar. Ele desperta sentimentos de medo, insegurança, pressão e culpa. Para a maioria de nós, evangelizar é apenas uma obrigação bíblica desagradável motivada por um sentimento de culpa: afinal se eu não evangelizar, Deus vai requerer de mim o sangue deles. O evangelismo como Deus planejou nunca é motivado pela culpa, é uma reação natural de um coração cheio de Deus. “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” Lucas 6.45 O evangelismo autêntico respeita as características relacionadas ao nosso temperamento e personalidade e, também, nos enche de segurança e não de terror. A nossa mentalidade deve ser a de se preocupar com as pessoas e de valorizá-las. Deus ama o perdido. Jesus prova isso em Lucas 15 ao nos contar três parábolas que refletem a importância do perdido para Deus. Vejamos, então, qual deve ser a nossa postura e motivação correta para o evangelismo: 2.1. Nós temos algo que os outros não têm e podemos compartilhar 2Reis capítulos 6 e 7 conta a história do cerco à Samaria. Devido à cidade estar cercada pelo exército do Rei da Síria, Ben-Hadade, o povo experimentou tamanha fome que chegaram ao ponto do canibalismo. Condenados a morrer como os demais, quatro leprosos disseram entre eles: Se nos deixarem viver, viveremos; se nos

matarem, tão somente morreremos (2Rs 7.4). Os leprosos foram e acharam o arraial dos Sírios abandonado e então se banquetearam e tomaram das melhores roupas, porque o Senhor havia afugentado o exército sírio. Diante disso qual foi a atitude deles: foram e contaram para o resto da cidade. Como aqueles leprosos, nós temos muito para contar daquilo que Deus tem nos feito. Não precisamos pregar a Bíblia, apenas compartilhar da obra de Deus em nossas vidas. Infelizmente, isso tem sido roubado de nós, porque o diabo tem enganado a muitos, convencendo-os de que são pobres e miseráveis que não tem benção alguma para compartilhar. Faça uma análise da sua vida e você perceberá o quanto é abençoado, o quanto Deus escolheu derramar sobre você graça e favor. Será que tudo isso não deve ser compartilhado? Seu testemunho pode abençoar muitas pessoas. 2.2. Nós somos representantes de Deus “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” Por incrível que pareça, Deus escolhe pessoas comuns como eu e você para serem seus porta-vozes. Cada um de nós têm características ligadas às nossas aptidões, talentos, personalidade, idade, mensagem. Por isso, Deus deseja usar cada um de nós em áreas específicas, com pessoas de nichos específicos, de acordo com nossas características. Somos agentes da paz e da reconciliação. Paulo diz que somos ministros da reconciliação (2Co 5.18-20), mas a chave para desempenhar essa função é o enchimento com o Espírito Santo. É o poder de Deus que nos torna suas testemunhas. Logo, não é na força do nosso braço, mas na força e no poder do Espírito Santo que podemos ser suas testemunhas. 2.3. Nós precisamos alertar as pessoas acerca da realidade do inferno É algo inquietante, mas verdadeiro: o inferno existe e muitas pessoas estão indo para lá. O inferno foi um dos principais temas abordados por Jesus (Lc 16.19-31). Precisamos gastar cada vez mais tempo, dinheiro e energia para alcançar os de fora. Quando percebemos a realidade inescapável de

que há um inferno, adquiriremos a mentalidade do tipo: fazer o possível e o impossível para que uma alma seja salva. Vejamos alguns textos bíblicos que apresentam a realidade do inferno: “Para o sábio há o caminho da vida que o leva para cima, a fim de evitar o inferno, embaixo” Provérbios 15.24 “Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” Provérbios 23.14 “Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição? Meus olhos não veem em mim arrependimento algum” Oséias 13.14 “Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo” Mateus 5.22 “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lançaa de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno”

Mateus 5.29-30 “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” Mateus 10.28 “Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje”

Mateus 11.23 “Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo” Mateus 18.9 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” Mateus 23.15 “Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” Mateus 23.33 “No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio” Lucas 16.19-31 “Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo.” 2Pedro 2.4 “E aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”

Apocalipse 1.18

“E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra”

Apocalipse 6.8

“Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo”

Apocalipse 20.10-15

2.1. Há uma recompensa para nós quando evangelizamos “Portanto, meus irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo, firmes no Senhor”

Filipenses 4.1 “Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não sois vós?” 1Tessalonicenses 2.19 Somos recompensados quando conduzimos alguém a Cristo. Essa recompensa é uma realidade, pois aqueles que alcançamos; cada discípulo que geramos se tornam a nossa coroa, o nosso galardão. Além disso, nos alegramos sobremaneira em gerar um filho espiritual e essa alegria é compartilhada pelos anjos. “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” Lucas 15.7 2.5 Nós prestaremos constas diante de Deus se não pregarmos Se formos fiéis, teremos a recompensa, mas se formos negligentes, seremos punidos diante do Senhor. Apesar da nossa principal motivação não ser essa, precisamos ter clareza disso. Como saber a verdade e não revelar? Como ver o outro caminhando para o abismo e não advertir? Como ter um depósito e não compartilhar? Como conhecer um remédio e guarda-lo apenas para si? Todas essas situações são passíveis de juízo diante de Deus. “Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte. Quando eu disser ao perverso: Certamente, morrerás, e tu não o avisares e nada disseres para

o advertir do seu mau caminho, para lhe salvar a vida, esse perverso morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Mas, se avisares o perverso, e ele não se converter da sua maldade e do seu caminho perverso, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu salvaste a tua alma. Também quando o justo se desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; visto que não o avisaste, no seu pecado morrerá, e suas justiças que praticara não serão lembradas, mas o seu sangue da tua mão o requererei. No entanto, se tu avisares o justo, para que não peque, e ele não pecar, certamente, viverá, porque foi avisado; e tu salvaste a tua alma” Ezequiel 3.17-21 3. Estilos de evangelismo Muitos quando pensam em evangelismo, pensam m alguém berrando em alguma esquina, falando freneticamente sobre o fogo do inferno, esmurrando uma Bíblia e parecendo simplesmente irritante ao incrédulo. Muitos crentes sinceros descartam o evangelismo porque não se sentem à vontade num estilo assim. Mas, seria esse o único modelo de evangelismo? Existem tantos estilos de evangelismo, quanto há evangelistas. Para um mundo tão variado como o nosso com diferentes culturas, personalidade, posição social, escolaridade, Deus preparou também um exército de evangelistas com diferentes estilos. Para cada um de nós, há um modelo que se adapta perfeitamente à nossa personalidade. Sem dúvidas, precisamos de poder, unção, oração, santidade e dependência de Deus. Todavia, podemos fazer tudo isso respeitando nossas características pessoais, descobrindo o prazer que existe em apresentar o plano de redenção a uma pessoa, sendo um cooperador de Deus nessa colheita e, consequentemente, gerar muitos filhos para o Senhor. 3.1. O método de confrontação de Pedro “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Ouvindo eles estas coisas, compungiuse-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu- lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja

batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” Atos 2.36-38 Esse é o estilo de Pedro. Na sua primeira pregação, ele confrontou os judeus dizendo que foram eles quem crucificaram o Senhor Jesus. Pedro era um homem de ação: era sempre o primeiro a falar, se mover e reagir. Foi ele quem andou sobre a água, foi ele quem decepou a orelha do soldado no Getsêmani. Era impetuoso e, por conta disso, agia impulsivamente. No início o Senhor Jesus tratou o seu temperamento, mas depois que ele foi equilibrado, sua marca de impetuosidade foi poderosa para conversão de centenas de judeus. 3.1. O método intelectual de Paulo “Porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio” Atos 17.23 Esse era o estilo normalmente usado por Paulo. Ele era muito culto, extremamente inteligente e capaz de arrumar argumentos irrefutáveis. Certa vez, em Atenas, ele engenhosamente usou o altar ao deus desconhecido como forma de apresentar o evangelho. Algumas pessoas precisam de uma apresentação do evangelho mais persuasiva e acadêmica, por serem bons retóricos. “Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio. Alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres” Atos 17.2-4 3.2. O método do testemunho do cego Esse é o estilo do cego que foi curado por Jesus: “quem ele era eu não sei, só sei que era cego e agora vejo” (Jo 9.25). Esse tipo de evangelista não confronta e nem intelectualiza. Ele apena conta a história daquilo que

Deus fez em sua vida. Seria bom se cada crente escrevesse o seu testemunho para se familiarizar com ele, de forma a apresentá-lo com clareza e objetividade. 3.3. O método do Compartilhamento da fé do gadareno “Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe oquefora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” Marcos 5.18-19 Em Marcos 5.1-20 lemos a história do endemoninhado gadareno. Depois que ele foi liberto, implorou a Jesus para seguir com ele, mas o Senhor mandou que ele fosse para casa e testemunhasse para a sua própria família a sua transformação. A maioria de nós não consegue abordar um desconhecido para apresentar um testemunho, mas podemos focar em nossos parentes com oração e jejum e depois apresentar-lhes como o amor de Deus tem mudado a nossa vida. 3.1. O método interpessoal de Mateus Mateus era um coletor de impostos e como tal, possuía inúmeros amigos. Ele certamente era um homem muito próspero. Depois de aceitar o convite para ser discípulo de Jesus, ele resolveu fazer todo o possível para atrair seus amigos. Assim, vemos em Lucas 5.29 que ele organizou uma grande festa para todos os seus colegas, coletores de impostos, colocando-os em contato com Jesus. Mateus não os confrontou nem os desafiou intelectualmente, ele apenas desenvolveu a amizade entre eles. Convidou-os para ir a sua casa, pois seu objetivo era influencia-los. 3.4. O método do convite da mulher samaritana “Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?! Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele” João 4.28-30 Em João 4 temos a história da mulher samaritana. Depois de encontrar o

Senhor, ela foi até a cidade e convidou as pessoas para virem também conhecê-LO. A samaritana foi uma evangelista de convite. Muitos não são confrontativos, nem intelectuais, também não possuem um testemunho para contar, nem são particularmente amigáveis, Elas podem, entretanto, convidar pessoas para participarem da célula, do Resgate, dos cultos. Esses são aqueles que tem uma habilidade mobilizadora. 3.1. O método do serviço de Dorcas “Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, nome este que, traduzido, quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia” Atos 9.36 Dorcas era uma evangelista de serviço. Em Atos 9 lemos a respeito de seus atos de bondade. Ela costurava roupas para os pobres e as distribuía em nome de Jesus. É provável que ela nunca tenha pregado um sermão como Paulo ou Pedro, talvez nem tenha tido um testemunho para contar. Contudo, através de seus atos de bondade, atraiu muitos a Cristo. O que podemos perceber em cada um desses métodos, é que não existe desculpa, independentemente, das suas características pessoais, Deus deseja te usar de alguma forma para ser testemunha da Sua obra. Deus tem colocado pessoas em seu caminho com o objetivo de que você seja o canal para que o evangelho chegue até elas. 4. Como dar Testemunho Quando o Senhor Jesus encontrou com a mulher samaritana (João 4), ele demonstrou de maneira prática a forma mais eficiente de fazermos o evangelismo pessoal. Vamos ver sete passos de como dar o nosso testemunho de maneira eficiente. 4.1. Faça contato com pessoas de fora “Quando, pois, o Senhor veio a saber queos fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João (se bem que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos), deixou a Judéia, retirandose outra vez para a Galiléia. E era- lhe necessário atravessar a província

de Samaria. Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta”

João 4.1-6

Um dos motivos básicos de nossa ausência de frutos no evangelismo é porque não temos nenhum contato com não crentes. Jesus foi chamado de amigo de publicanos e pecadores. Estatísticas já nos provaram que a melhor forma de evangelizarmos alguém é desenvolvendo relacionamento com essas pessoas. “Passadas estas coisas, saindo, viu um publicano, chamado Levi, assentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e, deixando tudo, o seguiu. Então, lhe ofereceu Levi um grande banquete em sua casa; e numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa. Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento” Lucas 5.27-32 Como já tratamos neste capítulo, não podemos nos isolar do mundo. A nossa separação do mundo é fundamental para o desenvolvimento da nossa santidade, mas o nosso isolamento das pessoas é prejudicial ao nosso desenvolvimento ministerial. Se não nos relacionamos com nenhum perdido, como conseguiremos reconciliá- lo? Relacione-se com os perdidos de forma intencional, sempre orando por cada um deles e crendo na salvação de cada um. 4.2. Estabeleça um ponto de interesse comum “Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.” João 4.7 Se fôssemos Jesus, talvez teríamos ido direto ao ponto dizendo: “por

acaso você sabe quem eu sou?” Mas Jesus não fez isso, antes Ele procurou um ponto de contato para estabelecer a conversa com ela. Esse ponto de contato era algo em que ela estava interessada e que o texto nos revela como sendo a água do poço. Lembre-se: O assunto que mais interessa as pessoas é falar sobre si. - Descubra os seus hobbies. Use o que o outro está fazendo no momento, como início de conversa. - Não existe nada mais atraente que um elogio. 4.3. Desperte o interesse “Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.” João 4.9-15 O Senhor Jesus despertou interesse na mulherdeduas formas. A primeira, pelo fato de ir até ela demonstrando seu interesse e buscando assunto. É interessante analisar todo o contexto histórico e cultural da época. Dificilmente, Jesus, nas condições culturais do seu tempo, conversaria com aquela mulher; primeiro porque Ele era homem e ela era mulher; segundo porque Ele era judeu e ela samaritana, povos que eram inimigos. Por fim, Jesus era um rabino e aquela mulher era licenciosa. Jesus quebra todos estes paradigmas culturais para mostrar o quanto ela era valiosa para Deus. A mulher se surpreendeu com a atitude de Jesus e isso chamou a sua atenção. Precisamos entender que a nossa vida tem de ser como o

sal que desperta sede nas pessoas ao nosso redor. A nossa paz interior e a serenidade diante das situações difíceis; a nossa santidade e o nosso contentamento com aquilo que temos; a nossa qualidade de vida e as nossas atitudes são coisas que atraem as pessoas. Não precisamos ser perfeitos para testemunhar, mas é vital que não sejamos cheios de contradições. Uma estratégia do diabo é convencer-nos que não podemos testemunhar a ninguém acerca de Jesus enquanto não formos perfeitos. A mentira de que temos de ser perfeitos antes de falarmos, tem feito muitos crentes se calarem. A segunda forma que Jesus utilizou para despertar o interesse daquela mulher foi lançando a isca certa. A isca certa seria aquela situação ou assunto que nos permite entrar em uma questão espiritual, e, dessa forma, apresentar o evangelho à pessoa. O assunto é aquele gancho que precisamos para entrar com o evangelho. Normalmente a isca é aquilo que gera curiosidade na pessoa e estimula a conversa. Não precisamos forçar para testemunhar a ninguém, a fim de que não nos sintamos constrangidos ou embaraçados. Falar de coisas espirituais deve ser natural pra nós como falamos de qualquer outro assunto. Uma forma comum de iniciarmos uma conversa é fazendo perguntas. Elas são úteis porque nos permitem sondar o interesse do outro. Podemos mencionar pelo menos três delas. A primeira: “já que você falou em religião, você se interessa por assuntos espirituais?” Muitos dirão, sim, mas mesmo que ela responda não, podemos fazer-lhe uma segunda pergunta: “O que é para você um verdadeiro cristão?”. Ele provavelmente listará uma série de coisas que o cristão faz como: ir à igreja, ler a Bíblia, dar esmolas, etc. Depois de sua resposta podemos concordar que um cristão faz essas coisas, mas em seguida salientamos que isso não é o que o verdadeiro cristão é. O cristão é aquele que mantém uma relação pessoal com uma pessoa viva: Jesus Cristo. Se depois disso ele continuar mostrando interesse, você fará a terceira pergunta: “você gostaria de tornar-se agora mesmo um verdadeiro cristão?”. 4.4. Não tente falar de toda a doutrina bíblica

Prenda-se somente àquilo que é importante e necessário para a pessoa naquele momento. Muitos crentes se deixam levar por perguntas que desviam do ponto central como costumes, dízimo, etc. O melhor é você apresentar Jesus de acordo com a necessidade da pessoa. É possível apresentarmos o evangelho a alguém sem termos de expor- lhe toda a doutrina Bíblia. Foque em explicar-lhe todo o plano de salvação em alguns minutos. 4.5. Não condene “Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá; ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.” João 4.16-18 Existem muitas formas de condenarmos as pessoas: por uma atitude de desprezo a um convite que recebemos ou por um comentário moralista. Nós somos rápidos em condenarmos atitudes e comportamentos porque tememos ser cúmplices do pecado. Mas não parece ser esta a atitude de Jesus. O Senhor jamais condenou, ele sempre tinha uma palavra de perdão e aceitação para com os pecadores. 4.6. Apegue-se ao ponto central “Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta. Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.” João 4.19-20 A mulher quis logo saber onde era o lugar correto de adorar a Deus, mas Jesus não respondeu a sua pergunta. Ele se manteve no ponto central e então se revelou a ela como o Messias. Jesus não fez isso porque a pergunta da mulher era imprópria, mas desviava o Senhor do seu ropósito de se apresentar a ela como o Messias. As pessoas invariavelmente farão perguntas sobre igrejas, dízimos ou doutrinas, mas não devemos nos deixar desviar do ponto central que é Cristo. 4.7. Confronte a pessoa diretamente

“Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo.” João 4.20-26 Uma vez que seguimos esses passos, devemos confrontar a pessoa a respeito de uma decisão por Jesus Cristo de forma direta e sem nenhum tipo de timidez ou vergonha. 4.8. Princípios práticos: - Nunca discuta. - Nunca fuja do ponto central. - Não pregue religião, pregue o evangelho. - Não faça comparação com outros grupos ou religiões. - Não brinque, mas também não perca a sua naturalidade. - Não se apresse. - Use a Palavra, mas não precisa carregar a Bíblia consigo. - Seja gentil. - Demonstre real interesse. - É melhor falar com os do seu próprio nível, tanto social quanto cultural. - Exponha a uma pessoa de cada vez. - Não condene e nem critique. - Dependa do Espírito. - Confronte as desculpas. - Faça o apelo. A pessoa precisa se decidir a favor ou contra. - Faça uma confissão com a pessoa. - Tenha memorizado um modelo do plano de salvação.

5. princípios de pescaria Jesus disse para Pedro que ele seria transformado em pescador de homens. Essa palavra se aplica a todos nós, a toda a igreja. Nós fomos chamados para levar o evangelho a todos os perdidos, permitindo a todos

uma experiência pessoal de salvação com Jesus Cristo e de transformação com o Espírito Santo. Bons pescadores não pescam porque têm mais sorte. Pescaria não é uma questão de sorte, mas de técnica. Para isso, vejamos alguns princípios práticos da pescaria: • Saiba que peixe você quer pegar (Mt 10.5-6): Cada tipo de peixe exige uma isca específica e uma época específica de pescaria. Escolha um público alvo, lembrando sempre que você vai atrair quem você é e não quem você quer. • Vá onde os peixes estão (Mt 10.5): Diferentes tipos de peixes se alimentam em diferentes locais e em horas diferentes. Nem todo peixe virá à sua célula, precisamos ganhar as pessoas nos locais onde elas vivem, trabalham, estudam, se divertem, etc. • Concentre-se no tipo de peixe que está fisgando a isca (Mt 10.14): Concentre-se em ganhar aqueles que estão abertos para ouvirem do evangelho. Não queremos ignorar ninguém, mas é tolice gastar a maior parte do tempo com quem não quer ouvir. Existem diferentes tipos de solo onde lançamos a nossa semente. É sábio semear em terra boa, onde sabemos que a semente germinará. Existem grupos de pessoas que são mais abertas ao evangelho: o Visitantes que vêm pela segunda vez a uma reunião. o Amigos e parentes de novos convertidos. o Pessoas com crise no casamento. o Pessoas que necessitam de libertação de álcool, drogas, sexo e outros. o Pessoas enfermas. o Pessoas com doentes graves ou terminais na família. o Pais de crianças problemáticas. o Desempregados e pessoas com problemas financeiros. o Pessoas que acabaram de se mudar para a cidade. • Aprenda a pensar como um peixe (Mt 9.4; 12.25, Mc 2.8, Lc 5.22;

9.47 e 11.17): Entenda os hábitos e os gostos de cada peixe. Em outras palavras, fale a linguagem que as pessoas entendem. Siga o exemplo que Paulo nos ensina, faça-se de tudo a fim de ganhar a todo (1Co 9.22-23). • Uma boa pescaria requer que façamos coisas desagradáveis para nós, mas boas para os peixes (Lc 10.8): Bons pescadores não se importam com a posição nem com o conforto, eles se embrenham no meio de lagoa e pântanos infestados de mosquitos, eles querem o peixe. Precisamos pescar o peixe à maneira dele e não à nossa maneira. Faça qualquer coisa para pescar uma alma. Um princípio básico da pescaria é o sacrifício. • Não temos o hobby de pescaria, somos pescadores responsáveis diante de Deus. Seja sério e diligente na pescaria e os peixes virão. Para nós, pescaria não é brinquedo ou diversão, mas a coisa mais séria do mundo. 5.2. Peixes como isca • O peixe Mateus (Lc 5.27-29). Quando um Mateus se converte, precisamos usá-lo como isca numa grande festa. Pessoas importantes, ricas ou muito populares precisam ser instruídas e fazerem uma grande festa e se servirem de isca para pescarem muitos outros. • O peixe Lázaro (Jo 12.1,9). Pessoas que tiveram um grande milagre em sua vida precisam ser ensinadas a testemunharem. Nesse caso, podemos fazer um jantar como Lázaro fez em Betânia. • O peixe André (Jo 1.40-41). Nem todos possuem grandes milagres para contar nem são muito populares, mas todos tem um parente próximo como um irmãos ou primo. Desde cedo, cada novo convertido precisa aprender que ele deve convidar seus parentes para virem a Jesus. • O peixe Pedro (Mt 14.28). Pedro era ousado e atrevido, um tipo de gente pronta a explodir. Era alguém sem rodeios e meias palavras. Desafiou Jesus a levá-lo para andar sobre as águas, decepou a orelha de um soldado, mas foi o primeiro a pregar e obter resultados no dia de

pentecostes. Novos convertidos do tipo de Pedro, pregam de qualquer forma e em qualquer momento. O peixe Paulo (At 9.20,26). Paulo era um implacável perseguidor da Igreja. Quando souberam da sua conversão, alguns duvidaram, mas outros passaram a testemunhar com mais destemor ainda. Esse é um peixe que vai empolgar mais os pescadores do que atrair outros peixes. Mas isso também é bom, porque pescadores motivados são mais eficientes. • O peixe que foi curado (Jo 9.25). Não há necessidade de um novo convertido aprender teologia antes que possa testemunhar do Senhor. Ele pode dar o testemunho do cego que foi curado: “quem eu era eu não sei, só sei que era cego e agora vejo”. • O peixe mulher samaritana (Jo 4.39-42). Pessoas que tinham uma vida imoral quando se convertem, se tornam poderosas iscas. Leve-as a testemunhar como fez a mulher samaritana.
Evangelismo - EDD

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