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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
PROFESSOR
Esp. Inês Sarto Soares
MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
NEAD Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 Jd. Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; SOARES, Inês Sarto.
Modelagem Tridimensional. Inês Sarto Soares.
Maringá - PR.:UniCesumar, 2016. 224 p.
“Graduação em Design - EaD”.
1. Modelagem. 2. Tridimensional. 3. Design EaD. I. Título. CDD - 22ª Ed. 745.2 CIP - NBR 12899 - AACR/2
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho, Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha, Direção de Operações Chrystiano Mincoff, Direção de Mercado Hilton Pereira, Direção de Polos Próprios James Prestes, Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida, Direção de Relacionamento Alessandra Baron, Gerência de Produção de Conteúdo Juliano de Souza, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo, Coordenador(a) de Conteúdo Sandra Franchini, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração Melina Belusse Ramos, Thayla Guimarães, Designer Educacional Paulo Victor Souza e Silva, Revisão Textual Hellyery Agda G. Silva, Pedro Afonso Barth, Ilustração Bruno Pardinho, Marta Kakitani, Fotos Shutterstock.
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Wilson Matos da Silva Reitor da Unicesumar
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos nossos fará grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universitário Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-extensão com
as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar almeja ser reconhecida como uma instituição universitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação continuada.
boas-vindas
Willian V. K. de Matos Silva Pró-Reitor da Unicesumar EaD
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Comunidade do Conhecimento. Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atemporal, global, democratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais. De fato, as tecnologias de informação e comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da educação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram a informação e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está disponível. Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância (EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
boas-vindas
Kátia Solange Coelho
Diretoria Operacional de Ensino
Fabrício Lazilha
Diretoria de Planejamento de Ensino
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, contribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade,
de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica.
apresentação do material
MODELAGEM TRIDIMENSIONAL Inês Sarto Soares.
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Modelagem Tridimensional! O objetivo deste livro é abordar as técnicas e ferramentas de moulage, que você utilizará durante o processo criativo de materializar produtos de vestuário com conceitos inovadores, porém mercadologicamente vendáveis. É importante pontuar que as principais técnicas de modelagem tridimensional apresentadas são em forma de criação de modelos para o corpo. Para que você saiba utilizar esta ferramenta, na unidade I será apresentada a fundamentação teórica dos aspectos e processo de modelagem, técnicas de modelagem bidimensional e tridimensional e a ciência do corpo. Sendo o último um elemento importante na produção do vestuário, uma vez que utiliza o estudo de várias ciências, formas, proporções, anatomia e movimentos do corpo. Tudo isso quando somado a critérios e parâmetros científicos torna possível obter medidas, planos e volumes. Neste contexto, você verá que o setor de modelagem necessita de vários conhecimentos imprescindíveis na formação dos traçados e moldagem dos moldes e, na sua maioria, as relações da técnica de modelagem tridimensional com o estudo do corpo. Se a concepção de roupas for baseada na medidas do manequim, a chance de correção é menor, ou seja, na peça piloto já é possível observar a vestibilidade e caimento da peça no corpo, características que só aplicadas de forma correta quando se tem compreensão da constituição anatômica e as linhas estruturais do corpo. Em geral, você verá que é muito simples visualizar como um desenho bidimensional pode ser transportado para o corpo. Por isso, modelar diretamente no manequim auxilia o designer a visualizar sua ideia com mais clareza. Na unidade II iremos discorrer sobre materiais, equipamentos e tecidos. Este estudo aprofunda os conhecimentos sobre caimento e auxilia a perceber como os fios de urdume e trama podem influenciar no resultado final de uma peça de vestuário. Além disso, os procedimentos práticos deste estudo serão também dedicados a usos e aplicações dos materiais voltados para a costura industrial e manual. Já na unidade III, você conhecerá a prática de modelagem tridimensional e aprenderá como executar moldes base de saias e blusas, conhecendo as pences fundamentais da parte superior e inferior do corpo. Além disso, outros fatores
precisam ser analisados, a forma técnica e utilitária buscando uma cópia fiel de acordo com as linhas estruturais e com folgas para uma perfeita vestibilidade. Você perceberá que nesta unidade o conteúdo é todo estruturado na análise de modelos ricos em detalhes de modelagens, possibilitando que desenvolva vários tipos de acabamentos existentes nas técnicas de modelagem tridimensional. Na unidade IV, abordaremos a percepção do corpo humano e por meio do pensamento criativo buscaremos formas de valorizar a vestibilidade. Será nesta unidade que você entenderá como desenvolver modelagens para alguns modelos de vestidos, além de suas variações utilizando drapeado para dar volume, por exemplo. É importante que você compreenda o comportamento da vestimenta e as reações de cada modelo sobre o corpo nos diferentes produtos de moda. Além de estimular a reflexão sobre a planificação dos moldes em tecidos (toile) para modelagem bidimensional em papel, conhecendo as formas corretas de armazenamento dos moldes para garantir sua qualidade e aumentar a durabilidade para um possível aproveitamento em outras produções. E para finalizarmos nossos estudos, na unidade V será necessário entender a sequência lógica e o processo de modelagem tridimensional aprendidos durante toda a disciplina para a construção de uma roupa, passando por todas as etapas da elaboração da modelagem (toile), montagem do protótipo (piloto), costura e acabamentos de finalização. Além destes estudos, ao longo do livro será apresentado a você tópicos de revisão teórica, visando aprofundar o aprendizado da aplicação correta da técnica de modelagem tridimensional e utilização dos materiais, analisando a vestilidade da peça ao corpo. Acreditamos que esses conhecimentos adquiridos na disciplina são primordiais para a atuação profissional. Bons Estudos!
sum ário
UNIDADE I
UNIDADE IV
CONCEITO DA TÉCNICA TRIDIMENSIONAL
MOLDES BÁSICOS E INTERPRETAÇÃO DE MODELOS SOBRE A PARTE SUPERIOR DO CORPO
14 Conceito e Técnica de Modelagem 22 Materiais e Instrumentos de Modelagem Tridimensional 25 Anatomia do Corpo: Simetria e Assimetria 33 Marcações das Linhas de Construção no Manequim Técnico 41 Considerações Finais UNIDADE II
USOS E APLICAÇÕES DOS MATERIAIS E TÉCNICA DE COSTURA MANUAL
54 Informações Técnicas Sobre Tecidos, Bem Como sua Preparação 63 Etapas de Construção da Modelagem 70 Técnica de Costura Manual
130 Modelagem Tridimensional da Blusa com Pence Fundamental 137 Variações de Pences e Seus Efeitos na Construção de Produtos 148 Tipos de Golas, Mangas e Decotes 169 Processo de Acabamentos (Limpeza) para Parte Superior do Corpo 178 Considerações Finais UNIDADE V
PRODUÇÃO PROTÓTIPO/ PEÇAS-PILOTO E ORIGINAL
190 Análise do Modelo e Escolha de Materiais 194 Modelagem Tridimensional Peça Piloto
76 Considerações Finais
202 Análise e Aprovação dos Modelos de Acordo com a Proposta
UNIDADE III
212 Montagem e Acabamento da Peça no Tecido Original
MOLDES BÁSICOS E INTERPRETAÇÃO DE MODELOS SOBRE A PARTE INFERIOR DO CORPO
215 Considerações Finais
89 Construção do Corpo Básico Inferior Reto e Modelado 98 Variações de Modelos de Saias 107 Transferência da Modelagem Tridimensional para Modelagem Bidimensional (Planificação) 110 Processo de Acabamentos (Limpeza) para Parte Inferior do Corpo 117 Considerações Finais
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CONCLUSÃO GERAL
CONCEITO DA TÉCNICA TRIDIMENSIONAL
Professora Esp. Inês Sarto Soares
Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Conceito e técnica de modelagem • Materiais e instrumentos de modelagem tridimensional • Anatomia do corpo: simetria e assimetria • Marcações das linhas de construção no manequim técnico
Objetivos de Aprendizagem • Entender os princípios teóricos da técnica de modelagem tridimensional. • Conhecer os instrumentos necessários para o desenvolvimento da técnica de modelagem tridimensional. • Entender sobre os princípios dos planos anatômicos do corpo para aplicação da técnica. • Compreender como demarcar as linhas de construção em um manequim técnico, visando a percepção visual.
unidade
I
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a)! Para entender a relevância desse estudo é importante que você compreenda o que é a modelagem tridimensional. O designer de moda atual segue uma série de etapas, sendo uma delas a modelagem. Nesta etapa você irá buscar formas de modificar os materiais da forma bidimensional para a tridimensional adequando-os ao corpo humano. O setor de modelagem é um dos setores mais importantes na indústria de confecção. Dentro das atividades fabris, o setor de modelagem é o responsável por produzir os moldes de vestuário compatíveis com os equipamentos e componentes da fábrica, um dos grandes desafios do modelistas é o controle de qualidade. Tenha certeza que uma indústria de confecção consegue sobreviver sem um designer de moda, mas jamais sem um modelista. Na maioria das vezes, o designer de moda conhece de forma superficial o processo de modelagem, em contrapartida, o modelista pode aprimorar o processo criativo e criar/executar os moldes de modelagem da coleção da empresa. Quando falo de modelagem tridimensional, estou falando das técnicas de modelagem utilizadas nas indústrias contemporâneas de confecção. Para que a modelagem aconteça é muito importante que o setor de modelagem esteja muito bem definido, contendo todos os equipamentos qualificados e necessários para a produção de moldes. Dentro das fábricas de confecção, além do modelista, os equipamentos, materiais e instrumentos necessários para desenvolver a modelagem são peças fundamentais. O presente conteúdo aborda também a respeito de como marcar as linhas de construção do corpo e sua anatomia. Saiba que os estudos desta unidade irão contribuir para teorizar uma técnica de longa data e essencial para o desenvolvimento de outras formas que sejam vestíveis, mas que, na maioria das vezes, ficam ofuscadas pelo brilhantismo da moda. Desejo a você um proveitoso estudo!
MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
CONCEITO E TÉCNICA DE MODELAGEM Caro(a) aluno(a), você já ouviu falar sobre modelagem tridimensional? Pois bem, será a partir dessa explanação que iniciaremos nossa viagem rumo à compreensão de como manipular e moldar o tecido no busto técnico, o manequim. Para que você entenda melhor o conceito de mo-
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delagem tridimensional saiba que o termo resulta do processo de modelar a peça do vestuário sobre um busto técnico ou humano, levando em consideração as medidas e dimensões corporais do público-alvo escolhido. Essa técnica é muito utilizada para personalizar peças do vestuário em ateliês e, atualmente, é comumente aplicada nas indústrias de confecção.
DESIGN
O QUE É TÉCNICA DE MODELAGEM Para que você possa compreender melhor a produção de moldes por meio da técnica de modelagem tridimensional, é necessário conhecer o processo de modelagem industrial. Essa técnica é desenvolvida para a construção de moldes de vestuário, por meio de leituras e interpretação de modelos. Tal procedimento implica na tradução das formas de vestimenta, estudos da silhueta, materiais e entre outros elementos da peça a ser produzida. No processo de modelagem industrial existem três tipos de métodos de modelagem, todos muito utilizados no setor do vestuário, são eles: 1. Modelagem plana industrial (bidimensional): pode ser produzido manualmente e/ou no sistema digital CAD/CAM (computarizado). 1.1. Modelagem plana manual: transforma uma forma tridimensional a partir de desenho de criação ou peça piloto em desenho plano (bidimensional) utilizando os princípios da geometria descritiva, matemática básica, desenhando em uma superfície plana. 2. Modelagem gráfica (bidimensional / tridimensional) – Sistema CAD: produzida em um sistema computadorizado. 2.1. Modelagem gráfica bidimensional: técnica desenvolvida diretamente no computador, em forma plana através de gráficos e medidas do corpo. 2.2. Modelagem gráfica tridimensional: técnica desenvolvida diretamente no corpo de um manequim, com as medidas de um público determinado.
3. Modelagem tridimensional - (moulage ou draping): produzida a partir de um corpo humano vivo ou técnico. Agora vamos nos aprofundar na técnica de modelagem tridimensional, que significa o processo de tirar a forma (moldagem), ou seja, criação de moldes sob a forma tridimensional, a partir do tecido em um corpo técnico ou humano. Sabrá (2014, p. 95) defende a ideia de que a moulage é a técnica desenvolvida na construção de peças do vestuário, por meio de leituras e interpretação de modelos. Tal procedimento implica na tradução das formas de uma vestimenta, estudos da silhueta, materiais e entre outros elementos da peça a ser produzida. Para definir este conteúdo são registradas três nomenclaturas usuais (modelagem tridimensional/ moulage/ draping), acompanhe: Técnica de modelagem tridimensional: palavra de origem portuguesa, consiste em moldar o corpo na forma de 3D, utilizando qualquer tipo de material, como tecidos, papel ou materiais alternativos.
REFLITA
“Modelagem é mais parecido com engenharia do que qualquer outra coisa. É encontrar os limites do que você pode fazer ao envolver o corpo em tecido. Tudo evolui. Nada está rigidamente definido”. (John Galliano)
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
T
écnica de modelagem Moulage: palavra de origem francesa (masculina), denomina o mesmo processo de esculpir o corpo com tecidos, criando a forma, mais precisamente a moldagem, muito utilizada por artistas plásticos na escultura. Esse vocábulo é usado somente no setor de moda no Brasil, pois sua fonética no português é a mais próxima e mais perfeita para o termo. Técnica de modelagem Draping: palavra de origem inglesa, denomina o ato de drapejar. Em moda também representa o sistema de trabalho de moldagem do tecido sobre o corpo humano ou busto técnico para se obter a forma da forma.
SAIBA MAIS
Pesquisando um pouco da história da modelagem podemos ver que os gregos, romanos e egípcios já praticavam está técnica enrolando retângulos de tecido sobre o corpo. Antes do século XX, o conhecimento técnico de moulage era empírico e sem muitos estudos. Foram as primeiras estilistas de alta-costura Madeleine Vionnet e a Madame Grés que começaram a desenvolver estudos sobre modelagem, dando forma a várias peças do vestuário. As duas, durante muitos anos, foram reconhecidas também por desenvolver e dominar a produção de moldes, tornando possível novos volumes e maneiras de se construir uma vestimenta. Atualmente, os estilistas renomados pelos seus moldes são John Galliano e Dior. Fonte: Sabrá (2014).
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A modelagem tridimensional é uma ferramenta muito eficaz no processo produtivo da indústria de confecção, pois ela transforma a matéria-prima no produto final, atribuindo novas formas, inovando nas vestimentas, além de proporcionar novas silhuetas, isso sempre relacionado com o mercado de moda/vestuário que está em progressão tecnológica e criativa. Draping ou Moulage é uma arte tridimensional de modelagem, na qual em uma manequim específica são realizadas as montagens de uma roupa. Essa técnica foi introduzida pela estilista Madeleine Vionnet na França, facilitando em suas criações a elasticidade e o caimento da roupa ao corpo. Atualmente a técnica é muito utilizada pelo estilista Jum Nakao, que produziu um desfile com roupas de papel. A precursora a utilizar a técnica moulage/draping no Brasil foi Jeannine Niepceron, profissional renomada na área de moda. Ela adquiriu este método por meio da prática de forma intuitiva e criativa. Aqui no Brasil, os designers de moda utilizam-na para a mesma finalidade, pois por meio dessa técnica é possível visualizar o corpo, de forma tridimensional, com clareza e assegurar sua vestibilidade.
MÉTODOS PARA A APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE MODELAGEM TRIDIMENSIONAL • Modelagem tridimensional no manequim de prova delimitado com linhas de construção do corpo: o manequim técnico tem que estar marcado com as linhas estruturais do corpo humano. Para moldar a peça nesse corpo utiliza-se um tecido e que este seja próximo ao da peça original, ou seja, mesma
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Figura 1 - Recorte ombro Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 61).
composição (100% algodão ou 100% poliéster). Molda-se o corpo com o tecido, fixando com alfinetes em cima das linhas demarcadas no busto técnico, dando a forma do modelo desejado. Essa técnica é simples, a mais utilizada na indústria de confecção e a que vamos utilizar nesta disciplina. • Modelagem tridimensional direto no corpo humano: é possível moldar uma peça de vestuário sobre o corpo humano. A estilista Madeleine Vionnet desenvolvia suas modelagens diretamente no corpo de suas clientes. Por
exemplo: se você quiser moldar uma blusa, a pessoa que será utilizada como manequim deve usar uma camiseta bem justa ao corpo enquanto o modelista aplica as técnicas de moulage no tecido desejado, modelando a peça conforme foi previamente projetado ou através da inspiração do momento. Assim que terminar a moldagem da peça, o molde é retirado para que a peça seja retraçada mantendo os detalhes do modelo e inserindo margem de costura as partes dos moldes.
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referências
• Modelagem tridimensional por meio de prova da roupa: outra técnica que pode ser utilizada é traçar os moldes base por meio da técnica de modelagem plana, diretamente no papel. Cortar e costurar a peça (costura de prova = alinhavo ou com costura com pontos largos na máquina de costura reta) em tecido original ou o mais próximo do original, uma pessoa veste a peça e você vai com o alfinete delimitando a forma do corpo. Essa técnica é muito utilizada pelos estilistas e costureiros. Figura 2 - Técnica de moulage diretamente ao corpo humano.
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• Modelagem tridimensional no busto técnico sem marcações: essa é a técnica mais utilizada para auxiliar os designers e grandes estilistas em suas criações. Você vai inserindo e posicionando o tecido ao busto técnico conforme sua inspiração. A vantagem dessa técnica é que ela deixa o estilista criar e moldar suas roupas, de acordo com a sua a imaginação. Figura 3 - Técnica de moulage por prova
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
Figura 4 - Técnica de Moulage no busto técnico
• Modelagem tridimensional no manequim de prova: você vai marcando o busto técnico com uma fita de cetim nº 1 e dando forma ao modelo desejado. Em seguida, vai colocando pedaços de tecidos ao corpo e moldando partes do modelo, ou seja, cada molde vai surgindo separadamente, peça fragmentada. No final, os moldes formam o modelo e a modelagem já fica acabada.
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REFLITA
É possível desenvolver uma modelagem tridimensional, por meio de várias formas, desde que se tenha o busto ou corpo e os materiais desejados?
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Figura 5 - Moldagem através de marcações previamente orientado ao busto técnico. Fonte: Fischer (2010, p. 126).
Caro(a) aluno(a), ao finalizar este conteúdo, para sua melhor compreensão, é muito importante que você tenha um conhecimento básico das técnicas possíveis de modelagem tridimensional. Não que tenha que praticar neste momento todas as técnicas, mas somente a título de conhecimento, o importante é que possa no decorrer dessa disciplina, praticar a técnica que iremos apresentar nos módulos seguintes.
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MATERIAIS E INSTRUMENTOS DE MODELAGEM TRIDIMENSIONAL Caro(a) aluno(a), agora vamos estudar a importância dos instrumentos para executar de forma correta as técnicas de modelagem. Para que possa compreender é importante que entenda sobre o espaço físico do setor de modelagem. O departamento de modelagem está entre os setores mais importantes da indústria de confecção. Está inserido na área de atividades fabris, responsáveis pela produção de moldes utilizando equipamentos e componentes disponíveis. Para os modelistas, o maior desafio é 22
controlar a qualidade do produto. Quando pensamos na sobrevivência de uma indústria de confecção, o modelista é o profissional essencial, acima até do designer de moda, digo isso porque no mercado de trabalho não é anormal que além de entender de modelagem o modelista saiba também criar modelos, suprindo a necessidade do designer de moda. Neste momento, vou explicar sobre as principais ferramentas de trabalho para que você consiga desenvolver com tranquilidade as principais atividades do modelista.
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FERRAMENTAS PERTINENTES À MODELAGEM TRIDIMENSIONAL Quando pensamos na produção de moldes é possível imaginar que apenas um pequeno espaço é necessário para fazer as atividades de modelagem. Isso pode até ser possível em um pequeno ateliê de costura, mas quando pensamos na indústria de confecção a modelagem tem reservado, por necessidade, um bom espaço físico, materiais e equipamentos adequados. Pois é com ela que se inicia a produção propriamente dita do produto. Quando falo de materiais pertinentes, caro(a) aluno(a), entenda que já estou contando com os materiais básicos de um ateliê (mesas, cadeiras, computador, máquinas de costura). Conheça abaixo os equipamentos e materiais necessários para que o modelista consiga fazer suas atividades com êxito.
Busto técnico Busto técnico ou manequim segundo Abling e Maggio (2014) é um corpo em tamanho real criado com um conjunto de medidas, usado para moulage e ajustes de roupas. O busto deve ser resistente, deve ter as medidas do corpo para quem se deseja executar a peça. O busto pode ser reajustável ou não. Conforme Jones (2011), o manequim é uma peça essencial no ateliê para testar a viabilidade dos moldes. É um tronco sólido, com superfície acolchoada para facilitar a entrada de alfinetes e fixa melhor o tecido ao corpo. Alguns modelos tem altura regulável, são giratórios e permitem uma rápida avaliação da roupa que está sendo feita. No mercado você encontra uma variedade muito grande de manequins para modelagem tridimensional para todos
os segmentos (masculino, infantil e feminino), e com uma variedade de tamanhos. Lembrando que os tamanhos são escolhidos conforme medidas do público de uma empresa. Ao longo dos estudos, você verá que existe uma gama de materiais que o modelista deve ter. Dentre eles, o busto, que além de ser uma ferramenta primordial, é um dos mais caros, principalmente se for sob medida. Entretanto, é possível criar um busto com suas proporções sem gastar muito. Confira no vídeo como fazer um busto técnico utilizando, basicamente, fita adesiva e espuma. Caro(a) aluno(a), é necessário estar atento ao comprar o busto técnico, pois este deve conter uma forma moderna, medidas padronizadas com cobertura e enchimento adequado para alfinetar e tamanho correto do corpo em que se deseja trabalhar.
Toile Segundo Duburg e Van Der Tol (2012), o tecido utilizado na moulage é chamado de toile. Antigamente usava-se o tecido musseline fino, hoje usamos o tecido de algodão cru, morim ou outro similar, por exemplo, o tecido para lençol (cretone) todos em composição 100% algodão. Em alguns casos é possível produzir o modelo direto no tecido original, podendo deixar o produto mais caro. Estudaremos isso mais adiante, com exemplos de tecido plano, que são utilizados para a moulage.
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Fita métrica Uma das principais ferramentas de trabalho do modelista é a fita métrica, que tem como função mensurar distâncias. Por mais simples que seja este equipamento, tome muito cuidado na sua compra, visto que é um dos responsáveis pela precisão do seu molde. Por isso, sempre que for comprar uma fita métrica escolha a que cumpra com excelência a função de medir e a mantenha em ótimo estado, pois se estiver rachada e com as bordas dobradas, deixará de exercer sua função e precisará ser substituída. Uma dica: procure comprar uma fita métrica de plástico para melhor precisão.
SAIBA MAIS
As ferramentas de medição mais comuns são a fita métrica e a trena antropométrica, ambas devem ser utilizadas com muito cuidado. Além disso, vale pontuar que se diferem bastante das réguas utilizadas para modelagem. Fonte: Sabrá (2014).
• Curva francesa: tem a função de desenhar curvas, como decotes e cavas. • Curva de alfaiate: serve para traçar curvas mais suaves, como laterais e entre pernas. • Esquadro 45º: utilizado para fazer ângulos e serve de auxílio para prolongar retas.
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• Giz de alfaiate: cera dura e em forma de giz para marcar tecidos. • Papel carbono: papel contendo em uma das faces cera colorida, que ao ser pressionado no tecido com carretilha fixa a marcação desejada. • Lápis ou lapiseira: melhor na numeração 0,9 mm, é utilizada para desenhar a modelagem. • Borracha: deve ser bem macia para apagar riscos no tecido e papel. • Marcador de furos: para perfurar os ápices das pences. • Carretilha ou rolete: utilizado para transportar os moldes para outro papel. • Alfinete: muito importante para apoiar os papeis para cópias. • Agulha de mão: tenha uma seleção de agulhas para costuras manuais, pois conforme o tecido se utiliza uma grossura de agulha. Cada tecido exige a espessura ideal de agulhas. • Linhas para alinhavos: procure obter linhas na composição de 100% algodão. • Tesouras de papel e para tecidos: tesoura específica para cortar papel e tecidos, em tamanhos variados. Apresentamos a você, caro(a) aluno(a), alguns tipos de materiais e ferramentas mais importantes da área, para que você possa desenvolver com tranquilidade a sua técnica de modelagem tridimensional. Vamos em frente!
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ANATOMIA DO CORPO: SIMETRIA E ASSIMETRIA Agora que você já conhece um pouco sobre modelagem, busto técnico e materiais necessários para a construção de roupas, você vai ter uma visão geral das linhas imaginárias e planos do corpo humano, principal instrumento de apoio. O ser humano é composto por um espaço próprio, constituído por sua estrutura morfológica presente. É por meio das medidas e forma do corpo humano que se consegue obter uma modelagem per-
feita, no nosso caso, nos referimos a modelagem 3D. Embora venhamos a abordar outros aspectos como: métodos de mapeamento do busto técnico, o que você aprenderá agora, irá te oferecer uma visão geral dos planos do corpo humano, delimitação das linhas imaginárias do corpo. Esse conteúdo é um pré-requisito para que você possa executar com facilidade suas atividades decorrentes. Para isso, vamos iniciar conhecendo a definição de anatomia, 25
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que nada mais é que um estudo da estrutura de um organismo e das relações entre suas partes. A palavra anatomia é derivada de duas palavras gregas, que significam “cortar em pedaços”. Para Grave (2004, p. 42), o corpo humano é o cabide tridimensional que além de dar vida, também pode dar alma às roupas. A prova disso são aquelas roupas que não agradam quando pendurados na arara, mas quando vestidas ficam fabulosas. Para que possa entender da estrutura corpórea, veja que quando falamos de construção de vestuário, falamos de algumas características do corpo: 1. Podemos dizer que o ser humano é constituído por um espaço próprio, formado por uma estrutura morfológica. 2. O corpo é uma arquitetura que é apresentada por harmoniosos retângulos, que se combinam entre si. 3. A estrutura corpórea apresenta três dimensões para formar a tridimensionalidade do corpo humano, que são: a largura, altura e profundidade. 4. O corpo é formado por um estado de equilíbrio em qualquer posição. Isso é possível pela ação da gravidade. 5. O corpo humano tem diferenciação de tamanhos, tanto em diâmetro como no alongamento. 6. O ser humano divide-se por sexo, raça, biótipo e evolução. Grave (2004) afirma que considerando a divisão do corpo para o estudo anatômico, semelhante à aplicação das técnicas utilizadas, a modelagem justifica e respeita aspectos, tanto na verticalidade como na horizontalidade do corpo e do tecido, pois o vestuário está unido à anatomia em uma ligação muito íntima ao corpo. 26
REFLITA
Os corpos possuem diferenciações de padrão, tanto em diâmetro como no alongamento, além de sofrer interferências ao longo da existência humana. (Maria de Fátima Grave)
INFLUENCIADORES DO CORPO E DA VESTIMENTA Para que você possa entender e desenvolver modelagens adequadas, além de cobrir o corpo, os moldes precisam permitir que o vestuário se torne interativo e satisfaça às necessidades e singularidades do indivíduo. Para isso, levamos em consideração os seguintes fatores que influenciam na modelagem: Equilíbrio: para entender sobre equilíbrio, você precisar ter esse conceito muito claro, pois quando for produzir suas peças e confeccionar seus moldes, você precisa lembrar que sua roupa ficará acomodada e pendurada sobre um corpo. É preciso produzir os moldes de forma que as roupas fiquem equilibradas no corpo de forma natural. Por exemplo, uma saia quando vestida ela tem que ficar com o volume igual para os dois lado do corpo, ou seja, a mesma forma da saia tem que ser distribuída para os dois lados do corpo (direito e esquerdo). Gravidade: essa força faz o peso do corpo e o exerce sobre a pelve, localizado no centro do tronco e influenciada pelos movimentos do braço, tronco e membros. Quando vamos produzir uma peça de roupa, conforme Grave (2005), precisamos levar em consideração que os tecidos também sofreram os
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efeitos da gravidade de forma harmônica ao corpo, ou seja, o caimento do tecido corresponderá às influências de quem veste e seus movimentos. É como imaginar que cada corpo é o tecelão do seu vestuário, mantendo-se dentro de padrões característicos. Para entender melhor observe a seguir, observe que conforme a modelo muda de posição o caimento do tecido é influenciado. Movimento: nós possuímos algumas articulações que permitem liberdade de movimento. Quando for modelar uma peça, você precisa levar em consideração que o corpo humano movimenta-se e que todo o tipo de movimento deve ser respeitado. A modelagem tem função participativa e ativa nos movimentos articulares. Nos movimentos, alguns músculos encolhem-se cerca de 30% da
sua medida natural, dentro da posição anatômica (ou posição zero). Para atender uma ordem na execução de um movimento, o cuidado com o cálculo determina a construção da peça, pois ela trabalhará simultaneamente com o corpo (GRAVE, 2004, p. 49).
A modelagem da roupa tem que permitir que corpo movimente-se para frente ou para trás, de um lado para o outro, além dos movimentos proporcionados pelas articulações. Ainda segundo Grave (2005), o corpo ao se movimentar provoca um estiramento na roupa, essa ação muitas vezes repuxa e força a musculatura, pressionando partes do vestuário contra as regiões mais apertadas do corpo. Observe na figura a seguir que por mais que a modelagem da roupa seja justa ao corpo a modelo consegue se contorcer.
Figura 6 - Demonstrando a influência do corpo e da gravidade em relação ao roupa
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
PLANOS ANATÔMICOS LIGADOS À MODELAGEM
Figura 7 - Movimento do corpo, relacionado à atração exercida à roupa
Outro exemplo são as mangas, tenha certeza que você já experimentou uma roupa com uma manga apertada, que além de dificultar o movimento dos braços pode ocasionar pressão muscular e causar “sofrimento”. Além de vestir a roupa, alguns autores dizem que o corpo dá vida e alma ao vestuário. Agora que você conhece as influências, deve estar se perguntando, como relacionar essas informações com as técnica de modelagem? Para facilitar os estudos, é muito importante que estejamos dividindo o corpo humano em planos, ou seja, em partes, para que se possa atingir as qualidades ideais de vestir com conforto e funcionalidade.
REFLITA
Para atender uma ordem na execução de um movimento, o cuidado com o cálculo determina a construção de uma peça, pois ela trabalhará simultaneamente com o corpo. (Maria de Fátima Grave)
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Planos anatômicos tem como função dividir o corpo humano em partes, facilitando os estudos das estruturas anatômicas com o espaço. A partir dessa definição, para trabalhar a modelagem é muito importante que divida o corpo anatômico, a partir do equilíbrio, encontrado no eixo central do corpo humano (coluna vertebral), com auxílio de planos e linhas. REFLITA
Considerando a divisão do corpo para estudo anatômico, semelhante à aplicação das técnicas utilizadas, a modelagem justifica e respeita aspectos, tanto na verticalidade como na horizontalidade do corpo e do tecido. (Maria de Fátima Grave)
Para a realização das técnicas de modelagem, tudo é estabelecido através da representação do corpo em um plano. Definir as medidas do corpo humano é muito complexo, para isso foi estabelecida uma pose com referência universal, acompanhe: POSIÇÃO ANATÔMICO: nessa posição, o corpo humano está ereto com braços estendidos paralelos ao tronco com a palma das mãos voltadas para frente, junto com a cabeça e os pés. Posição anatômica é a posição em que o corpo está em posição ereta (em pé ou posição ortostática), com a face voltada para frente e olhar dirigidos para o horizonte, membros superiores estendidos parale-
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los ao tronco com as palmas das mãos voltadas para frente, membros inferiores estendidos e unidos com os pés voltados para a frente.
Planos Seccionais Por mais que esta não seja uma posição habitual, ela é a referência para o estudo dos planos de representação do corpo, podemos dividir o corpo em 3 (três) planos:
Plano sagital
Plano coronal
Plano Transverso
1. Plano sagital: quando o corte do corpo é vertical e passa longitudinalmente através do corpo, dividindo-o em duas metades simétricas à direita e à esquerda. Como na modelagem trabalhamos principalmente com este plano, será com ele que iremos construir modelos simétricos e assimétricos. A seguir você pode observar duas figuras que mostram simetria e assimetria, do lado direito e esquerdo. 2. Planos Frontais ou Coronais: o plano é vertical e passa através do corpo em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás). Esse plano é muito importante na execução da modelagem, pois ele determina nos moldes a parte frente e costas da peça como molde frente e molde costas. 3. Planos Transversos (Horizontais): esse plano é estabelecido quando o corte do corpo faz um ângulo reto com os planos coronais e medianos e divide o corpo em partes superior e inferior. Esse plano divide na modelagem peças que vestem a parte superior e inferior do corpo, como blusas e saias.
Figura 10 - Aplicação dos planos seccionais Fonte: Shutterstock.
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
Figura 9 - Modelo simétrico, lados direito e esquerdo do modelo iguais
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Figura 10 - Modelo assimétrico, lados direito diferente do lado esquerdo
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Figura 11 - Modelo representativo de frente e costas
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
Caro(a) aluno(a), estes planos são muito importantes para a execução de uma peça e servem como base para qualquer tipo de modelagem.
Figura 12 - Modelo representativo de parte superior (blusa) e inferior (saia).
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MARCAÇÕES DAS LINHAS DE CONSTRUÇÃO NO MANEQUIM TÉCNICO Nessa etapa é muito importante que você, aluno(a), aprenda a delimitar as linhas imaginárias do corpo. Para isso, você precisa preparar o busto técnico, conhecer as linhas estruturais do corpo humano para trabalhar as técnicas de moulage com perfeição.
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
PRINCIPAIS LINHAS PARA DESENVOLVER A MOULAGE: Para que você possa desenvolver a técnica de modelagem tridimensional, o primeiro passo é entender e saber trabalhar com as principais linhas de marcação: • Coluna vertebral: (eixo central) tem a parte direita e esquerda do corpo. • Linha de Pescoço: (decote) é a cavidade que separa o pescoço do corpo. • Linha de Busto: (altura do mamilo) linha que passa horizontalmente pela saliência do mamilo. • Linha de Cintura: parte mais fina do encontro da parte superior com a parte inferior do torso. • Linha de Quadril: parte mais saliente do torso inferior.
• Linha de cava: encontro do torso com o braço. • Linha de cotovelo: encontro do braço com o antebraço. • Linha de punho: encontro do antebraço com a mão. • Linha de joelho: encontro da perna e ante perna. • Linha de tornozelo: encontro da perna com o pé. • Linha de ombro: distância entre a linha de pescoço e linha de cava. • Linha princesa frente e costas: é a linha que divide o corpo em três partes verticais do corpo, paralelas ao eixo central.
FRENTE
COSTAS Circunferência do pescoço Linha de ombro Linha de cava Linha de entre cavas Linha de busto Linha de recorte princesa costas Linha de cintura Linha de pequeno quadril Linha de quadril Linha de recorte princesa frente
Figura 13 - Busto técnico com linhas aplicadas Fonte: a autora.
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SAIBA MAIS
Linhas de construção são marcas posicionadas tanto no sentido horizontal como vertical, respeitando a linguagem do corpo humano. Tais linhas têm como função servir como pontos de referência fundamentais na execução da modelagem e minimizar a possibilidade de erro na peça final. Fonte: Grave (2010).
Agora que você já teve um breve conhecimento de quais linhas do corpo vamos trabalhar, é muito importante que aprenda como encontrar estas linhas diretamente ao corpo.
PREPARANDO DO BUSTO TÉCNICO Agora que você conheceu as principais linhas para modelagem, vamos aprender como aplicá-las no seu busto técnico. Uma dica que vai facilitar seu trabalho de modelagem é marcar as linhas no busto técnico usando uma fita de cetim nº de cor contrastante e aplicá-las de forma permanente, utilizando alfinetes. Na sequência, você verá os passos para aplicação das linhas técnicas, lembrando que antes de começar as marcações certifique-se de que o manequim esteja ereto e bem alinhado ao chão. Vamos aos passos, acompanhe: • Linha de eixo centro frente: primeiro, meça com uma fita métrica à distância da cava direita até a cava esquerda passando pela frente, com um giz marque a metade da distância. Em seguida, faça o mesmo processo medin-
do entre os seios. Após isso, aplique a fita de cetim desde a base do pescoço até na metade perpendicular do corpo, até o final do manequim. • Linha de eixo centro costas: meça a distância da cava esquerda até a cava direita, divida este valor ao meio e marque com giz. Meça também a metade das costas na região do omoplata, divida também essa medida e marque com giz. Com os dois pontos marcados, você pode passar a fita de cetim iniciando na primeira vértebra e no meio do omoplata até o final do manequim. • Linha do ombro: comece medindo com o ponto (0) zero da fita métrica, iniciando pelo mamilo, vá em direção as costas passando a fita no meio do ombro até a linha do busto costas, com a medida encontrada divida ao meio e acrescente 2 cm. Com essa medida, coloque o ponto (0) zero da fita métrica na linha de busto nas costas e passe a fita pelo meio do ombro, onde der o valor marque com giz. Em seguida, coloque a fita de cetim no ombro. • Circunferência do Busto: contorne o corpo na altura do busto, na maior parte desta circunferência. Pegue a fita de cetim e abrace toda a circunferência na altura do busto, passando pelos mamilos, deixando-a bem paralela ao chão, fixe com alfinetes. • Circunferência da Cintura: acomode a fita de cetim ao redor da parte mais estreita da cintura e fixe com alfinetes. • Circunferência do Quadril: contorne o corpo na altura dos glúteos, ou seja, na parte mais saliente do quadril. A altura do quadril (cintura até a junção da perna) varia de uma pessoa para a outra, medindo entre 18 cm a 22 cm em média.
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
• Costura lateral: meça a distância entre o centro frente e o centro costas nas linhas do busto, da cintura e do quadril. No busto, você marca a metade e adiciona 1 cm para trás, na cintura faça a mesma coisa, mas acrescente 0.5 cm para as costas. Na marcação do quadril apenas marque na metade sem acréscimo, agora com os 3 pontos marcados passe a fita paralela ao eixo central. • Circunferência do pescoço: Circule a fita de cetim ao redor do pescoço, na junção do pescoço com o tronco, posicione a fita em toda circunferência do pescoço e alfinete. • Cava: faça uma leve “concha” com a mão e mantenha o dedão para frente do manequim e o dedinho para as costas do manequim. Na altura de baixo do braço, marque 3 cm acima da linha do busto, na axila. Vai contornando com o giz a sua mão. Com isso, sua mão servirá de base, cava tanto no lado direito como no lado esquerdo do corpo. Entre cavas – frente: partindo da intersecção da linha do busto e centro frente do manequim, meça a altura da linha que encontrou entre cavas das costas. Aplique a linha entre cavas da frente a partir deste ponto e, em seguida, posicionado neste ponto seguir paralelo a linha do busto. Entre cavas – costas: meça, em cima da marcação centro costas, a distância entre a linha do pescoço e a 36
linha do busto, divida esse valor por 2, este determina a altura da linha. Na sequência, passe pelas costas a linha entre as cavas posicionando em paralelo com a linha do busto. Observe que para encontrar esta linha o processo é semelhante ao da frente.
LINHAS OPCIONAIS Baixo quadril: meça e marque com giz nas laterais do manequim, da cintura em direção ao quadril, a distância do baixo quadril é na metade da medida entre a cintura ao quadril. A fita deve passar por esses pontos e seguir paralela ao chão durante toda a circunferência do baixo quadril. Linha princesa – frente/costa: meça a distância entre o ombro e o pescoço, marque com giz a metade e divida ao meio. Marque com giz o ápice do busto (a parte mais saliente de busto). Pegue esta medida de entre seios e desconte 1,5 cm, transfira essa medida para a cintura, partindo do eixo central em direção à lateral do corpo. Na altura do quadril, transfira a mesma medida da diferença de entre seios, em seguida, posicione e alfinete a linha encontrada com fita de cetim. Para fazer a linha princesa nas costas, repita as mesmas medidas da frente e procure usar as imagens inseridas a seguir, elas vão te ajudar a visualizar o local dessa linha, assim facilita a sua compreensão.
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Figura 14 - Eixo Centro frente
Figura 15- Linha do ombro no busto técnico.
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Figura 16 - Linha de busto cintura e quadril no busto técnico
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Figura 17 - Linha de lateral no busto técnico.
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Figura 20 - Localização da linha entre cavas
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
Figura 21 - Linha do pescoço no busto técnico.
CAVA COSTAS
Figura 22 - Como encontrar a linha de cava Fonte: acervo da autora. 40
CAVA FRENTE
considerações finais
Considerações Finais
C
aro(a) aluno(a)! Chegamos ao final desta unidade. O presente estudo não tem a intenção de acabar com o assunto, mas apresentar as principais convergências entre os tipos de técnicas de modelagem, que compõe a modelagem industrial, buscando de alguma forma facilitar a decisão do designer de moda na execução do produto projetado. Existe dentro do processo de modelagem várias técnicas também viáveis e todas com o mesmo grau de importância, entretanto, nossos estudos trabalham com a modelagem tridimensional com técnicas de modelagem dentro do processo, isso é, executar a modelagem de peças de vestuário utilizando o corpo técnico. Além disso, essa técnica enriquece o designer com conhecimentos imprescindíveis de anatomia do corpo humano. Isso é muito importante para os profissionais da moda, pois esse conhecimento vai facilitar a aplicação da técnica a desenvolver peças com equilíbrio em relação à simetria e assimetria do mesmo. Outro ganho importante que você aprendeu nesta unidade é a metodologia na orientação das linhas para a construção do manequim técnico. Tome muito cuidado com esta etapa, pois será ela que evitará falhas na questão de vestibilidade e na dimensionalidade do produto. Portanto, é muito importante que você, profissional de moda, construa corretamente e conheça seus instrumentos, pois só assim você terá tranquilidade no trabalho e garantia de qualidade nas suas modelagens. Sendo assim, podemos dizer que os conhecimentos de modelagem tridimensional se destacam como método essencial durante o processo de criação. Portanto, é a partir disso que você estrutura suas ideias predeterminada ou instantânea, o mais próximo da realidade do corpo humano.
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LEITURA COMPLEMENTAR
A relação da técnica Moulage com o corpo Resumo Apresenta-se um estudo da relação da técnica moulage com os conhecimentos sobre o corpo. Foi utilizada a abordagem qualitativa que permitiu a obtenção de dados descritivos do projeto da roupa desenvolvido sobre o corpo. Os resultados demonstram que a técnica moulage além de estimular a criatividade durante a realização do trabalho, incorpora nesse processo, os conhecimentos da anatomia do corpo, seus movimentos, posicionamento de suas linhas estruturais e seu significado no contexto de auxílio no processo de criação. Palavras-Chave: corpo; vestuário; moulage; criação.
Introdução Para trabalhar com a produção do vestuário, é necessário conhecer a anatomia do corpo humano, suas medidas, volume, formas e movimentos. No setor de modelagem, estes conhecimentos são indispensáveis no traçado bidimensional do diagrama básico que representa o corpo (modelagem plana) e na criação de modelos sobre o corpo (modelagem tridimensional). Desta forma, objetiva-se através deste artigo, demonstrar as relações da técnica moulage com o
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estudo do corpo. Estruturou-se a fundamentação teórica, por meio da pesquisa qualitativa e abordagem descritiva, utilizando a experiência prática, vivenciada com a modelagem do vestuário tridimensional - Moulage. Para tanto, descreveu-se breve fundamentação teórica, destacando aspectos da técnica moulage e conhecimentos sobre o corpo, importantes na produção do vestuário. A compreensão da constituição anatômica e posição das linhas estruturais do corpo é o primeiro passo para se entender a construção de sua forma e o caimento do modelo. Moulage Palavra francesa, derivada de moule que significa forma. É sinônimo da palavra draping do inglês, que quer dizer dar forma e caimento ao tecido (S.BURTIN e VIN HOLES, 1997). Moulage é o método utilizado para criar modelos tridimensionais sobre a forma do corpo. O modelo bidimensional é passado para a realidade tridimensional que dá forma ao tecido (SILVEIRA, 2002). A moulage é uma técnica de modelagem, onde a construção do modelo do vestuário é feita diretamente sobre o corpo de modelo vivo ou busto de costura, permitindo a sua visualização no espaço,
LEITURA COMPLEMENTAR
bem como seu caimento e volume, antes da peça ser confeccionada. O processo de modelagem tridimensional facilita o entendimento da montagem das partes da roupa e suas respectivas funções. A técnica permite a produção de peças bem projetados, com caimento perfeito, favorecendo a percepção da forma estruturais do corpo durante a construção das roupas (SILVEIRA, 2002). Na construção de um modelo do vestuário com a técnica moulage, as características físicas de peso e espessura dos tecidos ganham volumes e caimentos diversas, quando sobrepostos ao corpo, o que exige a escolha adequada do tecido. Os tecidos se comportam de maneiras diferentes, de acordo com a tensão e inclinação com que são manipulados sobre o corpo, produzindo efeitos, muitas vezes, inesperados. Surgem, assim, formas e contornos que não seriam possíveis de se atingir, caso não houvesse esse contato direto e experimental entre o tecido e o corpo, representado por um manequim no processo industrial. Neste caso, o projeto da roupa desenvolvida, a partir dessa experimentação, libera durante a realização do trabalho, a criatividade do profissional na construção de peças com formas, estruturas e caimentos diferenciados.
No Brasil, somente há alguns anos, a técnica tem despertado o interesse dos profissionais da moda e das empresas do vestuário. Sua prática, também, favorece o processo industrial do trabalho dos modelistas, que poderão visualizar como o modelo criado no desenho se apresenta em relação à figura humana, e concluírem se o modelo ficou conforme o planejado no setor de criação. Isso permite envolvimento direto com a criação do modelo e sua forma, pois podem ser percebidas as proporções e feitas mudanças enquanto o modelo está no manequim, até obter a sua adequação. É possível acompanhar, visualizando a sua evolução, fazer mudanças e variações a modelagem. Na sequência descrevem-se os procedimentos usados na execução da técnica. Fonte: ROSA, COSTA, M. I.; SILVEIRA, I. A relação da técnica moulage com o corpo: comunicação apresentada no 9°Colóquio de Moda. Fortaleza (CE). 2013.
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
1. Modelagem industrial é a técnica desenvolvida para construção de moldes das peças do vestuário, esse processo é executado através de leituras e interpretação de modelos. Conforme afirmação, analise as questões abaixo: I. No processo de modelagem industrial temos a técnica de modelagem bidimensional.
II. Para executar esse método é essencial o uso do busto técnico.
II. No do processo de modelagem temos a técnica de modelagem computadorizada.
III. É possível desenvolver a modelagem tridimensional, através de varias técnicas, desde que se tenha o busto ou corpo e os materiais desejados.
III. No do processo de modelagem industrial temos a técnica de modelagem a plana modelagem.
IV. O ideal é que se molda o corpo com papel de seda, pois ele é rígido e facilita o movimento da forma.
IV. No do processo de modelagem industrial temos a técnica de modelagem tridimensional/ moulage.
V. Essa técnica implica a criação de moldes desenvolvidos diretamente no busto.
V. No do processo de modelagem industrial termo a técnica de modelagem Draping ou Moulage.
Com base nas afirmações, assinale a alternativa correta:
Com base nas afirmações, assinale a alternativa correta: a. Somente as alternativas I, II, III, e V estão corretas. b. Somente as alternativas II, III, IV e V estão corretas. c. Somente as alternativas III e V. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Todas as alternativas estão incorretas.
2. A modelagem tridimensional aplicada à confecção de peças de vestuário consiste em um trabalho de modelagem totalmente artesanal, no qual o profissional molda a roupa sobre um boneco. As principais características da modelagem tridimensional, conforme Grave (2010), são:
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I. A modelagem tridimensional personaliza o vestuário e é utilizada nos ateliês e nas indústrias de confecção.
a. As alternativas I, II, III e IV estão corretas. b. As alternativas II, III, IV e V estão corretas. c. As alternativas I, II, III e V estão corretas. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Todas as alternativas estão incorretas. 3. Por meio do desenvolvimento da técnica de moulage, você pode moldar a peça diretamente sobre no corpo humano. Conforme afirmação, analise e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): ( ). Pode-se desenvolver a técnica de modelagem tridimensional sobre um busto técnico ou humano, levando em consideração as medidas do corpo de um público-alvo escolhido. ( ). Somente pode desenvolver a modelagem tridimensional com tecidos sobre o corpo.
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( ). É possível desenvolver a modelagem tridimensional sobre o corpo com materiais alternativos
( ). Este é um elemento que pode ser substituído pelo corpo humano. ( ). O corpo técnico é diferente de manequim técnico.
a. V, V, V.
a. V, V, V.
b. F, F, V.
b. F, V,V.
c. V, F, V.
c. V, F, V.
d. V, V, F.
d. V, V, F.
e. V,V,V.
e. F, F, F.
4. Alguns instrumentos se tornam imprescindíveis para que o modelista execute um trabalho de modelagem tridimensional confiável, conforme Sabrá (2014), são: a. Fita métrica, Borracha, tesoura e esquadro 45º. b. Fita métrica, alfinetes, giz de alfaiate e lapiseira. c. Lapiseira, tesoura, tecido e carbono. d. Curva francesa, curva de alfaiate, trena e tesoura. e. Carbono, carretilha, manequim técnico e curva francesa. 5. Vários instrumentos ajudam a construção da modelagem tridimensional com precisão, mas tem duas ferramentas que são indispensáveis para a aplicação desta técnica. Sobre a ferramenta manequim técnico é importante saber que:
Assinale V para verdadeiro e F para falso: ( ). Este é um elemento de precisão e fundamental para a execução da modelagem tridimensional.
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
Modelagem Tridimensional Ergonômica Maria de Fátima Grave Editora: Escrituras Sinopse: a Modelagem Tridimensional aplicada à confecção de peças de vestuário consiste em um trabalho de modelagem totalmente artesanal, no qual o profissional modela sobre um boneco, levando em consideração as dimensões antropométricas do usuário correspondentes ao corpo que a peça se destina. É sobre este tema que trata o livro Modelagem tridimensional ergonômica, publicado pela Escrituras Editora, com o trabalho da mestre em Moda e doutoranda pela Universidade do Minho (Portugal) Maria de Fátima Grave. Comentário: a Modelagem Tridimensional personaliza o vestuário e é utilizada em ateliês, sendo que hoje já é uma técnica de aplicação comum dada a diversidade de tecidos disponíveis no mercado. Tal fato levou ao desenvolvimento de novos procedimentos na produção industrial.
Valentino - O Último Imperador Sinopse: não recomendado para menores de 16 anos. Paris, 1957. Com apenas 21 anos, Yves Saint-Laurent (Pierre Niney) é chamado para cuidar do futuro da prestigiosa grife de alta costura fundada por Christian Dior, falecido recentemente. Depois de seu primeiro desfile triunfal, ele vai conhecer Pierre Bergé (Guillaume Gallienne) e esse encontro irá abalar sua vida. Amantes e parceiros de trabalho, os dois se associam a fim de criar a grife Yves Saint Laurent. Apesar de suas obsessões e demônios interiores, Saint Laurent vai revolucionar o mundo da moda com sua abordagem moderna e iconoclasta.
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referências
Assista aos vídeos sobre Madeleine Vionnet e conheça sua vida e os trabalhos realizados por essa estilista tão importante, os quais possuem um conteúdo abrangente que vai desde alta costura até técnicas de moulage. Disponível em: e .
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referências
ABLING, B. Moulage, modelagem e desenho: prática integrada. Bina Abling, Kathleen Maggio (org). Trad. Claudia Buchweitz, Laura Martins. Porto Alegre: Bookman, 2014. DUBURG, A.; VAN DER TOL, R. Moulage: arte e técnica no design de moda. Porto Alegre: Bookman, 2012. FISCHER, A. Construção do Vestuário. Ed. Bookmam, 2010. GRAVE, M. F. A modelagem sob a ótica da ergonomia. São Paulo: Zennex Publishing, 2004. ______. Modelagem tridimensional Ergonomica. São Paulo: Escrituras Editora, 2010. JONES, S. J. Fashion design: manual do estilista. 3. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2011. ROSA, L.; COSTA M.; SILVEIRA, I. A Relação da Técnica Moulage com o Corpo. Anais do IX Colóquio de Moda de Fortaleza, v. 9, Fortaleza - CE, 2013. SABRÁ, F. Modelagem: tecnologia em produção de vestuário. 2. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: SENAI, 2014.
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gabarito
1. D 2. C 3. C 4. D 5. D
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USOS E APLICAÇÕES DOS MATERIAIS E TÉCNICA DE COSTURA MANUAL
Prof.ª Esp. Inês Sarto Soares
Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Informações técnicas sobre tecidos, bem como sua preparação • Etapas de construção da modelagem • Técnica de costura manual
Objetivos de Aprendizagem • Conhecer os tipos de tecidos adequados na utilização da tridimensionalidade. • Identificar as etapas da construção da modelagem. • Conhecer os equipamentos e técnicas de costura manual em roupas.
unidade
II
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a)! Nesta unidade, você será introduzido aos estudos de como trabalhar com os tipos de tecidos existente no mercado e qual é o segmento adequado para cada um. Entender a composição do tecido é primordial para que você possa modelar as Bases de Roupas, pois as características de cada tecido influenciam na vestimenta da roupa e, por consequência, no molde. Após estudar as definições dos tecidos, iniciaremos as etapas de modelagem propriamente dita, estudando quais são as formas de trabalho da modelagem. Você verá que a técnica de modelagem tridimensional trata-se de revestir o corpo com tecido, que de forma automática você já estará executando com perfeição a construção de moldes, conforme deseja. Logo na sequência, será abordado também algumas questões relacionadas com desenvolvimento de moldes como espelhamento, será a partir destes que representamos o corpo inteiro, lado direito e esquerdo do corpo. Para completar todo o processo de confecção, iremos estudar também os equipamentos e diferentes técnicas de costura manual. Quando essa prática é analisada, não encontramos muito relatos históricos e não sabemos quando surgiu, temos conhecimento que seu principal marco foi a revolução industrial que retirou seu aspecto artesanal e introduziu a costura industrial, apresentando para a sociedade a profissão de costureiro. Os registros da costura são muito superficiais, mas é certo que sempre esteve presente na humanidade, desde os pequenos ateliês da idade média até a costura industrial da atualidade. Em geral, esta unidade irá apresentar algumas informações relevantes para um profissional de moda, pois o mercado atual exige que este saiba produzir uma peça do vestuário, não importando se manualmente, com máquinas domésticas ou industriais, o importante é fazê-lo.
MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
SOBRE TECIDOS, BEM COMO SUA PREPARAÇÃO Caro(a) aluno(a) nesta etapa do nosso estudo, vamos tratar sobre as formas de reconhecer o caimento do tecido para a aplicação da modelagem tridimensional. Sabemos que tangibilidade de qualquer produto vem da matéria-prima, no caso das roupas seria o tecido. Ou seja, é ele que define e estabelece o formato da peça, quando aplicado incorretamente, com modelagem sem precisão ou folga de 54
movimento, sem levar em consideração o caimento do pano ou com a costura inadequada, iremos impactar na aparência (estética visual) da peça e comprometer o produto final. Por isso, é imprescindível para a formação do profissional - designer de moda - que ele conheça o “comportamento” de cada tecido, pois uma peça de roupa pode ser um desastre se você não conhecer com o que está trabalhando.
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Para que entenda melhor, saiba que o uso adequado do tecido é imprescindível para que a roupa cause o efeito esperado. Uma confecção pode ser esteticamente apreciada ou não, isso vai depender da escolha do tecido. Quando for fazer uma peça é importante analisar o caimento do tecido, vendo se este é flexível, rígido, encorpado ou transparente.
CAIMENTO: CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS POR GRAMATURA Posso afirmar que o caimento do tecido é como comporta-se a queda de uma peça confeccionada. Tão importante que é a primeira escolha do designer é o tecido e com essa definição que começa o processo criativo de uma nova peça. Segundo Chataignier (2006, p. 66), o sucesso de uma peça não está no tecido ou se o modelo é atraente. É justamente o comportamento da peça, ou seja, é no caimento da roupa que a equação tecido x modelo pode tornar ou não um sucesso. Entendemos que o caimento é relevante no sucesso de sua peça. São várias as características que influênciam no caimento, porém, a com maior impacto é a gramatura do tecido. Esta grandeza física é estabelecida pela massa por área do tecido e expressa em gramas por metro quadrado (g/m²). Utilizando a mesma como base, Chataignier (2006), classificou os tecidos em: REFLITA
O sucesso de uma roupa depende, em grande parte, da escolha do tecido certo. (A bíblia da costura)
Tecidos elásticos: atualmente existe alguns tecidos como malha e elastano que valorizam o caimento da roupa, além de proporcionar liberdade de movimento e conforto ao vestir. Tecidos leves e finos: tecidos finos, leves e delicados, devido à baixa gramatura a maioria apresenta transparência. Os principais exemplos de tecidos leves e finos são musseline, crepe georgete, chiffon, gaze, organza, cambraia de linho, cambraia de algodão, tricoline fina, seda pura, lurex, lamê. Normalmente esses tecidos são aplicados em vestidos de festa, blusas, écharpes e xales. Tecidos médios e finos: esses tecidos são delicados e de gramatura leve, mas não são necessariamente transparentes. Os tecidos mais conhecidos com essa característica são: seda mista ou sintética, cetim, viscose, linho, tricoline e microfibra, sendo utilizados em conjuntos de saia ou calça, camisas, blusas, saias, vestidos e peças cortadas no sentido enviesado ou godês. Tecidos médios: esse tipo de pano é um pouco mais grosso, por isso apresentam uma estrutura mais armada. Nessa categoria, os principais tecidos são em microfibra, piquê, crepe com peso médio, sarja leve, veludo de peso médio, denim (tecido usado para jeans e tafetá) e linho com a trama fechada, os quais são utilizados em conjuntos, calças, jaquetas, saias, camisas e capas. Segundo Pezzolo (2007), algumas aplicações desse tecido, devido à estrutura, devem ser enviesadas ou no sentido do fio urdidura como tailleurs leves, calças compridas, jaquetas, saia godê, roupas de criança e masculinas, camisas e capas. Tecidos pesados: apresentam uma alta gramatura e, por isso, são encorpados e a estrutura é mais armada, normalmente são utilizados para a confecção de tailleurs, ternos, blazers, calças, casacos, mantôs, 55
MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
saias, pelerines, jaquetas, xales, vestidos. Os estilos de tecidos mais conhecidos desse grupo é o crepe romano, gabardine, brocado, lã com a trama fechada, tweed, brim, jeans, gabardine, cetim duchesse, veludo de seda, tafetá encorpado. Você percebeu que os tecidos de cada família tem um comportamento específico quando modelado. Agora, algo que é característico de cada pano é como comporta quando cortado no viés. Entender isso poderá ajudá-lo a produzir efeitos desejados em cada confecção.
delista deve sempre ter o cuidado de posicionar o fio reto do molde com o fio urdume do tecido, para que a peça tenha um caimento perfeito. • Vestibilidade: partindo da influência da modelagem no caimento, no processo de modelagem é importante considerar as folga positivas ou negativas para que a peça possa ser vestida, respeitando os movimentos do corpo e as características do tecido utilizado.
CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA A COSTURABILIDADE DOS TECIDOS
CAIMENTO: DEMAIS CARACTERÍSTICAS Conforme você já viu, o designer escolhe primeiro o tecido para depois criar o modelo, por isso o modelista tem que entender sobre alguns características responsáveis pelo caimento do tecido, como: • Toque: refere-se à textura e à flexibilidade do tecido, características que impactam as dobras e as pregas da confecção. • Composição do tecido: as fibras utilizadas no desenvolvimento do tecido influenciam drasticamente em seu “comportamento”. Por exemplo, um pano 100 % algodão tem fibras mais rígidas, desse modo, é preciso usar essa característica de forma correta no resultado final. • Gramatura (peso): a gramatura influencia na estrutura do tecido, quando a gramatura são leve, mais volume você poderá acrescentar ao modelo. Já tecidos pesados reduzem o volume da peça. Além do volume, a gramaturas interfere no tipo de acabamento que deverá ser utilizado. • Corte: para cortar uma peça de vestuário é muito importante que se preste atenção nas características de cada molde, em relação ao fio de urdume e de trama do tecido. O mo56
Para uma boa costurabilidade, o tecido é o fator mais importante, pois ele determina o formato da ponta da agulha que será utilizada, qual a gramatura de linha (linhas grossa ou fina) que deve ser usada na operação de costura. Por isso, antes de escolher os equipamentos defina o tecido já adequando as linhas e agulhas aos tipos de acabamentos a ser confeccionado. Dando continuidade ao assunto, apresento alguns cuidados que devemos tomar na análise de costurabilidade: Linha e agulhas: essas devem ser adequadas a cada tipo de tecido trabalhado. Posso exemplificar que ao costurar um tecido microfibra com linha de algodão o que acontecerá é um desastre com implicações no caimento da peça, nas costuras e na vestibilidade, visto que a composição distinta que o tecido e a linha tem acabam por proporcionar uma composição diferente. Acabamento de costura: dependendo do tipo de costura, como chuleado, pesponto e bainhas, quando executado com pouco cuidado, pode deixar um modelo com caimento esteticamente indesejável.
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Verificamos que são várias as características que influenciam no caimento de uma peça e a escolha de um tecido inadequado acarreta em um resultado inesperado. Por isso, não fique alheio(a) à questão do caimento e tenha claro que o universo é muito amplo e conhecer a grande gama de opções é uma grande aventura que se inova a cada novo tecido ou a cada tendência lançada.
TIPOS DE TECIDOS Antes de estudar os tipos de tecido, precisamos entender o que é definido como tecido. Segundo o dicionário Michaelis (on-line), tecido é uma trama de fios. Sendo assim, podemos entender que o tecido têxtil é um material tramado, podendo ser classificado pelas matérias-primas do fio, como: • Naturais: quando a fibra é encontrada pronta na natureza, podendo ser animal, mineral ou vegetal. • Artificiais: são fibras produzidas quimicamente da matéria-prima natural. Os tecidos mais conhecidos são: viscose, acetato e modal. • Sintéticos: nesse grupo estão as fibras produzidas pelo homem, usando produtos químicos da indústria petroquímica. Os tecidos mais conhecidos são: poliéster PES, poliamida PA, acrílico PAC, polipropileno PP e Elastano.
tecidos são tramados, entrelaçando os de urdume e o fio de trama. A classificação cria três categorias: tecido plano, tecido malha e tecido não tecido. Segundo Grave (2010), a principal características dos tecidos são: • O tecido plano: nesse estilo de tecido, os fios da trama e do urdume são entrelaçados e cruzam de forma perpendicularmente no tear alternando o movimento formando a trama/ligamento. A principal característica desse tecidos é que a ordenação de dois sistemas de conjunto de fios apresentando composições perpendiculares tornam os tecidos mais resistentes.
Outra maneira de categorizar os tecidos é pelo seu tramados, chamamos também de ligamento. A seguir, conheceremos como os
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Figura 1 - Tecido elástico com bom caimento, valorizando o estilo
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Figura 2 - Tecidos com caimento leve e transparente
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Figura 3 - Tecidos médios com caimento suave
Figura 4 - Tecidos com gramatura médio mais estruturados
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uando falamos em tecidos planos há três padrões de ligamento ou trama, sendo: • Ligamento Tela ou tafetá: é a tecelagem mais simples, na qual a trama cruza o fio de urdume passando um fio por cima e um fio por baixo, respectivamente. Na volta da trama, o fio de urdume que estava por cima, fica por baixo. Nesse tipo de ligamento os fios ficam próximos e o material fica mais firme. Entre os tecidos com essa tecelagem estão o chiffon, o mousseline, a organza, o shantung e o tafetá. • Ligamento de Sarja: neste tipo a repetição mínima do urdume na trama é de três fios, formando uma diagonal bem definida em forma de S. A diagonal pode ser para a direita ou para a esquerda. O tecido formado pelo ligamento sarja é mais firme do que o tecido em ligamento tela, suja menos como o caso do tecido denim (para modelo jeans) e sua lavagem é mais difícil. O lado direito do tecido quase sempre diferente do lado avesso, quando apresenta diferença é formado por dois fios: um tinto e outro não. Os tecidos com o lado avesso e o direito igual são formados por fios de cor única, são os tecidos brim. • Ligamento cetim: nesse caso, as repetições dos fios de urdume com os de trama cruzam-se de cinco a doze fios, os ligamentos entre os fios ficam distante e tornando o tecido com menos resistência. A característica deste ligamento, proporciona ao tecido, forma lisa e com brilho. Os principais tecidos que usam esse ligamento é o cetim, o crepe de seda e o veludo de seda.
Figura 5- Tecidos mais grossos e pesados
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• O tecido Malha: quando falamos de malha uma das características que se destaca é a elasticidade própria desse ligamento, isso acontece porque o entrelaçamento dos fios é em paralelo, formando carreiras e colunas, ou seja, a fiação toda está sempre no mesmo sentido (ou na trama ou no urdume). Para que se compreenda melhor a tecelagem da malha só é possível com a ajuda de agulhas, assim como o tricô. • Tecido não tecido: conforme a norma NBR13370, o não tecido é uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos, orientados direcionalmente ou ao acaso, consolidados por processo mecânico (fricção) e/ou químico (adesão) e/ou térmico (coesão) ou suas combinações. No vestuário, os exemplos de não tecido são: rendas, tule, filó, manta acrílica, telas etc.
PREPARAÇÃO DO TECIDO PARA A MODELAGEM TRIDIMENSIONAL Em alguns casos, os tecidos passam por um processo agressivo ao ser produzido, sofrendo distorção de fabricação, de modo que a trama e o urdume não fiquem perfeitamente alinhados. Para modelagem precisamos eliminar estas distorções e garantir que o tecido esteja alinhado e com a ourela, acabamento das laterais do tecido para evitar o desafio, bem ordenado. Quando for modelar, coloque o tecido sobre uma superfície plana e dobre, juntando as ourelas, caso o tecido fique enrugado será necessário alinhá-lo, puxe o tecido no viés em todo o seu comprimento, até que fique alinhado. Antes de cortar é importante que passe com ferro o tecido.
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SAIBA MAIS
Composição dos tecidos O tecido malha: tem uma elasticidade própria, devido ao entrelaçamento dos fios, ele pode ou não conter fibras com elastano. Também podem ser desenvolvidos com fibras naturais, fibras minerais ou químicas. Quanto ao tecido plano: podem ser desenvolvidos com ou sem elastano, em fibras naturais, minerais ou químicas. Fonte: adaptado de Treptow (2013).
Figura 6 - Entrelaçamento de fios Legenda: Fio de Urdidura (1) Fio de Trama(2) Fonte: adaptado de Wikipedia¹.
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Figura 7 - Esquadrando o tecido Fonte: Abling (2014, p. 12).
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ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DA MODELAGEM Quando vamos realizar os traçados dos moldes básicos, devemos levar em consideração o tipo de tecido em que vai ser produzido aquele modelo. Não é possível desenvolver um único bloco de moldes básicos para produção de qualquer roupa. Conforme cada tipo de tecido deve ser desenvolvido um tipo de base. Por exemplo, se a empresa trabalha apenas com tecido plano, as bases devem ser para esse tipo de tecido. Quando se trabalha com malha essas bases, precisa levar em
consideração o cálculo de elasticidade de cada malha. Conforme Heinrich (2005), para que você possa desenvolver as bases de roupas, você precisa conhecer a composição do tecido, para entender o comportamento, encolhimento ou elasticidade, mesmo que sejam da mesma categoria. Por exemplo, por mais que o jeans e o tricoline sejam tecidos planos com a mesma composição por ter estruturas distintas o comportamento dele acaba sendo diferente. 63
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TRAÇADOS BÁSICOS Inicialmente para desenvolver a modelagem plana ou tridimensional, é imprescindível definir as medidas e traçados dos moldes básicos, sendo baseadas nas medidas do público-alvo estabelecido pela empresa. Os moldes básicos representam a forma do corpo, somente com uma folga necessária para a vestibilidade e o conforto da peça. Quando construímos moldes básicos para garantir a qualidade e a simetria, é feito apenas a metade da frente e das costas, isso garante que a peça final seja simétrica. Para fazer toda a peça, usamos a técnica de espelhamento em que duplicamos a peça de forma idêntica invertendo a posição das linhas.
SAIBA MAIS
Na modelagem de tecido plano utiliza-se padrões de tamanhos idênticos, tanto para parte superior como inferior do corpo, seguem o mesmo esquema de numeração 38/40/42/46 e para tecidos em malhas a simbologia é em tamanhos PP/P/M/G/GG. Fonte: a autora.
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Representação dos moldes básicos em relação ao corpo Caro(a) aluno(a), na sequência, você conhecerá exemplos da estrutura básica de alguns moldes. As ilustrações não podem ser definidas como moldes, pois são apenas estruturas do corpo. Para que possamos definir como molde é necessário incluir a margem de costura, pois só assim será possível a confecção do protótipo.
REFLITA
Os traçados básicos não possuem acréscimo de medidas para costura, devendo estas ser acrescentado para a pilotagem dos mesmos, ou após o término da interpretação de modelagem. (Daiane Pletsch Heinrich)
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Blusa corpo superior Representa a metade (frente e costas), iniciando no ombro até a cintura, contendo cava e decote.
Figura 8 - Molde básico parte superior frente e costas. Fonte: acervo da autora. 65
MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
Saia corpo inferior Representa a metade (frente e costas), da cintura biológica até a altura do quadril. Depois é prolongado com um retângulo até a altura do joelho. Uso como cintura biológica é a parte mais estreita do tronco, um pouco acima do umbigo. Esse é o ponto que consideramos para produção do molde básico.
Figura 9 - Molde básico parte inferior frente e costas. Fonte: acervo da autora. 66
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Calça corpo inferior Representa a metade (frente e costas), da cintura biológica, estabelecendo a altura do gancho, iniciando na altura da cintura biológica, passando pela linha do quadril e prolongando até a altura do joelho.
Figura 10 - Molde básico parte inferior calça frente e costas Fonte: acervo da autora. 67
MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
Manga
Gola
Contorno do braço, composta de parte frente e costas, podem ser curta ou longa, conforme modelo desejado.
O molde básico parte do centro costas até o centro frente, ou seja, ½ gola, podendo ser modificado conforme modelo desejado.
Figura 11 - Molde básico parte da manga
Figura 12 - Molde básico parte da manga
Fonte: acervo da autora.
Fonte: acervo da autora.
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ESPELHAMENTO DOS MOLDES Abordamos até aqui a respeito da representação da metade dos moldes em relação ao corpo. Agora, você tem que completar os seus moldes, para formar o corpo todo, isto se dá pelo desdobramento dos moldes, caso sejam simétricos. A indústria do vestuário utiliza formas de representações para reproduzir as modelagens, como moldes simétricos e assimétricos. Moldes Simétricos Quando vestem de maneira igual o lado direito e esquerdo do corpo humano (direito e esquerdo). Por exemplo: jaleco e camisa. Moldes Assimétricos Quando vestem um único lado do corpo humano (direito, esquerdo, frente ou costas), por exemplo: vestido de um ombro só. Em alguns casos, os moldes são produzidos com medidas particulares de um corpo, sem considerar medidas padrões da empresa ou normas da ABNT. Esse método é muito utilizado em ateliê de alfaiataria, na qual as peças do vestuário são desenvolvidas individualmente, coletando medidas de cada pessoa e desenvolvendo os moldes exclusivos. SAIBA MAIS
Para que possa entender os moldes básicos deve ser traçados com escala para o tamanho natural. Será assim que você irá entender o traçado do molde junto com as proporções e as formas de encaixá-lo no corpo. Figura 13 - Saia representando modelo assimétrico
Fonte: Winifred (2014).
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TÉCNICA
DE COSTURA MANUAL Caro(a) aluno(a), a seguir, você conhecerá as principais técnicas de costuras manuais. Tenho certeza que você alguma vez já fez uma costura manual, sem nenhuma técnica. Pois bem, é muito importante que saiba utilizar de forma correta suas linhas e agulhas. Não estou dizendo que você só deve fazer a costu-
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ra manualmente em toda sua roupa. Smith (2012) inclusive defende que a costura à mão definitiva é utilizada para dar acabamento a uma peça de roupa, fixar os fechos e é útil para consertos rápidos. Além desse ponto, você também utiliza essa técnica para alinhavar uma peça antes da costura definitiva.
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FERRAMENTAS NECESSÁRIAS Para que faça corretamente a costura manual é importante que tenha sempre uma caixa com os utensílios de costura. Você encontrará essas ferramentas em armarinhos ou lojas de aviamentos. Esse processo visa oferecer qualidade a alguns produtos delicados, conforme Fischer (2010, p. 71): A construção de vestuário pode ser dividida em diversas áreas de especialização. No topo da cadeia de produção está a alta costura e a alfaiataria, que envolve trabalho individualizado com o cliente.
Nas figuras a seguir, você verá que são várias as possibilidades de ferramentas para se utilizada na costura manual, apresentaremos as mais importantes: • Tesoura para tecido e corte de linha: existem vários tipos desse estilo de tesoura, diferenciando-se conforme o tecido. Procure escolher uma tesoura média que poderá usar para a maioria dos tecidos e outra para picotar linhas. Quando for comprar, escolha uma que se encaixe perfeitamente em sua mão. É importante pontuar que já existe tesoura para canhotos. Para manter o fio de corte da sua tesoura e não acabar danificando um tecido delicado, não use sua tesoura para cortar papel, pois este material tira o corte da mesma e a torna inapropriada para o uso.
• Agulhas: esses utensílios, não diferentes dos outros, apresentam uma infinidade de formas, tamanhos e espessuras. O ideal para costuras em geral é utilizar as agulhas de ponta fina e com comprimento mediano. • Dedal: segundo Fisher (2010, p. 73), o dedal feito de metal é o mais adequado para proteger a ponta de seu dedo. Tem muitas pessoas que não se acostuma a trabalhar com dedal, mas em alguns tipos de operação na costura manual ele é muito importante. • Fita métrica: no início de nossos estudos já foi descrito sobre essa ferramenta. Esse instrumento é muito útil para verificar as medidas durante o processo de costura. • Alfinetes e porta alfinetes: os alfinetes também estão disponíveis em diferentes tamanhos, forma e espessuras. Procure trabalhar com alfinetes que sejam compatíveis ao tipo de material a ser utilizado, pois esses podem danificar o material. Quanto ao porta alfinetes, esse é simplesmente para acomodá-los, para que não se percam com facilidade. Você mesmo pode fazer seu próprio porta alfinetes em patchwork, custa mais barato. • Linhas para costura, acabamentos ou bordados: existe uma variedade enorme de linhas, cada uma destinada a uma função ou material, podendo ser em fibras naturais ou sintéticas. A linha ideal depende do tipo de material, por exemplo, linhas na composição de algodão são para tecidos de algodão. A escolha da linha também é influenciada pela sua empregabilidade, por exemplo, para fazer alinhavado você precisará de uma linha mais grossa e resistente ao manuseio.
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Figura 14 - Ferramentas de costura manual
Figura 17 - Modelo de dedal
Figura 15 - Tipos de tesouras para tecido
Figura 18 - Modelo padrão de fita métrica
Figura 16 - Modelo ideal de agulha para costura
Figura 19 - Modelo de porta alfinetes
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Figura 20 - Linhas de costura
PONTOS DE COSTURA MANUAL Para desenvolver o processo de costura do vestuário, pode-se montar a peça com a técnica de costura manual ou industrial. Vamos agora conhecer a costura manual, muito utilizada na alta costura. A costura manual serve de apoio para confecção de uma peça delicada, necessidade por falta de um recurso ou até uma terapia. Tudo isso vai depender da ocasião, o mais importante é que quando for fazê-la use agulha e linhas corretas, além do dedal para se proteger. Busque trabalhar em um lugar com boa iluminação para não forçar os olhos e se
sentar em uma cadeira confortável com descanso para os pés, isso evitará que se curve sobre o trabalho e dobre demais suas costas. Para que seu trabalho fique com uma boa qualidade, procure adaptar a agulha certa para cada tipo de tecido. Costure sempre em sua direção, evite trabalhar com uma linha muito longa para evitar nós e quando for fazer o ponto não aperte demais, pois o efeito disso aparecerá na parte externa da roupa. Agora que sabe disso, conheça os principais pontos da costura manual:
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
• Ponto de alinhavo: esses pontos são grandes e não é feito nó, para facilitar seu desmanche, ele é usado principalmente para unir tecidos temporariamente antes da costura definitiva, para a aplicação de rendas e bordar pedrarias. • Ponto invisível: utilizado, normalmente, para fazer bainhas ou qualquer tipo de barras, juntar dois tecidos como barras de calças e saias, além da junção de pequenos espaços.Com esse ponto as costuras ficam invisível no tecido. • Ponto atrás: é um tipo de ponto bem resistente, é bem parecido com o ponto de costura reta, pode-se fazer costura de união de dois tecidos, ficando resistente e durável. • Ponto caseado: é uma sequência de pequenos pontos na posição reta e vertical, é sempre costurado em uma borda e não para unir tecidos. Esse ponto é empregado para fazer acabamentos internos e apliques como elementos decorativos • Ponto de espinha, comumente chamado de pé-de-galinha: ele fixa dois tecidos como barras e proporciona uma elasticidade, este ponto é utilizado para fazer barras, bordados e pontos decorativos. É recomendado para tecido com elasticidade.
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Caro(a) aluno(a), os pontos que você viu são os principais pontos da costura manual, é muito importante para você, profissionalmente falando, que saiba realizar todos esses pontos. Para te auxiliar preparamos um vídeo com o passo a passo de cada um dos pontos. Confira! Além desses tipos de pontos, existe uma infinidade de outros tipos na costura manual. Isso é uma pequena demonstração. Espero que tenha percebido a importância da costura manual e que ela nunca perderá sua utilidade na Moda. Muitos dos grandes estilistas, em seus ateliês não tem máquinas de costura e suas peças são costuradas à mão. Já na costura industrial, a peça sai para montagem alinhavado com técnica manual. Lembre-se de que quem molda uma roupa tem que saber montá-la, não importando a técnica, mas o resultado final. Para treinar, procure costurar todos os tipos de pontos em retalhos. Para garantir que a peça final ficou boa é muito importante que após a montagem, vista a roupa no manequim ou em uma pessoa com as mesmas medidas, visando analisar e arrumar os defeitos, para que se tenha uma boa vestibilidade.
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Figura 21 - Ponto alinhavo Fonte: Smith (2010, p.49).
Figura 24 - Ponto caseado Fonte: Smith (2012, p. 51).
Figura 25 - Ponto espinha ou pé-de-galinha Fonte: Smith (2012, p. 51). Figura 22 - Ponto invisível Fonte: Smith (2012, p. 51).
Figura 23 - Ponto atrás Fonte: Smith (2012, p. 49).
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considerações finais
Considerações Finais
C
aro(a) aluno(a), chegamos ao fim desta unidade, na qual verificamos a eficiência da escolha de tecidos e técnicas de costura moulage, como instrumento de otimização do processo de desenvolvimento do produto de moda/vestuário. Para tanto, enfocamos as etapas de execução e a materialização, nas quais a referida técnica encontra-se inserida, constata-se a dicotomia entre a escolha de tecidos e as etapas da moldagem do corpo. Vimos também conceitos básicos sobre como reconhecer e escolher os tecidos para desenvolver as peças moldadas ou a serem moldadas, ao mesmo tempo em que nos traz o reconhecimento dos tipos de fios de ligamentos dos tecidos e estes tem muita influência no momento da execução da peça através da modelagem tridimensional. Abordamos a questão do espelhamento de molde para constituir a forma do corpo inteiro no projeto da modelagem do produto, enfatizando os aspectos de vestibilidade e caimento do tecido ao corpo. É importante estudar sobre a técnica de costura manual, que são meios de construção das peças, no âmbito acadêmico, sabendo que existem uma variedade de técnicas de costura, mas a técnica manual é a mais próxima de você, pois existem vários livros que auxiliam a reprodução desta técnica. Para a aplicação da técnica de costura manual, mostrou-se a importância da escolha dos materiais e suas aplicações. Enfim, podemos dizer que com o conhecimento e aplicação da técnica correta para obtenção dos moldes bases e consumo de matéria-prima ideal para o caimento do modelo, soluções de montagem – causam aos resultados, uma comparação dos dados obtidos quando a técnica da modelagem tridimensional encontra-se ou não inserida no processo de desenvolvimento do produto de moda. É averiguada a eficiência da técnica no processo.
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LEITURA COMPLEMENTAR
Modelagem Tridimensional Modelagem Tridimensional (Drapping ou Moulage) é a manipulação do tecido sob a forma tridimensional, ou seja, sobre o corpo (manequim), onde se obtém de imediato o resultado da criação, visualizando o ajuste perfeito da modelagem às curvas do corpo e o efeito de cada tecido a ser trabalhado. O uso dessa técnica trouxe ao criador mais liberdade, podendo facilmente verificar proporção, balanço e as linhas de estilo. A modelagem é trabalhada sobre um busto de costura industrial com as medidas padrões do biotipo brasileiro, voltadas para a indústria do vestuário e desenvolvido em parceria com a modelagem plana que transforma essa forma tridimensional em molde para a produção industrial. Para o traçado das bases na modelagem tridimensional é utilizado o tecido de algodão cru ou morim branco, enquanto que para a interpretação de modelos o trabalho é feito com o tecido definitivo da peça, dependendo, é claro, da experiência e segurança do modelista. Para a roupa ter um bom caimento ao vestir é necessário que o molde esteja cortado no sentido do fio, por isso na modelagem tridimensional o tecido deve ser posicionado no busto obedecendo o fio e
as marcações corretas com fitas sobre o busto, estas linhas facilitam a reprodução dos moldes do tecido para o papel, são horizontalmente as linhas de degolo, ombro, busto, cintura e quadril; verticalmente as linhas de centro costas, centro frente, costura lateral e linha princesa frente e costas. Além delas, são necessárias algumas marcações complementares como a linha de largura de cava, frente e costas, linha de contorno de cava e linha de separação do busto. O tecido vai sendo modelado sobre o corpo do manequim, com a habilidade das mãos e auxílio dos alfinetes e durante a execução as linhas marcadas no manequim orientam a modelagem e são transportadas para a tela. Neste momento ao executar a moulage, é possível observar o caimento da peça ao corpo, levando em consideração a leveza e fluidez do tecido. Concluída a modelagem procede-se a planificação da peça, transportando o traçado das formas e demais marcações da tela para o papel, com o auxílio de ferramentas adequadas. Fonte: Saggese e Duarte (2013).
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MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
1. Os tecidos estão divididos em três categorias: tecido plano, tecido malha e tecido não tecido. Conforme Grave (2010), as principais características tecidos são:
Analise as alternativas e assinale a alternativa correta: I. Tecidos com gramatura média. II. Caimento desse tecido é fino e delicado.
a. O tecido plano é formado por três tipos de ligamentos: tela ou tafetá, sarja e malha.
III. O caimento desse tecido é fluido e leve.
b. O processo de malharia é feito com agulhas e é bem parecido com o tecido plano.
IV. A maioria dos tecidos com esse caimento apresenta transparência.
c. Qualquer tecido possui uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos.
a. Apenas I e II estão corretas.
d. O tecido malha contém elastano em sua estrutura própria. e. Quanto ao tecido plano, este só pode ser desenvolvido somente com elastano. 2. Há uma gama muito grande de variedade de tecidos no mercado têxtil, compostos de diferentes matérias-primas e com gramaturas diferentes. Entre muitos podemos observar a textura e caimento. Considerando a imagem a seguir, que tipo de características o tecido representado oferece ao caimento da peça.
b. Apenas II e III estão corretas. c. Apenas I está correta. d. Apenas II, III e IV estão corretas. e. Nenhuma das alternativas está correta. 3. Os tecidos médios são tecidos um pouco mais grossos e apresenta estrutura mais armada. A respeito dos exemplos de tecidos médios, analise e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): ( ). Microfibra e piquê. ( ). Linho com trama mais fechada. ( ). Seda mista ou sintética. 4. O designer escolhe o tecido antes de projetar o modelo, portanto, muitas vezes ele tem que avaliar muito bem o caimento do material, sabendo que vai executar uma peça piloto. O ideal para que não ocorra desperdícios é errar o mínimo possível. Sabendo que o caimento é importante, quais são os fatores que o influenciam em uma peça? a. Toque, gramatura (peso), modelagem e conforto. b. Toque, gramatura (peso), modelagem e corte. c. Gramatura, peso, corte e forma.
Figura: Caimento do tecido
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d. Moldagem, corte, gramatura e toque. e. Fluidez, modelagem, caimento e toque.
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5. Para se obter um produto do vestuário com boa qualidade, depende muito da costurabilidade da peça. Quais são os cuidados necessários para uma boa costurabilidade dos tecidos? Assinale a opção correta: a. Pode-se costurar um tecido com qualquer tipo de agulha. b. Pode-se costurar o tecido microfibra com linha de algodão. c. Pode-se costurar o tecido e a linha com composição diferente. d. O tipo de acabamento aplicado a uma roupa resulta em um caimento esteticamente indesejável. e. Pode-se aplicar chuleado, pesponto e bainhas com pouco cuidado, que o resultado é considerado excelente. 6. Tecido é considerado matéria-prima para o design de moda. Portanto, os tecidos estão divididos em três categorias: tecido plano, tecido malha e tecido não tecido. Conforme afirmação, analise as alternativas e assinale a alternativa correta:
a. Apenas I e II estão corretas. b. Apenas II e III estão corretas. c. Apenas II, III e IV estão corretas. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Nenhuma das alternativas está correta. 7. Os tecidos estão divididos em três categorias: tecido plano, tecido malha e tecido não tecido. Dentro desta categoria o tecido plano é formado pelo entrelaçamento de dois fios que se cruzam perpendicularmente, no processo de tecelagem (tear). Sobre os três tipos de ligamentos do tecido plano, analise e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): ( ). Ligamento tela ou tafetá é o mais simples. A trama do ligamento tela cruza o fio de urdume passando um fio por cima e um fio por baixo, respectivamente ( ). Ligamento sarja: o ligamento sarja tem uma repetição mínima de cinco fios de urdume e de trama, formando uma diagonal. ( ). Ligamento cetim são os fios que se repetições de três e fios de urdume e trama.
I. O tecido plano consiste na ordenação de dois sistemas de conjunto de fios, os quais apresentam composições perpendiculares e formam ângulos retos. II. O processo de malharia é feito com agulhas e é bem parecido com o tricô. III. O tecido malha é construído com entrelaçamento formando carreiras e colunas. IV. O tecido malha tem uma elasticidade própria de seu ligamento. V. Conforme a norma NBR-13370, o não tecido é uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos.
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Tecidos e Moda Jenny Udale
Editora: Bookman Editora Sinopse: tecidos e Moda apresenta os principais tecidos utilizados na fabricação de peças de vestuário e suas características. Também são abordados os processos do design têxtil, os diferentes tratamentos de superfície, a influência das cores e das tendências sobre a moda e os tecidos, e muito mais. Esta segunda edição inclui propostas de projetos e entrevistas com talentosos designers têxteis e de moda, que discutem seus processos de produção e o uso que fazem dos tecidos em seus trabalhos, ajudando você a explorar e aprimorar seus conhecimentos sobre tecidos e moda. Com esse livro, você vai saber escolher o tecido certo para as roupas da sua coleção. Comentário: como já estudamos nas aulas nessa unidade, é muito importante que um designer de moda/vestuário conheça e descubra a forma de se trabalhar com tecidos similares ao modelo escolhido e planos de simetria do corpo. Esse livro aborda bem estes conteúdos, portanto, é muito importante que você procure lê-lo, pois ele lhe dará muitas orientações sobre escolha e caimento dos tecidos ao corpo.
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referências
ABLING, B. Moulage, modelagem e desenho: prática integrada. Bina Abling, Kathleen Maggio (org.). Trad. Claudia Buchweitz, Laura Martins. Porto Alegre: Bookman, 2014. A bíblia da costura: passo a passo de técnicas para fazer roupas e acessórios. Trad. Alessandra Mussi...et al.]. Rio de Janeiro: Reade‘s Digest, 2009. CHATAIGNIER, G. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. São Paulo: Estação das Letras, 2006. HEINRICH, D. P. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Novo Hamburgo: Feevale, 2005. FISCHER, A. Construção do Vestuário. Porto Alegre: Ed. Bookmam, 2010. GRAVE, M. F. Modelagem tridimensional ergonômica. São Paulo: Escrituras Editora, 2010. PEZZOLO, D. B. Tecidos: história, tramas, tipos e usos. 4. ed. rev. e atual. São Paulo: Senac São Paulo, 2007. SAGGESE, S.; DUARTE, S. Modelagem Industrial Brasileira. 6ª Edição. Rio de Janeiro: Guarda-Roupa, 2013. TREPTOW, D. Inventando moda: planejamento de coleção. 5. ed. São Paulo: Autora, 2013. UDALE, J. Tecidos e moda. 2.ed. Porto Alegre: Bookman Editora, 2015 (Coleção Fundamentos de Design de Moda). WINIFRED, A. Modelagem plana para moda feminina. Trad. Claudia Buchweitz; Laura Martins, Patrícia Varriale da Silva, Scientific Linguagem Ltda. Rev téc.: Camila Bisol Brum Scherer. 5º ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
Referências On-Line ¹
Em: .
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gabarito
1. E 2. D 3. V; V; F 4. B 5. D 6. D 7. V; F; F
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MOLDES BÁSICOS E INTERPRETAÇÃO DE MODELOS SOBRE A PARTE INFERIOR DO CORPO Professora Esp. Inês Sarto Soares
Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Construção do corpo básico inferior reto e modelado • Variações de modelos de saias • Transferência da modelagem tridimensional para modelagem bidimensional (planificação) • Processo de acabamentos (limpeza) para parte inferior do corpo
Objetivos de Aprendizagem • Desenvolver moldes básicos de saias, utilizando os princípios da técnica de modelagem tridimensional. • Executar variações de modelos de saias. • Aplicar a técnica de transferência de moldes tridimensional em bidimensional. • Conhecer o processo de limpeza de peças moldadas.
unidade
III
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a) a mais uma unidade de estudo. Agora que você já tem um bom conhecimento técnico sobre os materiais e ferramentas que são utilizadas, nós podemos avançar para outro conteúdo e tratar da modelagem tridimensional propriamente dita. É neste momento que os conceitos se misturam com as práticas e eu posso apresentar todas as atividades feitas a partir da modelagem tridimensional, pois agora você conhece realmente as etapas da prática de moulage. Nesta unidade, você conhecerá as principais possibilidades de modelagem na parte inferior do corpo. Tudo começa preparando o tecido para a técnica. É com ele alinhado e riscado que é possível começar os estudos de modelagem. Partiremos de um modelo de saia reta, peça básica da parte inferior do corpo, moldando sobre o corpo e colocando as folgas para garantir vestibilidade à peça. Em seguida, vamos utilizar as proporções estabelecidas pela peça base que foi desenvolvida e iremos colocar a técnica de interpretação de modelos, fazendo alterações para novas possibilidades de molde. Isso só é possível agora, pois você já está familiarizado(a) com a forma do corpo. Em cada modelo, depois da modelagem pronta, você aprenderá como transferir o formato tridimensionais de um molde para uma forma bidimensional. Vamos transferir do tecido modelado para um molde de papel. Durante esta técnica é importante que tenha alguns cuidados para que não apresente erros e acabe sacrificando o produto final. Finalizaremos com a limpeza da peça. Afinal, toda a boa peça deve ter um bom acabamento. É visto em muitas bibliografias que o acabamento de uma roupa “é a alma do negócio”, portanto, não vamos deixar ele passar despercebido. Bom estudo e faça todas as etapas com calma e tranquilidade em qualquer dificuldade que tenha, retome os passos do livro, pois ele é um apoio imprescindível para a sua formação.
Figura 1 - Modelo de saia reta
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Construção do Corpo Básico Inferior Reto e Modelado Caro(a) aluno(a), agora que você já tem o conhecimento prévio de corpo, de molde e de tecido, aprendidos nos estudos anteriores, é possível trabalhar com as práticas, pois tudo que iremos tratar a partir deste momento será aplicabilidade das teorias estudadas. Vamos iniciar nosso primeiro projeto de modelagem tridimensional? Que tal compor uma base da saia reta e, a partir disso, estudar a execução de outros modelos? Para a prática que vai ler agora é importante que tenha em mãos: • Manequim técnico do tamanho desejado. • Tecido morim. • Tesoura. • Fita métrica. • Alfinetes. • Lápis ou pincel colorido ponta fina. • Instrumentos de medição (curva francesa, curva de alfaiate e esquadro).
PRIMEIRO PASSO: BUSTO TÉCNICO Antes da modelagem, os principais pontos quando for escolher um busto técnico é: • É importante que ele já esteja marcado com as linhas de construção do corpo, conforme vimos na unidade anterior. • O busto deve ter as medidas do público-alvo para qual será destinada a roupa; algumas empresas tem como politica contratar uma pessoa que com as medidas do público em questão. • Procure manter esse manequim sempre em bom estado de conservação, para não provocar algum defeitos na peça. • A circunferência do busto pode ter uma folga apenas de vestibilidade.
SAIBA MAIS
Quando você for montar seu atelier tenha espaço suficiente para acomodar um busto técnico, uma mesa para retraçar e cortar os moldes, uma tábua de passar com ferro. Além de nichos para tesoura de tecido, alfinetes (finos e longos nº 29), e caneta de traço fino (preta ou vermelha), além de fita métrica, régua de alfaiate, curva francesa e esquadro. Fonte: adaptado de Duburg e Van Der Tol (2012, p. 32).
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SEGUNDO PASSO: PREPARANDO O TECIDO
21cm
Centro FRENTE
CF
Linha lateral
Linha eixo central frente
60cm
Linha de quadril + 1cm
3cm Tecido 1 para FRENTE
40cm
21cm
Centro COSTAS
CC
60cm
Linha eixo central costas
Linha de quadril + 1cm
Linha lateral
Após a escolha do Busto, o próximo passo é separar os materiais. Depois que escolheu o tecido que vai trabalhar, vamos prepará-lo para que possa produzir os moldes. Comece medindo o comprimento e altura do seu busto técnico, o pedaço de tecido deve ter 10 cm a mais para eventuais erros e para os acabamentos necessários. Para trabalhar frente e costa há a necessidade de preparar dois tecidos com: 1. 40 cm de largura (trama) e 60 cm de comprimento (urdume). A ourela do tecido deve ficar na vertical paralela ao fio de urdume. Para entender melhor, o sentido do fio de urdume do tecido é determinado pelo fio reto do molde. Sendo este, uma marcação feita ao longo do comprimento do painel, para que o molde seja encaixado e esquadrado no tecido antes do corte da peça. 2. Com o tecido preparado, conforme já vimos na unidade anterior, vamos marcas as linhas de construção do corpo. Comece riscando 3 cm da borda do tecido e marque outra linha para limitar a largura do quadril, que é o valor do quadril mais 1 cm para folga. Observe a figura 2: 3. Para marcar a linha de quadril, meça a altura dela e some 3 cm como folga na cintura, por exemplo, se no manequim a altura do quadril é de 18 cm no tecido você deve marcar 21 cm (18cm + 3cm). 4. Marque uma linha reta com 3 cm paralela a ourela, para determinar orientação do eixo central.
40cm
3cm Tecido 2 para COSTAS Figura 2 - Tecido preparado com medidas para a moulage. Fonte: acervo da autora.
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TERCEIRO PASSO: MOLDANDO A SAIA FRENTE E COSTAS Antes de começar o terceiro passo é importante que saiba que quando for posicionar o tecido no busto, as linhas principais ou o encontro de linhas, como o encontro da linha do quadril com o eixo central, você coloque os alfinetes em forma de trava, alfinetes cruzados como tesoura. Isso deixa o tecido bem fixo ao corpo e facilita a moldagem. Quando começar a moldar as peças no corpo, perceberá que algumas partes do corpo são mais ou menos salientes, como cintura e quadril. Para ajustar a peça ao corpo e proporcionar tridimensionalidade são realizadas algumas dobras no molde conhecidas como pence. Diante disso, podemos começar a modelar nossa saia. Para que fique claro, divida o que precisa ser feito nas seguintes etapas: 1. Comece usando um tecido previamente preparado e riscado, como conforme explicado anteriormente. Na sequência, posicione a linha central do tecido com a do manequim, deixando 3 cm sobrando acima da cintura. 2. Prenda o tecido na linha de eixo central do busto técnico fazendo uma trava alfinete. Comece prendendo a linha do quadril e depois com alfinetes na altura, conforme mostra a figura 3 a seguir.
Figura 3 - Esquadrando o tecido no eixo central frente Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 23).
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3. Prenda o tecido fazendo uma trava de alfinete ordenando a linha lateral do material com a linha do quadril do busto. Leve em consideração a folga de vestibilidade assim, conforme a figura 4 a seguir.
Figura 4 - Prendendo a linha do quadril e deixando uma folga no tecido Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 23).
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4. Com o tecido preso para melhor acomodá-lo, passe a mão no sentido do quadril pela linha lateral indo em direção à cintura, deixe o tecido bem acomodado e trave alfinetes no tecido, especificamente, na linha da cintura. Caso necessite de alguns piques na sobra de tecido acima da cintura, conforme a figura 5.
Figura 5 - Dando piques e acomodando a tela na cintura Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 24).
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5. Depois de fixar as linhas lateral e central do tecido e acomodá-lo, perceberá uma folga dele na linha da cintura, isso significa que é necessário uma pence. Por questões de ergonomia da peça, o melhor lugar de aplicar a pence é sobre a linha princesa, conforme você pode ver na figura 6. A marcação normalmente é feita com alfinetes deixando a pence em pé, tendo em média 10 cm de comprimento e no máximo 3 cm de abertura.
Figura 6 - Moldando a pence. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 24).
Após ter moldado a parte da frente do corpo, vamos limitar o contorno do corpo. 6. Pegue uma caneta e marque com linhas pontilhadas a linha de cintura, desde o eixo central até a linha da costura lateral - da linha de quadril até a linha de cintura -. Esse tracejado deve ser marcadas no tecido bem em cima da fita de cetim da costura lateral, conforme a figura 7 a seguir. 7. Depois que todas as marcações foram feitas, você pode retirar o tecido do manequim e na mesa com um traçado firme para não fazer borrões: 94
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a. Risque a linha de curva do quadril com a régua de alfaiate. b. Risque a pence com régua reta, a pence da saia é traçada com retas formando um v, conforme a figura 8. c. Dobre a pence e alfinete com se estivesse costurando e trace com curva a linha de cintura.
Figura 7 - Parte da execução da moulage da base da saia
Figura 8 - Retraçado a pence e linha de quadril da saia
Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 24).
Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 24).
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Linha de cintura Pence
Linha de quadril
Centro da FRENTE
Linha lateral FRENTE
8. Agora com a estrutura do molde feita vamos fazer as Margens de costura. Esse excesso de tecido que se acrescenta além da limitação do desenho do corpo, para Duarte (2008) é determinada pelo tipo de máquina que fará a operação de costura. Por exemplo, máquina de overclock simples para malha: margem de costura 0,5 cm; Overlock ponto cadeia margem de 0,7 cm; máquina reta tecido plano, margem de 1 cm e assim por diante. O importante é saber com antecedência em qual máquina o produto vai ser costurado. A barra precisa ser dobrada, deixe uma margem de 4 cm, ou seja, a margem de costura é um valor acrescentado na beirada da peça para que esta possa ser dobrada e costurada posteriormente. 9. Com o contorno limitado e a margem de costura incluída, feche a pence com um alfinete e aplique o molde ao busto técnico (figura 9): 10. Com o molde da frente pronto, vamos modelar a costa da saia. Para desenvolver o modelo, você irá pegar outro tecido preparado com as riscas laterais e fazer todas as operações que foram realizadas na parte da frente. A única diferença é que nas costas, geralmente, a pence é maior e com uma abertura maior (mais ou menos de 12 a 13 cm de comprimento com no máximo 4 cm de abertura).
Base saia reta FRENTE
Linha de barra
Figura 9 - Molde da frente da saia com costura Fonte: acervo da autora.
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QUARTO PASSO: PROVA DA PEÇA Linha de cintura Pence
Centro das COSTAS
Linha lateral COSTAS
Linha de quadril
Após marcar e cortar o excesso de tecido, deixando apenas o contorno da peça frente e costas com as pences fechadas. Retire as peças e com os alfinetes una os dois moldes pela lateral, conforme a figura 11. Em seguida, comece a analisar a questão de vestibilidade, vendo se peça não ficou apertada ou com rugas, isso é, se a peça está perfeitamente adequada e confortável no busto técnico. Faça uma análise de vestibilidade da peça, verificando os defeitos e acertos da peça. Agora que conseguiu desenvolver a base da saia reta básica, observe que você conseguiu moldar o corpo inferior, além de usar esta base como referência para outros modelos, como evasê e afunilada, mais conhecida como saia lápis. Para modelar um corpo inteiro basta que tenha paciência, metodologia de trabalho e procure executar os moldes seguindo a técnica apresentada, garanto que não haja erro.
Base saia reta COSTAS
Linha de barra
Figura 10 - Molde das costas da saia com costura Fonte: acervo da autora. Figura 11 - Peça costurada com alfinetes e vestida no manequim. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 30).
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Variações de Modelos de Saias
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Vamos aprofundar nosso estudos sobre modelagem. Com seu modelo base de saia, você poderá agora executar alguns outros modelos previamente elaborados. Para que possamos dar segmento no estudos, o primeiro passo é aplicar o molde de saia reta básica no seu manequim técnico. Segundo Abling (2014, p. 42), o desenho de uma saia ajustada pode ser utilizado como modelo para desenhar uma saia mais ampla e solta. Partindo dessa abordagem, é possível utilizar a mesma base para criar uma saia afunilada, também conhecida como saia lápis.
FRENTE
SAIA LEVEMENTE EVASÊ SEM PENCE A palavra Evasê é de origem francesa e significa “largo”, sendo assim, as saias em modelo evasê tem uma modelagem mais aberta na parte inferior, ficando solta no quadril. Foi dividido a produção prática desse modelo em algumas etapas. Veja a figura 12 (a;b):
Não reprima sua inspiração e sua imaginação; não se torne escravo do seu modelo. Vincent Van Gogh COSTAS
Figura 12a - Modelo de saia evasê sem pence
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Figura 12b - Modelo de saia evasê sem pence
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Agora, vamos para a prática desse modelo: 1. O primeiro passo é resgatar o molde base de uma saia reta, com as duas peças unidas por alfinetes. 2. Vista a peça no manequim e corte a linha princesa de cima para baixo, até o ápice da pence, conforme vemos na figura 13.
3. Preencha a fenda com um retângulo de tecido e alfinete o tecido da saia ao tecido acrescentado. Observe a figura, a seguir, e veja como a roda da peça foi alterada formando volume.
Figura 13 - Modelo tridimensional da base da saia reta.
Figura 14 - Molde bidimensional da base da saia reta
Fonte: acervo da autora.
Fonte: acervo da autora.
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4. Retire o molde do busto e acrescente de 3 a 4 cm na barra da fenda, você perceberá que este acréscimo dará um pouco mais de volume a saia. Conforme a figura 15:
Conforme você verificou na foto do começo do tópico, a saia não tem costura central na frente, para isso será necessário espelhar o molde frontal na finalização. Sobre essa técnica, você terá mais detalhes no próximo tópico. Agora na finalização das costas para proporcionar vestibilidade é colocado um zíper, corta-se duas vezes no tecido, deixando a costura de 2 cm no centro, justamente para que costure o zíper, em uma extensão de 18 cm para um corpo que veste o manequim nos tamanhos 38 a 42.
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m
Você perceberá duas coisas: primeiro, um aumento significativo na barra e também que no molde as linha da cintura e da barra ficaram curvilíneas. Quando perceber isso não se assuste, trata-se de uma característica do molde. Não tente alinhar ou cortar reto nesse local, pois afetará no efeito da saia. 6. Para fazer o molde das costas repita a mesma operação, sem nenhuma alteração.
m’
Esse aumento do molde ampliou a costura lateral para o evasê, criando uma nova linha lateral com folga na altura do quadril. 5. Pegue um retângulo de tecido com o comprimento da saia e a largura maior que a abertura proporcionada pela pence e alfinete nessa abertura como se fosse um remendo.
Aumentar 4cm Figura 15 - Acréscimo de volume na saia: aumento de 4 cm na lateral para o evasê lateral. Fonte: acervo da autora.
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SAIA COM PALA E VOLUME COM FRANZIDO O modelo que iremos trabalhar tem como característica a cintura localizada abaixo da linha da cintura. Dividimos a modelagem do tecido ao corpo até a altura do pequeno quadril e depois um molde formará a pala, tanto na frente como nas costas.
Figura 16 - Parte frente espelhada (copiada em outro tecido). Fonte: acervo da autora. Figura 17 - Saia com pala na parte do pequeno quadril e franzido no recorte da pala. Fonte: Duburg e Von dertol (2012, p. 53).
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Desenho da pala
Parte inferior da saia
Para desenhar a pala no corpo, comece posicionando o tecido sobre o mesmo. No molde base, comece pelo eixo central moldando a cintura e fazendo a pence de cintura. Conforme a figura acima, observe que o tecido ficou bem acomodado ao corpo. Desenhe a pala, dando pontilhadas na linha de cintura e na linha lateral próximo à linha do quadril. Para determinar o tamanho da pala, risque uma paralela da cintura com a medida de 10 cm em direção a linha do quadril. Faça esse processo na frente e nas costas. Retire o tecido do busto e retrace as linhas de contorno com o auxílio de réguas curvas e retas. O molde fora do corpo se torna um molde no plano bidimensional, ou seja, esse plano ajuda na definição do contorno da peça desenvolvida.
O primeiro passo é cortar dois retângulos de tecido com duas vezes o valor do perímetro desejado do molde. Por exemplo, se o perímetro da pala for 23 cm, corte um tecido com 46 cm de largura por 40 de comprimento, não esquecendo de acrescentar mais 4 cm para costura. Lembrando sempre que o comprimento do tecido deve ser cortado no sentido do fio de urdume. Em seguida, vamos franzir uma das bordas do tecido, no sentido da largura do tecido com duas costuras. Esse lado será costurado na parte da pala em que está voltada para o quadril. Chamamos de franzimento do tecido a técnica em que você pega um tecido com dimensões maiores que o perímetro desejado e enrugando o tecido você conseguirá que ele fique no tamanho desejado. Por exemplo: se eu quero um molde com franzido e com perímetro de 60 cm será necessário um tecido com 20cm a mais que o necessário, totalizando 80
Figura 18 - Molde bidimensional da pala frente e costas Fonte: acervo da autora.
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Eixos costura COSTAS
Lin lat ha era l
Pala costas
ha Lin ral e lat
Eixos costura FRENTE
Pala frente
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cm. Após o franzimento, com o tecido enrugado terei uma peça com 60 cm. Existem várias formas de se aplicar o processo de franzir, como: 1. Dobrar o tecido e alfinetar. 2. Alinhavar na borda do tecido e puxar para enrugar. 3. Na máquina de costura basta passar as duas costuras próximas da borda com uma distância de 1 cm como uma paralela e depois puxar as duas linhas inferior (bobina). Todas as formas são importantes, uma mais precisa do que a outra, o que importa é que todas cheguem ao mesmo resultado de perímetro. Para montar a peça, una com alfinetes as linhas laterais da pala, em seguida alfinete o tecido da saia já franzida, conforme a imagem 20.
Figura 20 - Montagem da parte inferior da saia (franzido) Fonte: Fischer (2012, p. 53). Figura 19 - Tecido franzido Fonte: Smith (2012, p.83).
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SAIBA MAIS
Cálculos para saia franzida O franzido é maior conforme aumenta o perímetro do tecido. Conheça algumas dicas de cálculo: Saia muito franzida: corte o triplo do valor desejado, por exemplo, = se o perímetro desejado for 70 cm então multiplique por três esse valor ficando: 70 cm, então multiplique 70 por 3 = 2,10 cm de tecido. Saia levemente franzida: este caso é igual ao anterior, no qual se soma o valor do perímetro desejado duas vezes, obtendo o dobro do tecido. Saia com pouco franzido: basta aumentar apenas a metade do perímetro encontrado, por exemplo, = se o perímetro obtido é de 70 cm então se soma mais 35 cm que representa a metade de 70 cm, tendo um tecido com 1,05 cm. Fonte: baseado nas informações de et al. Aldrich (2014, p. 90).
Pronto! Mais um molde feito. Para finalizar basta transferir o molde para frente, espelhando a parte frente. Na parte de trás para que a peça tenha vestibilidade, recomendo que coloque um zíper, podendo que seja cortado em tecidos separados. Existem vários modelos de saia. Apresentei apenas os mais
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utilizados, esses modelos podem ter muitas variações, conforme desejo do modelista. Eu sei que no início de qualquer trabalho prático, tudo é mais difícil, mas tenha certeza que o final é recompensador. Em caso de dúvidas, volte aos estudos anteriores e relembre pontos importantes.
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Transferência da Modelagem Tridimensional para Modelagem Bidimensional (Planificação) Agora que já sabemos como fazer alguns modelos e dar tridimensionalidade ao tecido modelando no busto, vamos aprender como planificar nossas peças. Quais são as técnicas utilizada para transformar uma forma tridimensional para uma modelagem bidimensional? Isso é planificar o que está na forma 3D.
Esse nosso estudo depende e muito do conteúdo estudado anteriormente, por isso, muitas vezes, iremos lembrar de conteúdos já apresentados, como a questão dos planos do corpo e os conceitos de simétrico ou assimétrico.
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FRENTE Pala
Ao desenhar as linhas, procure fazer com precisão, pois são essas linhas que vão ser costuradas. Na planificação quando o modelo de uma é simétrico, é necessário apenas trabalhar com a moulage em um lado do corpo, já que não haverá diferença entre os lados. Por exemplo, uma saia evâse simples não tem diferença entre o lado direito e o esquerdo, por isso posso trabalhar com a moulage apenas de um lado do corpo. Agora se a modelagem da peça for assimétrica, será necessário trabalhar com a planificação dos dois lados. Por exemplo: uma saia com pala no quadril, que no lado esquerdo faz um bico na linha princesa frente, os dois lados do corpo são distintos e precisam de moldes exclusivos.
Planificação do molde da saia
Figura 21: Exemplo de modelo assimétrico de uma saia Fonte: acervo da autora.
PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DOS MOLDES Vamos conhecer mais um método. A planificação é o processo de retraçar a linhas de um moldes previamente retraçado, ou mesmo a transferência dos moldes desenvolvidos em tecidos e passar todas as informações para o papel. No nosso caso, estamos apenas reforçando as linhas de construção dos moldes. Para que possa planificar a peça basta tirar do manequim e retraçar todas as linhas já traçadas anteriormente no busto.
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Quando vamos planificar uma moulage, como é o caso do nosso trabalho aqui, é para reforçar os traços feitos no tecido enquanto no busto. É importante que no processo de planificação utilize as ferramentas adequadas para garantir que seu traço seja contínuo. Para facilitar a sua prática, pegue o que você precisa fazer e divida em etapas, usando o modelo base de uma saia reta, vamos lá: 1. Vamos acertar os moldes feitos no busto técnico, por isso retire o molde costurado com alfinetes na mesa, com o uso de um régua de alfaiate acerte a cintura construindo uma curva harmoniosa. Nessa etapa, os traços precisa estar bem definidos para que consiga transferir com precisão o molde para o papel. 2. Em seguida, arrume a margem de costura, na linha lateral da cintura deixar com 1 cm de costura, já na linha de barra deixe com 3 cm de costura e no eixo central não faça nenhum acréscimo ao valor inicial.
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3. Para definir o comprimento final da saia, meça 56 cm abaixo do centro da frente, marque e utilize uma régua em L para desenhar a bainha perpendicularmente com o centro da frente. Una o molde das costas com o da frente nas costuras laterais, marque e desenhe a bainha das costas. 4. Agora, vamos transferir a moulage do tecido para o papel. Para que não ocorra problemas nessa etapa é importante que todo os modelos estejam na forma bidimensional e separados. 5. Pegue um papel e alfinete o molde no papel e passe a carretilha em todas as linhas do contorno do molde, inclusive na linha da pence. 6. Para finalizar o molde, retire os alfinetes separando o papel do tecido moulado. Recorte no papel, conforme as marcadas da carretilha e na linha central do molde passe um risco dos dois lados. • Para identificação do molde escreva nele: • Nome do molde e posição. • Riscar a posição do fio reto, que indica como ficará o fio de urdume do tecido na peça final. • Marcar os pontos de encontro de duas partes com piques, este indica precisão na montagem da peça. • Escreva a data de finalização do molde. • Assine o seu nome para identificar o modelista ou designer. Figura 22 - Correção dos moldes no tecido para a planificação Fonte: Abling (2014, p. 28)
A partir de agora, aplicando corretamente a técnica, você pode transportar suas modelagens sem o busto técnico. Saiba que só depois de planificada é que realmente você tem um molde, pois é ele que permite realmente que você transporte o desenho para outro tecido e possa costurar tranquilamente. Os moldes são feitos em papel para aumentar sua durabilidade quando usado corretamente um bom molde pode ser reutilizado várias vezes. 109
Processo de Acabamentos (Limpeza) para Parte Inferior do Corpo Agora que você aprendeu como fazer um molde, iremos trabalhar com a parte final da modelagem fazendo o acabamento e a finalização de uma peça. Conforme Fischer (2010), para que seu produto te-
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nha qualidade um dos conhecimentos que deve ter é o de finalização da peça. Você conhecerá, na sequência, algumas técnicas que proporcionarão uma boa qualidade do produto acabado.
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FRENTE FRENTE
ESPELHAMENTO Conforme já exposto, o espelhamento é utilizado quando deseja transportar a modelagem de uma peça desenvolvida pela metade, um lado do corpo, para formar uma peça de corpo inteiro. Esse processo é utilizado em peças simétricas e quando quer retirar as costuras central de uma peça. Para produzir uma peça completa quando for posicionar o molde de tecido no papel, dobre e coloque o centro da frente do tecido dobrado, pois lembrando que o modelo da saia é simétrico e não tem costura no centro. Para que compreenda melhor o procedimento, observe a figura 23. Você identificou que a peça da frente é inteira, sem costura no centro, para que isso seja possível é necessário espelhar o molde frontal. Quando analisamos as costas percebemos que é dividida no centro formando duas peças distintas, será preciso coloca um sistema de zíper para garantir a vestibilidade da peça.
COSTAS COSTAS
SAIBA MAIS
Você sabe o que é zíper? Trata-se de um dispositivo que permite vestibilidade de um peça. Se você pesquisar verá que há vários modelos, tamanhos e dimensões, certamente que existe um modelo adequado para cada tecido ou necessidade específica. Recomendo que inicie pregando o zíper comum que é mais tranquilo para instalar. Fonte: a autora.
Figura 23 - Modelo de saia simétrica Fonte: acervo da autora.
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Falando de itens de acabamento entendemos que existem vários dispositivos. O importante é que você compreenda que a roupa é um dos produtos da indústria de vestuário, assim seu acabamento tem que ser de qualidade e realmente possibilitar vestibilidade da peça.
CÓS RETO
Transpasse
Frente e costas
LIMPEZA DA PARTE SUPERIOR DA PEÇA (CÓS) Quando falamos da limpeza da parte superior, nos referimos ao cós, que segundo Duarte e Saggese (2012, p. 44), “é o acabamento que contorna a cintura. Existem dois tipos de cós: o reto e o anatômico. A medida do cós é a soma das cinturas frente e costas sem as pences, mais o transpasse”. • Cós reto: é um retângulo com a medida da cintura mais 5 cm de costura e transpasse (abotoamento), por duas vezes o valor da largura. Conforme Duarte e Seggese (2012, p. 44), “cós reto é usado para cintura no lugar, é uma tira reta na largura desejada. O cós reto pode ser dobrado ou cortado duas vezes e geralmente é entretelado”. Por exemplo: se a circunferência da cintura é de 72 cm, você precisa inserir mais 5 cm de comprimentos totalizando 77 cm (72cm + 5 cm = 77cm). Caso queira que o cós tenha 4 cm aparente, multiplique esse valor por 2, para fazer a dobra e adicione os 2 cm de costura, totalizando 10 cm de largura (4cm + 4cm + 2cm = 10cm).
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Figura 24 - Molde do cós Reto Fonte: acervo da autora.
• Cós anatômico: é uma paralela que se retira da cintura, a partir da linha de cintura em direção ao quadril, essa medida é variável, depende do modelo desejado. Conforme Duarte e Seggese (2012, p. 44), o cós anatômico é usado para cintura descida ou subida. Por ser curvo, não pode ser dobrado. O cós anatômico é cortado duas vezes e geralmente entretelado.
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CÓS ANATÔMICO CF Frente
Transpasse CC
1/2 Costas
LIMPEZA DA PARTE INFERIOR DA PEÇA (BAINHA) Limpeza na barra de uma peça são chamadas de bainhas ou barras. Esse é o acabamento que finaliza, a parte inferior de uma peça. Existem vário tipos de acabamento na borda inferior, como: • Barra dobrada: esse um tipo de acabamento simples, no qual a parte final da peça é dobrada e costurada. Quando for executar esse tipo de barra em uma peça afunilada, é muito importante que deixe o chanfro para que tenha costurabilidade.
Figura 25: Molde cós anatômico Fonte: acervo da autora.
Bainha Direito da saia
Molde da saia
Avesso da saia
Figura 26 - Tipos de bainhas Fonte: Duarte (2012, p. 46).
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Bainha Direito da saia
Molde da saia
Avesso da saia
Figura 27 - Bainhas chanfrada Fonte: Duarte (2012, p. 46).
Direito da saia
Avesso da saia
Bainha anatômica Figura 28 - Exemplo tipos de barras anatômicas Fonte: Duarte Saggese (2012, p. 47).
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• Barras anatômicas: conforme Duarte e Saggese (2012, p. 47), é o acabamento em formato curvo. A modelagem é destacada na peça e aplicada pelo lado avesso, fazendo a bainha ou no lado direito como estilo, podendo ser de cor diferente da peça. • Barra bainha de lenço: conforme Duarte e Seggese (2012), essa bainha é um acabamento estreitíssimo usado em saias circulares ou retas feitas em tecidos leves.
Bainha
Figura 29 - Exemplo de barra bainha de lenço Fonte: Duarte e Saggese (2012, p. 47).
FINALIZAÇÕES X VESTIBILIDADE Para finalizar esta unidade abordaremos tipos de acabamento e a influência na vestibilidade, ato de vestir e despir uma peça. Nas finalizações um dos dispositivos mais utilizados é o zíper na área da cintura.
Com base na citação, podemos dizer que uma peça sem deslocamento precisa de um zíper de 18 cm a 20 cm, dependendo da altura do corpo. Se a peça for acima da cintura é preciso aumentar o zíper já que a extensão da abertura será maior garantindo a vestibilidade. Já o acabamento para palas exige um tipo de recorte utilizado abaixo da cintura, geralmente, formando alguns detalhes no modelo ou ajudando a eliminar as pences. Além de facilitar para inserir franzidos, em algumas peças. Um bom acabamento na cintura por meio da pala é muito simples, basta que duplique o molde no tecido, a limpeza já fica pronta. Apresentamos para você, caro(a) aluno(a), algumas técnicas de acabamento na finalização da peça. Existem vários, por exemplo, algumas roupas seu corte é feito a laser fazendo junto o acabamento. Também existe uma tendência na moda contemporânea em que muitos designers optam por não proporcionar nenhum acabamento nas peças. Essas escolhas vão depender de cada tipo de modelo e tecido, como já foi dito toda a modelagem precisa de uma análise criteriosa no material para que tenha certeza de qual técnica é a mais adequada. Saiba, porém, que não compete a nós dizer que estes ou aquele tipo de acabamentos estão errados, seguindo as normalidades, tudo pode ser considerado como criativo.
Tendo como referencia a cintura do corpo, a abertura necessária para a colocação do zíper é de 20 cm abaixo da cintura. Nos modelos com cintura deslocados para baixo ou para cima, a medida deve ser diminuída ou aumentada na mesma proporção (DUARET; SAGGESE, 2012, p. 49).
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Caro(a) aluno(a), agora que você conhece os principais moldes de saia, além das possibilidades de acabamento, quero que você pense de forma ampla quando for modelar saias. Sabemos que históricamente a saia é uma peça clássica do vestuário feminino, mas não use do passado para limitar sua criação. Veja o exemplo inovador que o estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch fez em seu desfile masculino no São Paulo Fashion Week (SPFW), de verão/2015. Além de algumas mulheres com roupas masculinas todos os looks contavam com saias e kilts na composição. Assista ao vídeo deste importante desfile da moda brasileira para fomentar a sua criatividade. (Visualize o QR Code).
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Considerações Finais Caro(a) aluno(a), a presente unidade constatou a ação da modelagem tridimensional moulage como organismo de otimização do processo de criação de bases e interpretação de modelagem, nesse caso de saias. Ao iniciar o processo de modelagem de uma peça, o modelista deve fazer o estudo completo do modelo criado pelo estilista, ou seja, analisar a proposta, que tipo de peça vai ser confeccionado, o caimento do tecido, se a peça vai ficar justa ou larga ao corpo, tipos de acabamentos e aberturas para vestibilidade.Todos estes fatores são muito importante para que se ganhe tempo na execução da peça. Partindo de exercícios de construção da peça ao corpo, verificamos que é possível conferir versatilidade do designer/modelista em produzir as formas do corpo tal como ele é, facilitando a construção das bases, desconstruir o formato anatômico por meio de interpretação de modelos e reconstruí-lo de novas maneiras, redesenhando corpo por meio dos trajes. Ainda nesta unidade,
vimos os passos de criação e materialização da base e variações de modelos, em que constamos a possibilidades de criar os tipos de acabamentos para cada peça desenvolvida. abordamos também as qualidades na inserção dos aviamentos para a questão de vestibilibade da peça ao corpo humano, visando questões ergonômicas e estéticas inseridos em qualquer projeto de modelagem de qualquer produto, destacando os aspectos de conforto, e caimento do produto. Por fim, abordamos também a questão do espelhamento. Na produção da modelagem sempre um produto é desenvolvido em apenas um lado do corpo em apenas um lado do corpo, ou seja, meio corpo. Conforme precisão e facilidade na produção, na sequência, se espelha o outro lado do corpo, formando a peça inteira. No ambito acadêmico esse método possibilitou o desenvolvimento das peças com metodologia para o processo de produção, executado por meio da modelagem tridimensional.
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LEITURA COMPLEMENTAR
O acabamento é uma forma de finalizar determinadas
Bainha é o acabamento que finaliza a borda das saias
partes de uma roupa ou a forma de como será aplicado
e de outros peças do vestuário. Em larguras variadas,
alguns aviamentos. Antes de começar a modelagem, faça
desde a estreitíssima bainha de lenço até uns 10 cm em
um estudo completo dos acabamentos mais adequados
modelos retos ou anatômicos. Muitas vezes, o tipo de
ao modelo de acordo com o tecido com a ergonomia.
bainha a ser executada depende do estilo da roupa. Po-
Cós é o acabamento que contorna a cintura. Existem dois
de-se fazer a bainha através da técnica de costura manu-
tipos de cós: o reto e o anatômico, o cós reto é simples-
al ou em máquina de costura.
mente um retângulo com o valor da cintura mais folga
Já o zíper é um dos fechos mais utilizados para dar aca-
para costura e o cós anatômico é moldado a forma ana-
bamentos em peças de vestuário e gerar vestibilidade
tômica da cintura. A medida dos cós é a mesma da cin-
das peças. Os zíperes podem composto por vários tipos
tura frente e costas sem as pences, mais o transpasse.
de materiais e tamanhos. Em se tratando da colocação
O cós fica bem aderente a região da cintura e para isso,
de um zíper em uma saia, a parte que se refere para sua
deve-se encaixar perfeitamente e sem apertar. Qualquer
colocação é na cintura do corpo, a abertura necessária
que seja o modelo sempre é costurado à roupa e sempre
para a colocação do zíper é 20 cm da cintura para baixo.
que possível ou dependendo da gramatura do tecido ele
Nos moldes com cintura deslocados para baixo ou para
requer uma estrutura e sustentação, esta é feito através
cima, a medida do fecho deve ser diminuída ou aumen-
de entretelas termocolante.
tada na mesma proporção. Essa precisão facilita o vestir
Entretelas podem ser aderente ou não aderente, a ade-
e despir da roupa.
rente é fixa na peça com o calor do ferro de passar e a não aderente geralmente por alinhavos provisório fixando-o à peça e, posteriormente, costurado definitivamente.
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Fonte: adaptado de Duarte e Saggese (2012).
atividades de estudo 1. Pences são princípios de ajustamento da roupa ao corpo e podem ser utilizadas de várias maneiras, sendo definida pela imaginação de quem cria ou pela necessidade tridimensional do corpo, conforme Heinrich (2005, p.80). A respeito das pences, analise as alternativas e assinale a alternativa correta: I. Podem-se imaginar, de maneira mais prática, que as pences são pequenas pregas em formato cônico, feita no avesso da peça. II. As pences servem para ajustar ou amoldar a peça no corpo. III. O comprimento da pence deve ser variável conforme o corpo. IV. A pence da frente é diferente da pence das costas, quanto no comprimento com a abertura. V. O objetivo da pence é de fazer pregas para dar efeito de modelo. a. As alternativas I, II, III, e IV estão corretas. b. As alternativas I, III, IV e V estão corretos. c. Apenas as alternativas II e V estão corretas. d. As alternativas I, III e IV estão corretas. e. Todas as alternativas estão corretas. 2. Analise e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): As margens são um excesso de tecido que é acrescentado além da limitação do desenho do corpo. Sobre a margem de costura é importante dizer que: ( ) Para determinar a margem de costura, o importante é o tipo de máquina que fará a operação de costura. (
) Para cada parte do molde da peça é inserido um valor de margem de costura.
(
) A margem de costura é um material de apoio para a vestibilidade da peça. a. V, V, V. b. F, V, V. c. V, F, V. d. V, V, F.
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atividades de estudo 3. A partir da modelagem tridimensional podemos interpretar modelos de saias com ou sem volumes. Conforme interpretação de modelos pode-se afirmar que: I. A partir da base reta é possível executar outra saia sem pence e evasê. II. A partir da base da saia reta é possível executar outra saia com pence e levemente evasê. III. A partir da base da saia reta é possível executar outra saia com pence e franzida. IV. A partir da base da saia reta é possível executar outra saia com pence e afunilada. V. A partir do molde da saia reta é possível costurá-la, pois essa também representa um modelo. Assinale a alternativa correta: a. Apenas as alternativas I, II e III estão corretas. b. Apenas as alternativas II, III, IV e V estão corretas. c. Apenas as alternativas IV e V estão corretas. d. Apenas as alternativas I, II, IV e V estão corretas. e. Todas as alternativas estão corretas. 4. A origem do desenvolvimento da saia com pala e franzido se inicia a partir da base da saia reta, que é a parte da cintura até o final da pala. Sobre esse modelo de saia, analise e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): (
) A pala é um tecido paralelo à cintura.
(
) A saia desse modelo é formado por um retângulo.
(
) Na parte franzida da saia, basta pegar o perímetro da pala e cortar o retângulo pelo compri-
mento da mesma. a. V, V, V. b. V, V, F. c. V, F, V. d. F, V, F. e. F ,F, F. 5. Analise as alternativas e assinale a alternativa correta: A partir da modelagem tridimensional podemos interpretar modelos de saias com ou sem volumes. Conforme interpretação de modelos, podemos afirmar que: I. A partir da saia reta é possível executar a saia sem pence e levemente evasê. II. A partir da saia reta é possível executar a saia com pence e evasê. III. A partir da saia reta é possível desenvolver mais que um modelo, basta ter elaborado a base da saia reta com precisão. IV. A partir da saia reta é possível executar a saia com pence e afunilada. V. A partir da mesma saia reta é possível executar a saia sem pence e com pala. a. As alternativas II, III e IV estão corretas.
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atividades de estudo b. As alternativas I, III, IV e V estão corretas. c. Apenas as alternativas II e V estão corretas. d. As alternativas I, II, III e IV estão corretas. e. Todas as alternativas estão corretas. 6. Para obter volume na forma de franzido em uma saia, basta acrescentar tecido, conforme o efeito desejado. Analise e assinale verdadeiro (V) ou falso (F). Sobre volumes com franzido em uma saia, podemos dizer que: ( ) Para fazer uma saia pouco franzida, basta aumentar o,5 cm o valor do perímetro encontrado. ( ) Para fazer uma saia muito franzida, basta aumentar 3 vezes o valor do perímetro encontrado. ( ) Para fazer uma saia médio franzida, basta aumentar 2 vezes o valor do perímetro encontrado. a. V, V, V. b. F, V, V. c. V, F, V. d. V, V, F. e. F, F, F. 7. Acabamento é a forma de finalizar determinadas partes da roupa ou a forma como será aplicado algum aviamento. Antes de começar a modelagem, faça um estudo completo dos acabamentos mais adequados ao modelo, de acordo com o tecido e a ergonomia. Segundo Duarte e Saggese (2012), quanto aos tipos de acabamentos podemos dizer que são: a. Limpeza através de revel (cintura). b. Limpeza através do cós (cintura). c. Limpeza nas barras. d. Limpeza através de revel (decote). 8. Tipos de acabamentos para vestibilidade. A pala é um tipo de recorte utilizado abaixo da cintura, geralmente forma alguns detalhes em modelo ou ajuda a eliminar as pences e também facilita o processo inserção de franzidos, pregas, godês etc. Analise e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): Abordando os acabamentos por meio das palas, podemos dizer que: ( ) Para dar um bom acabamento na cintura por meio da pala, basta duplicar o molde da mesma no tecido, a limpeza já fica pronta. (
) Para dar acabamento por meio do recorte pala, é preciso muitos moldes para obter a quali-
dade desejada. (
) Para dar acabamento em uma cintura de uma saia em que pregar o zíper para abertura em
um modelo de saia, na qual o modelo tem pala e não tem cós. a. V, V, V. b. F, V, V. c. V, F, V. d. V, V, F. 121
Modelagem Tridmensional ergonômica Maria de Fátima Grave
Editora: Escrituras Ano: 2010 Sinopse: a Modelagem Tridimensional aplicada à confecção de peças de vestuário consiste em um trabalho de modelagem totalmente artesanal, no qual o profissional modela sobre um boneco, levando em consideração as dimensões antropométricas do usuário correspondentes ao corpo que a peça se destina. É sobre esse tema que trata o livro ‘Modelagem Tridimensional Ergonômica’. A Modelagem Tridimensional personaliza o vestuário e é utilizada em ateliês, sendo uma técnica de aplicação comum dada a diversidade de tecidos disponíveis no mercado. Este obra dedica-se ao esclarecimento da Modelagem Tridimensional, capacitando o estudante e atualizando os profissionais da moda na tarefa de atender à demanda do mercado. Abrange conhecimento básicos de tecidos, além de tipos, caimentos e cuidados ao cortá-lo, como tirar medidas, modelagem tridimensional aplicada à saia reta básica, à manga básica, à base de uma blusa, camisa e blazer, os diferentes tipos de golas (gola bebê assentada e semi assentada, gola xale, gola esporte), confecção de um vestido com recortes, entre outros temas.
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Este vídeo em inglês, intitulado “Stephani Miller Offers a Lesson on Draping on It’s Sew Easy”, apresenta como desenvolver a pala da saia e as variações de modelos, conforme vimos no decorrer das atividades. Embora seja em língua estrangeira, você consegue compreender, pois há um passo a passo. Para assistir ao vídeo, acesse: .
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referências
ABLING, B. Moulage, modelagem e desenho: prática integrada. Bina Abling, Kathleen Maggio (org.). Trad. Claudia Buchweitz. Porto Alegre: Bookman, 2014. ALDRICH, W.; BUCHWEITZ, C.; MARTINS, L.; SILVA, P. Modelagem plana para moda feminina. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. DUARTE, S. MIB - Modelagem Industrial Brasileira: tabelas de medidas. Rio de Janeiro: Guarda Roupa, 2012. DUARTE, S.; SAGGESE, S. Saias: MIB: modelagem industrial brasileira. 3. ed. Rio de Janeiro: Roupa Nova, 2011. DUBURG, A.; VAN DER TOL, R. Moulage: arte e técnica no design de moda. Porto Alegre: Bookman, 2012. FISCHER, A. Construção de vestuário. Porto Alegre: Bookman, 2010. HEINRICH, D. P. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Novo Hamburgo: Feevale, 2005. SMITH, A. Costura passo a passo: mais de 200 técnicas essenciais para iniciantes. São Paulo: PubliFolha, 2012.
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gabarito
1. A 2. D 3. D 4. B 5. E 6. B 7. D 8. C
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MOLDES BÁSICOS E INTERPRETAÇÃO DE MODELOS SOBRE A PARTE SUPERIOR DO CORPO Professora Esp. Inês Sarto Soares
Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Modelagem tridimensional da blusa com pence fundamental • Variações de pences e seus efeitos na construção de produtos • Tipos de golas, mangas e decotes • Processo de acabamentos (limpeza) para parte superior do corpo
Objetivos de Aprendizagem • Desenvolver moldes básicos de blusas com pences fundamental, utilizando os princípios da técnica de modelagem tridimensional. • Entender sobre as variações de modelos de blusas através de transferência de pences com ou sem recortes. • Proporcionar sugestões de alguns tipos de mangas e golas. • Conhecer o processo de limpeza de peças moldadas.
unidade
IV
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a), já percorremos um grande caminho no mundo da modelagem tridimensional. Nesta unidade vamos nos dedicar ao estudos da modelagem tridimensional, mais especificamente para moldar o corpo superior, capacitando você a desenvolver técnicas de moulage com tranquilidade e de uma forma prazerosa. Assim como nós fizemos na unidade anterior, na qual falamos sobre a parte inferior do corpo, em um primeiro momento, vamos iniciar pelo modelo base de peça superior modelando a partir do ombro até a linha da cintura, copiando a forma e gerando o molde tridimensional básico do corpo. Em outro momento, direcionaremos os estudos para a interpretação de modelos de blusas, esses por sua vez, resultando em outros modelos completamente diferentes entre si. Outro conteúdo a ser estudado são os acabamentos, que proporcionam diferencial ao produto, visto que todo o produto do vestuário deve ter uma forma de limpeza, para proporcionar qualidade e estética visual de ergonomia adequada a cada tipo de roupa. Nesta unidade aprenderemos a desenvolver os moldes básicos com as pences, que são fundamentais para moldes de blusas. Também, será possível entender a transferência de pence com ou sem recortes, nas variações de moldes de blusas. Ainda há algumas sugestões de tipos de mangas e golas e sobre o processo de limpeza das peças moldadas. Com esse aprendizado, você já está apto(a) a desenvolver modelos básicos de roupa. Um dos pré-requisitos para que possa desenvolver esses estudos por meio dessa técnica com segurança é estar afiado(a) nos conteúdos anteriores, sem ressalva. Bons estudos!
Modelagem Tridimensional da Blusa com Pence Fundamental
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Antes de iniciarmos nossos estudos de modelagem, é importante que você tenha claro que, na história da confecção, as marcas que ganharam destaque por inovação, qualidade e vestibilidade. Portanto é importante que você, como profissional de design de moda, dedique-se a esses fatores e utilize todo conteúdo aprendido nesta disciplina para desenvolver moldes tridimensionais e moulage. Principalmente em se tratando de pences que serão encontradas a partir da técnica de modelagem tridimensional (moulage).
PRIMEIRO PASSO: PREPARANDO BUSTO E TECIDO Assim como estudamos, na parte inferior tudo começa com a escolha do manequim em boa qualidade e que tenha as medidas do seu público-alvo. A técnica de moulage utiliza, e muito, as marcações técnicas. Então, antes da modelagem prepare seu busto. Existe uma gama de manequins disponível. Antes de começar a moulage, é fundamental analisar bem o manequim com o qual se está trabalhando. Tire medidas e analise o formato para verificar se ele se enquadra no visual e no tamanho que você procura (Fischer, 2010, p. 123).
Com o busto pronto, vamos agora preparar o tecido para a modelagem. No momento da preparação do tecido não há grandes distinção entre as modelagens inferior e superior. Para produzir os moldes, você precisa de dois tecidos com 40 cm de largura (trama) por 50 cm de comprimento (urdume), lembrando que a ourela do tecido deve ficar na vertical paralela ao fio de urdume. Para trabalhar o tecido, estique as pontas no sentido diagonal, para enquadrá-lo. E, como referência, trace uma linha reta paralela a ourela, com 4 cm de distância ao longo do comprimento do tecido. Tecidos prontos, reserve.
Figura 1 - Busto com as linhas de construção do corpo. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 56). 131
SEGUNDO PASSO: MOLDANDO UMA BLUSA - FRENTE Agora que a principal ferramenta e os materiais estão preparados, vamos começar a moulage da parte superior do corpo. 1. Iniciando agora a parte real de moulage, pegue um dos tecidos preparados e posicione no centro do corpo, deixando mais ou menos 5 cm de tecido para cima da linha do ombro, para eventual problema e margem de costura. Prenda o tecido no busto, usando a técnica de trava de alfinetes, alinhando o fio traçado no tecido com o eixo central do corpo (com trava de alfinetes), e marque com uso de caneta onde as linhas de pescoço busto e cintura são marcadas. 2. Com essas marcações feitas, retire o tecido do busto, leve até mesa e retrace as marcações, buscando esquadrar as linhas pontilhadas com muita precisão, pois serão elas que determinarão o enquadramento do tecido ao corpo. 3. Retorne o tecido para o manequim, iniciando a trava de alfinetes no encontro das linhas do eixo central com a linha de busto, e depois vá alfinetando os outros pontos do eixo central do corpo. 4. Agora alfinete a linha do busto, partindo da linha central até a linha lateral. Procure deixar 0,5 cm de folga no tecido para a usabilidade da peça. 5. Com a linha do busto presa, vamos marcar o decote, alfinetando o tecido na junção do pescoço com o corpo, formando o decote.
Figura 2 - Posição de volta do tecido ao corpo Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 56).
Figura 3 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 56).
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6. Com o tecido preso nas principais marcações, acomode-o indo da linha lateral para o ombro. Essa é acomodação para folga, bem em cima da linha princesa. Com uso de alfinetes feche essa pence, conhecido como pence da cintura, até faltar 2 cm para chegar no ápice do busto. 7. Agora acomode o tecido, partindo da linha lateral abaixo do busto indo em sentido ao eixo central. Caso seja necessário, faça um pique no tecido. Após isso, você perceberá que, depois dessa acomodação, sobrará tecido na linha princesa. Com o uso de alfinetes, feche essa pence, conhecido como pence da cintura, até faltar 2 cm para chegar no ápice do busto.
Figura 4 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 57).
Figura 5 - Acomodação do tecido para formar a pence fundamental do busto. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 57)
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8. A forma primordial do molde está definida, vamos agora para as marcações. Usando um lápis ou canetinha, trace a linha do corpo, iniciando pelo pescoço, seguindo para a linha do ombro, a linha lateral e linha da cintura. Já nas pences marque apenas o começo e o término de cada. 9. Para finalizar o processo, corte os excessos de tecido, deixando mais ou menos 2 cm de folga. Depois disso, solte o tecido do corpo apenas no ombro e na linha lateral, para que possamos fazer a moulage das costas.
TERCEIRO PASSO: MODELANDO UMA BLUSA - COSTAS
Figura 6 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 58).
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O processo de modelagem das costas de uma blusa é muito parecido com o da frente, alterando apenas nas pences. 1. Inicialmente, pegue o outro tecido que foi preparado e encaixe no corpo, alinhando a linha que fez no tecido com o eixo central das costas e alfinete. Depois, marque, com uso de uma caneta, onde as linhas de pescoço busto e cintura passam, e opcional entre cavas. 2. Retire o tecido do busto e, na mesa, retrace a esquadra, muito bem, de todas as linhas marcadas. Após isso, devolva o tecido no manequim. Comece a fazer uma trava de alfinetes pela interseção do eixo central com a linha do busto e, em seguida, alfinete essa linha até o final. 3. Em seguida, alfinete o decote das costas. Para facilitar a acomodação do tecido, recomendo fazer pequenos piques de cima para baixo. 4. No ombro, muitas vezes, quando estamos moldando as costas, ocorre sobra de tecido na cava, sendo necessário formar uma pence de omoplata. Normalmente este tem mais ou menos 7 cm de comprimento, partindo do ombro em direção à omoplata, seguindo a linha princesa.
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5. Agora acomode o tecido indo da linha lateral da cava até a linha da cintura. Em seguida, você vai alfinetar o tecido na linha da cintura, comece pela interseção dela com a linha lateral até chegar na princesa. Para não estragar a pence, o restante dos alfinetes deve ser colocado indo do eixo central até a linha princesa. 6. Depois de alfinetar a cintura, você perceberá que sobrou um tecido em cima da linha princesa, esse excesso é ajustado com a pence da cintura. Essa pence deve iniciar na linha da cintura, subindo em sentido à linha do busto, não podendo traspassá-la. 7. Com a modelagem estabelecida, marque as linhas de contorno do corpo: pescoço, ombro, lateral, cintura e o começo e fim de cada pences. 8. Para finalizar o material, corte o excesso de tecido deixando apenas 2 cm de sobra.
QUARTO PASSO: FINALIZANDO MOLDE SUPERIOR - FRENTE E COSTAS Agora que você fez todas as marcações necessárias sobre cada molde, vamos finalizar a parte de moulage, desenhando a cava. Divida tudo que você precisa fazer em etapas, para facilitar a execução, vamos lá: 1. No busto técnico coloque os dois moldes, frente e costas, preso por alfinetes. Para unir corretamente os dois moldes do manequim, dobre as sobras de tecido para dentro das pences, como se fosse uma dobradura, e depois alfinete junto frente e costas, lateral com lateral, ombro com ombro. 2. Agora, contorne com tracejado a cava, tanto na frente quanto nas costas o risco deve sempre começar da linha do ombro, sendo que a frente é mais cavada em relação às costas, conforme a ilustração a seguir. 3. Coloque uma fita ao redor da cintura e trace novamente esta linha para acertá-la, para colocá-la realmente no lugar certo.
Figura 7 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 60).
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Figura 8 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 61).
4. Agora que todas as linhas estão marcadas, é possível retirar os tecidos do busto e, na mesa, traçar linhas contínuas por cima do traçado anterior. Não esquecendo de acrescentar uma margem de costura de 1 cm a toda a volta do molde. 5. Depois de cortar, encaixe novamente a peça das costas e depois da frente, para observar a vestibilidade da peça moldada. E, assim, terminamos o molde base superior. Embora pareça ser um processo, primário e fácil, você deve executá-lo com muito cuidado e paciência, para que consiga desenvolver o efeito desejado em cada peça.
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SAIBA MAIS
Você pode utilizar a mão como apoio para fazer o desenho da cava, não esquecendo que o dedo polegar deve estar voltado para a parte frente do corpo. Fonte: Grave (2010, p. 44).
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Variações de Pences e Seus Efeitos na Construção de Produtos Agora que você já sabe produzir um molde base da parte superior, vamos desenvolver modelos distintos, transpondo a pence de posição. Isso quer dizer que não há como eliminá-la, principalmente em tecidos planos, da peça. O máximo possível é mudar de local, pois são elas, as pences, que dão tridimensionalidade ao tecido,
principalmente em tecido plano, ou seja, as pences até podem ser transportadas, mas jamais eliminadas. Vamos começar entendendo como fechar a pence de um local da peça para abrir em outro. Para fazer isso, os principais meios utilizados é por recorte, franzido e pregas.
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Figura 9 - Roupa com recorte princesa partindo da cava Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 86).
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RECORTE VERTICAL NA LINHA PRINCESA SAINDO DA CAVA Para desenvolver os moldes das costas, o processo de execução é o mesmo que o da frente, a diferença é que não tem o volume do busto. E esse recorte não precisa ser na mesma altura do recorte frente (na cava). Esse tipo de recorte poderá ser feito como recorte vertical na linha princesa ou também saindo do meio do ombro. 1. Inicie pegando o manequim e marque com a fita onde ficará o recorte. Nesse caso ele ficará entre a cava, passando pela linha princesa, indo em direção à cintura. 2. Prepare dois tecidos, marcando a linha central de eixo e linha de busto, pois essas linhas servirão como apoio para esquadrar o tecido ao corpo. Lembrando que tem que sobrar uns 5cm acima da linha do ombro. 3. Molde o corpo conforme o modelo base superior, indo do centro do corpo até o recorte desejado. 4. Após isso, desenhe as linhas do corpo, inclusive a do recorte. Não esqueça de marcar o ponto de encontro da linha princesa e a linha de busto, para, posteriormente, colocar o pique de orientação de costura. 5. Recomendo que recorte as sobras de tecido para facilitar a modelagem do recorte lateral, tanto na frente como nas costas. 6. Para que possa moldar este recorte lateral do corpo, é muito importante posicionar a linha central do tecido mais ou menos no centro, entre a linha lateral e linha princesa. Esse cuidado é para que o fio de urdume do tecido fique perfeitamente paralelo ao eixo central do corpo, ou seja, uma linha vertical. 7. Para sua visualização, una as pelas e deixe a margem de costura para fora, tanto do centro como da lateral. Depois, se houver necessidade, faça ajustes para possíveis defeitos na moulage e recorte as sobras de tecido. 139
Figura 10 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 88).
Figura 11 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 88).
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Lateral da frente do corpo
Lateral das costas do corpo
Este aqui é um dos tipos de transposição de pence que é possível de ser feito.
Centro das costas do corpo
8. Retire o molde do manequim e leve os tecidos para a mesa, desmonte a peça e trace linhas contínuas, contornando a forma com curvas ou retas. 9. Agora procure identificar as partes dos moldes, na parte frente e costas e nome dos recortes. Dê pique de orientação no encontro das linhas de busto. 10. Monte novamente a peça com alfinetes ainda fora do busto, como se tivesse costurando e, depois, vista a peça no busto técnico para que possa verificar a vestibilidade.
Centro da frente do corpo
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Figura 12 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 89).
Figura 13 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 89).
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MODELO NA CINTURA E PENCE NA LATERAL ALTURA DO BUSTO Para desenvolver esse tipo de transferência das pences, você desenvolverá a mesma técnica da moulage da base superior, mudando apenas a posição da pence fundamental de busto. 1. Você deve iniciar a técnica de modelagem tridimensional como se fosse produzir a moulage da frente da uma base superior. A única alteração é que, no momento de fazer a pence fundamental, em vez de ser na linha princesa, é na linha lateral.
Figura 14 - Molde com pence na cintura e na lateral Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 94).
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2. Você pode mudar a pence do busto para a altura que desejar, isso dependerá do modelo da peça, a única regra é que deve fechar a 2 cm do ápice do busto. 3. Após essa etapa de marcação, retire o tecido do busto e, na mesa, reforce as linhas limitando bem o contorno de cada peça e colocando 1 cm de margem para costura e corte. 4. A modelagem das costas desse modelo identifica a base superior.
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Figura 15 - Pences de cintura e de busto moldadas
Centro da frente do corpo
Centro da frente do corpo
Centro da frente do corpo
Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 94).
Figura 16 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 94).
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MODELO DE BLUSA COM FRANZIDO NO DECOTE E PALA A modelagem começa igual a da base superior. O que muda é que, na etapa das pences, em vez de fazer busto e cintura, o volume adicional é todo transferido para o decote, ou seja, o molde final dessa peça não tem pences. Vamos às etapas de construção do molde: 1. Para fazer a parte da frente, posicione o tecido no centro do corpo e comece a moldar a peça, assim como faz no modelo base. 2. Agora, quando modelar as pences, ao invés de unir na linha princesa, transfira toda a sobra de tecido da linha da cintura, acomodan-
Figura 17 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 100).
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do o tecido indo da linha lateral do corpo em sentido ao ombro. 3. Você perceberá que a sobra de tecido da pence da cintura se unificará à pence do busto. Depois disso, continue acomodando todo o tecido acumulando a sobra no decote. 4. Distribua o tecido no decote, frente do corpo, e vá alfinetando para que este não saia do lugar. 5. Nas costas, faça o mesmo processo, transferindo todo o excesso de tecido das pences para o decote, para ficar firme vá alfinetando o molde.
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6. Conforme for moldando e dobrando as sobras de tecidos e costurando com alfinetes, dê a forma como aparenta estar pronta. E, para desenhar o modelo, pegue uma fita com mais ou menos 1 cm de largura e vá prendendo em cima da peça moldada, fazendo o desenho do modelo. Não esqueça de desenhar a pala em volta do pescoço. Sugiro fazê-la com 3 cm de largura, lembrando que ela vai ficar em outro tecido. 7. Na finalização da moulage, corte as sobras de tecidos em volta da cava e forme o decote na parte.
8. Para moldar a pala ou gola anatômica, corte dois retângulos de tecidos com 10 cm altura, por 20 cm de comprimento. Lembrando que o sentido do fio de urdume deve ser no comprimento do tecido e estar paralelo à ourela. 9. Molde à pala, frente e costas deve ser feito separadamente utilizando o tecido. Lembrando sempre de começar a moldar pelos eixos centrais do corpo, depois é que vai contornando, contornando o pescoço, conforme desenho da pala.
Figura 18 - Transposição das pences para o decote Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 102).
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10. Acomode o tecido na volta do pescoço, dando piques e prendendo com alfinetes. Desenhe a forma da pala, deixando a largura da mesma com 3 cm. 11. Retire o tecido da pala do copo e, na mesa, retrace as marcações de moldagem. Acrescente 1 cm de margem de costura e corte o excesso de tecido. 12. Com os alfinetes, costure os moldes no decote e vista a peça no boneco para analisar a vestibilidade.
Figura 19 - Gola ou pala com o tecido moldado na volta do pescoço Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 102).
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A partir dessa modelagem finalizada, você poderá fazer outros modelos, com pala, sem pala, com cava normal etc. Foram apenas alguns modos de mudar a pence de posição que eu apresentei. É bom lembrar que você pode e deve ter liberdade de criar outros modelos, dessa forma estudando as possibilidades de mudança.
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Figura 20 - Alfinetando a linha de busto Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 102).
Com a técnica de moulage, o talento artístico está em conseguir uma forma agradável com o mínimo de corte e artifícios. Fonte: adaptado de Jones (2005, p. 150).
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Tipos de Golas, Mangas e Decotes Agora que você conhece como produzir a maior parte da modelagem do tronco, vamos tratar dos detalhes e complementos que enriquecem uma peça de vestuário. Nas peças superiores, pensando em modelos, posso dizer que existe uma diversidade imensa de golas, decotes e mangas que podem ser aplicadas de forma distinta. Vou, primeiramente, apresentar alguns modelos de gola e decotes.
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DESIGN
GOLAS Quando falamos de gola, a primeira coisa que você precisa ter em mente é que ela não tem lugar ou forma específica. Podendo estar junto ou mais afastada do pescoço, ser arredondada, reta, franzida, bicuda, drapeada e fluindo em qualquer direção. Conforme Duarte (2010), a gola é a parte da roupa que circunda o pescoço e o colo, emoldurando o rosto e oferecendo grandes oportunidades de criação. Este detalhe é moldado e costurado no pescoço da peça, de uma maneira que beneficia a diversificação, pois possibilita uma infinidade de tipos.
E, segundo Aldrich (2014), os termos utilizados para definir os elementos que constroem uma gola são: • Linha de estilo: borda externa da gola ou da lapela. • Pontos de dobra: as linhas nas quais a gola dobra, formando a lapela da frente ou das costas. • Pé de gola: altura do decote na dobra da linha da gola. • Dobra da gola: profundidade da gola do ponto de dobra até a linha de estilo, conforme Figura 21.
PÉ DE GOLA DOBRA DA GOLA
PONTO DE DOBRA DECOTE
LINHA DE ESTILO
PONTO DE DOBRA
PONTO DE DOBRA
LINHA CENTRAL CARCELA Figura 21 - Termos de construção das golas Fonte: Aldrich et al. (2014, p. 74).
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Variações de golas Existem inúmeros tipos de modelos de golas, é importante que você estude e pesquise sobre vários deles. A cada nova coleção, as golas, normalmente, sofrem variações com relação aos tamanhos e formas, entretanto mantêm sempre a mesma estrutura. Utilizando a divisão de Aldrich (2014, p. 74), podemos classificar as golas em quatro grupos básicos: • Golas flat: têm como características permanecerem planas (ou quase) ao redor dos ombros. Exemplo: gola Peter Pan, gola Marinheiro etc. • Golas levantadas (alta): permanecem em pé ao redor do pescoço e possuem uma dobra de gola. Exemplo: gola colarinho de camisa, gola esporte, gola militar e chinesa etc. • Gola inteira: são modeladas junto às partes do corpo da frente e das costas. Exemplo: gola Smoking, gola xale. • Golas simples com lapelas: separam gola e lapela. Exemplo: gola tradicional de Blazer, gola feminina tradicional etc. SAIBA MAIS
A técnica do drapeado é a de manipular o tecido com dobras ou rodados, com objetivo de desenvolver espaços ou moldes para construir ou fazer o design da peça de roupa. Fonte: Duburg e Vandertol (2012, p. 150).
Figura 22 - Exemplo de gola Peter Pan
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DESIGN
Figura 23 - Exemplos de gola chinesa
Figura 24 - Exemplos de Colarinho
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Figura 25 - Exemplos de Gola xale
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Figura 26 - Exemplo de gola Simples ou com lapela
DESIGN
MODELANDO UMA GOLA ESPORTE Assim como na modelagem base da parte superior, vou apresentar o passo a passo de como desenvolver o molde. Escolhi uma a gola esporte por ser de simples aplicação e muito utilizada. Esse modelo é muito parecido com o colarinho, só não tem pé de gola e, por isso, acaba levantada. Dobrando ao redor do pescoço, uma outra característica dessa gola é que quando estiver desabotoada ela fica com lapela.
Figura 27 - Exemplo de gola esporte Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 124).
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Vamos lá, o ideal é que na modelagem da gola você faça o molde com um afastamento do decote original, principalmente na região do ombro, para que não fique apertada. Nos tecidos leves, basta que afaste 0,5 cm, e para tecidos mais encorpados, até 1 cm. Com isso claro, divida o processo de modelagem em algumas estampas para ajudar a sua prática.
Preparação do tecido Primeiro afaste 1 cm na direção da linha do ombro e no eixo centro frente, meça o valor do decote. Procure cortar um retângulo em que aparece toda a extensão do decote mais 8 cm para modelo e costura, pela altura desejada. Dobre ao meio no sentido do urdume e trace uma reta, e fala um tracejado. Este servirá para que possa posicionar no centro das costas.
Figura 28 - Colocação do tecido no decote costas. Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012, p. 109).
Moldando a gola Para que veja e analise a interação da gola com a peça, é importante que a parte superior esteja alfinetada no busto. Em seguida, pegue o tecido preparado para a gola e posicione, faça um alinhamento à linha tracejada dele com o eixo central das costas, procurando deixar 1 cm de tecido para baixo, assim como na Figura 28. Continue colocando o tecido, contornando o pescoço. E, para acomodar melhor, procure fazer alguns piques (cortes) no tecido. Com as costas prontas, termine de alfinetar o tecido na linha do pescoço, dando a forma da gola, conforme Figura 29. Figura 29a - Contornando o pescoço Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012, p. 109).
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DESIGN
Figura 29b - Colocação do tecido na parte lateral e centro frente do pescoço. Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012, p. 108).
Meça no eixo central costas 4 cm da linha de decote para o pé de gola, em direção à cabeça, alfinete nesse ponto, e dobra o restante que sobrou de tecido, agora molde o restante da gola. A gola ficou pronta, basta adicionar costura e cortar, lembrando que é preciso cortar 2 vezes no tecido, pois ela tem o lado interno e externo. Não se esqueça de fazer as marcações do contorno do decote para o decote da gola. Esse foi apenas um exemplo de gola, existem vários com aplicações e materiais distintos. É importante que você busque em materiais complementares, como a indicação no final da unidade para propostas distintas. Muitas vezes, apenas com as mudanças da gola você pode proporcionar efeitos diferentes em suas peças. O ideal é que procure sempre adicionar e variar os tipos de golas para que suas produções fiquem bem diferentes. Não me canso de repetir que a pesquisa é primordial, junte-se aos livros, pois quanto mais informações e conhecimentos você tiver, independente do assunto, mais serão seus insights criativos e mais fácil será a aplicação prática. Vamos agora às mangas.
REFLITA
As golas podem até não ser o principal detalhe de uma roupa, mas são elas que dão um charme todo especial à produção.
Figura 30 - Gola sport moldada. Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012, p. 108).
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MANGAS Caro(a) aluno(a), agora vamos estudar sobre a manga, uma das partes que mais apresenta defeito em uma peça. Qualquer tipo de manga, além de servir como proteção e graciosidade, é responsável por dar acabamentos na cava de qualquer peça de vestidos ou blusas, por isso é importante que nesta etapa tome alguns cuidados. Complementando, Smith (2013, p. 189) fala que as mangas são de tamanhos e formas variadas, e constituem uma parte importante da composição de uma peça. Sendo essencial que fiquem encaixadas nos ombros de forma adequada e sem rugas. Em vários modelos, o acabamento da extremidade inferior é feito com uma borda decorativa ou revel. A Figura 32 demonstra todas as informações referentes ao caimento ideal de uma manga.
Variações de mangas Como nas golas, a variedade de modelos de manga é imensa. A maioria é com a modelagem separada, sendo costurada posteriormente na cava da peça, mas também temos as que são executadas diretamente do corpo da blusa, como são as mangas japonesas e morcegos. O modelo simples de mangas pode ser ligeiramente arredondado ou com franzido na cabeça da manga, parte que une no ombro, favorecendo ou não a formação de volume. No comprimento, a manga simples é classificada em: curta, ¾, 7/8, longa, mas em alguns modelos existe variação de comprimento. Agora quanto à largura, existem também muitas variações, por exemplo, uma manga simples pode ser larga/apertada na cabeça da manga, como também larga/apertada no cotovelo e no punho. 156
DESIGN
Figura 31 - Indicações para o caimento perfeito de uma manga Fonte: Seleções (2009, p. 215).
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GUIA DE MANGAS
MANGA ENCAIXADA (CURTA)
MANGA DOLMÃ
Figura 32 - Alguns tipos de mangas Fonte: Smith (2012, p. 190).
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MANGA ENCAIXADA (LONGA)
MANGA DE ABA
MANGA BUFANTE
DESIGN
Modelando uma Manga Antes de modelar uma manga simples, você precisa que seu busto técnico esteja com o braço instalado, além de alfinetar o molde superior com cava adequada para qual manga deseja inserir. Com o ambiente pronto, posso agora explicar o passos a passo para produzir um molde básico de manga.
Preparando o tecido Para preparar o tecido, começamos definindo seu tamanho. Como nos outros moldes, o comprimento deve ser no sentido do urdume e o tamanho é a distância do encontro do ombro até onde você deseja o punho, adicionando 5 cm para barra e costura. Já a largura mínima é o contorno do braço na região do bíceps mais 9cm. E, para encaixe do tecido, desenhe o fio do eixo central da manga e desenhe uma linha reta contrária ao fio, com valor de 18 cm para a altura da cabeça. Depois, desenhe outra linha contrária ao fio na altura do cotovelo, conforme você pode observar na Figura 33. Figura 33 - Marcação das linhas de construção no tecido. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 138).
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Moldando a Manga Com o tecido preparado, posicione ele no ponto mais alto do braço, verificando se o fio reto ficou bem vertical, ou seja, perpendicular ao chão. Observe se a altura da cabeça da manga ficou na região das axilas. Veja na Figura 34. Em seguida, faça uma marcação nos dois lados da linha central com a medida de 18 cm - total 36 cm - e faça, também, uma marcação na altura do cotovelo com 14,5 cm – total 29 cm. Prenda essas duas marcações com alfinetes nos pontos do cotovelo,
formando um círculo. E, para ajudar na vestibilidade na altura do bíceps, faça duas pregas com mais ou menos 1 cm, uma para cada lado da linha de centro, conforme mostra a Figura 354. Comece a alfinetar o tecido ao busto na altura do ombro e vá contornando a parte mais alta do braço, distribuindo o tecido na cabeça da manga com uma forma de embebimento, ou seja, como se estivesse franzindo o tecido, sem fazer pregas, assim como mostra a Figura 36 a seguir.
Figura 34 - Posição do tecido no braço
Figura 35 - Acrescentando folga na circunferência no bíceps da manga
Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 138).
Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 138).
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DESIGN
Figura 36 - Executando o embebimento (franzido) na cabeça da manga Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 138).
SAIBA MAIS
Embeber significa que, quando você for encaixar as mangas no corpo, podem ser feitas duas costuras com pontos mais frouxos e largos, numa distância de 1 cm, puxando as duas linhas, formando o ajuste dos tecidos de corpo com a cava. Fonte: adaptado de Smith (2012, p. 191).
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Para acomodar o tecido na região da curva na lateral do braço e da axila, dê pequenos piques, tomando muito cuidado para que o corte não fique muito perto da cabeça da manga, assim como na Figura 38.
Finalize essa etapa prendendo as marcações na altura do bíceps, até formar um círculo em volta do braço e junte toda a lateral com alfinetes, formando o corpo da manga.
Figura 37 - Cava da manga moldada Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 139).
Marcando o contorno da manga Agora vamos dar mais forma final a nossa manga. Com um lápis copie o contorno da cava, em seguida faça uma linha pontilhada, partindo do pulso, que passe pelo cotovelo até axila. Feito isso, retire o tecido do braço e retrace com linhas contínuas. Marcando os valores de margem de costura e valor da barra, corte as sobras de tecidos e costure com alfinetes, montando a manga. Em seguida, prove-a e verifique se a cava da manga encaixou bem na peça do corpo.
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É importante que, quando for conferir outro encaixe, é recomendado que, na circunferência da cava da manga, fique sobrando entre 1 a 2 cm para o embebimento da cava, esta pequena folga serve para proporcionar um bom caimento e permite movimento ao braço. Finalize montando seu molde e costurando com alfinetinhos o resto do molde, para analisar o caimento e verificar possíveis defeitos. Faça tudo com muita calma e procure solucionar com tranquilidade qualquer imperfeição.
DESIGN
DECOTES O corte que contorna em volta do pescoço, podendo ser rente ou afastado do pescoço, é conhecido como decote. Assim como as mangas e golas existe inúmeros modelos, cada um com valor distinto. Desenvolver um decote é uma tarefa bem interessante, não tem muita diferença no passo a passo, o que muda em questão é a forma, profundidade e largura da abertura. Por isso vou apresentar um passo a passo genérico e, posteriormente, os modelos de decote mais comuns.
PREPARO Como o decote é um recorte do molde superior, para aplicá-lo você precisa ter a peça superior já modelada. Para a nossa explicação ficar mais clara, farei em uma peça básica superior. Então, nesta etapa, você precisa modelar uma peça superior. Faça com calma e, se for necessário, retorne aos estudos do começo desta unidade, fazendo sua base com precisão. Figura 38 - Cava da manga moldada. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 145)
SAIBA MAIS
Você também pode criar modelos de decotes com moulage, alfinetando a fita sobre o molde básico no corpo. Procure desenhar os modelos de decotes com fita, é uma maneira de explorar as nuances do design e retratar os detalhes. Fonte: adaptado Abling e Maggio (2014, p. 107).
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Centro da frente
Linha do ombro
Decote
Cava
Recorte princesa
Costura lateral
Linha do busto
Desenho plano finalizado
Pence
Acabamento
Figura 39 - Estrutura dos decotes Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 110).
Definindo o Decote
Modelos: Decote “V”
Em seu molde básico (frente e costa), no corpo, marque com uma fita e alfinetinho o formato que deseja do decote. Em alguns modelos de roupas ou por exigência do corpo, você terá que fazer algumas pences no ombro costas (omoplata), isso vai ajudar muito em caso da técnica de moulage de casacos, pois possibilitam a questão da mobilidade.
Traçando o contorno Agora que você já definiu o decote com uma fita, retire os moldes do busto técnico, mantendo costurados a frente das costas com alfinetes no ombro. Leve sua peça para mesa e, assim como fizemos nos outros moldes, retrace o decote utilizando a régua de alfaiate. São etapas bem simples para a confecção do decote. Irei, agora, apresentar os decotes mais comuns e indicações de medidas. 164
Figura 40 - Decote “V” no corpo, marcado com fitas Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 111).
DESIGN
A principal característica desse decote é ter o centro da frente rebaixado, desenhando um V no busto. E o valor de rebaixamento, tamanho do “V”, é conforme a criação pré-estabelecida ou estabelecida no momento da execução. Porém, segundo Abling e Maggio (2014, p. 110), é sugerido seguir estas medidas: rebaixar 1 cm no decote, 15,5 cm no centro da frente e 1,5 cm no ombro, conforme você pode observar na Figura 41:
Modelos: Decote Redondo Esse decote é todo afastado do pescoço, sendo baixo no centro da frente e das costas. Geralmente o ombro fica mais estreito, devido ao afastamento da linha do pescoço.
CO S
TA S
1cm
1,5cm
15cm
FRENTE Figura 41 - Afastando o decote do pescoço e formando o decote “V” Fonte: acervo a autora.
Figura 42 - Modelo do decote redondo, desenho decote frente, desenho decote costas. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 112-113).
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Figura 43 - Desenhando a forma do decote Fonte: acervo da autora.
Modelos: Decote quadrado Esse modelo é bem mais afastado do pescoço no ombro forma uma alça. O centro da frente e das costas desenhe na forma quadrada, caso queira os cantos arredondados, retire em curva o canto do decote.
Figura 44 - Modelo do decote canoa, desenho decote frente, desenho decote costas. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 114-115).
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DESIGN
Figura 45 - Desenhando a forma do decote Fonte: acervo da autora.
Decote canoa Esse decote é afastado no encontro do pescoço com o ombro, e essa abertura pode chegar até a linha do ombro. Para executar esse decote, observe o quanto quer abrir no ombro e abaixar até o busto. Ela tem que ser executada com muito cuidado e paciência, procure se basear nas informações da figura 46.
Figura 46 - Modelo do decote canoa, desenho decote frente, desenho decote costas. Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 116-117).
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CO CO ST ST AS AS
CO CO ST ST AS AS
4cm 4cm
4cm 4cm
FRENTE FRENTE Figura 47 - Sugestão de medidas e decote cortado Fonte: acervo da autora.
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FRENTE FRENTE
DESIGN
Processo de Acabamentos
(Limpeza) para Parte Superior do Corpo Embora pareça um assunto repetido, aqui proporcionarei algo diferente no sentido de limpeza e acabamento. Como acabamentos em revel ou guarnição nos decotes ou cavas. Também conhecerá a técnica de entretelar uma peça, para proporcionar estrutura.
Em se tratando da parte superior do corpo, o acabamento ou limpeza é necessário para estética, durabilidade, além disso, temos que nos preocupar com o abotoamento para garantir vestibilidade à peça.
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ACABAMENTO POR GUARNIÇÃO (REVEL OU LIMPEZA) Vamos iniciar pela guarnição, composto por revel ou limpeza no decote e cavas. Cada região ou bibliografia acaba utilizando uma nomenclatura diferente, mas todas têm o mesmo significado. Aqui em nossos estudos definiremos como guarnições de revel. Segundo Smith (2012, p. 170), esta é a maneira mais simples de acabamento em decote ou à cava de uma peça de roupa, independente da forma. O processo de execução deste revel para limpeza é o mesmo, bastando desenhar o contorno do pescoço e/ou do contorno do braço nos moldes, tanto frente como costas, em seguida faz-se uma paralela. Copie este contorno para outro tecido ou papel, reproduzindo a forma anatômica.
C. C.
C. C.
C. C.
Figura 48 - Exemplo revel, guarnição ou limpeza moldado inteiro Fonte: Heinrich (2005, p. 151).
170
Normalmente esse tipo de revel é costurado no interior da peça, não aparecendo no lado de fora, entretanto pode ocorrer que alguns modelos requer que esses revéis fiquem aparentes como efeito decorativo. Sendo que esse tipo de acabamentos pode ser moldado em partes ou inteiro. • Revel moldado inteiro: são reproduções das partes do molde. Embora o molde tenha costura nos ombros, o revel é uma única peça, costurado parte frente e costas. Caso deseje, pode fazer o acabamento através de forros. A figura 48 mostra o revel que cobre o ombro inteiro, ou seja, faz-se uma cópia da parte superior do corpo, englobando o decote, cava e centro, conforme figura 48:
C. F.
C. F. C. F.
DESIGN
C. C.
C. F.
Figura 49 - Exemplo revel, guarnição ou limpeza moldado por partes Fonte: Heinrich (2005, p. 151).
• Revel moldadas por partes: são extraídas, geralmente, do decote e da cava separadamente. Para facilitar o processo de cópia do revel, aconselho que os moldes já estejam com margem de costura, pois este já fica pronto no momento da extração. Segundo Heinrich (2005), o fio reto da vista do decote será o mesmo do molde no centro costas. Se a
roupa for aberta na frente (um casaco), o revel de cava é de fio reto e fica paralelo ao centro da frente ou das costas. Uma possibilidade de model é extrair os moldes da cava e do decote unidos no ombro, ficando uma peça única. Essa forma de acabamento gasta mais tecido, pois fica com bastante curvas e dificulta o encaixe dos moldes no tecido.
171
C. . C
C. F.
Figura 50 - Exemplo de revel unidos no ombro Fonte: Heinrich (2005, p. 151).
Entretanto, esse sistema de acabamento proporciona à peça velocidade na execução, por ter menos costuras e no sentido da produção da mesma, diminuindo a quantidade de operações na execução.
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Os dois modelos de revel, no quesito qualidade, fazem o acabamento das peças de forma funcional, eficiente e esteticamente agradável, basta que tenha o tecido suficiente para aplicação escolhida.
DESIGN
Caro aluno(a), acessando o vídeo você vai aprender uma das maneiras de fazer acabamento em cavas e decotes. Acesse com o QR Code abaixo e confira!
ACABAMENTO ATRAVÉS DE ABOTOAMENTO COM TRANSPASSE
Dobra C.F.
Dobra C.F.
Dobra C.F.
C.F.
Dobra
Não podemos falar de golas sem nos preocupar com vestibilidade. Para isso, nós precisamos inserir abertura finalizando com zíper e botões. Lembrando que, no último caso, você precisa inserir o transpasse, um acréscimo de tecido que permite colocar botões e os caseados da peça, possibilitando vestir e despir a peça. O tamanho do transpasse, segundo Duarte (2012, p. 53), deve levar em referência o tamanho do botão. Por exemplo, para um botão nº 14, o transpasse é de 1,4 cm e aumenta o dobro para cada lado da peça, ou seja, aumenta 1,4 cm no lado direito e no esquerdo da peça. Outro fator importante, influenciado pelo tamanho do botão, é o caseado ou casinha. Uma abertura feita no transpasse para passar o botão. Temos as casinhas em formato reto, em formato de olho aberto e com tecido.
O dobro O dadobro da Lado do LadoOdo dobro O dadobro da Medida do MedidaLado do do Lado do Transpasse Transpasse Medida do Medida do Transpasse Transpasse Transpasse Transpasse FemininoFeminino Transpasse Transpasse Masculino Masculino Figura 51 - Exemplo de transpasse na peça Fonte: Duarte (2012, p. 53).
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Caseado em formato reto Caseado em formato aberto e fechado Caseado tecido Figura 52 - Forma de caseados Fonte: Duarte (2012, p. 53).
Em peças masculinas, o transpasse sobre o corpo deve ser voltado para o lado direito.
Já o transpasse feminino deve ser voltado para o lado esquerdo.
Figura 53 - Transpasse masculino
Figura 54 - Transpasse feminino
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DESIGN
ACABAMENTOS NO PUNHO DAS MANGAS
POSSIBILIDADES DE ACABAMENTO DO PUNHO DA MANGA
Quando for desenvolver o acabamento das mangas, é preciso levar em consideração o modelo da peça que irá produzir. Algumas peças têm acabamentos mais justos, enquanto outras precisam de algo mais largo, além disso, muitos acabamentos nas mangas são decorativos.
A diversidade de possibilidades é imensa, assim, mostrarei algumas delas:
Pode-se acrescentar uma tira de viés, reforçada, podendo ser da largura que desejar.
Figura 55 - Manga com acabamento em viés
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Pode-se fazer com uma borda de elástico, ajustando a manga ao punho da pessoa.
Figura 56 - Manga com acabamento com elástico na borda do punho
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Pode-se fazer, também, algumas tiras em formato de babados, podendo ser franzidos ou não.
Figura 57 - Manga com acabamento com tiras de babados
DESIGN
Borda com bainhas, ou seja, com barra. Esse acabamento é o mais utilizado nas mangas, e é o mais simples e fácil de fazer.
Figura 58 - Manga com acabamento com barra
Acabamento por punhos, como no caso das camisas. Punho é um pedaço de tecido colocado além do comprimento da manga, podendo ser largo ou estreito, dependendo muito do modelo desejado.
Figura 59 - Manga com acabamento com punho
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Acabamentos e bordas das bocas da manga devem ser feitos de acordo com o modelo desejado e o tipo de tecido escolhido. Mas qualquer opção de escolha, sendo aplicado com precisão, ficará com ótima qualidade.
Considerações Finais Caro(a) aluno(a), nesta unidade foi abordada a técnica de moldar bases de blusas e também as variações de modelos mais comum, orientando e conduzindo todos os passos que você deve transpor, indo da preparação do tecido de modelagem até a sua peça acabada. Por agora você conheceu todos os passos da modelagem de uma peça superior, podendo, com tranquilidade, aplicar o que aprendeu e, no processo de praticar, pensar em novas possibilidades, de transposição de pences ou, até mesmo, organizar o tecido com recortes ao corpo, possibilitando a formação de outros modelos. Perceba como foi promissor o conhecimento que você teve nesta unidade. Agora você tem base sobre a modelagem tridimensional e isso aumenta sua percepção de viabilidade de modelos. Assim, quando for criar uma peça ou até mesmo uma coleção, muito mais do que inovar, você agora tem conhecimento para desenvolver peças distintas. Além disso, a unidade também apresentou para você formas de fazer grandes diferenciais na peça, mudando
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detalhes como golas e mangas ou até adequando o decote ou criando efeitos com técnicas de acabamento e limpeza. Como você pode ter percebido, durante toda a unidade, tudo que foi apresentado é muito introdutório. As possibilidades de modelos e acabamentos possíveis com a modelagem tridimensional são inúmeras. Inclusive destaco que esta unidade pode ter ser vista por várias perspectivas, levando em consideração que o estudo vem para cobrir o seu objetivo formal de ensino, e também serve para dar recursos de técnicas e capacidades de execução. Por fim, tenho certeza de que os conhecimentos aqui contribuirão na sua vida profissional, seja no momento da execução da técnica ou mesmo na compreensão de possibilidades. Acredito que, por meio da interpretação dos modelos, você cultivará e aperfeiçoará seu olhar, especialmente em projetos de construção de moldes e transformação de modelos sobre a técnica tridimensional, apropriando-se das proporções da forma do corpo para torná-lo atraente.
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma roupa pode ser acabada com debruns, viéses ou
(em roupas sem mangas), aberturas frontais e traseiras
corte a fio. A estética e o toque do acabamento podem
ou em bainhas. Em geral, a limpeza é cortada no mesmo
fazer da roupa uma obra-prima ou acabar com a peça.
tecido da roupa e aplicada com entretela; contudo, tam-
É sempre necessário ter um bom conhecimento sobre
bém pode ser feita em um tecido ou cor contrastante à
fechamento, forros, comportamento de tecidos, técnicas
peça.
para tecidos específicos. Alguns estilistas criaram seus
Fechamento são itens funcionais que mantêm a roupa
próprios acabamentos para dar uma aparência exclusiva
fechada. Eles podem ser ocultos ou transformados em
às criações. A Levi`s, por exemplo, utiliza as costuras nos
um detalhe na roupa. Há uma grande variedade, de bo-
botões traseiros como marca registrada.
tões, metais de pressão, velcro e botões magnéticos até
A limpeza é utilizada para fazer o acabamento das bor-
fivelas, colchetes e zíperes. A escolha do fechamento
das de uma roupa. É mais usada quando as bordas são
influenciará diretamente no design de uma peça. Evite
desenhadas, com o decote. A limpeza é cortada com o
decidir pela primeira ideia e pesquise o que o mercado
mesmo formato da linha que se quer acabar e, então, é
tem para oferecer.
costurada a dobra para o lado interno da peça. Aparecem com mais frequência em áreas como decotes, cavas
Fonte: Fischer A. (2010).
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atividades de estudo 1. Antes de começar a moulage, é fundamental analisar bem o manequim com o qual se está trabalhando. As principais características para iniciar a modelagem tridimensional, conforme Fischer, (2010, p. 123) são: a. Tire as medidas e analise o formato para verificar se ele enquadra no percentual e no tamanho que você procura. b. Existe uma gama de manequins disponível no mercado, o importante é tê-los. c. É preciso que se pegue o busto técnico no tamanho desejado. d. Pegar o busto técnico com as marcações das linhas de construção ainda para definir. e. Escolha um busto técnico ser na cor clara. 2. Para traçar a cava do corpo, pode-se utilizar a mão como ferramenta de apoio para fazer o desenho, não esquecendo que o dedo polegar deve estar voltado para a parte frente do corpo, segundo Grave (2010, p. 44). Analise as alternativas abaixo: I. Primeiramente traçar a cava com linhas pontilhadas. II. Existem réguas próprias para se traçar a cava sem a ajuda da mão. III. Após desenhar a cava, corte o excesso de tecido. IV. O contorno da cava fica entre a junção do corpo e a cabeça. V. Sempre, a cava frente é mais cavada que das costas. Assinale as alternativas corretas. a. As alternativas I, III, IV, e V estão corretas. b. As alternativas II, III, IV e V estão corretas. c. As alternativas I, II, III e V estão corretas. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Todas as alternativas estão erradas. 3. Para iniciar o modelo de transposição de pences, pega-se o busto técnico e desenha-se nele o local em que a pence vai ser transferida. Conforme a abordagem, analise as alternativas abaixo: I. Esse recorte é resultado da transferência das pences de busto e cintura em recorte. II. Esse recorte, após executado, forma o tridimensional do busto. III. Mesmo que as pences já não sejam vivíveis, elas ainda existem na forma de recorte. IV. Esse tipo de recorte poderá ser feito como recorte vertical na linha princesa. V. Esses recortes são muito recomendados para modelos de casacos e camisetes. Assinale a alternativa correta. a. Apenas alternativas I, II, III e V estão corretas. b. Apenas alternativas II, III, IV e V estão corretas. c. Apenas alternativas I, II, IV e V estão corretas. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Todas as alternativas estão incorretas. 180
atividades de estudo 4. Para desenvolver qualquer tipo de transferência das pences, basta você desenvolver a mesma técnica da moulage da base da blusa, apenas mudando a posição das pences. Sobre a transferência das pences, analise e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): (
) Pode-se transportar as pences de cintura para a pence de busto.
(
) Pode-se transportar a pence de busto para a linha de pescoço.
(
) Pode-se transportar a linha de busto para as costas. a. V, V, V. b. F, V, V. c. V, F, V. d. V, V, F. e. F, F, F.
5. Revel e limpeza são tipos de acabamentos acrescentados ao decote e à cava de uma roupa. Para qualquer forma de decotes ou cavas, o processo de execução de revel ou limpeza é o mesmo, basta desenhar. Basta desenhar o contorno do decote e da cava, tendo como referente como costas, formando uma paralela de 4 cm. Analise as alternativas abaixo quanto às formas de revel para cava e decotes. Analise as alternativas abaixo: I. Revel pode ser sem auxílio de outro tecido. II. Revel sempre é costurado pelo avesso dos tecidos. III. Os revéis podem ser moldados inteiros ou por partes. IV. Revel colado são várias peças costuradas no decote e cava. V. Revel separado é extraído em uma única vez. Assinale a alternativa correta: a. As alternativas I, II, III e IV estão corretas. b. As alternativas I, III, IV e V estão corretas. c. Somente a alternativa III está correta. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Todas as alternativas estão incorretas.
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Modelagem 3D Para Vestuário: Conceitos e Técnicas de Criação de Peças - Série Eixos Renata Nogueira Lobo, Érica Thalita Navas Pires Limeira, Roseane de Nascimento Marques
Editora: Érica Sinopse: voltado aos profissionais que desejam aprimorar o conhecimento sobre técnicas de moulage (modelagem 3D) para o vestuário, o livro traz um breve relato da história da moulage na indústria têxtil. Explica as etapas percorridas até a finalização do produto e apresenta os principais materiais usados para realizá-la. Ensina o passo a passo de como marcar o manequim para desenvolver as peças de roupa e quais os significados das linhas marcadas. Introduz alguns dos tecidos mais utilizados e demonstra a confecção de decotes, golas, blusas, vestidos e saias em tecido plano e em malha. O conteúdo pode ser aplicado para os cursos técnicos em Modelagem de Vestuário, Produção de Moda, Vestuário, Têxtil, entre outros.
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La Belle et La Bête Ano: 2014 Sinopse: no ano de 1810 um naufrágio leva à falência um comerciante (André Dussollier), pai de três filhos e três filhas. A família se muda para o campo e Bela (Léa Seydoux), a filha mais jovem, parece ser a única entusiasmada com a vida rural. Certo dia o pai de Bela arranca uma rosa do jardim de um palácio encantado e acaba condenado à morte pelo dono do castelo, um monstro (Vincent Cassel). Para salvar a vida do pai, Bela vai viver com o estranho ser. Lá ela encontra uma vida cheia de luxo, magia e tristeza, e aos poucos descobre mais sobre o passado da Fera, que se sente cada vez mais atraída pela jovem moça. Comentário: o filme não é recomendado para menores de 12 anos. Ao assistir este filme você observará os tipos de decotes golas e mangas utilizadas na época, até hoje. Poderá observar, também, a respeito dos tipos de acabamentos e tecidos empregados nas peças e qualidade em sua execução.
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referências
ABLING, B.; MAGGIO, K. Moulage, modelagem e desenho: prática integrada. Porto Alegre: Bookman, 2014. ALDRICH, W.; BUCHWEITZ, C.; MARTINS, L.; SILVA, P. Modelagem plana para moda feminina. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. DUBURG, A.; VAN DER TOL, R. Moulage: arte e técnica no design de moda. Porto Alegre: Bookman, 2012. DUARTE, S. MIB - Modelagem Industrial Brasileira: tabelas de medidas. Rio de Janeiro: Guarda Roupa, 2012. FISCHER, A. Fundamentos do design de moda: construção do vestuário. Porto Alegre: Bookman, 2010. GRAVE, F. M. Modelagem tridimensional ergonômica. Escrituras: São Paulo, 2012. JONES, S. J. Fashion design. 2 ed. São Paulo: Cosac Naify, 2005. HEINRICH, D. P. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Novo Hamburgo: Feevale, 2005. SMITH, A. Costura passo a passo: mais de 200 técnicas essenciais para iniciantes. São Paulo: PubliFolha, 2012.
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gabarito
1. C 2. C 3. D 4. D 5. C
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PRODUÇÃO PROTÓTIPO/ PEÇAS-PILOTO E ORIGINAL
Professora Esp. Inês Sarto Soares
Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Análise do modelo e escolha de materiais • Modelagem tridimensional peça piloto • Análise e aprovação dos modelos de acordo com a proposta • Montagem e acabamento da peça no tecido original
Objetivos de Aprendizagem • Analisar o desenho para desenvolvimento da peça piloto. • Executar a modelagem da peça piloto. • Analisar a vestibilidade da peça no corpo. • Aplicar a técnica estética de acabamentos à montagem da peça.
unidade
V
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a)! Entramos na etapa final da disciplina, e nada mais justo que terminar com a produção de um protótipo, abordando a maioria dos conteúdos vistos até agora. E é somente agora que podemos fazer isso, pois, antes de modelar uma peça, é necessário que você conheça o processo de obtenção da forma de um corpo, utilizando as técnicas de modelagem tridimensional, respeitando suas medidas, volume, formas e movimentos. Em outras palavras, para que você consiga produzir uma peça com qualidade, é indispensável que entenda sobre a tridimensionalidade da peça piloto e a criação de modelos sobre o corpo (modelagem tridimensional). Sendo assim, o objetivo desta unidade é aplicar os estudos que você adquiriu ao longo deste livro, utilizando as técnica de moulage e o que foi estruturado em fundamentação teórica, com a abordagem descritiva de cada etapa. Levando sempre em consideração as experiências práticas com modelagem tridimensional do vestuário. Bom, para produzir a sua primeira peça piloto, o primeiro passo é a compreensão e análise do modelo para entender a construção, o caimento e vestibilidade da peça original. Baseado nas suas conclusões, você fará a escolha dos materiais para a construção da sua peça. Inicialmente, interpretaremos um modelo já definido e analisaremos quais materiais possibilitam um resultado satisfatório, proporcionando uma boa vestibilidade ao corpo. Em seguida, construiremos os moldes, utilizando a técnica de modelagem tridimensional. E, então, partiremos para montagem da peça original. Tenho certeza de que, quando experimentar a execução do vestido sugerido, você instantaneamente terá uma visão imediata da roupa tridimensionalmente. No entanto, como profissional de design de moda, você tem que acreditar que não basta colocar o tecido sobre o manequim e moldá-lo ao seu gosto - é preciso que respeite o projeto de execução, pois, assim, irá garantir qualidade durante a modelagem tridimensional.
Análise do Modelo e Escolha de Materiais Antes de tudo, para que você compreenda o assunto, começaremos definindo que "peça piloto" é o primeiro modelo produzido de uma peça que será aplicada em série depois. Para Duarte (2012, p. 28) “é através da peça piloto que fica definido todos os acabamentos. É muito importante que se faça esta primeira peça, pois, é através desta que de define todos os acabamentos e reajustes.” Com esse termo esclarecido, seguiremos nossos estudos. Levando em conta que você já tem o conhecimento básico da modelagem tridimensional, vamos para a prática. Nesta unidade, você verá 190
uma forma de aplicar os conhecimentos e atividades estudados anteriormente, para confecção de uma peça. E, para que seu estudo fique mais rico de conteúdo, escolhi alguns modelos com vários detalhes, para que possamos testar aplicabilidades distintas durante o seu desenvolvimento. Portanto, caro(a) aluno(a), vamos entender o passo a passo do desenvolvimento de uma peça, indo da análise do desenho ao produto final. Dessa maneira, recomendo que faça tudo com calma, utilizando as técnicas explicadas no livro, não pulando nenhuma etapa, pois isso é muito importante para o seu aprendizado.
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O vestido deve seguir o corpo da mulher, e não o corpo seguir a forma do vestido. (Hubert de Givenchy) Se você observar a Figura 1, “de cara”, já perceberá que a proposta do modelo é combinar dois tecidos, sendo um liso e o outro uma renda de aviamentos delicados. Quando pensamos em aviamento, é possível perceber que a transparência da blusa e o caimento da saia mostram que este modelo precisa de tecidos leves.
ANALISANDO O DESENHO • Vamos começar nosso estudo analisando cuidadosamente o desenho, observando detalhes e características para que possamos pensar, desenvolver os moldes e definir os aviamentos necessários. Neste momento, é muito importante que você saiba analisar o modelo de forma entender cada pequeno detalhe do desenho e pensar nos aviamentos e tecidos necessários ao sucesso da peça. Começando pela frente, conforme a Figura 1, você percebe que: • Recorte vertical: a parte central do vestido apresenta um recorte vertical. Isso só é possível a partir da transposição de pences, do busto e da cintura. • Recorte entre cavas: na parte superior do busto, para que possa ser colocada a renda transparente, foi inserido outro recorte. • Decote e cavas: o decote tem o formato de canoa e as cavas são afastadas do braço, ou seja, blusa cavada. • Lateral: na altura da cintura tem um buraco que mostra o corpo. • Parte inferior: molde evasê com média roda.
Figura 1 - Modelo de vestido curto com detalhes em renda Fonte: acervo da autora.
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Já, nas costas, o que você pode perceber é: • Parte superior: o decote em V mostra que as pences de cintura foram eliminadas (transportadas) para as costuras centro e lateral. • Parte inferior: a saia é composta pelas costas mais a lateral frente, sendo assim não tem costura lateral. A cintura é localizada e o modelo é de saia evasê sem pence. Feita esta análise, vamos pensar nos aviamentos para a limpeza e vestibilidade da peça. Sobre isso, eu brinco dizendo que toda roupa é feita para ser vestida, então não importa se você entra pelo lado de cima, de baixo, pela frente do corpo ou pelas costas, o importante é vestir de algum jeito. Bom, olhando o desenho podemos definir que, para a vestibilidade: • Parte superior: um zíper nas costas é necessário. • Parte inferior: eu recomendo um broche médio para prender as partes direita e esquerda das costas, mas você também pode fazer um botão, desde que faça o caseado. Em relação aos acabamentos, por se tratar da primeira peça, vamos fazer a limpeza simples. Para Smith (2012, p. 170), “a maneira mais simples de dar acabamento do decote ou à cava de uma peça de roupa é aplicando uma guarnição”. Por isso, para este modelo, utilizaremos os seguintes aviamentos para limpeza: • Parte superior: nas cavas e decote, a fita de renda sobreposta sobre a renda proporciona um acabamento adequado para os mesmos, além de eliminar a inserção de revel. Já na cintura da blusa, a limpeza será com viés, podendo ser costurado no lado certo ou avesso, isso vai depender do acabamento que você deseja para a peça.
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• Parte inferior: para fazer os arremates da cintura, faremos com fita de viés, podendo ser aparente ou embutido. Para a bainha da barra, dobramos duas vezes 1 cm e costuramos com ponto invisível. Agora que você já analisou os desenhos, vamos verificar os materiais que precisamos para produzir o desenho.
DEFININDO MATERIAIS: Começaremos a definir os materiais necessários para a confecção da nossa peça. Na escolha de TECIDOS, deve-se levar em consideração as características do desenho, sendo assim, irei sugerir alguns tipos, mas você tem total liberdade de escolha, desde que não altere o caimento do vestido. Como já vimos, os aviamentos são utilizados para acabamento (limpeza) da peça, além permitir vestibilidade à peça. Se você observar a Figura 1, verá que o modelo precisa de AVIAMENTOS para que a peça possa ser vestida e despida.
SAIBA MAIS
Na alta-costura, quando o tecido definitivo é muito diferente da peça piloto, como o tricô, por exemplo, a moulage costuma ser feita no tecido definitivo, para se trabalhar, desde o início, com a firmeza e o caimento correto. Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012).
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A lista a seguir apresenta quais são os materiais necessários para produção da sua peça. Compre tudo com antecedência, antes de começar a produção e, no que diz respeito ao estilo, modelo e estamparia, esses devem ir ao encontro do seu gosto pessoal, lembrando que as metragens do tecido também precisam estar de acordo com o tamanho do manequim técnico. Vamos à lista! É importante que você tenha: • Linhas e agulhas para costurar a peça. • 1 zíper de 15 cm - o modelo pode ser comum ou invisível, lembrando que o primeiro é mais fácil de costurar a peça. • 1 Broche de tamanho médio - o estilo dele fica a seu gosto. E, caso prefira, pode trocar por um botão, não esquecendo de fazer o caseado para que possa abotoar. • 3 metros de renda com bico da cor do tecido para acabamento do decote e cavas. • 1 fita de viés com um centímetro de largura, para acabamento da cintura (blusa e saia); • Recomendo que, para moulage do molde, utilize um dos seguintes tecidos: Mourim, Algodão cru ou Cretone. O importante é que todos sejam 100 % algodão. • Agora, para a peça final, conforme o desenho, são necessários 2 tecidos. Pelo caimento do vestido, o melhor grupo de tecidos a usar é o Médio, e recomendo escolher um dos seguintes: Popeline 100 % algodão, Sarja acetinada 100 % algodão, Tricoline 100 % algodão, a Neoprene 94% Poliéster 6%. Caso queira utilizar algum tecido do grupo elásticos, recomendo o Elastano. E, para manter nas costas, utilize uma renda 100% poliéster.
SAIBA MAIS
Zíper: é um fecho utilizado para proporcionar aberturas de peças para vestibilidade. Broche: é uma joia ou bijuteria que está envolta por um objetivo essencialmente estético na roupa. É uma peça especialmente do sexo feminino. Comumente, ela é combinada por duas partes, a parte decorativa, que é colocada em direção à frente e atrás de fixação oculta (muitas vezes consistem em pino de segurança) que é fixo por colagem ou soldagem. Botão: os botões são protuberâncias e podem ser feitos de vários materiais, como plástico, metal, conchas ou osso, nylon. A casa de botões é essencial para que o botão tenha funcionalidade. Quando os botões forem muito grandes, dê preferência para modelos de pressão, pois uma casa de botão, ou caseado, pode causar estiramento da roupa. Casas para botão: é uma abertura essencial para a introdução do botão, para que tenha funcionalidade. Podendo ser executadas na máquina de costura Ziguezague ou com abertura com tecidos. Outra opção é você usar tiras de viés (aselhas) simulando um caseado. Fonte: Smith (2012, p.124).
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Modelagem Tridimensional Peça Piloto Vamos, agora, utilizar todo o conhecimento que você adquiriu na disciplina para produzir nossa peça piloto. Lembrando que toda a modelagem começa com a escolha do manequim do tamanho desejado. Importante que seu busto já esteja com as linhas de marcações e posicionado na sua altura. 194
Com seu manequim pronto, vamos preparar os tecidos de modelagem que serão utilizados na produção da peça. Em seguida, iremos para a etapa de moldar a piloto. Nessa peça utilizaremos as bases de um vestido com recortes verticais que, segundo Duburg e Van Der Tol (2012, p.122-123) é a mesma base do casaco cinturado.
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PREPARAÇÃO DO TECIDO E EXECUÇÃO DA MODELAGEM TRIDIMENSIONAL
35 cm
35 cm
35 cm
Altura do busto mais 5 cm
110 cm = comp. costas mais 5 cm
CENTRO COSTAS
Linha de quadril
Fio reto
Linha de quadril
Fio reto
Fio reto
Fio reto
Recorte lateral frente
CENTRO FRENTE
Linha de quadril
Linha de busto Recorte lateral costas
Linha de busto
Linha de busto
Fio de urdume
Fio de urdume
Como a nossa referência de modelagem é o casaco cinturado, será necessário utilizar quatro partes de tecidos (painéis), sendo assim, prepare os painéis conforme mostra a Figura 2: Observe que foram marcadas as linhas de busto, cintura, centro frente e centro costas. Nos painéis das laterais, foi riscada a linha bem no meio do tecido, representando o fio reto para o recorte. Recomendo que essas marcações sejam bem esquadradas para facilitar a moldagem.
Fio de urdume
Fio de urdume
Antes de iniciarmos o estudo acerca das etapas da modelagem do vestido, observe no vídeo como o estilista Christian Dior analisou o desenho de um vestido drapeado na cintura e, baseado em seus cálculos, preparou o busto e produziu os moldes.
35 cm
Figura 2 - Preparação dos painéis para a modelagem Fonte: adaptado de Duburg e Van Der Tol (2012).
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PRODUZINDO OS MOLDES Com os quatro tecidos da moulage preparados, vamos começar a moldar o vestido. SUPERIOR FRENTE: pegue o painel com a marcação da linha CENTRO FRENTE e posicione no manequim, conforme Figura 3, tomando o cuidado de alfinetar, bem alinhado, o tecido ao manequim, pois é nisso que você garante esquadro correto e qualidade do seu molde. Observando a Figura 3, você percebe que o tecido foi acomodado no corpo em toda a extensão do eixo central frente e, para facilitar isso, no pescoço foram feitos alguns piques. Feito isso, comece a modelar o tecido no formato do corpo, com alfinetes marque o decote, depois já do ombro até a linha princesa e, para terminar, siga da linha princesa até a cintura, ou seja, procure desenhar toda a forma do corpo como o decote, ombro, cava e linha princesa. O molde é apenas para a parte superior, por isso corte as sobras de tecido até a linha da cintura, guardando 2 cm para depois marcarmos a margem de costura. ATENÇÃO
Não descarte a parte do tecido que retirou, precisaremos para fazer o efeito evasê da peça inferior.
Figura 3 - Esquadrando o tecido ao corpo Fonte: Dubug e Van Der Tol (2012, p. 122).
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SUPERIOR LATERAL FRENTE: alfinete o tecido preparado para recorte lateral no busto técnico, mantendo o fio reto central mais ou menos no meio da linha lateral e da linha princesa. É importante que o fio reto esteja paralelo ao eixo central e bem vertical. Feito isso, modele o molde alfinetando na linha princesa e, depois, acomode o tecido na linha lateral, modelando toda a lateral do corpo, formando o recorte lateral frente. Após isso continue alfinetando a linha lateral. Com isso, observe que você modelou toda a parte da frente até a cintura. INFERIOR: a partir da cintura, trace uma linha reta na diagonal, partindo da cintura em sentido ao final do tecido (barra). Em seguida, abra o evasê conforme aprendeu no livro, aplicando o volume que deseja. Como feito na Figura 5. COMPRIMENTO: para este modelo, o tamanho recomendado é de 50 cm. Sendo assim, partindo da cintura meça, 50 cm do tecido, deixando uma margem para a barra.
Figura 4 - Posicionamento do tecido na parte lateral do corpo Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012, p. 122).
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Figura 5 - Exemplo do acréscimo para o evasê da saia Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012, p. 51).
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Veja que a saia, no nosso caso, inicia-se a partir da cintura, é como desenhar um acréscimo de um triângulo da cintura para baixo. SAIA CENTRO FRENTE: neste molde você vai abrir o evasê apenas na linha princesa, saindo da barra. SAIA RECORTE LATERAL: no molde lateral, é necessário que você abra o evasê nos dois lados, à linha princesa como na linha lateral, observe a Figura 5. BARRA: em seguida, defina a barra com auxílio de uma régua curva. COSTURAS DE EMENDA: ainda com o tecido no manequim, corte o excesso de tecido, deixando 2 cm para as costuras. Isso é para facilitar a visualização de cada molde. Não tenha medo de cortar, caso o corte não fique perfeito, fique tranquilo, lembre que o molde é sempre finalizado fora do manequim. Feito o corte, prenda o ombro e una a costura com alfinetes em uma linha fluída a partir do ombro, cruzando o ponto do busto até a cintura, se alongando até a bainha (barra). Alfinete a mesma quantidade de tecido para bainha em ambos os tecidos. COSTAS: a técnica de modelagem é idêntica à frente, por isso, caro(a) aluno(a), repita todas as operações feitas para produzir os moldes da frente a técnica de recorte é igual tanto no centro como na lateral. Observe a Figura 7, ela mostra como ficará sua moulage quando estiver pronta.
Figura 6 - Molde frente pronto Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012, p. 123).
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Figura 7 - Costas do molde Fonte: Duburg e Van Der Tol (2012, p. 123).
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FINALIZANDO A MOULAGE: agora que todas as peças foram produzidas, vamos unir todos os moldes para analisar a vestibilidade da peça. Para que possa analisar a peça, é preciso unir os ombros da frente e das costas, além das costuras laterais e os recortes na linha princesa. Una a costura do ombro à costura da parte frente, com alfinetes. Essa costura corre em uma linha fluída, desde do ombro até a cintura, alongando-se até a bainha. Alfinete a mesma quantidade de espaço para a bainha em ambos os tecidos. Una a costura do ombro com alfinetes. Una a costura lateral do painel da frente e das costas com alfinetes. A costura corre em direção à bainha com largura extra. Caso queira unir as peças fora do manequim, isso não é problema. O importante é analisar se a peça produzida está conforme desejado. FINALIZANDO OS MOLDES: nesse momento, vamos resolver todas as imperfeições nos moldes e deixar a linha de costura bem definida, lembrando que linha de costura é a marcação de contorno do molde que indica onde as peças serão costuradas. Até o momento não havíamos marcado a linha de cintura. Para que possamos continuar a modelagem, é interessante você definir essa linha, traçando uma linha reta. Faça um pique para indicar os pontos de encontro das linhas: cintura encontra com princesas e lateral, linha princesa encontra com linha de busto frente e costas. Acrescentando 1 cm de margem de costura, nas linhas de união e 2 cm para a bainha, conforme é possível observar na Figura 9. E, com isso, terminamos de fazer o molde do vestido, utilizando modelagem tridimensional. Conseguimos definir o recorte lateral, que nada mais é que a preparação para a interpretação do modelo escolhido, sendo que podemos desenhar o modelo na peça moldada a partir da prova final, que será a aula seguinte.
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Figura 8 - Moldes finalizados vestido no corpo
Centro da frente do vestido
Lateral das costas
Centro das costas do vestido
Lateral da frente
Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 175).
Figura 9 - Moldes frente e costas finalizado com margem de costura. Fonte: Abling e Maggio (2014, p.175). 201
Análise e Aprovação dos Modelos de Acordo com a Proposta A cada tópico, chegamos mais perto da nossa peça piloto. A partir deste momento, iremos passar o molde feito em tecido similar para o tecido original.
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É nesta etapa que você pode executar variações no modelo, por mais que tenhamos escolhido um modelo simples, nada impede que você crie, em cima desta base, outros conforme seu desejo.
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MONTAGEM DA PEÇA
PROVA DA PILOTO
Com os moldes prontos, vamos uni-los novamente e montar a peça. Nesse momento costuraremos as peças com alfinetes, assim como é feito na costura de alinhavo. Comece pela frente, juntando o recorte lateral com o centro frente, costurando com muito cuidado, para que fique bem encaixado. Em seguida, faça a mesma coisa no molde das costas. Com os moldes encaixados no busto, vamos agora juntar a costura com alfinetes às linhas laterais das peças e, finalizando, unindo o ombro. Este processo tem como objetivo montar a peça com alfinetes, como se estivéssemos costurando-a.
Agora, vamos vestir a peça no busto técnico. Ao vesti-lo, faça com cuidado para não se espetar com alfinetes. Procure colocar a peça bem na posição correta, prendendo com alfinetes no corpo, somente no eixo central frente e costas. O restante da peça tem que ficar solta no corpo, dessa forma facilita a correção. Agora que você precisa analisar como a peça ficou no corpo, verificando se ficou larga ou apertada, muito comprida ou se tem que fazer alguma alteração. É muito díficil a moulage apresentar defeitos nesta etapa, pois foi executada conforme a forma do corpo.
Figuras 10a - Frente e costas costuradas Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 176).
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Figuras 10b - Frente e costas costuradas Fonte: Abling e Maggio (2014, p. 176).
Desenhando o modelo na base Agora, com a peça ainda no corpo, já corrigida, vamos desenhar o modelo. Procure desenhar com uma caneta, para que possa identificar melhor as riscas. Observe a figura 11, veja os detalhes do modelo, procure reproduzir todas as informações no molde, da peça. Para ajudar, criei um gabarito na Figura 11:
Definição dos moldes: Agora, retire a peça do manequim e separe todas as partes. Nomeie cada parte separada, conforme Figura 12, a seguir.
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O uso dos termos adequados facilita a comunicação e contribui para a compreensão dos dos detalhes da peça, evitando, assim, defeitos na produção das roupas, sejam estes na peças-piloto ou na produção em escala para vendas (HEINRICH, 2005, p. 24).
Esse ato de identificar cada molde é muito importante. No momento da montagem, pode ser feito por você ou outra pessoa, analisando e fazendo a sequência com tranquilidade. Além disso, segundo Heinrich (2005), unificar a linguagem técnica utilizada entre os diversos setores da empresa melhora o funcionamento e organiza o sistema produtivo.
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Decote canoa frente
Recorte lateral blusa frente
Decote em V costas Decote canoa frente
Blusa costas
Saia costas
Recorte lateral saia frente
Figura 11 - Desenho do modelo diretamente na peça piloto, frente e costas Fonte: a autora.
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Figura 12 - Nomenclatura e marcações identificar cada molde Fonte: a autora.
Após todas as identificações, vamos para o próximo passo. Junte os moldes da saia frente e costas, para eliminar a costura lateral. Existe a possibilidade de deixar essa costura sem problemas, entretanto será mais uma operação no processo de montagem, além de influenciar na estética do vestido.
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Para isso, una o molde lateral frente da parte inferior com a parte das costas pela linha princesa. Veja, na Figura 13, que a linha de quadril ficou bem encontrada e unidas, faz uma leve curva da cintura. Veja, também, que a posição do centro costas e no sentido do fio no tecido, a parte lateral na frente fica na diagonal.
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Figura 13 - Saia unida lateral frente com a saia costas Fonte: a autora.
Agora, basta acrescentar a margem de costura.
Margem de costura Caro(a) aluno(a), observe que as partes dos moldes que foram moldados no manequim já têm costura, que acrescentamos no retraçado dos moldes. As partes que ficaram sem costura foram
apenas os locais de corte do desenho do modelo. E é somente nessas partes que terá que ser inserida uma margem de costura.
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Planificação dos moldes Para produzir o molde final, transportaremos a modelagem feita em tecido para o papel. FRENTE: para fazer com que seu molde seja completo, vamos espelhar a frente, por isso dobra-se o papel e alfinete, os moldes, nas seguintes posições: o centro frente deve ir bem na dobra do tecido (observe Figura 14), o recorte lateral posiciona-se ao lado do recorte frente. Acrescente margem de costura nas partes dos recortes. COSTAS: aqui nenhum molde é distinto, não precisando de um espelhamento central. Por isso, pegue 2 folhas de papel, encaixe os moldes e alfinete-os conforme Figura 15, a seguir. Não esqueça de acrescentar margem de costura nas partes com recortes.
Figura 14 - Moldes da frente posicionado no papel. Fonte: a autora.
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Figura 15 - Moldes das costas posicionado no papel Fonte: a autora.
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Neste momento, observe que todas as partes dos moldes já têm costura e estão espelhados e, a partir desta etapa, consideramos os moldes prontos para serem cortados no tecido original. E com os modelos prontos, terminamos de construir e interpretar o desenho escolhido. Você pode cortar a peça no tecido original. Procure guardar este molde, mas também gostaria que percebesse que agora com os moldes pronto, você, em cima desta base, pode criar muitos modelos, conforme a criatividade permitir. Procure treinar outros modelos, desenhando-os por cima do molde já utilizado, cada um com uma cor de caneta, ou seja, para cada modelo uma cor diferente, assim você não se confunde no momento de tirar as partes do molde. E, para exercer sua criatividade e criar novos moldes sem danificar o molde de tecido, sempre que for finalizar um novo molde transfira para o papel o modelo escolhido, assim você fica com o molde do modelo desejado e a base fica intacta. Até a próxima!
Figura 16a - Frente costa espelhadas Fonte: a autora.
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Figura 16b - Frente costa espelhadas Fonte: a autora.
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Montagem e Acabamento da Peça no Tecido Original Vamos finalizar nosso modelo? Bom, agora que terminamos o molde, você vai compreender a totalização do modelo. Digo isso, porque enquanto estamos produzindo etapa por etapa, não conseguimos imaginar como ficará a peça, dando a impressão de que nunca vamos terminá-la. Só que, agora, em cada etapa da preparação e montagem da peça, você já vai identificando o modelo.
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CORTE DA PEÇA NOS TECIDOS ORIGINAL Agora, pegue os tecidos originais, renda e tecido liso escolhido, posicione os moldes e alfinete a peça, tomando cuidado com o fio reto que, segundo Duarte (2012), é um dos facilitadores da costura. Observe a Figura 17 e alfinete os moldes.
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Figura 17 - Posição dos moldes no tecido renda Fonte: a autora.
Ao posicionar os moldes no tecido, alfinete muito bem, posicionados no sentido do fio de urdume, e analise o espelhamento, pois é importante que encaixe os moldes no tecido, procurando posicionar com precisão, conferindo se o fio de urdume está alinhado com o fio reto do molde. Feito isso, com muito cuidado, corte a peça, evitando cortar partes do moldes, pois, se forem danificados, não poderão ser utilizados outra vez.
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Figura 18 - Posição dos moldes no tecido liso Fonte: a autora.
Como já foi visto no início da unidade, conforme análise do desenho, definimos que a limpeza da peça será feita com dobras, viés e guarnição; técnicas simples de guarnição. Para o decote e cavas, vamos costurar uma renda de 2 cm de largura e na cintura da 213
saia e da blusa a limpeza da peça será com um viés. Então, finalizando os acabamentos, faremos a barra com uma bainha com duas dobras viradas de 1 cm.
MONTAGEM No processo de finalização da peça, é preciso unir cada parte de peça cortada, uma nas outras, visto que as peças estão em formato bidimensional, resultando na forma tridimensional. Para montar a peça, você poderá utilizar a técnica de costura que preferir. Podendo fazer uso das técnicas de costura que aprendeu no começo da disciplina, ou costurar com uma máquina, desde que conheça o equipamento. Segundo Fischer (2010), costuras representam o jeito simples de unir duas ou mais partes de um material na construção de um vestuário. A quantidade de margem de costura adicionada varia de acordo com o tipo de costura utilizado. Além disso, também é possível utilizá-las para criar formas e causar impacto no design de uma roupa. Algumas possuem função na estruturação de partes de uma roupa (em espartilhos, por exemplo), enquanto outras são usadas para efeito de design. Existem alguns pontos a serem considerados durante a escolha da melhor costura para a construção de uma peça, até porque diferentes tecidos e estilos requerem diferentes costuras. Você poderá escolher um dentre vários estilos de costura e, quem sabe, até mesmo criar o seu. Para esse modelo, visando a não ocorrência de problemas na costura, é importante que essa sequência operacional, que vou apresentar, seja seguida. Vamos lá: 1. Comece costurando as linhas laterais da blusa (frente com costas) e faça a limpeza da cintura, costurando um viés, podendo ser aparente ou não, isso vai de encontro ao seu estilo. 214
2. Agora costure o centro frente ao recorte lateral frente. 3. Costure as partes frente ao recorte superior da blusa. 4. Costure a costa das saias até a altura do zíper (mais ou menos 15 cm). 5. Pregue o zíper no centro costas da saia. 6. Costurar a saia com a parte da frente. 7. Costurar os ombros (frente com costas). 8. Pregar os aviamentos de limpeza na cava e no decote. 9. Costurar a bainha para fazer a barra. Peça pronta, costurada e acabada, no centro das costas da blusa aplicar o broche para fechá-la, como se estivesse abotoando. Assim terminamos nosso vestido. Da modelagem ao fim. Veja como é fácil produzir um modelo utilizando a técnica de modelagem tridimensional. Começamos preparando os tecidos (painéis), modelos conforme o desenho, depois transportamos os moldes para o papel. Em alguns casos eu admito que esta etapa pode até ser descartada, já que o molde de tecido é suficiente para que se possa cortar a peça original. E, assim, fizemos tudo para que você saiba todas as etapas, além da durabilidade do seu molde ser maior no papel. E chegamos ao fim, cortando e costurando nosso vestido.
REFLITA
O acabamento é uma forma de finalizar determinadas partes de uma peça ou a maneira como serão aplicados alguns aviamentos. (Duarte)
DESIGN
Considerações Finais Caro(a) aluno(a), ao finalizar esta unidade, em que o objetivo está na produção de um produto do vestuário, através da técnica de modelagem tridimensional, a princípio, é muito importante ter convicção de certo domínio do assunto. Pois isso nos faz ter noção de que o processo é um pouco demorado. Além disso, confirma-se o que, ao aplicar a técnica, sistematizam-se as ideias estudadas anteriormente. Com isso, ampliou-se, com o estudo dos métodos e suas técnicas, um fazer que traz muita satisfação para quem o executa com entusiasmo. Portanto, a análise do modelo que sustenta essa prática vislumbra um futuro próspero para a modelagem como recurso técnico e criativo. A análise dos detalhes que compõem o modelo amplia a visão para várias outras interpretação de modelos futuros. Dessa maneira, pode-se dizer que a composição dessa Unidade relaciona a forma com
a matéria e produção da peça do vestuário. Os materiais, como tecidos e aviamentos, impulsionaram o aperfeiçoamento das técnicas de estilo do modelo, e esse caso foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento do acabamento da peça. Na última aula da Unidade, foi possível construir a peça através da técnica de costura. Como qualquer outro processo, a montagem da peça implica na sequência operacional. E foi se materializando no decorrer, sugestão da professora, que ficasse livre para costurar a peça conforme os tipos de costura de sua escolha. Em suma, a presente prática confirma que a técnica de modelagem tridimensional é um elemento fundamental para o exercício da produção de roupas do vestuário, não só ao garantir a confecção, mas principalmente por apontar a abertura que gera o processo criativo e produz produtos com vestibilidade funcionais e esteticamente inovadores.
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LEITURA COMPLEMENTAR
O labirinto: transição entre bordado e renda
e, a seguir, é cheio, isto é, recoberto de bordados fei-
A renda é uma obra na qual um fio, conduzido por uma
tos com agulha. Assim, é um artesanato considerado ao
agulha, ou vários fios trançados engendram um tecido
mesmo tempo bordado e renda de agulha.
e produzem combinações de linhas análogas às que
O aparecimento da renda de agulha data dos fins do sé-
o desenhista obtém com o lápis. O bordado consiste
culo XV, na Europa. Maia (1980) explica que ela surgiu
em uma decoração aplicada a um tecido pré-existente
da necessidade de quebrar a monotonia do bordado fe-
(MAIA, 1980). A autora especifica duas grandes linhas de
chado sobre um fundo compacto. Veio a ideia, então, de
produção de rendas: a renda de bilros e a renda de agu-
cortar certos espaços no tecido entre os motivos, o que
lha. O que caracteriza a primeira é o que o próprio nome
assinalou a transição entre o bordado e a renda. Suce-
significa, ou seja, é a renda tecida com bilros (pequenas
deram-se os desfiados, que é o caso do crivo ou labirin-
hastes de madeira) afixados numa almofada cilíndrica
to. A renda chegou a Portugal vinda da Itália, Flandres e
por meio de alfinetes ou espinhos. A renda de agulha
França, além de sofrer influência oriental, com as inú-
compreende vários tipos, como a renda irlandesa ou re-
meras viagens das frotas portuguesas. Durante muito
nascença, o filé, o rendendê e o labirinto, que é conheci-
tempo, só foi feita em conventos e usada para adornos
do também como crivo.
em igrejas e paramentos sacerdotais.
O labirinto tem como característica o fio desfiado preli-
No século XIX, as rendas portuguesas ficaram conheci-
minarmente de um tecido que depois é trabalhado com
das no mundo todo. Em 1747, foram publicados editais
agulha e linha segundo motivos ou desenhos preestabe-
nas Ilhas dos Açores, convocando famílias a estabelece-
lecidos. Para Girão (1983), o labirinto, que merece esse
rem-se no Brasil, assim, chegaram os comboios, e as fa-
nome pelo emaranhado dos pontos, é o bordado de fio
mílias se espalharam pelo litoral e, mais tarde, pelo inte-
cortado, distendido em uma grade ou em um bastidor,
rior. Enquanto os homens se dedicavam principalmente
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LEITURA COMPLEMENTAR
à pesca e a pequenas lavouras, as mulheres se dedica-
a ajuda de uma carretilha que deixa marcas no tecido;
vam aos bordados e rendas. De início, foram as casas
em seguida, vai-se desfiar o tecido, com a ajuda de uma
de família e os colégios de religiosas que difundiram a
lâmina que corta os fios que são puxados. Depois vem o
renda de agulha no Brasil; mais tarde é que, para as mu-
processo de encher o tecido, já preso no bastidor ou na
lheres das classes trabalhadoras, o trabalho com agulha,
grade, o que significa bordar os motivos com agulha e li-
longe de representar apenas uma etapa das “prendas
nha. Isso requer uma contagem detalhada dos fios. Após
domésticas”, representou uma oportunidade de atender
o enchimento, vem a etapa de torcer, que compreende
às necessidades de complementar a renda familiar.
o processo de prender os “pauzinhos” do tecido para dar
O local escolhido para este estudo, o Município de Juarez
forma e firmeza ao desenho, passando a linha de três a
Távora, situa-se na região agreste do Estado da Paraíba,
quatro vezes no mesmo lugar com movimentos de baixo
nordeste do Brasil. Trata-se de um Município pequeno
para cima. A etapa seguinte consiste em perfilar, termo
(cerca de 7.000 habitantes), cuja economia se baseia na
utilizado para se referir ao caseamento ou acabamento
agricultura de subsistência, no artesanato e no comér-
das beiradas. O perfilo é feito fora do bastidor, com o
cio. No artesanato, destaca-se o labirinto, produto mais
tecido preso firmemente entre as pernas da labirinteira,
conhecido e tradicional, principalmente na confecção de
e requer a realização de movimentos repetitivos e rápi-
colchas, passadeiras, toalhas de mesa e ornamentos de
dos. Por último, é necessário lavar e engomar. A peça é
altar para igrejas.
engomada e presa, ainda molhada, na grade, de forma
Quanto ao processo de trabalho do labirinto propria-
que seque bem esticada.
mente dito, este consiste em uma série de etapas desde a preparação do tecido até a peça estar pronta e limpa para ser vendida. Inicia-se com o processo de riscar, com
Fonte: Cunha e Vieira (2009, on-line)1.
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atividades de estudo
1. Para desenvolver a modelagem tridimensional recomenda-se que seja feita a escolha de um tecido próximo ao da peça original. Assinale qual alternativa mostra os tipos de tecidos sugeridos para a execução da modulagem deste vestido. a. Morim, Tricoline, Cretone. b. Sarja, Viscose, Morim. c. Tule, algodão cru, Cretone. d. Viscose, Tricoline, algodão cru. e. Algodão cru, Mirim, Cretone. 2. O aviamento é necessário para dar acabamento às peças, sendo muito utilizado nas indústrias de confecções e responsáveis para dar acabamento às peças do vestuário. Para a correta execução deste vestido, quais foram as principais preocupações? Baseado nas afirmações abaixo, assinale a alternativa correta: I. Ao escolher os aviamentos para este modelo, foi analisada, principalmente, a questão da vestibilidade e queda do tecido. II. Ao escolher os aviamentos para este modelo, foi analisada, principalmente, a estética do produto. III. Ao escolher os aviamentos para este modelo, foi analisado, principalmente, o tipo de acabamento, vestibilidade e estética. IV. Ao escolher os aviamentos para este modelo, foi analisado, principalmente, o tipo de decorativo. V. Ao escolher os aviamentos para este modelo, foi analisado, principalmente, o tipo de acabamento e estética. a. Apenas as alternativas I e II estão corretas. b. Apenas as alternativas II e III estão corretas. c. Apenas a alternativa III está correta. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Todas as alternativas estão incorretas.
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atividades de estudo
3. Ao iniciar a moulage da parte centro frente ou centro costas, é necessário esquadrar o tecido ao corpo. Para a correta execução dessa moldagem, qual é o nome das linhas de construção do corpo? Marque a alternativa correta. a. Linhas de eixo lateral frente e costas. b. Linhas lateral frente e costas. c. Linhas de quadril frente e costas. d. Linhas de eixo central frente e costas. e. Linhas de busto centro frente e costas. 4. Ao terminar de moldar a peça piloto do vestido, pode-se desenhar vários modelos em cima desta base. Sabendo disso, é correto afirmar: a. Vou desenhando o modelo diretamente sobre a base, com a peça despida do corpo técnico. b. Vou desenhando o modelo sobre a base, diretamente no busto técnico. c. Vou desenhando o modelo no corpo sem a base. d. Vou desenhando o modelo na base diretamente no cabide. e. Vou desenhando o modelo diretamente na mesa sem a base. 5. O fio de urdume do tecido é o principal fio de direcionamento do molde ao corte da peça original. Conforme afirmação, assinale a alternativa correta quanto ao posicionamento correto do fio reto do moldes no tecido original. a. Fio reto do molde na mesma posição do fio de urdume. b. Fio reto do molde na mesma posição do fio de trama. c. Fio reto do molde contrário ao fio de urdume. d. Fio reto do molde no sentido do viés. e. Fio reto do molde na diagonal.
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Pattern Magic Paperback Tomoko Nakamichi
Editora: Gustavo Gilli, ltda Sinopse: padrão Magic é o culto à tomada padrão de livro do Japão. Inspirando-se a natureza, a partir Geometric Shapes, e da rua , este livro explora a alegria de fazer e esculpir roupas. O livro tem uma abordagem criativa para a tomada padrão, com projetos passo a passo para os estilistas e costureiros desfrutarem. Cada projeto é belamente ilustrado com diagramas e fotografias que mostram as fases de construção, as muselinas claras, e as vestes acabadas. Comentário: este livro e outros da série são de origem japonesa, que aponta formas de modelar a roupa ao busto técnico, por meio de formas e detalhes criativos com volumes e forma desestruturados.
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referências
ABLING, B.; MAGGIO, K.; Moulage, modelagem e desenho: prática integrada. Porto Alegre: Bookman, 2014. DUARTE, S. MIB - Modelagem Industrial Brasileira: tabelas de medidas. Rio de Janeiro: Guarda Roupa, 2012. DUBURG, A.; VAN DER TOL, R. Moulage: arte e técnica no design de moda. Porto Alegre: Bookman, 2012. FISCHER, A. Construção de vestuário. Porto Alegre: Bookman, 2010. HEINRICH, D. P. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Novo Hamburgo: Feevale, 2005. SMITH, A. Costura passo a passo: mais de 200 técnicas essenciais para iniciantes. São Paulo: PubliFolha, 2012. Referências On-Line 1
Em: .
Acesso em: 03 ago. 2016.
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gabarito
1. E 2. C 3. D 4. B 5. A
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gabarito
Conclusão geral Caro(a) aluno(a), finalizamos mais um conteúdo, este tratava da montagem de peças da parte superior do corpo, transferindo e mudando as pences de lugar, acrescentando efeitos como decotes, cavas, golas e mangas. Vimos que ao modelar a peça com Tecido Plano, o modelo é justo ao corpo, assim existe a necessidade de pences, pregas ou recortes, pois, este não possui elasticidade, sendo um tecido rígido. Algumas vezes o modelo não requer as pences tradicionais de Busto e Cintura, neste caso é importante fazer algumas alterações na localização das pences. Além do mais provou-se que a partir desta técnica é possível transportar as pences fundamentais de busto e de cintura para outros lugares do corpo, formando um novo modelo. A partir daí, acrescentou-se a técnica de incluir alguns detalhes no pescoço, braço, como mangas e golas, estes tem a função de adornos e proteção, as peças do vestuário pode ter ou não estes detalhes. Ao finalizar este conteúdo em que a modelagem tridimensional está tão próxima do(a) aluno(a) a ponto de, a princípio, ter convicção de certo domínio do assunto, nos damos conta de que estes conteúdos são difíceis, mas com a aplicação da técnica tudo se torna fácil e ainda há muito por descobrir. Por um lado, sugere a ansiedade de imergir nesses conteúdos e ampliar as possibilidades de conhecimento de novos assuntos, que poderão ser desvendado em outros momentos. Para finalizar aprendemos que é muito importante entender a sequência lógica e o processo de modelagem tridimensional para a construção de toda e qualquer peça que você irá criar. Acredito que você está apto para construir suas peças, pois passamos por todos os processos de construção de uma roupa como modelagem (toile), montagem do protótipo (piloto), costura e acabamento de finalização. Agora que você já aprendeu todos os conceitos básicos e primordiais para essas criações me despeço por aqui. Desejo a você ótimos estudos e dedicação para as próximas disciplinas! Até uma próxima oportunidade.
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