Planos Cinematograficos - marcelo teixeira

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PLANOS CINEMATOGRÁFICOS BÁSICOS Introdução aos estudo do cinema e sua linguaguem v1.0 Os planos cinematográficos são formas de descrever a posição da câmera em relação ao foco da cena, não apenas de personagens mas de objetos e tudo que é necessário enquadrar para se contar uma história através de filme. Eles foram criados para manter um diálogo coeso entre todos que participam da criação de um filme, dessa forma o storyboard (desenho das cenas) pode ser criado facilmente mesmo que você não esteja ao lado do diretor ou roteirista. Da mesma forma é possível ao pessoal técnico prever o que será necessário para determinada cena, como cenários, adereços e figuração. Todos passam a falar a mesma língua e se entendem mutuamente sem maiores atropelos. Muitos nomes podem diferenciar entre si (existem diversas convenções), e acho esta a melhor forma para a descrição dos ângulos de operação de câmera, seja ela real ou virtual. 1 - PLANO GERAL – câmera aberta A idéia é ter o personagem como foco central (mas não precisa estar no centro! Apenas aparecendo de corpo inteiro) e poder visualizar ao seu redor o cenário ou outros personagens necessários no momento.

todos os direitos reservados a euQfiz Design – www.euqfiz.com.br – Marcelo Teixeira - 2006

2 - PLANO MÉDIO A câmera fecha com a altura do personagem, deixando apenas poucos detalhes laterais, desta forma podemos dar destaque a ação do personagem, como numa cena de dança ou luta onde precisamos focar os movimentos totais dele.

3 - PLANO AMERICANO O personagem só é mostrado dos joelhos para cima, isto dá uma melhor percepeção para detalhes como posição de mãos e cabeça, focando aspectos como algo que a personagem oculta ou algo que está realizando em que as pernas não façam diferença na expressão.

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4 - PLANO DE DETALHE Este é facilmente confundido com o CLOSE, mas na realidade ele foca uma parte qualquer do personagem ou da cena, como um vaso por exemplo. Serve para mostrar pequenos detalhes que podem ser chaves para o desenrolar da trama, como mostrar uma faca ao chão que passou despercebida pelos policiais

5 - CLOSE Quando precisamos dar destaque a uma ação ou expressão facial, em momentos de emoção como beijos, choros e até mesmo diálogos mais fervorosos ou confidentes, usamos o CLOSE para destacar o rosto da personagem por inteiro.

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6 - BIG CLOSE Quando a cena exige maior expressão e drama usamos este plano para dar destaque a ação dos olhos. Muitas coisas podem ser expressas pelo olhar como medo, fúria e desejo. Diferente do CLOSE este plano foca apenas a porção dos olhos e não o rosto todo.

7 - ZOOM IN Esta sequência de planos tem por característica sair de um plano mais abrangente até focar em um plano mais detalhado. Como numa cena em que a personagem fica chocada por algum motivo, e de um PLANO AMERICANO pulamos por etapas até um CLOSE. O mesmo se aplica a dar destaques no que ocorre num cenário como uma explosão ou algo parecido.

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8 - ZOOM OUT Ao contrário do plano descrito acima o OUT faz totalmente o inverso, saindo de um plano fechado para um plano mais aberto. Imagine que a personagem contempla uma explosão nuclear que acaba de ocorrer ao fundo do cenário e só se vê o reflexo nas lentes do óculos do mesmo, a câmera abre até um PLANO GERAL onde poderia ser visto por todos o que está ocorrendo.

9 - PLONGEE Do francês significa “plano geral” mas ele mostra o personagem de uma perspectiva aérea (do alto), mas da mesma forma que o GERAL serve para mostrar a ação ao redor e também pode ser usado para mostrar uma situação psicológica em que devemos fazer a personagem se sentir diminuida ou impotente para reagir.

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10 - CONTRA PLONGEE É o inverso do plano acima, esta posição pode tornar a personagem ou cenário opulento e imponente, sempre foi muito usado para o Super Homem por esse motivo. Também serve para destacar algo que acontece no céu acima da cabeça da personagem.

11 - TRAVELLING Em todos os outros planos vimos situações em que a câmera de uma certa forma permanece estática. No TRAVELLING temos o primiero giro de câmera ao redor do personagem ou objeto da cena. O motivo permanece estático enquanto a câmera realiza um movimento circular mostrando a ação dos personagens diante da situação que se apresenta.

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12 - PANORÂMICA Novamente temos uma inversão do plano anterior. Dessa vez a câmera toma a posição da personagem e se torna o centro realizando um giro ao redor do próprio eixo mostrando desta vez o ambiente ao redor.

13 - CÂMERA SUBJETIVA Nesta a câmera toma a posição dos olhos da personagem e passa a mostrar o ponto de vista dele. É como a câmera se apresenta em jogos de 3a pessoa como o caso de Doom. Todos os planos podem ser associados e emendados uns nos outros para criar o dinamismo das cenas que vemos nos filmes e até mesmo desenhos animados. Por trás de cada posição de câmera também existe um perfil psicológico que pode acrescentar um detalhe subjetivo a cena e tornar ela mais dramática e explicar coisas que seriam impossíveis através de palavras. Uma boa dica seria ler livros roteiros, ou seja, o livro em forma de roteiro de um filme e depois assistir ao filme, isso lhe dará uma boa idéia de como funciona a visão de um roteiro e como são aplicados os diversos ângulos de câmeras que vimos acima.

Marcelo Teixeira AK GKDantas

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