W.J. May - Filha da Escuridão 01 - Victoria

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Victoria, a filha da Escuridão W.J. May Traduzido por Alessandra Wu

“Victoria, a filha da Escuridão” Escrito por W.J. May Copyright © 2016 W.J. May Todos os direitos reservados Distribuído por Babelcube, Inc. www.babelcube.com Traduzido por Alessandra Wu Design da capa © 2016 Book Cover by Design “Babelcube Books” e “Babelcube” são marcas comerciais da Babelcube Inc.

Índice Analítico Página do Título Página dos Direitos Autorais Victoria, a filha da Escuridão W.J. May Info: Sinopse Prefácio Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Chapter 5 Chapter 6 Chapter 7 Capítulo 8 Chapter 9 Blair Excerpt COURAGE RUNS RED EXCERPT More from W.J. May Daughter of Darkness - Victoria’s Journey

Daughter of Darkness

VICTORIA Book I By W.J. May Copyright 2015 by W.J. May

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More Books Coming Soon! 4 authors will each take a different daughter born from the Prince of Darkness, Vlad Montour. (Also known as Vlad the Impaler, an evil villain from history) Blair – Chrissy Peebles Jezebel – Kristen Middleton Victoria – W.J. May Lotus – C.J. Pinard Victoria, Book 1 by W.J. May Amazon: http://www.amazon.com/dp/B0102ZNSQK Huntress, Book II by W.J. May Amazon: http://www.amazon.com/dp/B013J5ZZBQ Coveted, Book III by W.J. May Amazon: http://www.amazon.com/dp/B01472A4BG Blair, by Chrissy Peebles Amazon: http://www.amazon.com/dp/B00YJFARDM

Blair is half witch and half vampire. She lives with a coven of witches and hasn't had any contact with her vampire heritage. Blair is living the perfect life until one day, everything crashes down around her. She is forced to leave everything she knows and loves, and must go on the run to save her life. This is Blair's story by Chrissy Peebles. This is a novella. As a courtesy, the author wishes to inform you this novella does end with a cliffhanger. The next

book will continue the story. ***This is an adult book series and this series does contain scenes for readers that are 18+***

W.J. May Info: Website: http://www.wanitamay.yolasite.com Facebook: https://www.facebook.com/pages/Author-WJ-May-FANPAGE/141170442608149 SIGN UP FOR W.J. May's Newsletter to find out about new releases, updates, cover reveals and even freebies! http://eepurl.com/97aYf

Victoria Somente a morte pode detê-la agora As Filhas da escuridão são uma série de heroínas femininas que podem ou não ter se conhecido, mas todas têm o mesmo pai, Vlad Montour. Victoria é uma Caçadora Vampira

Sinopse Victoria Somente a morte pode detê-la agora As Filhas da Escuridão são uma série de heroínas femininas que podem ou não ter se conhecido, mas todas têm o mesmo pai, Vlad Montour. Victoria é uma Caçadora Vampira, um dos últimos de sua espécie. Ela é a melhor dos melhores. Quando ela descobre que um de seus alvos é na verdade a sua irmã, ela a deixa fugir e, com isso, acaba irritando o conselho. Forçada a provar o seu valor, ela caça o seu próximo alvo, um lobisomem. Ferida e com fome, ela é forçada a fazer o necessário para sobreviver. Suas ações perturbam o antigo conselho e agora ela tornou-se algo que ela sempre desprezou – Um caçado. Essa é a história de Tori, de W. J. May. Isso é uma novela. Como cortesia, a autora deseja informá-los de que essa obra termina com uma situação de suspense. O próximo livro, a ser lançado no início de outono (ou mais cedo) irá continuar a história. ***Este é um livro adulto e é recomendado para maiores de 16 anos.***

Sumário Sobre W.J. May: Sinopse: Prefácio Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Capítulo 5 Capítulo 6 Capítulo 7 Capítulo 8 Capítulo 9 Excerto de Blair

Excerto a Coragem é Vermelha Vermelho de Sangue: Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Mais de W.J. May

Prefácio Escuridão – é a primeira coisa que eu lembrava e a última que eu nunca esquecerei. Quando me transformei estava escuro e frio, parecido com aquele livro que começa assim: “Era uma noite escura e tempestuosa...” Eu deveria ter ficado apavorada, mas não senti nenhum medo. Algo dentro de mim mudou naquela noite. Algo morreu. Isso foi há muito tempo atrás...

Capítulo 1 O uivo do vento abafou uma outra forma de grito, que penetrou no ar noturno. Inclinei-me no galho de árvore onde estava empoleirada. Outro malandro havia sido pego. Nesses dias, estava ficando cada vez mais difícil encontrá-los. O tempo dos caçadores havia acabado. Todos os outros tinham se tornado mais espertos ou, muito provavelmente, fugiram e se esconderam. É a sobrevivência do mais forte. Os vampiros eram a espécie mais forte. Eu acreditava nisso sem sombra de dúvida. Um galho estalou a uns doze metros de mim. Enrijeci e prendi a minha respiração. Movi meus braços com intuito de apanhar uma flecha de minhas costas e a depositei no arco. A roupa preta de couro que eu usava se mostrava apertada, porém confortável; não fazia nenhum som, apenas se movia como parte do meu corpo. Todos os caçadores se vestiam do mesmo material. Outro ruído me fez guiar o arco e mirar a poucos metros diante da árvore da qual eu me sentava. Pisquei e me concentrei, tentando determinar se a origem do barulho abaixo era um amigo ou inimigo. Vlad preferia matar primeiro e depois verificar quem era. O cara era um idiota - e também meu pai. "Victoria?" Hamish chamou. Eu mantive a minha flecha apontada para ele e olhei para baixo, ciente de que meus olhos azuis de safira iriam reluzir contra o reflexo da lua. “O quê?” rosnei. Ele se esquivou e se encolheu. “Não atire em mim.” “O que foi?” Minhas mãos permaneceram em posição. “Um dos cães encontrou um cheiro. Ele diz que é o que você está procurando.” Sem hesitação, eu deslizei do galho e caí cinquenta metros. No meio do caminho, soltei a flecha ainda apontada para Hamish. Aterrissei como um gato, perfeitamente sobre meus pés, e joguei a cabeça para trás para lançar o cabelo negro sobre os meus ombros. Hamish pulou e guinchou. Seus reflexos eram rápidos para um humano, fracos para um meio vampiro. Ele me irritava, mas era leal. Um dos poucos que eu confiava. “Você quase me atingiu!” Ele tocou a sua orelha e xingou. “Você cortou a minha orelha! Estou sangrando.” Eu farejei o sangue antes dele tê-lo notado. Eu podia sentir meus olhos arderem e sabia que eles estariam azuis de céu brilhante agora. A parte humana dele continuava a cheirar tóxico. Pisquei e ignorei o ardor na minha garganta. “Você está bem”. Enfiei o arco de volta no estojo nas minhas costas e retirei a arma do coldre do meu quadril. Apontei para além de Hamish. “Ele não era tão bom”. Alguma espécie de Halfling ou sobrenatural jazia para sempre silenciosa. Como o idiota não o ouviu...Soltei a respiração. Isso não importava. “Onde está o lobo?” Eu saí na direção que Hamish tinha surgido, não me incomodando em esperá-lo. Ele se apressou para me alcançar, andando perto do meu ombro. “Está perto da água, fede como cachorro molhado”. “Assim como você”. Acelerei o meu passo e farejei o ar. O lobisomem estava, talvez, a uns cento e oitenta metros de distância. Aproximei-me do córrego e o atravessei com um salto. Hamish tentou me imitar e aterrissou a meio caminho, na água. Malcom, meu parceiro de caça, situava-se encostado em uma árvore esperando por mim. Ele apontou para o lobo preto e cinza na água. “Finalmente!” Ele ignorou o latido e se posicionou ao lado do lobo. O lobo levantou a cabeça enorme e observou-me com os seus olhos âmbar. Ele tinha quase noventa anos agora. Eu o tinha desde que ele era um filhote. Acariciei a sua orelha direita, perto do pedaço onde

faltava pelo e pele. “O que você encontrou, querido?” Malcolm bufou. “Você é mais agradável com esse saco de pulgas do que com qualquer outra pessoa.” Eu o ignorei e sorri quando Eddie produziu um rosnado no fundo da sua garganta. “Não o irrite novamente, Malcolm.” Eddie se afastou da minha mão e se moveu em torno do grande carvalho que Malcolm tinha se encostado contra. Ele apareceu do outro lado em forma humana. “O cheiro desapareceu aqui na água, eu acho que ela está viajando nela para se esconder de nós.” “Ela? Você tem certeza?” Tinha que ser aquela que procurávamos. Eddie acenou, seu cabelo desgrenhado agitando-se em acordo. “Positivo.” Eu olhei para Malcolm, que parecia tão surpreso como eu. “Você pode me dizer para qual direção ela foi?” Eddie apontou para o oeste. “Eu acho que foi por aqui. A corrente puxa o cheiro para baixo, então estou chutando que ela foi contra a corrente tentando despistar você. Eu retornei a arma para o coldre. “Então vamos lá.” Será dia em algumas horas e nós precisaremos encontrar algum lugar subterrâneo ou sem a luz do sol. Eu não quero que ela tenha mais vantagem do que ela já tem. Ela estará morta ou hoje à noite ou amanhã. De preferência, no início da noite.” “Eu não sei se ela está sozinha.” Disse Eddie em voz baixa. Ele curvou-se, inconfortável com a forma humana. Ele tinha passado a maior parte do seu tempo como um lobo e, geralmente, ao meu lado. “Ela tem uma brigada?” Ele balançou a cabeça. “Eu não sei.” Eu me detive e farejei o ar. “Sinto cheiro de sangue.” Malcolm e Hamish pararam atrás de mim. “Muito sangue.” Malcolm adicionou. “Ah merda.” Eu comecei a correr. “Já começou” “O que começou?” Malcolm acompanhou facilmente o meu ritmo. Ao seu lado, Eddie retornou à sua forma de lobo. Eu não tinha a menor ideia de onde estava Hamish. Ele iria nos alcançar eventualmente. Irritava-me que eu tinha que trazê-lo junto. Três não eram companhia. Meu cachorro não contava. “Nós estamos caçando uma bruxa”. Ou uma meia bruxa, ela ainda não se transformou. A quantidade enorme de cheiro de sangue me faz acreditar que alguém quer que ela se torne uma.” “Ou a quer morta mais do que nós queremos.” Malcolm apertou os olhos contemplando o céu escuro. Momentos depois eu agarrei sua jaqueta para freá-lo. “Shhh!”. Eu sibilei, meus incisivos se estendendo de excitação. “Eu posso ouvi-la. Ela está perto. Escutem o seu coração.” Eu levantei o meu dedo para os lábios e apontei para a esquerda. Movi-me para a direita com Eddie próximo dos meus calcanhares. Uma de suas patas prendeu-se em um galho, fazendo-o estalar e cortando as canções noturnas dos grilos e insetos. “Quem está aí?” uma voz suave e incerta soou. Os grilos retomaram seus assobios. Uma rajada de vento recolheu e soprou o cabelo para meu rosto. Irritada, eu o empurrei para atrás da orelha. Aproximei-me rapidamente e fiz um sinal para Malcolm permanecer na retaguarda. Ele acenou. Insinuei-me através das folhagens e posicionei-me em frente destas. Uma garota bonita, aparentando ter uma idade próxima da minha, encontrava-se de pé, ofegante, cerca de seis metros distante. Cabelos escuros, de pele clara e lisa. Ela tinha o potencial para ser bonita, ela só não sabia ainda. O negócio da idade podia ser enganoso, porém. Eu parecia ter vinte anos, mas tinha nascido há tanto tempo que não me recordava quando. Eu encarei seus olhos; eles tinham uma tonalidade arroxeada. “Você pensa que é da realeza ou algo do gênero?” Sua mão apertou-se perto de seu coração. Ela estava assustada, mas, estranhamente, também parecia brava.

“Parece que muita gente a deseja morta.” Relanceei para a sua roupa manchada de sangue. “Inclusive eu.” A garota engoliu em seco, seu pulso se chocando contra a artéria do seu pescoço. Lambi os meus lábios e senti a ardência nos meus olhos enquanto eles se transformavam. Segurei minha respiração, não querendo que o cheiro de sangue invadisse minhas narinas. Isso apenas me distrairia. Seus lábios tremeram. “Eu só estava vivendo normalmente quando, de repente, todo mundo queria me matar.” “Eu estou somente interessada em fazer o meu trabalho.” "Por favor, deixe-me ir", ela implorou. Sério? Por que as pessoas ainda perguntam isso hoje em dia? "Eu não posso fazer isso." Eu encolhi os ombros. "Você tem algo que o meu chefe quer." Ela bufou. "Sim, os meus poderes." Ela fez uma pausa, como se estivesse tentando pensar em uma maneira de adiar o inevitável. "Qual o seu nome?" Levantei os olhos para o céu e, em seguida, de volta para ela. "Realmente? Isso importa no momento?" Ela se endireitou, suas mãos indo para os quadris. "Eu mereço saber o nome do meu carrasco." "No tempo do rei Henrique, o trabalho era visto com grande apreço. Ninguém conhecia os carrascos. Eles eram reverenciados e temidos. " A garota louca se manteve firme. Eu quase podia ouvir Malcolm dando uma risadinha atrás dela. “Tori. Pense em mim como uma caçadora de recompensas sobrenatural. Para o seu azar, você é meu alvo. Eu não faço a lista de alvos. Eu só faço o que me mandam. Todos nós temos um trabalho. Não é nada pessoal." Meus olhos ardiam novamente enquanto os meus incisivos pressionavam contra a carne atrás de meus lábios. Eu corri minha língua sobre eles, suas pontas afiadas e familiar. Ela balançou a cabeça. "Você cheira como um vampiro. Eu não posso acreditar que você mataria sua própria espécie. Quão doente e distorcido isso é? " “Distorcido é o meu nome do meio.” Relanceei para Malcolm, atrás dela. Será que ele sabia que ela era metade vampira? Isso não estava em seu arquivo. Eu puxei as duas armas dos coldres nos meus quadris e apontei-as para ela. Tinha tido o suficiente desta conversa. A garota inspirou o ar rapidamente e suas mãos começaram a brilhar. “Merda!” Agachei-me, pronta para saltar nela ou para longe – qualquer movimento que fosse necessário. “A magia dela foi ativada.” Malcolm correu para o meu lado, encarando a garota. “Quando?” Eu segurei a minha arma com mais força. “Eu não tenho ideia.” Ele se aproximou para que os nossos ombros se tocassem. “Nós deveríamos ter sido informados sobre isso.” Ele retirou a arma de seu cinto. "Isso muda tudo." "Ela não sabe como usá-la. Ela é uma feiticeira bebê, sem ninguém para guiá-la. " "Ao meu ver, ela parece estar fazendo um bom trabalho” "Ela está improvisando!” O brilho em suas mãos se transformou em uma bola de fogo. "Ela é perigosa!" Malcolm deu um passo na direção dela. "Ela não nos matará. Estudei seu perfil. Ela tem demasiada moral. Ela é uma enfermeira e vive para salvar as pessoas, não para prejudicá-las. " O que Malcolm estava pensando? Se você amedronta qualquer animal para um canto, ele irá reagir lutando, sobretudo se uma arma estiver apontada para ele. "Apenas me deixe ir." A garota olhou diretamente para mim. Eu levantei as duas armas e as mirei nela, desafiando-a a se mover. O brilho em suas mãos intensificou, cintilando de energia. Bolas vermelhas de luz centravam-se nas palmas das suas mãos, como alguma espécie de eletricidade faiscante. Danem-se as bolas de fogo. Essas

eram algum tipo de raio de sol, ou algo que os vampiros não conseguiriam desviar-se. Eddie resmungou ao meu lado, pronto para defender-me, mesmo se isso significasse sua própria morte. Quando a garota se moveu, ele a atacou. Ela lançou bolas de fogo crepitantes contra ele. Terra e folhas explodiram ao nosso redor como granadas em um campo de batalha. “O que aconteceu com a tal da moralidade elevada dela?” perguntei para Malcolm enquanto desastradamente me erguia. "Oops. Eu achei que tinha-a analisado bem." Oops? Ele quase matou a gente e o meu cachorro! A menina se lançou para dentro do mato e saiu em disparada. Limpei a lama do meu rosto e me endireitei. "Eu vou matar aquela vadia.”

Capítulo 2 "Qual é o nome da garota?" "Alguma coisa Blair." Fuzilei Malcolm com os olhos enquanto andávamos na mesma direção que a menina, Blair, havia tomado. "Eddie!" Eu chamei. "Encontre seu cheiro. Aposto cem dólares que ela retornou ao córrego. De propósito desta vez." Hamish surgiu da floresta, com os braços se debatendo enquanto tentava evitar que arbustos e galhos acertassem seu rosto. "O que eu perdi?" Ele olhou ao redor. "Onde está o alvo?" "Fugindo como um coelho assustado." Malcolm olhou para cima através das árvores. "Nós não temos muito tempo." "Então é melhor não deixá-la escapar uma segunda vez." Acelerei meu passo enquanto percorria a floresta, desta vez seguindo Eddie. Nós nos deslocamos com uma velocidade sobrenatural, deixando Hamish novamente para trás, tentando acompanhar nosso ritmo. O cara era uma vítima. Eu não entendia a necessidade de levá-lo conosco, no entanto, eu tinha Eddie, e, bem, Malcolm tinha Hamish. Eu não podia discutir. Nós seguimos o percurso da água, andando perto e atrás do meu lobisomem. O som da corrente ficou mais alto. "A corrente vai se dividir em breve." Eu apontei para a minha direita, para as árvores que não permitiam visualizar além. "Como você sabe?" Perguntou Malcolm. "Eu posso ouvi-la." De fato, a corrente de água se dividiu entre as rochas e uma larga tubulação de drenagem de esgoto. O cheiro característico de enxofre imediatamente se levantou através do ralo. Eddie fez uma pausa em sua corrida para farejar o ar e ao redor da lama e das pedras. Ele havia perdido o seu rastro. "Eu vou para a direita, você segue para a esquerda." Malcolm apontou para o esgoto enquanto ele atravessava a água corrente com um simples passo largo e continuava ao longo de sua margem. "Idiota." Eu olhei para sua figura retrocedendo e, então, segui o tubo anelado de metal, tentando escutar algo. Eddie procedeu atrás de mim desta vez. Abaixei-me e toquei o metal. As vibrações do gotejo, dos insetos, e da água correram sob a minha mão. "Ela é muito esnobe para descer aqui", eu disse para Eddie e então parei. Outra vibração correu pelos meus dedos. Uma batida rítmica. Como alguém correndo. Eddie soltou um grunhido gutural baixo para chamar minha atenção. Ele repetiu isso de novo, seu focinho levemente virado para a esquerda. O esgoto tinha uma continuação. Revirei os dedos no ar, sinalizando para Eddie assumir a forma humana. Ele se moveu para trás do túnel e se transformou. Quando ele se levantou, eu ignorei sua nudez e atirei-lhe uma bermuda de reserva que eu sempre carregava comigo. Ele a colocou, no seu corpo humano ainda liso e atlético. Coberto com folhas e videiras, um conjunto de barras forneceu a entrada que precisávamos. "Vamos lá", eu sussurrei. Minha figura magra e musculosa rapidamente deslizou através junto com o couro que eu

usava. Eddie teve um pouco mais de dificuldade. Para a sua sorte, Malcolm retornou e facilmente separou as barras de ferro. Musgo e teias de aranha cobriam o interior, juntamente com sei lá o quê. "Onde está Hamish?", Perguntei a ele. "Guardando a entrada." Meus olhos se ajustaram facilmente com a escuridão no interior do túnel. Malcolm deu uma risadinha. “Pensei que você tinha dito que essa garota era uma bruxinha ingênua. Você disse que nós iríamos vir para Salem, fazer o trabalho e voltar. Tão fácil quanto roubar doce de criança." Eu continuei a olhar fixamente para a minha frente. "Ela é muito mais do que eu esperava." O túnel se bifurcava em duas direções. "Vamos nos dividir novamente." “Tudo bem. Eddie, volte para a entrada e guarde-a com Hamish." Eu desci pela tubulação que o meu instinto dizia Blair ter seguido. Malcolm se dirigiu para o outro lado. Eu acelerei meu passo e logo ouvi o barulho de botas. Blair escorregou uma vez, mas o característico som de queda não se seguiu. Ela deve ter se equilibrado. Eu sabia que a tinha pegado quando eu virei uma esquina. Ela parou, de costas para mim, seu peito arfando. Ela virou-se lentamente. "Indo para algum lugar?" Meus olhos ardiam com o pensamento de estar tão perto de terminar o trabalho. Eu corri minha língua sobre os meus incisivos pontiagudos e puxei o meu arco e flecha para fora, apenas para o caso dela tentar fugir novamente. Os olhos lilás de Blair encaravam o chão, suas mãos se abriam e se fechavam. Seus olhos perderam o foco e sua respiração tornou-se irregular novamente. Ela estava usando um maldito vestido de coquetel! "Tsk. Tsk. A sua magia se esgotou?” A garota tinha definitivamente espírito de luta. "Eu achei que você poderia ser um pouco de um desafio quando eu vi você exibindo seus poderes bonitos, mas você não é nada mais do que um alvo fácil." Blair me encarou, suas narinas dilatadas. Pequenas nuvens de fumaça e fogo irromperam de seus dedos, e então se extinguiram. Eu ri, Colocando o meu arco atrás de mim novamente. "Tão previsível. Você não sabe como usá-lo, ou controlar a sua energia. "Eu balancei a cabeça e me aproximei. "Você teve um péssimo professor. Sabe, é como uma espécie de maratona. Você precisa se submeter a um ritmo, mas em vez disso, você pôs tudo em uma pequena corrida. Qualquer corredor sabe que você não pode vencer uma maratona desse jeito.” Eu pulei e a agarrei, jogando-a com força contra a parede. Pedaços de alga e parede explodiram em todos os lugares. Blair mal atingiu o chão quando eu a ataquei novamente. Com uma mão, eu agarrei a gola da jaqueta chique e a pendurei no ar, suas costas contra a borda irregular do agora quebrado túnel de esgoto. Ela tremeu sob a minha mão. “Você fede a vampiro” “Vou tomar isso como um elogio. Eu sou um sangue puro. Você, por outro lado, vem de uma linhagem mestiça, Quem te ativou?” “O quê?” Aumentei o meu aperto na sua garganta. “Eu quero saber quem te ativou porque eu não estava informada sobre esse pequeno, muito crítico detalhe. Eu odeio entrar cega em qualquer situação.” “Você me estudou?” Eu devo admitir que eu admirava essa garota. Sua vida estava prestes a ser ceifada e ela ainda falava como se fosse da realeza. “É pra isso que os dossiês servem, garotinha. Eu preciso conhecer o meu alvo para agir antes que ele, ou ela, aja.” Ela cerrou os punhos. “Por que você não me matou?” Eu bufei. Engano meu, talvez ela fosse burra. “Você não me escutou? Eu preciso saber quem a ativou.”

“Se eu lhe contar, você m-me m-matará.” Sua voz vacilou. Dei de ombros, ainda segurando o colarinho da camisa. “Você irá morrer de um jeito ou de outro. Pelo menos comigo você morrerá rápido.” “Você é a segunda pessoa que promete isso hoje à noite.” “Saiba uma coisa sobre mim, eu sempre mantenho minhas promessas e eu sempre as cumpro. Agora responda a minha pergunta.” Eu puxei minha arma e a apontei para o seu coração. “Eu posso começar aqui, ou aqui.” Eu abaixei a arma para o seu estômago. “As bruxas me ‘ativaram’.” “Seu próprio clã?” Ela acenou e uma lágrima escorreu pela sua bochecha. “Isso é fodido.” “Nem me fale sobre isso.” Ela soltou um longo suspiro. “O meu noivo me conduziu até lá” Sério? A sua vida tinha sido severamente prejudicada. Eu não tinha pena de ninguém, mas essa garota? Havia um espírito de luta nela, ela só não sabia disso ainda. “Escute, eu meio que gosto de você. Você é diferente dos outros. Talvez seja a sua metade vampiro.......eu não sei.” Seu coração acelerou sob a minha mão. “Espere! Se, originalmente, você planejava me matar, então como você planeja obter os meus poderes em primeiro lugar? E agora que eu os tenho, como você irá pegá-los? “Isso é problema do meu chefe.” Eu aumentei o aperto sobre sua camisa, ciente de que a garota não tinha mais nada para compartilhar. Meu dedo deslizou sobre uma estranha deformidade na pele do seu pescoço. Eu puxei o seu colarinho para baixo e arfei. “Onde você conseguiu isso?” Minha voz trovejou dentro do túnel. Eu precisaria agir rápido, Malcolm logo estaria aqui. “O quê?” Eu trouxe a sua cabeça para perto da minha. “A sua queimadura no lado do seu pescoço.” Ela hesitou, então eu mostrei meus dentes e sibilei para ela, meus incisivos implorando para morder sua pele. “Isso pode significar a diferença entre vida e a morte para você. Eu não estou brincando. Responda a minha questão, droga.” “N-Ninguém sabe. Deve ter acontecido quando eu era pequena. Por que todo esse drama vampiresco? “Porque eu tenho a mesma marca!” Eu a larguei no chão e puxei minha gola de couro para o lado. Nós nos encaramos por um longo momento. Eu inalei e deixei o ar sair lentamente. “Quem são os seus pais?”. Blair alisou a sua camisa amarrotada. “Eu pensei que você tinha lido o meu dossiê”. “Eu sei que a sua mãe foi engravidada por um vampiro desconhecido que abandonou você depois que a sua preciosa esposa morreu. Ele levou você de volta para as bruxas para que elas pudessem criá-la. No entanto, não havia nomes. Eu imagino se o nome do seu pai foi deixado para fora intencionalmente. Então, estou lhe perguntando gentilmente, quem é o seu papai?” Meu estômago se contraiu de medo. “Vlad Montour.” Tudo parou. Eu dei um passo para trás e quase tropecei em uma pedra molhada, “Esse é o meu pai também.” O queixo dela caiu. “Isso significa que nós somos...” “Filho da puta,” eu sussurrei. “Meias-irmãs. Eu fui enviada para matar a minha própria maldita irmã.” “Tori, quem ordenou isso?” Eu balancei minha cabeça. Não havia tempo para pensar. Malcolm estaria aqui a qualquer momento, Eddie e Hamish estavam guardando a entrada principal. “Isso não importa. Você precisa daqui o mais

rápido que puder. O mais longe possível. Nunca tente se reconectar comigo. Se você fizer isso, ambas morreremos.” Eu podia ouvir o pânico na minha própria voz. “O que você quer dizer?” “Todas as criaturas sobrenaturais estão procurando por você. Disseram-me que eu deveria levar o seu cadáver de volta para que nós pudéssemos aproveitar todo poder que você tem. Nenhum imortal viu coisa parecida com isso. Você detém um poder inacreditável que as pessoas irão matar para possuí-lo. “Para onde eu vou?” Para qualquer lugar! Só corra! “Você não pode retornar para sua casa. Sua vida antiga ficou no passado. Você precisa criar uma nova identidade e se esconder. Nem mesmo tente voltar para a casa para pegar os pertences valiosos. Vá!” “Nunca fiquei sozinha antes.” Essa garota precisava encontrar a si mesma e rápido. Ela não duraria uma semana. “Há sempre uma primeira vez para tudo”. Eu sorri timidamente. “Estou deixando você ir. Eu nunca perdi uma luta antes.” Eu apontei para a abertura rachada no túnel. “Vá por aqui. Malcolm vai estar aqui e eu não posso trair a minha própria gente. Eu rastreio e mato a sua espécie.” Ela se dirigiu até a abertura irregular. “A propósito, Blair?” Ela se virou para olhar para mim, uma perna já do outro lado. “Sim?” “Consiga um par de óculos escuros. Esses olhos roxos irão chamar atenção onde quer que você vá.” “Eu tenho olhos castanhos.” “Não mais. A magia borbulhando em você os alterou.” “Inacreditável.” Ela suspirou, seus olhos marejaram. “Estou com medo.” “Você consegue fazer isso.” “Mas sou tão complicada e defeituosa.” “Não somos todos?” Eu apontei para a entrada. “Vá! Você é uma sobrevivente.” “Para onde?” “Em direção à Ilha Irmão do Norte.” “Onde é isso?” Um rugido ecoou pelo túnel em nosso sentido. “Nova Iorque. Está localizado no Est River, perto do extremo sudeste do Bronx. Diga à Wayne que Tori lhe enviou. Ele me deve um favor.”

Capítulo 3 Enquanto Blair desaparecia, Eu dei um tiro no corredor que eu sabia que estava vazio. Eu me joguei para a parede e atirei novamente. Eddie latiu ferozmente e logo apareceu ao meu lado, Malcolm logo atrás dele. “Eu estou bem.” Fingi que estava atordoada. “A bruxa fez alguma coisa mágica e me jogou. Ela fugiu para aquela direção.” Fingindo com uma mão mole, apontei para a direção contrária de onde Blair tinha partido. Eddie farejou o ar, relanceou para a abertura rachada e para mim. Ele se aproximou e cutucou meu ombro. Sentei-me na água fria e rasa. Ele olhou para mim novamente, como se estivesse me questionando, e acenando para a entrada que eu apontava, ele finalmente entendeu. Como se alguém o tivesse sinalizado, ele partiu latindo pelo corredor. Malcolm foi correndo logo atrás dele. Eu sentei ali aturdida. Infelizmente, meu estado de choque e confusão não era devido à magia que eu tinha acusado, mas sim à bruxa. Ela era a minha meia irmã. Agora eu sabia quem ela era, assim como outra pessoa. Quem me enviaria para matar a minha própria irmã? Eu não tinha ideia do por que, porém eu planejava descobrir quem eram e o motivo pelo qual elas me escolheram para matá-la. Eu era uma caçadora boa pra caramba. Eu nunca perdia o meu alvo, mas existiam outros que eram bons também. Por que eu? Eu me ergui lentamente e limpei as minhas pernas. Eu iniciei uma caminhada lenta pelo corredor atrás de Eddie e Malcolm. Eles iriam retornar de mãos vazias. Eu só esperava tê-los enganado o suficiente para eles presumirem que ela tinha fugido. Seria difícil convencer Malcolm de que eu a havia perdido. Eu apenas teria que usar a rota da surpresa. Ela tinha me surpreendido, e em mais de em um sentido. Eu finalmente alcancei um Malcolm rabugento. “Ela se foi. Droga! Eu sabia que devia ter seguido você. Ela não teria sido capaz de surpreender nós dois. Poderíamos tê-la capturado." Ele arrastou a ponta da bota na terra. Virando-me, eu o segui de volta para a entrada, onde Hamish estava agora encostado em uma árvore. Idiota. Pelo modo como ele estava de pé, indiferente, contemplando o céu, poderiam facilmente pegá-lo de surpresa. Não era um piquenique na tarde de domingo, pelo amor de Deus. Nós estávamos em uma caça às bruxas. Isso somente demostrava o quão inútil Hamish realmente era, mas ele fazia Malcolm feliz, que, por sua vez, nos fazia felizes. Eddie veio ao meu lado e se esfregou contra a minha perna. Eu precisaria falar com ele mais tarde. Ele iria manter o meu segredo, não importa o quê. Ele me devia sua vida e eu sabia que ele faria qualquer coisa por mim. Ele era mais uma figura paterna para mim do que meu querido pai maluco. De jeito nenhum eu poderia mentir para Eddie sobre o que aconteceu lá atrás. Ele sabia por onde a garota tinha realmente ido, mas tinha fingido que não por mim. Seu faro nunca esteve errado. Eu cocei atrás de sua orelha e ele quase ronronou de prazer. Eu ri pensando nas vezes em que ele era mais um cãozinho ou um gato do jeito se comportava quando eu o acariciava. Finalmente, pensando ser uma causa perdida, decidimos voltar para o conselho. Além disso, a linha de esgoto por onde ela havia prosseguido iria se ramificar e terminar em qualquer um dos quinze locais na cidade. Eddie era bom, mas eu convenci Malcolm que a caça levaria muito mais tempo do que pensávamos e que percorreríamos toda a cidade antes de a encontrarmos. Claro, eu sabia exatamente

para onde ir, já que fui eu quem lhe indiquei o caminho para Wayne. Se ele conseguisse manter suas mãos para si mesmo, ele iria cuidar dela, ou pelo menos escondê-la e ajudá-la sair lá. Claro que, no fundo, eu sabia que não importava o que, ela estava condenada. Ela poderia sair da cidade amanhã e não seria bom o suficiente. Minha querida irmãzinha não sabia que uma vez que você tinha um alvo nas costas, este ficava ali. Ele nunca ia embora, na verdade, crescia com você. Também não havia nenhum modo de se livrar dele, até o dia em que você enfrentasse o seu criador. A não ser que você lutasse para sair dessa situação. Eu vi em primeira mão o poder que ela tinha em seu interior e eu só podia esperar que ela fosse forte o suficiente para sobreviver. Não havia mais nada que eu pudesse fazer por ela agora. Sim. O resto de sua vida seria uma luta. Não havia nenhuma maneira de parar isso. Eu suspirei quando começamos a caminhada para casa. Movia-me próxima da janela do meu quarto, lançando minha capa longa de couro atrás de mim toda vez que eu me virava. O que o conselho queria agora? Já tinha passado uma semana desde que a bruxa tinha escapado e eles não tinham me outro alvo para caçar. Isso era estranho e me deixava inquieta. Normalmente eu tinha outra missão no dia seguinte. Eu era muita boa. Esta tinha sido o primeiro fiasco em mais de uma década. Eles provavelmente queriam que eu remoesse sobre o fracasso. O conselho sempre conseguia o que queria. Eu movi para a porta quando ela se abriu. Eddie, em forma humana, estava parado, do outro lado da porta. Quando ele ia comigo para o conselho, o que acontecia raramente, ele sempre mudava para a sua verdadeira forma logo antes de chegar. Embora ele fosse meu lobo, ele ainda era um estranho. O clã de vampiros decidiu há muito tempo, quando os assassinatos aleatórios começaram, que o mundo sobrenatural era um mundo que teríamos que controlar. Os lobisomens eram uma espécie suja, junto com as outras diferentes raças de criaturas sobrenaturais. Lobisomens nascem através da procriação entre seus membros. Não há nenhuma mordida ou maldição. A única maneira de ser um lobo é por meio do sangue. Pelo menos era assim na alcateia que caçávamos na última metade do século. Descobrimos por experimentos (e muitos erros) que o gene não poderia passar com uma mordida ou por meio da saliva. Para ativar a maldição que eles nascem com, eles devem matar. Depois dos dezesseis anos de idade o gene entra em vigor, mas permanece dormente até o seu primeiro assassinato. Eddie era diferente. Ele não tinha as tendências que a maioria dos lobisomens tinham. Eu nunca tinha visto outro que pudesse controlar os impulsos como ele podia. O desejo de matar era mais poderoso em um lobisomem, ou em outros metamorfos, do que em qualquer outro sobrenatural, ou humano. Eu tinha treinado Eddie, mas o seu controle era só dele para ser alcançado. Muitas pessoas não sabiam que os lobisomens não eram os únicos metamorfos. Havia muitas espécies. A lista continuava e incluía cobras, leões e eu tinha até tinha ouvido falar de um grupo de crocodilos sendo metamorfos. Eu acho que fazia sentido. Um animal era igual ao outro. Todos um bando de bestas para controlar. Atravessei a porta que ele manteve aberta e fiz o meu caminho através do grande edifício que abrigava as reuniões do conselho. Do exterior, aparentava um edifício regular. Dentro, no entanto, parecia um castelo medieval. O longo corredor em que desci era simples, com blocos de cimento em ambos os lados e lanternas velhas para iluminar o caminho. O piso era revestido de mármore, as portas de cada quarto eram feitas de madeira maciça antiga. A velha madeira grossa provinha do carvalho que um dia tinha sido enormes árvores em alguma floresta anciã. Olhei para baixo, minha saia de couro curta mostrando mais pele do que a maioria dos outros vampiros ousariam. Eu gostava do meu leve bronzeado. Ficava bem em contraste com vermelho, vermelho sangue. Exceto, é claro, se esse vermelho sangue era proveniente de uma estaca no coração, ou uma decapitação. Isso era apenas feio ... e morto. Também doía como um inferno. Pelo menos era isso o que eu tinha

ouvido falar, eu nunca tive a chance de perguntar, porque todos os vampiros tinham se transformado em cinzas e dissipado no vento antes que eu pudesse fazê-lo. Eu cheguei no final do meu corredor e parei na grande entrada que abria para outros corredores e também para a grande sala de reunião. Erguendo o meu queixo, eu empurrei para abrir as duas e entrei. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo, mas eu sabia que o conselho não estava feliz. Havia algo diferente sobre essa caçada desde o início. Por que a ordem determinava que ela fosse capturada, em vez de morta? Era a primeira vez que isso lhe acontecia e de repente eu queria saber o por quê. Eu empurrei a porta com força e entrei. A sala do conselho lembrava-me de um velho tribunal da Louisiana. Estilo Suprema Corte. Oito homens e mulheres faziam parte do conselho, e todos estavam presentes esta noite. Na frente de onde eles estavam sentados havia duas mesas com cadeiras atrás deles. O comprido banco onde o conselho se sentava se parecia com juízes em um caso. Encarando cada um dos olhos azuis, eu atravessei a longa sala em direção às mesas. Malcolm e Hamish estavam sentados atrás de uma mesa, de costas para mim. Certificando-me de que minhas botas de salto alto estalavam ruidosamente no chão, eu me dirigi para a mesa vaga com Eddie ao meu lado. "O que está acontecendo?" Eu perguntei e ignorei olhares furiosos que o conselho me enviava. "Victoria Montour e Malcolm Wilson, vocês falharam em sua missão." As palavras do clã soavam verdadeiras. Nós tínhamos falhado. Olhei para Malcolm e sabia que ele sentia terrivelmente decepcionado. Nós nunca falhávamos. Eu redirecionei a minha atenção para aquele que falava. Um dos homens diretamente abaixo do meu pai. Ele poderia muito bem ter sido um príncipe na linha para o trono. Tudo o que ele dizia ia diretamente ao meu pai e ninguém ousava contrariá-lo. "O objetivo era humano. Um alvo fácil." Ele gesticulou para Eddie ao meu lado. "A besta não conseguiu pegar o cheiro dela?" "Perdemos na água. Eu-" "Eu não terminei de falar!" Albert me cortou. Furioso, ele encarava enquanto o seu peito subia e descia. Era um velho hábito humano, o homem não respirava direito há décadas. "Eu não estou pedindo esclarecimentos ou uma explicação." Seus olhos fuzilaram os meus, examinando outros com rápidos relances. Imediatamente eu entendi por que ele não queria nos escutar. Ele sabia quem ela era. Ele sabia desde o início. Por quê? Por que ele me enviou atrás da minha própria irmã? O conhecimento me forçou a deixar a minha expressão sem emoção e ilegível. "Eu sempre acreditei que você era competente. Eu não sei o que está tornando-a relaxada." Albert levantou a mão magra, não querendo que ela respondesse. "Você falhou. É inaceitável. " Eu não conseguia me segurar de responder. Isso nunca tinha sido o meu ponto forte. "Isso é ridículo! Um alvo foge e você se recusa a deixar-me sair. Por uma semana! Agora não há nenhuma chance de pegar ela!" Meus braços se cruzaram sobre o meu peito e meu dedo do pé direito fez a batida insistente que eu gostava de fazer quando estava frustrada. Albert franziu a testa e propositadamente olhou para o meu pé. "Mais do que tempo suficiente para contemplar sobre os seus erros antes de retornar ao trabalho. Isso não foi aceitável. "Ele encarou Malcolm e Hamish que rapidamente olharam para baixo. "Vocês não irão falhar novamente." Ele se virou para mim. Eu odiava meu pai. Ele fez a minha vida miserável. Ele nunca estava por perto, mas ele garantiu que tudo na minha vida fosse impossível. Ele estava me testando. Se ele quisesse me matar, eu já estaria morta. Agora eu tinha que fingir ter fracassado. "Eu não vou", eu murmurei. "O que você disse?" Albert me pressionou em voz alta. Ele era um vampiro, ele me ouviu alto e claro. "Isso não vai acontecer novamente." Eu enunciei cada palavra para fora como uma bala, alta e aguda. "Muito bem." Ele empilhou seus papéis juntos sobre a mesa de madeira antiga. "Você vai receber novos alvos. Aproxime-se."

Minha cabeça se levantou com um estalo. Alvos? Olhei para Malcolm e nós dois fizemos o nosso caminho para a mesa grande. Hamish e Eddie ficaram para trás, ambos, obviamente, não querendo chegar perto. "Vocês receberão atribuições separadas. Se ambos conseguirem lidar com os seus alvos, então vocês poderão retornar ao círculo. Se não, vocês serão convidados a saírem." Nós dois sabíamos o que isso significava. Exílio. Forçado a ser transformado em um renegado. Nós nos tornaríamos aquilo que caçávamos. Um inimigo para o clã. Acenando, nós aceitamos os grandes envelopes marrons entregues a cada um de nós. Sem outra palavra, eu virei e saí da sala. Malcolm seria enviado para ir atrás de Blair. Eu tinha certeza disso. Marchando pelos corredores, eu voltei para o meu quarto do apartamento, batendo a porta atrás de mim e deixando Eddie, que tinha me seguido, parado no corredor. Eu despejei o conteúdo do pacote para fora e espalhei-os na cama. Tudo o que eu precisava estaria aqui. Qualquer coisa que o clã soubesse sobre o alvo - ou tudo que eles quisessem que eu soubesse. Até os últimos detalhes. A forma natural do alvo, seu nome, qualquer informação que o governo tivesse sobre eles, seus históricos criminal, médico e político. Tudo. "Trent Alexander, o que você fez para ganhar a antipatia do clã?" Sentei-me na cama e olhei para as informações no arquivo, meus olhos permanecendo nas fotos. Um estava de cabeça para baixo. Apanheia, eu o virei e o trouxe mais perto para examinar. Trent era uma gracinha com cabelo castanho claro e olhos azuis escuros. Ele olhava para a câmera com um sorriso grande. "O que ele é?" Eddie perguntou do outro lado da porta. Ele deve ter me ouvido murmurar um momento atrás. "Lobisomem." Revirei os olhos, não querendo admitir que eu estava feliz que ele tivesse esperado. "Entre." Eddie entrou e olhou acima do meu ombro. "Ele ainda não se transformou," eu mencionei. "Você consegue discernir?" "Veja os seus olhos. Você pode dizer que ele definitivamente não se transformou". "Sério?" Eddie apanhou desastradamente a fotografia, não inteiramente certo sobre o que fazer com as mãos humanas. "Isso e a data no canto inferior." "O quê?" As sobrancelhas de Eddie subiram. "O arquivo diz que ele se transformou há pouco tempo atrás. Essa foto é de dois anos atrás. " Abaixei a cabeça para que meu cabelo pudesse cobrir o meu rosto e esconder o sorriso que surgia. Eddie fez uma careta, mas não disse nada. Eu organizei o resto das fotos, apreciando o belo rosto, empurrando-o para a memória. Analisei cada informação e os li para Eddie. Para memorizá-las, nós nos sentamos ali por algumas horas, garantindo que tudo tenha sido captado. Eddie soltou um gemido e tossiu para tentar cobri-lo. "Está tudo bem, Eddie." Outros vampiros odiavam Eddie, mas eles não entendiam a sua habilidade e lealdade. Seu tamanho, seus dentes e seu veneno aterrorizavam os outros. Especialmente se eles me ameaçavam. Se ele precisasse ele poderia matar um vampiro. Ele só nunca o fez. Confiante de que sabíamos tudo o que precisávamos, eu enfiei os arquivos e roupas extras em uma bolsa antes de ir ao corredor para encher outra bolsa com armas. Eddie desapareceu para se transformar e me encontrar lá fora. Eu queria me livrar do meu alvo rapidamente, para não ter um irritante velho clã na minha cola. Enquanto eu colocava as facas, armas e revólveres em uma grande mochila, eu pensei sobre o alvo. Trent Alexander viveu em uma pequena cidade chamada Luray, nas montanhas de Virgínia. Provavelmente não seria fácil encontrá-lo. Já que ele havia se transformado, poderia facilmente escapar para as montanhas, onde poderia provar ser um inferno para encontrá-lo.

Lá fora, o ar frio de primavera me alertou para possíveis chuvas. Eddie estava parado, esperando na parte de trás da minha caminhonete preta. Abri a porta e entrei. Havia vários estados entre mim e Trent. Levaria algum tempo para chegar lá, pois o clã estava escondido nas montanhas de Tennessee. Eu conhecia essas montanhas como a palma da minha mão, mas aquelas para onde eu estava indo? Não muito. Eu só podia esperar que eu fosse capaz de pegá-lo sem precisar fazer uma corrida pelas montanhas. Se ele fosse um irmão, eu iria encontrar o meu pai e eu mesma o mataria. Eu carregava a fina espada adaga da minha mãe. Era forjada a partir de metal antigo e sangue. Sempre afiada e mortal. Ao atravessar o seu coração iria interromper o seu tratamento condescendente dirigido à sua filha - ou devo dizer filhas agora. Quem sabe quantos outros existiam lá fora?

Capítulo 4 Horas mais tarde, pouco antes do amanhecer, eu estacionei em um motel mal-acabado sem nome. Registrando a entrada, paguei em dinheiro e ignorei os olhares perplexos que o dono me lançava. Eu não me importaria em adicionar mais alguns espaços entre os dentes que já faltavam. Ele fechou a porta do escritório rapidamente quando Eddie enfiou sua a cabeça grande de lobo através da porta e caminhou comigo até o último quarto à direita. Dentro do quarto mal iluminado eu puxei os papéis para fora do envelope novamente e os estudei. Quando eu terminei, entrei no pequeno banheiro e tirei meu isqueiro antigo e fino. Eu observei enquanto, um por um, os papéis eram engolidos pelas chamas. Suspirando, eu me virei e deixei a lata de lixo do banheiro fumegando. Fechei a cortina de lã grossa da pequena sala e me estabeleci em uma cadeira, os pés sobre a mesa ao lado, de estilo anos setenta. Eu deixei Eddie descansar na cama enquanto eu brincava com o isqueiro, acendendo-o e soprando-o enquanto eu esperava o pôr do sol. Revisei as informações agora guardadas na minha cabeça. Trent tornava-se cada vez mais um alvo, não uma pessoa. Eddie resmungou em seu sono, suas patas correndo atrás de alguém ou algo. Observei-o e imaginei quantas lutas eu e ele havíamos enfrentado e quantas mais haveriam. Consultei o relógio. Não teríamos que esperar muito mais. Em primeiro lugar, eu precisava descobrir onde Trent estava. Provavelmente no trabalho. Quando o sol se pôs, Eddie e eu deixamos a porcariamotel e nos dirigimos para a churrascaria da cidade, onde os arquivos mencionavam que ele trabalhava. "Fique," alertei Eddie. Ele choramingou, mas pulou para a parte traseira do caminhão e sentou-se sobre as patas traseiras. Ninguém se aproximaria do caminhão. Ele era um lobo, mas poderia se passar por um cão perigoso. Olhei para as minhas roupas. Calças de couro, top preto e um longo casaco preto de couro que parecia uma capa visto de trás. Mesmo no calor, as roupas não me incomodavam. O casaco escondia as armas amarradas nas minhas costas. Eu provavelmente não precisaria deles, mas você nunca pode ter certeza quando se tratava dos alvos. De fato, Trent estava lá, recolhendo os pratos das mesas. Um garçom fez o seu caminho para a mesa ao lado e olhou na minha direção. Ele parou de limpar a mesa e bruscamente se virou e foi embora. "O que gostaria?" Desviando o olhar de Trent, agora atrás do balcão e me encarando furiosamente, ergui os olhos para um par de olhos profundamente azuis. Eles eram notavelmente escuros, como safiras. Eu tinha olhos azuis da cor de oceano, que tipo de criatura poderia ter olhos tão azuis? Que diabos havia de errado comigo? Eu não mirava nos olhos de alguém assim. Eu caçava. "Uh, cerveja ... por favor." Trent ainda estava parado atrás do bar, ainda brincando de bartender. "Na torneira ou garrafa?" "Qualquer um" Eu limpei minha garganta. "Na torneira ... por favor." Ele permaneceu ali sorrindo e então percebeu que estava encarando, pois ele visivelmente se sacudiu. "Kilkenny?" Acenei, não me importando com o que era. Ele finalmente se virou para ir buscar a bebida. Trent ficou atrás do balcão, mas não chegou nem perto do garçom enquanto este enchia o copo de cerveja. Ele voltou carregando a caneca gelada e o

colocou na minha frente. "Algo para comer?" Eu poderia tê-lo comido naquele momento. Ele cheirava delicioso. Corri minha língua sobre os meus lábios. Quando foi a última vez que eu tinha me alimentado diretamente de um ser humano? Ele ficou esperando pela minha resposta. Sua mirada persistente começou a me irritar muito. Eu estava aqui a negócios, não prazer. Eu balancei a cabeça com mais ênfase do que eu pretendia. "Nada." Ele acenou e se afastou. Eu não podia deixar de admirar a maneira como seu traseiro preenchia seu jeans. Se eu tivesse mais tempo eu poderia ter pensado em ficar mais tempo, algumas horas ou um dia extra, para me divertir. Abandonando esses pensamentos, redirecionei a minha atenção para a porta de trás, agora balançando. Droga! Eu silenciosamente me amaldiçoei. Eu tinha anunciado a minha presença e agora o alvo estava nervoso e assustado como o inferno. Ele ia fugir. A cabeça de Trent apareceu e olhou diretamente para mim. Eu coloquei o dinheiro na mesa junto com a caneca meia vazia e calmamente andei para fora. Meu garçom bonitinho não estava em nenhum lugar. Movi-me para a saída de trás e deslizei para fora. Com a velocidade vampírica, pressionei minhas costas contra a construção de tijolos. Os raios do sol tinham deixado os tijolos quentes. Ruído e conversas sussurradas originavam-se de trás da extremidade do edifício. Eu me arrastei em silêncio ao longo da borda. Um olhar furtivo, rápido e atento, espiei ao redor antes de descansar contra a parede. Trent estava lá, mas não sozinho. Ao lado dele estava o meu garçom sensual. Arrastei-me ao máximo para perto da borda sem ser detectada. Enquanto eu retirava a Glock do coldre no meu quadril, eu percebi que não tinha verificado as armas. Muito distraída pelo maldito gostoso. Balancei a cabeça, irritada comigo mesmo. "Três dias, Evan," Trent sussurrou urgentemente. "Você tem três dias para encontrar um lugar para ir e se esconder. Onde você não vai machucar ninguém como eu fiz. "Ele fez uma pausa, provavelmente olhando as redondezas. "Não é seguro aqui, companheiro. Você tem que ir. Eu lhe disse para não se envolver. Eu te disse." "O que diabos eu deveria fazer?" Sr. Gostoso não se incomodou em tentar manter a voz baixa. "Deixar que eles o matem, Trent? Você é a droga do meu irmão." Ah, inferno. Agora eu sabia por que ele parecia tão familiar. O garçom gostoso era o irmão do alvo. Ótimo. Agora eu tinha que lidar com dois. Pela forma como as coisas estavam indo, não ia acabar bem para nenhum irmão. Dei de ombros. Não é minha culpa. Estou apenas fazendo meu trabalho. "Sim," Trent sibilou. "Nós sabíamos há muito tempo o que éramos. Quando mataram a mãe e o pai nós entendemos que teríamos o mesmo destino se desencadeássemos a droga da maldição. Eu sou seu irmão." "Eu sei que você é!" Evan cuspiu de volta. A conversa sempre terminava do mesmo jeito. Um alvo tentaria ser o cara durão, o outro agia como o inteligente. Nunca terminava bem para qualquer um deles. "Evan, eu prometi cuidar de você, e não fazê-lo acionar a droga da maldição! Agora saia daqui antes que o vampiro nos encontre. " Evan obviamente não sabia quem eu era. "Por quê? Por que você acha que eu não quero ser um lobo? Você nunca perguntou. Você acha que porque eu tive a sorte de ir para a faculdade, eu mereço fugir em vez de você? Ou é porque eu sou mais jovem e você acha que ainda é a sua responsabilidade cuidar de mim?" Evan cuspiu no chão. "Bem, não é, Trent. Eu sou um homem crescido, e eu vou fazer o que for necessário para sobreviver. Você e eu." "Você é apenas uma criança." Evan zombou. "E você não é? Você é apenas um filhote." Quais seriam as suas reações se eu mandasse Eddie entrar? Eu sabia que estava bisbilhotando em vez de simplesmente matar, mas eu não pude me conter. A lealdade deles me fascinava.

"Você precisa ir. Agora. "Evan suspirou. "Se aquela mulher gostosa é uma caçadora, como você suspeita, ela está ciente de nós e você está ferrado." "Eu tenho você para distraí-la." Trent fez um som que me impediu de saltar imediatamente na direção deles e atacar. Evan deve ter olhado para trás para onde eu estava escondida atrás do edifício. "Ela estará aqui em um minuto, talvez dois. Ela não me reconheceu. Aparentemente, ela não sabe que eu matei aquele outro caçador." "Na verdade, estou aqui agora." Eu saí do lado do edifício enquanto eu falava, armas apontadas. Ambos os homens olharam para mim. "Vá! Agora, Trent. "Evan manteve a voz baixa, mas eu não tive nenhum problema em ouvi-lo. Eles eram loucos em não tentarem fugir imediatamente. Ficaram parados ali, com as minhas armas apontadas para eles, como patos. "Sim, Trent. Tente fugir," provoquei. Um borrão de ação ocorreu atrás deles que eles nem perceberam. Quase não perceberam. Trent virou-se para olhar para trás, mas na direção errada. Sua cabeça não se movia rápido o suficiente para o vampiro atrás dele. Um caçador. Jason. Eu o conhecia das reuniões no complexo. Não era um bom sinal. Este caçador não era como os originais, nem tinha sido treinado da maneira que eu tinha sido. Ele era mal. Eu ouvi sobre o modo como ele torturava os seres antes de matá-los. O conselho não gostava dele, mas ele era um recurso. Eles precisavam dele para fazer as coisas que os outros não podiam. O tipo de coisa “o que os olhos não veem, o coração não sente”. A boca de Jason puxou para trás em um sorriso enquanto esperava Trent se mover. Eu tinha a impressão que havia sido enganada. De repente, eu queria que o lobisomem estúpido vivesse. Trent não tinha para onde ir. Ele não iria sair dessa sozinho. Senti Eddie ao meu lado. "Vá embora, Jason. Ele é o meu alvo. "Eu mirei a arma de Trent para Jason. Havia uma pequena arma pendurada no meu quadril que carregava balas ultravioleta. Eu simplesmente não conseguiria agarrá-la antes que Jason matasse o meu alvo, ou me atacasse. Esta era a minha vítima. Eu precisava para voltar às boas graças do Conselho. "Ele é meu também, querida," Jason zombou, virando a cabeça de forma insolente. "O que você acha? Que o conselho não iria enviar reforços após o seu fracasso épico? A grande Victoria falhou." Ele sorriu maliciosamente, seus caninos afiados e prontos. "Eu estou tão cansado de ouvir seu nome maldito. Quando o trabalho surgiu, eu não pude evitar de me oferecer para derrubá-la. O que o seu precioso pai dirá então?" Sua risada ecoou cruel e maldosa contra os tijolos em torno de nós. Olhei para os dois irmãos lobo e percebi que eles sabiam exatamente quem eu era também. Medo transparecia claramente nos olhos do irmão mais velho. Ele sabia que não sairia dessa vivo. Evan tinha um olhar vazio. Embora mais jovem, ele obviamente escondia suas emoções muito melhor do que seu irmão. "Vá para casa, Jason. Estou lhe avisando. Você não vai querer criar um caso entre nós. " Jason assobiou. "Eu não estou indo a nenhum lugar. Vlad, o pai sempre imponente, sempre louvando a sua preciosa filha. Aquela que era uma caçadora digna". Eu pisquei surpresa. Isso era novidade para mim. Meu pai me elogiando? Tinha muitas dúvidas quanto a isso. Outro pensamento passou pela minha cabeça. Será que todos os caçadores pensavam sobre mim dessa maneira? Eu empurrei o pensamento para longe. Isso não importava. Agora eu precisava lidar com o problema que estava na minha frente. Jason bateu palmas. "Parece que eu estou recebendo um bônus. Dois lobisomens e um vampiro? E aquele seu estúpido animal de estimação. Isso sempre me incomodou também. Por que manter uma das merdas que caçamos? "Ele lambeu os lábios. "Eu vou ter que treinar o cachorro antes de abatê-lo." Minha mão foi distraidamente para o topo da cabeça de Eddie enquanto ele rosnava para Jason. Eu

sabia exatamente o que Jason queria dizer, assim como Eddie.

Chapter 5 Jason se moveu rápido como um raio, correndo em minha direção, mas eu era tão rápida quanto ele. Enquanto ele se lançava primeiro para o maior inimigo, eu reagi e enfiei as armas em seus coldres. Eles não fariam nenhuma diferença contra Jason, além disso, eu não podia atirar porque os lobos estavam parados na frente dele. Jason atacou com seu punho, porém ciente seu movimento, abaixei e desviei para a direita. Seu punho balançou perigosamente, girando seu corpo ainda no ar. Os lobos correram para a parede onde Eddie os manteve pressionados contra os tijolos e observava cada um dos meus movimentos para se caso eu o precisasse. Jason estava instantaneamente em cima de mim enquanto eu estava deitada com o rosto para o chão. Eu não tive a chance de ficar de pé, mesmo com a minha velocidade. Sua mão rodeou meu pescoço enquanto ele me levantava no ar. O aperto cortou minha respiração e, embora eu soubesse que isso não iria me matar, doeu como o inferno. Eu lutei para livrar meu pescoço, meus pés chutando impotentes o ar. Um rosnado baixo se tornou um latido feroz. Alcancei a minha bota com uma mão e continuei a lutar Jason com a outra. O latido de Eddie foi seguido por um gemido agudo como se algo tivesse acontecido com ele. O aperto de Jason se soltou apenas o suficiente para eu me girar e enterrar a faca da minha bota em seu estômago. Ela estava contaminada com veneno. Ele me soltou imediatamente e eu caí no chão, arquejante. Ofeguei e ofeguei enquanto eu tentava ficar em pé. Som de briga e baques surdos, seguido por um estampido, obrigaram-me a concentrar. Alguém estava lutando. Finalmente me endireitando, eu me virei a tempo de ver Jason vindo até mim com uma espada. Eu sabia sua intenção. Ele queria a minha cabeça. Eu puxei a arma ultravioleta carregada e o trouxe para perto. Eddie encontrava-se deitado de lado e eu engasguei com a visão de sangue em seu pelo. Ele ainda estava vivo. Lobisomens voltavam a ser humanos quando morriam. Causavam grandes dificuldades para os seus corpos se permanecessem transformados.

Eu apontei a arma ultravioleta e disparei. A droga do negócio havia travado. Não queria atirar. Eu joguei a maldita coisa no chão e peguei outra, qualquer coisa para retardar o idiota. Eu olhei para Jason novamente, pronta para desviar ou abaixar. De repente, ele ficou parado. Meu olhar desceu de seu rosto feio. Agora uma estaca sobressaía de seu peito largo. Seus olhos se arregalaram de choque enquanto ele tombava até o chão. Levaria alguns minutos antes que ele se tornasse cinzas. Enquanto ele caía, vi Evan de pé atrás dele. Ele olhou para mim, seu rosto ilegível. O lobo estúpido tinha acabado de me salvar. Ele apontou para o meu estômago. "Você só vai ficar aí parada?" Ele balançou a cabeça enquanto se movia para Eddie e se inclinava para verificá-lo. "O seu caminhão ainda está estacionado na frente?" Eu acenei e me encolhi quando uma dor ridiculamente aguda me atravessou. Mirei para baixo para ver a espada de Jason sobressaindo do meu estômago. Ele não tinha apontado para minha cabeça, mas para meu coração. Ele planejava fazer-me sofrer. Madeira era a única coisa que poderia matarme ao atravessar o coração, mas a espada causava dor e me deixava lenta. A espada havia empalado logo abaixo do meu coração. Eu arfei quando a dor cresceu excruciante. Eu senti a ardência abrasadora e fechei os olhos com força para receber o golpe fatal de Evan. De jeito nenhum eu poderia lutar agora. Eu era inútil com esta espada enorme na minha barriga. De jeito nenhum eu enfrentaria a morte com os meus olhos fechados. Eu os abri e encarei Evan enquanto ele caminhava em minha direção. Eu quase gritei quando ele puxou a espada do meu corpo. Ele se agachou e me pegou enquanto eu caía para a frente. Ele me levantou em seus braços e sorriu. "Eu tenho uma oferta para você. Vou ajudá-la a viver e você vai me ajudar a libertar o meu irmão. "Não era uma pergunta e nem mesmo uma afirmação. "Trent, vá buscar o caminhão." Ele jogou para o seu irmão as chaves que estavam dentro da minha jaqueta de couro. Trent desapareceu enquanto eu lutava para permanecer consciente. Meu caminhão apareceu na esquina. Trent saltou para fora e apanhou Eddie cuidadosamente e colocou-o na parte de trás. Evan andou atrás dele e me colocou na parte traseira do caminhão, ao lado de Eddie. Deitei contra o metal frio e ouvi os dois lobos entrarem na cabine e senti o caminhão se mover e, então, dar uma guinada para parar. A perda de

sangue tornava difícil para mim ficar acordada. Eddie estava deitado ao meu lado, me observando. Obriguei-me a levantar com os meus cotovelos para ver o local onde tinha ocorrido a luta. Uma mulher estava sobre uma pilha de cinzas que costumava ser Jason. Seu longo cabelo vermelho, encaracolado, soprava ao vento. Ela se virou para mim. Seus olhos verdes perfuraram os meus enquanto seu rosto se distorcia. De algum modo, eu tinha acabado de fazer um inimigo para a vida inteira. Agora ela era mortal e nada a deteria. No fundo de seus olhos eu vi. Eles não apenas mostravam a dor pelo qual ela estava passando e o ódio que ela tinha de nós. Eles falavam de punição e o que certamente viria. Ela morreria tentando encontrar-me e faria todos ao meu redor sofrerem. Eu sabia que precisava avisar Malcolm e lhe dizer o que tinha ocorrido. Esta era a única maneira de mantê-los seguros. A mulher que me prometeu sofrimento iria me fazer sofrer de todas os modos que ela sabia. Eu advertiria Malcolm no momento que eu tivesse forças. Eu me encostei no caminhão e deixei a escuridão cercar-me. Piper.

Acordei com um sobressalto, sem ideia de onde eu estava. Eu estava faminta por sangue. Fiz um esforço para engolir a ardência na minha garganta. Eddie se sentou ao meu lado, limpo e vestido com jeans e uma camiseta. Ele voltou com os olhos preocupados para mim e estendeu a mão para afastar o cabelo dos meus olhos. "É estranho que eu esteja acariciando-a e não o contrário" Ele riu e eu pensei na ironia em sua declaração. Ele estava certo. Era estranho. Eu tentei sorrir, mas me sentia muito fraca. Ele era humano e tudo o que eu conseguia pensar era na maior artéria de seu pescoço. Eu estava morrendo de fome! E fraca. Não apenas o meu corpo, que sentia como se eu tivesse sido atropelada por um caminhão Mack, mas minha mente também. Atordoada, eu tentei me sentar, apenas para ser empurrada de volta para baixo por Eddie. Meu amigo sempre fiel. "Não. Você precisa descansar. "Eddie acariciou delicadamente minha mão. "O sangue ajudou, mas não foi o suficiente. Você precisa se curar. " Eu não queria ficar deitada. A exaustão me deixava muito fraca para discutir. Eu precisava da minha inteligência e força se eu tinha alguma chance de resolver o problema que eu tinha acabado de criar. Eu lutei para manter meus olhos abertos, mas eles começaram a se fechar quando o sono começou a

me dominar. Eu ouvi Eddie falando com Trent ou Evan mas devo ter desmaiado. Eu pisquei quando acordei subitamente e tentei focar-me, mesmo quando eu não conseguia. Meus ouvidos escutaram que Eddie iria partir e eu não o veria por pouco tempo. Minha mente levou mais tempo para perceber que ele estava indo avisar Malcolm e Hamish. Eddie sabia tão bem quanto eu que Piper, companheira de Jason, perseguiria todos aqueles que eram importantes para mim. Ela iria atrás de Malcolm, e até mesmo Hamish, embora ele fosse um pé no saco. Se ela visse Eddie sozinho, ela iria atrás dele primeiro. Ele sabia disso, mas Eddie havia partido do mesmo jeito, determinado a alcançar Malcolm a tempo. A única pessoa que me restava no mundo, além deles, era o meu pai. Se eu estivesse totalmente acordada, teria bufado. Ele ficaria bem. Mesmo se Piper fosse burra o suficiente para ir atrás dele, ele poderia esmagá-la com um dedo. Lutei para sentar-me e dizer a Eddie para ficar ao meu lado. Ele obviamente confiava nos lobos para cuidarem de mim mais do que eu confiava. O esforço para conseguir sentar deixou a minha cabeça tonta. Abri os olhos, o sol brilhante e ardente de uma porta entreaberta. Era demais. Meus cotovelos cederam e tudo ficou escuro quando minha cabeça bateu na parede atrás da cama em que eu estava deitada.

Quando acordei, eu estava enrolada em posição fetal no ponto mais próximo da beirada da cama. Minha cabeça doía como se estivesse de ressaca, mas eu a ignorei e, lentamente, olhei ao redor da sala. Desenrolando-me, eu sabia que o meu peito tinha se fechado e estava se curando. Ninguém estava sentado para me vigiar, eu estava sozinha agora. E quase nua. Usava a regata de alguém e minha própria calcinha. Minha camisa, blusa e casaco estavam em algum lugar, mas eu não menor ideia aonde. Sentei-me devagar e percebi que me sentia muito melhor. Onde foi que eu tinha conseguido sangue? Essa era a única forma para que eu me sentisse mais forte. Tinha Eddie dito algo sobre sangue? Meus pensamentos da última conversa – eu nem sequer sabia quanto tempo havia passado – eram incoerentes e nebulosos. Eu tinha feito uma promessa com Eddie há muito tempo em que ele nunca daria o seu próprio sangue a fim de me salvar. Ele poderia se machucar no processo.

Sede guiava os vampiros. O sangue não poderia ter vindo de Eddie. Era muito arriscado para ele se tornar humano e tentar me alimentar, especialmente com o quão grave eu havia sido ferida. Eu teria drenado-o sem pensar duas vezes. Estiquei-me e me sentei. Eu não sabia de onde o sangue vinha e no momento eu não me importava, desde que ele fosse de Eddie. O que eu tinha pensado que era um quarto, mais cedo, era um triste, triste exemplo de um. Estava sentada em um colchão de ar dentro de uma caverna úmida. Brasas de um fogo, no lado mais distante da caverna, brilhavam assim como a panela de ferro fundido em seu topo. O que eu tinha pensado que era luz solar anteriormente deve ter sido chamas do fogo. Um forte aroma de carne flutuava no ar. Ao ouvir um barulho do lado de fora da entrada, eu sorri, pronta para ver Eddie. O sorriso morreu no meu rosto quando Evan Alexander se abaixou para entrar. "Onde está Eddie?" Eu sabia que minha voz estava aguda e rápida. Eu estava agitada e com fome. Que diabos estava acontecendo e onde no inferno estava o meu filhote? "Eddie saiu para avisar seus amigos sobre Piper." Então, ele sabia quem ela era, afinal. Eddie deve ter-lhe dito. Piper não era somente a parceira de caça de Jason. Ela tinha sido sua companheira também. Eu tinha um inimigo cruel na minha cola. Como Eddie ousou contar a estes cães molhados assuntos da minha vida pessoal? Eu encarei o lobisomem parado e ilegível na minha frente. Ele jogou suas mãos no ar e virou para ir embora. "Espere," Eu sibilei. Movendo-me mais rápido do que o vento, eu estava pressionado contra seu corpo duro, minha mão em torno de sua garganta. Eu rasguei uma bandagem de sua pele embebida com um sangue de cheiro delicioso. Dois buracos feitos por incisivos estavam se curando em seu pescoço. Minhas narinas se dilataram de raiva. Agora eu sabia onde eu tinha conseguido o sangue para me curar ... "Você". Ele cobriu seu pescoço e deu um passo atrás. "Eu o quê?" "Você me alimentou." Evan deu de ombros. "Sim. Alguém precisava fazê-lo. Você perdeu muito sangue. " "Eu não precisava do seu. De qualquer um menos o seu teria sido aceitável. Encolhi-me. Eu nunca tive bebido sangue de lobo antes. O que aconteceria comigo? Sentia-me forte, mas diferente? Eu não poderia dizer. Já

que ele nunca havia se transformado, eu estaria bem ... ou morta na próxima lua cheia. "Você não teria sobrevivido se não tivesse bebido." "Eu não quero o seu sangue." Eu estava sendo rude, eu sabia disso, mas não me importava. "Agora é um pouco tarde." Ele revirou os olhos, um brilho de astúcia atravessando-os. "Com certeza, você não parecia se importar com isso ontem à noite. Ed teve de puxá-la de cima de mim". Sério? isso poderia ficar pior? A imagem da minha pessoa sobre o bonito Evan me deixou com água na boca. Olhei para as marcas em seu pescoço. Foco! Sarcasmo tinha o hábito de ocultar os meus verdadeiros sentimentos. "Ótimo! Eu fui alimentada por um lobo maldito. Em seguida, as pessoas vão estar fazendo fila para me alimentar. Você tem uma sala de espera na caverna ao lado deste buraco? "Eu acenei minha mão e me movi para a entrada. "Tanto faz. Estou fora daqui." "De nada" Evan cruzou os braços sobre o seu peito musculoso e afastou os pés os deixando com a mesma largura dos ombros, bloqueando a saída. "Você não vai a lugar nenhum." "Agradeço a hospitalidade. Sua, uh, caverna é quase cinco estrelas. "Fui pegar minhas armas, consternada em encontrar nos coldres. Onde estava o meu casaco? "Preciso cuidar de algumas coisas." "Começando com o meu irmão?" Ele estava na minha em um instante. Eu não reagi rápida o suficiente, surpresa por ele ter se movido tão rápido para um lobo que ainda não tinha se mudado. Lobisomens nasciam com velocidade e outros dons sobrenaturais, como cura, mas Evan era mais veloz do que rápido. Não era como os outros que eu tinha perseguido e matado. Seu rosto ficou irritado quando ele abaixou o olhar para mim, a centímetros de distância. A veia na sua testa pulsava enquanto a contração de sua mandíbula mostrava a sua cólera. "Eu salvei a sua vida. Você me deve. "Suas palavras foram pontuadas. "Eu não lhe devo nada." Meus olhos ardiam e eu sabia que eles estavam se tornando um tom mais brilhante de azul. Meus incisivos pressionavam contra a carne dentro da minha boca. Afiada, e pronta. "Besteira! Os vampiros têm algum tipo de código de honra. Você me deve por salvar sua vida e você sabe disso. Você vai me ajudar a salvar meu irmão. "

Eu ri. "Salvar o seu irmão? Você está louco? Ele é um maldito lobisomem." Ele não se mexeu, a sua expressão facial também não se alterou. "Ele é. Assim como eu. "O ar morno saiu de suas narinas e roçou no meu rosto como um toque suave. "E mesmo assim eu salvei a sua maldita vida." Bati o meu pé, agitada porque eu não tinha uma resposta. Ele estava certo. Em muitos níveis. Nós tínhamos esse código interno de honra sobre uma vida por uma vida. Não estava escrito em nenhum lugar mas era naturalmente presumido. No entanto, em nenhum lugar se afirmava que eu deveria honrar um maldito lobisomem. Em nenhum lugar se afirmava que eu o devia caso ele tivesse sido estúpido o suficiente para me ajudar a sobreviver. Era culpa dele, não minha. "Eu não trabalho com lobisomens. Desculpe. "Eu descansei a minha mão em seu ombro para empurrá-lo. Ele agarrou-a e me segurou para me impedir de mover. "E Eddie?" "Eddie está bem" "Sério? Como você tem certeza disso? "Ele apontou para o peito com a mão livre. "Oh sim, eu sei tudo sobre ele. Eu o cuidei de volta a saúde também. Seu único amigo é um lobisomem. Você não acha isso estranho? " "Ele não é meu amigo. Ele é meu vira-lata. " As sobrancelhas de Evan levantaram-se. Ele não acreditou em mim. "Você não iria arriscar a própria vida por ele? Que tal uma irmã ou um irmão? " Ele estava certo sobre Eddie. No entanto, eu não estava disposta a deixálo saber disso. E Blair? Eu tinha arriscado tudo por ela. E eu não sabia nada sobre ela. Toda a minha existência estava em perigo porque eu tinha salvado a vida da minha irmã e eu não sabia sobre ela. Evan conhecia o seu irmão e, pela maneira como eles se falavam, eram próximos. Ele estava tentando ajudálo, mas não sabia que Trent estava condenado. Se eu não o matei, o clã só iria enviar alguém atrás dele, e outro, até que o trabalho fosse feito. O clã acertava seus alvos sem importar com o tempo ou quantos caçadores morreriam por isso. Eles sempre realizavam o trabalho no final. O olhar intenso de Evan não deixou os meus olhos por um longo tempo. Ele lentamente soltou a minha mão que estava em seu ombro e alcançou meu rosto, afastando uma mecha de cabelo dos meus olhos e colocando-o atrás da minha orelha. "Você pode esperar só um dia?" "Eu não tenho tempo." Minha voz saiu mais suave do que eu pretendia.

"Você tem. É dia agora. Você tem pelo menos oito horas antes do pôr do sol." Ele esfregou o pescoço, evitando cuidadosamente o local onde eu tinha me alimentado. Eu segui o movimento de seus dedos e lambi os lábios. Sua mão se estendeu para alcançar a minha. "Vamos lá. Vamos arranjar algo para comer e depois podemos conversar." Comer? Ele permitiria que eu me alimentasse dele novamente? "Você não tem um anel de luz. Não pode sair da caverna. "Sua voz era suave, assim como o seu toque. Mas havia algo mais ali. Um raio de eletricidade que me chocou e me fez arfar. Seu toque era quente e convidativo. Eu senti o ímpeto de me encostar nele, mas rapidamente me segurei antes que eu fizesse papel de idiota. Endireitando-me, recuei lentamente. Não como um coelho assustado, como eu com certeza me aparentava, porém mais como uma mulher surpreendida que tinha sentido algo pela primeira vez após muito tempo. Sacudi-me mentalmente e fisicamente para manter meus pensamentos de voltar lá. "Não há tal coisa como anéis de luz." "Não?" Uma única sobrancelha subiu. "Eu nunca vi um caçador com um anel." "Pode ser qualquer peça de joia. Qualquer coisa que sirva". "Eles não existem. É folclore. " "Você não acredita em bruxas, então?" Ele se moveu para as brasas e cutucou a madeira fumegante para reavivar ligeiramente a chama. Ele me mirou. "Acredita ou não?” Aproximei-me, os braços cruzados sobre o peito. "Claro que acredito. Eu já matei um monte delas. " "Então por que você questionaria anéis de luz?" Ele obviamente não tinha nenhuma noção. Ou eu estava sem saber de algo? Blair era uma bruxa, eles estavam caçando-a. Ela também era filha do Vlad. Era parte bruxa, parte vampira. Eu não sabia que isso podia existir também. Depois de tanto tempo viva, como eu poderia ter ficado na ignorância por tanto tempo? "O que você está cozinhando?" Evan sorriu. "Cheira bem?" "Cheira como animal morto." Os cantos de sua boca viraram para baixo. "É carne. É claro que é animal morto. " Inalei. "Carne. Cebolas. Batatas. Cenouras. "Percebi minhas botas descansavam ao lado de uma pedra e me dirigi à elas. "Ensopado".

"Impressionante." Ele inclinou a cabeça enquanto a observava sentar na rocha na sua frente. Ele se agachou. "Eu mesmo tenho um bom faro." "Deveria ter. Você é um lobisomem." Eu não tive a intenção de soar como se achasse que ele era um idiota. As palavras só saíram. Ele preferiu ignorar o meu comentário e se concentrou em encher duas tigelas. Ele endireitou-se e entregou uma para mim. "Eu prefiro comer outra coisa", eu murmurei. "Comporte-se. Talvez eu possa dar-lhe o que quer depois. "Ele se sentou na pedra ao lado da minha, colocando propositalmente as minhas botas no outro lado de sua pedra. "Coma isso primeiro." Eu senti o sorriso surgir no meu rosto enquanto eu comia uma colherada. Ele tinha coragem. Eu podia apreciar isso. Não significava que eu gostava dele. Olhei para o ensopado. Normalmente eu não comia nada o que outros faziam até que eles experimentassem, mas, aqui, nesta caverna, eu sabia que eu estava a salvo. Não apenas eu sentia isso, como eu sabia que se ele quisesse me matar ou me machucar, ele já teria feito isso. Aparentemente, eu precisava dele tanto quanto ele precisava de mim.

Chapter 6 "Quem fez isso?" Eu usei o meu dedo para limpar a última gota de molho da tigela e o enfiei na minha boca, apreciando o sabor. Havia desaparecido muito rápido. Eu estava com fome, o tipo errado de fome, mas isso tinha saciado a necessidade – por um tempo. Eu abaixei a tigela e olhei para cima. Evan estava sentado, com a colher a meio caminho de sua boca, encarando-me com os olhos arregalados. "O quê?" Eu chupei o último bocado do meu dedo, fazendo um leve estalido quando saía da minha boca. Ele enfiou o pedaço em sua boca e rapidamente mirou para baixo, como se estivesse envergonhado por ter sido pego olhando. "Eu fiz", ele murmurou. "Você tem mais?" Eu me inclinei para a panela quente sobre o fogo e estendi a mão para a tampa. Evan bateu minha mão. "Você não é a única que precisa comer." Eu o encarei. Num momento eu o via como um cara real e no próximo ele me lembrava da besta dentro dele. "Tudo bem." Eu esfreguei meu pulso. "Você é quem disse que eu precisava me curar." "Eu disse, mas não às custas de deixar outros morrerem de fome. Não temos uma tonelada de comida e seu estômago ganancioso não merece tudo isso. " Cachorro burro. "Que seja." Eu fiquei de pé e comecei a dar voltas no local, irritada porque eu queria me alimentar dele, não o ensopado estúpido. Eu estava morrendo de fome. Meu corpo queria curar-se e estava ansioso por sangue. Colocando-me diretamente em sua frente, fiz um gesto com a mão. "Dê-me minhas botas." "Desculpe-me?" Seus pés moveram-se diretamente para a frente das minhas botas cuissards, bloqueando-os. "Você me ouviu." Ele balançou sua cabeça. "Eu não vou dar-lhe as botas de vagabunda".

Se eu não estivesse tão irritada e faminta, eu teria rido. "Você acabou de me chamar de-?" Ele teve a decência de virar um tom de vermelho antes de me mostrar uma careta. "Não, eu estava me referindo às essas botas ridiculamente altas que você usa." "Eles servem ao seu propósito." "De fazer você parecer como um super-heroína?" Cara engraçado. "Para guardar as minhas armas." "Oh sim. Eu encontrei algumas dessas lá dentro. " "Então, dê-me as botas." "Por quê?" Eu empurrei um suspiro exasperado de meus pulmões. “Sério? Você vai me questionar sobre por que eu preciso delas? " "Eu vou." Ele ficou sentado, o que me incomodou muito. Era como se ele realmente não tivesse medo de mim. Ele era um idiota. Ele devia ser. Minhas mãos agitaram-se no ar com pura frustração. "Porque eu estou morrendo de fome! Eu não preciso do seu ensopado. Eu preciso de sustância. Se eu não alimentar, eu vou ficar realmente irritada, e você não quer ver isso. " Os cantos de sua boca se contorceram enquanto ele tentava manter uma cara séria. "Isso não é rabugice?" Meus dedos se enrolaram com força contra a palma da minha mão. Eu realmente queria socar o seu rosto bonito e arrogante e tirar o seu sorriso. Meus lábios se apertaram enquanto eu tentava acalmar a fome furiosa e a raiva dentro de mim. Minhas palavras saíram concisas: "Você, obviamente, nunca esteve perto de um vampiro faminto e se curando antes. Vou, de verdade, destruir esse lugar para poder sair. Se isso significa arrancar o seu coração pulsante do seu peito para poder pegar as minhas botas, eu vou fazer isso. "Eu não faria isso, pelo menos ainda não, eu não estava com tanta fome assim. Eu já tinha passado por situações piores, mas fazia muito, muito tempo desde que eu tinha estado faminta. Evan ficou sentado, observando-me sem dizer uma palavra. Ele fechou os olhos e exalou um longo e morno suspiro, que roçou nas minhas pernas nuas, lembrando-me que eu apenas estava vestida com uma regata e calcinhas. Quando Evan abriu os olhos, ele se levantou. A temperatura do corpo de um lobo era mais quente do que o do ser humano comum. Próximo do estado

febril. Havia pouco espaço entre nós dois e eu me recusava a recuar. Ele me entregou as botas. Eu me enfiei em uma delas e me abaixei para fechar o zíper. Minha cabeça bateu contra seu peito duro quanto me abaixei. "Desculpe," eu murmurei, mas não me afastei. Eu repeti o processo com a segunda bota. Ambas as pequenas pistolas haviam sido retiradas, junto com as estrelas ninja. Eu me endireitei, meu nariz quase encostando no seu enquanto ele me observava, sua boca ligeiramente aberta. Eu sorri. Agora eu estava de volta no controle. Levantando o meu pé esquerdo, inclinei-me para ele e deixei a minha coxa nua roçar contra seu quadril quando coloquei o salto da bota sobre a rocha atrás dele. O fôlego de Evan saiu rápido e ouvi seu ritmo cardíaco acelerar. Ele não conseguia esconder isso ou a ligeira dilatação de suas pupilas. Eu me inclinei para a frente, os lábios quase roçando os seus enquanto se moviam contra o seu queixo e hesitavam na artéria em seu pescoço. Ele cheirava almiscarado ... bosque, como cedro ou sândalo e especiarias. Senti, antes de ter visto, sua mão mover-se para tocar meu quadril. Alcancei o cinto fino sob o meu sutiã, debaixo da regata, e retirei um punhal de dois gumes. "Você não pegou todas as armas." Inverti-o, de modo a segurar a lâmina e ofereci-lhe o punho. “O-o quê?" Ele deu um passo para trás, apenas para pressionar a parte de trás de seus joelhos contra a rocha. Minha perna o impediu de cair para trás. Lentamente seus olhos percorreram os meus, demorando em meus lábios, meu pescoço e na pele do meu braço "Você o quer ou estou autorizada a usá-lo para caçar?" Evan limpou a garganta. Suas sobrancelhas se unindo ao franzir a testa para mim. Ele obviamente não tinha gostado do rumo da conversa tanto quanto eu tinha. "Você não irá lá para fora." Este argumento novamente? Abri a minha boca, pronta para dar-lhe um conselho que ele só iria ouvir uma vez, quando o seu dedo pressionou contra os meus lábios. Havia passado um bom tempo desde que eu tinha estado com um homem e, de repente, a sua proximidade, a minha fraqueza, e o fato de que eu já estava quase nua, tornaram-se uma força motivadora dentro do meu corpo. Os vampiros eram guiados pela fome - por comida, sexo, quaisquer necessidades primais que o corpo procurasse, eles eram nossas motivaçõeschave. Evan tinha o corpo e, tenho certeza, a força para ser um bom parceiro. Ele tinha olhos azuis escuros que pareciam ter vindo dos mais escuro dos

mares azuis. Seu cabelo era bagunçado e um pouco longo, na altura do topo do pescoço. A frente se encaracolava em múltiplos lugares diferentes e despontava na parte superior de sua testa. A barba em seu rosto tinha a aspereza perfeita para excitar a minha pele. Ele era de tirar o fôlego e parecia que tinha acabado de sair de uma revista de camping. Usava uma calça jeans clara tingida, pendurada frouxamente na cintura e uma camisa xadrez justa. As mangas estavam enroladas até um pouco abaixo os cotovelos e os primeiros botões da camisa estavam abertos para revelar a extensão de seu peito. Ele parecia bonito. Muito bonito. O que diabos eu estava pensando? Seus olhos viajaram pelo meu corpo pouco coberto e, lentamente, se levantaram novamente. Ele tinha um olhar de venha-cá-e-vamos-ver em seu rosto. Alarmes dispararam na minha cabeça. Não por causa dele. Eu sabia que poderia vencê-lo. Afinal, era treinada e pelo melhor. Meu medo residia nas minhas próprias ações. Eu sabia que eu o queria, mas eu também sabia que isso não era certo. Eu precisava ficar longe dele. Bem distante. Dormir com um lobisomem era inaceitável e punível com a morte. Proibida a confraternização com o inimigo. "Gostaria de mais?" Sua voz tinha um tom rouco que aquecia minha pele fria. Dei de ombros, incapaz de dizer uma palavra enquanto seus olhos relanceavam para baixo. Ele abaixou o dedo pressionado contra a minha boca e recuou. Ele começou a desabotoar sua camisa. Meus dentes superiores rasparam o meu lábio inferior, meu incisivo direito arranhando até sangrar. Meu cérebro processava a sua pergunta enquanto meu corpo reagia a seus movimentos. Mais? "Nós já... você sabe?" Ele tirou a camisa e jogou-a sobre a rocha atrás dele. "Já?" Ele hesitou um instante antes de arregalar os olhos. "Não! De jeito nenhum!" Sua reação foi como um balde de água fria na minha face. Deixei minha expressão endurecer. "Então quem me vestiu?" Fiz um gesto para o meu corpo quase nu. "Alguém teve que me despir." Será que ele tinha me tocado? Eu realmente não sabia o que ele tinha feito em mim enquanto eu estava inconsciente. O que eu tinha tentado fazer com ele? Meu corpo, obviamente, ansiava por seu toque.

"Eu o fiz." Evan piscou. "Você tem uma marca de nascença bastante sexy." Eu sibilei. Isso não era da sua conta. "Não se preocupe, eu não a violentei enquanto você estava inconsciente." Eu o fuzilei com os olhos, colocando as mãos nos quadris, bem ciente de que os meus seios estavam pressionando contra o algodão branco fino da regata. Ele estava consciente disso também. "Como posso acreditar nisso?" Ele sorriu, obviamente se divertindo com o meu desconforto. "Eu tive que cortar o seu top encharcado de sangue para cuidar da ferida. Você estava com uma febre mais alta do que de qualquer lobo que eu já encontrei. Você ficou empurrando as cobertas e depois as agarrando. Tive que desenrolar as suas pernas dos lençóis algumas vezes." Ele apontou para a minha coxa. "É assim que eu notei a pequena marca de nascença em forma de ferradura na parte interna da sua coxa esquerda." Tive dificuldade em acreditar nele. Provavelmente porque eu queria saber qual era a sensação de ter sua língua traçando a marca de nascença. "Seu lobo estava aqui o tempo todo. Ele não me permitiria fazer nada que pudesse lhe causar dano. Ele se importa profundamente com você. Ele é fiel." Evan coçou a cabeça. "Eu não sei por que ele é tão devotado a você." "Nós estamos juntos desde que ele era um filhote." Eu não tinha ideia do por que eu estava lhe dizendo isso. Não era da sua conta. Corri minha língua sobre os meus incisivos. "Obrigada. Peço desculpas por não ter dito isso mais cedo. Obrigada por ajudar Eddie ... e eu ". Evan sorriu. Realmente sorriu. Era a primeira vez que o via fazer. O primeiro real. Ele tinha tentado ser amigável no bar e, a partir de então, continuou a sorrir porque tinha notado a tensão sexual entre nós tão claramente como eu o fiz. Ou ele não tinha nenhuma atração por mim e estava rindo do cheiro que eu, provavelmente, estava emitindo. "De nada, mas eu teria ajudado Eddie não importa o quê. Ele é um de nós, não importa o quanto você finja o contrário. " Abri a boca, apenas para ser cortada novamente. “Uma vez que ele fique perto de nós, ele vai perceber o que você é, o que ele é. Há uma chance muito alta de que ele se vire contra você. " O cara era gostoso, mas um idiota. "Você não sabe o que você está falando. Você não me conhece ou o meu filhote." Ele sorriu, quase compreensivelmente. "Pelo contrário. Eu sei exatamente quem você é, Victoria. Eu sabia desde que te vi pela primeira vez no bar. Olhe, eu sabia, desde que seu pai e seus seguidores assassinaram meus pais,

quem você era e o que você seria obrigada a fazer à mim e ao meu irmão Eu conheço toda a hierarquia vampírica. Eu sei sobre a sua posição na sociedade de vampiros. "Encarei-o. Como ele sabia? Um milhão de outras perguntas passaram pela minha mente. "Eu sei que você é vista com grande respeito porque a sua mãe escolheu seu próprio caminho de redenção longe de seu pai." "O que você sabe sobre a minha mãe?", Eu mal a conhecia. "Nós dois sabemos que o seu pai é um idiota. O que você talvez não saiba é que ele usou a sua mãe, e fez com que você e seu irmão- " "Eu não tenho um irmão." "Quando sua mãe não quis se transformar, ele a ameaçou com seus próprios filhos, e depois ele decidiu que iria levar a menina, a favorita da sua esposa. Ele a levou e lhe transformou em sua filha vampira. Sua mãe, por outro lado, levou o seu irmão – seu gêmeo – ao túmulo com ela. Ela preferia morrer a viver eternamente com aquele monstro."

Chapter 7 "Mentiroso." Eu nunca tive um irmão. Minha mãe fugiu no primeiro momento que ela tinha encontrado. Aos dezessete anos, ela me deixou apodrecer com um clã de vampiros liderados pelo meu pai. Não me lembro muito da minha vida humana antes de eu ter me transformado, foi há muito tempo, mas eu teria me lembrado de ter um irmão. A dor do meu abandono pela minha mãe era uma memória que eu nunca esqueceria. A pena no rosto de Evan me incomodou. Eu não precisava disso. "Você sabe que Vlad é o seu verdadeiro pai, certo? Não apenas a pessoa que a transformou? " Olhei para o metamorfo na minha frente. Como é que eu não sabia nada sobre esse cara enquanto ele sabia tudo sobre mim e até coisas que eu nem sabia? Ele estava mentindo. Tentando me enganar. Onde estava o livro que contava o meu passado? Será que ele tinha encontrado algo sagrado que eu não tinha nenhuma ideia sobre? “Você é um filhote, Evan." Eu deixei minhas palavras ofendê-lo, o som da minha voz era condescendente. "O que quer que você pensa que sabe é falso. Pare de espalhar informações que você ainda precisa validar como verdade." "Pergunte-me como eu sei." Seu peito levantou-se enquanto respirava profundamente, seus olhos me paralisando. Como ele era capaz de me afetar tanto sendo que eu sabia que ele era uma criança? Eu tinha presenciado a maior parte do século e, mesmo assim, a alma velha do homem bonito na minha frente que falava com autoridade me deixou questionando tudo sobre o que eu acreditava ser verdade sobre o meu passado. Eu era uma gêmea? Por que ninguém mencionou isso antes? Será que Evan sabia sobre Blair? "Eu não terei essa conversa com você." Dei de ombros, como se não fosse importância, como se ele não fosse nada mais do que um ligeiro incômodo e sua pouca idade era algo para se envergonhar.

"Por que não? Isso assusta você? "Ele não ficou nem um pouco perturbado por mim. "Não!" Eu gritei mais alto do que eu pretendia, eu me obriguei a baixar a minha voz. "Nada me assusta." Eu o encarei. "Eu estou morrendo de fome e você quer ter uma conversa íntima sobre o meu passado? Eu não conheço você e eu não preciso de sua piedade, ou de suas mentiras de merda. "Relanceei para a entrada da caverna. Era hora de deixá-lo, e este buraco. Eu estava pensando seriamente em rasgar sua garganta apenas para saborear a delícia que eu estava certa que encontraria sob os grossos músculos do pescoço. "Há muita coisa sobre seu passado que você não sabe, não é?" Como ele poderia estar tão malditamente calmo? Eu bufei. "Você pode conhecer a minha família, mas você não me conhece, e se você continuar com isso, não terá mais a oportunidade de conhecer ninguém." Eu mostrei os meus dentes em advertência, ai dele se ele a ignorasse. "Não? Victoria, você é um livro aberto.” Ele começou a contar com os dedos enquanto falava. "Você se esforça para ser a melhor. Não só por causa do seu pai idiota, mas por você mesma. Você tenta provar para todos de que o seu pai escolheu certo quando ele a salvou da espada de sua mãe, mas você nem sabia que havia sempre sido sua filha. Agora você vai começar a pensar que ele deveria ter salvado o seu irmão em seu lugar. Ele era o filho varão. Aquele que deveria ter continuado o nome da família. O mais forte dos dois, certo?" Ele pressionou seu terceiro dedo. "Você luta para manter o seu lugar no mundo como sua filha. A única filha que é reconhecida. Ele olha para você como apenas mais uma caçadora, não é? Ele acha que você nunca será boa o suficiente e você acredita nisso. Ele a pressiona, o que não faz com mais ninguém, e você nem sequer o conhece! "Evan sacudiu a cabeça. "Você, por outro lado, está morta de medo em se tornar como ele e não ter nenhum respeito pela vida em geral. Pior ainda, você está aterrorizada em se transformar em sua mãe e viver com medo ". "Isso é o suficiente." Movi-me de modo a ficar frente a frente com Evan. Ninguém nunca havia falado comigo desta forma. Ele estava me decifrando, me abrindo, e o fato de que ele estava tão perto em alcançar o meu interior que me deixou abalada. Eu me empertiguei e me inclinei ainda mais perto, meus olhos ardendo com tanto brilho que a iluminação lançava uma luz azul sinistra nas feições calmas de seu rosto. Minha proximidade não assustou Evan.

"Esse medo ..." Ele cutucou o meu peito, pressionando o dedo quente contra o meu seio. "É uma fraqueza que você não pode se dar ao luxo de ter. Você é a filha de Vlad Montour! Você vai provar-se digna, mesmo se morrer tentando. O problema é que isso torna a vida solitária. Você mantém todos sob o seu controle e nunca demonstra qualquer emoção. A única pessoa a conseguir uma amostra de emoção de você, que não seja ódio e impaciência, é Eddie. O seu fiel ajudante que está apaixonado por você ". Eu tinha ouvido o suficiente. Evan não tinha ideia do que estava dizendo, ou que essas palavras seriam as suas últimas. Minhas mãos agarraram o topo de seus ombros. Com força bruta e raiva ​o puxei para mim, sua cabeça sacudindo para trás com surpresa. Minha boca pressionou contra o seu pescoço antes que ele pudesse me impedir. Meus incisivos morderam a carne macia perto de sua artéria carótida, próxima da parte baixa do pescoço. Se eu mirasse muito alto, diminuiria o fluxo de sangue e atingiria uma das partes da carótida que se bifurcava. Eu queria o fluxo de sangue mais rápido e saboroso. Estranhamente, o sangue oxigenado provava ser melhor. Ele arfou sensualmente, o som penetrando profundamente no meu estômago. Isso somente alimentou minha raiva enquanto eu me deixava fluir com o momento. Suguei e engoli enquanto ele agitava-se contra mim, tentando empurrar-me para longe. Então ele parou de lutar e ficou perfeitamente imóvel enquanto me alimentava. Ele tinha um sabor terrivelmente maravilhoso, seu sangue mais quente do que a maioria que geralmente bebia. O sangue acalmou a raiva dentro de mim e sedou a fome agonizante. Eu finalmente diminuí a minha absorção e engoli uma última vez antes de lamber seu pescoço e decidir que ele era muito delicioso para ser morto. Piquei o meu dedo com meu incisivo, eu apliquei o sangue em seus ferimentos para curá-las mais rápido. Evan, percebendo que eu tinha terminado, deu um passo atrás com a mão pressionada em sua garganta. Ele a verificou, as sobrancelhas se erguendo quando nenhum sangue cobriu a sua mão. "Você terminou?" Ele me fuzilou com os olhos. Ótimo. Agora era a vez dele de ficar irritado. Usando o meu polegar, eu limpei o canto da minha boca e suguei o líquido. O sangue correu pelo meu corpo, curando a ferida perto do meu coração, fortalecendo-me. Também me fez desejar mais Evan, o seu sangue e seu corpo. Eu deixei meus olhos vagarem sobre seu físico forte e lambi os lábios de novo, pronta para sentir o

seu gosto novamente. Eu estava bêbada de sangue. Ri. Ligeiramente drogada pela euforia do excesso de sangue e da longa espera para me alimentar. "Você é louca! Você poderia ter me matado! "Evan sacudiu a cabeça enquanto ele estendeu a mão para as perfurações no pescoço. Seus dedos roçaram neles enquanto estremecia, um gemido suave foi emitido. Eu quase gostei do olhar de êxtase que perpassou em suas feições enquanto eu observava o que parecia ser um momento íntimo. "Eu estava planejando isso." Alcancei o seu rosto para acariciar seu rosto, surpresa por ele tê-lo permitido. "Mas se eu realmente quisesse, teria mirado o fluxo de sangue mais intenso. Sua artéria femoral é a segunda melhor opção. Se você quiser eu poderia tentar isso agora.” A ideia dos meus dentes mordendo a parte interna da sua coxa me excitou ainda mais. Sua língua emergiu, lambendo o lado de sua boca perfeita. Parece que eu não era a única contemplando coisas que eram melhores se deixadas inexploradas. "Onde está a melhor opção?" Sua voz era firme, forte e aparentemente imperturbável, mas o olhar em seu rosto emitia a verdade de sua condição. Ele me queria. Estava assustada como o inferno, simplesmente porque eu sabia que eu o queria. Eu precisava ir, correr, intensamente e rápido, antes que eu me aproveitasse dos sentimentos que pulsavam dentro de mim. Fazia muito tempo desde que eu tinha sentido algo além de fome por sangue. Essa coisa que corria dentro de mim parecia vagamente familiar, mas não o suficiente para que eu lutasse contra algo quase desconhecido. "Perdão?" Eu pisquei, tentando forçar o meu cérebro a se concentrar. "Você disse que a artéria femoral era a segunda melhor." "Ah sim..." Eu disse, proferindo a última palavra um pouco longo demais enquanto eu me abaixava para percorrer levemente meus dedos sobre a sua caixa torácica. "O melhor lugar para afundar seus dentes é no peito de sua vítima. Em direção à aorta." Eu pressionei meus dedos entre as costelas que protegiam o seu coração. "Ela carrega todo o sangue para fora de seu coração e é a mais larga dos vasos sanguíneos." Eu prendi a minha respiração, imaginando o seu coração pulsando. "É geralmente em torno de uma polegada de diâmetro. O seu é maior, aposto." Eu corri meus dedos sobre os músculos do peito que cobriam seu coração. "A aorta está localizada atrás do peitoral, então você precisa de longas presas afiadas para realizar esta proeza, e uma vítima que não vá nocauteá-lo antes de você alcançá-la." Eu pisquei para ele e então balancei a minha cabeça. "Por que você tirou sua camisa antes?"

"Você está louca. Tirei-a porque eu ia deixá-la alimentar de mim, em vez de deixá-la ir para fora ". "Ohhhh ... Obrigada." Minha pessoa bêbada precisava de uma caminhada. Eu queria minha sobriedade de volta. Evan apertou os lábios e eu observei como um falcão. Ele provou ser bom demais para eu não deixar minha mente ponderar sobre ter mais dele... fazê-lo tornar-se o meu animal de estimação para que eu pudesse explorar a plenitude desta atração. Eu me inclinei para perto de sua boca, tentando descobrir se ele estava louco. "Você está tentando não sorrir?" Ele balançou sua cabeça. Eu gentilmente toquei o canto da boca. "Há um sorriso, ou um gracejo, tentando se libertar." Ele pegou minha mão e abaixou o meu braço para o meu lado. "Eu acho que você está drogada." Eu balancei minha cabeça antes de acenar. "Talvez um pouco. Você tem um sangue bom pra caramba. " "Que tal você se deitar um pouco?" Ele colocou o braço em volta dos meus ombros e me guiou para o colchão de ar. "Eu posso andar." Tentei mover o braço e marchei com as minhas botas de cano alto. Ele se abaixou e coloquei o braço livre sob meus joelhos, carregando-me em seus braços. Meu coração disparou no meu peito e eu sabia que era um comando dado pelo meu desejo para me sentir humana novamente. Eu não precisava de qualquer uma das comodidades humanas que eu uma vez precisei, mas eles ainda me deixavam fraca e emocionalmente vulnerável para algo novo e excitante. "Ponha-me para baixo." Até mesmo eu sabia que não soava convincente. "Eu deveria estar brava com você." Eu envolvi os meus braços em seu pescoço, cuidadosa para não tocar na ferida ainda curando. "Quietinha." Ele me carregou, atravessando a curta distância da caverna e me pôs no chão na frente dele. Suas mãos permaneceram em meus quadris quando ele olhou para mim e, em seguida, sua cabeça se abaixou. O primeiro toque de seus lábios deixou a minha cabeça atordoada. Eles eram suaves e doces e acariciaram os meus apenas brevemente. No início, não acreditei que ele tinha me beijado, mas senti suas mãos quentes deslizarem pelas minhas costas e me puxarem mais perto dele até

nossos corpos estarem grudados juntos. Os contornos de seus músculos sob minhas mãos, enquanto eu agarrava seus bíceps, e os músculos definidos de seu estômago contra o meu me lembravam há quanto tempo eu não tinha isso. Eu arfei de prazer quando sua língua deslizou na minha boca para explorar o minha. Moveu-se com a languidez suave de uma pantera. Ouvi um som e percebi que eu havia gemido. Pelo aumento do ritmo do seu coração eu sabia que sua excitação também crescia. Enquanto a sua boca e língua me provavam, suas mãos agarraram meu traseiro para me trazer para cima e para mais perto. Um rugido profundo vibrou contra meus lábios. Isso me obrigou de volta à realidade. Era um erro. Eu rapidamente recuei e o empurrei. Ele se afastou com alguns passos e olhou para mim. Eu cobri minha boca, seu toque ainda formigando na minha pele enquanto franzia o cenho e meus olhos se estreitavam. Emiti o som mais detestável que pude e, em vez disso, ele saiu como um arquejo suave. Maldito seja ele por me enlouquecer. "Saia," eu sussurrei. "Você não quer que eu saia." Ele estava me desafiando, e eu gostei disso um pouco demais. "Saia!" Eu gritei com a plenitude do meu poder, o quarto tremendo ao nosso redor com a raiva que deixei explodir através de mim. Eu não senti raiva, mas medo. Isso iria alimentar o meu mecanismo de proteção, forçando-o a recuar e me deixar em paz. Eu não precisava desta complicação na minha vida além de todos os outros que eu já tinha. "Tudo bem." Peito arfante, ele me encarou longamente e intensamente antes de virar-se e deixar a caverna. Eu o observei sair. Parte de mim estava aliviada, mas, no fundo, outra parte de mim estava desapontada também. Eu o queria, mas não sabia o quanto até que ele tinha me tocado. Nunca tive sentimentos tão fortes por um homem antes. Eu queria colocar a culpa em seu sangue. Tinha que ser por causa disso. Sentei-me na cama, enterrei a cabeça em minhas mãos e pela primeira vez desde que a minha humanidade havia vivido dentro de mim, eu queria sentir a ardência das lágrimas. O que estava acontecendo comigo?

Capítulo 8 "Tori". Alguém sacudiu o meu ombro. "Acorde." Meus olhos se abriram, ajustando-se instantaneamente com a escuridão dentro da caverna. Era noite. "Tori?" "Você conseguiu falar com Malcolm?" Sentei-me. Sem cumprimentar Eddie, apenas o ladro usual de comandos. "Ele e Hamish estão seguros." "Precisamos voltar para o clã, então." Levantei-me, desconfiada de que ainda poderia estar tonta. Felizmente, após dormir eu não estava mais sob o efeito do sangue de Evan. Onde estava o metamorfo, de qualquer maneira? Olhei para trás e ao redor da caverna vazia, já ciente de que ele não estava lá. "Temo que isso não é possível." Eddie mirou para o chão. Algo não estava certo. Por que ele estava em forma humana? "Piper foi ao conselho. Eles a declararam uma traidora. Vlad colocou uma recompensa por sua cabeça. " "Que diabos?" Piper era um problema, mas conseguir convencer o conselho que eu tinha ido contra o meu pai? Eddie parecia ler as perguntas dentro da minha cabeça. "Ela jurou que você havia matado Jason para salvar seu amante. Ela fez o Conselho acreditar que você está com Evan Alexander, o irmão do lobisomem que você foi enviada para matar. " "Isso é best-" Eddie me cortou. "Malcolm está tentando limpar seu nome, mas se ele não tiver cuidado, eles vão exilá-lo também." Ele me entregou o meu casaco e a minha bolsa que estavam no caminhão. "Precisamos sair agora." "Por quê? Eu já sou uma exilada. Não pode ficar pior." Eddie não disse nada enquanto eu me vestia. Meus olhos se arregalaram quando percebi o porque ele estava quieto. "Eles mandaram caçadores atrás de mim, não é?"

"Todos no conselho a consideraram uma traidora." Como eu pude deixar isso acontecer? "Precisamos fugir. Esconder-nos." Eu balancei minha cabeça. "Eu não vou me esconder." "Eu sei como o conselho funciona. Eles usam pessoas. Eles usam os caçadores e os obrigam a fazer o trabalho sujo. Eles querem livrar o mundo de tudo que é sobrenatural, menos a si mesmos. " Eu não podia discutir. Eu tinha passado toda a minha vida seguindo esse código. Todo ser sobrenatural era um inimigo, exceto os vampiros. E agora eu era o inimigo. "O que aconteceu com o inocente até que se prove o contrário?" Eu brinquei. Eddie balançou a cabeça. "Eles nunca precisaram dessa frase antes." Ele estava certo e eu sabia disso. "Quanto tempo nós temos?" "Não muito. Evan e Trent está carregando o caminhão. Eles estão esperando por nós. " "Vamos-" Minha voz foi cortada por um rosnado penetrante fora da caverna. Este foi seguido imediatamente pelo som de corpos se chocando. Corpos grandes, fortes. Eddie instantaneamente se transformou e correu para fora da caverna, comigo logo atrás dele. Peguei minhas armas e facas que estavam depositadas sobre uma grande rocha enquanto eu passava. Como eu não tinha notado-as antes? A cena com que deparei não era nada nova, mas os vampiros parados a poucos metros na nossa frente estavam no lado errado da luta. Eu nunca tinha sido forçada a ficar contra a minha própria gente. O fato de que eu estava disposta a defender os animais que lutavam ao meu lado era um momento divisor de águas. Na verdade não. Eu sabia como matá-los e alguns deles mereciam tornar-se pó. À minha esquerda a batalha já tinha começado, dois vampiros estavam envolvidos violentamente com Trent e Evan, os lobos parecendo ter a vantagem. "Faça o que for preciso. Nós iremos cobrir este lugar com sangue antigo. Sem prisioneiros. Sem piedade. "Eu atirei minhas palavras para Eddie enquanto ele corria em direção a um vampiro e uma vampira, Lawrence e Marcy. Eu tinha muito poucos amigos, mas Marcy foi, uma vez, um deles. Tristeza tomou conta de mim frente a realidade de que meu pai não os deixaria com nenhuma outra escolha a não ser destruir-me.

Este foi o mesmo bastardo que me enviou para matar minha irmã, sem saber desse detalhe. Onde estava Blair? Será que ela havia chegado com segurança para Wayne? Eu realmente me importava com isso? Curiosamente eu me importava sim. "A rainha é minha." A voz de Piper me tirou dos meus pensamentos enquanto eu me detinha. Ela e Jason haviam sido menosprezados pelo conselho desde que eu tinha começado a servir como um de seus muitos assassinos, uma caçadora estimada dos amaldiçoados. "Acho justo que eu rasgue a sua garganta, posto que você vomitou mentiras com ela." Eu ri de modo nefasto e inclinei o meu quadril, minha mão com enorme vontade para puxar o gatilho em minha arma. As balas ultravioletas iriam incendiá-las mais rapidamente do que qualquer outra coisa que eu poderia usar contra ela. Eu teria de agir rapidamente. Se alguém era um oponente formidável para mim, era Piper. "Oh, eu não acho que sejam mentiras. Talvez um prenúncio para as coisas vindouras. "O vampiro ruivo olhou para a direita e esquerda, enquanto o som de luta me chamou a fazer o mesmo. O único problema era que eu não tinha dois grandes vampiros protegendo as minhas costas. Minha proteção estava ocupada lutando contra as hordas de vampiros que o conselho considerou necessário trazer. Eu deveria estar orgulhosa por eles acreditarem que eu tinha tanta força e poder. Um uivo irrompeu ao meu lado. Eu queria saber se Eddie estava bem, mas não me atrevi desviar a atenção de Piper. Há quanto tempo ela ansiava pela atenção do meu pai? Sua vingança era mais profunda do que a perda de Jason, embora este fato isolado poderia tê-la motivado a procurar vingança. Ela me queria morta. Era apenas uma questão de oportunidade fazê-lo dentro dos parâmetros que lhe permitiam se justificar perante o conselho. Que vitória ela iria deleitar-se caso hoje terminasse sendo a minha última luta. Mas não seria. De jeito nenhum eu iria ser derrotada. Eu era a filha de Vlad Montour. O bastardo do meu pai tinha tomado muito de mim, mas uma coisa eu sabia, sem dúvida, que ele havia me presenteado com a minha capacidade de bloquear tudo exceto o necessário para sobreviver. Eu usaria qualquer coisa e tudo para ser a única a sair de lá ... mesmo o meu precioso animal de estimação. "Estou quase impressionada." Eu sorri, mostrando minhas presas e deixando meus olhos se moverem para Brandon e Paulo, que estavam logo atrás Piper. Suas roupas de couros os faziam parecer ferozes, mas eles eram

crianças comparados à mim. Eu ansiava por esse exercício que iria certamente ocorrer. "Impressionado com o que, sua vadia?" "Palavras breves para alguém de luto. Jason não era realmente seu único amante, não é? "Eu fiz o movimento na direção dos gigantes atrás dela. "Você vai morrer por tê-lo tirado de mim! Quando isso acontecer, eu vou recolher suas cinzas e colocá-las em uma prateleira no meu quarto. Quero ter a capacidade de passar o meu dedo através de você todos os dias, pelo resto da minha longa existência." Ela riu, mas o som foi cortado quando Eddie se chocou com Paul, Piper saltando para trás e apontando para Brandon. "Peguea." Ele não esperou mais um segundo antes de se precipitar sobre mim, seu grande corpo quase colidindo com a meu enquanto eu me desviava para a esquerda. Um salto rápido me colocou na árvore acima, o grande vampiro me seguindo como eu apostava que iria. "Você não tem que fazer isso." Eu estava preparada com o meu arco, minha flecha posicionada para causar-lhe grandes danos. "Assustada, garotinha?" Ele sorriu, suas presas longas e muito afiada. Ele nunca teve o prazer de afiá-las contra o osso de alguém, mas eu tinha. Ele estava jogando com alguém além das suas capacidades. "Nunca." Virei-me e fiz parecer como se eu fosse cair no chão. Ele seguiu o exemplo, aterrissando no chão graciosamente. Eu já havia liberado a flecha, a sua ponta perfurando-o e afundando em sua órbita do olho esquerdo enquanto ele gritava de dor. Freneticamente, ele tentou retirá-la. Eu deixei o galho e pousei, os olhos esquadrinhando a cena diante de mim enquanto o tempo parava por um momento. Piper não estava em nenhum lugar, o que era muito mais preocupante do que o fato de que Evan e Trent ainda estavam lutando contra os mesmos dois vampiros que tinham começado a luta antes de eu chegar na cena. Os vampiros que Eddie tinha originalmente abordado desapareceram, provavelmente mortos. Eu sabia que o meu animal de estimação era perigoso. Eu só esperava com fervor que ele não se voltasse contra mim, como Evan havia insinuado antes. Eu aterrissei no chão, perto de Brandon, quase ao mesmo tempo em que ele puxava a flecha de seu olho, o aroma do seu sangue abundante, escorrendo pelo seu rosto, deixou-me louca de vontade de sugá-lo seco. Era proibido beber de outro vampiro, mas eu já tinha desrespeitado tantas tradições, porque não adicionar outro à lista de delitos?

Ele começou a falar, suas palavras ameaçadoras enquanto eu me movia, virando o meu corpo e levantando a perna para lançar um chute circular que jogou o largo vampiro vários metros para trás. Ele caiu de costas e endireitouse com eficiência, precipitando contra mim enquanto eu levantava minha arma e descarregava duas balas. Ele se moveu a tempo de se desviar com segurança da primeira, mas o giro do meu pulso antes de liberar a segunda era um truque que haviam me ensinado muito útil naquele dia. "Desculpe, o que você estava dizendo?" Eu zombei. Ele gritou quando a bala impactou em seu ombro, a explosão de luz queimou-o de dentro para fora. Levou apenas segundos enquanto eu o observava virar de carne e sangue para cinzas, as quais o vento carregou e espalhou. Eu levantei minha arma e a apontei para Paul. A bala fazendo contato imediato com o centro de suas costas enquanto ele estrangulava Eddie. Passei pelo vampiro queimando e olhei para o meu animal de estimação. "É a segunda vez que eu salvo a sua vida. Certifique-se de que você esteja contando. " Eddie resmungou baixinho, suas emoções totalmente expostas para mim enquanto movíamos em direção a Trent e Evan. Parei, deixando meu animal de estimação se juntar à luta no lugar de Trent, mas Evan não parecia precisar de ajuda. A luta havia durado tanto porque o jovem lobisomem estava brincando com o vampiro. Era algo que eu não tinha visto antes. Lobos tinham algum controle sobre sua forma animal, mas a maior parte eram criaturas ferozes, violentas. A habilidade e a capacidade de Eddie em manter controle sobre si mesmo em ambas as formas era inédito. Era bem evidente que Evan tinha sido dotado da mesma maneira. Virei-me, sabendo que os três conseguiriam acabar com os dois vampiros restantes que meu pai tinha enviado para acompanhar Piper. Haveriam mais depois desta noite, disso eu não tinha dúvida, mas esperava que tudo que restava para eu fazer esta noite era abater uma bruxa rebelde. "Eu sei que você ainda está aqui", gritei para o ar da noite, o meu corpo tenso e pronto. "De jeito nenhum você vai permitir que a morte de Jason fique impune. A menos que você realmente seja a vampira medrosa e sem coração que sempre achei que você fosse." Eu andei pela floresta que nos rodeava; a vampira foi inteligente em atrair-me para longe dos grandes lobos que estavam lutando ao meu lado. Deixei meus sentidos vagarem, esperando ouvir a outra mulher fazer o menor movimento. A cadela estava prendendo a respiração ... menina inteligente.

Eu respirei profundamente pelo meu nariz, o seu cheiro chocando contra mim como eu nunca tinha experimentado antes. Virei-me e caminhei rapidamente em direção à trilha que ela tinha tomado, o eco da água caindo no lado da ravina, chamando-me mais perto. Por que a minha percepção de cheiro tinha melhorado? Eu respirei novamente e pude bifurcar vários aromas quando eles passaram por mim, a habilidade fazendo com que o pânico torcesse o meu estômago. Havia muito tempo desde que eu tive que aprender algo novo, ou desbloquear uma nova habilidade dentro de mim. Porque agora? Porque isso? "Como se sente?" A voz dela vinha do meu lado esquerdo. Exatamente onde eu achava que estaria. "É uma sensação boa", zombei. "A liberdade de saber que tenho o apoio e a força para derrubar sete caçadores, sendo a maioria deles anciões." Isso significava que eu tinha uma chance boa de sobreviver à sentença de morte que pertencia a ela, não a mim, devido às mentiras que ela tinha dito. Ela me ignorou como se eu não tivesse falado nada. "Qual é a sensação de saber que a sua própria carne e sangue enviou uma ordem para o seu abate? Todos esses anos mantendo-a viva e cultivando em seu interior a força do clã, para tudo acabar assim. A própria grande e poderosa filha da escuridão, derrubada por um caçador renegado ". Eu não pude deixar de sorrir. Sua confiança era contagiante, não que eu precisasse de ajuda na minha própria. Um uivo se elevou no ar e paralisei no local. Era o som de dor e pertencia a um dos meus novos companheiros. Eu ainda tinha que determinar se eles continuariam vivos após esta noite, mas as velhas regras da tradição afirmavam que até eu pagar a dívida por ter salvo a minha vida, eu teria que pelo menos proteger Evan. Trent seria uma história diferente, ou eu esperava que sim. Parecia que eu estava finalmente começando a amolecer com a minha idade avançada, o que não era bom. Eu empurrei o pensamento para longe e me concentrei na tarefa em questão. "Pare de falar e vamos acabar com isso", eu disse enquanto eu fazia um sinal para se aproximar. "Sua voz me dá nos nervos, assim como fazia com o pobre Jason." Eu me virei para a parte mais povoada de árvores enquanto ela se movia em direção a mim, andando languidamente como se eu fosse nada mais do que um desperdício de seu tempo. "Todos nós sabíamos como Jason realmente se sentia. Triste você não saber isso." "Sua vadia!", Ela gritou e se precipitou, seu corpo colidindo com o meu antes que eu pudesse desviar-me. Eu não me movi rápido o suficiente de propósito, parte de mim queria o contato físico, extravasar a minha

agressividade nela e entornar o desejo que eu ainda sentia pulsando através de mim pelo lobo lutando atrás de mim. Eu atingi o chão duramente, ambas rolando quando ela apertou as mãos com forço em torno de minha garganta. Eu pressionei meu pé no chão e movi o meu quadril quando paramos de rolar, a força dos meus movimentos impulsionando a levantar o meu braço enquanto a base da minha mão se conectava com o seu queixo. Sua cabeça se atirou para trás enquanto um estalo alto preenchia a noite em torno de nós. Aproveitei o momento, levantando-me e empurrando meu ombro em seu estômago enquanto ficava de pé e a suspendia com o meu ombro. Piper agarrou minhas costas enquanto eu corria em direção a uma grande árvore em frente de mim, os meus pés parando quando eu empurrei com todas as minhas forças e a pendurei no galho mais baixo que se projetava em nossa direção. Ela gritou quando o ramo entrou nas suas costas e atravessou o seu esterno, sangue escorrendo dela e cobrindo o chão de vermelho. "Aghhh ... Eu te odeio. Todos nós a odiamos. Você não passa de um desperdício de poder. "Ela cuspiu em mim, arranhando e chutando o ar em sua frente. Ela começou a rir quando me aproximei, o galho apenas um sofrimento momentâneo. Logo ela iria se juntar com o seu amado no inferno. Não logo o suficiente. "Alguma coisa engraçada?" Perguntei, olhando por cima do meu ombro e me voltando para ela enquanto um sorriso se levantava no canto da minha boca. "Você acha que sabe tanto, Victoria. Você sabe de nada. "Ela riu novamente antes de tossir alto, sangue escorrendo de sua boca. Fui esmagada novamente pela força do aroma que me cobriu, a compreensão de que algo dentro de mim estava mudando. Isso quase me fez tropeçar para trás. "Diga a Jason – e ao diabo – que eu disse olá, quando você voltar para o lugar de onde você veio." Eu retirei a lâmina de minha mãe, querendo tornar a morte de Piper algo íntimo e próximo. Cortar a sua cabeça de seus ombros iria demorar alguns minutos, mas eu não tinha tempo. Havia uma mensagem que precisava ser enviada e eu iria assegurar que ela fosse entregue em mãos. Pelo que eu saiba, eu era a única filha vampira sangue-puro de Vlad, e o conselho teria em suas mãos uma luta caso eles enviassem mais alguém atrás de mim. "Você conheceu Blair?" Ela riu novamente. Eu congelei no meio do caminho. "O que você disse?"

"Oh, você me ouviu." Ela balbuciou e cuspiu sangue. O fluxo de sangue já tinha começado a diminuir enquanto seu corpo começava a curar-se em torno do ramo. "A bruxinha que você foi enviada para matar. Malcolm sabe que você não a matou porque você percebeu quem era ela?" Ela riu novamente quando ela agarrou o fim do galho, puxando-o contra ela enquanto o seu corpo se movia para a frente. Ela gritou de dor. Este era o meu momento. Eu poderia acabar com isso agora. Ou eu poderia descobrir o que ela sabia. "Eu não sei do que você está falando." Enfiei a faca de volta para a correia na coxa e tirei minha arma. Eu precisava checar os meus companheiros e não tinha tempo para suas mentiras. Hesitei. Algo estava errado. A floresta de repente estava muito quieta. "Claro que você sabe. Vlad sabe também. Todos nós sabemos. Agora você é um fracasso e eles nunca vão parar de caçar você. Tudo isso porque você precisava de alguém para se agarrar. Como se os cães não tivessem sido o suficiente? "Ela riu novamente e baixou as mãos sobre os joelhos. Fraca pela perda de sangue. Ela estava tentando recuperar-se antes de tentar atacar-me novamente. Eu apontei a arma ultravioleta nela e puxei o gatilho quando ela olhou para mim, o sorriso em seu rosto adorável assombrando-me para sempre. Ela sabia de algo que eu não sabia. Todos sabiam.

Chapter 9 "Quem está ferido?" Eu disse, calma como o vento antes da tempestade irromper. Evan estava ao lado de um lobo com o pelo emaranhado e coberto de sangue. Os dois circundavam outro corpo. Eu percebi rapidamente que era Trent que estava no chão. Eddie se transformou em humano e andou nu e coberto de sangue. Ele tinha cortes e contusões já aparecendo em seu corpo. Ele parou na minha frente, alheio sobre a sua nudez. Seus olhos perambularam sobre mim. "Lidou com Piper?" "Sim." Enfiei minha arma ultravioleta no coldre. Haviam sobrado apenas duas balas. Eu tinha mais munição no caminhão, mas não muito. Eu era a única vampira que carregava essa arma. Esperava que os lobos tivessem mais. "Eu coloquei uma bala entre seus olhos. O que aconteceu com Trent? " "Ele levou um golpe muito forte no peito, mas ele vai sobreviver. Quebrou mais costelas. Vou ajudar Evan a levá-lo para dentro. Você sente qualquer perigo adicional?" Eddie estendeu a mão e tocou o lado do meu braço, sua familiaridade comigo quase excessiva após a crueza que eu já tinha experimentado várias vezes naquela noite. Eu puxei meu braço para fora de seu alcance, mas tentei não parecer óbvio. "Estão todos mortos. Nós deveríamos ter mantido um ferido e quase morto para que ele pudesse retornar para avisar o Conselho. " "Você quer dizer retornar ao seu pai." Eddie me conhecia muito bem. "Eu só vou ser capaz de fugir por algum tempo." Eu movi para a minha direita, tentando obter uma leitura rápida sobre o estado mental de Evan. "Você acha que eles vão enviar mais?" Evan perguntou de onde ele estava. Ele parecia bem. Eddie balançou a cabeça. "Eventualmente eles vão derrotar a gente." Eu ri, incapaz de conter-me, e eu me virei para que eu pudesse ver os dois homens. "Nunca! Eu vou matar todos os caçadores se eu for obrigada a fazê-

lo. Eu treinei a maioria deles e eles ainda são horríveis. Demasiadas noites como esta e eles ficarão sem os seus melhores. " "Mas eles vão enviar mais." Eddie confirmou o que eu não queria admitir. "Então eu vou ser obrigada a reunir Malcolm e Hamish e começar a planejar um contra-ataque." Revirei os ombros, a tensão crescendo em meu interior algo que eu não estava acostumada. Eu balancei minha cabeça. Algo estava à beira de explodir dentro de mim, mas eu não poderia descobrir o que era. Muita adrenalina da luta? Muito medo da necessidade de estar perto de Evan, quando eu sabia que não era certo? "Você realmente acha Malcolm vai virar as costas para o conselho?" "Eu não sei, mas eu preciso dele do meu lado. Estes caçadores que apareceram esta noite estavam apenas testando a nossa força e capacidade. Eu garanto que isso não vai ser tão fácil da próxima vez." Eu passei pelo meu animal de estimação e caminhei em direção a Evan, que tinha apanhado Trent e estava andando de volta para a pequena barraca que era a caverna. Ele desviou os olhos de mim, mas eu o observei como um falcão. Seu corpo estava nu, as roupas perdidas com a transição, e, droga, era muito difícil não tirar o máximo proveito da situação. Eu hesitei. Ele tinha se transformado. Ele tinha matado alguém e liberado a maldição. Essa era a sua primeira como lobo? Segui-o pela porta e recuei quando Evan colocou Trent sobre o colchão estragado que eu tinha descansado mais cedo. Evan se endireitou, fazendo uma pausa antes de vira-se para olhar-me. "Você está bem?" Encarei-o. Ninguém nunca tinha realmente feito essa pergunta para mim depois de uma briga. Era uma pergunta estranha. "Estou bem. Travis vai ficar bem? " "Você realmente, realmente se importa?" Sarcasmo transbordava de sua voz. Minha sobrancelha se levantou. "Você está chateado porque vocês dois foram horríveis na luta e só derrotaram um os vampiros, enquanto Eddie e eu derrotamos o resto, ou está acontecendo alguma besteira macho alfa?" Eu estava provocando-o. Eu deveria estar agradecendo-lhe por ficar e ajudar-nos. "Sutil, ​Tori." Ele voltou sua atenção para Trent, ignorando-me. Dizer um obrigado a ele não iria funcionar porque em seus olhos tudo o que eu tinha feito havia sido complicar suas vidas, mas ele falhou em lembrar o quão rápido eu poderia tê-los matado atrás da lanchonete mais cedo naquele

dia. Eu escolhi mostrar misericórdia, e em troca tinha sido expulsa do meu povo, jogada fora pelo meu pai, e abandonada para se proteger dos assassinos mais bem treinados que existiam. Ele era um idiota. Virei-me e deixou o covil. Um longo, rosnado baixo escapou dos meus lábios enquanto eu dava a volta e caminhava até a borda da floresta. Minha roupa de couro estava apertada e inflexível, o material macio, de repente, parecendo arranhar a minha pele. Puxei-a, querendo tirá-la para encontrar alívio. "Tori ... qual é o problema?" Eddie correu em minha direção. Por que ele sempre tinha que aparecer no pior momento? Eu nunca poderia tem um momento a sós? Virei-me e mostrei os dentes para ele, o mundo transformando-se na minha frente. Cores se misturavam na frente dos meus olhos e eu não conseguia distinguir onde Eddie começava e o céu noturno atrás dele terminava. Deixei escapar outro grunhido quando o medo se enrolou ao meu redor. Sufocando-me. Eu podia ouvi-lo começar a entrar em pânico, mas nada importava além de sair do material incômodo que prometia me enlouquecer. Eu puxei meu casaco e o deixei cair com um baque pesado. Trabalhando rapidamente, puxei as armas das minhas costas e pernas, da minha cintura e quadris. A pilha de metais diante de mim era impressionante e parecia iluminar no chão. Eu recuei, levantando as mãos para o meu rosto quando o brilho da minha espada de prata fez meus olhos arderem. "Que diabos está acontecendo?" Inclinei-me, rasgando as minhas botas até que eu finalmente consegui livrar-me delas. Eu arranhei linhas em minha pele, o sangue brotando dos ferimentos e deslizando para cobrir os meus pés. Piscando uma vez e outra, estendi a mão para a frieza da terra sob mim e afundei-me nela. Eu fiquei de costas e tirei a camisa antes de me contorcer para fora do meu top, meus gritos irritando-me mais do que qualquer coisa. A coceira do couro tinha se transformado em uma ardência sutil, o calor da minha pele deixando-me com sede e seca. "Tori ... Tori!" Evan. Eu me estendi e arranhei seu rosto, tentando transcender a névoa pesada de cor que turvava a minha visão. Eu não conseguia formular palavras, mas eu sabia que a morte estava próxima. Eu o golpeei para afastá-lo quando ele se ajoelhou diante de mim, pressionando seu peso contra mim. Eu golpeei e o empurrei e gritei novamente, querendo que ele recuasse e me desse algum espaço.

"É tão quente," eu gritei, surpresa por conseguir formar palavras. Por que estava tão quente de repente? "Diga-me o que está acontecendo. Tori! " Enquanto Evan tirava o próprio peso de cima de mim, ele me deu um tapa e, em seguida, me pressionou para baixo. Ele me surpreendeu um momento e eu percebi que eu estava arranhando-o. Ele ignorou o sangue escorrendo pelo peito e costas quando ele afastou o meu cabelo do meu rosto. Obriguei-me a parar de resistir sua ajuda. Eu queria tanto rasgar o peito aberto, forçá-lo sair de cima de mim, mas eu permaneci imóvel, um grito entalado na minha garganta. "Victoria. Por favor. "A voz de Eddie ressoou à minha esquerda e eu virei minha cabeça para ele. Evan estava sentado na parte inferior do meu peito, joelhos pressionando as minhas mãos no chão, deixando-me incapaz de superar a sua força. "Eu não sei", eu sussurrei, um gemido deixando meus lábios que assustou até a mim. Era tão quente. Onde havia um balde de água gelada quando você precisava de um? "Meu corpo está queimando." "Será que Piper a envenenou?" Eu balancei a cabeça como um animal raivoso. "Alguma coisa está acontecendo dentro de mim." "Oh, Deus", Eddie murmurou. "O que? Qual é o problema? "A voz de Evan estava cheia de pânico. Eu sabia pelo som dos dois homens acima de mim que as coisas não estavam com boa aparência. Eu estava quase inconsciente com a dor que me atravessava, meu estômago se apertou, meus olhos se enchendo de lágrimas que não deveriam mais existir. "É o seu sangue." A voz de Eddie continha uma calma desesperada que enviou um arrepio pela minha espinha. "Eu ouvi um tempo atrás de um Halfling que entrou em uma briga com um de nós. O vampiro achou prudente beber do lobo e ele morreu com o veneno em nosso sangue. " "O quê? Você a deixou beber de mim! Por que você faria isso? "Evan se afastou de mim. Fiquei de barriga para o chão e, lentamente, levantei-me até ficar de joelhos. Meu estômago se apertou e eu abri minha boca para vomitar nada. O que quer que estava queimando minhas entranhas estava se dirigindo para cima. Eu estava certa de que não iria sobreviver.

"Acabei de me lembrar disso agora! Eu estava ferido e você pensou que o melhor para alimentá-la! Eu não sabia!" Disse Eddie, sua voz aumentando com medo. Evan estava enlouquecendo, eu podia sentir o calor da sua ira ao meu lado. "Ela está morrendo agora, certo?" Ele ficou de pé. "Afaste-se dela." Eddie rosnou alto e Evan respondeu ao sentimento. Eu não tinha a força para fazê-los parar. Eu estava perdida em meu próprio inferno, suas palavras envolvendo-me como se dito por alguém a um milhão de milhas de distância. Eu sabia que beber de um lobo era proibido, mas as razões por trás disso haviam sempre sido ocultas. "As regras existem para protegê-la. Se você me desobedecer em alguma delas ... a punição será severa. Você me entendeu?" Meu pai se inclinou sobre mim e berrou na minha cara. Eu nunca tinha visto uma expressão mais cruel, a lembrança disso para sempre cauterizada em minha mente. Ele estava me protegendo? Será que uma das bruxas que ele tinha nos mandado matar havia contado-lhe a verdade sobre o que estava por vir? Será que ele sabia que eu iria fazer amizade com os lobos e trair meu povo? Havia evidências em mim que relatavam a minha disposição de beber de um deles? Ele tinha definido as regras para me manter segura e viva? "Tori !!" Eddie gritou e caiu ao meu lado. Eu pressionei minhas mãos no chão, meu corpo tremendo tanto que eu tinha dificuldade em manter-me equilibrada. Meus olhos se fecharam enquanto eu tentava lutar contra a infusão de sangue de lobo dentro de mim, tentei rejeitála, mas eu podia sentir a guerra que travava contra a minha fonte de vida anciã. Meu estômago se apertou quando eu vomitei repetidas vezes, sangue respingando em minhas mãos e braços. Forcei-o para fora de meu corpo até que eu não podia fazer nada a não ser cair sobre ele. Mãos fortes me pegaram antes de eu atingir o chão, e me levantaram no ar. Evan apertou os lábios na minha testa enquanto meus olhos reviravam para cima. "Não morra! Nós podemos consertar isso. Apenas fique comigo. Fique conosco e eu vou resolver isso. Você é forte, a linhagem mais antiga de vampiros e a verdadeira governante do seu povo, Victoria. Fique comigo, querida. " Eu queria alcançar e tocar seu rosto, abrir meus olhos e memorizar a estrutura bonita do homem que eu tinha certeza de que era minha alma gêmea. Como o destino tinha lançado um golpe tão hediondo? O homem que talvez estava destinado a amar-me para sempre era aquele que estava matando-me.

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Blair Excerpt By Chrissy Peebles

BLAIR (A Vampire & Paranormal Romance) Part 1 Daughters of Darkness: Blair’s Journey by Chrissy Peebles

Copyright © 2015 by Chrissy Peebles All rights reserved. No part of this publication may be reproduced, stored in, or introduced into a retrieval system or transmitted, in any form or by any means (electronic, mechanical, photocopying, recording, or otherwise) without the prior written permission of both the copyright owner and the above publisher of this book. This is a work of fiction. Names, characters, places, brands, media, and incidents are either the product of the author’s imagination or are used fictitiously. The author acknowledges the trademarked status and trademark owners of various products referenced in this work of fiction, which have been used without permission. The publication/use of these trademarks is not authorized, associated with, or sponsored by the trademark owners.

Books by Chrissy Peebles *** The Enchanted Castle Series The Enchanted Castle Series Book Trailer: http://youtu.be/Ysb6uzIdsEk The Ruby Ring Saga

The Ruby Ring Book Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=n_weZwPJbA The Crush Saga The Crush Saga Book Trailer: http://youtu.be/4eMF8KXEUc4

The Hope Saga The Hope Saga Book Trailer: https://www.youtube.com/watch? v=CF9UkY0qiSo Trapped in the Hollow Earth Novelette Series Book Trailer: http://youtu.be/viwT0M8Ms_g Apocalypse Unleashed Series Book Trailer for The Zombie Chronicles Series: http://youtu.be/ociUHiL1g70 Val (prequel to the zombie series) Book Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=7mp43Ml4hvE Author’s blog: http://www.chrissypeebles.blogspot.com Stop on by and say hello! Facebook fan page: https://www.facebook.com/media/set/? set=vb.351121651567296&type=2#!/pages/ChrissyPeebles/351121651567296

4 authors will each take a different daughter born from the Prince of Darkness, Vlad Montour. (Also known as Vlad the Impaler, an evil villain from history) Blair – Chrissy Peebles Jezebel – Kristen Middleton Victoria – W.J. May Lotus – C.J. Pinard

Blair is half witch and half vampire. She lives with a coven of witches and hasn't had any contact with her vampire heritage. Blair is living the perfect life until one day, everything crashes down around her. She is forced to leave everything she knows and loves, and must go on the run to save her life. This is Blair's story by Chrissy Peebles. This is a novella. As a courtesy, the author wishes to inform you this novella does end with a cliffhanger. The next book will continue the story. ***This is an adult book series and this series does contain scenes for readers that are 18+***

Chapter 1 I can’t believe I’m about to die. My day didn’t start out like this. There was nothing unusual or out of the ordinary. Nothing to indicate that my world as I knew it was about to fall apart. I got up at seven a.m. just like I always did. Battled the alarm clock for those precious extra five minutes, then dragged myself to the shower to get ready for work. Memorial South was just a short subway ride away, and by the looks of all the traffic, I was happy I was travelling underground. I made it in to work with ten minutes to spare. Just enough time for me to duck into the on-site blood bank and slip a few bags of O-neg into my purse. Oh yes, perhaps I should take this time to mention that I’m a vampire. Well...half. But that’s a long story. What’s a vampire doing working as a nurse in the grittiest urgent care center in Salem, Massachusetts, you might ask? Simple. Atonement. I’ve never killed anyone. Never plan on killing anyone. And going by the ninety-plus years I’ve worked in medicine, have probably helped save more lives than most anyone on the planet. I’m an ‘atoner.’ And a nurse. And a college grad. And a girlfriend.

My life doesn’t just have to be about being a vampire. Or a witch for that matter. But again—long story. And speaking of being a girlfriend... I couldn’t wait to meet my man tonight. I hurried home and ripped off my name badge and uniform, showered, then threw on a pair of heels and a slinky black dress. We were meeting for cocktails since it was Friday night. Tony pulled up to the curb just as I stepped outside. I crossed the pavement to the car, I couldn’t help but smile. Tony was like a breath of fresh air. Tall. Handsome. Long dark hair that waved around his shoulders and fell into his eyes. A witch. Someone who understood my long story. I giggled as I ran the last few steps and jumped into his arms. Warm hands wrapped around my back and pulled me close as I buried my face in his neck and breathed in his scent. I loved days like this. Days when everything unfolded exactly how it should. Shower. Work. Co-worker gossip. Boyfriend. Days when the world went right on spinning, and I had my own little place in it. Tucked away into some forgotten corner. Content in my private bubble of happiness. If only for now. But the day wasn’t over yet. For the last few weeks, Tony had been planning a big surprise. He always said the word surprise, like it jumped out of his mouth with a life of its own. As he opened the passenger door and threw his jacket in the back seat to make room for me, I could almost hear his heart thumping away in his chest. With a carefully stifled sigh, I flashed him a grin and climbed inside. You see, Tony may be able to do a lot of things, but the one thing he can’t do is keep a secret. And needless to say, this was not the secret I was expecting. I thought Tony was going to propose. Childish, perhaps. But it did make sense. We’ve been together for some time now, ever since he moved to Salem and joined my coven. My coven. I should say, my coven the sequel. I grew up with the first coven. Full-blood witches, every one of them. By the time my witch-mother died giving birth to me, my vampire father was already long gone. My Aunt Martha took me in and raised me within the confines of the coven. The witches were kind to me, became my family, even though my bloodline wasn’t pure. And even though my vampire father happened to be one of the most evil monsters of all time. (Hearsay, but I tend to believe it. I mean, Vlad the Impaler? How good could he possibly be?) But family is more than just blood. We can choose what sort of people we want to be. That’s what Martha always told me. Up until the very day she died. It was this sort of wisdom that I passed on to the next generation of the coven, and the one after that. While their parents grew old and died, I watched them be born. Watched them grow up. Stayed a flawless twenty-two while the world around me changed. Hence, ‘coven, the sequel.’ I had a couple of those. Tony was a part of that coven. They’d taken him in and embraced him as family just like me. That’s why tonight was so important. Tonight, he was breaking their rules. Tonight, he was helping me tap in to my magic. So it wasn’t the proposal I’d hoped for, but it was still very exciting. I had no idea what it would be like to have powers. “I still don’t know why we couldn’t have done this in daylight,” I complained as we stomped through the underbrush. After driving four hours outside the city, we’d come to a stop in the middle of the woods. From here, we continued on foot. It was a feat that quickly proved too much for my expensive, city-slicker shoes. “Yep,” I continued as my pointed heel snapped defiantly in the crook of a rock, “there goes the other one.” I took it off and glumly tossed it into the thick underbrush rising up on either side of our path. Tony laughed and the sound brought an automatic smile to my lips. “Well why did you wear heels to go

hiking anyway?” He scooped me up so I wouldn’t bruise my feet on the gravel underfoot. Moonlight streamed through silhouetted branches, and somewhere up ahead, an owl hooted softly in the trees. I rolled my eyes and snuggled gleefully into his arms. “They were my comfortable heels. Perfect for hiking.” He shook his head. “I’ll bet.” “I thought you were taking me out for a drink, to that little jazz club we talked about last week.” He winked. “But this is much more adventurous.” “Yeah. Your average girl doesn’t tromp through the woods at night after a long, hard day of work to look for a way to tap into her magic.” “Normal is overrated.” We travelled on a bit further. The smell of wet moss, damp dirt, and decaying leaves mingling with the scent of pines. There was a break in the trees as the ground leveled out into a grassy clearing, illuminated by the stars. Perfect for a proposal, I thought sullenly. But I kept it to myself. “I think we’re about here.” Tony fixed his eyes on the mist at the far end of the clearing and we walked slowly toward it. “This looks familiar.” I looked around and cocked a dubious brow. “Tormaina?” There was a crunching sound and I glanced down at an empty beer can I’d just flattened. “This is the sacred land infused with deep magic?” He smiled. “What were you expecting?” I pulled my jacket tighter around me. “I don’t know, it just looks so...ordinary.” He regarded me intently, his hair swaying in the soft breeze wafting in from the silent woods. “It might look like just a forest, but trust me when I tell you that there’s nothing ordinary about this place.” I sighed with a little shrug. “If you say so.” His sparkling laugh rang out over the clearing. “Let me guess...you were imagining a whisper on the breeze? For the trees to wake up and grab you with their gnarly branches?” “Well, they threw apples at Dorothy and the Tin Man.” He chuckled and pointed up at the sky. “I’ll warn you if I see any flying monkeys.” I shivered involuntarily. “Don’t even joke...” With a grin, he scooped me up again, holding me firmly against his chest as he stared intently into my eyes. I grinned back in spite of myself and pushed back a stray lock of hair from his eyes. I lived for moments like these. Safe in the arms of the man I loved. Feeling the heat from his body radiate into mine. Before I met Tony, I was grimly resigned to the fact that I would live forever alone. After you watch an entire generation of people you love wither with age and die, you give up on the notion that you could ever find someone of any lasting importance. Tony changed all that. He changed me. Got me to open up. Take a chance on something again. Of course...time was always working against us. “So what do you say,” he interrupted my thoughts, leading us deeper into the mist, “are you ready to tap into your magic?” I swallowed hard. “I didn’t spend an hour hiking up here to wimp out.” But beneath the words, I was nervous. This coven had accepted me, raised me without question as a member of the family. For a hundred and ninety-nine years, I had lived with the witches as one of their own. The only condition was that I didn’t tap into my magic. And now here we were, marching into the sacred woods to break that promise. “I don’t see why you’re so nervous,” Tony said as we waded through the tall grass. “You’re a witch just like the rest of us. There’s no reason why you should be forbidden from tapping into your powers.” “You’re assuming I have any at all,” I reminded him. “I’m not pure like you. And there’s no telling what using magic will do to my vampire side. What if I go all crazy and terrorize the city on some kind of

feeding frenzy—” “Hey,” he cupped my face, “you’re the sweetest, gentlest, kindest person I’ve ever met.” I playfully nudged him. “You have to say that. You’re my boyfriend.” “And you’re my beautiful, hybrid girlfriend.” He kissed the tip of my nose. “In fact, the only thing I see wrong with this picture is that you won’t make it permanent.” My breath caught in my chest. Was he talking marriage? Or was it...? “I just don’t get why you won’t make me your blood-sucking beau.” Oh great. This again. I spoke with a practiced patience. “You know I can’t turn you. I’m not full-blooded. It wouldn’t work.” “How do you know? You’ve never even tried.” I looked at him incredulously. “Do you want me to bite you?” He sighed and pushed his hair out of his eyes. “I want you to want to be with me as much as I want to be with you. Forever. Side by side.” I bit my lip and forced my eyes forward. It wasn’t as simple as all that. “Seriously, Blair, imagine how it’s going to look. You, young and stunning as ever, and me, a decrepit old man.” “I don’t care how it looks,” I said softly. “You know I’ll never leave you.” “But I’ll leave you,” he said abruptly. “I’m going to die. In sixty, seventy years. I’m going to die and leave you—because you won’t try to stop it.” “You have no idea what you’re asking for. You have no idea what this kind of life will do to you.” It was impossible to keep the bitterness from my voice. “Are you ready to watch all your loved ones die, right before your eyes? Are you ready to see everything you love fade away from the world while you remain unchanged, like nothing ever happened? To be left with nothing?” “I wouldn’t have nothing...I’d have you.” He stopped moving and turned to face me. “I want to marry you, Blair. I want to spend the rest of my life with you. But in order for that to happen, you’re going to have to open up and take a chance. You’re going to have to bite me.” I touched his face softly. “Is that why we’re here? Did you bring me out here to turn you? Or to tap into my magic?” He signed and ran a hand through his hair. “You’re right, I’m sorry. I just...got off track. You do that to me. Of course we came here for you.” For me to break my promise, was more like it. I’d promised the witches I’d never try to get my powers.

Chapter 2 I shivered again as we made our way into the mist. “Are you sure you want to do this? You know it’s forbidden. If the others ever find out, they’ll kick you out.” “So what? I’m twenty-five and living on my own. If they kick me out of their clan, so be it. You deserve this, Blair. You deserve to know both sides of yourself.” I took a deep breath, afraid but deeply moved by his willingness to sacrifice everything. “I’m just not sure how to do it,” I murmured. “I’m not sure how to access my power.” Tony was confident now. “They hid it from you. The same way they hid you from your father. They were afraid of what might happen. But not me. I know you.” He winked. “We’re gonna do this tonight.” “Great.” I rolled my eyes with a grin. “I’m like your little Blair witch project.” He started laughing but fell suddenly silent as we came across a long slab of stone lying in the center of the grass. The wind rustled the leaves and he turned back to me, almost urgently, and pressed his lips softly against mine. “It’s time.” “Time?” I repeated as I ran my hand over the smooth stone. There were ancient carvings cut like jagged runes all along the sides. “What are you going to do, sacrifice me?” I looked up with an expectant grin, only to see that Tony was no longer there. He was standing several feet away, half-covered in mist. A strange expression flitted across his face, something I had never seen before. It was like a dark cloud. Sharpening lines and accentuating his handsome features. “...that’s the general idea.” My smile still clung to the corners of my lips, but an inexplicable feeling of dread was rising inside me like a bubble, ready to burst. “What? What are you talking about?” The corner of his mouth twitched up into a little grin, but it wasn’t the one I was used to. The one I saw when I told a stupid joke, or when I woke up to see him watching me in my sleep. This was something else entirely. “I don’t want to marry you, Blair.” It was like a dam burst. Something inside me was tearing and I didn’t know how to make it stop. Breathe, I told myself. There has to be an explanation. “I don’t...I don’t understand. You just said you did. We’ve talked about it for ages, and...why are you looking at me like that?!” All at once, my eyes flickered down to the stone. Of course! “Tony—get away from the stone, it’s possessing you or something. I think it’s cursed!” “It’s not the stone. It’s you.” He took a step toward me and for the first time in my life, I found myself edging away. “You’re tainted, a bad apple in our clan. Martha tried to protect you, but she’s been dead for ages now. The rest of the coven is ready to finally finish this.” The world around me tilted. This couldn’t be happening. This couldn’t be true. “If this is your idea of a joke, it’s—” “It’s no joke.” I waited for him to keep talking. For him to say something that would make this make sense. But he just stared at me with this strange anticipation. I started to hyperventilate. “You guys are my family! I—” “No!” he spat, cutting me off. I took an automatic step back. I’d never seen such hostility from him. “Your real family died off a long time ago. You just clung to us, the next generation, and the one after that, because witches are all you know.” The massive lump in my throat thudded down to the pit of my stomach like a lead weight. “Well, if they don’t want me here anymore, I’ll leave. We can run away together—just you and me, like you always wanted.”

“Haven’t you heard a word I’ve said?” Tony’s eyes were cold. Removed. Unfamiliar. “I don’t want to run away with you—I don’t love you, Blair. How could I?” I tried to speak, but the words died on my lips as I stared back at him in the dark. “You’re an abomination. A half-breed. You make me sick.” “...you can’t mean that...” He glanced over his shoulder, and for the first time, I wondered if we weren’t alone. “I’m just glad this whole little charade is finally over.” “What are you talking about?!” I scanned the woods, trying to focus my senses and listen for other people, but I couldn’t hear past the ringing in my ears. “You’re too dangerous, Blair. Too dangerous to be allowed to live. It ends tonight.” I swear the air in the clearing dropped ten degrees. “What...exactly ends tonight?” He raised his head and looked me straight in the eyes. “Are you going to kill me?” The air between us crackled with tension. “Are you going to murder me right here in these dark, lonely woods?” For a moment, he faltered. His eyes dropped to the forest floor and when he looked back up, he couldn’t quite meet my gaze. “I’ll make sure it’s quick, no suffering,” he promised. “We all agreed on that at the last council meeting.” Tears trickled down my face as I stared back in silence. When he saw them, he took a compulsive step toward me, but then caught himself. When he spoke again, he was angry. “Look, this isn’t my fault, okay—this is you! Hybrids shouldn’t be allowed to exist. Who knows how many you could kill if your vampirism mixed with your witchery?” “I’m a nurse. I drink from blood banks. And until you suggested it, I was fine letting my witch side stay dormant. I am not your enemy!” “You’re a monster!” My temper flared. “Really? If I’m such a monster, why did the coven allow me to stay all these years? Why did you start dating me?!” “I was ordered to.” Such simple words, but they cut a hole in my heart. “What are you talking about?” “When I moved to Salem to be closer to the coven, I didn’t know anything about you. In the beginning, you hid it well, and nobody bothered to fill me in. When you finally revealed your true nature, I was sickened by it. I tried to get past it, I did. We kept dating, but finally, I couldn’t take it anymore. I confided in our elders and told them my dilemma. I also told them I was breaking up with you. But the clan ordered me to stay with you, keep you close like they had been doing. Until the night of Ravena, which wasn’t all that far away.” The details of what he was saying escaped me as I honed in on this one, pervading fact. The man I loved, didn’t love me. “I can’t believe this is happening,” I whispered, wiping a tear that dripped down my face. “It actually wasn’t too hard, Blair.” He was getting cocky now. “When I met you, you were like a lost puppy—just begging for anyone to take you in. Give you a family like you never had. Love you for what you were.” He sneered. “You made it too easy.” “You’re sick.” He scowled. “What was sick was dating you.” “Then why did you say you were going to propose, huh? Why did you keep asking me to try to turn you? If your ‘orders’ were just to date me, why did you keep trying to take things to the next level?” He shifted nervously on his feet and his eyes darted to the woods, as if afraid that someone else might here. “I had to make you feel safe and loved, so you’d come here of your own free will. It’s a requirement of the spell we’re going to perform tonight.”

All at once, the other thing Tony had been saying rose to the front of my brain. The minor detail that my broken heart had glossed over in its betrayal. He was going to kill me.

Chapter 3 With a sudden gasp, I tried to bolt to the trees, only to fall down as my feet stayed rooted to the spot. I looked down at them in terror, but try as I might, I couldn’t get them to move. What the hell? I’m frozen in place! Seems my ex-boyfriend was a more powerful witch than he’d ever let on. Tony watched my struggles with cool indifference. “Please,” I begged, “let me go. If you’ve ever felt anything for me, just let me leave. I’ll pack my stuff and get outta town. You’ll never hear from me again.” “I’m afraid it’s not that simple,” Tony whispered. Then he lifted his hands high in the air and began to chant. “Wait!” I shrieked as a rope flew out of the mist and bound my arms to my sides. The wind shrieked around us, tossing Tony’s words into the sky, as something I couldn’t see lifted me off my feet and laid me down on the altar. One by one, faces I’d known since childhood came out of the dark. Maurice, Tabitha, Kendra, Stephen. People I’d give my life for. People I’d counted as friends. They gathered around the altar in a circle, holding blazing candles in their hands. “Tony, please!” I cried, struggling against the ropes. But he ignored me, keeping his face tilted up to the sky as he closed his eyes and chanted. My heart shattered as I felt a door swing close forever. He was not the man I wanted to marry. He was a stranger I didn’t want to know. “We’ve waited for this night for a long time, Blair.” It was a voice as familiar as my own. I tilted up my head to see Maurice, an actual distant relative of mine. “The stars are in alignment and the moon is full. Ravena’s blessing is upon us.” “Maurice,” I gasped, “please tell them to stop this.” But his eyes were just as cold and heartless as Tony’s. “You’ve always wanted to tap into your powers. Tonight, you shall have that chance.” “My powers?” I whispered in confusion, straining to look around. Thunder exploded and lightning zigzagged across the sky. The flames of their candles flickered and danced, but somehow, didn’t go out. “I can’t believe this is happening.” Tears blurred my eyes. “I’ve known all of you since you were babies, watched you grow up. How can you turn on me like this?” My only answer was the screaming wind. The witches joined hands around me. I looked again at Maurice. “If you’re going to kill me, why bother tapping into my power? Why not just finish it?” He smiled. The same smile I’d seen him use on the children when they stepped out of line. “It’s simple. We want those powers. And we’re not the only ones. Word just got out about you and everyone knows your location. There’s a pretty bounty on your head, my dear. Other supernatural creatures are already lining up for the reaping.” My eyes welled over and I shook my head, trying to understand. “What are you talking about?! I’m only half-witch! My powers wouldn’t be great enough to attract anyone, let alone put me on a hit list! Yours would be greater than mine!” “On the contrary,” he leaned in to be heard, “you’re a hybrid. Aside from being an unspeakable violation of our blood, it also makes you powerful, more powerful than any full-blooded creature. Why do you think we haven’t let you use your magic all these years? Witch powers stored in a vampire vessel for almost two centuries create an energy force like no other.” “So this is a mercy killing then, is it?” I hissed through my teeth. “Kill me and steal my powers before any other supernaturals get the chance?” Maurice’s gaze narrowed. “Exactly. Better in our hands than theirs.” “I wish you’d never taken me in,” I spat in sudden rage. “I would have been better off on my own—or even with my father!”

“Your father?” Maurice laughed. “If your father were here, he’d be doing this himself. He’s pure evil, Blair. Evil runs in your veins.” I twisted and turned in the ropes and he straightened out solemnly. “But no matter.” The whole circle was chanting now; they paused as he held up his hands. “Let’s get on with this, shall we? It’s not fair to keep Blair waiting. We promised her a quick death, and that’s exactly what we’ll give her.” My skin crawled at his nonchalance. A man I’d loved dearly and raised like a son, cast me aside like I was nothing. My eyes found Tony and his words echoed in my mind. Like I was an abomination. The chanting grew louder. One by one, the members of the circle lay their hands on me. A brilliant flash of lightning lit the clearing and I tried not to sob. My life was going to end on this cold slab of stone. Everything I was or could be would be lost forever. And not a single person on the planet would care. “The circle is reborn!” Maurice shouted over the claps of thunder. A young girl I’d been teaching how to play the piano stepped forward and handed Tony a jeweled dagger. Without pausing, he slashed his wrist and dripped a crimson river of blood in a strange pattern on my chest. A chill ran up my spine as the warm liquid dripped slowly down my sides. When he was finished, Tony held the dagger up to the sky. “Give me the powers we seek. Anoint this coven! Let it be done!” Behind him, the other witches were passing around an old goblet, something I’d seen in Maurice’s study countless times. Something I’d no doubt played with as a child. As each one took a sip and lowered the rim, their mouths were stained deep red. My stomach lurched as I smelled the blood. Then Maurice kissed the goblet and lifted it toward the sky, just like Tony was still doing with the dagger. There was an almost painful flash of light, and the next second, the ground around the altar was on fire. I screamed and jerked against the ropes, but much to my surprise, the roaring flames did nothing but gently warm the stone. Smoke wafted in the air above me, but couldn’t penetrate an invisible arch that extended from my hair to my toes. Whatever spell the witches were casting, it must be working. I was firmly in its hold. It was over, I realized. This was the end. I closed my eyes and tried to picture better times with Tony. Tried to picture my mother. Tried to picture how my life could have been. There was no point in wishing now. No point praying for things to come. I could only hope that if this was my time, it would indeed be quick. Then a bolt of electricity shot through my body. My back arched against the rock and I screamed bloody murder. I could feel the burning sensation in the very stitching of my skin. Ripping through every part of me. Tearing its way out. “We’re tapping in!” Maurice cried. There was a glint of silver above my eyes and I realized that Tony was standing at my head, the dagger poised above my heart. “Wait until her power is fully restored to capture it,” Maurice warned. He then looked at a man with a long sword in his hands. “Then behead her and be done with this once and for all.” My heart lurched. Time seemed to stop as I felt the pressure inside me build. My body was on fire. Lit up with a strange power I couldn’t control. The last thing I saw was the grim satisfaction on Tony’s face as he lowered the dagger. But there was something else there as well. Was it...remorse? Then all at once, everything changed. His expression tightened in abject fear as I heard screams echo around the clearing. Bewildered, I lifted my head to see streaks of white hot light ripping through the bodies of the witches that held me.

Despite my present predicament, decades of habit kicked in and I looked around in desperation to find the cause of their plight. It wasn’t until I followed the light back to its source that I realized the truth. It was me. “Don’t touch her!” Tony shouted, leaping several steps back. “Everyone retreat!” I sat up in a daze. Bodies were thrashing violently as the current rushed through them, like fish out of water. As Tony cast the dagger into the grass and raced for the trees, I saw Maurice crumble to the ground. Now’s your chance, a voice inside me cried. Take it! I stood atop the altar as rain poured down my face. When I pulled against my bindings, the rope fell away as though it were string. The storm screeched above and another strike of lightning hit me full force. This time, I embraced the energy. Small orbs of light appeared at my fingers, illuminating my pale skin as I faced down my would-be assassins. There was a moment’s pause, a moment where my old world and my new one stared each other head on. Then I let go. I don’t remember making it out of the clearing. I don’t remember getting to the trees. I just remember the sense of flight. The power. Faster and stronger than anything that might chase me, anything that might hunt me down. The world around me blurred as I flew deeper and deeper into the forest, feet barely skimming the rocks as my newly awakened power propelled me forward into the dark. I can’t believe I’m about to die. How many times did I think those words tonight? How many times did I think my life had come to a crashing end? Now, as I raced forward into the unknown, something new occurred to me, something I’d never thought of before. I can’t believe I’m about to live.

Chapter 4 Another bullet whizzed over my hair and buried itself in the bark of a tree straight ahead. Since when did Tony have a gun? Since when did Tony decide he wanted to kill me? I forced these questions from my mind and pushed myself faster through the trees. If they wanted to kill me, they were going to have to catch me first. The vegetation blurred past as my heart pounded away in my chest. Streams of sweat trickled down my scalp and mixed with the lines of tears already making their way down my neck. The rain had lightened up, but now I almost wished for it. Anything to mask the sounds of my departure. Anything to help shield me from unwelcome eyes. And speaking of... A twig snapped suddenly behind me, and I froze in my tracks. I had no idea how Tony had caught up with me so quickly. How many other powers had he been hiding? My dress clung to my trembling shoulders as I slowly turned around to face him. “Listen, Tony, I didn’t mean to—” My voice trailed off at the same time that I registered their scent. A vampire and a werewolf. No one I knew. But they obviously knew me. “Who’s there?” I tried to sound braver than I was. Without making a sound, a tall woman stepped out of the trees. She had jet-black hair pulled back in a long ponytail and was wearing a black leather jumpsuit that clung to her like a second skin. I barely had time to register her presence before a towering man stepped out behind her, keeping his dark eyes fixed on me. “Aw, honey,” her voice was deceptively sweet, but there was a hard edge beneath it, “it looks like a lot of people want you dead.” Without any further preamble, she reached behind her and pointed a black crossbow directly at my chest. “Myself included.” “Oh, my gosh!” I gasped, taking an involuntary step back. “You’re going to kill one of your own? Just let me go!” She smiled. “I’m sorry, sweetie, but I can’t do that.” “Listen,” I held up my hands in surrender, “Please believe me when I say that I have absolutely no problem with you—I just want to get the hell out of here. I don’t want to hurt you, but I will if I have to.” The man behind her chuckled softly and her eyes flashed to him before returning to me. “In that case, believe me when I say that I have absolutely no problem with you either. Unfortunately for you, that doesn’t really matter. You’re on my list, you see,” she leveled the crossbow, “and once you’re on the list, I’m afraid you can only get off of it one way.” By killing me. I struggled to keep up as the ground was once again pulled out from beneath me. “You’re one of the...bounty hunters?” She cocked her head at me. “Clever little thing, aren’t you?” The man beside her shifted impatiently and she placed a steady finger on the trigger. “So any last words? I can give you a blindfold if you think it’ll help.” “I can’t believe this,” I crossed my arms protectively over my chest as my eyes welled up with tears. “You’ve never met me, never seen me before in your life, and now you’re just going to kill me? In the middle of the woods?” Did I miss something here? When did this become acceptable? The trendy thing to do on a Friday night? Her eyes swept the dark trees and she shifted in her tall boots. “I have to admit that usually I opt for a more private setting. But between my timetable and my competition—not to mention there’s that warlock

we found searching the woods—I’ll take what I can get.” My heart stopped. “Tony? You met Tony?” She looked at me with supreme indifference. “I met a warlock. We didn’t exchange pleasantries.” My face must have been a sight to behold, because she studied me with a little more attention. “Why, you know him?” “He’s my boyfriend,” I mumbled, unable to apply the word to the man I’d seen tonight. “That’s sweet. Trying to rescue you, is he?” My chin dropped. “Trying to kill me is more like it. Turns out these powers of mine are nothing more than a death sentence.” She raised her eyebrows, genuinely surprised. “Your boyfriend? Wow. I thought I had bad taste in men.” The werewolf beside her spoke for the first time. “Let’s just finish this please.” I don’t know if it was the werewolf’s cruel indifference, or the fact that the love of my life was still roaming the trees trying to kill me, but my fear was suddenly replaced with wild, uncontrollable anger. A strange pressure built up inside my body just like when I was on the altar, twisting and expanding, fueled by my rage. The werewolf took a step toward me, but the next moment, jumped back in surprise. It’s no wonder. My hands were glowing. “What the hell is this?” he demanded. “I thought you said she didn’t have powers.” “She didn’t,” the woman finished, staring at me with narrowed eyes. “It must have just happened, but her magic’s been activated.” She kept the arrow pointed directly at my heart, but the man took a step back. “We shoulda been warned about this,” he muttered. “It changes everything.” The vampire gritted her teeth. “It doesn’t change a thing. She doesn’t know how to use it. She’s just a baby witch with no one out there to guide her.” The man shook his head and stared at me nervously. “Looks like she’s doing just fine to me.” “She’s bluffing,” the woman replied, but she glanced down at my hands. “She’s dangerous!” “She’s standing right here!” I interjected. The woman smiled. “Dangerous, maybe. But she won’t kill us. I’ve studied her case file. Not only does she drink from a blood bank, but she’s a fucking nurse, for goodness sake.” She turned her deadly sweet eyes to me. “No, honey, you couldn’t hurt a fly.” Emboldened by her words, the werewolf lunged. It came out of nowhere, catching me completely off guard, and yet I found that by the time he got to me, I was completely ready for him. The white light radiating from my fingers turned blood red and crackled with electricity as I lobbed it his way. It hit the ground like a grenade, blasting him backward into a redwood. “Wouldn’t hurt a fly, huh?” he demanded, peeling himself off the bark. “That’s it, bitch,” the woman’s eyes glowed, “you asked for it.” But the energy was surging through me. Numbing my doubts, compelling me forward. “You’ll have to catch me first!” I threw another shower of red light her way and took off back into the trees, listening as her screams faded further and further into the night.

Chapter 5 After another few minutes, that blinding confidence of mine started to wane. My muscles were aching with fatigue, my hands were ripped and bleeding from pushing through miles of brambles, and I was painfully aware that I was still barefoot. I wanted desperately to stop—to seek shelter somewhere, collect my wits, figure out what the hell I was going to do—but a strong instinct pushed me forward. They were still out there, still searching for me. Professional, trained killers. And from the crescendo of footfalls in the distance, they weren’t far behind. I kept my head down, travelling as fast and silently as I could. About an hour ago I’d found a small stream and I was wading right down the middle of it—anything to throw the werewolf off my scent. But time was not on my side. They were assassins. I was a nurse. Something was going to have to give. Panic rose in my throat as I heard the distinct sounds of splashing coming up behind me, but just as I was considering throwing caution to the wind and facing them head on, an ivy-covered drainage pipe caught my eye. Without a second thought, I pushed aside the plants and plunged headfirst through the rusted metal bars into the sewer. A rotten-eggs-and-garbage smell assaulted my nostrils and filthy brown water lapped up the sides of my legs. Holding the side of my dress over my nose, I moved cautiously forward, dodging the drooping algae and cockroaches, pushing cobwebs from my hair. The walls were faded and nondescript, giving no clue as to where I was going or how to get back out. It was as if I’d been swallowed up into the bowels of hell. Try to look on the bright side, I thought to myself as my immortal eyes adjusted to the dim light and I headed up to a junction where the tunnel leveled out. At least the stagnant water was sure to throw the werewolf off my track. No sooner had I thought the words than two voices echoed through the stale air. “I thought you said she was just some naïve little witch,” the werewolf whined. “You said the job in Salem would be no problem and we’d get back on the road by morning. We shoulda finished this hours ago.” “Stop complaining,” the vampire snapped. “How was I supposed to know she was going to come into her powers the second we found her?” The werewolf muttered, “You’d think he would have included that with the report...” “Do you want to ask him about it?” There was a moment of silence. “I didn’t think so. Now let’s just finish the job so we can collect our money.” I heard two of them run off. I bet they split up to try and find me. How many people did the vampire have with her? For all I knew, there could be a slew of them. I took off running again. I wasn’t sure how long I ran, but it felt like eternity. I rounded the corner and rested for a minute. A wave of chills shot down my spine and I put out my hands to steady myself on the slick tunnel wall. It’s okay, I told myself, easing backward into the dark, just stay calm and retrace your steps. You’ll be back in the forest before you— The sound of shattering glass rang out in the careful quiet. My breath caught in my chest as I looked slowly down at the broken beer bottle beneath my foot. It was over. I felt a presence before I even knew a person was there. “Going somewhere?” I rotated on the spot and stared into the vampire’s piercing blue eyes. She pointed a crossbow at me. My heart pounded. “You just can’t catch a break, can you?” “Apparently not,” I said.

She gave me a chiding smile, showing her sharp incisors. My eyes narrowed in disgust. I didn’t care how badass she was, a vampire who killed her own kind for money was a despicable thing. I squared my shoulders and stared her down. Well here was one vampire she wasn’t going to get so easily. “You blasted me,” she said. “And that hurt like hell.” “Want more? Because there’s more where that came from.” She smiled. “I love a good challenge. So bring it on.” Using every ounce of focus and concentration I had, I drew out every bit of emotion and rage left in me. My fingers flickered for a moment, but the longer I tried, the harder it became to breathe. After just a moment, I broke it off, gasping with strain as the world swayed around me. “Oh no,” the vampire taunted, “did your magic run out of steam? And I was hoping for a challenge.” Furious, I tried again, only to have the tiny, pathetic flames fizzle out completely. She threw back her head and laughed openly, the sound filling up the little tunnel. “Silly little witch. You have to pace yourself,” she explained. “It’s a marathon, not a sprint. You can’t use up everything all at once.” I tried to run, but the next second, she slammed me up against the stone. I gasped in pain and surprise as little shards of rock broke off and tangled in my hair. “Who the hell are you, anyway?” I hissed through my teeth. “Victoria. But you can call me, Tori,” she grinned, “and you’re Blair Griffin. Pleasure to meet you, not that you’ll be alive much longer.” Shivers rippled through my body, and she held me tighter against the wall. “But before we get on to business, I have to ask...” Her eyes narrowed and she leaned in closer. “Who activated your powers?” I blinked back at her, completely thrown by the seemingly insignificant question. “Your powers,” she insisted. “You see, there was nothing about you being a practicing witch in your case file, and that’s the kind of thing I like to know before walking into a situation blind. So who did it?” My voice wavered. “If I tell you, you’ll kill me.” “Blair, please keep up. I’m going to kill you anyway. That’s literally the only reason I’m here.” She smiled in what she obviously thought to be a friendly way. “But if you tell me, I promise I’ll make it as quick and painless as possible. “You’re the second person to promise me that tonight.” Her eyes flashed silver-blue in the beam of the moonlight shining through the sewer lid above us. “If you know one thing about me, know this—I always keep my promises.” I struggled uselessly against her iron fist. “I know you’re a vampire who hunts her own kind. I know that you’d kill a stranger on the street for money.” “A girl’s gotta pay the rent, you know? And they’re not strangers. No more than you’re a stranger. I spend countless hours talking to friends and families. I research and stake out all kinds of locations. It’s tedious work.” “You’re nothing but a glorified mercenary,” I growled. “Sometimes,” she shrugged, “sometimes I actually get to do a bit of good. Take last week—I brought in a murderous vampire who killed a pregnant woman who’d spent the last five years trying to conceive. Her husband had the time of his life tearing the sicko apart...literally.” My eyes widened in horror. “And you just stood there and watched?” “Hell, I helped.” She pulled a switchblade from her pocket and held it to my neck. “Now answer my question.” “The witches activated me.” “Your own coven?” I nodded, and much to my embarrassment, I began to silently cry. Tori paused a moment. “That’s some fucked-up family you got there.”

“You have no idea.” “Well you seem like a sweet kid, but there’s a lot of people after you so time is sorta of the essence, you know what I’m saying? I’m guessing you don’t want to send any last words to the witches then...anybody on your dad’s side?” I smiled grimly, tears still rolling down my face. “No, judging by his abandonment, I’m willing to bet that Mr. Montour doesn’t really care what happens to me.” It’s just as well, I thought as I closed my eyes. Better than spending the rest of eternity betrayed and alone. I waited for the flick of the knife, or perhaps the thud of the crossbow. Whatever tool it was Tori was going to use to snuff out my life down in this sewer. But nothing happened. After a moment, I opened my eyes, annoyed that she would draw it out like this. What I saw in the dim light didn’t make any sense. Tori was staring back at me. Her mouth wide opened. Her face shock white. “What did you say?” she asked in a voice as hushed as a grave. I glanced at her in bewilderment. A sharp pain at my neck brought my focus back to where Tori was leaning in with her knife, an absolutely murderous look in her face. “What did you say?” she demanded again. “What are you talking about?” I whispered frantically. “Your father,” she said each word slowly. “What was his name?” As if it could have mattered less. “Vlad. Vlad Montour.” The knife fell with a clatter on the ground between us. She kept her eyes fixed on me. “Vlad Montour,” Tori repeated. Even her dark hair seemed to wilt as she took a step backward and let me off the wall. “Well, kiddo, it looks like we have more in common than just prowling around sewers on a Friday night. That’s the name of my father, too.” My hands flew up to my mouth. “You don’t mean...” “Son-of-a-bitch,” she whispered. “He sent me to kill my own fucking half-sister.” “Who?” My head was spinning, unable to keep up. “Who sent you?” Despite all the terrible things that had happened to me that night, she looked at me for the first time with genuine sympathy. “Well that’s the rub...it was dear old dad.” I gasped.

End of Sample.

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COURAGE RUNS RED EXCERPT

Amazon Link: http://www.amazon.com/dp/B00VC8HSFE What if courage was your only option? When Kallie lands a college interview with the city’s new hot-shot police officer, she has no idea everything in her life is about to change. The detective is young, handsome and seems to have an unnatural ability to stop the increasing local crime rate. Detective Liam’s particular interest in Kallie sends her heart and head stumbling over each other. When a raging blood feud between vampires spills into her home, Kallie gets caught in the middle. Torn between love and family loyalty she must find the courage to fight what she fears the most and possibly risk everything, even if it means dying for those she loves.

Courage Runs Red By W.J. May Book 1 Of the Blood Red Series Copyright 2015 by W.J. May

Courage Runs Red Copyright © 2015 by W. J. May Cover Art by Book Covers by Design Printed in the United States of America Warning: The unauthorized reproduction or distribution of this copyrighted work is illegal. Criminal copyright infringement, including infringement without monetary gain, is investigated by the FBI and is punishable by up to five years in prison and a fine of $250,000. Please purchase only authorized electronic or print editions and do not participate in or encourage the electronic piracy of copyrighted material. Your support of the author’s rights is appreciated. Without limiting the rights under copyright reserved above, no part of this publication may be reproduced, stored in or introduced into a retrieval system, or transmitted, in any form, or by any means (electronic, mechanical, photocopying, recording, or otherwise), without the prior written permission of the copyright owner. This book is a work of fiction. Names, characters, places, and incidents either are the product of the author's imagination or are used fictitiously, and any resemblance to actual persons, living or dead, business establishments, events, or locales is entirely coincidental. Thank you for your purchase, for comments, or to obtain further copies, please find us on the web at www.wanitamay.yolasite.com, on Face Book at Author WJ M ay, or contact the author direct at [email protected].

Book Blurb: What if courage was your only option?

When Kallie lands a college interview with the city’s new hot-shot police officer, she has no idea everything in her life is about to change. The detective is young, handsome and seems to have an unnatural ability to stop the increasing local crime rate. Detective Liam’s particular interest in Kallie sends her heart and head stumbling over each other. When a raging blood feud between vampires spills into her home, Kallie gets caught in the middle. Torn between love and family loyalty, she must find the courage to fight what she fears the most and possibly risk everything, even if it means dying for those she loves.

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Chapter 1

One Dark and Stormy Night... Heavy rain battered against the windshield. The massive drops ricocheted like bullets against the roof of the car, and the wipers were losing their battle to keep the front window clear. A gust swiped against the side of the car. Kallie’s vise grip on the steering wheel still could not stop the slight swerve the wind forced the car to do. She had been driving already over a year, but just got her full license about two weeks ago. She knew how to drive, her dad owned a trucking company and had let her drive tow-motors and skid steers since she turned ten. Good driver or not, no one should be driving in this sudden storm. Her too-long bangs fell into her eyes and she tried futilely to blow them out. No way in hell was she taking a hand off the wheel to get them out of the way. Her dad sat sleeping in the passenger seat beside her, oblivious to the storm. One of his dispatchers had called in sick two days ago, and then yesterday a driver had come down with the same stomach virus. He’d covered the dispatch desk and then opted to right away take the transport truck’s freight delivery for the sick guy himself. He had gone and done the twelve-hour round trip drive with no rest. On top of all that, he still planned to be back in for work at seven tomorrow. When he got back to the office after parking the transport truck, he sent Kallie a text. She’d spoken to him earlier and had promised to pick him up since it was mom’s birthday and he always made her breakfast in bed – one of his specialties, omelettes. Kallie checked the time on the car’s digital clock, just after three thirty. When she had left forty minutes ago, dark clouds covered the full moon and night sky but it had barely been raining. The storm blew in about the same time her dad had fallen asleep beside her. She suspected he had picked up the virus his workers had, and she didn’t want to wake him. Another strong gust of wind slapped the side of her little car. The small Honda veered toward the curb and Kallie cringed as she drove through a massive puddle. The car hydroplaned and seemed unsure if it wanted to steer

straight or spin. She let out the breath she had been holding when the wheels finally settled back on the asphalt. She flipped the defrost on high to try and clear the glare from the windshield. It didn’t work fast enough so she squinted to try and see clearer. “Weird,” she muttered. The haze came from outside, not from on the windows. Trying to see more than ten feet in front of her seemed next to impossible. She tried her high beams and quickly shut them off. They were useless. They just made the heavy rain look like shiny silver bullets and blocked any view through them. Her dad snorted loudly in his sleep and she glanced over at him. His head had fallen against the back of his seat and his mouth hung open slightly. She had no idea if he was wearing his seatbelt. A strange scratch against the outside of the car made her jump. It brought her focus quickly back to the road. A twig or limb must have blown down and scraped the car. It only added to her frustration. Kallie now strained to see if any tree branches or garbage cans might have blown onto the road. She huffed in frustration. They had to be close to their street now. Darn her folks for choosing to live just outside the city. Darn the city for not putting more lights on the long roads that led to her house. She accelerated a tad when she noticed the red mailbox on her right. Their street was about two minutes up the road. Easy peasy. Almost home. Less worried, she thought about her warm cozy bed and couldn’t wait to crawl under the covers and go back to sleep. Tomorrow was Saturday so no school. Maybe she should take her mom out to lunch. Lost slightly in thought, Kallie didn’t see the figure crossing the street until it was almost too late. The dummy wore a dark hooded top and no reflector stuff. “Shit!” Kallie swerved hard to the right and felt her dad’s side of the car go up on the curb. Puddles sprayed the underside and made an eerie, hollow banging noise against the bottom of the car. The concrete sidewalk was slippery and the car started to hydroplane again. She bit back a scream when the car stalled out and she lost power steering. Pressing the brakes Kallie felt the car fishtail and almost as if in slow motion, she watched the stranger in the middle of the road stare at her with bright eyes. In the glare of her headlights, his eyes looked a weird red, like when you take a picture and the flash catches your retina. It was a strange thought at a terrifying moment like this.

Still skidding, her focus back fully on the car, she tried pumping the gas and turning the key to get the car started again. This nightmare drive had no intention of ending. The car continued its spinning course. When the engine suddenly kicked back on, the Honda lurched forward and Kallie tried to swerve away from a parked car. The passenger front end clipped the parked car and as the steering wheel spun with a mind of its own, Kallie knew she’d lost complete control. They were going to flip. She was sure of it. She tried to brace her hands against the ceiling and screamed. Over and over she screamed; as they tipped, as her dad crashed against the windshield, as a horrible cracking sound filled the inside of the small car, as it picked up momentum from the small grade hill. Her screams were muffled when the air bag burst free from the steering wheel, but she continued her earsplitting shriek through it all. She had no idea how many times the car rolled over and over. It felt like it would never stop. Abruptly, part of the front and side of the car slammed into a large hundred-year-old oak tree. Only then did her screaming stop. Everything around her crashed into blackness.

Chapter 2

Two years later... Kallie gripped the straps of her backpack as she jogged up the long set of concrete steps to the police station. She pulled her bag tight so it would not bounce against her back. With her luck, the loaner camera she got from her college photo class would flip on, or record itself jostling against her notebook or worse, have the battery die. Great first impression. At the top of the stairs she slowed to a walk and pulled her long blonde ponytail tight. How she landed an interview with this hot-shot rookie RCMP guy was newsworthy – probably more than the interview itself. This guy had managed to crack a bunch of unsolved murders and elude the press. She shook her head. Just a first-year college student who wanted to get into journalism, she hadn’t jumped through any hoops to get the interview. It had been quite easy actually. She found Detective Liam Steel’s email on the RCMP website and asked to interview him for her school paper. When his email address showed up in her inbox an hour later, she figured he was politely declining. Instead, he had agreed and asked what evening would work for her. Hands shaking with excitement, she replied and nearly misspelled the single sentence: Thursday night would be perfect. For once auto-correct worked in her favor. Now outside the doors to the police station, she checked her reflection in the glass with the remaining rays of the setting sun; hair in place, make up didn’t look smudged and her clothes were decent. She grabbed the long handle with one hand and at the same time slipped her iPod into the side of her backpack. Cool air blew against her as she stepped inside. The humidity made outside feel like a hundred degrees, and the smog from the city traffic didn’t help alleviate any of the hot thickness. The marble floor and constant run air conditioning inside the station made goose bumps appear on her arms. She shouldn’t have worn a tank top. At least her long striped skirt seemed to agree with whatever temperature man – or nature – threw at it. Even at night, the lobby bustled with activity. Men and women in uniform strode purposely down the hall or through doors while tired looking people paced or sat on red leather chairs. What or whom they were waiting for drew

Kallie’s curiosity. Maybe they were waiting for their robbing son to finish his court case, or maybe they were the people who were robbed and were waiting to talk to a police officer. Someone’s watch beeped reminding Kallie she should have been here a bit earlier. She walked over to a reception line and stood by the “Wait To Be Called” sign. “Step forward, ma’am.” Did all police officers sound so formal? Kallie cleared her throat as she went to the receptionist whose bun seemed so tight the woman’s eyebrows were stuck halfway on her forehead. Kallie tried not to stare at them. “I’m here to see Detective Steel.” She cleared her throat a second time. Bun lady’s eyebrows shot up another notch. “Really? What for?” She clicked through a few screens on her computer. “Name?” “Kallie Matheson. I ha—” “I.D. please.” The receptionist cut her off. Kallie slipped a strap off her shoulder and unzipped her backpack. She pulled her wallet out and handed the woman her driver’s license. She covered the odd pair of scars on the bottom of her wrist with her free hand. They were faded but the pink jagged spots reminded her of drug needles. She wasn’t a druggy, she’d never tried anything stronger than ibuprofen, but people always commented on them. It made her uncomfortable and now at the police station, she seemed more aware of them. “Go down the hall all the way to the end. There’s a set of stairs. Third floor, go right to the very end, last door on the right is the detective’s office.” Oblivious to Kallie’s discomfort, the secretary handed Kallie her driver’s license back, along with a visitor’s badge. “Wear the pass so the officers can see it, don’t stuff it in your bag.” “Okay. So hall, stairs, third floor, right and right at the end.” She slipped the pass over her head and made sure her name lay face up. “Thank-you.” Even bitter-bun lady deserved a teeny bit of politeness. “Have a nice day.” She race-walked down the hall and jogged up the steps, repeating the direction pattern under her breath until she reached a wooden door containing a brass plaque with Dt. L. Steel on it. About to knock, butterflies had somehow managed to find their way into her stomach and throw a hip hop party. She wiped the palms of her hands against her skirt and took a deep breath. “It’s just an interview,” she muttered. Except what if her questions sucked? What if the guy didn’t have anything to

say? He refused to talk to any of the big national papers so what if this was some kind of joke? Chuckling sounds distracted Kallie from her thoughts. A deep, slightly sexy-slightly muffled voice called from behind the door, “You coming in, or just going to stand there all night?” Kallie blinked and glanced above the door expecting a security camera staring down at her. Nothing there but cream-painted walls. Strange. She shrugged and reached for the doorknob, turning it. She stepped inside, the heavy door swinging shut behind her. The office had a musty smell. Four filing cabinets lined the side of the office with no windows, a large multi-angled desk seemed to take up the rest of the space. Three computers sat spaced across the desk, stacks of folders and papers covered the rest of it. Kallie knew it was the same color as the hard wood floor only because of the ornate carved legs. No pictures on the walls, only the window with a view of the city lights below. A guy not much older than Kallie stood by the table. He had one leg on the edge and was tying a grey sneaker. He wore baggy jeans, a sleeveless blue zip up jacket over a black tank top. Easy to see he worked out by the muscles covering his bare arms and cut shoulders. Short cropped dark hair continued down to the scruff of a five o’clock shadow. It gave him a sexy rough boy kind of look. He lifted his foot off the table and turned to smile at Kallie, his bright greyblue eyes making her lose all train of thought. She’d pretty much forgotten everything when she noticed him, but those pretty eyes distracted her brain all over again. Something in the back of her mind flickered but she failed to chase after the thought when he spoke. “Hi.” He seemed amused by her staring. “Ha-Hello.” She forced herself to look away and pretended to concentrate on the desk. “I’ve got a meeting with Detective Steel.” Maybe he was the intern. Wouldn’t that be awesome. “Liam. Just Liam.” “Okay. Is that what he prefers to be called?” She wondered if she should get her notepad out to go over her questions. Cute boy smiled again. “He does.” Kallie slipped her backpack off and set it on the other end of the desk. “I’m Kallie.” She pulled out a notebook and the camera. “I’m supposed to interview Detective St—Liam. Is he here? Does he know I’m coming?”

“He is. And he does.” The silly grin appeared again. “How old are you, Kallie?” “Nineteen.” “You just started college this year?” “Yeah.” She flipped her notepad open to the page she had written the list of questions on. She stared at the page, trying to focus on the questions and not the millions of others she was wondering about the good looking stranger in front of her. “Are you in school?” “Me?” He crossed his arms and leaned his bum against the table. Taut muscles rippled without trying on his upper body. “I’m one of the nerdy guys. Graduated high school at fifteen. Crazy, I know. I enrolled in the police academy that summer and joined the RCMP two years ago.” He pressed his lips together and forced air out of his nose. “Kinda found my way up the ranks.” Nerdy? Far from it. “Wow, how old are you?” She was willing to bet his story was way more interesting than Detective Steel’s. “Nine—sorry, I’m twenty-one.” He swallowed and paused, then glanced down at her hands. “Do you need to write any of this down?” “Uh, no. I’m good.” Twenty-one? He hardly looked older than she did. Smart young guy working as a cop already. Kallie straightened suddenly, her notepad slipping from her hands. It dropped to the floor with a resounding slap. “Wait a minute...You’re Detective Liam?”

Chapter 3

“Just Liam.” He grinned. “Detective makes me sound old.” Kallie couldn’t stop staring. No newspaper or Internet article had bothered to mention the new RCMP on a hot streak was freakin’ hot. She shifted her weight and her left flip flop brushed against something thick on the floor. Her notepad. She quickly bent to retrieve it. “I’m so sorry.” Her face burned. She cursed inside her head for her body’s lack of control, for its inability to hide things she didn’t want others to see. “Don’t apologize. I should have introduced myself.” He gave a small, cocky grin. She blinked. He knew she hadn’t realized and had teased her. “Kallie?” The detective reached for his phone nestled in the clip on his belt. His brows furrowed together as he scrolled through something. “Excuse me a moment.” His fingers tapped over his phone faster than anyone she’d ever seen before. He snorted and shook his head, then seemed to tap even faster. Kallie sat down and turned in her seat. She looked absently around the room. She didn’t want to be rude and the guy had police business to take care of. The one wall held a bookcase with some odd books and a couple of crystal trophies. A picture rested behind the desk, an old black and white photo of a barn and farm house. She squinted and realized she recognized the place. It was in a lot better shape in the picture but the barn wasn’t too far from where she lived. “Almighty,” Liam said. “You came here for an interview and I have about ten minutes. Duty calls.” He set his phone on the desk and leaned a hip against it. “What do you want to know?” “I’ll be as quick as I can.” Kallie looked down at her list of questions and reached around her backpack for something to write with. She also pulled out her recorder, set it on the arm of her chair and turned it on to record the interview. “Thanks for letting me interview you. I know you don’t really like talking to the media.” She continued to search her bag. He leaned over and handed her a pen. Delicious cologne wafted her way and she was tempted to close her eyes and inhale again. “What makes you think I don’t like to be interviewed?”

“There’s nothing about you in the papers. Or whatever is written is basically speculation and I’ve never come across a direct quote or a picture of you.” “You’ve been cyber-stalking me?” He crossed his arms over his chest and smiled. “I’m kidding. What made you want to interview me?” She tried to think of some witty comment but gave up and went with the truth. “I need a good mark in this class.” “You’re not interested in the city’s crime or how to stop it?” It was her turn to tease. “Isn’t that your job?” She grinned. “Point taken. I guess it is.” “Is that why you became a policeman? To stop the bad guys? I mean, you graduated high school early and apparently have an off-the-wall I.Q. Why not get into neuroscience or become a doctor?” Liam shook his head. “Blood and I sort of have this love-hate relationship. What about you? You’re a bright girl, why are you getting into journalism instead of being a doctor?” “Guts and gore and I sort of have this love-hate relationship.” She smirked, happy to reuse his remark against him. An odd thought crossed her mind. “Why did you agree to let me interview you?” The detective stared down at his hands, probably trying to come up with some fake reason to avoid answering. His head came up sharply, his steel blue eyes captured hers. “You’re the Matheson, right?” She swallowed, her mouth weirdly dry. “The Matheson? I’m not sure what you mean, or what it has –” “The bad car accident a couple years back,” he said, cutting her off. “You were involved.” Now Kallie’s eyes slipped down to the notebook laying in her lap. She knew she needed to steer away from this conversation. “I saw on the Internet you don’t even answer the biggest paper in the country’s request for an interview. Your avoidance of the media is causing quite a stir. It’s obviously not because you are shy. What’re you trying to hide?” He straightened, a little too fast. “I’ve got no secr—there’s nothing to hide.” He cocked his head to the side. “What’re you trying to cover up?” He stared at her with those piercing blue eyes, as if trying to read her mind. Then he shrugged and his face softened. “I don’t like the news. Never have, never will.”

“Why is that? Did some newspaper misspell your name in tee ball when you were a kid? Now you can’t let it go?” She tried to keep a straight face, but had to press her lips tight when she could feel their corners trying to turn up. She didn’t want him to press her on personal questions, so teasing was usually her way out of awkward situations. The surprised look on his face was kind of cute. “You’re a funny-bunny.” He rolled his eyes. “And it was soccer, not tee ball.” He winked at her. She wrote it down as a joke. His hand covered her writing. “That’s off the record, right?” She stared at his long fingers and resisted the urge to cover his hand with hers just to feel his skin against hers. She cleared her throat. He moved his hand. Kallie made an exaggerated effort to scribble out what she had written. Her bangs fell into her eyes when she glanced up at the detective. “What do you want me to write? I mean, you agreed to let me interview you, but you don’t like the media.” She chewed the inside of her cheek. “There’s something you want the news to know, right? Why else am I here?” The detective leaned back against his desk and crossed his arms over his muscular chest. “You’re funny. Direct also. I can appreciate that.” He shook his head. “You shouldn’t be a journalist. You’ve got way too much potential.” She didn’t appreciate him knocking her career choice. “We talk for ten minutes and you know all about my potential now? What’d you do; run a police check on me and subpoena my report cards?” He raised his hands in surrender. “That’s not what I meant. I... you... it’s...” He blew a breath out, his cheeks puffing as he forced the air out. “Look. I like you. I don’t like journalists. They twist the truth.” “And cops don’t? You believe every cop is clean?” “That’s a bit of a drastic comparison.” “Is it?” She crossed her legs and saw his eyes dart down to her exposed calf before slowly returning to her face. “You seem to have no problem sitting on the judgement throne. Tossing assumptions and accusations from your high seat.” She stood, ready to toss the interview. Screw him. Except she couldn’t walk away. She needed the interview for a good mark. Her entire journalism class depended on this conversation. So could see her future job in broadcasting if she really thought about it.

She sighed and sat back down, dramatically turning her notebook to a fresh page. “Can we just start over? I’ll ask you questions and you can answer them or if you don’t want to, just say ‘no comment’. Will that work?” “How about for every question you ask, I get to ask you one?” Really? What was interesting about her? She had been in a car accident two years ago, but it wasn’t a big deal. No one really remembered it except her family. A silly thought crossed her mind, but she pushed it away. There was no way he would be remotely interested in her. He was mister-hot-cop. He didn’t have time for dating. Just because she might be physically attracted to him, it didn’t mean he felt the same way. “Fine. I’ll ask you and if you don’t respond, I don’t have to answer yours. Deal?” He grinned. “Deal.” She couldn’t help but smile back at him. He thought he had one on her, and she figured she was the one ahead of the game. His eyebrows rose. “Aren’t you going to ask me a question?” “Oh! Yeah, right!” She stared down at the blank page in front of her. She wrote the number one down. “What made you want to be a cop?” “I like catching the bad guys.” He sat on top of his desk and leaned forward resting his elbows on his knees. “What made you want to interview me?” “I need to get a good grade, so I figured a hard score would do it.” “I’m a hard score?” He smiled, his white teeth showing bright against his red lips. She ignored his comment, or tried to; the heat growing on her cheeks proved otherwise. “On the record, if you don’t like the media why did you agree to let me interview you?” She felt like a broken record asking the same question again, but he was avoiding answering it. He stared at her without saying anything to the point where she needed to look away from his unique, intense blue eyes. He sighed and crossed his arms over his chest. His bicep muscles curved perfectly, showing his strength. “I don’t have a problem with the media. I just don’t like the attention. I find it unnecessary. I come to work, do my job, and go home. I’m not trying to be a superhero or anything.” Kallie made a quick note in her notepad. “Basically you like keeping your head down.” She understood what he meant. She had been doing the same thing since the accident. “Yeah.” Liam looked relieved when she didn’t write anything more down. “My turn. Are you living on campus or off?”

Weird question. “I’m off. I live at home and commute.” He nodded. “Good. It’s safer.” Maybe there was something going on at campus he knew about and didn’t want to say. “Can you tell me what you’re working on right now?” She didn’t know if he could even say something about a current case. Probably not. “Or about your latest closed case?” “The last case involved a ring of murders.” “A ring?” She wrote that down in her notepad. “Do you mean a serial killer?” She tried to remember reading about it in the papers and couldn’t recall. Liam shook his head. “Not killer, but killers. We referred to it as a ring because it, sadly, was well organized. There were a group of individuals hunting down certain individuals.” The intense stare he had given her before returned, as if he was trying to read her mind or watch for some sort of reaction from her. “Did you catch – sorry, did you apprehend the killers?” His lips pressed into a thin line. “We stopped them.” “All of them?” She wrote it down in her notebook. “If it was an organized ring, how did you catch them all?” “We tracked them down.” He inhaled sharply. “With evidence, of course.” He went on to explain a few things about the case. “When will they go to trial?” It would make a great addition to her report if she attended some of the trial and followed up on what happened. “Isn’t it my turn to ask you a question?” He tapped his foot, apparently trying to think of something to ask her. “What happened after the accident? I saw the car. How did you make it out of there without even a scratch?” She pursed her lips together. She didn’t like talking about the accident. “I didn’t make it out of there scratch free.” She thought about the scars inside and on her skin. “You didn’t break anything? Like a leg or shoulder, or even a rib?” The disbelief was clear on his face. “I don’t know how it happened. I blacked out when the car crashed into the tree and I’m kind of foggy on what transpired before that.” “It was a pretty crazy night.” “What do you mean?” He straightened. “The weather. It was horrendous that night. The storm came out of nowhere.”

“It was a freak storm.” He had night shifts. He probably had to work the same evening as the storm and remembered it. She inhaled and let out a long breath, relieved he didn’t seem to want to press her with more questions. “Were those killers hunting down specific people? Like some kind of noc list?” He let out a low laugh that was entirely pleasant to listen to. “No noc list. No secret service or anything like that. It was more of a sick game.” She asked him several more questions about the case and wrote a few more things down. When the detective started to shift and check his watch, she decided it was time to wrap it up. She had enough information to make a good story. She leaned down and switched her recorder off. “I’m pretty much finished. I think I have enough to work with.” She began putting her things back into her bag wishing she could find an excuse to stay longer. She liked talking to the cute detective. His phone started ringing as if on cue. “Thanks for coming by, Kallie.” Liam reached for the phone on his desk but didn’t pick it up. “Looks like duty calls.” She smiled as she walked toward the door that led back out to the hallway. “Thanks again.” She waved and stepped out, closing the door behind her. She leaned against the cold wall, letting it cool her skin. She didn’t remember growing warm.

Chapter 4

Kallie found herself outside, the sky now dark. Why she had decided to walk to the interview instead of drive seemed stupid now. She could always call her dad, he’d be here in a jiffy. She paused at the top of the concrete stairs and straightened her shoulders. I’ll be fine. It was going to be a full moon tonight. The day of the month weighing heavy on her. She hurried down the stairs and set her backpack onto both of her shoulders instead of just the one. She walked a couple blocks and as she was waiting for a light to change, she grasped for her iPod still inside her backpack. “Miss Matheson.” Kallie jumped at her name being called. Her iPod slipped from her hand. A hand reached out and caught it just before it hit the concrete. Detective Liam stood beside her, his arm outstretched as he handed her the little silver device. “Do you always take to walking downtown at night? I would have gladly offered you a ride home.” “In a cruiser?” she teased, trying to hide her accelerated heart rate by covering it with a joke. “I can just imagine what the neighbors would say.” His face remained serious. “It’s a long walk to your house.” How does he know where I live? She pushed the question aside. The guy was a detective. He probably ran a full background check on her before he agreed to the interview. “I’m not bothered. I like to walk. I find it relaxing.” He nodded and pointed to the light change. “I do as well. I don’t do it enough.” She began walking across the street and didn’t comment when he walked with her. “You look like someone who prefers running.” She flushed when she realized she had said the comment out loud. “It does get you there a lot quicker.” He chuckled. “Would you mind if I walk with you? I’d feel better knowing you made it safely back.” She didn’t mind at all and caught herself from saying it too quickly back. She shrugged. “If it makes you feel better.”

They continued in silence for the next block. Kallie racked her brain for something intelligent to say. Liam walked beside her, his hands inside the back pockets of his jeans. “What do you remember about the accident that killed— sorry, almost killed your dad, and you?” So that was why he wanted to walk her home. “Why do you want to know?” She tried to hide her annoyance. Why couldn’t he just want to walk her back and ask her out to dinner or something? “I’m just fascinated. I’ve seen the file and I’m curious what happened. What you remember. Was it your dad’s fault?” Kallie stopped in her tracks. “What do you think? My dad tried to kill me?” Was that why he was digging for information? Another detective who didn’t like to leave a case unsolved? “Maybe. Or maybe not your dad. Or not intentionally. I’m just trying—” “Why do you care?” The sudden urge to protect her dad made Kallie straighten. “There was no criminal investigation, no cops even showed up.” She tapped her chest. “It was my fault. And Nature’s. My dad didn’t do anything. He didn’t create the storm. I hadn’t had my license long. I was the one behind the wheel who lost control.” What made her want to tell him things she could barely admit to herself? She shook her head. She was not going to share the family secret. “How did you and your dad walk away unharmed? The car was totalled. Your dad—” “Maybe my fairy godmother flew down and saved us,” Kallie said sarcastically, cutting him off. “We got lucky. That’s it. It’s not a memory I try to think about. I tend to concentrate on being thankful we weren’t hurt and leave it at that.” “Everything changed that night, didn’t it?” Kallie shook her head. The guy did not give up. Except he was right, everything had changed that night and would never be the same. How many times had she wished they could rewind that night, they should have just waited out the storm before driving home in it? “What changed?” Liam took his hands out of his pockets and began motioning with them as he talked. “What happened to your dad? Do you remember how he got out of the car? Were you guys alone?” Kallie scoffed. “What do you think? Half the neighborhood was up at that hour, taking a nice stroll in a massive lightning storm, in the torrential downpour?” She shook her head and forced herself to calm down. “No one

was there. One minute I was driving, the next in my bed. I woke up thinking I had just had a nightmare.” “So... you remember driving, but not the accident? What do you remember? Are there bits and pieces? Like hazy parts?” Kallie threw her hands up in the air and began walking. “It doesn’t matter! Nothing’s going to change him back.” Her mouth dropped and a sound of surprise escaped through it. She quickly pressed it shut. She’d almost gone too far. “The accident changed him. It changed me. No one would walk away from something like that and be the same.” “You’re talking about your dad?” “No! You keep pressing me.” She rubbed the heel of her hand up and down against her forehead. “Now I’m getting all confused. Can we just leave it?” Liam tilted his head and bent over closely so he could see her face. “I’m sorry. I’m just curious what happened. Maybe we could ask your dad—?” “No!” Never. Over her dead body would she let a cop ask her dad about that night. The thought terrified her. “What’s your deal?” Kallie straightened and forced air through her nose. Whatever fear she had felt just a moment ago turned into irritation. “Why the interest in my dad?” Even if Liam was cute, he was still a cop and she had no interest in sharing her family. It was none of his business. Hands in fists, she pressed them against her hips. Suddenly she’d had enough. Liam pointed to her right foot. “You’re about to tap that foot into a pile of dog crap.” She shot a glance down and moved away from the small bomb. She ended up closer to him. He moved nearer to her as well. His blue eyes reflected bright against the street light above them and the darkness around them. “Tell me the truth. Tell me what you know.” Instinctively Kallie swallowed and then wet her lips. She had the strangest feeling Liam wanted to kiss her – or some kind of intimate touch. The trembling deep in her belly told her she wanted him to. She forced herself to blink and break his gaze. Answers. Get the answers. Protect your dad. Reason broke the moment of insanity. Had he planned to distract her? “Can we not talk about the accident?” She met his intense gaze again, this time with her own determination. “What do you even care? No laws were broken. That’s why they’re called accidents.” Whatever moment had been there a second ago was now gone.

Liam stepped back, his eyebrows crushed together. He quickly hid the confusion on his face. “I-I apologize. It isn’t my place to pry.” He scratched the back of his head. “How about I keep my mouth shut and just walk you home? I won’t say a word.” She stared at him, trying to figure him out. Part of her thought he was flirting, the other thought he was just playing detective. She couldn’t make heads or tails of him. “It’s—” “Unless you ask me a question. Then I’ll answer it because it’s rude to ignore someone.” She laughed. “Why do I get the feeling you are a persistent little bugger?” He grinned at her, a sexy kind-of-embarrassed grin. “I don’t think I’ve ever been called a bugger, but the persistent thing... I can’t deny.” The tension in the air dissipated. They began walking again and Kallie quickened her pace to try and keep up with Liam. She was nearly jogging when she finally stopped racing. “Do you mind if we slow down a bit?” she huffed. Liam glanced back in surprise. “Sorry, I didn’t realize.” She dropped her head to the side and forced her breath to slow her racing heart. “You’re not even winded.” Liam shrugged. “It must be the running thing.” He carefully set his pace equal to hers. An odd thought crossed her mind but she tried to push it aside because it didn’t make sense. He couldn’t be like her father. His eyes were different. ~ END of EXCERPT ~

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