8Serie Vol.1 Geografia

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Caro Professor, Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribuídos a todos os estudantes da rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edição a partir de 2010. As alterações foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos próprios professores, que postaram suas sugestões e contribuíram para o aperfeiçoamento dos Cadernos. Note também que alguns dados foram atualizados em função do lançamento de publicações mais recentes. Quando você receber a nova edição do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise as diferenças, para estar sempre bem preparado para suas aulas. Na primeira parte deste documento, você encontra as respostas das atividades propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor não serão editados em 2010, utilize as informações e os ajustes que estão na segunda parte deste documento. Bom trabalho! Equipe São Paulo faz escola.

GABARITO Caderno do Aluno de Geografia – 8ª série/9º ano – Volume 1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 RELAÇÕES ENTRE ESPAÇO GEOGRÁFICO E GLOBALIZAÇÃO

Página 3

O texto permite uma reflexão sobre o significado das relações que se desenvolvem em escala mundial. Refere-se a uma longa história de trocas culturais entre diversos grupos sociais e nações. Considerando que as trocas atuais são muito mais volumosas e aceleradas, até onde terão chegado as influências entre os povos? Isso não dará condições para perceber que, na atualidade, a escala mundial está bem mais plena de relações? Será que estamos nos transformando em “cidadãos do mundo”, bem mais do que apenas cidadãos nacionais? Neste sentido, sugerimos ao professor repassar com os alunos o significado dos seguintes termos presentes no texto. –

Oriente Próximo: refere-se à região do Oriente Médio. O termo Oriente Próximo

é utilizado quando se tem como referência a Europa. –

Europa setentrional: o mesmo que norte da Europa.



Fiados: qualquer filamento ou fibra têxtil que se reduziu a fio.



Mocassins: tipo de calçado criado pelos indígenas norte-americanos, feito de

couro cru, que envolvia o pé, sem sola dura e sem salto. Na atualidade corresponde ao tipo de sapato de couro, baixo e que tem como qualidade ser confortável. –

Gauleses: povo celta conquistado pelos romanos e que habitava a Gália, antiga

região correspondente, hoje, ao território da França. –

Masoquista: diz-se de pessoa que busca o sofrimento. No texto, o autor emprega

ironicamente o termo referindo-se ao sofrimento resultante do ato de se barbear.



Sumerianos: povo originário da Suméria, uma das mais antigas civilizações da

Mesopotâmia (Ásia). –

Semitas: grupo étnico e linguístico que compreende os hebreus, os assírios, os

aramaicos, os fenícios e os árabes. –

Narrativas: no texto corresponde à exposição de um acontecimento ou de uma

série de acontecimentos mais ou menos encadeada, reais ou imaginários, por meio de palavras ou de imagens. –

Divindade hebraica: deus hebreu.



Indo-europeia: ramo linguístico correspondente à maioria das línguas ocidentais.

Página 4

Considerando-se os diferentes ramos de atividades econômicas, espera-se que os alunos coletem materiais representativos de empresas transnacionais, ou mesmo consigam perceber o aumento da participação de produtos importados no cotidiano das famílias brasileiras. Tais alterações são representativas das mudanças ocorridas na economia brasileira após a abertura econômica ocorrida em meados de 1990, durante o governo Collor. Antes desse período, a industrialização brasileira fundamentava-se no modelo de substituição de importações. A redução das alíquotas de importação ocorridas com a abertura econômica imprimiu profundas alterações no modelo industrial brasileiro, responsável por consolidar a presença de capitais transnacionais em setores anteriormente protegidos. Em geral, os bens não duráveis (como os ramos alimentício, de higiene e limpeza, têxtil e calçadista) eram representativos do capital industrial de base nacional. Atualmente, esses setores passaram a pertencer a conglomerados transnacionais que adquiriram o controle de inúmeras marcas nacionais, consolidando sua presença na economia brasileira do século XXI. Evidentemente ainda perduram alguns grupos nacionais; porém, cada vez mais, imprimem menor peso no mercado nacional. Quanto às empresas produtoras de bens duráveis, historicamente pertencem a grupos transnacionais, em função dos altos investimentos para a sua instalação e produção, como ocorre nos setores de eletrodomésticos e automóveis.

Páginas 5 - 6

A elaboração do mapa terá como base a síntese dos dados coletados pelos alunos. Em sua elaboração, sugerimos que você ressalte aos alunos a importância da construção da legenda, assim como os acompanhe na definição da largura das setas, pois a densidade das mesmas representará a diferença de fluxos de uma região para outra do mundo.

Páginas 7 - 9

1. A figura representa o “encolhimento” do mapa do mundo em virtude do avanço nas tecnologias de transporte, o que permite percorrer a mesma distância em muito menos tempo. Desde 1500, com os barcos a vela, até 1960, com os jatos de passageiros. Por meio da metáfora do “encolhimento”, pode-se compreender a relativização das distâncias, que não são impedimentos para os contatos, desde que se tenham os meios técnicos para isso. a) Espera-se que os alunos identifiquem que o formato em funil representa o encurtamento das distâncias em função das sucessivas alterações nos meios de transporte ocorridas no decorrer da história. b) Espera-se que os alunos extraiam da figura os dados correspondentes ao encurtamento das distâncias derivadas das alterações ocorridas no sistema de transportes ao longo da história humana. Como demonstra a figura, entre os séculos XVI e XIX, as carruagens e as embarcações a vela deslocavam-se a 16 km por hora. Já com as locomotivas e as embarcações a vapor, transportes popularizados nos século XIX e XX, o deslocamento passou a ser bem maior chegando, respectivamente, 100 km/h e 57 km/h. Com a introdução dos aviões a propulsão e os a jato, popularizados na segunda metade do século XX, as velocidades tornaram-se muito acentuadas (480 a 640 km/h e 800 a 1100 km/h, respectivamente), diminuindo-se o tempo de deslocamento de um lugar a outro do planeta. c) Espera-se que os alunos identifiquem que, com a inserção de novos meios de transporte, houve encurtamento do tempo. Nesse sentido, o espaço ganha novas dimensões, pois pessoas e mercadorias chegam em menor tempo aos seus destinos, modificando as relações sociais e econômicas entre os povos. Espera-se também que

os alunos identifiquem novas formas de encurtamento das distâncias, tais como popularização da aviação comercial, surgimento do trem-bala, podendo até mesmo destacar a velocidade da transmissão de informações por meio de cabos de fibra óptica, TV a cabo e internet. d) Espera-se que os alunos destaquem a evolução do sistema de transportes, responsável pelo encurtamento das distâncias e pela aproximação dos mercados. 2. a) Espera-se que os alunos extraiam do mapa os seguintes dados: o maior número de comunidades quilombolas concentram-se nos Estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, da Bahia, do Maranhão e do Pará. b) Como grande parte dessas comunidades encontra-se isolada, pois resultam das antigas áreas de abrigo de escravos, espera-se que os alunos identifiquem dificuldades relativas à circulação de produtos e serviços característicos de áreas mais urbanizadas e, portanto, disponibilizados pelas redes globalizadas. Podemos também enfatizar o fato de que a internet tornou-se um meio adequado para a difusão dos direitos dessas comunidades, principalmente no que concerne ao direito à terra e ao reconhecimento da identidade particular desses grupos. Há inúmeros sites de divulgação, como o da Comunidade Pró-Índio de São Paulo (Disponível em: . Acesso em: 08 dez. 2009).

Página 10

A tabela demonstra a desigualdade entre os continentes em relação à difusão da internet, demonstrada pela nº de internautas no mundo. A disparidade entre os países e regiões representativas do mundo desenvolvido (Europa, Canadá e EUA e Ásia/Pacífico) e o restante do mundo (países emergentes e subdesenvolvidos) é muito grande, notadamente na África e no Oriente Médio. Portanto, a frase relata apenas a existência de uma possibilidade tecnológica, sem considerar que o acesso aos sistemas técnicos é desigual, não atingindo a todos igualmente. A tabela, portanto, evidencia que, de fato, a globalização é seletiva.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 DIFERENÇAS REGIONAIS NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO

Páginas 12 - 15

1. O texto conduz o leitor a uma análise geral dos efeitos da globalização em diferentes níveis e setores da vida em sociedade. Sugere-se, portanto, que o aluno considere desde situações locais, como a questão das demissões em alguma empresa importante na cidade ou na região; um setor produtivo que empregue muitas pessoas e dependa das exportações para garantir empregos e salários, mas também situações que estejam na mídia e que podem ser utilizadas como contexto para exemplificar os efeitos da globalização em diferentes escalas. Além disso, é importante que você pondere com os alunos, na discussão desse texto, que a formação dos blocos econômicos supranacionais (União Europeia, por exemplo) obedece à lógica do capitalismo, baseado no princípio neoliberal de redução de custos, aumento da produtividade e maximização dos lucros. Portanto, a globalização da economia, apoiada na eficiência cada vez maior dos sistemas produtivos, dos meios de transporte e de comunicação, contribui para a ampliação dos mercados e o encurtamento das distâncias, tornando esse processo uma tendência inevitável em escala planetária. a) A globalização, ao facilitar a expansão das empresas transnacionais e ampliar o comércio mundial, auxilia no aumento do poder dessas empresas sobre as ofertas de emprego e a fixação dos salários, por exemplo. b) Espera-se que os alunos, a partir da leitura e da análise do texto, façam uma reflexão sobre as consequências da globalização na dinâmica econômica e, especificamente, no mercado de trabalho. A tendência é a de que os alunos concordem com a afirmação do autor, mas podem surgir opiniões diferentes. O importante é que você estimule a argumentação do aluno para justificar sua posição. 2. O texto traz um tema já estudado pelos alunos na 6a série/7o ano, a regionalização brasileira. Portanto, já deverão estar familiarizados com os termos regionalização, região e problemática regional. Agora, na 8a série/9o ano, busca-se aprofundar o

tema estabelecendo relações entre as diferentes escalas do espaço mundial. Na discussão, sugere-se ressaltar a importância do meio na formação do espaço, assim como a influência exercida pelos sistemas técnicos na divisão territorial do trabalho. Alguns exemplos: a cultura do habitante da Amazônia é muito influenciada pelas águas e pela floresta; os sistemas coloniais influenciam na divisão do trabalho entre metrópoles e colônias.

Páginas 15 - 16

1. Espera-se que os alunos indiquem formas de acesso a notícias e fatos facilitadas pela diversidade dos meios de comunicação e informação, como o uso da internet, o acesso à TV a cabo, o uso de caixas eletrônicos, a rapidez na emissão de documentos (Poupatempo) etc. Além disso, é possível constatar a grande expansão do comércio de bens duráveis e não duráveis vendidos em lojas popularizadas como “lojas de 1,99”. 2. a) Espera-se que os alunos identifiquem um exemplo contundente da globalização dos mercados no trecho em que o autor descreve em que condições as hortaliças africanas podem ser adquiridas, transportadas e vendidas no dia seguinte no mercado londrino. b) O autor destaca que as encomendas realizadas pelos europeus só são possíveis pela facilidade de bons acessos telefônicos. c) Espera-se que os alunos percebam que a realidade do Brasil é diferente da observada no continente africano. Apesar de o Brasil apresentar níveis diferenciados de desenvolvimento regional, o setor de telecomunicações estende-se por quase todo o território nacional. Portanto, no caso brasileiro, o acesso a esses benefícios torna-se irregular em função da distribuição irregular da renda, e não em decorrência de investimentos na infraestrutura das telecomunicações brasileiras. Isto posto, valerá discutir com os alunos que a situação africana abarca as duas vertentes desse problema, pois o continente apresenta baixos investimentos em infraestrutura de comunicações, assim como apresenta os piores índices de renda na escala mundial.

Página 17

O objetivo é que o aluno desenvolva e justifique as seguintes ideias: dependência tecnológica, financeira, política, cultural etc. e suas consequências, como o aumento das disparidades, fosso quase intransponível sem investimentos e desenvolvimentos de tecnologias próprias.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 AS POSSIBILIDADES DE REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Páginas 18 - 19

1. a) Esse mapa-múndi já contém uma primeira regionalização natural do mundo: a divisão por continentes (Américas, Europa, Ásia, África e Oceania), baseada em fatores naturais, pois apresenta a divisão entre terras emersas (continentais e ilhas) e os oceanos e mares. b) A resposta dependerá dos produtos encontrados pelos alunos, mas o sentido dos fluxos deve auxiliar a identificação de uma forma de regionalização que considere países e regiões de economia mais dinâmica em relação ao mercado brasileiro. Dessa forma, espera-se que a maioria dos produtos seja de empresas transnacionais, tendo suas sedes em países ricos. Provavelmente, serão lembrados os Estados Unidos, o Canadá, o Japão e a Europa em geral, ou mais particularmente, os países da Europa Ocidental. 2. Você poderá conversar com os alunos sobre a importância dos países que formam os blocos econômicos apresentados no mapa e que possuem comércio com o Brasil. No caso do Mercosul, em virtude do provável ingresso da Venezuela no bloco sulamericano, mas que ainda não se definiu, sugerimos que você realize uma pesquisa quando do momento de sua aula. Para que o país seja aceito como membro permanente do Mercosul, seu nome deverá ser ratificado por todos os países membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Já houve aprovação dos congressos uruguaio e argentino estando em processo de votação no Brasil e no Paraguai. Em outubro de 2009, o senado brasileiro aprovou o ingresso do país, o que precisará ainda ser ratificado pela Câmara para posterior aprovação do presidente da república. O Paraguai aguarda a posição brasileira para se definir. a) Espera-se que os alunos identifiquem e discutam as semelhanças entre os agrupamentos, já que o mundo contemporâneo é muito influenciado por

países/regiões/blocos com economia mais dinâmica, como os da União Europeia e os do Nafta, representados no mapa. b) O bloco americano, tendo o dólar como referência monetária, está sob a liderança dos Estados Unidos. É fundamental ressaltar que esse país exerce incontestável influência regional, mas, acima de tudo, sua influência se dá na escala global. O segundo bloco é o europeu, cuja referência monetária é o euro, sob comando dos países que compõem a União Europeia e com significativa influência no norte da África e parte do Oriente Médio. Esse bloco também exerce poderosa influência na escala global e tem sido citado como o responsável pelo abalo da posição do dólar como moeda hegemônica global. Finalmente, temos o bloco da Ásia ou do Pacífico. A referência monetária ainda é o iene (japonês) e a área de projeção econômica compreende o chamado Cinturão do Pacífico, a China, a Austrália e a Nova Zelândia. Sem esquecer que, nesse bloco, a influência dos Estados Unidos é, também, muito significativa. c) A China, com seu dinamismo econômico, destaca-se no bloco do Pacífico, colocando em xeque a liderança do Japão na região. Mas não somente entre os blocos o poder das influências se altera. Entre blocos ou entre regiões, novos laços se estabelecem. O Brasil, por exemplo, tem procurado, estrategicamente, incrementar o intercâmbio comercial com a China, fazendo acordos comerciais e, com isso, diminuir sua dependência (e a do restante da América do Sul) dos EUA. O Brasil já é o principal parceiro comercial da China na América Latina. Empresas brasileiras têm ampliado seus negócios naquele país, exportando, por exemplo, as turbinas geradoras para a hidrelétrica de Três Gargantas. A cooperação estende-se para o setor aeroespacial, com o desenvolvimento conjunto de satélites para meteorologia e telecomunicações. Sugere-se que você destaque o papel de alguns países no âmbito das influências econômicas globais, principalmente após o período de crise econômica verificado no mundo no ano de 2009. Neste sentido, ressalta-se a influência de um grupo de países conhecidos por BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), formado por economias emergentes e que tem se destacado no cenário econômico mundial.

Páginas 20-22

1. Sistema Bipolar Países líderes Países aliados

Estados Unidos

União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

Países capitalistas como Reino

Países socialistas localizados no Leste

Unido, França, Alemanha Ocidental

Europeu: Tchecoslováquia, Hungria,

ou República Federativa da

Romênia, Bulgária, Polônia, Alemanha

Alemanha (RFA), Canadá, Austrália

Oriental ou República Democrática da

e outros ligados aos EUA por

Alemanha (RDA) e outros ligados à

acordos como a Otan.

URSS por acordo militar como o Pacto de Varsóvia.

2. a) Maiores polos de comércio mundial Áreas de maior fragilidade nas trocas mundiais

A União Europeia, o bloco dos países asiáticos e da Oceania, os países que compõem a América do Norte. A África, o Oriente Médio, a CEI e a América Latina.

3. O primeiro mapa representa a divisão bipolar do mundo entre capitalismo, sob a hegemonia dos Estados Unidos, e socialismo, sob a liderança da extinta URSS, além das regiões periféricas dominadas por esses países polarizadores. Essa divisão, típica do período da Guerra Fria, foi superada com o fim da URSS e pelo domínio do capitalismo, ainda sob a forte liderança dos EUA. Nessa nova configuração, surgem novos centros econômicos no mundo que polarizam suas regiões, ampliando as relações de influência regional e global, como mostra o segundo mapa. 4. Alternativa b. A organização dos países em blocos econômicos regionais não corresponde a todas as dinâmicas importantes que ocorrem na ordem mundial contemporânea que se organiza de modo multipolar. Um país como a China, de

imensa população e produção, com enorme potencial de crescimento, conta sozinho como uma força importante nessa nova ordem mundial.

Páginas 22 - 23

No texto dos alunos, espera-se que sejam contemplados os seguintes aspectos: • A indicação de que os EUA, o Canadá, os países da Europa Ocidental, o Japão e a Austrália são representativos dos países centrais, enquanto os países africanos, parte dos asiáticos e dos latino-americanos representam os países periféricos. • A condição marginal na participação de troca mundial de mercadorias de certas áreas do planeta (América do Sul e Central, África e partes da Ásia) corresponde a uma indicação, entre outras possíveis, da condição de subdesenvolvimento (ou de atraso econômico) de alguns países, o que corresponde a uma possível visão de divisão do mundo entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Essa condição à margem dos grandes fluxos comerciais do mundo não significa que os países da “periferia” não se relacionam com os do “centro”. As relações existem, porém elas são marcadas por várias desigualdades e desvantagens econômicas nas transações e no poder de decisão. Espera-se, também, que a análise permita aos alunos questionar se ainda é possível enxergar nesse mundo multipolar um centro e uma periferia. Dessa forma, eles podem concluir que a fragilidade e a condição periférica na ordem mundial contemporânea ainda permanecem em inúmeras áreas do mundo. Não é tão importante que eles concluam algo correto, o que importa é que eles percebam e compreendam a existência de desigualdades.

Páginas 23 - 24

1  M  U  L  T  I  P  O  L  2  U  R  S 

3  B  I 

4  P A  Í  S 

6  P A R I  D A D Í  S  7  E  E  S  U P O L  A R I  O O B R 8  E  S  C E  N T  S  A F  5  T  A



11 9  M D A  D E  Ó R  L  C  A 10 O R A  I  S  P  U 12  B E  R L  I  M  C  E  N  E 

Páginas 24 - 25

1. Alternativa d. Diferentemente do senso comum que costuma afirmar sobre uma situação de integração geral no mundo, de eliminação das desigualdades, de ampliação do desenvolvimento, o processo de globalização ainda não traz esses indícios. Ao contrário, são novas as desigualdades. 2. Alternativa d. De fato não é mais adequado olhar o mundo a partir de dois polos bem marcados pelo socialismo e pelo capitalismo – uma ordem bipolar –, pois parece mais real admitir um mundo multipolar, cujas expressões mais importantes são a formação de blocos econômicos e o poderio de certas nações.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 OS PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS SUPRANACIONAIS

Páginas 26 - 27

1. O texto apresenta uma síntese histórica da União Europeia, desde a sua formação até a atualidade. Peça para os alunos verificarem no mapa da página 28 a localização desses países, levando em consideração a data de ingresso de cada membro na organização. Espera-se que eles identifiquem não apenas o assunto, mas percebam que o texto apresenta um panorama histórico desde a fundação da União Europeia em 1957, considerando o período pós-guerra e a necessidade de reorganização das economias mundiais. 2. A necessidade de reorganização no período pós-II Guerra Mundial. 3. Esses países eram socialistas e só começaram a se aproximar da economia capitalista da Europa Ocidental depois da crise do bloco socialista e o fim da Guerra Fria, o que possibilitou a transição para o capitalismo e a busca de fortalecimento regional. Esse processo resultou na assinatura do Tratado de Nice, em 2001, e o efetivo ingresso na União Europeia.

Páginas 28 - 30

1. O mapa permite que os alunos destaquem todos os dados solicitados, desenvolvendo, dessa forma, uma habilidade importante que é a de transposição de linguagens. Nesse sentido, a atividade permite que os alunos leiam e extraiam informações do mapa e organizá-las de outra forma, ou seja, em formato de tabela.

União Europeia Ano de ingresso

País

Adota o euro?

1957

Bélgica

sim

1957

Holanda

sim

1957

Luxemburgo

sim

(1957) [1990]

Alemanha (Ocidental) [após unificação da

sim

Alemanha] 1957

França

sim

1957

Itália

sim

1973

Reino Unido

não

1973

Irlanda

sim

1973

Dinamarca

não

1981

Grécia

sim

1986

Espanha

sim

1986

Portugal

sim

1995

Finlândia

sim

1995

Áustria

sim

1995

Suécia

não

2004

Estônia

não

2004

Lituânia

sim

2004

Letônia

sim

2004

Polônia

sim

2004

República Tcheca

sim

2004

Eslováquia

sim

2004

Hungria

não

2004

Chipre

sim

2004

Malta

sim

2004

Eslovênia

sim

2007

Bulgária

não

2007

Romênia

não

2. Aqui novamente os alunos poderão completar a atividade com o que foi discutido em sala. Espera-se que eles citem os principais tratados e acordos fundamentais para a constituição da União Europeia, bem como a ampliação no número de países membros. Por exemplo: – Tratado de Haia (1947): Bélgica, Luxemburgo e Holanda (BENELUX); – Tratado de Paris (1948): uniram-se aos países anteriores a Alemanha Ocidental, a França e a Itália (Ceca); esses países deram origem ao Mercado Comum Europeu (1957). O importante nesta proposta é que os alunos busquem reorganizar as informações do texto, destacando os elementos mais importantes.

Páginas 31 - 37

Observação! Professor, na organização das atividades do Caderno do Aluno, optou-se por explorar o texto referente ao Mercosul antes da atividade relativa à Alca, uma vez que esta supõe dos alunos certos conhecimentos a respeito do Mercosul. 1. a) Eliminação das tarifas alfandegárias de centenas de produtos, criando uma zona de livre-comércio para a atuação das empresas; livre circulação de mercadorias e dólares entre os países integrantes; restrições ao livre trânsito de trabalhadores entre os países, impedidos de migrar em busca de melhores condições de vida. b) O Canadá tem a vantagem de ampliar seu mercado escoando sua produção para mais de 430 milhões de habitantes, mas pode, com isso, aumentar ainda mais sua dependência dos Estados Unidos. O México igualmente usufrui da ampliação do mercado consumidor. Porém seus sérios problemas sociais e sua fragilidade econômica o deixam numa situação mais fragilizada perante os demais integrantes do Nafta. Ele também se destaca como fornecedor de mão de obra barata para empresas transnacionais dos Estados Unidos. Estes, por sua vez, levam vantagem com o Nafta, pois ampliaram seu mercado consumidor e tiveram acesso à abundante mão de obra barata mexicana. Entretanto, precisam resolver o problema social dos milhões de imigrantes ilegais que vivem no país, principalmente mexicanos.

2. Espera-se que os alunos percebam que o Mercosul só passou a existir após a aproximação de seus maiores membros, ou seja, Brasil e Argentina. O bloco nasceu da aproximação geopolítica entre o Brasil e a Argentina e dos acordos prévios de integração econômica bilateral firmados entre os dois países. A precondição para a cooperação diplomática e econômica foi a redemocratização política: em meados da década de 1980, ambos transitaram de ditaduras militares para regimes civis baseados em eleições livres. Após as mudanças políticas ocorridas nos dois países e a intensificação do processo de globalização, o empenho em transformar o rompimento dessa situação em fronteiras comerciais abertas tem como ponto de partida o fato de a América do Sul constituir uma unidade física contínua, propiciadora de oportunidades de cooperação. 3. a) A resposta encontra-se logo no início do texto: ao analisar os resultados da balança comercial dos Estados Unidos nos últimos anos, ganha sentido o interesse norte-americano em compor uma área de livre-comércio com toda a América, pois apresenta superávits de exportação somente em comparação com a América Latina. Em relação a todos os outros continentes, a balança comercial norte-americana é deficitária. b) Os países latino-americanos têm, em geral, receio de uma integração continental, porque os interesses norte-americanos não são convergentes em relação às reais necessidades dos povos latino-americanos. Isso se comprova nas diversas formas de intervenção norte-americana em países da América Latina. 4. Espera-se que os alunos identifiquem nos textos motivações do governo brasileiro em fortalecer o seu papel comercial na América do Sul. Nesse sentido, em relação à concretização da Alca, a maior resistência vem do governo brasileiro que não tem medido esforços para, de certo modo, retardar sua efetivação. A posição brasileira é em defesa do Mercosul, atualmente o quarto maior bloco de mercado do mundo, com um PIB conjunto que já supera 1 trilhão de dólares, e tem efetuado parcerias de livre mercado com vizinhos, ampliando o seu poder na região.

Página 37

Nos textos acerca dos blocos econômicos, há inúmeros dados e informações para auxiliar na elaboração desta carta. Sugere-se também que os alunos sejam instruídos a utilizar todos os procedimentos e normas adequados à elaboração de uma carta. Nesse sentido, sugerimos que a atividade seja realizada em parceria com o professor de Língua Portuguesa, que se encarregaria de desenvolver tais procedimentos, inclusive considerando-se o trabalho como atividade interdisciplinar.

Páginas 37 - 38

Alternativa c, conforme os números 1 a 4 inseridos ao lado de cada um desses blocos econômicos.

AJUSTES Caderno do Professor de Geografia – 8ª série/9º ano – Volume 1

Professor, a seguir você poderá conferir alguns ajustes. Eles estão sinalizados a cada página.

Geografia – 8a série, 1o bimestre

de vestuário é produzida na China e em outros países do Sudeste Asiático, enquanto a maioria dos automóveis, embora fabricados em parte no país, são provenientes de empresas com sedes originais em outros países (Alemanha, França, Itália, EUA, Japão). A pesquisa pode ser ampliada para verificar produtos culturais: música e cinema, por exemplo.

Oficina de cartografia da Sciences Po

Projeção Bertin 1953

Essa tabela será a matéria-prima para a elaboração, em um mapa-múndi mudo como o da Figura 1 (apenas com as divisões políticas que delimitam os países), da representação dos fluxos que indicam a origem e o destino dos produtos da “escala global” que circulam por aqui, além de localizar também a matriz das empresas que fabricam os produtos.

Figura 5 – Projeção Bertin. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 136.

Na efetivação desse trabalho os alunos precisam ser orientados para alguns procedimentos básicos, como:

ff criar um título para o mapa elaborado.

ff cartografar os dados extraídos da tabela elaborada, indicando a origem e o destino dos fluxos de mercadoria, por meio de setas;

Mas isso ainda não é suficiente para a construção da ideia da configuração geográfica da escala global. Entretanto, deve ser suficiente para sugerir algumas características da globalização, ou seja:

ff utilizar um atlas como auxiliar referencial para o preenchimento adequado do mapa mudo;

ff uma certa homogeneização dos lugares a partir da uniformização dos processos produtivos, do consumo, dos hábitos;

19

Geografia – 8a série, 1o bimestre

Figura 3 – Comunidades quilombolas. Fonte: Adaptado de Fundação Palmares/Agência Brasil.

Por contraditória que seja a expressão, a globalização não é universal. Mas pode-se afirmar que ela já implica maior interdependência dos países entre si e das pessoas de certa maneira; uma articulação instantânea entre os diferentes lugares do mundo (conexão on-line), uma certa tendência à uniformização de padrões culturais. Pode-se dizer que a multiplicação dos espaços de lucro (domínio de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-primas) foi uma força que conduziu o mundo à glo-

balização. Entretanto, até este momento, há limitações para a amplificação do fenômeno: o progresso técnico atinge poucos países e regiões e, ainda assim, de forma circunscrita e com efeitos que não vão se generalizar. Está em construção uma nova cartografia do mundo, com as redefinições no espaço geográfico. O professor poderá trabalhar com diferentes mapas de diferentes tempos, como veremos nas próximas Situações de Aprendizagem, para que os alunos possam visualizar essas transformações espaciais.

23

Filmes assistidos, o uso da internet, conteúdos anteriores de História e Geografia podem auxiliar. Provavelmente nesse levantamento inicial os olhares dos alunos estarão voltados para as questões relacionadas aos hábitos, modos de vida, esporte, itens de consumo (vestuário, automóveis, eletroeletrônicos), além dos produtos da indústria cultural e de entretenimento, principalmente música e cinema dos Estados Unidos. Afinal, estamos inseridos na sociedade de consumo, e os apelos publicitários são muito eficazes. O professor pode, novamente, recordar o texto de García-Canclini, lido na Situação de Aprendizagem 2.

Essas informações são importantes para uma primeira caracterização. O aluno deverá ser auxiliado a completar esse rol de informações que permitem a identificação dos países e, novamente, o professor deve propor que pensem em possibilidades de agrupamentos de países em função dessa caracterização inicial.

Etapa 2 – Principais processos de integração regional, 2007 Agora os alunos irão trabalhar com o mapa da Figura 4 que reproduz os blocos de poder no mundo contemporâneo, indicativo da atual regionalização.

Principais processos de integração regional, 2007 APEC

APEC

UE

NAFTA

ALCA MERCOSUL

Benoît MARTIN, dezembro 2006

ASEAN

Fonte: http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/ http://www.aseansec.org/ http://www.nafta-sec-alena.org/ http://www.apec.org/ http://www.ftaa-alca.org/ http://www.mercosur.int/

12 831 6 445 3 078

PIB nacional e regional (em bilhões de dólares PPA)

861

Figura 4 – Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.

32

Geografia – 8a série, 1o bimestre

A ideia central caracteriza-se como hipótese geral da unidade, que será demonstrada mediante o raciocínio do autor.

nio, e não a mera reprodução de parágrafos. O resumo pode ser escrito com outras palavras, desde que as ideias sejam as mesmas do texto.

ff Quais argumentos o autor defende? Qual é o seu raciocínio? É mediante o raciocínio que o autor demonstra sua tese. O raciocínio do autor compõe a estrutura lógica do texto.

Esta análise fornece as condições para construir tecnicamente um roteiro de leitura, para orientar os estudos, seminários e estudos dirigidos.

A análise temática serve de base para o resumo do texto: a síntese das ideias do raciocí-

A seguir, recomendando que o mapa da Figura 4 seja novamente examinado, apresentaremos algumas informações sobre as principais organizações econômicas supranacionais, para auxiliar na realização da próxima ativi-

União Europeia

Jaime Tadeu Oliva

A ideia de uma organização que congregasse as economias de vários países europeus se tornou mais forte com o final da II Guerra Mundial, em decorrência da desestruturação econômica provocada pelo conflito. Em 1947, pelo Tratado de Haia, Bélgica, Luxemburgo e Holanda criaram uma área de livre-comércio denominada BENELUX – nome que reúne as iniciais de cada um dos países-membros: BE de Bélgica, NE de Netherland (Holanda) e LUX de Luxemburgo. Em 1948, pelo Tratado de Paris, seis países europeus uniram-se, formando outra en-

Fonte: Adaptado: SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez Editora, 1998.

dade, que é a de trabalhar comparativamente esses diferentes blocos econômicos. Comecemos com a União Europeia, a partir da leitura do texto a seguir:

tidade econômica denominada Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Ceca), com o intuito de reorganizarem sua base industrial. Essa pode ser considerada a base inicial de uma nova organização, o Mercado Comum Europeu (MCE), nascido em 1957, pelo Tratado de Roma. Surgiu naquele momento a “Europa dos 6”: Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Alemanha Ocidental, França e Itália. O Tratado de Roma pode ser considerado responsável pelo nascedouro da União Europeia. Em 1973, mais três países solicitaram o ingresso na organização, e Reino Unido, Irlanda e Dinamarca passaram a fazer parte do primeiro grande bloco de livre-comércio

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do mundo. Na década de 1980, após o fim das ditaduras em seus países, ingressaram Portugal, Espanha e Grécia. Com a desintegração da URSS, responsável pelo fim da Guerra Fria, e o fim da influência soviética no Leste Europeu, os doze países do MCE ampliaram seus objetivos, com o claro intuito de fortalecer a Europa diante da Nova Ordem Mundial, agora mais econômica e menos militarizada. Em 1992, aconteceu na Holanda o encontro dessas nações para assinatura do Tratado de Maastrich, por meio do qual foi criada a União Europeia, ampliando as alianças econômicas e políticas entre os países-membros. Com isso, estabeleceu-se uma área de livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais. Em 1995, a nova conjuntura mundial atraiu mais três países para a organização: Suécia, Finlândia e Áustria, formando a “Europa dos 15”. Com a assinatura do Tratado de Amsterdã, em 1997, os países da União Europeia instituíram o passaporte único e a moeda única, o euro – que começou a ser utilizado em 1999 somente em

Peça agora para os alunos verificarem no mapa da Figura 9 a localização desses países, levando em consideração a data de ingresso de cada membro na organização, algo que o mapa está representando.

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transações comerciais e financeiras, entrando definitivamente em circulação em 2002. Em 2001, a assinatura do Tratado de Nice ampliou ainda mais o número de membros da União Europeia, pois entraram nesse momento muitos dos antigos países socialistas que viviam sob a influência direta da URSS – Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Polônia, Estônia, Lituânia, Letônia e Eslovênia –, além de Malta e Chipre. Como resultado desse tratado, em 2004 nascia a “Europa dos 25”. Em 2007, ingressaram ainda Bulgária e Romênia, formando a “Europa dos 27”. Para fazer valer todos os compromissos assumidos em 1957 com o Tratado de Roma, ainda serão necessários a consolidação de uma política militar comum e um maior empenho dos países-membros em relação às questões internacionais. Referências Europa – União Europeia. Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2009. VICENTE, Paulo. O Tratado de Roma: nos cinquenta anos da Europa. Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2009. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola

A seguir, apresentaremos informações iniciais sobre o Nafta, que deverão ser aprofundadas após a conclusão da pesquisa a ser realizada pelos alunos.

Geografia – 8a série, 1o bimestre

região no trato dos desafios e oportunidades da globalização. A organização aprofundada da convivência no espaço sulamericano pode ampliar vantagens comparativas em um processo de inserção competitiva na economia mundial, na medida em que os vetores logística/transporte, telecomunicação/energia forem desenvolvidos para adicionar valor e reduzir custos, estimulando, num clima de paz, os elos do comércio e do investimento.

ses, com a eliminação completa das tarifas de importação. Também propôs uma Tarifa Externa Comum (TEC), por meio da qual produtos importados de países não pertencentes ao bloco só podem circular no interior dos mesmos se as normas tarifárias atenderem aos interesses de cada um dos países do bloco. Essa integração comercial abrange uma área de quase 12 milhões de km2 e um mercado consumidor com mais de 240 milhões de pessoas, envolvendo um PIB de 1,312 trilhão de dólares (2006).

BRASIL

PARAGUAI ARGENTINA URUGUAI

0

Figura 10 – Mercosul. Fonte: Organizado por Jaime Tadeu Oliva especialmente para o São Paulo faz escola, 2008.

Seguindo a tendência que vigorou como forma de reorganização econômica dos estados pós-Guerra Fria, o Mercosul, a partir de 1994, definiu como metas a implantação de uma área de integração dos mercados, consolidando o livre-comércio entre os quatro paí-

Dos quatro membros do bloco, as maiores economias são as do Brasil e da Argentina (juntas, correspondem a 80% das transações do bloco). Também apresentam diferenciações quanto aos custos de produção e tipo de setores que recebem os maiores investimentos. Enquanto o Brasil possui um parque industrial bem mais diversificado que o da Argentina, com tecnologia avançada, maior produção e salários mais baixos, o país vizinho lidera a N produção de grãos, frutas e pecuária, apresentando custos mais baixos que o brasileiro nes936 km tes setores. Desta forma, a integração regional entre estes dois países transformou o Mercosul num eixo prioritário do comércio exterior brasileiro. A Argentina, nos primeiros anos de funcionamento do bloco, tornou-se, isoladamente, o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Só para exemplificar, em 1997, o bloco do Cone Sul respondeu por mais de 16% da corrente

47

Geografia – 8a série, 1o bimestre

O mapa representa a divisão bipolar do mundo entre capitalismo, sob a hegemonia dos Estados Unidos, e socialismo, sob a hegemonia da extinta URSS, além das regiões periféricas dominadas por um e

outro. Essa divisão, típica do período da Guerra Fria, foi superada com a extinção do socialismo na URSS e pela hegemonia do capitalismo, ainda sob a forte liderança dos EUA.

5. Considerando o mapa apresentado a seguir e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta: Principais processos de integração regional, 2007 APEC

APEC

UE

NAFTA

ALCA MERCOSUL

Benoît MARTIN, dezembro 2006

ASEAN

Fonte: http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/ http://www.aseansec.org/ http://www.nafta-sec-alena.org/ http://www.apec.org/ http://www.ftaa-alca.org/ http://www.mercosur.int/

12 831 6 445 3 078

PIB nacional e regional (em bilhões de dólares PPA)

861

Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.

a) Os países da União Europeia, diferentemente dos Estados Unidos e do Japão, são os mais dinâmicos economicamente, porque são os únicos a se organizar em blocos regionais. b) Não são somente os países que se organizam em blocos regionais que atuam no comércio em escala mundial. Esse

é o caso da China, que de forma independente é uma potência comercial. c) A América do Sul com a constituição do Mercosul está se isolando do processo de globalização, visto que essa organização restringe as relações com a escala mundial.

53

2

1

Projeção Bertin 1953

Oficina de cartografia da Sciences Po

3

4

Projeção Bertin. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 136. Adaptado para fins didáticos.

a) Nafta, Mercosul, União Europeia, Bloco Asiático.

e) Nafta, Mercosul, Bloco Asiático, União Europeia.

b) União Europeia, Bloco Asiático, Nafta, Mercosul.

O mapa em questão possui alguns números de 1 a 4 inseridos na posição de alguns blocos econômicos e a sequência correta está expressa na alternativa c.

c) União Europeia, Nafta, Mercosul, Bloco Asiático. d) Nafta, Bloco Asiático, União Europeia, Mercosul.

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Geografia – 8a série, 1o bimestre

3. Analise as informações do mapa a seguir e escreva um pequeno texto relacionando-o ao processo de globalização.

Principais processos de integração regional, 2007 APEC

APEC

UE

NAFTA

ALCA MERCOSUL

Benoît MARTIN, dezembro 2006

ASEAN

Fonte: http://www.unctad.org/ http://europa.eu.int/ http://www.aseansec.org/ http://www.nafta-sec-alena.org/ http://www.apec.org/ http://www.ftaa-alca.org/ http://www.mercosur.int/

12 831 6 445 3 078

PIB nacional e regional (em bilhões de dólares PPA)

861

Principais processos de integração regional, 2007. Fonte: DURAND, M.-F. et al. Atlas de la mondialisation. Édition 2008. Paris: Presses de Sciences Po, 2008. p. 41.

O mapa representa as principais forças regionais que atuam na escala mundial, com o destaque do bloco americano e da União Europeia.

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8Serie Vol.1 Geografia

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