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COLÉGIO ESTADUAL VITAL BRASIL DATA: 12/05/2020 DISCIPLINA: GEOGRAFIA PROF: TONGATÉ MASCARENHAS
VEGETAÇÃO BRASILEIRA 1ª ANO E.M
A vegetação do Brasil compreende as várias manifestações de formações vegetais existentes no país e que surgem conforme o tipo de clima e de relevo. Divididos entre grupos florestal e campestre, os tipos de vegetação florestal ocupam cerca de 60% do território brasileiro, enquanto a área restante é campestre.
O grupo florestal é constituído por mata atlântica, mata das araucárias, mata dos cocais, Amazônia (Floresta Amazônica) e Regiões Litorâneas (mangue e restinga). Enquanto isso, o grupo campestre é constituído por cerrado, caatinga, pampa e pantanal. Pampa Encontrado no sul do país, ocupando cerca de 2% do território nacional, o pampa é formado, principalmente, por arbustos, árvores pequenas, gramíneas e plantas rasteiras. Essa vegetação surge no Brasil, exclusivamente no Rio Grande do Sul, em virtude do clima subtropical. Os pampas constituem uma região natural e pastoril de planícies com coxilhas (colina localizada em regiões de campos, podendo ter pequena ou grande elevação, em geral coberta de pastagem) localizadas no sul da América do Sul. Ocupa mais da metade da área do Rio Grande do Sul, chegando ao Uruguai e parte da Argentina. Menos de 50% da vegetação está preservada.
Cerrado O cerrado predomina na região central do Brasil e apresenta um aspecto seco, tal como o das savanas encontradas principalmente na África. O tipo de vegetação presente na área de cerrado é caracterizado pelo clima tropical sazonal, em que o inverno é seco e chove no verão. No cerrado, encontra-se arbustos, árvores retorcidas e gramíneas. Mesmo que não totalmente conhecida, a flora do Cerrado é bastante diversificada. Sua cobertura vegetal é a segunda maior do Brasil, abrangendo uma área de 20% do território nacional. Apresenta as mais diversas formas de vegetação, desde campos sem árvores, ou arbustos, até o cerrado lenhoso denso com florestas-galeria. Reconhecido como a segunda savana mais rica do mundo em biodiversidade (a primeira é a savana africana que tem 10.750 espécies de plantas; 205 espécies de mamíferos; 741 espécies de aves; 151 espécies de répteis; 163 de anfíbios, e é a maior formação savânica e o terceiro maior bioma do mundo com área de 8.246.082 Km²), com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima flora com 7.000 espécies de plantas, sendo 4.000 endêmicas desse bioma. Os campos cobrem a maior parte do território. É essencialmente coberto por gramíneas, com árvores e arbustos. É subdividido em campo de cerrado e campo limpo, que se diferenciam na formação do terreno e na composição do solo, com declives ou plano. As árvores mais altas do Cerrado chegam a 15 metros de altura e formam estruturas irregulares. Apenas nas matas ciliares as árvores ultrapassam 25 metros e possuem normalmente folhas pequenas. Floresta Amazônica (Latifoliada Equatorial) A Amazônia abrange toda a região Norte, além de partes dos estados do Mato Grosso e do Maranhão e mais 8 países da América do Sul. Lá o clima é equatorial, quente e úmido. É uma floresta latifoliada (folhas largas e grandes), com grande biodiversidade (cerca de 2500 tipos de árvores e mais de 30 mil tipos de plantas). Há nela uma grande variedade de espécies vegetais: castanheiro, cipó, guaraná, jatobá, palmeira, seringueira e vitória-régia. A floresta amazônica é a vegetação brasileira mais atingida pelo desmatamento. Há três subtipos principais de vegetação amazônica, de acordo com a proximidade dos cursos d’água: mata de igapó, mata de várzea e mata de terra firme. Mata de igapó: também chamada de floresta alagada, a mata de igapó caracteriza-se por se localizar muito próxima aos rios, estando permanentemente inundada. Apresenta plantas de pequeno porte em comparação ao restante da vegetação da Amazônia e que costumam ser hidrófilas, ou seja, adaptadas à umidade. Possui, em geral, raízes elevadas que acompanham os troncos. Mata de várzea: assim como a mata de igapó, a várzea também sofre com as inundações, porém apenas no período das cheias dos grandes rios, por se encontrar em áreas um pouco mais elevadas. É uma mata muito fechada, com elevada densidade, árvores altas (em média 20m de altura) e, em geral, com galhos espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As espécies mais conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, essa última muito usada na extração de látex, a matériaprima da borracha. Mata de terra firme: também chamada de caetê, a mata de terra firme caracteriza-se por se encontrar relativamente distante dos grandes cursos d’água, localizando-se em planaltos sedimentares. Em razão disso, não costuma ser alvo de inundações, recobrindo a maior parte da floresta e apresentando as maiores médias de altura (algumas árvores chegam a alcançar os 60m).
Mata dos Cocais A Mata dos Cocais localiza-se entre os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. Surge em climas equatorial úmido e equatorial semiárido. É lá que estão os babaçus, árvore típica desse local, e outras árvores de grande porte, tais como açaí, buriti e carnaúba. Nas áreas mais úmidas do meio-norte, que se encontram no Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí, ocorre o desenvolvimento de uma espécie de coqueiro ou palmeira chamada de babaçu. Essa planta possui uma altura que oscila entre 15 e 20 metros. O babaçu produz amêndoas que são retiradas de cachos de coquilhos dos quais é extraído um óleo com uso difundido na indústria de cosméticos e alimentos. Nas regiões mais secas do meio-norte, que se estabelecem no leste do Piauí, e nas áreas litorâneas do Ceará, ocorre outra característica vegetal, a carnaúba. Carnaúba é uma árvore endêmica que pode alcançar aproximadamente 20 metros de altura, das folhagens se extrai a cera e a partir dessa matéria-prima são fabricados lubrificantes, a cera também é usada em perfumarias, na confecção de plásticos e adesivos. É considerada uma faixa de transição entre a Amazônia e a Caatinga. Mata das Araucárias (Floresta Aciculifoliada Subtropical)
Localizada no sul do Brasil e em partes do estado de São Paulo, o clima da Mata das Araucárias é subtropical. Nela surgem várias espécies vegetais, com predominância o pinheiro-do-paraná, árvore alta que mede mais de 30 metros. Daí resulta a formação de uma floresta bastante densa. É também conhecida como floresta aciculifoliada, sendo popularmente chamada de Mata dos Pinhais. A distribuição das árvores ocorre de forma mais aberta e espaçada, pois os pinheiros não permitem que nenhuma outra árvore cresça ao seu redor. As árvores adultas apresentam poucas ramificações (galhos), que se localizam mais na parte mais alta das árvores, que costumam ser altas, variando de 25 a 30 metros. Essa formação é também chamada de Floresta Ombrófila Mista, que se caracteriza pela mistura entre árvores angiospermas (produzem frutos) e gimnospermas, que é o caso da araucária (não produzem frutos, suas sementes são nuas). Vegetação Litorânea O imenso literal brasileiro, com mais de 7000 km de extensão, cria uma importante diversidade, que contribui para uma igual variabilidade de espécies animais. Essa riqueza natural é oriunda da diversidade de climas e relevos que compõem o território brasileiro. As vegetações litorâneas brasileiras são classificadas em dois principais subtipos: os mangues e as restingas, apresentando também vegetações rasteiras e alguns tipos de gramíneas. Os mangues (ou manguezais) são vegetações encontradas em regiões onde costumam haver o encontro entre as águas dos rios e dos mares. Trata-se de um ecossistema litorâneo presente em regiões tropicais e subtropicais, marcado por estar coordenado pelo regime das marés. As formações vegetais caracterizam-se pela sua resistência às águas salobras, marcantes nesse tipo de localidade.
No Brasil, a área dos manguezais está estimada em 25.000 km², o equivalente a 12% de todo o mangue existente no mundo. Eles distribuem-se por praticamente toda a zona litorânea, desde o Oiapoque, no Amapá, até Laguna, em Santa Catarina. As restingas são formações vegetais presentes em terrenos arenosos, geralmente nas zonas costeiras dos continentes, acompanhando a extensão das praias. Assim como nos manguezais, a vegetação das restingas possui como característica a sua capacidade de resistência à salinidade oriunda das águas e ambientes oceânicos. Possuem também habilidades estratégicas para resistirem à escassez de água doce, aos fortes ventos e à intensa arenização do solo. São espécies vegetais, em sua maioria, do tipo rasteiro. Caatinga A caatinga ocupa o sertão nordestino, onde o clima é semiárido e chove pouco. A vegetação é formada por plantas adaptadas ao clima seco, chamadas de xerófilas, em que ocorrem poucas chuvas. As principais espécies são o Mandacaru, o Xique-xique, a Aroeira e a Braúna e os cactos. As únicas árvores que não perdem as suas folhas durante o intenso calor são o Juazeiro e alguns tipos de palmeiras, pois suas raízes conseguem encontrar água no subsolo. Em decorrência disso, nela surgem as plantas que se mantém com pouca água, as quais são. Também surgem plantas como o facheiro e o mandacaru, mas no favorecimento de umidade, podem crescer na caatinga árvores como aroeira, baraúna e juazeiro. Com relação a fauna, existem aproximadamente 1.500 espécies distintas de animais catalogados, envolvendo aves, répteis, anfíbios, mamíferos e peixes.
Pantanal É a maior planície de inundação do mundo com 250 mil km² de extensão. A área do Pantanal compreende parte dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, chegando ao Paraguai. É nas áreas alagadas que surgem as gramíneas, enquanto os arbustos e palmeiras crescem nas áreas de maior altitude, onde o alagamento acontece de forma ocasional. Há espécies da floresta tropical, por sua vez, que crescem nas áreas onde não há alagamentos. O clima do Pantanal é predominantemente Tropical Continental marcado pelas altas temperaturas e grande índice pluviométrico, um verão quente e chuvoso e um inverno frio e seco. Dessa maneira, na época das chuvas, ou seja, no verão, o Pantanal fica praticamente intransitável por terra. Enquanto no período da seca, no inverno, os rios secam e sobra o barro, daí seu nome "Pantanal". Assim, o solo que se forma é utilizado como áreas de pastagens para o gado. Cerca de 650 espécies de aves povoam a região, entre eles, o tuiuiú, ave-símbolo do Pantanal, com as asas abertas ultrapassa os 2 metros de envergadura. Mata Atlântica (Latifoliada Tropical) Localizada principalmente na costa do Brasil, é fechada e densa. No passado, ocupava o litoral brasileiro desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte. Em virtude do intenso desmatamento que aconteceu efetivamente durante o século XX, teve sua área reduzida a menos de 8% da área original. O clima da Mata Atlântica é o tropical úmido, com temperaturas elevadas e chuvas abundantes, sem apresentação
de períodos de estiagem. Além disso, possui aspectos particulares, como vegetação típica de ambiente úmido, permanece constantemente verde e apresenta grande proximidade entre as árvores (densas). Esse clima e as chuvas são os fatores que propiciam a sua grande biodiversidade, a maior do mundo considerando cada hectare. As espécies incluem cedro, imbaúba, ipê, jambo, palmiteiro, pau-brasil e peroba. Apresenta 10 mil espécies de plantas e cerca de 800 espécies animais, entre mamíferos, aves, marsupiais, roedores, anfíbios, répteis e primatas. Tipos de vegetação de acordo com a presença de umidade: - Hidrófitas: vegetação presente, principalmente, em rios e lagos. São plantas aquáticas e subaquáticas. - Tropófitas: vegetação presente em ambientes onde ocorre variação de umidade durante o ano. São adaptadas para enfrentar épocas úmidas e secas. - Higrófitas: plantas presentes em locais com grande umidade. - Xerófitas: plantas que se desenvolvem em áreas secas (com baixa umidade). Geralmente apresentam espinhos e folhas pequenas. - Halófitas: vegetação típica de região de manguezal. Vivem em locais com muita umidade e solo com presença de salinidade. - Orófilas: comum em ambientes montanhosos de altitude elevada. São adaptadas as baixas temperaturas. Tipos de vegetação de acordo com as folhas das plantas e árvores: - Aciculifoliadas: plantas e árvores com folhas finas e pontiagudas. São comuns em regiões de baixas temperaturas como, por exemplo, no norte dos Estados Unidos e Canadá. - Latifoliadas: plantas e árvores com folhas largas e grandes. São comuns em regiões com presença de elevada umidade como, por exemplo, na Floresta Amazônica. - Caducifólias: vegetação que descarta suas folhas em períodos de seca ou frio rigoroso. Isto ocorre para que a planta ou árvore preserve a água em seu interior. São comuns em regiões de verão (chuvoso) e inverno (seco) bem definidos. - Perenifólias: são plantas e árvores cujas folhas são mantidas durante todo o ano.