era colonial carta 2

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E.E.E.M. DR. EDMAR FETTER LITERATURA 2º ANO E.M. - 26/04/2021 PROFª. KATIANE CASERO Habilidades desenvolvidas: Refletir criticamente sobre a construção identitária brasileira; Identificar assimilações, rupturas e permanências no processo de constituição da literatura brasileira e ao longo de sua trajetória, por meio da leitura e análise de obras fundamentais do cânone ocidental,

leia o Fragmento da Carta de Pero Vaz de Caminha

Essa terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, é toda praia parma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.

Agora leia o poema de Murilo Mendes

Carta de Pero Vaz. Murilo Mendes faz, neste poema, uma crítica aos interesses envolvidos no processo de colonização do Brasil.

A terra é mui graciosa, Tão fértil eu nuca vi. A gente vai passear, No chão espeta um caniço, No dia seguinte nasce Bengala de castão de oiro. Tem goiabas, melancias, Banana que nem chuchu. Quanto aos bichos, tem-nos muitos. De plumagens mui vistosas. Tem macacos até demais. Diamantes tem à vontade, Esmeralda é para os trouxas. Reforçai, Senhor, a arca. Cruzados não faltarão, Vossa perna encanareis, Salvo o devido respeito. Ficarei muito saudoso Se for embora d’aqui. Mendes, Murilo.

1) Murilo Mendes é um poeta modernista que, no século XX, faz uma releitura do texto que é considerado a “certidão de nascimento” do Brasil. Quem é o eu lírico do poema e a quem se dirige? 2) Quais são os elementos da terra descoberta destacados pelo o eu lírico? 3) A maneira como o eu lírico apresenta as “riquezas” do Brasil revela uma intenção crítica do autor. Explique como isso é feito. 4) O que significam os versos “Reforçai, senhor, a arca. / Cruzados não faltarão”? 5) Como Murilo Mendes satiriza a famosa frase de Caminha "dar-se-á nela tudo" ? 6) Que recomendação Caminha faz ao rei na carta? 7) E que recomendação o eu-lírico "Pero Vaz" faz ao rei no poema?

Boa semana! Bons estudos! OBS: Atividade sem devolutiva, será corrigida na aula on-line de 03 de maio.
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