Ética Profissional e Social

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Psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento publicado em 20.11.2016

ÉTICA SOCIAL E PROFISSIONAL 2013

Mariana Luíza Becker da Silva Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (2016). Atuante no Serviço de Abordagem Social do município de São José /SC (Brasil) [email protected]

RESUMO O presente estudo têm como objetivo explanar suscinetamente os conceitos que envolvem a ética social e profissional, além de discutir exemplos de atitudes anti-éticas de psicólogos na atualidade. Palavras-chave: Ética, psicologia, profissão.

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Mariana Luíza Becker da Silva

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Ética é uma palavra de origem grega, com duas origens possíveis. A primeira é a palavra gregaéthos, com e curto, podendo ser traduzida por costume, a segunda também se escreve éthos, porém com e longo, que significa propriedade do caráter. A primeira serviu de base para a tradução latina Moral, e a segunda, de alguma forma, orienta a utilização atual que damos a palavra Ética. (Moore GE. Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975:4). Segundo Chauí (1995) citada por Medeiros (2002) a ética está situada numa filosofia moral, uma reflexão que discuta e problematize os valores morais. Para a mesma autora, a moral diz respeito a valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos. A moral, portanto, refere-se à normatividade oriunda da sociedade, aos costumes, normas e regras que tem por objetivo regular as relações entre os sujeitos. A ética é a reflexão crítica sobre a moral, ou seja, pensar naquilo que se faz, repensar os costumes, normas e regras vigentes na sociedade. Conforme Medeiros (2002) ao refletir sobre a moral, o sujeito assume uma postura ativa, visto que não limita sua ação às circunstâncias. O sujeito ético/ativo indaga, avalia, antes de partir para a ação. Devemos ainda considerar que as relações entre os sujeitos não é regulada apenas pelas normas morais, as normas jurídicas também pautam as condutas as quais visam a regulamentação das relações entre os seres humanos, cujo objetivo é garantir coesão social. Para Filho e Trisotto (2003), a conduta ética é um tipo particular de comportamento orientado por preceitos, em que o sujeito toma decisões dentro de uma faixa definida por limites e padrões socialmente estabelecidos, ou seja, executa sua liberdade e autonomia para decidir, tendo em conta seus limites e responsabilidades sociais. Assim podemos perceber que não somos tão livres assim em termos da nossa individualidade e subjetividade, fazendo-se necessário reconhecer os limites e consequências de nossas ações. Chaui (2000) explicita que para a psicanálise nós somos nossos impulsos e desejos inconscientes que desconhecem barreiras e limites para a busca da satisfação. “Os valores e fins éticos surgem como regras e normas repressivas que devem controlar nossos desejos e impulsos inconscientes.” (CHAUI, 2000, s/p.) Segundo Chaui (2000) os comportamentos que a moralidade julga imorais são realizados como autodefesa do sujeito o qual a utiliza para defender sua integridade psíquica. São atos moralmente contestáveis e psicologicamente necessários. Quando uma sociedade reprime os desejos inconscientes do sujeito de tal forma que nunca consigam manifestar seus desejos, Chaui (2000) explica que pode acontecer alternativas as quais fogem da ética: ou a transgressão de seus valores pelos sujeitos reprimidos, ou a passividade de uma coletividade neurótica. Mariana Luíza Becker da Silva

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Há violência da sociedade, que exige dos sujeitos padrões de conduta impossíveis de serem realizados e, por outro lado, violência dos sujeitos contra a sociedade, pois somente transgredindo e desprezando os valores estabelecidos poderão sobreviver. (...) Sem a repressão da sexualidade, não há sociedade nem ética, mas a excessiva repressão da sexualidade destruirá, primeiro, a ética e, depois, a sociedade. (CHAUI, 2000, s/p.)

A ética está em diversos comportamentos da nossa sociedade, a ética social, pessoal, política, profissional, etc. Irei me ater a ética profissional, percebendo a dimensão de sua complexidade e importância para nossa sociedade. A ética profissional é o conjunto de normas morais pelas quais um indivíduo deve orientar seu comportamento profissional. A Ética é importante em todas as profissões, e para todo ser humano, para que todos possam viver bem em sociedade. “A ética profissional é a aplicação da ética no campo das atividades profissionais; a pessoa tem que estar imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivê-los nas suas atividades de trabalho.” (CAMARGO, 1999, p. 3132 apud PASSOS, 2007, p. 79). A “Deontologia” é um termo criado em 1934 por Bentham e significa o estudo do dever. É compreendida como a ciência dos deveres, especialmente dos deveres profissionais, e constitui o que habitualmente é denominado de Código de Ética Profissional, em que estão expressos os direitos, deveres e responsabilidades dos membros de uma determinada categoria profissional, o qual irei comentar mais tarde abarcando uma profissão em especial - a psicologia. A ética profissional é de extrema importância como já visto, em todas as profissões, na área da saúde não seria diferente. Trabalhar com pessoas, com sentimentos, com valores é complexo e deve ser reflexionado e discutido as melhores formas de agir em certas circunstâncias, em dilemas éticos. Assim surge a Bioética, uma neologia para uma nova área de estudos. Segundo Reich (1978) citado por Ludwing et al. (2007) a Bioética se constitui como um estudo sistemático da conduta humana, na área das ciências da vida e nos cuidados da saúde a partir de valores morais. Ela surge como uma adaptação aos novos tempos, “para dar uma melhor resposta aos desafios éticos surgidos com as mudanças sociais e a evolução do conhecimento e da tecnologia” (MUÑOZ, 2004). Segundo a Encyclopedia of Bioethics citado por Garrafa (2005), a bioética abarca a ética médica, mas não limitando-se a ela. É estendido muito além dos limites tradicionais que tratam dos problemas deontológicos que ocorrem das relações entre profissionais de saúde e seus pacientes. A discussão bioética contribui na procura de respostas equilibradas ante os conflitos atuais e os das próximas décadas.

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Em conformidade, Garrafa (1998) cita que a bioética, não tem por base a proibição, a limitação ou a negação. Ela atua com base na legitimidade das ações e situações, tratando de atuar positivamente. A essência da bioética é a liberdade, porém, com compromisso e responsabilidade. Segundo Muñoz (2004) a Bioética possui 4 “mantras” como um instrumento acessível e prático para análise dos conflitos surgidos no campo bioético. São elas: Autonomia: corresponde ao respeito pelo direito de cada pessoa de autogovernar-se, implica que todos os indivíduos devem ser tratados como agentes autônomos e as pessoas com autonomia diminuída devem ser protegidas de qualquer forma de abuso. Beneficência: é o (fazer o bem), o qual enfatiza a necessidade de buscar sempre o bem-estar dos enfermos. Não maleficência: é o princípio de (em primeiro lugar não lesar), que alude ao cuidado nas intervenções. Justiça: é o princípio formal de eqüidade, no qual os iguais devem ser tratados de modo igual, cada um deve receber o que lhe é proporcional, o que merece, aquilo a que tem direito. Mas para Garrafa (2005) está equivocado aquele que reduzir a Bioética aos quatro princípios mencionados. É necessário ver o contexto cultural, social e econômico do povo. Li certa vez, um artigo chamado “Problemas éticos do determinismo genético” o qual problematizava o reducionismo dos genes, o qual afirma que os genes são determinantes na saúde e na maioria dos comportamentos humanos com pouco ou nenhum efeito do ambiente externo. No século XIX e começo do século XX, o determinismo genético forneceu a base para os mais variados preconceitos. Dessa forma ocorreram inúmeras violações dos direitos humanos, ações inteiramente antiéticas. Nas décadas de 50 e 60, foi mudando o panorama genético, as doenças genéticas iam sendo estudadas ao mesmo tempo em que “reconhecia-se a importância do ambiente na interação com o conjunto genético.” (Penchaszadeh, 2005) e assim surgia a noção do direito da pessoa de escolher sobre sua vida, surgindo a bioética. Hoje, o determinismo sutil é possível ser observado quando algum cientista tenta provar que os genes poderiam explicar a homossexualidade ou a agressividade, e que homens não-brancos teriam uma menor inteligência que homens brancos. Tais afirmações nunca são comprovadas, mas essa distorção pode levar a uma culpabilização da vítima, mascarando as desigualdades sociais que promovem a violência. Ao contrário da teoria reducionista, a maioria das doenças e características comportamentais, é o resultado de uma ampla rede de interações entre determinantes socioeconômicos, fatores ambientais e comportamentais e milhares de genes. Há diversas preocupações éticas em relação ao determinismo genético como o fato de que se pacientes forem diagnosticados como menos propensos à uma dada doença, será mais difícil uma prevenção baseada em diferentes hábitos, diferentes tipos de alimentação, “dispensando” os papeis causadores de ambientes não saudáveis. Ou uma discriminação e estigmatização de empresas que contratem seus empregados por diferenciar a propensão genética a uma determinada doença.

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As preocupações dadas em tal artigo abarcam as questões das atitudes éticas na profissão dos geneticistas. Em todas as profissões podemos observar dilemas éticos envolvidos, principalmente na área da saúde. Na psicologia há muitos dilemas éticos em todos os campos de sua atuação. Há diversos artigos elencando discussões em todos os campos de atuação do psicólogo como na clínica, na saúde, nas instituições, etc. Alguns desses dilemas são elencados por Medeiros (2002):

Até onde manter o sigilo profissional? É possível quebrar o sigilo? Em quais situações? Como agir frente a atitudes anti-éticas de colegas de trabalho? Quais as informações sobre o paciente que devem constar no prontuário? Deve-se quebrar o sigilo em casos de violência física, abuso sexual ou negligência contra menores? Qual a atitude do psicólogo frente a um paciente portador do HIV positivo que está contaminando deliberadamente seus parceiros? (MEDEIROS, 2002, s/p.)

O papel do psicólogo em dilemas éticos precisa ser discutido cada vez mais por todos na comunidade acadêmica e por profissionais da área. Mas sabe-se que o psicólogo não pode e nem deve compactuar, silenciar ou repetir atitudes que violem a liberdade, a dignidade e os direitos da pessoa humana, precisa-se procurar parcerias capazes de fortalecer sua prática ética e estimular atitudes socialmente dignas, contribuindo para o advento de uma sociedade mais ética. De acordo com o psicólogo Marcos A. Pinto, em entrevista concedida a estudantes em 1994 é necessário “O respeito ao cliente, o respeito consigo próprio, a atenção e o respeito aos próprios limites. Saber olhar o outro e respeitar a sua direção, sendo apenas um facilitador do processo do outro”.

Para ser um bom psicoterapeuta, é útil que a gente possua alguns traços de caráter ou de personalidade que, dito aqui entre nós, dificilmente podem ser adquiridos no decorrer da formação: melhor mesmo que eles estejam com você [conosco] desde o começo. (CALLIGARIS, 2004, s/p.)

Além dos traços de caráter que Calligaris expõe, é necessário ao psicólogo pautar suas atitudes no Código de Ética Profissional do Psicólogo; seguir suas convicções pessoais, guiado por seus valores e princípios, construídos ao longo de sua formação pessoal e profissional e nos princípios éticos que servem a todos, ou seja, princípios que não priorizem crenças ou valores pessoais.

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O Código de ética é “Um sistema de regras, externo ao sujeito, cuja finalidade é regular as ações dos profissionais da categoria, apontar suas responsabilidades e deveres, bem como demarcar seus direitos”. (MEDEIROS, 2002, p. 32). Segundo Ayres e Botelho (2009), um código de ética profissional não se configura enquanto um instrumento normatizador de natureza técnica, mas um dispositivo de reflexão e orientação. Assim, os Códigos de Ética traduzem sempre uma concepção de homem e de sociedade que direciona as relações entre os indivíduos. O 1º código de ética do psicólogo entrou em vigor em 1967, entretanto só foi aprovado em 1987, passou por reformulações e o código definitivo passou a vigorar no dia 27 de agosto de 2005, aprovado pela resolução 010/05 do CFP. “Um código é a expressão da identidade profissional daqueles que nele vão buscar inspiração, conselhos, normas de conduta.” (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 1987, p. 5). O código de ética do psicólogo é composto por: responsabilidades gerais do psicólogo, responsabilidades e relações com instituições empregadoras e outras, das relações com outros profissionais ou psicólogos, das relações com a categoria, das relações com a justiça, do sigilo profissional, das comunidades científicas e da divulgação ao público, da publicidade profissional, dos honorários profissionais, da observância, aplicação e cumprimento do Código de Ética. Algumas importantes regras do código são: “Art.9 É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confiabilidade, a intimidade das pessoas, grupos, ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.” (Código de Ética, 1987)

Art.10 Nas situações e que configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no art.9º e as afirmações dos princípios fundamentais desse Código, excetuando os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra do sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo. (Código de Ética, 1987)

De acordo com Ludwig e cols. (2005), o sigilo profissional é um aspecto essencial do qual não podemos nos descuidar. Sabemos o quão enriquecedor é a apresentação/discussão de casos clínicos em supervisões, congressos bem como em publicações acadêmicas. Tal prática nos ajuda a ressignificarmos nossos olhares. Mas, esse intercâmbio de experiências deve acontecer sobre rigorosos parâmetros éticos, pois estamos tratando com a delicada questão da intimidade pessoal. Lidamos com a vida de pessoas, a invasão e o não consentimento dos envolvidos se configuram em falta ética, rompe com as defesas do sujeito expondo-as ao mundo, resultando em uma quebra da confiança necessária à relação psicoterápica. Ayres e Botelho (2009), alertam sobre as questões éticas no âmbito da clínica, em relação à escuta terapêutica. Tal prática deve acolher a demanda sem julgamentos de ordens morais,

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religiosas, ideológicas, respeitando as diversidades da vida humana, não direcionando, nem estabelecendo promessas de cura no decorrer do tratamento do indivíduo.

Você pode ser religioso, acreditar em Deus, numa revelação e mesmo numa Ordem do mundo. No entanto, se essa fé comportar para você uma noção do bem e do mal que lhe permite saber de antemão quais condutas humanas são louváveis e quais são condenáveis, por favor, abstenha-se: seu trabalho de psicoterapeuta será desastroso [além de passível de processo ético] (CALLIGARIS, 2004, s/p.)

Um exemplo de atitude antiética realizado por uma psicóloga carioca é comentada em vários meios de comunicação como no Jornal Estadão (2009) que cita a notícia de que a psicóloga Rozângela Alves Justino, que há 20 anos diz oferecer terapia para curar a homossexualidade masculina e feminina foi punida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). A profissional que é presbiteriana, foi alvo de uma censura pública por ter infringido resolução do CFP, que desde 1999 instituiu que a homossexualidade não constitui doença e, portanto, os psicólogos não devem colaborar com eventos e serviços que proponham seu tratamento ou cura. Outro exemplo de atitude antiética, é o blog criado pela psicóloga Marisa Lobo em que viola o código de ética dos profissionais da psicologia. A psicóloga discrimina LGBT, persegue religiosos não-evangélicos e ateus e publica vários textos sobre drogas dizendo que sem deus não se consegue resolver o problema das drogas, desprezando os tratamentos médicos e psicológicos e colocando sua crença como base das terapias. Há ainda uma discussão fervorosa sobre as falas e atitudes anti-éticas do pastor e psicólogo Silas Malafaia. A manchete do site GNotícias gospel em 14 de fevereiro de 2013 revela a movimentação de 40 mil assinaturas já realizadas para a cassação do registro do psicólogo. Uma entrevista realizada com Silas Malafaia feita por Marília Gabriela circulou por várias redes sociais por tamanha indignação de psicólogos e ativistas gays, por sua declaração homofóbica, pretensiosa e nada “psicologizante”. Na carta de solicitação das assinaturas pela cassação do registro de psicólogo há a seguinte frase: “Tendo em vista que a Psicologia, enquanto ciência da saúde, deve preservar e compreender a identidade dos sujeitos e promover a cultura de paz e de respeito aos direitos humanos, nós acreditamos que o Sr. Silas Lima Malafaia (CRP/RJ 24.678), por ter apresentado repetidamente comportamentos homofóbicos e que patologizam a homossexualidade, desrespeitando o método científico e a ética profissional, deve ser submetido a inquérito administrativo que impeça sua atuação como psicólogo”. Esses exemplos são atitudes extremas de anti-profissionalismo, certamente anti-éticos, mas assim como esses, há atitudes em que é necessário ver e rever se são antiéticas, se foi necessário a realização de tal ato, etc. Por isso, acredita-se que na psicoterapia deve haver reflexões acerca de

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cada dilema ético, considerando as suas particularidades, pois não existem verdades absolutas, mas existe a preocupação de que todo ser humano tenha o direito de receber o melhor tratamento disponível. Segundo Figueiredo et al. (2009) cabe aos profissionais firmarem a identidade de sua atuação profissional e os princípios éticos são essenciais para a construção dessa identidade e da credibilidade profissional. Em conformidade, “É notória a necessidade de criação de novas e específicas formas de avaliação, fiscalização e orientação ético-profissional para que se possa demarcar o que seja uma prática psicoterápica.” (FIGUEIRÊDO et al. 2009, s/p.) Este trabalho foi realizado com o intuito de uma melhor compreensão geral de um assunto tão importante como a ética. Apesar de generalista, este trabalho serve como uma introdução aos novos estudantes de Psicologia a fim de se ter um conhecimento amplo sobre a questão da ética, em que diversos assuntos que precisam ser pensados e estudados profundamente.

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Blog de Marisa Lobo: < http://marisalobo.blogspot.com.br/

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