Iniciação em Musica ( Allan Clyphton )

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Índice Capitulo 01............................ Capitulo 02............................ Capitulo 03............................ Capitulo 04............................ Capitulo 05............................ Capitulo 06............................ Capitulo 07............................ Capitulo 08............................ Capitulo 09............................

Teoria musical, criação de escala básica. (pag. X) Criações de acordes. (pag. X) Campo Harmônico. (pag. X) Conhecendo o violão. (pag. X) Tétrades. (pag. X) Campo harmônico usando tétrades. (pag. X) Acorde SUS. (pag. X) O corpo ao instrumento. (pag. X) Inversões de acordes. (pag. X)

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Capitulo 1 - Teoria musical, criação de escala básica. MUSICA é a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma através de sons. A musica é dividida em 3 (três) partes : Harmonia, Melodia e Ritmo   

HARMONIA é a combinação de sons simultâneos (dados de uma só vez). MELODIA é a combinação de sons sucessivos (dados um após o outro). RITMO é a combinação de valores.

* Para facilitar o estudo musical neste método, vamos usar a o processo de cifração (CIFRA). CIFRA é um sistema de escrita musical que transforma as notas em letras e símbolos. Cada nota corresponde a uma letra maiúscula ex: C (dó) As notas são:

Essas são as 07 notas naturais. Existem algumas alterações, as principais são Sustenido (#) e o Bemol (b). O SUSTENIDO é uma alteração que eleva a nota "meio tom" (semitom). É representado com um (#) ao lado na nota. Ex: C - C# - D... O BEMOL é uma alteração que rebaixa a nota "meio tom" (semitom). É representado com um (b) ao lado da nota. Ex: C – Db - D... * Percebe-se que a nota que está entre C e D tem o mesmo som, mas com nomes diferentes. Quando uma nota tem 2 ou mais nomes chamamos de Enarmônica. Sabendo das alterações, vamos montar então uma escala completa utilizando o sustenido (#) e o bemol (b) Com Sustenido: C - C# - D - D# - E - F - F# - G - G# - A - A# - B - C

Com Bemol: C - Db - D - Eb - E - F - Gb - G - Ab - A - Bb - B - C 2

Estas são escalas criadas em Semitons, ou seja, cada nota equivale a meio-tom. ** Lembrando-se sempre que entre as notas "E" e "F", e entre as notas "B" e "C" não existem alterações. ** Só pra saber a escala nunca termina sempre vai ser repetida. Sabendo montar esta escala básica vamos para outro campo de estudo. Nesse campo vamos estudar a estrutura de um Acorde.

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Capitulo 2 – Criações de Acordes ACORDE é a combinação de três ou mais notas. Existem varias maneiras de se formar acordes a mais conhecida delas é chamada de Tríade. TRÍADE é a combinação matemática de três notas. Existem quatro combinações de tríade que são: MAIOR: 1ª, 3ª e 5ª nota da escala. MENOR: 1ª, 3ª(-) e 5ª nota da escala. AUMENTADA: 1ª, 3ª e 5ª(+) DIMINUTA: 1ª, 3ª(-) e 5ª(-)

* Em outros métodos, os símbolos (+) e (-) podem ser substituídos por (#) e (b) respectivamente. Para sabermos quais são as notas correspondentes aos números da tríade, temos que enumerar a escala ex:

* Lembrando que não existe 3(+)/ 4(-), e nem 6(+)/ 7(-).

TRÍADE MAIOR: Sabendo que a tríade maior é formada pela 1ª, 3ª e a 5ª, veremos que nota corresponde a cada número que é pedido. Montamos o acorde da seguinte forma: 1ª | 3ª | 5ª -----------------C | E | G

Este é o acorde de C (dó maior)

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TRÍADE MENOR: Sabendo que a tríade menor é formada pela 1ª, 3ª(-) e a 5ª, veremos que nota corresponde a cada número que é pedido. Montamos o acorde da seguinte forma:

1ª | 3ª(-) | 5ª --------------------- Este é o acorde de Cm (dó menor) C | D# | G

TRÍADE AUMENTADA: Sabendo que a tríade aumentada é formada pela 1ª, 3ª e a 5ª(+), veremos que nota corresponde a cada número que é pedido e. Montamos o acorde da seguinte forma:

1ª | 3ª | 5ª(+) ---------------------C | E | G#

Este é acorde de C+ (dó aumentado)

TRIADE DIMINUTA: Sabendo que a tríade Diminuta é formada pela 1ª, 3ª(-) e a 5ª(-), veremos que nota corresponde a cada número que é pedido. Montamos o acorde da seguinte forma:

1ª 3ª(-) 5ª(-) -------------------- Este é o acorde de C º (só diminuto) C D# F#

A 1ª (primeira) também chamada de TÔNICA serve para dar nome ao acorde. A 3ª (terça) serve para definir se o acorde é MAIOR ou MENOR. A 5ª (quinta) serve para completar a tríade. (se tiver que substituir qualquer nota da tríade, ela vai ser a quinta) 5

Aqui agora o mapeamento enumerado completo de todas as escalas: Escala de Dó (C):

Escala de Dó sustenido (C#):

Escala de Ré (D):

Escala de Ré sustenido (D#):

Escala de Mi (E) :

Escala de Fá (F) :

Escala de Fá sustenido (F#) :

Escala de Sol (G) :

Escala de Sol sustenido (G#) :

6

Escala de Lá (A) :

Escala de Lá sustenido (A#) :

Escala de Si (B) :

Por que está enumerado até a 13ª(décima - terceira)? Há muitos casos de acordes que pedem notas como 9ª (nona) e até mesmo 13ª (décima terceira) ex: D7(9) Como montar o acorde? 1º passo: Ver qual o nome do acorde. Nesse caso é D (ré), então vamos usar a escala enumerada de D. 2º passo: Verificar se o acorde é maior ou menor. Nesse caso o acorde é maior (quando é menor se escreve a nota com um "m" minúsculo do lado ex : Dm). 3º passo: Verificar a que Tríade o acorde pertence. Nesse caso já sabemos que é a tríade maior. Agora é só montar.

Tenho os números: Encontrei as notas:

1ª | 3ª | 5ª | 7ª | 9ª ---------------------------------D | F# | A | C | E

Já está pronto o acorde, agora só executar. Para execução no violão você vai precisar eliminar uma nota, por que você só tem quatro dedos disponíveis pra tocar. (kkkkkkkk) qual nota vamos eliminar? Se você respondeu a 5ª acertou.

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Então vai ficar: 1ª | 3ª | 7ª | 9ª -------------------------D | F# | C | E **Para aprender a encontrar as notas no braço do violão, vá até a página Como já dito, existem outras maneiras de se montar acordes, mas serão estudados depois. Á princípio aprendemos á montar escalas, em seguida aprendemos a montar acordes combinando notas, e agora vamos aprender a combinar acordes, criando uma escala de acordes.

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Capitulo 03 – Campo Harmônico Campo Harmônico é a combinação de acordes de uma determinada escala, que provavelmente vai se usados em uma canção. Por que provavelmente? Por que a Harmonia da canção vai depender da melodia da mesma, e nesse processo ocorrem muitos acidentes. Mas á principio de conversa vamos estudar um campo basico de 7(sete) acordes. O 1º passo para se montar um campo harmônico é criar uma escala.

No 2º passo nós vamos extrair a algumas notas ( 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, e 7ª(+) ) vai ficar assim: C|D|E|F |G|A|B ---------------------------------------1ª| 2ª | 3ª| 4ª | 5ª| 6ª | 7ª(+) Agora vamos criar tríades com essa escala a partir de cada nota da mesma, contando intervalos de 3,3,4 ex: EX 1 : EX 2 :

** Perceba que a escala não muda, o que muda é a nota que se começa a contar.

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Vai ficar assim: (1) C - E - G = C (2) D - F - A

= Dm

(3) E - G - B

= Em

(4) F - A - C

=F

(5) G - B - D = G (6) A - C - E

= Am

(7) B - D - F

= Bm(5-) [ou Bº]

** Para saber o resultado final do acorde, é preciso ver sua numeração (nas escalas enumeradas completas acima), e observar qual o tipo de tríade que ele se encaixa. Aqui uma ajuda pra facilitar a montagem do campo harmônico de uma escala maior como essa que acabamos de fazer: (1) O 1º acorde vai ser maior (2) O 2º acorde vai ser menor (3) O 3º acorde vai ser menor (4) O 4º acorde vai ser maior (5) O 5º acorde vai ser maior (6) O 6º acorde vai ser menor (7) O 7ª acorde vai ser diminuto E agora vamos criar agora um campo harmônico menor.Vamos usar como exemplo a escala de A (lá)... Então: O 1º passo para se montar um campo harmônico é criar uma escala.

No 2º passo nós vamos extrair a algumas notas ( 1ª, 2ª, 3ª(-), 4ª, 5ª, 6ª(-), e 7ª ) vai ficar assim: A|B|C|D|E|F|G ------------------------------------1ª | 2ª|3ª-| 4ª | 5ª|6ª-|7ª 10

E vamos usar o mesmo sistema que usamos para criar o campo harmônico anterior, vamos criar tríades com essa escala a partir de cada nota da mesma, contando intervalos de 3,3,4 ex:

EX 1 :

EX 2 :

Vai ficar assim: (1) A - C - E

= Am

(2) B - D - F

= Bm(5-)[ou Bº]

(3) C - E - G = C (4) D - F - A

= Dm

(5) E - G - B

= Em

(6) F - A - C

= F

(7) G - B - D = G ** Novamente lembrando que para saber o resultado final do acorde, é preciso ver sua numeração (nas escalas enumeradas completas acima), e observar qual o tipo de tríade que ele se encaixa. Aqui uma ajuda pra facilitar a montagem do campo harmônico de uma escala menor como essa que acabamos de fazer: (1) O 1º acorde vai ser menor (2) O 2ª acorde vai ser diminuto (3) O 3º acorde vai ser maior (4) O 4º acorde vai ser menor (5) O 5º acorde vai ser menor (6) O 6º acorde vai ser maior (7) O 7º acorde vai ser maior Os campos harmônicos que montamos, foram baseado em tríades. 11

Capitulo 04 – Conhecendo o violão Observe a imagem:  

1 - Cabeça, mão ou palheta 2 - Pestana ou capo traste



3 - Tarraxas, cravelhas ou carrilhões



4 - Trastes



6 - Elementos decorativos



7 - Braço



8 - Tróculo



9 - Corpo



12 - Cavalete



14 - Fundo



15 - Tampo Dianteiro



16 - Lateral, faixas ou ilhargas



17 - Abertura ou boca



18 - Cordas



19 - Rastilho



20 - Escala

O violão é um instrumento acústico de 6 cordas. As cordas são contadas de baixo para cima (sendo que a 1ª é a mais fina e a 6ª é a mais grossa), e divididas em duas classes. As três primeiras cordas são chamadas de primas, e as três últimas bordões. Cada corda possui uma afinação preestabelecida. Imaginando que o nosso instrumento esteja afinado, o som emitido por cada corda é o seguinte:

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Entendido esta etapa do nosso estudo, temos que ter em mente agora o som emitido por cada corda, e suas mudanças conforme pressionamos diferentes cordas em diferentes casas no braço do violão. Um fator que pode se tornar um grande problema para o iniciante do instrumento (e que é fundamental para a execução) é como achar as notas no braço do violão. Como já dito, se olharmos para o violão, veremos uma porção de casas separadas por trastes. Por cima destes, temos 6 cordas e é aqui que começa o problema: temos agora muitas possibilidades de alcançar diferentes notas em diferentes lugares do braço do instrumento. Primeiro temos que ter em mente o conceito da função dos trastes no braço do instrumento. Os trastes são os responsáveis pela determinação ( mais conhecida como CASA ). Casa é o espaço entre dois trastes, local em que devemos pressionar as cordas do instrumento. A cada casa que avançamos em uma determinada corda, avançamos também um Semitom, ou seja, cada um desses espaços ( casas ) corresponde a um Semitom. Para entender melhor vamos usar a escala de E (mi) como exemplo.

Já sabemos que essa é uma escala de Semitons ( capitulo 1 ). Sabemos que o braço do violão também é uma escala de semitons. E por fim sabemos que a primeira corda quando afinada se chama E (mi) . Então só temos que aplicar essa escala na corda mi. Ex:

Viu que fácil? Então quando você quiser saber como achar notas no violão o que vai fazer?  

1º passo: criar uma escala de semitons, sendo que a 1ª nota da escala (tônica) deve ser também a nota que nomina a corda. 2º passo: Aplicar a escala criada no braço do violão, sendo que cada casa do braço, equivale a uma nota da escala. 13

Capitulo 05 – Tétrades Agora vamos estudar outra forma de se montar acordes, chamada de Tétrade. TÉTRADE é a combinação matemática de quatro notas. Ela tem cinco combinações diferentes que são: MAIOR: 1ª, 3ª, 5ª e 7ª(+) MENOR: 1ª, 3ª(-), 5ª e 7ª DOMINANTE: 1ª, 3ª, 5ª e 7ª DIMINUTO: 1ª, 3ª(-), 5ª(-) e 6ª MEIO-DIMINUTO: 1ª, 3ª(-), 5ª(-) e 7ª **Para sabermos quais são as notas correspondentes aos números da tétrade, temos que enumerar a escala. Vamos usar a escala de C (dó) como ex:

TÉTRADE MAIOR: Sabendo que a tétrade maior é formada pela 1ª, 3ª, 5ª e a 7ª(+), veremos que nota corresponde a cada numero que é pedido e, montamos o acorde da seguinte forma:

1ª | 3ª | 5ª | 7ª(+) -----------------------------C | E | G | B

Este é o acorde de C7+ (dó com sétima maior)

TÉTRADE MENOR: Sabendo que a tétrade menor é formada pela 1ª, 3ª(-), 5ª e a 7ª, veremos que nota corresponde a cada número que é pedido e, montamos o acorde da seguinte forma:

1ª | 3ª(-) | 5ª | 7ª -------------------------------C | E | G | A#

Este é o acorde de Cm7 (dó menor com sétima) 14

TÉTRADE DOMINANTE: Sabendo que a tétrade dominante é formada pela 1ª, 3ª, 5ª e a 7ª, veremos que nota corresponde a cada número que é pedido e, montamos o acorde da seguinte forma:

1ª | 3ª | 5ª | 7ª ---------------------------C | E | G | A#

Este é o acorde de C7 (dó com sétima)

TÉTRADE DIMINUTA: Sabendo que a tétrade diminuta é formada pela 1ª, 3ª(-), 5ª(-) e a 6ª, veremos que nota corresponde a cada número que é pedido e, montamos o acorde da seguinte forma:

1ª | 3ª(-) | 5ª(-) | 6ª --------------------------------C | D# | F# | A

Este é o acorde de Cº [ou Cdim] (dó diminuto)

TÉTRADE MEIO - DIMINUTO: Sabendo que a tétrade meio - diminuto é formada pela 1ª, 3ª(-), 5ª(-) e a 7ª, veremos que nota corresponde a cada número que é pedido e, montamos o acorde da seguinte forma:

1ª | 3ª(-) | 5ª(-) | 7ª ---------------------------------- Este é o acorde de CØ [ ou Cm7(5-) ] (dó meio-diminuto) C | D# | F# | A#

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Capitulo 06- Campos harmônicos usando tétrades Campo harmônico maior: O 1º passo para se montar um campo harmônico usando tétrades é criar uma escala.

No 2º passo nós vamos extrair a algumas notas ( 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, e 7ª(+) ) vai ficar assim: C | D | E | F | G | A | B ------------------------------------------------1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 (+) Agora vamos criar tétrades com essa escala a partir de cada nota da mesma, contando intervalos de (3,3,3) ex: Ex 1:

Ex:2

vai ficar assim: (1) C - E - G - B = C7+

(dó com sétima maior)

(2) D - F - A - C = Dm7

(ré menor com sétima)

(3) E - G - B - D = Em7

(mi menor com sétima)

(4) F - A - C - E = F7+

(fá com sétima maior)

(5) G - B - D - F = G7

(sol com sétima)

(6) A - C - E - G = Am7

(lá menor com sétima)

(7) B - D - F - A = Bm7(5-)= BØ

(si meio diminuto) 16

Aqui uma ajuda pra facilitar a montagem do campo harmônico usando tétrade de uma escala maior como essa que acabamos de fazer: (1) O 1º acorde vai ser maior com sétima maior (2) O 2º acorde vai ser menor com sétima (3) O 3º acorde vai ser menor com sétima (4) O 4º acorde vai ser maior com sétima maior (5) O 5º acorde vai ser maior com sétima (6) O 6º acorde vai ser menor com sétima (7) O 7ª acorde vai ser meio-diminuto

Campo harmônico menor: E agora vamos criar agora um campo harmônico menor usando tétrades. Esse campo harmônico vai ser na escala de A (lá) então: O 1º passo para se montar um campo harmônico é criar uma escala.

No 2º passo nós vamos extrair a algumas notas ( 1ª, 2ª, 3ª(-), 4ª, 5ª, 6ª(-), e 7ª ) vai ficar assim: A | B | C | D | E | F | G ---------------------------------------------1 | 2 | 3(-)| 4 | 5 | 6(-)| 7 E vamos usar os mesmo sistemas que usamos para criar o campo harmônico anterior, vamos criar tétrades com essa escala a partir de cada nota da mesma, contando intervalos de (3,3,3) ex: Ex 1:

Ex2:

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Vai ficar assim: (1) A - C – E - G = Am7 (2) B - D – F - A

= Bm7(5-)[ou BØ]

(3) C - E – G - B = C7+ (4) D - F – A - C

(lá menor com sétima) (si meio-diminuto)

(dó com sétima maior)

= Dm7 (ré menor com sétima)

(5) E - G – B - D = Em7

(mi menor com sétima)

(6) F - A – C - E = F7+

(fá com sétima maior)

(7) G - B – D - F

(sol com sétima)

= G7

** Novamente lembrando que para saber o resultado final do acorde, é preciso ver sua numeração (Pag. X e X), e observar em qual o tipo de tétrade que ele se encaixa. Aqui uma ajuda pra facilitar a montagem do campo harmônico de uma escala menor como essa que acabamos de fazer: (1) O 1º acorde vai ser menor com sétima (2) O 2ª acorde vai ser meio-diminuto (3) O 3º acorde vai ser maior com sétima maior (4) O 4º acorde vai ser menor com sétima (5) O 5º acorde vai ser menor com sétima (6) O 6º acorde vai ser maior com sétima (7) O 7º acorde vai ser maior com sétima

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Capitulo 07 – Acordes SUS Existem acordes que se caracterizam por não ser nem maiores e nem menores. Em esses acordes se substitui a 3ª nota da escala (a terceira nota é a que define se o acorde é maior ou menor), por outra nota que geralmente é a 4ª ou a 2ª. Esse tipo de acorde é chamado de SUS. O nome SUS vem da palavra suspendida, e significa exatamente a suspensão da 3ª nota da escala. A formação desses acordes é bem fácil de fazer; para que se entenda melhor vamos dividir por passos: 

1º passo: O primeiro passo para se montar um acorde SUS é criar uma tríade maior. Ex: (vamos usar a tríade de C (dó) como exemplo)

Sabemos que a tríade maior é formada pela 1ª, 3ª e 5ª nota da escala. Para sabermos que nota corresponde a cada uma das numerações, temos que montar uma escala enumerada:

1ª | 3ª | 5ª -------------------C | E | G 

2º passo: No segundo passo vamos apenas suspender a 3ª (nesse caso a nota E), e agregar a nota que nos é pedida no acorde. Ex:

Csus4 o Csus11

=

1ª | 4ª | 5ª --------------------C | F | G

Csus2 o Csus9

=

1ª | 2ª | 5ª --------------------C | D | G 19

C7sus4 o C7sus11

=

1ª | 4ª | 5ª | 7ª ---------------------------C | F | G | A#

Acordes adicionados Acordes adicionados são acordes formados por tríades, que tem uma 9ª ou uma 11ª acrescentados a sua formação. Diferentemente dos acordes suspensos onde você retira a 3ª (terceira) para colocar outra nota, neste caso os adicionados permanecem com a terceira. Os acordes adicionados se dividem entre: (exemplos com tríades de C) 

Maiores com nona adicionada: 1ª | 3ª | 5ª | 9ª -----------------------------C | E | G | D



Menores com nona adicionada: 1ª | 3ª (-) | 5ª | 9ª --------------------------------C | D# | G | D



= Cm9

Maiores com décima primeira adicionada: 1ª | 3ª | 5ª | 11ª -----------------------------C | E | G | F



= C9

= C11 ou C4

Menores com décima primeira adicionada: 1ª | 3ª(-) | 5ª | 11ª ---------------------------------C | D# | G | F

= Cm11 ou Cm4

**Lembrando sempre que as numerações 9 e 11, correspondem a 2 e 4 respectivamente. 2=9 4 = 11 20

Capitulo 08 – O corpo ao instrumento Nesse capitulo, vamos falar sobre a maneira correta de tocar o violão e conhecer um pouco do nosso corpo com relação ao instrumento. Isso é muito importante no sentido de técnicas e até mesmo saúde. A primeira parte que vamos conhecer melhor é a mais importante de todas. As mãos: Mão esquerda: Para quem é destra, a mão esquerda serve para pressionar as cordas do violão. Adquirir hábitos corretos ao apertar as cordas contra os traste é importante! Ao tocar uma nota, a ponta do dedo deve cair logo atrás ou depois do traste. Se você apertar distante dele, a corda deverá “trastejar”, isto é, emitir zumbidos ou ruídos; se apertá-la bem sobre o traste a corda soará abafada. É comum iniciantes silenciarem sem querer outras cordas além das que se prendem. Isso é evitado mantendo dedos na posição mais vertical possível. Um fator importante na mão esquerda é a posição do Polegar. Existem duas maneiras de posicionar o polegar, isso porque músicos de Formação Clássica discordam de músicos autodidatas a diferença entre as duas é: Clássicos: A técnica de músicos de formação clássica é manter o polegar fixo contra a parte de trás do braço o tempo todo. Isso permite segurar o braço com mais firmeza, oferecendo pressão adicional ao prender as cordas contra os trastes. Autodidatas: Muitos guitarristas autodidatas deslizam o polegar esquerdo em volta do braço para pousar sobre a borda superior da escala. Isso é reprovado pelos autores clássicos, mas pode propiciar certas vantagens: permite que o polegar aperte trastes da 5ª e 6ª cordas “por cima”, o que pode ser interessante em certos acordes, mas depender desse sistema pode restringir a agilidade da mão esquerda, sobretudo nos solos. Em cifra a mão esquerda é indicada com números. Veja como:

21

Esse “mapeamento” da mão esquerda serve para indicar a posição dos dedos, nas casas do violão. Ex:

Mão Direita: O movimento da mão direita para tocar as cordas pode ser feito de várias maneiras diferentes: usando palheta, os próprios dedos ou os dois ao mesmo tempo. A forma de tocar é uma das coisas mais particulares que há, não existe padrão para isso. Existem milhões de exemplos. Siga o que lhe parecer mais adaptável no início e forme a sua própria maneira. Mas saiba como segurar e agarrar a palheta para iniciar: Segurar: Segure a palheta entre a polpa do polegar e o lado da junta da primeira falange do dedo indicador. A ponta da palheta deve ficar a um ângulo de mais ou menos 90º em relação às cordas. Agarrar: Os dedos devem “agarrar” a palheta de modo firme, mas relaxado. Se os dedos ficarem muito rígidos será difícil movê-los rapidamente, mas, se não agarrá-la com suficiente firmeza, você poderá deixar cair à palheta ou fazer com que ela se mexa enquanto toca. Além de tocar com a palheta, você pode arpejar (ou dedilhar) as cordas. Em cifra a mão direita é indicada com letras. Veja como:

Esse “mapeamento” da mão direita serve para indicar os arpejos (ou dedilhado). Ex: 22

Braço direito: O braço direito deverá descansar naturalmente na quina da parte mais larga da caixa harmônica, avançando ou retrocedendo o suficiente para que a mão fique localizada quase em cima da boca do violão. Para preparar uma boa posição da mão direita, basta que a coloquemos transversalmente sobre as cordas, mantendo o pulso ligeiramente levantando o polegar permanecerá estendido para fora e os outros dedos em condições de poderem puxar as cordas bem de frente.

Braço esquerdo: 23

O braço esquerdo ficará pendente naturalmente junto ao corpo, dobrando-se o necessário para que a mão esquerda possa tomar a posição para execução.

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Capitulo 09 - Inversões de acordes Voltando ao assunto de acordes, já sabemos que o acorde deve ser formado por três ou mais notas, e que a Tonica (1º nota da escala) deve ser a primeira nota a ser tocada nas cordas bordões (ou seja, o baixo). Mas quando tratamos de inversão de acorde, a conversa é outra. Diz-se inversão de acorde, quando uma nota da escala que não seja a TONICA, é tocada primeira que a própria Tonica. Exemplo usando a escala de C (dó):

Sabemos que a tríade de C é formada pela 1ª, 3ª e 5ª notas da escala. 1ª | 3ª | 5ª ----------------C | E | G Na execução:

Vamos fazer uma inversão de terça, ou seja, vamos tocar primeiro a 3ª nota da escala (E) e em seguida o acorde de C. Vai ficar assim:

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Perceba que foram trocadas as posições dos dedos da mão direita, ajustando-os para tocar primeiramente a nota E que é a terceira da escala. Essa é uma inversão de terça. Em cifra se escreve C/E (dó com baixo em mi). No caso de um acorde menor se usa o mesmo processo, a única diferença é que em vez de usar a 3ª, se usa a 3ª(-). Agora vamos fazer uma inversão em quinta, usando o mesmo processo que usamos para fazer a inversão de terça. A diferença é que vamos usar a quinta nota da escala (no caso G). Vai ficar:

Nesse caso foi adicionado um dedo na casa de sol, para que a nota G fosse tocada primeiro que as demais notas da tríade. Essa é uma inversão de quinta. Em cifra se escreve C/G (dó com baixo em sol). Essas duas inversões que fizemos foram baseadas nas notas da tríade, mas como tudo em musica é mais amplo do que parece... Existem outras formas de inversões que geralmente são usadas: Inversão em sétima: Usa-se a tríade com o baixo na 7ª nota da escala (se usa tanto para tríades maiores quanto para tríades menores). Ex usando a escala de A (La):

Acorde maior: 1ª | 3ª | 5ª Conheço a tríade: -------------------A | C#| E

e sei que a 7ª nota da escala é G (sol).

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Em execução vai ficar:

Começo o acorde na nota G, em seguida uso a tríade de Lá. Esse é o acorde de A/G (La com baixo em sol)

Acorde menor: 1ª | 3ª(-) | 5ª Conheço a tríade: -------------------------- e sei que a 7ª nota da escola é G (sol). A| C | E A execução vai ficar:

Começo o acorde na nota G, em seguida aplico a tríade de Lá menor. Esse é o acorde de Am/G (La menor com baixo em sol). Outra forma de usar a inversão de acordes é com a 2ª (ou 9ª nota da escala). Como nas outras formas, monta-se a tríade e adiciona a 2ª nota da escala como baixo. Ex: Tríade de A:

1ª | 3ª | 5ª ------------------ Sei que a 2ª é B. A |C#| E

27

Em execução vai ficar:

Começo o acorde em B, em seguida aplico a tríade de A. Essa é a inversão em 9ª (ou 2ª). Esse é o acorde de A/B (Lá com baixo em Si).

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Iniciação em Musica ( Allan Clyphton )

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