MAPEAR VOLUME 1 - EBOOk

95 Pages • 18,827 Words • PDF • 92.3 MB
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A TRILHA DA GRAMÁTICA Amanda Ribeiro & Marcos Pacco 2ª Edição Brasília/2020

2ª Edição – 10/2020 Brasília/DF

Editoração e Revisão Marcos Pacco @marcospacco.mp12 Ilustração* Amanda Ribeiro @amandinha_estudies Textos e imagens Mapear Português Projeto gráfico e Capa Rakell Simon @rakellsimon Direitos autorais Criadores do site Mapear Português: Marcos Pacco e Amanda Ribeiro Contatos Instagram: @mapearportugues Facebook: @mapearportuguês Gmail: [email protected] Whatsapp: +55 61 99870-8866

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei nº 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de informações ou transmitida sob qualquer outra forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor. *(algumas imagens fazem referência a desenhos de domínio público) Sabemos que este trabalho nem de longe substitui o estudo sistemático da Gramática realizado nas escolas e nos cursos preparatórios! Se conseguirmos, por meio do nosso perfil e deste livro, pelo menos despertar nossas crianças e nossos adolescentes para o estudo da nossa Língua e levá-los a construírem seus próprios mapas, nosso objetivo já terá sido alcançado .

Dedicatória

A Deus, por ter feito um sonho se tornar realidade em minha vida, por me conceder o privilégio de alcançar vidas por meio do meu perfil e ajudálas a alcançarem seus objetivos. À minha mãe, Renata, e ao meu pai, Pacco, por me apoiarem em todos os meus projetos e sonhos. Sem vocês, eu não teria alcançado tudo o que alcancei. Amo vocês. À minha irmã, Ana Júlia, que sempre acreditou em mim e me fez superar desafios. Sem o apoio dela talvez eu não fosse hoje tão determinada. Aos meus professores, que me ensinaram grande parte do que sei hoje, não só sobre matérias, mas também sobre a vida! Em especial, às professoras Naeje, Cátia, Angélica, Erô, Mirian e Rakell. Aos meus queridos seguidores do Insta; vocês são d+.

Amanda Ao Mestre dos mestres, Jesus Cristo, meu amigo, meu Senhor e meu Salvador. À minha esposa, Renata, por acreditar que poderíamos fazer algo criativo, inovador e útil para as pessoas. Você, de fato, tem visão de futuro! À minha autora e influenciadora digital preferida, minha filha Amanda. Obrigado pelas ideias, pelo capricho (sua marca registrada desde o berço), pela sensibilidade e por ter suportado meu perfeccionismo. À minha caçula, Ana Júlia, pelo incentivo, pela torcida e por tantas vezes me fazer sorrir. Aos meus alunos e agora aos meus seguidores; na verdade, mais da Amanda do que meus (risos). Amo a todos vocês!

Pacco

Sobre este livro

Queremos convidar você para uma aventura! O roteiro já está definido; os mapas que nos indicarão, com precisão, todos os pontos pelos quais devemos passar já estão prontos! Se aceitar nosso convite, você conhecerá, no caminho, vários personagens que nos farão companhia nessa aventura incrível pelas montanhas e cachoeiras do conhecimento! Quer vir conosco? Então prepare sua mochila que a Trilha da Gramática vai começar! Nossa aventura terá três jornadas, e em cada uma delas teremos que desvendar os segredos de cerca de 40 mapas do tesouro, os mapas mentais criativos. Com eles, não ficaremos perdidos na floresta! A primeira jornada, que está completa neste livro-curso, começará no conceito de Gramática (fase 1) e terminará nos Processos de Formação de Palavras (fase 42). No percurso, enfrentaremos vários desafios, como os pronomes e os verbos, os adjetivos e as preposições, o uso do hífen e o uso dos porquês. Para cada mapa, temos uma explicação anterior, que nós chamamos de resumo teórico. Na verdade, esse resumo explica alguns detalhes do mapa e acrescenta informações importantes. Então, nessa viagem você deve manter consigo tanto o manual de instruções (o resumo teórico) quanto o mapa (o mapa mental criativo). Um complementa o outro. Ambos serão sua bússola! Quando completar a jornada, você ganhará um troféu de muito valor: dominará os elementos básicos da Fonologia, da Morfologia e alguns elementos da Sintaxe. Ainda não sabe o que é isso? Não tem problema: você aprenderá no nosso segundo mapa! Tenha certeza de uma coisa: cada fase valerá a pena: você desvendará os mistérios da nossa Língua de uma forma surpreendente! Bom, coloque muita coragem e disposição na mochila, porque já vamos entrar na Trilha. E não se esqueça de compartilhar conosco, nas redes sociais do Mapear Português, suas impressões e experiências nesta jornada. Um abraço dos seus novos amigos de aventura:

Amanda e Pacco

A Turma do Mapear

Índice

9 Mapa 1: O que é Gramática 11 Mapa 2: As partes da Gramática 13 Mapa 3: Sons e Letras 15 Mapa 4: Encontros Vocálicos 17 Mapa 5: Encontros Consonantais 19 Mapa 6: Dígrafos 21 Mapa 7: Acentuação Gráfica 23 Mapa 8: Uso do Hífen: Regra Geral 25 Mapa 9: Uso do Hífen: Casos Particulares 27 Mapa 10: As 10 Classes de Palavras 29 Mapa 11: Como Identificar as Classes Gramaticais 31 Mapa 12: Substantivo 33 Mapa 13: Classificação dos Substantivos 35 Mapa 14: Artigo 37 Mapa 15: Numeral 39 Mapa 16: Adjetivo 41 Mapa 17: Plural dos Adjetivos Compostos 43 Mapa 18: Plural dos Substantivos Compostos 45 Mapa 19: Pronome 47 Mapa 20: Verbo 49 Mapa 21: Termos Essenciais da Oração 51 Mapa da Trilha



Mapa 22: Preposição 53

55 Mapa 24: Complementos Verbais 57 Mapa 25: Verbos de Ligação 59 Mapa 26: Pronomes Pessoais 61 Mapa 27: Pronomes Demonstrativos 63 Mapa 28: Classificação da Partícula A 65 Mapa 29: Pronome Relativo 67 Mapa 30: Emprego dos Pronomes Relativos 69 Mapa 31: Pronomes Possessivos 71 Mapa 32: Pronomes Indefinidos 73 Mapa 33: Emprego de BASTANTE 75 Mapa 34: Pronomes Interrogativos 77 Mapa 35: Uso dos Porquês 79 Mapa 36: Verbos: Modos e Tempos 81 Mapa 37: Modo Indicativo 83 Mapa 38: Há e A 85 Mapa 39: Modo Subjuntivo 87 Mapa 40: Modo Imperativo 89 Mapa 41: Estrutura das Palavras 91 Mapa 42: Processos de Formação de Palavras 93 Mapa 23: Transitividade Verbal

M a p ea r Por t ugu ês

A Tr i l h a d a G ra m áti ca

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O que é Gramática? Muitas vezes pensamos que gramática é um livrinho cheio de regras que nunca vamos conseguir dominar, não é mesmo? Mas não é nada disso! Ufa! Na verdade, todos nós temos uma gramática interna, que vai desenvolver-se de acordo com a cultura em que estivermos inseridos. Observe que mesmo uma pessoa que não tenha tido a oportunidade de ir à escola consegue se comunicar por meio da nossa Língua. Isso ocorre porque ela desenvolve sua competência linguística pela interação com os pais, com os familiares, com os amigos. Ora, se nós já nascemos com essa “gramática interna”, por que precisamos estudar Gramática? Neste mapa, mostramos pelo menos três conceitos de Gramática. E o que há em comum entre eles? A clareza de que conhecer os elementos e os processos gramaticais nos possibilita uma comunicação mais eficaz e criativa por meio da nossa Língua. A Gramática que estudamos na escola – que é exigida na comunicação oficial, no ENEM, em vestibulares ou em concursos – é a Gramática Normativa. Ela de fato, é um conjunto de prescrições e regras que determinam o uso considerado correto da língua escrita e falada. Nosso objetivo, com esse livro de mapas, resumos e esquemas, é ajudar você a dominá-las. Estudar Gramática pode ser muito divertido. Vamos juntos?

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A Tr i lh a d a G ra mát ica

M apear Português

M a p ea r Por t ugu ês

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M apear Português

Nós vamos ajudar você! Neste primeiro volume da coleção MAPEAR, vamos falar de Fonologia, de Morfologia e um pouco de Sintaxe.

As partes da Gramática

Muita gente nos pergunta: “Por onde devo começar a estudar Gramática?” Entendemos que, primeiramente, é fundamental conhecer as três partes que a compõem. Criamos, então, o triângulo FOMOSIN, que representa essas três partes: FO = Fonologia: estuda os SONS das palavras (os fonemas); MO = Morfologia: estuda a FORMA, a CLASSE das palavras; SIN = Sintaxe: estuda a ORDEM, a POSIÇÃO das palavras na frase; estuda a RELAÇÃO entre as palavras na oração e, principalmente, a FUNÇÃO que as palavras e as orações exercem nos períodos de um texto. Existem duas áreas linguísticas que têm profunda relação com a Gramática: 1) Semântica: estuda os significados literais e contextuais das palavras. São objetos de estudo da Semântica, por exemplo, os sinônimos (palavras com significado semelhante – alegria e prazer), os antônimos (palavras com significado oposto – alegria e tristeza), os homônimos (palavras com grafia ou pronúncia iguais e significados diferentes – cela, sela) e os parônimos (palavras parecidas na grafia e na escrita e com significados diferentes – retificar e ratificar). 2) Estilística: estuda os recursos de expressividade da língua e as formas utilizadas para se dar um tom artístico ou expressivo ao texto. São exemplos de recursos estilísticos as figuras de linguagem. Agora que você já conhece as três partes da Gramática e as duas áreas linguísticas que têm relação com ela, que tal se aprofundar em cada uma delas?

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A Tr i l h a d a G ra m áti ca

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Existem três tipos de fonemas:

Sons e Letras

Muito antes de aprendermos a escrever, aprendemos os sons das palavras. Por exemplo, uma das primeiras palavras que aprendemos é “mamãe”. Essa palavra é formada por 5 sons que se juntam para produzir um sentido, um significado. Cada um desses sons é chamado de fonema. O fonema é a menor unidade de som distintiva de uma língua, ou seja, o menor som pelo qual podemos diferenciar palavras. Veja: /saco/ /sapo/ /papo/ /pato/ /mato/ /mito/ Uma criança consegue diferenciar esses sons na fala muito antes de aprender a escrever. Depois de um tempo — normalmente quando vai para a escola ou é alfabetizada em casa —, aprende que existe uma forma de representar os sons: as letras ou grafemas. As letras são representações visuais dos sons da língua. Na nossa Língua, temos 26 letras, que formam o nosso alfabeto. De uma maneira simples, podemos dizer que são símbolos, códigos, desenhos. Cada letra representa um som (fonema), mas há casos em que o som é representado por duas letras (dígrafos), um caso em que uma letra representa dois sons (dífono) e alguns casos em que o mesmo som é representado por letras diferentes. Veja: /casa/ /exato/ /zebra/ Observe, nos exemplos acima, que o som /z/ é representado por três letras diferentes: s, x, z, o que pode gerar muitas dificuldades na hora de escrever. Por isso é importante ler bastante e estudar ortografia (a forma correta de se escrever as palavras).

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1) vogais - sons produzidos por uma corrente de ar proveniente dos pulmões que passa livremente pela cavidade oral (boca) e pela cavidade nasal (nariz). Existem sete vogais orais e cinco vogais nasais, que são representadas pelas letras a, e, i, o, u. • vogais orais: /a/, /é/, /ê/, /i/, /ó/, /ô/, /u/ ~ /õ/, /u/. ~ A nasalidade pode ser representada ~ /i/, • vogais nasais: /ã/, /e/, pelo sinal ~ (til) ou pelas letras consoantes m e n em final de sílaba. 2) consoantes - sons produzidos por uma corrente de ar proveniente dos pulmões que encontra obstáculos na sua passagem pela boca ou pelo nariz; são dependentes de uma vogal para serem pronunciados. Existem 21 consoantes (b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, y, z) 3) semivogais - são sons que se assemelham às vogais e às consoantes; passam livremente pelas cavidades bucal ou nasal, porém também precisam de uma vogal na sílaba, ou seja, são sons fracos, que não têm independência. São semivogais /i/ e /u/, e podem ser representadas pelas letras i, u, e, o. /pai/ /mau/ /mãe/ /mão/ As sílabas são um fonema vocálico ou um grupo de fonemas diversos pronunciados de uma vez. Não existe sílaba sem vogal, assim como não existe sílaba com mais de uma vogal. /a-mor/, /ru-a/, /Pi-au-í/, /tungs-tê-ni-o/ É importante saber tudo isso, porém o que mais importa é conhecer as palavras. As palavras são a unidade básica de comunicação. São formadas por fonemas, sílabas e letras que nos levam a um significado. Nossa aventura pela Trilha está apenas no começo! Ainda temos muito a desvendar sobre as palavras! Vamos, juntos, conhecer a Trilha da Gramática!

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a palavra. Ou seja, escrevemos de uma forma, mas pronunciamos de outra forma. A classificação do ditongo leva em conta a forma como pronunciamos. Temos, portanto, um ditongo nasal decrescente.

Você sabia que muitas vezes as vogais se encontram com outras vogais ou semivogais na mesma sílaba ou em sílabas separadas? Esses encontros são chamados de encontros vocálicos. Eles se classificam de três formas: 1. Tritongo: significa, de forma literal, três sons. Ocorre quando uma semivogal, uma vogal e outra semivogal se encontram na mesma sílaba. /Uruguai/

/saguão/

2. Ditongo: literalmente, significa dois sons. Ocorre quando uma vogal e uma semivogal se encontram na mesma sílaba. De acordo com a ordem desses sons na sílaba, o ditongo se classifica em: a) ditongo crescente: o som vai do mais fraco (semivogal) ao mais forte (vogal). /cárie/

/armário/

b) ditongo decrescente: o som vai do mais forte (vogal) para o mais fraco (semivogal). /mamãe/

/papai/

Os ditongos também podem ser orais (os sons saem apenas pela boca — pai, rói, céu) ou nasais (saem pela boca e pelo nariz — mãe, pão, ninguém). Observe que na palavra ninguém, citada acima, a letra “m” funciona como um sinal de nasalidade e surge a semivogal “i” quando pronunciamos

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A Tr i lh a d a G ra mát ica

~ ~ ninguém = ni/gei 3. Hiato: essa palavra tem um significado interessante — lacuna, abertura. Na gramática, é o encontro de duas vogais em sílabas separadas, ou seja, existe uma lacuna entre elas: /po-e-ta/

/ca-í-mos/

/ru-im/

/ca-a-tin-ga/

Por que é importante conhecermos os encontros vocálicos? Principalmente por dois motivos: 1) para separar adequadamente as palavras na translineação (quando passamos de uma linha para outra no texto); 2) para fazer a acentuação gráfica correta de algumas palavras (veremos esse assunto mais à frente). Bom, agora para você memorizar com mais facilidade, veja as letras que estão nos balões que o casal está segurando: TDH, um acróstico para nos lembrarmos dos três encontros vocálicos — Tritongo, Ditongo e Hiato. Scanned by CamScanner

Encontros Vocálicos

Esperamos que você tenha gostado! Vamos continuar nossa Trilha?

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Não podemos, também, confundir encontro consonantal com dígrafo consonantal: no encontro consonantal temos dois sons consonantais diferentes; no dígrafo, temos um único som, porém representado por duas letras. Vamos ver?

Já estudamos que existem sons vocálicos (formados por vogais e semivogais). Agora vamos estudar os sons consonantais. As palavras, unidades básicas de comunicação, são formadas por fonemas ou agrupamento de fonemas (sílabas). Não existem sílabas sem vogais; normalmente as sílabas são formadas por vogais e consoantes. Numa palavra, pode haver encontros vocálicos ou encontros consonantais. Os encontros consonantais são agrupamentos de consoantes em sequência na palavra; podem fazer parte da mesma sílaba ou não. Classificam-se em: •

encontros perfeitos, próprios ou puros: as consoantes ficam na mesma sílaba e geralmente contém “l” ou “r”. Na separação silábica, eles devem ficar juntos:



pra-to, Plu-tão, fra-se, Cló-vis.



encontros imperfeitos, impróprios ou disjuntos: são as consoantes que se encontram na palavra, mas na separação silábica ficam em sílabas diferentes:



sus-to, ad-mi-nis-trar

É importante observar que numa mesma palavra podemos ter encontros perfeitos e imperfeitos, como é o caso da palavra plástico: /plás-ti-co/ Uma consoante não tem independência fonética, ou seja, não pode ser pronunciada isoladamente. Portanto, na separação silábica, ela não pode ficar sozinha na sílaba: pneu, mne-mô-ni-co.

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cacto = cac-to = encontro consonantal exceção = ex-ce-ção = dígrafo consonantal Devemos, também, evitar um erro muito comum: M e N ao final de sílabas não são sons consonantais — funcionam simplesmente como sinais de nasalidade. Fazem parte de dígrafos vocálicos ou ditongos. Veja: samba = /sam-ba/ = /s/ã/b/a

~ ~ ninguém = /nin-guém/ = /n/i/g/e/i/

Nessas palavras, não temos encontro consonantal, porque a letra M, neste contexto, não representa um som: simplesmente transmite uma nasalidade para a vogal anterior; tanto é assim que temos apenas quatro e cinco fonemas, respectivamente, que seriam assim representados: /s/ã/b/a

~ ~ /n/i/g/e/i/

Parece um pouco difícil, não é mesmo? Mas são detalhes importantes da nossa Língua que precisamos conhecer! Scanned by CamScanner

Encontro Consonantal

Existem muitos desafios nesta Trilha, mas vamos vencê-los!

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Em todas elas, a letra consoante m não está iniciando uma sílaba (se isso acontecesse, ela representaria um fonema). Considere o som dessas palavras. Elas poderiam ser assim representadas:

Dígrafos

sãba

Vamos agora passar por mais uma fase da nossa incrível aventura. Estamos estudando Fonologia, ou seja, a parte da gramática que estuda os sons da língua. Já aprendemos sobre sons e letras. Vimos, por exemplo, que o fonema é a menor unidade distintiva de uma palavra. Quando pronunciamos sapo e saco, observamos que o que diferencia tais palavras é apenas um som consonantal. Aprendemos também que vogais e semivogais podem se encontrar numa sílaba; que também há encontros consonantais, consoantes que se encontram na mesma sílaba ou em sílabas separadas. Normalmente, uma letra representa um único som, porém temos na nossa Língua um fenômeno fonético chamado dígrafo. Essa palavra é a junção do prefixo “di”, que significa “dois”, mais o radical “grafo”, que de uma maneira simples significa grafema ou letra; portanto, dígrafos são duas letras que representam um único som (fonema). Existem 10 dígrafos vocálicos e 11 dígrafos consonantais. Os dígrafos vocálicos são formados pelo encontro das vogais a, e, i, o, u com as letras consoantes m e n em final de sílabas. Nesse caso, tais letras consoantes não funcionam como consoantes, mas como sinais de nasalidade. Observe as seguintes palavras: samba

tempo

limpo

pombo

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tem-po

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lim-po

~ lipo

põbo

~ bubu

Sabemos que elas não são escritas dessa forma, porque nossa Língua tem uma convenção ortográfica (um acordo) que leva em consideração a origem das palavras e a tradição de como elas foram escritas. Mas, considerando apenas o som, a letra m — presente em todas essas palavras — tem exatamente o mesmo valor do sinal de nasalidade til. Claramente percebemos, portanto, que essas palavras têm apenas quatro sons. Como os encontros am, em, im, om e um representam um único som, temos aí os dígrafos vocálicos. Além desses grupos vocálicos, temos aqueles com valor consonantal. Observe as palavras chave e xale. O som inicial dessas palavras é o mesmo, porém são escritas de formas diferentes: o fonema Inicial dessas palavras é representado no primeiro caso pelo encontro ch e no segundo caso pela letra x. Dizemos portanto que o ch é um dígrafo consonantal, já que representa um único som com valor de consoante. Existem 11 dígrafos consonantais e, na separação silábica, cinco deles são inseparáveis: ch, lh,nh,qu, gu. Então é isso, pessoal. Nosso cachorrinho Dig Dig tem esse nome porque queremos que você se lembre de que existem dois tipos de dígrafos: dígrafos vocálicos e dígrafos consonantais. Alíás, quantos dígrafos existem na frase “Esse é o DIG DIG, um cachorrinho lindo e mansinho”? Quem respondeu 8 acertou!!

bumbo

O que há de comum entre elas? As cinco possuem cinco letras e quatro sons (fonemas). Todas elas podem ser divididas em duas sílabas: sam-ba

~ tepo

pom-bo

bum-bo

Esperamos que você esteja feliz nessa Grande Aventura. Até a próxima fase.

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Acentuação Gráfica Vamos continuar nossa jornada conversando sobre um assunto de Fonologia, ou seja, a parte da gramática que estuda os sons das palavras. A acentuação gráfica trata dos sinais gráficos que nos indicam a pronúncia das palavras na nossa Língua. Temos apenas dois acentos gráficos propriamente ditos: o agudo (´) e o circunflexo (^), que têm como principal função indicar a sílaba mais forte (a tônica) e se o som da vogal é aberto ou fechado. O acento grave (`) não indica a sílaba tônica e é chamado de sinal indicativo de crase (assunto que estudaremos em outra oportunidade). O til (~) também não é considerado um acento, e sim um sinal de nasalidade, ou seja, um indicador de que o som sairá também pelo nariz. Então, depois de entendermos quais são os acentos e para que eles servem, precisamos lembrar a classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica, ou seja, da sílaba mais forte. De acordo com esse critério, as palavras podem ser: 1) Oxítonas: a sílaba mais forte é a última. Ex.: sofá, acarajé, tatu, fé, açaí, cipó, caju... 2) Paroxítonas: a sílaba mais forte é a penúltima. Ex.: cadeira, copo, livro, fácil, táxi... 3) Proparoxítonas: a sílaba mais forte é a antepenúltima. Ex.: médico, côncavo, colégio... É importante saber que a maioria das palavras têm acento tônico, mesmo que não tenham acento gráfico. Acento tônico é a mesma coisa que sílaba tônica: sol, caju, trovão, sozinha, retrato.

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No nosso resumo, indicamos 5 REGRAS de ACENTUAÇÃO. As três primeiras têm a ver com as palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. As outras duas são casos especiais. Criamos uma forma fácil de você memorizá-las: o mnemônico OPA! PRO HIATO TEM DIFERENCIAL, que significa: O – Oxítonas: a, e, o - (s), em, ens PA – Paroxítonas: as não terminadas como as anteriores PRO – Proparoxítonas: todas HIATO – regra específica para acentuação das vogais I e U, quando sozinhas na sílaba ou seguidas de “s”. Lembrando que hiato é o encontro de vogais em sílabas separadas. Observe, porém, que, se as vogais I e U estiverem antecedidas por ditongos em palavras paroxítonas, não receberão acento: Exemplos: ba-ú, I-ta-ú, ba-la-ús-tre, a-ça-í, Ju-í-na, con-tri-bu-ís-te (hiatos com acento); fei-u-ra, bai-u-ca, Bo-cai-u-va (hiatos sem acento) TEM DIFERENCIAL – os casos das palavras que recebem acento gráfico para serem diferenciadas quanto à classe gramatical e o sentido. Ex.: Vou pôr o livro na estante. (verbo) Vou por outro caminho. (preposição). #ficaadica O Novo Acordo Ortográfico de 1990 não cita, no conjunto das regras de acentuação, uma regra muito comum: as paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Na verdade, ele coloca tais palavras na regra das proparoxítonas e as considera proparoxítonas aparentes. Exemplos: co-lé-gi-o, ar-má-ri-o, san-dá-li-a, A-mé-li-a.

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1) Se o primeiro elemento terminar com uma letra igual à letra que inicia o segundo elemento, os dois elementos devem ser separados por hífen no composto: “iguais se separam”. Veja os exemplos:

Uso do Hífen — Regra Geral

Na Língua Portuguesa, temos palavras primitivas ou derivadas, simples ou compostas. Palavras primitivas são aquelas que nasceram primeiro e dão origem a outras (chamadas derivadas). Derivadas são aquelas formadas, normalmente, a partir do acréscimo de um elemento significativo, chamado de prefixo (quando vem antes) ou sufixo (quando vem depois do radical). As palavras simples são aquelas que têm apenas um radical, ou seja, uma base de significação; já as palavras compostas possuem mais de um radical e podem ou não estar ligadas entre si por hífen. Entre os usos do hífen, com certeza se destaca a formação de palavras compostas. Tais palavras são formadas pela junção de outras duas palavras ou pela junção de um prefixo ou falso prefixo ao radical. Existem muitas particularidades para o uso do hífen, por isso teremos dois mapas para tratar desse assunto. Aqui vamos tratar de duas regras gerais que vão ajudar você a ter muita segurança na hora de empregar esse sinal. De forma geral, o uso do hífen depende de como termina a primeira palavra do composto e de como começa a segunda palavra. Por exemplo, a palavra autoescola é formada pelos elementos auto e escola; o primeiro elemento termina na vogal “o” e o segundo começa pela vogal “e”. Você pode considerar o seguinte: iguais se separam e opostos se atraem! Quando falamos “opostos”, estamos querendo apenas associar essa regra a uma expressão popular— opostos se atraem —, mas considere no lugar da palavra “opostos” a palavra diferentes, ou seja, diferentes se atraem. Como assim? Bom, podemos dizer que existem duas regras que, de modo geral, resolvem quase todos os casos:

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micro-ondas

anti-inflamatório

super-resistente

Observe que o primeiro elemento, nos três casos, termina com uma letra que é igual à que inicia o segundo elemento. Dessa forma, devem ser separados. 2) Se o primeiro elemento terminar com uma letra diferente daquela que inicia o segundo elemento, os dois elementos se atraem, ou seja, não podem ser separados por hífen: “diferentes se atraem”. micronutriente

anticoncepcional

superinteressante

É importante notar que quando houver a junção de alguma vogal com as consoantes r ou s, deveremos dobrar a consoante, ou seja, usá-la de forma duplicada: antissocial

autossabotagem

autorretrato

Essas duas regrinhas vão servir para a maioria dos casos: iguais se separam e diferentes se juntam. Porém, na Língua Portuguesa, normalmente temos exceções, chamadas de casos particulares. É o que veremos na próxima fase da Trilha, isto é, no próximo mapa. Mas, antes disso, tenha cuidado com esta exceção: com os prefixos CO, RE, PRO, os dois elementos do composto estarão juntos, mesmo que o segundo deles comece com uma vogal igual à vogal final desses prefixos. Veja: coobrigar

reenviar

proótico

Um abraço. A gente se encontra na próxima fase!

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Muito BEM, EM, EM, EM, EM! índio TUPI não quer pão e circo na fauna e na flora!

Às vezes, a gente chega a pensar que precisa ser um super-homem ou uma mulher-maravilha para lembrar tantas regrinhas de Português, não é mesmo? Por isso criamos um personagem inspirado no Super-Homem: o Super-Hífen. Ele vai nos ajudar a lembrar os 10 principais casos particulares, ou seja, as 10 principais exceções ao uso do hífen. Esses casos estão relacionados, em sua maioria, a prefixos que devem ser separados por hífen. Para você memorizar com mais facilidade, dividimos em dois grupos. O primeiro grupo é representado por um mnemônico esquisito: Prefeito H, da sub-região, é um mal ex-vice do PPP Com isso, você memoriza o primeiro grupo com cinco primeiros prefixos que devem ser separados por hífen. Pref H Sub R MAL EX VICE PPP

= qualquer prefixo + palavra iniciada por H = prefixo SUB + palavra iniciada por R = advérbio MAL + qualquer vogal = prefixos EX e VICE são sempre separados = prefixos PRÉ, PRÓ, PÓS acentuados são sempre separados

super-higiênico vice-presidente

sub-regional pré-candidata

mal-amado pró-animais

ex-jogador pós-moderno

O segundo grupo contém prefixos e pode ser memorizado pelo mnemônico:

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A Tr i lh a d a G ra mát ica

jacaré-açu Guajará-mirim pan-americano circum-navegações bem-humorado recém-casado sem-terra erva-doce tatu-bola Sabemos que vai dar um pouco de trabalho vencer todos os desafios desta fase da Trilha, mas vai valer a pena! Com este mapa, encerramos um ciclo que tem a ver com Fonologia e Ortografia. Vamos, agora, rumo a uma grande aventura: a casa das palavras! Scanned by CamScanner

Uso do Hífen – Casos Particulares

1. sufixos de origem TUPI (açu, guaçu, mirim) 2. prefixos PAN, CIRCUM 3. advérbio BEM 4. prefixos terminados em EM: RECÉM ALÉM, SEM, AQUÉM (acróstico RASA) 5. nomes da zoologia ou da botânica

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Já o advérbio, que é uma das classes invariáveis (A CPI), estabelece relação de sentido com o verbo, mas pode se relacionar, também, com adjetivos e com outros advérbios. Em alguns casos, pode mudar o sentido de uma frase inteira.

Somos apaixonados por esta casinha. Eu (Amanda) já fiz esse desenho várias vezes! Essa é a CASA DAS DAS PALAVRAS, a casa das classes gramaticais. Se você não sabe por onde começar a estudar Morfologia, fica a dica: comece pelas classes gramaticais. Aprenda a diferenciar, por exemplo, substantivos de adjetivos; artigo de preposição; pronome de advérbio. Saber identificar as classes num texto é o início de tudo. Existem cerca de 500.000 palavras na nossa Língua. E cada uma delas pertence a uma das 10 classes gramaticais (grupos). Numa linguagem figurada, cada palavra pertence a uma “tribo”! Existem três colunas nessa casa gramatical: 1ª: classes variáveis que se referem ao substantivo: ANAP. 2ª: classes variáveis principais: o verbo e o substantivo: VS. 3ª: classes invariáveis: advérbio, conjução, preposição e interjeição: A CPI. Por que destacamos, no meio da casa, VS (verbo e substantivo)? Porque são as duas classes mais importantes. Praticamente, toda a gramática gira em torno dessas duas classes. Por exemplo, ANAP (artigo, numeral, adjetivo, pronome) só existem por causa do substantivo. Essas classes (ANAP) servem para indicar o gênero (masculino ou feminino), o número (singular ou plural) do substantivo e expressar inúmeras ideias em relação a ele (qualidade, característica, posse, indefinição, quantidade etc.). São chamadas de determinantes e modificadores de substantivo. Os meus dois amigos mais próximos viajarão comigo.

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Ana canta bem. Ana canta muito bem! Ana chegou mais feliz. Atualmente algumas pessoas estão em quarentena. E quanto à CPI? (calma, não se trata de comissão parlamentar de inquérito rsrsrs). Trata-se de classes invariáveis. Não estabelecem relação direta com nenhuma das outras classes. Mas são muito importantes, principalmente as conjunções (que ligam termos, orações e estabelecem diversas relações de sentido) e as preposições (que ligam palavras e estabelecem relações de sentido na frase). As interjeições servem para expressar, de modo vivo, as emoções e é uma classe independente, ou seja, não tem praticamente nenhuma relação com as demais. Veremos exemplos dessas classes posteriormente. Bom, temos muito trabalho pela frente! Este mapa serve apenas para dar uma ideia geral das classes. Teremos que estudar uma a uma para concluir A Trilha da Gramática. Scanned by CamScanner

As 10 Classes de Palavras

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Como Identificar as Classes Gramaticais

Já aprendemos que nossa casa gramatical tem 3 colunas: as 4 classes variáveis “coadjuvantes”; as 2 classes variáveis “protagonistas”; e as 4 classes invariáveis. Existem cerca de 500.000 palavras no nosso idioma, apesar de utilizarmos no máximo 10.000 desse conjunto. Cada uma delas, geralmente, pertence a uma classe gramatical. Mas como podemos identificar a classe de cada palavra? Normalmente as pessoas classificam as palavras pela IDEIA que elas expressam. O problema é que esse critério, sozinho, tem falhas. Por exemplo: as palavras “inteligência” e “inteligente” indicam qualidade. Na escola, aprendemos que adjetivo é a palavra que indica qualidade. Mas “inteligência” é substantivo e “inteligente” é adjetivo. E agora? O ideal é seguir TRÊS critérios para definir a que classe pertence uma palavra: Relação + Ideia + Variação (RIV) Você gosta de Matemática? Vamos criar uma equação para representar os três critérios: R + I + V= X, em que R é a relação que uma palavra estabelece com outra na frase, I é a ideia que a palavra transmite, V são as possíveis variações que a palavra pode sofrer na sua forma e X é a classe gramatical. Vamos analisar as palavras inteligência e inteligente? Pelo critério da relação, já se nota a diferença entre as palavras. Podemos falar “Maria é inteligente”, mas soa muito estranho falar “Maria é inteligência”. Por que soa estranho? Porque normalmente um substantivo não qualifica o outro e nessa frase tanto “Maria” quanto “inteligência” são substantivos. Já na frase “Maria é inteligente”, não há nada estranho: a palavra “inteligente” estabelece uma relação natural com “Maria” e indica uma qualidade dela.

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Pelo critério da ideia, as palavras são muito semelhantes, pois ambas podem ser consideradas qualidade. Há uma pequena diferença, que poucas pessoas percebem: “inteligência” dá nome a uma qualidade, a algo que existe de forma abstrata, já “inteligente” é uma característica atribuída a algo ou alguém. Pelo critério da variação, podemos notar outra diferença: os adjetivos possuem a variação em grau superlativo, que serve para intensificar, amplificar o sentido de uma palavra; os substantivos não possuem essa variação. Maria é inteligentíssima. (grau superlativo absoluto sintético do adjetivo)

Maria é muito inteligente. (grau superlativo absoluto analítico do adjetivo)

Maria é muito inteligência. (esta frase estaria incorreta, porque naturalmente o substantivo não aceita o grau superlativo).

O que nós quisemos demonstrar a você com essa análise? A forma mais segura de comparar as palavras e definir a que classe elas pertencem é observá-las pelos critérios R + I + V e não apenas pela ideia. No início, isso pode dar muito trabalho! Com o tempo se torna algo simples de fazer. #ficaadica Uma palavra pode pertencer a mais de uma classe? A resposta é SIM! Na frase “Sabemos que a vida está sujeita a problemas”, temos duas ocorrências da partícula a. Mas, pelos critérios da relação e da variação, você já pode perceber que elas têm classificações diferentes: a primeira é artigo e a segunda é preposição. Segure a ansiedade que vamos estudar esse assunto mais para a frente!

Uau! Você já passou por 11 fases da Trilha! Comemore!!!!

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concreto. Ao mesmo tempo, o substantivo quebra-cabeça é formado pela junção de duas palavras; portanto dizemos que é um substantivo composto. Se fosse apenas uma palavra, seria chamado de substantivo simples.

Substantivos

As duas classes mais importantes são os substantivos e os verbos. Vamos aprender hoje um pouco mais sobre SUBSTANTIVOS? A palavra substantivo veio de SUBSTÂNCIA. Os latinos chamavam de SUBSTANTIVO tudo aquilo que tivesse uma substância, uma essência. Claro que aí cabiam apenas os substantivos concretos, como pessoas, coisas, objetos etc. Com o tempo, percebeu-se que algumas coisas existiam, mas não eram tangíveis, concretas. Daí surgiu o conceito de substantivos abstratos – que não podem ser vistos, tocados ou mensurados. São normalmente ações (chegada, fiscalização, implantação), sentimentos (amor, paz, harmonia) e ideias (imaginação, beleza, ética). Tudo o que existe tem um NOME. Portanto, substantivo é a palavra que dá NOME aos seres, a tudo o que você vê, ouve, sente ou imagina. Os substantivos também podem ser classificados de acordo com a ideia que expressam e com o processo de formação. Veremos isso com mais detalhes na próxima fase. Mas, antes disso, vejamos aqui resumidamente: Ele trouxe o quebra-cabeça. Nessa frase, temos claramente um substantivo: quebra-cabeça. Essa palavra faz referência a um objeto, ou seja, a algo concreto, tangível, mensurável. De uma maneira simples, indica algo que pode facilmente ser visto ou tocado, algo que tem natureza independente, pois não precisa da nossa imaginação para existir. Então dizemos que se trata de um substantivo

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Mas o que importa mesmo é que o substantivo (o verbo também) sempre é a palavra mais importante numa expressão. Por isso dizemos que ele tem uma função NUCLEAR. Olhe esta frase: As minhas duas melhores amigas viajaram. Todas as palavras da frase obrigatoriamente concordam em número com o substantivo “amigas” e a maioria concorda em gênero. As palavras que antecedem o substantivo “amigas” pertencem ao acróstico ANAP – artigo, numeral, adjetivo e pronome. Essas classes que se referem ao substantivo são os elementos determinantes ou modificadores. É importante, também, conhecer as flexões (variações) do substantivo. Ele muda de acordo com: • gênero (masculino e feminino): cidadão/cidadã • número (singular e plural): papel/papéis • grau (aumentativo e diminutivo): homenzarrão/homenzinho Quer saber se uma palavra é um substantivo? Veja se ela aceita facilmente a anteposição de um dos artigos: o, os, a, as, um, uma, uns, umas. Vamos continuar na Trilha! Na próxima fase, estudaremos a classificação dos substantivos.

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Classificação dos Substantivos

Tudo bem? Agora que já sabemos o que são substantivos, vamos estudar a classificação deles quanto à ideia que expressam e ao processo de formação. Antes, vamos explicar nosso mnemônico (técnica de memorização): CASC DP PCC. Em algumas regiões do país, existe, na linguagem popular, o verbo cascar, no sentido de sair, “dar o fora”, “vazar”. Daí nosso acróstico CASC. Já o DP pode ser a abreviação de Delegacia de Polícia. E PCC é um grupo criminoso conhecido. Como já falamos, a técnica de ASSOCIAÇÃO – que nos ajuda a lembrar o conteúdo – às vezes ocorre com expressões sem muito sentido. Foi o que fizemos aqui: CASC pra DP, PCC!!! Vamos voltar agora à explicação da matéria. • • •

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Quanto à ideia, o substantivo pode ser concreto ou abstrato, comum ou próprio, e coletivo. Quanto ao processo de formação, ele pode ser simples ou composto, primitivo ou derivado. A palavra amor, por exemplo, se classifica como substantivo abstrato (depende de outro substantivo para existir, ou seja, tem natureza dependente); comum (porque dá nome a um sentimento que é comum a vários seres); simples (porque tem apenas um radical, ou seja, é formado por apenas uma palavra) e primitivo (porque é uma palavra original, ou seja, dá origem a outras, como amoroso, desamor...).

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A palavra quero-quero, por exemplo, se classifica como substantivo concreto (tem natureza independente – é uma ave); comum (porque dá nome a uma espécie); e composto (porque é formado pelo processo de composição – junção de duas palavras). Scanned by CamScanner



Então é bom ficar atento: uma mesma palavra pode ter diversas classificações quanto à forma e à ideia que expressa.

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• Ele é justo. (adjetivo) O justo terá uma vida feliz. (substantivo) • Quando e por que isso aconteceu? (advérbio e pronome interrogativo, respectivamente) Não sabemos o quando nem o porquê. (substantivos) • Ele leva e traz notícias! (verbos) Ele é um leva e traz. (substantivo composto)

Artigos

Seria bom, não é mesmo? Pois ela existe: ARTIGO. As palavras são: O (artigo definido) e UM (artigo indefinido). No nosso mapa, colocamos 8 porque contamos com as variações de gênero e número: o, a, os, as; um, uma, uns, umas. No nosso mapa, temos 3 informações importantes sobre o conceito de artigo e 3 formas de usá-lo. Além dessas informações, é importante observar que: 1. O artigo indefinido um se diferencia do numeral um porque este é usado para indicar quantidade e aquele não. Para saber se é numeral, use as palavras exatamente (com ideia de quantidade) ou somente. Além disso, observe se no contexto há ideia de quantidade. Veja os exemplos:

Ela comprou dois livros; eu comprei um. (exatamente, somente um = numeral)



Ele era um homem inteligente. (não podemos usar a expressão exatamente. Portanto, aqui temos um artigo indefinido).

2. O artigo pode substantivos.

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substantivar

outras

classes,

tornando-as

3. Quando usado com nomes próprios, o artigo indica familiaridade, mas o uso é opcional. Exemplo: A Ana não veio hoje. Ana não veio hoje.

Pela lógica, se existe artigo na frase, existe um substantivo. Aliás, a maneira mais fácil de saber se uma palavra é substantivo é inserir um artigo antes dela. Se a palavra aceitar naturalmente o artigo, ela se classificará como um substantivo. Scanned by CamScanner

Tudo bem? E se eu falasse para você que existe uma classe gramatical que contém apenas 2 palavras?

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Multiplicativos: indicam o número de vezes que uma determinada quantidade foi multiplicada, um aumento proporcional dessa mesma quantidade: dobro, triplo, quádruplo ... Fracionários: indicam o fracionamento de uma unidade, de um todo, indicando assim suas frações, divisões e partes: um terço, dois décimos, meio ...

Numeral • Apresentamos a você agora o NUMERAL! Vamos estudá-lo quanto à relação, à classificação e à flexão. •

Relação: O numeral faz parte do acróstico P.A.U.L.A, ou seja, faz parte das classes ou expressões que se referem diretamente ao substantivo, para especificá-lo, determiná-lo. É, também, um modificador do sentido do substantivo ao indicar quantidade exata. Pronome Artigo N Umeral Locução Adjetiva Adjetivo É importante ressaltar que o numeral pode ter valor substantivo (substitui o substantivo) ou adjetivo (acompanha o substantivo – neste caso, exerce geralmente a função de adjunto adnominal). João e Antônio estudam na mesma escola. Os dois gostam exatamente das mesmas matérias. (numeral substantivo)

Flexão: os numerais pertencem às classes variáveis. Um, por exemplo, é variável, em gênero, mas não em número: Comprei um caderno. Comprei uma caneta. Se quisermos indicar o plural desses numerais, teremos que usar outras palavras: Comprei dois cadernos / Comprei duas canetas. Como podemos ver, o numeral dois varia apenas em gênero: duas. Curiosidade: a palavra meio pode pertencer a várias classes, entre elas numeral. Pode ser classificada como substantivo (com o sentido de maneira ou recurso) e até advérbio (equivalendo a um pouco). Vou providenciar um meio (uma maneira) de sairmos daqui! = substantivo; Estou meio sonolenta hoje! (um pouco = advérbio); Agora é meio-dia e meia (metade da hora) = numeral. Observe que, neste caso, meio concorda com “dia” e meia concorda com “hora”. #ficaadica

Tenho dois amigos leais. (numeral adjetivo) •

Classificação: existem quatro tipos de numerais: Cardinais: indicam, de maneira direta, a quantidade: dois, duas, vinte, trinta ... Ordinais: indicam quantidade de maneira indireta, ou seja, pela posição que o substantivo ocupa num conjunto de elementos: primeiro, segundo, terceiro ...

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As palavras ambos e ambas são numerais substantivos e equivalem às expressões os dois e as duas, respectivamente. Estela e Júlia visitaram o Ceará. Ambas adoraram as praias de lá. (numeral substantivo) Esperamos que você tenha entendido tudo! Vamos avançar para a próxima fase?

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Uma flexão muito importante do adjetivo é a flexão de GRAU. Vamos ver? 1.

Adjetivos

A maioria das pessoas pensa que adjetivo é a palavra que indica qualidade. E não é! Calma... vou explicar! Não é só qualidade: é característica, estado, classificação também. Além disso, há palavras que indicam qualidade e NÃO são adjetivos! Por exemplo: inteligência, beleza, sensibilidade, habilidade, competência indicam qualidade, mas não são adjetivos; são substantivos, já que, entre outras coisas, admitem naturalmente o artigo a. Quando se fala, por exemplo, O ensino médio tem piorado, a palavra “médio” indica qualidade? Claro que não, mas é um adjetivo: indica classificação. Existe ensino fundamental, ensino médio e ensino superior. As palavras que especificam o substantivo “ensino” indicam classificação (não qualidade) e são adjetivos. Então, a partir de agora, você já sabe que o adjetivo é muito mais que qualidade e que sua principal finalidade é modificar o substantivo, acrescentando-lhe estado (físico, emocional, psicológico), característica, classificação e... qualidade. Literalmente, a palavra adjetivo significa “que vem junto”. Isso já demonstra que essa classe gramatical precisa se relacionar com outra classe, que no caso será o substantivo. Não podemos esquecer, portanto, que o adjetivo se refere a um termo substantivo. O adjetivo pode sofrer três tipos de variações (flexões): gênero (masculino e feminino); número (singular e plural); grau (comparativo e superlativo).

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Comparativo: ocorre quando comparamos dois seres ou duas qualidades de um mesmo ser. • Comparativo de igualdade: Ela é tão inteligente quanto você. • Comparativo de inferioridade: Ele é menos arrogante que você. • Comparativo de superioridade: Ela é mais preguiçosa que você.

Curiosidade: nos dois últimos exemplos (“menos arrogante” e “mais preguiçosa”), parece que erramos na explicação. Não erramos. Fique atento aos advérbios “menos” e “mais”, porque são eles que definem o que é inferioridade e superioridade, e não simplesmente a ideia da oração.

Os adjetivos bom, ruim, grande e pequeno não podem ser usados com o advérbio mais quando compararmos dois seres. Nesse caso, temos que usar formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor): Pedro é mais grande que Antônio. (errado) Pedro é maior que Antônio. (certo) 2. Superlativo: ocorre quando intensificamos, aumentamos a qualidade de um ser sem compará-lo, individualmente, a outro ser. Lembre-se: “super” (de superlativo) significa “acima de”, “abundância”. Divide-se em dois: • Absoluto: refere-se a um ser, intensificando sua qualidade. Ela é inteligentíssima. (forma sintética) Ela é muito inteligente. (forma analítica) • Relativo: refere-se a um ser, relacionando-o a um conjunto. Ela é a mais inteligente da turma. (superioridade) Ela é a menos inteligente da turma. (inferioridade) Para concluir nossos estudos nesta fase, precisamos entender que um adjetivo normalmente estabelece uma relação com o substantivo e exerce duas funções numa oração: predicativo ou adjunto adnominal. Neste momento, basta você memorizar essas duas funções. Nós vamos estudá-las detalhadamente na Trilha Mapear 2.

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Comprei dois ternos azul-marinho. (adjetivo composto)

Os azuis-marinhos são mais bonitos que os azuis-celestes

Plural dos Adjetivos Compostos

(substantivos compostos; observe que estão antecedidos por artigos)

2) As palavras pastel, cinza, rosa, violeta e laranja são substantivos. Quando empregadas em referência a cor, ficam invariáveis: Vamos descobrir agora que o adjetivo, assim como o substantivo, pode ser classificado de acordo com o processo de formação: • •

simples ou composto: povos selvagens, povos semisselvagens primitivo ou derivado: cauda larga, cauda gigantesca

Ora, quer dizer que o adjetivo também tem a forma composta? Sim. E o plural dos adjetivos compostos segue as mesmas regras dos substantivos compostos? Não. As regras são diferentes. É importante dar bastante atenção à Regra Geral, pois ela, como o próprio nome diz, envolve o maior número de palavras. Sabemos que o adjetivo serve para especificar um substantivo. Então, todas as vezes que citamos um adjetivo composto, também citamos o substantivo que ele especifica. A regra geral diz que, nos adjetivos compostos, varia apenas o último elemento. Por exemplo: questões socioeconômicas / parcerias público-privadas Não podemos esquecer as exceções: azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis; no caso de surdo-mudo, os dois elementos variam: surdosmudos. Dicas importantes: 1) Várias palavras que se classificam como adjetivos compostos podem ser consideradas, em outros contextos, substantivos compostos. Neste caso, seguirão as regras dos substantivos compostos. Veja a diferença:

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camisas rosa sapatos cinza blusas violeta cores pastel vestidos laranja 3) Lembre-se: raios ultravioleta (invariável) raios infravermelhos (variável) 4) Nossa personagem, a PAC cor-de-rosa, nos faz lembrar duas coisas: a primeira é que um adjetivo composto é formado por duas ou mais palavras, geralmente ligadas por hífen; a segunda é que os adjetivos compostos formados pela expressão COR DE... são sempre invariáveis. Vestidos cor de abóbora #ficaadica Cor-de-rosa é o único adjetivo formado pela expressão COR DE que é ligado por hífen Vamos avançar mais um ponto na nossa Trilha? Aguardo você!

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Plural dos Substantivos Compostos

Provavelmente, você já teve dúvidas sobre o plural de palavras compostas (normalmente ligadas por hífen). Neste mapa, falamos das regras para colocar no plural os substantivos compostos – aqueles formados por mais de um radical, mais de uma palavra. No mapa, explicamos as 5 regras principais. Uma delas – a regra geral – pode resolver a maioria dos seus problemas! Mas para isso você precisa conhecer a classe de cada palavra que forma o substantivo composto. Criamos o mnemônico TIO SAN – cujo objetivo é fazer você se lembrar da regra geral: Substantivos, Adjetivos e Numerais geralmente variam nos compostos. Se no composto houver essas classes, elas irão para plural. Vamos aos exemplos? •

guarda-roupa: é formado pela forma verbal guarda + o substantivo roupa. Nos substantivos compostos, o verbo geralmente não varia. Então o plural é guarda-roupas.



guarda-noturno: é formado pelo substantivo guarda (sinônimo de vigilante; quando essa palavra equivale a uma pessoa, é substantivo e não verbo) + o adjetivo noturno. Pela regra do TIO SAN, os dois variam. Então o plural é guardas-noturnos.



quinta-feira: é formado pelo numeral quinta + o substantivo feira. Pela regra do TIO SAN, variam substantivos, adjetivos e numerais. Então, os dois termos variam: quintas-feiras.

#ficaadica Memorize as 5 regrinhas do mapa, e dê maior atenção à regra geral, que alcança o maior número de palavras da Língua.

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o sentido de “bosques”, que deixa de ser qualquer bosque para ser aquele pertencente a nós. Por isso, dizemos que o pronome é um modificador de substantivos quando os acompanha.

Pronome

E aí? Como está a jornada gramatical? Esperamos que você esteja feliz com esta aventura. Agora vamos falar sobre uma classe importantíssima: o PRONOME! Quem vai ajudar-nos nessa aula é o DR. PIPI (veja o desenho na página seguinte). Literalmente, PRO significa em função de ou no lugar de. Já aprendemos que NOME é a mesma coisa que substantivo. Então, podemos deduzir que pronome é uma palavra que existe em função do nome (substantivo) ou que ocupa o seu lugar. Pode substituir o nome (pronome substantivo) ou acompanhá-lo (pronome adjetivo). Então, resumindo, para que serve o pronome? #ficaadica O pronome SAE, substantivo!!!!!! Porque o pronome Substitui, Acompanha e Evita repetições! Estela é muito inteligente. Estela adora ler. Podemos substituir tranquilamente a segunda ocorrência de “Estela” pelo pronome ela: Ela adora ler. No caso da frase Nossos bosques têm mais vida (do nosso Hino Nacional), o substantivo “bosques” é acompanhado pelo pronome “Nossos”, que dá ideia de POSSE. Ao acrescentar a ideia de posse, o pronome modifica

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Aliás, além de posse, o DR. PIPI nos lembra que existem vários tipos de pronome e que eles se classificam de acordo com a função ou com a ideia que expressam: Demonstrativos: indicam localização no tempo, no espaço físico ou no texto. Relativos: alguns indicam posse, lugar ou tempo Possessivos: indicam posse Interrogativos: expressam perguntas Pessoais: substituem as pessoas do discurso, mas alguns podem indicar posse Indefinidos: indicam ideias indefinidas, genéricas, imprecisas Todos os pronomes são importantes, porém merecem mais atenção os pessoais, os relativos e os demonstrativos. Nas próximas fases da Trilha da Gramática, falaremos detalhadamente deles. #ficaadica Em casos raros, um pronome pode se referir a adjetivos e até mesmo a uma oração inteira para substituí-los. Veja: Ele é muito inteligente, e o é porque estuda bastante. (o pronome “o” retoma o adjetivo ‘inteligente) Ana estuda bastante, e o faz porque precisa. (o pronome “o”, juntamente com o verbo “faz”, retoma a oração “estuda bastante”) Para concluir, lembre-se de que a maioria dos pronomes varia em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e pessoa (1ª, 2ª e 3ª)

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Verbo

Você se lembra da nossa Casa das Palavras (mapa 10)? Lá nós aprendemos que o VERBO é uma das classes mais importantes, lembra?



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Ideia: o verbo pode indicar ação (correr), estado (permanecer), processo (imaginar) e fenômenos da natureza (chover).



Criamos um acróstico para você memorizar: P rocesso A ção F enômeno E stado



Flexões: verbo é a classe que mais sofre variações na nossa língua: muda de acordo com número, pessoa, modo, tempo e voz.



Vejamos a flexão de tempo numa das frases do mapa:



Ela está doente. A forma verbal está foi flexionada no tempo presente. Mas poderia estar no passado (Ela esteve doente) ou no futuro (Ela estará doente).



O mais importante é entender que o verbo é a única palavra que sofre mudanças (variações) de acordo com o TEMPO — presente, passado e futuro. A Tr i lh a d a G ra mát ica

O verbo, na forma original (não flexionada), possui as seguintes terminações: AR, ER, IR e OR. Exemplos: AMAR, COMER, SUMIR, PROPOR. Essas formas são chamadas de INFINITIVO.



Relações: nós nos comunicamos por meio de frases, orações, períodos. Orações são enunciados com verbo. Não existe oração sem verbo; portanto ele é o centro da oração – também chamado de núcleo do predicado.



A maioria das orações em Língua Portuguesa seguem a estrutura SVC = Sujeito + Verbo + Complemento. Nessa estrutura, o verbo tem uma relação de concordância (número e pessoa) com o sujeito e uma relação de regência (dependência, subordinação) com o complemento. Veja:



Raimundo venceu as eleições!



Raimundo = sujeito no singular venceu = verbo no singular – núcleo da oração (palavra mais importante) as eleições = complemento do verbo



Os jogadores do Flamengo precisam de garra.



Os jogadores do Flamengo = sujeito no plural precisam = verbo no plural – núcleo do predicado de garra = complemento do verbo

Precisamos entender, principalmente, três aspectos do verbo: 1. O conceito (ideia que expressa) 2. As flexões (mudanças na forma) 3. As relações (funções que ele exerce na oração)

Nenhuma das outras classes gramaticais varia de acordo com o TEMPO. Essa é uma exclusividade dos VERBOS. Teremos outros mapas, logo à frente, que falarão detalhadamente dos tempos, modos e vozes verbais.

Avançando na Trilha da Gramática, teremos a oportunidade de estudar esses tópicos com mais profundidade! Vamos nessa?

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Já o predicado é a parte da oração que contém verbo e uma informação sobre o sujeito. Literalmente, significa “aquilo que se declara em público”. Não existe predicado sem verbo, por isso o verbo geralmente inicia o predicado.

Vamos conhecer agora mais um personagem da Turma do Mapear: o TEO. O TEO é piloto de avião e comanda duas aeronaves muito especiais, que veremos na Trilha 2: a TAV e a TAN. TEO – Termos Essenciais da Oração TAV – Termos Associados ao Verbo TAN – Termos Associados ao Nome Além desses termos, temos o TIV, que é um termo independente, chamado vocativo. Todos eles formam a ORAÇÃO — ou seja, o enunciado que contém verbo! E o que é essencial a uma oração? As duas partes essenciais da oração são o Sujeito e o Predicado! Sujeito é o termo sobre o qual se declara algo e com o qual o verbo geralmente concorda. Pode vir antes ou depois do verbo; pode praticar ou receber a ação, ou nem praticar nem receber a ação ou processo do verbo. As aulas começaram cedo. (sujeito anteposto – antes do verbo) Ela é uma ótima professora. (sujeito anteposto – não pratica nem recebe ação) Chegaram as encomendas. (sujeito posposto – depois do verbo) O assaltante foi preso. (sujeito anteposto paciente – sofre a ação)

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A vida é maravilhosa. Mudaram as estações... DIMP Apesar de o sujeito ser considerado um termo essencial, existem alguns poucos casos de orações que vêm sem sujeito (veremos na próxima fase). Neste caso, o predicado será toda a oração . Exemplo: Fez muito calor hoje. Scanned by CamScanner

Termos Essenciais da Oração

A oração anterior tem apenas predicado, porque o verbo indica fenômeno da natureza. Esse tipo de verbo não possui sujeito.

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Cada preposição empregada nas frases anteriores introduz uma ideia diferente. Aliás, esta é uma das características da preposição: expressar diversas relações semânticas. As preposições se classificam em essenciais (palavras que já nasceram como preposições, ou seja, na essência já são preposições) e acidentais — palavras que pertencem originariamente a outras classes, mas que funcionam como preposição em alguns contextos.

Nós gostamos demais das preposições! Primeiramente porque é fácil memorizá-las: são apenas 18 (as essenciais). Em segundo lugar, porque elas estão presentes em quase todas as frases e são capazes de mudar completamente o sentido destas. Mas o que significa preposição? Preposição literalmente significa “ato de colocar à frente”. Sempre à frente de uma preposição, haverá uma palavra subordinada a algum termo da oração. Gramaticalmente, preposição é uma palavra invariável que introduz complementos ou adjuntos para verbos e nomes. Ou seja, ela coloca complementos ou adjuntos numa posição à frente dos verbos e dos nomes. Gosto de você – introduz um objeto indireto Moro em São Paulo – introduz um adjunto adverbial. Sou fiel a você – introduz um complemento nominal. Ele é um homem sem caráter – introduz um adjunto adnominal. Semanticamente, ou seja, em relação ao sentido, a preposição também é importantíssima. Veja:

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Falei a você.

Falei para você

Falei após você.

Falei perante você

Falei com você

Falei por você

Falei contra você.

Falei sem você

Falei de você.

Falei sobre você

Falei em você.

Falei diante de você

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A palavra de sempre será preposição: liga termos e introduz complementos. Já a palavra menos tradicionalmente é advérbio ou pronome indefinido, mas pode funcionar como preposição acidental. Ou seja, num contexto, pode ligar termos: “Todos foram embora, menos eu.” (preposição) Gastei menos que você. (advérbio) Ele gastou menos dinheiro. (pronome) Outra informação importante: muitas vezes, os termos são introduzidos por um conjunto de palavras com valor de preposição. São as chamadas loucuções prepositivas. De acordo com o professor, haverá aula. Apesar de tudo, estamos bem. Falei diante de você. Espero você no próximo ponto da Trilha!

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Preposição

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procurar: quem procura, procura algo ou alguém. Deu certo? Sim. Então é VTD.

Transitividade Verbal

aceitar: quem aceita, aceita algo ou alguém. Deu certo? Sim. Então é VTD. precisar: quem precisa, precisa algo ou alguém. Deu certo? Não. Então não é VTD.

O que temos agora? Um esquema para você entender melhor a TRANSITIVIDADE VERBAL! Mas o que é transitividade? Os gregos tinham uma concepção muito interessante: transitividade vinha de “transitar”, de “trânsito”. Mas de maneira particular significava PASSAR. Ou seja, a capacidade de alguns verbos passarem para um objeto uma ação ou um processo praticados pelo sujeito! Então, se houvesse essa “transmissão”, o verbo seria TRANSITIVO. Se não houvesse, INTRANSITIVO. Simples assim! Com o tempo, os gramáticos passaram a afirmar que verbos transitivos são aqueles que precisam de complemento e intransitivos os que não precisam. Como o ser humano gosta de complicar as coisas (risos), com o passar do tempo, os estudiosos fizeram uma subclassificação dos transitivos, considerando-os: • • •

Transitivos Diretos = exigem complemento sem conector (preposição) Transitivos Indiretos = exigem complemento ligado por preposição Transitivos Diretos e Indiretos = uma mistura dos dois anteriores: exigem um complemento sem e outro com preposição

Qual a melhor forma de saber a transitividade de um verbo? O esquema que apresentamos é uma boa forma. Você preenche o retângulo com o verbo, em seguida o repete e vê se ele precisa de um complemento representado genericamente pelos pronomes indefinidos ALGO ou ALGUÉM. Vamos praticar com alguns verbos? Vejamos se um verbo é transitivo direto (sem preposição): Estela procurava emprego, e aceitou aquela proposta porque precisava de recursos.

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No último caso, o verbo precisar exige uma preposição: quem precisa, precisa de algo ou de alguém. Ou seja, o verbo é transitivo porque exige ALGO ou ALGUÉM, porém é indireto, porque exige a preposição de. E os intransitivos? São assim chamados porque a ação expressa pelo verbo não passa do sujeito para um alvo. Os gramáticos perceberam que esses verbos não precisam de complemento (objeto direto ou indireto), mas alguns deles precisam de adjunto adverbial – termo que modifica o sentido dos verbos, acrescentando-lhes circunstâncias. Veja: Pedro viajou mais cedo porque mora em Manaus. Quem viaja, viaja! (Não precisa falar mais nada – verbo intransitivo) Quem mora, mora em algum lugar (precisa de um adjunto adverbial de lugar, mas continua sendo intransitivo porque a ação não passa para um alvo). Muitas pessoas, erroneamente, diriam que a expressão em Manaus é objeto indireto e que, por isso, o verbo seria transitivo indireto. Mas tal análise seria incorreta. Essa expressão é um adjunto adverbial. Por fim, temos os verbos de ligação, que, como o nome diz, servem para ligar. Ligar o sujeito a um atributo, qualidade ou estado que fica no predicado! Eu sou feliz. Eu (sujeito) sou (verbo de ligação) feliz predicativo do sujeito

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em outros casos, a gramática não o classifica como um complemento verbal. Mas neste contexto ele é necessário, e não simplesmente um termo acessório. Algo semelhante ocorre com os verbos de ligação:

Complementos Verbais

Isabella é feliz. (predicativo do sujeito)

Depois que estudamos o assunto Transitividade Verbal, fica mais fácil estudarmos os complementos verbais. Os verbos podem ser T – transitivos I – intransitivos L – de ligação Existem dois termos que funcionam como complementos verbais propriamente ditos (obrigatórios): o objeto direto e o objeto indireto. Eles se relacionam exclusivamente com verbos transitivos. E por que são chamados de objeto? Literalmente, objeto significa “qualquer coisa (física ou mental) para qual uma ação, um pensamento ou um sentimento se dirige”. Os verbos transitivos transmitem uma ação do sujeito para um objeto – que também é chamado de alvo. Eu valorizo as amizades verdadeiras. (O.D) Preciso de bastante água. (O.I) Com verbos intransitivos e verbos de ligação, não existe objeto direto nem indireto, mas existem alguns termos que se assemelham a complementos verbais, já que, em alguns contextos, completam sintática e semanticamente o verbo. São os adjuntos adverbiais e os predicativos. Veja: Eu moro em Porto Velho. (adjunto adverbial)

O verbo “morar” é intransitivo porque não transmite uma ação do sujeito para um alvo, mas exige um adjunto adverbial de lugar, neste contexto o termo “Porto Velho”. Como o adjunto adverbial não é um termo obrigatório

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A forma verbal “é” também não transmite uma ação do sujeito para um alvo, mas exige um predicativo do sujeito, neste contexto o termo “feliz”. Como o predicativo não é um termo obrigatório em outros casos, a gramática não o classifica como um complemento verbal. Mas neste contexto ele é necessário, não simplesmente para indicar um estado do sujeito, mas para completar o sentido do verbo. DIMP 1) Objeto pleonástico é uma repetição do objeto direto ou do indireto em forma de pronome oblíquo; não é usado no dia a dia, mas aparece em textos literários. O dinheiro, Pedro o deixou no banco. 2) Objeto direto interno ocorre com verbos que originalmente seriam intransitivos, mas admitem um complemento cognato, ou seja, da mesma raiz, origem, ou da mesma família semântica: Dormi um sono leve. Ele vive uma vida desregrada. 3) Objeto direto preposicionado é introduzido por uma preposição não obrigatória e ocorre com verbos transitivos diretos, por uma questão de estilo ou de adequação semântica (sentido). Na maioria dos casos, a preposição pode ser retirada ou o complemento modificado: Cumpra com o seu dever ou Cumpra o seu dever. Eles comeram de tudo ou Eles comeram tudo. Eles excluíram a nós ou Eles nos excluíram.

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O predicativo é um dos termos que se relacionam com o substantivo, mas é inegável que ele serve como um complemento do verbo de ligação, apesar de a maioria dos gramáticos afirmarem o contrário.

Os verbos de ligação são assim chamados porque não indicam ação, nem processo, nem fenômeno da natureza: indicam estado físico, emocional ou psicológico do sujeito da oração. São também chamados de verbos não-nocionais. Costumamos dizer que eles servem para ligar o sujeito a uma característica ou estado. Esse estado tem vários aspectos. Veja: Amanda está calma. (estado transitório) Amanda é calma. (estado permanente) Amanda parece calma. (estado aparente) Amanda permanece calma. (estado de continuidade) Amanda ficou calma (estado mutatório) Nas frases anteriores, o adjetivo calma indica um estado do sujeito “Amanda”. É chamado de predicativo do sujeito. A função dos verbos de ligação é esta: ligar o sujeito a um predicativo (termo que indica qualidade, característica ou estado.) No mapa, citamos os principais verbos de ligação com o acróstico TV CAFE SP2. Outras palavras semelhantes aos verbos citados também podem ser verbos de ligação: encontrar-se, fazer-se, achar-se, viver: Ana encontra-se alegre. Ana vive alegre. Ana se fez alegre. Ana acha-se alegre.

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É importante observar, também, que a transitividade de um verbo depende do contexto, ou seja, depende da oração em que ele é empregado. Os verbos listados anteriormente podem ter outras classificações. Veja: Maria anda meio triste. (no sentido de estar = verbo de ligação) Maria andou devagar. (no sentido de caminhar = verbo intransitivo) Maria andou dez quilômetros (no sentido de percorrer = verbo transitivo direto).

#ficaadica Scanned by CamScanner

Verbos de ligação

Verbos de ligação não possuem objeto direto ou indireto.

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precisa = verbo transitivo indireto – exige complemento com preposição. de mim = pronome oblíquo tônico – funciona como complemento (O.I. com a preposição de).

Pronomes Pessoais

Olá! Hoje quereremos apresentar a você a FAMÍLIA PP! Essa turminha de outro planeta (rsrsrs) nos ajudará a memorizar os pronomes pessoais! Os pronomes pessoais servem para indicar as pessoas gramaticais, ou seja, as pessoas do discurso, do processo de comunicação. Eles têm profunda relação com a estrutura da oração: SVC = Sujeito +Verbo + Complemento. Temos 4 tipos de pronomes pessoais: • do caso reto: funcionam normalmente como sujeito (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas) • oblíquos átonos: não aceitam preposição e funcionam principalmente como complemento verbal (o, os, a, as, lhe, lhes, vos, se, nos, te, me) • oblíquos tônicos: exigem preposição e funcionam principalmente como complemento verbal ou adjunto adverbial (mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco) • de tratamento: funcionam como sujeito ou complemento (Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Majestade etc.) Na frase Eu te amo, temos dois pronomes pessoais: Eu = pronome do caso reto – funciona como sujeito. te = pronome oblíquo átono – funciona como complemento (O.D.) amo = verbo transitivo direto – exige complemento sem preposição Na frase Ela precisa de mim, também temos dois pronomes pessoais: Ela = pronome do caso reto – funciona como sujeito.

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Uma pergunta quanto ao emprego de pronomes: o certo é “Eu lhe encontrei” ou “Eu te encontrei”? Como o verbo é transitivo direto — não exige preposição — o certo é usar um pronome oblíquo que funcione como objeto direto. Nesse caso, o certo é Eu te encontrei, em que o pronome te funciona como objeto direto. O pronome lhe, quando complementar verbos, sempre será objeto indireto. Observe que os pronomes que estão na saia da OLÍVIA OBLÍQUA (nossa personagem) podem exercer tanto a função de objeto direto quanto de indireto. Vai depender da transitividade do verbo e do contexto. Veja: Eu te valorizo = o pronome te funciona como O.D. Eu te dei o recado = o pronome te funciona como objeto indireto. Qual a diferença? No primeiro caso, valorizar é VTD; portanto só exige O.D. No segundo caso, dar é VTDI — exige O.D. e O.I. Como a expressão o recado já funciona como O.D., então o pronome te só pode ser O.I. Outra informação: os pronomes do caso reto, com exceção de EU e TU, podem tornar-se oblíquos tônicos. Dei o recado a ela. Observe que agora o pronome ela está preposicionado (com a preposição a) e funciona como objeto indireto do verbo dar. #ficaadica Os pronomes eu e tu (explicados por nosso personagem BETO RETO) não aceitam preposição. Logo, expressões como entre eu e ela ou Eles não vão sem eu e você estão incorretas. O certo seria entre mim e ela e Eles não vão sem mim e você, respectivamente. Ou seja, com preposição devem ser usados os pronomes oblíquos tônicos mim e ti. Bons estudos!

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Nesta semana, teremos feriado. Neste ano, passarei em um concurso.



Pronome Demonstrativo No nosso mapa, há dois personagens, aos quais não demos nenhum nome especial. Nós os chamamos apenas de EMISSOR e RECEPTOR. Eles são importantes principalmente para entendermos a função espacial dos pronomes demonstrativos. Pronomes Demonstrativos indicam a posição, a localização das pessoas, das coisas e das ideias (substantivos) em relação ao tempo, ao espaço físico e ao texto. Podemos dizer que eles exercem uma função temporal, espacial e cognoscitiva, respectivamente. A natureza dos pronomes demonstrativos é dêitica, ou seja, têm a função de mostrar, apontar algo. •







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Ele foi humilde e isso foi fundamental para a sua contratação.



Se a informação for citada depois do demonstrativo, a função é catafórica e deve-se usar ESTE (e suas variações) e ISTO.



Entenda isto de uma vez por todas: vale a pena ser honesto.



Ele sempre fala aquela frase: “Tudo passa”.

Em relação ao tempo, o pronome AQUELE indica um passado ou um futuro distante. Exemplo: Em 1960, JK inaugurou Brasília. Naquele momento, começou um novo tempo de desenvolvimento e prosperidade para o Centro-Oeste.

Os pronomes AQUILO e AQUELE (e suas variações) podem ser usados tanto de forma anafórica quanto de forma catafórica.

#ficaadica Caso a função cognoscitiva seja distributiva, não se usará o pronome esse (e suas variações) nem o pronome isso. Nesse caso, os pronome este (e suas variações) e isto retomarão o elemento mais próximo e terão função anafórica.

Em 2050, provavelmente a população mundial chegará a 8 bilhões de pessoas; naquele ano, o desafio em relação aos recursos naturais será enorme. Já o pronome ESSE se refere a um passado ou futuro próximos. Em dezembro, o comércio se anima com as vendas, porque nesse mês se comemora o Natal.



Não fique desanimado; estamos em abril, mas logo chegará maio. Nesse mês venderemos bastante, porque se comemora o Dia das Mães.



O pronome ESTE sempre deve ser usado em relação ao presente, ao tempo em que o falante estiver na hora de produção da fala: A Tr i lh a d a G ra mát ica

Já a função COGNOSCITIVA do pronome demonstrativo tem a ver com o prévio ou posterior conhecimento que o receptor terá da informação que o emissor transmitirá no TEXTO. Se a informação estiver sendo retomada pelo demonstrativo, a função é anafórica, e devem ser usados os pronomes ESSE (e suas variações) e ISSO.

Pedro e Paulo foram amigos de faculdade. Este se tornou presidente de uma grande empresa e aquele se tornou juiz federal. Quanto à função ESPACIAL, observe com atenção o mapa seguinte.

Vamos continuar na Trilha da Gramática? Aguardamos você na próxima fase!

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“Convidei a Estela para a festa, mas não a vi lá. Veja as fotos e escolha a que achar melhor.

Classificação da Partícula A

Você percebeu que a partícula “A” aparece constantemente nas frases? Realmente ela é muito comum. O mais interessante é que essa palavrinha pode pertencer a três classes diferentes. Convidamos a nossa amiguinha PAP para nos explicar. P reposição A rtigo P ronome Com certeza, o uso mais comum é como artigo, até porque o artigo geralmente acompanha o substantivo e esta é a classe com mais palavras na Língua Portuguesa. Como artigo, a partícula a sempre antecede substantivo feminino e com ele concorda em gênero e número. Observe: Você viu a Ester? Compre as canetas para a aula. Na primeira oração, a partícula “a” se refere ao substantivo próprio “Ester”, no feminino e no singular. Na segunda oração, temos dois artigos femininos: “as” e “a”; ambos concordam com os substantivos a que se referem, respectivamente “canetas” e “aula”. Em todos esses exemplos, a partícula a é artigo definido feminino, uma vez que determina o gênero, o número e a ideia de um substantivo. A partícula a também pode pertencer à classe dos pronomes; nesse caso pode ser pronome pessoal ou demonstrativo. Também varia em gênero e número de acordo com o substantivo a que se refere. Difere-se do artigo porque substitui o substantivo, e não o acompanha.

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Na primeira oração, temos três ocorrências da partícula a. As duas primeiras funcionam como artigos, determinantes, já que antecedem substantivos e indicam claramente o gênero, o número e a ideia definida deles. Já a terceira ocorrência não antecede substantivo, e sim substitui o substantivo “Estela”, evitando a repetição dessa palavra. Neste caso, temos um pronome pessoal. Na segunda oração, a partícula a evita a repetição do substantivo “foto” e pode ser substituída por aquela, que é um pronome demonstrativo. Dessa forma, classifica-se como pronome demonstrativo. A preposição se diferencia do artigo ou do pronome por vários motivos; primeiramente, ela é invariável, ou seja, não possui flexão nenhuma; em segundo lugar, a preposição pode anteceder diversas classes de palavras e não concorda gramaticalmente com nenhuma delas. Já aprendemos que a principal função de uma preposição é introduzir complementos ou adjuntos (estes também são chamados de termos modificadores). Observe: Eu me referi a vocês. Estou disposto a vencer. Ela tem aversão a ratos. Nas três orações, a partícula a não estabelece nenhum tipo de concordância com a palavra posterior a ela e introduzir complemento para a palavra imediatamente anterior. No primeiro caso, introduz um pronome pessoal de tratamento; no segundo, introduz um verbo; no terceiro, introduz um substantivo masculino no plural. Nos três casos, permanece invariável. Das três classificações da partícula a, a única invariável é a preposição. Esta Trilha está cada vez mais interessante!! Não desanime! Pare um pouquinho, beba água e vamos em frente!

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A palavra “livro” é antecedente e referente do pronome relativo “que” e exerce a função de objeto direto da forma verbal “viu”. Já o pronome “que” funciona como sujeito de “estava”. Repita a palavra “livro” na segunda oração (no lugar do “que”) que você perceberá isso.

O Presidente da República é REI. Calma! Não voltamos à Monarquia! Essa é uma forma de memorizarmos o conceito de pronome relativo: o PR é REI!!! E o que significa REI? São as letras iniciais dos três verbos que compõem o conceito de pronome relativo. O pronome relativo sempre se REFERE a um termo substantivo da oração anterior e o substitui numa oração posterior. Ele funciona como um CONECTOR entre duas orações. Gostei bastante dos livros que você me deu. 1ª oração: “Gostei bastante dos livros” 2ª oração: “... você me deu os livros”. Juntando as duas e empregando o conectivo que, temos: Gostei bastante dos livros que você me deu. O pronome relativo sempre EXERCE uma função sintática na oração que ele inicia. Como ele evita na segunda oração a repetição de um termo da 1ª oração (termo antecedente), passa a exercer a função que o termo substituído exerceria se ali estivesse. Atenção: essa função não necessariamente é a mesma que o termo antecedente exerce na 1ª oração. No período Você viu o livro que estava aqui?, temos duas orações: 1ª oração: Você viu o livro 2ª oração: que estava aqui

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2ª oração: “o livro” estava aqui. Um pouquinho difícil, não é? Mas tenha calma que, em outro momento da nossa trilha, vamos explicar isso melhor. O pronome relativo sempre INTRODUZ uma oração subordinada adjetiva — aquela que restringe ou explica um termo substantivo da oração principal. Portanto, se há pronome relativo, há oração adjetiva. Lembrando que a função de um adjetivo nem sempre é qualificar um substantivo, mas sim restringir ou explicar o seu sentido. Veja: Os alunos que estudam bastante passam. A oração “...que estudam bastante” está especificando, restringindo o substantivo “alunos”. Observe que não são todos os alunos que passam, mas apenas “os que estudam bastante”. Essa oração introduzida pelo pronome relativo “que” se classifica como oração subordinada adjetiva restritiva. Sabemos que esse conteúdo (funções sintáticas e orações subordinadas) é um pouco complexo e será estudado na Trilha 3. Por enquanto, basta você memorizar o conceito de pronome relativo. Scanned by CamScanner

Pronome Relativo – Conceito

Fase difícil, não é mesmo? Mas estamos juntos: não desanime! Vamos continuar na Trilha.

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Pronome Relativo – Classificação

Agora que você já sabe o que é pronome relativo, vamos conhecer as cinco principais palavras que pertencem a essa classe. Vamos começar pelas invariáveis: que, quem, onde. Agora as variáveis: o qual, cujo. Os cinco pronomes relativos mais usados estão representados na nossa estrela (no mapa). Vamos estudá-los? •



A criança gostou dos brinquedos que ganhou.



CUJO: é o menos usado. Refere-se a dois termos substantivos (antecedente e consequente), que podem ser pessoas, coisas ou lugares. Estabelece ideia de posse entre eles.

O pronome que poderia facilmente ser trocado por os quais: A criança gostou dos brinquedos os quais ganhou.



A jornalista cujas ideias elogiei é nordestina.



Nessa frase, o pronome “cujas” se refere aos substantivos jornalista e ideias. Podemos analisar melhor esse período:



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QUE: é o mais comum. Refere-se a um termo antecedente, que pode ser pessoa, coisa ou lugar. Geralmente pode ser substituído por o qual e suas variações.



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Os alunos cujas notas forem baixas deverão ter aula extra. (certo)



Os alunos que tiverem notas baixas deverão ter aula extra. (certo)



Os alunos que as notas forem baixas deverão ter aula extra. (errado)



Outra informação importante sobre cujo: ele não aceita a companhia de artigos:



O jogador cujo o gol foi anulado protestou. (errado)



O jogador cujo gol foi anulado protestou. (certo)



ONDE: sempre se refere a lugares. Aceita substituição pelos pronomes que e o qual (ou suas variações). Porém, nesse caso, exigirá preposição: A escola onde estudo é muito boa. (certo) A escola em que estudo é muito boa. (certo)



QUEM: sempre se refere a pessoas. Pode ser substituído por que ou por o qual. Geralmente vem preposicionado. Os funcionários a quem elogiei ficaram motivados. (certo) Os funcionários que elogiei ficaram motivados. (certo) Os funcionários os quais elogiei ficaram motivados. (certo)



O QUAL: é variável, ou seja, pode ir para o feminino e para o plural (a qual, as quais, os quais). Refere-se a um termo antecedente, que pode ser pessoas, coisas ou lugares. É o substituto natural do pronome QUE. Pode ser preposicionado, dependendo do verbo.



As revistas as quais li são interessantes. (sem preposição) Os apartamentos nos quais morei eram pequenos. (com preposição)

1ª oração: A jornalista é inteligente. 2ª oração: elogiei as ideias da jornalista. O pronome cujas conecta as palavras jornalista e ideias com ideia de posse e evita a repetição da expressão da jornalista.

Os outros relativos referem-se apenas a um termo antecedente. Por esse motivo, cujo não pode ser substituído por nenhum deles, a não ser que se faça uma alteração em outras palavras da frase.

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Podemos entender, por essa frase, que os jogos são de Carlos ou de Maria. Essa confusão se deve ao emprego do pronome “seus”. Para evitar o duplo sentido, podemos mudar o pronome ou usar uma contração que também tem valor de pronome possessivo. veja:

Pronomes Possessivos

Desde pequenos, aprendemos a ideia de POSSE. Quando falamos, por exemplo, “meu carrinho”, “minha roupa”, “meus amigos”, “ minhas coisas”, estamos deixando clara uma ideia de POSSE por meio de pronomes que acompanham substantivos. Essas palavrinhas que acompanham substantivos e expressam ideia de posse são chamadas de pronomes possessivos. No nosso discurso (qualquer ato de fala), existem três elementos, que são as três pessoas gramaticais: o emissor da mensagem (1ª pessoa); o receptor ou intelector da mensagem (2ª pessoa) e o referente da mensagem (3ª pessoa); pronomes possessivos podem se referir a cada uma dessas pessoas. A ideia de posse precisa de pelo menos dois elementos: o possuidor e o possuído, ou seja, um termo que possua algo e um termo que seja a posse de algo ou de alguém. Por isso dizemos que os pronomes possessivos funcionam como elementos de coesão, isto é, estabelecem ligação, conexão entre termos. Veja: Ana, seu cabelo está muito bonito. Nessa frase, o pronome seu estabelece coesão (ligação) entre o substantivo Ana e o substantivo cabelo e indica posse, ou seja, indica que o cabelo é dela (Ana). Porém temos que ter muito cuidado com os pronomes seu, sua, seus, suas, porque eles podem gerar ambiguidade (duplo sentido). Observe: Carlos, Maria vai trazer seus jogos para brincarmos.

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Carlos, Maria vai trazer teus jogos para brincarmos. (os jogos são de Carlos) Carlos, Maria vai trazer os jogos dela para brincarmos. (fica claro que os jogos são de Maria). As expressões dele, dela, deles, delas são a junção da preposição de mais os pronomes pessoais ele, ela, eles, elas. São chamadas de contrações e têm valor de pronomes possessivos. É interessante notar, também, que esses pronomes podem expressar outras ideias num determinado contexto. Criamos o acróstico RAIO para você memorizar algumas delas: R espeito: Obrigado por vir, meu senhor! A feto: Meu querido vizinho! I ndefinição: Ela deve ter seus trinta anos! O fensa: Seu vagabundo! Outra dica: Na expressão Seu Antônio, por exemplo, o pronome seu é uma forma popular reduzida do pronome senhor e funciona como pronome de tratamento. Nas expressões atuais “Sua linda!”, “Seu lindo!”, o pronome possessivo tem valor de afeto e de intensificação. Seguimos firmes na Trilha! Vamos à próxima fase?

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Alguém esteve aqui.

A ideia de indefinição de quem praticou a ação verbal está presente nas duas orações anteriores. Porém, na primeira delas, temos o pronome indefinido alguém funcionando como sujeito simples; observe que o verbo concorda em número (singular) e pessoa (3ª) com o pronome. Já na segunda oração, o sujeito é indeterminado, porque não há nenhuma palavra com a qual o verbo concorda.

Pronomes Indefinidos

Você deve estar pensando: “São muitos os tipos de pronomes!”. Realmente. E todos eles são importantes. Você se lembra do nosso personagem DR. PIPI? Ele nos ensinou que os pronomes se classificam em demonstrativos, relativos, pessoais, indefinidos, possessivos e interrogativos. É uma classe muito rica, pois, além de conter muitas palavras, elas são muito usadas no dia a dia. Mas agora vamos conhecer especificamente os pronomes indefinidos! Pronome indefinido é uma palavra que se refere ao substantivo de uma maneira vaga, imprecisa; indica, algumas vezes, uma quantidade indeterminada; refere-se a pessoas ou coisas e pode substituir ou acompanhar o substantivo. Refere-se sempre à 3ª pessoa. Observe: Maria esteve aqui.

Mário esteve aqui.

Ele esteve aqui.

Em todas essas frases, é possível determinar o agente do processo verbal. Quando usamos a palavra alguém no lugar dos substantivos e do pronome pessoal acima, a ideia de quem efetuou o processo verbal fica indefinida, apesar de a frase continuar com sujeito: Alguém esteve aqui Na frase “Alguém esteve aqui”, a palavra alguém é um pronome indefinido substantivo, porque substitui um substantivo e expressa uma ideia indeterminada. O pronome indefinido pode exercer as mesmas funções de um substantivo, e muitas vezes exerce a função de sujeito simples. Não o confunda com sujeito indeterminado.

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Estiveram aqui.

É muito importante notar também que palavras como certo e determinado mudam de classe e de sentido dependendo da posição em que estiverem em relação ao substantivo: se estiverem antes dele, serão pronomes indefinidos; se estiverem depois, serão adjetivos. Certos funcionários não são os funcionários certos. Determinadas pessoas não são pessoas determinadas. Outro ponto a que devemos dar atenção é o emprego do M3: os pronomes mais, muito e menos. Essas palavras, dependendo do contexto, também podem se classificar como advérbios. Você precisa observar com qual termos essas palavras estabelecem relação e a ideia que expressam. Como pronomes, expressam ideia de quantidade indeterminada; como advérbios expressam ideia de intensidade. Como pronomes, referemse ao substantivo; como advérbios referem-se a verbos, adjetivos e até mesmo a outros advérbios. “Nossos bosques têm mais vida, nossa vida em teu seio mais amores.” Nas duas ocorrências anteriores, a palavra mais é um pronome indefinido, porque se refere respectivamente aos substantivos “vida” e “amores”. Já na frase Ela é mais inteligente que você, mais é um advérbio de intensidade, porque se refere ao adjetivo inteligente e intensifica sua ideia. É bom ter sua companhia aqui na Trilha. Vencemos mais uma fase!

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3. Pronome Indefinido: o que pouca gente sabe é que bastante também pode ser pronome indefinido e que deve concordar em número (singular ou plural) com o substantivo a que se refere.

Emprego de BASTANTE

Hoje trouxemos uma nova personagem para nos ajudar a explicar uma regrinha de concordância nominal: a SAPA, que vai ensinar o emprego da palavra BASTANTE! Muitas pessoas pensam que essa palavra é sempre invariável, o que não é verdade. Além disso, pouca gente sabe que ela pode pertencer a diversas classes gramaticais. Nossa amiguinha SAPA apareceu em nossa Trilha para ensinar que existem quatro empregos para BASTANTE:

Temos bastante dinheiro para viajar. Temos bastantes desafios na escola. Havia bastante gente na reunião. Havia bastantes pessoas na reunião. DIMP Bastante vai para o plural se puder ser substituído por muitas ou muitos. 4. Advérbio: é o uso mais comum.

S ubstantivo A djetivo P ronome A dvérbio. 1. Substantivo: ocorre quando a palavra bastante está antecedida pelo artigo o: Eles já têm o bastante. Nesse caso, bastante equivale a “suficiente”. Mesmo sendo substantivo, nesse contexto se torna invariável. 2. Adjetivo: para funcionar como adjetivo, a palavra “bastante” precisa ser equivalente a “suficiente” e vir depois do substantivo a que se refere. Temos provas bastantes de que ele é inocente. DIMP Quando a palavra bastante puder ser substituída por suficientes, deverá ir para o plural, concordando com o substantivo a que se referir.

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Elas correram bastante. Ela estava bastante emocionada. Ele mora bastante longe. No primeiro exemplo, a palavra bastante se refere à forma verbal “correram” e intensifica sua ideia; no segundo, refere-se ao adjetivo “emocionada”; no terceiro, ao advérbio “longe”. Advérbios naturalmente modificam o sentido do verbo, mas também podem modificar o sentido de adjetivos ou de outros advérbios. Nas três orações, bastante é um advérbio de intensidade, que sempre será invariável. Quantas coisas diferentes aprendemos nessa Trilha, não é mesmo? Uau!!!

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Os pronomes interrogativos expressam a ideia de indeterminação. Mas quando estiverem na posição de sujeito, em uma oração, serão classificados como sujeito simples, e não sujeito indeterminado:

Pronomes Interrogativos

Estes são os últimos pronomes que vamos estudar! Ufa! Como vimos na fase anterior, a classe dos pronomes é bem abrangente e muito utilizada no dia a dia. Constantemente, por exemplo, fazemos perguntas às pessoas. Normalmente essas perguntas são iniciadas por um pronome interrogativo. Na verdade, pronomes interrogativos são pronomes indefinidos usados em interrogações. São apenas 4, que vamos memorizar pelo mnemônico Q4, já que todos eles são iniciados pela consoante Q: QUE, QUEM, QUAL, QUANTO. Antes disso, precisamos saber que existem interrogações diretas (que são finalizadas por ponto de interrogação) e indiretas (finalizadas por ponto final ou ponto de exclamação). E os quatro pronomes interrogativos podem ser usados em ambas. Veja Quantos alunos fizeram a prova? (interrogação direta) Não se sabe quantos alunos fizeram a prova. (interrogação indireta) Os pronomes que, qual e quanto podem ser usados tanto para substituir quanto para acompanhar substantivo. O pronome quem sempre vai fazer referência a pessoas e só pode ser usado como pronome substantivo, ou seja, como um pronome que substitui termos substantivos. Os pronomes que e quem são invariáveis; qual e quanto são variáveis. Que dia é hoje? Qual o seu problema? Você ganha quanto? Quem te disse? Quais as chances de ele ganhar? Quantas lojas foram abertas?

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Que aconteceu com você? Quem avisou você sobre a festa? Quanto será necessário? Nas orações acima, os pronomes destacados estão substituindo o nome de algo ou de alguma pessoa que desconhecemos, mas o verbo concorda com esse pronome no singular. Portanto, o pronome, neste caso, funciona como sujeito simples. Lembre-se de que orações exclamativas e orações interrogativas também têm sujeito. O desenho que ilustra o nosso mapa de pronomes interrogativos é um carro chamado X6. Você pode se perguntar: “Que carro é esse?” Nessa pergunta, temos o pronome interrogativo que. Quando esse pronome substitui o substantivo, pode, facultativamente, ser antecedido pelo artigo o: Que aconteceu? O que aconteceu? Aliás, o pronome que é bastante usado em perguntas. É comum, por exemplo, ele vir repetido: “O que que aconteceu?” ou “O que é que aconteceu?” Em ambos os casos temos expressões de realce, também chamadas de partículas expletivas: no primeiro caso, o segundo que; no segundo caso, a expressão é que. Essas expressões podem ser retiradas sem causar erro gramatical. Por fim, o pronome interrogativo que é muito utilizado, com acento ou sem acento, com a preposição por, mas esse uso vamos ver com mais detalhes na próxima fase. Depois de estudar o mapa seguinte com as seis informações mais importantes sobre os pronomes interrogativos, vá para a próxima página e conheça o novo personagem da nossa Trilha!

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Sabemos que é comum o uso de por que e por quê em interrogações diretas ou indiretas, mas está errado afirmar, por exemplo, que por que só pode ser usado em início de perguntas e por quê no final.

Uso dos Porquês

Você sabe por que ela não veio? Eu sei por quê; porém não vou dizer. O pronome quê recebe acento porque se torna tônico ao ser usado junto de ponto (. ; ! ?)

Vemos muitas dicas sobre o uso dos porquês na internet. Mas a maioria acaba falando de maneira incompleta e até equivocada sobre como usar essas palavrinhas.

Já as formas PORQUE e PORQUÊ são usadas essencialmente em explicações:

Criamos então o CEP. Inclusive ilustramos nosso mapa com a figura de um carteiro. Tudo isso para você se lembrar de uma coisa: para o carteiro entregar alguma encomenda na sua casa, é essencial o CEP. Da mesma forma, para você acertar o uso dos porquês, é necessário observar

PORQUE é uma conjunção que indica causa, explicação e geralmente pode ser substituída por JÁ QUE ou POIS. Em alguns contextos, essa conjunção também pode ser usada em perguntas. Mas isso só acontece quando a pergunta já traz uma possível explicação ou já indica uma causa provável.

C – classe E – equivalência P – posição da expressão na frase. Muita gente diz, por exemplo, que POR QUE só pode ser usado em início de PERGUNTA. Isso nããããão é verdade. Há uma música antiga do Tim Maia, que diz assim: “Não sei por que você se foi, quanta saudade eu senti...”. A expressão “por que” está corretíssima, e não está em início de pergunta. Se usar a dica da equivalência, você acerta: por que = por qual razão

Ele trabalha porque gosta! Porque se atrasou, perdeu a vaga. Porque o ônibus se atrasou (causa), você decidiu ir a pé (consequência)? Só porque você gosta de abacaxi (causa), eu também tenho de gostar (consequência)? PORQUÊ é um substantivo e vem antecedido, na oração, por um artigo. Pode ser facilmente substituído pela palavra motivo. Pode vir em qualquer lugar da frase, mas sempre antecedido por um determinante (artigo ou pronome). As pessoas querem saber o porquê de tanta demora no atendimento.

E quanto à posição na frase? POR QUE pode vir no início ou no meio da frase, que não precisa ser interrogativa. Aliás, quando por que é a junção da preposição POR + o pronome relativo QUE, não há interrogação nenhuma. Nesse caso, por que equivale a pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais. Só eu sei as dificuldades por que (pelas quais) passei.

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#ficaadica POR QUE = por qual razão, pelo qual. POR QUÊ = por qual razão (junto de ponto: . ; ! ?) PORQUE = pois, já que. PORQUÊ = motivo.

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I ndicativo: fato certo, real (acróstico CRE = Certo, REAL) S ubjuntivo: fato duvidoso, hipotético (acróstico PHD = possibilidade, hipótese, dúvida) I mperativo:, conselho, ordem, pedido (acróstico COP)

Modos e Tempos Verbais Vamos voltar agora ao estudo dos verbos. Já aprendemos, com o mapa das classes gramaticais, que as duas classes mais importantes são verbos e substantivos! No mapa de verbos, aprendemos, de uma maneira bem direta, o conceito, as flexões e as relações verbais. Agora precisamos detalhar as flexões. Vamos iniciar por aquelas flexões que são privativas do verbo, ou seja, que só ele tem: modo e tempo. A flexão de modo indica a maneira de um falante se expressar diante de um fato. •



Ele pode, também, se expressar sobre um fato hipotético, duvidoso; neste caso, teremos o modo subjuntivo. Talvez eu encontre você lá.



Por último, o falante pode ter a atitude de dar uma ordem, um conselho, uma advertência ou simplesmente fazer um pedido ou um convite. Aí teremos o modo imperativo. Aproveitem nossas promoções!

Então existem três modos verbais, que podem ser memorizados pelo acróstico ISI:

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1. presente

Amo a natureza

2. pretérito perfeito

Cumpri mais uma fase da Trilha

3. pretérito imperfeito

Eu passava lá todos os dias

4. pretérito mais-que-perfeito Quando cheguei, ela adormecera 5. futuro do presente

Estaremos lá às 22h

6. futuro do pretérito

Teria uma boa nota, se estivesse atento

Sonhos grandes mobilizam o universo. •



Vamos ver alguns exemplos no modo indicativo:

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No momento, o que importa é você “subir na montanha” e ter essa visão panorâmica dos modos e tempos verbais. Depois desta fase, teremos outras que irão detalhar esse tema tão importante. Agora faça uma pausa para o lanche, respire, descanse e vamos em frente! Estamos quase lá! Scanned by CamScanner



O falante (emissor) pode ter a atitude de indicar algo real, algo do qual se tem certeza. Neste caso, temos o modo indicativo.

A flexão verbal mais importante, porém, é a flexão de tempo, porque toda ação, todo processo, todo fenômeno, todo estado se situam no tempo, que tem três categorias básicas: presente, passado e futuro. Essas 3 (três) categorias de tempo se transformam em 6 (seis), porque o passado (também chamado de pretérito) e o futuro têm subdivisões:

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• Pretérito mais-que-perfeito: ação concluída anterior a outra também concluída As pessoas perguntavam como ele conseguira aquilo.

Olá! Neste ponto da Trilha, voltamos a falar de verbos, especificamente dos tempos verbais do modo Indicativo. Você pode se expressar por meio do verbo de três maneiras: com certeza, com dúvida ou emitindo uma ordem, um conselho, um pedido. Dessa forma, temos três MODOS verbais: Indicativo: um fato certo, real Subjuntivo: um fato duvidoso, hipotético Imperativo: um conselho, uma ordem, um pedido, uma sugestão Na vida, temos três categorias de TEMPO: presente, passado e futuro. Na nossa Língua, porém, temos algumas subdivisões em dois desses tempos: o passado (pretérito) se subdivide em três; o futuro em dois. No modo indicativo, temos 6 categorias de tempo: • Presente: ação atual ou habitual Sonhos grandes motivam. • Pretérito perfeito: ação concluída Ele chegou cedo. •

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Pretérito imperfeito: ação habitual, inacabada ou em realização no passado O padre sempre ia lá. O matuto trabalhava tranquilamente quando o padre chegou. Eles sempre tinham uma desculpa.

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• Futuro do presente: ação futura em relação ao presente O projeto trará benefícios à população. • Futuro do pretérito: ação futura em relação ao passado Se o agricultor não trabalhasse duro, a plantação não floresceria. É muito importante memorizar as terminações mais comuns da 1ª pessoa do singular (eu), pois normalmente quando se sabe conjugar um verbo na primeira pessoa do singular, fica mais fácil conjugar nas outras. Scanned by CamScanner

Verbo - modo indicativo

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2) A segunda diferença é que a forma verbal “há” pode ser substituída por sua equivalente “faz”:

Emprego de Há e A

Mário mora aqui há dez anos. Estela trabalha naquela loja faz cinco meses. Outro uso da forma verbal há é como sinônimo de existe ou existem. Neste caso, não há a indicação de tempo:

Estou a 10 metros da farmácia. Estamos a 20 minutos da cidade. Daqui a três meses, viajaremos. Nas frases anteriores, a partícula a, que nesse caso é uma preposição, introduz uma expressão de lugar e tempo respectivamente; essas expressões exercem a função de adjunto adverbial, ou seja, termos que geralmente se colocam junto a verbos para modificar o sentido, acrescentando uma informação. Quando estudamos preposições, no nosso mapa do PEPI LEAL, aprendemos que as preposições introduzem complementos ou adjuntos. Agora vamos ver as seguintes frases: Mário mora aqui há dez anos. Estela trabalha naquela loja há cinco meses. A forma verbal “há” introduz uma oração que também indica tempo. Então qual a diferença para a preposição “a”? São duas diferenças básicas: 1) A primeira delas é que a forma verbal há é usada para indicar tempo decorrido, ou seja, tempo passado, apesar de ser uma forma do tempo presente. Pode parecer estranho, mas é isso que ocorre: “há” é uma forma do presente (porque indica algo que está ocorrendo no tempo presente), mas, em conjunto com outra expressão que indique tempo, acaba se referindo ao passado.

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Há uma solução para esse problema. (existe) Há três pessoas aqui. (existem) Qual a melhor forma de não confundirmos mais essas expressões? 1. A partícula a deve ser usada quando estiver subentendida a expressão daqui a ou a distância. 2. A forma verbal há deve ser empregada quando puder ser substituída por faz ou existe. Scanned by CamScanner

Um dos erros mais comuns na Língua Portuguesa é a confusão que se faz entre a forma verbal “HÁ” e a preposição “A”. Observe que são palavras completamente diferentes, que pertencem a classes completamente diferentes.

Vencemos mais uma fase. Estamos quase no fim desta Trilha. Força, trilheiro!

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Verbo - modo subjuntivo

Espero que você esteja aqui no próximo mês. (presente do subjuntivo) Gostaria de que você estivesse aqui no próximo mês. (pretérito imperfeito do subjuntivo). Vou comemorar, se você estiver aqui no próximo mês. (futuro do subjuntivo) Vamos fazer uma festa, quando você estiver aqui. (futuro do subjuntivo)

Estamos estudando TEMPOS VERBAIS. No mapa anterior, vimos os tempos do modo indicativo. Agora, veremos os tempos do SUBJUNTIVO. •

A palavra subjuntivo significa SUBORDINADO, que vem junto de algo e é hierarquicamente inferior. O que isso significa? Que ao usar este tempo verbal, deveremos empregar outro verbo no mesmo período (frase).



Gostaria de que você estivesse aqui no meu aniversário.

O primeiro verbo (gostaria) está no futuro do pretérito do modo indicativo. Ele representa a oração principal do período. O segundo verbo (estivesse) está no pretérito imperfeito do modo subjuntivo. Este tempo verbal representa a oração subordinada — um assunto que estudaremos na Trilha 3.

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Ao empregar um verbo no subjuntivo (que expressa dúvida, possibilidade), você deverá empregar outro verbo no indicativo ou um advérbio de dúvida.



Quando você se decidir, estarei aqui. Talvez você esteja cansado.



No modo subjuntivo, temos apenas três tempos simples e — uma curiosidade — todos podem se referir ao futuro. Além disso, normalmente são acompanhados pelas conjunções quando, que ou se.

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É muito importante memorizar as terminações: #ficaadica • • •

a e e: presente. Que eu entenda | que eu estude. sse: pretérito imperfeito. Se eu entendesse... r: futuro. Quando eu entender...

Bons estudos!!

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Esperamos que tudo esteja colorido como o mapa seguinte!

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4. O sujeito de um verbo no imperativo será um pronome do caso reto ou os pronomes de tratamento você e vocês, que podem aparecer depois do verbo ou não. Venha você! (sujeito simples determinado = você) Venha amanhã cedo! (sujeito simples oculto ou elíptico)

Verbo - modo imperativo Para concluir nossos estudos sobre modos e tempos verbais, falaremos de outro modo verbal: IMPERATIVO. A palavra imperativo significa que impõe. Portanto tem, na origem, um sentido de autoridade. Porém, atualmente, expressa muito mais que ordem: expressa conselho, pedido, recomendação, sugestão, desejo, proibição.

5. Algumas vezes o imperativo é seguido de vocativo, um chamamento que sempre será separado por vírgula. Cuidado para não confundi-lo com o sujeito. (Lembre-se da regra anterior)

O que mais importa estudarmos sobre esse modo? 1.

Ele não se divide, como os outros, em tempos verbais. Classifica-se apenas em imperativo afirmativo e imperativo negativo.

2. Ele não possui a 1ª pessoa do singular, porque você não pode dar uma ordem a si mesmo. 3. O imperativo afirmativo é derivado do presente do indicativo e do presente do subjuntivo. O imperativo negativo é derivado do presente do subjuntivo. Basta, neste caso, acrescentar o advérbio não. Presente do indicativo

Imperativo afirmativo

eu estudo tu estudas

>

Imperativo negativo

----

estude

----

estuda (sem s)

estudes

>

Não estude

ele estuda

estude

< estude

>

Não estudes

nós estudamos

estudemos

< estudemos

>

Não estudemos

estudeis

>

Não estudeis

< estudem

>

Não estudem

vós estudais

>

eles estudam

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Presente do subjuntivo (que)

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estudai (sem s) estudem

Venha logo, Carlos! Nessa frase, o sujeito está oculto ou elíptico (você) e o substantivo “Carlos” se classifica como vocativo. Lembre-se de que o sujeito não pode ser separado por vírgula. Já a vírgula com o vocativo é obrigatória.

Estamos quase chegando ao fim da jornada. Faltam apenas 2 fases. Força!



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paroxítonas ou proparoxítonas, o radical se liga a outros elementos mórficos importantes por meio de uma vogal temática ou por meio de vogais e consoantes de ligação.

Estrutura das palavras O corpo humano tem uma estrutura básica, formada por cabeça, tronco e membros. A palavra estrutura significa organização, disposição dos elementos que compõem um corpo, aquilo que dá sustentação a alguma coisa. As palavras, assim como o corpo humano, também têm uma estrutura, e os elementos que a compõem se chamam elementos mórficos. No nosso mapa, representamos a palavra como se fosse uma árvore. O que sustenta uma árvore? A raiz. Em estudos avançados, costumase diferenciar raiz de radical, porém, de uma maneira simples, vamos considerar aqui como se tivessem o mesmo sentido. O radical é o elemento que contém o sentido básico da palavra, ou seja, é a base da árvore. Numa família de palavras, é a parte que se repete. Observe que, nas palavras abaixo, há um elemento comum, o radical livr-: livro

livreiro

livraria

Quando queremos formar novas palavras a partir de um radical, normalmente acrescentamos os afixos, palavra que literalmente significa “colocado nas extremidades”. Se o afixo vier antes do radical, recebe o nome de prefixo. Se vier depois, recebe o nome de sufixo. Mas qual a lógica desses nomes? Considera-se que o radical é o elemento fixo de uma palavra, ou seja o elemento que dificilmente sofre modificação. A palavra prefixo, literalmente, quer dizer antes do fixo, ou seja, antes do radical. Já a palavra sufixo literalmente significa subsequente ao fixo, ou seja, sucede o radical, vem depois dele. Veja: deslealdade = des + leal + dade prefixo + radical + sufixo

Nas palavras oxítonas que não possuam afixos, o radical normalmente representa toda a palavra: arroz, café, sol, refém, anzol. Nas palavras

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jog + a + dor radical + vogal temática + sufixo

cafe + i + cultor radical + vogal de ligação + sufixo

cafe + t + eira radical + consoante de ligação + sufixo

Qual a diferença básica entre vogal temática e vogal de ligação? Quando usamos uma vogal de ligação, o elemento anterior a ela já faz sentido sozinho. Quando é vogal temática, não. Ao juntarmos o radical com a vogal temática, temos um elemento mórfico chamado tema, que já dá significado à palavra. Além desses elementos, temos as desinências. Desinências são terminações que indicam as flexões (variações) das palavras. Há desinências nominais e verbais: Desinências nominais: gênero (o, a) / número (s) Desinências verbais: número-pessoais (s, mos, is, m, ste, stes...) modo-temporais (va, ia, nha, ra,re, ria, sse...) alunas = alun / a / s radical + desinência de gênero + desinência de número

amávamos = am / á / va / mos radical + vogal temática + desinência modo-temporal + desinência número-pessoal

Felizmente, este é um assunto pouco exigido em provas, devido à complexidade. Para um estudo efetivo, teríamos que conhecer a origem de inúmeras palavras. Mas vale a pena saber, mesmo que de forma simples, as partes que formam uma palavra. Vamos em frente!!

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Processos de Formação de Palavras

Você já parou para pensar em como as palavras surgiram na nossa Língua? Sabemos que a Língua Portuguesa é originada do latim, língua que se falou durante muitos séculos, mas que hoje é considerada uma “língua morta”. Novas palavras surgiram e continuam a surgir em nossa Língua. E como isso acontece? Ah, para falar desse assunto, chamamos nosso amigo Derivaldo Compositor! Existem principalmente dois processos, ou seja, duas formas como as palavras surgem no nosso idioma: derivação e composição. Na fase anterior, estudamos a estrutura das palavras, ou seja, os elementos mórficos, as partes que se juntam para formar uma palavra. Aprendemos, por exemplo, que existem os afixos, elementos que se colocam antes ou depois de um radical para formar novas palavras. Quando uma palavra recebe um prefixo ou sufixo, dizemos que ela é formada pelo processo de derivação. Por exemplo: da palavra primitiva “leal”, surgem as palavras lealdade (com acréscimo do sufixo dade ao radical) e desleal (com acréscimo do prefixo de negação des antes do radical). Existem seis tipos de derivação e em dois deles não há o acréscimo de afixos: derivação regressiva (em que a redução de uma palavra forma uma nova palavra, como é o caso de encontrar e o encontro) e derivação imprópria, em que a palavra muda de classe gramatical (como é o caso do verbo jantar, que pode se transformar no substantivo o “jantar”). Há outro processo tão importante quanto a derivação: a COMPOSIÇÃO. Podemos juntar duas palavras que já existem na nossa Língua, formando

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uma nova palavra, com novo significado. Por exemplo, temos as palavras “beija” e “flor”. Unindo as duas com hífen, temos uma nova palavra, com um novo significado: beija-flor. Como houve a junção de dois radicais, isto é, duas palavras que já existiam, dizemos que o processo se chama composição. Beija-flor é um substantivo composto. Existem dois tipos de composição: por justaposição (quando dois radicais se juntam sem nenhuma mudança na grafia ou no som, como é o caso de beija-flor); por aglutinação (quando duas palavras se juntam, mas ocorrem mudanças na grafia e na pronúncia, como é o caso de aguardente e pernilongo). Existem, ainda, outros processos menos comuns, que podem ser memorizados com a ajuda do acróstico HORAS: H ibridismo

(junção de radicais de línguas diferentes): motoboy, televisão

O nomatopeia

(imitação de sons): tique-taque, reco-reco

R edução

refri, em vez de refrigerante

A breviação

(o mesmo que redução) moto em vez de motocicleta

S igla

ONU, MEC, CBF

Já descobriu por que nosso personagem se chama Derivaldo Compositor? Porque queremos que você se lembre dos dois principais processos de formação: derivação e composição! Nós, Pacco e Amanda, queremos parabenizar você que chegou até aqui. Você concluiu uma jornada muito importante na direção do domínio dos elementos gramaticais da nossa Língua. Temos certeza de que foi uma aventura emocionante. Agora é hora de descansar, celebrar esta vitória e fechar este ciclo. Vemos você do outro lado, na segunda jornada, chamada Trilha Mapear 2.

Um grande abraço!

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MAPEAR VOLUME 1 - EBOOk

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