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Rhyannon Byrd
À Beira do Desejo
Série Instinto Primitivo-(Vol: 03) À Beira do Desejo
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Rhyannon Byrd
À Beira do Desejo
Disponibilizado da Lista PRT Pesquisa e Tradução: Safire 1º Revisão: Márcia de Oliveira 2º Revisão: Silvia Helena Revisão Final: Cildinha_may Formatação: Cildinha_may
“Informação da Série” Instinto Primitivo – 00. À Beira da Paixão – Pégasus Lançamentos (distribuído) Instinto Primitivo - 01. À Beira da Súplica – Pégasus Lançamentos (distribuído) Instinto Primitivo - 02. À Beira do Perigo - Pégasus Lançamentos (distribuído) Instinto Primitivo - 03. À Beira do Desejo - Pégasus Lançamentos (distribuído) Instinto Primitivo - 04. Toque de Sedução - PRT Instinto Primitivo - 05. Toque de Rendição - PRT Instinto Primitivo - 06. Toque de Tentação – PRT
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Rhyannon Byrd
À Beira do Desejo
Caro leitor,
Eu estou encantada de apresentar “Edge of Desire” (A Beira do Desejo), o terceiro livro da minha nova “Série Instinto Primitivo”. Dentro de um mundo onde criaturas
paranormais
vivem
escondidas
entre
a
humanidade
sem
serem
descobertas, esta trilogia provocante continua com a história do obscuro e perigosamente sexy Riley Buchanan e a mulher que ele sempre amou... Mas sabe que ele nunca poderá ter. Apesar de sua reputação de “santo” como um xerife trabalhador, Riley entende a dor e a frustração como seu inferno pessoal. Ele está convivendo com ela desde que ele era um adolescente, quando uma cerimônia misteriosa lhe revelou os horrores de seu futuro. Acreditando que ele um dia se tornaria um assassino monstruoso, Riley virou as costas para a vida que ele queria e terminou seu relacionamento com uma garota chamada Hope Summers e partiu seu coração. Mas ele nunca a esqueceu. Presos no meio de uma guerra cada vez maior contra um lunático perverso que voltou a este mundo, Riley não pode acreditar que o destino fosse tão cruel a ponto de trazer Hope de volta para sua vida após longos anos de afastamento, brincando com ele com uma tentação suprema. Uma tentação que ele deve fazer de tudo para resistir, enquanto for possível para protegê-la dos monstros que o seguiram até a população pitoresca da costa de Pureza. Porém, Hope quer mais que a proteção do xerife. Ela quer o que ela nunca teve antes... E ela não vai aceitar “um não” como resposta. Estou tão animada por compartilhar a história de Riley e Hope, este romance perversamente sedutor com vocês, espero que vocês fiquem ansiosos com as futuras aventuras à medida que a “Série Instinto Primitivo” avance. Como se intensifica a guerra entre o bem e o mal, os sexys mutantes que lutam ao lado dos Buchanan finalmente terão suas próprias histórias, juntamente com uma surpresa de alguns personagens que eu estou esperando que vocês venham a amar tanto quanto eu! 3
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Tudo de bom! Rhyannon
Para o meu agente maravilhoso, Deidre Knight! Eu nunca vou ser capaz de lhe agradecer o suficiente, por tudo o que você fez... E por fazer desta viagem um anseio selvagem e maravilhoso. Você é brilhante e surpreendente, e eu sou tão grata por ter você como agente e amigo.
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CAPÍTULO UM
Alguns desejos podem ser fatais... Sábado de manhã. Ele precisava de uma mulher. Na pior das hipóteses, assim, possivelmente arrasadora. E, no entanto, nenhuma das mulheres por onde Riley Buchanan passou em seu caminho pela cidade à beira-mar de Pureza, Washington, serviria. Nenhuma delas era exatamente o que ele queria. O que ele desejava. Curvando os ombros contra o acelerado vento frio que soprava do Pacífico, ele deixou o perfumado ar salgado tão diferente dos ventos seco da montanha que chamava de casa em Henning - Colorado, encher sua cabeça, e por um momento, ele capturou um rápido cheiro que esfaqueou no seu interior, golpeando-o. Era familiar e ainda deliciosamente diferente, e ele parou no centro da calçada, seus olhos vasculharam a rua principal e movimentada de Pureza, lutando para discernir sua origem. Ele ficou ali preso num nó de pânico, atordoado, enquanto seu peito arfava com a força da sua respiração. Mas não havia nenhum rosto suave e surpreendente de seu passado. Nenhum olhar grande e brilhante piscando de volta para ele, em reconhecimento atordoado. Nenhuma boca curvada em um sorriso tímido e concentrado. Ninguém que ele pudesse pegar no enxame caótico de pessoas da cidade que cutucou sua memória, levando-o de volta a um tempo que ele tinha feito tudo para esquecer. Explodindo uma respiração áspera, ele admitiu que fosse apenas sua mente pregando peças, e naqueles últimos dias vinha acontecendo com mais frequência que o habitual. Ele pensou que empurrando o período de sua vida em uma 5
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abóbada impenetrável mental, travando-o afastado para sempre, mas o maldito despertar estava enroscando com a sua sanidade mental, fazendo-o lembrar de coisas e pessoas, que estariam melhores no esquecimento. E, no entanto, ela não é a mesma coisa que você anseia? Irritado por deixar sua imaginação tirá-lo do sério, Riley forçou uma onda de memórias indesejadas de sua mente, e partiu novamente para baixo na calçada lotada, enquanto a nervosa, inquieta necessidade continuava a arrastar-se debaixo de sua pele. Ele sabia sua fonte, sabia exatamente de onde surgiu, mas não havia nada que ele pudesse fazer sobre isso. O antigo sangue Merrick dentro de seu corpo estava chegando vivo dentro dele, e isso significava apenas uma coisa: Seus dias estavam contados. A escuridão estava batendo em sua porta, mas não era a sua vida que pendia na balança. Era a sua alma. Amaldiçoando baixinho sob a respiração, Riley enfiou as mãos nos bolsos da calça jeans, enquanto que as rajadas de vento que sopram do mar batiam em seus cabelos em torno de seu rosto. Apesar do clima de violência, Pureza - Washington era um lugar bonito, presa entre a beleza, áspera e majestosa de uma floresta de outono e um imponente rochedo escarpado que olhava o espancamento da fúria do Oceano Pacífico. Em qualquer outro dia ele teria ficado cativado pela cidade, mas esse não era qualquer outro dia. Ele e Kellan Scott tinham acabado de chegar a Pureza, naquela manhã, com o objetivo de recuperar o Marcador Escuro que eles acreditavam estar ali enterrado na comunidade costeira sonolenta. Sua irmã, Saige, só tinha acabado de decifrar o mapa codificado que deu instruções para a localização do Marcador no dia anterior, e Riley tinha imediatamente insistido para que ele fosse o único a ir atrás da cruz poderosa. Seu irmão e irmã tinham argumentado que nem doidos, mas no final Riley tinha ganhado com a simples força da sua vontade obstinada.
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Localizando Kellan, ele vinha da direção oposta, então Riley evitou um grupo de mães conversando em torno de um círculo de carrinhos de criança e esperou que o Guardião o alcançasse. Ao chegar à cidade eles dividiram-se por pouco tempo, Riley caminhou por vários lugares para descobrir o que podia sobre a terra onde eles acreditavam que a cruz estava sepultada, e Kellan procurou verificar o banco de dados de notícias local para ver se quaisquer acontecimentos estranhos ou desaparecimentos estavam relatados. Era quase positivo que Casus, apesar de tomado por um breve período a posse dos mapas misteriosos poucas semanas antes, não tivesse sido capaz de decodificá-los. Mas eles não estavam dando quaisquer chances. ―Encontrou alguma coisa? Perguntou ao Guardião que se aproximava. O jovem balançou a cabeça, o sol brilhando como cobre fora do abismo, nos fios do seu cabelo ruivo, os olhos azul-esverdeados brilhantes, com uma faísca, sempre presente nos guardiões. Kellan Scott era um bastardo, musculoso e forte, razão pela qual ele tinha sido enviado junto com Riley para encontrar o Marcador. — E você? Kellan perguntou, enquanto duas jovens em torno dos vinte anos passavam seus olhares brilhantes, olhando-os com uma satisfação óbvia. Kellan olhou rapidamente a loira gostosa, “vem-e-me pega” sorriu antes de Riley encará-las furioso. — A terra onde Saige nos disse para procurar é da mesma mulher que possui um café, aquele que vimos quando chegamos à cidade, nos penhascos. Summers Millicent é o nome dela. Disse ele a Kellan que finalmente tirava seu estranho olhar colorido do grande traseiro da loira e voltou-o para a carranca de Riley. — Millicent. Mmm... Parece doce. Vamos conhecê-la. Murmurou o Guardião, sorrindo quando ele elevou as sobrancelhas. —Eu acho que Millicent poderia ser um pouco velha para você. Ele lamentou, tentando desviar a direção dos pensamentos de Kellan. A mente do cara parecia uma bússola permanentemente apontada para o sexo. Manhã, tarde e noite. 7
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O sorriso de Kellan se contraiu no canto quando ele levantou os ombros. — As mulheres são como o vinho, Ri. Elas só melhoram com a idade. Balançando a cabeça, Riley partiu pela calçada, uma vez mais, com Kellan seguindo a seu lado. Quando uma morena sorridente atravessou seu caminho, um instantâneo sorriso nos lábios, dirigido em sua direção, Riley olhou para longe. Novamente. O mesmo que ele vinha fazendo há semanas. —Olha, é óbvio que você não tem problemas em atrair mulheres. Kellan murmurou enquanto eles viraram à esquerda na próxima esquina. — Então, basta escolher uma e dar para o Merrick o que ele precisa, já. E eu não sou o único que está pensando. Todos em volta de Ravenswing estão dizendo a mesma coisa. —Não é um caso de escolher apenas uma. Ele rangeu. — Acredite ou não, Kell, alguns de nós são realmente mais exigente que você. O Guardião murmurou algo sob sua respiração, levou a mão para trás dos cabelos, em seguida, enviou-lhe um olhar de confusão frustrada. — Honestamente, cara, eu não sei o que é que acontece com vocês Buchanans. Por que você sempre tem que fazer tudo tão malditamente difícil? Riley resmungou, sabendo exatamente o que significava para Kellan. O despertar de Ian não foi nada fácil. Mas ao contrário de seu irmão, que temia alimentar-se, preocupado em tomar muito sangue e a matar acidentalmente a mulher que em breve seria sua esposa, Riley não se apavorava com esta parte da alimentação do seu despertar. Ele sabia que, depois de ver Ian e Saige atravessar a mudança, ele poderia tomar o que necessitava, sem agredir a mulher embaixo dele. Mas isso não mudava o fato de que ele ainda teria que encontrar uma mulher disposta a deixá-lo afundar seus dentes em sua garganta, que era muito malditamente improvável. E depois havia a questão do Casus, que iria, sem dúvida caçar qualquer uma que ele escolhesse. Para não mencionar, ele ainda não havia encontrado o que queria... 8
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Ele sabia que estava condenado. E ele também sabia que não ia encontrála. Não quando ela estava do outro lado do país, provavelmente se estabelecendo com uma ninhada de filhos e um marido adorável que a adorava do jeito que merecia ser adorada. Inferno, mesmo se ele achasse as bolas para localizá-la, ele sabia muito bem o quão Hope Summers reagiria se o visse novamente. Ele poderia receber sua mão em seu rosto, ou o punho em seu olho, e o que quer que fosse. Não mais do que ele merecia, e não menos do que ele esperava. Fechando os dentes, ele empurrou o queixo em direção ao pitoresco café, um prédio de madeira de dois andares com telhas que se situava à frente, aninhado entre as deslumbrantes, cercas de falésias e a floresta espessa alta. —Esse é o lugar. Kellan leu a placa de madeira virada em um poste para baixo na rua. — Millie. Nome bonito. Riley enviou um sorriso forçado de aviso ao Guardião. — Só me faça um favor: tente se comportar. — Eu sempre o faço. Kellan contrapôs, coçando preguiçosamente seu peito coberto pelo moletom, onde havia alguns restos desbotados do logo do AC / DC. —Como diabos você faz. Resmungou Riley, uma estridente trovoada pontuando suas palavras, anunciando uma tempestade. Abrindo a porta do café de Millie, eles pisaram dentro e a resposta estrondeada de Kellan ficou perdida sob o zumbido nas orelhas de Riley, ele prendeu a respiração, como ele atraiu a maldição... Ele sentiu o cheiro da morte. Aconteceu novamente. Este cheiro. Era familiar, como algo que ele tinha conhecido antes... Mas diferente. Rico. Doce. Mais profundo do que se lembrava. Ele olhou, procurando, tentando encontrar a fonte, o coração batendo como um tambor excêntrico, e depois a porta da cozinha se abriu perto de sua visão. Hope? Ele suspirou incapaz de acreditar que pudesse ser verdade. Era... Impossível.
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Como se ela tivesse ouvido o nome dela sussurrado nos seus lábios, a mulher em pé atrás do balcão de madeira brilhante lentamente se virou em sua direção. Ela piscou um par de olhos grandes, brilhantes, olhos cor de topázio, o queixo trêmulo como se tivesse visto um fantasma. Como se ela não pudesse acreditar que ele estava ali, no meio do café lotado. Ela abriu a boca, rosa suave, e ele deu um passo para frente, acidentalmente batendo em outro cliente. Ela engoliu em seco, olhando... Os seios pesados subindo e descendo por baixo de uma camiseta, muito folgada. E então, de repente ela soltou um grito horripilante de raiva. —É isso que você merece. Antes que Kellan pudesse entender o que estava acontecendo com as feições de terror de seu protegido, Hope Summers mirou e jogou bem no centro da testa de Riley. Não foi um soco que ela tinha acertado ele. Nem um desordenado bofetão ou tapa de mão aberta. Não, pensou ele, fazendo caretas enquanto sujeira quente derretida pingava em seus olhos, ela tinha atirado com precisão mortal ofuscando sua corada expressão furiosa. A mulher tinha lhe batido com uma torta quente de maçã caseira. E o destino, parecia que tinha encontrado uma última forma de confundi-lo depois de tudo.
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CAPÍTULO DOIS
Riley Estava Com Problemas. Graves, até o pescoço, problemas iguais a areia movediça, ele se afundava mais e mais profundamente a cada segundo que passava. Havia pensado que era ruim, desejar Hope Summers e não tê-la perto. Não vê-la. Não senti-la através de seu aroma rico e delicioso, como se tudo isso fosse vital para sua sobrevivência. Precisava dela para atravessar cada dia. Sem saber onde estava, supondo que ela ainda vivia na Carolina do Norte, onde ele tinha ouvido que ela tinha se casado há não muito tempo depois que ela foi para a faculdade. Não sabia o que fazer, sempre tinha o impulso de dar um soco com o punho através de uma parede, sempre que a sua imaginação doentia e repugnante fornecia uma montagem de imagens dela com o marido. Sua. O homem que não tinha o direito de querê-la... De tocá-la. Levá-la para baixo dele e fazer coisas que o arrancava para fora da escuridão da noite, isso tirava horas de sono profundo, o corpo duro, coberto de suor... Tremia, querendo-a tanto que em seu interior podia sentir quase que uma dor física. Depois que ele terminou as coisas entre eles, tinha sido um inferno vê-la na escola, na cidade. Observá-la ficar mais velha, lentamente, cada vez mais madura, florescendo em uma pessoa que sabia... Nunca estaria perto. Não era possível continuar assim e finalmente partiu para longe de sua cidade natal Laurent, na Carolina do Sul, onde esperava que a distância fosse ajudá-lo a lidar com tudo isso. E então ele criou uma regra, sempre que ele estivesse em casa, não perguntaria nada a ninguém. Sempre. Sim, ele achava que o desejo tivesse sido ruim antes. Autodestrutivo. Estúpido. Mas agora isso era pior. E o maldito ataque de sobremesa não estava 11
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ajudando em nada na situação. Antes que ele mesmo conseguisse limpar os restos pegajosos da torta de maçã de seu rosto, ela bateu nele com outro bolo que cheirava a cerejas. O café barulhento irrompeu em um caos silencioso, todos lutando para sair da linha de fogo, sua atenção focada extasiada no espetáculo bizarro, embora resmungando baixo o fôlego de Hope só poderia ser ouvido por Kellan que segurava uma risada. —Que ódio... Como se atreveu a vir aqui... Bastardo sortudo eu não vou ser sua... Usando o braço e o ombro, Riley enxugou o rosto com manga da melhor maneira possível e ergueu a cabeça a tempo de vê-la com o que parecia uma montanha de espuma de merengue de limão. Um rosnar, baixo agressivo saiu de seu peito. —Basta! Ele vociferou, dando um passo a frente. —Maldição, Hope! Que inferno você está fazendo aqui? —Eu quero você fora daqui! Ela gritou, arremessando a torta. —Desapareça! Neste instante! Ele abaixou para o outro lado antes de ser atingido novamente, o merengue de limão passou por sua orelha como um míssil, até que explodiu contra a porta da frente, chapiscando o piso de madeira brilhante numa escorregadia bagunça colorida. —Cristo, Riley. Kellan gritou atrás dele. —Você realmente tem o dom de trazer para fora o lado suave das pessoas, não é? Ele virou a cabeça para olhar o imbecil rindo o que foi um erro. Esperou e mirou novamente, e uma torta de mirtilo1 se juntou as outras, seu alvo não se abaixou a tempo, batendo no peito quadrado, pedaços de torta azul escuro cobriam sua camisa, jaqueta e jeans. Rosnando, ele finalmente sacudiu de seu estupor. Levantando a mão direita, ele segurou a palma para fora, os dedos 1
Subarbusto de até 60 cm (Vaccinium myrtillus) da fam. das ericáceas, de folhas ovadas, agudas, finamente denteadas, flores esverdeadas ou róseas e pequenas bagas globosas, azuladas; arando, uva‐do‐monte, vacínio [Nativo da Europa e da Ásia, é muito cultivado pelos frutos doces, us. em geléias, tortas e bebidas alcoólicas, e cujas cascas são tidas por melhorar a visão noturna].
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afastados, o creme de chocolate que ela tinha acabado de jogar parou no ar, caindo no chão a cinco metros na frente dele. O ar se encheu de comentários e murmúrios: —Maldição, ela não dá tempo! —Isso porque já tem o suficiente atrás você! Mas ele sabia que sua ação não tinha passado despercebida por Kellan. A risada foi desaparecendo e Riley jurou que podia sentir o peso do olhar de Kellan queimando na parte traseira de seu crânio. Ele teria que lidar com as muitas perguntas silenciosas que saiam do Guardiãodião mais tarde, depois que conseguisse lidar com os gritos e as tortas sendo lançadas. Tirando mais recheio de seus olhos, Riley fixou seu olhar em Hope que procurava atrás do balcão uma nova munição. Antes que ela mudasse para algo mais letal, como uma faca, ele passou pelo chão salpicado de torta e moveu-se rapidamente para trás do balcão. Ela gritou, tentando apressar o passo, mas ele agarrou-a pelo braço, rosnando: — Precisamos conversar. Sozinhos. Ela tentou se desvenciliar das mãos dele, com os olhos em chamas ela o amaldiçoou em voz baixa com uma série de frases criativas. Implacável, ele tirou seu distintivo e mostrou na loja, pensando evitar quer alguém fosse correndo para resgatá-la. Duvidava que Hope tivesse reparado no que ele tinha feito, ela estava muito concentrada em tentar se soltar, com a mão livre puxava ineficazmente os dedos envoltos em torno de seu braço. Colocando seu distintivo no bolso traseiro da calça jeans, Riley soltou seu braço enquanto a pegava pelo pulso, travando os dedos em volta dos ossos frágeis em um aperto inquebrável. Então ele começou a arrastá-la e logo apareceu uma mulher bonita de meia-idade que ele reconheceu como sua tia. Millicent Summers olhava surpresa e espantada com seus olhos cinza brilhantes e boca aberta para Riley enquanto Hope era puxada pela porta de balanço. Em 13
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vez de entrar na cozinha, como ele pensava, entraram em uma pequena área de serviço que se situava entre da frente e a traseira da loja e com uma porta situada na parede oposta. —Largue-me! Hope gritou, e ele olhou para baixo, o olhar imediatamente colidindo com o dela, as correntes de raiva e dor e a troca de faíscas entre eles era tão forte que ele ficou surpreso por não haver fumaça ao redor. Riley podia ver a o ódio em seu olhar, quase tanto como ele queria comê-la viva. Do alto de sua cabeça até seus dedos do pé pequenos e bonitinhos cobertos por um Doc Marten. Ele fez uma lenta inspeção visual, observando o jersey e a calça jeans que pouco fazia para esconder as curvas de seu corpo estonteante, antes de re-conectar com seu olhar brilhante. Logo ficou ali olhando perdido... Sem perder nenhum instante. Seus olhos se sentiam quentes, o peito apertado, a pele dois tamanhos menores para o seu corpo, enquanto a parte primordial de sua natureza estava em pleno rugido, lutando para abrir caminho para a superfície. “Esqueça”, ele silenciosamente resmungou. “Você nunca colocará suas mãos em qualquer parte dessa mulher. Então sossegue”. A fúria de Merrick cortava através dele, mas ele manteve-a controlada, mentalmente conseguindo sua submissão. Seus instintos lhe diziam para recuar, mas ele não poderia afastar-se dela. Não podia parar de olhar... Absorvendo tudo sobre aquela mulher de carne e sangue, a realidade muito melhor do que as fantasias que o tinha torturado ao longo dos anos. E, no entanto, essas fantasias eram centradas em uma garota que tinha ido embora. Para sempre. A mulher de pé diante dele agora era uma estranha. Uma que ele não conhecia. Que não conseguia compreender. E que ele com certeza não poderia jamais prever. A Hope que ele conheceu, jamais teria perdido a paciência. Ela sempre era tão tranquila. Tímida. A mulher diante dele, vibrando com fúria, era todo o contrário. E ainda assim ele a teria reconhecido com nada mais que um piscar de olhos. 14
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“Jesus. O que em nome de Deus está fazendo Hope Summers em Pureza, Washington?” Se tivessem lhe perguntado há cinco minutos, ele teria jurado que tal coisa não era possível. A prova, no entanto, estava olhando diretamente para ele. Ou fuzilando, por assim dizer. Estava perdido e sabia disso, porque naquele momento Riley percebeu que a única coisa pior do que querer algo que não podia ter era tê-la diante de si, sabendo muito bem que ele não poderia tê-la. E não importa o quão errado fosse. Queria seu corpo macio e feminino debaixo do seu, penetrá-la e fazê-la sua, seu grito rouco enchendo o ar, enquanto ele a preenchia. As presas de seu Merrick enterradas profundamente em sua garganta pálida, enquanto seu quente e provocativo sangue se derramava sobre a sua língua. Ele pensava nela desde que seu despertar havia começado, os pensamentos do Merrick sempre iam para Hope. Infernos, se fosse completamente honesto, ele teria percebido que tinha deixado de lado o tipo de durão e admitido que ele nunca deixou de pensar nela. Ela sempre esteve em seus pensamentos, todos esses anos, pairando nas bordas de sua consciência. Sempre lá, é impossível de esquecer. Seu perfume. Sua risada. Seu sorriso. Ele podia ver as lembranças da menina na mulher. Ela havia sido bela aos dezesseis anos, mas ela estava de parar o coração aos 29 anos. Não como as belezas superficiais estampada nas capas das revistas. Ela era mais real do que isso. Mais real... Ele se esforçou para não tocá-la, mas não conseguiu. Hope, por outro lado, aparentemente não tinha nenhum problema ao enfrentar-se com o que pensava dele. A evidência estava ainda cobrindo-o, aglutinada em seus cabelos, em suas roupas. Ele provavelmente tinha o maldito bolo até no ouvido. E nesse ponto, ele rosnou: — Que diabos significa isso? Ela resmungou. Na verdade, rosnou, olhando em volta como se estivesse procurando identificar alguma coisa para jogar em sua cabeça. —Maldição, mulher! Ele se enfureceu, agarrando- a pelos ombros quando ela 15
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levou a mão livre até um potinho grosso de pimenta, resistente, provavelmente pensando que poderia rachar seu crânio com ele. Foi um pensamento dissonante, considerando que sua Hope adolescente tinha sido a pessoa mais calma, gentil que ele já tinha conhecido. De pé diante dele agora ela era uma maldita gata, com suas garras estendidas, pronta para tirar sangue. —Acalme-se! Ela olhou para ele, os olhos cor de topázio diminuíram para fendas furiosas. —Eu o quero fora daqui! Seus dedos apertados, apenas o suficiente para segurá-la no lugar. —Bem, eu não vou a lugar nenhum, então você pode se acalmar. —Tire suas mãos de mim!
A energia que emanava dela a fazia ferver,
selvagem e sexy. —Com todo prazer ele rosnou. Assim que eu tiver certeza que você não vai tentar abrir meu cérebro com qualquer outra coisa. —Sabe, Ri. Kellan falou em algum lugar a sua direita, obviamente os tinha seguido até a pequena sala. —Eu normalmente não sou um expert sobre a mente feminina. Também é uma maldita complicação, a não ser quando estão na cama. Mas tenho a sensação de que está aí não está feliz em vê-lo. Ao som da voz do Guardião, os olhos de Hope se abriram. Ela congelou, em seguida olhou sobre o ombro de Riley, ofegante quando percebeu que tinha companhia. Muito lentamente, ela fechou os olhos, e respirou várias vezes profundamente, tremendo e, finalmente, relaxou. —Muito bem. Está tudo bem.
ela sussurrou sua voz macia e espessa, a
intensidade da ira diminuindo. Ele viu o olhar assombrado em sua bela face que apontava para ele, apunhalando sua consciência. —A última vez que o vi, ainda me encontrava entorpecida pelo choque que você me causou, mas... eu tive anos para pensar sobre o que aconteceu entre nós. Para pensar sobre a maneira que você me tratou. E eu acho... Acho que tudo isso só veio explodir para fora. Mas eu estou... agora estou bem. Você pode me soltar agora. 16
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Ele fez um som baixo sob a sua respiração, e ela ergueu os cílios longos, olhando
para
trás
dele,
seus
olhos
castanho-dourados
sombreados
pelo
constrangimento. —Realmente, Riley. Ela tocou seu lábio superior com a língua e ele teve que lutar para que todo seu sangue não fosse diretamente para baixo, endurecendo seu membro. —Você... Você só me pegou de surpresa. —Eu adoraria ver o que você poderia fazer com um pouco de tempo para planejar um ataque. Kellan falou, e do canto do olho Riley viu o bonito Guardião dar-lhe uma piscadela. —Vai me apresentar o seu amigo? Ela perguntou, alisando com as mãos a frente de sua camisa disforme enquanto se obrigava a dar um passo para trás. As mãos dele coçavam de vontade seguir o mesmo caminho, e ele colocou suas mãos em punho a seu lado, sentindo como se estivesse em um sonho. Ou melhor, ainda, um maldito pesadelo. —Kellan. Ele rosnou. — Seu nome é Kellan Scott. —Por favor, me diga que você é a nova proprietária. Ele flertou arrastando as palavras, com uma mão pressionada contra seu coração, enquanto ele lançava o que provavelmente considerava seu sorriso mais encantador. —Diga que sim e eu estarei disposto a intervir e sacrificar meu corpo pela causa. Aparentemente, não era imune ao Gaurdião e o rosto de Hope ficou rosa. — Que causa? Perguntou ela, sua confusão óbvia. Riley se virou, olhando para Kellan, que descansava com o ombro encostado na parede, os olhos azuis esverdeados em cima de Hope de uma forma que testou o controle de Riley. E ele odiava perder o controle, “maldição”. — Nem sequer pense nisso. Advertiu com uma voz tranquila. Kellan piscou os olhos, as sobrancelhas levantadas em um olhar de inocência ferido. — O quê? 17
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—Não. E ninguém te convidou para vir aqui. Ele murmurou, quando uma crosta de massa saiu de seu cabelo, caindo em seu ombro. Carrancudo, agarrou uma toalha nas proximidades e passou pelo rosto e a cabeça. —E perder toda essa diversão. Os dentes brancos do Guardião brilharam em um sorriso. — Diga-me, Ri. Esse tipo de coisa acontece com você muitas vezes? Ser agredido com bolos? —Não são bolos. Disse com um olhar estreito em direção a Hope quando jogou a toalha em cima do balcão. —Sim? - Kellan murmurou, coçando seu queixo escuro. Hope com a cabeça. — São doces. O idiota piscou para ela novamente. — Além de munições. —Nós temos bolos maravilhosos, porém, disse ela, colocando de volta o sorriso no rosto, apesar de que Riley podia ver a tensão persistente ao redor dos olhos. — Você deveria experimentar as nozes. Elas derretem na boca. Kellan parecia tentado e Riley sabia muito bem que não era na comida que Guardião estava pensando enquanto praticamente ronronava. —Pode apostar que eu vou querida. —Isso é o suficiente. Ele ordenou, esforçando-se para obter o controle de si mesmo. Ele concentrou sua atenção em Hope, que conseguiu colocar mais distância entre eles, de modo que ela agora estava com as costas pressionadas contra o balcão atrás dela. — Primeiro. O que exatamente você está fazendo aqui? Cruzando os braços sobre o peito, ela arqueou uma sobrancelha delgada. — Considerando que esta é minha loja, talvez isso seja o que eu deveria estar perguntando a você. —Esse lugar é seu? Kellan perguntou. Ela assentiu com a cabeça. — Junto com minha tia. Nós somos sócias. —Eu quis dizer em Pureza. Riley persistiu interrompendo-os para o segundo tempo. — O que você está fazendo em Washington? 18
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Ele podia vê-la pensando sobre o que dizer-lhe, e o que guardar para si mesma. Finalmente, ela disse. —Millie tinha uma amiga que deixou para ela este terreno, depois que morreu de câncer de mama. Eu comecei a ajudá-la e converteu uma parte da casa em um café. Quando ele olhou ao redor, havia tom beligerante em suas palavras quando disse: — E onde está seu marido? Trabalhando? Ele percebeu que ela não usava um anel de casamento, mas sabia que não era incomum para as pessoas que trabalhavam em cozinhas de restaurantes. Um som amargo que não era bem uma risada atravessou sua garganta, e ela ergueu uma mão suave, feminina para empurrar o cabelo para trás de seu rosto. Embora seu rubor tivesse começado a desvanecer-se, a pele dela ainda brilhava com
uma
vitalidade
saudável,
fresca,
a
boca
rosada
e
as
bochechas
completamente naturais. —Procure na penitenciária do estado da Carolina do Norte. Ele a olhou, pensando que talvez tivesse ouvido errado. — O que infernos isso quer dizer? —Cuidado. Advertiu-lhe, de repente, elevando novamente seu tom. —Este é o meu lugar, Riley. Não o seu. Você não tem o direito de vir aqui gritando comigo. —Penitenciária do Estado?
Ele repetiu, esforçando-se para envolver sua
mente em torno da idéia chocante. Ela não se encaixava. Não na vida cor de rosa, cercada de proteção que ele sempre imaginou para esta mulher. — Você está me dizendo seriamente que está casada com um cara que está na prisão? Ele murmurou com a garganta seca. Ela deu uma risada, que soou cansada. —Sim, você sabe. Esse desagradável lugar onde prendem depravados e os matem ali. Não têm prisões onde você vive? Manteve o olhar fixo, tentando ler por trás de sua expressão e se obrigou a 19
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esquecer do sarcasmo, mas seus muros eram muito grossos, bloqueando-o. —O que exatamente ele fez? —Que importa? Perguntou ela, elevando os ombros magros. O suéter caiu um pouco, revelando a pele lisa, pálida, juntamente com uma fina alça do sutiã e seus músculos se apertados em reação. —Nós estamos divorciados agora. Ele não é mais problema meu. Seus olhos começaram a arder, mas ele continuou olhando, tentando entender o que ela disse. Era como se as palavras não entrassem em sua cabeça. “Divorciados”? Oh, Deus, isso não era bom. Era ainda pior do que ela ter se casado. Ser divorciada significava que ela era... “De jeito nenhum. Faça o que fizer, não siga essa linha de pensamento. Ela ainda está fora dos limites.” “Certo, certo. É claro que era.” Inferno, mesmo se ela não fosse casada, tinha que haver um namorado sério. E mesmo se não houvesse Riley não podia tocá-la. Não com a chuva de caos que ele traria consigo. —Então você está solteira?
Kellan murmurou, quebrando o silêncio
constrangedor que se instalou na sala perfumada como uma presença no quarto. —Este é o último aviso, Scott. Ele disse, cortando-o antes que ela pudesse dar uma resposta, não querendo ouvi-la. Nem pensar nela dessa forma. —Você pode rosnar ordens para mim durante todo o dia, Ri, mas temo que minha mente seja muito poderosa. Respondeu o guardião, levantando suas escuras sobrancelhas e com uma inclinação arrogante de sua boca. — Tem vontade própria, eu temo. —Sim, assim, consiga controlá-la, ou ela vai ter o meu punho empurrando ela. —Ok, ok. Eu entendi. Kellan riu, levantando suas mãos. —Ela está fora dos limites. Como Millie. Os olhos dourados de Hope ficaram grandes. —Minha tia está fora dos limites? Ela perguntou, parecendo fascinada. 20
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O guardião sorriu. —Não tenha medo querida. O canto de sua boca se contorceu, e Riley poderia dizer que ela estava tentando segurar um dos seus sorrisos. Como os que tinham animado sua adolescência miserável. Fazia-o se sentir como um deus, sempre que ela olhava para ele com essa curva suave e sensual dos lábios. —Que triste. Ela vai ficar arrasada quando ouvir isso. —Estou me sentindo muito arrasado agora mesmo. Disse Kellan em voz baixa, em tom provocativo. —Riley está pronto para me matar até mesmo por falar com você. —Exatamente como vocês dois se conhecem? Perguntou ela, sua curiosidade tão forte que poderia sentir. O senso comum de Riley disse-lhe para virar-se e sair de lá, mas ele não conseguia se mexer. Se ele ficasse ou não, Hope estava agora em perigo. A cruz tinha de ser encontrada antes que ela caísse nas mãos erradas, e ele era muito realista para esperar não estar sendo seguido pela cidade. Eles haviam feito o possível para encobrir seus rastros, mas isso não deteria o Casus e seus camaradas psicopatas de encontrá-las... e rápido. Riley sabia tudo sobre como um Casus podia se sintonizar a Merrick e saber exatamente onde eles estavam, como se as criaturas demoníacas tivessem algum tipo de dispositivo de rastreamento metafísico. E agora que sabiam que ele estava em Pureza, não precisava ser um gênio para saber que eles pensariam que ele estava ali para encontrar o terceiro Marcador. Inferno, mesmo se houvesse alguma forma, ele poderia mascarar a sua presença, mas ele sabia muito bem que com um pouco de pesquisa, eles descobririam que ele pediu informações sobre esse imóvel... e a trilha poderia levá-los direto a Hope. Com o marcador enterrado em seu terreno, Hope estaria no meio do fogo cruzado se ele estivesse ali ou não. O que significa que até que o marcador escuro fosse encontrado, ela precisava de proteção, e ele era mais do que qualificado para o trabalho. E, no entanto, o último lugar no mundo que ele precisava estar era 21
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tão perto dela. Ele nem sequer a conhecia mais, mas a menina tinha se transformado em uma mulher e tinha mexido com sua cabeça. Deus, ele podia ainda se lembrar do sabor de sua boca. A suavidade da sua pele. As formas como seus olhos ficaram pesados quando ele a tocava. “Não vá por aí. Caminho ruim, cara. Apenas um passo para trás e conseguiremos.” —Bem. Ela perguntou. — É algum escuro e suculento segredo? Kellan parecia ter encontrado seu cérebro outra vez e felizmente permaneceu em silêncio até que Riley disse finalmente. —como nos conhecemos não é muito importante. —Como quiser.
Ela suspirou, rapidamente perdendo a paciência, a raiva
ainda latente logo abaixo da superfície. —Então você vai me dizer o que está fazendo aqui em Pureza? Ou é outro segredo escuro e sujo? Ele respirou profundamente, estudando sua expressão protegida, enquanto sua mente trabalhava, em busca de uma forma de explicar. Mas ele estava muito envolvido na luxúria. Irritado. Frustrado. — Você estava na cidade antes?
De
repente ele perguntou sua voz calma, estrondosa. Ele podia ver sua confusão quando ela concordou. — Eu tive que buscar mais leite. Por quê? Ele balançou a cabeça, sabendo que tinha sido seu perfume que ele sentiu, enquanto estava na Rua Principal. Esfregando as mãos pelo rosto, Riley perguntou como ele iria dizer o que precisava ser dito. Deus, ele não sabia nem por onde começar. — Olha, eu sei que isto é... Ele vacilou, procurando as palavras. Inábil como o inferno, ele finalmente resmungou entre os dentes fechados. — Precisamos de acesso ao seu terreno. Na floresta. Nós estávamos esperando para falar com o dono sobre o aluguel de uma das cabanas, para que possamos procurar algo na floresta. —O que você está dizendo? Você não pode ficar aqui agora.... Você está 22
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louco? —Procurar o quê? - Perguntou ela, interrompendo o argumento em sua cabeça, seu olhar desconfiado que passava entre ele e Kellan. Riley fechou os olhos. Tentando pensar. —Você se lembra de Saige? Disse ele, passando uma mão pelo cabelo enquanto erguia os olhos. —Bem, ela acha que há alguma coisa enterrada ali. Uma relíquia de família e viemos procurar para ela. Ela olhou para Kellan. —Ele está falando sério? O guardião acenou com a cabeça, e Riley limpou a garganta, dizendo: —Eu sei que soa estranho, Hope. Mas isso é importante. —Por quê? Perguntou ela, sua boca apertada quando seu olhar encontrou o seu novamente. “Porque minha vida está desmoronando. Porque se nós não a encontrarmos, outra coisa vai. Algo que poderia machucá-la, apenas para chegar a mim.” Em vez de resmungar as patéticas e melodramáticas palavras, ele simplesmente disse: — Você só vai ter que confiar em mim. — Não é possível. Ela riu, apertando os braços cruzados sobre o peito, uma posição interessante que deixava ver o decote em V do suéter. —Estas terras são minhas e de Millie, Riley. Você não vai desenterrar qualquer coisa sem nos dizer o que está acontecendo. Obviamente, tentando ajudar, Kellan levantou os ombros e disse: - Não é um tipo de coisa fácil de explicar. Ela estreitou seus olhos. —Tente. —Maldição. Disse Riley. —Basta dizer que há vidas em perigo. E isso é tudo que você precisa saber neste momento. —Vidas? As sobrancelhas se uniram sua expressão uma mistura de frustração e de descrença cautelosa. —De quem? Ele silenciosamente amaldiçoou dolorosamente consciente de que estava 23
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estragando a explicação com cada maldita palavra que saía de sua boca. —Eu não tenho tempo para dar detalhes, e é melhor você não conhecê-los. Mas não somos os únicos que querem o que está lá fora. Por isso, as pessoas estão em perigo. Ela lançou-lhe um olhar perplexo. —E o seu trabalho é protegê-los? —Na verdade sim. - explicou Riley com um suspiro duro, comprimindo a ponte de seu nariz, enquanto uma infernal dor de cabeça começava a bater em torno de seu crânio. —Uau, isso é uma responsabilidade muito séria. Disse ela, erguendo as sobrancelhas. —Você de repente, tornou-se deus nos últimos treze anos? Kellan engoliu outra risada baixinha, enquanto Riley apenas esfregava o queixo. —Eu sou xerife. Ele murmurou. — No Colorado. Onde eu moro. —Huh. - ela suspirou. —Bem, eu acho que isso explica a arma. Ele fez uma pausa, percebendo que ela deve ter visto a sua Beretta no coldre sob o paletó. Empurrando as mãos nos bolsos, ele disse. —Eu sei que há uma história entre nós, Hope, mas a segurança da minha família está em jogo. Se não fosse, poderia muito bem apostar que eu já estaria fora daqui e nós não estaríamos tendo essa conversa. Outra risada, baixa e amarga deixou seus lábios e ela virou a cabeça, olhando por uma janela estreita a tempestade distante que rolava sobre o oceano. —É a sua mãe e Saige que estão em perigo?
Ela perguntou depois de um
momento, sua voz calma... Controlada. —Eu nunca gostei de Ian, mas eu sempre gostei de sua mãe e sua irmã. —Saige está envolvida, mas Elaina... Ela faleceu no início do ano. Ele podia ver seus ombros se endurecem com a surpresa, embora ela ainda não olhasse para ele. —Sinto muito sobre sua mãe. Ela respirou profundamente, então lentamente deixou o ar sair. —E mesmo sabendo que eu deveria dizer-lhe para ir, a minha curiosidade estúpida parece estar recebendo o melhor de mim, porque estou morrendo de vontade de saber o que você está fazendo realmente 24
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aqui. As cabanas estão vazias agora porque estávamos nos preparando para mudar algumas decorações, então se você quiser, eu estou disposta a deixá-lo alugar uma. —Obrigado. Ele murmurou, enquanto que no interior havia uma voz gritando, “idiota! Louco! Imbecil”! —Não me agradeça ainda. Disse ela, olhando de lado. —Eu ainda não disse o quanto eu estou planejando pedir por sua estadia. —Algo me diz que não vai ter a taxa normal. Kellan disse ironicamente, soando como se ele ainda pensasse que toda a situação era hilária. Ela ergueu uma das mãos, esfregando a testa como se estivesse sentindo dor. —Vamos discutir o contrato de locação quando eu voltar. —Você voltar? - Riley ecoou. Ela fez um gesto em direção à porta, que ele assumiu que levava para a cozinha. — Eu estava bem no meio do almoço. Eu preciso terminar... — E provavelmente assar algumas tortas a mais.
Kellan cortou com um
sotaque preguiçoso. O canto de sua boca se contraiu, apesar dela não sorrir muito. — Isso também. Eu posso providenciar os papéis da cabana e mostrar-lhes esta tarde. Todas ficam na trilha que leva para fora do quintal, o caminho é sinuoso através da floresta, assim você terá muita privacidade para tudo o que você tiver que fazer lá fora. Riley olhava por baixo de suas pálpebras, querendo argumentar que precisavam da cabana agora, mas sabia que colocar algum espaço entre eles por um tempo era uma boa idéia. Talvez, se tivessem sorte, ela entraria em pânico e sairia da cidade. Era exatamente o que ele queria. —Sim, claro que sim. Ignorando as palavras, ele disse: — Estaremos de volta em torno das três, então. —Ótimo. Ela suspirou, e girando, ela se foi pela porta de balanço da cozinha. 25
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—Hope. Ele gritou. —Sim.
Ela respondeu, olhando para ele por cima do ombro, uma mão
segurando a porta aberta. Ele ficou olhou para seu cabelo negro brilhante que não via há muito tempo. As pontas curvadas contra a base de sua coluna, a visão insuportavelmente erótica, mesmo que ela estivesse mal vestida para a sedução. Sua voz estalou com impaciência. — O que é Riley? —Se alguém perguntar, você não me conhece. Você... Ele fez um gesto com a cabeça em direção à frente do café. — Reagiu assim porque você pensou que eu fosse outra pessoa. Entendido? Ela revirou os olhos. — Como quiser. Ele pressionou a mandíbula, sabendo que ela não tinha idéia de como isso era importante, desejando como o inferno que ele nunca tivesse posto os pés em Pureza. — Eu falo sério Hope. — Eu ouvi na primeira vez, xerife Buchanan. Ela segurou seu olhar, então balançou a cabeça lentamente. —Vamos ser honestos. Essa não será uma mentira, porque eu nunca soube quem você era para começar. Riley viu a porta se fechar atrás dela, e ficou ali, ainda aspirando o cheiro delicioso, que fazia sua boca encher de água, com a cabeça nas nuvens. De muitas maneiras, era um estranho, mas ele ainda queria ir atrás dela, puxá-la, deixála nua e estudar as mudanças em seu corpo. Não que ele já tivesse visto ela assim. Tinha sentido muito medo de perder o controle. Inclusive aos dezessete anos, seus apetites físicos tinham sido... Duros. Mais duro do que uma menina virgem, como Hope deveria ter tido de lidar. Então, ele se conteve, esperando que ela amadurecesse... E então ele a perdeu. Balançando a cabeça, ele finalmente se virou, surpreso ao descobrir Kellan ainda de pé, calmamente esperando por ele. Silenciosamente estudando sua expressão, sem dúvida, vendo muito mais do que Riley queria revelar. Ele estava 26
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muito despojado no momento. Muito chocado e aberto. Sem dizer nada, Riley voltou para o café movimentado, onde um garçom estava varrendo os restos de bolo no chão. Ignorando os olhares curiosos pelo caminho enquanto caminhavam para fora, entrou na névoa chuvosa que agora descia do céu. —Então. - Kellan disse levemente, enquanto saiam. —vamos falar sobre isso? —Falar sobre o quê? Perguntou ele, puxando o casaco para cima em torno de seus ouvidos, seu coração ainda estava batendo dolorosamente. —O que você vai fazer com a mulher. Kellan murmurou, enquanto o vento ficava mais forte e eriçado, chicoteando os cabelos, o trovão duro e rápido. — Quem é ela? Por que ela o odeia? Porque você não pode tirar os olhos dela. Não que eu precise de uma explicação, considerando que ela é um monumento para se olhar, apesar dela não perceber. E não podemos esquecer como você quase desmaiou quando colocou os olhos sobre ela. —Eu nunca desmaiei na minha vida. Ele rosnou. — E ela não é da sua maldita conta. Kellan fez um sinal sonoro desagradável e sorriu. — Resposta errada, homem. Eu estou no direito de custodia, lembra? Tudo que você faz agora é meu assunto. — Dever de custodia uma ova. Resmungou, voltando para a Rua Principal. — Todos em Ravenswing só queriam que você saísse. Balançando a cabeça, Kellan fez um som baixo sob a sua respiração. —Isso não foi agradável. Especialmente vindo de São Riley. O que acharia seu irmão, ouvindo você ser tão rude? Riley grunhiu em resposta, o seu lábio ondulou, à menção do ridículo apelido que Ian lhe tinha dado. Sim, ele tinha feito o seu melhor para fazer diferença na sua vida ao lutar por coisas que eram boas, justas e puras, mas isso era apenas porque ele sabia o que estava por vir. Sabia o quão confuso as coisas estavam ficando. Sabia que precisava marcar alguns pontos com decência enquanto ainda podia, submetendo-os antes de tudo ir para o inferno. 27
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Eles se moviam ao longo da calçada lotada, Kellan quieto ao seu lado, enquanto os pensamentos de Riley se agitavam ao redor. —Precisamos voltar para o carro para que eu possa pegar algumas roupas limpas. Então, podemos comer alguma coisa naquele bar desportivo perto do estacionamento. Qual era o nome? — Shorty. — Sim, esse é o lugar. Ele murmurou, lutando contra o desejo frustrante de se virar e voltar para Hope, pairando sobre ela como um escudo protetor. A cada passo que ele se afastava dela, a agitação aumentava, ficando mais apertada, fazendo-o suar. A parte de trás do seu pescoço começou a doer, e Riley ergueu a mão, esfregando a sensação estranha, quase como se ele pudesse sentir o toque de um olhar contra a sua pele. Correndo o olhar sobre a rua movimentada, ele procurou a fonte, mas não conseguia encontrar ninguém que chamasse sua atenção. Ninguém pálido, os olhos azul-gelo. Não que isso importasse. Ele podia detectar Casus por seu olhar incomum, mas os soldados que trabalhavam para o coletivo eram monstros humanos. Eles poderiam estar em qualquer lugar. Uma organização militante de mercenários humanos, o Exército Coletivo se dedica a limpar o mundo de toda a vida sobrenatural. Graças a um improvável aliado o coronel-tenente chamado Seth McConnell, Riley e os outros souberam que o Casus e o Coletivo estavam trabalhando juntos para conseguirem os marcadores escuros. De acordo com Seth, um misterioso homem chamado Westmore estava por trás da aliança bizarra, apesar de seus motivos serem ainda desconhecidos. Mas qualquer que seja o objetivo de Westmore, Riley e os outros sabem que não será bom. Ainda sentindo como se estivesse sendo vigiado, o pânico quase o tinha feito se virar e correr de volta para o café, mas ele lutou contra. Ele não precisa fazer nada para destacar Hope. Apesar de ele estar procurando algo em suas terras, ele sabia que quanto maior a distância que ele pudesse manter entre eles, melhor. O que significava que ele não precisa ficar pairando sobre ela como um amante super 28
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protetor. A seu lado, Kellan disse de repente: — O que está acontecendo? Riley lhe enviou um olhar questionador. —Você está explodindo como fogos de artifício em vibrações psíquicas. O que há? Está se sentido com uma aranha em um formigueiro? Embora ele não gostasse, Riley teve de admitir que era impressionante a percepção de Kellan. —Eu tenho a sensação de ter companhia. Disse ele em voz baixa, antes de acrescentar: — Então, eu acho que seria inteligente se ficássemos o mais próximo possível de Millie que pudermos. Eu não quero correr nenhum risco. —Você não vai ouvir de mim nenhuma queixa. Kellan respondeu, lançando seu olhar sobre a multidão de pessoas que enchiam as calçadas. —Você sabe, se algum deles chegou até nós tão rapidamente, poderia ser Gregory. Riley assentiu com a cabeça, o pânico tomando o seu interior ante a menção do Casus que parecia fazer dele sua missão pessoal para ir atrás do sangue Buchanan. O primeiro Casus a voltar para este mundo foi o irmão de Gregory, Malcolm. Ian matou Malcolm com um marcador escuro e depois de seu próprio retorno, Gregory foi atrás de Saige em vingança. Apesar de não terem ouvido nada sobre ele desde o dia que todos foram resgatar Saige das garras de Westmore, eles sabiam que ela ainda estava lá fora, sem dúvida, esperando uma oportunidade para atacar. Por isso, Saige, estava segura em Ravenswing com seu futuro marido um Guardião chamado Michael Quinn, que não queria se arriscar com a segurança dela. Riley acreditava que sua irmã iria desistir quando menos se esperasse, mas ele estava errado. Em vez disso, ela praticamente brilhava, seus olhos azuis brilhavam de felicidade... Com uma paz que nunca esperou ver nela. E o mesmo acontecia com Ian, que se casou há apenas duas semanas depois de voltar para o complexo. —Então, se não podemos falar sobre a mulher, podemos falar sobre o outro? Kellan perguntou, tirando Riley de seus pensamentos quando as primeiras gotas de 29
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chuva finalmente começaram a cair. —Outro? —O que fez - disse Kellan, baixando a voz. —parar o último bolo no ar. Não pense que eu não percebi. Temos pensado em Ravenswing sobre qual seria o seu raro dom Buchanan. Parece que nós descobrimos. Riley sabia exatamente a que Kellan estava se referindo. Seu irmão e irmã tinha cada um talentos especiais... Apesar de Ian ainda estar tentando se entender com seus sonhos incomuns e casos de premonição. Mas, ao contrário de Saige que tinha descoberto que ela podia se comunicar com objetos físicos, quando ela ainda estava em sua adolescência, parecia que o seu dom e o de Ian tinham sido provocados por seu despertar. Ou simplesmente desbloqueado, como Saige tinha explicado, acreditava que o poder incomum sempre esteve lá, adormecido por causa de sua má vontade e a de Ian de aceitar que eles eram nada mais do que humanos. —Eu estou supondo algum tipo de telecinese2. Kellan acrescentou. —Eu não tenho idéia do que é. Murmurou Riley. E com certeza não tenho vontade de falar sobre isso. Eu só preciso de um pouco de paz agora. Eu preciso ser capaz de pensar. —Pense tanto quanto quiser. Mas isso não vai mudar nada. —Sobre o que você está falando? - Exigiu com uma voz grossa corajosa, assim que o telefone celular do Guardião começou a tocar. Em vez de explicar, Kellan apenas sorriu e atendeu à chamada.
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Telecinese - Em parapsicologia, movimento espontâneo de objetos sem intervenção de força ou energia observável.
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CAPÍTULO TRÊS
Uma hora mais tarde... GREGORY DEKREZNICK estava em um bar local lotado em Wellsford, Washington, justo acima na costa, no pitoresco povoado da cidade à beira do precipício, Pureza. Apesar da área verde proporcionada por uma universidade local, seu humor era amargo. Sentia falta do Brasil, onde ele passou as primeiras semanas de sua liberdade perseguindo Saige Buchanan. Perdeu o calor, o sol sulamericano. Perdeu seu irmão, Malcolm, cuja vida tinha sido tomada por aquele filho da puta do Ian Buchanan. O que ele não perdeu foi Meridian, uma cova no inferno, onde Casus esteva preso por séculos, amaldiçoado por um destino pior que a morte. Onde ele tinha apodrecido lentamente, ano após ano, até Anthony Calder, finalmente, lhe enviar através do portão e de volta a este mundo. O primeiro Casus a organizar com sucesso a sua corrida em busca de uma força coesa, trazendo ordem para a anarquia, Calder foi o único que tinha finalmente oferecido esperança a Casus, bem como a possibilidade de liberdade. Mas ela não vinha sem um preço. Calder queria Casus liberado, porém teria que evitar matar os humanos. Ele teria que se alimentar apenas dos Merricks, para que eles pudessem libertar mais de sua espécie em toda a linha divisória. Mas era preciso encontrar os marcadores escuros, apesar de ele não ter explicado por que eram tão importantes para a sua liberdade. Sim, Calder queria um monte de coisas, não que ele se importasse. Gregory queria era poder. Ele gostava de seu gosto. O cheiro. A maneira que enchia sua cabeça, seu corpo, fazendo-o se sentir como um deus. E ele poderia usar seu poder para derrubar os Buchanans, um por um. Eles haviam levado seu irmão, e agora ele fez de sua missão sua vida para tirar-lhes tudo o que eles se preocuparam. 31
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Então, uma vez que sua sede de vingança tivesse sido extinta, ele iria atrás de uma nova presa. Para encontrar um novo rival. Alguém para empurrar, para o manter entretido. Calder era o ideal, já que Gregory nunca havia se preocupado com suas idéias hipócritas, e por isso ele já estava pensando em manter para si todos os marcadores que viessem a cair em seu colo. Calder estava desesperado pelos marcadores escuros, prometendo recompensas significativas para qualquer Casus que entregasse mais de um marcador para Westmore. Em vez disso, Gregory pensava que seria divertido reunir ele mesmo as cruzes que tanto queria Calder. Mas primeiro ele iria terminar o trabalho ali, e então, rastrear seu próprio pequeno Merrick, que ele havia causado o despertar quando voltou a este mundo e tirá-lo do caminho. Embora ele não fosse usar o poder da alimentação para trazer outro Casus de volta de Meridian, a idéia de deixar alguém tomar o que era seu ia contra seu orgulho. E agora que Malcolm havia desaparecido, o seu orgulho era tudo o que ele havia deixado. Esfregando as mãos pelo rosto, Gregory olhou para a imagem refletida de volta para ele no espelho atrás do bar. O hospedeiro humano que ele tinha tomado não estava mau para algo que não era mais do que comida. Um longo, bem musculoso corpo, que culminava com um rosto cinzelado que chamava as mulheres para ele com uma facilidade ridícula. O queixo longo, cabelo raiado pelo sol, que combinava com sua pele bronzeada, mas estava magro o que não era antes e sabia que precisava se alimentar. Ele tinha estado tão ocupado observando e esperando que ele não tivesse atendido adequadamente suas necessidades. Agora ele estava com fome, desejoso de um corpo quente, exuberante. Um macho poderia satisfazer sua necessidade de alimento, mas só uma mulher poderia dar a ele o que ele realmente necessitava para se sentir inteiro... Poderoso. Apenas uma mulher embaixo dele, gritando de terror quando ela via sua morte refletida em seus olhos poderia saciar totalmente sua fome escura e insaciável. Ele ainda não estava contente por perder sua chance de chegar até Saige, 32
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mas agora que Riley Buchanan estava fora com apenas um guarda para proteção, as coisas eram definitivamente diferente. Para comemorar, ele decidiu que conseguiria uma boa refeição. O cheiro de carne quente, feminina lhe rodeava como um banquete de carne fresca de garotas da faculdade constantemente fluindo ao seu redor enquanto se reuniam com seus amigos em uma tarde preguiçosa de sábado. Ele observava pelo espelho, procurando a que mais o atraía. A que ele levaria para longe de seus amigos, ficando sozinha, onde ele poderia jogar fora essa máscara patética de humano e mostrar-lhe do que ele era realmente feito. A porta se abriu para outro cliente, permitindo que o vento cortante como chicote entrasse no interior aquecido, e ele fez uma careta. Este lugar era frio demais para seu sangue, pensou ele, tomando um gole de sua cerveja, observando uma energia nova e estranha de repente, que parecia se derramar através do lugar. Olhando por cima do ombro, teve que lutar contra a vontade de rosnar, enquanto observava o recém-chegado dirigindo-se em linha reta na direção dele. — Que diabos você está fazendo aqui? Atacou a mulher no instante em que sentou no banco à sua esquerda. Ela era incrivelmente linda, mas ele conhecia Pasha o suficiente para saber que ela nunca iria ter um corpo pouco atraente. Ela era muito vaidosa. Uma das mulheres mais bonitas quando Casus em forma humana, ela tinha sido reconhecida por levar homens inocentes para sua condenação, levando-os para as alturas do êxtase sexual, antes de deixá-los em pedaços. Ela era alta, provavelmente por volta de 25 e 29 anos, o seu corpo provocante e cheio atraía todos os olhares masculinos no bar. Profundamente pálidos seus olhos verdes, só fazia com que ficassem mais marcantes em contraste com seu cabelo escuro, caindo ao seu redor de seus perfeitos traços. Ela lhe devolveu o olhar com um ar atrevido e agressivo de confiança, razão pela qual as fêmeas Casus mantinham o pouco interesse dos machos. Em vez de gritar quando eram 33
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machucados eles apenas riam... Então imploravam por mais, o que arruinava o humor, que a ele tanto caía bem. —Ora, ora, ora se não é Gregory DeKreznick. Ela ronronou, passando uma unha bem cuidada ao longo do comprimento de seu braço musculoso. — Uau. Você finalmente conseguiu um pouco de carne de volta de seus ossos. Posso me sentar com você? Ele olhou, reconhecendo a inclinação sensual de sua boca, o cálculo de brilho em seu olhar. Mesmo que ela estivesse usando o corpo de um hospedeiro, ele sabia exatamente quem ela era. — O que você quer Pasha? — Não posso conversar com um velho amigo? Perguntou ela, inclinando-se mais perto, como se estivessem compartilhando algo íntimo. Forçando as palavras através de seus dentes fechados, ele disse. —Nós nunca fomos amigos. — Mas poderíamos ser.
Ela murmurou, sorrindo para o garçom que ela
chamou com um gesto em direção a cerveja de Gregory, silenciosamente pedindo uma para si. — Estamos todos do mesmo lado aqui, sabe. A liberdade da nossa espécie e tudo isso. Uma áspera e rouca gargalhada seca saiu de sua garganta. —Eu me importo uma merda com a nossa espécie, e você sabe disso. Eu estou nessa por ninguém além de mim. Como os outros já descobriram. Ela cruzou as pernas, a minissaia preta que ela usava subindo ao longo de sua coxa esguia, revelando muito mais do que era decente. Segurando seu olhar, ela escolheu suas palavras e ela disse: — Pelo que ouvi Gregory, você está nisso por vingança. —É mesmo? - Ele perguntou, forçando um tom aborrecido com suas palavras, embora ele não pudesse deixar de se perguntar o que ela queria. —Mmm. Ela ronronava. Ouvi dizer que o mais velho Buchanan atirou em Malcolm. O querido irmão mais velho está apodrecendo no inferno agora, não? 34
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Seus olhos se estreitaram uma voz baixa rosnou feroz dentro de seu peito, mas ele lutou contra seu temperamento, concentrando-se em manter seus dentes e garras sob controle. Agora, não era a hora de rasgar aquela cadela estúpida em pedaços. — A última vez, Pasha. Que demônios você está fazendo aqui? Ela sorriu para o garçom corpulento quando ele se aproximou com a sua cerveja, os olhos castanhos brilhantes com luxúria. —Eles são pateticamente fáceis. Ela murmurou com um ar casual, quando o rapaz se afastou com relutância para atender no final da barra. — E, em resposta à sua pergunta, Gregory, eu acho que você sabe exatamente por que estou aqui. Seu sorriso era manhoso quando ela encontrou seu olhar. — Sem dúvida, eu não vou ser a única competição que está vindo para a cidade. Sim, ele sabia que a concorrência estava a caminho, simplesmente porque não era só Riley Buchanan. Não foi a liberação do Merrick que Gregory tinha causado o despertar. E depois havia a questão do marcador, que o Casus sabia que os Buchanans estavam atrás, agora que Saige estava mais uma vez de posse dos mapas. Ia ser uma batalha por as mãos sobre o Merrick e o Marcador, mas ele não tinha a intenção de fazer fila. Não, ele queria mais. Queria levar o Buchanan para longe e tirar dele pedaço por pedaço. Mas os outros dois estavam protegidos. O único a se aventurar fora da segurança de Ravenswing era o homem da lei, e Gregory sabia exatamente o que o desgraçado estava buscando. —Você quer o marcador. Disse a Pasha. – Ele veio para buscá-lo. —Isso seria ótimo. Ela disse. —Mas eu quero o xerife, também. Gregory soltou a respiração. —Bem, você não vai conseguir. Ele é meu. Ela correu o dedo ao redor do topo de seu copo, e disse baixinho: — Na verdade, Gregory, ele é meu. —Merda. Ele murmurou, compreendendo exatamente o que ela queria dizer. 35
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Em um esforço para promover a ordem entre os recém-libertados Casus, tinha sido decidido que uma vez que o Merrick estivesse totalmente desperto poderia fornecer a sua espécie a alimentação final, cada Casus que escapava lhe era permitido direito exclusivo sobre o Merrick que seu retorno a este reino tinha causado ao despertar. Era uma regra importante, uma vez que apenas um Merrick poderia fornecer a carga de energia necessária para o Casus puxar outro de sua espécie de volta a partir de Meridian, trazendo toda a divisão. Era também uma regra que Gregory não tinha intenção de seguir. —Você sabia que alguém viria por ele. Ela murmurou. —Esse alguém sou eu. E os outros bem, eles sabem que ele está aqui pelo marcador. Eles vão esperar até que ele encontre e chegue antes de atingir potência máxima, mas a competição só vai piorar. Se você quiser ouvir, eu posso garantir que você estará interessado no que tenho a dizer. —Melhor ainda. Ele resmungou. —Por que você não dá o fora daqui e se esqueça de que você sequer ouviu falar o nome Buchanan. Ela balançou a cabeça, que mexeu com seu escuro cabelo em ondas de seda que caíram sobre os ombros. —Eu não posso fazer isso, e você sabe disso. Mas. Disse ela observando-o cuidadosamente. —Eu estava esperando que nós pudéssemos fazer um acordo. Virou-se para ficar de frente com o seu banco, ele perguntou: - E o que exatamente você tem em mente? Ela se inclinou para frente, mantendo a voz baixa para se assegurar de que eles não fossem ouvidos pelos clientes apinhados por algum tipo de evento esportivo universitário por causa dos televisores situados ao longo do bar. Quando ela terminou sua explicação, ela se endireitou e tomou um gole do seu copo. Gregory passou a mão sobre seu maxilar, incapaz de negar que ficou intrigado. Ele queria Riley Buchanan, mas a proposta de Pasha era tentadora. E a cadela conivente sabia. 36
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Isso significaria esperar, mais para o prêmio que ela estava oferecendo, ele poderia tirar o estômago do jogo. E nesse meio tempo, ele faria o seu melhor para por em parafuso a mente do xerife. Torceria a faca até que ele saltasse na sua melodia. Seria tão fácil. E, o inferno, talvez até com um pouco de diversão. —Só de pensar nisso. Disse ela, sorrindo enquanto balançava um pedaço de papel na frente dele. Ela tomou outro gole de sua cerveja, colocou uma nota de dez dólares no bar polido, então piscou para a loira que, de repente se aproximou do outro lado de Gregory, a moça rindo, obviamente, em clima de flerte. Pasha estava certa, pensou. Realmente seria muito fácil. Deslizando fora de seu banco, a bela Casus inclinou-se perto de seu ouvido. —Eu vou deixar você ir e desfrutar da sua refeição agora. Ela sussurrou, permitindo que os lábios roçassem o lado de sua garganta. —Mas seja um bom menino e me chame quando você estiver pronto para conversar.
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À Beira do Desejo
CAPÍTULO QUATRO
22h00min Hope não sabia quanto tempo tinha ficado parada na janela, olhando para fora a escuridão espessa e o brilho tênue de cintilação da luz visível apenas através das árvores. Alguém estava lá fora, fumando um cigarro. Ela viu a ponta se mover em um ritmo lento a cada vez que a pessoa levava-o a seus lábios, dava uma tragada, depois descia novamente. Ela podia apenas ver a sombra de seu corpo encostado no tronco de uma das grossas e enormes árvores que ladeavam o jardim traseiro. O formato era decididamente masculino. Alto. Amplo. Esguio e magro. Riley. Uma onda de surpresa, as emoções inquietantes levantaram vôo dentro dela, e ela apertou uma mão trêmula na barriga. Ele parecia tão surreal agora, e ainda assim ela sabia que ele não imaginava o que tinha acontecido mais cedo naquele dia. Seu namorado da escola aparecendo em seu café, entrando em sua vida após tanto tempo, explodindo-a com sua energia, vigorosa e potente. Deus, sua pele ainda estava formigando nos lugares que ele tocou um fogo selvagem ainda florescendo sob sua pele o que fazia com que passasse suas mãos frias por seu rosto para aliviar. Ela nunca deveria ter parado de jogar bolos nele naquela manhã, porque uma vez que ela tinha parado, ela teve que respirar... E olhar para ele. Seria impossível não olhar, seu coração batendo tão forte que tinha sido como uma dor física. Ele era magnífico quando menino, mas o homem. Deus... O homem era impressionante, com uma masculinidade que, sem dúvida, ela teria notado onde quer que fosse. Ele era um belo animal. Como algo selvagem... Predador e perigoso. Ela não ia comprar a história que ele continuou a derramar sobre ela quando 38
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voltou, à tarde, mas nunca tinha sido capaz de mentir em nada. Em um curto espaço tempo havia contado como Saige havia se tornado uma antropóloga, alegando que ela estava em busca de uma relíquia de família que algumas pessoas perigosas estavam trabalhando para obter. Uma herança que tinha razões para acreditar estava enterrada na floresta, por causa de um mapa que Saige tinha encontrado. Quando ela insistiu com ele para obter mais detalhes, ele se recusou a dizer-lhe mais, dizendo novamente que quanto menos ela soubesse, seria melhor. Ela escutou a história toda com incredulidade, a idéia de algo que pertencesse aos Buchanans estar enterrado lá em Washington... Em sua terra. Hope sabia que havia algo de ruim acontecendo com Riley para ele ainda estar lá. Alguma coisa estava acontecendo. Algo que era importante para ele, mas só Deus sabia o que poderia ser. Mas sua frustração em ter que lidar com ela tinha sido evidente. Ela sabia que, se ele tivesse escolha, que ele teria se virado e saído de Pureza tão rápido que ele teria deixado um rastro de fumaça atrás dele. E enquanto ela tentava dizer a si mesma durante todo o final da manhã e início da tarde que ela não se importava se ele voltasse ou não, havia uma estranha sensação de pânico no peito até que ele finalmente voltou pela frente da porta do café às três horas. O tumulto dos sentimentos que a atravessavam era um mau sinal, mas quem saberia? Talvez tê-lo lá seria uma coisa boa. A ajudaria seguir em frente. Buscar um final. Foi à única razão que ela tinha encontrado naquela tarde, fingindo que ela acreditava nas bobagens que ele tinha lhe contado, permitindo que ele e seu muito bonito amigo alugassem uma de suas cabanas. Sim, com certeza era. Ela soltou um suspiro trêmulo, e argumentou com a voz em sua cabeça. Afinal, o que lhe permite ficar é exatamente o que seus terapeutas teriam dito a ela para fazer. Encerramento, ela lembrou a si mesma. Assim é como ela poderia se livrar disso. Finalmente, após todo esse tempo. 39
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O único problema era a maneira como ele a fazia se sentir, como se fosse sair de sua pele, se ela não colocasse as mãos sobre ele. Era uma sensação estranha, surpreendente, depois de passar tantos anos sem sentir nada nem remotamente sexual. Era como se parte dela tivesse se fechado, só para ser eletrocutada de volta à vida, e agora ela estava com fome. Morrendo, na verdade. E nada na cozinha do café estava servindo para aliviar a ânsia que agitava através de suas veias como uma queimadura fundida pelo fogo. Mas ela tinha que enfrentar os fatos. Ela era um filhote de cachorro patético. Mesmo se ela não estivesse furiosa com ele, ela não saberia como conseguir o que precisava. Desde cedo, ela havia ouvido sobre o que boas garotas fazem e não fazem. Sua mãe tinha engravidado de um homem casado com a idade de dezessete anos, e deixou uma Hope recém-nascida com a avó devastada, em seguida, pegou a estrada em busca de uma nova vida. Desesperada para fazer feliz sua avó, Hope tinha permitido que a mulher lhe moldasse um quadro de sua personalidade, e isso a levou ao desastre. Boas meninas não se casam com homens se já fizeram sexo. Boas meninas não fogem de seus maridos. Boas meninas aguentam tudo goela abaixo. E no final, as boas meninas pagam por serem patéticas como os resíduos do espaço. Ela quase desejava que pudesse perdoar Riley pela dor que ele causou a ela durante todos aqueles anos, para tirá-lo de seu peito, e pela primeira vez em sua vida em ato puro instinto. Bastava abrir a porta, afundar os pés descalços no frio, na umidade da grama que ela saíria para a luz da lua prateada, e iria até ele. E quando ela chegasse a ele, ela iria colocar as mãos no seu duro e largo, para levantar os dedos dos pés, e cobrir a forma sombria e bonita de sua boca com a dela. E talvez, apenas talvez, teria o poder de respirar alguma vida de volta. —Hope? 40
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Ofegante, ela saltou sobre um pé quando Millie chamou seu nome quando ela entrou pela porta que ligava a casa à cozinha industrial que compartilharam com o café. —Cristo. - ela ofegou, apertando uma mão no centro de seu peito enquanto olhava por cima do ombro. - Você me assustou. —Desculpe.
disse Millie, o brilho nos olhos dela avisando que ela estava
tramando algo. Eu estava pensando que você deveria correr até a cabana e ver se há alguma coisa que os meninos precisem. —Pare. Ela murmurou, voltando-se para a janela para pressionar sua testa contra o vidro frio. Surpreendeu-a que o calor de sua pele não deixasse a condensação nas placas de gelo. —Parar o quê?
Sua tia perguntou com a quantidade certa de inocência
calculada. —Eu sei o que você está fazendo, Mil. Ela disse com um suspiro trêmulo. —Oh? E o que é? Deus abençoe a Millie, ela pensou. Depois das coisas que tinham dado erradas com seu ex, e estava divorciada, tinha sido Millie que entrou em cena e a salvou. Que de alguma forma colou as peças e ficou ali com ela para que ela não pudesse se afastar. —Nada vai acontecer entre Riley e eu, então você pode também tirar esses pensamentos loucos de sua cabeça. —Bem, se esse é o tipo de atitude que você vai ter, então, obviamente, nada jamais vai acontecer. A felicidade não é algo que vem fácil, neste mundo, Hope. Você, de todas as pessoas, deveria saber isso. Se você quiser, você tem que estar disposta a trabalhar para isso, para assumir riscos. —Alguns riscos são simplesmente demais. Eu ainda tenho muito dano tóxico de como as coisas terminaram antes. Não é bastante para o risco de uma segunda vez. 41
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—Sempre há o suficiente. insistiu Millie. — Você só está sendo teimosa. Olhando para trás, por cima do ombro, ela lutava para manter seu tom de voz o mesmo quando ela disse: - Ele não está aqui para ficar, Millie. Ele mora no Colorado, e eu vivo aqui. Então o que você sugere? Que eu tente ter algum tipo de romance, quente sórdido com ele antes que ele saía da minha vida de novo? Os olhos cinzentos de Millie brilharam com conhecimento feminino. — Quando o rapaz sair de sua porta, você vai se arrepender de uma forma ou de outra. Poderia muito bem ser bom o que pode tirar dele, enquanto ele está aqui. —Ele não é um menino, Mil. A mulher mais velha balançou as sobrancelhas. — Notou não é? Ela apertou a testa no vidro frio novamente, seu suspiro deixando uma mancha enevoada. — Claro que eu notei. Minha visão funciona muito bem. —E? - Millie a pressionou, fazendo Hope desejar gemer. —Ele é lindo, eu vou te dizer isso. Mas eu tenho muito respeito por mim mesmo para fazer papel de boba por ele pela segunda vez na minha vida. Como eu disse antes, eu ainda estou ardendo com a primeira vez. Millie bufou elegantemente. — Bobagem. Você está deixando a sua experiência com Neal corroer a sua atitude para com os homens. E você vem fazendo isso há muito tempo. —Você sabe o que eu penso? Antes que sua tia pudesse responder, ela endireitou a coluna e seguiu em frente, dizendo: — Eu acho que você deveria parar de dar lições a mim, e começar a tomar o seu próprio conselho. No reflexo de Millie na janela, ela viu como uma carranca derrubou o canto da boca da tia. — O que significa isso? —Você ainda não saltou nos braços de Hal, e eu sei que você quer. Hal Erickson era um viúvo aposentado que morava na cidade e trabalhava meio período como carpinteiro local e faz-tudo. Ele e Millie tinham se tornado amigos no 42
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ano anterior, quando ele tinha feito alguns trabalhos de remodelação da cozinha para elas. E quando Hope soube que havia uma atração mútua entre eles, Millie levou Hal a acreditar que ela estava apenas procurando um relacionamento platônico. —Hope! Millie estava ofegante, parecendo perturbada. —Ah!. Como se a idéia não tivesse ocorrido a sua tia. Ela não estava acreditando
nem por um
segundo. —Bem, é verdade. Você tem enrolado o coitado ao longo de meses. —Eu não venho fazendo tal coisa. Argumentou Millie, cruzando os braços sobre o peito. — Ele só está interessado em ser meu amigo. Desta vez, foi Hope que bufou. — Sim, e eu só me torturo com as dietas porque estou viciada no sabor da alface. Vá em frente, Millie. Dê-me outra. —Você está muito mal-humorada hoje à noite. Murmurou a tia, enquanto Hope olhava o seu próprio reflexo na janela. A imagem familiar deveria ter fornecido uma medida de estabilidade para o enxame, frenético e caótico de suas emoções torcendo por ela, mas era como se uma camada de proteção havia sido desmascarada, como um raio-X, tudo o que ela se esforçava tanto para ocultar e repentinamente
estavam
expostas...
Reveladas.
Todas
as
suas
emoções
embaraçosas em exposição para que todos vissem. —Eu gosto. Millie começou a dizer. Você esteve fechada por muito tempo. É bom ouvir alguma faísca em sua voz. Eu estive preocupada com você. Hope sabia que sua tia estava certa, exatamente como ela sabia o quanto a mulher se preocupava com ela. —Eu sinto muito por você se preocupar. Ela ofereceu as palavras travadas... Subjugadas. —Mas eu estou bem. Realmente. Eu só estou cansada. Millie finalmente teve piedade dela e disse boa-noite, subindo a escada que estava na parede distante. Hope atravessou a sala aquecida e acolhedora, com as 43
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suas paredes brancas e confortáveis, o sofá grande de couro cor de café, foi verificando as fechaduras das janelas, o mesmo que ela fazia todas as noites. Era um ritual, como se cada parafuso resistente, pudesse ser uma proteção contra a escuridão e as horas de solidão, quando ela se sentia mais vulnerável. Quando ela não tinha trabalho suficiente para ocupar seu tempo. Era então quando suas barreiras estavam fracas e permitia que saíssem os pensamentos e as lembranças que eram melhores que fossem esquecidas. Quando chegou à janela novamente, parou. Olhando através do vidro, Hope percebeu a cintilação do cigarro mais perto agora, como se estivesse mais se aproximando pela força de seu desejo. Sem dar-se tempo para pensar sobre isso, de repente ela abriu a porta de trás e saiu pela noite adentro, até os frios degraus da varanda de madeira, até que seus pés ficaram enterrados na grama úmida. O frio acentuado a fez soltar um suspiro, mas ela se recusou a voltar para trás. Ela não podia. Depois que ela começou a se mover, havia muita adrenalina para fazer qualquer coisa a não ser andar. Embora seu rosto ainda estivesse na sombra, ela podia sentir o poder do olhar de Riley, o toque quente, o escuro olhar sensual a fazendo tremer mais do que o frio úmido do ar. E então as nuvens se moveram, revelando o brilho etéreo da lua, e sua respiração presa em seu peito, como os detalhes do seu rosto iluminados pela vaga luz. Era tão difícil acreditar que ela estava olhando para Riley Buchanan, o menino que havia partido seu coração pela primeira vez. Não que ela alguma tivesse oferecido o coração a outro homem, uma vez que Riley tinha ficado com ela e Neal a havia culpado por seus problemas. Mas, então, a culpa que seu ex tinha posto em seus ombros por seus erros não era de ninguém, mas por sua própria. Esperou que muitas vezes fosse questionada porque ela tinha se deixado envolver com um homem como Neal Capshaw. Mas então, ele jogou perfeitamente durante o seu namoro rápido, e ela deixou-se ser enganada pelo seu ato, ingênua demais para se conhecer melhor. 44
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De certa forma, ela sabia que muito do apelo de Neal era o fato dele ser o oposto de Riley. Claro em comparação a aparência escura de Riley. Social a intensa calma de Riley. E determinado a manter Hope ao seu lado, como algo que ele possuía, quando Riley tinha apenas jogado de lado como o lixo de ontem. Deus, ela ainda podia lembrar o quão tinha ficado magoada quando Riley havia rompido com ela. Ela tinha uma queda por ele desde sempre, adorando-o de longe e, em seguida, no início de seu segundo ano, ela experimentou um desses momentos de conto de fadas quando ele fez o impossível e a convidou para sair. Ela quase morreu, sentindo como se tivesse caminhado em um sonho. Nervosa e dolorosamente animada, ela tinha ido com ele para um Milk shake depois da escola, e esse tinha sido o começo. Eles tinham sido inseparáveis a partir desse ponto. Até que ele partiu seu coração. Antes de hoje, ela passou anos querendo saber por que ela não podia passar por cima dele. As paixões de adolescente eram coisas transitórias, que iam e vinham. Momentos roubados no tempo para olhar para trás com carinho, pensando em como foram preciosos os primeiros raios de paixão e da descoberta. Eles não foram feitos para criarem uma cicatriz para a vida. Para imprimir-se em você tão profundamente, que era impossível para qualquer pessoa chegar perto, para medirse. Mais alguns passos pelo gramado coberto de orvalho, e ela parou, não mais do que um punhado de metros os separavam. Espaço suficiente para que coubesse gente entre eles, mas próxima o suficiente para que ela pudesse sentir o sopro de sua energia quente e afiada. Puxou o aroma rico, delicioso de sua pele. Sua respiração tremia na garganta, os olhos quentes... Ardentes, enquanto olhava através da noite enluarada, absorvendo os detalhes bonitos de tirar o fôlego. Deus, ele era insanamente atraente. Não só bonito, como qualquer tipo de forma
polida
de
Hollywood.
Era
muito
duro,
muito
robusto,
também
devastadoramente masculino para apelar às massas, sua masculinidade grosseira 45
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enviava um arrepio nervoso para sua espinha, como se ela tivesse apenas encontrado algo bonito... Mas mortal. Uma pantera vagando na neblina mortal da noite, ou ao mesmo tempo, uma víbora sinuosa através das lâminas da grama úmida do cerrado. A colisão no nariz que ele ganhou durante um jogo de basquetebol de alguma forma só o tornou mais atraente, como a boca sensual que poderia, sem dúvida, induzir ondas de calor na mais frígida das mulheres. E aqueles olhos azuis Buchanan. Escuro, intenso, belo. Ela ainda via seus olhos durante o sono, a infinita beleza deles fazendo seu corpo despertar com sua respiração batendo em seus pulmões. Olhos de anjo, agora escuros por algum tipo de emoção, raiva violenta que parecia quase como dor. Medo. Desespero. Como uma loucura? Apenas suas próprias emoções projetadas sobre ele. Ela não conseguia imaginar nada no mundo que assustasse um homem como Riley Buchanan. Ele era uma montanha. Uma rocha. Algo imóvel e forte. Totalmente indestrutível. Ele ficou em silêncio e imóvel sob o seu controle sem fôlego, depois ergueu o cigarro fumegante para outra inalação, longo e lento que fez queimar a ponta como o olho de um tigre na escuridão nebulosa. —Eu não posso acreditar que você fuma. Ela finalmente murmurou sua voz com um sentimento estranho na garganta, como se o som rouco não pertencesse a ela. —Não se encaixa com a forma atlética que você tinha na escola. —Sim, bem, eu não posso acreditar que você vive em Washington. A explosão de suas palavras à fez estremecer. —Mundo pequeno, eu acho. Ele deu outra tragada no cigarro, a fumaça exalada ondulando durante a noite úmida, enquanto outra tempestade se formava sobre a água. Ela estremeceu, empurrando as mãos nos bolsos de sua calça, e ele disse: — Eu pensei ter lhe dito para ter cuidado. Ela franziu o cenho, recordando o que ele tinha dito a ela naquela tarde sobre a necessidade de ela e Millie serem cautelosa até que ele e o ruivo estivessem fora 46
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da cidade. Ele tinha mesmo chegado ao extremo de exigir que não fossem a nenhum lugar sozinho, especialmente à noite. Ela zombou do ridículo que soou, com exceção da intensidade feroz com que ele disse, como se ele honestamente temesse por sua segurança e a de Millie. E o fato dele ser um homem da lei adicionava uma autenticidade às suas advertências que ela não podia ignorar, embora ela ainda achasse louco que ele se recusasse a responder à enxurrada de perguntas que tinha disparado contra ele. —Eu sei ser cuidadosa, Riley. Eu sempre sou. —Falando de cuidado, você tem um alarme na casa? —Nós temos. Respondeu ela, tirando uma mão do bolso para empurrar seus cabelos pelo vento por trás de seu ombro. Duas mulheres que viviam por conta própria, em um lugar onde ganhavam um bom dinheiro. Ela deu de ombros, acrescentando: - Pureza é uma cidade segura, mas achamos que seria estúpido dar quaisquer chances. Sua boca puxou seu olhar, os parênteses que se alinhavam nos lábios sensuais cada vez mais profundo quando ele disse. —Eu tenho algumas coisas que eu gostaria que você usasse em seu quarto, portas e janelas, assim como uma precaução adicional. —Você está falando sério? —Como uma batida do coração.
Ele murmurou, jogando a guimba de
cigarro na grama úmida, pisando com a ponta da bota. —Quais são elas? Empurrando suas próprias mãos nos bolsos ele disse. —Kellan as fez. Por trás dessa atitude irritante, o cara é algum tipo de gênio quando se trata de tecnologia. —E você diz que ele é o irmão de um amigo. Ela disse em um manancial de questões escondidas sob seu tom casual. Ele segurou seu olhar, as narinas abertas, quando ele tomou uma respiração profunda, que a fez se sentir de alguma forma exposta, como se estivesse puxando 47
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o seu perfume. Levando dentro dele para segurá-lo. Por fim, ele acenou lentamente, uma mecha de seda de seu cabelo negro caindo sobre a testa. —Isso é o que eu disse. —Ok. Ela suspirou. —Eu vou aceitar, por agora. E eu vou levar os mecanismos. Eu não sou estúpida e só Deus sabe o tipo de problema que você trouxe consigo. Porém, você pode parar de me dar lições sobre a necessidade de ter cuidado, porque sempre tenho. Ele estreitou os olhos. —Vir aqui sozinha à noite não é o que eu chamaria de cuidado. —Eu não estou sozinha. Argumentou ela, levantando o queixo. —Eu estou com você. Ele resmungou sob sua respiração. Internamente debatendo com ele, ela poderia dizer. E então disse calmamente: —Não é seguro para você ficar sozinha comigo, Hope. Na verdade, esse é o último lugar que você precisa estar. Um riso seco, quebradiço saiu de sua garganta, o som áspero remanescente entre eles, com doloroso, significado não dito. —Não é seguro na cidade. Não é seguro sair sozinha. Não é seguro com você. Sou apenas eu, Ri? Você acha que eu sou tão fraca que eu não sei como cuidar de mim? E o que exatamente você acha que eu vou deixar você fazer para mim? Seus olhos se estreitaram ainda mais ao ouvir as palavras provocantes, embora ela não tivesse dito desta forma. Sob seus espessos cílios ela ainda podia ver a intensidade surpreendente do azul profundo, escuro. A mesma cor, feroz que assombrou seus sonhos por anos. Quando ele olhou para ela assim, se sentiu despida. Nua. Descoberta até a matéria-prima, como se pudesse ver através da proteção de sua roupa, sua pele, até as verdades que ela tentava tão dificilmente esconder. Com tão pouco esforço, podia tirar as camadas e passear por sua mente a vontade. Através do campo minado mutilado de seus problemas e emoções. 48
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Precisando de uma distração, ela desceu o olhar para o coldre no ombro que ele usava por cima da sua camiseta preta de mangas longas, o revólver escuro como uma espécie de acessório perfeito, como se fosse uma parte dele. —Então você é um xerife, hein? Essa é uma posição muito alta para ocupar aos trinta. Ele soltou uma respiração difícil. —Sim, mas sou maduro o suficiente para o que conta. —Você sempre foi. Ela murmurou, e era tão fácil lembrar o quanto ela se preocupava com ele quando eles estavam juntos. Seu pai os havia abandonado quando ele era pequeno, e depois que Ian tinha ido embora, Riley tinha sido forçado a se tornar o homem da casa, que tinha sido um papel forte a desempenhar em uma idade tão jovem. —E agora você tem o peso do mundo repousando sobre seus ombros. Proteger sua cidade. Sua família. Millie e a mim de algum perigo desconhecido escondido no escuro. Deve ser cansativo, Riley. Não me admira que você tenha esse olhar cansado. —O perigo é conhecido e muito real. Ele resmungou. —Suponho que não há nada que eu possa fazer para convencê-la a deixar a cidade por um tempo? —Você está falando sério? Ela perguntou de novo, levantando as sobrancelhas, suspeitando que ele só quisesse que ela partisse para ele não tem que lidar com ela. E considerando que esta era sua casa e sua vida, ela não estava disposta a deixá-lo correr com ela. —Sim. Respondeu ele, num tom sombrio. — Estou falando sério, Hope. —Bem, isso é muito ruim então. Porque eu não vou sair. Riley queria discutir com a mulher obstinada, mas reprimiu as palavras afiadas que queimavam na garganta, sabendo que ela estava determinada a lutar contra ele, empurrando para fora a raiva e o ressentimento. Não que ele a culpasse. Se ela o abandonasse da maneira como ele tinha feito com ela, ele ainda estaria lançando insultos desagradáveis em seu rosto. Em vez disso, ela estava lá com a cabeça erguida, a epítome da calma e frieza. O deixava louco só por ficar ali, tão 49
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perto dela. Ele queria mapear essas exuberantes curvas femininas com as mãos. Sentir o gosto e a textura feminina suave de sua boca. A curva suave interior desse lábio inferior voluptuoso que poderia levar um santo para o pecado. E, apesar de seu apelido chato, ele não estava se sentindo de todo um santo, naquele momento específico momento. Não, havia algo sobre a maneira como o fluxo do luar estava batendo no alongamento suave e vulnerável de sua garganta, que o empurrou para um lugar escuro e perigoso. Nesta noite se sentia muito próximo, como se o peso da escuridão estivesse pressionando sobre ele com uma força esmagadora, o aumento de sua temperatura, a tensão de manter-se controlado de tal forma que um brilho de suor cobria seu corpo. As lembranças da menina que ela tinha sido lhe havia tentado de uma maneira que nenhuma outra mulher jamais conseguiu. Mas vê-la agora mais madura e tão perto o estava quase matado de necessidade. Havia algo no ar, o cheiro delicioso dela que aumentava sua necessidade até o ponto dele se temer fazer algo estúpido. Uma picada em suas gengivas sinalizava a liberação das presas do Merrick. Ele sabia que se não fosse cuidadoso, suas presas logo apareceriam e o deixaria ansioso pela chance de afundar-se em sua carne pálida. Para sentir o seu sangue, quente e doce contra sua língua, alimentando a escuridão primordial dentro dele. E, sem dúvida a assustaria mortalmente no processo. Quanto à fome de sangue podia sem dúvida atribuir ao Merrick, mas Riley sabia que tinha que assumir a responsabilidade pela violência de seu desejo. Apesar de seu sangue Merrick estar apenas despertando, seus apetites físicos sempre foi escuro... Agressivo. Era apenas uma parte do que ele era, e ele sempre escolheu as mulheres com as quais podia lidar com isso. Lidar com ele. Fortes, independentes, mulheres que não tinham o desejo de manter um relacionamento, mas que precisavam de uma relação sexual de vez em quando. Não que ele dormisse com as mulheres de forma indiscriminada, ou aquelas de que ele não gostava. Ele apenas escolhia parceiras que estavam a salvo. Que 50
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poderiam se igualar a seu apetite sexual, e desfrutar do sexo como era sem envolver emoções complicadas no processo. Simples, claro, uma troca de prazer. Isso era tudo que ele tinha tudo que ele já tinha sido capaz de encontrar. Até agora. O desejo que sentia por Hope estava lhe atormentando. Eles não tinham um vínculo emocional. A parte racional de sua mente sabia disso. Aceitava isso. Mas ele também sabia que o sexo com ela seria diferente de tudo o que ele já tinha conhecido, empurrando-o para níveis de necessidade que ele nunca esteve perto de experimentar. Ele sempre suspeitou que fosse assim, mas a realidade ao estar frente a ela novamente depois de todos esses anos era muito mais do que tinha esperado. Sua idéia fictícia da pessoa em que ela teria se tornado se baseava na menina que tinha conhecido, mas a mulher de pé diante dele agora era uma estranha. Ela era adulta, o produto de anos que nada tinham a ver com ele. Desconhecidas experiências que deram forma a sua personalidade, como as poderosas forças da natureza no planeta. Apressando as águas que cortam a terra, cavando fundo, mudando e moldando a terra em algo novo. Ele deveria estar decepcionado, mas ao invés disso, ele descobriu que a real Hope era muito mais fascinante do que a de sua imaginação. Jogando bolos nele. Perder a paciência. Enchendo-o de perguntas naquela tarde com uma intensidade que teria deixado qualquer investigador mais experiente desconcertado. Diante dele com os pés descalços sob o luar, com o vento chicoteando através de seu cabelo longo, sem receio de voltar atrás ou de se deixar intimidar. Ela era fogo, calor e paixão, e ele só queria puxá-la para perto dele como algo quente e macio, até que pudesse derreter o frio do medo que sentia em seu interior e que pesava como chumbo. O medo da escuridão dentro dele. Do perigo em torno deles. Do que ele estava se convertendo... Transformando. Apesar de saber que o Merrick era o mocinho em uma luta contra o mal mais mortal que o mundo jamais conheceu Riley não poderia deixar de lado a amargura 51
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que sentiu durante tanto tempo. Ele não conseguia abraçar o legado da família como Saige sempre tinha feito, em grande parte por causa do que lhe havia custado. Sua mãe, Elaina, obcecada ao ponto da instabilidade mental. Seu irmão, Ian, que finalmente saiu de casa para fugir dela. Sua irmã, simplesmente porque ele não tinha sido capaz de lidar com a própria devoção ardente de Saige para a busca de respostas sobre sua linhagem familiar. E depois Hope, que tinha sido o golpe esmagador, quase o deixando tão violento que ele ainda estava sem forças depois de treze anos. Tinha ficado muito chocado em todo o dia tentando realmente processar esta virada colossal do destino. Mas agora que estava se afundando, sentiu uma raiva, afiada penetrante. Ele queria saber que tipo de imbecil estava olhando para baixo sobre ele, puxando as cordas, como se fosse algum tipo de brinquedo cósmico, lançando os dados com sua vida. E com a de Hope. Ele havia pensado muito toda a noite, sabendo que ele precisava ter essa conversa com ela, mas temendo de todos os modos. Bastava estar perto dela para ter seu controle ameaçado. Uma brecha em sua armadura emocional. A luta constante que ele sabia, instintivamente, que ia piorar a cada dia que passasse. Ele tinha tentado pensar, elaborar um plano, enquanto ele e Kellan passaram a tarde na cidade. Não havia dúvida de que o Casus não estava muito longe, se eles já não estivessem lá. O melhor plano era ficar na cabana e encontrar o maldito marcador o mais rápido possível. Em seguida, sair de Pureza, levando seus problemas com ele. Se ele pudesse manter a distância de Hope, então talvez ela fosse embora. Ele a alertou sobre o perigo, mas não tinha entrado em detalhes. Se Deus quisesse, ele seria capaz de poupá-la dos detalhes. Ele não queria que ela olhasse por cima do ombro pelo resto de sua vida, vivendo no medo. Havia ainda a promessa de esperança. Felicidade. Esse sonho cor de rosa. Ele não queria quebrar com a morte, monstros e terror. Não queria ela pulando a cada som que ouvisse 52
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durante a noite. E, no entanto, sabia que ela não estava levando tão a sério quanto precisava. Era uma bênção e uma maldição que ela e Millie realmente vivessem em uma parte da casa que foi bloqueada a partir do café. Tê-la tão perto, sem dúvida, não tornava nada fácil. Mas isso também significava que ela era mais acessível, que representava um tipo totalmente diferente de perigo em si. O pensamento o fez querer sair correndo dali, mas a preocupação com Hope, bem como a culpa manteve seus pés firmes no lugar. Ele não poderia deixá-la sozinha com o marcador enterrado em suas terras. E ele não podia voltar para o Colorado e despejar tudo isso em sua família. Ele ainda se sentia mal pela forma como tinha tratado Saige quando ela tentou avisá-lo no funeral de sua mãe, que temia que o despertar estivesse chegando. Sobre o jeito que ele ficou em silêncio quando o mundo de Ian tinha começado a cair, estupidamente tentando se convencer de que seu pior pesadelo não aparecia na vida real. Ele tinha se enganado, e Ian tinha chegado perto de pagar o preço da teimosia de Riley. Ele já tinha cometido tantos erros e não podia se dar o luxo de criar mais. O que significava que ele tinha que ir até o fim. Fazer o possível por sua família, enquanto ainda havia tempo. Ele ia encontrar o marcador, matar o Casus quando possível e em seguida, encerrar o assunto de uma vez por todas. Ele só tinha que manter Hope segura até que todos os jogadores estivessem fora. Então, o perigo seria avançar para onde quer que o próximo marcador esteja escondido, e ele estaria fora de sua vida. Para sempre. Fazendo o seu melhor para ignorar o sentimento doentio que vinha com esse pensamento, ele inclinou os ombros para trás contra a casca rugosa do tronco. Quebrando o silêncio pesado que tivesse se estabelecido entre eles como uma presença de um peso espesso, ele finalmente disse: —Então. Ele observou que sua boca se contraiu com a sombra de um sorriso. Depois de um suspiro longo e dramático, ela disse: 53
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—Uh-oh. Ele levantou uma sobrancelha. —O quê? —É exatamente isso que essa palavra significa. Indica imediatamente que algo ruim está por vir. Algo profundamente pessoal. Como, quanto tempo você tem para o ritual de sacrifício? Ou, então, por que você decidiu tornar-se uma lésbica raivosa? O canto da boca se curvou e um sorriso se desenhou em seu rosto com um sentimento estranho, como se os músculos quase tinha se esquecido de como fazêlo. —Huh. Então, você se tornou uma lésbica raivosa? —Infelizmente, não. Ela disse, com uma risada baixa, balançando a cabeça. —Embora às vezes eu ache que a vida seria infinitamente mais simples se eu tivesse. Desta vez, ele arqueou as sobrancelhas. —Como assim? Balançando-se para trás sobre os calcanhares nus, ela disse: —A mente feminina pelo menos eu entendo. —Os homens não são um mistério. Rebateu ele. Hope bufou, revirando os olhos. —Assim diz um dos homens mais complicados que eu já conheci. Um momento de silêncio corpóreo se acomodou entre eles, o intercâmbio lúdico desaparecendo à medida que seus olhares ficaram presos um no outro. Uma respiração profunda e instável se desenhou, ela parecia forçar-se a dizer: — De qualquer forma, eu sei o que você quer perguntar e, não, eu não quero falar sobre ele. Havia algo no tom dela... Esse olhar assombrado em seus olhos que fez com que os cabelos na parte de trás de seu pescoço se arrepiassem, enquanto uma visceral, raiva mortal passava através de suas entranhas. —Ele machucou você? —Não. Ela disse muito rapidamente apertando sua mandíbula, lutando para manter a calma. Riley sabia que sua resposta era uma mentira. Ele não tinha outra escolha. Ou engolia a pílula revestida de açúcar que ela estava jogando para ele 54
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ou se arriscava a liberar essa parte de si que ele sempre lutou para conter. Mas por dentro, sob as camadas de concreto emocional, ele rugia pronto para o sangue. Para pegar o bastardo com suas mãos e fazê-lo sofrer. Ele tinha visto a quantidade de dano que um homem podia fazer quando quisesse e sabia o quão indefesa poderia ficar uma mulher diante de tal situação. —Pelo menos me conte por que o idiota está na prisão. Ele rosnou, lutando para manter a sua respiração sob controle e uniforme. Ela cruzou os braços sobre o peito e olhou para longe, olhando para a grossa e impenetrável profundeza da floresta. —Se eu quisesse que você soubesse, eu diria a você. Mas eu não quero nem pensar nele, e muito menos discuti-lo com você. —Diga-me de qualquer maneira. Ele rosnou as palavras duras e com impaciência ele se afastou da árvore e deu um passo em sua direção. Sua cabeça se virou e olhou ao redor, o olhar em seus olhos avisou para ele não se aproximar. —Pare com isso, Riley. É uma história antiga. Uma que eu fiz de tudo para esquecer. Ele respirou fundo novamente, estudando-a através de seus cílios. —Eu poderia simplesmente procurar e descobrir por mim mesmo. Hope bufou novamente, encolhendo um ombro em gesto de desinteresse, enquanto que no interior estava recuando, encolhendo em si mesma, odiando o fato de que ele acabaria sabendo toda a história sórdida e o quão estúpida tinha sido. —Para ser honesta, estou surpresa por você não ter feito isso. Ela retrucou, afastando-se dele com toda a intenção de voltar para a casa. Até que ele agarroua pelo braço, e a virou para ele. —Como você sabe que eu não fiz? Ele perguntou sua voz grosa e macia em um som rouco, contrastando fortemente contra o molde rígido de seu rosto, sua expressão de crescente frustração e raiva. —Eu sei.
Ela sussurrou praticamente por um fio de seu controle, esticou o
pescoço para trás para que ela pudesse ver seu rosto. —Eu posso dizer pelo olhar 55
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em seus olhos. Ele soltou um som áspero incrédulo baixinho, mas era a verdade. Ele não tinha que olhar, a única que disse era que não sabia como lidar com ele. Não sabia o que dizer. As pessoas sempre tinham essa mesma sombra inquieta em seus olhos quando sabiam o que tinha acontecido, e ela odiava. Sua expressão fechada, como se tivesse experimentado algo penetrante e afiado, os olhos escuros olhando para ela, o luar dando-lhes um brilho estranho como se esforçasse para quebrá-la e ver dentro de sua mente. Ele sussurrou o nome dela, a mão apertando seu braço, a energia elétrica provocou algo entre eles. Algo perigoso e selvagem. Algo que o fez endurecer com a consciência, antes que ele falasse calmamente: - Você precisa ir para dentro, Hope. Agora. Seus lábios tremeram, mas não disse nada quando ele soltou o seu braço. E quando ela se virou, traçando caminho de volta para a casa pelo cascalho cinza, ela podia senti-lo lhe observando a cada passo do caminho.
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CAPÍTULO CINCO
Domingo De Manhã TOMANDO OUTRO gole forte de seu café, Hope apoiou o ombro contra a parede do quarto e observou Kellan Scott instalar um lustroso, detector de movimento caro o ao lado de sua janela. Sob um céu tempestuoso de ardósia cinza, a tampa de espuma do oceano Pacífico podia ser visto correndo em meio a painéis de chuva salpicado do vidro, enquanto um segmento aquoso de sol pálido se filtrava pelo quarto. Ela não queria pensar em quanto o dispositivo de alta tecnologia custaria a ela, mas fez uma nota mental para perguntar a Riley na próxima vez que o visse, já que Kellan tinha se recusado a dar-lhe um preço. Com um charmoso e bem-humorado flerte tinha dito que os dispositivos de segurança eram gratuitos, considerando que ele e Riley eram quem tinham trazidos o perigo à sua porta. E Hope tinha uma regra, se recusava a receber qualquer coisa como caridade. Especialmente de um amigo de Riley. Depois de uma noite de sono irregular, ela tinha acordado cedo e ido para baixo para fazer o café da manhã, permitindo a Millie uma chance de dormir mais um pouco. Não muito tempo depois de abrir a porta, seus dois novos inquilinos tinham ido para o café já movimentado, e cada cabeça do sexo feminino tinha se virado. Não poderia culpá-las. Os dois recém-chegados à Pureza era uma visão impressionante, assim como formidável, ambos com mais de 1,80 pés e cheios de músculos sólidos. Depois que Kellan tinha brincado com ela sobre se deveria ou não lançar uma nova rodada de bolos em Riley, eles tomaram café da manhã, e Riley saiu para fazer algumas chamadas em seu telefone celular. Agarrando a mochila que ele levava, Kellan tinha então lhe dito que ele estava pronto para instalar sua segurança extra. Ela deixou Millie responsável pela cozinha, junto com dois de seus 57
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melhores empregados e levou Kellan para sua casa através da porta de conexão da cozinha. Eles conversaram sobre coisas inúteis, sobre a casa e o café, mas agora, quando Hope o observava trabalhar, ela aproveitou o silêncio fácil que se instalara entre eles para guardar seus pensamentos. Havia perguntas que ela queria fazer-lhe sobre Riley, mas ela sabia que tinha de obter o direito da formulação apenas. A última coisa que ela queria fazer era soar muito ansiosa... Ou muito desesperada. Mas antes que ela sequer chegasse a formular a primeira, Kellan se adiantou o menor traço de sotaque britânico em suas palavras quando disse: — Então o que aconteceu exatamente entre você e Riley afinal? Ele estava curvado para baixo, na base da janela, a atenção continuava focada no sensor, de costas para ela, assim ela não conseguia ler sua expressão. Mas não havia nenhuma dúvida sobre a curiosidade de suas palavras, provavelmente provocada por sua reação constrangedora ao ver Riley ontem, depois de tantos anos de se importar com a maneira com que ele a tratou. Embora uma parte sua ainda acreditasse que ele tinha merecido tudo o que ela tinha literalmente jogado sobre ele, Hope não pode evitar
sentir-se
envergonhada por tantas pessoas terem testemunhado sua reação violenta. Como as fofocas corriam em uma comunidade pequena, ela tinha certeza de que todos em Pureza provavelmente tinham ouvido falar sobre o fiasco infame. Tossiu para limpar a garganta, ela deixou seu café e respondeu à pergunta de Kellan com uma pergunta. —Ele, uh, não lhe disse? —Riley? Ele riu, brincando com algo que fez o dispositivo soltar um baixo zumbido por alguns segundos. —Não. Esse cara não me diz nada. Mas depois de ontem, tenho a sensação de que tem que ser uma história e tanto. —Eu normalmente não faço coisas desse tipo. - ela murmurou o rosto queimando com o calor. Ele lançou um sorriso sobre seu ombro. —As tortas? Elas causaram um tumulto, 58
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mas eu estava falando de Riley. Sobre como ele agiu. Ela piscou, sem entender. —O que tem ele? Voltando ao seu trabalho, Kellan disse: — O cara perdeu completamente a cabeça quando viu você. Em todo o tempo que eu o conheço, vi Ri em algumas situações bastante intensas, e ele nunca fraquejou. Nunca perdeu o controle, nem sequer uma vez. Ele sempre controla tudo, nunca deixa nada de fora, e então ele a vê e paf! O cara ficou tremendo como uma folha desde então. Uma risadinha, instável de menina surgiu antes que pudesse sufocá-la de volta, e ela cobriu a boca, querendo saber onde esta tranqüilidade toda tinha ido. O que ela tinha vivido há tanto tempo. —Sinto muito. Disse ela. —mas essa não é exatamente a imagem que eu usaria para descrever Riley. Ele parece tão... Intenso. Cruel, mesmo. —Sim, bem, tem sido um tempo difícil para a família recentemente. Um inferno, para todos nós. —Como assim? - Perguntou ela, agradecida por ele dar abertura sobre o assunto por conta própria. Ele hesitou por um momento, como se decidisse a melhor forma de responder. —É uma longa história. Ele finalmente murmurou, colocando suas ferramentas de volta na mochila que estava no chão ao lado dele. —Aquela que você não vai dizer. A voz de Riley, áspera e rouca de repente o cortou, fazendo Hope saltar, como se ela tivesse acabado de ser pega fazendo algo que não deveria. —E essa é a minha deixa para ir. Murmurou Kellan, lançando seu sorriso mais profundo, por cima do ombro. —Eu ainda preciso instalar alguns sensores no quarto de Millie, mas se você vir aqui vou lhe mostrar como eles funcionam. Este na janela irá funcionar exatamente como o que eu instalei na parte traseira de sua porta. Sem olhar para Riley, embora ela pudesse sentir a força da sua presença, 59
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enchendo a sala, afiada, agressiva e insana do sexo masculino, ela virou-se para Kellan e ouviu como ele explicava como ativar os aparelhos de alta tecnologia para quando ela fosse dormir à noite. —Uau, isso é impressionante. - disse ela, quando ele acabou com a simples explicação. Kellan deu-lhe um sorriso matador. —Sou mais do que apenas um rostinho bonito, hein? —E nenhum osso indecente em seu corpo. Ela disse, revirando os olhos. Ele se levantou e bateu em seu nariz. —Vamos deixar o meu corpo de fora ou eu vou me meter em apuros. Uma risada suave saiu de seus lábios quando Riley olhou para os dois e em seguida, balançou a cabeça lentamente. Kellan pegou sua mochila, piscou para ela, e dirigiu-se para o corredor, virando-se para quarto de Millie os deixou sozinhos. Riley mantinha os olhos em seu rosto enquanto tomava um gole de café, a caneca branca parecia frágil em sua mão forte bronzeada pelo sol, em seguida, afastou o seu olhar, olhando ao redor da sala. Seus olhos escuros percorreram os móveis de madeira e a colcha branca de renda antiga em sua cama, a intensidade de sua expressão feroz de uma forma íntima e pessoal, como se estivesse olhando para as partes secretas de seu coração. Era assim que se sentia enquanto ele estava ali no seu espaço privado, o peito dolorosamente apertado quando ele olhou com uma absorção tranquila para a aparência virginal da cama de dossel. Hope nunca tinha dormido ali com um homem. Na verdade, ela nunca tinha estado com nenhum homem, seu ex-marido inútil Neal tinha deixado um gosto tão ruim na boca dela, que ela simplesmente não tinha o desejo de procurar outra relação sexual. Ela tinha pensado que Neal provavelmente tinha matado essa parte dela, mas que a teoria tinha sido aniquilada no instante em que Riley Buchanan tinha entrado de volta em sua vida. E ver o olhar do xerife devastadoramente sexy para sua cama só confirmou o 60
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fato, seu corpo ficou deliciosamente quente com o pensamento de se deixar cair sobre a extensão de renda branca com ele, seu peso, duro e quente pressionandoa contra o edredom de penas espesso. Afundando os dentes em seu lábio inferior, ela levantou seu olhar, e viu-se presa. Não por um contato físico ou restrições, mas sim pelo profundo e penetrante azul de seus olhos que sempre teve o poder de fazêla se sentir selvagem. Desesperada. Fora de controle. Ela era inocente demais para saber como lidar com esses primitivos impulsos carnais, quando ela o tinha conhecido antes, mas não mais. Se ela fosse corajosa, ela teria simplesmente se atirado sobre ele. Teria o derrubado sobre a montanha de linho branco e rendas, seu corpo escuro e musculoso em grande contraste contra o branco virginal. Abriria a camisa de flanela e puxaria pelos ombros largos, passaria a mão sobre a plataforma dura e plana do seu peito... Seu estômago, absorvendo o calor de sua pele, o poder impressionante dos músculos e tendões. Mas ela não tinha a coragem. Havia muito medo dentro dela. Medo de que ele a rejeitasse. Se afastasse dela. Ou pior, risse de sua desesperada tentativa de sedução. Ela não era uma mulher fatal. Ela era a pequena Hope um pouco gordinha, com os sonhos despedaçados, tolamente desejando coisas que ela nunca iria ter. “Pare de sentir pena de si mesma, porque você parece patética,” uma voz petulante batia na cabeça dela, e ela respirou fundo, sabendo que a voz estava certa. Sim, ela tinha perdido a coisa mais preciosa da sua vida, mas não havia ainda muita coisa para ser visto. Ela sabia disso. Ela poderia ter sido quebrada e rasgada e com cicatrizes por dentro, mas ela ainda podia olhar para o mundo e deixar a amargura para amenizar uma dor maçante, quando viu que alguns sonhos sobreviveram. Apesar de tudo que ela tinha passado, ela ainda acreditava no milagre. No amor. A beleza. Calor e família. Simplesmente... não estava destinado a ser seu, e que, pensou ela, tentando engolir o nó de emoção na garganta, a dor era pior do que não acreditar em nada. 61
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Tremendo, ela tentou desviar o olhar da fome nua impressa nos olhos de Riley, mas não podia. Sua boca tremia, e ela ergueu a mão, mais uma vez, cobrindo os lábios com os dedos frios. Seu escuro olhar estreito, e então de repente deixou a caneca de café em sua mesa e deu um passo em sua direção, enquanto o som suave de Kellan assobiando para si mesmo no quarto de Millie foi abafado pelo aumento de seu pulso em seus ouvidos. Riley mantinha o olhar sobre ela, com propósitos e intenções, e Hope tremia, perguntando se ele estava realmente indo para beijá-la. E não tinha nenhuma idéia do que faria se ele o fizesse. Bater nele? Beijá-lo de volta? Ou se dissolver em uma poça de sobrecarga emocional e desmoronar completamente? O ar da sala ficou palpável, como uma coisa física contra sua pele, algo perigoso irrompeu entre eles, elétrico e afiado, rangendo com sua força. Riley continuou avançando do outro lado da sala, se aproximando, sua expressão forte, em determinada linhas. Suas narinas abertas como se ele puxasse seu cheiro, tão perto, agora que ela podia ver os pêlos que cobriam seu sexy queixo, as manchas pequenas em seus belos olhos. Tão perto que quase podia sentir o seu calor contra sua pele... E logo o som estridente do telefone ecoou pela casa. Hope de imediato saltou, retrocedeu, dando um passo, trêmula e envergonhada para longe dele. E depois outro. Abaixando o olhar, ela murmurou alguma coisa sobre o telefone e correu para a sala, no corredor, onde um suporte sem fio estava em uma mesa antiga. —Alô? - Disse ela, esforçando-se para soar calma quando ela colocou o telefone no ouvido. —Está me escutando? - Ronronou uma voz profunda e familiar pelo telefone com um fraco som. —Já faz muito tempo desde que eu ouvi esse som doce, rouco. Você sentiu minha falta, querida? Hope fechou os olhos contra a onda de náusea quando o choque bateu em seu sistema. Segurando o telefone com as duas mãos, ela teve o cuidado de manter 62
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sua voz baixa quando sussurrou. —Como você conseguiu esse número? —Como você acha? Neal perguntou com a voz baixa segurando uma risada. —Minha família tem ligações, Hope. E eles nunca compraram a sua versão de como as coisas aconteceram naquela noite. Eles ainda pensam que eu sou o pobre marido traído, que foi culpado de algo que não fez. E você... Bem, eles acham que você é a puta mentirosa que eles sempre pensaram que fosse. Ela estava consciente de Riley de pé atrás dela, o calor do seu corpo, grande e poderoso de alguma forma deu-lhe força para dizer: —o que você quer? —Achei que você gostaria de saber que eu sou um homem livre agora. —Isso é impossível. Ela sussurrou, perguntando como ele conseguiu sair depois de apenas alguns anos. Ele deve estar em liberdade condicional. Ela sabia que era uma possibilidade e uma que ela se recusava a pensar. Era mais fácil imaginá-lo apenas apodrecendo em uma cela para o resto de sua vida, que era o que o desgraçado merecia. —Nada é impossível. - ele disse. - se você tiver o dinheiro para conseguir o que quer. —O quê? Será que seu pai patético subornou o conselho de liberdade condicional? A risada baixa e macia a fez se arrepiar. —Essa é a forma de falar sobre seus sogros? —Nós estamos divorciados, Neal. E é contra a lei que você entre em contato comigo. Faça isso de novo e você vai se arrepender. Embora ela quisesse bater o telefone de volta, Hope forçou-se a colocá-lo suavemente enquanto ela lutava contra uma onda de raiva de lágrimas, decidida a impedi-las de cair. — Não é mais que um bastardo patético Neal Capshaw. Deus, isso era tudo que precisava agora. Como conseguiria ter a mente tranquila agora? Riley. Neal. Essas advertências sinistras de que ela e Millie poderiam estar em perigo, acompanhado agora pela possibilidade repugnante de que Neal 63
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poderia estar vindo para causar problemas. Apenas um seria uma dificuldade em si, mas lidar com todos ao mesmo tempo ia ser quase impossível. Não que ela tivesse escolha. Queria tanto que o chão se abrisse ou deitar-se e deixá-los passar por cima dela, e ela já tinha problemas suficientes para a vida toda. Apoiando-se, ela fez o maior esforço e deu o seu melhor sorriso quando ela se virou para Riley, com a intenção de passar por ele, quando ele estendeu a mão e agarrou o braço dela novamente, seus dedos longos fechados ao redor de seu bíceps, que começava a ficar estranhamente familiar. Erguendo as sobrancelhas, ela disse: — algo errado? Ele olhou em seus olhos, procurando... Procurando e ela não tentou esquivarse, como se ele estivesse roçando no tecido de uma cicatriz emocional muito sensível ao toque. Lentamente, ele disse: —Diga-me você, Hope. Seu olhar foi para longe dele, focando um ponto distante no outro extremo do corredor. —Tenho certeza de que você precisa fazer a sua busca na floresta, e eu realmente não tenho tempo para conversar agora, Ri. Eu preciso voltar para baixo e verificar se eles estão indo bem na cozinha. Como se ele não percebesse que ela estava tentando se afastar dele, ele manteve os dedos fechados em torno de seu braço. —Quem estava no telefone? —O telefone? Oh, um, ninguém importante. Ela murmurou, esperando por uma interrupção que lhe permitisse ir e encontrar um lugar calmo, onde ela pudesse se recompor. —nada que eu não possa lidar. Obviamente não acreditando, ele estendeu a outra mão e puxou-lhe o queixo, forçando-a a olhar para ele enquanto dizia. —Você tem medo dele. —De Neal? - Ela zombou, sacudindo a cabeça. — Ele é muito patético para se ter medo. Ele respirou profundamente, o vinco sexy nos cantos dos olhos se aprofundando quando ele resmungou: 64
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—Você está mentindo. —E se estiver? Ela retrucou, apenas querendo fugir. Neal não era alguém que ela quisesse discutir com ele. Nem mesmo com a Millie. Ela já tinha feito uma grande estupidez ao se envolver com um homem como Neal Capshaw, com uma enorme quantidade de terapeutas, depois que tinha tudo chegado a um fim e falhado e não se sentiu melhor, quando as contas médicas, finalmente foram pagas. Claro, Riley não estava pronto para deixá-la ir, lembrando-a de um cachorro com um osso. —O que esse filho da puta quer com você? E desta vez, eu quero uma resposta. Disse ele, uma borda de cascalho arenoso às suas palavras, que revelou muito. Seus instintos de proteção. Sua honra. Bem o que ele achava dos homens que tentavam intimidar as mulheres. —Você quer uma resposta, hein?
Ela respirava de modo frágil e suave
contendo uma risada. —Vamos, Ri. Você não aprendeu até agora que raramente, ou nunca, realmente obtemos o que queremos? Ela poderia dizer que tinha sido a coisa errada a dizer no instante em que as palavras deixaram sua boca. Sua expressão mais perigosa, como se sentisse dor, e a próxima coisa que soube era que ele estava empurrando-a contra a parede do corredor cor de magnólia, prendendo-a lá, seus longos dedos ao redor de seus braços, segurando-a no lugar. —O que você acha que você está fazendo? Ela exigiu, olhando em seus escuros olhos cintilantes. Seus lábios tremeram, a garganta ficou apertada, enquanto o calor intenso de seu olhar pressionava contra sua pele como um toque físico, fazendo-a se derreter e queimar em lugares que estavam frios por muito tempo. —Pare de tentar fugir de mim e só responda a maldita pergunta. Respondeu asperamente em voz baixa, quase em um rosnar, o som primordial tremendo em todas as suas terminações nervosas atordoadas. Seu corpo estremeceu, como se ela 65
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tivesse colocado seus dedos contra uma corrente elétrica, o arco de eletricidade passando através de seu corpo, vibrante, penetrante e quente. Ele a deixou instável. A fez desejar algo que ela não entendia. Ela abriu a boca, pronta para dizer o que só deus sabia, mas nada saía. Nenhuma explicação. Nenhuma negação. Apenas uma respiração ofegante, o silêncio sem fôlego que de alguma forma parecia empurrá-la ainda mais para a beira de alguma emoção, estranha e emocionante. Era como uma mistura selvagem, chocante de desejo, frustração e preocupação, todos misturados em uma massa borbulhante. —Seu coração está acelerado. Disse ele em voz áspera, deslocando a mão direita até colocar seu calejado polegar contra o tremor rápido do seu pulso na base da sua garganta. —Por que vocês estão com tanto medo? Ela molhou o lábio, esforçando-se para finalmente encontrar sua voz. —Você não me disse que eu deveria ter medo? Ficar em guarda? Pronta para a catástrofe? —Sim, eu disse. E você deve ter. Mas você não estava se importando até aquele telefonema. O toque repentino de sua mão contra o lado do seu rosto era demais para ela, acariciando com o polegar o canto trêmulo de sua boca, e ela entrou em pânico quando ela sentiu que seu controle começava a escorregar de suas mãos. Ela soltou um som baixinho, sem ar de pânico, e ele se inclinou mais perto, pressionando o calor do seu corpo contra ela, sua ancora no local. —Jesus, Riley. - ela suspirou muito consciente do peso sólido de sua arma contra as costelas quando ela percebeu que ele estava usando um coldre de ombro sob a flanela que se abria em camadas sobre a sua camiseta. —O que você está fazendo? Ele manteve seu olhar em sua boca, mesmo quando ele balançou a cabeça lentamente. —Maldição se eu sei. Respondeu ele. – Eu sei que esse erro vai ser um inferno. —O que? 66
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—Isto. Ele suspirou, abaixando a cabeça, mas ela desviou no último segundo, e sua boca parou seu rosto. Oh, Deus. Faíscas de sensação deslizaram através de sua pele, e ela gemeu no fundo de sua garganta, o som rouco provocante tomado-a de surpresa. Não soava como se fosse ela, como a mulher que ela conhecia e ela teve a estranha sensação de que uma força se apoderava de seu corpo. Aquela que queria rastrear seu caminho sob a pele de Riley Buchanan e tornar-se uma parte dele, mesmo ele partindo seu coração de novo ou não. Ela queria despir as suas roupas e puxá-lo para seu corpo, perdendo-se na fome, na violência desesperada de sua posse. —Beije-me, Hope. Ele sussurrou em voz de veludo bruto no oco sensível de sua orelha, a parte inferior do corpo pressionado contra o dela, seu grosso e enorme membro endurecido não deixando dúvidas de que, apesar de tudo ele a queria naquele momento. Ela engoliu em seco, esforçando-se responder, trêmula. —Não posso. Quando o que ela queria mesmo era gritar. Sim! —Eu sei que é estúpido. Ele murmurou, enfiando os dedos em seus cabelos, segurando a cabeça dela no lugar quando ele apertou os lábios contra a borda sensível de seu maxilar, enquanto suas próprias mãos se curvavam avidamente ao redor de seu duro e poderoso bíceps. —Eu sei que não tenho nenhum direito de tocar você, e não depois do que eu fiz para você. Mas eu preciso. Você está me deixando louco, não aguento mais o desespero de pensar se você realmente ainda é como eu me lembro. Se a sua boca ainda pode ser realmente quente. E Seus lábios macios. Ela piscou os olhos pesados, a boca tão perto agora que podia sentir o calor delicioso de sua respiração. Prová-lo. E então o som baixo da abertura da porta da cozinha quebrou o feitiço, trazendo-os de volta à consciência. Riley imediatamente recuperou seu controle, dando um passo para trás quando ouviram Millie percorrendo o caminho até as escadas. Ele olhou em seus olhos, descendo para sua 67
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garganta, olhando como se quisesse dizer alguma coisa... Mas não conseguia encontrar as palavras. Um enxame de emoções passou pelo seu belo olhar escuro, com uma impressionante intensidade, e então ele balançou a cabeça com um movimento acentuado decisivo. Agarrando a caneta e um pequeno pedaço de papel para recados que se estava ao lado do telefone, ele escreveu o que parecia ser um número. Arrancando a folha, virou-se e entregou a ela, então se afastou, dizendo um rude bom dia a Millie quando ele passou por ela na escada. Hope viu que sua tia virou à direita pelo corredor, indo embora sem nem mesmo vê-la caída ali contra a parede, em seguida, ouviu a voz profunda Kellan dizendo olá a Millie. Ela sabia que precisava puxar a tia para o lado e explicar sobre o telefonema. Avisá-la que poderia haver ainda mais problemas no caminho. Mas suas pernas estavam muito instáveis para apoiar a sua caminhada. Fechando os olhos, ela inclinou a cabeça para trás contra a parede, incapaz de pensar sobre o que quase aconteceu com Riley. Era muito perigoso, muito frágil, mesmo para a privacidade protegida de sua mente. Ela deveria centrar-se em Neal, mas ela quase sentia medo ao pensar em que tipo de truque ele poderia tentar, agora que ele era um homem livre. Ele fez seu sangue gelar ao pensar em enfrentálo novamente, mas ela tinha que estar pronta, no caso dele decidir aparecer. Isso era tudo que precisava. Mais uma preocupação para pendurar sobre sua cabeça. Era uma merda, mas ela não tinha tempo para ficar ali rolando na dúvida e medo. Abrindo os olhos, ela apertou sua mandíbula, determinada a não deixar o controle escapar e olhou para a nota que Riley lhe deu. Ela lutava para firmar sua mão enquanto lia o que ele tinha escrito. Era o número de seu celular, seguido de duas frases breves. “Chame-me se alguma coisa estranha acontecer hoje, ou se você ficar com medo. Eu estarei por perto.” Com respeito à mensagem não foi era nada para desmoronar-se ainda mais. Mas havia algo intrínseco nas simples palavras que a fez sentir um aperto no peito, a 68
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garganta trêmula de emoção. Respirando profundamente, Hope pressionou o pequeno pedaço de papel contra a boca por um momento, então rapidamente enfiou no bolso da frente de sua calça e começou a descer pelo corredor.
CAPÍTULO SEIS
Segunda De Manhã VINTE E QUATRO HORAS MAIS TARDE a tensão de Riley havia atingido o ponto de ruptura. Apesar da sua escavação quase constante nas profundezas da floresta, ele não sentia mais nada além da sensação de desespero em sua mente e seu interior. Ele sabia que a cada minuto que passava em Pureza colocava as vidas de Hope e Millie em perigo, mas não era a única coisa que ele tinha na mente. Apesar de sua determinação, a mulher teimosa ainda não tinha respondido às suas perguntas sobre seu ex, e Riley estava pronto para averiguar. Sempre se pode resolver o problema fazendo apenas uma chamada. Saberia exatamente que tipo de homem é Neal Capshaw. Descobrira por que Hope tem tanto medo dele. Era verdade, maldição. Mas quando ele olhou para o chão, coberto pelo rico musgo da floresta, ele sabia que não poderia fazê-lo. Buscar a resposta nas suas costas sentia como uma forma de traição e só deus sabia que ele já a tinha traído o suficiente. Ele queria ouvir a verdade de Hope, e sabia que de alguma forma perversa, era um símbolo de sua patética necessidade de uma prova de que ela confiava nele. Não que ele já tivesse dado a ela qualquer razão para confiar-lhe seus segredos. Mesmo agora, ele ainda estava mentindo para ela. Ainda fazendo o seu melhor para adoçar a verdade. A verdade é que ele representava uma ameaça ainda maior à sua segurança do que seu ex, não importando o quão 69
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desprezível o homem tinha sido. Soltou uma respiração profunda no ar úmido da floresta perfumada, Riley tentou limpar sua mente e se concentrar em sua busca pelo marcador, mas ele não podia deixar de se sentir mal. O que sabia é que tudo acabaria em desastre, com ele em pé no centro, puxando todos para baixo com ele no lodo agitado, como um escoadouro tóxico de destruição. Limpando o rosto na manga, ele trincou os dentes e enfiou a lâmina da pá de volta na terra rica, enquanto amargamente pensava mais uma vez se tudo isso não era algum tipo de piada cósmica demoníaca. Aquele cujo remate ia ser nada mais do que podridão e sangue. Violência e dor de decepção. A última coisa no mundo que ele queria era arrastar Hope para o meio de tudo isso, e ainda assim lá estava ele, sugando-a para o pesadelo que ele sempre soube que estava por vir. Ele não poderia desistir, no entanto, quando tudo desabasse sobre ele, não queria estar em qualquer lugar perto de Pureza. Ele podia sentir seu controle deslizando um pouco mais a cada dia, seu interior sempre atado com o medo de que ele estava deslizando. Embora ele fizesse o possível para escondê-lo, o frio queimava com medo e nunca o deixava. Não desde aquela noite em que tudo que ele pensava era em se distanciar. Ele tinha sido roubado!... E ela tinha ido embora. Tirada dele para sempre. E desde então, tinha sentido o medo como um câncer corroendo suas entranhas, lentamente, rasgando-o. Levando-o mais fundo, pouco a pouco, em um profundo, escuro poço de ódio. Irônico, como depois de todas as vezes que Ian tinha zombado dele ao longo dos anos, todas as piadas sobre esse ridículo apelido que fosse seu irmão mais velho, quem conseguiu passar por tudo isso como um santo. Ian matou o Casus que tinha ido até ele para caçá-lo, salvou a sua mulher, e era agora fazia parte de uma luta que poderia salvar vidas, fazia a diferença, enquanto Riley era uma bomba-relógio ambulante de destruição. Ele faria o que pudesse, mas era fato que ele não teria 70
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tempo suficiente para realmente causar um impacto. Ele só rezava para que pudesse encontrar uma maneira de ajudar Hope ao mesmo tempo em que ele procurava o marcador em suas terras. E se Deus quiser, ter a chance de enfrentar o homem que colocou esse olhar assombrado em seus olhos. Riley odiava que ela não confiasse nele. Não dizer a ele que estava errado... que ela estivesse com medo. Ele tinha visto aquele olhar em vários rostos suficiente vezes para reconhecê-lo. O austero medo queimava como frio. Quando ele viu nos bonitos olhos de Hope na manhã de ontem, ele tinha ficado irritado, o que quase o levou a cometer o maior de todos os erros. Tinha sido uma loucura ele tentar beijá-la. Ele não sabia o que estava pensando, mas esse era o problema. Ele não pensava. Não havia nenhum pensamento racional, sua cabeça estava sobrecarregada com a selvagem necessidade visceral de sentir sua boca. Seu corpo... Sua carne. Para sentir o gosto provocante de seu sangue na garganta, quente e grosso e incrivelmente delicioso, ao mesmo tempo ela pulsando em torno de seu pênis em um êxtase longo, molhado, a mente se quebrando. Se quisesse tentar... Ela iria deixá-lo tomar o que precisasse. Sabia que ela faria. Se dissesse a ela que estava com dor... Que a necessitava, ela nunca diria que não. Não, Hope. As perigosas e tentadoras palavras vieram de um lugar escuro, fervendo e enterrado profundamente dentro dele e Riley sabia que era o Merrick. A criatura era conivente, tinha que reconhecer. Sua fome estava cada vez mais forte... Desgarrando-o, o corpo dolorido como um viciado passando os sintomas da abstinência. Queria satisfação. Conclusão. Ele queria poder e sustento e a sensação de um corpo macio e feminino por baixo, uma vez que enterrasse suas presas nela, na carne suculenta. E por alguma maldita razão que estava sendo a morte para ele, ela parecia ter se fixado em Hope. 71
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Riley passou a mão no ar, em um movimento agudo, cortante como se pudesse deslizar longe da escuridão, das imagens destrutivas que queimavam através da sua mente, dele e de Hope juntos, as coxas pálidas se abrindo enquanto ele empurrava com potência dentro dela, empurrando mais fundo... e mais fundo. O som de algo pesado colidindo contra uma árvore nas proximidades o fez recuar. Olhando para o local do som, deparou-se com a visão bizarra de uma garrafa térmica incorporada no tronco áspero de um carvalho altaneiro. Merda. Quando ele cortou a mão no ar, ele deve ter, inadvertidamente, pego a garrafa térmica sem tocá-la e atirou-a na árvore. O feito o surpreendeu e ele esfregou a mão no rosto, em silêncio. Cristo, se Kellan estivesse ali? Ou Hope? Ele poderia ter machucado alguém. Matado. O poder da telecinese ou o que quer que fosse parecia estar cada vez mais forte, mas ele ainda não sabia a causa. Seria porque o Merrick estava chegando mais perto da superfície? Ou era simplesmente que seu controle estava frágil? Desde que ele havia entendido que o despertar estava chegando, tinha escapado por entre os dedos como água corrente, e foi quando os primeiros sinais do poder começou a aparecer. Desde que tinha visto Hope, seu controle tinha deslizado para mais longe de seu alcance... Deixando a energia livre para fluir. Ele
precisava
ser
cuidadoso,
maldição.
Necessitava
conter
seu
temperamento. Precisava aprender a controlar o Merrick, até encontrar o marcador, fazendo tudo o que pudesse para dominar o seu desejo. Hope, ele resmungou em sua cabeça, dizendo-lhe o que ele queria, e Riley reprimiu um grunhido, batendo a pá de volta no chão, desejando que conseguisse encontrar a cruz sangrenta. Agora. Antes que as coisas ficassem piores. E ainda assim ele não podia negar que havia uma parte escura, secreta dele que esperava que demorasse um pouco mais. Que ele pudesse ter um pouco mais de tempo com ela. —Basta. - ele murmurou sob sua respiração. 72
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Um som repentino de alguém que vinha através das árvores chamou sua atenção, o cheiro no ar dizendo que era Kellan. O despertar do Merrick tinha alterando seus sentidos, tornando-as mais nítidos... Mais precisos, de modo que ele podia identificar as pessoas apenas pelo seu cheiro. —Isso é péssimo. - Kellan murmurou, torcendo a tampa da sua garrafa de água e tomando a bebida enquanto chegava mais perto. Eles mapearam a área principal com base nos cálculos que Saige lhes tinha dado, com Kellan, a partir de uma extremidade e Riley trabalhando na outra. Eles buscariam em linhas, até que se encontrassem no meio, e se a cruz ainda não tivesse sido encontrada nesse ponto, então o quadrado original seria ampliado, até que finalmente descobrisse o lugar de descanso do marcador. Tomando um gole, Kellan passou a parte de trás do seu pulso sobre a boca e continuou falando. —Eu falo sério homem. Isso é péssimo em tantos níveis diferentes, que eu nem sei por onde começar. Está frio. Chuvoso. Ventando. Pensei que Saige disse que o maldito marcador seria fácil de encontrar. Que ela tinha uma leitura ainda melhor neste mapa, depois de usar o primeiro para descobrir o Marcador no Brasil. Infelizmente, o marcador estava agora em posse de Westmore, deixando-lhes apenas um, até que encontrassem a cruz enterrada em Pureza. —Ela disse que poderia ser mais fácil. Murmurou Riley, curvando os ombros contra o vento. Apesar do tempo de merda, ele ainda pensava que a área era intensamente bela, a profunda terra marrom, os troncos e galhos da árvore em contraste com o verde, musgo das folhas. Tudo cheirava úmido, rico e vivo, como um Éden primitivo cheio de vida. Ele tinha certeza de que até esse momento sua irmã tinha acabado decifrar os mapas, os outros se encontravam em lugares de busca muito pior do que esse. —Mas não é uma ciência exata. - ele continuou a dizer, limpando um brilho de neblina do mar perfumado de seu rosto. —Saige nos avisou que poderíamos ter que expandir da área de pesquisa. 73
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Usando o seu dom incomum de se comunicar com objetos físicos, sua irmã ainda estava trabalhando nos estranhos mapas criptografados que ela tinha encontrado enterrado com o primeiro marcador escuro, na Itália. Chamavam-lhe o primeiro, ou o Marcador original, simplesmente porque tinha sido o primeiro que ela tinha encontrado, e tinha sido enterrado com os mapas que levavam à localização de quem sabe, muitos outros. Ninguém sabia quantas cruzes haviam feito o Consórcio, organização que regia os antigos clãs, e os mapas eram realmente nada mais do que um conjunto infinito de direções para diversas localidades ao redor do mundo. As direções colidiam uma na outra, o código como ele foi evoluindo, o que significava que não podia olhar para as folhas e dizer exatamente quantos marcadores existiam. O ato de decifrar o estranho código era tedioso, e até agora só Saige sabia como fazê-lo. Seu noivo, Quinn, estava tentando ajudá-la, mas quem saberia quanto tempo levaria para trabalhar com todos eles. Semanas? Meses? Anos? Embora tivesse sido comprovado que os mapas eram de uma preciosa ajuda, quando Saige usou o primeiro para finalmente descobrir o segundo marcador no Brasil, não tinha sido um processo fácil. Os mapas não eram nada específicos, e ela teve que procurar em uma área considerável da floresta tropical antes que ela encontrasse a cruz. Ela pensou que tinha conseguido uma leitura mais exata sobre o segundo mapa, limitando a área de pesquisa, mas Riley não tinha muita esperança. Com sorte, da forma como as coisas estavam acontecendo ultimamente, ele não ficaria surpreso se eles acabassem escavando meio-acre ou mais antes que eles encontrassem o que haviam ido buscar. Apoiou os ombros para trás contra um dos troncos mais espessos, Kellan dobrou o joelho direito, apoiando o pé na árvore e tomou outro gole de sua água. — Você acha que Westmore e seus homens fizeram cópias dos mapas? O Guardião perguntou depois de um momento, enquanto um baixo e sinistro estrondo de trovão acompanhava suas palavras. Westmore realmente teve a posse dos 74
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mapas por alguns dias, até que o tiveram de volta com a ajuda de Seth McConnell. —Eu tenho certeza que eles fizeram. Riley respondeu, empurrando de lado uma camada de solo. —Mas quem sabe quanto tempo vai demorar para eles aprenderem a lê-los. Inferno, sem Saige, nunca poderia ser capaz de decifrar essa série de códigos. Kellan resmungou sob sua respiração, o queixo dele empurrando em direção a pá Riley. — Bem, se nós não nos apressarmos e encontrarmos essa coisa, eu vou começar a pensar que já era e desapareceu. Riley sacudiu a cabeça, trabalhando a pá de volta na terra úmida. — Se fosse esse o caso, nós saberíamos. Eu não acredito que Gregory, se ele estiver aqui, não estaria se segurando, esperando para se alimentar e despertar totalmente antes de tentar me matar. Pelo que Quinn e Saige disseram, ele está mais interessado em vingar-se do que em obter energia suficiente para trazer de volta mais Casus de Meridian. O que significa que ele deve estar esperando que nós encontremos o marcador, como os outros provavelmente iriam fazer, e então ele vai fazer a sua jogada. Pelo menos ele esperava que fosse esse o caso. Ele estava inquieto como o inferno, não sabendo o que o Casus estava fazendo. O que ele tinha planejado. Com ele e Kellan passando cada minuto na procura em cada trecho verde da floresta, os monstros estavam lá, esperando. Sem dúvida, os observando. Quando o céu se abriu com um solavanco trovejando e relampejando, Riley olhou para o horizonte de nuvens cinzentas e estremeceu. Ele não conseguia explicar, mas sentia como se algo de ruim estava por vir com o tempo. Algo feio e escuro, destrutivo. E quando ele chegasse todo o inferno iria se abrir. Deus, como ele necessitava do Marcador. Se não o encontrasse logo, ele teria que tirar Hope de lá, ela estando disposta a ir ou não. Ele não podia simplesmente arrastar-lhe para o perigo... que não sabia quando ia golpear. 75
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Kellan bocejou novamente a partir do seu lugar de descanso contra a árvore, soando como se ele estivesse pronto para cair. Riley enterrou a pá de volta no chão, apoiando as mãos no punho enquanto ele observava o Guardião através dos olhos estreitos. —Onde você estava a noite passada? Perguntou ele. Kellan tinha ido para a cidade, dizendo que precisava explodir a cerca de vapor depois que eles jantaram no café. Ele não tinha aparecido antes das duas, que foi quando Riley tinha finalmente conseguiu adormecer. —O que você acha que eu estava fazendo?
Kellan riu, deixando cair a
cabeça para trás contra a árvore enquanto fechava os olhos. —Sabendo que soou como um pai, Riley disse: - Estamos no meio de uma guerra, Kell, e você está saindo todas as noites para transar. Seu irmão está aterrorizado de que mais cedo ou mais tarde você vai acabar na cama com a mulher errada. —Não há tal possibilidade.
Kellan disse abrindo os olhos.
—Esta é
definitivamente a certa. Cabelos longos e negros. Grandes olhos verdes. E pernas que percorrem todo o caminho até o chão. Surpreendente. —Você percebe que pode acabar achando a pobre mulher morta, não é? Se Casus vê-lo com ela, ela vai ser um alvo fácil. Uma que vai usar contra nós. —Você acha que eu não sei? - Kellan resmungou sua expressão sendo substituída por uma carranca tensa.
—Eu não sou um idiota. Saímos do bar
separados e, em seguida, nos encontramos mais tarde em um motel. Ninguém me viu entrar, e ninguém me viu sair. Tenho certeza disso. —É melhor torcer para isso. Resmungou. Porque se não, você vai ter uma carga tremenda em sua consciência. —Sabe, Ri. Talvez você ficasse um pouco menos preocupado com minha vida sexual, se você tivesse a sua própria. —Cale-se Kellan. 76
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—A fome está te destruindo, homem. Você não pode resistir eternamente. Lançou ao ruivo um olhar de advertência séria e disse: —Eu tenho tudo sob controle. —Como diabos você tem. - Kellan disparou se afastando da árvore. —Eu ainda não sei que negócio há entre você e Hope, mas eu não sou cego. É óbvio que você a quer. Então, se quer cuidar dela conte tudo a Hope, ou você vai ter que ficar com a segunda opção. —E o que diabos é a segunda opção? - Ele rosnou. Abaixando a voz, Kellan disse: - Nós vamos encontrar uma guardiã do sexo feminino. Como nós tentamos fazer com Ian. —Oh, Cristo. - ele murmurou, passando sua mão na parte inferior do rosto, os pêlos da sua barba arranhando contra a palma da mão. Ian tinha dito a ele como Kierland Scott, o irmão de Kellan, tinha chamado uma guardiã, Morgana, que veio de Reno para que Ian pudesse se alimentar dela. Mas desde que uma alimentação Merrick para homens consistia em ter sexo e sangue juntos, Ian recusou, sabendo que ele iria perder Molly, sua noiva, se ele tomasse o que precisava de outra mulher. Olhando para o jovem, ele disse.
—Sabe, algo me diz que essa mulher,
Morgana não vai gostar de ser oferecida como a prostituta Guardiã novamente. Algo mudou nos olhos de cor ímpar de Kellan, como um flash de raiva, insinuando um lado que ele raramente mostrava. Apesar de ser um bom lutador quando a situação exigia Kellan sempre desempenhava o papel de palhaço. O brincalhão descontraído que gostava de irritar todos à sua volta. Mas, nesse momento, de repente, ocorreu a Riley que havia mais coisas acontecendo com o Guardião irreverente do que ele tinha pensado e ele se sentiu um idiota por não ver mais cedo. Com um tom ríspido em suas palavras que Riley nunca tinha ouvido antes, disse Kellan. —Não fale sobre Morgana assim. Ela não tinha que ir até o Colorado para 77
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fazer essa oferta para o seu irmão, mas ela o fez. E muito bem, ela não fez isso porque ela é uma prostituta. Embora ela preferisse morrer a admiti-lo, a verdade é que ela faria qualquer coisa que Kierland lhe pedisse para fazer. Riley ergueu a mão, esfregando a tensão na parte de trás do seu pescoço enquanto ele pensava sobre o que Kellan tinha dito. —Huh. Então, há, assim, uma história entre os dois? Kellan revirou os ombros num gesto frustrado e apertou os lábios, sabendo, obviamente, que era melhor não começar a fofocar sobre a vida privada de seu irmão. Ele murmurou algo sob sua respiração, então colocou a garrafa de água debaixo do braço e empurrou as mãos nos bolsos. —De qualquer forma, eu não estava pensando em Morgana. Mas poderíamos ir para um dos outros complexos, ver se há alguém aí que te interesse; pelo menos uma guardiã vai saber o que esperar na cama com um Merrick. Seu estômago doeu só de pensar nisso, a idéia de encontrar alguma estranha e mordê-la... Tomar seu sangue. Mas mesmo enquanto pensava sobre isso, Riley sabia que o problema não seria a mulher. Não, ele passou sua vida dormindo com mulheres que não se envolviam profundamente. O problema era mordê-la, porque no final do dia, havia apenas uma mulher com quem ele poderia se imaginar fazendo algo tão íntimo. Apenas uma mulher que poderia realmente dar tanto ao homem quanto ao Merrick que eles precisavam. Limpou a garganta, ele disse: —O que você acha que os outros estão fazendo? Kellan levantou as sobrancelhas, o vento soprando o cabelo vermelho escuro em seu rosto. —Que outros? —Os outros Merrick. Riley resmungou, não olhando para o Guardião. Sentia-se muito aberto... Muito exposto, como se o seu desejo por uma mulher que ele nunca poderia ter se revelasse em todo o rosto, estivesse gravado em seus olhos quentes, 78
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como um sinal de néon. —Os que estão despertando a necessidade de se alimentar. —Aqueles
que
têm
esposas
ou
namoradas
estão
se
dando
bem
provavelmente. Murmurou Kellan. —Contanto que eles não tenham uma parceira como uma cadela. Mas os outros, eles estão no mesmo barco que você. Esperemos que eles sejam espertos sobre o que está fazendo, ou vamos ter um tempo preciso para manter as histórias de vampiros fora de notícia. Riley assentiu com a cabeça, pensando que ele não sentia inveja do Guardião e do Consórcio. No mundo de hoje, tinham uma batalha constantemente a perder, tentando manter a existência dos restantes clãs antigos fora dos holofotes da mídia. Mantendo os contos relegados ao folclore supersticioso. Apesar de poucas espécies de seres humanos realmente serem atacados, havia ainda predadores que escolhiam vítimas inocentes. Se o coletivo não os obtinham em primeiro lugar, às vezes era deixado aos guardas para levá-los para fora, sob o comando especial do Consórcio, mas na maioria das vezes, havia uma unidade especial de extermínio trazido por essa raça específica. O objetivo principal do Guardião era agir como os olhos do Consórcio e as orelhas. —Assim sendo, de todos os modos, comece a pensar na possibilidade de encontrar uma mulher. Kellan falou. —Eu estou bem. O tom de Riley foi duro... Forte, de alguma forma desprovida de emoção por dentro. Kellan suspirou. —Tudo bem, hein? Sabe essa é a única palavra que me deixa cansado. —Sim, bem. Ele suspirou. —Esqueça. Caso chegue a tal ponto que não posso lidar com isso, eu vou resolver. Até que isso venha acontecer, eu não quero falar sobre isso. Entendido? —Tudo o que você quiser meu velho. Kellan disse e com uma saudação zombeteira, o guardião se virou e voltou do jeito que veio. 79
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Riley viu Kellan recuar até que ele esteve fora de vista, em seguida, levantou a pá e cavou outro pedaço de terra. Ele supôs que deveria estar agradecido a Saige pela área marcada na floresta, onde eles não estavam chamando a atenção do povo. E enquanto ele estava certo que Casus sabia que ele estava lá, ele figurou que os bastardos estavam apenas observado por agora. Esperando ele encontrasse o marcador. Para se alimentar. Para despertar. Riley podia ouvir o tique-taque do relógio em sua mente, trabalhando lentamente seu caminho rumo à destruição, e o marcador era a única coisa que poderia impedi-lo. Ele tinha de encontrar a cruz. Pelo amor de sua família. Para a segurança da cidade. Mas acima de tudo, por Hope.
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CAPÍTULO SETE
Segunda À Noite APOIANDO O OMBRO contra a casca áspera da árvore sulcada, Riley olhou através dos espessos tons de lavanda do crepúsculo, observando através da janela quando Hope sentou-se em sua sala de estar. Ele supostamente seria chamado de Observador de Casais, ou algo pior. O que ele estava fazendo provavelmente poderia até ser classificado como perseguição, mas não deu a mínima. Ele precisava estar lá, em pé de guarda, assegurando-se de que ela estava bem. Ela havia se sentado e ficou lendo pela última meia hora, bebia de uma caneca que estava apoiada sobre a superfície brilhante de uma mesa, a luz da lâmpada lançando um brilho dourado sobre sua pele luminosa. Ela parecia etérea, surreal. Exuberante, feminina e calorosa. A sensual Madonna. A imagem golpeou fundo dentro dele e por um momento Riley só podia se maravilhar com o fato de que ela nunca teve filhos. Mas, então, era provável que isso tinha mais a ver com o seu ex-bastardo. Ele sabia que Hope queria um bebê, e uma imagem violenta do que poderia ter sido dela inchada e em volta com o seu filho passou pela sua mente, trazendo uma dor lancinante no peito. Silvando por entre os dentes, apertou uma mão contra a dor bizarra e respirou por meio da sensação penetrante, imaginando o que em nome de deus estava errado com ele. “Consiga algo, Buchanan. Você subindo pelas paredes”. É verdade, mas não importava o quão errado estivesse não podia fazer nada para detê-lo. Sentia-se sujo ao observá-la, como se ela pudesse ser manchada por sua mera presença. E, no entanto ele não podia simplesmente ir embora. Ele podia se sentar e se fazer de inútil, dar desculpas esfarrapadas e imbecis até o fim dos tempos, alegando que precisava ficar lá e vigiá-la... Protegê-la, mas a verdade era 81
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que não poderia era ficar longe dela. Apesar do quanto isso machucasse, ele estava preso lá, sujeitando-se a este inferno interno. Observá-la assim era perverso. Insano. Como uma espetada de uma agulha debaixo da unha uma e outra vez. Derramando ácido em uma ferida em carne viva. Autoinfligidas, tortura que ele não podia evitar, simplesmente porque essa era Hope. Ela era sua maior fraqueza. Proibida, a tentação que o levava além da razão nos seus últimos dias de vida, antes que tudo viesse a uma colisão final, retumbante. E o final se aproximava. Sua fome estava aumentando... Muito. Se não encontrasse o marcador logo, ele teria que encontrar algo melhor. E apesar do que ele disse a Kellan, naquela manhã, ele ainda não tinha nenhuma idéia do que ia fazer. De como ele iria lidar com isso. Seu telefone tocou e seu sentido já acrescido de audição lhe permitiu captar o som estridente, e viu quando ela colocou o livro de lado e pegou o aparelho que repousava ao lado da lâmpada. Ela ergueu o receptor ao ouvido, com a cabeça virada para o lado, seu cabelo espesso caindo não deixava ver sua expressão. Ele marcou a passagem do tempo na cabeça, e não mais de um minuto se passou antes dela bater o telefone de volta. Levantando-se, ela rapidamente verificou o bloqueio da porta traseira, então saiu do quarto, pela porta que ele sabia que dava para a cozinha. Sem qualquer direção consciente de seu cérebro, Riley encontrou-se movendo pela grama úmida que se estendia para fora da parte traseira da casa para o início da mata, o caminho de seixos que se curvavam através do seu centro serpenteando pelas árvores, levando para as cabanas colocadas mais dentro da floresta. Tomou uma respiração profunda, ele subiu os degraus da varanda e levantou a mão para bater. Um minuto depois, Hope espiou através das vidraças da janela da sacada para ver quem estava lá, a curvatura dos ombros com um gesto sutil de alívio quando viu que era ele. 82
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—Riley. - ela murmurou, abrindo a porta, o cheiro dela de imediato encheu de água sua boca, e também sua cabeça, fazendo ele se sentir atordoado. O silêncio já estava esticado a proporções desconfortáveis e ele sabia que precisava dizer algo, mas sua garganta estava muito seca. Ele ficou ali, olhando, sentindo-se como um cão faminto implorando por algo na porta traseira, por um pouco de atenção. Um osso. Um arranhão maldito atrás das orelhas antes que ele fosse chutado para fora. Só que, Hope não o chutou ou bateu a porta na cara dele. Em vez disso, a cabeça inclinada por uma fração para o lado enquanto o estudava com aqueles olhos grandes, sentimental, seu suave olhar vagaroso no calor ardente de seu rosto. — Você, hum, quer entrar? Ela finalmente perguntou. Ele balançou a cabeça, a garganta trabalhando quando ele entrou na sala quente convidativa e ela fechava a porta atrás dele. Quando Riley entrou na casa, o peso de sua culpa foi impressionante, até que sentiu suas pernas como chumbo, os ombros e o peito apertados. Ele sentiu como se estivesse arrastando uma trilha viscosa de destruição em seu rastro. Uma que arruinaria as bonitas tábuas debaixo de seus pés, apodrecendo a madeira até que não houvesse nada, mas um negro, a abertura encharcada abaixo deles, à espera de engoli-los inteiras. E, no entanto ele não podia fazer nada. Parado no meio da sala, Riley virou-se para encontrar Hope recostando-se contra a porta, só olhando para ele, esperando para ver o que ele faria o que ele queria. Ele passou o olhar sobre o corpo dela em uma festa rápida e visual. Com um sorriso interior, notou a calça solta de pijama cor de areia e a camiseta de mangas compridas, sabendo que era um esforço inútil, ela tentar esconder o belo corpo com a roupa disforme. Ao que a ele concernia, os vislumbres fugazes de sua figura, que eram reveladas pelo tecido levemente drapeado eram tão erótico quanto qualquer peça, revelando a recatada lingerie. Fazia com que quisesse ver mais detalhes. Faziam com que quisesse rasgar a capa de algodão provocante de seu 83
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corpo, pedaço por pedaço, até que tivesse chegado ao quente tesouro feminino escondido debaixo. As mãos flexionadas de lado, como se estivesse pronto para chegar e agarrála, até que ele viu a faca que tinha na sua mão direita, a luz da lâmpada brilhando na lâmina de aspecto malvado. Erguendo o olhar, Riley olhou para as sombras cintilantes nos olhos dela. — O que aconteceu? — Nada que eu não possa resolver. Ela respondeu lentamente, lançando um irônico olhar para a faca. —Eu acredito que estou preparada. — A ligação era o seu ex de novo? Era ele ao telefone? Ela balançou a cabeça, o forte movimento enviou o seu cabelo espesso e brilhante por cima dos ombros, fazendo com que seus dedos coçassem com a necessidade de enterrar-se neles. —Estou nervosa. Ela murmurou. — Eles acharam uma menina da faculdade em Wellsford que foi assassinada no fim de semana. — Eles o quê? Ele ficou completamente imóvel, até mesmo sem respiração. — Quando? Onde você ouviu sobre isso? Um arrepio percorreu seu corpo. — No noticiário dessa noite. Eles estão dizendo que ela foi mutilada, rasgada em pedaços. Eu acho que estava faltando alguns dedos de uma mão. Eles acham que foi um ataque de urso, exceto que havia bastante dela para contar que ela havia sido estuprada. É uma loucura, não é? Quero dizer quem faria uma coisa dessas? Afastando-se dela, Riley olhou através da janela para as máscaras sempre espessas do crepúsculo. Ele deveria ter mantido os olhos sobre as notícias locais, mas ele estava tão envolvido em sua busca pelo marcador e se preocupando com Hope que ele ainda não tinha ligado o rádio ou uma televisão o dia todo. Merda, eles estavam ferrados. Ele sabia só a partir do pouco que Hope tinhalhe dito, que a forma de matar pertencia a Gregory. O Casus torcido tinha uma 84
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coisa com os dedos, que tinham descoberto quando ele tinha ido atrás de alguns amigos de Saige durante seu despertar. Riley tinha tratado das investigações sobre os assassinatos cometidos pelo irmão de Gregory, Malcolm, de volta ao Colorado. Ele tinha visto o que um casus exatamente poderia fazer com um corpo. Sabia exatamente como poderia ser. — Onde está Millie. - perguntou, odiando a tira fria, triste de medo nos olhos de Hope quando ele se virou para pegar o seu olhar. Ele queria segurá-la, envolver o seu corpo ao seu redor até que ele pudesse abrigá-la de qualquer coisa e qualquer um que tentasse machucá-la. — Ela está no café com Hal, um amigo dela. Ele vai fazer uma remodelação do balcão da frente e ela esta mostrando o desenho que quer. — Você precisa falar com ela, dizer-lhe para ter cuidado. Não posso salientar o quão importante é isto, Hope. Suas sobrancelhas se reuniram em um V de confusão e surpresa. —Você realmente não acha que há alguma ligação entre essa menina e as pessoas que você disse que estaria vindo aqui? Os que vão se interessar para o que diabos você e Kellan estão procurando lá fora, na floresta, não é? Travando sua mandíbula, ele disse. —Tudo que estou dizendo é que o que matou a menina ainda está lá fora. Você e Millie não podem correr nenhum risco. Seu olhar deslizou para longe dele, focando em algum lugar desconhecido no chão. Ela engoliu enquanto colocava os braços em torno de si, ainda segurava a faca na mão direita. —Prometa-me, Hope. Houve uma vantagem gutural nas palavras que Riley poderia facilmente atribuir ao Merrick, que fervia debaixo de sua superfície com a idéia de matar outro Casus. Ele queria sangue... Queria fazer aquele filho da puta pagar pelo monstro. Esperou até que finalmente balançasse a cabeça, endireitando seus ombros enquanto ela se reconectada com seu olhar.
—Eu vou falar com ela.
Ela 85
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murmurou. — mas não agora. Não quero interromper seu tempo sozinha com Hal. Ele ergueu uma sobrancelha, e não havia a menor sombra de um sorriso brincando em seus lábios quando ela disse isso. —Eu acho que algo poderia começar entre os dois, se Millie apenas der-lhe uma chance. Eu estou esperando que ela aproveite a oportunidade hoje à noite para fazer seu movimento. É por isso que eu estou aqui embaixo e estava me preparando para ir lá pra cima para ver um filme. —Eu vou sair do seu caminho, então. Disse a ela, fazendo um movimento em direção à porta, até que ela parou com o seu nome. Ela hesitou, depois fez um gesto nervoso para a cozinha. —Eles ainda vão demorar um pouco, vo... Você gostaria de tomar uma xícara de café antes de ir. Ao ver a expressão destorcida dele, ela achou engraçado, e começou a rir, o som suave e rouco, como algo delicioso e doce que ele queria provar nos lábios. — Apenas café, Riley. Isso é tudo. Brincou ela, os olhos cor de topázio brilhando de alegria. — Você não tem que olhar como se eu lhe pedisse para se despir e dançar. Ele resmungou sob sua respiração, a imagem provocante invocada por suas palavras atingindo-o no ventre. —Hope. Maldição. Você não costumava ser tão aberta com suas palavras. O fogo atravessou os olhos dela e se aumentou quando ela disse. — Estou lhe constrangendo? Lançou-lhe um olhar severo por fazer uma pergunta tão ridícula, e ela riu, dizendo: —Bem, sou uma mulher agora, não uma criança. Você não pode esperar que eu fosse à mesma menina que você conhecia. Eu cresci, e agora você tem que lidar com isso. Riley ergueu as mãos em sinal de rendição. —Ei, eu não estou reclamando. Eu só preciso de tempo para me acostumar. 86
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—Hmm. Ela murmurou em direção à cozinha. Depois de Riley ir atrás dela tomou um assento em um dos banquinhos de madeira resistente posicionada ao longo da borda de um bloco maciço de açougueiro com uma bacia de laranja cravo coroa dentada em seu meio. Apesar de ser um trabalho de cozinha, a sala ainda
tinha
aquele
sentimento
quente,
aconchegante
que
combinava
perfeitamente com a bela casa. —Você deve ter fechado bem cedo para o jantar. Comentou, notando que a cozinha já estava limpa e fechada para a noite. —O forte do nosso negócio é o café da manhã, assim nos dias da semana só fazemos um serviço de jantar mais cedo.
Explicou ela, colocando a faca de
aparência perigosa na pia. —A hora é perfeita para mim e Millie, uma vez que nenhuma de nós tem qualquer desejo de ser escrava de um restaurante em tempo integral. O café dá muito dinheiro e dá-nos uma saída criativa, que nós amamos tanto, e ainda permite-nos algum tempo de inatividade. O fim de semana é realmente a única vez em que permanece aberto um pouco mais tarde. Lavou as mãos, em seguida, começou a colocar a cafeteira, colocando um novo filtro... Moeu alguns grãos aromáticos. Riley estava sentado no banquinho, bastava vê-la mover-se na cozinha, para desejar que ele pudesse pensar em algo para dizer, mas uma conversa casual parecia impossível. Completamente fora de seu alcance no momento. Ainda assim, ele teve que admitir que ela acalmava algo dentro dele, como se ela fosse um bálsamo que limpava sua alma manchada. E, no entanto, ao mesmo tempo, ela acendia-o com uma febre do desejo, seu membro já duro de luxúria por apenas a observar fazer o café, pelo amor de Deus. Como ela não parecia ter nenhuma pressa em quebrar o silêncio, bem, ele usou o tempo para simplesmente desfrutar ao observá-la, absorvendo os detalhes que eram revelados pelas lâmpadas dos armários que iluminavam a sala deixandoa com um ambiente aconchegante, brilhante e dourado. Ele podia sentir, em um nível instintivo do sexo masculino, que ela realmente não tinha noção de como ela 87
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era bonita... Como era sexy. Tão, macia e viçosa e infinitamente feminina, que o deixava enlouquecido, como se ele pudesse ferir sua superfície macia com nada mais do que um olhar. E Cristo, ele nem sequer queria pensar sobre os danos que poderia causar se ele perdesse o controle por causa da fome visceral que o agarrava toda vez que ele colocava os olhos nela... Ou tanto como pensava nela. Riley tinha esperança de que conseguiria manter o controle, pelo menos, tempo suficiente para desfrutar de uma xícara de café com ela antes que ele levasse seu traseiro de volta para um território mais seguro, mas ele estava errado. O seu controle já estava ruindo. Puxando em uma respiração profunda, ele reprimiu um gemido quando seu cheiro apetitoso encheu sua cabeça, seu corpo quente... Apertando os músculos para manter-se calmo. O café começou a borbulhar e assobiar e ela pegou duas canecas de um armário, lançando-lhe um olhar nervoso, ela foi para perto da geladeira e ele sabia que ela finalmente reconheceu o animal na sala com eles. A besta selvagem, primitiva que tinha se levantado e estava enchendo o ar, denso e morno de desejo. Que ele não podia evitar. Que ele até mesmo não queria. Não até que ele finalmente tivesse o gosto dela em sua boca. Até que ele tivesse pelo menos muito mais para segurá-lo. Que muito se apegar a até que só ela importasse. —Você toma leite ou creme em seu café? Ela perguntou com a voz rouca, olhando por cima do ombro enquanto ela abria a porta da geladeira, e seus olhos ficaram grandes quando ela viu que ele já não estava sentado. Estava, de fato, indo direto para ela. Passou algum tipo de argumento pela sua cabeça, mas se desligou, não conseguia mais esperar. Necessitava o contato contra o seu interior com força, vicioso destrutivo, sua pele muito apertada para contê-lo. Se ele não colocasse a sua boca nela logo, ele ia se autodestruir antes que ele até tivesse a chance de fazer a maldita diferença. —Riley? Ela suspirou, fechando a porta quando ele chegou até ela. Em um segundo ela estava olhando para ele com os olhos grandes e assustados, e no outro 88
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estava pressionada contra a porta de aço inoxidável, o calor úmido de sua boca deliciosa dominando a sua. Conteve o fôlego e ele acariciou os lábios de seda com a língua, empurrando para dentro com uma agressividade, uma escura com fome, quase morrendo quando o seu gosto se derramou por ele, afundando-se em seu sangue... em suas veias. —O que você está fazendo? Ela sussurrou as palavras através da respiração suave contra seus lábios quando ele ergueu as mãos, enrolando os dedos na seda morna de seus cabelos, segurando-a ainda. —Maldição.
Ele rosnou, inclinando-se para ela, apertando seu membro
coberto com pelo brim em seu baixo ventre, querendo estar dentro dela mais do que ele queria respirar... Viver. —Hope, eu estou morrendo de fome. - Ele gemeu as palavras ásperas arranhando sua garganta. —Pelo seu gosto. Seu perfume. Seu calor. Eu não posso... Eu não posso parar. Ela ficou olhando... Trêmula, e depois fechou os olhos fechados e finalmente devolveu o beijo. Tudo o que fez foi golpear sua língua, primeiro curiosa, questionando e planejando até que beijo ficou selvagem... Explosivo, mudando o ângulo uma e outra vez enquanto tentavam aplacar a fome que exigia ais deles. —Você está saindo com alguém? De repente ele murmurou, afastando a boca da dela apenas o suficiente para dizer as palavras roucas. Ela piscou os olhos. —Eu? —Sim, você. - Resmungou, perguntando por que ela parecia ser tão completamente inconsciente de como ela era incrível. Como era bela, tentadora e sexy. —Você tem namorado? - Ele murmurou, segurando o rosto dela em suas mãos, seus dedos acariciando a pele sensível sob os olhos... A flor selvagem do calor em seu rosto. —Algum imbecil que eu deva saber que vai vir atrás de mim por colocar as minhas mãos sujas em você? Ela balançou a cabeça dentro de suas mãos, o olhar vidrado e brilhando, nervosa, com medo e excitação. Se ele achasse que ela tinha medo dele, ele teria 89
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se forçado a ir para longe dela... Mas o medo não era dele. Pelo menos ainda não. E esperava que nunca, se ele pudesse apenas sentir o gosto dela sem perder a última tênue linha de controle e sobre o lado escuro de sua natureza predatória. Ele queria inclinar sua cabeça para o lado, expondo a curva de seu pescoço e enterrar seus dentes em sua garganta profundamente, ao mesmo tempo em que ele arrancava a roupa do corpo, abria suas pernas e dirigia-se para ela com um duro impulso, que obrigaria a esquecer de todos os amantes de outros que já tivesse conhecido em sua vida. Lutando contra as exigências violentas do Merrick para fazer exatamente isso, Riley beijou o caminho de volta para sua boca, perdendo-se na textura de pétala suave de seus lábios. Eles eram tão lisos e macios, deliciosos, doce e incrivelmente quente. E o seu gosto. Deus, que quase o matou. Ele tocou sua língua com a dela, deslocando-a dentro de sua boca... Acariciando... Devorando, intoxicado pelo sabor delicioso que o fazia tremer. Suas mãos tremiam em seu membro tão duro e doloroso que ele podia sentir cada pulso de seu batimento cardíaco através da carne, tenso inchado que tanto queria se tornar uma parte dela. Muito rápido as gengivas começaram a picar, a sensação de peso... Quente, e afastou-se do beijo loucamente erótico, com muito medo que ele não fosse capaz de deter o aparecimento das presas do Merrick. Hope ofegava enquanto se apoiava na porta, passando sua língua contra o inchado brilho do seu lábio inferior, e ele resmungou profundamente, rosnou um som animal que a fez estremecer. Suas pálpebras estavam pesadas, o olhar focado na intensidade, duro selvagem de sua expressão... Vendo muito, muito profundamente, e ele passou as mãos pelo seu cabelo, enrolando-os sobre os ombros enquanto ele rapidamente se virava, de modo que ela o enfrentou. Ela deu um sopro interrogatório sob sua respiração, mas ele já a estava pressionando para frente, prendendo-a contra a superfície metálica fria da geladeira, enquanto puxava seu cabelo para o lado. —Levanta os braços e ponha-os contra a porta. Ele sussurrou em seu ouvido, 90
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antes de raspar os dentes ao longo do cordão sensível que ligava a garganta até os ombros, a carícia perigosa alertando o Merrick que se agarrava em suas entranhas, furioso por ele não dar-lhe o que queria. O que ele precisava. Ela sussurrou seu nome, levantou os braços exatamente como ele lhe disse para fazer, e Riley apertou a mandíbula, desesperado por apenas mais alguns momentos roubados com ela. Momentos que, sem dúvida iriam atormentá-lo a cada hora que acordasse todos os dias, mas não se importava. Ele iria tê-los. Tinha que ter pelo menos ter isso dela. Não era possível esperar mais, ele deslizou a mão esquerda dentro do decote da blusa solta, sob a camiseta elástica que ela usava, até que teve o calor de seu seio direito em sua mão. Seu coração batia de encontro a seu pulso quando ele memorizou a forma exuberante e perfeita dela, acariciando o mamilo macio e inchado com o polegar. Ela reprimiu um grito assustado de prazer, descansando sua testa contra a superfície fria da porta de metal, sua respiração ofegando quando ele deslizou rapidamente a mão direita para frente de sua calça, dentro da calcinha de algodão, e possessivamente entre a umidade das dobras aveludadas de seu sexo. Ela já estava inchada, encharcada como água quente, sucos escorregadios, quente e suave como a seda. Lutando para submeter o Merrick Riley rodou os dedos pelo creme quente e rico, conhecendo, a sensação queimando em seu cérebro. Suas dobras estavam suaves, o clitóris um nó pequeno de carne que ele queria provar com a sua língua... Raspar suave de seus dentes. Deus queria enterrar o rosto no seu sexo delicado e tomar cada parte dela em sua boca. Queria penetrá-la com sua língua. Lamber, chupar e engolir até que ele perdesse a conta de quantas vezes ela viria. Até que ela fosse desossada e a deriva em perfeito estado de êxtase, escorregadio e macio o suficiente para que ele pudesse trabalhar dentro de si mesmo, afundando-se profundamente, até que ela tivesse tomado toda polegada dele. Não podendo esperar mais, Riley impulsionou dois dedos para a abertura de 91
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seu sexo apertado e empurrou em seu interior profundamente, ofegante ao sentir seus músculos fortes e almofadados agarrando-se a ele doce, quente e lisa ao toque. —Oh, Deus. - ela sussurrou trêmula, e ele podia ouvir a timidez em sua voz quando ele começou a mover os dedos em um ritmo lento, um ritmo provocante que a fez tanto tremer como gemer e ofegar. —Não se sinta constrangida. Soprou as palavras roucas contra a curva suave e cremosa de seu ombro, enquanto pressionava seu pênis dolorido e rígido contra a parte inferior de suas costas, desejando que ele pudesse sair de seu confinamento, e se empurrar para dentro dela. —Você se sente tão bem, Hope. Tão quente e úmida. Tão apertada. Você não tem idéia do quanto eu gostaria de estar enterrado dentro dessa parte de você, grosso e duro, fundo o suficiente para que você pudesse me sentir em toda parte. Até que você não pudesse sentir qualquer coisa que não fosse eu. O peito embargado de Hope rompeu com aquelas palavras deliciosamente erótica derretendo em seu sistema, adicionando um nível mais profundo de intensidade ao prazer, um atordoamento de tirar o fôlego, que ele estava criando, e ela afundou seus dentes em seu lábio inferior, bem conscientes do quão perto Millie e Hal estavam. Não importava o quanto ela quisesse gritar no redemoinho, feliz da sensação ardente em espiral através dela, ela teve que segurá-la de volta. Mas não foi fácil. Ele era insanamente bom, tocando cada parte com uma habilidade devastadora, como se ele estivesse dentro de sua cabeça, e sabia exatamente onde tocar e esfregar. Seus dedos longos e talentosos sentiam-se tão incrível, ela já podia sentir as pulsações pequenas do prazer que sinalizava o aumento da liberação do prazer. Só esse orgasmo... Não era nada comparado com qualquer coisa que ela tinha experimentado no passado. Não mesmo. Era muito poderoso. Muito forte. Como se sentindo os sinais de seu corpo, Riley mudou o ritmo da mão, 92
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enfiando os dedos mais profundamente, enquanto o polegar pressionava seu clitóris, esfregando-a... Afagando... Circulando, e ela caiu, seu corpo tomado por uma onda devastadora de êxtase que a arrebatou duramente, ela não conseguia respirar... Não podia ver. Era pulsava em seus dedos... Encharcando-os, agarrandoo, enquanto o calor selvagem e provocante a varria, ela poderia ter jurado que sentiu o raspar dos dentes contra a curva sensível de seu pescoço, a carícia erótica de alguma maneira aumentou a sensação. Cada pulso duro violento a atravessava, com um aumento impressionante de poder, até suas pernas, finalmente cederem. Ele teve que segurá-la com seu braço esquerdo sobre sua cintura, enquanto sua mão direita continuava acariciando dentro de seu corpo, prolongando o orgasmo doloroso, assegurando que ela sentisse a última gota de prazer que poderia ser tido. Hope desabou contra ele, a cabeça apoiada em seu peito, apertou os olhos enquanto se concentrava em manter-se equilibrada, em vez de se quebrar em um milhão de pedaços fragmentados. Ela estava coberta por um fino brilho de suor, o rosto
quente,
os
lábios
entreabertos
enquanto
ela
lutava
para
respirar
profundamente o suficiente, enquanto o aroma rico do bosque veio a sua cabeça, drogando os seus sentidos. Riley amaldiçoou algo quente, áspero e sexy em sua respiração enquanto puxava os dedos da sucção apertada e líquida de seu corpo, e ela abriu os olhos justos a tempo de vê-lo colocar os dedos cintilantes dentro da boca. Ela suspirou uma nova onda de calor escaldante em suas veias com a visão carnal dele o gosto dela em sua pele. Seus olhos se fecharam enquanto um som baixo, gutural de prazer vibrou no fundo de seu peito, e logo levantou os olhos, escuros, estranhamente brilhantes conectados a dela com a força de um terremoto de emoção que quase crepitou no ar. Nesse momento o ar se encheu de tensão... Com fome e necessidade carnal, os desejos explícitos que exigia satisfação, seu peito subindo e descendo por baixo de sua cabeça com a cadência irregular de suas respirações. E então, de repente ela ouviu Millie e Hal se movendo pela pequena área de serviço que estava um 93
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pouco além da porta balançando a direita da geladeira, sua tia dizendo alguma coisa sobre ter uma fita métrica em uma das gavetas que poderiam usar. Os olhos de Hope ficaram grandes com o pânico, mas antes que ela pudesse se mover, ela ouviu Hal, sua voz enferrujada dizendo: —Eu ouvi dizer que Hope causou uma grande cena no outro dia com algumas tortas. O que foi que aconteceu? —Bem, eu não a culpo. Millie murmurou. O homem a quem estava atirando não é outro senão o seu amor de infância. Ele partiu seu coração, e para dizer a verdade, eu não acho que ela já superou. —Ele não a machucaria como o outro bastardo, não é? Hal perguntou em tom carinhoso de proteção. —Esperava que tivesse sido tocado pela sua preocupação, se não fosse pelo fato de que seu sangue gelado com o que acabara de revelar. Ela não tinha dúvida de que Riley tinha ouvido cada palavra e fez ela se sentir doente. Curvando os ombros, ela desejou que pudesse atrair a si mesma como uma ostra. Bastava se esconder dentro de sua concha e bloquear tudo. A dor e o medo. Riley e Neal e o sentimento de que toda a sua vida estava girando loucamente fora de controle. E a sensação terrível de que não havia nada que pudesse fazer para detê-lo.
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CAPÍTULO OITO Sabendo que era necessário interromper Millie antes de ela acidentalmente revelasse mais algum dos seus segredos, Hope começou a gritar, mas Riley cobriu seus lábios com a mão, sussurrando : —Shhh em seu ouvido. Ele ouviu atentamente enquanto Millie dizia: — Não, nunca Riley abusaria fisicamente dela. Mas acho que de muitas maneiras as cicatrizes emocionais que ele deixou para trás causou mais danos do que os que Neal deixou em seu corpo. Isto é, se não fosse à perda de seu filho e Neal. Espero que se recupere disso. Ela sempre foi à pessoa mais doce que eu já conheci tanta esperança e fé no mundo, mas algo morreu dentro dela, quando ela perdeu o bebê. E ela nunca foi à mesma desde então. A respiração de Riley estava mais rápida, seu corpo ardia em suas costas, quente e rígido com a tensão enquanto ouvia as palavras de sua tia. Rosnando baixo pela garganta, ele ignorou as tentativas de impedi-lo quando ele forçou as mãos debaixo da bainha de sua camiseta, correndo as mãos sobre as cicatrizes irregulares que cruzam o seu umbigo. —Filho da puta.
Ele rosnou em voz alta o suficiente para que ela se
preocupasse com que Millie e Hal os ouvissem, mas eles já estavam caminhando de volta para o restaurante. Hope ouviu o balanço da porta exterior fechando atrás deles, ela se soltou de Riley e foi direto para a sala de estar com as pernas instáveis, colocando a maior distância entre eles possível. Claro, ele seguiu logo atrás dela. Ela parou na janela, mantendo as costas para ele enquanto colocava os braços em torno de si mesma. Seu estômago se contraiu ao pensar no que ele tinha ouvido... No fato de que ele sentiu as cicatrizes, não por vaidade, mas pelo que aquilo simbolizava. Seus fracassos, suas fraquezas, assim como a perda mais dolorosa de sua vida. Ela se esforçou para manter a 95
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calma, mas o tremor que havia começado em seu interior, lentamente se espalhou para fora, até mesmo seus dentes batiam. — Eu acho que é hora de você ir embora. —Um inferno que é. Retrucou em voz baixa e rígida que crepitava com fúria. —Precisamos conversar. Ela balançou a cabeça e tentou respirar fundo... Suavemente para fora, mas era impossível. A noite tinha sido muito, começando com aquele telefonema furioso de Neal, seguido pelo episódio na cozinha... E agora isto. —Você deveria ter me avisado, disse ele no mesmo tom intenso, chegando por trás dela, tão perto que podia sentir o calor de seu corpo febril como uma grande explosão muscular contra ela, ajudando a aliviar os calafrios violentos que saiam de dentro dela. —O que, Riley? O que eu deveria ter dito a você? Ela perguntou, olhando seu reflexo na janela. —Que meu ex-marido é um imbecil? Que ele é o ser humano mais inútil sobre a face do planeta, e eu fui realmente estúpida o suficiente para me casar com ele? Para ficar com ele? —Você mentiu para mim. Ele rosnou. Ela só poderia ser grata por ele não estar gritando com ela, o que teria sem dúvida levado Millie correndo para dentro. — Cristo, Hope. Você realmente me disse que esse filho da puta não a tinha machucado! Ela encolheu os ombros, o olhar se afastando enquanto uma risada frágil estremecida saía de sua garganta. —Você quer conversar. Deus, Riley. Você mentiu sobre tudo. No passado, quando você me disse que se preocupava comigo... Que você iria se casar comigo... Passar o resto da sua vida comigo. Agora, toda vez que nos encontramos você tenta alimentar as mentiras estúpidas sobre o que você está procurando. Por que você acha que estamos em perigo. Eu duvido que você tenha me contado a verdade, uma vez, em toda a sua vida. 96
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Ela terminou com ar cansado. —Maldição Hope. Pare de girar ao redor disso. Eu lhe perguntei se ele a tinha machucado, e você me disse não. Virando-se, levantou o queixo e olhou-o direto nos olhos quando disse. —Por favor, Riley. Se isso era algo que eu quisesse discutir com você, eu teria. Mas não. Eu só quero que você saia. Ele olhou para ela por um momento, muito angustiante, uma mistura de emoção devastadora rodava através de seus olhos e alcançando o interior dela, apertando dolorosamente em torno de seu coração. —Millie mencionou que você perdeu um filho. Ele finalmente disse com uma voz tensa, a frieza do seu tom partia o coração dela, como se ele lamentasse a perda tanto quanto ela. Ela cambaleou para trás, desejando que pudesse de alguma forma distanciar-se da dolorosa verdade de suas palavras. Tremendo, o rosto começou a formigar com pontinhos de sensação, sua respiração entrando dura, como se não houvesse ar suficiente no quarto. — Se você quer cuidar de mim em tudo.
Ela
sussurrou: —Você não vai me fazer falar sobre isso. Ele fechou seu maxilar, e ela podia ver a raiva que ele estava tentando tão dificilmente controlar, bem como o sofrimento. —Eu só quero te ajudar, Hope. Um som saiu de seu peito, muito doloroso e austero para ser uma risada. Ela teria chorado, mas as lágrimas secaram quando ela perdeu o bebê. Ela chorou por dias, semanas, e depois Millie tinha vindo e a levado para longe, e as lágrimas secaram. A dor permanecia dentro, incapaz de fazer o seu caminho para fora, engarrafada e, lentamente, comendo-a viva. —Ajudar-me. - Ela explodiu as palavras irregulares a matéria-prima da mágoa. —Por que você quer ajudar, Riley? Eu não significava nada para você antes, e eu, obviamente, não significo nada para você agora. —Isso não é verdade.
Argumentou ele, seu corpo tremendo com uma
enorme onda violenta de emoção, uma forte mão escura ajuntando seu cabelo 97
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para trás da testa enquanto as palavras saiam dele, ásperas e roucas. —Maldição, Hope, eu estava louco por você! Eu sei que não faz qualquer sentido, e eu sei que você não vai acreditar em mim, mas eu virei minhas costas para você para te proteger. Porque eu sabia que não merecia lidar com a merda que eu estou passando agora. Então não fique aí e me diga que eu nunca me importei com você. Eu gostava mais de você do que eu jamais me preocupei com qualquer porcaria na minha vida inteira! Ela olhou, chocada... Perguntando se ela se atreveria a acreditar nele. Seria uma loucura, mas então, era assim que ele a fazia se sentir. Louca. Selvagem. Imprudente. Se tivesse algo de verdade nas suas palavras, então por que ela não podia fazê-lo apenas? Só uma loucura. Seguir o conselho de Millie e se deixar levar por Riley Buchanan, enquanto ela pudesse, antes que a oportunidade passasse por ela e caminhasse de volta para fora de sua vida. —O que você quis dizer com isso? Perguntou ela, as palavras grossas na sua língua, seu corpo estava pesado, pulsando de excitação. Ela respirou fundo e, finalmente, permitiu-se um momento para olhá-lo absorvendo a beleza física dele de uma maneira que ela tinha muito medo de fazer antes, sabendo que seria uma tentação. Seu corpo alto estava envolto em jeans limpo e fora da calça uma camiseta azul-marinho de mangas compridas que revelava os poderosos músculos dos ombros e braços, enquanto destacava as manchas azuis de seus olhos. Usava o mesmo par de grandes botas resistentes que ele estava usando no sábado, quando ela tinha jogado as tortas nele, e o canto de sua boca se contorceu ao se lembrar. Cada parte dele era de uma beleza perigosa, provocador e robusto, poder masculino. Ela amava os ângulos arrogantes do seu rosto e a desordem que o vento fazia em seus cabelos. Faixas de linhas que se espalharam ao redor dos olhos e as cavidades das maçãs do rosto. A coluna forte de sua garganta. A forma, sexy da sombra de sua mandíbula e queixo, bem como o corte da meia-noite de sobrancelhas. 98
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Deus amava tudo isso. Cada detalhe dele era de tirar o fôlego. Ela se perguntava se ele ia ficar ali e deixá-la olhar para ele para sempre, quando ele finalmente rolou um ombro em um gesto frustrado e quebrou o silêncio. —O que eu realmente quis dizer? Sua voz era baixa... Sem fôlego. Ela revirou os lábios, dolorosamente conscientes do incêndio selvagem em seu rosto. Das borboletas pulando em sua barriga. O ritmo louco, frenético de seu pulso. —O que você disse sobre querer me ajudar. Você quis dizer isso? Encantado... Fascinado e cauteloso como o inferno, Riley observou a mudança nela. Viu como a raiva e mágoa desapareceu, sangrado em algo que fez seu coração disparar, os músculos tão duros, apertados, como se estivesse enfrentando uma ameaça desconhecida. Algo estalou em sua expressão, mudou em um ensurdecedor estalo, como se houvesse uma explosão real através da sala, e ele se encolheu as mãos em punho ao seu lado. —O que está acontecendo? Ele perguntou incapaz de sacudir a sensação de que ele tropeçou em algum lugar que não deveria ir. Algum lugar que estava indo para colocá-lo em um mundo de problemas. —Você quer ajudar, Ri? Ela sussurrou, dando um passo mais perto dele. — Então me ajude tirar da minha mente os meus problemas. Ele recuou se sentindo preso em uma armadilha que apareceu diante dele, que parecia capaz de engolir ele todo. — Que diabos, Hope? Ela chegou mais perto, levantando os dedos espalhando-os sobre seu peito, amassando e pressionando uma vez sobre os ombros curvados, os olhos cor de topázio; selvagem e luminosos, com uma fome carnal que o fez querer rugir, porque ele sabia que não havia qualquer chance dela poder alimentá-lo. —Você sabe o que eu quero Riley? Pediu em uma corrida, sem fôlego trêmulo. Eu quero o que eu nunca tive antes. O que eu sempre quis. Eu quero finalmente ter você. Eu quero que você me cubra. Quero você dentro de mim. E eu 99
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quero agora. Havia um tom áspero, desesperado em suas palavras quando ele agarrou seus pulsos, dizendo: — Maldição! Não faça isso. Grite comigo. Jogue as coisas em mim. Fique brava comigo. Ela ergueu o olhar para seu rosto, olhando em seus olhos. —Por que faria isso? Sua respiração parou no peito, tão difícil que ele realmente sentiu dor. —Porque assim é mais fácil. Ele murmurou, perguntando se isso era mais uma brincadeira cósmica que estava sendo jogado sobre ele, apenas para ver o quanto da tortura, ele poderia aguentar. Sentia-se como a proverbial criança a quem está sendo oferecido doces de um estranho. O peixe indefeso que avistou o suculento verme que se contorce na água. Lá estava ele, com a mulher que ele queria mais do que qualquer outra coisa pendurada na frente dele, dizendo-lhe que ela o queria, e ele não podia tomar o que ela estava oferecendo. Não podia tocá-la, perde-se em seu calor, bondade e luz, pelo simples fato de que ele não era o homem que ela pensava que ele era. Ela não sabia o que ele queria dela... Não sabia o que ele iria se tornar. Sem mencionar os monstros que ele tinha trazido para sua cidade, à espreita na noite, que ficariam muito felizes em usá-la para chegar até ele. Deus, ele não deveria mesmo ter ido a casa dela. Deveria ter ficado longe dela! Ele podia sentir seu pulso correndo debaixo de seus dedos enquanto segurava os pulsos dela, a boca cheia de promessas sensuais, o rosto vermelho com uma flor selvagem, brilhante de cor. —Eu odeio ter que fazer isso com você. Disse ela em voz baixa. — Mas eu não estou procurando deixar as coisas mais fáceis para você, Ri. —O que você quer de mim? Ele exigiu as palavras guturais quebradas. —Eu quero sentir-me viva. Para fazer algo selvagem, pela primeira vez na minha vida, antes que eu esteja velha demais para apreciá-la. Se eu viver por tanto tempo. 100
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—Não diga isso. Ele rosnou, enquanto o medo deslizava através de suas entranhas, doloroso e frio. —Nada vai acontecer com você, Hope. Eu não vou deixar ninguém te machucar. E eu não vou usá-la. Essa não é a vida que você merece. —A vida que eu mereço? Ela riu e balançou a cabeça. Você quer dizer a que tem um marido e uma cerca branca, em um bairro? Eu tentei viver essa vida, e olha o que aconteceu. Pela primeira vez. Disse ela, puxando-lhe os pulsos. —Eu vou seguir meus instintos e ver onde eles levam. —E o que Millie diz? Ele murmurou, soltando-lhe os pulsos quando ele agarrou seus ombros, elevando-se sobre ela enquanto olhava fixamente em seus olhos bonitos. Ela levantou a mão direita, colocando em seu rosto, o polegar acariciando a sombra de sua barba. Olhando para sua boca, ela disse: —Millie me disse que eu deveria ter um caso, quente e tórrido com você. Deus, ele queria aceitar o que ela estava oferecendo, mas a única maneira que poderia aceitar esse tipo de risco seria por amor, como Ian e Saige tinham feito. Um compromisso de que ele estaria ao seu lado para sempre, para protegê-la, cuidar dela, o que era impossível. Ele não seria capaz de proteger alguém a longo prazo. O que significava que tocá-la seria o maior erro dele. Não importa o quanto ele a queria, ele não poderia fazê-lo. —Este argumento ou o que quer que seja, é inútil, Hope. Porque isso não vai acontecer. Ela agitou sua mão em direção a cozinha. —Então o que diabos foi aquilo ali? Ela questionou com a voz trêmula, as palavras rasgando seu coração. Fazia-o sentirse como o maior imbecil vivo. Empurrando as mãos nos bolsos, Riley apertou sua mandíbula. —Foi um erro. Ele murmurou, forçando as palavras através de seus dentes fechados. 101
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Ela deu um salto como se a tivesse golpeado. —Isso é ridiculo, Ri. Mesmo para você. —Eu sinto muito. Sua voz estava tensa... Crua. —Não deveria ter acontecido. Não vai acontecer novamente. Ela levou as mãos ao rosto. Fechou os olhos. —Eu não acredito nisso. Que tipo de jogo você está jogando, Riley? Estou tentando entender, mas não está fazendo nenhum sentido. —Eu sei maldição. Mas eu não posso explicar. Seus olhos se abriram uma mistura volátil de raiva e mágoa e frustração que faziam seu peito doer... o rosto queimava. —Se você não me quer. Ela retrucou: —Então apenas diga isso! Ele vibrou com a tensão, o seu interior atado com muitas emoções para nomear ou controlar.
—Eu não disse isso.
—Então, qual é o problema? Eu não estou te pedindo para me salvar ou se casar comigo, ou mesmo tomar conta de mim. Tudo que eu quero é pegar o que você não negou a tantas outras mulheres. Por que devo ser a única que fica fora? Por que eu deveria ser diferente? Ele soltou um som agudo grosso. —Maldição, você sempre foi diferente! Ela olhou a agitação, claramente, não acreditando no que via e ouvia. Resmungando alguns palavrões em voz baixa, ele trancou as mãos atrás da cabeça e começou a passear de um lado da sala para o outro. Lançou-lhe um olhar sombrio pelo canto do olho e disse. —Eu quero coisas com você que eu nunca quis com outra mulher. —E isso é ruim? Perguntou ela, suas palavras suaves em confusão. Sua risada era baixa, triste. —Sim, querida. É ruim. —Porquê? —Porque eu não quero te machucar. Ele murmurou. —Emocionalmente... Ou fisicamente. 102
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—Você não vai. Argumentou, levantando o queixo como se tivesse apenas a insultado. Riley sacudiu a cabeça, abaixando os braços quando ele parou do outro lado da sala, olhando para ela de toda a distância. —Você está certa, eu não vou. Porque eu não vou fazer isso. Eu não vou destruir você. —Você se preocupava antes? - Molhou os lábios, limpou a garganta. —Deus, você quase me matou quando me disse que iria me deixar e, em seguida, num piscar de olhos, chamou Amee Smith para o baile. Ela não pode esperar para chegar à escola na segunda-feira, para que ela pudesse dizer a todos como você a pegou no banco traseiro de seu carro. A culpa queimava debaixo de sua pele, deixando-o suado. Ele tentou engolir o nó na garganta, o peito apertado... o corpo em um aperto de auto-aversão. —Eu tinha as minhas razões. Ele finalmente conseguiu dizer. —Elas não tinham nada a ver com você. O que era uma mentira, porque tinham tudo a haver com ela. Ele tinha estado tão seguro de si, pensando que seria o cavaleiro branco que a tiraria de Laurent e daria a ela a vida que ela merecia, só para descobrir que tudo o que ele ia acabar oferecendo era uma vida no inferno. Ele sabia o que precisava fazer para cortar a ligação entre eles, e ele fez um trabalho muito bom. Tão bom que ambos ainda se recuperavam da dor. Ela respirou fundo e lentamente deixou o ar sair. —Se você não me quer tudo bem. Mas não me diga mentiras, Riley. Não fique dando desculpas. Basta ser homem e dizê-lo. Antes que ele pudesse parar a si mesmo, ele diminuiu o espaço entre eles, pegou sua mão e apertou-a sobre o bulto debaixo do zíper de sua calça, onde seu membro latejava duro e grosso debaixo do confinamento do jeans. — Parece que eu não te quero? Ele rosnou, pulsando contra sua mão. —Tudo o que eu tenho que fazer é colocar os olhos em você para ficar assim. Mesmo após 103
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todos esses anos, só de pensar em você, me faz queimar. Faz-me mais do que qualquer mulher que eu já conheci. Não importa o quão são lindas e ansiosas, sempre que estou com elas quero que acabe logo e tão cedo percebo que o que busco nunca vou encontrar, por que o quero é justamente com a mulher que nunca vou poder ter! Ela chamou seu nome em um sussurro, olhando para ele com espanto e surpresa. Riley sabia que ele deveria ir embora enquanto ele ainda podia e calar a boca, mas as palavras simplesmente saíram dele. —Por Cristo, Hope. Você não tem idéia do quão duro eu tenho que lutar contra isso, quando você está por perto. Sempre foi uma situação muito difícil pra mim e eu passava cada minuto do maldito tempo duro só de ver a maneira como seu cabelo cai sobre seus ombros, imaginando-o sobre meu peito, minha barriga. E agora... Agora é ainda pior, porque você não é uma garota de olhos grandes e inocentes. Você é uma mulher bonita, de tirar o fôlego, e eu daria um braço apenas para ter a oportunidade de passar uma noite com você. Inferno! Confessou com um sorriso amargo, irregular, liberando sua mão quando ele recuou, afastando-se dela. —Você não tem ideia o que eu estaria disposto a fazer em uma hora com você. Um punhado de minutos. —Mas você ainda está me rejeitando, não é? Eu não entendo. Ela sussurrou, envolvendo os braços em volta de seu corpo trêmulo. —Não faz qualquer sentido, Riley. Sua voz era dura... Cruel. —Eu sei. —Então explique. Por favor. Ele balançou a cabeça novamente, forçando um rouco. —Eu não posso. Ela deu um passo em direção a ele, vibrando de emoção. —É melhor você tentar. —Eu não sou o que você acha que eu sou. Eu... Eu... 104
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Sua voz falhou, e deu outra risada amarga, empurrando as mãos nos bolsos. —O quê? Seu tom era suave... Articulado. —O que você está tentando me dizer, Riley? O toque repentino do seu telefone celular lhe fez saltar, e jurou baixinho. Puxou o telefone do seu bolso, ele olhou para o número e jurou novamente. —Eu tenho que atender. Resmungou, virando-se para atender a chamada. —O que está acontecendo? Perguntou, sabendo que Seth McConnell, seu aliado improvável no coletivo, não teria chamado a menos que houvesse um problema. A profunda voz de McConnell chiou através da conexão de baixa qualidade. —Parece que há alguns problemas sérios em sua direção. Temos uma boa vantagem, mas não posso entrar nele agora. Só queria que você soubesse que há muito movimento em sua direção. —Casus? - Ele resmungou ciente de que Hope estava escutando cada palavra sua. —Junto com alguns da unidade pessoal Westmore e um grupo de soldados do Coletivo. McConnell disse. —Eu acho que a palavra saiu sobre você, mas é mais do que isso. Parece que eles estão atrás de Gregory e por todos os lados. Vou terminar aqui, então se cuide do seu jeito. Eu vou chamar, se eu conseguir alguma coisa. McConnell não disse onde estava no momento, mas Riley sabia que o cara não poderia dizer a ele por telefone. —Obrigada pela informação. E eu tenho certeza que Gregory já está na cidade. —Quantas vítimas? —Uma até agora. —Merda. - McConnell amaldiçoou. —E o marcador? —Só Deus sabe. - Disse Riley, com um suspiro cansado. —Mas nós estamos 105
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procurando. Vozes começaram a gritar no fundo, e McConnell disse:
—Eu tenho que
correr, mas fique atento. —Você também. Riley desligou a chamada e no mesmo instante Hope disse. —Há algum problema? —Sim. Enfiou o telefone de volta no bolso, em seguida, passou uma das mãos pelo seu rosto enquanto ele se virava para trás. —Só mais um para acrescentar no topo de todo o resto. Essa situação toda está ficando uma merda. A necessidade sair de lá antes que ele fizesse algo estúpido com ela, o fez virar e dirigir-se para a porta, mas quando suas palavras chegaram até ele parou no meio do caminho, o som suave e trêmulo chegou em seu peito tomando posse de seu coração. —Neal... ... Ele matou o nosso bebê. Riley esperou os ombros encurvados, as mãos em punho ao seu lado enquanto ele olhava para o chão, dando-lhe privacidade, ele podia sentir que ela precisava dizer. —Ele foi à escola de direito, se formou como o melhor de sua classe, criado para ser o próximo Capshaw brilhante de uma dessas famílias ricas e tradicionais do sul. Você sabe o que eu quero dizer. Mas quando sua carreira começou a decolar, ele... Não era capaz de lidar com o estresse. Então ele começou a beber. Muito. E como a bebida piorou, também o seu ciúme. Suas raivas. Ele sempre foi... Possessivo, mas de repente eu não podia sorrir para outro homem sem que ele me acusasse de ter um caso. Ele começou a ficar violento, eu já estava grávida de sete meses. Bateu-me algumas vezes. Meus lábios sangravam, um olho escurecido. Eu... Eu comecei a fazer planos para deixá-lo. Mas eu não fui rápida o suficiente. Ela parou por um momento, e ele virou a cabeça para encontrá-la na janela de novo, olhando para o céu negro. Finalmente, ela disse. 106
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—Na noite, quando... Aconteceu, ele tinha saído com alguns amigos, ido a alguns bares locais. Fazendo só Deus sabe o quê. A temperatura estava baixa, congelando e houve um problema com o nosso aquecimento. Eu não consegui ninguém para arrumá-lo, mas tínhamos um vizinho do outro lado da rua, que era dono de uma empreiteira local, e quando eu perguntei, ele foi mais do que prestativo ao ir e ver se ele poderia ajudar. Quando Neal chegou em casa e encontrou o homem lá, ele ficou furioso com o fato de que eu deixei ele entrar em nossa casa, e ele... o atacou. Pegou a chave da caixa de ferramentas do homem e começou a bater-lhe com ela. Eu estava tentando ligar para 911, quando Neal deixou o homem inconsciente e se virou para mim. Ela apertou as mãos na barriga, como se ela ainda pudesse de alguma forma proteger a vida que esteva crescendo dentro dela. —Eu tentei fugir, mas ele agarrou-me, e nós lutamos. Eu estava gritando e chutando-o, fazendo tudo o que podia para fugir, apavorada pensando que ele ia tentar me matar. Embora mais tarde ele declarasse no tribunal que estava apenas tentando me empurrar para longe, alimentando-os com uma história patética sobre como meu amante o atacou quando ele chegou em casa e encontrou-nos juntos, que não foi da maneira que aconteceu. Neal... Ele me empurrou deliberadamente através da janela da sala. O vidro quebrado, me cortou, cortou... Meu abdômen. E o bebê morreu. Dava medo à calma na voz dela. Como se a emoção tivesse acabado de drenar, deixando uma casca sem vida a seu rastro. Assim foi, obviamente, como ela lidou com a dor, guardando para si mesma... Desligando-se e fez com que ele quisesse colocar as mãos sobre Neal Capshaw e acabar com ele. —Vê, Ri? Tentei dizer-lhe. Disse ela com uma voz calma e oca. —Mas você não quis ouvir. Qualquer sonho idealista que eu já tenha tido morreu em um inferno há muito tempo atrás. Eu não preciso de você para me proteger da realidade. Para abrigar-me da verdade. 107
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Ela estava certa, e matou uma parte dele por saber que ele não estava lá quando ela precisou dele. Ele pensou que a tinha poupado da dor, deixando-a, e ainda assim ela sofreu. Pior do que ele jamais poderia ter imaginado. Ela estremeceu, levantando as mãos para empurrar para trás os cabelos do rosto, em seguida, com cuidado, disse: —Então, de qualquer maneira, foi isso que aconteceu. E se você nunca se importou nada comigo, Riley, então você não vai me fazer falar sobre isso novamente. Virou-se e passou por ele como um fantasma, para o fundo da escadaria, em seguida, olhou para trás por cima do ombro e acrescentou. —Faça-me um favor e tranque a porta depois que sair. Riley estava preso no chão, o seu sentimento como uma máscara rígida quando ele a observou subir em silêncio, até que ela finalmente saiu de sua vista.
CAPÍTULO NOVE DESLIZANDO O CELULAR no seu estojo de couro preto, Kellan deixou o telefone sobre a cômoda, em seguida, voltou para a mulher esperando por ele na cama king-size. Ele já a teve duas vezes, mas seu membro estava endurecido pela terceira vez enquanto olhava sua pose sensual, os cabelos longos caindo sobre um dos ombros, os mamilos de cor escura duros como seda. No momento, as longas pernas estavam dobradas com discrição para o lado, mas sabia que se ele ficasse não estariam assim por muito tempo. Apesar de ser uma espécie de calma e tímida, ela era uma bruxinha, que se encaixam perfeitamente com seu estado de espírito nestes dias. Ele não estava interessado em conversa. Ele só precisava de uma maneira de trabalhar a sua tensão, e tinha sido como uma bênção do céu quando ele a conheceu em um dos locais que frequentava. Eles se conheceram no motel onde estava hospedado, desde que ela tinha chegado em Pureza e ainda estava procurando um lugar para alugar. Kellan tinha 108
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mencionado as cabanas que Hope e Millie alugavam, mas ela disse que estava procurando algo um pouco mais para o lado norte da cidade, já que ela estava indo ensinar na faculdade em Wellsford. Esse havia sido o nível de suas conversas, além de algum bate-papo inútil, a maior parte do seu tempo juntos eles fizeram coisas que o deixou demasiado cansado para falar. —Há algo de errado? Perguntou ela, seus grandes olhos verde-escuro, com satisfação, persistentes, um sorriso curioso tocando suavemente em sua boca cheia. —Não é nada que eu não possa resolver. Disse ele com um sorriso, pegando sua calça de brim no chão e vestindo-a. — Mas eu preciso sair. Seu sorriso irônico quando ele teve que colocar seu pênis dentro do jeans, uma tarefa difícil, considerando o tamanho da maldita coisa, e ela deu uma risada gutural, o som sexy tremendo baixo, fazendo com que ele quisesse ignorar o mundo exterior e apenas se esconder com ela por mais algumas horas. Mas ele sabia que tinha que voltar se não seria um inferno ao se encontrar com Riley. Seth tinha chamado ao telefone e havia colocado a cara na borda, e para ser honesto. Ele assustou Kellan, também. Antes de tudo isso chegasse ao fim, parecia que estava destinado a ficar em Pureza e encontrar-se no centro de uma disputa maior, com todos eles apenas lutando para sobreviver. Puxando sua camisa, botas e uma jaqueta de couro, pegou seu telefone e se dirigiu para a porta. —Quando eu te verei de novo? Ela perguntou quando ele colocou a mão em torno da maçaneta da porta. Kellan olhou por cima do ombro, subitamente com uma sensação estranha, desconfortável, que o sacudiu por todo o corpo até os dedos dos pés. Por uma fração de segundo, ele pensou em voltar para a cama e beijá-la, logo em seguida se recuou a seguir o impulso. Beijos eram para os amantes e amigos, e mesmo que estiveram juntos por um tempo, havia uma falta de intimidade em seus encontros 109
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que ele não podia ignorar. Não que a culpa fosse dela. Não, o problema era com ele, e ele foi atingido com a sensação inquietante de que todas as suas façanhas sexuais o deixava com este mesmo gosto na boca recentemente. Não estava mau. Só faltava... , como se soubesse, instintivamente, que havia algo muito melhor lá fora, se ele só fizesse um esforço para sair e olhar. Pare. Oque tinha para ele no universo? Mentalmente tropeçando no pensamento desconcertante, Kellan sentiu como se tivesse escorregado em algum tipo de realidade alternativa, porque esses não eram seus tipos de pensamentos. Pelo menos não até recentemente. Ele gostava de sexo por causa do sexo. Gostava da maneira que se sentia. O suor, o calor e a liberação da louca pressão. Ele não sabia por que seu cérebro estava de repente vagando no território desagradável que normalmente não teria tocado com uma vara de dez metros. Tudo o que sabia era que ele não estava gostando. Ele estava muito consciente do vazio no estômago que ele estava fazendo o seu melhor para empurrar para longe... Para ignorar, não querendo olhar para ele de muito perto. O sentimento chegava mais forte, dia a dia, e ele estava começando a se irritar com ele. Uma voz rouca em sua cabeça cochichando que ele pode estragar seu caminho através de um fluxo de mulheres bonitas, até o fim dos tempos, e ele não estava ficando feliz com isso. Ele pode sair com elas, mas não ia dar a ele o que ele precisava. Não preenchia esse vazio, vazio doloroso que se instalara no centro do seu peito, crescendo mais profundamente... e mais. —Ei, você está bem? Perguntou ela, sentada na cama com o lençol contra o peito, e ele piscou, percebendo que ficou ali de pé por um minuto, uma mão na maçaneta da porta, olhando para ela enquanto a sua mente tinha flutuado há um milhão de milhas de distância. Pensando na universitária que foi assassinada que Riley tinha mencionado no telefone, ele passou a mão livre no cabelo úmido e disse: 110
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—Houve um assassinato em Wellsford, perto de sua escola. Seus olhos se voltaram, e ela agarrou o lençol apertando contra o seu corpo quando ele acrescentou: - Então, uh, seja cuidadosa. Não vá a nenhum lugar sozinha se puder evitar. - Ela assentiu com a cabeça e disse: —Eu vou tomar cuidado. Antes que tivesse tempo de argumentar, Kellan saiu pela porta, sentindo-se como um imbecil apenas ao sair para a rua. Mas pelo menos ele poderia dizer que tinha sido honesto com ela desde o início. Fechando a porta atrás de si, ele saiu na noite de névoa o chuvisco da neblina que vinha de cima para baixo. Ele podia ter pegado a caminhonete Riley na cidade, mas ele gostava de andar pelas ruas pitorescas, curtindo o som e o cheiro do oceano nas proximidades. Ele só queria que a chuva parasse por mais de uma hora, mas sabia que não havia muita chance de disso acontecer. Pelo menos não tão cedo. Os meteorologistas previram que uma frente de tempestades violentas estava se movendo por ali ao longo dos próximos dias. Os relâmpagos ao longo do Pacífico eram apenas o precursor do que eles diziam ser dos piores temporais que passavam por esta parte do país em cem anos, e Kellan só podia balançar a cabeça e rir. Ele não sabia por que, mas parecia como se ultimamente, se não fosse à má sorte, ele e os outros não teriam nenhuma maldita sorte. Pensar sobre a escavação que começaram, pela manhã, Kellan ergueu a mão para esfregar a tensão na parte de trás do pescoço, quando uma estranha sensação de estar sendo observado, de repente deslizou através de seu sistema. Descendo a rua em um nevoeiro constante, no mesmo ritmo, ele cuidadosamente cheirou o ar da noite, mas a neblina da chuva impossibilitou-o de pegar qualquer coisa e ele fez uma careta, não gostava da sensação rastejando ao redor de suas costas e de seus ouvidos. Que dizia que não estava sozinho... e que o problema estava por vir.
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Cortando através de um pequeno beco que ligava a Rua Principal, ele tinha percorrido a metade do caminho no meio das sombras, quando uma voz atrás dele, gritou para ele parar. Tudo o que aconteceu depois parecia ter sido em câmera lenta, até mesmo os sons distorcidos quando ele girou ao redor para ver um homem volumoso, de cabelos louros em uma das portas na sombra, uma letal Glock na mão direita que apontava para Kellan. Quando o homem disparou, Kellan caiu, rolou, apenas evitando a pulverização ensurdecedora de balas. Com apenas alguns segundos para reagir, ele pegou a faca escondida dentro do bolso do casaco, ergueu o braço e atirou-a através do ar. Ela cravou na garganta do loiro que soltou um doentio som, e os olhos em choque, ele caiu de joelhos, a arma deslizou de seus dedos a estalou contra o asfalto molhado. Em vez de cair, ele só se balançou ali, a chuva contra seu rosto, enquanto uma lava vermelha de sangue saía da ferida na garganta. Movendo em direção a ele, Kellan bateu de volta no chão, colocando um pé contra o ombro direito do rapaz. —Quem te mandou? Ele exigiu. O sangue borbulhava nos lábios do homem quando ele rosnou uma ilegível. —Vá para o inferno! —Resposta errada. Kellan enfurecido disse secamente. Então, ele ergueu o pé, colocou a sola de sua bota contra a lâmina e empurrou para baixo. O corpo do homem se contorceu, sufocando, o gritar saindo de sua garganta enquanto a chuva lavou a espuma rosa que borbulhava nos cantos de sua boca. Inclinou-se para pegar a faca, Kellan a puxou deixando-a livre, em seguida, pegou o revólver e o colocou na parte de trás da calça jeans e foi em direção ao fim do corredor, olhando para o homem que gritou o aviso. Não encontrando nada, ele amaldiçoou o espesso nevoeiro que fez a visibilidade, bem como o cheiro, impossível, e voltou em direção ao beco... Apenas para descobrir que o homem que 112
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tinha acabado de matar tinha ido embora. Merda, ele suspirou, alisando seu cabelo molhado para trás de seu rosto. —Você nunca vai matar os homens de Westmore com balas ou aço. Virando-se, ele viu um homem surgir das sombras. Forte, cabelo molhado pela chuva da cor do carvão grudado no crânio do estranho, os olhos azuis brilhando agudamente através da espessa neblina que impedia Kellan de ser capaz de cheirá-lo. —Quem diabos é você? —Alguém que está tentando ajudar. Murmurou o estrangeiro. Se você estiver disposto a ouvir. Olhando para o homem de pálido olhar, Kellan lentamente sorriu. —E desde quando o Casus se interessa em ajudar os Guardiões? Arqueando uma sobrancelha meia-noite, o homem disse: —Comparado com o jogo perigoso que você está jogando, shifter, colocar sua confiança em mim é a coisa mais inteligente que você vai fazer hoje à noite. Kellan supôs que por “jogo perigoso” o homem estava se referindo a luta de sua unidade contra o Casus, e ele estava prestes a lhe dizer exatamente o que ele poderia fazer com a sua oferta, quando um coro de uivos cortou a noite silenciosa... Parou o comentário inteligente na ponta de sua língua. O desconhecido deu-lhe um sorriso afiado, dizendo: —Se quiser viver Guardião deveria se livrar dessa sua pele de humano. Caso contrário, você não vai durar dois segundo contra o Casus. Eu acho que há pelo menos três deles vindo em sua direção. —Espere! Ele gritou quando o homem se virou e começou a ir embora. —Por que diabos você está me ajudando? —Eu não sou o que você acha que eu sou. Disse o estrangeiro por cima do ombro largo, antes de desaparecer na neblina. Olhando para trás, em direção à rua, Kellan podia sentir o mal e sabia que era 113
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sua única chance de lutar, o que significava que o imbecil estava certo. Ele ia ter que se transformar. Ele hesitou por uma fração de segundo, odiando a idéia de rasgar sua roupa, mas não podia fazer nada. Fez uma careta ao pensar em perder sua jaqueta de couro de quinhentos dólares, permitiu a alteração do fluxo sobre ele enquanto ele corria na direção dos uivos, seu corpo imediatamente expandiu a musculatura e ossos alterando suas formas quando ele se transformou na forma fatal e aterrorizante de um animal. E então Kellan respondeu aos uivos de arrepiar com um dos seus próprios. ELE ESTAVA tão raivoso que o seu sangue estava fervendo. Riley tinha ouvido essa expressão muitas vezes na vida, mas ele não conseguia enxergar a verdade nela. Não naquele momento particular no tempo, porque não havia nada quente sobre a fúria que fluía através dele, engrossando suas veias, em cada célula do seu corpo. Era muito solitário e sombrio para o calor. Árido, frio e brutal. Ele não podia acreditar no que aquele desgraçado tinha feito com ela. Não podia acreditar no que Hope tinha sofrido. Mas acima de tudo, ele não podia acreditar que ele não estivesse lá para protegê-la. Que ele virou as costas para ela, pensando que iria mantê-la segura, e ela acabou sofrendo de qualquer maneira. Rosnando, Riley voltou e deu um soco na pedra da lareira que cobria um dos lados da cabana, xingando com o golpe esmagador enquanto a dor irradiava pelo seu pulso, em seu braço. Olhando para baixo, ele fez uma careta ao ver o machucado, que sangrava e a bagunça que havia feito em sua mão. Movimento suave, imbecil. Deu uma sacudida em sua cabeça, com nojo de si mesmo por agir de tal forma. Maravilhoso, a mão em pedaços não ia resolver nada, e com certeza não o tinha feito sentir-se melhor. Passos soou na varanda, e ele virou a cabeça ao som de Kellan entrando pela porta. O Guardião desalinhado deu uma olhada em sua mão ensanguentada e ergueu a sobrancelha para direita. 114
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—Ow. O que aconteceu com você? Olhou para Kellan cheio de sangue, o corpo quase nu, os restos esfarrapados do que parecia ser a jaqueta de couro do Guardião enrolada na cintura, Riley murmurou: —Eu acho que eu poderia lhe perguntar a mesma coisa. —Você primeiro. Kellan aspirou, indo para a sacola que ele deixou no final de sua cama. —Hope. Ela... Ele soltou uma respiração áspera, então forçou as palavras para fora após o nó de emoção na garganta. Ela me contou o que aconteceu com seu ex. O bastardo a atirou por uma janela em um ataque de fúria. Ela estava grávida na época. Perdeu o bebê. —Filho da puta. Kellan agarrou uma toalha de cima de sua cama e usou-a para limpar as manchas de sangue nas pernas, antes de pegar um jeans. O bastardo deve apodrecer na prisão. Riley concordou, em seguida, disse: —O que aconteceu com sua roupa? Elas rasgaram quando eu tive que me transformar. —Explicou Kellan com uma careta de dor, mas Riley não podia dizer se era o que havia acontecido ou o fato de que ele teve de destruir sua roupa feita sob medida. —Então eu acho que Seth estava certo. Não são apenas os Casus na cidade, mas
parece
que
já
temos
alguns
homens
de
Westmore
aqui
também,
provavelmente esperando para encobrir qualquer sujeira de seus companheiros psicóticos por aí. —Eu tive um encontro com um deles, e não foi bonito. —Quem ganhou? Perguntou ele, vendo como Kellan usava a toalha para enxugar as manchas de sangue que cobriam seu torso. —Eu ainda estou inteiro, então eu acho que o ponto vai para mim. Mas eu 115
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tenho que te dizer nós estávamos certo sobre esses bastardos não serem humanos. Eu cortei sua garganta com uma lâmina, e a próxima coisa que eu sei é que ele foi embora. —Não me diga? —Foi muito estranho. Kellan advertiu, sentado ao lado de sua mochila. —Eu não acho que ele estava tentando me matar, tanto quanto me ferir, o que suscita a questão de o que eles estavam planejando fazer comigo. E ele provavelmente teria conseguido um bom tiro, também, se eu não tivesse sido avisado de que ele estava lá. Encostado à lareira de pedra, disse Riley. —Advertido por quem? —Não faço idéia. - Kellan murmurou.
—Essa só parece ser uma daquelas
noites em que as coisas não fazem qualquer sentido. Eu pensei que o cara fosse um Casus, já que ele tinha essa coisa toda de olho diferente, um azul gelo, mas ele me deu outro aviso de que um grupo de Casus estava chegando. Eu tive que me transformar logo para lutar para sair de lá. —Você não sabe se o homem era Gregory? Kellan assentiu com a cabeça, depois de ouvir a mesma descrição que Riley tinha de Gregory feita por Saige e Quinn. —Este tipo tinha o cabelo curto e tão negro como o seu. —Então, quem em nome de deus é ele?
Riley murmurou, cada vez mais
inquieto com o pensamento de outro elemento desconhecido que está sendo adicionado à equação. —E por que ele o ajudou? —Quem sabe. Kellan disse com um gemido, rolando a cabeça sobre seus ombros. —E você sabe o que mais eu estou pensando? Porque, se temos todos esses Casus correndo por aí, não houve mais mortes? Eu fui contra três deles nesta noite, e com Gregory seria quatro. 116
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Saindo de perto da parede, Riley começou a passear pelo chão.
—Ou
Westmore e o Coletivo estão fazendo um bom trabalho de cobertura, Gregory matou em Wellsford ou eles não estão se alimentando como antes. Talvez eles até já foram avisados. Se quem planejou essa guerra tem algum cérebro, eles sabem o quão perigoso é para o Casus manter a taxa de assassinatos como Malcolm fez. Ele vai chamar muita atenção. Agarrando um par de meias, Kellan disse: —Você realmente acha que foi Gregory que matou a menina? Ainda estimulado, Riley lutou para segurar sua frustração e irritação. —Considerando que seus dedos foram retirados e mordidos, resmungou, raspando uma mão sobre a superfície do seu queixo: —Eu diria que é a maneira de Gregory deixar-nos saber que ele está aqui. Mas isso ainda me faz pensar onde estão os outros e o que eles estão fazendo enquanto esperam que eu encontre o marcador e alcance a plena potência. —Que diabos eles estão fazendo? - Ele rosnou, cortando a mão através do ar, da mesma forma que havia feito na floresta. E como antes, seu poder foi acidentalmente desperto, enviando a lâmpada mais próxima para a parede. Kellan assobiou suavemente sob sua respiração. —Nossa. Lembre-me para não te chatear.
Ele disse em voz baixa,
embargada, obviamente, tentando não rir. —Não é engraçado. Riley disse, empurrando as mãos nos bolsos enquanto ele encarava o guarda sorrindo. —E só para que saiba, eu acho que você não deveria continuar na cidade por conta própria. Kellan puxou uma camiseta sobre a cabeça e fez uma careta. —Que diabos? —É muito perigoso.
Ele resmungou, sabendo que o ego de Kellan não ia
gostar do que ele tinha a dizer. —Você teve sorte esta noite, mas quem sabe o que vai acontecer na próxima 117
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vez. Se foram atrás você uma vez, eles vão voltar. —Eu gostaria de vê-los tentar. Resmungou o homem mais jovem, parecendo completamente insultado quando ele puxou um par de tênis. Deslocando o olhar para os cacos da lâmpada que tinha caído no chão, Riley soltou uma respiração dura. —Este não é o momento para deixar o seu ego tirar o melhor de você, Kell. —Foda-se essa merda. Kellan murmurou, empurrando seus pés e indo direto para a porta. —Onde você pensa que está indo? Riley gritou. Kellan soltou um som rude na parte traseira de sua garganta. —Não se preocupe papai. Ele zombou, olhando por cima do ombro. —Só vou dar uma olhada ao redor da propriedade. Certificar-me que não há nada ao redor. Riley estava prestes a dizer-lhe para parar de agir como um idiota, mas no instante que Kellan abriu a porta, eles ouviram gritos vindos de cima da casa de Hope e Millie. Trocaram um olhar de alarme, que fez com que corressem para fora no caminho florestal que serpenteava, atingindo o jardim traseiro, em apenas um punhado de segundos. Riley podia ver Hope em pé na janela, com Millie ao seu lado, Hal, obviamente, já tinha ido para casa. E de pé no jardim de trás, gritando um fluxo de insultos desagradável para as mulheres, estava um homem alto, magro, com cabelos cor de sol. Adivinhar quem era o estranho e não lutar ia ser inevitável Riley testou seu poder recém-descoberto, colocando uma retenção mental na porta de trás, querendo que Hope e Millie ficassem dentro da segurança da casa. Aparecendo atrás do homem, Riley apoiou os pés no gramado úmido. —Deixe-me adivinhar. Ele murmurou. —Neal Capshaw? O loiro virou-se, seu lábio ondulava quando ele rosnou: —E quem diabos é você? 118
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Riley deu-lhe um sorriso frio e ameaçador. —Eu sou o homem que vai lhe mostrar o que acontece com um inútil que bate em mulheres. —Ela é uma inútil! Cuspiu Capshaw, com o rosto manchado de vermelho de raiva. Quando Riley enfrentou Capshaw, Hope começou a tentar abrir a porta de trás, mas ele se concentrou... Buscando no fundo o poder para mantê-la fechado enquanto ela lutava para abri-lo. A mãe de todas as dores de cabeça começou a bater em seu crânio, e quando ele sentiu um pingo de sangue quente começa a fluir de seu nariz, ele fez uma oração silenciosa já que ele não estava disposto a entregar-se a um aneurisma. —Dê um pontapé nesse imbecil, Riley.
Kellan de repente gritou de onde
estava apoiando o ombro contra uma árvore próxima, obviamente, fixando-se para assistir o show. —O imbecil merece. —Riley? Capshaw olhou com desprezo, seus olhos castanhos escurecendo quando ele deu um passo mais perto. —Você é Riley? Riley Buchanan? O brilho de ódio nos olhos do homem se aprofundou, e Riley esperou, sabendo que Capshaw estava perto dar seu primeiro soco. E apesar dele não apreciar a idéia de violência, ele não podia esperar para bater o punho na cara cinzenta do homem. Ele queria fazê-lo pagar por tudo o que ele tinha feito para Hope. Pela dor que ele causou a ela... O terror. E para voltar a sua vida depois desse tempo todo, tentando feri-la novamente. —Bem, este não é meu dia de sorte? Você tem alguma idéia de quantos anos eu passei querendo pegá-lo? Por causa de você, eu nunca tive uma chance com essa cadela. Capshaw gritou, apontando para a casa, quando Hope chegou uma vez mais na janela, o olhar aterrorizado e completamente irritado. —Ela sempre foi louca por você. Essa patética maldita! —Minha história com Hope não tem nada a ver com você. Resmungou Riley, 119
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embora soubesse que não havia sentido em tentar argumentar com o homem. Era obviamente um idiota. Aquele que pensava que o mundo girava em torno dele. —Tem tudo a ver comigo. Gritou Capshaw, espetando o dedo em direção ao seu peito. —Eu sou o homem com quem ela se casou. —Você é o homem que a perdeu. Rebateu Riley asperamente. —E você não vai consegui-la de volta. Com o rosto contorcido de raiva, Capshaw soltou grito um grosso, gutural e finalmente fez o seu movimento, arremessando seu corpo esguio em linha reta em direção a Riley. Bateram no chão duro, deslizando pelo gramado encharcado, socos voando e cada um deles tentando atingir seus objetivos. Cartilagem triturada e pulverizada de sangue, dois selvagens, rosnando grunhidos enchendo o ar, Hope gritou para Riley ter cuidado. Eles rolaram no chão, lutando para fazer um aperto limpo quando o céu desencadeou um dilúvio fresco de chuva. A névoa com cheiro de mar começou a clarear sob a fúria da chuva, a lama só tornando mais difícil a manobra quando a erva cedeu embaixo dos seus corpos na luta. —Você me paga! - Capshaw rugiu depois que se recompôs e ficou em pé. Riley emitiu um som de nojo enquanto eles circularam entre si. — Como diabos você fará. —Eu não merecia o que fizeram comigo. Prender-me com o mesmo tipo de escória que eu costumava repudiar. E tudo por causa dela. Ela lhe contou que eu perdi tudo por causa dela? Porque ela estava trepando com outro? Sem esperar pela resposta de Riley, ele desdenhou: —Eu perdi tudo por causa dessa vadia! Minha carreira. Respeito. Minha liberdade! Balançando a cabeça, Riley disse: —Você perdeu a vida que tinha, porque você é um merda inútil, Capshaw. Muito estúpido para compreender o que tinha. Quando ele limpou a boca sangrando com as costas de seu pulso, o peito de 120
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Capshaw abalou com um baixo, repugnante estrondo de risada quando ele disse. —Você quer saber o que eu aprecio, Buchanan? O fato de que ela finalmente teve o que merecia. E eu faria isso tudo novamente. Inferno, eu duvido que o bebê fosse meu mesmo. Ele não merecia viver. Com estas palavras de Capshaw, Riley reconheceu o fato de que, se ele não tivesse deixado a sua arma na cabana ele teria tentado atirar no desgraçado. Ele estava com raiva suficiente para ir em busca do sangue do homem com as mãos nuas. Furioso o suficiente para rasgá-lo em pedaços. Capshaw deve ter visto a raiva nos olhos dele, porque ele tentou cair para trás, mas Riley foi muito rápido. Um segundo depois deslizou o pé para perto e Riley soltou um gancho de direita rápida que abateu o homem claramente a seus pés. Capshaw veio rosnando, e Riley o acertou novamente, esmagando os ossos quando ele bateu com o punho no nariz do homem, fazendo com que o sangue a jorrasse sobre a boca do idiota e do queixo, pingando em sua camisa enlameada. O bastardo saltou sobre ele, e eles bateram na lama novamente, deslizando uns bons cinco metros antes de pararem. Riley estava distante, mas ciente de Kellan animando-o quando ele colocou Capshaw embaixo dele... de Hope gritando de dentro da casa, batendo na janela enquanto Millie tentava afastá-la, mas tudo desapareceu quando a raiva do homem deu lugar à visceral, raiva sanguinária da escuridão dentro dele. Ele podia sentir seu sangue Merrick fervendo, seus dentes começam a deslizar livre de suas gengivas, pesados e afiados em sua boca. Podia sentir o desejo do Merrick, escuro predatório de rasgar a garganta do bastardo. As pontas dos dedos que ele tinha enrolado em volta da garganta Capshaw, de repente, queimavam, e ele resmungou com a acentuada dor das garras mortais que começaram a perfurar sua pele. Perfurando contra o seu interior, o Merrick lutava para sair, mas estava fraco demais para quebrar totalmente o seu caminho para fora dele. Usando toda a força que possuía Riley forçou a besta a recuar, sabendo que ele não poderia deixá-lo ter o que queria. Mesmo que fosse o sangue de Capshaw. Sua vida. E ele 121
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não tinha nenhum problema para matar um homem, se isso significasse proteger aqueles com quem ele se preocupava, mas não queria matar como um monstro. Por uma fração de segundo, ele virou o rosto para o lado, longe da tentação da garganta de Capshaw quando um relâmpago cortou o céu, e o Merrick finalmente recuou, permitindo Riley terminar. Rapidamente Capshaw se repuxou a seus pés com a mão esquerda presa na camisa enlameada do rapaz, Riley puxou seu punho, em seguida, bateu no rosto do bastardo, mandando-o de cabeça para a lama. Capshaw caiu duro... e permaneceu caído. Enquanto Riley estava lá, o peito arfante enquanto olhava para o corpo de Capshaw, Kellan veio e se ajoelhou ao lado da deformação, verificando seus bolsos. Puxando um cartão do motel, ele leu o nome sobre o plástico. —Acho que ele está hospedado, no Pacífico Motel. Eu o vi na cidade. – Levantou o corpo de Capshaw por cima do ombro, Kellan ficou em pé e disse: —Eu vou ser um amigo e me desfazer deste pedaço de merda. Você vai ficar bem? Ele acenou com a cabeça enquanto colocava os dedos golpeados em seus bolsos e, em seguida jogou suas chaves para Kellan. O Guardião carregou Capshaw que soltou um gemido quando vou jogado na cabine da caminhonete, em seguida, subiu, ligou o motor e foi embora. Riley tomou uma respiração profunda, finalmente soltou a porta traseira, e um segundo depois Hope saiu da casa, com os cabelos voando como fúria, os olhos cor de topázio brilhando de raiva enquanto ela marchava em direção a ele. Empurrando os cabelos molhados para trás de seu rosto, Riley empurrou o queixo em direção a sua mão direita. Abaixe a faca antes que se machuque. Ela olhou para suas mãos com um olhar de choque, e se surpreendeu ao encontrar-se segurando a arma perigosa. Murmurando sob sua respiração, ela se voltou e colocou-a sobre o corrimão da varanda, em seguida, virou-se e apontou um dedo para a casa, onde Millie estava em pé na soleira da porta aberta, pálida, apreensiva. 122
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—Alguém tem de consertar essa porta maldita! Suspirando, disse Riley. — Não há nada de errado com a porta Hope. —Como o inferno não há. Argumentou. — A coisa maldita não abriu! Antes que ele mesmo pensasse nisso, ouviu-se dizendo: — Isso é porque eu estava mantendo-a fechada. Ela deu um suspiro feminino, como se ela achasse que ele estava fazendo algum tipo de piada. - E exatamente como você estava fazendo isso, enquanto você estava ocupado chutando a merda do Neal? Sua boca fez uma linha dura implacável enquanto ele mantinha preso seu olhar, a chuva torrencial molhando ambos até os ossos. Finalmente, ele disse. — Você realmente quer saber? Não era tanto as palavras, mas seu tom de voz que chamou sua atenção, e ela tremeu, os olhos se abriram, com receio, como se ela tivesse de repente se lembrado de uma coisa importante. Calmamente, ela disse. —Eu quero. —Sim, bem, eu acho que nós tivemos bastante emoção por uma noite. Ele resmungou baixinho, olhando para longe, enquanto o pavor começou a rolar em seu caminho através de seu interior, doentio e frio. Ele apenas começou a se afastar, imaginando que seria melhor sair dali, antes de dizer qualquer coisa que pudesse levantar suas suspeitas, quando suas palavras o pararam. —Eu vi o que aconteceu. Empurrando as mãos nos bolsos, ele preparou-se enquanto a olhou em seus olhos. Lamento que você tenha tido que ver a luta, Hope. Mas esse idiota começou. Ela balançou a cabeça, piscando por causa da chuva que estava tamborilando contra seu rosto.
—Eu não me refiro à luta, Riley. Quero dizer... o
que aconteceu com você enquanto lutava com ele. Antes que ele negasse. —Eu 123
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vi suas mãos. Seus dentes... Fazendo o possível para manter a voz baixa ele disse. —Foi uma loucura o que houve aqui, Hope. Duvido que você fosse capaz de ver muita coisa. —Eu acho que você ficaria surpreso. Argumentou, e ele sabia que ela não iria deixá-lo ir. —Não deixe que os relâmpagos te preguem uma peça... O tempo torrencial. Esperando como o inferno que ele pudesse fazê-la entender, Riley diminuiu a distância entre eles, tirando uma mão do bolso com a intenção de empurrar o cabelo para trás de seu rosto. Mas quando ele se aproximou dela, ela deu um passo rápido para trás, lutando para ficar longe dele. Ele se encolheu, como se ela tivesse dado um tapa, e sua mão caiu, solta ao seu lado. Seu peito subia e descia com a força da sua respiração, sua boca abrindo e fechando duas vezes antes dela finalmente conseguiu dizer: —Eu acho que deveria entrar agora. Riley olhou, enquanto uma súbita raiva pelas palavras que precisava ser dito ficou presa em sua garganta. Não que ela lhe desse a chance de dizer nada. Ela simplesmente olhou em seus olhos uma última vez, e em seguida, virou-se e rapidamente voltou para dentro da casa, fechando a porta atrás de si.
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CAPÍTULO DEZ Encurvado dentro de sua jaqueta grossa com capuz, Gregory DeKreznick fez o seu caminho ao longo da periferia da cidade arborizada, pensando sobre a cena que ele tinha acabado de testemunhar da cobertura da floresta, a chuva mascarando seu perfume para que ele pudesse ver sem ser detectado. Ele não gostava da idéia de alguém mexendo com a mulher do Merrick, a menos que esse alguém fosse ele. A única razão pela qual ela ainda estava respirando era porque ele tinha decidido esperar pelo momento perfeito antes de se divertir com ela. E até esse momento chegar, ele ficaria brincando com a mente do Buchanan. Ele sabia que tinha que poupar Riley, Gregory esperaria para fazer o seu jogo com a morena tentadora. Sabia que a preocupação o roeria por dentro e ele realmente sorriu ao pensar nisso. Deslizando-se pela noite chuvosa, ele se assegurou de que não estava sendo seguido, o que ele sempre vinha fazendo desde que deixou a sede de Westmore no Colorado há algumas semanas. Ele não queria nenhum valentão de Westmore, o seguindo, fazendo o seu melhor para cobrir suas matanças. Onde estava à diversão nisso? Não, ele queria que os corpos fossem encontrados. Buchanan tinha que saber que ele estava perto... e esperando. Queria aproveitar para observá-lo suar, perguntando-se
quando
Gregory
iria
contra
aqueles
com
quem
ele
se
preocupava... Que significavam algo para ele. E enquanto a fome de sangue, ele estava se sentindo melhor do que tinha há muito tempo. A menina da faculdade no sábado tinha sido mais doce do que ele esperava lutou contra ele até o seu fim amargo. Ele ainda tinha na memória aquele momento perfeito quando ele finalmente lhe deu uma amostra do que ele era. Quando ele finalmente permitiu que seus dentes saíssem livres e se enterrassem profundamente nos pálidos seios trêmulos. Seu medo, o grito de dor assustou os 125
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pássaros das árvores, deixando a floresta à sua volta em silêncio e imóvel, para que ele pudesse ouvir cada gemido... Cada soluço ofegante quando ele começou a mostrar o quão tola tinha sido por sair com um estranho. Sorrindo ao recordar, Gregory estava a ponto de sair da floresta, entrando no estacionamento de um bar local, quando um gigante, alto careca pisou em seu caminho, os olhos azul-gelo do homem, dizendo-lhe que ele enfrentava outro Casus. Embora o hospedeiro humano fosse um estranho para Gregory, que levou apenas um momento ou dois para discernir a verdadeira identidade do indivíduo, o mesmo que ele tinha feito com Pasha. —Miles. – Rosnou ele, incapaz de recordar o último nome do canalha, mas então nunca estava em condições de falar. Miles era um desses idiotas hipócritas que perpetuamente beijava o traseiro santo Calder, o que significava que Gregory sempre o tinha evitado como a peste. —Eu deveria saber que viria mais cedo ou mais tarde. Será que Calder o enviou aqui para manter um olho em nós? Certificar-se de que estamos todos sendo bons soldadinhos? Balançando a cabeça, o Casus disse: —Eu estou aqui para oferecer alguns conselhos, Gregory. Se você for esperto, você vai ouvir. —Deixe-me adivinhar. Ele disse, balançou-se para trás sobre os calcanhares enquanto colocava as mãos nos bolsos da calça jeans. —Calder quer que eu seja um bom menino e pare de mexer com o seu precioso pequeno plano. Estou certo? É para isso que você foi mandado para cá para me dizer? —O tempo de advertências acabou. Miles resmungou. —Ele já disse para seguir as regras. Uma vez que você se recusa a obedecer a suas ordens, se tornou seu inimigo público número um. Eles estão em guerra contra você, Gregory. Deram ordens para matá-lo. Você precisa apresentar um relatório a Westmore e fazer as pazes. Se quisermos ganhar esta guerra, precisamos estar unidos. Não podemos nos 126
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dar o luxo de perder. —Na verdade. Ele murmurou. —Eu gosto de estar sozinho. Nunca fui bom em qualquer jogo com os outros. —Se você não respeitar as regras e ajudar Calder a adquirir os marcadores. Miles argumentou. —Haverá conseqüências. Ele levantou os ombros de modo insolente. —Não tenho nada a perder, então não há nada que se possa tirar de mim. Miles lançou um olhar gelado e estreito. —Não tenha tanta certeza sobre isso. —E o que é que isso quer dizer? Gregory raspou, não gostando da insinuação por trás das palavras de calma do Casus. —Basta pensar no que eu lhe disse. Miles murmurou. Eles não estão felizes com você, Gregory. Não, em absoluto. —Ah, agora você está partindo meu coração. Ele esperava que o homem continuasse discutindo, mas Miles apenas balançou a cabeça novamente e voltou para a floresta sombria. Gregory ficou por um momento sob os fios prateados do luar, pensando sobre o que o Casus tinha dito, então sacudiu sua inquietação com um rosnado e murmurou.
“Assim que
Calder e Westmore estão contra ele? Eles não me assustam”. E ele, com certeza não iria voltar atrás, beijando-os, prometendo ser o seu menino de ouro apenas para que pudesse voltar a suas boas graças. Engulam isso. Ele não trabalhava para ninguém, mas para si mesmo. Quando ele fez o seu caminho através da cidade, ele pensou por um minuto em chamar Pascha, em seguida, rejeitou a idéia. Eles fizeram um acordo. Se ela decidisse atrapalhar seus planos, ele iria fazer com que ela pagasse pelo erro. E por um momento, ela estava sendo útil. Ela estava fazendo um bom trabalho ao se aproximar do guardião, ela sempre tinha feito alguns de seus melhores trabalhos às suas costas. O guardião não tinha idéia que estava jogando nos Jogos Olímpicos do 127
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quarto com o inimigo, e quando ele percebesse seu erro, seria tarde demais. Ela iria manter seu pulso sobre a situação do marcador através do Guardião, e uma vez que tivesse sido encontrado, ela iria colocar seu plano em ação. A balança iria pender para seu lado, em seguida, a utilizaria para atrair os outros. Conhecendo Pasha, ela provavelmente iria lançar os pedaços dele, um por um, jogá-los como isca, até que os outros viessem correndo. E uma vez que eles os fizessem, ela e Gregory teriam finalmente o que eles queriam. Os três Buchanans em um mesmo lugar, ao mesmo tempo. Pasha ficaria com o xerife, e Gregory não só teria o prazer de descascar a pele do filho mais velho de uma cadela que tinha matado seu irmão, mas também da irmã mais nova. Ele faria com que a morte de Ian fosse rápida, satisfazendo a sede de sangue, e depois brincaria lentamente com Saige, usando-a para saciar seus outros desejos, mais interessantes. Seria perfeito, mas havia a questão de Miles. Depois de tantos anos no inferno em Meridian, Gregory tinha acumulado muito ódio e raiva. Eles se tornaram seus companheiros constantes, juntamente com a dor, implacável roendo para fugir e se vingar. Agora que estava livre, ele estava desfrutando do banquete humano e da oportunidade que o cercava. Mas hoje, ele precisava de algo com significado... E ele sabia exatamente o que usar. O homem era um bastardo arrogante, o que sempre era mais satisfatório. Com um leve sorriso nos lábios, Gregory abriu caminho para o motel que tinha ouvido falar após a luta. Uma nota de cem dólares na recepção comprou-lhe as informações que ele precisava, assim como a garantia de privacidade. Seu sorriso se ampliou quando viu que o quarto estava voltado para a floresta, o que daria uma fuga fácil. Levantando a mão, bateu contra a madeira verdepálida. —O que você quer? Capshaw perguntou quando abriu a porta, uma toalha de mão pressionada sob o nariz sangrando. 128
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—Você. Gregory disse, apontando para frente no centro do peito do homem. O violento golpe empurrou o humano pela sala. Entrando, Gregory trancou a porta atrás de si. Capshaw ficou de pé e tentou revidar, mas Gregory era muito forte... Muito poderoso. A primeira mordida é sempre mais doce, pensou ele, afundando seus dentes no ombro do homem e arrancou um pedaço quente de carne ensanguentada. O som que saiu de Capshaw foi algo parecido com o de uma criança aterrorizada e ele foi obrigado a passar suas unhas na garganta humana, apenas o suficiente para que ele parasse de gritar... Mas não suficiente para matar. Não enquanto ele ainda estava se divertindo muito. Quando Capshaw tentou rastejar para longe, Gregory inclinou para trás a cabeça, abriu os braços e permitiu que o fluxo de sangue se alterasse. Suas roupas rasgadas caíram no chão, e então ele caiu de quatro, um baixo e áspero som surgindo de seu peito monstruoso enquanto ele espreitava em direção a sua presa. E agora. Ele disse as palavras ásperas distorcidas pela forma de sua boca. —É hora de deixar que os jogos comecem.
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CAPÍTULO ONZE
Terça À Noite QUANDO FINALMENTE o sol saiu no horizonte, o céu floresceu com uma última explosão de violência de cores, o fluxo profundo em carmesim no céu era como uma colcha de retalhos de feridas dolorosas, enquanto as nuvens sangravam um fluxo interminável de lágrimas de chuva coloridas. A sinistra imagem dramática de humor de Riley encaixava perfeitamente, considerando que tinha passado mais um dia em uma busca que deu em nada. Saige tinha pedido desculpas quando ela ligou naquela tarde, uma virada que ela não tinha sido capaz de identificar sobre a localização exata do marcador. Nenhum deles queria considerar a possibilidade de que a cruz já pudesse ter sido encontrada. Já poderia estar nas mãos do inimigo. Eles
procurariam
enquanto
pudessem,
até
que
o
tempo
parasse
eventualmente os seus esforços. Kellan já tinha dirigido para a cidade, apesar dos argumentos de Riley, alegando que ele estava muito frustrado para ficar na cabana com ele, saiu deixando Riley sozinho. Embora eles tivessem visitado o café de manhã e no almoço, Riley não tinha visto Hope o dia inteiro. Ele e Kellan tinham conversado com Millie, que lhes assegurou que Neal Capshaw não telefonou ou tentou entrar em contato e Riley já tinha feito algumas chamadas, entrando em contato com o agente da condicional do bastardo. Se Capshaw tivesse qualquer bom sendo, ele colocaria seu rabo de volta à Carolina do Norte e permaneceria lá, nunca mais poria os pés em Pureza novamente. Millie também alegou que Hope estava trabalhando no escritório, enterrada na burocracia, mas Riley sabia quando ela o estava evitado, não que ele a culpasse. Ela estava apenas fazendo o que era esperto. O que era sensato. Ela 130
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queria usá-lo para o prazer, para finalmente riscar a comichão que tinha queimado sob ambas as peles por muitos anos. Ela não estava interessada em entrar no seu pesadelo. Não por uma questão simples de desejo... De prazer. E certamente não com alguém que era mais monstro do que homem. As coisas poderiam ter dado certo para o seu irmão e irmã, mas Riley sabia que não podia esperar que Hope abraçasse o que ele era, o que ele estava se tornando, pelo simples fato de que ela não o amava. Se tivesse metade de um cérebro, ele estaria aliviado agora por ela não querer chegar perto dele. Ela manteria à distância, o que esperava que a mantivesse segura... Bem como fazer as coisas infinitamente mais simples para a duração de sua estadia. Ele conseguiria encontrar o marcador, sairia e mataria o Casus com ele. Encontraria algum lugar remoto para marcar seu território, faria isso. Mas ainda que ele não pudesse negar a emoção que percorreu seu corpo quando ele soltou uma respiração profunda e pegou seu perfume soprando através da porta de tela. Deixava-o cego e queimava de alívio ao apenas tê-la por perto. Ela parecia tão certa, quando tudo estava tão incrivelmente errado. Riley observou a porta, esperando que ela passasse quente, o cheiro apetitoso enchia sua cabeça... Seus sentidos. Preenchendo os lugares em que sentia vazio e a desejando nos últimos treze anos da sua vida miserável. Ele não podia negar o quão bem ele se sentia ao vê-la, lhe horrorizava o que estava por vir. O que ela tinha chegado lá. Temia ter de lhe dizer a verdade sobre sua família e sobre Merrick e principalmente sobre Casus, sabendo muito bem que seria sua morte. E talvez isso não fosse de todo ruim. Talvez fosse a coisa certa que finalmente ela fosse embora da cidade, longe de Pureza, de modo que ele pudesse parar de viver com medo dela ser ferida por causa dele. Ela subiu os degraus da varanda e olhou através da janela, ele abriu a porta e ela entrou o com os ombros apoiados contra a lareira de pedra. Seus cabelos longos estavam bagunçados pelo vento úmido da chuva, o rosto úmido e fresco, sem 131
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maquiagem para desvirtuar a pureza de sua beleza natural. Ela usava um longo casaco cinza que pendia solto fora de um ombro, junto com jeans e botas. Pequenos aros de prata brilhavam em suas orelhas, suas jóias apenas outro anel de prata que ela usava em seu polegar direito. —Você sabe por que estou aqui. Disse ela em voz baixa, cruzando os braços sob os seios enquanto ela olhava fixamente para ele sob os cílios, os olhos cor de topázio, seus cílios grossos contra a curva luminosa do seu rosto. —Depois da noite passada, eu estou surpreso que você não tenha medo de vir aqui sozinha. Ele disse, e não havia nenhuma dúvida sobre o sabor amargo de suas palavras. Ela estremeceu, mas não se afastou. Em vez disso, ela entrou mais para dentro do quarto espaçoso, sentando-se no pé de sua cama. Esfregou as palmas das mãos contra as coxas, ela puxou o lábio inferior com os dentes, em seguida, respondeu baixinho:
—Desculpa-me pela forma como eu reagi ontem à noite, Riley. Foi
simplesmente demais. Pressionando uma das mãos contra o peito, ela disse: —Eu não queria magoá-lo. Eu só... Eu só não tinha conseguido processar. —E o que mudou? Ele resmungou, certificando-se a bainha de sua camiseta estava cobrindo a braguilha. Não era o momento para uma ereção, considerando seu estado de espírito, para não mencionar as circunstâncias, mas Hope estava sentada em sua cama, tão bonita, macia e suave, não havia nenhuma maldita maneira de que ele pudesse impedir que isso acontecesse. —O que mudou é que finalmente me acalmei. Disse ela em resposta à sua pergunta. —Para ser honesta, eu passei a maior parte do dia tentando encontrar a coragem para enfrentá-lo, Riley. Não por causa do que vi. Eu sei que não faz qualquer sentido. Quero dizer, você pensou que eu estaria apavorada, não é? Mas... A voz dela sumiu com a vibração de uma risada nervosa e ela desceu o olhar enquanto erguia os ombros desconcertados que diabos estava acontecendo. A 132
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risada desapareceu, e ela respirou profundamente, tremendo, olhando para as mãos como punho em nós no alto das coxas. —Eu não sei. A coisa mais difícil que eu já enfrentei depois do que aconteceu com Neal. É tão embaraçoso. Tudo isso. O fato de que eu me casei com uma pessoa horrível. Com outro suspiro profundo, ela ergueu o olhar, prendendo-o com a sua honestidade... A sua força. —Eu encontrei a coragem de vir aqui, e agora estou esperando que você possa encontrar a coragem para me dizer a verdade. Porque eu acho que mereço, Riley. Depois de tudo o que aconteceu. Acho que tenho o direito de saber o que você está escondendo. A culpa rastejou por suas costas até as orelhas, e olhou para longe, pela janela na floresta escura, seu coração começou a bater em um ritmo duro e pesado, enquanto observava a névoa que começava a formar um fio em torno dos troncos das árvores. Sua garganta ficou apertada... o rosto quente. —É feio, Hope. Sua voz era baixa... Corajosa, áspera. —E o meu passado não é? Ela perguntou, dando uma risada dura e trêmula. —Isso não é apenas o meu passado. Ele resmungou, passando os cabelos para trás em um gesto frustrado. —É o meu futuro. Ela segurou o fôlego por um momento, então simplesmente disse: —Não mais mentiras, Riley. Apenas me diga o que está acontecendo. Preocupado com o que ele poderia fazer com seu novo poder, ele enfiou as mãos nos bolsos e caminhou até a janela, dando as costas para ela. —É melhor você não saber, Hope. Você não tem idéia do quão isso é mal. —O quê? - Perguntou ela. —Como é que pode ser ruim? Você é um vampiro? Um lobisomem? Você transforma em algum tipo de hulk verde gigante? Apesar de sua frustração, uma risada áspera saiu de sua garganta por causa da imagem de suas palavras. —Não, querida. Eu não vou ficar verde. Ele soltou uma respiração áspera, sacudindo a cabeça. Não havia maneira de adoçá-la... Para torná-la bonita. A verdade era apenas uma fatia da realidade, e ele estava prestes 133
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a por o prato inteiro para fora.
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—Mas Kellan, sim. - O admitiu em voz baixa e
trêmula. —Ele é um lobisomem... Eu sei que soa excêntrico louco, mas é verdade. O irmão de Kell, também. Embora eu ache que eles preferem ser chamados de Lycans. Ele ficou tenso, à espera de sua reação, antecipando-se a qualquer indicio de risada histérica de raiva, mas um silêncio pesado, pensativo foi tudo o que encontrou em sua confissão rouca. Olhando por cima do ombro, ele só conseguiu balançar a cabeça ao ver sua postura, sentada na cama com as mãos cruzadas no colo, a expressão curiosa e confiante em seus olhos dizendo que ela estava esperando ele continuar. Só deus sabia por que ela não reagiu da maneira que a maioria das pessoas, mas ele já sabia que Hope era única. Especial. Ela sempre olhou para o mundo de uma forma um pouco diferente dos demais, talvez por isso ela conseguisse entender a escuridão, às vezes, aterrorizante, extraordinária do mundo do qual ele se tornou uma parte. Ou talvez ela simplesmente não acreditasse em uma palavra que ele disse.... Antes que ele pudesse se debruçar sobre esse pensamento particular, ela respirou profundamente, sentindo calafrios, passou a língua contra seu exuberante lábio inferior, em seguida, suavemente, disse: —E quanto a você? O que você é, Riley? Ele voltou para a janela e encolheu os ombros, ironicamente ciente do fato de que ele não conseguia olhar para ela e dizer às coisas que ele tinha a dizer. Não com ela sentada lá olhando para ele com essa intensa calma, vendo cada nuance de sua expressão, cada centelha de emoção em seus olhos. Era muito despojado de seus elementos de base, com o rosto muito aberto, revelando todos os brutais, detalhes vulneráveis. Ele não tinha como... Proteger a si mesmo se tudo desabasse ao seu redor. Apoiando o braço no alto da janela, Riley estreitou os olhos, focalizando o ritmo hipnótico constante da chuva, enquanto tentava resolver por onde começar. 134
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Ele limpou a garganta com uma tosse, então finalmente disse: — Você sabe que a minha mãe, Elaina, era um... Um pouco diferente. Só um pouco. - Ela concordou, e ele podia ouvir o sorriso na voz dela... Podia sentir o calor do seu olhar na parte de trás do pescoço, vigilante, incentivando... E esperando por ele. Riley respirou fundo e, em seguida as palavras meio que começaram a sair dele em um profundo, rouco estrondo, a pressão em seu peito crescendo a cada confissão, quando ele começou a explicar tudo desde o início. Ele começou com as histórias de sua mãe sobre o Merrick e Casus, explicando sobre sua obsessão com a linhagem da família. Então ele contou a ela sobre o despertar de Ian, o Guardião, e a lenda cigana que falava do Casus um dia retornar a este mundo, fazendo com que o despertar do Merrick começasse. Ele contou a ela sobre as vítimas que tinham sido mortas... Sobre a busca pelos marcadores, explicando que ainda não sabiam por que o Casus e o homem chamado Westmore os queriam. Ele mesmo contou a ela sobre os dons dos Buchanan e seu poder estranho, que parecia crescer dentro de si, permitindo-lhe controlar objetos com a mente, como ele tinha feito para manter a porta de sua casa fechada durante a sua luta com Neal. Hope permaneceu em silêncio, ouvindo a sua história enquanto a chuva continuava caindo no telhado em uma cadência constante, reconfortante, e antes que ele percebesse, havia dito tudo. Cada detalhe... Com exceção de um. Embora Riley soubesse que merecia toda a verdade, ele não conseguia dizer-lhe sobre a noite que tinha tomado parte na visão ritual que tinha mudado sua vida. Em vez disso, ele simplesmente disse a ela que uma vez que o marcador fosse encontrado, ele teria que ir em busca do próximo, ajudando a sua família o melhor que pudesse. Ela não fez comentários sobre a última parte, apesar de sentir que ela queria que ele se virasse. Reunindo sua escuridão, o olhar curioso, ele disse. —Então é isso... Loucura, eu sei. Mas, infelizmente, muito, muito verdadeiro. —Eu tenho algumas perguntas. Ela murmurou, e pela próxima meia hora, ela 135
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passou a atormentá-lo com detalhes sobre as coisas que ele lhe dissera. Ela fez perguntas sobre o Casus, querendo saber mais sobre Gregory e sua busca por vingança. Sobre o poder de Riley e como ele trabalhava, bem como os dons estranhos que Ian e Saige possuíam. Depois ela perguntou sobre Saige e os mapas, e ele explicou como a sua irmã tinha encontrado o primeiro marcador na Itália, e, em seguida, uma vez que ela tinha os mapas, foi capaz de usá-los para localizar a segunda cruz... E agora esperava pelo terceiro. Ela também perguntou sobre Seth McConnell, e Riley entrou em maiores detalhes sobre como ele e a unidade dos Guardiões no Colorado se aliou com um homem que, como um oficial do Exército Coletivo, foi outrora seu inimigo mortal. Ele disse a ela sobre como um Seth tinha entrado em contato com eles depois de saber que os generais do Coletivo tinham parceria com um homem chamado Westmore, o que era uma aliança perigosa, e agora sobre sua busca de informações sobre Westmore e sua associação com o Casus. Ele também explicou porque eles acreditavam que, especialmente após o ataque a Kellan na noite anterior, essa unidade pessoal de Westmore de soldados, não pareciam humanos. Ela parecia fascinada quando ele contou a ela a história de como ele, Ian e o Complexo, junto com Seth e alguns dos soldados que permaneceram fiéis a ele, tinham ido à sede Westmore para resgatar Saige semanas atrás. E quando eles perceberam que Westmore e seus homens não eram humanos, vendo como os corpos que tinham ficado no caminho não estavam mais lá quando eles saíram. Eles ainda não sabiam a que espécie pertencia Westmore, ou se o Coletivo tinha suas próprias suspeitas sobre o homem... ou se eles ainda acreditavam que ele era tão humano quanto os soldados do Coletivo em si, mas McConnell estava no campo, fazendo o seu melhor para obter as respostas. Como um funcionário que estava trabalhando contra as diretrizes de seus superiores, a posição de McConnell era muito perigoso e sabia que sua vida estava na linha. Quando ele finalmente disse a ela tudo o que podia pensar, Riley levantou 136
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uma das mãos, esfregando a tensão na parte de trás do seu pescoço e disse: — Então, eu... Ah, eu sei que você provavelmente gostaria que eu e Kellan saíssemos agora, mas não podemos. Não até que tenhamos encontrado o terceiro marcador. Se nós sairmos, você e Millie ainda correrão perigo enquanto ele estiver enterrado em sua terra. Mas eu te dou minha palavra de que eu vou ficar longe de você, manter a minha distância. Só... Enquanto você prometer que não vai correr nenhum risco com a sua segurança. Especialmente com o Casus lá fora, para não mencionar Gregory, que adoraria encontrar uma forma de colocar minha mente em parafuso. —Riley. Ela começou, fazendo um movimento para se levantar, mas ele a cortou, acrescentando: —E é... uh, não vou tentar te tocar de novo. Inferno, eu não tenho o direito de fazê-lo em primeiro lugar. Eu sabia que era errado... Perigoso, especialmente considerando a fome que estou sentindo por dentro, ficando mais intensa a cada dia. Eu não deveria ter tocado você como fiz aquele dia na cozinha, mas eu... Eu tinha que ter algo. Ele murmurou, forçando as palavras por sua garganta apertada enquanto ele se virava, olhando para fora cegamente na floresta encharcada pela chuva. Ele contou as batidas do seu coração, até que ouviu o farfalhar do movimento quando ela se levantou. — Por que você acha que eu quero que você saia agora? Perguntou ela. – Pelo que eu pedi para você na noite passada? Uma seca e áspera risada vibrou em seu peito. — Você não tem que mentir Hope. Eu não a culpo por mudar de idéia. Eu entendo. —Realmente, eu não acho que você me entenda. Não se você acha que eu não quero você. As batidas de seu coração se tornaram mais difícil... Mais pesado, e ele virou a 137
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cabeça, lançando-lhe um olhar sombrio, o questionamento sobre seu ombro. —O que você está falando? Ela levou as mãos para seus bolsos e levantou os ombros, uma espécie de pequeno sorriso torto escondido no canto da boca, macio e bonito que o fez querer puxá-la em seus braços e beijá-la até ficar sem sentido. —Eu confio em você, Riley. —Cristo. Ele murmurou quando virou para trás ao redor, perguntando que diabos ele iria fazer com ela. —Você cresceu Hope, mas ainda está tão deslumbrada como sempre, não é? —Você sabe que não é verdade. estranha, com uma surreal
Ela argumentou com uma sensação
calma em torno dela que a fazia sentir-se instável,
desequilibrada. —Será que você não estava escutando, ou você simplesmente não acredita em mim? Exigiu em um tom cortante e duro, atacou como um chicote, afiado. — Juro por Deus, Hope. Abra seus malditos olhos. Mesmo se você fosse louca o suficiente para não se importar que eu queira afundar um par de malditas presas em sua garganta, pense sobre o que eu tenho para lhe oferecer. Nada. É isso. Uma transa quente, suados minutos de prazer, e então eu vou embora. Se você pensar nisso, você vai perceber que você não irá a qualquer lugar comigo. Você não é esse tipo de mulher. Em vez de se afastar como ele esperava, ela deu um passo para perto dele. O brilho suave do abajur brilhou por trás dela, lançando um brilho profundo, cálido, quente sobre seus cabelos sobre os ombros, os olhos pesados, ela ficou um tempo estudando sua expressão. Seu rosto formigava enquanto ela estudava seus olhos... O ângulo de seu queixo... A curva sombria de sua boca. Quando ela finalmente olhou para ele novamente, ela disse. — Eu sei que isso vai ser como um choque monumental para você Ri, mas estou bem crescidinha agora, e plenamente capaz de saber o que eu quero. Para 138
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ser honesta, uma transa quente, suados momentos de prazer seria a melhor coisa que eu já tive. E você não tem idéia sobre que tipo de mulher eu sou. Eu quero te usar para sexo quente, tirar você da minha mente e então eu vou acenar um adeus quando você sair pela minha porta. Sentindo-se como se ele estivesse em um barco no meio de um mar agitado, Riley lutou para conseguir manter seus pés firme abaixo dele, mas o mundo todo parecia estar rodando, jogando-o fora do contrapeso. Trabalhando para que sua voz saísse firme, ele conseguiu dizer. —Isso é exatamente o que vai acontecer, Hope. Eu vou sair, e desta vez, você nunca vai me ver novamente. Eu não vou ficar. Seus olhos se abriram, com um choque de surpresa. —Você realmente pensou que eu esperaria isso de você? Ele olhou sem saber o que dizer. —Eu sei que você vai embora Riley. Deus, mesmo se você pudesse ficar, por que você ficaria? Vou ser sincera e admitir que eu talvez eu seja uma romântica impossível. Eu ainda acredito no amor verdadeiro e feliz para sempre. Eu acredito em sonhos, esperanças e beleza. Apenas... Não são para todos nós. Alguns de nós temos tudo. Apesar de ser uma sonhadora, eu não sou uma criança. Eu não sou estúpida, e eu sei melhor do que ninguém as coisas que eu nunca posso ter. Mas eu ainda sou gananciosa. Eu ainda quero aproveitar enquanto você está aqui. Querer ter minha satisfação, enquanto eu ainda tenho a chance. Conseguiu o feito de seus sonhos baterem em seu traseiro novamente. Jesus, honestamente não achava que ela valia a pena. Valia a pena o empenho, a dedicação e a adoração que ela muito bem merecida. Riley teria rido da ironia, se não fosse tão doloroso. Hope Summers, a coisa mais maravilhosa, que ele já tinha conhecido. A única pessoa que ele havia desejado todos aqueles anos. Sabendo que ela estava lá fora em algum lugar, viva, respirando, existindo, tinha dado a ele a força para caminhar e não se afundar como Ian tinha feito. E ele não teria tido a 139
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força de vontade para sair do poço da mesma maneira que seu irmão. Ele teria afundado mais profundo... E mais fundo, até o final, ele sabia que estava chegando não tinha mais importância. Teria sido mais fácil, mais covarde. E foi
suas
lembranças de Hope que o tinham impedido de dar esse mergulho. Mesmo sabendo que ela deveria odiar sua coragem, ele agarrou-se a essas lembranças, desesperado para ser o tipo de homem do qual ela teria motivo de orgulho. Mas ele sabia, como um fato dado, que ele nunca poderia tê-la. Era um daqueles luares durante a noite que mudava as marés. Não se questionava... Não se debatia. E como tal, ele não poderia ter sua maldita cabeça em torno do fato de que ele estava naquela sala, com ela sorrindo para ele... Um olhar tão bonito e sexy e suave que o fazia tremer, oferecendo-lhe uma oportunidade, uma última passageira para o paraíso, enquanto ele ainda tinha a chance de agarrá-lo. “Uma oportunidade que você não pode tomar, imbecil. Não importa o quanto você queira”. —Você não está pensando claramente, Hope. Nem pense nisso.
Ele
murmurou, sabendo que ele tinha que encontrar uma maneira de fazê-la ver a luz. Porque só Deus sabia que não poderia lutar sozinho. Ele nunca teria a chance. Ela abriu os olhos com determinação como uma força da natureza, e a próxima coisa que ele pensou foi em tê-la na cama, embaixo dele, com seu membro enterrado tão fundo dentro dela, que ele podia sentir a pulsação do coração... O calor da sua alma. —Eu não sou o homem que você pensa que eu sou. Inferno, eu sou mais que isso em tudo. Sexo comigo, não seria cor de rosa, suave e agradável. Eu não sou desse jeito. Mesmo se eu quisesse ser, o lado Merrick está subindo dentro de mim, e a cada hora que passa, a fome está me matando, virando-me de cabeça para baixo. Eu não seria capaz de me controlar. Meus dentes vão sair... Minhas mãos vão mudar, assim como na noite passada. E eu não esqueci aquele olhar que você tinha em seu rosto quando você viu. Ela estremeceu, agitando a cabeça levemente envergonhada.
—Eu sinto 140
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muito. Aquilo... Pegou-me de surpresa. Eu só precisava de algum tempo para resolver isso na minha cabeça, mas eu... Eu deveria ter sabido que haveria uma boa explicação. — Você chama isso de bom? Ele gritou, outro estouro de uma risada amarga vibrou em seu peito. — Cristo, eu odeio ouvir sua idéia de um mau. Ela franziu a testa e disse: — Eu sempre soube que havia algo diferente... Alguma coisa sobre sua família, Riley. Concordo, eu nunca poderia ter imaginado que fosse algo assim. Mas... Para ser honesta, eu não deveria ter ficado tão surpresa. — Sim, ok, sempre soube. Disse em tom irônico, um cínico sotaque. — E ainda estou chocada como o inferno. Então não seja tão duro consigo mesmo. HOPE ESTAVA usando o sarcasmo como mecanismo de defesa, assim como ela sabia que havia coisas que ele não estava dizendo a ela. Apesar do bizarro, as explicações que lhe deu, havia algo que estava segurando... Escondendo por trás desse escuro, olhar atormentado. E depois de tudo o que tinha ouvido, Hope tinha quase medo de saber o que era. No momento, ele estava levantando todas as suas forças, toda a sua coragem, apenas para aceitar as coisas que ele disse a ela... E para continuar lutando por aquilo que ela queria. Riley, mesmo que por pouco tempo, ela poderia tê-lo. —Não vou dizer que não me deixa um pouco nervosa, a idéia do que está dentro de você. Mas isso não vai me assustar e me afastar. Eu ainda confio em você com a minha vida. Disse a ele, e era verdade. Ela simplesmente não confiava nele com seu coração, razão pela qual ela tinha o objetivo de lembrar-se que o que ela queria dele era puramente sexual. Sem promessas. Nenhuma emoção. —E você realmente acha que dizê-lo mais e mais vai fazer com que seja verdade? Não é assim que funciona, Hope. Você sabe disso. 141
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Ignorando a pergunta formulada em silêncio, ela deu mais um passo em direção a ele, acrescentando: —Eu quis dizer o que eu disse Riley. Eu ainda quero você. Ele ergueu a mão direita passando os seus dedos pelos cabelos, os olhos em chamas com uma torrente de emoção. —Isso não vai acontecer, Hope. Eu não vou fazer isso com você. Eu não posso. Você não merece isso. —Essa é a minha decisão, não a sua. Argumentou, lutando para encontrar uma maneira de chegar até ele. —Pare... Ele rosnou, erguendo a mão quando ela tentou diminuir a distância entre eles.— Por favor. Ele parecia cansado, as depressões profundas esculpidas em seu rosto apenas acentuava a sua beleza assombrosa. Ele era incrivelmente lindo, para não mencionar a boca sexy que tirava seu fôlego, mas era à sombra do medo... Da necessidade profunda da alma que escurecia seus belos olhos azuis que a rasgou. Queria tocá-lo e abraçá-lo e oferecer-lhe tudo o que pudesse. Mas ele estava tão fixado em discutir... Lutando até o fim. —Eu não entendo. Ela sussurrou. Eu posso entender o medo de me tocar antes, porque você não queria que descobrisse a verdade. Não queria me assustar. Mas eu sei a verdade agora, então qual é o problema? Eu não vou me assustar com você. Não espero nada que não está disposto a dar. Não vou te pedir para ficar, quando eu sei que você está tão decidido a ir. Se você quis dizer todas aquelas coisas que você disse a noite passada, então por que não fazê-lo, Riley? Porque não basta dar-me o que eu quero? Depois de tudo o que aconteceu, maldição, você deve isso a mim! Empurrando as mãos nos bolsos, ele apertou seu queixo com uma tensão rígida quando ele disse. —Você pode saber a verdade, Hope. Poderia alegar que não tem medo de mim. Mas isso não muda nada. O Casus ainda está lá fora, esperando. Observando. Envolver-se comigo só iria colocá-la em um perigo, mortal. 142
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Uma explosão, trêmula de risada derramou pela boca, fazendo-lhe cara feia. Segurando as mãos, ela disse. —Eu sinto muito. Eu sei que isso não é engraçado. Mas pense nisso, Riley. Eu acho que o gato já está fora do saco. Você acabou de bater no valentão da escola atrás da arquibancada para mim. O show começou. —Que diabos você está falando? —É uma metáfora. Explicou, desejando que houvesse alguma maneira para suavizar as dura bordas irregulares de sua tensão, seu corpo, curvado em uma visível de tensão. —Se o Casus está lá fora, bem, deve ser do conhecimento de todos agora que temos uma história. Se nós dormimos juntos ou não, não vai mudar essa realidade, ou torná-la pior. Então você vai ter que fazer melhor que isso. —Maldição. Ele rosnou seus duros músculos magros tremendo com uma força violenta, com a explosão da emoção, enquanto sua energia masculina acentuava contra ela, queimando seu rosto. —Esta não é uma maldita piada. Se o Casus colocar suas mãos em você, você vai desejar nunca ter nascido, Hope. Eles gostam da dor... Tortura, e então eles vão rasgar você em pedaços. Isso é uma coisa infernal para arriscar mesmo com uma mulher que eu não a amo. Por que eu não tenho a intenção de estar por perto para te proteger. Uma mulher que eu estou usando para o sexo até que eu encontre o que eu quero e então lanço meu traseiro fora da cidade. Suas palavras pressionaram com a força de um golpe dolorosa, assim era o que ela significava para ele. Mas ela não iria desistir tão facilmente. Com as mãos fechadas em punhos, ela molhou o lábio inferior, então, cuidadosamente, disse: —Eu não estou pedindo que você me amar Riley. Eu não estou nem mesmo pedindo para você ficar. Tudo que eu quero é saber como é estar sob você, com você dentro de mim. Para ser uma parte de você, pelo tempo que você está aqui. E se Casus decidir vir atrás de mim, então quanto mais perto estivermos, mais fácil será para você me proteger. 143
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Ele recuou, dizendo: —Deus, Hope, não faça isso. Havia um tremor em suas palavras que fez com que seu coração se encolhesse, fazendo-a querer envolvê-lo em seus braços e prendê-lo, oferecer o conforto que ele tão obviamente necessitava. —O que, Riley? O que é que você não quer que eu faça? —Ponha sua fé em mim. Ele murmurou as palavras roucas frágeis e ásperas. — Estou avisando agora. É uma péssima idéia. Ela poderia dizer por sua expressão, a partir do olhar assombrado em seus profundos olhos azuis, que por qualquer motivo, ele ainda se via como uma ameaça para ela. — O que você não está me dizendo, Riley? Ele olhou em seus olhos por um momento, sem fôlego, então balançou bruscamente sua cabeça. —Eu não posso Hope. Eu só... Não posso. Ela não sabia se ele se referia ao o sexo... Ou a alguma confissão, ou o inferno, talvez ele se referisse aos dois. Mas ela podia ver a tensão da sua expressão que ele não ia aceitar. E quando ele virou as costas para ela, seus ombros largos e poderosos rígidos com uma tensão por baixo do algodão macio da camisa, Hope se preparou para a rejeição final que ela sabia que viria. —Tenha cuidado. Ela sussurrou seus próprios ombros pesados com o peso da decepção. Apesar do muito que havia tentado, ela ainda não conseguiu chegar até ele. —Simplesmente... não corra nenhuma risco, Riley. Millie e eu teremos cuidado, mas você se assegurar de cuidar de você mesmo. Então ela se virou, saiu pela porta e voltou para a chuva.
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CAPÍTULO DOZE
Quarta De Manhã NO SEGUNDO que Kellan tocou seu ombro, Riley abriu os olhos, o olhar triste no rosto do Guardião o alertou de que algo tinha acontecido. —Algo ruim. O quê? Ele resmungou, se levantando para uma posição sentada. —O que foi? Hope está bem? —Ela está bem. Kellan disse a ele, dando um passo para trás e se sentou na cama, de casal. — É o ex bastardo. —Eu vou matá-lo. Riley rosnou, jogando o lençol a seus pés, agarrando o jeans que ele tinha colocado sobre o pé de sua cama. —Onde ele está? Se ele for tão tonto como para colocar a mão nela, eu vou... —Riley, homem, acalme-se. Kellan murmurou, segurando suas mãos. — Eu lhe disse que Hope está bem. Mas Capshaw está morto. Ele congelou, seus dedos apertaram o jeans com tanta força que seus dedos estavam brancos. —O que quer dizer que ele está morto? Como ele pode estar morto? —Eles encontraram o corpo dele no seu quarto do motel. Kellan explicou. — Ele foi rasgado... Mordido.
Caramba, você sabe como é. Eles acham que
aconteceu na noite de ontem, e os policiais não têm idéia do que foi. Eu sinto pesar pelo bastardo. Não importa o quanto eles tentem, eles não vão chegar nem perto do problema. —Seus dedos? - Riley grunhiu clarear a mente. O ruído em seu cérebro era ensurdecedor e confuso, uma mistura de pulsar vozes irritadas, condenando todos gritando ao mesmo tempo. —Seus dedos foram arrancados, da mesma forma que a menina em Wellsford. 145
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Kellan disse com um suspiro cansado.
—O que significa que Gregory está
acumulando corpos. Ele ainda está pendurado a nossa volta, mas só Deus sabe o que está esperando. Estou começando a achar que é difícil acreditar que ele ainda esteja apenas ganhando tempo, esperando nós encontrarmos o Marcador. —Eu não gosto disso.
Ele murmurou, abotoando o zíper e pegando uma
camiseta, em seguida, alcançando o coldre e a arma que ele havia deixado sobre a mesa de cabeceira. —Você está certo. Ele não seria tão paciente, a menos que ele tenha uma razão. —E por que ir atrás do ex? Kellan perguntou quando ele se inclinou para frente, apoiando os cotovelos sobre os joelhos, com as mãos levemente juntas entre as pernas. — Gregory deve saber que ninguém vai ficar chateado com a perda desse idiota. De todos menos você. Verificando para ter certeza de que ele tinha um pente cheio na Beretta, Riley colocou a arma no coldre. —Como você soube? Perguntou ele, temendo enfrentar Hope depois disso... E imaginando como ela reagiria. —Millie me disse quando eu fui até a casa para um café. Pigarreando, Riley olhou através da janela na chuva torrencial que os impediria de cavar e disse: —O que Hope estava fazendo? Como ela está reagindo? Eu não a vi, mas Millie disse que ela estava bem. Acha que ela está mais chocada do que qualquer outra coisa agora. Ela estava trabalhando na cozinha quando eu saí, mantendo-se ocupada. Riley queria ir para o café e verificar, mas não conseguiu deixar passar a idéia de que ela poderia lhe dar um tapa em seu rosto quando o visse. Não poderia aguentar ver o medo em seu rosto, o ódio e a repulsa por ele estar levando um caos para sua vida. Pegando o telefone, ele olhou para o teclado, pensando que poderia chamá-la primeiro... Tentar perceber como estava. Ela poderia gritar, mas ele 146
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poderia tolerar. Ele só precisava ouvir a sua voz, caramba. Para saber que ela estava bem. Teclando o número, ele levantou o telefone ao ouvido. Ela pegou no primeiro toque, dizendo: —Riley, graças a Deus. Eu estava me preparando para chamá-lo. Ele poderia dizer pelo tom de sua voz que algo estava errado. Algo mais imediato do que o assassinato de Neal Capshaw. —O que está acontecendo? Você está bem? —Estou bem. Respondeu ela, em uma rápida resposta, embora ele pudesse ouvir um tremor que parecia como o medo em suas palavras. Antes que ele pudesse perguntar, ela disse: —Mas há alguém no café. Ele não fez nada. Apenas pediu um café e se sentou em uma mesa lá no canto da sala. Mas há uma vibração muito estranha sobre ele. Eu não sei. Quero dizer, eu me sinto louca te incomodando, mas depois de Neal. —Como ele se parece?
Perguntou ele, cortando-a enquanto calçava as
botas. —Atraente. Musculoso e alto, como você e Kellan. Queixo comprido, cabelo castanho-dourado. Ela fez uma pausa, em seguida, baixou a voz enquanto dizia. — Mas os olhos são estranhos. Eu juro que é o mesmo pálido, gelado azul que você me disse que o Casus tem mesmo quando estão na forma humana. —Fique bem longe dele. Ordenou com seu coração disparado enquanto ele pegava uma camisa de flanela para cobrir sua arma. Ele empurrou o queixo em direção a Kellan, que já havia se levantado, sinalizando que precisava ir. —E não vá a lugar nenhum sozinha. Ele estava dizendo quando atravessaram a porta.
Na
verdade, diga a Millie para ficar com você, atrás do balcão. Estamos a caminho. Contou a Kellan enquanto eles correram como o inferno para a casa, Riley sabia que não gastaram mais de trinta segundos antes de chegar ao café. Ele viu o Casus no segundo que passou a porta da frente, a explosão de ar quente, fazendo muito pouco para aliviar a queimação fria do medo se torceu em seu interior. Não 147
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por sua própria vida, mas pela daqueles ao redor dele. Hope, Millie, Kellan. Os clientes inocentes desfrutando do café da manhã em uma manhã de quarta-feira chuvosa. O Casus estava sentado em um dos quadros de volta ao canto do café, assim como Hope tinha dito. Ele estava vestindo uma camiseta preta e um sorriso arrogante, seus braços musculosos cruzados sobre a mesa. Uma xícara de café diante dele, e enquanto ele olhava para o lado enquanto Kellan e Riley se moviam, seus corpos realizavam duros e apertados com a agressão predatória, levantou o caneco para a sua boca sorridente por uma bebida, agindo como se não tivesse um cuidado no mundo. Riley o havia reconhecido no instante em que colocou os olhos sobre ele, que era Gregory. Lançando um rápido olhar para Hope e Millie para se certificar que estavam atrás do balcão, Riley caminhou para a mesa. —Você tem muita coragem de vir aqui. Ele murmurou, tomando cuidado para manter a sua voz baixa. —O que você quer? —Você sabe o que eu quero. O monstro se encostou à cadeira. Ele levantou uma mão escurecida pelo sol e coçou preguiçosamente seu peito. —Mas, por hora, eu só queria me vangloriar um pouco. Talvez até mesmo ouvir um agradecimento por livrar você desse verme desprezível de ser humano. Deus, você devia ter visto. Foi patético, como ele lutou. Seu sorriso se alargando, que de alguma forma grotesca se espalhou em seu rosto. – Mas eu fiz durar. Riley ouviu o som ofegante que Hope fez, e se encolheu, sabendo que ele tinha trazido isso a seu... Que ele a arrastou-o para seu mundo. Essa violência, o mal e o perigo. Ele não poderia ter matado Capshaw, mas ele era a razão pela qual o homem havia sido alvejado. A razão pela qual ele estava morto. E isso significava que este idiota sabia sobre Hope. Conhecia o seu escuro e perigoso segredo. 148
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Sacudindo o pensamento terrível, Riley abafou o medo seus olhos enquanto ouvia Gregory dizer: — Eu acho que te fiz um favor, que... Sejamos realistas... Não é só coisa minha. Mas eu não poderia deixar Capshaw chegar a você primeiro, danificandoo meu mais novo brinquedinho que eu pretendo machucar. Onde está à diversão nisso? —Você quer se divertir um pouco? Ele rosnou grosso, vicioso e gutural uma voz que já não era totalmente humana, o Merrick fervilhando debaixo de sua pele, indignado com o fato de que não podia abrir seu caminho para fora dele e arrancar lágrimas no monstro assassino. —Vamos levar isto para algum lugar privado, Gregory, e vou dar-lhe toda a diversão que você pode segurar. Balançando a cabeça, o Casus levantou uma mão para apertar uma mecha de cabelo castanho da testa, uma nota de humor zombeteiro em sua voz profunda quando ele disse. —Qual é essa expressão? Emitir um cheque que você não consegue pagar? Esse seria você, Buchanan. Ou você esqueceu que sua busca ainda não deu em nada e não encontrou a pequena cruz preciosa que você está procurando? Apoiando as mãos sobre a mesa, inclinou-se para Riley, sabendo que o Casus podia ver a arma descansando debaixo de sua camisa de flanela aberta. —Nunca se sabe, Gregory. Talvez eu esteja simplesmente planejando colocar uma bala em sua cabeça, enviando você de volta a Meridian. Após todos os problemas que você causou, eu duvido que eles vão deixar você sair tão cedo. Gregory inclinou a cabeça para trás e soltou uma rica risada. —Oh, Deus, seria de valor inestimável, só para ver a expressão no rosto de Calder. Riley estava prestes a perguntar quem era este Calder, sabendo que Gregory tinha mencionado antes para Saige, mas Kellan cortou sua conversa, dizendo: —Onde estão os seus amigos, Gregory? —Eu temo que esteja jogando sem minha equipe agora. Disse o Casus. 149
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—Eu acho que significa que você tem alguma competição muito dura. Riley comentou em um escorregão brilhante das palavras. —Preocupado que alguém chegue a mim antes de você, Gregory? Roubar a sua chance de vingança? Eu sei que há pelo menos um Casus que você está à caça furtiva. Duvido que eles fiquem felizes com você. —Você quer dizer aquele que começou seu despertar? O canto da boca do Casus empurrado para cima em um sorriso. —Não se preocupe Merrick. Eu tenho as coisas sob controle. Farejando o ar, ele acrescentou: — E de qualquer forma, você ainda não está maduro o suficiente ainda. Eles estão esperando o seu tempo, o que deixa o campo todo aberto para mim. Inclinando para frente, ele abaixou sua voz a um sussurro suave, rouco quando disse. —E quem você acha que vai o próximo? Algum palpite? Um segundo o Casus estava sentado vestindo um sorriso de merda, e no próximo Riley tinha as mãos em punho no tecido da camisa de Gregory, erguendo-o nos pés e batendo-o contra a parede de trás do café. Atrás deles, havia um burburinho louco de clientes que se mudaram de mesa para se afastar deles, provavelmente pensando que haveria uma luta. Felizmente, não havia ninguém sentado nas mesas vizinhas, mas eles ainda tiveram a atenção de cada pessoa na sala. —Riley! Hope gritou, e ele a viu se aproximar pelo canto do olho, dando um passo atrás do balcão. Gregory soltou outra risada baixa, algo frio e mal queimava nas profundezas do seu pálido olhar frio. —Eu vou desfrutar te levando a parte, Merrick. Mas ele balançou a cabeça em direção a Hope. —Não tanto quanto eu vou gostar dela. Para ela, eu vou fazer tudo que puder para durar. Para fazer valer a pena. Não foi fácil, mas Riley se recusou deixar Gregory o irritar mais do que já tinha. Reprimindo seu medo pela segurança de Hope, ele forçou um som sarcástico de sua garganta, e sacudiu a cabeça. —Vocês precisam de algumas novas idéias. Ian 150
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me disse que seu irmão fez as mesmas ameaças patéticas sobre sua mulher, e olha o que aconteceu com ele. Aproveitando o surto de raiva nos olhos do Casus, Riley se inclinou mais, aproximou o rosto do desgraçado e disse. —Diga-me, Gregory. Você irá correr quando eu enfrentá-lo com a cruz? Ouvi dizer que você fez isso antes. Quinn e Saige nos contaram tudo sobre como você deixou seu companheiro Royce para trás, para morrer, e correu para salvar seu próprio traseiro patético. —Eu sou inteligente o suficiente para escolher minhas lutas, Buchanan. Indo contra um Raptor com um marcador é muito diferente do que ir contra você. E você ainda não tem a sua cruz, não é? —Você está certo, eu não tenho. Admitiu, dando um sorriso afiado quando ele levantou as sobrancelhas. —Então o que você está esperando, Gregory? Por que não vem até mim agora? É o meu despertar que você está esperando? Ele apertou os olhos, buscando as respostas no olhar gelado de Gregory. — Ou é outra coisa? —Temo que terá que esperar e ver. Gregory disse. — Obviamente, não vou lhe dizer mais nada. Eu odeio ceder no final. Apenas querendo que o filho da puta saísse de lá, finalmente Riley soltou a camisa de Gregory e deu um passo para trás, desejando que nem um louco que tivesse meios para ir em frente e fritar seu traseiro agora. O Casus ajeitou a camisa, em seguida, caminhou até a mesa e jogou um maço de notas do lado do copo vazio de café. Lançando um olhar significativo para Hope, ele disse. — Até mais tarde, querida. E então ele caminhou... E saiu pela porta da frente. Riley não esperou mais de um segundo para alcançar e agarrar o braço de Kellan antes que Guardião apressado passasse por ele. —Onde você pensa que está indo? Ele perguntou trazendo o rapaz de volta. Kellan lançou-lhe um olhar dizendo. —Você está louco? O que você quer dizer com para onde vou? Forçou as palavras entre seus dentes. —Eu vou segui-lo. 151
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—E fazer o quê? - Riley disse ciente de Millie fazendo seu melhor para acalmar os outros clientes, assegurando-lhes que estava tudo bem. —Eu vou dar ao filho da puta exatamente o que ele merece. —Não sem um marcador. Argumentou ele, entendendo muito bem como Kellan se sentia, mas sabendo que ele não podia simplesmente deixar o guardião apressar-se para sua morte. —Você pode ter fugido daqueles Casus na outra noite, mas Gregory não vai simplesmente se deitar e deixar-se rasgar, Kell. Eu não vou deixá-lo correr esse risco. Vibrando com uma acentuada raiva explosiva Kellan disse: —Você não tem a autoridade para me dizer o que fazer, Ri. —Mas eu tenho uma arma. Ele arrebentou. O guardião deu um sorriso sarcástico baixo. —O quê? Você vai atirar em mim agora? —Sim se eu tiver que fazer. Se isso impedi-lo de fazer algo estúpido. —Eu vou sair daqui. Kellan murmurou, saindo de sua posição para a porta. —Maldição. Ele rosnou, seguindo Guardião para fora. Uma luz de neblina, garoa da chuva flutuou no vento salgado, a quebra das ondas contra a falésia acompanhada pelo burburinho distante de outra tempestade que se aproximava das águas agitas e cinzentas do Pacífico. —Deixou-o ir. Gritou Kellan por cima do ombro. —Ele já foi há muito tempo e agora não há uma chance que eu possa seguilo através desta chuva. Riley apoiou suas mãos sobre seus quadris. —Então, onde você está indo? — Respirar um pouco. Nós não podemos escavar neste tempo. Não há mais que barro lá fora agora. Depois de Kellan chegar ao caminho de paralelepípedos que levava à estrada, ele perguntou: —E exatamente com quem você vai respirar? —Não é assunto seu. Kellan resmungou, voltando-se subitamente de frente 152
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para ele, os fios acaju escuros de seus cabelos chicoteavam em torno de sua expressão de raiva. —Que diabos, Ri? Está pensando em seguir-me todo o caminho para a cidade como uma mãe galinha? Ele sabia que não tinha qualquer direito de dizer ao outro homem o que fazer, mas estava o deixando maluco a idéia de Kellan ser morto por causa dele. —Basta ter cuidado. E levar a caminhonete. Disse ele, puxando as chaves do bolso para jogá-las. Arqueando uma sobrancelha, Kellan disse: —Puxa obrigado, Papai. Eu recebo uma mesada agora também? Balançando a cabeça, Riley murmurou. —Apenas não tente se matar. Seu irmão vai querer meu traseiro se você o fizer. —Eu vou tentar. Kellan ia em direção ao estacionamento do lado, onde Riley tinha a caminhonete estacionada. Voltando para a casa de telhado cinza, Riley tirava as gotas de água de seu rosto, em seguida, tirou um cigarro, colocando suas mãos para acendê-lo e abrigar a chama frágil do vento e da chuva. Tomando uma tragada profunda, ele soltou a fumaça de seus pulmões, concentrando-se na sensação nítida enquanto ele lutava pelo próprio terreno. Para encontrar um nível de calma através da raiva ainda correndo por seu sangue. Ele queria voltar para casa e se assegurar de que Hope estava bem, mas segurou a preocupação. Não tinha certeza de como se sentia sobre as coisas. O assassinato do ex... Ele... Gregory. Ele não acha que ela iria derramar nenhuma lágrima pela morte Capshaw, mas ela deveria estar assustada. E depois de Gregory ter aparecido no café. Cristo, era culpa dele? Que tipo de pergunta imbecil é essa? Ele resmungou sob sua respiração enquanto se dirigia para a vedação de estacas brancas que contornavam as falésias, sabendo muito bem que ele era o culpado por trazer essa merda para baixo de seu teto. Ele sabia que deveria ficar 153
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longe, mas não deu a mínima. Ele estava cansado de fazer o que devia. De ser o escoteiro. A cabeça em parafuso, ele murmurou, dando um trago em um cigarro enquanto se dirigia de volta para o café. Jogando o cigarro na grama úmida, pisou com sua bota e se dirigiu para dentro, sem surpresa ao ver que Hope e Millie haviam deixado dois funcionários para lidar com o caixa da frente. Ignorando os olhares curiosos, e assustados dirigiu-se pela cozinha, na sala da casa. Millie estava sentado no sofá com um ar cansado enquanto bebia uma xícara de chá. Ela deu-lhe um pequeno sorriso, mas ele percebeu que sua mão tremia enquanto ela colocava o copo em cima da mesa do café. Hope estava longe e ele empurrou os cabelos úmidos para trás de seu rosto quando disse. - Ela está bem? Millie assentiu com a cabeça, puxando o suéter apertado sobre os ombros. Mandei subir para tomar um banho quente. Espero que isso ajude a acalmá-la. Por um momento ele se perguntou se Hope estava imersa em uma banheira de vapor, fazendo o seu melhor para limpar a mancha que ele tinha feito em sua vida, mas ele jogou fora a idéia melodramática com uma carranca. Raspou a palma da mão sobre sua mandíbula, ele disse: — Ela deve estar muito chateada comigo. —Ela não está com raiva.
Corrigiu Millie, seu olhar cinzento seguindo-o
quando ele caminhou até a janela da sacada, olhando para o gramado. — Ela está preocupada, Riley. Com medo de que algo aconteça com você. As palavras bateram em seu peito como um golpe físico, roubando sua respiração. Sua garganta trabalhou quando lançou um olhar atordoado por cima do ombro, e então ele finalmente conseguiu dizer: — Ela está preocupada comigo? Millie olhou como se quisesse sorrir. — Não soe tão surpreso. Você não é um idiota. Você deve saber como ela se sente sobre você. Virando-se para enfrentá-la, ele disse: — Creio que ela não lhe contou sobre a nossa... Uh, conversa. 154
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—Não, ela fez. Millie disse de novo, tomando outro gole de seu chá. Riley se quente em torno de suas orelhas. — E ainda está tudo bem se eu continuar aqui? Perguntou ele. — Você não quer nos deixar? Deixando a xícara de chá sobre a mesa, Millie disse: — Eu não vou te culpar pelas circunstâncias, Riley. Estou tentando ter uma mente aberta sobre as coisas, e eu confio em Hope. Se essa cruz está enterrada em nossas terras, então tudo isso teria desabado sobre nós, mais cedo ou mais tarde. Mas Hope... Eu não sei como explicar isso. Ela fez uma pausa, seu olhar perturbado se afastando por um momento, depois ela olhou nos olhos dele novamente. — Ela está mais viva nos últimos dias do que ela esteve nos últimos anos. Desde que as coisas deram errado entre vocês dois. Há um incêndio na sua voz. Uma faísca. Então, não, eu não quero que você saia Riley. Eu, entretanto, quero sua promessa de que você vai fazer tudo ao seu alcance para mantê-la segura. —Você sabe que eu vou. Mas você não vai me avisar para não magoá-la? —Eu preciso? Millie perguntou, lançando um olhar matronal que teria feito a maioria dos homens pensarem duas vezes antes. Cortando o seu olhar para a parede mais próxima, Riley sacudiu a cabeça e deu-lhe a verdade honesta. — Eu não sei, Millie. É a última coisa no mundo que eu quero fazer. Mas... —Mas você acha que é inevitável? Ela disse, terminando a sua declaração tácita quando ele olhou de volta para ela. — Hope sabe que você não vai ficar. E por mais diferente que eu gostaria que as coisas fosse, eu acho que gostaria de pensar que ela poderia ter pelo menos um pouco de felicidade, por pouco tempo, no entanto, em vez de nada. E você é a única coisa que a faz feliz, Riley. Não é justo, mas a vida raramente é. Se Hope pedisse meu conselho, eu diria a ela para agarrá-la pelo tempo que ela pudesse e desfrutar os momentos que ela tem com você. —Sim.
Ele suspirou incapaz de sentir qualquer outra coisa além do nó de 155
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emoção que tinha preso na garganta. Sentindo-se como se o chão estivesse se abrindo, ele se esforçou para balbuciar algo que ele esperava que soasse como uma despedida decente e saiu pela porta dos fundos. Com as mãos enterradas em seus bolsos, ele atravessou o gramado e a floresta encharcada, em direção a marcação de perímetro que ele e Kellan tinham criado em torno da área de pesquisa. Ele não podia relaxar na cabana, e ele não conseguia sentar e jogar conversa fora com Millie. Ele precisava se manter em movimento... Andar... Até que tivesse jogado para fora toda essa frustração e irritação que não o deixava em paz. Mas ele estava deslizando, derrapando em uma escuridão desconhecida e perigosa, e é o único que poderia salvá-lo era Hope. Ela era sua única salvação. O farol de luz brilhante que poderia guiá-lo através da escuridão de sua alma. De repente, ele parou de andar, olhando para baixo para ver que ele tinha furado o seu caminho através da floresta e ficou mais uma vez em pé no meio do caminho que serpenteava através das árvores, levando até as cabanas. Cada músculo em seu corpo estava duro e apertado, e ele sabia o que ia fazer. Estava errado, em mais maneiras do que ele poderia nomear, mas ele ainda ia fazer isso. Ele faria. A chuva o havia molhado até os ossos, mas ele não estava com frio. Não, ele estava pegando fogo, tão quente que estava surpreso por não sair vapor de suas roupas. Relâmpagos crepitavam sobre sua cabeça, rasgando o céu cinza escuro como uma lâmina, o trovão ecoava através da sua vibração até as botas. Ele estava prestes a se virar, voltando para a casa, quando ele a sentiu. Voltando-se, Riley só podia olhar incapaz de acreditar que ela estava lá. Que ela era real. Ela era tudo que ele sempre quis... Sempre precisou... Tão vibrante e bonita, que quase doía só de olhar para ela. Ele não entendia como ela fazia isso. Como alguém que tinha passado pelo o que ela passou poderia ficar lá e olhar para ele como se estivesse vendo algo que valesse a pena acreditar, confiar. Salvar. Ele queria tanto tê-la em seus braços, mas o medo o atacou, caindo sobre ele, 156
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e então ouviu-se dizer: —Você precisa ir para casa, Hope.
CAPÍTULO TREZE AS PALAVRAS DE imediato saíram de sua boca asperamente, Riley queria enforcar-se. Por que em nome de Deus foi ele a mandou para casa? Fechando os dentes, ele observou como Hope chegou mais perto, até que ela não estava mais do que alguns metros de distância dele. Sua boca tremia, e embora ela não dissesse nada, apenas ficou ali vestido com um jeans e uma camisa branca de botões em cima, segurando um suéter cinza escuro ao redor de seus ombros, ele pode ler a pergunta em seus olhos. —Porque? Um nó de emoção se fechou em sua garganta, Riley colocou suas mãos em punho dos lados para manter-se quieto e não agarrá-la. Ele olhou para o caminho que as gotas de chuva faziam em seus cílios longos... Em sua exuberante boca, rosada e suave, e se esforçou para colocar suas emoções em palavras atormentadas. —Eu não quero ser quem vai te machucar. Balançando a cabeça, ela disse: - Temo que passamos desse ponto há muito tempo, Ri. Quando você se afastou de mim, eu deveria ter sido capaz deixá-lo de fora. Chorar por algumas semanas e continuar com minha vida. Mas nunca foi assim... Nunca desapareceu. A dor, como se algo importante tivesse sido arrancado de mim e eu tinha que continuar a viver sem ele. Doeu mais do que você jamais poderia imaginar. —Te deixei virgem. Argumentou ele, como se isso pudesse de alguma forma torná-lo melhor. Torná-lo menos que um imbecil, quando ele sabia muito bem que não podia. Ela soltou um som rouco que era demasiado doloroso para ser uma risada, e 157
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apertando uma mão contra seu coração. —Você pode não ter reclamado meu corpo, mas o que você fez para mim aqui. Deus, Riley. Eu não sei como explicar. É como se você me marcasse. Tivesse em amaldiçoado. E nunca mais fui livre. —Cristo, Hope. O que você quer de mim? Ele rosnou, odiando como a chuva parecia lágrimas deslizando em sua pele. Mas os olhos dela estavam secos, e de repente percebeu que não importava quão chateado ela estivesse, ela nunca chorou. A verdade o sacudiu como se fosse um sinal de alguma cicatriz profunda e emocional que nunca tinha curado. Que estava fechada por cima... Fechada com ela. —Se eu pudesse desfazer o passado, eu o faria. —Sim, bem, você não pode. Ela respirou em um sussurro trêmulo. — E você me deve por isso. —Hope. - Disse ele em tom de advertência. —Eu quero o que eu perdi, Ri. Depois do que aconteceu com Neal... E depois do monstro que entrou no café, ameaçando nós dois, eu estou preocupada e eu estou com medo, mas eu não estou indo me esconder no meu quarto, tremendo de medo. Eu fui lançada em uma montanha russa emocional desde o momento em que você voltou para minha vida, e estou cansada disso. Já chega. Você disse que me queria, mas só Deus sabe o porquê. Ainda assim, eu não sou tão estúpida para argumentar quando o homem que eu sempre quis diz que também me quer. Eu estou pronta para fazer valer essas palavras. —Maldição, não é tão simples assim. Argumentou. —Porque você vai embora? Você não me ama? Você não vai ficar? —Eu não posso. Disse ele pelo que parecia ser a centésima vez, o som da sua voz fraturado, como se algo dentro dele tivesse se quebrado... Ele se sentiu como um idiota berrando as mesmas coisas repetidas vezes, mas ele não podia parar. E se ele a tocasse e começasse a dar desculpas para não ir adiante com seu plano? Era demasiado perigoso para ele querer coisas para si mesmo, querer mais tempo com 158
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ela. A tentação poderia levá-lo a pensar em maneiras de adiar o inevitável, e ele acabaria cometendo um erro crucial que poderia ser caro. —Por que você insiste em tornar tudo tão difícil? Ele rosnou o áspero, palavras duras arrancadas do fundo de sua alma. —Você está pedindo algo que eu não posso te dar, Hope. Chegando mais perto, ela inclinou a cabeça para trás enquanto ela olhava para ele. —Eu só quero que você esteja perto de mim, Ri. Eu não estou pedindo para você me dar nada, além disso. —Mentira. Você quer voltar para onde estávamos. - Ele rugiu suas palavras cheias de frustração. —E eu não posso fazer isso. —Não, eu não estou lhe pedindo isso. Ela sussurrou. —Eu só quero você agora. Pelo tempo que durar. Olhando fixamente para baixo em seu rosto virado para cima, Riley tentou se manter firme em sua convicção, mas ele podia sentir escapulindo, como grãos de areia deslizando por entre os dedos. Ele a queria sentia fome... Por ela há muito tempo, mas Hope já não era a garota que ele havia conhecido. Ele havia pedido seu domínio sobre ela há muito tempo, e não poderia recuperá-lo. Mas como um inferno ele queria a mulher de pé diante dele ainda mais, porque a mulher o afetava de forma que a garota nunca o fez. A necessidade era tanta que doía, no seu sangue... Nos seus ossos. Toda a paixão e a agressividade dolorosa, roendo por anos... A ânsia de querer e não poder ter. E agora que a fome do Merrick se misturava com a sua própria, sentia-se esmagado sob sua força. Isso vai acontecer em breve. A luta... o fim. - Sua voz era baixa... Sem fôlego. —Eu posso sentir isso, Hope. E então eu vou deixar você. Mesmo se eu quisesse ficar, eu vou embora e eu nunca vou voltar. —Eu sei. Ela suspirou sua voz tão suave, era como uma nuvem... Uma corrente 159
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de fumaça etérea. Algo mágico e cheio de mistério. Erguendo as mãos, ele segurou o rosto nas palmas das mãos. —Então me diga para me virar e ir para longe de você. Ela piscou, o movimento fez com que uma pequena cascata de gotas de água escorresse pelo seu rosto enquanto ela lhe disse: —Não. Sua respiração ficou presa em seus pulmões, seu corpo rígido de agitação. —Não faça isso, Hope. Ela envolveu seus dedos em torno de seus pulsos. —Eu sei que vai me matar quando você se for, mas se eu não fizer isso, então eu já estarei morta por dentro. Eu preciso de você, Ri. Eu preciso saber, pelo menos uma vez na minha vida, como é tê-lo dentro de mim. Eu preciso ser uma parte de você, não importa o quanto isso vai doer. Não importa que tudo isso vai chegar ao fim. Maldição, ele não precisa saber... Adivinhar. Ele já sabia exatamente como ia acabar. Com Hope se machucando. Por causa dele. E ele não tinha ninguém para culpar além de si mesmo. —Você me magoou antes, e você, sem dúvida, vai me machucar de novo, Riley. Dói só de ter você aqui. Vê-lo. A respiração dura tentando obter algum prazer fora dela, para suavizar o golpe. Ele podia sentir por suas palavras o resto de seu controle ruir, cedendo sob a pressão suave, e então ela disse: — Eu estou tão assustada, Ri. Não com você... Mas com tudo. Eu estou fria por dentro, e você é o único que pode me aquecer. Eu só preciso... Eu preciso sentir o calor do seu corpo para me lembrar de como é se sentir viva. Com a última palavra saindo de seus lábios, ele finalmente se rendeu. Um momento ele estava ali, preso no inferno. E no próximo... Ele estava no céu, enquanto ele descia a caminho de sua boca, saboreando cada doce, cada deliciosa parte dela. Era o paraíso. Um que ele sabia que nunca iria conseguir mais 160
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do que um vislumbre. Um sabor proibido, como Eva afundando seus dentes na maçã. As consequências seriam desastrosas, mas o sabor... Cristo era irreal. Poderoso. Escuramente sensual. Selvagem em busca de saciar a fome. O beijo foi nada menos do que duro, explosiva agressividade, ambos iam para o outro como se quisessem devorar... Conquistar... Dominar. Ela correspondeu a cada passo do caminho, soprando em sua mente, tornando-o mais difícil do que jamais estivera em sua vida. Cada movimento, cada momento, ele estava chupando no mais profundo, puxando sua cabeça sob a água, até que ele foi capturado. Preso. Ele não podia sair. Como se estivesse afundando em areia movediça, ele continuava indo para baixo... E abaixo. E se ele desse uma mordida nesse requintado, fruto proibido, Riley sabia que ele poderia muito bem comer tudo. Puxando-a contra seu peito, ele levou-a para a cabana quando ela avidamente envolveu as pernas em torno de sua cintura, seus braços jogados sobre os ombros, acariciando seus cabelos com a ponta dos dedos... A parte de trás do seu pescoço, cada toque enviava um arrepio que corria através de seu sistema. Ele não tinha idéia de quanto tempo Kellan ficaria fora, mas ele queria correr nenhum risco. Sem quebrar o beijo, Riley levou-a para o pequeno espaço que ligava o quarto grande da cabana ao banheiro que ficava além da porta fechada à sua direita. Com apenas um pequeno balcão e espelho, o quarto realmente só servia para dar a uma mulher um lugar para arrumar seu cabelo e maquiagem. Riley tinha pensado que era um completo desperdício de espaço da cabana, até agora. Ele não queria que sua primeira vez fosse no maldito banheiro, mas ele não estava disposto a correr o risco de Kellan entrar no quarto. Chutando a porta atrás de si, ele colocou Hope sobre os pés enquanto ele rasgava a camisa de flanela e tirava o coldre de ombro, jogando-os no chão. Em seguida, com seu fôlego empurrando seus pulmões em duras rajadas afiadas, Riley apertou-lhe de volta contra o balcão, a camisa caia de seus ombros enquanto ele a 161
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beijava sobre o queixo, abaixo da linha delicada de seu pescoço, enquanto suas mãos atacavam os botões de sua camisa. Ele apenas liberou a metade superior, quando ele levantou a cabeça, olhando para baixo os olhos ardendo quando ele rasgou a camisa semiaberta e puxou para fora de seus ombros, deixando-a presa pelos cotovelos. Com os dedos tremendo, ele puxou para baixo o bojo acetinado de seu sutiã, e descobriu a perfeição, pálida requintada de seus seios para o seu olhar pela primeira vez. Amaldiçoando baixinho, Riley grunhiu corpo exigente e ele simplesmente parou um momento para observar sua beleza. Ela arfava debaixo dele, o peito subindo e descendo em curtas respirações, enquanto seus dedos acariciavam suavemente seu pescoço, o rosto, e então ele se não podia segurar mais. Ele soltou um som grosso de luxúria que vibrou sob seu corpo inteiro, e abaixou a cabeça. Fechando os olhos, ele abriu a boca sobre um mamilo macio e inchado... E depois o outro, intoxicado por sua textura, seu gosto. As maneiras como eles se encaixaram contra a sua língua. Aproximaram seus corpos, ele começou a abrir o zíper do jeans com a mão direita, ainda estava trabalhando um cheio, aveludado e macio mamilo contra o céu da boca, quando ele olhou para ela debaixo dos seus cílios, e sua respiração ofegante percebeu como ela era bonita. Ele estava fascinado pela forma como a cabeça estava inclinada para trás em um ângulo perfeito. Com o seu cabelo longo e escuro, caía em seus ombros nus, brilhando contra a palidez de sua pele. Pela linha reta e lisa, de sua garganta que chamava a selvagem, visceral escuridão dentro dele. Como se sentisse o calor primordial de seu olhar, ela abaixou a cabeça, olhando diretamente em seus olhos enquanto ele chupava o mamilo. E então ela sorriu. Linda, doce, perfeita. A intimidade do momento se estendeu por Riley como um vento quente, a pureza inerente de sua confiança... Ali brilhando, a bondade cintilante em um grande contraste contra a escuridão da meia-noite, de sua alma e de repente se 162
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sentiu como um criminoso. Como algo sujo e corrupto, sujando-a com sua imundície. —Pare.
Ela sussurrou, colocando o rosto quente no frescor de sua palma. —
Onde quer que esteja indo em sua cabeça, Ri. Não vá lá. Ele piscou, afogando-se no fundo dos seus olhos luminosos, enquanto seus próprios sentimentos se viam nus. Ela deve tê-lo odiado pelo o que ele tinha feito a sua vida, no passado e agora. Deus, ela deveria ter tentado matá-lo, mas esperava que não. Não, em vez de ficar furiosa com ele, ela estava preocupada com ele. Queria dar-lhe seu corpo... para seduzi-lo com ternura... Com a sua luz e seu calor. Vibrava com uma energia estranha, inexplicável. Luxúria. Necessidade. Fome. Adoração. Ele moveu as mãos pelo lado de seu corpo, ao longo da curva dos quadris femininos, e percebeu a inquietação em seus olhos, antes que ela rapidamente a escondesse, levantando o queixo em um ângulo de orgulho. —O quê? - Ele perguntou sua voz um pouco mais grossa que o normal. —Eu sei que não sou nem um pouco magra. Ela sussurrou, molhando os lábios inchados pelos beijos, os olhos pesados e latentes com a necessidade. —Eu sei que estou assustada e gorda não pareço em anda com as mulheres que costumam fazer, isso, mas eu não me importo. Isso não vai me parar. Vou fazer o que quiser, Ri. Darei-lhe o que você precisa. Ela ardia, vibrando com o desejo, a frequência sexual tão alta, vívida e nítida que se sentia queimar... Arrasado, como se tivesse o fogo com a mão. E ele poderia ter torcido seu pescoço somente por ela dizer aquelas coisas sobre si mesmo. Trabalhou para encontrar sua voz através da tempestade de emoção que explodia através dele, Riley finalmente conseguiu dizer: —Você é bonita, Hope. A mulher mais linda que eu já conheci. Cada parte de você. Cada centímetro. Ela balançou a cabeça, um pequeno sorriso no canto da boca. —Você não tem que mentir para mim, Riley. É suficiente apenas saber que eu 163
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sou o que você quer agora. —Maldição. Ele resmungou, perdendo seu controle quando de repente se inclinou sobre ela, passando a mão nos cabelos macios de sua nuca para segurá-la no lugar. Pressionou-se entre as coxas dela que se separaram, desabotoou seu jeans que escorregou por seus quadris, uma cueca boxer negra era a única coisa que o mantinha confinado. —Não me venha com essa merda de querer você só agora, como se fosse algum tipo de maldito milagre. Ele rosnou, pressionando o membro contra seu ventre, desejando que as camadas de roupa não os separassem para que ele pudesse entrar profundamente no corpo dela, provando o quanto ele a queria. — Cristo, Hope, eu quero você todo o tempo. Ele praticamente explodiu o nariz com o nariz com ela, seu hálito doce na pele contra o seu rosto. Seus olhos se arregalaram de surpresa pela forma como ele a estava segurando... A violência mal controlada de seu tom duro, o corpo tremendo, e ele soltou uma gargalhada, baixa amarga por sua garganta. —Eu tentei avisá-la. Respondeu asperamente. —Você está brincando com fogo, estando aqui comigo... Se oferecendo como uma virgem em sacrifício. Eu não sou o homem que você pensa que eu sou. Eu não sou o menino de seu passado. E se você não parar isso agora, antes que vá mais longe, você vai encontrar-se fodida por alguém que você nem conhece. Ela estreitou os olhos, repletos de desafios. —Você sabe o que eu penso, Ri? Eu acho que você é o único que tem medo... Quem não se reconhece. Eu acho que você está se escondendo. Atrás da raiva. Atrás de seu medo. Eu acho que você está com medo de deixar-se sentir qualquer coisa que não seja ruim e duro, qualquer coisa que faça você se sentir vulnerável. Mas eu não estou pedindo para você sentir qualquer coisa que você não possa resolver que você não quer. Eu não estou pedindo que você seja outra coisa que não é. Vou levar tudo que puder tirar de você. Duro. Zangado. Violento e fora de controle. Deixe-me no chão, agora. Contra a parede. Eu não me importo. Chega de correr, porque ambos sabemos que isso vai acontecer! 164
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Ele respirou profundamente estremecendo. Então lentamente a deixou e tentou uma última vez fazê-la desistir. Para afastá-la, quando tudo o que ele realmente queria que ela ficasse. Para sempre. —Eu poderia sair desta sala, pela porta da frente. Ir a um dos bares e encontrar alguém. Aposto que você não iria querer nada comigo depois disso. Será que iria Hope? —Vá em frente, então. Disse a ele, o brilho vibrante em seus olhos escuros dizendo-lhe que ela não estava acreditando. Que ela estava em frente a ele. Sabia exatamente o que ele estava tentando fazer. —Você me quer fora do seu caminho? Excelente. Vá pegar uma mulher sem nome e leve-a para a cama. Problema resolvido com nada mais do que uma rápida troca de fluidos corporais. Vá em frente, Riley. Atreva-se. Olhou... Agitando... Estremecendo, todos os músculos de seu corpo duro e apertado com fúria, com a tensão, a sua recusa com raiva de levar a cabo a ameaça assassina esculpida nas linhas duras de sua expressão. Ele queria apenas jogar fora esse lenga imbecil e mergulhar no momento, se afundar nela... Se render ao seu poder... A sua beleza. Mas ele não poderia fazer isso. Mesmo depois de chegar tão longe, não podia deixar de ter medo... Esta amargura era tudo que ele poderia ter. Estes momentos roubados neste quarto minúsculo, enquanto que a culpa se enrolava fortemente em torno de sua garganta, dolorosamente e apertada. —Isto não é um jogo. Ele finalmente disse as palavras corajosas o suficiente para arranhar contra a ternura de sua pele. Mas ela não se abalou. Não se afastou. Como se pudesse ver todo o tormento e frustração passando através dele, rasgando-o como facas, ela suavizou seu olhar deslizando para além de seu ombro, antes ela mesma desistisse. Ela soltou uma respiração instável tremendo, e disse: —Eu não estou brincando, Riley. Eu nem sequer sei jogar o seu tipo de jogo, mesmo se quisesse. Eles são muito confusos, e minha cabeça já está bastante confusa o suficiente com é. 165
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—Maldição. Sua expressão e seu tom estavam amargamente tristes, mas ela não pareceu se importar quando os últimos vestígios de controle foram arrancados de suas mãos. Ele começou a tirar seu jeans, que já estava aberto. —Isso não muda nada.
Advertiu ele, enlouquecido com a necessidade...
Com a fome e esperando como o inferno que fosse capaz controlar o Merrick voraz. — Nada vai mudar. Não importa o quão boa seja. Não importa o quão perfeito. Eu não vou ficar. —Eu não pedi para você. Ela engasgou, ajudando a empurrar o jeans sobre seus quadris. — Eu sou uma menina grande, Ri. Eu não preciso de você para adoçar a verdade para mim. Sou capaz de engoli-la muito bem. Eu não vou gostar do sabor, mas posso lidar com isso. Com o seu jeans em torno de sua macia coxa branca, ele colocou a mão trêmula na frente da minúscula calcinha de algodão preta, buscando o calor morno, líquido que ele sabia que encontraria. Queimá-lo a cinzas. O brilho do suor cobriu seu corpo, o tecido de suas roupas que aderiam a sua pele como uma febre quente, mas ele não podia perder tempo rasgando-os. Ele olhou em seu rosto, seu olhar duro, querendo acreditar nela, mas não podia. Seus olhos ainda estavam distantes, sem deixar ver por baixo da máscara frágil de sua raiva e orgulho, até as emoções que estavam embaixo. Mas não ia parar. Colocando dois dedos grandes dentro dela, ele esfregou contra as paredes de seu sexo, torcendo e apertando mais fundo, o seu corpo estremeceu e segurou apertado, macio. Ela estava tão molhada que a mão deslizava, escorregadia quando ele lentamente deslizou os dedos dentro dela. —Por que você está esperando? Ela gemeu quando ele acrescentou um terceiro, o ajuste tão apertado, Riley sabia que era demais, mas ele não queria machucá-la quando ele finalmente entrasse nela. —Você é pequena e eu não sou. Ele suspirou, sabendo que ia matá-lo com o toque de seda, apertado encharcado estivesse em volta dele. — Preciso ter você 166
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por perto. Deixá-la preparada. —Maldição. Soluçou Hope, pulsando em seus dedos. —Eu estou pronta para você agora. Com a respiração presa em seus pulmões, ela lutou para continuar respirando quando Riley girou rapidamente em torno dela, dobrando-a sobre o balcão para que ela encontrasse o espelho, sua umidade, o rosto vermelho olhando de volta para ela, parecendo alguém que ela nem sequer conhecia, parecia uma flor selvagem que queimava de fome sob sua pele. Ela afundou seus dentes em seu lábio inferior para não gritar para ele se apressar quando ele puxou sua calcinha para baixo, seu calor, as mãos calejadas esfregando sua parte inferior, entre as coxas, um som baixo, sexy de prazer vibrando no peito, como se ele gostasse do que vivia... o que ele tocava. Ele empurrou para baixo sua cueca, deslizando pelas coxas e ela reprimiu um soluço quando sentiu o peso quente e úmido de seu pênis contra o seu traseiro. Ele tateou, procurando no bolso traseiro da calça jeans por um momento, puxando a carteira e então ele se abaixou para colocar um preservativo. No instante em que ele estava dentro da bainha de látex fino, ele preparou-se contra ela, empurrando a cabeça grossa enorme dentro da entrada, apertada escorregadia. Hope gritou com a intensa pressão, o corpo esticando a pele frágil até o limite absoluto, e ele fez uma pausa. Ele olhou para ela no espelho, em busca de uma expressão, o desejo cru nos olhos queimando com uma forte intensidade, primitiva predatória. Ela não conseguia tirar os olhos dele, pensando que ele era o homem mais lindo do mundo inteiro. Seu cabelo escuro espetado e levado pelo vento da chuva, o ângulo, difícil robusto de sua mandíbula apertada, os dentes fechados, enquanto os sedutores olhos azuis Buchanan brilhavam com uma luz sobrenatural, como se houvesse uma chama dentro da cabeça, queimando por trás deles. Ela desejava que ele tivesse tomado tempo para tirar a camiseta para que ela pudesse babar sobre os músculos em baixo do algodão úmido de sua camisa. O poder duro 167
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masculino de seu corpo grande e bonito a encantava, a fazia querer deitá-lo durante horas, enquanto ela o explorava... Tocava... Sentia seu gosto. Mas eles não tinham horas. Tudo o que eles tinham eram momentos roubados no tempo, e ela estava pronta para devorar todos eles, com ele, guardando na memória para o resto de sua vida, disposta a não esquecer um único detalhe de tirar o fôlego. Ela tentou respirar através da pressão, mas era muito intenso... Muito em toda parte. Ele era enorme, o tamanho, o calor e o poder dele era esmagador, ao mesmo tempo incrível. Ela se sentiu golpeada pela força da emoção que fluiu através dela profundamente, pura poderosa de sua necessidade. Com um gemido áspero, rude, entrou mais fundo, preenchendo-a... Alongando, empurrando para aquele lugar que era uma mistura louca de prazer e dor. E então ele parou, observando seu rosto no espelho. Ela viu o seu próprio olhar selvagem, sua boca trêmula. Viu sua expressão dura e resistente. Sentiu um aperto, um calor no peito enquanto ele pulsava dentro dela, pressionando uma polegada mais funda, e perguntou: — Mais? Ela assentiu com a cabeça, procurou o ar para respirar. — Tudo. Ele empurrou então, colocando sua força nela, cravando os dedos em seus quadris com força suficiente para machucar, enquanto empurrava, em centímetros de espessura e, em seguida a sua cabeça caiu para trás sobre seus ombros e ele gemeu o som áspero, gutural a coisa mais sexy que ela nunca tinha ouvido. Ela queria gritar de prazer. O impulso de seu pênis, pesado quando se moveu dentro dela, cada impulso poderoso cavando mais fundo... Forçando-a abrir-se... Para aceitá-lo. O decadente ritmo de cortar a respiração era difícil e rápido, com a impressionante selvageria da emoção que sentia em cada empurre, a fome do seu corpo no dela. Cada toque revelava uma agressão desesperada, arranhando a necessidade de chegar tão perto dela quanto pudesse. Quando levantou a cabeça, os olhos escuros dela se encontraram no espelho com os dele, ela pôde 168
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ver a besta... A escuridão dentro dele. Ele tirou as mãos de seus quadris, colocando-as contra a bancada de cada lado, e ela sabia que suas garras estavam rompendo a pele das pontas dos dedos. Seus olhos brilhavam com uma fome... Com um desejo tão intenso, que não podia segurar, mas queria dar-lhe aquilo que ela tanto precisava. Para ser a única a alimentá-lo, como uma exuberante deusa da terra, primitiva, seu corpo se inchou com a idéia provocante, fazendo-o se afundar mais... Na umidade e no calor. Ele estremeceu, empurrando tão duro que ela teve que apoiar-se contra o espelho, as palmas das mãos úmidas contra a superfície fria, reflexiva, e a cabeça levemente inclinada para o lado, expondo a curva de sua garganta. Seus lábios foram puxados para trás sobre seus dentes, as presas de Merrick estalaram brancas dentro da beleza negra de seu rosto. —Vá em frente. Disse a ele, as palavras suaves e grossas na sua língua. —Está tudo bem, Ri. Tome o que você precisa. Ele balançou a cabeça, um profundo, gutural. —Eu não posso. - As palavras passaram raspando em seus lábios. —Você nunca se cansa de dizer isso.
Ela estalou, olhando para ele no
espelho. Se o seu irmão pode se alimentar de sua mulher, então porque você não pode pegar o que você precisa de mim? Qual é a maldita diferença? Eles se amam e tudo muda. Ele vai estar lá para protegê-la... Para mantê-la segura. Permitindo-me a tomar o seu sangue é uma coisa infernal ao sacrificar-se por um caso, Hope. E isso é tudo o que posso oferecer. —Eu não estava pedindo para você me dar nada. Eu estava simplesmente oferecendo-lhe algo que você obviamente quer. —Eu não posso. - Ele rosnou novamente, olhando como se fosse explodir de raiva... de frustração. Mas ele queria. Deus, ele queria muito. Riley podia sentir a perfuração das presas do Merrick contra o seu interior, exigindo a sua liberdade. Insistindo para que 169
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tomasse o que precisava, mas ele lutou contra, sufocando as dores, recusando-se. Ele não iria afundar seus dentes em sua garganta e arrastá-la mais fundo para este pesadelo do que tinha feito. E ele não estava disposto a arriscar, onde sabia que a intimidade crua do ato o levaria. Era perigoso demais... Demasiado possessivo. Fechando os olhos, ele forçou a fome a se submeter quando sentiu seu corpo se apertar, à beira de um clímax poderoso, e se entregou ao prazer, assim, a sensação rapidamente transformando-o de dentro para fora. Privando-o. Apoiandose contra o balcão, ele arqueou suas costas, a cabeça arremessada para trás, perdido na perfeição, a quente seda de seu corpo, enquanto a escura intensidade varia queimando por ele, chamuscando suas veias. O prazer construído a partir da sola dos pés, deslizando através de seu corpo em uma onda enorme, voluptuosa, derrubando-o com velocidade... Uma crescente violência. E então um som selvagem, animalesco rugiu no seu peito, a versão crua rasgando-o apenas quando Hope começou a gritar com o seu próprio clímax impressionante. Foi explosivo... Chocante... Incendiário. Sentia-se queimar, como se uma chama tivesse varrido através de seu corpo, fazendo-o queimar até que ele teve de fechar os dentes contra o prazer devastador. Era diferente de tudo que ele já tinha experimentado antes, as sensações de tirar o fôlego acontecendo... e, soprando em sua mente maldita. O encontro tinha sido duro e rápido. Arenoso e primitivo. Exatamente o que eles precisavam queimar sua raiva e medos. Mas quando a névoa da mente quebrou o prazer, caiu na realidade e, portanto, também, o frio... Ainda pior do que antes. O tremor, a sensação de perda começou na boca do estômago de Riley, e expandiu-se, apertando no peito... A garganta, até que o frio, gelado queimou seus olhos. Lutou para sair da doce de seda de seu corpo e assim ele virou as costas para 170
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ela quando ele se livrou do preservativo e puxou a calça jeans, as garras de Merrick já tinham diminuído. Apertando a testa úmida de encontro à parede, ele fez tudo que podia para segurar-se. Para não cair. Você é um bruto em todos os momentos, uma voz de irritação passou por sua mente. Apenas mais um dos muitos idiotas a que parecia acompanhá-lo nesses dias. Ele podia ouvir Hope movendo-se atrás dele, suaves sussurros de som, ela colocou sua roupa de volta. Ela ia dizer algo e isso seria tudo. A última coisa que o empurraria para o abismo. Ela sussurrou seu nome, e ele levantou uma das mãos, sinalizando para que ela ficasse para trás. —Vá para casa, Hope. Disse ele numa voz rouca vacilante, incapaz de parar de olhar para ela por cima do ombro. Fechando o último botão em sua camisa, ela levantou o queixo e olhou em seus olhos ardentes. — Você está falando sério? É isso? Apenas Vá para casa, Hope? Seu olhar se afastou incapaz de ver a decepção chocada em seus olhos, o brilho róseo de prazer desaparecendo sob a sua demissão casual, deixando-a trêmula e pálida. E, sem dúvida chateada como o inferno. Pegando a camisa e o coldre, ele abriu a porta, aliviado ao descobrir que eles ainda estavam sozinhos quando ele pegou os itens em suas mãos e se dirigiu para a porta aberta, em silêncio, amaldiçoando a si mesmo quando ele percebeu que tinha deixado a porta destrancada. —Mantenha o seu telefone com você. Ele resmungou quando abriu a tela. Se acontecer alguma coisa, me ligue. Não seja teimosa sobre o assunto. Só... Pegue o telefone e ligue. E então ele dirigiu-se para a chuva. Inclinando a cabeça para trás, Riley deixou o frescor do banho absorver o calor dos olhos... Do rosto. Ele podia sentir Hope atrás dele, parada na porta, olhando... Esperando para ver o que ele faria. Sem olhar para trás, Riley enfiou as mãos nos bolsos da calça jeans e partiu 171
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para a floresta, esperando como o inferno que ele pudesse encontrar uma maneira de esquecer.
CAPÍTULO QUATORZE
Quarta-feira DEPOIS DE UM TEMPO Riley voltou para a cabana, Hope tinha ido embora. Não que ele esperasse que ela ficasse por perto para esperar por ele. Sabendo que não poderia deixá-la sozinha com Gregory lá fora em algum lugar... Sem mencionar os outros Casus... Ele ficaria por perto, mantendo um olho na cabana, enquanto fumava os seus cigarros através do caminho o suficiente para sentir. Quando ela finalmente se cansou de esperar por ele e voltou para casa, ele cabeceou para a área de pesquisa, passeando por aí, fazendo só Deus sabia o quê. Tentando... Sentir o marcador, por mais ridículo que soasse. Ele ainda tentou escavar outro pedaço de terra, mas o tempo tinha finalmente o mandado de volta ao interior do abrigo da cabana, e depois que ele tinha tomado um banho, ele passava o tempo olhando para a tela da televisão, ouvindo os avisos intermináveis sobre a gravidade do sistema meteorológico. A pior tempestade que iria atingir a área depois de mais de um século ia surgindo em direção à costa, um conjunto para criar o caos completo, uma vez que chegasse. As ondas debulhavam ventos com força de tempestade tropical, chuva suficiente para inundar as zonas anteriores. Era a última coisa que eles precisavam, considerando-se que estava fazendo com que sua busca pelo marcador ficasse quase impossível. Mas era mais do que apenas as condições ruins de trabalho que ele tinha na mente. Riley não pôde evitar a sensação estranha de que o fim 172
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chegaria com o mau tempo, como se os monstros viessem nas ondas... Caíssem das nuvens como chuva ácida. Ele ligou para Kellan, só para ter certeza que o cara estava bem. Após o ataque estranho na noite de segunda-feira por um dos homens de Westmore, bem como o misterioso desconhecido de olhos azuis que o tinha advertido sobre o perigo que, Riley não gostava da idéia do Guardião estar na cidade por conta própria. Ele só esperava que Kell não corresse nenhum risco. Com tantos inimigos vagando ao redor, a última coisa que o Guardião precisava fazer era tornar-se um alvo fácil. Rolando o ombro, Riley ficou em pé e começou a passear de um lado a outro da sala, quente e rústico, tentando se convencer de que ele estava apenas no limite por causa do confronto com Gregory naquela manhã... Sua preocupação com Kellan. Mas ele sabia que era mais do que isso. E por que você não para de se esconder do problema real? Uma voz cansada passou em sua cabeça. Você está fazendo tudo o que pode para não pensar nela. Sobre o que aconteceu. Inútil, na verdade, quando você sabe que vai assombrar seus momentos de vigília, bem como os seus sonhos. Poderia muito bem ter enfrentado de frente, como um homem. Parando no meio da sala, Riley apoiou suas mãos sobre seus quadris e fechou os olhos, concentrando-se em manter a sua respiração lenta, enquanto o pulso ganhava velocidade... Correndo mais rápido. Deus, como poderia negá-la? Qualquer parte inteligente sua psique tinha se convencido de que estava certo. Ele não conseguia evitar pensar sobre o que havia acontecido naquela manhã, porque era tudo o que ele podia ouvir ver, cheirar. As curvas exuberantes e requintadas de seu corpo quando ela tinha o levado profundo, segurando-o mais apertado do que qualquer mulher que ele já tivesse conhecido. O aroma apetitoso de sua pele. O sabor viciante na boca. Tinha sido uma loucura pensar que ele poderia tê-la uma vez e saciar seu 173
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desejo. Em vez disso, ele só tinha aumentado sua fome, o deixado insaciável de necessidade, até o ponto em que ele podia sentir toda a sua razão, escorregando. O desejo era mil vezes maior, agora que ele sabia o quão incrível era fazer amor com ela. Foi de um nível de intensidade que ele nunca tinha soube que fosse capaz de experimentar. Seu estilo sempre foi agressivo, mas nada que pudesse tê-lo preparado para o que tinha acontecido com Hope. Ele tinha enlouquecido. Fora de controle. E a conexão entre eles foi alucinante, um prazer crescendo e crescendo, ampliando cada gemido... A cada suspiro. Sabendo que não poderia manter o ritmo dos pensamentos... Reviver aqueles momentos de novo e de novo, dirigindo-se para fora de sua mente... Ele caminhou até sua cama e pegou o casaco que tinha usado antes, puxando-a sobre a sua camisa de linho branco e o coldre de ombro. Kellan ainda não tinha retornado, ele imaginou que iria enfrentar o tempo e gastar algum tempo pesquisando os fundamentos novamente, nada estava certo lá fora. Ele não conseguia sacudir a espessa nuvem de mal-estar que pairava sobre ele, arranhando-lhe os nervos, como se algo estivesse prestes a acontecer. Ele apenas chegou à porta, quando seu telefone começou a tocar em seu quadril. Olhando para a tela, seus músculos apertados quando ele viu que era o número de Hope. Depois da maneira que ele a tratou de manhã, Riley não poderia imaginar porque ela iria chamá-lo a menos que houvesse um problema, e ele seguiu em frente e começou a andar pelo caminho enquanto falava com ela. —O que está acontecendo? Perguntou ele, uma sensação estranha na parte de trás de sua garganta piorando, arrastando-o para fora. —Sinto muito incomodá-lo. Ela explodiu as roucas palavras atropelando-se na sua corrida. - Mas eu preciso que você venha até a casa, Ri. Por favor. Assim que você puder. —Eu já estou no meu caminho. Disse a ela, odiando a borda irregular de medo que ele podia ouvir na sua voz. — Você está bem? 174
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—Eu estou bem, mas... Apenas se apresse. Vou lhe contar tudo quando você chegar aqui. Segundos depois, a casa entrou a vista, e ele podia ver que Hope estava esperando por ele na varanda de trás. No instante em que ela o viu, ela começou a correr, lançando-se em seus braços. Riley a manteve travada contra o peito, abalado pela sensação de como se sentia bem lá, ela agarrou em cima dele, enterrando seu rosto no ombro dele. Ele podia senti-la estremecer, embora não havia lágrimas em seu rosto frio. Sua respiração estava rápida, ofegante quando disse. —O que é isso, querida? O que aconteceu? Tremendo, ela se afastou até que ela pudesse olhar em seu rosto, seus olhos luminosos sombreados pela preocupação. —Foi Hal. - Disse ela vacilante. —Sua sobrinha só veio pegar Millie em seu caminho para o hospital em Wellsford. Ele está em uma cirurgia de emergência. Eles estão dizendo que ele sofreu algum tipo de... De ataque animal. Ele teria sido morto, mas algumas crianças que estavam passando por sua casa, ouviram os gritos e chamou a polícia. Eu acho que ele perdeu muito sangue, não sei se ele vai sobreviver. Amaldiçoando sob sua respiração, Riley passou as mãos pelas costas, pelos ombros, acariciando o peso, a espessura de seda de seu cabelo, apenas para assegurar-se que ela estava segura e ilesa. Ele sabia que tinha que ter sido Gregory quem fez o ataque, assim como ele sabia que o Casus tinha propositadamente escolhido Hal Erickson por causa de sua associação com a família de Hope. —Eu quero ir ver Millie no hospital. Disse ela, olhando para ele. No momento, a chuva havia diminuído e as estrelas brilhavam no caminho de volta para o céu no início do Outono, as pequenas luzes cintilantes refletindo no fundo de seus olhos polidos. — Você vai comigo, Riley? —Hope, Deus. Claro que eu vou.
Ele respondeu com uma voz pesada,
puxando o seu telefone para chamar Kellan, pedindo-lhe para encontrá-los lá. Depois que Hope deu as instruções ao guardião, ela correu para dentro para pegar 175
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as chaves do carro, pois Kellan estava com a caminhonete de Riley. Eles partiram imediatamente para o hospital e fez a viagem em tempo hábil, a trégua da chuva tornando mais fácil percorrer as estradas. Na esperança de evitar a ira de Millie, Riley esperava no corredor, conversando com Kellan, que não chegou muito depois deles, quando Hope foi ver a tia. A sobrinha de Hal tinha aparentemente conhecido Hope, que disse que havia mais do que apenas uma amizade entre Millie e seu tio, e tinha conseguido com que fosse permitido a Millie esperar com a família na área privada. De pé sob as luzes fluorescentes do teto, Riley e Kellan tinha concordado em ficar e manter um olho no hospital até que Millie estivesse pronta para sair, para que ele pudesse ir adiante e levar Hope de volta para casa. Ela finalmente voltou meia hora mais tarde, olhando tensa com preocupação, e agradeceu a Kellan por ficar para cuidar de sua tia. Hal, disse ela, tinha saído da cirurgia bem, mas era esperado uma longa recuperação. Riley trocou um olhar significativo com Kellan, e ele sabia que ambos estavam se perguntando o que Erickson se lembrava de seu ataque, e que ele estaria disposto a admitir à polícia. Assim quando eles estavam saindo, Millie o puxou para perto da saída, correndo para cima e agarrar-lhe o braço. Esperando que ela fosse lhe dar um tapa ou pior, Riley ficou tenso, pronto para o golpe. Mas ela simplesmente olhou para ele, seus olhos cinza avermelhados e inchados quando ela o afastou de Hope, obviamente querendo falar com ele em particular. —Eu não te culpo. Disse ela em voz baixa. — Sendo assim, comece a tirar este olhar da sua cara, rapaz. Eu vi aquele monstro vir para mim e eu sei que não há nenhuma explicação para um mal assim. Eu deveria ter avisado Hal, mas eu... Eu pude. Não percebi... Ela limpou a garganta e, em seguida, disse com firmeza: —Eu quero que você faça algo para mim, Riley. Ele assentiu, esperando que ela dissesse a ele que ela queria vingança. O sangue de Gregory. A cabeça do desgraçado em uma vara, o que ele estaria 176
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muito disposto a dar-lhe. Mas ela não pediu nenhuma dessas coisas. Em vez disso, ela disse: —Cuide de si mesmo. Eu sei que você vai cuidar de Hope, e eu não vou nem perguntar. Mas ele vai matá-la se alguma coisa acontecer com você. Ela já perdeu muito neste mundo. Então você apenas tenha certeza que você esteja a salvo. Ela se virou e se afastou e então Riley fez o seu caminho de volta para Hope, e caminhou com ela até o carro, durante o caminho reviu em sua mente tudo o que tinha acontecido. Ele se ofereceu para dirigir novamente, e quando ambos chegaram ao carro, ele estendeu a mão, tirando seu cabelo do rosto, estudando-a com uma cara preocupada. Riley sabia que não importava como a olhava, a verdade não pode ser negada. Ele era uma maldição rastejando sobre esta família. Essas vidas. Ele já estava causando destruição e o verdadeiro pesadelo ainda não tinha começado. Este era apenas o começo, dando-lhes todo um gosto do que estava por vir. E ele acabaria por levá-los todos para baixo com ele. Havia tantas coisas que precisava dizer a ela, mas tudo o que saiu foi um rude e silencioso. — Sinto muito. O calor queimado em seus olhos, queimando o medo que tinha na sombra do seu olhar desde que ela saiu da sala de espera. —Não se atreva a pedir desculpas. Não é sua culpa que o marcador esteja enterrado em nossas terras. Você não o colocou lá. E você não é aquele que feriu Hal. —Mas é minha culpa que o bastardo tenha se fixado em você. - Argumentou. - O nosso passado... O presente. Talvez você deva ser grata por isso acontecer agora, antes que você deixasse as coisas entre nós ir mais longe. Ela olhou de volta para ele, incrédula. —Então, por causa do que aconteceu com Hal, eu deveria estar contente de que você só fez sexo comigo uma vez? O que isso significa Riley? 177
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Ele teria sorrido com a centelha de seu gênio, se ela não estivesse tão ferida por dentro, doente de preocupação. —Isso significa que se você for esperta, você vai cortar suas perdas enquanto você ainda pode sair daqui, Hope. —Bem, eu não vou. Ela retrucou se eriçando de raiva e frustração. —Eu não vou correr. Eu não vou deixar esse monstro me assustar e sair da minha casa. Ele se perguntou que diabos ele tinha que fazer para chegar até ela, Riley travou seu olhar no dela e depois olhou para fora do pára-brisa dianteiro. —Gregory só vai manter-se. Disse ele em voz baixa, apoiando o cotovelo esquerdo na porta quando ele esfregou os dedos contra a dor pulsante na testa, a mãe de todas as dores de cabeça batendo em torno de seu crânio.
—E,
eventualmente, os outros irão fazer os seus movimentos. O Coletivo e Westmore. O perigo só vai piorar Hope. Eu só... - Ele soltou uma respiração áspera, esforçando-se para sair às palavras. —Eu só desejo que toda essa merda não caia em cima de você. Que eu nunca tivesse sequer começado a procurar o maldito marcador. —Em vez de culpar a si mesmo. Ela disse baixinho: —Você já considerou o fato de que, talvez, era para voltar para a minha vida, Ri? Ele bufou, balançando a cabeça. —Para fazer o quê? Virá-la de cabeça para baixo? —Não. Para me salvar. Pense sobre isso. Mesmo se você atirar a questão do marcador de lado, o que Neal teria feito se você não estivesse aqui? Até onde ele teria ido? Lançou-lhe um olhar escuro, sem saber o que dizer. —De certa forma, você tem sido como o meu cavaleiro de armadura brilhante. Disse a ele com um sorriso, provocante. —Então pare de culpar-se já. —Eu só faço isso porque eu sou o culpado. Ele persistiu. —Você precisa ter isso na cabeça, Hope. Eu deveria saber, depois de Capshaw, que Gregory poderia tentar algo assim. Deveria ter dito a Millie para avisar Hal, mas minha cabeça maldita não está funcionando. Eu não estou nem pensando mais em linha reta. 178
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—Bem, se isso te faz sentir melhor, podemos continuar a discutir sobre quem é o culpado mais tarde.
Ela disse com um suspiro cansado, puxando o cinto de
segurança. — Agora, eu gostaria de voltar para casa. Eles fizeram a viagem de volta à Pureza em silêncio, o som do limpador do pára-brisas e a chuva que começou a cair eram os únicos sons dentro dos confins acolhedores do carro. Quando eles entraram no estacionamento do lado da casa, Riley desligou o motor, enquanto as palavras de Hope continuavam em sua mente, empurrando-o... Tentando-o a fazer o imperdoável. Para realmente acreditar que havia algo de positivo em sua presença ali. Seria possível que ela estava certa? De alguma forma, estranhamente mística, tinha sido destinado a voltar para sua vida? Como mais você explica isso? A forma como tinham se encontrado novamente? Não havia nenhuma explicação lógica. Não havia uma boa razão. Havia forças que ele não entendia. Que não podia ver ou tocar ou sentir. Aquelas que simplesmente tinham que aceitar e assumir o milagre quando lhe era oferecido. Era brega como soava em sua mente amarga. Seu milagre. Sua visão do paraíso, antes que ele caísse no inferno. Ele estava tão cansado de lutar contra ela. Ele só... Ele não conseguia manter a batalha. Ela puxava-o para baixo... Deixava-o muito carente. Hope o queria, mas só deus sabia o porquê, e enquanto eles se estavam sentados ali no carro sossegado, Riley finalmente aceitou o fato de que ele estava sendo um bastardo. Por uma noite, ele iria deixar o resto do mundo fora e ter tudo o que ele sempre quis com ela. E então ele faria o que era certo. Faria tudo o que fosse necessário para dar a Hope sua vida de volta. Uma sem perigo e medo. O que significava que ele precisava do maldito Marcador. Amanhã, ele iria rasgar a maldita floresta inteira se precisasse, com chuva ou sem chuva, e encontraria a cruz. Não tinha mais como protelar... Não mais como esperar. E então, mesmo se ele não a encontrasse, ele iria enfrentar Gregory... e se certificar de que Kellan tivesse Hope estivessem fora da cidade, querendo ou não. Detestava fazer isso com ela, mas até que eles soubessem com certeza que o marcador não estava 179
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em sua propriedade, ele não poderia ter a chance de deixá-la para trás, para lidar com os monstros por conta própria. O Casus, Westmore e o coletivo. Todos queriam pôr as mãos no prêmio... e fariam de sua vida um inferno por causa disso. Pigarreando Riley finalmente quebrou o silêncio. —É muito perigoso para você ficar sozinha, Hope. Se estiver tudo bem para com você, eu gostaria de trazer minhas coisas para sua casa. Ela virou a cabeça para olhá-lo na escuridão sombria, uma luz brilhante saindo dos olhos dela quando ela sorriu e disse: — Nesse caso, assim como eu poderia ir em frente e avisá-lo agora, Ri. Se você ficar, vai ser comigo. Uma risada áspera, arenosa saiu de seu peito, raspando a garganta. —É mesmo? Perguntou ele, o canto da boca, quase se contraindo em um sorriso pleno. Era a primeira em que se sentia assim, como se aquele gesto fácil estivesse desbloqueando algo dentro dele. Algum lugar, escondido em segredo que ele não teve acesso há tanto tempo, ele tinha esquecido como era. Isso permitiu que uma pequena faísca de felicidade atravessasse seu olhar. Um que o manteria acordado nas longas horas da noite, até o amanhã chegar, e ele teria que voltar para realidade. Suas bochechas estavam quentes, mas ela não podia voltar para baixo quando ela recuou. — Eu falo sério, Riley. Ele sabia que era tentar o destino, mas ele estava muito cansado pra caramba para se importar. Depois de tudo o que tinha acontecido naquele dia, ele só queria estar com ela em algum lugar onde pudesse descansar do caos, por uma noite. Apenas uma maldita noite ter tudo para si. —Se eu vou ficar. Ele disse. Então eu quero você em cima desta vez. Em sua cama. —Você vai ter nenhuma queixa de mim.
Ela respondeu rapidamente, a
emoção nessas palavras com o fôlego derretendo-o, fazendo-o querer abraçá-la... Estimá-la. Regá-la com as coisas que ela sempre mereceu, mas nunca tinha sido 180
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dada. Seu sorriso desapareceu e ele diminuiu o espaço entre eles, pegando seu queixo enquanto esfregava o dedo no canto da boca. —Eu apenas me controlei esta manhã. Admitiu em uma voz grossa e rouca, fascinado pela suavidade, exuberante dos lábios. —Eu não vou ser capaz de controlá-lo desta vez. Sua boca se moveu sob o seu toque, curvando-se num sorriso sensual. —Eu não estou pedindo para você controlar alguma coisa, Ri. Tudo o que você está disposto a me dar, eu vou tomar. —Espero que, esta manhã... Ela o cortou, sussurrando: —Você não precisa dizer nada. —Eu não deveria ter apenas saído de você. Ele resmungou. —Foi uma coisa idiota para fazer e eu sinto muito. —Você pode me compensar quando chegarmos lá em cima. Disse ela sobre o ombro, já saindo do carro. Atrás dela, Riley manteve silêncio até que ela abriu a porta traseira, e eles estavam de pé na sala de estar sombreada, a chuva tamborilando suavemente contra as janelas. Ele soltou uma respiração profunda depois puxou seu aroma quente e delicioso, e ficou atrás dela enquanto ela pendurava o casaco sobre o corrimão da escada. Curvou as mãos em seus ombros, ele inclinou-se e deu um beijo carinhoso no canto do queixo, fazendo-a soltar um suspiro suave. Ele não queria estragar o que eles tinham essa camaradagem fácil... Que eles tinham compartilhado no carro depois do caos do dia, mas ele tinha que ser honesto com ela... Pelo menos sobre isto. Tinha que ter certeza que ela entendia exatamente o que ia acontecer. —Eu vou tomar o seu sangue desta vez. Advertiu ela, soltando as palavras asperamente na curva de seu pescoço. Ele tocou sua língua na carne sensível, e ela soltou um suave e trêmulo gemido, como se o pensamento a animasse tanto quanto ele. —Eu não serei capaz de detê-lo. Lutar novamente. 181
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—Eu sei. A voz de Hope era macia... Grossa. —Eu não quero que você lute contra nada. Ele lançou seu controle sobre ela e a seguiu quando ela fez seu caminho até as escadas. Parecia um ritual cerimonial, levando-o a seu quarto, no silêncio pesado, cheio de fôlego, como se o momento fosse rico de significado. Percebeu que Hope passou tempo com fome dor e sofrimento. Saudade e de dor. Quando chegou a seu quarto, ele fechou a porta atrás de si, redefinindo os sensores que Kellan tinha instalado enquanto ela se dirigia para o lado da cama de dossel, sacudindo a lâmpada em sua configuração mais baixa. Apenas um brilho suave, nebuloso de luz se derramava em toda a extensão da roupa de neve, nem mesmo chegando aos cantos sombreados. Era um cenário sedutor e sensual, e ela mal conseguia controlar o tremor de excitação sob sua pele, querendo nada mais do que lançar-se a ele, levando-o ao chão. Ele olhou para ela do outro lado da sala, seus olhos escuros... Intensos, como se quisesse imprimir o momento em seu cérebro, e então ele veio em sua direção, movendo-se com de uma forma puramente masculina, predatória. Quando ele chegou até ela, ele pegou seu rosto entre as mãos calejadas, e então ele a beijou. Cobriu seus lábios com o calor, rico delicioso de sua boca, e ela derreteu... Tremeu, querendo mais, ele sentiu como se a necessidade fosse quebrá-la em um milhão de pedaços. Estourando fora dela em uma luz brilhante e ofuscante do prazer. Puxando a camisa de linho macio de seu jeans, Hope atacou a linha interminável de botões, desfazendo-os com dedos trêmulos, enquanto ele enfiava as mãos em seus cabelos, segurando-a quente, exigindo com sua devastadora boca. Quando ela abriu o último botão, ele quebrou o beijo e afastou-se, tirando o casaco e o coldre, colocando-os no cabideiro que estava contra a parede. —Oh, deus, espere. Sussurrou ela, segurando as mãos para ele parar, quando ele começou a se mover em direção a ela novamente. —Não se mova ok? Basta ficar ai por um minuto e deixe-me olhar para você. 182
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Envergonhado uma risada rouca vibrou em seu peito, mas ele ficou parado, com as mãos soltas dos lados, e deixou o seu olhar se perder nele. Ela puxou o lábio inferior com os dentes, pensando que ele era muito bom para ser real. A pose poderia ter reproduzida em um cartaz que venderia milhões, era tão lindo e robusto e masculino. Ela adorava a maneira como a camisa branca se pendurava aberta sobre o peito apetitoso. Como uma obra de arte puramente masculina, esculpida em granito, os músculos lisos, os mamilos pequenos e escuros contra a beleza dourada de sua pele. E os abdominais. Deus, o homem não era mais que linhas nuas e cruas, a energia aproveitada apenas esperando para ser liberada. Alto e largo e com proporções perfeitas. Ela adorava a trilha escura, de pêlos sedosos que se abriam embaixo de seu umbigo, para o jeans. Encantava-se com protuberância dura e pesada de seu membro sob o brim desgastado. Suas mãos em punhos fechados ao seu lado, as veias sob a pele dourada que serpenteava até o músculo forte e os nervos dos braços, revelado pelos punhos enrolados nas mangas. Não era possível esperar mais, queria ver todo o corpo rígido em estado bruto, Hope avançou e empurrou a camisa pelos ombros largos, sua respiração presa em sua garganta com a visão da negra tatuagem que cobria seu bíceps esquerdo e o ombro. —Elas são bonitas. Ela sussurrou, tocando o padrão intricado com a ponta dos dedos, antes de levantar os olhos, caindo no calor escaldante do seu olhar. — Você é lindo. Ele gemeu o som baixo, áspero e torturado de alguma forma, e então ele foi contra ela, todo sobre ela, tirando a camisa cor de champanha que ela usava, abrindo sua calça jeans... Empurrando para baixo pelas pernas para que ela pudesse chutá-los a distância. —Você quer isto fora? Perguntou ela, puxando a camisa pegajosa, incapaz de ignorar o segmento trivial de que ela tinha deixado esse item em particular de roupa de propósito. Ele balançou a cabeça, seu olhar escuro deslizando longe e seu estômago 183
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apertado. Embora houvesse várias linhas pálidas e irregulares em seus braços e pernas, o pior de suas cicatrizes era as de seu torso. Os que ele havia deixado coberto. —Eu sei que eu não sou perfeita. Ela sussurrou, odiando o tremor de insegurança nas palavras suaves, sabendo que ele poderia ouvi-lo, também. — Se você quiser, podemos simplesmente desligar a luz. —Cristo, não é isso. Riley suspirou, pegando seu rosto entre as mãos enquanto ele olhava para as profundezas de seus olhos brilhando. Exceto uma vez na cozinha, quando ele tocou-lhe no estômago, ele propositalmente evitou suas cicatrizes, sabendo que iria sentir sua raiva... sua fúria, as poderosas emoções simplesmente canalizando de volta ao Merrick, quando ele tinha se esforçando para mantê-lo sob controle. Mesmo agora, ele não conseguia tocar as cicatrizes irregulares da forma que ele queria. Apertando os lábios nelas. Tentar curá-las com sua... —Não, maldição. Não vá por aí. Você não pode. Recuando longe do território perigoso do pensamento em particular, ele disse: — Você tem que saber o quão bonita eu acho que você é. Cada parte de você, Hope. Eu não mudaria uma única coisa, a não ser apagar essas cicatrizes. Para apagar a sua existência. Não por causa de sua aparência, mas pelo que elas representam. Por causa do que você passou. A dor. A perda. Ela piscou, tentando sorrir, mas ele ainda podia ver a sombra da dúvida escurecendo o seu olhar. Sabendo que precisava fazê-la entender, ele se inclinou mais perto, querendo que ela visse a verdade queimando em seus olhos quando ele disse: — Eu quero você, Hope. Cada parte de você. Da maneira que eu nunca quis nada nem ninguém. Mas a idéia de você sofrer. Sangrar. Pelo que aquele filho da puta fez para você. Vai me empurrar para algum lugar que você não quer que eu vá. Não quando você está aqui comigo. Sozinha. E só assim, ele pôde ver suas dúvidas ceder sob uma onda de indignação. — Eu não tenho medo de você, Riley. —Você deve ter. - Ele sussurrou, pressionando a testa na dela. — Cristo, eu 184
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mesmo estou com medo do que está dentro de mim, querida. —Bem, eu não estou. Ela retrucou as palavras trazendo de volta o sorriso no rosto, conseguindo amenizar o medo. —Nesse caso. Ele murmurou, pressionando um beijo no canto da boca. —É melhor você colocar o seu traseiro doce na cama antes de eu tenha você aqui. Respirando profundamente, Riley não podia tirar os olhos dela quando ela se apressou a fazer o que ele disse, colocando-se de joelhos no centro de todas as roupas de renda que aparentava inocência, seus longos cabelos fluindo sobre seu ombro pálido, a mulher de sua fantasia ganhou vida. Retirou os sapatos e as calças, tirou uma camisinha e colocou na mesa de cabeceira antiga, em seguida, empurrou o queixo em direção a ela, sua voz nada mais do que uma raspagem rouca de som quando ele disse. – Tire a calcinha. Então se deite e afaste as pernas para mim. O calor queimado no rosto, mas ela não hesitou... Não recusou. Riley podia ver sua excitação... Seu próprio desejo, cortante e urgente no bater do seu pulso na base do pescoço delicado. Na cadência de sua respiração. Nas ondas quentes, incandescentes quando colocou puxou para baixo a pequena calcinha, jogando-a do lado da cama. O calor queimando através de sua guarda, sua máscara, até que não havia nada, mas que a furiosa necessidade desesperada de ser uma parte de seu ataque através de seu corpo, batendo em suas veias. Puxando sua cueca, ele ouviu a respiração dela quando ela lançou seu primeiro olhar nele... no escuro, a prova, grossa e de brutal aparência de não escondia o que ele queria. Soou como se houvesse um sorriso em sua voz suave quando ela disse, - Meu Deus, Riley. Mas não conseguia tirar os olhos da perfeição de tirar o fôlego entre as coxas o tempo suficiente para olhar para seu rosto. No instante em que ela abriu as pernas para ele, revelando seu úmido, brilhante centro, doce cor de rosa, sabia que tinha sido apanhado... Incapaz de desviar o olhar. Ela era... Perfeita. Inchada, molhada e insuportavelmente bonita. Terna, lisa e delicada. 185
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A coisa mais requintada que ele jamais tinha visto, e ele não podiam esperar para colocar sua boca nela. Rastejando em cima da cama, Riley se moveu entre as coxas timidamente separadas e a agarrou por trás de seus joelhos. Sua respiração ofegou, quando ele forçou os joelhos para fora... Mais amplo, abrindo-lhe toda, de modo que ele pudesse ver cada escorregadio, detalhe rosa íntimo. Ele soltou um suspiro de desejo, incapaz de esperar mais um segundo. —Mantenha-se assim. - Ele rosnou, usando os polegares para separar as dobras de seu sexo quando ele se abaixou e deu uma lambida quente, com fome, com a língua. Ela arqueou debaixo dele, como se um choque de eletricidade tivesse disparado através de seu corpo, um som agudo chocado sair do seu peito enquanto ele se perdeu nela, seu rugido pulsando em seus ouvidos como ondas. Ávido por cada parte dela, Riley rodou sua língua sobre ela... Dentro dela, mergulhando na doçura do mel, ela tinha um gosto tão perfeito... Tão viciante, era como se ela tivesse sido feita para ele. Ele não tinha conseguido o suficiente quando ele enfiou a língua fundo, depois rodou... Lambendo... Esfregando contra o clitóris de pequeno porte, bem duro. Ele poderia ter permanecido ali naquele paraíso, encharcado de seda para sempre se ele tivesse tido tempo, mas o pulsar de urgência em seu pênis era muito exigente, insistindo para que ele se enterrasse dentro dela, logo que fosse humanamente possível. Mas ele não podia parar até que ele tivesse provado o seu prazer. Até que ela a sentiu intensa energia jorrando dela, se derramando em sua boca. —Deus, Riley, não posso agüentar. Ela gemeu, tremendo embaixo dele. — É demais. Muito bom... —Lembre-se de respirar.
Disse a ela, sua voz grossa, rouca. — Se você
desmaiar, então você vai perder o que vem a seguir. E é a melhor parte. Oh. ... Ela estremeceu seu corpo arqueando... Se aproximando... Mais perto. — Nesse caso, eu não sonho com isso. 186
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—Essa é a minha menina. Murmurou baixo, um burburinho de risos, e quando ele enfiou a língua para dentro, esfregando o polegar contra o clitóris suavemente pulsando, ela se quebrou, entregando-se ao êxtase... Dando a ele tudo o que ele queria. Hope tinha prometido não ficar perdida sob o deslumbre das ondas de prazer, mas no final, ela se perdeu... E viu estrelas brilhantes em todo o trecho da meia-noite infinita de sua mente. Quando ela voltou flutuando ao mundo, podendo se concentrar, ela levantou seu olhar pesado para encontrar Riley ali, empurrando para trás os cabelos de sua testa úmida, um sorriso travesso no canto da boca que o parecer carinhoso e jovem... Fresco. Intocado. Como se este momento fosse levá-los de volta no tempo, levasse toda a dor e tormento e estresse do passado, que por uma vez tinham sido esquecidos, apagados, levando a um futuro brilhante, cintilante que estava apenas esperando por eles... Só que não era assim. Antes que ela tivesse tempo de se debruçar sobre essa dose amarga de realidade, ele perguntou: — Você está a tomando pílula? Ela lambeu o lábio inferior quando balançou a cabeça. Não. Sexo não é realmente meu ponto forte. Ou pelo menos... Não era. Um sorriso se desenhou no canto de sua boca enquanto ela olhava para dentro da devastadora beleza de seu rosto. —Mas eu estou pensando agora que talvez eu precise reavaliar minhas prioridades. Riley teria rido, mas ele estava muito cru por dentro. Muito tenso. O desejo estava puxando-o apertado. A Fome o quebrava. E o ciúme deslizava como uma serpente em suas veias, provocando-o com o conhecimento de que haveria homens depois dele. Tudo o que ele poderia oferecer-lhe... era esse momento esta noite. E quando ele fosse embora, alguns outros bastardos sortudos iriam vir e varrê-lo para fora. A única razão que não tinha acontecido até agora era porque estava fechada. Regime fechado. Escondendo-se. Mas ela estava aberta agora. Em flor. Liberada. Ela ia chamar a atenção de todos os homens que entrasse no café, e ele 187
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se transformaria em uma lembrança, esquecido... Perdido. Isso fez com que ele quisesse uivar. Fez queria fazê-la sua tão profundamente que a marca nunca poderia desaparecer. Ele queria nada mais do que sentir sua pele, mas não podia correr esse risco. Não quando ele estaria deixando ela aqui sozinha para criar seu filho. Travando sua mandíbula, ele pegou o preservativo que havia deixado sobre a mesa de cabeceira, rasgou o pacote e rolou-a. E então ele se deitou, preparando-se contra ela, e entrou profundamente, pulsando suavemente nas profundezas do seu corpo. Um gemido áspero, gutural encheu sua boca, e ele enterrou a cabeça na curva do seu ombro, fechando os olhos, submergindo sua mente, destroçando os detalhes quando ele começou a se mover, não querendo perder uma única sensação. Sua pele ficou lisa com o calor, os corpos deslizando um contra o outro, aquecido pelo desejo, a fome e a necessidade. Um desejo, escuro devastador que esteve latente por muitos anos. Empurrando para cima em seus braços, disse: —Eu quero que você venha até mim dessa vez. Então, ele abaixou a cabeça, mordendo o lábio inferior, antes de empurrar a língua para o doce e úmido de sua boca, não era possível obter o suficiente de seu sabor, a textura suave de seus lábios. A sucção do beijo doce era inebriante, o toque de suas mãos tremulando ao longo do comprimento de sua coluna vertebral fazendo-o gemer. Quebrando o beijo, Riley endireitou os braços e olhou para o lugar onde seu corpo penetrava o dela, observando como seu membro pesado empurrava dentro dela. Ela era tão macia e sedosa e rosa escuro em torno de seu eixo, cheio de veias. Ele era muito grande para ela, e ainda tomava tudo o que tinha para dar, cedia e era infinitamente suave e doce. —Deus, é tão sexy. Ele gemeu sua voz profunda... Sem fôlego. Puxando o olhar acima da linha, graciosa e feminina de seu corpo, ele se inclinou nos cotovelos, usando os dentes para puxar o fio da camisola sobre o peito direito. Ele 188
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levou o duro, inchado mamilo para sua boca, amando a forma como ela gritou, arqueando contra ele. Ao liberar o apertado broto, ele olhou para dentro de seus olhos, sua própria expressão selvagem refletida de volta para ele no fundo luminoso do seu olhar. Alterando o ângulo de suas estocadas, Riley viu seus olhos se abriam enquanto se esfregava contra o seu clitóris, empurrando-a para o orgasmo, vendo todas as nuances sutis de sua expressão quando ela caiu sobre a borda. —Linda. Ele gemeu, de maneira amorosa, ela se rendeu ao prazer, seu corpo suado embaixo dele quando ela arqueou o pescoço e soltou um grito, como choro provocante que o fez pulsar profundamente dentro dela, a sua própria libertação caindo sobre ele. E com isso veio o Merrick, suas presas deslizando livres de suas gengivas, pesadas e afiadas em sua boca, suas garras cortando as pontas dos dedos. —Hope. - Ele resmungou, sabendo que estava na hora. —Oh, Deus, querida. Eu não quero te machucar. —Você não vai. Ela sussurrou com um sorriso suave e feminino, como se ela instintivamente soubesse coisas que sua mente masculina nunca poderia entender. Como se visse o universo de uma forma que seria eternamente fechado para ele. — Eu estou pronta. Ela suspirou, puxando seu cabelo para o lado, expondo a curva pálida de sua garganta. Ele resmungou novamente, abaixando a cabeça... Tocando com a boca sua carne de seda, e depois seus dentes entraram profundamente em seu ombro, segurando. Seu gosto se derramando através dos seus sentidos, fazendo-o tremer, o corpo dele batendo nela como o êxtase da alimentação por meio de uma explosão selvagem, intensa e visceral. Ele cravou suas garras no colchão... Seus dentes enterrados nela, o calor, rico e suculento, seu sangue pesado em sua língua, deixando-o selvagem. Quando ele finalmente deixou-a livre, ele rodou a sua língua contra as pequenas, feridas com raiva, até que não sangrasse, cobiçando cada gota... O poder da alimentação enchendo-o de um calor indescritível, como se um 189
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fogo estranho, exótico queimasse em cada célula do seu corpo. Recolhendo-se ao seu lado, ele esperou para suas presas e garras retrocedessem, antes de rolar de costas enquanto ele cuidava do preservativo, inclinando-se sobre a borda do colchão para atirá-lo na lixeira embaixo da mesa de cabeceira. Riley então rolou para trás e puxou-a para seu peito, as mãos nivelando ao longo do comprimento de seus cabelos sedosos... Costas, o rosto úmido pressionado na batida violenta de seu coração. Erguendo a mão, Hope circulou com o dedo seu mamilo escuro diante de seus olhos, e com um sotaque irônico em suas palavras, ela disse. — Você pode viver como um santo, Riley, mas você não faz amor como um. Seu corpo foi tenso embaixo dela, e quando ela levantou o olhar para seu rosto, ela viu as sombras escuras do brilho sobrenatural em seus olhos, como as espessas nuvens sufocando o calor do sol. —Desculpe-me se eu te machuquei. Suas palavras eram roucas, mais do que rouca, sua tensão tão espessa, que ela podia sentir seus músculos por meio de vibração. —Eu não queria perder o controle assim. O canto da boca se curvou em um sorriso. —Não há necessidade de se arrepender. Uma mulher gosta de saber que ela é capaz de fazer um homem passar por cima do controle. Ele não respondeu quando olhou em seus olhos, o momento estendendo entre eles, e então ela disse: — Agora que você alimentou... Você vai despertar completamente. O Casus... Eles sabem, não é? —Sim. Ele sussurrou. —Eles vão saber. —Eu sei que você precisava fazer isso. Disse a ele, pressionando sua palma contra a batidas fortes de seu coração. —E eu sou egoísta o suficiente para ficar feliz por ser a mulher que ofereceu a você o que precisava. Mas... eu não posso deixar de sentir que isso apenas acelerou o relógio. Seu olhar se afastou dela, incidindo sobre o teto, quando ele disse. 190
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— Você não pode ver assim, Hope. Eu não posso fica aqui cavando para sempre, enquanto eles têm seu divertimento doentio na cidade. Pelo menos agora eles virão em frente para chegar até a mim... Fazer a sua jogada, e tudo acabará. Tremendo com o pensamento, ela se sentou na beirada da cama. Ela podia sentir a intensidade do seu olhar quando ela tocou a ferida pulsante em seu ombro. — Eu pensei que você fosse morder minha garganta. —Eu adoraria. - Ele murmurou. —Mas eu não queria colocá-la em uma situação desconfortável com Millie, quando ela chegasse a casa. Olhando para ele por cima do ombro, Hope começou a dizer: — Ela vai saber mais cedo ou mais... Mas a voz dela foi sumindo, e ela leu a pergunta em seus olhos. – Desculpe. Ela murmurou, desviando o olhar e ficando em pé. Ela pegou o roupão fino no pé da cama e fez seu caminho até a janela. Abrindo as venezianas, ela olhou para um ponto sobre o mar tempestuoso, o quebrar das ondas revoltas assim como suas próprias emoções. —Eu ia dizer que ela teria que saber mais cedo ou mais tarde, mas depois me lembrei de que realmente não têm mais tarde. Então, acho que não é realmente um problema. Ele amaldiçoou algo sob sua respiração, e ela se virou a tempo de vê-lo rolar para fora da cama em uma onda poderosa de músculos que fez seu coração saltar. —Realmente, Ri. Eu sou aquela que estava sempre disse que era isso que eu queria. Disse ela calmamente, observando com os olhos arregalados enquanto ele avançava sobre ela, o olhar no seu rosto austero com uma quente intenção, predatória. —Só por um tempo com você. Roubando algumas horas de prazer. E eu estou bem com isso, ok? —Não. Ele resmungou, levando-a de volta para a cama de dossel. —Nada sobre isso é bom, e eu estou longe de acabar com você esta noite, assim pare de falar e volta para a maldita cama. Ela o estudou com o olhar ardente por um momento, então saiu do roupão e subiu de volta para a cama amarrotada e se deitou de costas. Um afiado sorriso 191
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perverso entortou sua boca, enquanto ele sacudia a cabeça. —Não assim. Disse a ela. Como, então? Ela perguntou sua voz grossa e com entusiasmo. Ele pegou outro preservativo, em seguida, subiu na cama com ela, forçandoa sobre os joelhos com o rosto contra o lençol, e Hope se preparou com uma respiração profunda para o empurrar da grossa e pesada ereção que ela sabia que estava por vir. Mas ele a surpreendeu com o impulso macio de sua língua. Suas mãos na parte inferior de seu corpo, os polegares a segurando aberta enquanto ela a cobriu com uma urgência, quente voraz. Seu gemido profundo, quebrado, vibrando contra a carne escorregadia e sensível, ela afundando suas mãos na cama. Sua risada baixa seguida pela respiração quente contra suas dobras e sua língua dentro dela, movendo-se lentamente, avidamente, como se fosse a coisa mais deliciosa que ele já tivesse provado. No instante em que ela começou a se desfazer, quebrar e impulsionar, ele enterrou seu pênis dentro dela, duro e rápido, violento, as ondas de prazer tórrido caíam sobre eles. Elas caíram juntas contra a cama macia, ofegantes e sem fôlego. Então ele a puxou para seus braços novamente, segurando-a possessivamente contra as batidas fortes de seu coração, e ambos caíram em um sono profundo.
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CAPÍTULO QUINZE
Quinta De Manhã RILEY ABRIU OS olhos para o fluxo aquoso do sol da manhã entrando pela janela e encontrou Hope sentada ao lado dele na cama, a visão de seu rosto suavemente brilhante o fez sentir-se quente. Usava o mesmo vestido, de seda fina que da noite anterior preso ao redor de seus ombros, o tecido macio drapeado em seu corpo como uma segunda pele sensual. A culpa deveria comê-lo vivo, e que ele podia sentir seus remanescentes nas bordas de sua consciência, mas se recusou a deixá-la tomar posse de mente. Haveria tempo suficiente para as autorecriminações mais tarde, quando ele saísse desse quarto... e da vida de Hope, dirigindo-se para a floresta para encontrar o marcador. Em vez disso, concentrou-se no quente desejo primitivo que despertou em seu sangue. Levantando a mão, ele acariciou o comprimento pálido feminino da coxa que se revelou ao abrir o robe e, com sua voz ainda rouca de dormir, ele perguntou: — Quanto tempo você está acordada? —Não muito tempo. Ela murmurou. Rhonda, nossa gerente de treinamento, já tinha sido escalada para cuidar do café, esta manhã, mas eu queria ver Millie. Eu me encontrei com ela no corredor antes dela sair novamente esta manhã. Ela dormiu algumas poucas horas de sono depois que Kellan a trouxe para casa às duas e meia, e estava lá embaixo a seu caminho para encontrar a sobrinha de Hal. Elas estão voltando para o hospital para passar o dia com ele. Ele está estável, mas ainda não recuperou a consciência. —Kellan foi com ela? Ela balançou a cabeça, olhando para a mão que ele colocou em sua coxa enquanto ela traçava as veias sob a pele escura com o dedo. - Ela disse a Kellan 193
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para ficar aqui. Disse que não queria que ele fosse chutado para fora do hospital. Ela prometeu não ir a lugar nenhum por conta própria, então ela deve ficar bem, você não acha? —Sim. Ele disse com sua voz rouca, começando a deslizar a mão mais para cima na coxa suavemente arredondada, quando o som de seu nome do pé da escada o fez pular. – Merda. - Ele murmurou, sentando-se, o lençol branco enrolado ao redor de sua cintura. Os olhos de Hope ficaram grandes com a surpresa. —Esse não soa como Kellan. —Porque esse é meu irmão. Ele resmungou, atirando o lençol enquanto saía da cama. —Ian. Ela engasgou, movendo-se a seus pés. — O que ele está fazendo aqui? —Eu não sei. Ele resmungou, rapidamente puxando o jeans que ele tinha deixado caído em uma pilha no chão. —Mas seja qual for o motivo, não deve ser bom. Eu vou ver o que está acontecendo enquanto você veste outra roupa. Ela já estava se movendo para se vestir quando ele desativou o sensor do alarme e saiu pela porta, a sensação de um peso no estômago enquanto ele se perguntava o que tinha trazido seu irmão para Washington. Descendo as escadas, encontrou todos esperando por ele na sala. Seu irmão, os Guardiões Aiden Shrader e Kellan estavam espalhados sobre o sofá e a poltrona com canecas de café fumegante na mesa de mogno que estava centrada entre eles. O aroma rico de bolos de canela saía da cozinha e fez seu estômago roncar, mas ao olhar no rosto de seu irmão, Riley sabia a comida ia ter que esperar. Apesar de seu irmão e Shrader serem ambos altos, com uma rigidez muscular construída, Ian tinha o mesmo cabelo escuro de Riley, apenas mais curto, e olhos azuis, enquanto Shrader tinha olhos castanhos e grossos, cabelos cor de caramelo que caiam um pouco acima dos ombros, bem como várias tatuagens nos braços e mãos. 194
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—O que vocês dois estão fazendo aqui? Ele perguntou, olhando entre os dois. Foi Kellan, quem respondeu a pergunta. — Eles disseram que precisavam falar com você. Riley arqueou uma sobrancelha quando parou no meio da sala. Cruzando os braços sobre o peito nu, lançou a Ian um olhar agudo de frustração. —E você não poderia ter ligado? Você sabe muito bem que, com Malcolm morto, é muito perigoso para você ficar vagando por aí agora. Você é uma refeição grátis para qualquer Casus que tenha a coragem de vir atrás de você. Que diabos você estava pensando? —Dissemos isso a ele, mas ele estava determinado a fazê-lo em pessoa. Aiden disse, acenando com a cabeça em direção a Ian, que estava sentado com o cotovelo esquerdo apoiado contra o braço superior do sofá de couro, esfregando sua mão esquerda sobre o queixo enquanto estudava o rosto de Riley com olhos escuros e sombreados. Uma tensão zangada se derramava na sala, quente como uma chama altíssima, enchendo a sala com uma presença acentuada e elétrica. O que estava acontecendo, Riley sabia que ele não ia gostar. Ele começou a dizer para Ian ir em frente e cuspi-lo, quando Hope desceu as escadas atrás dele vestida com um jeans e uma camiseta, de imediato, chamando a atenção de todos os olhares masculinos. Sua boca estava inchada pelos beijos, as faces coradas, o cabelo caindo nos ombros em desordem selvagem, sexy, como se ela tivesse tido apenas tempo para passar seus dedos através dele e não uma escova. Ian arqueou as sobrancelhas ao fato óbvio de que ela parecia como se tivesse sido completamente devastada, enquanto Kellan e Shrader abafaram uma risada masculina com suas respirações. Ela murmurou um bom dia com calma, enquanto se sentava no lugar vago ao lado de Kellan, com as mãos entrelaçadas nervosamente entre os joelhos. Embora ele não tivesse falado conversado muito com Ian desde a volta dele a cidade, Riley sabia que Saige devia ter lhe contado sobre Hope... e, sem dúvida, encheu-o com 195
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sua história. Apesar de ele achar que Ian não a conhecesse muito bem, as probabilidades eram de que ele se lembrasse dela na escola ou na cidade. Seu irmão passou um momento estudando seu rosto, como se estivesse procurando vestígios da menina que tinha conhecido em Laurente todos os anos, depois deslizou seu olhar de falcão olhar para trás para Riley. Estreitando os olhos, ele puxou uma respiração profunda. — Você se alimentou. Anunciou em voz baixa, as palavras roucas fazendo todos congelarem. A face de Hope ficou de um vermelho brilhante, os olhos dando voltas em todos como um cervo sob os faróis de olhares. Riley respondeu com um breve aceno de cabeça, avisando seu irmão com os olhos para deixar o assunto antes que ele a envergonhasse mais do que ele já tinha feito, mas o cara aparentemente não deu a mínima. — Merda, Ian. Murmurou, e os olhos de Riley se estreitaram com suspeita. —O que você quer dizer com 'merda'? Eu pensei que satisfazer a nossa fome era uma coisa boa. Não é por isso que todo mundo tem me chateado para fazer? Agora que eu finalmente o fiz isso, eu posso encarar Gregory com o Merrick e destruí-lo. Kellan olhou para ele com esperança, em seguida, novamente, o canto de sua boca se contraiu com um sorriso e ele deu um assobio baixo. —Oh, sim. Ele murmurou. —Você está explodindo vibração de Merrick como um farol. Eles estarão viajando mais rápido para chegar até você agora, tendo você encontrado o marcador ou não. Os Casus provavelmente estarão em torno deste lugar esta noite. —Bom. - Ele resmungou. — Eu estou pronto para acabar com isso. —Maldição. - Ian rosnou, inclinando-se para frente e batendo com o punho para baixo na superfície da mesa com tanta força que as canecas de todos saltaram uns bons centímetros... Assim como Hope. —Qual diabos é o seu problema? - Riley gritou. Mas seu irmão, apenas ficou lá, olhando pronto para explodir com alguma emoção violenta, enquanto a tensão na 196
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sala de mantinha incômoda. —Eu acho que vocês não trouxeram o primeiro marcador não é?
Kellan
injetou no pesado silêncio, olhando entre os dois homens que estavam sentados na mesa e Hope. Shrader sacudiu a cabeça, dizendo: —Riley não vai precisar dele, por isso deixamos em Ravenswing, em vez de correr o risco de perdê-lo. Especialmente agora que Westmore tem nas mãos sobre o que Saige encontrou no Brasil. Kellan arqueou as sobrancelhas. —Por que ele não vai precisa dele? O que vocês sabem e nós não? Shrader recostou-se no canto do sofá de couro e olhou para Ian. —Eu acho que é hora de ir em frente e dizer ao grandalhão por que estamos aqui. Disse ele. Com os cotovelos apoiados nos joelhos, Ian esfregou as mãos pelo rosto, em seguida, lançou seu escuro olhar para Riley, e o sentimento desconfortável em seu interior queimava com avisos de que era algo ruim... Algo feio. Seu irmão só ficou olhando, e Shrader suspirou, dizendo: —Ian teve um sonho. Kellan riu. —Eu pensei que era Martin Luther King Junior. —Pare seu arrogante. Ian resmungou, olhando a jovem em silêncio, enquanto Riley absorvia as palavras. Embora ainda não entendesse tudo sobre o dom de Ian, parecia que seus sonhos podiam às vezes ser uma forma de premonição, permitindo-lhe ver as coisas antes que elas realmente acontecessem. —Então você veio de tão longe por causa de alguma maldita premonição. Disse ele em voz baixa. —Por que em nome de Deus os outros não o impediram? O que eles estão fazendo? —Quinn tentou, mas ele não foi mais bem sucedido do que eu.
Explicou
Shrader. Ele voltou para Ravenswing com Molly e Saige. Todos os três estão 197
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trabalhando com os mapas agora, tenho certeza Saige já lhe disse. E Kierland foi chamado para a Áustria para uma reunião extraordinária do Consórcio. Ele está no avião enquanto falamos. Riley sabia que o consórcio era uma espécie de conselho paranormal das Nações Unidas, composto por representantes eleitos de cada um dos restantes dos clãs antigos. Os guardiões se reportavam diretamente à organização, atuando como os olhos do Consórcio e os ouvidos ao redor do globo. Os shifters foram proibidos de intervir nos problemas que surgiram entre os clãs, salvo permissão especial dada pelo Consórcio. Kierland e os outros na unidade no Colorado tinham quebrado essa regra e fez contato com Ian, quando o seu despertar tinha começado, o que era provavelmente o motivo porque Kierland havia sido chamado para reunião. Riley assumiu que o obstinado Guardião aproveitaria a oportunidade para seguir em frente e defender sua posição de que os outros clãs já não podiam se manter à margem e permitir que o retorno dos Casus passassem inadvertidos. Ele também sabia que Kierland estava tentando descobrir uma maneira de compartilhar o marcador entre as diferentes unidades de Guardiões, de modo
que
os
Casus
fossem
destruídos.
Embora
o
plano
fizesse
sentido,
especialmente com Saige continuando a trabalhar com os mapas para mais cruzes serem encontradas, ninguém tinha muita esperança de que o Consórcio concordaria, sabendo que o assunto poderia ser discutido e debatido por muito tempo e provavelmente não se chegaria a nenhum tipo de decisão. Ele estava pronto para voltar a perguntar o que Ian havia sonhado, quando seu irmão finalmente ficou em pé. Parando na frente do sofá, o corpo vibrando com uma violenta emoção, Ian disse: — Eu pensei que conhecesse você. As palavras eram macias... Amargas. — Quero dizer, eu sei que nunca estive perto. E eu sei que a culpa é minha. Eu assumo. Deixei vocês para trás para lidar com tudo em casa. Mas eu pensei que tinha pelo menos respeito entre nós, Ri. Seu estômago se agitou, mas ele conseguiu dizer. 198
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— Nós temos. —Como diabos nós temos. Disse Ian resmungando, de repente, dando um passo em direção a ele, com as mãos em punho a seu lado. —Irmãos não mentem uns aos outros. Eles não mantêm a escuridão entre si, especialmente segredos. O temor se apertou em torno de seu pescoço. —O que você quer de mim? —Eu quero a verdade! Ian gritou seu rosto escuro torcido de fúria. —Isso é pedir muito? Ele não respondeu. Em vez disso, Riley descruzou os braços e se dirigiu para a porta de trás. Mas, deixar a sala significava virar as costas a Ian, o que nunca foi uma jogada inteligente. Um segundo ele estava indo embora, não querendo ter essa conversa na frente de Hope, e no seguinte foi empurrado por Ian pelo ombro, virando-o de volta, ficando bem na sua frente. —Não se atreva a me dar as costas! —Eu não preciso disso agora. —Se não for agora, então quando? —Há muito lixo por aqui que você não conhece. Ele rugiu. —Porque você não me conta! - Ian disparou de volta, empurrando seus ombros suficientemente duro para enviar Riley de costas contra a porta. Ele ficou caído lá por um momento, deixando a porta apoiar suas costas, pensando sobre o que ele deveria dizer... Como explicar. Espantou-lhe que o chão ainda estivesse segurando-o, quando tudo ao seu redor parecia estar se dissolvendo em um monte de merda. —Cristo, Ian. Eu não quero que você seja uma parte disto. —Eu já sou. Seu irmão levantou uma mão e passou pelo seu cabelo, em seguida, balançou a cabeça lentamente. —Eu sei o que você planejou. O que você vai pedir Kellan para fazer. Riley bloqueou o queixo e olhou nos olhos brilhantes de Ian, uma veia começava a palpitar em seu pescoço. 199
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—O quê? Kellan perguntou. —O que ele vai me pedir para fazer? Ignorando a pergunta do Guardião, ele disse: —Tem que ser feito. Num tom baixo e sem emoção que pareceu enfurecer Ian ainda mais. —Como diabos tem que ser feito. O que você está pensando? Sua boca se torceu em um sorriso amargo quando ele disse. - Eu estou supondo que no seu pequeno sonho, você não ouviu a explicação que eu dei quando eu faço o meu pedido...? —Seu pedido? - Kellan explodiu com impaciência. - Será que alguém pode me dizer o que está acontecendo? —Eu não dou a mínima para o tipo de razão que você tem. - Ian resmungou. Nada poderia me fazer acreditar que o seu plano idiota é a única resposta. Isso não vai acontecer. —Se Kellan não o fizer, eu vou encontrar alguém que faça. Seu irmão zombou. — Sim, bem, eles vão ter que passar por mim primeiro. Ele olhou nos olhos de seu irmão, fazendo tudo o que podia para evitar olhar para os outros. Para evitar olhar para Hope. —Fique fora disso, Ian. Não tem nada a ver com você. —Tem tudo a ver comigo. Você é meu irmão maldição e depois de tudo que nós passamos, eu não vou perdê-lo assim. Eu quero uma resposta, e eu quero uma agora. A embargada risada ficou presa na garganta de Riley, e ele engoliu, tentando respirar até que um calor tremendo subiu dentro dele. Abaixando o olhar para o chão, ele podia sentir cada pesada e forte batida do seu coração quando ele disse: —Você deixou. —Deixei? Deixei o que maldição? Ele puxou uma respiração profunda. Lentamente. – Deixou-nos. 200
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Silêncio... e, em seguida, Ian disse: —Eu lhe pedi para vir comigo. —E eu não podia. - Ele murmurou, esfregando as mãos em suas coxas úmidas, seus olhos se embaçaram. —Você sabia. Elaina e sua obsessão pelo Merrick nunca passou. Ela só ficou mais desesperada para saber o que estava por vir... Para ter um vislumbre do nosso futuro. - Levantou a cabeça, ele segurou o olhar desolado de seu irmão quando disse. — E o que você não deixou que eles fizessem com você, nossa mãe imploroume para deixá-los fazer comigo, esperando que ela pudesse obter suas respostas. Ian se encolheu, sua expressão bem apertada com pavor. —Por favor, me diga que você não disse a ela. Disse ele com voz rouca. Riley rolou seus ombros, voltou o seu olhar para o chão novamente, ciente dos outros olhando para ele... o peso de seus olhares ardentes contra a sua pele. —No início, sim. Mas então eu me cansei de lutar contra ela sobre isso. E eu tinha medo de que ela tentasse usar Saige, que era ainda tão jovem. Então, eu finalmente a deixei fazer seu ritual de visão com o grupo de charlatões com que ela saia, apenas para que se calasse. —O que aconteceu? Ian perguntou. – Eles te machucaram? —Não, nada disso. Funcionou, o que totalmente fundiu minha mente, uma vez que eu pensei que eles estavam loucos. Mas eles fizeram uma pequena cerimônia, e eu vi... —O quê? Eu vi o futuro. - Disse ele em voz baixa. —Eu vi o que eu seria. —Cristo, Riley. Apenas conte. —Não foi bonito. Inferno, foi... - Ele deu um suspiro, finalmente forçando para fora. —Eu me torno um assassino. —Das coisas que merecem ser mortas. - Disse Ian resmungando. —Isso é o que todos nós estamos nos tornando. —Eu gosto. - Ele riu o som doloroso e gritante. —Mas é pior do que isso. Eu não 201
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posso controlar. Não como você e Saige. A raiva, a agressão, elas tiram o melhor de mim. Toma-me. E eu me tornei tão sanguinário como as coisas que estamos lutando. O silêncio encheu a sala, em seguida Ian sussurrou: —Eu não acredito em você. —É verdade. Ele suspirou, fazendo o possível para controlar o tremor em sua garganta. - Eu vi com meus próprios olhos. Você e Saige, vocês conseguem lidar com isso. Mas quando eu for forçado a enfrentar o Casus, eu... o inferno, eu não sei. É como se minha raiva me dominasse se eu perdesse o controle. Vi-me matando. Brutal, sanguinário, e eles não eram todos monstros. Eu acho que... Cristo, eu acho que eles eram apenas humanos. Ele levantou os olhos, forçando-se a manter o olhar em seu irmão, furioso atormentado. —Se você se preocupa comigo, Ian, você não vai me deixar fazer isso. Você não vai deixar isso acontecer. Você vai fazer a coisa decente e me matar antes que eu faça mal a alguém. Ele estava dolorosamente consciente de Hope soltando um suspiro de surpresa... de Kellan e Shrader amaldiçoando para si, mas ele não podia olhar para eles, não queria enfrentar as suas expressões. Não queria ver o desgosto que sabia que Hope deveria estar sentindo agora que ela sabia que tinha dado a si mesma a um monstro... Um assassino. —Tem que haver outra forma. - Defendeu Ian. —Não há. Eu já percebi que era hora de lidar com isso, quando eu soube que você voltou para a Carolina do Sul para enfrentar Malcolm. Quando os guardiões apareceram e me contaram o que estava acontecendo, eu sabia que tinha chegado a hora. Eu ia fazer a maldita coisa mesmo, mas eu não sei se vou ser capaz quando eu perder o meu controle. E a única razão de eu não ter feito isso antes, e ter acabado com tudo com uma bala foi porque eu sou um teimoso desgraçado e quero levar muitos Casus comigo, antes de eu ir. Eu sei que é um inferno de uma coisa para lhe pedir, mas eu preciso de sua promessa. Se... Se isso acontecer, eu preciso ter certeza que você vai me colocar para baixo. 202
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—Nada vai acontecer.
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Disse Ian resmungando. —Deus, Riley, você é o
homem mais justo que eu já conheci. A idéia de matar você... Ele balançou a cabeça, sua voz grossa, corajosa e agradável quando ele disse. — É impossível. Tudo o que você viu nesse ritual maldito, não vai ser assim. —Mas se isso acontecer. Disse ele com os dentes fechados. Seu irmão vibrou com uma tensão de aperto e, finalmente, deu um aceno brusco, cedendo por um momento, Riley recostou-se contra a porta, sentindo como se um peso tivesse sido tirado de seu peito. Ian poderia não estar feliz com ele, mas ele confiava nele para se certificar de que as escolhas certas fossem feitas. —Então, se nós aceitarmos.
Shrader disse com seu sarcasmo habitual.
—
Vamos levar Hope daqui para Ravenswing? O peso de chumbo que tinha começado a sair dos ombros de Riley, de repente, o puxou para baixo, perto de deixá-lo de joelhos. Seu olhar foi para Hope contra a sua vontade, a expressão em seu rosto bonito fazendo-o sentir-se como o maior sacana vivo. Sua expressão era uma mistura de medo, raiva e traição. Sua boca tremia sob sua pele muito pálida, como se tudo tivesse drenando sua energia. Ela já estava se fechando. Bloqueando. Engolindo o nó de emoção na garganta, ele disse: —Ela não vai voltar. Ian deu um passo à frente, exigindo sua atenção, e ele afastou deu seu olhar de Hope e voltou a fixar-se em seu irmão. —Uma vez que o marcador for encontrado, você precisa voltar para casa, Riley. Até a guerra acabar, é muito perigoso para você ficar aqui com Hope. Os Casus virão atrás de você, um após o outro. Vocês precisam estar em algum lugar seguro. Em algum lugar que você não tenha que olhar por cima do ombro a cada hora do dia e da noite. —Não vou a lugar nenhum. Ele murmurou, levantando sua mão quando Ian começou a discutir. —E mesmo se eu fosse Hope ainda não iria comigo. Não que ele não queria que ela fosse. Ele sabia qual era o seu futuro, e não queria ela perto dele. Se um milagre acontecesse e ele enfrentasse o Casus naquela noite sem 203
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perder o controle... Isso não queria dizer que ele a salvo. Não queria dizer que não iria acontecer na próxima vez... Ou no próximo dia. Cedo ou tarde, essa visão maldita ia ser tornar realidade, e Riley não tinha dúvidas que seria naquela noite. De alguma forma, ele sabia... Seu irmão olhou Hope por um momento, uma expressão de descrença escura esculpida em seu rosto enquanto ele olhava de volta para Riley. —Que diabos você estava pensando? - Ele murmurou. —Como você pôde envolvê-la nesta coisa se o que vocês dois têm não é permanente? Ele abriu a boca, pronto para dizer a seu irmão que se metesse com seus próprios assuntos, quando de repente Hope dirigiu-se para as escadas, dizendo: —Eu acho... Eu acho que devo ir agora. Com o coração batendo para fora do peito, Riley a viu subir rapidamente as escadas, sentindo como se estivesse levando uma parte dele com ela. A parte boa. A digna. Durante a noite, ele esperou o momento em que ela abrisse os olhos e recuperasse seus sentidos. Dizer a ele para ir embora. Que ela não queria mais nada a com ele. Ele tentou se preparar para isso, mas o momento de sofrimento nunca chegou. Em vez disso, ele continuou se entregando, tão livremente, tão docemente, aceitando cada parte dele, não importando o quão escuro, duro ou agressivo fosse. Ele queria ir atrás dela, a necessidade era como uma coisa física furiosa dentro de seu corpo, mas sabia que não havia nada que ele pudesse dizer para fazer as coisas melhorarem. Nada poderia apagar aquele olhar devastador de seu rosto. Em vez disso, ele apenas ficou ali, encostado na porta com o olhar colado à escada vazia. O silêncio foi finalmente quebrado quando Kellan limpou a garganta, dizendo: —Então, eu estaria disposto a apostar meu braço direito que nós vamos enfrentar esses bastardos está noite. Quando o Casus receber essa lufada de você, eles virão como a chuva caindo sobre este lugar, como um enxame de gafanhotos. E, tendo Ian aqui só irá adoçar a tentação. Portanto, precisamos estar preparados. 204
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—Sim.
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Ajeitando para trás os cabelos, Riley finalmente afastou o olhar da
escada e olhou para o irmão. E para que saiba eu não pretendo deixá-la aqui para se defender sozinha. Se algo acontecer comigo, espero que ela tenha proteção até que o maldito marcador seja encontrado e esteja fora de sua propriedade. Então, não haverá qualquer razão para aqueles bastardos ficarem em Pureza e Hope será capaz de seguir com sua vida. Ian balançou a cabeça, e Riley chegou a dizer: — O que exatamente significa o que disse antes Shrader, que eu não iria precisar do marcador quando você voltasse a Ravenswing? Seu irmão enfiou as mãos nos bolsos. —No sonho que eu tive que você estava vestindo a cruz que encontrou aqui em Pureza. —Então, nesse caso. Riley grunhiu se afastando da porta, eu acho que seria melhor tirar nossos traseiros daqui e ir encontrar a maldita coisa.
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CAPÍTULO DEZESSEIS APÓS HORAS DE escavação em todo o dia, o marcador escuro ainda não tinha sido encontrado. Fez um bom tempo naquela manhã, mas depois a chuva começou a cair novamente no período da tarde, a forte tempestade prevista finalmente começando a rodar o seu caminho em direção à costa. Seus esforços eram um desperdício de tempo naquele momento, mas eles continuaram, até que finalmente pararam. A chuva estava caindo tão forte que a visibilidade era nula, o que deixava a busca impossível. Riley tinha certeza de que a encontraria naquele dia, após o que Ian tinha visto em seu sonho, e eles ainda não estavam ainda mais perto de ter a posse da antiga cruz. Decepção sentou-se em seu interior, as mãos cheias de bolhas e sentindo dor por ele bater a pá no chão, mas a dor em seu corpo não chegava perto da que estava em sua cabeça... e em seu peito. Ele não tinha falado com Hope desde a manhã. Antes que ele pudesse chegar até ela, ela já havia voltado para baixo, ignorando-o quando fez seu caminho para a cozinha. Pensando que ela finalmente o chamaria quando estivesse pronta para falar, Riley tinha ido terminar de se vestir, em seguida, juntou-se com os outros, e não tinha voltado para a casa desde então. E ainda que ele houvesse tentado parar de pensar, continuou se lembrando do que tinha visto em seu rosto depois que ela descobriu a verdade sobre ele, sobre seu futuro, e não podia fazer nada para ajudar, mas sentia que ela o estava evitando. Não era nada menos do que ele esperava, mas ainda o machucava. Deixando os outros para tomar um banho e voltar para a cabana, ele fez o seu caminho até a casa com sua mochila, decidido a fazê-la falar com ele antes que ele fosse embora. Todos concordaram que o Casus faria seu movimento naquela noite, o que significa que Hope não podia ficar lá. Riley esperava ela argumentar, mas mesmo que tivesse que arrastá-la para fora de lá chutando e 206
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gritando, ela sairia. Entrando em seu quarto, ele tirou a jaqueta encharcada da chuva e jogou-a no chão, junto com seu coldre, não querendo estragar qualquer de suas antiguidades com danos causados pela água. De pé diante da janela, ele olhou para a fúria da tempestade violenta que assolava sobre o oceano, as nuvens escuras listradas com os raios de luz, as ondas de trovão ensurdecedoras. Era quase como se a natureza soubesse o que estava por vir... e sentiu a necessidade de fornecer as imagens adequadas. Ele apenas tirou a camiseta, pensando em tomar um banho quente antes de ir ao café para encontrar Hope, quando ela entrou no quarto, fechando a porta atrás dela. Apoiando-se, Riley ficou de costas para a janela enquanto ele esperava ouvir o que ela diria. Ela cruzou os braços sobre o peito, mantendo-se perto da porta, os olhos escuros e sombreados enquanto ela olhava para ele. — Eu me encontrei com os outros no café. Disse ela em voz baixa. —Disseram-me sobre o dia. Se todos vocês realmente acreditam que eles estão vindo hoje à noite, porque você não pode simplesmente ir embora? É loucura enfrentar o Casus sem o Marcador Riley. Empurrando as mãos para os bolsos, ele sacudiu a cabeça. —Se eles ainda acreditam que o marcador está enterrado aqui, não podemos simplesmente decolar. De nenhuma maneira eu faria isso com você e Millie. E agora que eu despertei, eles vão vir com força. É melhor ir adiante e enfrentá-los. Estou cansado de saber o que eles estão fazendo, e me preocupar com o que eles têm planejado. É melhor apenas acabar com isso. Levantando uma mão para esfregar os músculos tensos da parte de trás do seu pescoço, ele olhou para ela debaixo dos seus cílios quando perguntou. —Kellan disse o plano? Ela assentiu com a cabeça, um tremor fino visível passou por de seus braços... nos seus ombros. —Ele não está feliz sobre isso. E nem eu, mas eu já chamei Millie e disse-lhe 207
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para esperar no hospital até que ela soubesse que não há problema em voltar para casa. Kellan poderia não estar por perder a batalha. Ele murmurou. — Mas ele vai protegê-la com a sua vida, Hope. Ele não vai deixar nada acontecer com você. —Eu sei. Hope sussurrou de forma instável. Ela fez uma pausa, respirou fundo levantando o peito, antes de dizer: — Quando você disse que ia embora... Eu pensei que você quis dizer daqui. De Pureza. Eu nunca poderia imaginar que você estava falando sobre o fim da sua vida. Sua expressão revelou uma agonia atormentada. —Eu deveria ter dito a você, mas eu... Eu não podia. Eu não queria que você soubesse. Deus, Hope. Eu teria dado qualquer coisa para mantê-la fora disto. Ele balançou a cabeça novamente, uma risada amarga saiu de seus lábios sensuais. —Maldição, eu fiz isso. Eu me sacrifiquei e a chutei, apenas para mantê-la fora disso, e para quê? Aqui está você presa no meio de tudo. Ela engoliu em seco, entendia exatamente o que ele queria dizer. —Foi por causa dessa cerimônia que Elaina implorou para você participar foi que você terminou comigo, não é? Por isso que você afundou uma faca no meu coração quando você dormiu com Amee, que sempre me odiou? Você quis pegála especificamente, Riley? Só assim poderia me machucar mais? —Sim. - Admitiu ele com uma única palavra rude... Dolorosamente rouca, como se tivesse sido arrancado dele. — Eu precisava destruir a ligação entre nós. Se tivesse havido qualquer chance de voltar com você, se você ainda quisesse ter alguma coisa a ver comigo, eu não teria sido capaz de resistir. Eu tinha que fazer você me odiar, Hope. Eu tinha... Eu tinha que fazê-la ficar. —Para me proteger?
Ela sussurrou dividida entre dar um tapa nele por
magoá-la tanto ou atirando-se para ele por causa das razões devastadoras que tinha feito isso. Ele balançou a cabeça em resposta à sua pergunta, sua garganta 208
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ondulando, cada músculo, duro bonito em seu peito largo e braços poderosos e rígidos com uma tensão, brutal emocionante. —E olha o que aconteceu. Ela afogou sua própria risada amarga, sob sua respiração, o calor em seu peito subindo, espalhando-se em sua garganta, seu rosto, formigando sob sua pele. — Deus, às vezes a vida é tão asquerosa. Espanta-me que todos nós, não mandemos tudo para o inferno quando as coisas ficam como estão. —Você não quer dizer isso. - Desafiou em voz baixa e dura. —Você não é sanguinária assim, Hope. Você é muito corajosa, muito forte. Não importa o que a vida tem jogado em você, você de alguma forma encontra a força para continuar. —Não sou? Olhe para você, Riley. Você é o homem mais corajoso que eu já conheci, e ainda assim você querendo desistir de tudo. Fugindo. —De mim. - Argumentou ele, as palavras mordendo, desagradável. — Do que eu vou chegar a ser. —Quem disse? - Ela retrucou, abaixando os braços, quando deu um passo em direção a ele com raiva, com as mãos de lado. O futuro podia ser dele, maldição, se ele só estivesse disposto a lutar por ela. Para encontrar a fé em si mesmo que iria trazê-lo de volta para ela depois que ele enfrentasse seus demônios. Mas, em vez de lutar, ele estava disposto a apenas jogá-lo fora. Para fugir dela, quando ela apenas o tinha encontrado novamente. Só para se lembrar como era estar viva. —Deus, Riley, o futuro nunca é gravado na pedra. Nunca é um fato! —Não. Ele disparou de volta, sua mandíbula apertada com tanta força que parecia doloroso. —E é por isso, que toda a minha vida tem sido uma piada. Algum tipo de lance estúpido para impedir que isso aconteça, sempre fazendo a coisa certa, e olha onde estou. Eu ainda estou aqui, com essa merda caindo sobre mim, como eu sempre soube que seria. Isso vai acontecer, Hope. Não importa o que eu faça, eu vi o que está por vir. —A vida é toda interpretação. Ela sussurrou. —Ponto de vista. Perspectiva. 209
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Talvez... Talvez incompreendida. Ele bufou, levantando o ombro tatuado em um gesto irritado. —Há tantas maneiras de você interpretar um corpo rasgado com suas mãos. —Droga. Ela amaldiçoou o som quebradiço com impaciência. —Você não sabe o que vai acontecer! Ele apertou sua mão direita contra o peito. —Mas eu sinto. Aqui. Sua mão se moveu, pressionando contra seu estômago. —E aqui. Não importa o quanto eu gostaria que fosse diferente, eu sei que não posso. —Porque é isso que foi mostrado? Ela praticamente gritou, querendo gritar. Para pegar alguma coisa e jogá-la contra a parede em uma explosão de temperamento infantil. —Porque é que lhe disseram? Deus, Riley, você não pode deixar que controle você! Você tem que lutar por aquilo que você deseja. Tudo se resume à vontade, e eu nunca conheci um homem com tanta força de vontade como você. Olhe o que você estava disposto a desistir quando éramos jovens, porque você estava com medo de me machucar. Você é forte o suficiente para lutar contra isso. Eu sei que você é. —Não é tão simples assim. Ele rosnou seus olhos azuis brilhando com uma luz selvagem, sobrenatural, como se seu Merrick estivesse crescendo dentro dele, subindo para a superfície. Mas ela não estava com medo. Não importava no que acreditava Riley, Hope sabia em seu coração que o assassino não era ele. Ela só queria encontrar alguma maneira de fazê-lo acreditar em si mesmo do jeito que ela acreditava. Ela iria perdê-lo se ele não o fizesse, e que isso iria matá-la. Quebrá-la em pedaços pequenos, até que não houvesse nada, mas um monte de fragmentos que nunca poderia ser colocado de volta novamente. Lutando para controlar seu queixo trêmulo, ela disse: —Eu nunca deveria ter deixado você tomar o meu sangue, mas eu estava ansiosa. Egoísta. Eu queria ser a pessoa que daria o que você precisava, e agora... Agora eu vou perder você por causa disso. 210
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—Isso não é culpa sua! Ele explodiu as palavras ásperas e afiadas com a frustração. —É minha. Eu sou o maldito. Que deveria ter ficado longe de você, mas não conseguiu. Eu arrisquei sua vida cada vez que eu toquei em você. Deus, Hope, olhe o que aconteceu na noite passada. Eu trouxe você, aqui, sozinho, com esse... Esse mal dentro de mim. Isso me assusta muito, sabendo que eu sou capaz de... O que eu posso ser empurrado a fazer. Quem sabe o quanto realmente vai demorar a sair o que está enterrado em algum lugar aqui? Ele fervia, empurrando o polegar em direção ao seu peito escuro. - É por isso que eu não posso tocar suas cicatrizes. Mesmo Capshaw estando morto, o ódio que sinto por esse filho da puta é tão poderoso, que eu não confio em mim. Não confio no meu controle. O que poderia ter-me fora de limite se eu der-lhe-lhe tanto como uma polegada. Se isso acontecesse e eu... Se eu te machucar... Sua garganta se fechou e ele sacudiu a cabeça. — Eu nunca deveria ter tocado em você, mas eu queria o suficiente para assumir o risco. Você deve me odiar por isso. —Usando a sua frase favorita, Ri, eu não posso. Eu não consigo odiar alguém que eu... —Não. Riley latiu, sabendo que ia matá-lo se ele a ouvisse dizer isso. —Cristo, o que quer que você faça, não diga isso, Hope. Mas as palavras estavam em seus olhos, escrito em todo o seu rosto bonito, precioso, e não podia escondê-lo. Sabendo que ele tinha que sair correndo dali, Riley voltou-se e dirigiu-se para a porta que ligava sua casa ao banheiro privativo. —Estou com frio.
Ele murmurou
dolorosamente consciente de seu olhar do outro lado do quarto. —Eu vou tomar um banho. Movendo-se como um tonto, ele fechou a porta atrás de si, tirou suas botas e o resto de sua roupa, abriu a água quente e subiu para o chuveiro. Ele ficou parado com a cabeça sob o jato de água que queimava por alguns minutos, esperando que o calor finalmente penetrasse debaixo de sua pele, derretendo o frio do medo que o estava corroendo por dentro, quando ouviu a porta do banheiro se abrir. Um 211
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minuto depois, Hope puxou a cortina e entrou na parte de trás da cuba, o peso de seus cílios deixava difícil ler a expressão nos olhos dela. Ela vestia apenas uma camiseta fina, a visão erótica de seus mamilos pressionando o algodão macio e escuro, as ondas brilhantes situado na junção das coxas enviando o seu sangue para seu ventre. Seu membro ficou tão duro como granito... Grosso com a necessidade, o coração batendo no peito com tanta força que doeu. —O que você está fazendo? Ele murmurou, sentindo como se tivesse em uma fantasia... Um sonho. —Você disse que estava com frio. Ela murmurou, deslizando de joelhos na frente dele. Lançando-lhe um olhar ardente por debaixo de seus cílios, ela estendeu a mão e o envolveu com elas suavemente e doce em torno de seu eixo pulsando, espremendo... Testando seu tamanho... Sua ampla largura. —Eu pensei que poderia te ajudar a se aquecer. —Você não precisa fazer isso. Ele conseguiu dizer quando olhou para ela, pensando que ela era a mulher mais sexy, mais bonita que ele já tinha visto. —Eu sei que não.
Ela murmurou, pressionando seus exuberantes lábios
aveludados contra a cabeça esticada, lisa do seu pênis, o toque provocativo da boca dela fazendo as pernas quase se dobrar. —Mas eu quero Riley. Eu sempre quis. —Maldição. Ele suspirou, enfiando seus dedos pelos agitados fios macios de seda de seus cabelos pesados. — Eu não sei se eu posso fazer isso. Hope sorriu enquanto passava a língua em todo o inchaço da ponta do tamanho de uma ameixa, amando a forma como sua respiração assobiou por entre os dentes, um violento tremor percorreu toda sua estrutura poderosa. —Lembre-se de respirar. Ela sussurrou, devolvendo-lhe as palavras sedutoras que ele disse a ela na noite anterior, enquanto os dedos ordenhavam seu comprimento incrível, maravilhada com sua força bruta e a resistência dele, ao mesmo tempo como seda e aço. 212
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—Não posso esperar mais. Ela abriu a boca sobre ele, suas mãos ao redor da base ampla, segurando-o... Acariciando, seu rosnado baixo enchendo o ar, visceral, profundo e maravilhosamente masculino. Ele era pesado contra a sua língua, inchado. Pulsante e incrivelmente quente. Seu gosto era de dar água na boca... Delicioso, como algo doce e maduro que ela queria saborear por horas a fio. Hope se perdeu na intimidade, nos detalhes inebriantes, o prazer primitivo ampliado pela maneira como ele segurava sua cabeça, olhando nos seus olhos, um segredo entre eles, sem mentiras, como se ela pudesse finalmente ver debaixo de sua ira e escudos, para as verdades que estava lá dentro. Ela podia sentir o seu medo, seu desespero, e isso a fez querer gritar. Lutar por ele. Mas ela sabia que ele nunca iria permitir que ela se envolvesse na batalha. Ele lhe daria este momento, e depois a empurraria, como ele fez durante todos aqueles anos atrás. Não era para ser cruel ou machucá-la, mas porque ele faria tudo que pudesse para protegê-la. Novamente, sua respiração sibilou por entre os dentes, seu corpo tremendo enquanto ele fechava os joelhos. —Não mais. Ele rosnou, se afastando dela. —Eu não posso aguentar. Antes que ela pudesse argumentar, Riley puxou-lhe os pés, pressionando sua coluna contra o azulejo do chuveiro. Ela engasgou quando ele levantou-a com as mãos segurando seu traseiro suavemente arredondado e entrou nela. —Eu não vou gozar em você. Ele rosnou, quase morrendo com a intensidade da sensação de afundar-se sem camisinha, na quente, macia profundezas do seu corpo fazendo-o tremer, era tão bom. Ela estava molhada, apertada e macia, pulsante em torno dele, segurando seu pênis nu como uma força voraz, levando-o cada vez mais fundo enquanto ele impulsionava, até que ele tinha enterrado cada centímetro dentro dela. Ele a segurou contra a parede do chuveiro com uma fome violenta, explosiva, a necessidade impressa em sua própria alma, em seu coração, mesmo sabendo que ele não tinha direito a isso. A banheira, o atrito, sua respiração, tudo isso o quebrou, caindo todas as camadas até ele não era nada mais do que uma 213
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criatura de instinto puro, primordial. Até que ele se sentisse como um animal, selvagem e fora de controle. E ainda assim o modo como ela olhava para ele o fazia se sentir como um deus, invencível e forte, como se houvesse uma lasca de luz brilhando dentro dele, afinal. Um que ela tinha começado. Uma que morreria sem ela para alimentar a chama. O vapor os envolvia como uma névoa espessa sensual, ela passou as mãos sobre os seus ombros molhados, sentiu o poder de seu bíceps protuberante. —Eu amo o seu corpo. Disse a ele, sua voz rouca e suave pela paixão. —Eu amo o seu poder. Sua força. Mas não são esses incríveis músculos que vão salvá-lo, Ri. Apertando sua mão sobre o coração, ela disse. —É o que tem aqui que irá mantê-lo unido. Mantenha-se fiel a quem você é. Ele estremeceu a garganta seca. —Eu desejo que você esteja certa. Você não tem idéia do quanto eu desejo que seja verdade, Hope. —É a verdade. Eu sei que é. —E o que eu deveria fazer? —Você está destinado a encontrar a fé em algo que irá ajudá-lo a passar por isso, de modo que você possa sair inteiro do outro lado. Sua boca tremia em um sorriso, os olhos vidrados e brilhantes quando ela colocou seu rosto úmido em suas mãos. —Você tem que ter esperança, Ri. Por favor. Prometa-me que você vai pelo menos tentar. —Eu vou tentar. Ele gemeu, querendo dar-lhe as palavras que ela merecia, mas não pôde obrigá-las a passar pelo nó na garganta. Assim, ele mostrou-lhe com o seu corpo. Não havia palavras para expressar o que sentia, afinal. E embora o Merrick quisesse seu sangue de novo, Riley o forçou para baixo, sabendo que era muito cedo, depois do que tinha tomado na última noite. Em vez disso, ele encontrou seus lábios e se perdeu no gosto requintado de sua boca, esfregando a sua língua contra a dela, engolindo seu fôlego, rouco. E então ele quebrou o beijo, ficando perto, querendo ver o fogo em seus olhos quando o abrasador calor do 214
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prazer a atingiu quase lançando-o sobre a borda. Fechando os dentes, Riley se retirou no último segundo, irrompendo em sua coxa pálida, em um duro e violento êxtase, seu próprio grito enchendo o ar. Ele caiu contra ela, sua boca enterrada na curva de seu ombro, seu coração batendo contra o peito. Habilmente, ele a colocou de volta em pé, virou-se e entrou debaixo do jato de água, deixando a água cair sobre a cabeça curvada. Hope levantou a mão, arrastando os dedos sobre a tatuagem bonita em seu ombro. Sua mão se moveu mais para baixo por suas costas, mapeando os músculos compactos... A longa linha de sua coluna vertebral. Ela sussurrou seu nome, e ele se encolheu, como se ela o golpeasse. Sem uma palavra, ele saiu do banho e pegou uma toalha. Hope fechou a água e seguiu para fora do banheiro, vendo ele puxar uma cueca, um jeans e uma camisa para fora da sua mochila. Ele começou a vestir-se, cada peça de roupa cobria seu corpo musculoso, arrebatador e lindo como uma folha de armadura. Uma série de bloqueios que ela não podia romper. Que o mantinha preso em um lugar que ela não podia alcançar. A dor que rasgou em seu interior foi sufocante e escura, como ser apunhalado. Ela revirou os lábios para dentro, piscando rapidamente, mas foi inútil. A enxurrada de emoção veio derramando em uma torrente profunda violenta, e um grito seco, abafado preso em sua garganta, sua visão embaçada pelas lágrimas quentes escorriam pelo rosto. Caminhando para o seu armário, ela tirou a camiseta úmida e se vestiu de costas para ele, então, caminhou até a janela, olhando para a violência da tempestade que se aproxima e parecia engolir o horizonte com raiva. Ele calmamente disse o nome dela, e ela se forçou a virar o rosto para ele, passando seus dedos sob os olhos molhados, as lágrimas caindo em uma corrida interminável, que queimava e que ela não conseguia parar... Não podia controlar. —Por favor, não chore. - Riley gemeu as palavras roucas estalando com emoção, a visão de suas lágrimas fazendo algo dentro dele doer. 215
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—Eu não posso parar. Ela soluçou. —Eu não choro há vários anos. Não desde que eu perdi meu bebê. E agora eu estou perdendo você. Eu não posso... Eu. —Cristo, Hope. Sinto muito. Por tudo. Disse ele em uma explosão, áspera de palavras. — Eu nunca... Eu nunca quis que isso acontecesse. Eu sabia que não tinha nenhum direito de tocar em você. Eu só... Eu não conseguia ficar longe. Mas eu não quis machucá-la. Não outra vez. Você é a última pessoa no mundo que eu nunca iria querer machucar. — Riley... Eu Ele balançou a cabeça, sabendo que tudo o que ela ia dizer iria destruí-lo. — Você precisa ir. Disse a ela, cortando-a, a borda áspera de suas palavras fazendo-a recuar, como se pudessem ferir fisicamente. — Você sabe como disparar uma arma? Perguntou ele, pegando a Beretta de seu coldre. Ela assentiu com a cabeça, e ele caminhou até onde ela estava entregando-lhe a arma. —Eu quero que você mantenha a arma com você, Hope. Faça o que fizer, mantenha-a. Não sabemos como vai ser lá fora, e eu não quero que você corra nenhum risco. Ela olhou para a arma com uma carranca intrigada. —Isso causa algum dano a eles? O hospedeiro humano que habitam pode ser morto, apesar de não tão facilmente quando estão em forma Casus. Mas se você colocar uma bala na cabeça ou no coração
acredito que será o suficiente para enviar a alma do
bastardo de volta para onde veio. Enfiou a arma dentro da mochila de lona que tinha pendurada em seu corpo, e ele olhou para o relógio em sua mesa de cabeceira, verificando o tempo. —Kellan já deve estar lá embaixo esperando por você. Ela assentiu com a cabeça, e ele podia ver a verdade angustiante nos olhos dela. O brilho, a emoção cintilante e frágil que ardia em seu interior. Assim mesmo se controlou. Queria agarrá-la e nunca deixá-la ir. 216
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Seu brilhante olhar moveu-se sobre seu rosto, como se estivesse memorizando cada característica, e então ela respirou trêmula e afastou-se dele, caminhando em direção à porta. Ela abriu com sua pequena mão segurando amaçaneta de repente disse: —Aconteça o que acontecer não se esqueça de sua promessa. Então ela saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. Um sentimento de vazio tomou conta de seu coração, perseguindo Riley a partir do quarto, pelo corredor, para a estreita janela que dava para o estacionamento chuvoso. Momentos depois, Hope saiu com Kellan, e entrou em seu caminhão. Ela mantinha a cabeça baixa, passando os dedos embaixo dos olhos, e ele sabia que ela ainda estava chorando. Sentiu um sentimento cru em seu interior, uma sensação dolorosa como uma ferida irregular que havia sido esculpida dentro do peito. Segurando o fôlego, viu como eles iam embora incapazes de se mover até os faróis finalmente desapareceram debaixo da chuva que caia. Então ele se virou e fez o seu caminho de volta para seu quarto, fechando a porta. Caminhando para a cama, ele rastejou sobre os lençóis brancos e pegou seu travesseiro, enterrando seu rosto no algodão macio e perfumado de Hope. E enquanto a chuva continuava a cair contra a janela, ele se deixou repousar em seu calor, deixando suas lágrimas caírem.
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CAPÍTULO DEZESSETE
Quinta-Feira À Noite AGUARDANDO O fim do mundo. Quando se media a boa maneira de gastar o seu tempo, Riley não se classificava particularmente no alto da lista. Ele ficava dando voltas, além de ter seu coração arrancado. O café tinha sido fechado por algumas horas, Ian e Shrader estavam pegando um pouco de comida na cozinha, enquanto ele estava com o ombro apoiado contra a parede, olhando através da janela da sala da sala. Ele mantinha sua atenção sobre a tempestade, fazendo seu melhor para manter o foco na batalha seguinte. Ele se perguntava onde estava Gregory, e o que ele estava fazendo. Para não mencionar todos os outros jogadores psicóticos que, sem dúvida fariam sua entrada antes que a noite terminasse. O Coletivo. Os homens de Westmore. Os outros Casus que tinham atacado Kellan. E onde diabos estava aquele que escapou de Meridian que o havia despertado? Não fazia qualquer sentido que eles estivessem esperando. Todos eles. Todos. Algo estava para acontecer e ele não gostava disso. A pele de Riley se arrepiou. Ele ouviu a porta se abrir com um empurrão, e um instante depois, seu irmão estava de pé ao seu lado, oferecendo-lhe uma longneck gelada. —Então é a única, não é? Ian perguntou, apoiando o ombro contra o lado oposto da sala. Tomando um gole da cerveja gelada, Riley limpou a parte de trás do seu pulso sobre a boca, estremecendo com o frio em sua garganta quando ele disse. —O quê? Ian olhou para a cerveja na mão, vendo dançar o vapor gelado que ele rodava em torno do líquido dentro do frasco. —Eu sempre me perguntei por que nunca um cara tão honesto como você 218
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não tinha um relacionamento fixo, quando você era tão certo quanto ao resto. Por que você não tinha uma esposa e filhos e uma cerca branca essas coisas que os caras certinhos têm. Agora eu entendi. Você esteve resistindo, passou esse tempo todo querendo alguém que você pensou que não poderia ter. Riley sacudiu a cabeça, um som seco, sarcástico batendo em seu peito. —Você está se ouvindo? Você nem sequer soa como o meu irmão. Que diabos você fez com ele? Ian tomou um gole de sua cerveja e sorriu, seus olhos azuis escuros brilhavam com uma ponta de humor. —A culpa é da minha esposa. Foi ela quem me ajudou a entrar em contato com meu lado mais suave. É como olhar o mundo com novos olhos, e eu vejo coisas agora que eu nunca vi antes. Como o fato de que você está de ponta cabeça por Hope Summers. Riley olhou para trás pela janela, a boca apertada puxada com um sorriso torto amargo. — Mesmo assim isso não importa. Sua voz era baixa... Rude. —Sim? Seu irmão perguntou. —E por que é isso? —Eu já lhe disse. Ele murmurou. —Não importa o que aconteça, ela não vai voltar para Ravenswing. —Parece que seria uma simples questão de lhe perguntar. Ian ofereceu em um estrondo baixo, tomando outro gole de cerveja profunda. Raspando uma mão contra os seus pêlos da mandíbula, Riley manteve o seu olhar centrado na noite de tempestade, na esperança de evitar uma nova discussão sobre o que aconteceria no final da noite. —Acho que vamos ter de esperar para ver. Ian deu um gemido baixo de frustração. —Eu sei o que está passando na sua cabeça e é uma loucura. Eu estou lhe dizendo, Ri você não vai se transformar. Ele rosnou. —Não é possível. 219
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Antes que ele pudesse argumentar, Shrader veio da cozinha, fazendo o seu caminho em direção a eles e balbuciou: — Então, se Riley não está interessado em Hope suficiente para mantê-la ao redor, isso significa que ela está livre? Um segundo o imbecil arrogante estava andando pelo quarto, e no próximo Riley fez um movimento rápido com a mão direita, rasgando o tapete oriental debaixo dos pés de Shrader debaixo dos pés jogando no chão. Duro. —Uh, Riley?
Seu irmão murmurou, olhando para ele com olhos grandes e
perguntando. — Você acabou de fazer isso? —Kellan não lhe disse? Perguntou ele, colocando a mão em seu bolso. Ian balançou a cabeça. —Disse o quê? —Eu, uh, descobri o que eu posso fazer. Disse ele, num tom liso, desprovido de emoção. —são os dons dos Buchanan. —Eu vou dizer que você fez. Resmungou Shrader, ficando em pé. Rolando sua cabeça sobre os ombros, o Guardião resmungou: — Então, o que mais você pode fazer Sr. Sunshine? Riley curvou o lábio. —Eu posso limpar o chão com sua bunda se você não calar a boca. Vestindo um sorriso de merda, Shrader abriu as pernas e os braços. —Quer darlhe um tiro? —Maldição. Ian resmungou. —Não deixe que ele irrite você. E quanto a você. Ele vociferou, apontando o dedo para Shrader. — Pare com os problemas. Rolando o ombro, Riley voltou em direção à janela e ergueu a garrafa na mão, terminando sua cerveja. Ele respondeu algumas perguntas de Ian, explicando sobre a sua capacidade, estranha de controlar os objetos físicos, dizendo-lhe sobre a garrafa térmica, bem como a forma como ele foi capaz de manter Hope trancada dentro da casa enquanto ele lutava com Capshaw. —Então... Eu, uh, conversei com Saige pouco tempo atrás. Ian murmurou, 220
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mudando de assunto enquanto se encostava contra a parede. —Ela pensa que pode estar perto de terminar o próximo mapa. —Eu não vejo porque a pressa. Comentou Riley. —Nós não encontramos o terceiro marcador ainda. —Nós vamos encontrá-lo. Disse Ian com uma nota de dura de determinação. —E então nós iremos para o próximo. —Sim, nós vamos ser como os coelhos Energizer. Shrader bufou deitado em um canto do sofá. —Nós vamos continuar indo e indo. Riley começou a perguntar se Saige tinha alguma idéia de onde o quarto Marcador estava, quando a lâmpada sobre a mesa ao lado Shrader de repente saiu, lançando o quarto em uma escuridão sombria. —Lá vai o poder. Ian resmungou, voltando-se para a janela. — E parece que temos companhia no caminho. Olhando para a floresta distante, Riley tinha procurado a coisa que chamou a atenção de Ian e viu os flashes de movimento através das árvores balançando. —Eu acho que estava certo sobre eles virem hoje à noite. Ele murmurou uma estranha sensação caindo sobre ele. Abrindo a porta traseira, Shrader olhou através da chuva violenta e um sorriso lento ondulou em sua boca, quando ele disse. —Isso vai ser divertido. —Alguém já lhe disse que você é um louco filho da puta? Ian perguntou com um baixo ruído de gargalhadas. —Todos os homens são bons. Shrader lançou um largo sorriso. — Isso é o que nos faz tão bons. Eles saíram para a varanda, e Riley fechou a porta atrás dele. —Se Lembrem, nós vamos tentar derrubar o Casus de qualquer forma que pudermos. Ele murmurou, levando a arma que tinha pegado no estojo de Shrader. Era uma brilhante Glock 9 milímetros e, embora quisesse que Ian tivesse como uma também ele sabia que seu irmão iria recusar. Desde a noite em que ele havia visto seu pai colocar uma arma 221
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na cabeça de sua mãe durante uma discussão, Ian nunca tinha posto as mãos em uma arma, preferindo lutar com a faca que ele sempre carregava com ele, ou sob a forma poderosa de seu Merrick, que Riley sabia que ele estaria usando durante a batalha que viria. —Neste momento é melhor enviá-los de volta para a cova e sair daqui vivo. Vamos nos preocupar em enviá-los para o inferno da próxima vez. —Soa como um bom plano. Respondeu Shrader. —Eu vou descarregar neles enquanto puder, então fazer a mudança. Ele balançou a cabeça, sabendo que ele ia ter que fazer o mesmo, permitindo que a escuridão dentro dele se libertasse totalmente, transformando seu corpo em forma Merrick pela primeira vez. Como um tigre shifter, Shrader provavelmente permitiria liberar suas garras e presas, mantendo a forma humana de seu corpo, em vez de se transformar completamente na forma de seu animal. Pouco antes de descer os degraus da varanda, Riley chegou a sair e agarrar Ian. Quando seu irmão virou a cabeça para olhar para trás, ele disse: —No instante em que você perceber que eu perdi o controle, você faz o que tem de ser feito. Os olhos escuros de Ian se estreitaram com a raiva. —Vou fazê-lo somente quando tiver quer ser feito, Ri. E nem um segundo mais cedo. Ele começou a gritar algo a Shrader, Ian se retirou, rosnando: — Não se aborreça. Aiden sabe que vou atrás dele se tentar. Ele tentou de novo, dizendo: —Maldição, você não pode. Quando seu irmão o interrompeu pela segunda vez. —Confie em mim, Riley. Se eu ver... Se eu sentir que não é você, se eu perceber que meu irmão se foi. - Ian murmurou com sua voz profundamente torturada e baixa. —Vou fazer isso direito. Ele viu a verdade resplandecendo na profundidade nos olhos azuis de Ian e 222
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balançou a cabeça. Olhando em direção ao mato, ele disse. —Ok, então. Vamos acabar com isso. Quando eles rapidamente fizeram o seu caminho através do gramado escorregadio, a fúria da tempestade desabou sobre suas cabeças, ensopando-os da cabeça aos pés, proporcionando a cobertura que eles precisavam para alcançar a floresta. Ian transformou seu corpo com fluidez na forma poderosa de seu Merrick. Garras mortais deslizaram sob as pontas dos dedos, o corpo em expansão, os músculos aumentando, enquanto os ossos em seu rosto se deslocavam, o nariz achatado contra seu rosto, as presas Merrick escapando de suas gengivas. Riley e Shrader deslizaram suas armas destinadas para as árvores quando se moveram, abrindo caminho para a cobertura da floresta. Shrader sinalizou que ele fosse para o oeste, chegando por trás de quem estava lá fora, enquanto Riley e Ian continuavam avançando, separados enquanto eles entravam mais profundamente na floresta. O segundo depois, ao longe... Passando um por um, e depois Riley pegou um flash de cabelos loiros pelo canto do olho, e no instante seguinte, um homem foi correndo em direção a ele. Riley disparou, mas o sacana continuou chegando, batendo-o no tronco áspero de uma árvore, prendendo seus braços contra a casca. De nenhuma maneira no inferno essa coisa era um homem, pensou, lutando para se libertar do agarre poderoso do homem, quando o loiro jogou a cabeça para trás, revelando um conjunto, muito letal de presas. Ian! Shrader! Ele gritou, levantando o joelho e atingindo seu agressor entre as pernas. Riley podia sentir o ardor das presas dentro de suas gengivas, o poder da fúria do Merrick bombeando através de seu sistema, crescendo... Se aproximando... Mais... Exortando-o a rasgar a garganta do bastardo. Ele podia sentir o calor do corpo do homem... Do seu sangue. Podia sentir a batida do seu coração. O ritmo de seu pulso. —Não. Ele rosnou os olhos ardendo por causa do vento e da chuva quando 223
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golpeou sua testa no nariz de falcão do cara. O golpe jogou a cabeça do homem para trás, mas ele soltou o braço esquerdo de Riley e respondeu com uma direita que quase lhe quebrou o queixo. —Abaixe agora! Shrader de repente gritou com a voz gutural, e Riley se jogou para o lado antes do Guardião descarregar uma rodada de munição nas costas do homem. O loiro rodou e caiu no chão, seu corpo batendo como se tivesse sido eletrocutado, seus músculos se contorcendo com espasmos violentos. —Ele não é humano.
Riley disse ofegante, usando sua mão livre para
empurrar o seu cabelo molhado para trás de seu rosto, enquanto Shrader mantinha a arma apontada para o homem deitado de barriga para a lama. Ele tinha presas. —Você acha que ele é um dos homens de Westmore? Shrader começou, quando o homem se mexeu, erguendo-se lentamente em seus braços. Shrader fez um movimento, para tirar novamente, mas Riley ergueu a mão, olhando a cicatrização da ferida na garganta do homem loiro que ajeitou a parte superior do corpo e deu um sorriso frio. —Você não mostrou os dentes brancos e brilhantes para Kellan na outra noite. Riley disse durante o boom distante do trovão. —Ele não me deu tempo suficiente. Respondeu o homem, enxugando o rosto ensanguentado em seu braço. —E antes, quando nós lutamos na sede Westmore? Riley perguntou, querendo saber o que diabos esse cara era. Sabiam que os homens de Westmore não eram humanos, mas ele não estava mais perto de identificar as suas espécies agora do que tinha sido antes. —Só podemos liberar nossos dentes à noite. Explicou o homem, seus olhos finos começaram a brilhar com um vermelho estranho, demoníaco. —Além disso, Westmore não quer ostentar nossas capacidades. O menos que souberem o que realmente somos melhor será para nossa existência. Mas estas são circunstâncias especiais, esta noite. 224
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—Ah, sim?
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Ele perguntou, querendo saber onde estava Ian, e esperando
como o inferno que ele estivesse bem. —E por que é isso? —Nós temos ordens para fazer o que for preciso para levá-lo antes que Gregory coloque seus dentes em você. Riley apertou a boca. —E por que você me quer? Se Casus não te pegar, Westmore acha que ele poderá ser capaz de fazer a troca pelo código dos mapas.
O loiro disse a ele, suas palavras cortadas com
arrogância, como se ele gostasse de se vangloriar de seus planos. —Mas realmente, eu acho que ele gosta da idéia de parafusar você sobre Gregory, pois ele sabe o quanto você quer o bastardo. —E é por isso que você estava tentando colocar suas mãos em Kellan? Westmore acha que ele vai fazer uma troca? O imbecil sorriu. —Seria divertido ver o quão fácil seria para quebrar vocês dois. Somos muito criativos quando queremos ser. Basta pensar nas coisas que poderíamos fazer com qualquer um de vocês. Quanto tempo você acha que seus amigos e familiares vão aguentar antes de nos dar exatamente o que queremos? Ignorando a pergunta imbecil de insultos, Shrader resmungou: — Então, onde estão seus amigos coletivos? Nós ouvimos que eles estão na cidade também. —Atrás de Gregory. Disse o homem, se levantando. —Eles finalmente deram a ordem para levá-lo para baixo. Calder esperava que um de vocês conseguisse fritar o rabo dele para que ele não tivesse que lidar com a volta dele a Meridian, mas estava demorando demais. Riley estava a ponto de exigir uma explicação sobre Westmore quanto aos seus homens, justo quando Ian apareceu, sua garra letal pressionado contra a garganta do homem que foi atrás dele. Olhando Riley, ele disse: —Eu não sei quem é este bastardo, mas ele afirma que vai responder por ele. Riley olhou o cabelo curto e preto do estranho pálido, os olhos azul-gelo. —Você é a pessoa que avisou Kellan na outra noite, não é? 225
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O canto da boca do homem curvou para cima com um sorriso irônico, a sua acidentada cara arrogante que não apresentava um traço de medo. —Solte-me. Ele disse. — Eu gosto de minha garganta inteira. Mas, sim, era eu. —Quem inferno é você? Riley perguntou, tirando de suas costas a Glock de seu coldre. —Chame seu irmão. Murmurou o estrangeiro. —E eu ficarei feliz em contar-lhe tudo, incluindo o que eu sei. Riley assentiu com a cabeça para Ian, e seu irmão rosnou empurrando a cara dele. —Agora, o primeiro é o primeiro. Disse o homem. Neste momento, há cerca de quinze homens mais de Westmore se fechando sobre você. Como se em resposta as suas palavras, diversas figuras na floresta correram na sombra e os rodeou, a chuva deve ter tornado impossível sentir seu cheiro. Embora os homens não carregassem nenhuma arma, a cada um deles tinha presos, seus olhos ardentes com o brilho cintilante agora familiar do vermelho. Enfrentando seus atacantes, os quatro homens apoiados em um círculo apertado, enquanto Riley lançava um olhar sombrio para o estrangeiro de olhos azuis que estava à sua esquerda. — Se você sabe como matar esses filhos da puta, ele rosnou: — Agora pode ser um bom momento para compartilhar. —Apenas a madeira pode matá-los. Disse o homem em voz baixa. —Madeira? Ele resmungou. —É sério? O estrangeiro assentiu. — Parece bizarro, eu sei. Mas a única maneira de leválos para baixo é a partir o coração com madeira maciça. Shrader soltou um som rude, chegando a escorregar para trás a arma no cós da calça jeans. – De verdade que você vai ouvir este imbecil? Ele resmungou, soltando as garras e presas mortais dos seus animais, seus olhos brilhando, âmbar brilhante na escuridão da tempestade. 226
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—Podemos discutir depois. Disse o homem. — Agora, sugiro que pegue todas as ramificações que possamos encontrar e começar a mandá-los para baixo. —Eu tenho uma idéia melhor.
Murmurou Riley, cortando o seu olhar em
direção aos ramos das árvores balançando com o vento da tempestade como se fossem braços levantados se mexendo em algum ritmo violento, primitivo. —Quando eu der a palavra, vocês batem no chão. Eu estou falando para fora horizontalmente. —Que diabos você vai fazer?
Shrader rosnou, enquanto os homens de
Westmore começaram a se transformar, seus olhos vermelhos cintilando como explosões demoníacas de luz na escuridão da chuva. —Justamente isso! Riley gritou, respirando profundamente enquanto fechava os olhos, concentrando-se sobre no que ele queria... Criar a imagem em sua mente, com detalhes específicos. —Agora. Ele rugiu de repente, fechando os dentes, ele abriu os olhos e lançou o comando mental. A potência subiu através dele, uma dor aguda irradiando através de sua cabeça, e ele se curvou, um derramamento de sangue quente escorrendo de seu nariz, o mesmo quando ele tinha usado seu dom para manter a porta de Hope durante a luta. Mas desta vez foi mais forte... A dor rasgando por ele como uma faca que ele ergueu o olhar, vendo as árvores agitarem-se, quase como se um violento sismo estivesse vibrando acima da terra e debaixo deles. Um rugido profundo, gutural saiu de sua garganta, a pressão na cabeça lascinante, e depois as árvores explodiram em movimento, os galhos tortos e pesados em direção aos homens de Westmore. Horripilantes gritos de agonia encheram o ar quando os ramos atravessaram suas costas, perfurando em linha reta seus corações, explodindo em seguida, de seus peitos com brilhantes, sprays horríveis de sangue. Riley segurou enquanto pôde, até que a pressão ficou grande demais e ele abriu mão de sua posição no poder, os ramos voltaram imediatamente chicoteando no ar, levando os corpos dos homens Westmore com eles. Uma grande onda de 227
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alívio percorreu-lhe, e suas pernas cederam, seus joelhos batendo no chão lamacento, afundando na terra molhada, seus pulmões trabalhando tão duro que parecia que ia explodir. Ele ouviu alguém murmurar. —Santa Mãe de Deus.
E Riley abaixou a cabeça, não querendo ver o
resultado horrível do que ele tinha feito. —Estão todos mortos? Ele suspirou, trabalhando para puxar uma respiração profunda. A maioria deles e os demais estão quase. Shrader lhe disse sua voz profunda com uma nota de espanto, como se ele não pudesse acreditar no que tinha acabado de ver. —Eu vou te dizer, homem, é uma coisa séria. —Você está bem? - Ian resmungou, cortando o Guardião e Riley podia dizer pelo tom da voz de seu irmão que ele estava novamente em sua forma humana. —Sim, eu estou bem. Só uma dor de cabeça infernal.
Riley olhou para o
forasteiro de olhos azuis, que estava à sua esquerda, a expressão do homem curiosa e cautela. —Obrigado pela dica. Ele murmurou, empurrando seu cabelo molhado para trás de seu rosto. O cara acenou com a cabeça, e Shrader aproximou-se dele, uma expressão beligerante e dura, seus dentes e garras de volta em seu corpo. – Caramba, que olhos azuis você tem, vovó. Desdenhou em uma versão distorcida do clássico Chapeuzinho Vermelho. — Você quer dizer-nos porque você está nos ajudando a matar a esses tipos? —Eu poderia ser um dos poucos infelizes da minha família a herdar o azul do Casus, quando bebê, mas eu não sou um cara mau. Murmurou o estrangeiro. —Pelo menos, não ainda. E se você for esperto, você vai me ouvir. O que eu posso dizer, os homens de Westmore foram à primeira onda de ataque de hoje. A segunda deve vir a qualquer segundo agora. 228
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Até então, Riley ofegante, se levantou. —Por que você não vai em frente e diga-nos quem você é. —Melhor ainda, o que você é? - Ian exigiu, enquanto Riley fez o seu caminho a uma das árvores próximas, descansando as costas contra a casca áspera, seu corpo ainda cansado pelo esforço de usar o seu poder. —Meu nome é Noah Winston, e eu sou alguém cuja família está me puxando para o meio da guerra, assim como os Buchanans. Um sorriso apareceu no canto da sua boca. —Nós não estamos destinados a lutar para o mesmo lado. Shrader deu uma gargalhada, baixa e rugosa. —Winston? Percebo agora. Você pertence a uma das linhagens de Casus. Eu ouvi seu nome antes. Olhando para Ian e Riley, prosseguiu. —Os Winstons estiveram sob a vigilância dos guardiões, como os Buchanans. Eles são um dos mais fortes na linhagem Casus conhecidas. Descendentes de mulheres humanas que foram estupradas por esses bastardos Casus, e de alguma forma conseguiram sobreviver. Capturando um olhar gelado de Noah, Riley disse: —Se a sua linhagem é tão poderosa, porque ainda nenhum Casus usou você como hospedeiro? —Há rumores de que eles estão economizando para quando os grandes nos encontrarem. Pessoalmente, eu prefiro ficar em pé na minha própria pele, e assim como o resto da minha família. Como os Buchanans. Explicou Noah, nós tivemos nossos próprios alunos paranormais. Os membros da família que dedicaram sua vida inteira para descobrir o que podia sobre o retorno do Casus. Ao longo do caminho, eles descobriram peças do quebra-cabeça que eu acredito que pode ajudá-lo. Por exemplo, o que você sabe sobre Westmore e os seus homens? —Nós sabemos que eles não são humanos. Admitiu Riley. —Mas isso é tudo. Noah balançou a cabeça, dizendo: — Nós imaginamos que vocês não estavam cientes de sua espécie. Para ser honesto, fora os Deschanel ou vampiros, como eles são mais comumente 229
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chamados, são poucos os que sequer sabem de sua existência. Mas eles são chamados de Kraven, o subproduto infeliz de um casus e um vamp. Como as fêmeas humanas que tiveram filhos após os ataques Casus, houve ainda um maior número de vampiras que deram à luz após ser estuprada por aqueles monstros. O clã Deschanel olha para o Kraven com um constrangimento, uma abominação, e é por isso que sua existência é como um segredo bem guardado. Uma história que poucos do Consórcio mesmo sabem. O Kraven pode passar por seres humanos, e acredita-se que, enquanto eles têm expectativa de vida extremamente longa, por vezes, vivem por centenas de anos, eles também passam por longos períodos de hibernação. Eles não são tão fortes como um vampiro puro-sangue, e suas presas só saem à noite. Na maior parte, o Kraven vive na sombra dos Deschanel, tratados um pouco melhor do que os escravos. —Isso explicaria como Westmore foi capaz de dar aos Coletivos a localização dos vampiros. Shrader murmurou. Noah balançou a cabeça. —Eles são considerados um pouco instável, mas não são estúpidos. Para Westmore trair Deschanel, ele deve ter uma boa fonte de proteção na linha. O que poderia explicar por que ele quer trazer de volta o Casus. Ian murmurou. —Possivelmente. Noah respondeu. — Embora ele seja um idiota se pensar que pode fazer um pacto com o diabo e sobreviver. Mas para ser honesto, nós não sabemos sobre suas motivações ou o que ele persegue. E, neste momento, não entendemos sua obsessão com os marcadores mais do que vocês. Esfregando as mãos pelo seu rosto molhado, Shrader murmurou: — Cristo, isto é como uma cebola. Quanto mais profundo descasca mais fede. Ele falou enquanto olhava para Noah: —E como é que ninguém sabe que você está aqui? Onde está a sua vigilância? A boca de Noah curvou em um sorriso arrogante. — Eu consegui os despistar em São Francisco. Shrader grunhiu em resposta, 230
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murmurando alguma coisa sobre a unidade atribuída ao Winstons. Embora Riley tentasse se concentrar no que estava dizendo o Guardião, era cada vez mais difícil se concentrar, o coração batendo... O seu corpo queimando com o calor, apesar do frio gelado da chuva. Ele não tinha experimentado a mudança completa ainda, mas estava por vir. Estreitando o olhar no rosto áspero de Noah, de repente ele disse: — Se você está pendurado em torno da cidade vendo tudo, você sabe onde Gregory está? —O mais provável com uma fêmea. Murmurou Noah. — Imagino que vai aparecer a qualquer momento agora. —Fêmea? - Ian resmungou, seu corpo ficou rígido com o choque da surpresa mesmo que tivesse batido apenas por três deles. —Que mulher? Noah olhou em torno de suas expressões chocadas, depois abanou a cabeça lentamente. — Vocês não acreditam que o Casus seja apenas do sexo masculino, não é? Perguntou ele com uma risada baixa. —A imortalidade não veio até a puberdade, e pelo que eu ouvi muito poucas mulheres o fizeram até agora. Mas há fêmeas. Bonitas, viciosas, também. Não é qualquer tipo de puta que você quer brincar. Seu amigo ruivo deve ter alguma coisa grave para esconder essa informação. Ele disse carrancudo: — Como é que ele sabe sobre ela, mas vocês não? —Que diabos você está falando? Riley rosnou seu coração batendo tão forte que parecia que ia estourar e sair de seu peito, quando ele se afastou da árvore. —A cachorrinha de olhos verdes, Noah resmungou. — Ela é uma delas. —Uma Kraven? Questionou-se enquanto o medo, o frio mortal começou a rastejar por ele, repugnante e espesso, fazendo-se sentir mal. —Não, a Casus. Noah o disse, um olhar inquieto derramando sobre o rosto do homem. —Mas os olhos dela são verdes. Riley rosnou suas mãos em punho a seu lado. E os olhos do Casus são azuis, maldição. 231
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—Noah balançou a cabeça novamente. Os olhos do sexo feminino não são. São sempre verdes. —Oh, Jesus. Ele suspirou, estendendo a mão para firmar-se contra a árvore, a cabeça começou a rodar. —O quê? Ian perguntou com frustração. — O que está acontecendo? —Kellan. Ele rosnou. — É tudo uma armadilha! —O que tem? Shrader resmungou, parecendo completamente confuso. —Kellan tem saído com uma mulher na cidade desde que chegamos aqui. Ele a encontrou em algum bar. —Cristo, ele me disse que ia chamá-la no motel para esperar com ele e Hope esta noite. Ele estava preocupado por ela ficar sozinha durante a tempestade. Shrader e Ian estavam ambos atordoados em silêncio, suas expressões sombrias e apavoradas. Dando um passo agressivo para Noah, Riley rosnou: — Por que você não o avisou? —Eu achava que ele sabia!
Noah disparou para trás. —Que ele estava
usando ela para tentar obter informações. — Nunca me ocorreu que ele não sabia que ela era um deles! Tremendo de medo, Riley tirou seu telefone celular, mas não havia nenhum serviço. Amaldiçoando em voz baixa, ele saiu correndo, pensando que se pudesse chegar a casa antes que a segunda onda de ataque chegasse então ele poderia pegar as chaves de Hope e usar seu carro para chegar à cidade. Ele podia sentir o seu controlo escorregar, a raiva do Merrick estava lutando para se libertar, mas ele fez o possível para vencê-lo. Ele não poderia perdê-la. —Ainda não, caramba. Ainda não. Empurrando seu corpo tão rapidamente como podia, ele correu pela floresta, sabendo apenas que ele tinha que fazer tudo o que pudesse para chegar a ela... Antes que fosse tarde demais. 232
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Estava na janela do quarto do motel, Kellan via que a tempestade parecia inchar de raiva, uma série de graves e irregulares relâmpagos iluminavam a noite encharcada de salpicados e violentos brilhos. Lançou um rápido olhar para baixo para o relógio novamente, perguntando onde estava Pasha. Eles a chamou no caminho da cidade com Hope e eles concordaram em se reunir neste motel, pois era mais perto de Millie do que aquele onde ela estava hospedada. Mas agora ele desejava que tivesse ido em frente e a pegado. Ela deveria estar lá agora, e a preocupação estava apenas aumentando sua frustração, afiada fervendo. Ele não temia proteger Hope sabia que Riley jamais a deixaria ir com ele se ele não confiasse em Kellan para mantê-la viva, que era um inferno de uma honra. Mas ainda se irritou por ele estar perdendo a batalha. Reprimindo um gemido, ele se perguntava quando eles iriam parar de tratá-lo como uma criança, logo em seguida encontrou-se balançando a cabeça. Inferno, eles provavelmente estavam só esperando para ele parar de agir como um cretino. Esperando que ele crescesse e deixasse seu pênis parar de deixá-lo em apuros. —Você acha que ele vai ficar bem? Hope perguntou da cadeira que ela tinha se sentado na meia hora passada, sua voz suave o puxou de seus resmungos internos. Enviando-lhe um sorriso torto, Kellan fez o seu melhor para aliviar a tensão, observando a forma como suas mãos estavam torcidas juntas no colo, o rosto pálido... Olhos sombreados por medo. — Sim. Riley é um filho de uma cadela dura, e ele tem Ian e Shrader com ele. Isso deve ser suficiente para assustar a merda toda ou qualquer um que tente se meter com eles. —Eu tentei ligar para seu telefone celular. Ela murmurou, mas a tempestade derrubou a minha recepção. —O meu também. Mas eles vêm para a cidade e vão encontrar-nos aqui, tão logo eles possam. Tentando manter sua mente em algo diferente, ele disse. —Ei, Riley nunca falou sobre essas tatuagens no ombro? Sabe o que quer dizer? 233
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Ela balançou a cabeça, dando-lhe um olhar curioso. — Não. Eu pensei que eles eram apenas desenhos. Com um sorriso fácil inclinando o canto da boca, Kellan explicou que as tatuagens de Riley eram na verdade uma mistura de diferentes símbolos e palavras: — que vão desde o asiático ao Céltico egípcio, todos eles com um tema. “Hope”. De acordo com Riley, começou com um pequeno símbolo, e então ele apenas continuou a aumentar a partir daí, até que a tatuagem escura finalmente alcançou o padrão de redemoinho que é hoje. Ela absorveu a história com um olhar suave de admiração no rosto, obviamente, fazendo a mesma ligação entre seu nome e o emblema simbólico de Hope que Riley usava em seu corpo. Verificado o relógio novamente, Kellan amaldiçoou uma seqüência de palavrões macios sob a sua respiração, e ela disse: — Você acha que algo aconteceu com sua amiga? —Eu espero que não como um inferno.
Ele murmurou, odiando o declive
doentio da culpa que estava começando a rastejar através de suas entranhas. Ele disse várias vezes para Pasha não contar a ninguém que ela o conhecia, e ele sempre estava vigilante para garantir que ninguém o seguisse quando ele a conheceu na cidade. Ele tinha sido cuidadoso, maldição. Mas ele ainda não pôde deixar o sentimento estranho de seu interior. Que dizer que as coisas estavam indo para o sul... E rápido. Quando os faróis piscaram de repente, pela janela, ele soltou um suspiro de alívio bruto, e imediatamente foi até a porta, mantendo-a aberta. Embora ele não tivesse entrado em detalhes, Kellan tinha dito a ela que seus amigos estavam resolvendo alguns problemas na casa de Millie, explicando que ele estava trazendo Hope para a cidade para mantê-la fora de qualquer perigo possível. Ela provavelmente pensava que ele estivesse louco, mas não deu à mínima. Tudo o que importava era manter as mulheres seguras até que essa coisa tivesse acabado. Ela estacionou ao lado da caminhonete de Riley, e ele viu quando ela saiu de seu 234
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carro, segurando seu casaco sobre a cabeça enquanto fez seu caminho através da chuva, o vento chicoteando seus longos cabelos em seu rosto. —Aconteceu algo? Ela perguntou, vendo a expressões de Hope que correu para o quarto. —Você tem um olhar pálido. —Ainda não. Ele murmurou, fechando a porta atrás dela. —Mas eu estive preocupado com você. Porque você demorou tanto? —Desculpe. Disse ela, jogando o casaco para o pé da cama enquanto ela enviava a Hope um sorriso amigável. — Mas o tempo está horrível. As maiorias das pessoas estão deixando a cidade até que o pior acabe, e eu fiquei presa no tráfego. Kellan fez as apresentações e, em seguida voltou ao seu lugar junto à janela, muito agitado para se sentar. Ele ouviu quando Pasha começou a conversar com Hope, falando sobre a cidade, o café, enquanto seus pensamentos estavam centrados em seus amigos. Ele tinha acabado de verificar o seu telefone pela enésima vez, empurrando de volta para sua cintura, quando Pasha veio por trás dele, as mãos frias massageando seus ombros tensos. — Não se preocupe.
Ela
murmurou, pressi onando seu corpo voluptuoso contra suas costas, os dedos dançando até as cordas tensas em seu pescoço. —Tenho certeza que os meninos Buchanan irão de dar muito bem esta noite. Antes que suas palavras pudessem fazer efeito, sentiu uma picada aguda no lado de sua garganta, e ele levantou os dedos sobre a pele queimando, batendo em torno de seu rosto. Perguntava-se o que em nome de Deus estava acontecendo, ele estremeceu com a dor no pescoço e disse: — Como você sabia, Pasha? —Como eu sabia o quê? Ela perguntou, dando um passo para trás, com uma expressão de inocência confusa. O suor cobria sua pele agora, a boca seca, o fogo em seu pescoço se espalhando... Subindo em seu rosto. Fundindo em seu peito. — Eu não disse nada 235
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sobre o irmão de Riley estar na cidade. Ele rosnou. —Então, como você sabe que ele está aqui? Como você sabe quem os Buchanans são? Ela levantou os ombros. — Você deve ter falado para mim quando ligou. Do canto do olho, Kellan capturou agitação rápida de Hope com a cabeça, garantindo que ele não tinha mencionado Ian, quando ele tinha chamado Pasha em seu caminho para a cidade. Ela estava no carro com ele e ouviu cada palavra da conversa. —Sim, eu acho que você está certa.
Ele resmungou poupando tempo,
enquanto lutava para quebrar sua cabeça em torno do que estava acontecendo. Ele não entendia como Pasha estava envolvida, mas ele sabia que tinha feito asneira. Novamente. E desta vez, seus amigos eram o que iriam pagar. Ele deu um passo lento para frente, seu corpo descoordenado e pesado, agora que Pasha tinha injetado algo em sua corrente sangüínea. A mancha da queimadura no pescoço estava inchando, pulsando com o calor ardente, e lançou um olhar estreito em direção a suas mãos. Quando ele viu o anel de prata pesado em seu dedo indicador direito, ele sabia que ela tinha usado de alguma forma o anel com a droga nele. Erguendo o olhar embaçado de seu rosto, Kellan tentou se concentrar quando ela de repente deu-lhe um lento, sorriso. — Oops. Ela sussurrou uma risada rouca deslizando de seus lábios. — Parece que o meu joguinho terminou, menino shifter. Mas não se preocupe com a droga. Ele não vai te matar. É só para pará-lo por um tempo. Ele tentou gritar para Hope, dizer-lhe para correr, mas sua garganta não iria funcionar. Pasha rapidamente o atingiu nas costas e puxou uma arma da cintura de suas calças de brim apertadas, apontando o cano para Hope, que já havia ficado em pé. — Fica aí, gracinha, e coloque as mãos onde eu possa vê-las. Ronronou Pasha, fazendo sinal para Hope volta a sentar. Então ela olhou para trás para Kellan. —Graças ao pequeno negócio que fiz com Westmore esta tarde, eu caí de volta em 236
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suas boas graças. Inclusive ele me deu este anel estiloso desse assassino lindo e ruivo, que está trabalhando para ele agora. Clever, não é? Você já ouviu falar de Spark, não? Tenho a sensação de que vocês dois vão se conhecer muito bem uma vez que Westmore venha buscar você. Ouvi dizer que ela gosta muito de ruivos. —Cadela. Ele disse, desejando que pudesse manter sua mente para trabalhar tempo suficiente para que ele pudesse descobrir o que estava acontecendo. Ela empurrou para fora o lábio inferior em um amuo dramático, fazendo um som sob sua respiração. —Agora, não fique assim. Eu poderia ter apenas esviscerado você, e ficado com ele. Mas você teve o seu uso. Eu estava pensando em levá-lo, uma vez que Buchanan tivesse encontrado o marcador e se despertasse totalmente, em seguida, usaria para trazer o irmão e a irmã dele para Gregory. Mas depois as coisas mudaram. Ainda assim, você provou ser útil, depois de tudo. Parece que Westmore está muito ansioso para colocar suas mãos em um dos Guardiões de Ravenswing. Eles estão ansiosos para descobrir exatamente o que seus amigos estarão dispostos a negociar por você. E em troca vão entregar Gregory para os tribunais para ele não colocar suas garras no Merrick. Ele finalmente descobriu. Pasha era um casus. Um dos monstros. E provavelmente o que teria causado o despertar de Riley. Desgostoso com ele por ser um imbecil colossal, Kellan caiu de joelhos, usando toda sua força para se levantar. – Vá para o inferno. —Estive ali, de fato. Ela disse, soprando-lhe um beijo. — E embora me choque dizer que você foi incrível. Não é meu gosto habitual, mas o suficiente para me fazer voltar para mais. Caindo para o lado, Kellan bateu no chão, espalhando-se literalmente por todo o tapete laranja e amarelo. Pasha deu um passo à frente, a arma ainda apontada diretamente para o peito de Hope, enquanto ela usava a ponta de sua bota para empurrá-lo à sua volta. Seu belo rosto mudou de foco, seus brilhantes 237
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olhos verdes olharam para ele com um olhar frio terrível de triunfo, e quando ela sorriu, ele vislumbrou o ponto brilhante de uma presa logo abaixo da curva de seu lábio superior. Kellan piscou, a queimadura ácida da culpa corroia seu interior cru no pensamento de que Hope sofreria por sua estupidez. E então tudo ficou escuro.
CAPÍTULO DEZOITO QUANDO RILEY correu pela a chuva, o coração batendo de medo pela a segurança de Hope, a floresta ao seu redor se encheu de som, uma forte refrigeração de uivos Casus. Mas ele não se importou. Ele ia deixar os bastardos rasgar-lhe em pedaços, enquanto ele pudesse chegar a Hope a tempo de salvá-la. Ele chegou quase à beira das árvores, quando um corpo rígido potente o atacou por trás, levando-o ao chão. A voz de seu irmão berrou com raiva quando rolaram pelo chão lamacento da floresta, derrubando as raízes retorcidas de um carvalho maciço. —Maldição. Ele resmungou, tentando se libertar das garras brutais de Ian. — Deixe-me ir! Eu tenho que chegar até ela! —Não assim. Defendeu Ian, torcendo com um movimento de luta mantendo Riley sob o peso do seu corpo, os braços presos contra o chão. —Eu não vou deixar você correr para a morte! Você não ouviu o que está vindo? Nós vamos ser cercados a qualquer segundo agora! —Hope está com um deles! Ele rosnou o som de sua voz gutural também era humano, seu Merrick arranhava seu caminho para a superfície, fervendo de raiva, preparado para se libertar. 238
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—É por isso que você precisa se acalmar. Disse Ian resmungando. —Você nunca vai salvá-la se você for morto antes mesmo de chegar lá. Temos de encarar estas coisas juntos, e então vamos rastrear a puta de olhos verdes. Ele queria continuar lutando, caramba, mas ele sabia que as palavras de Ian eram verdade. – Ok. Ele arquejou. —Eu entendo. Mas me prometa que se algo acontecer comigo, você vai fazer tudo que você puder para encontrá-la, Ian. Prometa-me! —Você tem a minha palavra. Ian disse. — Não importa o que aconteça, eu vou levá-la de volta. Ficando em pé, Ian ofereceu a Riley uma mão, puxando-o do chão enlameado quando Shrader e Noah se juntaram a eles. Os uivos dos Casus foram se aproximando, o bestial som pontuado pelas explosões de um trovão ensurdecedor, que parecia crescer em intensidade. A chuva e o vento chicoteado violentamente em torno de seus corpos, tornando-se impossível ver na escuridão do luar... Destruindo sua habilidade para farejar o inimigo. Olhando para Noah, Riley abafou seu medo por um momento e focou sua mente na próxima batalha. —Parece que você estava certo sobre o segundo ataque. —E nós não podemos ver nada com este clima. Ian resmungou. —Poderia ser pior. Shrader disse, estalando os dedos tatuados, as vibrações agressivas se derramando para fora de seu corpo maciço dizendo que ele estava mais do que pronto para a próxima luta. Riley lançou um olhar incrédulo e afiado para o Guardião. — Como o inferno poderia ser pior? Shrader ergueu os ombros. — Nós já poderíamos estar mortos. —Você tem uma lâmina?
Ian perguntou a Noah, que assentiu com a
cabeça, antes de se abaixar e puxar uma faca longa, de aparência sinistra da bainha unida a sua panturrilha direita. Como o único ser humano no seu pequeno 239
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grupo, o cara ia precisar de toda ajuda que pudesse obter quando enfrentasse o Casus que vinha. —Se você ver Gregory. Riley resmungou, puxando o revólver de seu coldre enquanto ele olhava em volta para os homens. — Esse bastardo é meu. Antes que alguém pudesse comentar, um grupo de oito homens chegou através da chuva, cerca de cinco metros de distância. Eles ficaram entre seis enormes, completamente deslocados Casus, monstros de pele de couro cinza com a chuva, presas sinistra brilhando dentro de suas mandíbulas mortais. —Agora, esses são os reais. Murmurou Shrader, ondulando seu lábio com nojo quando ele sacou a arma. — Os soldados do Coletivo, e eles estão completamente armados. Mas, felizmente, as balas realmente trabalham sobre estes idiotas. Um dos soldados deu um passo à frente, ladeado por dois Casus altaneiros. — Saiam! - O homem gritou. — Nós não estamos aqui por você. —Isso não é o que os homens Westmore disseram. Ian gritou. —Westmore é o único que quer o xerife. Tudo o que queremos é o Casus chamado Gregory. Seguimo-o até aqui, por isso sabemos que ele está próximo. —Desculpe. Shrader disse de volta. — Mas não confio em ninguém que joga com os monstros. E tem mais me deixe apenas falar uma coisinha pra você. Esses são os cães de guarda mais feios e imbecis que já vi. Você deveria livrá-los de sua miséria, isso é uma maldição. O Casus rosnou seus lábios pretos puxando para trás sobre as linhas irregulares de dentes que enchiam sua boca amordaçada, até que o homem fez sinal para eles ficarem em silêncio com a mão.
— Você não quer lutar contra nós. Disse
em um aviso áspero. —E por que não? Shrader perguntou sua arma apontada à direita no peito do soldado. A boca do homem se curvou com um sorriso arrogante. — Por um lado, temos mais poder de fogo do que você. —Não por muito tempo.
Riley murmurou, percebendo que este era, pelo 240
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menos, um problema que poderia remediar. Estreitando os olhos, esticou o braço esquerdo, lançando os dedos e concentrou a sua energia. Quando ele fechou os dedos em um punho duro e puxou seu braço, as armas dos soldados foram arrancadas de suas mãos. O armamento pesado voou pelo ar, antes de pousar com um estrondo de encontro à terra molhada perto dos pés de Shrader. —Oh, homem. O Guardião disse, dando um assobio baixo. – Eu gostaria de poder fazer isso. —Noah pegue uma arma. Resmungou Riley, descendo e pegando uma arma com a mão esquerda vazia, enquanto Shrader fez o mesmo. Os soldados do Coletivo deram um passo para trás, suas expressões iam desde a descrença a fúria, enquanto o Casus avançava. O mais alto parecia quase como se estivesse sorrindo quando disse: — Parece que vai lidar com a situação agora. Voltou o olhar gelado sobre Riley e seu sorriso se alargou. —E se você olhar o que temos aqui. A cidade tem sido movimentada durante todo o dia com a notícia de que você iria finalmente amadurecer, xerife. Gostaria de saber se você tem alguma idéia de quantos olhos tem em você ultimamente. Vigiando. Esperando. —Dois Merrick Buchanan. Um segundo Casus resmungou, avançando para se juntar ao primeiro. —Yum Yum. —Deve ser o nosso dia de sorte. Zombou um terceiro quando olhou ansioso para Ian, que já estava em sua forma Merrick. — Agora que Malcolm foi embora, você é um alvo justo, Merrick. —Dê o seu melhor tiro. Ian resmungou as palavras guturais seguidas por um estalo violento do relâmpago que atingiu a terra não mais de vinte metros de distância. A terra tremia com força, e então tudo virou um caos quando os dois lados de repente se enfrentaram. As explosões dos disparos contra o barulho estridente do trovão, acompanhado pelo corajoso, sons bestiais do Casus que cortou com suas garras e bateu em suas mandíbulas mortais. Quando ele saiu correndo das balas, Riley parou de lutar contra o calor ardente nas pontas dos 241
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dedos das garras e permitiu ao Merrick finalmente ficasse livre. Quando ele soltou suas garras em todo o intestino de couro de um Casus e deixou-o contorcendo no chão, ele assistiu a partir do canto do olho como Noah jogou suas armas vazias, usando a faca para cortar a garganta do outro Casus com o grosso fio. Mas a ferida era muito rasa e, em vez de ceder, o monstro atacou o humano, que continuaram a lutar com o tipo de habilidade que só vinha a partir de anos de treinamento, fazendo Riley saber exatamente o que o misterioso Winston fazia para viver. Ele olhou para Ian e Shrader na chuva, e viu seu irmão através da chuva, sua camiseta manchada de respingos de sangue carmesim. — Acho que alguns Casus mais apareceram. Disse Ian gritando por cima do ombro, o seu olhar com cautela. —É hora de você fazer a mudança completa, Riley. Pare de segurar. Ele balançou a cabeça, obrigando-se a deixar o medo, sabendo que ele tinha que fazer tudo o que pudesse para sair de vivo de lá, para que ele pudesse salvar Hope. Ele não podia deixar de pensar que no poderia estar acontecendo com ela... Que ela poderia estar sofrendo. Soltando uma respiração profunda no ar com cheiro de tempestade, Riley finalmente parou de lutar contra e permitiu que o sangue escuro e predatório de seus antepassados se levantasse dentro dele. Um grito rouco e gutural rompeu em seu peito, os braços se ergueram quando o primitivo Merrick saltou pela primeira vez, o seu poder com força total após a alimentação que lhe deu Hope. Seus músculos e ossos expandidos, esticando as costuras das calças jeans e camiseta, enquanto as presas pesadas invadiam sua boca, seu rosto remodelado em algo que era mais que humano. Algo que o fazia se sentir em casa no meio da batalha sangrenta contra o seu inimigo mortal. Com seu Merrick em plena posse, Riley começou a lutar contra os monstros, e logo ficou claro que todas as horas que ele passou treinando com o Guardião nas últimas semanas tinha valido a pena. Ele tinha derrubado um casus com apenas um 242
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soco de suas garras, quando ele virou-se e encontrou um observador na escuridão da sombra o seu corpo poderoso parcialmente encoberto por uma árvore, balançando. Certos de que este Casus era um novato para a luta, Riley foi a sua direção com um passo decidido. Vendo sua abordagem, a criatura saiu de trás da árvore, a chuva torrencial em seu corpo, deslizando sobre os ombros enormes da besta. E quando ele sorriu para ele, havia algo na curva da boca cruel que lhe disse que era Gregory. —Era hora de você aparecer, filho da puta! Onde estão eles?
Ele rugiu,
querendo nada mais do que pegar o Casus com suas mãos. Afundar seus dentes na garganta do desgraçado. —Onde está Hope? O que a fêmea fez com ela? —Hope já deve está morta. Zombou Gregory com um sorriso frio e cruel. Riley estava se movendo com uma velocidade cada vez maior, impulsionado pelo desejo de ter o Casus embaixo, mas as cinco palavras o levaram a parar. Ele olhou, a boca trabalhando, querendo gritar que Gregory era um mentiroso. Isso não era verdade. Mas nada saía. E embora ele tentasse mantê-lo... Para segurar firme para as rédeas de seu controle, ele podia sentir-lo escapando como um fio de dúvida miúda a caminho em sua mente. E se enrolava em torno de seu próprio medo com uma habilidade devastadora e destrutiva, rasgando-o, esmagando-o sob a dor da morte... e Riley sabia, naquele momento, que este era o fim. O que ele sempre soube que estava por vir. —Volte Merrick! Um dos soldados Coletivos de repente gritou sobre o som pesado do vento e da chuva, movendo-se a direita de Riley, enquanto três companheiros do homem se aproximavam pela esquerda, cada um deles segurando uma longa lâmina prata. —Este é nosso. —Como diabos ele é.
Riley rosnou pronto para lançar-se contra Gregory,
quando outro estalo poderoso de um raio atingiu a árvore na parte de trás do Casus, mandando pedaços de madeira sobre a área. Um véu nebuloso de fumaça encheu o ar, destruindo a pouca visibilidade que tinha havido, assim Riley sentiu-se 243
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começar a cair. Então é isso, pensou ele, entorpecido ciente de algo preto e sujo subindo das profundezas obscuras do seu ser, transbordando como uma toxina em suas veias quando ele jogou a cabeça para trás e soltou um grito horripilante de fúria e tristeza. Havia um canto distante de sua mente observando com horror quando Riley e os soldados correram ao mesmo tempo, correndo para colocar as suas mãos sobre Gregory. Gritos encheram o ar quando ele começou abrir seu caminho através dos soldados humanos, um vermelho visceral lavou a neblina sobre a sua visão quando ele lançou para o lado o corpo musculoso. É como a visão, pensou, pegando um soldado humano e arremessando-o através do ar, antes de alcançar outro. Ele podia ouvir Ian e Shrader gritando o nome dele, mas ele não podia responder. A raiva era demasiado selvagem... Muito forte, as palavras de Gregory cortando seu cérebro como uma lâmina, que queimava, afiada. Riley esperava que Ian colocasse uma bala em sua cabeça a qualquer momento, e ele fechou os olhos, tentando puxar a sua memória Hope em torno dele em seus momentos finais. Necessidade de se fazer entender seu irmão, querendo saber por que ele tinha perdido a batalha contra a escuridão furiosa, Riley usava cada grama de suas forças para gritar: — Ela está morta, Ian! Gregory disse que ela já está morta! —Maldição! Seu irmão rugiu, o som furioso do medo que chegou na sua voz profunda e abriu o seu caminho através dessa violência, a neblina vermelha tingida de ódio e dor. Ele pode estar mentindo, Riley! Você vai deixar que o filho da puta ganhe, mesmo sem lutar por ela? E se ela estiver lá fora? Pense? E se ela precisar de você? Ele estremeceu, levantando o homem em seus braços acima da cabeça, suas garras no braço e na perna do soldado, o homem gritou, lutando para se libertar. A enlouquecida, fúria primitiva do Merrick fervilhando na mente de Riley, exigindo sangue... Vingança, dizendo-lhe para rasgar o bastardo em pedaços. 244
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Mas foi as suaves e roucas palavras em seu coração que o fez parar, seu corpo tomado por uma tensão, poderosa e exigente quando ele se esforçou para ouvir suas palavras. —Você vai desistir de mim, quando você nem sequer sabe ao certo? A bela voz de Hope sussurrou em sua mente. Quando você não sabe se ele está mentindo? —Ela tinha razão, caramba! Ele fez a promessa a Hope, e Riley sabia que não poderia deixar escorregar para a massa fervilhante e visceral, a raiva primitiva, sem fazer tudo o que ele pudesse para cumprir essa promessa. Ele não podia desistir, não quando havia ainda uma chance de que ela estivesse lá, precisando dele. Dentro da escuridão de sua mente, ele vislumbrou a faísca luminosa em sua alma, que ele tinha visto antes, e ele se agarrou a ela. Com sua mente, ele pegou a chama brilhante em suas mãos, e em vez de queimar sua pele espalhou o seu calor vivificante em todo seu corpo, chegando a ele, como uma explosão incandescente chocante, como luz através da fria loucura e da fúria. E com ela veio a força para lutar e abrir o caminho de volta para a superfície. Jogando o soldado no chão, Riley se curvou para frente, apoiando suas garras pontudas sobre os joelhos dobrados, trabalhando para respirar através da emoção, um doloroso emaranhado ainda rasgando através dele. Levantou a cabeça, ele olhou para os soldados feridos do Coletivo que se arrastavam a seus pés. —Dê o fora daqui, ele forçou entre os dentes fechados. —Nós vamos cuidar de Gregory. Mas saiam. Agora. Eles olharam um para o outro, suas expressões duras, rígidas com raiva e dor, mas se viraram e foram mancando pelo caminho para dentro da floresta, obviamente, decididos a cortarem suas perdas enquanto ainda pudessem. Riley os observou sair, ao tentar voltar sua mente para o que tinha acontecido. A visão... ela começou a se tornar realidade, a sua fúria e a tristeza sobre a possibilidade de que ela pudesse estar morta quase o destruiu. Mas Hope disse que a vida era toda uma interpretação... uma perspectiva, e de certa forma, ela estava certa. Agora, ele 245
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entendia que tinha sido a raiva de pensar que ele a tinha perdido que o empurrou para a loucura ele tinha visto durante o ritual de visão em todos esses anos, mas ele também sabia que a fé de Hope nele tinha sido forte o suficiente para puxá-lo de volta. Que lhe tinha dado a força para ter esperança de encontrá-la. Que o futuro brilhante, deslumbrante, ele nunca se permitiu sonhar podia ser realmente deles. Olhou de volta para Gregory, silencioso e pensativo, na esperança de ver se o desgraçado tinha mentido, mas ele não podia vê-lo através da chuva pesada. Conduzido pelo desespero, Riley sabia que tinha de encontrar o Casus, e destruí-lo, antes que ele fosse capaz de fazer de suas palavras uma realidade cruel. —Onde está ele? - Ele resmungou, voltando-se para o lugar onde Ian estava com Shrader e Winston. A expressão de seu irmão estava abatida com a tensão da cena que tinha acabado de presenciar, mas Riley poderia dizer que ele estava tentando se recompor. Balançando a cabeça, Ian disse: —Nós cuidamos da maioria dos Casus que nos atacaram, mas eu não vi Gregory. —Espalhem-se. Vamos encontrá-lo.
Ele resmungou. —Nós não podemos
deixá-lo fugir. Ele sabe do Casus feminino, o que significa que ele pode chegar até Hope. Se ele colocar as mãos sobre ela, você sabe que ele vai fazer. Sem discutir, sabendo que o tempo estava trabalhando contra eles, eles se separaram, correndo para a floresta. Riley levantou o nariz, lutando para pegar o cheiro do desgraçado, mas a chuva era muito forte, a tempestade deixava impossível a farejar a presa. Quando ele apertou os olhos contra a chuva, ele teve um vislumbre da pele curtida de Gregory cinza através das árvores. Endurecendo os músculos, Riley começou a correr, sem parar até que ele se encontrou em pé no centro de uma pequena ladeira que caía ao longo de uma parte da falésia. A ladeira delimitava a área de terra que havia cavado pela manhã para buscar o marcador, e Riley tinha sido atingido por sua incrível beleza. Nenhum muro sobre as falésias e ele caminhou até a borda em um ponto durante o dia, olhando para a 246
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fúria das ondas quebrando, o ar espesso com o cheiro salgado do mar. Riley tinha acabado de fazer um círculo completo, distraído pela sensação estranha que ele já não estava sozinho, quando ele olhou por cima do ombro para ver o corpo monstruoso de Gregory correndo em direção a ele. —Eu vou cortar você em primeiro lugar. Gregory resmungou, com os olhos ardendo de ódio e de fome. —E então depois eu vou para o seu o irmão bastardo. Vou comê-lo com o gosto de seu sangue ainda quente na minha boca, Merrick. Antes que Riley pudesse responder, uma voz gutural feminina gritou o nome de Gregory a partir da borda da floresta, e ambos se viraram para o som, olhando quando uma morena alta, de olhos verdes apareceu. Ela tinha o braço esquerdo dobrado em torno da garganta de Hope e o coração Riley quase estourou com a incrível onda de emoção que bateu por meio dele. Terror porque ela estava no aperto da Casus fêmea. Cego de alivio porque ela inda estava viva. E a determinação, poderosa o fez pensar em fazer tudo o que pudesse para tirá-la de lá. —Ela está morta, hein?
Ele resmungou, lançando uma olhada rápida,
rosnando para Gregory. —Oops. – O Casus disse. Parece que eu menti. Com uma arma na sua mão direita, a morena mirou no peito de Gregory, dizendo: —Ele faz isso muito, Merrick. Gregory e eu tínhamos um acordo, não é? Um que me dava o direito exclusivo sobre você, mas que obviamente não tem a intenção de honrar. Eu tenho esperado o tempo correto de seu despertar, assim como que você achasse o Marcador escuro e, em seguida, uma vez que tivesse se cumprido tudo eu usaria Kellan como isca para atrair seu irmão e sua irmã para Gregory. Era um plano genial, realmente. Mas então eu recebi uma visita esta manhã de um casus chamado Miles. Ele me disse que Gregory voltaria para baixo, então eu fiz a coisa certa e mudei minha lealdade. Seu amigo Guardião está drogado no motel, de onde os homens de Westmore irão levá-lo a qualquer 247
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segundo e parece que eu cheguei até aqui em cima da hora para manter Gregory de tomar o que pertence. —Não seja arrogante. Gregory repreendeu. —você se vende muito barato, Pasha. Ela piscou para o Casus com um sorriso afiado. —Eu deveria saber que não podia confiar em você. Gregory jogou a cabeça para trás e soltou uma risada monstruosa. Disse o pote para a chaleira. —Estou observando você, Pasha. Eu soube sobre seu encontro com Miles no segundo momento emque aconteceu. E com o Buchanan mais velho chegando na cidade, eu poderia ter os dois e não ter que lhe dar coisa alguma. Ela moveu o lábio superior pintado, olhando Gregory enquanto ela apertava o braço em torno da garganta de Hope. Riley tentou não olhar para Hope, sabendo que ia matá-lo se ele visse o medo nos olhos dela. Embora suas mãos estivessem amarradas atrás das costas, ela parecia estar ilesa, e ele planejava fazer tudo o que pudesse para mantê-la dessa maneira. —O que é exatamente que você quer? Perguntou no instante em que o Casus feminino olhou para trás em sua direção. —Que tal uma troca, Buchanan? Você pela garota.
Pasha ofereceu,
inclinando-se para lamber a curva suave do rosto pálido de Hope. —Mmm, e ela é tão doce. Se você não concordar, eu poderia ir em frente e dar uma mordida agora. O que você acha? Essas palavras foram o suficiente para desencadear a fúria de Hope que lutou contra o agarre de Pasha, gritando: —Não se atreva, Riley! Ele lançou um olhar rápido em direção a Gregory. —Se eu trocar de lugar com Hope, ele vai matá-la no segundo que você deixá-la ir. Não se eu matá-lo primeiro. Ronronou Pasha, a arma ainda apontada para o 248
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peito de Gregory. Riley poderia ter tomado a arma dela com o uso de seu poder, mas se conteve, sabendo que Gregory simplesmente iria em frente com o ataque antes que ele pudesse pegar a arma do Casus para si mesmo. Respirando profundamente, ele lutou para pensar em um plano que deixasse ele e Hope livres. Embora ele nunca esperasse que isso acontecesse, ele sabia que estava sendo dada uma segunda chance de felicidade... a vida que ele sempre quis e, maldição, ele iria agarrá-la. Tomá-la, e mantê-la pelo resto de seus dias. De nenhuma maldita maneira ele ia deixar essa cadela tirar isso dele. Mas ele tinha que fazer algo, tinha que encontrar alguma maneira de ganhar mais tempo. Ele desejava saber onde os outros estavam. Gostaria de saber quanto tempo ele precisava antes de Ian ou Shrader os encontrarem e pender a balança a seu favor e da Hope. —Seu tempo está se acabando. Pasha disse. Você está disposto a fazer a troca, Merrick? Ou será que devo rasgar a garganta dela enquanto você assiste? —Você não pode tê-lo.
Sua cadela sangrenta.
Rosnou Hope, seu corpo
selvagem enquanto ela lutava para se soltar do Casus. —Ele é meu! Você coloca um dedo sobre ele e você vai morrer! Pasha começou a rir, como se ela gostasse da luta desesperada de Hope, Hope de repente, até jogou a cabeça para trás, batendo a cabeça dela no rosto do Casus. Gritando, a mulher levantou ambas as mãos para o nariz que jorrava sangue e Hope caiu no chão. Ondulando para o lado, tentou trabalhar os pulsos para baixo de seu corpo, para que pudesse deslizar as pernas através de seus vínculos e pôr as mãos na frente dela. Riley já tinha começado a correr em sua direção quando Gregory utilizou a distração para fazer a sua jogada, jogando seu corpo contra o dele. Eles caíram no chão, rolando através da clareira, parando somente na borda do precipício. Ele podia ouvir os gritos de Hope, bem como de Pasha, que estava lançando maldições contra Gregory por se atrever a atacar o que era dela, a arma acenando freneticamente em sua mão. Fazendo seu melhor 249
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para manter Gregory longe de sua garganta, Riley sabia que a qualquer segundo Pasha poderia se transformar e pegar Hope, seu pensamento queimava através de seu cérebro lembrando que ele precisava do terceiro Marcador. Se pudesse encontrá-lo, Hope poderia utilizá-lo para sua proteção... Poderia usar seu poder para manter-se viva. Ian tinha visto a cruz poderosa em seu sonho, e depois de tudo o que eles estavam passando, Riley acreditava no poder do dom de seu irmão. O que significava que o Marcador estava lá fora em algum lugar, apenas esperando por ele para encontrá-lo. Quando ele falou com Saige naquela tarde, ela tinha certeza de que a cruz seria encontrada ali, no pedaço de terra desmatada, onde ele e os outros estavam procurando. E considerando a maneira como ele usava seu poder para controlar as árvores, de repente Riley perguntou se havia alguma chance de que ele pudesse de alguma forma puxar a cruz para ele. Só Deus sabia que valia a pena tentar, mas ele precisava parar para ser capaz de se concentrar, o que estava tomando tudo enquanto lutava contra Gregory. Fez um pedido em silêncio por um milagre, seu coração parou quando ouviu Pasha dar um grito de dor súbita. Lançou o olhar para o lugar onde o Casus feminino estava de pé, gritando com Gregory, Riley viu quando Shrader rapidamente sacou a arma, em seguida, bateu com o punho em seu queixo, a enviando para a grama. Sem esperar ela se levantar, o guardião disparou através da clareira, lançando-se no corpo desmedido de Gregory e puxando Riley... Dando a ele a abertura que ele precisava para encontrar o marcador. Em vez de mover-se a seus pés, Riley fechou os olhos, derramando tudo o que tinha para puxar o marcador escuro para ele. Seu corpo tenso, a pressão familiar dentro de seu crânio, a intensidade tão grande, ele se perguntava como sua cabeça ainda não tinha se partido em dois pedaços. Ele apenas ouvia os sons baixos da luta de Shrader com Gregory, e sabia que não importava o quão brilhante lutador era Aiden, ele não iria durar muito tempo contra o Casus. Depois de se alimentar dos humanos por várias vezes Gregory estava muito mais forte do que os 250
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monstros que vieram com os soldados do Coletivo. Apertando os dentes, Riley rolou para o lado e fundiu sua mão direita na terra molhada. Seu desespero aumentava, a dor em seu crânio como um animal grande, rosnando quando o chão começou a tremer violentamente, o céu explodindo, cegando-os com um impressionante raio. Parecia loucura, mas ele poderia jurar que sentiu o calor do Marcador... seu poder, vibrando através do solo. Ele empurrou seu braço mais fundo na terra úmida, chegando... Chamando o marcador, exigindo que ele chegasse até ele, e os tremores da terra tornaram-se tão violentos que derrubou Hope enquanto ela tentava chegar até ele. Riley queria gritar para que ela ficasse onde estava, mas um rugido profundo, gutural derramou-se das profundezas da sua alma, e no instante seguinte, algo bateu contra o centro da palma da mão. Com o coração batendo forte, doloroso, Riley fechou sua mão em torno do objeto e puxou-o do chão. Olhando para baixo, viu que ele segurava uma pequena bolsa de veludo, sua cor original indistinguível por causa da lama que o cobria. Usando as duas mãos para abrir o nó, sua respiração ofegou quando ele sentiu o peso quente e metálico do Marcador escuro em sua palma, seu cordão de veludo preto drapeado em toda a espessura do seu pulso. Lançando um olhar para trás para Gregory e Shrader, ele piscou em choque com a visão do Casus deitado de costas, a garganta rasgada, profundamente, enquanto Shrader estava sobre ele, lutando para respirar. Perguntando-se se o guardião tinha realmente conseguido matá-lo, Riley começou a gritar para Shrader para verificar o pulso do bastardo, quando um profundo ruído chamou sua atenção de volta para Pasha, e ele viu que enquanto Gregory parecia estar morto, ela conseguiu se levantar. Suas mãos e boca já tinham se transformado em sua forma Casus, enquanto o resto permanecia estranhamente humano. Ela olhou para o marcador que ele segurava na mão direita, em seguida, soltou um grito de raiva sob a respiração enquanto avançava para ele. Riley agarrou o marcador contra a 251
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palma da sua mão, exatamente da maneira que Ian tinha mostrado para ele fazer, e o calor da Cruz começou a derramar sobre o seu braço, ardente e doloroso, enquanto ele se preparava para o ataque de Pasha. Pouco antes de ela chegar, ele se virou para o lado, esticando o braço e agarrando o cabelo dela com a mão esquerda. Torcendo as mechas longas em torno de seu antebraço, Riley empurrou-a em posição de costas à sua frente, em seguida, levou o seu braço fundido em fogo contra a base de seu pescoço. Sua mão ardente rompeu sua pele, afundando em seu corpo em convulsão, e a queimadura das chamas crepitantes derramaram através dela, de dentro para fora. Sua pele pálida começou a brilhar uma mistura sobrenatural de laranja e amarelo e preto, as cores fundindo como matéria-prima, uivos de dor agonizante saíam de sua garganta. Apesar da chuva, as intensidades das chamas começaram a escorrer através da carne do Casus queimada, e Riley virou a cabeça, incapaz de olhar mais tempo para a luz ofuscante. Tentando respirar através da dor que irradia do braço para todo o corpo, ele se concentrou em Hope. Ela estava a mais de vinte metros de distância, olhando a cena violenta e selvagem com um longo e preocupado olhar, enquanto a chuva caía em sua cabeça e ombros. Shrader foi ficar a seu lado, seu próprio olhar âmbar se dirigido para o corpo queimado da Casus. Riley ainda estava segurando em Pasha quando Hope soltou um grito de surpresa, quando ela olhou por cima do ombro, e ele percebeu que Gregory estava recuperado a consciência. Sabendo que ele não seria capaz de se libertar do Casus morrendo a tempo, deixando-a livre para ataque de Gregory, uma dor profunda e penetrante de pesar se derramou sobre ele com a perda do que poderia ter sido. O futuro que ele sempre quis. A mulher que ele sempre amou. Ele abriu a boca, pronto para finalmente gritar as palavras que ele nunca se permitiu dizer a ela antes, quando ela empurrou seus pulsos atados dentro da mochila sob seu corpo e puxou a arma que ele tinha dado antes que ela fosse com 252
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Kellan. No instante seguinte, o corpo queimado Pasha de repente se desintegrou em uma explosão violenta que enviou Riley sobre o solo encharcado, assim como a explosão do canhão ressoou durante a noite. Hope atirou, a bala bateu no peito de Gregory. Os braços do Casus voaram e ele abaixou a cabeça amaldiçoando, olhando para as flores brilhantes de púrpura que se espalham sobre o peito da pele cinza. Quando Hope o acertou novamente no ombro desta vez, com a cabeça erguida ele cambaleou para trás, um rugido de indignação rasgando seu peito, ele caiu para trás ao longo da borda do precipício... E desapareceu na escuridão. Balançando a cabeça, ainda incapaz de acreditar no que tinha acontecido, Riley passou a corrente do marcador sobre a cabeça, em seguida, se levantou e olhou para trás para Hope. Eles se olharam através as luz do luar, seu lindo olhar lentamente tocando no rosto do Merrick, sem um traço de medo. A chuva finalmente passou a um chuvisco suave e preguiçoso quando ele começou a se mover em direção a ela. Com o Merrick de volta para dentro dele, Riley caiu de joelhos na frente dela e começou a soltar os laços que prendiam seus pulsos. Puxou em uma respiração profunda o seu perfume doce, delicioso, pensando sobre como destino trabalha de maneiras estranhas, maravilhosas. Tinha sido sua crença de que ele a tinha perdido que quase o levou para o inferno escuro e desolador que ele sempre acreditou que estava esperando por ele. E, no entanto, foi a fé de Hope que ela lhe deu por acreditar em um futuro, que o ajudou a fazer o caminho de volta para a luz, rastejando para fora da cova e redescobrir sua alma. No instante em que as mãos ficaram livres, Riley levantou sua camisa e tocoulhe com a boca a pele fresca de sua barriga, antes de pressionar um beijo carinhoso contra a mais grossa das suas cicatrizes, finalmente capaz de enfrentar a dor de seu passado. Finalmente capaz de confiar em si mesmo de uma forma que ele não tinha sido capaz de fazer nos últimos anos. Ele teve uma segunda chance na vida, e ele não iria desperdiçá-la. Ele ia 253
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fazer tudo o que pudesse para mostrar-lhe como ele tinha mudado. Como ela era preciosa para ele. Como era louco o
amor que ele tinha por ela. Com cada
polegada perfeita e linda dela. —Riley, não estamos sozinhos. Ela suspirou, tentando puxar a blusa para baixo enquanto ele continuava a beijar suas cicatrizes, e Shrader abafou um baixo ruído de gargalhada sob sua respiração. Olhando para seu rosto bonito, ele disse. —Eu sei.
Respirou fundo e afastou de uma vez. De nenhuma maneira no
inferno que eu vou fazer isso de novo. Custe o que custar, vou mantê-la segura. Fazê-la feliz. Apenas me diga que você me perdoa Hope. Diga-me que você vai me dar outra chance, e eu prometo que você nunca vai se arrepender. Ela sussurrou seu nome, assombrada por suas palavras, enquanto seus dedos seguravam seus quadris, sua voz rouca desesperada quando ele disse. —Mesmo se você não me amar ainda, você pode... você pode continuar me usando para sexo. Eu não me importo. Apenas não me deixe. Mais sons abafados vieram por trás dela, onde Shrader estava tentando colocar a mão sobre sua boca. —Honestamente, Riley. Ela sussurrou. —Nós não estamos sozinhos! Movendo-se sob seus pés, ele colocou as mãos em seu rosto. —Maldição, Hope, eu não ligo uma porcaria para o que Shrader ouve. Eu só... Eu preciso te dizer que te amo. Deus, eu estive te amando pela metade da minha vida. E eu vou te amar até o dia que eu morrer. Seu queixo tremeu, e viu como sua boca floresceu em um sorriso, pedras preciosas de tirar o fôlego. —Você nunca me disse isso. —Eu sei. Respondeu asperamente. —E eu sei que eu tenho agido como um imbecil, Hope, mas eu juro que vou passar o resto da minha vida adorando você, provando a cada minuto e a cada dia o quanto você significa para mim. Beijou-a 254
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entre as palavras roucas, sentindo seus lábios, sua boca, o queixo dela. —Eu sempre a amei. E eu preciso de você, por muitos motivos. Mas acima de tudo, porque eu não posso viver sem você. —Você não vai ter. Ela sussurrou contra seus lábios. —Eu prometo Riley. E eu também te amo. Você provavelmente já sabe disso, mas vou dizê-lo de qualquer maneira. —Eu te amei por aquilo que pareceu uma eternidade. Um tremor, duro tremendo de alívio percorreu-o em suas palavras suaves, e apertou a testa dela enquanto ele respirava fundo e dizia: —A luz, a esperança. Está viva. —Que luz? Perguntou ela, com sua voz suave maravilhosa... Com amor. —Eu vou te dizer mais tarde. Ele sussurrou, querendo ficar sozinho com ela, para mostrar-lhe com o seu corpo o quanto ele a amava. Para reparar tudo o que tinha acontecido entre eles. Ele tocou a boca dela, afundando-se dentro dela, perdido em seu sabor perfeito. Era como se o calor e o sol se derramassem sobre sua língua. Como... Felicidade. E esperança. Riley poderia tê-la beijado para sempre, perdido no momento, se Shrader não limpasse a garganta, sua voz seca, como ele disse. —Devo... uh, cobrir meus olhos ou algo assim? Uma risada baixa saiu do peito de Riley, uma sensação estranha na garganta, mas tinha passado tanto tempo desde que ele riu de felicidade... De alegria pura e cega. E ainda assim, tão feliz como ele estava, havia ainda um nó de pavor por Kellan. Riley estava prestes a dizer a Shrader o que Pasha disse, sabendo que precisava ir ao motel para ver se eles poderiam pegar o Guardião, quando Ian e Noah correram para a clareira, seu irmão quase cedendo, ao ver que ele estava vivo. Seu olhar mudou entre eles, vendo seu terno abraço, e antes de Ian pudesse perguntar, Riley disse: —Ela está voltando com a gente. —Já era tempo. Ian resmungou, antes de seu olhar ir para o monte de cinzas 255
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que ainda ardiam, as suas gavinhas em espiral de fumaça que lutam contra o vento tempestuoso. —Gregory? Riley sacudiu a cabeça. —Pasha. Olhando ao redor, Ian disse: —Então onde está Gregory? Um sorriso orgulhoso curvou sua boca. Hope atirou nele e ele caiu do penhasco. Ian piscou com um olhar atordoado de espanto, então, perguntou: —Você acha que ele poderia ter sobrevivido à queda? Riley deu de ombros, puxando Hope para o seu lado, o braço envolto possessivamente ao redor de sua cintura. —Em sua forma Casus? Quem sabe? Mas eu duvido. Shrader caminhou até o precipício, olhando ao longo da borda. — Não há sinal dele lá. Ele gritou. Espero que a maré o tenha levado. —O que tem lá embaixo? Uma voz profunda saiu da borda das árvores. Todos se voltaram para encontrar Kellan ali com o ombro apoiado contra uma das árvores de cedro altaneiro que se alinhavam na clareira. Ele estava encharcado da cabeça aos pés, como o resto deles, sua pele estava pálido e seus olhos estavam avermelhados e lacrimejantes. Hope ficou rígida, dando um grito agudo de alegria, assim como Ian estreitou seus olhos sobre Kellan e resmungou: —O que Que em nome de Deus aconteceu com você? Você se parece com o inferno. —Sinto-me assim, também. Kellan murmurou, sacudindo a cabeça, apertou a mão para seu estômago. Eu estava prestes a dizer a vocês que nós precisávamos ir ao motel. Disse Riley Pasha disse-me que ela o drogou, deixando-o lá para homens de Westmore. Pegando o olhar de Kellan, ele perguntou: —Como você conseguiu sair? O Guardião aspirava. —Felizmente, a droga que ela me deu não deve ter sido 256
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criada para um Lycan puro, porque começou a acabar seu efeito quando os homens Westmore apareceram. A cadela foi estúpida o suficiente para deixar as minhas chaves para trás, assim eu fui capaz de voltar para cá na caminhonete. Olhando em volta, ele disse: — Falando do diabo pouco de olhos verdes, onde ela está? Foi Ian, que respondeu, dizendo: —Riley a fritou. Kellan com olhos grandes olhou para baixo onde o marcador descansava contra o centro do peito de Riley coberto pela camiseta. —Você encontrou o marcador? Ele perguntou sua surpresa óbvia. —Como diabos você fez isso? —Sim. Ian acrescentou, empurrando seu cabelo escuro de volta de seu rosto quando ele virou o olhar para Riley. —Como você fez isso? Levantando a mão livre para esfregar a nuca, o outro braço continuava enrolado em Hope, Riley explicou como ele usou seu novo poder, e de alguma forma puxou o Marcador escuro para ele. —Acho que estivemos bem em cima dele hoje. Ele acrescentou. —Só não cavamos fundo o suficiente. Apontando para as árvores que os cercavam, Noah finalmente falou, dizendo: - —Pode ter ficado preso sob uma das árvores mais jovens. Vocês poderiam ter continuado a cavar e nunca encontrar. Kellan olhou para Noah, só agora percebendo que ele estava lá. —Que diabos estás fazendo aqui? —É uma longa história. Shrader falou, fazendo seu caminho em direção a Kellan.
—Ele pode explicá-lo no caminho de volta para a casa. Eu acho que
podemos nos aquecer com um café, se voltar a luz, então começamos a limpar os corpos. 257
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—Quantos corpos? Kellan gemeu, imaginando que provavelmente iria entrar em colapso. Shrader bateu no ombro do ruivo e Noah juntou a eles, enquanto Ian ficou com Riley e Hope. Riley podia ouvir Shrader fazer alguns comentários inteligentes e imbecis, em voz baixa, sobre a árvore que ele usou para matar os homens Westmore, e então o guardião olhou para os três por cima do ombro. — Vocês vêm? —Em um minuto. Respondeu Ian. Quando os homens se afastaram, Ian se virou, olhando para Riley. —Se eu fosse você.
Disse ele. —Eu sairia daqui. Nós
tivemos sorte esta noite, mas não há sentido brincar com ela. Você deveria por a cabeça para fora da cidade, e levá-la a um lugar seguro para passar a noite. Então, siga para Ravenswing amanhã. Sabendo que seu irmão estava certo, Riley concordou em fazer isso. Mais tarde Hope embalava suas coisas em uma mochila, enquanto Riley pegava as suas, eles levaram a bagagem para o carro e dirigiram por algumas horas, querendo colocar a maior distância entre eles e Pureza, que poderiam, antes de registrarem-se um hotel para passar a noite. Havia sido um golpe de sorte, antes de eles deixarem à clareira junto à falésia, Seth McConnell, finalmente, apareceu com um pequeno grupo de soldados do coletivo que tinham permanecido fiel a ele depois que ele tinha quebrado as fileiras com o Exército do Coletivo. E enquanto Seth ficava chateado porque ele tinha perdido a batalha, pelo menos ele tinha chegado lá a tempo para ajudar com a limpeza, ajudando os outros a eliminar os corpos. Riley tinha dado ao soldado rapidamente um resumo dos acontecimentos, explicando sobre Westmore e Casus, bem como Gregory e Pasha. Quando ouviu o relato pungente, Hope percebeu que era um verdadeiro milagre que todos eles continuassem vivos depois do pesadelo. 258
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Então, quando eles estavam sozinhos, Riley havia dito a ela sobre o que tinha acontecido quando Gregory tinha afirmado que ela estava morta, e seu medo de saber que ele tinha chegado tão perto de perdê-la. Tremendo ante a idéia, ela terminou de lavar o rosto na pia do hotel, no banheiro e abriu a porta para encontrar Riley esperando por ela no centro do quarto. Eles só içaram assim por um punhado de minutos, mas ela sabia que, antes que mais sessenta segundos se passarem, ele estaria dentro dela... cobrindo-a... lembrando-lhe que quando as coisas estavam longe de ser perfeitas no mundo, eles de alguma forma conseguiram encontrar o seu próprio cantinho do paraíso. Respirando o aroma rico, provocante do desejo que aquecia o ar entre eles, Hope caminhou até ele, não parando até que seus corpos se tocaram, peito a peito. Com uma expressão de desejo escuro intenso moldando os ângulos do seu rosto, ele ergueu as mãos, empurrando seu cabelo para trás de seu rosto quando ele disse. – Não vamos mais falar sobre esta noite, ok? Eu só quero segurar você em meus braços, em meu corpo, e saber que está tudo certo. Que você está segura. Ela assentiu com a cabeça e, com as mãos trêmulas, ele lentamente tirou a roupa dela, seu olhar escuro remanescente em cada pedaço de pele, que era revelado. Então ele se deitou na cama, cobrindo-a com a dureza e o calor do seu corpo enquanto ele erguia suas mãos e a segurava. Apertando as mãos unidas no travesseiro debaixo da cabeça, enterrou-se profundamente dentro dela, dando-lhe cada centímetro. —Nada entre nós, Hope. Só você e eu. Ele murmurou em um profundo, rouco estrondo de palavras que passou através dela e se derreteu quente como mel, borbulhante, enquanto a cruz escura, linda balançava ao redor de seu pescoço, sua borda polida capturava a luz. Ele a preencheu com o seu enorme e grosso membro, pressionando com força contra seu ventre e, em seguida parou. Foi um gesto simbólico. Com significados e intenções. Ele estava dizendo a ela o que 259
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estava para acontecer. Que iria enchê-la... e dar-lhe um bebê. E depois, quando estiveram envoltos nos braços um do outro, ele a beijou na boca, e disse: —Desculpe-me, eu não ter lhe dito tudo o que aconteceu. Sobre a cerimônia. Sobre como me sinto. Quando ela olhou em seus profundos olhos azuis, sua boca se contorceu com um sorriso. —Perdoe-me, eu menti quando lhe disse que eu só queria usá-lo para o sexo. —Você quer dizer que não?
Perguntou ele, erguendo as sobrancelhas
escuras em um olhar brincalhão de surpresa ferida. —Oh, eu quero usá-lo. Ela murmurou, aconchegando-se contra ele. —Mas eu também quero amar você. E eu sabia que se eu lhe dissesse você nunca colocaria a mão em mim. Os cantos de seus olhos enrugados, desse modo sexy que ela amava se acentuou em um processo lento, um tipo de sorriso torto, curvou sua boca de forma áspera, quando ele rosnou: —Quero mais do que você. Ela sorriu
sexy, em seguida, lentamente, inclinou a cabeça, seu sorriso
deslizando quando ela disse. —Quase não parece real, não é? Quero dizer, tanta coisa aconteceu. Esta noite foi um pesadelo, e eu ainda estou tão feliz. É terrível? —Não, querida, você merece ser feliz. —E você, Ri. Você viveu com seu segredo por tanto tempo. Ela murmurou, passando a ponta do dedo sobre as sobrancelhas escuras. —Alguma vez você disse a Elaina o que você viu na noite da cerimônia? —Eu tentei, mas ela não quis ouvir. Acho que ela sentiu-se culpada, e então eu decidi que era algo para eu lidar sozinho. Você nunca saberá o quão difícil foi para mim fazer isso com você, Hope. Eu perdi você por tanto tempo. Sua voz sumiu, e ele estudou seus olhos por um momento, antes de dizer: —Tem certeza de que está tudo bem com sua saída de Pureza e voltar para o Colorado comigo? 260
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—Eu o amei lá, desde que você saiu da minha vida eu nunca mais tive casa. Disse ela. — A única coisa que eu não concordo, é ficar longe de você. —Não vai acontecer carinho. Vamos ficar para sempre juntos. Prometeu em voz baixa. Eu odeio que tenha que ser assim. Se eu pudesse ficar em Washington com você, eu faria. Num piscar de olhos. Mas não é possível. Ela colocou os dedos sobre seus lábios para silenciar sua confissão incomoda. —Eu sei que você faria, Ri. Mas até essa guerra acabar, você precisa estar em Ravenswing. Então, eu vou aonde você for. Ela respirou fundo e disse: — E é a coisa certa a fazer, por Millie. Ela cuidou de mim durante tanto tempo, e eu a amo muito, mas é hora dela começar a desfrutar a sua própria vida, sem mim a sua volta. Eles tinham ido ao hospital para conversar com sua tia, que tinha conduzido através Wellsford, contando tudo o que tinha acontecido. Millie disse-lhes que Hal tinha saído da recuperação. Ela também disse que não se lembrava de nada sobre o ataque, e eles esperavam que ele permanecesse dessa maneira. Tinha sido estranho dizer adeus, mas Hope sabia que era tempo de ambas para seguir em frente. Depois de quase perdê-lo, Millie tinha jurado que não ia deixar Hal fora de sua vista, e talvez eles mantivessem juntos o café... Ou apenas continuariam alugando cabanas. Era seu futuro, seu destino, e ela faria tudo o que pudesse para ajudá-los. —Hal, ele vai ser bom para ela. Murmurou com um sorriso. — Mas e seu emprego de volta, no Colorado? —Eu não sei. Ele murmurou, olhando em seus olhos quando ele esfregou os dedos golpeados contra seu rosto. —Eu não tinha planejado sair. Mas agora que eu despertei, é muito perigoso para mim permanecer como delegado. Ela assentiu com a cabeça, a compreensão dos problemas que ainda estava à frente deles. Mas ela não tinha dúvidas de que, juntos, poderiam enfrentar o que esses idiotas jogassem em seu caminho. Depois de anos em solitários desesperos, finalmente tinham um ao outro, e nada iria levá-lo longe dela. 261
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Quando ele olhou para baixo, seus olhos azuis ardiam com um olhar de amor de tirar o fôlego e possessivo enquanto ele olhava para seu rosto, dizendo: — Assim é como vai funcionar. Você pode argumentar, mas eu estou avisando agora, não vai fazer nenhum bem. — O que você está me dizendo, hein? —Verdade. Retumbou em uma voz baixa e sexy. —Pela primeira vez, você vai ouvir. —Eu sou toda ouvidos. Ela sussurrou, sabendo instintivamente que ela estava prestes a ouvir uma coisa maravilhosa. —Nossas vidas nem sempre vai ser essa loucura. Disse a ela. — E um dia, quando esta guerra acabar, nós vamos construir uma casa, Hope. Onde você quiser. Washington. Colorado. Inferno, eu não me importo se você desejar ir até os confins da terra, enquanto eu estiver lá com você. E nós vamos ter uma família. —A vida que deveríamos ter tido há muito tempo. —A vida que você sempre quis. Ela sorriu para a visão excelente de seu futuro brilhante em seus escuros olhos lindos e enquanto ele a beijava, ela provou a promessa impressionante do seu amor... Selvagem, sempre maravilhoso.
Fim.
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Comentários: Fiquei pasma com o comportamento melancólico de Riley Buchanan, estigmatizado na adolescência devido a uma maldição de família, Riley abre mão da mulher que ama para protegê-la da maldição que o esperava futuramente, porém ele jamais poderia imaginar que o sofrimento seria para ela pior que enfrentar o monstro contido em sua alma. Ela foi severamente castigada pela vida, além de ter que engolir a perda de seu grande amor, ela foi maltrada por um homem bêbado e ciumento o que levou sua vida a uma tragédia pessoal mais severa que de seu único amor, porém Riley passa anos se convertendo em um quase um santo (o que o torna um homem quase perfeito) para enfrentar seu destino com mais dignidade até que no futuro como num jogo de xadrez o destino coloca-o frente à única pessoa que poderia lhe trazer o sol novamente para sua existência solitária e traumática. Riley e Hope se encontram e o destino se encarrega de mostrar a ele que o futuro é um sábio sem palavras e sem escritas, ele aprende a ter fé novamente na vida. Hope é o retrato da força e da crença na vida, ela com todos os seus mazelos e tragédias pessoais resolve resgatar a única chance de ser feliz, libertando o homem que sempre amou das amarras entrelaçadas na alma por tanto tempo, enfrentando o monstro com um amor quase altruísta ao se dar como alimento. Olhando o romance de forma subjetiva diria que o livro é uma metáfora sobre o amor incondicional de uma mulher por um homem, autor quis mostrar a grandeza do verdadeiro amor, ele supera os obstáculos e os preconceitos e mesmo se tratando de formas inanimadas de seres sobrenaturais, mesmo sendo uma leitura sombria, o autor deu pontos de luz no enredo. Os trechos “Hot” do livro perdeu um pouco o sentido e não são muitos, mas são de dar água na boca, é um prazer sentir o calorzinho no meio das pernas enquanto passeamos nas entrelinhas do tesão de Riley e Hope. Cildinha_may (Jan.03/01/2011)
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