Sarah Brianne - Série Made Men - Livro 03 - Chloe

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APRESENTAM

CHLOE MADE MEN, #3

DISPONIBILIZAÇÃO: JUUH ALLVES // TRADUÇÃO: DANY RODRIGUES // REVISÃO INICIAL: RÊ BORGES // REVISÃO FINAL: ARI SILVEIRA E AMY MIZUNO// LEITURA: JUUH ALLVES // FORMATAÇÃO: DADÁ

made mEN SARAH BRIANNE

01

02

03

O rosto cheio de cicatrizes de Chloe tornou-LHE a aberração da escola. Seu reflexo é um lembrete constante de como ela as conseguiu.

O homem que lhe deu as cicatrizes assombra não apenas seus sonhos, mas também sua realidade. Alguns pesadelos não desaparecem à luz do dia.

Dois homens levantam-se para salvá-la dos pesadelos. Ambos são homens da máfia, esperando atrás de uma porta que ela não quer abrir.

Amo, o soldado, e Lucca, o subchefe. A Besta e o Bicho-Papão.

Quem ela vai escolher?

Um

O DEMÔNIO VEIO BUSCÁ-LA Dias Atuais

Chloe continuava olhando para o branco, a parede branca em frente à sua cama ainda estava segurando a jaqueta que Amo envolveu com cuidado sobre seus ombros mais cedo naquela noite. Algo sobre sua jaqueta estava mantendo os demônios longe. Talvez fosse o fato de que ela cheirava a ele, ou talvez fosse o calor fazendo-a sentir como se seus braços estivessem envoltos nela. CRACK! O som de ossos quebrados cumprimentou seus ouvidos quando um taco de beisebol bateu em um corpo mole, a imagem piscou na parede em frente a ela por uma fração de segundo. Voltando à realidade, ela quase esqueceu onde seus pensamentos estavam indo. Se ela não tivesse inalado o perfume masculino vindo do tecido caro de Amo, então, seria o lugar onde sua mente teria ido. Ela começou a pensar que o casaco poderia tê-la acalmado, mas ela não experimentou esse sentimento por um longo tempo. A única razão pela qual ela acreditava nisso, era porque seus pensamentos deviam estar consumidos, no momento, por seus horrores, fazendo-a assistir ao replay de hoje à noite. SNAP! Outro flash do bastão fazendo contato com as pernas do homem, o homem que estava praticamente sem vida no chão, antes da parede se transformar em branco novamente.

Ela deslizou o polegar sobre o tecido, sem entender por que seu corpo não estava imóvel como nas milhares de vezes que ficou antes, quando seus pesadelos brincavam na frente de seus olhos. Deslizando o dedo sobre o tecido macio novamente, ela chegou à conclusão de que era tão caro como se... Um par de maus olhos azul-esverdeados olhou para ela a partir da parede branca, fazendo seu sangue ficar gelado. Ela observou o aperto do bastão no pescoço com uma força tão intensa que ela tinha certeza que ia quebrar antes que o batedor fosse derrubado para o seu tempo final. CRUNCH! A jaqueta de Amo não iria mais afasta-la do seu pesadelo. O demônio veio buscá-la.

Dois

Voltando no Tempo Quatro Anos Antes

A dor pungente em seu rosto e em seu corpo ferido acordou-a, fazendo-a querer gritar, mas sua garganta estava seca demais. Não apenas o quarto parecia estranho para ela, mas o cheiro estéril, também. Ela não conseguia se lembrar de nada, nem descobrir onde no mundo ela estava, o que a fazia se sentir como se estivesse drogada. Quando ela, grogue, tentou abrir os olhos, ela viu tudo borrado. Em seguida, uma figura movimentou-se para o espaço sobre ela. ― Chloe! ― Um homem disse antes que de colocar a mão em seu braço. No momento em que a mão masculina tocou sua pele, recordações inundaram sua mente dos crimes horríveis que ela acabou de suportar, como se estivesse voltando no tempo para aguentar tudo novamente. Ela tentou desesperadamente gritar, mas parecia fraco, saindo como um sussurro rouco. Quando a pressão da mão aumentou ligeiramente, ela começou a chutar e debater de forma incontrolável, sem saber se ela poderia sobreviver à brutalidade que ela experimentou, tudo de novo. ― Sou eu, seu pai. Chloe, você está segura agora! ― Seu pai repetia em voz baixa, tentando mantê-la calma. Tudo o que podia pensar era na mão em seu braço, como se ela ainda estivesse experimentando o toque torturante de antes. Desejava só que parasse. Ela foi finalmente capaz de gritar:

― Me solta! ― Seu pai só a segurou mais apertado, utilizando as duas mãos. ― Shh! Você está segura... no hospital ― Ele falou, tentando tudo que podia para impedi-la de chamar a atenção para o quarto. Lágrimas quentes estavam escorrendo por suas bochechas antes que o som de pés se arrastando ecoou por toda a sala e ainda mais mãos começaram a segurála. ― Por favor, eu não aguento mais! ― Ela gritou. ― Ela está tendo um ataque de pânico. Dê-lhe algo! ― Seu pai rapidamente cuspiu antes que Chloe pudesse dizer outra palavra. Sentindo uma leve picada no braço, Chloe começou a perder a luta contra eles. Infelizmente, quando seu corpo ficou dormente, sua mente não o fez. Ela ainda sentia as mãos de seu torturador nela em vez das pessoas nesta sala. Olhando além das enfermeiras, ela olhou para a parede em branco, através do borrão de lágrimas. Por favor, eu não quero ser tocada mais.

― P-Pare! ― Chloe sufocou pelo que parecia ser a centésima vez para as mãos que a seguravam mais uma vez. A picada da agulha em sua pele dolorida não era nada comparada com as mãos que a seguravam. Suas bochechas queimavam enquanto as lágrimas caíam. Ela chegou à conclusão de que deveria estar chorando em seu sono, quando ela nem mesmo estava acordada por um total de cinco minutos, antes deles atingiremna novamente. Quando as drogas assumiram seu corpo, seu último pensamento foi o desejo de que eles entendessem. Os enfermeiros, junto com seu pai, pensaram que ela estava gritando para eles pararem de drogá-la, mas ela estava apenas gritando para tirarem suas mãos de seu corpo.

As drogas em seu cérebro começaram a diminuírem quando ela acordou. Chloe recuperou a consciência, mais uma vez, sem ter ideia de quanto tempo ela ficou no hospital ou quantas vezes ela acordou, apenas para terminar em gritos e dor. Desta vez, ela estava imóvel, com medo até de abrir os olhos. A dor em seu rosto estava querendo aliviar. Não se mexa. As lembranças do homem... Não chore. Chloe teve que lutar contra seus instintos e pensar inteligentemente sobre como impedi-los de continuarem a drogá-la. Caso contrário, não sobraria nada dela... se restou qualquer coisa. Mesmo com os olhos fechados, ela podia sentir a presença no quarto e considerando que seu pai esteve lá cada vez que ela despertou, tinha certeza que ele era a presença. Ela não tinha certeza se ele já tinha saído da sala, mas a pergunta era: por que? Seu pai queria falar, mas no momento em que ela ficou histérica, ele nem sequer lhe deu uma chance para chorar, fazendo-a se sentir como se fosse louca. Por que? Ouvindo um movimento vindo do canto mais distante do quarto do hospital, ela sabia que ele estava acordado, então ela decidiu aproveitar a distância entre como vantagem. Chloe não abriu os olhos quando ela começou a abrir a boca, com medo, se o fizesse, sua histeria assumiria e o ciclo cruel iria começar novamente. ― Eu-eu não quero mais ser tocada. ― Ela sussurrou o melhor que podia. Ela ouviu o que parecia como o seu pai começando a se levantar. Um rosto brilhou em sua mente enquanto ela sentiu mãos invisíveis envolver em torno de sua garganta. ― Não! ― Seus olhos se abriram para revelar o quarto de hospital. Chloe respirou fundo, tentando manter a voz firme e permanecer calma. ― Não venha mais perto... por favor. Depois de um momento, seu pai recostou-se na cadeira.

O quarto estava estranhamente silencioso. Ela não compreendeu por que ele não estava fazendo-lhe perguntas, querendo saber o que aconteceu ou, mais importante ainda, quem havia feito isso com ela. O papai já sabe? O homem está amarrado para sempre? Ela achou que iria começar com isso primeiro. ― Você sabe o que aconteceu comigo, não é? O olhar em seu rosto desgastado lhe deu a resposta. Seu pai ergueu as mãos e lentamente levantou. ― Eu não vou tocar em você. Eu só quero chegar mais perto. Está tudo bem? Tentando o seu melhor para ficar forte, ela assentiu com sua cabeça, prendendo a respiração enquanto ele caminhou lentamente em direção a ela. Ela estava apenas ligeiramente relaxada enquanto ele estava ao lado da cama, sem fazer nenhuma tentativa de tocá-la. Ele olhou para ela, tendo uma nova visão de sua filha. Quando suas perguntas silenciosas ainda ficaram sem resposta, ela se forçou a sussurrar as palavras: ― Você pegou ele? Uma sobrancelha espessa levantou enquanto olhava para ela sem expressão. ― Peguei quem? Chocada, Chloe piscou algumas vezes, perguntando se ela estava em um sonho antes que o ardor no rosto dissesse a ela que não estava. ― Quem fez isso comigo? ― Ela engasgou. ― Chloe, você estava em um acidente de carro. ― Parecia ter ensaiado as palavras. ― Não havia um carro... ― Você estava em um acidente de carro; isso é tudo que você sabe. ― Sua voz era calma e serena. Chloe começou a tremer violentamente a cabeça, com os olhos cheios de lágrimas. ― Não, eu não estava. Ele me machucou... ― Você estava em um acidente de carro. Ninguém feriu você. ― N-não! ― Ela gritou enquanto suas bochechas começaram a queimar novamente por causa das lágrimas.

― Você estava em um acidente de carro; isso é tudo que você sabe. Você estava em um acidente de carro. Ninguém te machucou. ― Ele estava começando a soar hipnótico. Não só a cabeça, mas seu corpo começou a tremer violentamente. ― NÃO! NÃO! NÃO! Desta vez, uma enfermeira solitária veio no quarto com uma agulha, fechando a porta atrás dela. Seu pai deu um passo para frente, segurando-a, quando Chloe tentou gritar tão alto quanto sua garganta permitisse, lutando contra suas mãos tanto quanto pôde, antes que a agulha picasse a pele ferida de seu braço. Ele falou sobre ela com o mesmo som melódico na voz. ― Você estava em um acidente de carro; isso é tudo o que você sabe. Você estava em um acidente de carro. Ninguém te machucou...

Três

Olhar para ela te deixa enjoada?

Sentando-se na cama do hospital, ela não se moveu, não falou. Ela simplesmente sentou lá, fazendo a mesma coisa por horas: olhar fixamente. A parede branca em frente a ela era a única coisa que ela encarou. Ela mostrou seu passado, seus pesadelos. Eu estava em um acidente de carro. Ao ouvir o clique de saltos finos chegando mais perto e mais perto da porta, tirou-a de seu transe. Uma mulher com cabelo preto curto e vestida com trajes formais entrou na sala. Nem um cabelo em sua cabeça estava fora do lugar e as pérolas enroladas em seu pescoço com perfeição brilharam. Foi a primeira vez que ela viu Chloe desde o “acidente”, então ela levou alguns momentos para olhá-la. ― É uma pena que eles... quero dizer, ela tenha o rosto marcado. Acho que poderíamos usá-lo para nossa vantagem e transformar esta situação em algo melhor. ― Seus olhos redondos olharam para baixo. ― No entanto, acho que ela deve manter os braços cobertos; não queremos que as pessoas se sintam muito tristes por nós. Isso é tudo que eu sei. Virando-se, caminhou em direção ao pai de Chloe, que estava olhando para fora da janela. ― Porque você não vai para casa e descansa um pouco, Maxwell? Você parece cansado. Eu vou voltar para o escritório e continuar a tomar conta de tudo. Deixe os enfermeiros fazerem o seu trabalho.

Maxwell nem sequer voltou-se para olhar para ela. ― Alguma vez você amou nossa filha ou olhar para ela te deixa enjoada? ― Nós já conversamos sobre isso. ― A mãe de Chloe suspirou. Virando a cabeça, ele olhou para ela com desgosto. ― Como é que ela parece para você agora? Eu estava em um acidente de carro. ― Por favor, não traga isso aqui na frente dela. ― O que você vê nela, Elaine? Sua irmã ou o orgulho de ter perdido sua feminilidade quando você descobriu que não poderia ter um filho naturalmente? ― Sim, bem, eu acho que você escolheu a irmã errada. ― Elaine bufou. Maxwell voltou a olhar pela janela. ― Eu sei que eu escolhi. Elaine saiu correndo em direção à porta. ― Eu iria dizer-lhe para me deixar por ela, mas você pode agradecer a sua filha por matá-la. O estalo do fechamento da porta tinha-lhe desviando o olhar da janela para Chloe. Uma única lágrima deslizou por sua bochecha. ― Não dê ouvidos a ela. ― Ele se levantou, indo para sua cabeceira e abriu um vidro de remédio. Ninguém me machucou. Ele colocou uma pequena pílula branca na colher e segurou-a a sua boca. ― Isso vai fazer tudo melhor.

Conseguir tomar tudo deveria fazê-la feliz, mas essas pequenas pílulas brancas que o médico havia receitado a ela não iria deixá-la sentir muita coisa. Eles não estavam deixando-a como um vegetal, incapaz de se mover, mas eles estavam fazendo-a sentir-se oca, como uma concha. ― Vá se limpar. Eu ainda posso sentir o cheiro do hospital em cima de você. ― Sua mãe vomitou quando ela franziu o nariz com aversão.

Chloe foi para o banheiro, ligando a luz e fechando a porta atrás dela. Ela não percebeu isso até agora, mas ela esteve evitando espelhos até este momento exato. A alta dose de medicação pode fazê-la incapaz de sentir, mas a bile subindo na sua garganta dizia que ela estava sentindo algo. O lado direito de seu rosto ainda estava inchado com uma marcação de duas polegadas acima de sua sobrancelha até embaixo, num rosto agora muito oco. A outra marca era cerca de uma polegada acima e abaixo do lado direito da boca. As marcas estavam frescas e grotescas, um vermelho flamejante e brilhante com sangue seco, que desapareceu no vermelho, rosa e rosado em sua pele. Chloe mudou seu olhar para baixo enquanto ela lentamente removeu o resto de suas roupas. Ela esteve tão preocupada com a dor em seu rosto no hospital que ela nem sequer notou que os braços partilhavam as suas próprias marcas. Eu estava em um acidente de carro; isso é tudo que eu sei. Eu estava em um acidente de carro. Ninguém me machucou. ― Eu não ouvi a água escorrer. ― Sua mãe abriu a porta para revelar Chloe olhando-se com lágrimas nos olhos. Imediatamente, ela entrou no banheiro, fechou a porta e foi direto para a banheira cheia de água. ― Entre. Quando Chloe não se mexeu e apenas continuou a olhar para si mesma em estado de choque, a mãe levantou a voz. ― Chloe. Entre. Os olhos vidrados de Chloe moveram-se para olhar para sua mãe pelo espelho. ― Eu posso me limpar. ― Fazia anos desde que sua mãe a tinha banhado. Mesmo que seu cérebro estivesse nebuloso, ela conseguia se lembrar de quão áspera foi banhada, fazendo os panos parecerem como palha de aço. Assim que ela foi capaz de tomar banho sozinha, ela fez. No entanto, isso foi antes de seu “acidente”, quando podia ser tocada. ― Então faça-o sem molhar seus pontos. — Rapidamente, ela entrou na banheira congelante. Pegando a toalha, ela umedeceu-a para dar-se um banho de esponja. ― Você está molhando-os... ― Elaine avisou severamente.

Ela tentou ser mais cuidadosa, mas por este ponto, sua visão era muito borrada de lágrimas. ― Dê-me ― Arrancando a esponja, sua mãe ficou no chão para chegar até a banheira. Chloe começou a chorar, com medo do momento que a pele de sua mãe tocaria nela. ― Eu posso fazer isso! ― Claramente, você é incapaz. ― Elaine começou a esfregar suas costas, empurrando Chloe para a frente. ― Por favor! Eu posso fazer isso! ― Ela tentou evitar seu toque sem sucesso. Quanto mais tentava, mais forte sua mãe esfregava sua pele. Nenhuma quantidade de lágrimas, luta ou súplica a salvou. Igual quando ela foi sequestrada, isto só fez seu captor saborear seu desconforto. Foi muito pior do que ela se lembrava, mas isso pode ser apenas porque qualquer toque agora era indesejável para Chloe. Olhando para sua mãe enquanto esfregava furiosamente, em seu lugar agora estava o homem que a mudou para sempre e que assombraria não só seus pesadelos, mas sua realidade.

Quatro

comO ela olharia para você agora O sono não veio para Chloe, porque o sono era uma coisa perigosa. Aqui, acordada em seu quarto, sozinha, olhando para a parede branca, seu sequestro foi jogado diante de seus olhos. Era como se estivesse assistindo a um filme. Claro, assustou-a, mas era a melhor alternativa. Aqui, dormindo em seu quarto, sozinha, com os olhos fechados, seu sequestro não passou na tela do cinema. Aconteceu com ela tudo novamente. Ela podia sentir as mãos envolvendo em torno de seu pescoço... A lâmina perfurar sua pele... Isso foi o que realmente a assustou. Chloe balançou a cabeça cansada. Ninguém me machucou. Fazia tempo desde a última dose da medicação e sua mente não parecia tão fora de foco ou dormente. Talvez não foi um terrível pesadelo que a manteve assombrada, mas talvez fosse real. Horas se passaram enquanto ela estava sentada miserável, contemplando o que era real ou um sonho. Finalmente, quando ouviu os passos virem para a porta, ela sabia que seria resgatada de seus pensamentos, ou quaisquer pensamentos nessa matéria. O cheiro que saudou o nariz enquanto seu pai entrou no quarto fez seu nariz enrugar. Ela o viu tropeçar até sua cama, quase caindo várias vezes na curta distância. ― Pai, v-você está bem? Suas palavras saíram fortes e arrastadas.

― Simmm. Por que p-p-porra que eu não estaria? A batida do coração de Chloe começou a subir a partir da visão de seu pai bêbado, sem nunca ter visto antes. Ela sentou-se calmamente e pacientemente, esperando por ele seguir desastrado para pegar o frasco do remédio. ― Vocêêêê abre i-i-isto. ― Ele jogou a garrafa em cima da cama. Agarrando a garrafa, ela tentou o seu melhor para não tremer quando ela abriu e derramou uma das pequenas pílulas brancas. Fechando o frasco, ela, então, rapidamente colocou em sua mesa de cabeceira, com muito medo de entregar o frasco para ele e arriscar tocá-lo. Maxwell pegou a garrafa vigorosamente, causando um enorme som de chocalho no quarto antes dele sair tropeçando do mesmo jeito que ele entrou. Ela sentou-se em estado de choque, olhando para a porta agora fechada, na esperança de nunca mais ver seu pai aparecer em sua porta dessa maneira novamente. Algo sobre ele parecia... violento, assim como ele... Chloe abriu a mão, revelando a pequena pílula branca que estava perfeitamente no meio da palma da mão. Rapidamente, ela colocou a pílula em sua boca antes de engolir, esperando que ela fosse funcionar rapidamente. ― Eu estava em um acidente de carro, isso é tudo que eu sei. Eu estava em um acidente de carro. Ninguém me machucou.

Não demorou muito para que as visitas de seu pai para o quarto dela em busca de remédios fossem poucas e distantes entre si. Cada vez que ele entrou, ele era mais rude e mais bêbado do que a última visita. Chloe teve que aprender a lidar com a dor sozinha quando ela foi lentamente desmamada das pílulas. Ela não sabia o que ela temia mais: um trem cheio de emoções batendo nela quando o medicamento funcionou ou seu pai caminhar através da porta novamente. Era o lado de uma moeda o que era pior. Ambos eram seus pesadelos.

Algo sobre ela estava quebrado e essas pílulas não estavam arrumando-a. Em vez disso, elas apenas agiram como um Band-Aid, uma correção temporária para não sentir as emoções que a estavam matando. O Band-Aid não estava cicatrizando, a fazendo apodrecer a partir do lado de fora. No fundo, ela sabia disso. Ela podia sentir o momento em que sua última dosagem passou e foi quando ela tomou uma decisão. O giro da maçaneta fez Chloe pular da cama. Maxwell entrou no quarto em uma confusão, cheirando a álcool. Vindo, ele praticamente jogou o frasco de remédio para ela. Chloe manteve a cabeça baixa, quando ela disse: ― E-eu n-não quero eles... n-não mais. ― Co... co-co-mo? Engolindo a bile que subiu em sua garganta, ela disse novamente. ― Eu n-não quero mais. Ele olhou para ela um minuto antes de voltar a responder: ― Então... se você não precisa deles m-mais, o seu r-r-rabo pode voltar para a e-e-escola. Ela engasgou, finalmente, levantando a cabeça para olhar para ele. ― P-Por favor, não me faça voltar! ― Sim... ― Não! ― Ela não podia deixar de chorar. Maxwell apontou o dedo direito no rosto dela, levando-a a pensar que ele estava indo agarrá-la. ― Você nunca... fale comigo dessa forma novamente, ga-ro-tinha. ― Ele pegou o frasco de remédio com força da cama. ― Agora você está indo amanhã para a porra da e-e-escola. Você estava apenas em um acidente de merda..., lem-mmbra? Chloe nem sequer ouviu a porta fechar-se atrás dele. Ela ficou lá durante toda a noite, mantendo-se firmemente. Seu pai costumava ser sua única fonte de amor e confiança. Agora, ele assustou muito. Depois de seu “acidente”, ficou evidente que ela não era a única pessoa que tinha mudado.

Agora, como se sua vida em casa não fosse fodida o suficiente, ela tinha que voltar para o mundo exterior. Não só ela não deixou a casa, mas ela ainda não deixou seu quarto. Agora, ela ia ser jogada de volta para o ensino médio como se nada tivesse mesmo acontecido. Quando amanheceu, Chloe foi para o banheiro. Um olhar para si mesma no espelho e ela sabia exatamente como os garotos na escola estariam tratando-a. Olhar para ela te deixa enjoada? Lembrou-se de como ela parecia apenas há pouco tempo. Ela costumava pensar que era bonita. Como ela olharia para você agora? Agora, tudo o que podia ver era a feiura que a tocou.

Cinco

A única palavra que a acompanharia para sempre: “aberração” Elaine a deixou na escola sem um pingo de simpatia em seus olhos enquanto ela enxotou Chloe para fora do carro, para que ela não se atrasasse para o trabalho. Não havia motivo em implorar para não andar por essas portas com ela. Ela preferia a selva da Legacy Prep High, do que estar no carro com ela de qualquer maneira. Quando Chloe caminhou até as portas da frente da escola, era muito para os seus quatorze anos manusear, especialmente considerando o que ela viveu desde a última vez que ela andou por aquelas portas. A última vez que ela passou este batente da porta, ela não só parecia uma pessoa diferente, mas ela era uma pessoa diferente. A pessoa que ela agora estava irreconhecível. Talvez não seja tão ruim. Engolindo em seco, finalmente, reuniu a coragem de abrir a porta e passou pela entrada. Ela esperava que suas novas marcas fossem apenas ganhar algum tipo de simpatia, apenas o suficiente para ser deixada sozinha. Aquilo foi tudo o que ela pediu. Puxando as mangas para baixo da camiseta preta para cobrir os topos de suas

mãos,

ela

começou

a

andar

pelo

corredor.

Seu

coração

parou

instantaneamente quando uma onda de silêncio lentamente se instalou no corredor. O que antes era ruidoso, com arrastar de pés e armários batendo, acompanhados por fofocas altas e muita conversa, agora tinha se tornado tão tranquilo que você podia ouvir um alfinete cair.

Ela sabia que seria observada. Deixe-os cansar da novidade. Em seguida, vai estar tudo acabado. Ela tinha que lembrar-se de colocar um passo à frente do outro e se concentrar em chegar à porta da sala de aula quando o sussurro começou em outra onda no corredor. Independentemente disso, Chloe não poderia fazer nada que fosse dito... até que ela escutou... a única palavra que a acompanharia para sempre: “aberração”. Chloe abaixou a cabeça, deixando seu longo e preto cabelo sedoso ficar em seu rosto para cobrir suas cicatrizes e vergonha. As risadas e a palavra expressada em voz alta começaram a viajar pelo corredor. Ela sabia quem disse isso. Certa loira acabou de assinar a sentença de morte de Chloe. Foi uma brincadeira que ela pensou que acabaria em breve, os restos da menina uma vez muito ingênua. Parecia uma eternidade antes que ela chegasse a sua sala de aula onde ela, cuidadosamente, se sentou na parte de trás. Ela segurou a cabeça para baixo quando os alunos começaram a sussurrar no momento em que a viram. Chloe ainda continuou a manter sua cabeça para baixo quando a aula começou. Não foi até que ela ouviu a porta da sala de aula guinchar no silêncio completo que ela olhou para cima. Instantaneamente, seu coração parou quando ela viu uma menina de cabelos curtos, morango-louro vir através da sala, tomando seu lugar na frente. ― Você teve um bom tempo de férias, Srta. Buchanan? ― O professor levantou a sobrancelha quando ela olhou para a menina atrasada. Houve alguns risos sarcásticos entre a sala antes que a menina respondesse: ― Claro. Chloe teve que desviar o olhar da menina, olhando para seu colo para ver que ela estava torcendo as mãos. Ela esqueceu o que aconteceu no último dia em que ela veio para a escola. Ela esqueceu o que aconteceu com aquela pobre garota. O que eles fizeram com ela... Aplicando mais pressão nas mãos enquanto ela as torcia, ela começou a odiar-se por esquecer. Mesmo depois de tudo o que ela passou, ela deveria ter, pelo menos, pensado nela uma vez. Pensar sobre o que eu fiz para ela...

Olhando para sua mesa branca, a memória começou a surgir na frente dela... Chloe olhou em choque enquanto o grupo todo se revezava, batendo na menina indefesa no chão. Ela não tinha a menor ideia do que fazer quando os líderes de torcida, que passavam a ser gêmeos, Sebastian e Cassandra, já estavam em dúvida de suas intenções. Eles estavam constantemente a cronometrando, vendo como ela reagiria e se ela iria executar. Disse a si mesma para correr e ajudar, no momento em que começou a arrastar a menina do corredor para o exterior da escola, mas um deles agarrou seu braço, fazendo-a acompanhar. Se ela corresse agora, não havia dúvida de que iriam pegá-la e dar-lhe o mesmo destino que a garota no chão. Agora, a única chance que ela tinha de ajudá-la era assistir e esperar até que eles a deixassem e ela poderia tirá-la de lá e conseguir alguma ajuda. Caso contrário, ninguém teria uma pista de que estava por trás da escola, ali, desamparada. Olhando para a menina agora com sangue, a bílis começou a subir pela sua garganta. Ela não tinha certeza de quanto tempo ela poderia assistir sem se afastar. Alívio a inundou quando todos eles tiveram sua vez e foram se afastando. Ela queria ter a sua ajuda o mais rápido possível. ― Espere. No entanto, a voz de Sebastian parou a todos. ― Você não teve a sua vez, Chloe. Engolindo em seco, ela pensou tão rápido quanto podia. ― Está bem, estamos perdendo o almoço e estou com fo... Sebastian empurrou-a mais perto do corpo no chão. ― Chute-a, então e podemos ir. Olhando para ela, o coração de Chloe começou a quebrar. ― Parece que ela já teve o bastante. ― É melhor, chutá-la, porra. Sebastian e o resto de todos eles se aproximaram dela, fazendo com que a ameaça fosse clara.

Tomando alguns passos mais perto, ela queria sentar e chorar pela menina, chorar e gritar até que alguém viesse resgatá-la. Não havia nenhuma maneira que ela pudesse chutá-la. ― Me chuta. Não dói mais. ― A menina sangrenta falou com a boca em silêncio apenas para ela testemunhar. Sentindo os outros se aproximando dela, Chloe fechou os olhos e empinou o pé para trás, chutando-a nas costelas com força suficiente para mantê-los felizes, embora não forte o suficiente para causar muito mais dor na menina. ― Vamos sair daqui. A cadela recebeu a mensagem. Bom trabalho, Chloe. Todos eles começaram a voltar, mais uma vez, mas Chloe não podia se mover. Ela esteve tão desgostosa com ela no momento que fez isso, mas não conseguia descobrir outra maneira de conseguir à menina alguma ajuda no final. Olhando para ela, ela viu a menina olhando para trás com olhos suplicantes. Chloe podia vê-la implorando para ela sair com eles, para não continuar a surgir suspeitas. Ela não entendia por que a menina não se importava se ela foi espancada ou não. Ela não deve se preocupar, não depois do que o grupo que ela andava fez para ela e isso ainda não foi a primeira ofensa. A menina de temperamento forte manteve-se implorando e com o grupo observando cada movimento dela, ela se virou para sair com eles. Ela olhou para o chão, enquanto se afastava, com vontade de chorar. Eu sinto muito, Elle... Chloe rapidamente limpou a lágrima que caiu pela sua cicatriz recente. Eu mereci o que ele fez para mim.

Seis

As palavras que sempre estariam arraigadas em sua alma Elle foi uma das primeiras a sentar-se com sua comida no refeitório. Ela não esperou anteriormente na aula de matemática para terminar seu problema e sair, quando os corredores estavam desertos. Foi também dia do taco para a fila principal, o que significou que a outra fila de hambúrgueres de frango era quase inexistente e ela escolheu essa opção. Era seu primeiro dia de volta desde o espancamento e ela estava se resguardando, o que não era muito diferente do que ela fez antes. Olhando para ela na mesa de almoço vazia e para as outras mesas que estavam começando a encher-se com os alunos, ela se lembrou de como costumava se sentir constrangida em se sentar sozinha. Mas agora, ela era espancada até sangrar atrás da escola. Ela só precisava terminar o ano escolar e cairia fora. Seu pai não ia ser mais capaz de pagar por sua taxa de matrícula. Essa foi uma pequena benção, fora de tudo isso. A partir do momento em que ela atravessou as portas da escola pela a primeira vez, Elle se sentiu como se não se encaixasse nesta escola preparatória. Ela ficaria feliz em voltar para a escola pública e desejou que seus pais nunca a tivessem matriculado lá em primeiro lugar. Os garotos só se preocupavam com a etiqueta costurada em suas roupas, enquanto tudo o que Elle se preocupava era se ela sobreviveria em seu primeiro e último ano aqui no Legacy Prep. Duvidoso.

A cafeteria lentamente ficou desconfiadamente quieta quando os sussurros começaram. Olhando ao redor do ambiente ocupado, ela viu a atenção de todos sobre a porta atrás dela. Girando para ver o que ganhou tanta atenção, os olhos de Elle repousavam sobre uma outrora bela menina, que tinha o par mais lindos e impressionantes de olhos cinzentos. Agora, em seu lugar, estava uma menina com riscos vermelhos inflamados em seu rosto e torturados olhos cinzentos. O que aconteceu com ela? — Fodida aberração!" Foi dito, seguido por risadas enchendo o espaço com ecos contínuos da palavra "aberração". O coração de Elle caiu enquanto ela observava a menina voltar e deixar o espaço do almoço. Ela não sabia quem gritou, mas ela tinha certeza de que Chloe viu. Ela olhou para seu prato antes de apertar os lados de sua bandeja e rapidamente se levantar, livrou-se do seu conteúdo e seguiu à porta em que a garota marcada acabou de sair. Vendo o balanço da porta do vestiário das meninas, ela foi para dentro do que parecia uma casa vazia, mas os pés debaixo de uma das cabines revelaram o contrário. Elle colocou a mão na tenda ocupada para sentir que não estava trancada. — Chloe? Abrindo a porta, ela foi capaz de ver esta nova versão dela de perto, pela primeira vez. A menina uma vez bonita, estava sentada lá derramando silenciosas lágrimas brilhantes por suas bochechas vermelhas. Ela estava certa de pensar que Chloe já havia sido bonita, mas agora sua beleza era realmente de tirar o fôlego. Você poderia pensar que os riscos vermelhos teriam maculado sua aparência. No entanto, foi o completo oposto. Eles deixaram ver a sua verdadeira beleza: sua força. Elle podia ver a tortura que Chloe suportou. Ela não achava que poderia ter sobrevivido se ela tivesse sofrido o destino de Chloe.

Chloe olhou para Elle através dos olhos desfocados, esperando por ela para chamá-la de aberração como os outros. Não iria fazê-la ferida mais do que já estava. Eu mereço isso dela. — Você está bem? O que? Ela podia ver a verdadeira preocupação em seu rosto e não conseguia entender. — P-por que você se importa depois do que eu-eu fiz para você? — Nós duas sabemos que você não teria feito isso se eu não mandasse. Chloe olhou para Elle, ainda mais confusa. — Isso não transforma o que eu fiz em algo melhor. — Eu acho que fazendo o Sr. Fredrick me encontrar, faz. Elle olhou para ela, esperando para ver se ela confirmava que foi, de fato, ela que chegou a seu socorro. Embora ela não tenha dito nada, o silêncio respondeu à pergunta. — Você acha que Sebastian, Cassandra, ou os outros teriam conseguido me ajudar? Quanto tempo você acha que eu estaria lá fora até que alguém me encontrasse? — Me desculpe por eu não o fazer mais cedo. Sinto muito por tudo. — Chloe sussurrou. — Eu não culpo você. Sebastian e Cassandra são os únicos que eu culpo. Chloe olhou para ela em descrença. Ela queria que Elle a odiasse ou, pelo menos, colocasse um pouco de culpa sobre ela. Ela culpou a si mesma. Por que ela não fazia... — Eles não fizeram isso com você, não é? — Chloe rapidamente sacudiu a cabeça e começou torcendo as mãos. — O que aconteceu então? Quando Chloe não respondeu, Elle se sentou no chão na frente dela. — O-O que você está fazendo? Elle cruzou os braços. — Eu vou sentar aqui e esperar até que você esteja pronta para me dizer. — Mas você está sentada no chão do banheiro. — E você está sentada em um vaso sanitário. — Rindo, ela continuou, — eu diria que é um tanto grosseiro.

Um leve sorriso levantou um dos lábios de Chloe, pela primeira vez no que parecia anos. — Isso é verdade. — Agora, você vai me dizer, ou você me fará ficar sentar aqui o dia todo? Chloe respirou fundo, não olhando para cima de suas mãos. — Eu e-estava em um acidente de carro. Olhando para ela atentamente, Elle estudou-a por um momento antes que ela respondesse: — Não, você não estava. Isso é uma mentira. — O-O que! S-Sim, eu estava... — Mais uma vez, isso é uma mentira — Elle respondeu. — Você é uma péssima mentirosa, você sabe. Como ela poderia saber? — Por que você acha que eu estou m-mentindo? Elle deu de ombros. — Porque eu tenho que mentir para os meus pais muito mais do que eu gostaria e quando você é um mentiroso profissional como eu, é fácil dizer quando alguém está mentindo claramente, direto na sua cara. Também... você é apenas muito, muito ruim em mentir. Chloe olhou para suas mãos quando Elle ligeiramente riu de suas habilidades de mentira. Ela não sabia mais o que dizer, além do que seu pai havia dito desde que ela acordou no hospital. — Ok, tudo bem. — Levantando-se do chão, Elle começou limpando toda a sujeira que poderia ficado na parte de trás de sua calça jeans. — Você estava em um acidente de carro. Por agora, de qualquer maneira... até que você decida derramar. BRRRING. O sino do almoço soou na hora certa. Elle estendeu a mão para ajudar Chloe a se levantar do assento e quando sua mão chegou perto, Chloe deixou escapar um pequeno grito. Rapidamente, Elle puxou a mão de volta. — Eu sinto muito... eu estava apenas ajudando-a.

Chloe cobriu a boca e tentou desesperadamente piscar para esconder as lágrimas que começaram a encher os olhos, mas ela não foi bem-sucedida. Eu estou tão ferrada. O que há de errado comigo? Como é que eu vou continuar com a escola ou a vida agora? Sentada novamente no chão, era como se Elle pudesse ler sua mente. — Está bem. Vamos esperar até que você esteja pronta para voltar lá fora. Silenciosamente chorando, Chloe só podia repetir as palavras que a mudariam para sempre e estariam enraizadas em sua alma. Eu estava em um acidente de carro, isso é tudo que eu sei. Eu estava em um acidente de carro. Ninguém me machucou...

Sete

O retorno é um prato que se come frio O primeiro dia de volta à escola foi tão horrível que Chloe só esperava que seu segundo dia não fosse tão ruim. No entanto, enquanto se dirigia para seu primeiro período, ia exatamente da mesma maneira. Tentando o seu melhor para bloquear os alunos, ela foi direto para sua classe e quando ela chegou na sua sala de aula, ela viu alguns dos seus velhos “amigos” na leitura de um jornal. Lentamente indo para o fundo da sala, ela começou a sentir náuseas quando eles começaram a rir atrás do jornal, observando-a se afundar em seu assento. ― Eu disse que ela se transformou em uma aberração em um acidente de carro. ― Cassandra riu, afastando o jornal, com alguns outros estudantes que acabaram de chegar. ― Besteira. Ele desviou para não atropelar um cão. Seu pai estava provavelmente bêbado. ― Sebastian olhou diretamente para ela. ― Ele não estava? Não esta noite. Chloe olhou para o seu colo para ver que ela estava cavando as unhas em sua pele. Sebastian levantou-se e falou mais alto. ― Ele não estava? Ouvindo o arrebatamento de um jornal, ela olhou para cima para ver que Elle tomou o papel de um garoto intrometido, o único que estava a um passo de acertar em si mesma, se não fosse por Chloe sendo o principal alvo na escola.

Empurrando o jornal em sua bolsa, Elle tomou o lugar bem na frente de Chloe, bloqueando ela de seu ponto de vista. ― Se seu pai estava realmente bêbado, teríamos todos ouvido falar sobre isso agora. ― Seu pai nem sequer tem um arranhão, enquanto ela teve seu rosto todo fodido. ― Sebastian gargalhou. Chloe tentou concentrar-se na dor que ela estava causando na palma da mão, mas não estava funcionando. Ela tomou cada palavra áspera como um tapa na cara. ― Então ele não se machucou. Qual é a questão? ― Elle olhou para Sebastian. Sebastian estava agora, olhando para Elle. ― Então, meu pai diz que ele estava bêbado e descontrolado desde que motoristas bêbados não são os únicos que se machucam por causa do efeito do álcool. Ele não pode acreditar que seu pai ganhou e odeia todos os que votaram nele. ― Isso é o suficiente, garotos! É hora de começar a aula. ― O professor entrou, terminando a conversa. BRRRING. O sino barulhento fez Chloe abrir as mãos para ver pequenas gotas de sangue aparecer onde as unhas tinham cavado em sua pele. Ela passou a aula pensando, desejando que dirigir embriagado fosse a causa de seu rosto “fodido”. Em seguida, ela passou a próxima aula tentando afastar as memórias do que realmente aconteceu. A batalha continuou até que sua terceira aula começou e, finalmente, quando o sinal do almoço tocou, Elle a tirou de seus pensamentos. ― Chloe, é hora de ir para o almoço. Você está bem? ― Olhando em volta da agora quase vazia sala, ela levantou-se lentamente, balançando a cabeça. Elle levou um minuto para olhá-la antes de decidir caminhar para o refeitório. Andando ao lado da loura-morango para o almoço, ela manteve a cabeça baixa. Foi mais fácil olhar para o chão frio do que os olhares frios, quando todo mundo olhou para seu rosto marcado. Apesar de não os ver, ela ainda podia sentir os olhares enquanto tentavam conseguir um vislumbre dela através de sua cortina escura de cabelo.

Quando elas chegaram ao refeitório para o almoço, era óbvio que era o dia de pizza, quando uma fila era longa e a outra fila de hambúrgueres e frango estava praticamente vazia. Quando Elle caminhou em direção à fila de frango e hambúrguer sem um pensamento, Chloe parou. ― Espere, você não quer pizza? ― Sim, mas não o suficiente para ficar na fila com eles. ― Ela assentiu com a cabeça na direção da parte de trás da fila que estavam Cassandra e Sebastian, juntamente com todas os outros garotos que ajudaram a espancá-la. ― Você está certa. ― Chloe engoliu em seco com o pensamento. Seguindo Elle para a fila vazia, ela não podia deixar de sentir como se ela não fosse capaz de comer pizza na escola nunca mais. Ela já podia sentir a sua liberdade de escolher o que comer para o almoço tirada dela. Depois de pegar os seus almoços, elas seguiram novamente para a mesa mais próxima da porta da cafeteria, a que ela viu Elle sentar-se sozinha todos os dias. Ela sentou-se na frente dela assim ficou de costas para o refeitório cheio. Desta forma, ela não teria que assistir a todos os estudantes olhando para ela e zombando dos cortes frescos. Ela se lembrou o quão ruim ela costumava se sentir por Elle estar sentada sozinha. Nunca teve uma vez que Chloe sentou-se com ela. Porque eu estava com medo. Não era irônico? Ela temia ser julgada, mas descobriu qual era o verdadeiro medo. Costumava sentir-se mal por Elle, mas agora admirava sua indiferença. A vingança é um prato que se come frio. ― Você realmente n-não escolhe o que você q-quer para o almoço, não é? ― Perguntou Chloe, escolhendo para ela hambúrguer de frango e batatas fritas. Estalando uma frita em sua boca, Elle parecia despreocupada com a pergunta dela. ― Não. Adeus, pizza. ― Eu também acho que você não escolher o que dizer sobre o que aconteceu com você, não é? ― Elle continuou. ― O-o que quer dizer com isso?

― Eles querem que você diga que você estava em um acidente de carro, quando você não estava. Quem está fazendo você dizer isso? Eu gostaria. ― I-isso aconteceu. Dando-lhe um outro longo olhar, Elle decidiu dizer alguma coisa neste momento. ― O que aconteceu? Diga-me o que aconteceu naquela noite. Olhando para seu colo, Chloe começou a torcer as mãos. Um flash apareceu na frente dela quando uma lâmina cortou uma polegada mais perto de seu rosto. Ela rapidamente fechou seus olhos. ― Eu-eu não me lembro. ― OK. Então me diga na minha cara que não se lembra. Erguendo a cabeça, ela podia sentir os olhos marejados traí-la quando uma lágrima solitária deslizou por sua bochecha. Olhando para Elle, ela imaginou-a indefesa, no chão, ensanguentada novamente. Eu não posso fazer isso. Ela não podia mover seus lábios para mentir para aquela garota novamente. Compreendendo que Chloe não podia falar as palavras, Elle disse: ― Eu não vou contar a ninguém e quando você estiver pronta para me dizer o que aconteceu, eu estou aqui. Minutos se passaram enquanto Chloe continuou a pegar sua comida antes que ela começasse a se perguntar o que tinha lhe dado para perguntar, quando ninguém mais no mundo parecia questionar o que aconteceu naquela noite terrível. ― Como você sabe? Elle olhou para as profundidades cinzas, agora ocas de Chloe. ― Seus olhos. Posso dizer que alguém não só marcou você, ― ela apontou para o próprio rosto com um movimento que cortar ― mas a sua alma. Chloe fechou os olhos enquanto tentava desesperadamente não chorar, imaginando o demônio que assombrava seus sonhos. Olhando para a mesa que estava Sebastian e Cassandra, Elle continuou: ― Eu sei disso porque eu fui marcada, também.

Oito

Queimada pela mão de seu demônio Elle precisava de um livro do seu armário, então Chloe foi com ela durante a pausa para recuperá-lo. A última aula do dia parecia vir rapidamente após o almoço. Surpreendentemente, elas partilharam cada classe, exceto a segunda parte do dia. Enquanto ela tinha arte, Elle tinha aulas de saúde. Era uma merda não ter o mesmo horário exato, mas felizmente, era apenas uma aula. Assistindo Elle abrir o armário, ela viu um pedaço retangular de papel flutuar no chão. ― O que...? ― Elle inclinou-se para pegá-lo. Virando-o para o outro lado, sua expressão mudou. Chloe olhou para o que ela achava que era um pedaço de papel, mas o que era realmente, era uma fotografia. A foto era de Elle deitada no chão, sangrando e quebrada, na exata imagem que Chloe pensou antes. Um deles deve ter tirado uma foto dela quando Chloe voltou para a escola. ― Q-quem fez isso? Ambas olharam ao redor para ver quem colocou a foto e elas viram Sebastian em pé contra seu armário, sorrindo maliciosamente. Elle rapidamente se virou, empurrando a foto em sua bolsa juntamente com todos os seus livros. ― Vá tirar todas as suas coisas de seu armário. ― Eu não t-tinha ideia que ele tirou i-isto... ― Vá pegar suas coisas ― Elle ordenou, continuando a limpar seu armário. ― Eu n-não sabia...

O bater de armário de Elle a fez saltar. Respirando fundo, Elle tentou de novo: ― Eu sei que você não sabia. Precisamos ir para a aula. Ele não está feliz comigo o atacando esta manhã sobre a coisa toda do acidente de carro, então ele está me informando que ele pode bater em mim novamente, se ele quiser. Concordando, Chloe passou rapidamente para o seu cadeado, colocando, trêmula, todo o conteúdo em sua bolsa. ― Sinto muito, E-Elle ― ela sussurrou. ― Está tudo bem. ― Tentando fazê-la se sentir melhor, ela deu uma batidinha em seu ombro. Um pequeno suspiro escapou da garganta de Chloe, antes dela se mover rapidamente para longe. Recuando um pouco, Elle levantou as mãos. ― Desculpa. Chloe levou um momento antes de colocar o último livro de seu armário em sua bolsa e fechá-lo. ― Nós precisamos ir para a aula... rápido. Assistindo Elle rapidamente sair com um triste olhar em seu rosto, Chloe esfregou seu ombro, onde a mão de Elle tocou. Era como se a sua pele fosse queimada. Queimada pela mão de seu demônio.

Elle sentou em sua cama, olhando para a foto que encontrou em seu armário hoje. Era estranho ver-se danificada na calçada. Ela olhou para si mesma no espelho depois do que aconteceu, mas ainda era estranho vê-la em pessoa, como se ela estivesse olhando para si mesma naquele momento, quando ela pensou que a morte estava indo para cumprimentá-la. Uma gota de água caiu de sua bochecha na foto. Não deixe que eles te façam chorar mais. Levantando-se, ela foi até a estante e pegou um álbum de fotos da prateleira. Sentando-se em sua cama, ela folheou as páginas, olhando para as fotos de si

mesma ao longo dos anos. Ela parecia feliz em todas as fotos e seus longos cabelos louro-morango, usado para enquadrar o rosto perfeitamente. Tocando-se, ela pegou os fios que ficaram agora, que estavam na base de seu pescoço. Não, não chore. Finalmente indo para a primeira página em branco, ela enfiou a foto terrível de si mesma que Sebastian deu a ela como uma mensagem de aviso, no álbum de fotos. Ela lembraria desta imagem exata de si mesma para o restante do ano escolar. Então, quando o novo ano escolar começasse em sua nova escola, ela poderia olhar para trás, nesta foto e dar Graças à Deus que ela sobreviveu. Ela fechou o livro. ― Eu sobreviverei.

Olhando através da mesa de jantar, Chloe viu o pai colocar mais da bebida no seu copo. Ele bebeu o conteúdo e perguntou: ― Você está indo para me e-e-encarar o-ou comer? ― Coma, Chloe ― sua mãe mandou. Olhando para seu prato, ela pegou o garfo para comer, mas ela não tinha apetite. A única razão pela qual ela estava sentada lá e não no quarto dela, era porque sua mãe insistiu. ― Pare de agir como se você fosse uma vítima ― palavras de sua mãe ecoaram na sua cabeça novamente. Ela olhou para cima quando ouviu a garrafa de licor bater contra a taça mais uma vez. Rapidamente, ela colocou os olhos de volta no prato quando ele bebeu o conteúdo em uma fração de segundo. Maxwell limpou a boca com as costas da mão. ― Vá. Atordoada por sua voz áspera, ela não conseguia se mexer. Ele soou apenas como...

― Sai fora da minha fre-n-te! ― Ele bateu a mão na mesa fazendo os talheres tremerem. ― Eu não posso nem-m-m olhar para você! Saltando da cadeira, ela tentou não tropeçar quando começou a correr da mesa, como se sua vida dependesse disso. Seu pai se tornou mais assustador a cada dia, a cada dia lembrando-a cada vez mais de quem deu seus pesadelos. Os olhos dela se tornaram nublados, borrou sua visão pelo caminho. Uma vez que ela chegou ao seu quarto, ela fechou a porta e encostou as costas contra a madeira, antes de cair no chão, soluçando. Ela tinha se perguntado muitas vezes, por que eu? Por que isso aconteceu comigo? Mas esta noite, ela começou a se fazer uma pergunta diferente. ― Por que eu não podia ter morrido?

Nove

A memória batendo na porta Era estranho, mas em um curto espaço de tempo, ela estava se tornando íntima de Elle. Elas se entendiam como párias, juntamente com o seu sofrimento. O semestre estava quase terminado e era hora da pausa de Natal. Chloe ia realmente sentir falta de Elle, mas ela não ia faltar à escola. No entanto, ela não sabia o que era melhor neste momento: sua vida em casa ou a vida escolar. Caminhando para a sua última aula do dia, Chloe manteve a cabeça baixa. Ela andou mais perto de Elle do que nunca, deixando Elle guiá-la pelos corredores para que ela pudesse manter a cabeça para baixo. Uma vez que a imagem apareceu no armário de Elle, elas não perdiam tempo nos corredores e elas estavam começando a se perguntar se estavam ficando paranoicas. ― Aberração! ― Alguém gritou quando ela passou. Então, o xingamento não parou, mas pelo menos elas não estavam muito preocupadas com a sua segurança. Chegando na aula de ciências, elas sentaram na parte de trás. ― Nosso projeto de ciência é devido a pausa antes do Natal. Se não o terminar hoje em sala de aula, então teremos de terminá-lo fora da escola. ― Elle disse-lhe com uma voz preocupada. ― Ok. ― Ela concordou, nervosa sobre onde isso ia. ― Bom. Se não o terminar, então podemos terminá-lo em sua casa. Amanhã parece bem? Não… ― P-Por que não podemos fazê-lo na sua?

Elle limpou sua voz. ― Eu tenho certeza que você ouviu falar sobre o meu pai. Meus pais realmente não querem companhia agora... É claro que ela sabia o que aconteceu com o pai dela. Cassandra era indiscreta sobre ele para toda a escola no início do ano. ― Vamos Chloe, vai ser divertido. Poderíamos torná-lo uma festa do pijama! Instantaneamente, ela se sentiu apoiada em um canto. A última palavra que ela usaria para descrever sua casa era divertida. Ela sabia que Elle estava tendo a oportunidade de ajudá-la a sair de sua concha, para fazê-la se sentir normal novamente. E enquanto ela queria desesperadamente, sua casa não era o lugar ideal para fazê-lo. No entanto, isso não parecia como Elle, também. E desde que Elle era a única com uma boa desculpa, ela estava ferrada. O que eu devo dizer? Meu pai agora é um alcoólatra, porque ele não pode lidar com o que me aconteceu, algo melhor do que eu? Percebendo que as costas agora bateram no canto, sua última esperança estava em conversar com sua mãe para manter seu pai controlado. Se qualquer coisa, a última coisa que queria era a sua aparência danificada. ― Eu-eu vou pedir aos meus pais se você pode vir, então. ― Impressionante! Você mora na pequena casa branca agora? ― Os olhos de Elle se iluminaram. Ela balançou a cabeça. ― Não, nós não nos mudaremos até janeiro, quando meu pai será empossado. BRRRING. O professor levantou de sua mesa. ― Tudo bem, estudantes, vamos começar a trabalhar. Este é o último dia que vocês podem trabalhar em seu projeto em sala de aula, então, faça valer. Chloe rapidamente começou a trabalhar. Ela trabalharia até que a campainha tocasse. Dessa forma, Elle não teria de vir. Não há nenhuma maneira que eu não vou terminar este projeto.

BRRRING. Ela não terminou o seu projeto.

― Mãe, Elle estará aqui a qualquer minuto. Onde você está? ― Ela sussurrou ao telefone. ― Eu estou atrasada, no escritório. Eu estarei em casa em uma hora. Isso foi tudo o que Chloe ouviu antes do bip que veio pelo telefone, dizendolhe que sua mãe desligou. Merda! Ela estava prestes a fazer exatamente a mesma coisa em suas calças, enquanto observava seu pai pegar a garrafa para encher seu copo novamente. Sua mãe avisou que ela era um fracasso em primeiro lugar, uma vez que ela não terminou na escola. Em seguida, ela aconselhou-a a terminar o trabalho na casa de Elle, mas quando Chloe explicou a situação de Elle, sua mãe não se importava mais. Sua mãe tinha rapidamente percebido que Elle não veio do dinheiro, uma vez que ela não conseguia lembrar do sobrenome Buchanan ter qualquer posição real no Kansas City, Missouri. Por sua vez, ela não poderia dar a mínima com o que ela passou em sua família. No entanto, sua mãe prometeu a ela que iria manter Maxwell contido. Claramente, não era prioridade em sua lista de afazeres. DING. Só não responda. Talvez ela vá embora. DING. ― Você... vai res-s-ponder a maldita... porta? ― Maxwell começou a ir em direção à porta ele mesmo. Chloe rapidamente se levantou e passou por ele. ― Eu posso atender... ― Eu mesmo posso atender! ― Ele colocou a mão em Chloe quando ela passou por ele, empurrando-a com força, totalmente fora do caminho.

Abrindo a boca para gritar quando sua mão fez contato com seu braço, não só a sua respiração sumiu, como ela caiu no chão. De repente, ela podia sentir as mãos ásperas segurando-a enquanto ela tentava gritar e combatê-las, enquanto ela estava sobre a mesa fria. O som da abertura da porta e do ar frio da noite tocando seu rosto a trouxeram de volta ao presente. ― Olá, Sr. Ma... Chloe, você está bem? ― O rosto de Elle mudou de um sorriso à preocupado, tão rapidamente quanto seu tom fez. Olhando do chão para o rosto de Elle que estava do outro lado da porta, Chloe estava muito chocado para falar. Maxwell respondeu por ela. ― Ela está bem... ela tropeçou. Quem é você…? Eu tropecei. Ninguém me machucou. Desesperadamente tentando sacudir a queda e a memória batendo na porta de sua mente, ela começou a levantar-se para evitar qualquer suspeita de Elle. ― Hum, eu sou Elle. Devemos terminar o nosso projeto de ciência. ― Seus olhos vagaram entre pai e filha. ― Não-não s-se l-lembra? ― Não, porque-que você não me... disse. ― Ele voltou para pegar o álcool. ― Livre-se dela ― ele expressou à Chloe enquanto passava, indiferente se a menina na porta ouviu ou não. Colocando os olhos no chão, Chloe fez o que lhe foi mandado. ― Eu-eu sinto muito. Agora não é um b-bom momento. Elle esperou até que Maxwell não fosse visto e esperou que ele saísse da sala antes dela ir para Chloe, sussurrando: ― Você está bem? O que aconteceu? ― Sim, eu-eu tropecei. ― Merda! ― Elle sussurrou asperamente. ― Eu estou ligando para a minha mãe para voltar. Você pode vir para casa comigo. ― Não, eu estou bem! Elle pegou seu telefone celular, não ouvindo aos apelos de Chloe e disse a sua mãe para voltar. Uma vez que ela desligou o telefone, ela se dirigiu a Chloe novamente.

― Ele é a pessoa que te machucou? Balançando a cabeça, ela olhou para o chão. ― E eu deveria acreditar em você! ― Sim. Ele está apenas bêbado. É-é como ele lida com o que... aconteceu comigo. Sabendo que ela estava dizendo a verdade, Elle relaxou apenas um pouco. ― Você ainda está vindo comigo. ― N-não, sério. Está tudo bem. Eu juro que ele nunca me machucou fisicamente antes. Minha queda foi um acidente. ― Eu tenho certeza que ele não queria. ― Mamãe estará quase em casa. Eu não quero deixá-lo sozinho. Ela podia ver as rodas girando na cabeça de Elle antes que ela concordasse. ― Ok, eu vou perguntar a minha mãe se você pode vir até a minha casa amanhã para terminar o nosso projeto. ― Eu pensei que você disse que seus pais não queriam companhia agora? ― Sim, bem, eu menti. ― Elle respondeu enquanto seguia para fora da porta. ― Te vejo amanhã. ― Hum, ok... ― Chloe fechou a porta atrás dela quando viu a mãe de Elle estacionando na entrada da garagem. Voltando a casa, ela esperava que pudesse ir na ponta dos pés até o quarto dela, despercebida. ― Sente-se, Chloe. Parando em seu caminho, ela viu seu pai sentado à mesa da sala de jantar. Ela também notou que seu tom havia mudado para um pouco mais agradável. Talvez ele queira se desculpar... Sentou-se à mesa na frente dele. ― Ela sabe o que realmente aconteceu com você...? ― Ele tomou um gole do seu copo. Chloe violentamente sacudiu a cabeça, com medo de onde isso estava indo. ― Por que não? Está escrito... sobre o jornal o que realmente acon-te-te-ceu a você... Olhando para ele, ela não sabia o que dizer. Ele rapidamente lembrou-lhe: ― Diga-me o que aconteceu com você, Chloe.

Torcendo as mãos, ela começou a cavar as unhas nas palmas das mãos. ― Eu estava em um acidente de carro, isso é tudo que eu sei. Eu estava em um acidente de carro. Ninguém me machucou.

Dez

Eu não posso dizer se tenho medo de você, ou se... você só se tornou a minha nova bff Deixando Chloe passar a noite do dia seguinte na casa de Elle era a maneira de fazer as pazes com ela depois do que aconteceu com seus pais. Além disso, as meninas realmente tinham que terminar seu projeto, se não quiserem um grande e gordo F. Sua mãe dirigir para a casa de Elle consistiu em queixas diretas, uma vez que estava na “periferia” e era muito longe para o “gosto dela”. Chloe tinha somente mantido a boca fechada e estava grata quando elas chegaram ao seu destino. Andando a pé até a casa, Chloe sentiu-se envergonhada de ver Elle novamente após o que aconteceu. Ela só esperava que pudessem fingir que ontem não tivesse acontecido. Isso é o que eu vou fazer, pelo menos. Antes de entrar para a porta, ela podia ver Elle espreitar a cabeça pela janela da frente da casa e então ela se foi. ― Oi! ― Elle abriu a porta para ela. Chloe deu um pequeno sorriso, que era o melhor que ela poderia fazer com seus nervos. Ela ainda não costumava mostrar seu rosto e ela não tinha certeza de como os pais de Elle iria reagir sobre suas cicatrizes. Assim que ela entrou pela porta, a casa era muito bonita na sala de estar e a primeira coisa que notou foi um menino bonito, brincando no chão com seus carros. Seus olhos, em seguida, foram para a cadeira de rodas que mostrou um homem que estava assistindo seu filho brincar ao lado dele. Chloe sabia o que esperar, mas vê-lo era diferente.

Finalmente, quando ele olhou para cima, ela esperava o seu rosto ficar em choque, mesmo que por um momento, mas isso não aconteceu. ― Este é o meu pai e meu irmão Josh. Esta é Chloe Masters ― Elle fez as apresentações rapidamente, apontando para a pessoa com o nome correlacionado. Josh não olhou para cima de seus brinquedos. Chloe foi a única que assentiu com a cabeça, não querendo gaguejar um “Olá” primeiro a seu pai. Outra coisa chocante aconteceu quando ele apenas acenou a cabeça e voltou a assistir seu filho brincar. Viu-se diante dos seus olhos, um entendimento. O entendimento era uma das perdas e ela podia sentir que ele não estava habituado com seu novo corpo, mais do que ela estava. Pelo que Chloe sabia, graças a boca grande, era que ele havia sofrido um acidente de empilhadeira e perdeu o uso das pernas, o que aconteceu durante o início do ano escolar. Ele ganhou uma promoção enorme na fábrica antes do acidente e tirou Elle da escola pública para uma escola particular. Então, Elle era nova na escola este ano e era o alvo perfeito para Cassandra. Assim, esse era o motivo deles estarem todos aqui neste momento. ― Olá! ― Uma mulher doce e muito bonita vestindo um avental veio da cozinha. Elle sorriu. ― E esta é a minha mãe, é claro. ― Eu iria dar-lhe um abraço, mas Elle já me avisou que você não é uma abraçadora como eu. Chloe olhou para Elle, ainda mais nervosa agora. ― Sim, eu disse-lhes que você era uma Germofóbica. Você sabe, tocar te enoja por causa de germes. ― Elle deu-lhe um olhar, querendo que ela entendesse. Gênio. Ela começou balançando a cabeça. ― S-Sim. Desculpe por i-isto. ― Tudo bem, querida. Não precisa se desculpar. Estou feliz que um dos amigos de Elle finalmente foi capaz de vir. Eu continuo dizendo que ela pode ter uma grande festa do pijama com todas as suas amiguinhas da escola. Como?

― Oh, mãe, você sabe que eu vou dizer um dia. Dizer o quê? ― Você está no time de futebol com Elle? Nenhum pensamento veio a ela. Piscando e tentando descobrir se essa conversa era real, era a única coisa que podia fazer. Sua mãe riu. ― Desculpa. Você é germofóbica. ― Sim, mamãe, ela não gosta de ficar suja. Ok, bem, nós temos um monte de trabalho a fazer. ― Elle dirigiu-se para o quarto. ― Vamos, Chloe. Percebendo que isso era muito real, ela rapidamente foi atrás de Elle, sem dizer uma palavra. Francamente, ela não tinha pista de como na terra responder. Uma vez que estavam em seu quarto, Elle foi direto para sua mochila sobre a cama, tirando os seus materiais do projeto. ― Um, Elle...? ― Sim? ― Você realmente é uma boa mentirosa. A loura-morango deu um sorriso. ― É um dom. Chloe piscou mais algumas vezes, olhando para esse lado dela que não sabia que existia. ― Eu não posso dizer se eu tenho medo de você ou se... Você só se tornou minha nova BFF. Elle riu. ― BFF, com certeza. Claro que você quer ser melhor amiga com a garota mais popular da escola. Uh... duh! ― Contanto que você diga a todos os seus amigos que eu sou sua melhor amiga. ― Ela começou a rir com ela. O relacionamento delas tinha apenas mudado para melhor. Em questão de minutos, ela se sentiu muito confortável em torno de Elle. Isso só parecia certo. ― Combinado! Elas riram tanto que começaram a chorar. ― Como é que você não convidou a sua melhor amiga para qualquer um dos seus jogos de futebol?

Elle enxugou uma lágrima. ― Eu ouvi que as arquibancadas são realmente cheias de germes. ― Onde você tirou isso de germofóbica? ― Na Internet. Web MD. As duas riram até que seus rostos e barrigas começaram a doer e, finalmente, elas foram capazes de parar o seu ataque de riso. Elle limpou a lágrima final. ― Lá também diz que pode ter câncer.

Onze

Presa entre realidades Chloe estava rigidamente na cama, olhando para o teto branco. Ela não pensou tão longe em uma festa do pijama. Seu sono esteve inexistente, mas quando ela dormia, os pesadelos vinham para ela. Ela ficou muitas noites sem dormir desde o que aconteceu com ela e ia fazer isso esta noite. Olhando para o teto branco por horas, ela assistiu seus pesadelos brincarem com ela, imóvel como ela fez todas as noites, rezando para o sono nunca vir e jogála ao fogo mais uma vez.

Os gritos eram o que tinham, primeiramente, acordado Elle de seu sono profundo. A agitação violenta da cama foi o que completamente a despertou. Sentada na cama, Elle olhou para a menina dormindo ao seu lado. No sono foi onde Elle encontrou a paz, mas a menina de cabelos escuros parecia que encontrou o oposto: tortura. Mesmo no meio da noite, ela podia ver as lágrimas brilhantes caírem de seus olhos vazios e o rosto de dor de Chloe. ― Chloe... Chloe... ― Ela esperava que sua voz fosse o suficiente para acordá-la, não querendo tocá-la, com medo de que iria piorar os pesadelos. Sua espinha se arrepiou por testemunhar o que parecia ser como possessão. ― Chloe! ― Ela estendeu a mão...

A mesa fria de metal debaixo dela era um forte contraste com o rosto queimando, o que fazia o ato de chorar ser inútil. ― Por favor! Pare! ― Nenhuma quantidade de seu chute e luta era páreo para o que pareciam milhões de mãos prendendo-a. O riso do homem mau que segurava uma faca tocou seus ouvidos, zombando. ― Fique quieta, menina ― ele puxou a faca mais perto de seu rosto ― ou só vai doer mais. Olhando para os seus, anormalmente, grandes olhos pretos, ela tinha certeza que estava olhando nos olhos do diabo...

― Chloe! Acordou com uma mão vindo para ela, fazendo-a pular da cama. Sua respiração

estava

acelerada

e

descompassada,

sentindo-se

como

se

fosse

lentamente sufocar. Ela não conseguia recuperar o fôlego. Elle rapidamente acendeu a lâmpada de cabeceira para que ela pudesse ver que não estava mais em seu pesadelo. Então, ela correu para o lado de Chloe. ― Está bem. Foi apenas um sonho. Respire, Chloe. Respirando profundamente e olhando em volta, Chloe percebeu que ela não estava mais presa em seu pesadelo. Exausta, ela caiu no chão, segurando os joelhos contra o peito e chorando silenciosamente dentro deles, incapaz de mostrar o rosto para Elle. Ela sabia o que Elle iria pensar dela agora. Aberração. Sua pele ainda queimava do toque do diabo. Eram assim os seus vívidos pesadelos. Era como se ela estivesse revivendo tudo novamente. Elle se sentou no chão ao lado dela, certificando-se de que havia muito espaço entre elas.

― O que você sonhou realmente aconteceu com você, não é? Chloe não respondeu, continuando a chorar silenciosamente. Tomando isso como um sim, Elle fez uma pergunta diferente: ― Você vai me dizer o que aconteceu? Mais uma vez, nenhuma resposta. Elle respirou fundo. ― Eu venho para casa todos os dias e me sento em frente aos rostos dos meus pais, dizendo-lhes sobre todos os meus amigos e como eu tive um grande dia na escola. É uma maneira muito mais fácil do que dizer-lhes o medo que eu estou da escola, para até mesmo usar o banheiro das meninas. “Quando os garotos começaram a ficar violentos, foi quando eu lhes disse que me juntei ao time de futebol. Isso ajudou a explicar por que eu estava ficando com contusões cada vez que fui empurrada em um armário ou qualquer coisa significativa que eles planejaram para mim naquele dia.” “Meus pais acreditam em qualquer que seja a mentira que lhes digo, porque eles ainda não descobriram como lidar com meu pai se tornando paralisado. Meu pai está viciado em seus analgésicos, por isso é como se ele nem estivesse aqui e minha mãe faz o máximo que pode para nos apoiar, juntamente com os cuidados com Josh e agora o trabalho com meu pai. Eu ajudo com o que eu posso quando eu chego em casa, mas eu principalmente me escondo. Eu posso cuidar de mim mesma e eu finjo que está tudo bem. Chloe olhou para cima para ver que algumas lágrimas caíam pelo rosto de Elle. ― Tenho a sensação de que tudo o que aconteceu com você não se compara com o que me aconteceu atrás da escola naquele dia. Mas eu entendo o que você está passando mais do que ninguém, provavelmente. “Quando cheguei à sua casa ontem, eu pensei que o alcoolismo de seu pai poderia ser como meu pai com analgésicos, mas agora eu não tenho tanta certeza. Pedi ao meu pai para reduzir eles, já que você estava vindo e ele fez. Suas pílulas não o fazem dizer algo; elas apenas o fazem inexistente.” Chloe não sabia o que dizer. ― Agora que você sabe todos os meus segredos, o que você me disser sobre o que aconteceu com você ou sobre como é em casa, eu juro que eu nunca, nunca

direi a alguém. Eu minto e finjo todos os dias, também e eu não quero que os meus pais sofram com a verdade e eu definitivamente não quero Cassandra ou Sebastian descobrindo que meu pai é viciado em remédios. Eu desejei a cada noite encontrar alguém para conversar, então eu sei que é de verdade e agora eu posso conversar com você. Então eu sei que é de verdade... esse era o problema de Chloe, ela estava presa entre realidades, questionando se seus pesadelos ou o que eles disseram nos jornais era real. Era como se Elle pudesse ler seus pensamentos. ― O que todo mundo está dizendo que aconteceu com você não é real. A destruição do carro não era real. Ninguém sabe o que realmente aconteceu com você, mas agora você pode dizer a alguém que você confia. Chloe sabia que, se ela fosse contar a alguém, seria Elle. Ela acreditou quando ela disse que nunca iria dizer e elas se relacionam entre si de muitas maneiras. Ela não tinha ideia da extensão do sofrimento de Elle e estava feliz que disse a ela tudo. Chloe queria dizer a ela, mas estava com medo porque uma vez que dissesse isso em voz alta, não podia levá-lo de volta. Uma vez que as palavras fossem ditas... então seria de verdade. ― O que realmente aconteceu com você, Chloe? ― Respirando fundo, ela reuniu coragem suficiente para despir o pijama fino que usara na cama. Lentamente, ela tirou a camiseta e revelou as várias cicatrizes que marcavam seus braços. Esta era a primeira vez que ela revelou o fato de que ela não estava marcada só no rosto. Elle cobriu a boca em choque, não tendo nenhum indício de que Chloe estava escondendo novas lesões. Enxugando as lágrimas no rosto, Chloe descansou a parte de trás da cabeça dela na parede. Então, olhou para o teto branco, seu pesadelo começou a brincar desde o início. ― N-No dia em que você foi espancada foi a n-noite... que eu consegui as minhas cicatrizes.

Doze

O assassinato de elle buchanan Os eventos loucos do fim de semana foram e vindo, assim como a sua última semana de escola. Sentada na aula de ciências, a aula final do semestre, focou no projeto que acabaram na casa de Elle. Chloe teve um colapso emocional naquela noite depois que ela acordou de seu pesadelo e se tornou vulnerável suficiente para revelar seus segredos escuros. Ela contou a Elle tudo o que aconteceu com ela naquela noite horrível. Ela também contou sobre seus pais e como era para ela em casa. Felizmente, Chloe não se arrependeu. Ela e Elle estavam no mesmo barco de segredos e não tinham ninguém a quem recorrer, exceto uma à outra. Ela é a única que eu sempre direi. Chloe olhou para Elle. Ela era forte, enquanto Chloe não era. Ela não mostrou seu medo para o mundo, ao passo que ela fez. Portanto, ela encontrou-se dependendo de Elle para sobreviver a este inferno e para manter sua sanidade. Neste ponto da sua vida, no seu mais baixo, a coisa mais importante para ela era sua amizade. BRRRING. Rapidamente, todos os alunos correram da sala de aula, ansiosos para as férias de Natal. Mesmo os professores estavam correndo para sair. Elle e Chloe continuaram paradas, esperando os corredores esvaziarem. Elas estavam sendo extremamente cuidadosas, pois, agora sendo duas, seu alvo era maior.

― Você vai vir e passar a noite na minha casa durante o recesso, certo? ― Perguntou Elle. Um... Rindo, Elle podia ver que ela estava pensando. ― Da próxima vez, podemos ficar a noite toda assistindo filmes. Nós só vamos virar a noite, por isso não há necessidade de dormir. Os lábios de Chloe viraram num sorriso. ― Ok, fechado. ― Eu acho que deve estar bom agora. Ambas recolheram suas coisas e aventuraram-se para o corredor. Chloe seguiu um passo atrás dela e mesmo que os corredores estivessem praticamente vazios, ela ainda manteve a cabeça em direção ao chão. A aula de ciências era na parte de trás da escola, então elas tinham uma boa distância a percorrer e Chloe não queria correr o risco de alguém zombando de seu rosto na última hora da saída. Elas estavam ficando mais perto da frente da escola e só tinha uma curva à esquerda para sair das salas. Quando Elle tomou a curva acentuada em primeiro lugar, Chloe ouviu o enorme golpe que enviou Elle voando para o chão. Enquanto ela segurava o nariz, o sangue começou a escorrer pela mão e no rosto. Chloe sentiu cada músculo de seu corpo congelar enquanto olhava para a expressão torcida no rosto de Sebastian, com um grande livro de biologia em suas mãos. Sua boca caiu aberta para gritar, mas uma mão fria apareceu nos seus lábios, mantendo-a em silêncio. A voz do diabo sussurrou em seu ouvido: ― Fique quieta, menininha. Arrepios correram por sua espinha enquanto esperava a sua vez da ira de Sebastian. Ela sabia que deveria se mover, correr e pedir ajuda. Ela podia sentir alguma coisa profunda dentro de si, gritando para ela fazer exatamente isso. No entanto, era como se as mãos do diabo estivessem mantendo-a imóvel. Ela podia senti-las agarrando-lhe os pulsos. ― Você precisa manter seus olhos para si mesmo, puta. A camisa de Elle estava ficando cada vez mais manchada de vermelho a cada segundo.

― Eu não ia dizer nada. Não me importo com o que você faz. ― Que porra é essa que você acabou de me dizer? Você não se importa com o que eu faço? ― Sebastian foi para esmagar o livro em Elle, mas ela cobriu a cabeça bem a tempo. O livro bateu em seu braço, com força suficiente para ouvir uma pequena rachadura. ― Mantenha a boca fechada, porra e você também. ― Ele olhou para Chloe e levantou o livro novamente. As mãos invisíveis algemaram seus pulsos com mais segurança, fazendo lágrimas transbordarem de seus olhos. ― Ou só vai doer mais. Elle agarrou a perna de Sebastian. ― Não...! ― Você não me diga não. ― Sebastian ergueu o livro de volta para Elle novamente, dando-lhe tempo suficiente apenas para cobrir a cabeça. Ele bateu o livro no mesmo braço, mas desta vez, o estalo foi muito mais alto, solidificando uma quebra. Um olhar complacente atravessou seu rosto quando ele saiu. ― Você é sortuda, menina ― Ele sussurrou antes das mãos invisíveis desaparecerem lentamente. ― Chloe...? Chloe, você está bem? ― A voz de dor de Elle finalmente tocou seus ouvidos. Piscando as lágrimas em seus olhos que escorriam em suas bochechas, fazendo suas cicatrizes vermelhas brilhantes, ela olhou para Elle. Ela foi capaz de ver a destruição que Sebastian causou, mais uma vez. ― Eu-eu s-muito. Eu t-tentei que... ― Ela começou a tremer violentamente. ― Eu sei que você tentou. ― Elle lentamente se levantou do chão, com cuidado para não colocar qualquer pressão sobre o membro ferido. ― Eu ficarei bem. Ela enxugou as lágrimas do seu rosto quando Elle fez o mesmo e, em seguida, olhou em volta, esperando alguém para vir ajudar. Elle usou o seu capuz preto para limpar um pouco do sangue no rosto.

― Ninguém está vindo. ― Então ela fechou o resto de seu moletom com capuz para cobrir sua camisa manchada de sangue e colocar a blusa usando o braço bom. ― Ninguém se importa. Olhando em volta, mais uma vez, parecia que os corredores estiveram desertos anos atrás. Ela está certa; eu mesma não podia nem me importar o suficiente para ajudála. As lágrimas turvaram sua visão novamente, mas ela tentou o seu melhor para recolhe-las. ― Por que ele fez isso? Segurando o braço quebrado no peito, Elle estremeceu. ― Quando saí da aula, eu o vi comprar maconha de um sênior nos corredores. Eu pensei que virei minha cabeça rápido o suficiente, mas acho que não. Foi por isso que ela não tinha ideia do porquê ele ficou chateado e por que ele queria que elas mantivessem a boca fechada. Ela sempre manteve a cabeça no chão, de modo que ela nunca percebeu o que se passava nos corredores e não viu os rostos daqueles que a chamaram de aberração. Chloe pegou a mochila de Elle do chão e colocou-a em seu ombro com sua própria mochila. ― Vamos. Vou a pé para o hospital com você. O hospital estava, felizmente, apenas uma rua da escola. ― Mas a sua mãe não está esperando para buscá-la lá fora? ― Perguntou Elle. ― Não, ela está sempre com uma hora de atraso. Vou mandar um texto a ela para me buscar lá em cima. Elle assentiu. ― Vou ligar para minha mãe e dizer-lhe quando chegarmos lá, que o meu último jogo de futebol de salão não foi tão bem. Foi errado para elas rirem com disso, mas as duas tiveram que ter alguma ideia sobre a situação, de alguma forma. Andando pelo resto da escola, Chloe notou como os professores viraram a cabeça ou se esconderam em uma sala enquanto elas passavam. Houve um fato que

Cassandra e Sebastian Ross deixaram claro para toda a escola no primeiro momento em que atravessaram as portas e era que o seu pai tinha canalizado um bom dinheiro de doação para a escola. O diretor e os professores ficariam longe do assassinato de Elle Buchanan por um milhão de dólares. O espancamento de uma menina, cujos pais não podiam pagar para doar um centavo, veio a um preço muito mais barato. Ninguém nunca fodeu com os Ross e ninguém nunca faria, porque os Ross eram uma das famílias mais ricas de Kansas City, se não a mais rica. ― Por que você fez isso? ― Chloe perguntou calmamente a ela. ― Fazer o que? ― Impedi-lo de me bater. Elle esperou até que elas alcançaram a liberdade fora da escola, antes de falar. ― Eu não tenho sido capaz de dormir desde quando você me contou e eu estou esperando agora que eu seja capaz de descansar uma noite, sem ter meus próprios pesadelos do que aconteceu com você.

Treze

Que deus me ajude Olhando para seu novo quarto, em sua nova casa, deveria ter trazido paz a ela, por começar de novo no Ano Novo. Não o fez. Só solidificou o que perdeu e agora, acrescentou a casa que ela cresceu a essa lista. Uma batida na porta veio um momento antes da porta se abrir. ― Pronta? ― Perguntou o pai. Torcendo as mãos, ela tentou dar-lhe mais uma chance. ― Você não pode dizer-lhes que eu estou doente? A porta abriu até o fim quando seu pai entrou no quarto. ― Não. Consiga, ficar sob a porra dos holofotes. Agora vamos. Sentindo o perigo iminente em seu estômago, ela se levantou e ajeitou o vestido preto que sua mãe escolheu, com mangas compridas para encobrir o verdadeiro show de horrores que ela era. ― Lembre-se, nada dessa besteira de germofóbica. Engula isso e finja que gosta quando eles apertarem sua mão. Você me entende? Solenemente, ela balançou a cabeça. ― E tente não gaguejar ― acrescentou asperamente. ― Sim, pai. Quando Maxwell estava satisfeito, ele abriu a porta para que saíssem. Andando pela casa, ela sentiu a bile no estômago começar a subir. A cidade gostava de chamá-la de “a pequena casa branca”, mas para ela, parecia que era o oposto. Tudo era tão branco, frio e vazio que a fazia se sentir como se estivesse trancada em um asilo de loucos.

Eu estou... e as pessoas que estavam a segurando como sua refém lá, certamente a fez sentir-se como se ela fosse classificada como louca. Ouvindo a comoção se aproximar, ela queria voltar. No entanto, seu pai foi um passo atrás dela, observando cada movimento seu. Ela não tinha outra opção a não ser enfrentar o que estava por vir. Chegando à sala, ela viu que havia equipes de TV e câmeras preenchendo o espaço. Novamente, se não fosse por seu pai atrás dela, ela não poderia ter feito isso, sentou ao lado da mãe. A cerimônia começou em poucos minutos. Um homem entregou uma Bíblia para sua mãe e ela observou quando seu pai colocou a mão sobre ela. ― Juro, solenemente, que vou defender a Constituição dos Estados Unidos, a Constituição e as leis do Estado de Missouri e as leis e ordenanças da cidade de Kansas City, Missouri e que eu vou, com o melhor da minha capacidade, desempenhar fielmente as funções do cargo de prefeito na cidade de Kansas City, Missouri, durante a minha duração nele. ― Maxwell fez uma pausa por apenas um momento. ― Que Deus me ajude. Naquele momento, Chloe tentou o seu melhor para sorrir ao lado de seus pais, quando as câmeras começaram a piscar a mil por hora. O juramento que seu pai fez acabou de solidificar a verdade do que aconteceu com ela, nunca mais vai para a luz. Maxwell alcançou com êxito tudo o que trabalhou para chegar a ser o prefeito de Kansas City e veio com um preço. O diabo veio e o feito pagar com o sangue de sua filha. Uma pequena parte dela não pensou que ele poderia fazer o juramento depois do que aconteceu naquela noite, mas ela estava errada. Maxwell acabou de varrer para debaixo do tapete e toda Kansas City nunca saberia do seu próprio demônio residido. ― Parabéns, Sr. prefeito. Outro abismo em seu estômago começou quando os apertos de mão congratulatórios começaram. ― Feliz Ano Novo, Sra. Masters. Ela deu um pequeno passo para trás. Por favor, ignore-me. A mão estendida para ela. ― Feliz Ano Novo para você também, Chloe.

Olhando para a mão estendida para ela, sua boca secou. Ela podia sentir o olhar severo de seu pai sobre ela. Ela ligeiramente levantou a mão antes de colocá-la de volta para baixo. ― Eu-eu sinto muito. Eu sou uma g-germo-fóbica. ― Ela fez questão de dizer apenas alto o suficiente para que as pessoas ouvissem e espalhassem a fofoca ou, se ela tivesse sorte, o jornal. Dessa forma, ela nunca teria que apertar a mão novamente e isso era uma vitória que precisava, sendo a filha do prefeito. A quantidade de lugares e eventos que ela seria forçada a assistir e sacudir as mãos de estranhos no futuro era algo que ela não queria pensar. A sala ficou em silêncio com as palavras dela e o foco era atraído para ela, assustando-a. As pessoas ao redor da sala, todas, pareciam que estavam examinando as cicatrizes em seu rosto e fazendo um pensamento uníssono: aberração. Ela sentiu, em seguida, a bile rastejando lentamente até sua garganta. ― De-des... desculpe-me. Correndo para fora da sala, ela podia ouvir seu pai explicando como ela estava se sentindo sob todos os holofotes. Ela podia ouvir suas palavras faladas, que eram só para ela, dizendo que ela deveria ter medo. Muito, muito medo. Conseguindo manter-se de vomitar, ela foi para o seu quarto o mais rápido que pôde e fechou a porta atrás dela. Sua respiração era pesada enquanto se afastava da porta, perguntando se ela fez a escolha certa. Havia apenas uma maneira de descobrir.

Ele tomou um gole de sua cerveja e sentou-se na cadeira, sorrindo para a tela da TV. A visão trouxe de volta os sentimentos que ele teve a última vez que a viu. Ele pensou que seu trabalho ficou lindo com ela e ele ficou satisfeito que, cada vez que ela olhasse no espelho... ela o veria. Rindo maliciosamente, ele poderia dizer, mesmo que ele não estivesse mais fisicamente machucando-a, que ela estava fodida mentalmente. ― Eu disse que só iria doer mais, menininha.

A batida forte na porta fez com que ela se escondesse debaixo das cobertas. ― Destranque esta maldita porta agora! ― Mesmo que Maxwell tivesse aprendido a se tornar um alcoólico funcional ao longo das últimas semanas, ela podia ouvir pelas bebidas e em sua voz berrando, que ele consumiu esta noite. ― Você envergonhou eu e sua mãe esta noite! O medo começou a surgir quando ele ficou em silêncio. Ela subestimou muito a ira de seu pai e ela apenas rezou para que ela fosse sobreviver. BOOM. Um corpo bateu na porta. Chloe esteve errada. Lágrimas escorriam pelo seu rosto, colocou em cima dela o travesseiro que estava agora ficando encharcado. ― Se você não abrir essa maldita porta, agora, que Deus me ajude, eu vou torná-lo pior para você. O sussurro de mãos algemou seus pulsos. “Fique quieta, menina, ou isso só vai doer mais.” Seu pai estava se tornando discípulo do diabo. O medo que sentia dentro dela rivalizava com o medo que sentira ao estar na presença do diabo. BAM. A porta se abriu e pura raiva encheu o quarto. Chloe segurou com força as cobertas enquanto ela furiosamente manteve os olhos fechados, esperando que tudo isso fosse apenas mais um pesadelo. Maxwell caminhou até sua cama. ― Que esta seja sua primeira lição. Um segundo depois, Chloe sentiu-o mais ou menos pegá-la com seu cobertor, antes que ele a jogasse do outro lado do quarto, em seguida. Ser tocada através das cobertas não queimava sua pele como teria queimado se tivesse tocado em sua carne, mas ainda doía. O cobertor amorteceu a sua queda, mas ela teve uma boa batida na cabeça contra a parede.

Sentando-se, ela viu seu pai através de lágrimas enquanto ele caminhava até ela. A visão dele fez seu sangue correr frio. ― Você vai aprender que o choro não vai ajudá-la. Estou cansado de ouvir isso. Uma lágrima final rolou por sua bochecha. Chloe não sabia disso, mas seria a última lágrima que ela derramaria. Maxwell se moveu enquanto ela fechou os olhos. Que Deus me ajude.

Quatorze

Ver sua melhor amiga transformando-se em um monstro Andar a pé até à escola após as férias de Natal deu a Chloe sentimentos contraditórios. Seu pai tinha, mentalmente, a torturado todas as noites e na noite de sua tomada de posse, ele pisou em um entalhe. Ela não chorou uma lágrima desde que percebeu que seu pai estava certo: gritar não apagaria seu passado. Chorar não faria o toque mais fácil para ela aceitar. Chorar não faria os pesadelos pararem. Chorar nunca a salvou ou fez alguma coisa mais fácil para ela. Era como se ela tivesse usado todas as suas lágrimas. Seus olhos secaram e não havia mais nada para chorar. Sim, ela foi capaz de fugir do asilo sã, mas isso não era melhor. ― Ainda uma aberração, eu vejo. ― Cassandra riu junto ao seu pequeno grupo enquanto eles passavam por razões óbvias. Mas havia uma fresta de esperança. A melhor parte sobre a sua vida estava aqui e isso era Elle. Ela perdeu muito dela e não teve a oportunidade de visitar Elle durante o recesso devido a mudança e nova posição de seu pai. Ela esperava, agora que a escola começou novamente, que a desculpa de projetos e trabalhos de casa iria ajudá-la. Surpreendentemente, ela encontrou Elle esperando na frente da escola em um dos bancos. ― Por que o seu rosto está machucado? Como ela pode dizer isso tão rápido? Chloe pensou que tinha habilmente colocado um pouco de corretivo e base para escondê-lo. ― Eu não achei que estivesse tão óbvio. ― Ela sussurrou para ela.

― Não está, mas posso dizer, porque eu tive que fazer a mesma coisa ― Elle admitiu. ― Agora, o que aconteceu? ― Eu-eu uh... tropecei novamente. Elle teve uma compreensão silenciosa de que Chloe passou por algo significativo, antes dela rapidamente se levantar e começar a ir para a escola. A última vez que andou pelos corredores, ela viu uma Elle sangrenta, então Chloe agora começou a andar diretamente atrás de Elle, usando-a como escudo. Era mais fácil para ela desta forma, olhando para os pés de Elle, seguindo logo atrás. Pelo menos ninguém vai ver a aberração da escola andando perto deles. Elas não falaram sobre suas contusões nenhuma vez durante o dia que passava e mesmo que Chloe devesse ter mentido para Elle, não havia razão. Ela sempre sabia quando ela estava mentindo. Quando ela fosse para aula de arte e Elle fosse para de saúde, ela esperava que seguissem caminhos separados, mas Elle continuou a liderar o caminho para a aula de arte. O que ela está fazendo? ― Espere aqui quando a aula acabar. Eu vou chegar aqui tão rápido quanto eu puder. ― Elle disse a ela quando chegou à sala de arte. ― É muito longe; você não deve. ― Eu vou ficar bem, é só esperar. ― Não, eu posso... ― O que você vai fazer quando Sebastian acertar um livro em seu rosto ou arrastá-la para fora, para que todos possam bater em você? Você vai ser capaz de lidar com isso? Olhando para suas mãos, ela começou a torcê-las. Ela sabia a resposta; ambas sabiam. Ela não queria dizer isso, porém. ― Vou encontrá-la aqui. ― Elle disse a ela antes que fosse arrastada pelo caminho. Andando até sua sala de aula, Chloe se sentiu derrotada. Ela queria ser forte como Elle, mas não havia nada forte nela, morreu no dia em que ela foi pega. Sentando em sua mesa, que uma vez permaneceu vazia antes de suas cicatrizes, ela olhou para a mesa que sustentava Cassandra e seus outros velhos amigos. A cadeira vazia ao lado de Cassandra era dela. Chloe foi de sentada na

mesa de garotos legais para a mesa de nunca ninguém se atreva a sentar-se, porque era onde a aberração da escola sentou. Era estranho aparecer na escola e perder cada amigo que já teve por causa da maneira que você parecia. Era ainda mais estranho perder um amigo que tinha desde o jardim de infância... ― Isso é meu! ― Chloe disse ao pequeno garoto que acabou de arrebatar o lindo livro de fotos que ela estava folheando. Quando o menino fugiu com ele, rindo, ela queria correr e dizer ao professor, mas sendo seu primeiro dia de escola, ela tinha medo que eles iriam começar a chamá-la de fofoqueira e começarem a tirar sarro dela. Ela começou a fazer beicinho para si mesma, mas uma menina loira veio e entregou o livro de imagens de volta para ela. ― Eu sinto muito. Às vezes, meu bubby1 pode ser mau. Chloe lhe deu um abraço. ― Obrigada! Você quer brincar comigo? ― Sim. ― A menininha sorriu para ela. ― Cassandra é o meu nome. Qual é o seu? ― Chloe. Em seguida, uma outra memória a bombardeou. ― Você pode acreditar que estaremos no ensino médio no próximo ano! ― Cassandra tinha praticamente gritado isso em seu ouvido, com entusiasmo. As duas sonharam com a escola por anos e tiveram conversas intermináveis sobre o dia em que finalmente poderiam participar da Legacy Prep High. ― Eu sei! Eu mal posso esperar. ― Ela sorriu, esperando que ia ser tudo o que sonhou... As memórias a fizeram perceber que não era estranho, mas triste. O relacionamento delas foi abalado quando seu pai começou a concorrer para prefeito como um candidato democrata. O pai de Cassandra, sendo um forte republicano, havia dito muitas coisas duras sobre seu pai e, eventualmente, ela acreditou que Um nome doce para a pessoa que você ama, o que você adore. O seu “boo”, ao contrário do bebê paternalista, bubby é usado apenas se você realmente ama a pessoa. 1

isso começou a afastar Cassandra. Então, quando seus sonhos se tornaram realidade de se tornar um calouro, ela podia ver que Cassandra mudou durante as férias de verão. Cassandra estava determinada a fazer suas fantasias do ensino médio ganharem vida, não importava o custo e ela queria levar Chloe com ela. Chloe não queria se tornar a garota mais popular da escola do jeito que ela queria. Cassandra queria fazer isso de maneira suja, intimidando meninas, como Elle e agora ela. Era difícil para Chloe. Ela não queria perder sua amizade em primeiro lugar. E então, quando Cassandra se tornou imprevisível, Chloe esteve com medo de entrar em seu caminho, ou pior, ser o fim de recepção. Então, agora ela concordou que era triste ver a sua, uma vez melhor amiga, como um monstro. Agora, sentada à mesa da aberração e olhando para a mesa dos garotos legais, ela não perdeu isso. Nem por um segundo. Ela sabia em seu coração que ela não pertencia a eles, quando eles tinham embarcado no “trem dos valentões”. Elas haviam se afastado por muito tempo e foi só uma questão de tempo antes que ela fosse sua próxima vítima. As cicatrizes acabaram de lhe mandar o recado. BRRRING. A porta do armário de arte se abriu e um calouro alto, loiro, que era de muito boa aparência para seu próprio bem, saiu do armário com um sorriso no rosto. Uma menina do segundo ano saiu atrás dele, um pouco embaraçada, mas não envergonhada o suficiente para limpar a boca para mostrar o que os dois estavam fazendo lá. Bem, eu espero apenas comprovar. Vincent Vitale era o sonho de cada menina e ele sabia disso também. Sua aparência, juntamente com a sua confiança, atingiu qualquer garota que ele queria na escola, mesmo as mais velhas. Ele sentou-se ao lado de um de seus melhores amigos que não era quase tão alto ou tão afortunado de aparência como ele, Amo. Amo era exatamente como você poderia pensar que um calouro seria: estranho. Olhando para trás, para a sua uma vez melhor amiga, ela desejou que as meninas se dessem bem como os meninos se davam. Eles eram simples e não poderiam se importar menos com o que seus amigos do sexo masculino parecia. Ela

tinha certeza de que, se um deles aparecessem com suas cicatrizes, o outro garoto teria pensado que era algum grue2, mas fascinante ao mesmo tempo. Observando a jovem estudante do segundo ano sentar ao lado de Cassandra, ela viu o pequeno sorriso de escárnio no rosto, mostrando a Chloe que ela estava subindo nas fileiras. Chloe pensou sobre a menina que prefere ter um braço quebrado do que a ver ferida. Ela não perdeu isso. Nem por um segundo.

Elle sentou-se na segurança de seu assento, sem fôlego de praticamente correr para sua sala de aula. Ela podia vê-lo escrito em todo o rosto de Chloe o que ela pensava. Merda, Elle achou que era a única maneira que Chloe ia sobreviver o resto do ano. Ela pensa que eu sou forte, mas eu não sou. Foi tudo uma fachada porque, no fundo, ela era uma menina assustada. No entanto, Elle tinha um limite de tempo neste lugar, enquanto Chloe era interminável. Chloe havia perguntado sobre a possibilidade de se transferir de escola ou mesmo ser educada em casa e os pais dela tinham a mandado para seu quarto durante todo o dia, sem almoço ou jantar. A areia na ampulheta de Elle já drenou até a metade e era como se a ampulheta de Chloe estivesse quebrada em um ciclo constante, a areia caindo, apenas para não encher o fundo. Foi por isso que Elle estava protegendo-a, porque assim como sua ampulheta, ela estava quebrada. Não havia nenhuma maneira de que Chloe fosse capaz de sobreviver sem ela. Ela vai quebrar, sem esperança de conserto. Mas Elle poderia, pelo menos, adiar a inevitável ou, por algum milagre, ajudar a remenda-la o suficiente para sobreviver a este lugar. Eu só espero que eu tenha tempo suficiente para consertá-la e não tenha tempo suficiente para me quebrar.

Vem do verbo Old em Inglês para "tremor" (presumivelmente a origem da palavra moderna "horrível", bem como, literalmente, "estremecer-algum"). Grues são assustadores, criaturas sinistras da série Zork, a mais antiga e mais influente dos antigos jogos de aventura baseados em texto. 2

Quinze

Tic. tac TIC. TAC. Não olhe para o relógio. Uma ampulheta está com quase nenhum tempo nela, drenando tão rapidamente, o pesadelo está quase no fim. TIC. TAC. Não olhe para o outro relógio. Esta ampulheta fica parada, quebrada e surfando com a mesma volta, o pesadelo está piorando. TIC. TAC. Não olhe para os relógios.

Dezesseis

Todas as feridas cicatrizam com o tempo Enquanto Elle sentou em sua cama, seus olhos se cansaram de estudar os números. Ela teria uma grande prova na aula de ciência de amanhã e ela realmente necessitava de um A. Uma batidinha veio da porta antes que sua mãe a abrisse. ― Elle, querida, é tarde. ― Eu tenho uma grande prova amanhã. Sua mãe entrou no quarto e sentou-se na cama em frente a ela. ― Eu notei que você está obcecada com suas notas recentemente. Você sabe que nós somos orgulhosos de você, não importa o quê e eu não quero que você se desgaste tanto. ― Eu sei. ― Elle sorriu. ― Eu só estou tentando ter certeza que eu dê o meu melhor para que eu possa manter minhas opções abertas no futuro. ― Como o que? ― Você sabe... para a faculdade e outras coisas. ― Tudo bem, querida. ― Sua mãe sorriu de volta antes que ela enfiasse a mão no bolso do robe e retirasse uma foto. ― Eu revelei algumas fotos hoje e achei que você poderia querer colocá-las em seu álbum de fotos. Olhando para a foto, os olhos de Elle foram imediatamente atraídos para Chloe. Mesmo que sua cicatriz tivesse curado um pouco desde então, você ainda poderia ver a mesma quantidade de tortura em seus olhos hoje. ― Isso foi quando ela veio pela primeira vez, para o nosso projeto de ciência.

― Sim. ― A mãe dela acariciou sua perna antes de se levantar. ― Agora descanse um pouco. Você precisa, pelo menos, estar acordada durante a prova para conseguir um A. ― Mãe ― Elle parou antes que ela pudesse fechar a porta. ― Obrigada. ― De nada, querida. Levantando-se, ela foi para a sua estante e retirou seu álbum de fotos, em seguida, colocou-o em sua cama. Elle folheou as páginas antes que ela parasse abruptamente para a imagem que Sebastian deu a ela como uma mensagem de aviso. Apesar de sua vontade de cauterizar em seu cérebro esta imagem sangrenta e com o corpo machucado, a cada dia com Chloe, ela começou a desvanecer-se. Lentamente, ela começou a colocar a foto dela e Chloe sobre esta, cobrindo a imagem hedionda e substituindo com algo bom. Passado, mas não esquecido. Olhando para a nova imagem, ela finalmente olhou para si mesma. Seu cabelo cresceu um pouco em um curto espaço de tempo e agora roçou a parte superior de seus ombros, mostrando-lhe que todas as feridas se curam com o tempo, mesmo que o tempo não estivesse ao seu lado... ― Nós vamos sobreviver ― Elle fechou o livro com um último olhar para a foto ― juntas.

Dezessete

O último grão de areia tinha caído TIC. TAC. Não olhe para o relógio. Uma ampulheta ainda estava quebrada. TIC. TAC. Olhe para o outro relógio. O último grão de areia caiu. TIC. TAC. O tempo acabou.

Dezoito

O fim ou apenas o começo Isso também era o fim ou apenas o começo para Elle. Ela havia feito a sua escolha e agora, a última peça do quebra-cabeça precisava ser adicionada. Olhando para o jornal no ônibus, ela viu todas as marcas X que ela fez sob os classificados. Havia apenas um lugar à esquerda na lista e era distante, ela não tinha certeza do que ia fazer. A parada de ônibus a fez levantar para sair e uma vez que ela estava fora do ônibus, ela começou a adivinhar a coisa toda. Centro de Kansas City não parecia ser um lugar para uma menina que recém completou quinze anos de idade, que estava sozinha. Felizmente, foi um passeio rápido para o seu destino. Elle parou para olhar para o restaurante, olhando para o luminoso. A letra D brilhava acesa e ia desligando, soletrando “Diner” ou “Iner” dependendo do momento em que olhava para ele. Ela foi capaz de olhar claramente no interior desde que parecia que não tinha nada além de janelas, revelando que era muito desatualizado e precisava de uma grande limpeza profunda. Finalmente, seus olhos pousaram na placa “Precisa-se de Ajuda”, que foi colocada na porta. Naquele momento, olhando para o sinal, um sentimento de determinação apareceu. Não importa o que, ela ia conseguir o que queria. Ela não se importava com quantas mentiras sairiam de sua boca; isso era dela. Andou até a porta, empurrou-a, dando o primeiro passo para dentro. Esse foi o momento em que ela decidiu virar as duas ampulhetas, fazendo ambas começarem novamente. O início.

Dezenove

Isso será a pré-adolescência de amo. Na adolescência, amo será um idiota Chloe foi, naturalmente, a primeira a sentar ou até mesmo a chegar à primeira aula do dia. Começando a torcer as mãos, perguntou-se por que ela tinha sequer tentado parecer bonita hoje. Sua maquiagem não poderia encobrir o fato de que ela era uma aberração e sua camiseta de mangas compridas, preta, que combinava com a calça jeans preta com perfeição, a fez parecer louca, considerando que estava quente lá fora. Preto era a única cor que achava adequada, nenhuma mais. Ela a ajudou a desaparecer em segundo plano, do jeito que ela queria e ela ainda não revelou ao mundo suas outras marcas. Por alguma razão idiota, ela esperava que, uma vez que era um novo ano, ela pudesse finalmente combinar com o plano de fundo. O resto de seus dias de escola seriam uma merda sem Elle. Ela não sabia como, ou mesmo se, ela poderia fazê-lo, mas não era uma opção. O segundo ano não seria o mesmo sem ela... Chloe não tinha nada e nem ninguém para salvá-la. Ela estava presa e marcada para morrer nesta escola. Elle, pelo menos, estava livre, o que fez uma parte de sua feliz, por uma vez. Uma de nós conseguiu sair viva. ― Você está muito bonita hoje! ― A doce voz de pé sobre ela lhe disse. Chloe odiava olhar para cima e ver quem estava prestes a tirar sarro dela. A última coisa que já recebeu foi um elogio, então ela sabia que ia se transformar em uma piada cruel. Ela quase não olhou, mas quando o fez, sua boca caiu aberta. ― P-Por que você está aqui? Você não era para estar aqui. Elle cruzou os braços com um sorriso no rosto.

― Você não me quer aqui? Total confusão veio de Chloe. ― Eu não entendo. ― Bem, eu tenho uma bolsa de estudos por causa das minhas notas, para pagar parte da minha aula e eu consegui um emprego para pagar o resto. ― Elle tomou um assento na frente dela. ― Você não parece muito feliz. Era para você estar feliz. ― Eu n-não estou. Você não merece estar aqui... por causa de mim. ― Se Chloe ainda pudesse chorar, ela tinha certeza que este seria o momento em sua vida que ela faria. Ela se odiou todo o ano passado, quando Elle era seu saco de pancadas e agora ela estava de volta aqui novamente. Chloe ainda estava muito fraca e quebrada para assumir para si mesma e sabia que tudo estava indo para acontecer de novo, não importa o quanto ela se odiasse por isso. ― É por isso que eu não lhe disse que estava voltando. Eu estava com medo que você pudesse me falar para ficar longe de alguma forma. ― Eu diria. Você está de volta. Elle riu. ― Não vai funcionar agora. Seria algo muito estranho para os meus pais e eu teria apenas que dizer-lhes a verdade sobre o que aconteceu com você e porque eu senti que era necessário voltar aqui para você. Não, não, não, não! Ela começou a sacudir a cabeça. ― É tarde demais, Chloe. Ela continuou balançando a cabeça para os lados. ― Por que você está fazendo isso? Elle se virou em sua mesa, com o rosto para frente. ― Porque você precisa de mim. ― Olhando para trás, por cima do ombro por um momento, ela revelou outra verdade: ― E eu preciso de você, também. Se Chloe fosse forte, iria balançar Elle até que ela mudasse de ideia. Mesmo assim, ela não fez. Ela só era fraca. Elle estava certa, ela precisava dela. Elle sabia que era a razão que ela não estava indo brigar com Chloe. Nunca iria esquecer o que ela fez para Elle no passado e agora, ela nunca ia se perdoar pelo o que irá acontecer com Elle no futuro.

Eu posso, honestamente, verdadeiramente, dizer que eu me odeio e sempre me odiarei. O dia parecia se arrastar pelas horas e apesar de Elle ter o mesmo horário exato que ela, não haviam dito uma palavra uma a outra. Chloe estava muito chateada. Ela sabia o que isso significaria para sua melhor amiga e ela estava de coração partido. Quando o sinal do almoço tocou, elas foram para a fila mais curta do Sloppy Joes. Elle chegou à senhora do almoço em primeiro lugar, dando-lhe o número do almoço. ― Você tem uma pendência do ano passado em sua conta. Você precisa pagar isso se você pretende comer na próxima semana. Agora se mexa. ― A senhora do almoço enxotou-a para longe, não querendo dar-lhe um minuto do seu dia. Chloe estava tão surpresa quanto Elle com a atitude da senhora do almoço, ela deu seu próprio número de almoço para a senhora. ― Você deve se transferir depois desta semana, apenas para assassiná-la. ― Chloe disse a Elle quando elas tomaram seus lugares à mesa do ano passado. Elle deu uma risada antes de se sentar. ― Por mais que eu gostaria de irritá-la, isso não vai acontecer. Eu fiz a minha escolha e eu vou ficar aqui. ― Bem, então eu espero que você deixe todas as suas aulas. ― Ah, obrigada, eu agradeço. ― Elle retorquiu, enquanto segurava a mão sobre o coração. Ela deu um sorriso a Elle. ― De nada. ― Ambas riram por um minuto, em seguida, começaram a comer o que ninguém mais queria. ― Quem contratou uma menina de quinze anos de idade, de qualquer maneira? ― Ninguém. ― Elle ingeriu o alimento que estava em sua boca. ― Uma lanchonete contratou uma de dezesseis anos de idade. Chloe piscou os olhos algumas vezes, o que ela acabou de digerir. ― Como no mundo você conseguiu acabar com isso! ― Fácil. É um restaurante de baixa qualidade e eles precisavam de uma garçonete urgente, que eles me contrataram na hora, porque uma garçonete acabou de sair. Me colocaram para trabalhar naquela noite e tudo.

― O que seus pais disseram? Elle deu outra mordida na comida, tentando desiludi-la da questão antes que ela finalmente cedeu. ― Bem, eles acham que eu trabalho na Magics Cupcakes, nos subúrbios. ― Oh, meu Deus. ― Chloe olhou para ela como se ela fosse um monstro. ― Você apenas coleta prêmios para todas as mentiras que conseguem falar? Elle deu de ombros. ― Possivelmente. As duas haviam perdido muito uma da outra durante o verão e foi um prazer de se reencontrar e estar na presença uma da outra novamente. Chloe passou a noite na casa de Elle um par de vezes, mas não tanto quanto elas gostariam, devido aos seus pais. Parando com a comida na metade do caminho para boca, Elle quase caiu no chão. ― Oh, meu Deus, quem é esse? Olhando para trás, Chloe viu um extremamente alto e muito bem construído adolescente que andava pela cafeteria, antes dela rapidamente virar a cabeça de volta. ― Eu não sei. Talvez ele seja um transferido. Ele parece ser mais velho. Ela continuou a se embasbacar com ele antes de seus olhos ficarem grandes. ― De jeito nenhum. Veja! Eu acho que é Amo! ― O que? Não, é... ― Ela parou no meio da frase quando ela olhou para trás para vê-lo sentado exatamente no mesmo local onde Amo esteve no ano passado, na mesa onde seus melhores amigos Vincent e Nero se sentaram. Vincent era o loiro bonito, mas Nero era como se fosse o líder do grupo e a perfeição, com o cabelo escuro e pele bronzeada, juntamente com seus penetrantes olhos verdes. Ele e Vincent conseguiram todas as meninas babando atrás deles no ano passado, enquanto Amo era apenas um adolescente normal, estranho. Mas agora, ele estava irreconhecível. Elle ainda tinha que mover os olhos dele, assim como todas as outras meninas no refeitório. ― Nossa, parece que ele começou a comer anabolizantes no café da manhã.

Chloe praticamente riu sobre seu sanduiche. Aposto que ele vai dar a Nero e Vincent uma grande disputa, agora. ― Merda, ele passou de cerca de três ou quatro para um sólido dez muito rapidamente. Definitivamente uma grande disputa. ― Você não acha? ― Elle perguntou, ainda sem mover os olhos de Amo uma vez sequer. Chloe deu de ombros. ― É, ele parece bem. Elle finalmente mudou seu olhar para Chloe como se tivesse sido atingida. ― Certo! Como? — Eu acho que o Nero tem a melhor aparência, na minha opinião. ― Ela disse o assunto com naturalidade. Elle prendeu a gargalhada. ― Pena que o seu ego seja tão grande quanto o de Amo, o que torna Nero um zero em cada dez. ― Nós estávamos no ranking de aparência, não de personalidade. Se estivéssemos no ranking de personalidade, então eles seriam todos zeros e Vincent iria arredondar para um negativo. ― O que há de errado com a personalidade do Amo? Ele nunca realmente fez nada. Ele fez para mim... Mas Chloe decidiu manter essa informação para si mesma. ― E isso era a pré-adolescência de Amo. Na adolescência, Amo será um idiota como eles. Quero dizer, vamos lá, ele parece assustador agora. ― Chloe virou a cabeça para trás para olhar para ele por um momento. ― Como uma besta.

Vinte

Dias Atuais

Quando o pesadelo terminou e Chloe voltou a si, ela se viu segurando a jaqueta em seus braços, em desespero. Rapidamente, ela foi enxugar as lágrimas que escaparam durante suas lembranças, mas não havia nenhuma. Foi apenas sua imaginação. Lágrimas não caíram pelo seu rosto em anos. No entanto, ela ainda podia senti-las derramando de seus olhos e pelo rosto, naquela noite, como se fossem reais. Agora elas não eram nada, apenas lágrimas fantasmas. Com as pálpebras mais pesadas a cada segundo, ela se deitou em sua cama. Não foi até que ela se aconchegou no tecido e inalou o cheiro de Amo, que ela percebeu que estava usando o casaco como se fosse seu cobertor. Não só isso, mas ela ainda não deixou a jaqueta de Amo desde o momento que ele a colocou sobre os seus ombros mais cedo naquela noite. Puxando-a firmemente em torno dela, ela teve uma sensação estranha vindo para ela que não conseguia entender nem perceber o que era. Era algo que não sentia há muito tempo, porque não era de uma natureza maligna. Era um sentimento de contentamento, de segurança e de conforto, fazendo-a sentir como se ela pudesse dormir... por uma vez sem os pesadelos... sem o diabo assombrando... ... Só... dormir, sentindo... ... ... ... Amor...

Vinte e Um

Voltando mais uma vez Último Ano

Chloe não conseguiu um pingo de sono na noite anterior e olhando para o seu reflexo no espelho, ela podia dizer. Seus olhos cinzentos pareciam exaustos e sua pele estava ainda mais pálida do que o habitual. Para dizer isso simplesmente, ela parecia áspera e ela duvidava altamente que maquiagem ia ajudar. Ela estava começando a se sentir mal do estômago, pensando em voltar mais uma vez para a escola. Depois de passar por isso por três anos e meio, você pensaria que ela aceitou, mas isso não aconteceu. Ao ouvir a palavra “aberração”, ainda era tão doloroso como era a primeira vez que ouviu sair da boca de Cassandra. A única razão que ela sobreviveu tanto tempo, foi por causa de Elle e ela sabia disso. Chloe ainda tinha que se perdoar que Elle ainda continuou no Legacy Prep High por causa dela. Na verdade, ela ainda se odiava por isso até hoje. Isso só ficou pior para Elle desde que ela decidiu ficar. Alguns dos estudantes haviam descoberto que ela trabalhava no restaurante e, desde então, ela era “dotada” de um novo nome: garçonete. Cassandra e Sebastian tiveram um dia de campo quando descobriram e foram até o restaurante apenas para que ela pudesse servi-los enquanto eles a tratavam como lixo. Muitas vezes, Chloe implorou a Elle para sair e simplesmente esquecê-la, mas ela não poderia. Chloe estava presa e, às vezes, ela se questionava se isso tudo valeria a pena, mas Elle nunca iria deixá-la desistir. Consequentemente, todos os dias, ela iria se levantar e enfrentar seus demônios ao lado de Elle.

Estamos tão perto. Não ouse desistir agora. Elas tinham apenas um semestre do ensino médio e hoje era seu primeiro dia de volta do feriado de Natal. Apenas um semestre situava-se entre elas e a faculdade. Chloe estava indo para uma faculdade tão longe quanto possível e ela esperava que Elle fosse com ela. Ela não tinha nada aqui para e queria colocar sua família, as pessoas e os lugares de Kansas City para trás. Chloe olhou para o reflexo dela, olhando para a cicatriz profunda que ela ainda carregava. Para sempre.

Se ela e Elle pudessem manter suas cabeças para baixo até o final do semestre, então, elas sairiam do inferno vivas. Olhando para a comida de Elle por todo o piso da cafeteria, a congelou em seu no lugar. ― Vá em frente, limpe-o, garçonete ― disse Cassandra à Elle depois de ter empurrado a comida de Elle fora da mesa. A cafeteria esteve tranquila, todos querendo saber o que Elle iria fazer. Chloe se perguntou como Elle iria responder, também, mas ela não respondeu. Em vez disso, era como se ela ignorasse Cassandra. O pânico começou a definir e Chloe começou a perceber que isso não ia acabar bem. ― Puta, eu sei que você me ouviu. Ela tentou se mover para longe quando Cassandra agarrou o prato e segurou-a acima de sua cabeça, mas as duas cópias carbonos de Cassandra, as melhores amigas, vieram para ficar em ambos os lados dela. Chloe sentou-se instantaneamente com medo delas tocarem-na para forçá-la a se sentar. A voz alta de Cassandra tocou em seu ouvido: ― Limpe a bagunça como é devido uma garçonete fazer, ou a pequena aberração terá sua própria bagunça para limpar. Chloe começou torcendo as mãos, fazendo as unhas cavar fundo nas palmas, sempre se projeta com um pouco de dor, para ajudar a se livrar do terror.

Quando Sebastian bateu no rosto Elle com uma toalhinha, Elle olhou para Chloe antes de começar a limpar a bagunça. Demorou muito para ela chegar ao chão na frente de todo o refeitório para limpá-lo, mas ela era apoiada em um canto e só queria chegar a Chloe sem qualquer dano que vem com ela. Elle limpou rapidamente, não desperdiçou qualquer momento. ― Vamos, Chloe. Vamos. Vendo a ultrapassagem de Elle, foi o que deu a ela motivo para parar de torcer as mãos. ― Desculpe, você perdeu um ponto. ― Cassandra começou a pender a placa sobre a cabeça de Chloe. Sem sequer pensar, Elle bateu no prato tão rápido quanto podia, fazendo o conteúdo cobrir Cassandra. Um grito alto saiu no topo de seus pulmões quando os alunos gargalharam ou ficaram quietos em completo choque. ― Sua puta! Você fez isso. O sangue nas veias de Chloe ficou frio e seu corpo começou a preparar-se para a tempestade que iria vir. Quando ela sentiu o puxão de Elle em sua camisa, ela levantou da mesa o suficiente para correr para a porta. Chegando à porta, elas descobriram que estava bloqueada pelo seu professor de Inglês do primeiro ano, o Sr. Evans. Que foi para elas. Não havia nenhum lugar para se esconder e não havia maneira de... ― Elle, Chloe, voltem para a aula ― disse Evans com uma voz assustadoramente calma. Sem perder um único momento, elas apressaram-se, ouvindo uma trilha da voz do Sr. Evans, quando deixaram o refeitório. ― Senhorita Ross, limpe a bagunça que acabou de fazer. Eu não posso ter outros estudantes pensando que podem fugir com isso, posso? Ah, e quando tiver terminado, me encontre no gabinete do vice-diretor... Tantos pensamentos começaram a girar na cabeça de Chloe enquanto se dirigiam para a sala de aula de espanhol. Nunca Cassandra era contestada assim, muito menos envergonhada por toda a escola.

Não há nenhuma maneira de sobrevivermos depois disso. Ela não vai nos deixar. ― Eu sinto muito, Chloe. Foi apenas uma reação. Eu não queria que ela derramasse aquilo sobre você. ― Elle disse a ela quando chegaram com segurança na sala de aula. Foi difícil para ela recuperar o fôlego, apenas por pensar sobre os planos que Cassandra teria para elas. ― Eu sei, mas o que vamos fazer? Ela vai nos matar. Você sabe disso. ― Eu não tenho ideia. Alguma sugestão? ― Elle perguntou-lhe quando se sentou e deixou cair a cabeça sobre a mesa. ― Sim, nós podemos considerar altamente o abandono escolar. ― Chloe não podia acreditar como tudo desmoronou no primeiro dia de volta. Tudo o que elas enfrentaram antes com Cassandra, ia ser brincadeira de criança comparado com agora. Tudo o que ela queria fazer era manter a cabeça para baixo para que elas pudessem sair. Estávamos tão perto.

Vinte e Dois

Uma palavra: f.o.d.i.d.o.s.

Chloe sentou-se na parte de trás de sua sala de aula, sozinha e com medo. Infelizmente, a última aula do dia, Elle e Chloe estavam separadas, assim como era no primeiro ano. Exceto que dessa vez, Chloe iria para aula de saúde e Elle iria para aula de artes. Na verdade, este último semestre do último ano estava tomando um rumo para o pior e estava dando a ela um déjà-vu. ― Espere em sua mesa quando o sinal tocar. Eu estarei de volta para você. Eu prometo que serei a primeira a sair no corredor. ― Elle disse a ela quando a deixou na classe de saúde. Perigo iminente para ela. ― Hum, bem, eu não vou sair do meu lugar. ― Bom. Eu vou te ver daqui a pouco. ― Tenha cuidado, Elle. Ela odiava isso. Ela sabia que Elle parecia forte e normalmente era tão forte, mas ela podia ver desta vez, o brilho de medo em seus olhos quando ela se afastou dela, com pressa para chegar a sua sala de aula. Chloe só esperava que ela voltasse para ela sem nenhum dano. Pensando bem, Chloe poderia dizer honestamente que o primeiro ano era o pior, não só quando se trata de sua vida, mas o bullying. Suas cicatrizes eram mais recentes então e Cassandra tentou de tudo para se encaixar em estar no topo da cadeia alimentar. Sim, Elle tomou o peso disso e ela não achava que poderia levá-lo novamente se isso ficasse sério como na primeira vez. Ou mesmo cruel...

Incapaz de recuperar o fôlego, Chloe sentou-se atrás dos armários, agarrando a tesoura nas mãos. Não tendo nenhuma ideia de como chegou tão longe ou até mesmo como ela chegou nesta posição, ela só queria desaparecer. Tudo aconteceu tão rápido, quando Cassandra colocou a tesoura nas mãos. Ela nem sabia por que fez isso ou o que a levou a isso. Então, antes que ela percebesse, Cassandra estava brigando com uma garota chamada Elle. Tudo apagado por ela até que ela ouviu a voz de Cassandra: ― Chloe, dê para mim. ― Juntando um pouco de coragem, ela colocou a tesoura atrás das costas e planejava dizer a Cassandra que já era o suficiente. No entanto, quando viu a cena diante dela, qualquer coragem que ela teve, rapidamente evaporou. Elle estava no chão, rosto para baixo e com Cassandra em cima dela. Com a ajuda de suas novas amigas, Stacy e Stephanie, segurando seus braços, não era preciso muita luta para mantê-la no lugar. Um filete de sangue começou a escorrer pelo rosto de Elle. Ao que parece, ela bateu a cabeça no banco do vestiário quando caiu. Tudo o que ela poderia esperar de sua melhor amiga desde o jardim de infância não era isso. Na verdade, esta era a primeira vez que ela testemunhou esse lado dela. ― Chloe, me dê! ― Cassandra repetiu, sentindo sua relutância. Lentamente, ela revelou a tesoura. Olhando para elas, ela estava preparandose para lhes dizer que não. ― Você não quer ser como ela, quer? ― Atordoada, foi a única maneira de entregar a ela, quando essas palavras saíram de sua boca. E, olhando nos olhos de Cassandra, Chloe acreditou nela. Os olhos de Cassandra mostraram como ela estava comprometida em ser a garota mais popular da escola. Era quase como se ela estivesse desafiando Chloe a entrar em seu caminho. Assustada com o que sua melhor amiga havia se tornado, Chloe balançou a cabeça e segurou

a tesoura antes

de Cassandra duramente pegar dela.

Arrependimento instantâneo a encheu quando o metal não a tocou na pele e ela começou a orar para que Cassandra fosse apenas assustá-la. ― Agora, cadela, pense novamente na próxima vez que você virar as costas para mim.

Chloe observou em choque quando Cassandra pegou o rabo de cavalo de Elle na outra mão e começou a cortá-lo. Ouvindo Elle chorar quando Cassandra cortou tudo, as lágrimas começaram a transbordar em seus próprios olhos. O que foi que eu fiz? Foi a única coisa que passou pela sua mente. ― Uma garota como você não precisa de cabelos longos, um cabelo bonito como este, de qualquer maneira. ― Disse Cassandra a Elle enquanto acenava o rabo de cavalo de Elle na cara dela. Sentando-se, quando a soltaram, Elle começou a chorar em suas pernas, segurando-as firmemente na frente dela. Chloe mal conseguia aguentar quando Elle olhou para ela com um corte de cabelo agora massacrado e lágrimas. ― Desculpe ― ela conseguiu sair em silêncio, sem quebrar na frente dela. Saindo do vestiário atrás de sua melhor amiga e deixando Elle lá no chão chorando assim, foi a coisa mais difícil que ela já fez até aquele momento de sua vida. Eu sinto muito, Elle... Pelo pouco que Chloe sabia, ela ia deixar Elle em uma condição muito pior apenas algumas curtas semanas mais tarde, atrás da escola. Ela odiava o papel que ela desempenhou naquele dia, no entanto e ela ainda pediu desculpas a ela toda vez que ela percebia o quanto seus cabelos loiros morango estavam crescendo. O comprimento foi totalmente devolvido a ela e Chloe percebeu quão protetora que ela se tornou com seu cabelo, nem mesmo querendo aparar um pouco. Cassandra era puro mal daquele momento para a frente, junto com seu irmão Sebastian e depois do que aconteceu no refeitório, eles eram uma palavra: F.O.D.I.D.O.S. BRRRING. Observando os alunos rapidamente saírem da sala para ir para casa, ela esperou ansiosamente por Elle retornar com segurança. No entanto, ela não estava esperando que o Sr. Evans fosse o único a entrar na sala de aula primeiro. Tomando um assento em uma das mesas em frente a ela, parecia que ele estava quase cuidadoso sobre isso. Ao vê-lo mais perto do que normalmente via, ela podia dizer o porquê quase todas as meninas na escola estavam secretamente apaixonadas por ele. Ele

certamente não se parecia com qualquer outro professor aqui com o seu curto e bem cortado cabelo loiro sujo e barba. Seus olhos correspondiam perfeitamente, parecendo quase dourados. Sem mencionar que ele era claramente encorpado sob suas roupas impecáveis. ― Você não vai fugir para a porta para sair? ― Perguntou o Sr. Evans, tirando-a de seus pensamentos. ― N-não, eu-eu... ― Você está abalada depois do que aconteceu mais cedo? Oh, meu Deus. Chloe colocou as mãos no rosto, não querendo falar sobre isso com ele. A última coisa que ela queria era abrir a boca sobre Cassandra. Veja, Sr. Evans era novo este ano e não tinha ideia de como esta escola funcionava ainda. Os Ross são praticamente dono desta escola e os professores olharam para o outro lado quando ela veio para eles. Como resultado, falar sobre isso com ele só iria trazer mais perigo para ela. Ela precisava pensar em uma saída rapidamente. Elle entrou abruptamente na sala, preocupação evidente em sua voz. ― Chloe, você está bem? ― Sim, eu estou bem, El! ― Ela olhou para cima e seus olhos ficaram tão largos quanto seu estômago. Elle tinha algo derramado sobre todas as suas roupas. ― Você está bem? O que aconteceu? ― Ficando em pé, ela foi até ela. Elle olhou para o Sr. Evans. ― Hum, eu acidentalmente derramei tinta sobre mim mesma em artes. Vocês estão falando sobre o que? ― Eu só estava passando e vi Chloe aqui sozinha, então eu estava certificando-me de que tudo estava bem. Normalmente,

os garotos

estão

praticamente com um pé fora da porta antes que o último sinal toque. ― Sim, eu sei o que quer dizer. Ela é a minha carona e eu simplesmente disse a ela que iria encontrá-la aqui. ― Elle disse a ele enquanto caminhava em direção a eles. ― Porque se encontrar aqui em cima e não na sua aula de arte? A sala de arte é perto da porta de fora da escola ― Ele perguntou, curioso, mas por sua expressão, parecia que ele já sabia.

― Eu acho que nós não pensamos nisso. Vejo você na parte da manhã, Sr. Evans. Vamos, Chloe; eu preciso me arrumar para o trabalho. Sentindo-se muito desconfortável para onde essa conversa estava indo, ela alegremente seguiu Elle para fora. Quando o Sr. Evans decidiu se despedir, Elle parou para olhar para ele. ― Elle, se você precisar conversar, sabe onde me encontrar. Tente ser mais cuidadosa em arte. Da próxima vez, pode não ser tinta que derrame. Um calafrio tocou a pele de Chloe com sua advertência. ― Tenha uma boa tarde, Sr. Evans. ― Elle disse-lhe enquanto finalmente deixavam a sala de aula desta vez. Ela esperou até que chegaram ao lado de fora para falar. ― Então, quem derramou a tinta? E caramba, em toda a sua roupa. Essa era a minha favorita em você. ― Ela realmente era. A camiseta branca grande e seu jeans realmente trouxe luz para sua pele bronzeada e seus grandes olhos azuis. O armário de Elle não era apenas limitado em quantidade, mas também em qualidade. Ela comprava a maioria de suas roupas no Brechó local, mas você nunca iria saber. Apenas os estudantes aqui se importavam, porque a única coisa que importava para eles era como as roupas que eles usavam eram caras. ― Uma das ajudantes de Cassandra. ― Imediatamente, ela sabia que era uma de suas cópias carbono: Stephanie ou Stacy. Elas tinham, definitivamente, a substituído como BFF de Cassandra. Ela notou que Stephanie estava aconchegada com ninguém menos que Nero, é claro. ― Qual delas? Elas podiam ouvir Stephanie e Nero falando quando chegaram ao estacionamento da escola. ― Nero, você se importaria em me dar uma carona para casa? Eu vim com Cassandra esta manhã ― Disse Stephanie excessivamente doce enquanto ela se inclinava contra seu Cadillac. Nero rapidamente a olhou de cima a baixo, pensando no que fazer. ― Sem problemas, querida. Leo, vamos lá! Um menino loiro bonito correu para seu carro. Ele era claramente um calouro e, obviamente, irmão mais novo de Nero. ― Banco de trás, Leo ― Nero disse a ele antes de todos entrarem.

Finalmente, Elle respondeu a ela, parecendo distraída pelo que estava acontecendo entre os dois. ― Não, a outra. ― Stacy. Destravando as portas do BMW que seu pai havia lhe dado no momento em que ela poderia dirigir, elas começaram a subir. O carro era definitivamente mais um presente para seus pais, do que para ela. Eles odiavam leva-la em algum lugar e pensavam nela como um incômodo. A única razão que foi um BMW, era porque seu pai ainda era prefeito da cidade e ele se preocupava com sua “imagem”. Seus pais não estavam prestes a deixar sua filha única em um carro de merda, apesar do fato de que eles odiavam vê-la. ― Elle, tem algo errado? Você está agindo estranha hoje. ― Ela estava começando a se preocupar. Elas precisavam manter a cabeça para baixo e Elle estava fazendo o oposto. ― Eu estou bem, Chloe. Acho que estou ficando cansada dessa mesma merda todos os dias. ― Ela parecia ter conseguido mais atitude, também. ― Ouça, Elle, você não tem que ficar. Você está livre para ir. Se seus pais descobrirem como você é tratada aqui, eles não te deixariam vir. ― Eu não estou deixando você, Chloe. Eu já disse isso mil vezes. ― Ela olhou para Chloe com bondade nos olhos, deixando-a saber que ela ainda não estava mudando de opinião. Desviando o olhar, ela olhou para o volante. ― Bem, nós temos sobrevivido todo esse tempo por não nos metermos com eles. Eu não sou como você, Elle. ― Tudo bem, Chloe. Eu não vou revidar. Eu prometo. Por alguma razão, mesmo que Elle fosse uma grande mentirosa, Chloe não acreditou plenamente em suas palavras, então ela tentou fazê-la entender. ― Lutar não resolve nada, Elle. Você sabe disso. ― Ligando o carro, ela começou a sair. Só faria Cassandra matá-las mais rápido. Seria uma merda para pagar amanhã e ela e Elle estavam na fila.

Vinte e Três

Eu vou fazer você se arrepender, querida Em um movimento rápido, ele enfiou a ponta da pá na terra dura recém cavada, então ele se levantou e ficou ereto. Limpando o suor da testa com a camisa manchada de sangue, ele foi capaz de fazer uma pausa um momento antes que ele saísse, usando o monte de terra que ele tinha habilmente retirado e colocado para fora do buraco de 2mx2m. Depois que ele saiu e olhou para sua obra-prima, ele pensou que definitivamente parecia muito diferente daqui de cima do que parecia lá em baixo. Indo para a forma envolta em um lençol escuro, ele chutou até que ele se virou, caindo no que parecia ser um abismo. Você poderia sempre ouvir quando ele batia no fundo com um baque forte e isso nunca deixou de trazer um sorriso para o rosto dele. Puxando seus cigarros e isqueiro para fora do seu jeans coberto de sujeira, ele sentou-se na borda antes de colocar um cigarro entre os dentes. Do nada, o isqueiro veio à vida com um movimento do seu pulso e ele acendeu a ponta, tomando uma longa e profunda tragada. Ele sabia que não deveria fazer uma pausa para fumar, mas era um cemitério, apesar de tudo. Na metade do seu cigarro, seu telefone começou a vibrar e mesmo que ele não tenha reconhecido número, ele tinha um bom palpite de quem era. Uma voz feminina e sexy veio do outro lado. ― É Lucca? — Sorrindo, ele exalou a fumaça que encheu sua boca. ― Sim, querida, é. ― O que você está fazendo? ― Ela riu.

Levantando-se, Lucca sabia que era a loira gostosa que ele passou o seu número no início da noite, ia ser fácil. ― Fumando ― ele respondeu, iniciando a escalada fácil para seu monte de terra. ― E perguntando-me quando você iria decidir me ligar. Ela fingiu estar chocada com sua resposta. ― Eu acho que você não está ocupado, então? No fundo, ele podia ver a forma que eles brincaram mais cedo. O lençol revelou uma cara fria e sangrenta com uma bala entre os olhos. ― De modo nenhum. ― Posso encontrá-lo em uma hora, então? Lucca inalou, fazendo o cigarro iluminar sua aparência robusta. ― Isso depende de quão selvagem você gosta de ser fodida. O telefone ficou mudo e sua voz voltou, praticamente gemendo. ― O mais selvagem que você possa fazer. ― Eu vou fazer você se arrepender, querida ― ele advertiu. Se ela não estava gemendo antes, ela estava definitivamente gemendo agora. ― Não, você não vai. ― Uma hora ― ele disse a ela antes de terminar a ligação. Iria ser um pouco mais de uma hora antes que ele pudesse chegar até ela, mas fazendo-a esperar por ele era metade da diversão. Dando-lhe um aviso de que ela iria se arrepender foi o mais legal que ele fez durante todo o dia e ele estava indo cumprir sua promessa. Jogando o cigarro sobre o corpo morto, ele olhou para o homem que ninguém nunca iria ver novamente. Qualquer família ou amigos que ele deixou para trás nunca iriam conseguir um encerramento. ― Merda. Lucca não poderia se importar menos. O homem pediu pelo o que estava por vir. A única coisa com que ele ficou chateado foi o fato de que ele deixou o homem quase morder sua mão. Eles queriam mantê-lo vivo para interrogá-lo, mas quando Lucca o deixou quase lhe morder, seu chefe atirou nele bem entre os olhos. Voltando ao assunto em questão, ele pegou a pá de volta e começou a mover o monte de terra de volta para o seu lugar. Com cada arremesso de terra, cada vez mais o corpo estava coberto, até que o homem já não existia nesta terra.

Lucca se orgulhava de nivelar a terra para torná-la plana novamente. O buraco tinha exatamente seis pés de profundidade quando ele jogou a pá para cima e para fora dele. Embora ele já não tivesse o seu brilhante monte de terra para ajudá-lo a sair de dentro, não foi difícil para ele correr e saltar para fora, com sua estatura de um metro e noventa. Agora, olhando para baixo daqui de cima, você nem sequer saberia que ele abriu e cavou uma sepultura e que existia um homem colocado para descansar. Até amanhã, uma Mary Johnson poderia ser reduzida a isso, de acordo com o marcador grave já colocado e a terra lacraria não só ela, mas o idiota debaixo dela. ― Sr. Johnson, você vai conhecer a senhora Johnson amanhã. Pegando as coisas dele, admirou seu trabalho uma última vez. Era assustador como ele ficou bom nisso. Adeus, Sr. Johnson. Vou lhe trazer mais amigos em breve.

Vinte e Quatro

Eu vou passar. Eu não gosto de pau Estacionando o seu carro atrás de Nero e Vincent na rua, ele saiu, perguntandose porque Nero os arrastaram para a casa de Stephanie, tarde da noite. — Você levou muito tempo para chegar aqui, Amo? Nero perguntou. — Escute, se estamos aqui para ter um quarteto com Stephanie, eu vou passar. Eu não gosto de pau. — Amo replicou. — A última coisa que eu gostaria de ver é o seu pau. Além disso, você não precisa se preocupar — Nero esboçou um sorriso — Eu já cuidei de Stephanie e mesmo que eu recém a deixei, eu tenho certeza que ela já desmaiou. Vincent mostrou seu próprio sorriso. — Eu aposto que eu poderia acordá-la. — Pelo amor de Deus. — Amo estava à beira de uma dor de cabeça. — Você pode me dizer por que estou aqui? Então vocês dois podem voltar a chupar seus próprios paus. O rosto de Nero ficou escuro, sério. — Houve um assassinato hoje à noite. Fixamente olhando para ele por um momento, Vincent ainda queria saber por que ele estava aqui. — ...e? — Quem se importa? — Amo estava claramente tão impressionado quanto Vincent. Seus pais trabalhavam na mesma área e matar alguns, às vezes, era parte do trabalho.

— Bem, meu pai só me deu meu primeiro trabalho. — Esse pedaço de informação de Nero certamente os fez se importarem. — E quando eu o terminar, eu vou estar dentro. Agora ele sabia por que estavam ali. — Podemos entrar nisso também? — Eu não sei ainda. Depende de quão difícil o trabalho será. — Você não pode nos dizer qual é o trabalho? — Vincent perguntou. Nero sacudiu a cabeça. — Ainda não. Só queria dar um aviso a vocês. Amo e Vincent assentiram com a cabeça em compreensão antes de todos eles voltarem para seus carros. Ficando para trás em seu carro, Amo sentiu seu sangue começar a bombear. Ele estava mais perto do que nunca de seguir os passos de seu pai. Era um dia que ele havia sonhado por tanto tempo quanto ele podia se lembrar. O dia em que iria se tornar um mafioso.

— Esse é o melhor dia da minha vida! — Chloe quase não podia acreditar quando essas palavras passaram por seus lábios enquanto seguiam para o refeitório. Era a primeira vez que Cassandra não veio para a escola e nenhuma pessoa disse nada a elas. Ela não ouviu falar "aberração" ou "garçonete" durante todo o dia. Elle riu. — Eu sei. Melhor maldito dia de sempre. Eu me pergunto porque Cassandra não está aqui. — Quem se importa? Eu nunca pensei que uma pessoa fosse a única razão para o ensino médio ser um pesadelo para nós. — Ela pensou que era mais como Cassandra, Sebastian, Stacy e Stephanie, além de todas as pessoas que queriam impressioná-los, tirando sarro dela e Elle. — É, eu também. No entanto, elas não eram estúpidas, assim que chegou à cafetaria, foram

para a fila de comida mais curta. — Eu tenho que te dizer o que aconteceu quando você me deixou esta manhã. Aliás, mas que merda? Por que você fez isso? — Elle perguntou uma vez que se sentaram para comer seu almoço. Levou um segundo para perceber do que ela estava falando, mas então veio a ela. Em seu primeiro período na aula de Inglês, Elle não parecia que estava mesmo lá. Parecia que algo estava errado, ou talvez algo tivesse acontecido, mas ela acordou muito rapidamente quando se deu conta de que Cassandra não estaria lá hoje. De qualquer forma, o Sr. Evans tinha lhes dado uma atribuição para escrever uma curta redação de quinhentas palavras no dia anterior e Elle não entregou nada. Portanto, ele pediu para falar com ela depois da aula, o que fez Chloe ir para o segundo período por conta própria. — Porque o Sr. Evans disse que precisava falar com você, não eu. Eu sabia que era sobre você não entregar sua redação. Ele não iria falar sobre isso na minha frente, você sabe disso. Ah, e por que não entregou sua redação? É a primeira atribuição do semestre. — Eu estava doente. Ouça, eu tenho que te dizer uma coisa. Você não vai acreditar quem falou comigo e não queria me de... — Você estava doente? Realmente, essa é a desculpa que você está me dando? Eu espero que você não tenha usado isso com ele. — Ela não acreditou nisso nem por um segundo. — Uh, sim, eu estava doente. Essa é a verdade e ele acreditou em mim. Por que não? — Provavelmente, porque você nenhuma única vez perdeu uma tarefa e você fica doente o tempo todo. Você praticamente vive doente. Não há nada que se passe ao seu redor e que você não pega. Elle parecia como se estivesse escondendo algo sério. Ela era mestre em mentir, por isso, qualquer que fosse, deve ser ruim para que possa afetá-la ao ponto de não ser capaz de falar a verdade. — Bem, isso foi um tipo diferente de doença. Oh, ok. Claro, um tipo diferente de doença. O que no mundo é que ela está escondendo...

Uma voz masculina interrompeu seus pensamentos. — Hey, baby, eu posso sentar aqui? Chloe engasgou com a comida quando ela se virou para ver Nero com uma bandeja. Ela pensou que ela estava vendo coisas... espere... Ele acabou de chamar Elle de "baby"? Elle apontou para a cadeira vazia ao lado dela. — Você está falando sério? Sentar aqui? — Sim, eu estava falando diretamente com você, não estava? Sua boca caiu para a mesa. O sarcasmo era real em suas vozes, dizendo-lhe que algo deve ter acontecido entre eles. Ela tinha certeza disso pelo jeito que ele estava olhando para Elle. Sim, ele estava, de fato, falando diretamente com você! Chloe estava na borda de seu assento, aguardando o que Elle iria dizer em seguida. — Não, você claramente não estava, porque o meu nome não é “baby”. Eu aposto que você nem sequer sabe o meu nome. Então, não, você não pode se sentar aqui, Nero. Ok... eu não estava esperando isso. — Tudo bem, querida. Eu estarei sentado bem ali. Eu posso esperar. — Nero saiu com um sorriso no rosto. Ok, eu não estava esperando isso, também. Ele definitivamente gostou da resposta mais do que devia. Chloe pegou seu queixo do chão e engoliu a comida que ainda estava em sua boca. — Você não acha que eu merecia algum aviso? — Jesus, Chloe, eu tentei dizer-lhe duas vezes, mas você continuou a me interromper. Eu disse que não ia acreditar quem falou comigo. — Bem, diga-me já. — Quando você me deixou, eu fui para o corredor e ele esbarrou em mim. Tentei dizer-lhe que sentia muito, mas ele me disse para não pedir desculpas por algo que não fiz. Ele realmente falou comigo e não foi malvado. Chloe sentiu sua mente explodir neste momento. — Eu não posso acreditar. Nero é... agradável?

— De jeito nenhum. Ele é... ― Elle se afastou. ― Ele quer alguma coisa, mas eu não estou indo descobrir o que é. Sei exatamente quem Nero Caruso é e “agradável” é a última palavra que eu usaria para descrevê-lo. — Sim, mas você não está apenas um pouco curiosa? — Uma vez que hoje foi um dia de sonho, livre de Cassandra, ela perguntou como Elle não parecia nem um pouco interessada. — Sei que eu estou. Chloe não poderia evitar. Ela sempre achou Nero além de bonito e ela podia viver através de Elle. A maneira como ele olhou para a amiga, com seus penetrantes olhos verdes, mostrou a ela que algo definitivamente estava lá e se ela pudesse vêlo, então, Elle deve ter definitivamente sentido. Chloe era a única que não gostava de pessoas ao seu redor. — Não, eu não estou. — Elle disse a ela, desafiadora. Bem, essa foi a maior mentira que eu já ouvi. Depois disso, o resto do dia passou rapidamente e elas encontraram-se na classe de saúde de Chloe para o último período do dia. — Fique aqui e espere por mim. Nós não seremos ousadas só porque Cassandra não está aqui. Claramente ela é a líder, mas você sabe tanto quanto eu que ela não é a única que gosta de arruinar nossas vidas. Chloe assentiu com a cabeça. ― Eu sei. Vou esperar aqui. — Tudo certo. Te vejo mais tarde. Indo para a sala de aula, ela se sentou na parte de trás, esperando que Elle voltasse para a sua aula com segurança, mesmo que elas estavam tendo um grande dia até agora. Como Elle disse, elas não iriam se arriscar apenas porque a bruxa da Legacy Prep não estava lá. Quando a aula começou, um forte sentimento a atingiu. Ela não conseguia dizer exatamente o que era. Olhando para cima de sua mesa, ela olhou ao redor da sala, a sensação tornando-se mais inquietante a cada segundo. Ficando nervosa, ela começou a cavar as unhas nas palmas das mãos. Concentrando-se em suas mãos, enquanto ela olhava para elas, parecia ajudar. Lentamente, a sensação irritante começou a dissipar... até o final da aula, quando isso voltou para ela com força total.

Rapidamente, ela tornou a olhar ao redor da sala uma vez mais, à espera de ver os olhos do diabo olhando para ela. Quando seus olhos pararam de vaguear, ela encontrou um par diferente observando-a em vez disso. Eles podem não ter sido pura maldade, mas eles eram negros como a noite. Incapaz de manter o olhar, mesmo por um momento, ela desviou os olhos e voltou a cavar as unhas nas palmas das mãos. Deixe de ser boba, ela tentou falar consigo mesma que era imaginação. Ninguém, jamais, se preocupou em olhar para sua direção, a menos que fossem chamá-la de aberração. Sentindo como se estivesse apenas sendo paranoica, ela olhou de volta para ele, só para pegar Amo descaradamente ainda olhando. Foi difícil para ela mover os olhos desta vez, mas felizmente, o sino da escola tocou. BRRRING. Virando as mãos, ela viu as pequenas gotas de sangue aparecer. — Você está pronta? — Elle apareceu do nada, parecendo um pouco desgrenhada. — Sim. Você está bem? — Uh, sim, por que eu não estaria? Ok, vamos lá! Era quase como se fosse em câmera lenta, quando Elle estendeu a mão e quase agarrou a dela. Ela teve que desviar do olhar de Elle e olhar para o chão quando ela puxou a mão ao peito. — Sinto muito, Chloe! — Tudo bem. Vamos. — Chloe não esperou por ela para liderar o caminho neste momento. Em vez disso, ela passou direto por ela e começou a caminhada para o carro dela. Esse foi o mais próximo que alguém foi para tocá-la em um longo tempo, fazendo-a perceber que ela nunca seria capaz de suportar o contato humano. Um pensamento nunca foi tão triste para ela até agora. Sua mão parecia que quase havia sido queimada pelo encontro próximo e ela olhou para ver as pequenas marcas vermelhas que ela criou quando Amo olhou para ela. Chloe tinha razão de chamá-lo de idiota há três anos atrás. Ele só cresceu dessa forma mais e mais a cada dia...

Vinte e Cinco

Um acordo foi firmado No momento em que Sebastian se aproximou de sua mesa de almoço no dia seguinte, você poderia ver a raiva irradiando dele. ― Você já ouviu falar por que Cassandra não está aqui? Mesmo que sua raiva fosse dirigida a Elle, Chloe estava com muito medo de respirar. Quando Elle não respondeu, ele só ficou mais irritado. ― Bem, ela foi suspensa. Você sabe por quê? Mais uma vez, Elle nem sequer olhou para ele. Fechando os olhos quando as mãos dele vieram, o instinto de Chloe indicou que ele iria golpeá-la, ela esperava, mas não esperava o som quando ele bateu na mesa, em vez disso. Foi tão alto que causou puro silêncio no refeitório. ― Eu estou falando com você, garçonete! Elle finalmente olhou para ele, claramente aterrorizada por sua vida. ― Agora, você sabe por quê? ― Sebastian estava perdendo a paciência a cada segundo. ― Você sabe? Não importava que Chloe manteve os olhos fechados, ela ainda podia sentir o momento em que ele se lançou para Elle. ― É melhor eu não ver você colocar suas malditas mãos em Elle, nunca. Imediatamente, Chloe abriu os olhos para ver Nero intervir. ― Eu não quero ver você falar com ela ou mesmo olhar em sua direção, o que vale para Chloe também. Porque, se o fizer, eu vou fazer com que todos na escola te chamem de aberração. Você me entendeu?

O que? Ela parecia tão chocada quanto Sebastian. Nero estava muito mais assustador do que Sebastian já esteve, confundindoa sobre com qual deles ela deveria realmente temer. Após Sebastian acenar com a cabeça, ele foi liberado. Não demorou, Nero bateu as mãos em cima da mesa para comandar a atenção dos alunos. ― Seus nomes são Elle e Chloe e vocês vão chamá-las pelos seus nomes. Ela teve que olhar para Elle, para ver se ela o ouviu corretamente. Levantando-se por elas sobre Sebastian era uma coisa, mas o envio de uma mensagem para toda a escola era algo completamente diferente. Este era Nero Caruso. Ele era praticamente o rei aqui e qualquer coisa que ele dissesse, fazia todos aceitarem. ― Você está bem? ― Ele perguntou a Elle. ― Hum, sim, eu estou bem. As duas meninas continuaram a olhar uma para a outra, tentando garantir que isso era real. ― Você acha que eu poderia sentar aqui agora? Para a maior parte, Chloe estava bem com Nero e ela definitivamente poderia lidar com ele por perto de Elle. Ela sabia que algo estava certamente acontecendo entre os dois, então ele sentado com elas um dia não ia incomodá-la. Ela teve que aprender a lidar com algo muito pior em todos os eventos que seu pai havia a arrastado ao longo dos anos. ― Certo. Por que não? ― Elle sorriu para ele. Sim, algo está acontecendo. ― Bom. ― No entanto, ela não estava esperando Nero acenar aos seus amigos. Seus nervos começaram a se mexer. Ela não ia ser capaz de lidar com eles vindo. ― O que você está fazendo? ― Perguntou Elle, chegando mais perto de Chloe. ― Uh, eu estou sentando aqui e eles se sentam onde eu me sento ― ele disse o assunto com naturalidade. ― Não, eu disse que você pode se sentar aqui. Eu não disse que eles podiam.

― Qual é o problema? ― Um segundo se passou antes que ele descobrisse o porquê, pela forma como Elle estava bloqueando Chloe. ― Eles não podem se sentar aqui, Nero. Parando sua equipe com apenas um movimento de sua mão, ele disse: ― Nah, Elle. Ouça, deixe-os se sentar aqui, vão se certificar de que ninguém nunca vai dizer ou fazer qualquer coisa para você e Chloe novamente. Eles não vão te machucar. Eu prometo. Eles não vão tocar Chloe, também. Dou-lhe a minha palavra. Ela podia ver no rosto de Elle, quando ela olhou para ela, que o último comentário havia selado o acordo. Sentando ao lado de Chloe, ela lhe deu um aviso: ― É melhor não estar mentindo para mim, Nero. Nero acenou para a sua tripulação outra vez para virem e com isso, um acordo foi firmado. ― Vai ficar tudo bem. Eu não deixei que ninguém aqui te machucasse, não é? ― As palavras de Elle, sussurradas para ela eram verdadeiras. Ela nunca deixou ninguém a tocar, sempre se oferecendo como isca se algo viesse para ela. Este último semestre ia cagar em uma cesta de mão e ela sabia que Elle só concordou com ele, pela proteção. Portanto, ela balançou a cabeça, deixando Elle saber que entendeu. Por favor, não deixe ele se sentar ao meu lado. Ela prendeu a respiração quando o maior deles veio à tona. Por alguma razão, Amo a assustava mais. Ela não sabia se era o seu tamanho ou seus olhos escuros lembrando-a de... Sua respiração foi liberada quando Leo foi o único a tomar o assento ao seu lado após a orientação de Nero. Então, Nero sentou-se no outro lado de Elle enquanto Amo e Vincent nos lugares restantes em frente a eles. ― Este é o meu irmão mais novo, Leo. ― Então, ele acenou para ela. ― Leo, esta é Chloe. ― Hey, Chloe. ― Por alguma razão, ela não esperava que o jovem fosse estender a sua mão e ficou ainda mais surpresa com a situação estranha. Elle a salvou, pegando sua mão, em vez disso. ― Desculpe, ela é germofóbica. Sou Elle.

Os caras a olharam com a palavra germofóbica, fazendo-a querer fugir. Você poderia dizer que eles não acreditaram. Ela não esperava que Leo fosse começar a rir. ― Isso é malditamente genial, Nero. Por que não pensamos nisso antes de ter que apertar todas as mãos brutas que tivemos apertando por aí? Felizmente, todos se juntaram ao riso e mesmo ela deu uma pequena risada. A conversa tomou um rumo diferente do que ela pensava que seria. Uma coisa era certa: Leo tinha muito carisma para sua idade e desde que ele era muito mais jovem do que ela, Chloe se sentiu estranhamente confortável com ele. Quanto mais o almoço continuou, mais confortável ela começou a sentir-se em torno deles. Para a maior parte, Elle e Leo foram os únicos a falar sobre como Leo estava se ajustando na escola. Os outros rapazes praticamente tiveram conversas tranquilas para si mesmos, dando espaço para Chloe se sentir como se eles não estivessem mesmo lá. Ela quase podia bloqueá-los... até que ela sentiu os olhos de Amo persistentes sobre ela, mais do que ela gostava e quanto mais ele fez isso, mais isso começou a irritá-la. Quando Elle começou a se levantar para levar suas bandejas para o lixo, Nero parou, levando a bandeja. Então, Amo veio para tomar a dela e ela não sabia o que a possuiu, para segurar firmemente, não o deixando levá-la. Como resultado, quando ele manteve segurando firme e puxando, lentamente foi para ele novamente. Ele ganhou facilmente. ― Eu-eu posso jogar fora meu próprio lixo. ― Seus olhos permaneceram colados ao chão, incapaz de olhar para a besta com sua explosão. ― Sim, então, qual é a questão? ― Amo não esperou a resposta dela, movendo-se para a lata de lixo. Ele sabia que ela não ia dizer nada de volta. Merda! ― Até mais tarde, meninas! ― Leo gritou, já indo para sua classe. Besta. Algo sobre Amo era extremamente desagradável para ela. ― Que classe você está? ― Espanhol. Por quê? ― Elle respondeu à pergunta de Nero. Amo já começou a andar na frente antes mesmo que ele respondesse: ― Porque nós vamos levar você para a aula.

Depois que ele pegou o braço de Elle para levá-la a começar a andar, não demorou muito para que ele parasse de olhar para ela. ― O que você está fazendo, Chloe? Ela quase bateu nas costas de Elle com sua parada abrupta. ― Hum, andando? ― Por que você está andando na bunda de Elle? Levantando a sobrancelha direita que tinha um pequeno pedaço faltando de sua cicatriz, ela não entendeu a razão de sua pergunta. ― Isto é como eu sempre andei. Ele passou as mãos pelo cabelo. ― Jesus Cristo. Chloe, caminhe ao lado de Elle. Foi só quando ela notou Amo e Vincent balançando a cabeça que ela deu um passo para ficar ao lado de Elle. Então, quando Elle acenou para ela ir, ela finalmente, relutantemente, começou a andar. A sensação foi de que era apenas estranho. Foi completamente estranho para ela andar ao lado de Elle. Depois de crescer acostumada a olhar para as costas e sendo bloqueada por ela, ela sentiu como se todos estivessem abrindo caminho para ela enquanto passava. Olhando-os por um momento, ela descobriu que eles estavam, mas por um motivo diferente. Eles estavam de boca aberta para o fato de que Nero e sua equipe estavam realmente caminhando com elas. No momento em que atingiram a sua sala de aula, Chloe não perdeu qualquer momento antes de correr. Ela esqueceu o que era quando ela costumava caminhar ao lado de Elle e agora que a memória estava de volta, ela decidiu, eu não gosto disso, nem um pouco.

Encostado na parede exterior da parte de trás da escola com os braços cruzados, ele começou a sacudir a cabeça. Nada disso fazia sentido. ― O que estamos fazendo aqui, Nero? Por que você, de repente, dá a mínima para Elle e sua amiga?

Nero deu de ombros, olhando para a parte de trás da porta da escola. ― Talvez eu só queira transar com ela. ― Não, cara, você não tenta fazer isso por uma boceta. Nero continuou apenas olhando para a porta, não respondendo a ele. Amo olhou para Vincent, que não estava pegando o que estava acontecendo, tampouco. Ele começou a voltar para a aula. ― Tudo bem, eu estou fora. ― Eu também. ― Vincent seguido. Nero esperou até que a porta estava prestes a fechar atrás deles. ― Certo, tudo bem. Os dois voltaram para fora e ficou na frente dele. ― O que eu estou prestes a mostrar, vocês não viram. ― Você poderia dizer que ele ainda estava contemplando mostrando-lhes, quando pegou seu telefone e mexeu nele. ― Eu não posso e nem deveria ter um vídeo desses. Quando Nero virou o telefone, Amo e Vincent colaram os olhos na tela. Eles pensaram que era apenas uma imagem de um beco no início, mas, em seguida, uma loira morango em um velho uniforme de garçonete apareceu com um saco de lixo em suas mãos. Vincent olhou para cima a partir do telefone. ― É Elle? ― Sim. Continue assistindo. O vídeo continuou, mostrando Elle jogando o saco de lixo na lixeira. Você esperava que ela voltasse para onde ela veio, mas em vez disso, ela correu para se esconder atrás do lixo onde não podiam mais vê-la. ― Merda! ― Amo disse quando o pai de Nero entrou em foco junto com o irmão de Nero, Lucca, que estava segurando um homem se contorcendo. Um homem chamado Sal está no escopo do beco, chegando perto de encontrar Elle, antes de desaparecer. Eles continuaram assistindo, sabendo exatamente o que ia acontecer. O homem tentando lutar por sua vida parecia que mordeu a mão de Lucca para liberar sua boca. Direto, antes que pudesse gritar, o pai de Nero o matou a tiros. Eles assistiram quando um carro, em seguida, parou momentos depois e

todos os homens entraram, fugindo do que eles pensavam que ninguém viu. No entanto, antes do vídeo terminar, Elle reapareceu, correndo. A boca de Vincent caiu aberta. ― Que porra é essa? Ela não foi à polícia? Nero sacudiu a cabeça. De maneira nenhuma. ― Isso é besteira. Eu não acredito nisso. Essa menina não viu ninguém ser assassinado há dois dias. Ela está agindo normal demais para isso. ― É por isso que tomei a gravação de vídeo. Eu sabia que você não iria acreditar em mim. Eu, porra, não acreditei quando eu vim para a escola ontem e isso foi depois que eu vi o vídeo. ― Ele colocou o telefone de volta no bolso depois que ele clicou alguns botões. ― Eu simplesmente excluí isso. O gato já estava fora do saco, Vincent adivinhou. ― Então, qual é o trabalho? ― Ela ainda tem dezessete anos. ― Amo respondeu, descobrindo isso. Se ela fosse um ano mais velha, essa conversa não estaria acontecendo. A família teria matado, sem perguntas. ― Isso significa que você tem que descobrir se ela realmente viu e, se o fez, entretê-la para manter a boca fechada até que ela atinja dezoito anos. ― Depois disso, ela é tão boa quanto morta. Quando Nero acenou com a cabeça, afirmando o trabalho, ele parecia em conflito ou quase triste. Ele gosta dela... Isso ia ser difícil, pois o homem que puxou o gatilho não era apenas o pai de Nero, era Dante Caruso, o chefe da máfia da Família Caruso. Então, para torná-lo melhor, o homem que o havia amordaçado era seu irmão, Lucca Caruso, o subchefe foda. Amo voltou a inclinar-se contra a parede. ― Se ajudarmos, então entramos também. ― Eu vou me certificar disso. ― Disse Nero, voltando a olhar para a porta. ― Eu também! ― Vincent concordou. Quando Sebastian apareceu, alto e poderoso, Amo sorriu. ― Isto vai ser divertido.

Nero foi o único a se mover e apenas quando Sebastian tentou correr para alcançar Elle no refeitório, Nero se lançou para Sebastian. Exceto, ele foi bemsucedido em agarrar o colarinho para sufocar a merda dele. ― Eu pensei que você iria me dar alguma porra de maconha e pedir desculpas! ― Sebastian engasgou. ― Sim, você idiota acreditou. ― Nero apertou o pescoço mais forte até sons de asfixia começaram a sair da boca de Sebastian. ― Melhor eu não o pegar tentando colocar suas malditas mãos sobre ela de novo. Deixou-o ir só por um segundo e Nero lhe deu um soco tão forte no rosto, que ele caiu no chão, passando pelo piso frio. Amo explodiu com risos, que Sebastian só poderia levar um soco no rosto. Ele tinha certeza que desmaiou mais de medo do que realmente pelo sucesso do soco. Vincent fez uma careta. ― Que porra, Nero? Você levou toda a diversão. ― Nem tudo. ― Nero chutou o corpo indefeso de Sebastian antes que ele colocasse seu cabelo de volta no lugar. Ao plantar seu próprio chute, Vincent chutou nas costelas, dando-lhe uma outra contusão para quando acordar. Finalmente, Amo passou de encostado na parede e subiu para um Sebastian ainda inconsciente. Mesmo chutando-o com apenas metade de sua força, ainda seria o mais doloroso. Uma vez que o sapato fez contato com as bolas de Sebastian, Sebastian acordou, gritando por apenas um segundo, antes de desmaiar novamente. O cuspe de Amo desembarcou no rosto sem vida do menino desmaiado. ― Cadela.

Vinte e Seis

Ele é claramente um psicopata Chloe não esperava que eles estivessem esperando lá fora quando sua aula terminou. O olhar no rosto de Nero não era feliz. ― O que eu lhe disse? ― Você me disse, mas eu decidi não ouvir. ― Elle lançou um sorriso, em seguida, passou a levar Chloe para sua próxima aula. Rapidamente, ele falou quando agarrou a mão dela. ― Você honestamente acha que eu deveria deixar você levar Chloe para a aula e depois deixá-la andar por si mesma para a sala de arte? Tenho certeza que Sebastian está morrendo de vontade de colocar as mãos em você... sozinha. Mas quando eles começarem a ficar inteligentes e entenderem que você não dá a mínima para o que eles fazem para você, aí eles vão para Chloe? Cassandra só está suspensa, mas ela estará de volta, Elle. E até lá, Sebastian irá fazer o seu trabalho sujo e assim como Stephanie e Stacy. ― Sim, você sabe sobre Cassandra e Stephanie, todos vocês são tão próximos. Oh, espere, eu esqueci, Stacy, também. ― Essa é uma conversa que podemos ter em separado mais tarde. Agora, eu estou pedindo com você, você quer machucar Chloe? Porque você sabe que estou certo. Não importava se eles estavam indo fazê-la caminhar ao lado de Elle, ela gostando ou não, ou qualquer outra coisa. Durante anos, sua melhor amiga era sua guarda-costas, porque Chloe era fraca e agora, embora eles a assustassem muito, para ser honesta, ela teve que fazer Elle concordar. Elle merecia algo melhor e se

eles só fizessem isso por um dia, em seguida, seria um dia em que ela não ia levar uma surra. ― Ele está certo, Elle. Suspirando, Elle finalmente concordou. ― Tudo bem, vamos lá. Nero manteve Elle de andar. ― Estamos indo fazer as coisas do meu jeito agora. Amo está na aula de Saúde com Chloe, então ele vai levá-la para a classe e trazê-la de volta para você na sala de Artes. Entendeu? Lentamente, ela começou a lamentar o seu comentário. Elle sacudiu a cabeça. ― De nenhuma maldita maneira. ― Esta não é uma discussão mais, Elle. ― Chloe, ele está em sua classe? Olhando para o chão, ela desejava que ela pudesse mentir. ― Hum, sim. ― Bom. Agora, Amo irá levá-la até lá e de volta. Apenas para a última aula do dia e ele vai se sentar ao seu lado na sala de aula. Você está bem com isso? Não, eu não estou. Elle olhou para ela. ― Não, ela não está. Quando ela olhou para eles, Chloe podia ver que os dois estavam com medo, no fundo, do que poderia acontecer se não aceitasse a sua ajuda. Chloe teve que desviar o olhar dela para dizer a palavra: ― S-Sim. ― Tudo certo. Vá em frente, Chloe. Você estará segura com Amo. ― Parecia uma verdadeira promessa na voz de Nero. ― Vamos, Chloe. ― Amo começou imediatamente a caminhar. Demorou muito para que ela o seguisse, deixando Elle para trás. No lado de fora, ela esperava que parecesse forte para ela. No interior, ela não estava. Apenas o pensamento dela e Elle sobrevivendo neste semestre teve sua força para mover seus pés.

Desde que Amo parecia gostar de sair na frente, ela se manteve em suas costas, mantendo-se um pouco mais longe do que normalmente fazia com Elle. Certamente me senti estranha. Ele era tão... enorme. Ela poderia realmente olhar para suas costas e não ser capaz de sequer ver o que estava do outro lado. Todos pareciam abrir caminho enquanto ele caminhava pelo meio, nem uma vez movendo uma polegada para os lados. Ela só era capaz de ver alguém quando eles passavam e certamente mantiveram distância dela. Tomando apenas um passo mais perto de suas costas, ela pensou que poderia ser capaz de se acostumar com isso. Ele certamente tinha uma compilação para um guarda-costas e ninguém sequer percebeu que ela estava atrás dele, desde que ela era tão pequena como a maioria dos calouros. Atingindo a sala de aula, Amo abriu a porta. Ela esperava que ele entrasse primeiro, mas não o fez. Ele esperou que ela entrasse. Ao ver o quão perto ela teria que chegar dele afim de passar, ela esperou por ele para entrar, em vez disso. ― Vá. ― Disse ele asperamente, claramente fazendo nenhuma tentativa para ir em primeiro lugar. Eu quase me esqueci que ele era uma besta. Chloe passou por ele com cuidado, pisando na sala de aula. Amo deixou a porta fechar-se atrás dele quando sacudiu a cabeça para ela. O sussurro rodou na sala de aula quando eles entraram juntos, trazendo-a quase a um impasse. Não foi até que Amo estava prestes a correr para ela para ver porque ela não se moveu, que ela se dirigiu a seu assento na parte de trás. Deixando seu cabelo longo e preto como um véu em seu rosto, ela tentou não ouvir as fofocas do que aconteceu durante o almoço. As mesas na classe de Saúde foram criadas muito parecidas com a sala de aula de ciências, com várias mesas que só cabiam duas pessoas. A mesa de Chloe muito atrás, na verdade, só tinha uma cadeira, mas isso foi porque ninguém realmente nunca sentou lá e a sala era pequena. Finalmente atingindo sua cadeira, ela começou a torcer as mãos, a atenção sobre ela aumentando sua ansiedade. No entanto, ela estava grata por colocar distância entre eles. Ela nem esperava que ele realmente fosse sentar-se ao lado dela como Nero disse. Além disso, não há nenhuma cadeira de besta...

Um som muito alto e muito desagradável encheu a sala quando Amo pegou sua cadeira vazia em sua antiga mesa e arrastou-a atrás dele, deixando as pernas rasparem no chão. Por favor, pare. Por favor, pare. Seu embaraço só continuou até que ele colocou a cadeira ao lado dela na mesa. Sorrindo com orgulho, ele sentou. ― Você pensou que eu realmente não iria me sentar ao seu lado, não é? A resposta de Chloe estava nela fugindo em sua cadeira até o canto, embora não lhe desse muito mais espaço, porque ele praticamente assumiu a mesa inteira. Pelo desaparecimento do seu sorriso, ela poderia dizer que ele não gostou muito da resposta dela. Isso não surgiu para ela até que a aula começou e viu quão perto estava dele. A única pessoa que ela já se sentou ao lado foi Elle e agora, ela estava sentada ao lado do maior cara da escola. Sentindo a proximidade entre eles, ela voltou a torcer as mãos debaixo da mesa, tentando o seu melhor para se concentrar na lição ou qualquer coisa que não era ele. Amo fez isso difícil. Ele parecia gostar de vê-la desconfortável. A cada hora e depois, ele iria lembrá-la de sua presença, ajustando-se na cadeira, movendo seus braços perto o suficiente dos cabelos dela para subir na parte de trás do pescoço dela. Ela definitivamente não achava que o sino da escola fosse tocar. Esta foi a aula mais lenta de sua vida. Olhando para o relógio passando lentamente, ela praticamente pulou um momento antes da campainha tocar. Observe isso. Chloe decidiu se arriscar correr até Elle em vez de gastar mais um segundo com ele. ― Eu não faria isso. ― A voz de Amo a parou antes que ela pudesse correr para ela. ― O armário de Sebastian fica bem em frente a porta, mas se você prefere se arriscar com ele, então fique à vontade. Engolindo em seco, ela contemplou suas opções antes de decidir ficar com o menor dos dois males. Calmamente, ele esperou até que a maioria da classe saiu antes mesmo de se levantar para ir para fora.

Seguindo em fila atrás dele, ela finalmente foi capaz de encarar as costas inacreditáveis do babaca, mantendo distância em primeiro lugar. Não foi até que passou pelo olhar de morte de Sebastian que ela pegou velocidade de andar tão perto quanto podia das suas costas. Espere... há algo de errado com a sua cara? ― Caminhe ao meu lado. ― Amo rosnou por cima do ombro quando seus pés tocaram a parte de trás de seus calcanhares. Preferindo ficar atrás dele, ela decidiu colocar mais espaço entre eles em vez disso. Amo parou abruptamente, querendo que ela esbarrasse com ele para lhe ensinar uma lição. Ele só ficou mais irritado quando ela não esbarrou. ― Por que você não caminha ao meu lado como eu pedi? Chloe se sentia como um pequeno cervo assustado nos faróis, sem saber como responder a sua raiva. ― Eu sei que você pode falar, Chloe. ― Cruzando os braços sobre o peito o fazia parecer ainda mais intimidante. ― Agora, me responda. ― Eu-Eu... Ela não podia. Ela só podia ficar ali, congelada, enquanto olhava para o chão, esperando isso acabar. Outro rosnado baixo escapou de sua garganta antes dele desistir em derrota, caminhando para a classe de arte sem uma resposta dela. Continuar a segui-lo foi difícil e a única razão que ela fez isso, foi por causa do olhar de morte que Sebastian lhe dera momentos atrás. Algo parecia definitivamente errado com o seu rosto... Ao chegar à sala de arte, Chloe pulou atrás dela para ver Elle, Nero e Vincent. ― Nero, nós precisamos conversar. Chloe não vai ficar longe das minhas costas. Eu disse a ela... ― Amo parou no meio da frase para encarar suas costas ― ...para caminhar ao meu lado, mas ela se recusa a sequer dizer uma palavra para mim. Era isso. Ela não poderia mais fazer isso, de qualquer maneira. Ele claramente gostava de usar seu tamanho para mandar nas pessoas. Ela o tinha chamado, anos atrás, de um Amo agradável, mas agora, esse Amo se transformou em um brusco, uma vez que sua adolescência subiu à cabeça.

― I-isso é como eu ando! Elle riu de sua explosão. ― Oh, agora você pode falar porque está ao redor de Elle. Eu culpo você! ― Amo apontou seu dedo a Elle. Ela parou de rir. ― Eu? O que eu fiz? ― Você lhe ensinou a andar assim. ― Intensificou ele. Elle encarou de perto seu rosto. ― Não, eu não lhe ensinei merda nenhuma. Ela aprendeu a andar atrás de mim quando todos começaram com o bullying contra nós. ― Nós nunca intimidamos vocês. ― Não, mas todos vocês com certeza não os pararam. Vamos Chloe, vamos embora. Nero parou. ― Tudo bem, acalme-se. Você está certa. Nós somos culpados também. Todos os três somos muito e nós estamos tentando corrigir isso a partir de agora. Mas você e Chloe precisam nos ajudar aqui. Chloe, ouça Amo e tente falar com ele de vez em quando. Sem chance... ― E... ― Amo acrescentou. ― E saia da bunda de Amo. Caminhe ao lado dele a partir de agora. É mais seguro lá, de qualquer maneira. Alguém poderia agarrá-la por trás dele, se quisessem. Engolindo em seco, ela pensou no que viu lá trás e a realização surgiu, de que Sebastian poderia ter feito facilmente isso. Chloe assentiu com a cabeça. ― Sim, ela vai ter muito espaço para caminhar ao lado da besta. ― Elle mostrou a língua para ele. Nero levantou a mão quando Amo parecia preparado para revidar. No entanto, ele afastou-se, indo para o estacionamento da escola. Seu instinto foi ainda andar por trás de Elle, mas Nero fez sua jogada. ― Chloe, ao lado. Andando ao lado de Elle em derrota, ela notou Amo sacudir a cabeça.

Assim que chegaram ao estacionamento da escola, ela podia ver Sebastian prestes a entrar em seu carro. Foi quando percebeu o que havia de errado com seu rosto. Como ele conseguiu um olho negro? Tornou-se rapidamente muito óbvio que os caras tinham algo a ver com isso, pelo olhar que Sebastian lhes deu quando entrou e bateu a porta. Amo começou a inspecionar seu carro quando ele chegou ao seu BMW. ― Alguém cortou os malditos pneus. Sim, eles definitivamente deram a Sebastian o olho roxo depois do almoço. Nero empurrou o cabelo para trás, preocupado. ― Tudo certo. Elle e Chloe, eu vou levá-las em casa. ― Está tudo bem. Eu andei com pneus furados antes. Eu posso dirigir com eles por algumas milhas para a concessionária. ― BMW’s vem com pneus especiais que lhe permitem fazer isso. Ela não sabia até que passou por cima de um prego e teve que chamar o pai para um reboque. Ele tinha prontamente lhe dito que faria essa compra de pneus, para que ela pudesse resolver, antes de ligar para atrapalhar seu trabalho. Vincent não podia deixar de falar neste momento. ― Oh, Deus, ela está falando sério? ― Chloe, você não está dirigindo em pneus furados e não com Elle. Vou levála para casa. Seu pai pode cuidar do carro, certo? Ela estava com medo que seu pai fosse ficar bravo que ela havia deixado. ― Eu-eu posso dirigi-lo. Esse foi o motivo de comprar os pneus. Amo estava perto de fugir. ― Jesus Cristo, eu tenho que sair daqui. Vou levar Leo em casa para você. Boa sorte com essas malucas. ― Chloe, ou você vai para casa comigo e Elle, ou Vincent irá levá-la para casa. Vincent piscou-lhe o seu sorriso de menino, com as palavras de Nero. Rapidamente, ela mudou de ideia, deixando escapar sua resposta: ― Eu vou com você e Elle. Aquele sorriso provou uma coisa. Ele é claramente um psicopata.

Vinte e Sete

Essa menina precisa encontrar das duas uma: um agradável filhinho da mamãe ou deus Chloe viu a “boa sorte” que Elle murmurou a ela quando Nero partiu na frente de sua grande casa branca. Vou precisar dela. Esgueirando-se em sua casa, sentiu-se estranha em não ir direto para seu quarto. Foi lá que ela aprendeu a ficar o dia todo. Era mais seguro. A única vez que ela saía, era quando os pais exigiam sua presença. Tentando encontrar sua empregada Lana, ela esperava encontrá-la antes de mais ninguém. Lana era contratada quando seu pai tinha se tornado prefeito e, francamente, ela foi a melhor coisa vindo dele. Ela foi certamente mais que uma mãe para ela do que sua própria nunca foi e Chloe podia confiar nela com qualquer coisa. Lana cuidou dela desde o primeiro dia, pegando rapidamente que seus pais não iriam ganhar nenhum prêmio. Um suspiro de alívio escapou dela quando viu Lana. Ela teve a certeza de manter a voz baixa, quando disse: ― Lana, eu preciso da sua ajuda. ― O que há de errado? ― Lana sussurrou de volta, mostrando a preocupação no rosto. ― Meus pneus foram cortados na escola e quando alguém me ofereceu uma carona para casa, eles não aceitaram um não como resposta. Eles disseram que

seria muito perigoso para dirigi-lo com todos os quatro pneus furados. Eu não queria que eles vissem... ― Ok. ― Lana assentiu com a cabeça entendendo. ― Eu vou dizer-lhes que o meu marido levou seu carro para ser consertado. Eu posso levá-la para a escola até então. O alívio encheu Chloe. ― Obrigada. ― Você sabe quem fez isso? Balançando a cabeça, ela podia dizer que Lana não acreditava nela nem por um segundo, mas não havia nada que pudesse fazer. Lana questionou seus pais no início, acerca de Chloe e eles disseram a ela que se ela ficasse perguntando, eles iriam facilmente substituí-la. Portanto, Lana ficou quieta, mantendo a boca fechada, imaginando que ela poderia, pelo menos, ajudar Chloe de alguma forma. ― Ok, vá lá em cima. Vou levar o seu jantar para você depois. ― Obrigada! ― Chloe disse a ela novamente antes de se dirigir rapidamente para as escadas até o quarto dela. Agradecida duplamente, ela fez isso sem ver seus pais. Depois de colocar sua mochila sobre a cama, ela rapidamente correu para o banheiro em anexo para aliviar sua bexiga que tinha segurado durante todo o dia. Elle e ela não usaram banheiros da escola nenhuma vez desde que se tornaram amigas. O banheiro das meninas estava descontrolado, então as chances delas saírem vivas eram pequenas, se elas encontrassem Cassandra ou qualquer uma de suas amigas. Se isso estava vindo a acontecer, se segurar era uma opção melhor. Uma vez que ela estava fora do banheiro, ela se sentou em sua cama, olhando ao redor do seu quarto branco, em branco. A cama e mesa de cabeceira eram as únicas peças de mobiliário presente, nada mais era necessário, já que ela tinha um grande armário para abrigar suas roupas e seu próprio banheiro, onde a maquiagem e outras coisas de garotas ficavam. Chloe nunca se importou em decorar seu quarto, porque esta casa não era um lar e seu pai quebrou tudo que ela já se importou. Para ela, era apenas quatro paredes e um lugar para colocar a cabeça à noite. Mantendo as paredes brancas tornou mais fácil para ela ver os pesadelos brincarem, como uma tela de TV, em seguida, fechar os olhos para estrelar o show. Eu sei que você pode falar, Chloe.

A voz de Amo entrou em sua cabeça e congelou-a no lugar. Ela estava acostumada a ouvir uma voz em sua cabeça, mas não aquela. RINNNG. O toque de seu telefone celular a fez saltar, assustando-a até a morte. Sacudindo a voz de Amo, ela atendeu ao telefone, vendo que era Elle. ― Ei. Elle não se incomodou em dizer oi. ― Você disse a seu pai? ― Não. Nenhuma razão nisso. Eu disse a Lana e ela disse que seu marido vai cuidar disso para mim. ― Isso é bom. Chloe parou, não querendo dizer a Elle sobre o fato de que isso significava que Elle teria que andar de ônibus novamente até que ela conseguisse seu carro concertado. ― Lana estará me levando até eu conseguir meu carro de volta, então... Elle sabia onde ela queria chegar. ― Está bem. Nero disse que me daria carona amanhã e eu sempre tenho o ônibus. ― Oh, realmente? ― Chloe sorriu, pensando no novo interesse amoroso de sua amiga. Ela poderia dizer que eles estavam ficando próximos muito rápido pela forma como ele iria segurar sua mão sempre que podia. Pela primeira vez, Elle estava recebendo proteção, de modo que Chloe estava, definitivamente, torcendo por ela, embora seus amigos a incomodava. Que era algo que ela ia ter que se acostumar, para sobreviver ao semestre. ― Diga-me como a carona de carro foi. ― Tudo bem. Hmm. ― Apenas bem? ― Sim. Bem, Chloe. Sua boca caiu no chão. ― Ele beijou você, não foi? Quando a linha permaneceu em silêncio, ela sabia que estava certa. ― Oh, ele totalmente beijou! Diga-me, como foi seu primeiro beijo? ― Bem, tecnicamente não foi meu primeiro.

― O quê! ― Oh, meu Deus, o quê? Elle não parecia que queria dizer a ela a próxima parte. ― Ele me beijou antes, em arte, no armário de materiais. Eu sabia que eles estavam se aproximando rápido. ― Isso é tão malditamente doce. ― Sim, sim, sim. ― Elle replicou. ― Escute, Chloe, se você chegar à escola antes de mim, eu não posso ajudá-la. Ela gostava mais do outro assunto, não querendo pensar sobre como chegar ao seu primeiro período sozinha. ― Eu sei. Eu posso descobrir alguma coisa, eu acho. Eu vou estar lá no momento exato que nós sempre estamos. ― Tudo certo. Vou tentar estar lá ao mesmo tempo, mas sabemos que Nero está atrasado praticamente todas as manhãs. ― Eu sei. ― Ela esperava que sua voz soasse mais forte do que era. A pausa sobre a linha mostrou-lhe que não. ― Vejo você amanhã, então. ― Tchau. ― Chloe desligou, sabendo que sua amiga não apenas precisava ir ao trabalho, mas também não seria capaz de dizer adeus para ela depois disso. A noite foi gasta tentando o seu melhor para manter-se ocupada com muita lição de casa. A única pausa que ela tomou foi quando Lana trouxe o jantar para seu quarto, mas depois de terminá-lo, ela foi direto para sua lição de casa. Quando seu telefone apitou mais tarde, ela leu a mensagem de texto de Elle. Amo vai estar na escola antes de você chegar lá. Fique com ele até eu chegar, ok? De jeito nenhum, maldito! Ela estava feliz que seu amigo estava em causa, mas a última coisa que queria era a besta conseguir mais oportunidades de acompanhá-la para a aula. Rapidamente, ela digitou a Elle uma mensagem de volta. Por favor, não, Elle. Eu vou ficar bem. Mastigando as unhas, ela esperou ansiosamente por sua resposta. Finalmente, quando seu telefone apitou novamente, ela leu a mensagem. Cassandra poderia estar de volta amanhã. Amo irá encontrá-la em seu local de estacionamento, tudo bem? Você sabe que é a melhor coisa.

Porra! Ela odiava quando Elle estava certa assim. Ela digitou sua resposta, arrependida de clicar em enviar. Ughh... excelente!! Caindo de costas na cama, ela tentou o seu melhor para não pensar no amanhã. Ela começou lentamente ir à deriva... Você pensou que eu realmente não iria me sentar ao seu lado, não é? Chloe virou os olhos abertos, esperando ver a besta, mas ninguém estava lá. Tremendo, ela se lembrou de quão perto os braços chegaram a tocá-la durante a aula... Ela balançou a cabeça, tentando manter os pensamentos dele a distância. Com muito medo de fechar os olhos novamente, ela olhou para o teto, onde um par de olhos negros passou diante dela. Primeiro, ela poderia dizer que eram de Amo, porque eles tinham uma espécie de faísca neles. Eles eram negros, mas não tão preto como se a pessoa não tivesse uma alma. Em

seguida,

o

par

tornou-se

lentamente

mais

escuro,

crescendo

anormalmente grande. Estes olhos não tinham alma por trás deles. Apenas o mal vivido por trás dessas profundidades. Incapaz de olhar nos olhos maus por mais um momento, ela só fechou os olhos por um segundo antes do sussurro de mãos agarraram seus pulsos. Lutando para abrir os olhos de novo, ela não teve muito tempo até... “Fique quieta, menina” — ele sussurrou para ela — “ou isso só vai doer mais”. Era tarde demais; o diabo veio para ela.

Chegando cedo à escola na manhã seguinte, Amo não esperava ver que o carro de Chloe ainda estava lá. Ele pensou que seu pai tomaria conta dele o mais rápido possível, não querendo deixar uma BMW parada em um estacionamento. Exausto, ele inclinou-se sobre o capô, esfregando seus olhos. Tão cansado pra caralho. Ontem ele ficou estressado de ter que lidar com aquelas meninas ridículas. Uma em particular se arrastou profundamente dentro da sua pele. Por isso, ele decidiu

chamar Christa, uma garota que ele havia conhecido, que ia para a escola pública, para ajudar a acalmar os nervos. E me fazer esquecer a estranha porra-louca Chloe. Desnecessário dizer que não tinha realmente funcionado. Justamente quando ele tinha quase esquecido dela, Nero ligou, interrompendo sua diversão para dizer-lhe para estar na escola no início da manhã, para tomar conta de Chloe. Vários sentimentos diferentes de desagrado surgiram novamente e Amo não podia deixar de pensar que era um monte de besteira que ele estava recebendo no final da merda do trabalho. Nero parecia que estava jogando de fodido herói com Elle e a probabilidade de que ele estivesse indo ficar com alguém de fora era bastante elevado. Amo, por outro lado, teve de lidar com sua melhor amiga que claramente tinha muitos problemas para contar em uma mão, só assim Nero poderia enfiar a mão dentro na calcinha de Elle. Droga, aquele filho da puta me fez a babá, caramba, não foi? Bem, ele queria saber por que merda Vincent não era nomeado. Ele adorava assistir as meninas e quanto mais danificada, era melhor para ele. Era isso. Ele estava conseguindo o menino bonito para vê-la. Amo não gostou da maneira como Chloe o fazia sentir. Ele sentiu como se não tivesse feito nada, exceto pensar constantemente nela, desde que ele olhou para ela na aula de Saúde apenas alguns dias atrás. A única razão que ele olhou para ela, era porque Nero passou para a sua mesa de almoço e Amo estava tentando imaginar por que ele foi até elas, em primeiro lugar. Depois que ele deu uma olhada, ele continuava voltando para mais olhares, mesmo sem perceber. Nunca teve uma menina que trouxe sentimentos tão fortes a ele, sendo bons ou maus. O que ele estava sentindo agora, ele não estava se aprofundando nisso. Aquela menina precisava encontrar uma de duas coisas: um agradável filhinho da mamãe ou Deus. A última coisa que ela precisava era um mafioso. Percebendo Chloe nervosamente chegando para ele agora, ele acreditava que ela achava que ele era o diabo. Parecia que ela estava prestes a puxar a porra da pele de suas mãos. Ele percebeu que a única coisa que poderia ajudar essa menina era... o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Vinte e Oito

Vincent poderia transformar uma freira em prostituta No momento em que o viu encostado no carro, esperando por ela, queria voltar atrás. Ela imediatamente lamentou ter dito a Elle que deixaria Amo levá-la para a aula. Quando ela olhou para cima de suas mãos, chegou a uma súbita parada em seu olhar. Amo olhou para ela como se fosse ainda mais louca. ― É muito cedo para esta merda. ― Ele murmurou, passando-a para começar a andar para a aula. Esse comentário a trouxe de volta para a lembrança do babaca que ele era. Então, novamente, não basta ser um idiota, ele ainda tinha que machucá-la. Consequentemente, foi errado pensar que ele iria machucá-la, no momento em que ela olhou para ele. Era apenas enraizado. Tendo que alcançá-lo neste momento, ela foi para segui-lo. Talvez eu esteja sendo muito dura com ele.... ― Ao meu lado. ― Ele rosnou para ela quando chegou à sua volta. Não, eu não estou. Tomando um pequeno passo, ela caminhou ao lado dele, mas ainda ficou atrás dele de uma maneira. Pelo menos foi para o lado dele e não em sua bunda como ele odiava. Revirando os olhos, ele foi para colocar o braço em seu ombro para ajudar a guia-la. ― Não, ao lado.

O medo tomou conta dela enquanto sua mão se aproximou, fazendo-a congelar no lugar. Ela baixou a boca para gritar para ele parar, mas nada saiu de sua boca. Instantaneamente, Amo congelou antes que fizesse qualquer contato, vendo o medo puro que mascarou seu rosto. Um vislumbre de preocupação apareceu em sua própria expressão. ― Eu não quis dizer... Respirando pesadamente, Chloe sentiu como se seu coração estivesse a ponto de sair do peito. Por alguma razão, Amo a assustava mais do que alguém já tinha em um longo tempo, quando não havia nenhuma razão para ela temê-lo dessa forma. O que quer que apareceu em seu rosto, rapidamente evaporou. Por uma fração de segundo, ela pensou que ele pudesse realmente pedir desculpas. ― Basta caminhar diretamente ao meu lado. ― Mais uma vez, ele saiu, afastando-se dela. Está bem. A besta não tocou em você. Tentando se acalmar, ela passou a segui-lo novamente antes que ela se fizesse de tola ainda mais. Desta vez, ela caminhou diretamente ao lado dele como se ele tivesse demandado. Tudo o que precisava fazer era dizer-lhe para fazer isso em primeiro lugar. Ele não tem que mostrar a ela. Eles não disseram mais nada um para o outro quando continuaram a andar até que eles chegaram a sua sala de aula de Inglês. Enquanto ela entrou e ocupou seu lugar, Amo ficou de fora. Era mais do que óbvio que ambos não se importavam com o arranjo. É isso aí! Eu não consigo fazer isso mais!

Quando Nero e Elle se aproximaram de Amo no corredor, ele poderia dizer que Elle estava impaciente quando olhou para dentro para ver se Chloe estava lá com segurança.

Ele gostaria de poder dizer a Elle que ela tem sorte de eu não a espancar na bun... Amo ficou chocado quando Elle abraçou seu lado, tendo sua linha de pensamento indo para a longe. Em seguida, ele praticamente cagou nele mesmo, quando Elle conseguiu alcançá-lo e beijá-lo na bochecha. ― Obrigada. ― Disse ela, praticamente pulando para dentro da sala de aula. Que porra é essa? ― Ela acabou de fazer o que eu só acho que ela fez? Nero parecia chateado. ― Sim, ela fez. ― Ei, cara, eu não fiz nada. ― Amo ergueu as mãos. Nero tomou o ombro de Amo rudemente. ― Está tudo bem, cara. Alguém parece como merda hoje. Noite difícil? Amo tentou manter a voz baixa, sentindo-se muito apaixonado sobre este assunto. ― Tente uma porra de manhã áspera. Essa menina é louca pra caralho. Eu não posso tomar conta dela. Diga a Vince para fazê-lo; ele vai gostar de ficar olhando para ela. ― É exatamente por isso que ele não pode assisti-la. Elle não vai confiar nele com ela. Droga. Nero estava certo. Amo nem mesmo confia em sua avó com o menino bonito. Merda, Vincent poderia virar uma freira em uma prostituta, mas Amo tinha que continuar tentando. ― Bem, eu não sei o que te dizer. Ela praticamente gritou quando eu quase a toquei e não era o tipo de grito que eu fiz Christa berrar na noite passada. Nero olhou para ele com uma expressão séria, tentando colocar as coisas em perspectiva. ― Escuta, você sabe o nosso trabalho. Queremos estar dentro, não é? Idiota. Ele assentiu. ― OK. Bem. ― Christa, hein?

Nero tinha lhe telefonado ontem à noite, enquanto ele estava com Christa e ele perguntou sobre como definir alguma coisa com ela e suas amigas. Amo não tinha certeza o quão sério ele foi, considerando que Elle estava no quadro. Ela deveria ser apenas um trabalho para Nero, mas ele achava que havia mais coisas acontecendo. Acho que estou prestes a descobrir. ― Sim e Christa tem uma tonelada de merda de amigas à espera de conhecer alguns caras da escola preparatória, amanhã. Nero respondeu rapidamente: ― Bom. Você, eu e Vince merecemos uma recompensa após essas duas. ― Amo pensou que ele respondeu um pouco rápido demais. Aposto que ela está lhe dando bolas azuis. Ele não tinha certeza se mesmo Nero percebeu que estava se apaixonando pela menina, mas ele não estava prestes a dizer a ele. ― Sim, nós merecemos, homem. A próxima parte que saiu de sua boca, ele não sabia por que isso importava, mas estava incomodando. ― Oh, isso me lembra. Quando eu encontrei Chloe esta manhã, o carro ainda estava lá. Imaginei que seu pai teria pegado. ― Sim, eu também. Talvez ele estivesse muito ocupado dirigindo a cidade. ― Nero parecia tão confuso quanto ele estava sobre isso. Olhando para dentro para ver Chloe fofocando com Elle, ele pensou melhor. ― Ou talvez ele não goste de lidar com sua bunda louca tanto quanto eu.

― Elle, eu não posso lidar com ele. Ele é louco! ― Chloe sussurrou, não querendo que Amo possivelmente a ouvisse. Independentemente disso, era difícil quando sentia isso tão fortemente. ― Shh, eu sei, mas você está aqui em uma única peça, intocada, certo? ― Elle olhou preocupada que talvez alguém a tinha ferido. ― Ruim! Ele tentou me empurrar para caminhar ao lado dele. Tudo o que ele tinha a fazer era me dizer para fazer isso. Elle riu, claramente grata que era tudo o que aconteceu.

― Chloe, você tem que começar a se acostumar a andar ao nosso lado. Está tudo bem, desde que estamos com eles. Isso é uma coisa boa que estamos fazendo agora. Eu não estou mais tão preocupada. Você está? Merda! Elle estava certa. Ela temia Amo, quando ele não lhe deu nenhuma razão até agora e Elle estava sendo protegida. Ela ia ter que lidar... por agora. ― Não, eu não fico tão assustada quando eles estão por perto. ― Veja, Chloe. Eles podem nos ajudar a sobreviver o resto do semestre. Então, quando estivermos fora, não precisaremos mais deles. ― Tanto faz. Tudo bem. ― Ela suspirou, lamentavelmente concordando. Elle tentou animá-la. ― Quer ir às compras amanhã? Eu tenho a sexta-feira de folga. Eu acho que nós merecemos. ― Nós certamente iremos... cercadas por essas três idiotas.

Vinte e Nove

O som de sebastian mijando em si mesmo ― Então, o que vocês meninas querem comer? ― Perguntou Nero, uma vez que entrou no refeitório, sem saber o que exatamente essa pergunta significava para elas. Chloe olhou para Elle, sem saber como responder. E pela forma como Elle deixou cair rapidamente a mão de Nero, ela não sabia como responder a essa pergunta melhor do que ela. Ele, então, lhes disse como se elas já não soubessem: ― É ou pizza ou a mesma fila que sempre estiveram aqui de hambúrgueres e empadas de frango ― Eu não me importo. ― Sim, uh, eu, também. ― Chloe voltou a olhar para o chão. ― Jesus, escolha já. Eu estou morrendo de fome. ― Amo ainda estava claramente em um humor nada melhor do que era esta manhã. ― Empadas de frango parece bom. ― Elle respondeu depois de ver que ninguém estava realmente nessa fila. Vincent não parecia aprovar de sua escolha. ― Quem não escolhe pizza? ― Elle, você gosta de pizza? ― Perguntou Nero. ― Sim ― Ela murmurou a resposta dela. Amo cruzou os braços sobre o peito. ― Chloe, você come pizza?

Não é como se você se importasse, de qualquer maneira. Chloe só assentiu depois que ela olhou para Elle para aprovação. ― Então, por que merda eu não posso ter pizza? ― Vincent perguntou. ― Elle, por que você escolheu essa fila? Não responda. Os olhares em seus rostos estavam ficando assustadores. ― Nós sempre escolhemos a fila que não tem ninguém nela. ― E o que acontece se as filas são da mesma comida? Elle, pare de responder as perguntas de Nero! Ela não podia deixar de torcer as mãos, sentindo a raiva começar a irradiar fora deles. Leo apareceu do nada. ― Ei, pessoal, o que foi? ― Cale a boca, Leo. Responda a porra da pergunta, Elle! ― Amo rugiu, claramente já sabendo a resposta, mas queria ouvi-la. Chloe cravou as unhas em sua pele quando ela sentiu os olhos de Amo passar de Elle para ela. Por que ele se importa, de repente? Elle olhou para o chão, incapaz de encarar os seus rostos por mais tempo. ― Se as filas são as mesmas, então nós escolhemos a que tem as pessoas menos assustadoras nela. ― Jesus Cristo. ― Nero expressou. ― Pelo amor de Deus. ― Amo disse mais alto. ― Filhos da puta. ― Vincent de alguma forma respondeu o mais alto. Os olhos de Leo dançaram em torno do grupo. ― Isso significa que elas não querem pizza... ― Cale a boca, Leo! ― Todos os meninos disseram em uníssono, assustando Elle e Chloe. ― De agora em diante, você, porra, comerá o que quiser. Ambas, entendem? ― Nero disse a elas. Elle foi rápida em acenar com a cabeça. Chloe ficou em silêncio, ainda um pouco assustada com o trio assustador. ― Chloe, se você quiser pizza, porra, você come a merda da pizza, entendeu? Seus olhos se arregalaram quando Amo berrou, exigindo uma resposta.

Ferozmente, ela balançou a cabeça, não querendo torná-lo ainda mais furioso. Ele parecia louco o suficiente sobre ela e ela não entendia o porquê. O momento em que Elle partiu para a fila de pizza, Chloe estava bem atrás dela. Ouvindo Vincent dizer: “Vamos matá-los”, fez seu sangue acelerar. No momento em que entrou na fila, todo mundo já estava lá, então eles foram forçados a ficar muito atrás. Leo as acompanhou primeiro e foi logo seguido pelos três rapazes. Chloe engoliu em seco. Eles se parecem como se estivessem prontos para assassinarem muitas pessoas. ― De jeito nenhum eu estou esperando essa porra de tempo. Você sabe que eles acabam com as pizzas. Vamos furar. Elle parou Amo. ― Não, isto está errado. Nós não estamos furando. ― Desculpe, querida. Depois do que você me disse, eu francamente não dou a mínima para o certo e o errado. ― Vincent começou a furar a fila, gritando “mexase” a qualquer um que não o fazia em primeiro lugar. Amo foi rápido a participar e, de repente, a fila se separou para eles. Nero empurrou Elle para ir e Chloe foi forçada a seguir. Sentindo-se extremamente desconfortável nem sequer começa a descrever como se sentia por cortar cada aluno na fila que já tinha a chamado de aberração. Por favor, deixe-me desaparecer... Quando uma bandeja foi estendida para ela, ela olhou para cima para ver Amo estendendo-a. Foi a primeira vez que ela pode ver algo que quase parecia bom sob o seu exterior áspero. Lentamente ela tomou dele, tentando desviar o olhar quando ela o fez. Ela cresceu quase convencida sobre a aspereza dele e vê-lo de forma diferente, por uma vez, parecia estranho. Foram todos pela fila muito rapidamente e foram para sua mesa em um momento. Sentando-se, ela podia dizer que Elle estava envergonhada quando Nero a beijou na bochecha, mas Chloe achou um pouco doce. Era obvio que os dois eram perfeitos um para o outro.

Ficando nervosa sobre quem iria sentar ao lado dela hoje, ela ficou aliviada quando foi Leo novamente. Este dia está se transformando em tudo bom, afinal. Chloe quase sorriu quando ela trouxe sua pizza para seus lábios. Escolher a comida de acordo com a escolha dos outros era horrível, porque elas nunca eram capazes de comer as coisas boas. Nero rapidamente tomou conhecimento da alegria em seus rostos. ― Quando foi a última vez que você comeu pizza na escola? Você poderia dizer que Elle estava desconfortável novamente. ― Desde o ensino médio. ― Eu comi no primeiro ano. ― Chloe entrou na conversa, lamentando sua declaração no momento em que saiu. A pizza era tão boa comparada às empadas de frango que ela nem estava pensando. Mais uma vez, a tensão voltou a encher e a raiva que aliviou um pouco voltou em um instante. Leo tentou aliviar a tensão por si mesmo, expressando a pergunta que ele provavelmente teve no segundo que viu suas cicatrizes. Desde que ele era mais jovem do que eles, ele não saberia. ― Chloe, como você conseguiu essas cicatrizes? ― A mesa ficou em silêncio e os meninos esperaram para ouvir as palavras saírem de sua boca. Essa era a primeira vez em muito tempo que alguém lhe perguntou. Todo mundo sabia e fez piada com ela por isso. Pelo menos, todos sabiam a mentira que seu pai criou. Quando ela olhou para seu prato, os olhos do diabo apareceram diante dela, lembrando-a exatamente como ela conseguiu. ― Ela esteve em um acidente de carro. ― Elle respondeu, vendo que Chloe não podia. Seu riso zombeteiro tocou em seus ouvidos. Mentiras. Isso só fez Leo querer saber mais. ― Oh, droga. Quando? Fique quieta, menina... Seu coração acelerou, sabendo que algo estava prestes a chegar.

― Quando éramos calouros. ― Era obvio que Elle não gostava de falar sobre isso mais do que Chloe. ... ou isso só vai doer mais. Chloe prendeu a respiração, à espera de impacto.

Mais tarde naquele dia, Amo começou a caminhar na direção que Sebastian estava correndo. ― Eu vou voltar para a aula. ― Ele disse a seus amigos, deixando-os fora da escola. Ele não sabia por que Nero deixou Sebastian sair fácil, já que a última conversa que tiveram com ele claramente não foi eficaz o suficiente. Ele, com a maldita certeza, não ia ficar em torno e concordar com o Nero, como Vincent concordou. Hoje, Amo havia descoberto o quão mal Chloe e Elle foram tratadas e que sacudiu algo dentro dele. Todos esses anos, eles foram para a mesma escola e eles não tinham ideia de quão ruim era. Não tenho ninguém além de mim para culpar. Abrindo a porta da escola, ele sabia que Sebastian ainda estava no outro lado disto. Ele estava tentando recuperar o fôlego e enxugar as lágrimas do rosto. Então, no momento em que Sebastian viu Amo, já era tarde demais. Amo cobriu a boca para abafar os gritos e o empurrou contra a parede com tanta força quanto podia. Olhando para ele, ele podia ver o medo crescer dez vezes nos olhos de Sebastian. ― Eu não sei por que Nero não bateu em você agora. As lágrimas da pequena cadela acabaram de limpar apenas voltaram. Quando Amo empurrou o braço em sua garganta, Sebastian começou a se afogar em sua mão. ― Eu deveria apenas, porra, quebrar seu pescoço aqui mesmo. Quando ele finalmente ouviu o som de Sebastian mijando nele mesmo, deixou-o ir um pouquinho.

― Mas Nero não vai me deixar, por isso, se eu descobrir que você teve algo a ver com bater na cara de Elle na hora do almoço, vou ter a maldita certeza de que Nero não vá cometer o mesmo erro novamente. ― Ele empurrou o braço mais forte em seu pescoço, o cheiro de sua urina cumprimentando seu nariz. ― Mas se eu descobrir que você já colocou as mãos em Chloe, vou tirar a porra do seu pescoço da próxima vez. Depois disso ele deixou Sebastian ir, antes que ele fizesse exatamente isso, Sebastian saiu correndo, desta vez com certeza de não ser pego novamente. Amo tentou se acalmar ao ter visto que a caixa de leite perfurou Elle no rosto, no almoço hoje, ao ponto dela sangrar. Ele tinha certeza de que isso irritou Nero, mas o que ele não esperava foi a expressão nos olhos de Chloe. Ela tinha se sentado ali, imóvel, depois do que aconteceu, claramente passando por uma turbulência interna, completamente e totalmente de medo. Nenhuma vez ele viu alguém realmente com medo, até que ele olhou nos olhos dela. Tudo o que ela passou, ele queria saber. E depois de hoje, ele não acreditava que ela esteve em um acidente de carro. Nem pela porra de um segundo.

Trinta

O animal pode não ser tão mau depois de tudo ― Ok, Amo. Você pode levar Chloe para a classe ― O quê? Não. Nós precisamos de todos juntos. ― Elle disse à Nero, não querendo dar uma chance de que eles iriam tentar algo novo só depois de tentarem levá-la para fora durante o almoço. Chloe queria concordar com a sua amiga, mas a voz de Amo era baixa, ordenando: ― Vamos, Chloe. Vendo o impulso de Elle para o peito de Nero em desacordo, ela percebeu o quanto ela tinha realmente sobrecarregado Elle todos estes anos. Como hoje, quando sua amiga foi atingida, ela não tinha se mexido para ver se ela estava bem. Ao invés, ela havia estado presa em seu próprio inferno no lado de dentro de sua cabeça. Era hora de começar a se afastar de Elle, apenas um pouco para que Elle pudesse ser livre. Tendo que olhar para longe de Elle, Chloe olhou para o chão, enquanto se afastava com Amo. Ela podia ouvir a briguinha de Elle, mas Nero não aceitaria, mantendo-a no lugar. Era difícil afastar-se dela assim. Mas eu tenho que começar a cortar o cabo um pouco... para ela. Chloe ficou atrás de Amo, fazendo-o parar rapidamente e virar. ― Não me faça mostrar-lhe novamente... ― Sua voz era tão baixa que era como se ele estivesse desafiando-a.

Seus olhos quase saltaram para fora. Ela moveu-se rapidamente ao lado dele antes mesmo de terminar a frase. Não havia dúvida de que ele ainda estava furioso do almoço e ela não podia deixar de se perguntar se alguém poderia ter sofrido um terrível destino, enquanto estava em sua última metade do espanhol. Da última vez, era óbvio que os meninos tinham pulado a última metade de suas aulas e chegado a Sebastian, dando-lhe um olho negro. Seus instintos lhe disseram que voltou para a segunda rodada. Andar ao lado dele era exatamente tão terrível como você poderia pensar. Todo mundo — e quero dizer, todo mundo — olhou para eles, dando-lhes uma ampla visão. Era como se o corredor tivesse se dividido e todos alinharam contra os armários para vê-los passar. Tinha certeza de que ela tirou sangue de suas mãos com o quanto estava pressionando-as. Por favor, faça isso acabar! Chegando mais perto da porta da sala de aula, ela não poderia aguentar os olhares mais, então ela fez uma corrida por ele e ela mal tocou na maçaneta da porta antes que sua voz explodiu. ― Chloe! De repente, ela soltou sua mão. Amo aproximou-se da porta, abrindo-a. Por que você não pode apenas me deixar fugir? Sentia-se ainda mais constrangida com a cena que ele causou. Depois de caminhar na sala de aula, lentamente, a porta bateu atrás de se antes de Amo fazer ainda mais de um espetáculo. A sala de estudantes a perfurou com os olhos nela ainda mais do que os que tinham no corredor. Finalmente ocupando seu assento, ela fugiu para a beira da mesa, quando Amo sentou ao lado dela. ― Por que você acabou de correr para a porta? ― Ele perguntou em voz baixa. Ela podia sentir o sangue começar a escorrer por suas unhas neste momento. ― Diga-me por que, Chloe. ― Ele exigiu novamente. Ela ainda tinha que olhar para ele e deixar ir uma resposta. Olhando para ela, ele finalmente percebeu as mãos em espasmos.

― Abra suas mãos. ― Ele podia ver o pouco de vermelho que espreitava para fora sob seus dedos. ― Chloe, abra suas malditas mãos antes de abri-las eu mesmo. Gentilmente, ela abriu as mãos, com medo que ele iria cumprir sua ameaça. Ela não teve que olhar para ele para saber o que ele estava pensando. Aberração. ― Merda. ― Levantando-se, ele não perdeu tempo antes de ir para a frente da classe e agarrar a caixa inteira de lenços Kleenexes. Vindo para trás, ele arrancou um monte fora. Você podia ver que ele queria pegar suas mãos e manter os lenços nas marcas, mas não o fez. Ao invés, ele colocou-os cuidadosamente em suas mãos, certificando-se de não a tocar. O ato foi quase... doce. Ele a fez se perguntar se ele era mesmo uma besta ou um babaca. Fechando as mãos, ela deixou os lenços começarem a absorver o sangue. Desta vez, sua voz foi suave quando ele perguntou: ― Por que você correu para a porta? Ela descobriu que ela poderia falar com este Amo. ― T-Todos e-estavam olhando para nós. ― É por isso que você fez isso a si mesma? ― Solenemente, ela balançou a cabeça. Retirando mais lenços, ele a fez mudá-los. ― Coloque mais pressão sobre isso. Ela fechou as mãos com mais firmeza para parar o sangramento. ― Me desculpe, eu gritei com você. Eu pensei que você estivesse fazendo isso apenas para que eu não conseguisse segurar a porta aberta para você de novo. Ela

foi

finalmente

capaz

de

encontrar

seus

olhos

escuros.

Vendo

sinceramente o quanto ele realmente se sente sobre isso, fez seu coração saltar um pouco. Ela não tinha certeza se de fato o conhecia. Descobrir que ele só fez a cena porque ele queria manter a porta aberta para ela, era bonito de uma forma cavalheiresca. ― Está bem. Vou deixar que você mantenha as portas a partir de agora. Na verdade, ele abriu um sorriso para ela. Foi o primeiro que ela realmente viu nele. BRRRING.

Ela rapidamente desviou os olhos. O sino fez perceber que ela estava olhando para ele. Suas bochechas coraram um pouco quando ele não mexeu os olhos dela imediatamente. Sua aula pareceu rastejar e cerca de um terço dela, Amo a fez verificar as mãos para ver se o sangramento havia parado. Tinha, então, nesse momento, Amo levantou-se sem se importar com a palestra do professor e jogou fora todos os lencinhos utilizados, bem como colocou a caixa de volta na mesa. Enquanto caminhava de volta ao seu lugar, Chloe sentiu seu olhar até que ele se sentou. No restante da aula, ela sentiu ele ficar um pouco mais confortável ao lado dela. Não era muito, mas uma pequena diferença, era algum tipo de progresso. Isto pareceu fazer a aula mais seguir mais rápido e quando o último sinal do dia tocou, ela ficou surpresa pela primeira vez. ― Você não vai tentar fazer correr para porta de novo, não é? ― Ele perguntou quando ela rapidamente se levantou. ― N-Não, o armário de Sebastian está lá fora e você basicamente disse que você não iria me ajudar, lembra? Um olhar complacente atravessou seu rosto. Instantaneamente, ela se esqueceu de todas as coisas boas que Amo acabou de fazer por ela. ― V-você f-fez alguma coisa para ele. Seu rosto caiu. ― Não, eu não fiz. Voltei para a classe. Nero e Vincent foram os únicos que foram e falaram com ele. Chloe mordeu o lábio. ― Sério? ― Sim. ― Amo tranquilizou-a. Olhando para ele por um momento, ela começou a acreditar nele. Pelo menos eu acho que ele está dizendo a verdade... Levantando-se, ele foi até a porta, em seguida, parou quando ela não seguiu. ― Você vem? Chloe não queria sentir os olhares sobre ela outra vez. Parecendo ler sua mente, Amo perguntou: ― Você sabe por que eles estão olhando assim, não é?

Ela olhou para o chão. ― Porque eles pensam que eu sou uma aberração... ― Não, você não é uma aberração. ― Amo estalou. Ele parou por um instante antes de dizer: ― É porque eles nunca me viram caminhar com uma menina na escola antes. Ela não acreditou no início, mas relembrando, ela percebeu que não tinha, também. Nero e Vincent sempre foram os únicos com as meninas envolvidas em torno deles entre as classes. Juntado uma pequena quantidade de coragem que ela tinha dentro dela, ela tomou seu primeiro passo em direção à porta. O animal pode não ser tão ruim, afinal.

A raiva explodiu de Chloe quando ela olhou para a besta. Foi uma sensação de que ela não se sentia tão pura, provavelmente, nunca em sua vida. Ele só piorou com cada lágrima que caiu com a cara de sua amiga. Ela viu Elle aguentar o espancamento, mas ela nunca testemunhou ela sentir uma dor assim. Elas acabaram de capturar Nero, Amo e Vincent em uma briga, mas que não foi a pior parte. Quando as meninas nos vestidos apertados haviam se envolvido em torno dos meninos, Chloe certamente não ficou chocada quando Vincent aceitou-a ou até mesmo Amo, mas ela ficou chocada que Nero tinha uma menina envolta em torno dele. Chloe podia ver nos olhos de Nero cada vez que olhava para Elle: ele a amava. Ela não sabia por que ele iria foder tudo isso. ― Vamos. ― Elle disse a Chloe através das lágrimas. Ela tinha basicamente apenas dito a Nero para ir se foder e só queria ficar longe dele. A raiva atingiu o ponto final dentro de Chloe. Pensei que estávamos começando a ser amigos. Nero e Elle era o que estava segurando a aliança juntos. Sem eles, não havia amizade, especialmente desde que ele fez algo assim para causar tal sofrimento para ela.

Ela sabia exatamente quem havia tocado a parte maior nisto. Eu posso ver isso em seu rosto apavorado. Movendo seu pé para trás, ela o chutou na canela o mais forte que podia. ― Ai! Que merda que eu fiz? ― Amo gritou, segurando sua canela. ― Você deveria ter vergonha de si mesmo. ― Ela, então, apontou para Vincent, que começou a afastar-se dela, com medo da segurança de sua própria canela. ― E você também. Olhando para trás, para Amo, ela o deixou saber que ela sabia que isso aconteceu por causa dele. ― Eu sei que você o colocou nisso. Andando até sua amiga agora chorando com um pouco de sorriso, Chloe parou e olhou para Nero. ― Não tenho nada para lhe dizer. Você sabe o que você acabou de perder. A cada passo para seu carro, a raiva lentamente deixou o seu corpo, fazendo-a perceber o que ela acabou de fazer. Foi como... se estivesse possuída. Entrando em seu carro e vendo Elle no banco do passageiro enxugando as lágrimas, Chloe sentiu a necessidade do choro atingi-la também. Se ela pudesse, ela estava quase certa de que iria chorar ao lado dela. Medo se instalou dentro dela, mas não era o tipo que ela estava acostumada. Lá atrás, ela pensou que Elle era a única com mais a perder sem o Nero. No entanto, ela sentiu como se tivesse perdido algo tão grande. Todos os dias, Amo a supervalorizava, todos os dias, ela confiou nele um pouco mais e todos os dias, ela podia sentir o início de uma amizade se aflorar. O fato de que ela estava sentindo o início de uma amizade com Amo, assustava. O fato de que uma tristeza forte veio sobre ela desde que ela não estava indo para ver sua amizade crescer, realmente a assustava...

Ela acabou de me chutar? A perna de Amo ainda doía enquanto ele caminhava para o carro. Maldição, ela se limitou a me chutar, porra!

Tinha-o culpado por Nero ter saído com outra menina, mas a única razão que Nero saiu foi porque ele realmente não tinha muita escolha. Ele havia estabelecido a data antes que Nero percebeu que ele totalmente a queria. Amo sabia que Nero viria à conclusão de escolher Elle sobre o trabalho. Era obvio que ele gostava muito dela. No entanto, Nero tinha que fingir para o chefe que ele não estava se apaixonando, porque se o patrão descobrisse sobre eles e, em seguida, eles cancelarem, teria um olhar desconfiado. O pai de Nero já estava cético em relação a suas lealdades. Cassandra também deveria estar aqui esta noite. Desde que ela estava suspensa esta semana, eles não a viu. Eles queriam falar com ela fora da escola e obrigá-la a dizer-lhes toda a merda que eles fizeram a Elle e Chloe. Nero tinha planejado matar dois pássaros com uma pedra esta noite: ganhar a confiança de seu pai e colocar as mãos em Cassandra. Mas tudo foi para a merda no momento em que Elle apareceu. Eles nem sequer entenderam por que ela veio para Poison, de qualquer maneira. Era um salão para os adolescentes e definitivamente não é um lugar onde Elle ou Chloe já foram antes. Elle disse que recebeu um texto de Nero para vir aqui, mas ele não enviou um. Estamos sendo manipulados de alguma forma. Alguém estava um passo à frente deles e ele podia sentir. Ele só esperava que não viesse atormenta-lo antes que ele pudesse vê-lo chegando. Você deveria ter vergonha de si mesmo… As palavras de Chloe giravam em sua cabeça. Ela mal conseguia olhá-lo nos olhos no dia a dia, ainda esta noite, ela encarou a besta e chutou. Ele estava acostumado a ver essa sugestão de medo em seus olhos cada vez que ela olhou para ele, mas, pela primeira vez, ele viu desaparecer por apenas um momento. O medo era a única coisa que ele pensou que vivia em Chloe. Mas, caramba, eu estava errado. Um sorriso tocou seus lábios. Nenhuma garota jamais se atreveu a fazer algo assim para ele. Não só isso, mas ele tinha que deixá-la viver para contar. Tudo o que ele fez para mudar sua imagem funcionou. Ele não viu até agora, mas isso era exatamente o que ele esperava.

Não havia dúvida de que Nero estava recuperando Elle, o que o colocou de volta onde ele queria. Antes que ele abrisse a porta de seu carro, o estalar dos saltos veio por trás dele. ― Amo, você não se esqueceu de mim, não é? Virando-se, viu Christa animando seus peitos para ele olhar. Em vez disso, ele se virou para entrar em seu carro. ― Não, eu não. ― Mas, mas, eu pensei que estava indo para sua casa hoje à noite. Amo abriu a porta e entrou, ignorando sua voz de bebê antipática e lágrimas falsas. ― Como é que eu vou chegar em casa? ― Ande. ― Ele bateu a porta na cara dela. Ligando o carro, ele ignorou a menina gritando palavrões pela de sua janela e dando um chilique. Eu posso ser um bom rapaz. Ele acelerou o motor, acelerando e deixando para trás a menina quando ela tentou atirar seu sapato em seu carro, mas falhou miseravelmente. Eu posso, pelo menos, fingir ser.

Tinta e Um

Yin e yang Foi duro para as duas quando segunda-feira veio e Nero e Elle ainda não estavam falando um com o outro. Foi ainda mais duro, considerando que a suspensão de Cassandra estava agora terminada. Com Cassandra de volta, elas concordaram em deixar Vincent caminhar com elas para a aula, desde que ele era a pessoa que elas culparam o mínimo, considerando que Vincent não poderia fazer nada por si mesmo, ele era apenas louco. Quando Vincent e Elle a deixaram na sala de Saúde, foi estranho, porque uma parte dela se acostumou a Amo levá-la. Não. Não, eu não me acostumei. Entrando, ela se sentou na parte de trás e colocou a mochila em cima da mesa ao lado dela, onde Amo sentava. Bem, onde costumava sentar-se. Ela foi se certificando de que ele não estava indo sentar-se ao lado dela agora. A porta se abriu um minuto depois, fazendo-a prender a respiração quando a besta entrou. Ela imediatamente baixou os olhos para o chão, com medo de olhar para ele uma vez que ele visse que sua bolsa assumiu o seu lugar. Enquanto o sentia chegar cada vez mais perto da mesa, sua determinação começou a quebrar pouco a pouco. Era óbvio que ele viu a bolsa a essa altura e era óbvio que ele não deu a mínima para isso. Amo se aproximou da mesa. ― Você está tentando me dizer que você não quer que eu me sente aqui?

Olhar para ele era uma má ideia. Engolindo em seco, ela balançou a cabeça com o melhor de suas habilidades. ― Isso fere meus sentimentos. ― Disse a ela com uma voz triste. Chloe simplesmente olhou para ele, atordoada. Ela queria esfregar os olhos para ver se isso era mesmo real. ― Isso não é justo. Você está dando a Vincent outra chance. Ela não podia acreditar. Ele realmente parecia triste. ― M-mas, Elle deu-lhe uma, também. ― Bem, eu não vou dizer se você não disser. ― Amo empurrou a bolsa e pegou o assento antes que ela pudesse sequer pensar em protestar. BRRRING. Merda! Chloe deslizou em sua cadeira. Com o início da aula, ela não teve uma escolha; ela teve que sentar-se ao lado dele. Instintivamente, ela colocou as mãos debaixo da mesa para torcê-las. ― Coloque as mãos sobre a mesa. ― Ele sussurrou para ela. Ela rapidamente sacudiu a cabeça e começou a pressionar as unhas na pele. ― Por favor, Chloe. Eu não posso vê-la fazendo isso para si mesmo. ― Ele implorou. Quando ela olhou para ele, era a primeira vez que ela realmente olhava para ele, como realmente olhou em seus olhos. Eles não eram o abismo negro olhando para ela, como ela sempre pensou. Eles poderiam ser escuros, mas eles também tinham uma leveza neles. Quase como um brilho de prata que atravessava, dandolhes vida. Eles estavam escuros, porém, leves, lembrando-a do yin e yang. Respirando, ela colocou as mãos sobre a mesa. Amo sorriu. ― Obrigado. Ela teve que olhar para longe dele após o sorriso encantador que ele lhe dera. O que no mundo está acontecendo? Foi difícil para ela manter as mãos sobre a mesa, especialmente quando tudo o que ela queria fazer era torcê-las até que ela não tivesse deixado pele.

Na metade da aula, só piorou quando a súbita vontade de fazer xixi a atingiu. Ela sempre foi cuidadosa sobre o quanto de água bebia na escola, mas hoje ela esteve tão sedenta e agora estava pagando o preço. Será que esta aula nunca vai acabar? Chloe girou em sua cadeira, tentando ser discreta. Se ele não tivesse se sentado ao lado dela hoje, ela não iria ter que se preocupar com os movimentos embaraçosos que pegariam a sua atenção. ― O que você está fazendo? ― Perguntou Amo, olhando como se ele também estivesse ficando nervoso de todos os seus movimentos. Instantaneamente ela parou de se mover, apertando seu livro em suas mãos. ― N-nada. ― Alguma coisa está errada, ou você não estaria se contorcendo desse jeito. Chloe apenas enterrou a cabeça no capítulo que a Sra. Saylor estava lecionando. Já era bastante ruim ter que se sentar e ouvir sobre os órgãos reprodutivos de uma mulher, mas a bexiga completa tornou quase impossível de fazer anotações. ― Você vai me dizer... ou eu tenho que descobrir sozinho? ― O riso em sua voz teve seu entendimento de que ele já sabia o que era a causa de sua aflição. Foi difícil para ela abster-se de chutá-lo novamente. ― Eu preciso ir ao banheiro. ― Ela sempre esteve sussurrando antes, mas agora ela sussurrou até mesmo mais baixo. ― Então peça pelo passe livre de corredor. A última coisa que ela ia dizer a ele era que ela estava com medo de ir lá. ― Eu-eu posso esperar. ― Eu estou supondo que terei que a ver se contorcer pelos próximos trinta minutos, ao invés de você apenas ir fazer xixi? ― Ao contrário dela, a voz de Amo só foi ficando mais alta. Chloe queria que o chão se abrisse para engoli-la. Seria mais fácil do que os olhares que ela estava recebendo por causa de sua voz. Será que ele sempre tem que fazer de tudo uma cena esdrúxula? Ou será que ele apenas está me envergonhando? Ela sussurrou para ele de um jeito baixo. ― Por favor, fique quieto. Você vai me causar problemas. O suspiro que saiu dele soprou seu cabelo em sua bochecha. Ela empurrouo de volta para vê-lo sentado ereto na cadeira. Não, por favor!

― Sra. Saylor, Chloe precisa ir ao banheiro. O que ele faria se eu pegasse meu livro e tirasse o sorriso do seu rosto? Sra. Saylor foi para sua mesa, pegando o cartão. ― Não demore muito. Chloe sentiu cair sua boca aberta e seu rosto ficar vermelho. ― Sim, Sra. Saylor. Ela saiu correndo da sala de aula, incapaz de respirar depois de fechar a porta atrás dela. Ela não queria mais atenção atraída por ela, mas toda a classe viu a sua licença e ela teria que ir para dentro para seus olhares. Respire... respire... Segurando o passe do corredor, ela caminhou até a esquina com o banheiro, já temendo voltar. Ela não parou para pensar antes de entrar na zona de matança. Stacy e Stephanie estavam paradas na janela do banheiro, fumando um baseado. Oh Deus. Oh Deus. Vou morrer. Elas não se moveram, observando-a com seus olhos redondos. ― Que porra você está fazendo aqui? Se Chloe fosse valente como Elle, ela teria levantado o passe livre para elas lerem e lhes diria que, se eles não cabulassem aula tão frequentemente, elas seriam capazes de ler o passe. No entanto, ela não era corajosa e elas adoram infligir dor, tanto quanto Cassandra. Congelando no lugar, ela tentou dizer às suas pernas para sair quando ambas começaram a chegar mais perto dela, chamando-a de aberração. Fique parada, pequena... O barulho na abertura da porta do banheiro teve sua cabeça virando para trás para ver Amo entrando. Sua voz ficou cruel, olhando para as duas meninas que quase tinham Chloe em seu alcance. ― Que porra é essa que você acabou de chamá-la? Ambas as meninas ficaram pálidas. ― Nós estamos... desculpe... Amo. ― Stephanie tentou sair. ― Eu não quero ouvir você me dizer isso. Você diz a Chloe como porra você está arrependida. ― Ele rosnou para elas. ― T-tudo bem, Amo. Vamos voltar para... ― Agora! ― Ele rugiu sobre a voz de Chloe, a ignorando.

Rapidamente, as duas cuspiram as palavras umas sobre as outras. ― Eu sinto muito. ― Sinto muito, quem? ― Perguntou. ― Sinto muito, Chloe. ― Cada uma delas lhe disse em uníssono. ― Dá o fora daqui. ― Ele falou friamente. Nunca viu o medo nos rostos dessas meninas, mas isso era tudo o que ela viu agora quando elas rapidamente deixaram o banheiro com o rabo entre as pernas. Chloe ficou com um pouco de inveja. Ela queria ter dado o fora de lá sozinha. Amo parecia e soava mais assustador do que nunca. Quando ele continuou a ficar lá e olhar para ela, ela desejava que tivesse uma chance com as meninas. Ela teve que virar o rosto para que ele não pudesse ver quão assustada estava. ― P-por que não está em sala de aula? ― Lembrei-me de Stacy e Cassandra se vangloriar de cabular aula. ― A voz dele ainda estava cruel. Chloe teve de lamber os lábios secos. ― Oh... ― Apresse-se antes que a Sra. Saylor venha procurar por nós. Não até que a porta se fechou atrás dele, deixando-a sozinha, ela deixou a respiração sair.

Amo cerrou os punhos, querendo ir atrás dessas fodidas putas que tiveram cinco segundos antes de colocar suas mãos sobre Chloe. Levou todo o controle que ele possuía para ficar no banheiro por mais um minuto, sabendo que se ele saísse e as visse correndo pelo corredor, ele iria quebrado seus pescoços ao meio, como ele queria desesperadamente fazer alguns dias atrás...

― Nero, você não nos disse que estávamos indo ter uma festa! ― As meninas saltaram para cima e para baixo no momento em que Amo e Vincent se juntaram a eles na varanda do Nero em sua casa. Stephanie rodou-se em torno de Amo. ― Nós finalmente vamos conseguir transar com você? Ele lentamente a apoiou até que suas costas bateram no parapeito enquanto Vincent estava fazendo exatamente o mesmo com Stacy. Assim que Nero fechou a porta da varanda, Amo deslizou a mão na parte de trás de sua cabeça, levando uma enorme pilha de cabelo em suas mãos. De repente, ele empurrou para baixo, ouvindo um “pop” do pescoço, no processo. Gritos, gritos bonitos, encheram o ar... Querendo saber todos os que já colocaram a mão em Chloe e Elle, eles enganaram as duas cadelas levando-as mais próximas para que eles pudessem questioná-las. Ninguém estava dando informação real sobre a merda que acertaram Chloe e Elle completamente. Stacy e Stephanie disseram, pouco convincente, para pedir a Chloe, insinuando que ela era uma parte nisso, que ele não acreditava. Eu deveria ter quebrado a porra dos pescoços, então. Respirando de forma lenta e profunda, ele tentou se acalmar. Ele estava tentando mudar sua personalidade com Chloe e ele estava fazendo um bom trabalho até que ele entrou nisso. Depois de vê-la assustada lá dentro, ele poderia dizer que ele tinha que fazer o controle de danos. Sim, graças a essas vagabundas. Vamos apenas esperar que eu possa, porra, repará-lo.

Chloe não perdeu tempo antes de usar o toalete e lavar as mãos. Amo estava encostado na parede quando ela saiu, embora ela tentou o seu melhor para evitar o contato visual com ele. ― Pronta? ― Perguntou Amo, soando... tranquilo?

Ela não podia deixar de olhar para ele agora e vê-lo perfeitamente bem, como quando ele esteve na sala de aula. Ela assentiu, voltando para a classe. ― Me desculpe se eu a assustei. Eu estava apenas tentando assustá-las o suficiente para que nunca a toque, se elas tiverem você sozinha de novo. Ela engoliu o nó na garganta. ― T-tudo bem. A voz de Amo ficou triste novamente. ― Todo mundo pensa que eu sou mais violento do que eu realmente sou. ― Você tem que estar brincando. ― Chloe não podia deixar de rebentar em gargalhadas. ― Não. ― Ele parou de andar, claramente não gostando dela rindo dele. ― Que razão tenho dado que você acha que eu sou uma pessoa desse tipo? Será que ele tem danos cerebrais a partir de todas as brigas em que ele esteve? Uma imagem dele balançando um adolescente pelo seu pescoço passou diante dela, de quando Elle e ela o viu no meio de uma briga na Poison. ― Hum, que tal quando você estava sufocando aquele cara sexta-feira? ― Primeiro, Vincent foi o único que começou a luta e eu o estava impedindo de fazer dupla com seu parceiro em cima de Nero. Ele não estava tentando jogar limpo e eu não queria que Nero se machucasse. ― Chloe piscou para ele, tentando processar o que ele acabou de dizer. Cruzando os braços, ela teve outra lembrança em posição chegando a ela. ― Ok, então, eu vi Sebastian com o olho roxo quando nós fomos para casa o primeiro dia em que todos se sentaram e almoçaram conosco. Tenho certeza de que foi você. ― Uau. ― Amo disse a ela pelo o que ela acabou de lhe lançar. ― Nero foi quem lhe deu esse olho preto, não eu. Ela não queria acreditar nele no início, mas ele não parecia que estava mentindo. Ele realmente parecia um pouco ofendido. ― Você jura que não lhe deu o olho preto? ― Eu juro. ― Amo levantou a mão que ele tinha ao seu lado. Chloe estava satisfeita que ele estava dizendo a verdade, em seguida, ela foi capaz de relaxar um pouco.

― Nero e Vincent são os egoístas, você sabe. Eu sou o bom. Olhando para ele por um momento, ela começou a pensar que ela poderia ter sido muito dura com ele. Este foi claramente um assunto delicado para ele. ― Eu acho que você vai ter que provar isso. ― Ela sorriu para ele. Ele sorriu de volta. ― Eu posso fazer isso. Chegando à porta, Amo a abriu para ela e ela correu para dentro para entregar a Sra. Saylor o passe de corredor. Sentando-se novamente não foi tão ruim quanto ela esperava. A maioria dos estudantes estavam focados em suas atribuições e o grande corpo de Amo bloqueou sua visão enquanto caminhavam pelo corredor. Chloe abriu seu caderno, controlando seus nervos para que ela pudesse iniciar o trabalho escrito no quadro negro. Bem, eu não vou dizer se você não disser. Chloe ia levar essa coisa toda para a sepultura. Elle mataria Amo se descobrisse que ele chegou a ela para ir ao banheiro. Tudo somado, não foi tão ruim... ela olhou a face da morte e sobreviveu sem Elle ter que tomar seu lugar. Amo pode até ter uma capa debaixo daquela camisa cara que ele estava vestindo. Eu sou o bom. Reunindo coragem, ela olhou para ele, para vê-lo copiar suas respostas. Chloe deslizou sua cadeira de volta para o canto de sua mesa, de modo que não pudesse. Mm-hmm, você está fora de um grande começo de provar isso.

Amo tentou não sorrir quando ela levou seu papel fora da vista. Ele honestamente não poderia culpá-la. Sra. Saylor era uma cadela quando se tratava de cópia e ele estava apenas tentando ir... não tão bom. Ele obviamente não era um filhinho da mamãe, mas fora de seus amigos, ele poderia pelo menos fingir ser o mais bonito. Nero foi quem lhe deu esse olho preto, não eu. Ei, eu não estava mentindo. Eu só estava omitindo o fato de que eu chutei suas bolas tão forte que fez dele a cadela que ele é.

Trinta e Dois

O quintal que parece absolutamente deslumbrante Chloe passou a noite em um jantar que seus pais estavam dando para algumas provedorias e funcionários da cidade. Ela havia se acostumado a fingir, ouvir e sorrir para essas coisas, se ela não quisesse que seu pai viesse até ela depois que acabou. No interior, porém, ela estava mantendo sua mente em outro lugar, pensando no encontro com Amo anteriormente. Desta vez, quando ela pensava nele, nenhum pensamento do demônio veio para ela e seus olhos escuros não se ocuparam do negro do mal. Elle era sua única amiga em anos, mas dentro de uma semana, ela sentiu como se pudesse ter ganho novos em Nero, Amo e Vincent. Sim, eles a assustava, mas eles também foram as melhores coisas a acontecer com Elle e ela, desde que seu ano no ensino médio começou. Agora, tudo o que precisava acontecer era Elle aceitar Nero de volta. Foi difícil para ela acreditar que ele terminou com ela, especialmente depois de hoje, quando ele não fez nada, a não ser segui-las em torno de alguns pés de distância, certificando-se de que elas estavam bem. Algo estava incomodando na parte de trás de sua mente que não era o que parecia. Ele é claramente apaixonado por ela... Desculpando-se com a permissão de seu pai, ela foi fazer uma pausa de tudo para obter a paz e a energia, por um momento. RINNNG. Chloe respondeu ao seu celular no momento em que viu o nome de Elle. Isso estava indo ajudá-la a ter uma distração.

― Ei. Uma voz masculina veio, em vez disso. ― Hey, Chloe. ― Nero? ― Imediatamente, os nervos foram baleados. Algo não estava certo. ― Elle está bem. ― Ele limpou a garganta. ― Mas ela foi atacada no caminho para o trabalho. Eu consegui leva-la para minha casa onde meu médico está examinando-a. Ela só sofreu uma concussão e precisa ser monitorada durante a noite. ― Eu-eu... ― Foi difícil para ela pensar. ― Eu prometo a você que ela vai ficar bem. Eu estava esperando que você a cobrisse e falasse a seus pais que ela vai passar a noite com você. ― Eu quero vê-la. Nero fez uma pausa. ― Ok, eu vou enviar-lhe o endereço. Chloe desligou em seguida, correu pela casa para pegar suas chaves. Ela saiu da casa, esperando que ninguém a notasse desaparecer. Não importava para ela se eles notassem, ou se seu pai iria se vingar; ela tinha que ter certeza que Elle estava bem. Quando tudo vai parar? Quando Elle vai parar de se machucar? Quando vamos apenas ser livres?

A casa parecia impecável quando ela foi até a porta. Se não fosse por Elle estar lá, ela não teria sido capaz de fazer isso. Levemente, ela bateu na porta e não estava esperando a pessoa do outro lado. ― P-por que você está aqui? Amo praticamente levou todo o batente da porta até que ele se moveu para ela entrar. ― Eu vim para me certificar de que Elle estava bem. Vincent veio também. Chloe lentamente entrou, tomando cuidado para se espremer ao passar por Amo. Quando a porta se fechou ao lado dela, seu coração gaguejou. ― Você pode esperar na outra sala por ela. Ela vai descer em um minuto.

Quando ela olhou ao redor do impressionante Foyer, a escadaria grande de ferro forjado foi o que mais se destacou. ― Vou esperar aqui. ― Ela não podia deixar de torcer as mãos. Preocupar-se com Elle era a única coisa que podia fazer no momento. Não só ela estava nervosa, mas ela queria estar aqui quando Elle descesse. É tudo culpa minha. A única razão que Elle se machucou foi por causa dela. Se ela não precisasse dela como um escudo na escola, ela estaria na escola pública e não estaria trabalhando em um restaurante no centro. Ela estaria... segura. Acenando com a cabeça, Amo parecia que estava com sua mente fora da cabeça, mas depois parou. ― Eu prometo a você, Chloe, ela vai ficar bem. Nós não vamos deixar ela ou você se machucar mais. Seu coração apertou naquele momento, quando ela olhou em seus olhos. Ela poderia dizer que ele quis dizer cada palavra. ― Obrigada, Amo. Desta vez, depois que ele concordou com a cabeça, ele deixou a sala, com ela e seus pensamentos. Nero desceu as escadas logo depois, acenando com a cabeça para ela, assim como Amo fez antes de sair do quarto. Finalmente, quando Elle desceu a enorme escadaria, uma pequena parte sua se acalmou. Ela parecia bem, considerando o que aconteceu. Então, novamente, Elle era forte e, infelizmente, acostumada com essas coisas. Elle rapidamente percebeu seu traje, um vestido preto com mangas compridas, meias pretas e sapatos de salto. ― Você não deixou até que acabou, não é? Chloe podia ver a expressão no rosto de Elle, mostrando que ela estava preocupada que seu pai estava indo para fazê-la pagar por isso. Querendo tanto mentir, ela sabia que não havia razão, porque Elle sempre podia saber. Solenemente, ela balançou a cabeça. ― Estou bem. Felizmente, Nero estava lá e isso é tudo que importa. ― Elle sorriu, deixando-a saber que ela realmente estava bem. Ainda incapaz de encontrar palavras, ela balançou a cabeça. Elle decidiu mudar o assunto.

― Você acha que a mamãe vai acreditar que eu estou passando a noite na sua casa? ― Eu-eu não sei. ― Que tal se eu lhe disser que temos um projeto para amanhã? Chloe podia sentir o início da tensão deixar seu corpo. ― Pode funcionar. ― Venha aqui um segundo. ― A voz alta de Nero ecoou por toda a casa. Sua gritaria certamente quebrou a tensão entre elas. Olhando uma para a outro, elas queriam rir do fato de que Nero decidiu gritar, basta dizer-lhes para vir aqui. Respirando fundo, ela tentou relaxar. Ela está segura agora. Chloe passou o resto da noite com Elle na casa de Nero. Eles foram apresentados a Mary, a irmã de Nero, que estava na faculdade. Ela foi surpreendentemente muito boa e era linda de morrer. Elas não estavam exatamente acostumadas a estar em torno de uma menina que não quisesse matá-las, por isso demorou um pouco para Chloe aquecer o suficiente para falar com ela. Não sei se isso foi por causa do jantar de antes ou o novo ambiente de estar na casa de Nero, Chloe precisava desesperadamente tomar um fôlego. No segundo em que ela entrou na sala espaçosa, ela vira uma sugestão do quintal que parecia absolutamente deslumbrante. Ele a chamou, fez uma coceira para querer vê-lo por uma razão desconhecida. ― Você acha que Nero se importaria se eu andasse lá fora? ― Ela perguntou, decidindo aproveitar a oportunidade da chegada das pizzas, para distração. ― Não, ele não. ― Elle sabia que era a única maneira que ela iria sobreviver a qualquer função social. ― Vá em frente. ― Ela sorriu em encorajamento. Chloe foi até a porta de trás e colocou a mão na maçaneta da porta. Ela estava esperando por isso durante toda a noite. Calmamente, ela saiu, fechando a porta atrás dela. Então, se virou, sua respiração foi levada pela visão. Houve apenas uma palavra para descrevê-lo: mágico.

Trinta e Três

ele não era um homem. ele era o bicho-papão Dias Atuais

O cheiro dele foi o que a acordou de seu longo sono. Ela não despertou uma vez, ainda se cobrindo e apertando o casaco de Amo durante toda a noite. Foi o melhor sono que ela teve em anos, fazendo-a se perguntam se sua jaqueta tinha... Ela sentou-se rapidamente e puxou o material longe de seu corpo, colocando-a em sua cama. Ela encontrou-se olhando para ele por alguns minutos, tentando lembrar-se plenamente como ela terminou com isso. O torpor sonolento a desgastou, dirigindo os olhos para sua parede em branco, trazendo a memória viva da noite passada... POP. POP. A arma de fogo mais silenciosa cumprimentou seus ouvidos, seguida por uma porta rangendo. Fique quieta, menina... Sua mente ficou em branco, ela não tinha lembrança de como foi parar na banheira. A voz de Elle parecia tão longe quanto ela ficou na banheira ao lado dela. ― Nero, alguém está a-aqui. Eu acho que eles têm uma arma. Ou isso só vai doer mais... O som da porta se quebrando foi o último som que ela pensou que ela ouviria. Eu vim para você... CRACK.

O som de ossos quebrados cumprimentou seus ouvidos quando um taco de beisebol bateu em um corpo inerte. ESTALO. Outro flash da batida entrando em contato com a perna do homem, o homem que estava praticamente sem vida no chão. Ele levantou o bastão, mais uma vez, parando apenas para olhá-la nos olhos. Um par diabólico de olhos azul-esverdeados olhou para ela, fazendo o seu sangue correr frio. Ela observou seu aperto de mãos no pescoço do bastão com uma força tão intensa que ela pensou que ia quebrar antes mesmo de bater o seu golpe final. Crunch. Enquanto ela observava o homem inalar o ar ao seu redor, ele parecia enlouquecido, sua aparência desgrenhada. Então, ele colocou o cabelo de volta no lugar e você poderia ver o leve sorriso que veio aos lábios. ― Chloe. ― A voz de Amo apareceu em silêncio, tentando trazê-la de volta. Sua jaqueta foi cuidadosamente colocada sobre os ombros depois que ele conseguiu convencê-la a sair para fora do banheiro. ― Vamos levá-la para casa. Aproximando-se dos diabólicos olhos azul-esverdeados, ela agarrou o casaco como se fosse sua vida. A violência acalmou o homem à sua frente. Ele vivia de tortura, alimentava-se de causar dor aos outros. Ele queria que ela o visse e soubesse o que ele era capaz de fazer, ver quem ele realmente era. Lucca era o nome dele, mas ele não era um homem. Ele era o bicho-papão. Ela só testemunhou isto em um outro ser em sua vida: o diabo.

Tinta e Quatro

Quando eu me for Depois daquele dia, trouxe de volta muitas memórias e ela, em seguida, encontrou-se no mesmo lugar assombrado em que esteve depois dela ter sido sequestrada no primeiro ano. Desde então, ela nunca saia sozinha, sempre saia apenas com Elle e Amo. E durante todo o verão, ela encontrou-se diminuindo a quantidade que ela passou com eles... mais... e mais... Vai tornar isso mais fácil para eles... para quando eu me for.

Trinta e Cinco

Quando você estiver sentada na Califórnia, eu estarei sentindo sua falta ― Chloe, por favor! Apenas uma dança! ― Elle gritou com ela sobre a música. Chloe

balançou

a

cabeça

violentamente

quando

ela

se

sentou

desconfortavelmente na mesa superior elevada com a música alta em seus ouvidos. Ela se perguntou, como no mundo, ela deixou Elle convencê-la a vir para a Poison em seu aniversário. ― Você me prometeu que iria sair para o seu aniversário! Oh, sim, eu prometi. Ela me teve dentro por causa disso. A namorada de Vincent, Lake — Sim, o mundo ainda está em seu eixo — gritou por cima da música. ― Vamos, Chloe, você nos abandonou praticamente todo o verão! Isso não era completamente verdade, ela simplesmente não saiu com todos eles de uma vez, nenhuma vez, especialmente nos novos apartamentos de Nero e Vincent no centro da cidade. A última vez que ela tinha se reunido com elas lá, um homem armado as tinha quase matado. ― Vá dançar. Eu vou ficar bem! ― Chloe gritou com elas. Este não era o lugar para uma menina como ela. Ela observou suas amigas rolarem seus olhos antes de agarraram seus namorados e os levarem para a pista de dança. Assistindo Elle com Nero, ela finalmente encontrou uma espécie de paz dentro de uma parte dela. Ela havia se odiado tanto, por tão longo tempo, sobre como ela havia tratado Elle. Chloe nunca iria se perdoar por isso, mas a única coisa

que ela fez direito, era que ela sempre torcia para Nero. Depois de todos estes anos de Elle ser uma heroína, foi a vez dela encontrar alguém para ser sua armadura. Elle nunca precisou de um herói. Elle nunca iria deixar de ser uma, de qualquer maneira. Mas o que ela teve, foi a necessidade de ajuda. Cada grande herói precisava de algum tipo de escudo para protegê-los. Nero era o seu par perfeito e isso era uma coisa que Chloe viu desde o primeiro dia. Ela vai ser feliz sem mim. Considerando que Elle foi a heroína a salvá-la em seu dia a dia, Chloe era a fraca, a pequena vítima que só trouxe dor para ela. Chloe ainda estava quebrada além do reparo e enquanto ela ficasse ali, Elle iria continuar tentar corrigi-la. Pela primeira vez na sua vida, ela precisava ser o herói para Elle, para que ela pudesse viver uma vida livre de Chloe. E pela primeira vez, ela precisava ser o herói para si e deixar sua família e esta cidade para trás com todas as suas más recordações para que ela pudesse encontrar a paz. Amo veio por trás dela, colocando uma garrafa de água na frente dela. ― Você vai se arrepender você sabe. ― Arrepender do quê? ― Ela sorriu para ele, pretendendo parecer feliz. Amo se aproximou tão perto dela quanto podia sem tocá-la, para que ela pudesse ouvi-lo. ― Quando você estiver sentada na Califórnia, sentindo a falta de Elle, você vai se arrepender de não ter dançado com ela uma única vez. Olhando para trás, para sua melhor amiga, ela viu que Elle parecia tão livre. ― Ela parece feliz agora. Eu sempre vou lembrar de vê-la dançar e isso é bom o suficiente para mim. A próxima música foi mais alta do que a última, fazendo com que Amo a inclinasse-se para sussurrar em seu ouvido. ― Você vai dançar comigo, então? Sua respiração estava quente quando tocou sua pele, seu corpo apenas algumas polegadas de distância. Foi o mais próximo que já esteve dela, fazendo com que os cabelos na parte de trás do pescoço se arrepiassem. ― Quando você estiver sentada na Califórnia e eu estiver sentindo sua falta, eu vou lamentar que eu não consegui dançar com você uma vez.

Chloe olhou em seus olhos escuros que levavam um brilho escondido e sentiu um puxão em seu coração. Amo conseguiu entrar em um lugar no seu coração em um curto espaço de tempo de serem amigos. Ele nunca deixou de fazêla rir; ele sempre tentou deixa-la o mais confortável possível; e a melhor parte sobre ele, era que ele nunca a forçou dizer-lhe qualquer coisa. Ele aceitou-a por quem ela era e não a queria para conhecer seus pesadelos, sempre se certificou de que ela estivesse tão feliz quanto ela poderia estar com ele. Amo se moveu apenas uma polegada mais perto. ― Por favor... por mim? Ela não sabia como dizer não a ele naquele momento, não sabia como ela poderia recusar algo que parecia tão significativo para ele. Eu vou me arrepender, também. Antes que ela pudesse mudar de opinião, ela concordou. O olhar que atravessou seu rosto seria o que ela sempre lembraria toda vez que pensasse nele. Levantando-se, Amo liderou o caminho. Agradecida, era quase hora de fechar, por isso quase todos já saíram e a pista tinha muito espaço para ela. ― Yay! ― Elle gritou quando ela nervosamente se juntou a eles na pista de dança. Dizendo que ela estava nervosa era uma atenuação enquanto ela desajeitadamente tentou dançar com eles. Quando ela parecia pronta para sair, os olhos suplicantes de Amo eram as únicas coisas que a mantinham no lugar. Vamos lá, esta é uma das últimas vezes que você começa a se divertir com eles. Ela se animou em tentar novamente e tentou se libertar para uma noite. Finalmente, quando todos eles começaram a dançar feito bobos, como você veria em um casamento, ela relaxou o suficiente. Isso foi sinceramente o mais divertido que ela teve desde sempre, curtindo cada segundo com eles, coletivamente cantando horrivelmente e dançando ridiculamente. ― Esta é a última música da noite! ― O DJ veio ao microfone depois que uma música terminou. ― Boo! ― Todos eles gritaram, não querendo que acabasse.

Enquanto dançavam a última canção, Nero puxou Elle para mais perto enquanto Vincent puxou Lake mais perto para uma dança final. Chloe estava cansada e prestes a ir de volta para mesa e recuperar sua água, mas Amo a deteve. ― É a última e eu quero minha própria dança para me lembrar, quando você estiver em Stanford. ― Ele veio para perto dela. Eu realmente gostaria que ele parasse de dizer isso. Ela não podia dizer não a ele sempre que fazia isso. A adrenalina de dançar ainda estava bombeando nela, então ela ficou para terminar a dança final. Tentando o seu melhor para dançar um a um com ele era difícil, imagina, considerando que eles não estavam tocando um ao outro. Amo ficou mais perto dela, colocando muito pouco espaço entre eles, transformando a dança a sério. O coração de Chloe bombeou com tanta força que pensou que ia sair do peito. De alguma forma, porém, ela conseguiu balançar os quadris para a batida. Olhando para ele, ela viu algo diferente vivo nele. Parecia que Amo ia vir para mais perto... Mas, então, a música parou. ― Eu sabia que você poderia fazê-lo. Não foi muito divertido, Chloe! ― Elle interrompeu o que estava acontecendo entre eles e não foi difícil de perder a reação infeliz de Amo. Com o coração ainda bombeando, ela olhou para Elle, mostrando algum tipo de um sorriso. ― Sim, isso foi divertido. Saindo da pista, Chloe disse suas despedidas a Elle, Nero, Lake e Vincent, com eles lhe desejando um feliz aniversário final. ― Eu vou levá-la para o seu carro. ― Amo disse a ela quando ela foi para dizer adeus a ele. ― Ok. ― Sua voz soava ofegante de toda a dança. Caminhando para seu carro juntos, ela podia sentir a tensão de novo entre eles até que ela chegou ao seu carro. ― Obrigada por dançar comigo. ― Ele olhou para ela, sorrindo. ― Você não é tão ruim. Chloe não pode deixar de rir.

― Oh, obrigada. Você não era tão terrível como eu pensei que você seria, também. Ele riu de volta. ― Bem, eu me diverti e quando você me deixar para ir para Stanford... ― Eu não estou deixando você. Não fala assim! Amo deu um passo mais perto dela. ― Então, você não está saindo? ― Bem... ― Ela pensou sobre as palavras com cuidado. ― Sim, mas não é como se eu gostasse. ― Então não vá. ― Você sabe que eu tenho que ir, Amo... ― Ele faz isso parecer tão fácil. ― O que eu quis dizer foi que eu não quero deixar Elle... ― A voz dela sumiu para encontrar a coragem para suas próximas palavras. ― Ou você. Seu corpo alto se inclinou fazendo-a parecer pequena. ― Você vai sentir minha falta? Com o rosto tão perto dela, ela sentiu seu coração começar a bater novamente. Levou um minuto para encontrar as palavras e quando o fez, elas saíram sem fôlego novamente. ― Claro. Tudo o que podia ouvir era a batida de seu coração cada vez mais alta e mais alta em seus ouvidos. Incapaz de tirar os olhos, ela percebeu que o viu na pista de dança: desejo. O rosto de Amo veio lentamente para mais perto dela e as batidas só aumentaram, mais rápidas, ela prendeu a respiração. Seus lábios estavam tão perto dela, pouco antes deles desabarem, Chloe encontrou uma respiração e virou o rosto. Ver o rosto dela agora, coberto por seu cabelo e respirando pesadamente, ele respirou fundo. ― Sinto muito, Chloe. Quando ela tentou desesperadamente recuperar o fôlego e ter os nervos sob controle de quase ter sido beijada, ela manteve os olhos no chão. Então, ela abriu a porta do carro para escapar da proximidade entre eles. Viu-a entrar e agarrou a porta antes que ela pudesse fechar. ― Eu não deveria ter tentado sem perguntar. Por favor, me perdoe.

Respirando fundo, ela esperava encontrar as palavras. ― T-tudo bem. ― Ela só precisava fugir para o espaço. Depois de ser cercada por tantas pessoas durante toda a noite, parecia que tudo junto a atingiu inteira, ao mesmo tempo. ― Eu-eu prometo. Amo a olhou por um momento e depois rapidamente acenou com a cabeça. ― Feliz aniversário, Chloe! ― Ele disse a ela logo antes de fechar a porta. Vendo-o ir embora, ela cravou as unhas profundamente em suas palmas. Ela pensou que estava indo tão bem esta noite, quase como se ela não fosse atormentada por contato humano. Eu pensei uma vez que poderia ser normal... O aparecimento do primeiro sangue só a fez cavar mais fundo. Achei que pela primeira vez eu não fosse uma aberração.

Porra! Porra! PORRA! Amo podia ouvir o relógio. O tempo era quase passado. Ele era tão cuidadoso para ir devagar com ela, dia após dia para começar sua confiança nele. Agora que o seu tempo estava quase para cima, ele estava virando um idiota, tentando de tudo para chegar perto dela. No entanto, ele tinha medo que pudesse ter ido longe demais. Ele não poderia evitar. O segundo que a vira naquele vestido preto que se agarrava a sua figura curvilínea, ele queria as mãos por todo o corpo e seus lábios por todo o rosto bonito. A cada dia que passava com ela, ele simplesmente se apaixonou mais e mais, encontrando algo diferente para admirar sobre ela. Para ele, ela era perfeita, dentro e fora. Tudo o que ele queria era que Chloe ficasse e continuasse a sua amizade. Se ele pudesse levá-la a fazer isso, então ele poderia ser paciente e levar o tempo que ela precisava para se tornarem mais. Eu esperaria para sempre por ela, se isso é o que é preciso.

Trinta e Seis

Dessa forma, ele sabe que estou realmente indo... e que não voltarei ― Você já terminou de arrumar? Chloe fechou a mala grande, lutando para tira-la da cama. ― Quase. Eu tenho tantas roupas, elas não vão caber. ― Ela olhou para as duas malas que já foram preenchidas, os zíperes ameaçando quebrar. ― Você tem uma mala, eu poderia... ― Eu preciso das que eu tenho. Além disso, elas não irão combinar. ― Sua mãe falou. Suas malas são pretas. Como elas não combinam? Sua mãe sabia que ela não iria nunca ver qualquer uma das suas malas novamente se ela emprestasse uma a ela. Assim como Chloe não tinha planos para vê-la, uma vez que ela embarcasse no avião para a Califórnia. ― Está bem. Vou sair amanhã e comprar uma. ― Chloe afundou-se na beira da cama, quando sua mãe deu a volta, examinando o quarto estéril que era seu quarto desde que seu pai tinha se mudado para casa branca depois de se tornar prefeito. ― Você está indo levar essa caixa de música quebrada? ― Ela perguntou ressentida, olhando para ela exposta em sua mesa de cabeceira esperando para ser embalada. A velha caixa de música de sua falecida tia, aquela que morreu ao dar à luz ao seu filho. Ela olhou ela e se apaixonou. Ela ainda podia lembrar de abrir o presente que seu pai deu a ela, girando a chave e ouvindo a melodia uma e outra vez até que sua mãe a fez parar.

― Eu vou leva-la na minha mochila com meu laptop, como uma bagagem de mão. Eu não terei que me preocupar com isso ficando mais danificado. ― Bem... eu estou indo. Você não precisa da minha ajuda. Boa noite. Chloe se sentou na cama, olhando para a porta se fechar e querendo que as lágrimas fantasma fossem reais. Nenhum de seus pais iriam sentir falta dela. Ela podia vê-los saindo para comer em algum restaurante caro e brindando um com o outro que ela teria ido embora quando eles voltassem para casa. RIING. Chloe pegou o telefone de sua mesa de cabeceira e a voz de Elle veio através do telefone. ― Você ainda está acordada? ― Sim. O que você ainda está fazendo acordada? ― Nero decidiu que queria pizza. Eu tenho que ir buscar a minha autorização de estacionamento para a faculdade no dia que seu voo sai. A que horas é o seu voo? ― Onze horas da manhã. Elle soltou um suspiro. ― Isso é bom. Eu posso pegar a minha licença depois disso. ― Eu disse a você, você não deve vir. Vamos apenas ficar chorando. ― Ela teve essa conversa com Elle tantas vezes. Isso ia ser muito duro para ambas, se ela viesse. Quando as lágrimas não caíssem pelo rosto, estaria magoando Elle. ― Que tal fazer alguma coisa amanhã? Você sabe que eu vou vê-la antes de sair, Chloe. Ela balançou a cabeça. ― Mas eu tenho que terminar de embalar e ir ao shopping para conseguir algumas coisas de última hora e comprar outra mala... ― Ok, então eu vou vê-la no shopping amanhã. ― A voz de Elle pareceu como um sorriso. Merda... mesmo que ela protestasse, Elle ia estar lá. ― Você não está indo para torná-lo fácil para mim, não é? ― Não! ― Disse Elle, seu sorriso mais proeminente através do telefone. ― Escuta, você sabe que Nero e Amo querem vir dizer um último adeus, também.

Chloe esperava que de alguma forma ela ia dizer isso. Ela não tinha certeza se poderia enfrentar Amo novamente, não depois de ontem à noite. O quase beijo era uma decepção para Amo, mas para ela, era a única maneira que ela poderia viver consigo mesma. Ficar em Kansas City não era uma opção. Ela viu Elle protegêla até o ensino médio e ela não iria assistir outro amigo se machucar por causa dela. Diga adeus a ele. Isso ia ser sua última chance e desta forma, todo mundo estaria lá. Não seria tão estranho. Chloe bufou ruidosamente através do telefone. ― Quem você irá mandar quando eu for embora? ― A risada maliciosa veio através do telefone. ― Eu pretendo assediá-la por mensagem de texto. Te vejo amanhã! Chloe deitou-se na cama quando a ligação terminou. O pensamento de ver Amo novamente foi deixando-a nervosa. No entanto, ela queria dizer adeus a ele oficialmente. Dessa forma, ele sabe que eu estou realmente ido... E eu não vou voltar.

Trinta e Sete

A escolha deve ser feita Chloe e Elle sentaram na praça de alimentação, assistindo Nero e Amo pegar alimentos. Ela insistiu em conseguir sua própria comida, mas Amo não deixou. A tensão entre eles era ainda desconfortável, mas não foi tão ruim como se estivesse sozinha. ― Eu não posso acreditar que você está realmente indo embora. ― Elle parecia que estava prestes a ficar emocional. ― Quer dizer, eu sabia que você ia; eu apenas pensei que você pudesse mudar de opinião. ― Você sabe que eu não quero deixá-la, mas você sabe que eu não posso ficar aqui, também. ― Eu sei. Eu sempre pensei que iríamos para a faculdade juntas. ― Elle sussurrou. Chloe tinha também. Elas não esperavam Elle se apaixonar. ― Se eu odiar isso depois de um semestre, eu posso sempre voltar e ir para a universidade aqui com você e podemos passar os verões juntas. Elle começou a quebrar. ― Eu sentirei tanta falta de você. ― Por favor, não chore. ― O coração de Chloe começou a quebrar. Foi por isso que ela definitivamente não poderia lidar com Elle no aeroporto com ela. ― Você sempre será minha melhor amiga. Eu não estaria aqui se não fosse por você e agradeço-lhe por me proteger quando eu não podia. Eu te amo, Elle. ― Ela pode não ser capaz de abraçá-la e mostrar o seu amor, mas ela poderia pelo menos dizer a ela.

― Eu também te amo, Chloe. ― Uma lágrima escorria pelo rosto. Chloe sorriu enquanto apreciavam esse momento juntas. ― Ok, agora pare com o choro. Você vai arruinar a sua maquiagem. Elle riu enquanto enxugava as lágrimas. ― Espero não estar interrompendo. ― Uma doce voz se intrometeu. Virando-se, Chloe viu a irmã de Nero, Mary. ― Elle me disse você estava saindo e eu disse que queria vê-la antes de ir. Eu espero que você não se importe. Além disso, foi uma boa desculpa para vir fazer compras. ― Mary brincou, ocupando um assento ao lado de Elle. Os olhos de Chloe viajaram para o homem atrás dela e ela prendeu a respiração quando seus olhos azul-esverdeados caíram sobre ela. Ela não o viu desde que ele agarrou aquele bastão em suas mãos. Na verdade, ela não viu Mary desde então, qualquer um. Chloe, Elle e Lake estiveram no apartamento de Nero quando um atirador havia arrombado o apartamento, esperando encontrar Mary lá. No entanto, ela esteve doente e não chegou. Chloe nunca gostou de fazer perguntas sobre por que alguém tentaria ir atrás dela, porque ela não sentia que era seu problema. Mary era tudo que uma garota sempre quis ser. Ela era alta, loira e parecia uma supermodelo. Chloe estava convencida de que ela era, considerando que ela sempre estava com guarda-costas. Mesmo que ela gostasse da companhia de Mary, ela não se sentia sempre confortável com ela. Afinal de contas, não só tinha ela quase morrido a última vez que ela tentou passar tempo com ela, mas na maioria das vezes, o guarda-costas de Mary acabou sendo Lucca. Ela mal conseguiu tirar os olhos para Mary. ― Eu-eu não me importo. ― Ela torceu suas mãos debaixo da mesa. ― Obrigada por ter vindo. Os olhos de Chloe voltaram para o homem que agora estava chegando mais perto da mesa. Sua aparência sombria não a lembrou tanto de seu último encontro. Em vez disso, ela se lembrou de suas reuniões sob o gazebo branco no quintal dos Caruso. A primeira vez que ela o encontrou foi na noite em que Elle foi atacada ao ir para o trabalho. Elle esteve aterrorizada com ele na época, mas ela também tinha o achado atraente. Qualquer atração que ela viu nele desapareceu na noite em que

bateu um bastão impiedosamente, mostrando-lhe o seu verdadeiro eu. Ou então ela pensou... Ela esperava estar horrorizada e com nojo se ela o visse novamente; em vez disso, ela apenas achou... arrepiante. A voz fria de Lucca tremia-lhe a espinha. ― Ainda fugindo, querida? Ela lentamente assentiu com a cabeça, sabendo exatamente o que ele queria dizer com isso. Ele parecia de alguma forma sempre saber os segredos escondidos que ele mantinha trancados. Amo chegou à mesa, em seguida, colocando uma bandeja de comida na frente de Chloe. Ele parecia olhar Lucca por um momento antes de se sentar ao lado dela. Lucca manteve os olhos em Amo por um segundo extra antes dele voltar seu olhar para Chloe. ― Tenha cuidado lá fora, querida, você não vai ter ninguém para te salvar se você entrar em apuros. Observando-o sentar na mesa atrás de Mary, ela viu que ele se sentou, em frente a ela. Parecia que ele estava olhando para sua alma. ― Chloe, você vai comer? ― A voz de Amo finalmente a teve olhando para longe. ― S-sim. ― Tentando se livrar de Lucca olhando para ela, ela fez seu melhor para ignorá-lo enquanto pegava algumas batatas fritas. ― Tem tudo embalado, Chloe? ― Perguntou Mary, roubando algumas batatas fritas de Nero e Elle, que ele trouxe para a mesa. Ela podia ver outro homem assustador sentar ao lado de Lucca. Outro guarda-costas? Ela engoliu em seco. Outro guarda-costas significava que era ruim para Mary. ― A maior parte. Os olhos de Lucca ainda estavam sobre ela. Você pode sempre sentir os olhos em você. Era como se seu olhar criasse gelo em sua pele. ― A que horas o seu voo sai? ― Amo perguntou quando passou o braço sobre as costas da cadeira.

Ela não sabia por que ela olhou para Lucca quando ele fez isso, mas ela podia senti-lo querer matar Amo lentamente. Ela o viu olhar para ele antes, quando ele lançou um taco de beisebol em um corpo sem vida. ― O-onze. Amo se inclinou para mais perto dela, quase roçando seu ombro quando ele roubou uma batata frita do prato dela. ― Da manhã? Ela podia imaginar isso agora, imaginar Lucca matando Amo. Era como se a fúria em seu olhar mortal estivesse pintando uma imagem em sua mente. De alguma forma, ela conseguiu um aceno de cabeça. Entre o corpo perto de Amo e punhais de Lucca sendo jogados de seus olhos, ela não sabia o que estava acontecendo. Ela queria sumir; estava tão desconfortável. Eu não posso! Rapidamente, ela se levantou da mesa, pegando sua bolsa. ― Eu não estou com fome. Vou pegar minha mala. ― Eu posso ir com... ― Não. Fique. ― Ela cortou Amo, em seguida, respirou rapidamente, calmante. ― É-é apenas ali. Eu estarei de volta em um minuto. ― Ela rapidamente se afastou, deixando rostos atordoados atrás. Ela foi para a loja de bagagem que era logo no início da praça de alimentação. Acalme-se, Chloe, ela disse a si mesma, alcançando a segurança da loja, que era longe o suficiente de Amo e Lucca para respirar. Olhando para as malas, ela conseguiu ignorar o que acabou de acontecer o suficiente para escolher o tamanho que ela precisava, em seguida, virou-se para a caixa. A fila era tão longa que se curvaram os registros. Esperando por sua vez, ela pacientemente parou. No entanto, quanto mais tempo ela esperou na fila, mais forte um sentimento veio a ela de que ela estava sendo observada. Olhando ao redor, ela não os viu nas mesas mais. Quando ela esquadrinhou a praça de alimentação, ela encontrou Elle, Nero e Amo esperando na fila do pretzel. Eles amavam os pretzels de pizza e sempre conseguiam um para levar para casa para mais tarde. Ela notou Amo olhar em sua direção, mas não era ele o que ela sentiu olhando para ela.

Fez a varredura do outro lado da praça de alimentação, então viu Mary em uma pequena loja de sapatos com seu guarda-costas. No entanto, Lucca estava perto da porta da loja de sapatos, observando o transeunte até que seus olhos pousaram sobre ela. Ainda assim, seu olhar não era o que trouxe a sensação de que estava tomando conta de seu corpo. Com isso só ficando mais forte, ela estava prestes a sair da fila, quando uma voz de mulher a deteve. ― Isso é tudo? Balançando a cabeça, entregou ao caixa a sua mala, em seguida, seu cartão de crédito, querendo sair rapidamente. Enquanto o caixa cobrava o seu cartão, ela olhou para fora da janela para o shopping e encontrou os olhos dos quais seus pesadelos foram feitos. Agarrando o balcão, ela continuou dizendo a si mesma freneticamente que ela estava imaginando o rosto olhando para ela. ― Aqui está. Obrigada. Volte sempre. Chloe estalou os olhos de volta para a mulher atrás do balcão, em seguida, de volta para o local que viu... Ele não está lá. Soltando o fôlego e tentando controlar o coração disparado, ela percebeu que era apenas um outro produto de sua imaginação. Lucca está fazendo isso para você. ― O-obrigada. ― Ela pegou o seu cartão e mala. Muitas vezes, o diabo a atormentava no sono ou mesmo quando ela estava acordada. Desta vez, parecia mais real do que o habitual. Apenas uma outra vez parecia tão real e Lucca esteve lá. Veja? É só ele. Ao sair da loja, ela revirou a mala atrás dela enquanto ela andou pelo shopping. Ela encontrou Amo, Nero e Elle saindo em um lado da praça de alimentação e no outro lado, Lucca ainda guardava a loja de sapatos com Mary. Dando um passo para frente, ela encontrou-se congelada no lugar, uma sensação horrível de balanço em seu corpo. Fique quieta, menina. BANG. BANG. O caos começou quando tiros soaram por todo o ar atrás dela. Pessoas gritando correram tão rápido quanto suas pernas podiam levá-los até a saída na parte de trás da praça de alimentação.

Nero protegia Elle, correndo em direção à saída, enquanto o guarda-costas de Mary a protegia, também indo em direção a saída. Incapaz de encontrar as pernas dela, ela sentiu como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta enquanto as pessoas corriam atrás dela. Ou isso só vai doer mais. ― Chloe! ― A voz de Amo explodiu enquanto ele tentava avançar para chegar até ela, mas as pessoas correndo estavam vindo para ele, tornando-se impossível. Seu coração bateu uma vez em seu ouvido enquanto ela deu um passo em direção a Amo. ― Chloe, se mexa ― Lucca exigiu do outro lado, lutando contra a inundação de pessoas, tentando alcançá-la. Seu coração bateu mais uma vez e ela deu mais um passo para a frente, desta vez em direção Lucca. ― Deste lado, Chloe! ― Amo implorou. ― Para mim, Chloe! ― Lucca exigiu. O tempo parou diante dela quando ela olhou para os dois homens tentando desesperadamente lutar contra o fluxo para ela. Ambos de iguais distâncias até ela. Sua mente foi puxada para a direita em direção a Amo, mas seu corpo se sentiu puxado para a esquerda em direção a Lucca. Quando ela olhou para Amo, memórias passaram diante dela... Sorrindo com orgulho, ele sentou no seu lugar. ― Você pensou que eu realmente não iria me sentar ao seu lado, não é? A resposta de Chloe estava em levar sua cadeira até o canto, embora não lhe desse muito mais espaço, porque ele praticamente assumiu a mesa inteira. Pelo desaparecimento do seu sorriso, ela poderia dizer que ele não gostava muito da resposta dela... ... Quando uma bandeja foi estendida para ela, ela olhou para cima para ver Amo estendendo-o para ela. Foi a primeira vez que ela podia ver algo que quase parecia bom sob o seu exterior áspero.

Lentamente, ela tomou dele, tendo que desviar o olhar quando ela o fez. Ela cresceu quase acostumada com a aspereza dele e vê-lo de forma diferente, pela primeira vez, parecia estranho... ― Você sabe por que eles estão olhando assim, não é? Ela olhou para o chão. ― Porque eles pensam que eu sou uma aberração... ― Não, você não é uma aberração ― Amo estalou. Ele parou por um instante antes de dizer: ― É porque eles nunca me viram caminhar com uma menina na escola antes... ― Coloque as mãos sobre a mesa. ― Ele sussurrou para ela. Ela rapidamente sacudiu a cabeça e começou a pressionar as unhas na pele. ― Por favor, Chloe, eu não posso vê-la fazendo isso para si mesma ― suplicou ele. Quando ela olhou para ele, foi a primeira vez que realmente olhou para ele, enquanto realmente olhou em seus olhos. Eles não eram o abismo negro olhando para ela como ela sempre pensou. Eles poderiam ser escuros, mas eles também tinham uma leveza neles. Quase como um brilho de prata dando-lhes vida. Eles estavam escuros, mas leves, lembrando-a de yin e yang. Respirando, ela colocou as mãos sobre a mesa... ... A próxima música foi mais alta do que a última, tornando Amo inclinar-se para sussurrar em seu ouvido. ― Você vai dançar comigo, então? Sua respiração estava quente quando tocou sua pele, seu corpo apenas algumas polegadas de distância. Foi o mais próximo que já ficou dela, fazendo com que os cabelos na parte de trás do pescoço se arrepiassem. ― Quando você estiver sentada na Califórnia e eu estarei sentindo sua falta, eu vou lamentar que eu não consegui dançar com você uma vez. Ela agora voltou seus olhos para Lucca, a memória de quando se conheceram piscando...

― Ei, querida. ― Uma voz profunda soou atrás dela. Chloe pulou ao som. Um segundo depois, um homem apareceu no outro lado da grade. Ele era terrivelmente bonito e assustou-a, independentemente de como ele era bonito. Ela não achava que um homem de boa aparência deveria existir, ou um homem que gela. Chloe não mexeu um músculo, completamente congelada no lugar. Ele continuou andando em direção à entrada do gazebo e subiu o degrau. ― Eu não queria assustá-la. Ela não tinha ideia de como ela não ouviu falar dele. Ela nem sabia de onde ele veio. Ela observou-o inclinar-se sobre um pilar, bloqueando sua saída. Depois que cada cabelo levantou em seu corpo com um olhar de seus olhos, Chloe lançou seu olhar para baixo para seu colo e começou a mexer com as mãos. ― Eu sou o irmão de Nero, Lucca. Eu apertaria sua mão, mas você não a estende, de qualquer maneira. Chloe rapidamente olhou de volta para ele de frente, olhando para baixo novamente. Como ele sabe disso? Lucca ler seus olhos. ― Eu ouvi que você é, aparentemente, germofóbica. Chloe olhou de volta para ele novamente. Aparentemente? Ele estava realmente começando a assustá-la agora. Chloe tentou decidir se ela deve, honestamente, ter medo e tentar fugir. Sim eu deveria. No entanto, Lucca estava bloqueando a única saída e ela não ia a lugar nenhum perto dele. Chloe o viu mover-se; como resultado, ela lamentavelmente tinha de olhar para ele novamente. Ela prendeu a respiração quando ele colocou a mão no bolso para tirar algo. Quando um maço de cigarros saiu, ela soltou a respiração. Ela continuou a observá-lo puxar um cigarro para fora e, em seguida, segurá-lo entre os lábios, quando ele colocou o pacote de volta no bolso. Entrando em outro bolso, tirou um isqueiro. Chloe pensou que ia ter um ataque cardíaco se ele entrasse em seu bolso novamente.

Lucca virou seu isqueiro aberto e iluminado no final, fazendo-o queimar um vermelho brilhante quando ele inalou. ― Você não se importa, não é? Chloe balançou a cabeça lentamente. Ela desejou que pudesse afastar o olhar, mas ela estava com muito medo. Ela poderia dizer que ele era irmão de Nero, sem dúvida; ambos escorriam confiança e sexo. Eles pareciam muito similares, também. Lucca tinha a mesma cor de pele, mas ela não conseguia dizer se seu cabelo era preto ou marrom. O mesmo era com seus olhos; ela não podia dizer se eram azuis ou verdes. Ela poderia jurar que eles eram uma cor antes das luzes baterem neles e outra cor depois, mudando sua opinião mais uma vez. Lucca, no entanto, era um bilhão de vezes mais assustador e um milhão de vezes mais bonito do que Nero. Ela descobriu que tinha a ver com a diferença de idade, mas uma coisa que eles eram muito diferentes era sobre a maneira de se vestir. Nero só se vestia com calças e camisas de botão, enquanto Lucca estava vestindo um moletom preto e escuro e jeans soltos. Ela não estava vendo o cabelo enquanto ele estava no escuro. Ele era curto, mas tocava a parte de trás do seu pescoço. Ele claramente não se importava se isso tivesse sido aparado e arrumado, assim como não barbeado. Todo mundo que estava em torno deles, sempre pareciam imaculados, tornando sua aparência bad boy mais como 'não me irrite, ou eu vou matar sua árvore genealógica inteira'. ― Eu não acho que ele se importa com o que ele veste; ele parece completamente independente ― Você não está com um pouco de frio aqui, querida? ― Sua voz também escorria tanta confiança como a de Nero. Ela se sentiu desconfortável por chamá-la assim. Se eu lhe dizer o meu nome, ele vai parar. ― M-meu nome é Chloe. Ela o viu sorrir quando ele inspirou, segurando o cigarro entre o polegar e o dedo indicador. Ele exalou. ― A filha do prefeito, certo? Chloe balançou a cabeça suavemente. Ela sabia que praticamente todo mundo estava ciente de que ela era a única filha do prefeito. Certo?

― Você estava naquele acidente de carro há alguns anos atrás. Lembro-me de ler sobre isso nos jornais. É assim que você diz a todos que você conseguiu essas cicatrizes? ― Lucca bateu suas cinzas na neve sem mover os olhos dela. Chloe engoliu em seco e olhou de volta para as mãos. ― Isso é-é como eu as consegui. ― Não, não é. Eu conheço um corte de faca quando vejo um. Chloe olhou de volta para ele. Como ele sabia? ― Eu-Eu n-não sei o que você está f-falando. Lucca jogou o cigarro no quintal. ― Sim, você sabe. Um calafrio desceu por sua espinha ao ouvir suas palavras, fazendo-a ficar de pé, não era capaz de ficar em torno dele por mais tempo e não gostava de onde isso estava indo. Ela andou um passo em frente, esperando que ele se movesse. Seu corpo musculoso estava bloqueando toda a entrada. Ela não quer saber quantas horas ele passou no ginásio; ela podia ver seus músculos através de sua grossa camiseta, escura. Quando ele ainda não se moveu, ela moveu-se gradualmente mais para frente. Por favor se mova, por favor se mova. Chloe estava agora a apenas alguns pequenos passos, recusando-se a ir mais longe. ― V-você pode me deixar passar? ― Suas pernas começaram a tremer quando ele mergulhou a mão no bolso. Seus saltos ficaram mais difícil para se equilibrar. Lucca tirou outro cigarro e acendeu o isqueiro. Ele lentamente acendeu o final, não movendo os olhos dela. Ele soprou a fumaça, fazendo-a rolar sobre seu corpo. Em vez de colocar o isqueiro no bolso, ele ligou novamente e a prata Zippo acendeu. Lucca fez um de seus truques, rolando a Zippo iluminado em entre cada um de seus dedos. ― Eu vou se você me dizer quantos anos você tem. Espere o que? Chloe ficou em transe, olhando para a chama habilmente passando por entre os dedos. Ela não sabia como ele não se queimava. Chloe respondeu sem pensar e pediu à sua própria pergunta, cativada pelo brilho. ― Dezessete. Você? Lucca de repente o fechou. ― Vinte e seis.

Algo lhe dizia que ele não estava muito feliz com a resposta dela pelo olhar em seu rosto. Vinte e seis. Ela não tinha ideia de por que ela perguntou quantos anos tinha. Depois que ela o viu se mover ligeiramente para deixá-la passar, ela realmente desejava que ele lhe desse mais espaço do que isso. Chloe caminhou lentamente e virou o corpo para o lado, mantendo os olhos sobre ele, com medo de se mover quando ela passou. Ela prendeu a respiração quando cuidadosamente começou a se mover por ele. O rosto dela veio para o meio do peito, mesmo em saltos e seus ombros vieram logo acima de sua cabeça. Quando ela passou por ele com sucesso, de alguma forma, com apenas meros centímetros de distância, Chloe começou a andar tão rápido quanto podia, tentando não correr de volta para a casa. A voz de Lucca surgiu em todo o quintal. ― Você não pode fugir da verdade para sempre, querida. Chloe andou mais rápido. Sim eu posso. Eu tenho feito isso há anos... Ela correu, indo na direção do homem com os olhos azul-esverdeados que comandaram seu corpo... CRACK. O som de ossos quebrados cumprimentou seus ouvidos quando um taco de beisebol bateu em um corpo inerte. ESTALO. Outra batida teve contato com perna do homem, o homem que estava praticamente sem vida no chão. Ele levantou o bastão, mais uma vez, parando apenas para olhá-la nos olhos. Um par de demoníacos olhos azul-esverdeados olhou para ela, fazendo o seu sangue correr frio. Ela observou-o apertar o pescoço do bastão com uma força tão intensa que ela achou que fosse quebrar antes de bater a pancada final. TRITURAÇÃO.

Enquanto ela observava o homem inalar o ar ao seu redor, ele parecia enlouquecido, sua aparência desgrenhada. Então ele colocou o cabelo de volta no lugar e você poderia ver o leve sorriso que veio aos lábios. Voltando os olhos para Amo, ela o viu gritando, horror em seu rosto para chegar até ela, para salvá-la... ― Eu sou o bom. Olhando para ele por um momento, ela começou a pensar que poderia ter sido muito dura com ele. Este era claramente um assunto delicado para ele. ― Eu acho que você vai ter que provar isso. ― Ela sorriu para ele. Ele sorriu de volta. ― Eu posso fazer isso… Havia sempre um momento no tempo de enfrentar a vida, quando a escolha deve ser feita e este era o seu momento. O tempo descongelou. Ela correu, indo para os braços do homem que ela escolheu para protegê-la. Seus braços circularam em torno dela quando ela deu um suspiro trêmulo. Eles foram os primeiros braços a segurá-la nos últimos anos. Segurando-a perto, Amo sussurrou em seu ouvido: ― Eu tenho você.

Trinta e Oito

Eu não posso ser corrigida. Não por você, nem por ninguém. Eu sou apenas quebrada Chloe apertou as mãos no colo, em silêncio, olhando para frente quando Amo a levou para casa. O rosto de Lucca estava indo para assombrá-la para o resto de sua vida. O olhar que ele deu a ela quando Amo levou-a para fora do shopping era um que ela nunca iria esquecer. Não ia assombrá-la, porque a assustava; ele estava indo para assombrá-la, porque o olhar em seus olhos tinha a magoado. Ele nem sequer encontrou seus olhos quando ordenou a Amo que a levasse imediatamente em sua casa. ― O ar condicionado está muito frio? ― O rosto de Lucca desapareceu de sua mente com a pergunta de Amo. ― N-não. O que tinha o seu tremor não era apenas o rosto de Lucca, mas também sentada no carro com Amo. Seu olhar sombrio continuou chegando ao rosto como se quisesse dizer alguma coisa. Ela estava tão tensa, que foi um alívio quando ele finalmente chegou. Chloe levou a mão para a maçaneta da porta, preparando para saltar do carro. ― Espere. ― Ela congelou em sua palavra. ― Fique e vá para a faculdade aqui... com Elle e Lake. ― Amo se mexeu no banco para encará-la totalmente. ― Eu poderia fazer algumas aulas. Quem é que vai levá-la para a aula quando Elle ou eu não estivermos lá? Chloe manteve o olhar para baixo, olhando para ele através de seus cílios. ― Vou ter que me acostumar a estar comigo mesma.

― Mas se você ficar aqui, você não precisa. O que aconteceu no shopping não mudou nada para ela. Isso tinha apenas solidificado que ela tinha que continuar correndo. ― Elle não terá que cuidar de mim nunca mais. Ela pode finalmente desfrutar da experiência da faculdade, comigo não ficando em seu caminho. Eu quero isso para ela. ― E sobre você? E quanto a mim? ― Ele tentou manter a voz calma. ― Eu vou me ajustar. Vai ser bom para mim. Você tem Nero e Vincent e seu trabalho no hotel cassino para mantê-lo tão ocupado que você nem vai se lembrar de mim. ― Eu vou lembrar-me de você... ― Amo sussurrou. Seu coração começou a doer por ele. Ela podia sentir sua determinação começar a escapar. Se ela não sair do carro, ela tinha medo que ele pudesse mudar sua opinião. ― Que você me levou para a aula por alguns meses? Que minha melhor amiga é a namorada do seu amigo? Amo bateu a mão no volante. ― Você não é como qualquer outra menina que eu conheça, Chloe. ― Acalmando sua respiração, ele sussurrou as palavras ― Eu amo você. O coração de Chloe bateu contra o peito. Isso era exatamente o que ela tinha medo. Saltou para fora do carro, correu para a porta da frente. Ele não pode. Ele não pode me amar. ― Maldição, espere! ― Amo correu para ela com olhos suplicantes. Mate isso. Você tem que matar o que há entre nós, para que você não possa matá-lo... ― Nós somos amigos, Amo. Se eu ficar... eu não posso. Eu nunca vou ser o que quiser. Você precisa de uma garota como Elle ou Lake. Até mesmo uma menina como Cassandra seria melhor do que eu. Você ama estar com os seus amigos e eu gosto de estar sozinha. É por isso que eu estou indo. ― Ela mentiu por amor a Amo. Ele merecia uma menina normal, não alguém que estava com medo da própria sombra. ― Ninguém gosta de ficar sozinho. ― Ele disse a ela suavemente. Chloe desejou que ela pudesse afastar lágrimas normais, não as lágrimas fantasmas que queriam cair por suas bochechas.

― Eu não sou normal, eu sou uma aberração. ― Respirando fundo, ela se odiava pelas palavras que ela estava prestes a dizer. ― Você mesmo disse isso. Amo empalideceu. ― Maldição, aberração! ― Foi dito, seguido por risadas enchendo o espaço com ecos contínuos da palavra “aberração”. Ela ouviu da boca dele a palavra que veio no primeiro ano, quando entrou no refeitório pela primeira vez com suas novas cicatrizes. Ele olhou para longe dela. ― Por que você não disse alguma coisa? ― O que eu deveria dizer? ― Chloe colocou as mãos na porta da frente. ― Tchau, Amo. Lágrimas encheram os olhos dele. ― Eu não quis dizer isso... Eu sei que você não quis. ― Está tudo bem, Amo. Estamos quites. Chamei-lhe de besta. ― Ela abriu a porta, indo para dentro. Em seguida, ela estendeu a mão para fechar a porta. ― Eu não posso ser corrigida. Não por você e não por qualquer pessoa. Eu só estou quebrada. ― Fechando a porta e fechando seu olhar brilhante e escuro, de alguma forma, quebrou-a ainda mais do que já estava. Chloe limpou a cicatriz na bochecha, a sensação de umidade. Uma única lágrima verdadeira finalmente tinha caído. Eu sinto muito, Amo...

Chloe empurrou rapidamente as malas no porta-malas de seu carro, esperando estar longe antes de seus pais voltarem de um jantar, depois de sua reunião do Conselho da Cidade. A última mala, que ela tinha realmente retirado do armário de sua mãe desde que ela não era capaz de recuperar o que ela tinha comprado, foi finalmente empurrada. Após Amo tê-la deixado, Chloe tinha decidido que precisava sair... agora. Ela estava com medo de ver como se sentiria na parte da manhã e ela não queria dar a

Amo a chance de convencê-la no aeroporto antes de seu voo decolar. Portanto, ela tinha ligado e conseguido alterar o seu voo para sair em três horas. Ela tinha escrito duas notas. Uma delas foi para Lana, que ela deixou no armário de limpeza, dizendo-lhe que a amava e não se preocupar com ela e também o quanto ela estava arrependida de não dizer adeus pessoalmente. A segunda nota foi para seus pais, dizendo-lhes que ela decidiu ir mais cedo e que a chave de seu carro iria ser colocada na caixa escondida acima de seu pneu. Foi triste que a pessoa que ela disse eu te amo, não era para quem você poderia pensar. Entrando no carro, Chloe deu uma última olhada na casa que nunca era uma casa, mas era sua prisão. Quando ela foi embora, ela podia sentir as cadeias lentamente começando a quebrar quando ela deixou sua prisão e, em seguida, sua cidade para trás. Ficando livre, era um sentimento que ela iria sempre lembrar. Chloe abriu a janela, deixando o ar quente do verão em seu rosto. Respirando profundamente, ela sentiu a última interrupção da cadeia. Eu finalmente alcancei a liberdade. Isso estava perto de acontecer, mas ela pensaria no avião. A maior parte do tempo foi gasto na tentativa de encontrar a área correta de estacionamento. Chloe estacionou o carro na garagem deserta. Puxando suas malas e mochilas, ela trancou as portas, em seguida, foi para a sua roda traseira. Seus dedos se atrapalharam enquanto procuravam a caixa de chave escondida que estava preso ao lado de baixo do carro. Curvando-se mais para olhar para ele, seus dedos finalmente agarraram a caixa. ― Peguei... Um corpo duro envolveu em torno dela, junto com um pano cobrindo a boca e o nariz. A mão por trás do pano abafou quaisquer gritos e protestos que ela poderia ter feito e o corpo forte a manteve em seu lugar. Fique quieta, menina. Não houve luta. Sua visão ficou embaçada quando tudo começou a desaparecer. Ou isso só vai doer mais. Ela sabia que era bom demais para ser verdade. Sua alma pertencia ao diabo...

Trinta e Nove

A história por trás da cicatriz, a história de tristeza, sofrimento e tortura Sete Meses Antes

Estacionando seu Cadillac preto clássico para o lado da rua, ele se posicionou perfeitamente para vigiar a casa. Então, ele olhou para o relógio e viu que ele o tinha programado perfeitamente. Saída para escola. Ele virou o isqueiro aceso e apagado, aceso e apagado, à espera de seu retorno. Lucca nunca era bom em sentar-se para esperar, nem era um homem muito paciente quando ele estava cansado. A noite anterior era longa e seu corpo ainda estava sentindo esta tarde. Independentemente disso, ele estava aproveitando cada segundo disso. Na noite passada, ele colocou Sr. Johnson para descansar e honrou a promessa da porra da loira até que ela se arrependesse. Ambas as coisas tinham saciado seu lado escuro... por agora, de qualquer maneira. Lucca fechou seu isqueiro quando um BMW altivo parou na calçada. Ele nunca havia confiado num carro alemão. A única coisa boa sobre isso foi a sua cor de tinta preta. A loira morango saiu do carro. Elle Buchanan. Ele não pôde evitar o desprezo que ele tinha colado em seu rosto. Seu irmão mais novo estava em um grande e fodido problema. Ao observá-la andar a pé até a porta da frente, ele acreditava que a menina só ficou mais bonita desde quando ele olhou para ela.

Vai ser uma vergonha quando tiver que estrangular a vida dela. Uma coisa era certa, a menina ia morrer e nada estava indo salvá-la. Foi uma pena que ela esteve lá quando o gatilho foi puxado, mas algumas meninas foram induzidas para o azar, esta em particular. Ela só estava indo viver mais um mês para seu décimo oitavo aniversário. O carro altivo fez o retorno, recuperando a sua atenção. Ele perguntou quem iria dar uma carona para uma menina neste bairro? Na verdade, ele estava um pouco chocado que este foi o endereço, considerando que a menina veio de uma escola preparatória. Olhando para o relógio novamente, ele percebeu que havia um pouco de tempo antes que Elle começasse a trabalhar. Seu instinto disse-lhe para seguir o carro. Qualquer um que sai com ela, poderia ser danos colaterais se sua porra de boca falar demais. Lucca ligou o carro, tomando a decisão de seguir a BMW. Ele manteve uma boa distância, seguindo-o em uma direção que ele não seria visto. Esta parte da cidade era principalmente de dona da cidade, juntamente com alguns caros restaurantes e lojas. Assistindo-a estacionar o carro em uma das lojas mais caras da cidade, ele estacionou na rua e tirou seu telefone celular enviando um texto com o número da placa a um amigo. Ele esperou, a curiosidade lentamente o corroendo, só piorando quando a porta do carro foi aberta. Imediatamente, ele sabia que era uma mulher quando altas botas pretas e calças jeans pretas bateram no chão. A próxima coisa que notou foi seu cabelo longo e sedoso. Foi o cabelo mais negro que já viu. Ele queria desesperadamente um vislumbre de seu rosto, mas ela nunca se virou. Lucca encontrou-se desligando o carro e saindo, perguntando como isso era mais importante do que qualquer outra coisa que ele poderia fazer com o seu tempo. Seu instinto foi o que o manteve indo seguindo-a para a loja. Lucca se orgulhava de ser capaz de passar despercebido. Sua aparência de jeans escuros, camisas e camisetas pretas lhe permitiram fazer isso, além de seu rosto desalinhado e cabelo. Ele poderia ir a lugares que ninguém na família poderia

ir. Mafiosos exigiam atenção com seus ternos e aliciamento imaculado, onde ele não precisa desse tipo de atenção. Tenho outras maneiras de obter a atenção que exige. Entrando na loja sem ser detectado foi fácil com toda a merda cara à venda. Ele andou pela loja, encontrando a menina toda de preto que parecia estar à procura de uma determinada peça. Um ligeiro vislumbre do lado esquerdo de seu rosto revelou sua pele de porcelana macia. Ele andou mais perto. Eu a vi antes? Outro pequeno vislumbre revelou sua idade jovem. Parando, ele estava prestes a virar. Ela é tão jovem. A menina virou em seguida, voltou para a mesa que ela perdeu. Seu coração parou uma batida quando viu todo o lado esquerdo do rosto e um olho cinzento impressionante. A outra metade do seu rosto estava coberta por um véu de cabelos. Ele desejou que pudesse chegar a sentir os fios negros e puros de seda e movê-lo para revelar o resto do seu rosto. Saia agora. Nada de bom viria disso. Ele deveria ter deixado isso no momento em que percebeu que ela era apenas uma adolescente. Ele foi incapaz de fazê-lo, mas algo sobre ela o chamou e o impedia de desviar o olhar da menina e sair. A coisa toda parecia tão errada ao mesmo tempo tão certa. Ele estava sendo puxado em diferentes direções. Sua mente lhe disse para ir embora, mas seu corpo o manteve esperando pacientemente. Assistindo a mão ir até seu rosto, sentiu a respiração presa em sua garganta quando ela colocou o cabelo atrás da orelha. Porra. Seu coração pulou uma outra batida com a visão de seu rosto na sua totalidade. Seus olhos viajaram para o lado direito de seu rosto lindo que mostrou uma cicatriz acima da sobrancelha até o oco de sua bochecha. Outra enfeitou o lado direito acima e abaixo de seus lábios deliciosos. O instinto de deixar suas pontas dos dedos deslizarem por cada marca era tão forte que ele pensou que poderia quebrar o seu disfarce. Seus olhos cinzentos seguraram a história por trás da cicatriz, uma história de tristeza, dor e tortura. Era como olhar para uma boneca de porcelana perfeita que era deixada cair por muitas vezes. Outros veriam uma falha na boneca rachada,

fazendo-a não perfeita, mas ele viu apenas beleza. Ela era a criatura mais linda que ele já viu. Ele podia vê-la estudar a delicada peça com as mãos suaves por horas. The Gold, a peça ornamentada que ela estava encantada, era desconhecida para ele até que ela abriu o objeto em forma de ovo e a música começou a tocar. Seus olhos dançaram, enquanto observava o giro de uma bailarina com a música. Ele se perguntou o que sentiria se ela olhasse para ele dessa forma. ― É uma bela peça, não é? ― A mulher mais velha que parecia ser a vendedora perguntou quando veio até ela. A menina rapidamente ficou assustada, fechando a caixa de música. Ele queria que ela voltasse para o jeito que ela esteve um momento antes. Quando a língua foi para fora e lambeu os lábios, ele ansiosamente esperou para ouvir a voz que pertencia a ela. ― S-sim. ― Ela voltou a olhar para a caixa, evitando o olhar da mulher. ― Qquanto é que custa? ― Três mil dólares. Ela tirou os dedos da peça. ― Oh. A mulher gentilmente sorriu. ― Eu sei que o Natal já passou, mas você pode sempre pedir para o seu aniversário, talvez. Eu poderia reservá-lo. Ela balançou a cabeça. ― Obrigada, mas é muito. A senhora sorriu. ― Bem, você sempre pode voltar se você falar com seus pais sobre ela. ― Obrigada. ― A menina levou um último olhar para a caixa de música antes de sair da loja. Observando-a sair foi mais difícil do que ele pensou que seria. Ele não seria capaz de sair da loja, até que ela fosse embora. Por isso, ele tinha que vê-la ir para o carro pela vitrine e que não estava perto o suficiente para ele. A vibração no bolso o fez pegar o seu telefone celular. Ele não disse uma palavra quando ele aceitou a ligação. Seu amigo Sal falou no telefone.

― A BMW está registrada para Maxwell Masters. Isso não era o que ele esperava, embora explicasse por que ele sentiu como se a tivesse visto antes. ― Garota. — Lucca falou ao telefone cuidadosamente, a observando entrar ao lado do motorista. ― Ele é casado com Elaine Masters. ― Jovem. ― Ele cortou. Sal fez uma pausa. ― Cicatriz? Os olhos de Lucca traçaram suas marcações. ― Sim. ― Essa é filha de Maxwell, Chloe Masters. Ele terminou a ligação com o apertar de um botão. O tempo parou para ele quando foi encharcado com qualquer coisa e tudo o que sabia sobre ela antes que ela desaparecesse no carro. Havia sempre um momento em que deve enfrentar a vida, quando uma escolha tinha que ser feita e esta era a sua. Sua alma torturada chamou à sua própria alma escura, sussurrando para ele para salvá-la. Seu coração agora estava lento e constante, encontrando sua finalidade — Chloe Masters... Olhando uma última vez para a cicatriz em seu rosto, ele não podia esperar pelo dia em que ele pudesse passar os dedos por ela. Linda.

Quarenta

O ser por trás da porta O frio da mesa de metal debaixo dela era um forte contraste com o rosto queimado, parecendo que chorar era inútil. ― Por favor! Pare! ― Nenhuma quantidade de seu chute e luta era suficiente para o que pareciam milhões de mãos que a prendiam. O riso do homem mau que segurava uma faca tocou seus ouvidos, zombando. ― Fique quieta, menina ― Ele puxou a faca mais perto de seu rosto ― ou isso só vai doer mais. Olhando para os seus anormalmente grandes olhos pretos, ela tinha certeza que estava olhando nos olhos do diabo... A lâmina de prata se aproximou mais de seu olho direito até que ele estava a poucos centímetros de sua pupila. ― Não pisque. Uma lágrima brotou em seu olho, tornando ainda mais difícil enquanto ela lutava para manter seu olho aberto. Seu corpo começou a tremer. Ela estava indo piscar. ― Não pisque, garotinha ― a alertou novamente. A lágrima caiu e seus olhos começaram a se fechar. ― Chloe! ― A voz de Amo aumentou. Um lampejo de luz entrou em sua mente. ― Deste lado, Chloe! ― Amo implorou.

Outro raio de luz fez seus olhos abrirem. Sentando-se de forma tão abrupta a fez sentir-se tonta. A cama, junto com o quarto grande, não foi reconhecido por ela, o que fez seu coração bater como um tambor em seus ouvidos. Não! Ele me pegou e ninguém sabe que eu estou aqui. Trêmula, Chloe se levantou da cama, indo até a mesa de cabeceira. Sua mão se estendeu... O diabo vai me matar desta vez. Ele me prometeu que faria. Uma vez que ela abriu a cara caixa de música de ouro, a familiar canção de ninar começou a tocar. Foi então que ela percebeu que não poderia ser dela. Chloe foi até a enorme janela com a respiração acelerada. Ela lentamente estendeu a mão para puxar a cortina. Ninguém vai me salvar desta vez. Ao puxar a cortina, ela prendeu a respiração quando foi recebida por um belo jardim, juntamente com o gazebo branco que ela tinha se encontrado antes com... A porta se abriu e Chloe se virou para atender o ser atrás da porta. A voz escura a fez ofegar por ar. ― Ei, querida.

Quarenta e Um

O momento Você pensou que ela tivesse uma escolha? Não. O Bicho-papão tinha decidido seu destino no momento em que viu a sua cara cheia de cicatrizes.

O momento Há sempre um momento em que enfrentamos na vida, Um momento que nunca poderia esquecer. E, neste momento, você poderia jurar que o tempo parou. Após esse momento, as lágrimas começaram a queimar suas bochechas. Sua alma parecia como se tivesse sido tocado pela escuridão. E mesmo se você não acreditava em Deus, seus joelhos começam a sangrar de rezar muito. Eu enfrentei esse momento. Um momento que nunca vou esquecer. E nesse momento, o tempo continuou parado. Mas minhas bochechas cicatrizaram com o tempo. A minha alma lutou contra a escuridão, com luz. E meus joelhos, agora calejados e com cicatrizes, estão mais fortes do que nunca para o próximo momento em que o tempo balbuciar. SARAH BRIANNE
Sarah Brianne - Série Made Men - Livro 03 - Chloe

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