SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COORDENADORIA DE ENSINO DA REGIÃO METROPOLITANA DA GRANDE SÃO PAULO Diretoria de Ensino – LESTE 4 “ESCOLA ESTADUAL “JOSE TALARICO” CIE: 002677 UA: 39997 Av. Waldemar Carlos Pereira, 452 – Vila Dalila- Telefax: 2651.3914 – CEP: 03533-000- São Paulo ROTEIRO DE ESTUDOS – E.E. JOSÉ TALARICO 2° BIMESTRE 1. Nome do(s) Professor(es) e respectivos emails: Alessandra G. Pinheiro (
[email protected]) Anita S. Aguena (
[email protected]) Evandro Almoster (
[email protected]) Leandro Farias (
[email protected]) Jacqueline Bernardes (
[email protected]) Rodrigo W. Pedroso (
[email protected]) 2. Componente(s) Curricular(es)/Ano: Ensino Médio – Área de Ciências Humanas 3. Ano/Série: 1°, 2° e 3° Anos E.M. 4. Data para entrega: até 03.07.2020.
5. Via email, conforme se segue abaixo:
● O professor Evandro receberá as atividades do 1º A e 1º B, no seguinte email:
[email protected]; ● O professor Rodrigo receberá as atividades do 1º C e 2º D, no seguinte email:
[email protected]; ● A professora Jacqueline receberá as atividades do 2º B e 3º A, no seguinte email:
[email protected]; ● O professor Leandro receberá as atividades do 2º C e 3º B, no seguinte email:
[email protected]; ● A professora Alessandra receberá as atividades do 2º A, no seguinte email:
[email protected]; ● A professora Anita receberá as atividades do 1º D, no seguinte email: asa.filosofica.com.br;
6. Via Whats App: (11) 97394-8257 - Colocar no campo “assunto” Nome completo, nº, série, Professor(es) solicitantes, Disciplina(s) ou Área. ____________________________________________________________________________ 7. Orientações aos Pais/Responsáveis/Alunos:
● As atividades propostas serão para 22 a 26 junho, com entrega das atividades no dia 03/07 nos canais de comunicação disponibilizados (email). ● A atividade pode ser feita diretamente no caderno com letra legível, ou em arquivo word em caso de dúvidas mandar mensagem nos emails. ● Por gentileza, não se esqueçam de colocar nome, número, série e a escola na atividade e no email, pois ela conta como presença dessa semana e será componente de avaliação desse bimestre.
8. Objetivos e Habilidades retomadas: ● Posicionar-se criticamente sobre os processos de transformações políticas, econômicas e sociais ● Reconhecer alternativas de intervenção em conflitos sociais e crises institucionais que respeitem os valores humanos e a diversidade sociocultural ● Identificar e compreender a linguagem conceitual sobre "etnia" e "raça". ● Desenvolver, de forma associada, à leitura e a interpretação de textos descontínuos sobre os principais grupos formadores da população brasileira.(Nesse caso, os africanos e afrodescendentes) ● Relacionar práticas de cidadania e respeito às diferenças; ● Identificar processos sociais merecedores de crítica; ● Reconhecer o caráter insatisfatório, ingênuo e mesmo ideológico de certas explicações normalmente aceitas pelo senso comum para o problema da desigualdade; 9. Recursos a serem utilizados: Textos disponibilizados de notícias; Caderno do Aluno; Vídeos; Internet; Celular;Caderno; 10.Quais resultados esperados para esta atividade? SERÁ AVALIADO SE O ALUNO REALIZOU A ATIVIDADE CORRETAMENTE E CONSEGUIU ESTABELECER OS EXEMPLOS PEDIDOS NA ATIVIDADE, A NORMA CULTA DA LÍNGUA PORTUGUESA, LEITURA E ESCRITA. ADEMAIS, SERÁ AVALIADO SE ATINGIU AS HABILIDADES ACIMA DEFINIDAS.
11.As atividades: Para duas semanas (por volta de 4 aulas de 45 min. cada) ATIVIDADE 1 Temas: Racismo Estrutural e Suas Consequências 1. Assista o vídeo a seguir, que tem como objetivo chamar a atenção para a temática deste roteiro:
https://www.youtube.com/watch?v=yx5ZnLSKFKU 2. Leia o texto e as notícias abaixo: Texto 1: Desigualdade racial e racismo Embora atualmente haja um consenso de que todos os povos pertencem à espécie humana, não há efetivamente, um acordo sobre o que venham a ser no interior da espécie, grupos de indivíduos distintos. É interessante observar que, após a Segunda Guerra Mundial, principalmente em virtude do genocídio de judeus, poloneses, ciganos e outros povos discriminados com base nas teorias sobre raça, o conceito passou a ser recusado pela biologia. Hoje, com o desenvolvimento da Genética, sabemos que as diferenças genéticas entre os grupos humanos variam de 5% entre populações oriundas do mesmo continente a 15% entre populações de continentes diferentes. Ou seja, na prática, 85% da diversidade genética humana é comum a todas as populações, fato que não se observa em quase nenhuma outra espécie de mamífero do planeta (cf. BARBUJANI, Guido. A invenção das raças. São Paulo: Editora Contexto, 2007). Isso significa que não existem grupos humanos geneticamente diferenciados a ponto de afirmarmos que existam raças humanas. Então, por que o uso do termo raça persiste? Na sociologia e antropologia podemos perceber que tal construção assentadas nas diferenças entre os seres humanos baseiam-se em uma visão etnocêntrica, ou seja, no fato de avaliarmos os outros a partir dos nossos próprios padrões e valores. Nesse sentido, a tendência é vermos os outros com base em nossas crenças e pré-noções a respeito deles. Assim, torna-se difícil compreender as diferenças, pois não somos
capazes de nos colocar no lugar do outro. Por essa razão, indivíduos com características muito diferentes das nossas tendem a não ser percebidos como pertencentes ao mesmo grupo – daí a idéia de que certas características fenotípicas ou marcas físicas poderiam constituir uma raça distinta do grupo original de pertencimento. Outra questão que surge com freqüência quando se discute raça é o termo “etnia”, ou grupo étnico. A distinção entre os dois termos pode ser : “Uma raça é uma categoria de pessoas cujas marcas físicas são consideradas socialmente significativas. Um grupo étnico é composto de pessoas cujas marcas culturais percebidas são consideradas significativa socialmente. Os grupo étnicos diferem entre si em termos de língua, religião, costumes, valores e ancestralidade. (BRYM, R.; LIE, J. et AL. Sociologia: sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Cengage Learning, 2008).
Torna-se importante enfatizar que o que define uma raça ou uma etnia é uma construção social, isto é, as diferenças físicas, culturais, comportamentais ou morais (reais ou imaginárias) são sempre atribuídas pelos grupos que as definem, sejam os próprios membros ou os outros com quem se relacionam. Nesse sentido, quando o próprio grupo se identifica como etnia, o objetivo é construir e afirmar identidades que promovam a coesão interna e o sentimento de pertencimento e de identidade social. Quais seriam as vantagens sociais disso? *Vantagens econômicas: c omunidades de migrantes e imigrantes muitas vezes dependem dos membros do seu grupo étnico para conseguir encontrar trabalho e residência quando mudam de cidade, Estado ou país; *Vantagens políticas: o estabelecimento de uma identidade étnica diferenciada é um elemento fundamental quando um povo luta politicamente por direitos e cidadania, delimitação de territórios ou até mesmo pela independência. No Brasil, temos o exemplo de povos indígenas e comunidades quilombolas que lutam pela demarcação de terras e o reconhecimento de direitos específicos, como o caso dos movimentos negros que reivindicam cotas nas universidades públicas; *Vantagens emocionais: O pertencimento a um grupo étnico traz benefícios do ponto de vista emocional, especificamente, quando o preconceito e a discriminação fazem com que o grupo necessite de apoio mútuo e da solidariedade daqueles com quem se identifica. O grupo também promove um sentimento de enraizamento, especialmente no caso de imigrantes de segunda geração que precisam se adaptar à convivência em ambientes estranhos à cultura familiar. No senso comum, por exemplo, os negros são considerados melhores e mais habilidosos no futebol e em determinados nichos artísticos, como o da música popular, mas são tidos mais próximos à criminalidade, dado o tratamento diferenciado que recebem da polícia e do sistema de justiça penal. Os descendentes de coreanos, japoneses e chineses, por sua vez são considerados talentosos em áreas como engenharia e ciências exatas. A questão é que os grupos humanos tendem a considerar “naturais” as características pelas quais se diferenciam uns dos outros. Porém, como vimos aqui, as diferenças que nos distinguem não são naturais, mas culturais; ou seja, são socialmente construídas pelo próprio homem. Desse modo, elas não são sempre as mesmas, para todos os grupos, e não tem as mesmas conseqüências. Muitas das distinções que existem entre os seres humanos colocam-nos em situações de desigualdade de poder, de direitos e de cidadania. Quando essas distinções geram crenças e
atitudes baseadas na idéia de que existem raças humanas, dizemos que estamos diante do fenômeno de racismo. A palavra “racismo” tem muitos significados diferentes, que não poderão ser explorados aqui. Entretanto, podemos dizer que: “Racismo é tanto uma doutrina, que prega a existência de raças humanas, com diferentes qualidades e habilidades, ordenadas de tal forma que umas seriam superiores a outras em termos de qualidades morais, psicológicas, físicas e intelectuais, como um conjunto de atitudes, preferências e gostos baseados na idéia de raça e superioridade racial, seja no plano moral, estético, físico ou intelectual. As atitudes consideradas racistas podem se manifestar de duas formas: pelo preconceito e pela discriminação”. (GUIMARÃES. Antonio Sergio A. In: Preconceito e discriminação. 2. Ed. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo / Editora 34, 2004).
(Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola, 2014-2017) .
Texto 2 – Leitura obrigatória: Parelheiros tem 7,8 vezes mais negros que Pinheiros, diz levantamento Clique no link ao lado http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 15/09/parelheiros-tem-78-vezes-mais-negro s-que-pinheiros-diz-levantamento.html
Texto 3 – Leitura Complementar e não obrigatória: P ara 94% da população brasileira, negros têm mais chance de ser mortos pela polícia Destaque interno a ela:
Athayde destacou que, apesar de a população reconhecer a forte presença do racismo, ela ainda não identifica o seu papel na discriminação. Para 18% dos entrevistados, ”não há problema em fazer piadas sobre pessoas negras” e 58% afirmam que o “politicamente correto está deixando o mundo chato”. Para Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, o levantamento mostra a naturalização do racismo no Brasil, já que os entrevistados reconhecem a diferença de oportunidades. “Ainda que reconheçam que os negros têm mais risco de sofrerem violência e têm menos oportunidade, há 53% de pessoas que afirmam existir racismo contra brancos."
A pesquisa também mostra que 7% acredita que o combate ao racismo é uma luta apenas dos negros e 38% disse acreditar que o racismo está “apenas em algumas pessoas”. Entre os entrevistados, há ainda 7% que diz “não haver racismo no Brasil” e 8% que acredita que a "mistura de raças é uma das principais causas dos problemas” do país. “Esses dados mostram que, ainda que reconheça o racismo e enxergue as suas consequências, as pessoas não sabem a origem dele”, disse Meirelles.
Clique no link da notícia: https://www1.folha.uol.com.br/amp/cotidiano/2020/06/para-94-da-populacao-brasileira-ne gros-tem-mais-chance-de-ser-mortos-pela-policia.shtml
3. Assista o vídeo a seguir sobre Racismo Estrutural:
https://www.youtube.com/watch?v=Ia3NrSoTSXk QUESTÕES:
1) Quais foram as situações de preconceitos que o Super Choque passou no Vídeo? Como é possível relacionar o que foi exposto no Desenho com o que é explicado no vídeo sobre O que é Racismo Estrutural?
2) No texto 1- Desigualdade racial e racismo, lemos o seguinte: "Nesse sentido, quando o próprio grupo se identifica como etnia, o objetivo é construir e afirmar identidades que promovam a coesão interna e o sentimento de pertencimento e de identidade social." O autor cita três tipos de vantagens, Econômicas, Políticas e Emocionais. Cite exemplos da ocorrência de cada uma dessas vantagens para a população negra/afrodescendente. 3) Observem os dados nos textos de notícias. Considerando tais textos e último vídeo, responda: quais os direitos que são negados a população negra/afrodescendente? Qual impacto disso na realidade de nossa sociedade? 4) Considerando os textos e vídeos disponibilizados comente sobre como a persistência do racismo estrutural reforça a desigualdade na vida da população negra/afrodescendente. 5) Diante do reconhecimento da população de forte presença do racismo e de dados do tipo: “7% (dos entrevistados) acredita que o combate ao racismo é uma luta apenas dos negros e 38% disse
acreditar que o racismo está “apenas em algumas pessoas”. Há ainda 7% que diz “não haver racismo no Brasil” e 8% que acredita que a "mistura de raças é uma das principais causas dos problemas” do país”: c omo podemos combater o Racismo no Brasil?
_________________________________________________________________________________ 4. Vídeo Complementar para quem tem interesse em ampliar o conhecimento sobre o assunto:
https://www.youtube.com/watch?v=LiooRD3Iej0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SUPER CHOQUE/CHICO. Super Choque é Vítima de Racismo. Youtube, Canal Chico. Disponível em . Acessado em 22.06.2020.
RAÇA: a luta pela igualdade (filme). Direção de Stephen Hopkins. 2016. Youtube, Canal Pernalonga. Disponível em . Acessado em 22.06.2020.
QUEBRANDO O TABU. O que é Racismo Estrutural: Desenhando. Youtube, Canal Quebrando Tabu. Disponível em . Acessado em 22.06.2020. SANTIAGO, T. Parelheiros tem 7,8 vezes mais negros que Pinheiros, diz levantamento. G1 São Paulo. Publicação do dia 16.09.2015. Disponível em . Acessado em 22.06.2020. PALHARES, I. Parelheiros tem 7,8 vezes mais negros que Pinheiros, diz levantamento. Folha de São Paulo. Publicação do dia 17.06.2020. Disponível em . Acessado em 22.06.2020.
SÃO PAULO (ESTADO) SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; filosofia, ensino médio, 1a série, vol.1 /
Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Adilton Luís Martins, Luiza Chirstov, Paulo Miceli, Renê José Trentin Silveira. - São Paulo: SE, 2014.
___________________. SP Faz Escola: caderno do professor, ciência humanas, ensino médio, 1ª série, 1° Bimestre, Filosofia. Produção, organização e revisão: Erica Cristina Frau – PCNP da DRE Campinas Oeste; Tânia Gonçalves – SEDUC/COPED/CEM – Equipe Curricular), 2020. SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Cadernos do Programa Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho/CEEJA: caderno do aluno; filosofia, ensino médio, 1ª série, vol. 1. São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI): Secretaria da Educação (SEE), 2015.