o SEQUESTRO
DE DIVINO
E A BATALHA DE
APOGEU J.VICTTOR A vida tem reservado. Às criaturas humanas Passagens inesperadas Por vezes até ínsanas Por outras tantas cruéis Por tantas outras profanas Fomos por Ele dotados De cinco grandes sentidos O sexto, só alguns sentem Como conselhos de amigos Falando baixo em sussurros Perto dos nossos ouvidos O destino e o caminho Traçados em outro plano Rompendo aqui o cordão Não tem sequer um humano Que lembre algum acordo Fechado com o Soberano
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Amor e verdade são Como uma 'locomotiva Correndo pelas artérias Do coração que cativa E na chegada não sentem Sua força instintiva
Lugar de muito recato A ciência florescia No chão pisavam os pés Em boa terra macia E tinha sua beleza Divina supremacia
Numa cidade distante Abraçada por montanhas Vivia plena harmonia Dentro de suas entranhas Jamais cultivaram a Dor, o ódio ou a sanha
Valério e Lira nasceram Em casas bem geminadas Na luz de suas infâncias Crianças admiradas Tão perto foram crescendo E muito aproximadas
Distante desta cidade Não sei as léguas dizer Um outro povo morava Oue costumava fazer Da guerra, filosofia Por puro e cruel prazer Voltemos nossa atenção Pra onde eu citei primeiro Pois é ali que floresce Um amor bem verdadeiro Forte e solidificado Como um grande coqueiro
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Fundada entre as montanhas Seu nome assim se deu E o sol incandescente Com todo o brilho seu Iluminava a cidade Chamada de Apogeu
Mas a aproximação
Daquelas duas crianças Não seria casual Se os pratos da balança Esquecessem da justiça E lembrassem da vingança Valério e Lira cresciam Bruscamente a cada ano E seus corações batendo Não parecendo engano Já se faziam sentir Do outro lado do pano Valério não era forte Mas tinha uma excelente E grande sabedoria Precoce adolescente Sendo muito respeitado Sábio e inteligente
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o garoto dedicado Assim se desenvolvia A vida o ensinava Também o que ele via Porque atrás das montanhas Alguma coisa flavia
Valério se aproximou Daquela bela encantada Nas sombras do bosque viu Os braços da sua amada Erguendo ao seu encontro Correndo apaixonada
Lira tornou-se mocinha Linda, sadia e formosa De beleza estonteante Articulada na prosa Mas sua curiosidade Era de gente teimosa
Os lábios que se tocaram Com a força de um vulcão Viam de olhos fechados Faíscas da comunhão Como um dia narrou O filósofo Platão
O semblante bem sereno Debruçado na janela Seu perfume bem suave De cravo e de canela Faziam com que Valério Vivesse pensando nela
Ardente foi a entrega De rara, pura beleza Só tinha uma testemunha Que era a natureza Celebrando com a chuva Uma alma à outra presa
Lira estava num bosque Jorrando o seu encanto Um vulto viu de repente E para o seu espanto Era Valério que vinha No ombro tinha um manto
Quando os dois acordaram Do sonho que se seguiu Retos estavam no chão No manto que se puiu Seus rostos agradecidos Certos de que ninguém viu
Palpitou o coração As pernas estremeceram Ali naquele lugar Os dois então entenderam O sentimento profundo Vindo de quando nasceram
Ficaram bem abraçados A noite vinha caindo Dali não se levantaram Ali já foram dormindo E mais pareciam dois Anjos que estavam sorrindo
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o amor desconheciam A paz e sabedoria Viviam guerreiros fortes Soldados da tirania Batizando a cidade Com o nome de Valentia
De manhã, o céu azul Saudou o belo casal E de ambos, o deleite No reino celestial Fez boa iluminação No tênue sol matinal
Indo' em busca de riquezas Pro lado do sudoeste Toparam com Apogeu Cidade toda celeste Contrário de Valentia Que era muito agreste
A conspiração dos astros Deu à eles um menino Nascendo forte e robusto Astuto éomo um felino Em tudo era perfeito Seu nome era Divino Em sua perna direita A mancha de uma pinta Parecia mais um lacre Vermelha como uma tinta Dizia alguma coisa Uma mensagem suscinta Na vida quase perfeita Que Apogeu resguardava A todos os moradores E cada um que habitava Seria infelizmente Rapidamente mudada I
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Aquela outra cidade Estava sempre à procura Para fazer uma guerra Com uma forte estrutura Armada até os dentes Sentindo muito segura
Passaram a noite toda Limando suas espadas Pensando melhor caminho Quais eram todas entradas Pra fuga ser bem ligeira Saindo pelas quebradas Antes que o dia acordasse Desceu a cavalaria Ficasse alguém na frente Ali desencarnaria Tinham orgulho de serem Soldados de Valentia Naquele dia terrível Apogeu foi invadida E não tendo reação A cidade foi ferida Decretando sua derrota Já pré-est:abelecida
Os gritos apavorados Daquela população Somente estimulavam De Valentia a ação . Rogavam muito indefesos' . Para o Pai'da criação O povo que se calcava Mergulhado nos estudos Sofreram com muitas lanças Flechas, punhais e escudos Num massacre semelhante À batalha de Canudos Apogeu ficou em chamas Varrida e arrasada Deixaram ali as cinzas Bateram em retirada E não tendo resistência Voltaram na cavalgada A guerra sanguinolenta De gente muito arrogante Extirpou imensa pérola Com brilho de diamante Raptando de Valério Valioso semelhante
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Os brutos de Valentia Já no meio do caminho Se espantaram com o choro Do indefeso nenenzinho Não suspeitando que ele Seria imenso espinho
De volta para à cidade Com festa já preparada Tomaram porre de vinho Comeram carne assada Sem esperar que a sentença Deles estava marcada De Apogeu se esqueceram Em busca de outras terras Saíram pra saciar Com sede de muitas guerras Levando suas espadas Ao enlace de outras serras Os anos foram passando Divino ali cresceu Aquele forte menino Dos pais logo se esqueceu Mas algo achava estranho Se falassem de Apogeu Seus músculosentumeciam Como um forte guerreiro Pois aJi tinha o fermento Do amor que é verdadeiro Usava a intuição Como grande feiticeiro Muita gente em Valentia Digo que já suspeitava E nem todo mundo dele Não diria que gostava E o Rei.desconfiado. Para muitos reclamava
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Seus braços eram um tronco O peito como armadura Juntou seu próprio exército Para partida futura Não havendo alguma lei Para essa criatura O bom coração herdou De Lira e de Valério E na mente sonhadora Faria um justo império Onde os homens fossem iguais Segundo este critério Já com vinte e cinco anos No auge do explendor De Apogeu ouviu falar O que lhe causou furor Partiram pra procurar Onde havia rumor Seguiram algumas aves Mas Apogeu, tão pacata Nas suas doces montanhas Quase riscou-se do mapa E ali ficou esquecida No centro daquela mata
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Divino ia montado Em cavalo habilidoso Tinha da tropa o domando Traçava meticuloso Seu caminho a Apogeu . Cavalgando cuidadoso
Passando dias e noites De uma longa caminhada Pararam pra descansar Ao lado de uma estrada Bem comprida e deserta E toda acidentada Ao longe viram um burro puxando uma carroça Vinha atrás bom cavaleiro Gritando com a voz grossa Já que o burro não queria Mais puxar aquela joça Tinha com ele um casal Com idade já madura E vendo tantos guerreiros Vestidos com armaduras . Pararam pra perguntar Se tinham umas ferraduras Divino se levantou Perguntando a todos três Quero primeiro saber Qual o nome de vocês1 _Valério, Lira e Danilo. Disseram com rapidez _Para onde é Apogeu1 Divino lhes perguntou. _Somos de lá mas estamos Em paz. - Valério falou. _Tememos nova invasão E assim ele narrou:
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Vinte e três anos atrás Nossa cidade pacata Antes do galo cantar Sobre o sereno da mata Foi toda dilacerada Quase riscada do mapa Lira tomando a palavra Olhara para Divino Tinha fitado a mancha Na perna dess.efelino Contou que Deus coroceu Os dois no mesmo destino Divino não entendeu E Lira como vidente Disse pro grande soldado: -,-Marcana perna somente Teve meu filho querido. Chorou compulsivamente Valério se impressionou Pelo filho corpulento Ali mesmo ele rezou Porque o seu juramento Demorou mas não falhou Com a volta do rebento
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\ O guerreiro muito sério "Não acreditou naquilo" Estavam ali seus pais ~ o seu irmão Danilo Rápido pensou no Rei Na maneira de puni-Io
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Queria saber detalhes Do enorme pesadelo. Mesmo que a narrativa Pudesse entristecê-Io
Já que por aquela mancha Puderam reconhecê-Io Marcharam para Apogeu Divino e a cavalaria D'um lado tinha o alívio Do outro ainda sofria Por todos aqueles anos "Prisioneiro" em Valentia
Chegando em Apogeu Logo foi apresentado E muitos reconheceram O sinal avermelhado
A enorme semelhança Com Danilo lado a lado Quando veio o descanso Dispuseram-se a pensar Qual o plano que fariam Logo depois de acordar Pois eles não consentiam Querendo logo vingar Divino chamou o pai Disse contar com o irmão Armou a cavalaria Rugia corno um leão Seuoódio estremeceu Toda aquela região
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Assim que amanheceu Mirou-se em Valentia A todos encorajou Pelo motivo morria Não tinha conhecimento Do que era covardia Muita gente em Apogeu .Com ele também iria Dispostos a entrentar Com valente ousadia A cidade que por muita Arrogância pagaria Ouando Divino olhou Ao lado de seu irmão Tinham mais de mil guerreiros O mesmo que um batalhão E aquele mar de gente Avançou com decisão Seguiram pela estrada Numà forte cavalgada Do chão todo estremecer Deixando a terra marcada Vermelha como a ira Da cidade açoitada
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Ao passar de uma semana Avistaram um clarão Mas a noite os escondia Entre o céu e a 'escuridão Com o Rei em Valentia Armado e de prontidão
Fôra o Rei por um plebeu Pouco antes avisado Que Divino estava perto Forte e bem preparado Para vingar sua honra Do que houve no passado Quando as pontes se ergueram Valentia foi cercada Pra dentro todos correram Em carreira apressada E o Rei se escondendo Numa .forte barricada Divino então gritou' Que a veia do pescoço Pra fora se expandiu Formando grande caroço E com raiva empúrrou Uns vinte dentro do fosso As flechas que se cruzavam. Deixando rastros no céu Percorriam seus destinos Nas pontas levando o fel Cada qual endereçada Cumprindo o seu papel Uma enorme· resistência Tomou conta da cidade E também tomou de medo Soldados sem qualidade Começando pelo Rei Suplicando lealdade Valentia circundada Sem jeito de escapulir Parecendo uma caldeira Pronta para explodir . E todos seus habitantes De lá queriam sumir
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Quando foram os portões Prontamente arrombados Não havia um só Rei Ou mesmo muitos reinados Para conseguir deter . Mil homens aperreados
Com a mão bem preparada Da espada ele puxo,:, Divino olhou pro Rei Para a luta se lançou Pareciam dois dragões Que alguém atormentou
Divino tomou a frente Junto com o irmãó Danilo Valério organizava Inteligente, tranquifo E em boa estratégia Todos deviam seguí-Io
O Rei em golpe veloz Rodou a sua espada Pois sabia que a arma Tinha ponta afiad? Que Divino descUidando Levaria a estocada
Entre o fogo da batalha As espadas tilintavam Com o som espantador Das cabeças que rolavam Pelo chão de Valentia Onde já muttoscrtoravam
Mas a arma de Divino ,Era rápida e ligeira . . Golpeando com astucra E também muito certeira Cortando o braço do Rei Chegando sempre primeira
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A cidade estremecia E São Jorge lá da lua Disse que chegara a hora Da verdade nua e crua A vingança em cada beco Cada palmo, cada rua
Rei desista de uma vez Vou' cortar sua cabeça Extirpar as suas tripas Para que se desfaleça Destruindo a cidade Bem antes que amanheça
Divino desconfiava Onde o. Rei se escondeu Como cão, caçou a presa Encontrando, a ordem deu: _Saia pra luta, covarde, Vou matar por Apogeu
Respondeu o Rei de .novo: Fui eu quem te ensinou à usar esta espada Pra você tudo acabou Te criei como meu filho Desde quando aqui pisou
Então logo o Rei gritou: _Não apresse a sua morte, Eu dentro de Valentia Me sinto muito mais forte Vou lhe dar uma licão Mesmo com todo ésse porte
E Divino retrucou: Seu filho nunca serei Destruiu minha cidade E agora saberei . Que no inferno vais assar Pois pra lá te enviarei
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Pulou pra çima do Rei Com g;olpe bem contundente Fu~ndoseuabdômen Veloz e tão de repente Que a semelhança foi Do bote de uma serpente
Pegou o crânio do Rei Guardou-o numa sacola Chispou-se para a batalha Depois daquela degola Que mais pareceu o fim Duma galinha d'angola
O araqtre tão certeiro O deixou muito sangrado E com o seu movimento Já bastante afetado Da boca corria o sanguf! parecendo avampirado
Num beco encontrou Danilo Que muito ofegante estava Na luta com cavaleiros Mas não se acovardava Inteiro estava ele Porque não se descuidava
Numa grande tentativa Da luta continuar Vendo, que· sua cidade Ia com ele acabar Suspirou profundamente Enchendo o pulmão de ar
Divino foi ajudar , Rápido e prontamente O seu irmão acuado Estando precisamente Em rara habilidade Mostrando-se bom valente
Divino disse: _desista! Não tem mais pra onde ir ~ ponta da minha espada E que vai· te conduzir Pro caminho do inferno Antes mésmo de cair
Chegou então bem ligeiro Pra defesa do irmão Quando os dois cavaleiros Tiveram a sensação Que estavam diante de Um enorme paredão
O Rei já çambaleante De joelhos, estribuchou Curvou o corpo para baixo Divino se aproximou E num. golpe eficaz A cabeça .arrarrcou
Fugiram mais que depressa Correndo covardemente Foram Divino e Danilo Sair dali prontamente Ajudando na batalha Ao lado de sua gente
O corpo logo caiu Agora desfalecido O Rei teve' seu castigo 'Háternpos já ·merecido Divino olhou pro céu Rezando agradecido
Valério com sapiência Armava grande cilada Pro povo de Valentia Que largava a espada Com medo de sucumbir Saindo em disparada
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Restavam alguns guerreiros No foco de resistência Do alto atiravam flechas Não íam pedir clemência Atacando lá de cima Com bastante violência
Valentia se enterrou Sob os pés de Valé~io E se ali teve um R~I .. Orgulho daquele Imperlo Fez da realeza um Verdadeiro cemitério
Divino era tão forte Que ao apontar o dedo Para o seu inimigo Ou qualquer outro pelego Este já se borraria Por não se aguentar de medo
O povo de Apogeu Retornou muito cansad? Mas com a cabeça ergUlda . Se sentindo aliviado Embora tenha Divino Morrido ali flechado
Mas Deus ao fazer o homem Em número considerável Para habitar a Terra De forma admirável Nunca prometera o Dom de ser invulnerável
Bem na entrada principal Dos portões de .Val.entla A cabeça do Rei fOI. . Fincada com energia Para que nã~ esquecessem A morte da tirania
A flecha que disparada Do alto nele pegou Parando o seu coracão Ali mesmo desabou' E no chão fez um buraco Que muito se aprofundou
Valério se emocionou Pela perda do querido Filho roubado em casa Que Lira tinha parido_ Deixando o seu coraçao Batendo muito ferido
Danilo em disparada Caçou aquele assassino Jurando ao infeliz Então o mesmo destino Pois matou o seu irmão Roubado quando menino
Valério então pediu A um nobre cavaleiro Ir correndo a Apogeu. Como veloz mensageiro Trazer a sua mulher . Para o enterro do guerreiro
E dali nada sobrou Nem sequer um habitante Para um dia contar De uma forma ofegante A história de um Rei Naquele local distante
Escolheram um lugar Naquela vasta planície Para ete descansar •. Embaixo da superflcle Deixando sua sepultura '.. Nas mãos de um bom artlflce
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Lira chegou a cavalo Desolada com o fim Dado ao querido filho Por causa de um Rei ruim. _Eu não vim pra contesra-; . Se Deus quer, que seja assim! Armaram a cerimônia No meio da imensidão Portentosa como ele Que tinha no cora cão O amor daquele póvo E enorme gratidao O povo de Apogeu Seguindo o funeral Fez daquela cerimônia Um enorme ritual Para o corpo de Divino Descansar em bom astral Retornaram a Apogeu Que mostrou supremacia E a morte de Divino Como numa profecia Assustava cada um ,Que na cova aparecia Ao fim de uma semana Sem aquela criatura O tempo foi se fechando Baixou a temperatura E um baita dum estrondo Causou grande ruptura
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O dia escureceu Fez-se grande o mistério Assolando Apogeu E parte do hemisfério Deixandosobresaltados Lira, Danilo e Vaférto ,
Aquela reviravolta Como chegou, foi embora Valério chamou os dois Foram dali sem demora Intrigava alguma coisa Tinham que ver logo agora Foi pegando os cavalos Saíram bem de mansinho Dizendo rapidamente Pra descer pelo caminho Querenélo analisar Este fato com carinho Estavam aqueles três Dentro da densa floresta Lá de cima avistaram ' Um clarão que vinha nesta Direção, com muito brilho, Passando por uma fresta E surpreendentemente Parecendo diamante No sepúlcro de Divino Uma lagoa brilhante Os três juntos exclamaram: _Que lagoa imprecionante! Esta colossal lagoa Tinha suma importância Contra qualquer invasão Protegendo da ganância Porque entre as suas margens Era grande a distância A lagoa intransponível Tinha tão boa fundura Que seria impossível Para qualquer crlatura ,O dom de atravessar Fosse de qualquer cultura
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Valério disse pra Lira: _Ao cair o vendaval Com tamanha intensidade Transbordando o canal Eu sabia que alguma Coisa tinha afinal
o povo
de Apogeu Sabendo do advento Lotou aquelas montanhas Vislumbrando o evento E ali petrificados Relembraram o sacramento A lagoa e as montanhas Protegendo a cidade Trouxe 'alívio para o povo Dando continuidade Para o desenvolvimento Daquela comunidade Com os anos que passaram Dum garoto uma visão Fez dali surgir a lenda Com boa imaginação Que em suas profundezas Habitava um dragão
.Já longe da 'crueldade
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Você viu uma cidade Inspirada na bondade Com o dragão de Apogeu , Tendo naquela lagoa Traços, de uma pessoa O canto que dele ecôa •Ronca dizendo: Sou eu!
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