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HIPERPITUITARISMO (HIPERFUNÇÃO HIPOFISÁRIA)
outubro/2017
Prof Ana Luiza Rolim
Eixo Hipotálamo-Hipófise Siglas GnRH: hormônio liberador de gonadotrofinas FSH: hormônio folículo-estimulante LH: hormônio luteinizante GHRH: hormônio liberador de GH GH: hormônio de crescimento TRH: hormônio liberador de tireotrofina TSH: hormônio tireoestimulante CRH: hormônio liberador de corticotrofina ACTH: hormônio estimulador da córtex adrenal
Hipófise: Anatomia
Eixo Hipotálamo-Hipófise Anterior (adenohipófise) Eixo adrenal
Eixo tireoidiano Eixo gonadal Eixo somatotrófico
Eixo da Prolactina
Melmed, S et al (2011) Williams Textbook of Endocrinology
ADENOHIPÓFISE ¨
¨
Disfunções na produção hormonal: ¤ Hiperpituitarismo: Hipersecreção ¤ Hipopituitarismo: Hiposecreção Efeitos locais/Efeito de massa • Cefaléia • Alterações visuais, paresia de pares craniano • Hipopituitarismo
Alterações visuais perda visual ¨ diplopia ¨ hemianopsia bitemporal ¨
Anatomia selar
Hiperpituitarismo ¨
tumores (adenomas) Adenomas hipofisários: classificação ¤ De acordo com a secreção n Funcionantes (70% ) = Hiperfunção n Não-funcionantes (30%)
¤ De
hipofisária = Hiperpituitarismo
acordo com o tamanho
n Microadenomas: < 1 cm n Macroadenomas: > 1 cm
¨
distúrbios hipotalâmicos com estimulação excessiva (minoria)
Adenomas hipofisários: classificação Microadenoma
< 1 cm
Macroadenoma
> 1 cm
Hiperpituitarismo ¤ Hipersecreção: n GH: Gigantismo/ acromegalia n PRL: hiperprolactinemia n ACTH: Doença de Cushing n Gonadotrofinas n TSH
Síndrome de Cushing Definição Quadro Clínico Diagnóstico laboratorial Diagnóstico Etiológico
Definição Sd. de Cushing (SC) Estado clínico resultante de prolongada e inapropriada exposição à quantidades excessivas de cortisol (Hipercortisolismo) ¨
¨
Exógena – causa mais comum de SC na prática clínica (potente ação anti-inflamatória dos glicocorticóides) Endógena – causa rara, acomete principalmente o sexo feminino
Etiologia da SC Endógena Doença de Cushing = Tumor (adenoma hipofisário) secretor de ACTH
Topografia das glândulas suprarrenais
Síndrome de Cushing Definição Aspectos Clínicos Causas Diagnóstico Definição da Etiologia Tratamento
Quadro Clínico
Quadro Clínico
Quadro Clínico
Quadro Clínico
Quadro Clínico
Epidemiologia ¨
Incidência: ¤ Doença
de Cushing 2-3 casos: 1.000.000/ano ¤ Adenoma Adrenal (Cushing adrenal) 0,6 casos: 1.000.000/ano ¨
Prevalência: ¤ 40
casos/ 1.000.000 pessoas ¤ Mais prevalente no sexo feminino
Em quem pesquisar ? ¨
¨
¨
¨
Se múltiplos e progressivos achados, particularmente os achados mais específicos Crianças com diminuição de velocidade de crescimento e ganho de peso Achados anormais para a idade (osteoporose vertebral, hipertensão, diabetes) Incidentalomas adrenais
OBS: não é recomendada investigação de rotina para outros grupos de pacientes
OBS: Excluir exposição exógena aos corticoides
Diagnóstico laboratorial ¨
1ª ETAPA: ¤ Confirmar
a suspeita clínica de hipercortisolismo ¤ Excluir uso exógeno de corticoides ¨
2ª ETAPA: ¤ Diagnóstico
Etiológico (fonte de excesso de cortisol)
1ª ETAPA: Confirmação do hipercortisolismo ¨
Utilizar 2 diferentes testes laboratoriais: ¤ Cortisol
salivar às 23h ¤ Cortisol plasmático pós 1 mg de dexametasona ¤ Cortisol livre urinário (urina de 24h)
1ª ETAPA Pacientes com suspeita clínica de síndrome Cushing Utilizar 2 testes
Cortisol salivar às 24hrs* Normal
Exclui síndrome de Cushing * Coletar ≥ 2 amostras
Cortisol urinário 24hs* Duvidoso ?
Realizar outros testes
Teste de supressão 1 mg dexa às 24 hs Alterado
Confirma Síndrome de Cushing/ Hipercortisolismo
2ª ETAPA: Diagnóstico Etiológico
ACTH
Suprimido
ACTH- Independente
Doenças da Adrenal
(2 amostras)
Normal ou Alto
ACTH-Dependente
Doença Cushing Síndrome do ACTH Ectópico
Classificação eBológica da síndrome de Cushing SC ACTH – Dependente SC ACTH – Independente Doença de Cushing
Síndrome da secreção de ACTH ectópico
SC de origem suprarrenal
SC iatrogênica
SC Endógena ACTH- independente (ACTH suprimido) Correspondem a 20 % das causas de SC ¤ Adenoma
da suprarrenal
¤ Carcinoma
da suprarrenal
¤ Hiperplasia
¤ SC
micro ou macro-nodular das suprarrenais
Iatrogênica (uso exógeno de glicocorticóide) – é a causa mais
frequente de SC na prática clínica
Tomografia de abdome de pacientes com SC ACTH-independente
Lesão tumoral em loja suprarrenal esquerda de 4,5 cm homogenea com margem regular – suges9va de adenoma
Lesão tumoral heterogênea em loja suprarrenal direita de 10 cm , presença de áreas de necrose e margem irregular – suges9va de carcinoma
Síndrome de Cushing ACTHdependente (ACTH normal ou elevado) Correspondem a 80 % das causas de SC ¤ Adenoma
(70-80%)
¤ Tumor
hipofisário produtor de ACTH - doença de Cushing
ectópico produtor de ACTH (10-15%)
n Carcinoma
de pulmão pequenas células n Carcinóide brônquico ou de timo n Carcinoma medular da tireóide n Tumor de ilhotas do pâncreas n Feocromocitoma
DiagnósBco EBológico Síndrome de Cushing ACTH-dependente ACTH nl ou elevado - Teste de supressão com 8mg de dexametasona
- Teste do CRH/DDAVP (testes de esNmulo) Tu Hipofisário 85- 90 %
Tu Ectópico Exames de imagem: 10-15%
- RNM hipófise - PET/TC/RM abdome e tórax -Cateterismo bilateral de seios petrosos inferiores
Acromegalia e Gigantismo Etilogia Quadro clínico Diagnóstico Tratamento
Acromegalia e Gigantismo: Etilogia ¨
Tumor hipofisário (adenoma hipofisário) secretor de GH (98%)
Carcinoma hipofisário ¨ Hipersecreção de GHRH ¨ Produção ectópica de GHRH ¨
2%
Eixo GH-IGF1 Hipotálamo SS
GHRH
Secreção pulsá9l
+ -
CarBlagem de crescimento
Hipófise
GH IGF1 Fígado
IGF1
IGF1: fator de crescimento semelhante a insulina SS: somatostatina
Complexo ternário
(IGF1 + IGFBP3 + ALS)
IGFBP3: proteína ligadora do fator de crescimento semelhante a insulina ALS- subunidade ácido-lábil sensível
Hipersecreção GH
Idade pré-puberal
Gigantismo ↑ crescimento longitudinal Raro (< 5%), > sexo masculino
Idade pós-puberal
Acromegalia ↑ extremidades e de partes moles Deformidade de face
Acromegalia - Epidemiologia ¤ !=" ¤ Incidência:
3-4 casos novos /milhão/ ano ¤ Prevalência: 40-70 casos /milhão ¤ 3a-5a décadas de vida ¤ Diagnóstico 7 a 12 anos após início dos sintomas ¤ Impor tância: morbi-mor talidade por doença cardiovascular, respiratória como apnéia do sono e neoplasias (trato gastro-intestinal)
Acromegalia – Quadro clínico Cefaléi a Sudorese Dispneia Apnéia do sono Diabetes
Alteração visual
Edema de tecidos moles, espaçamento dentário Insuficiência Cardiaca Hipertensão Arterial Arritimia Pólipos intestinais
Sínd.do tunel do carpo
Artralgia e artrite
Alterações sexuais
Parestesias
Facies acromegálica - alterações crânio-faciais Bossa frontal (proeminência frontal) Alargamento base do nariz Protusão do ossos malares
Aumento dos arcos zigomáticos Acentuação das linhas da face Aumento de partes moles: nariz,lábios e mento
Aumento da mandíbula ( macrognatia)
Protusão da mandíbula (prognatismo)
Labios grossos
Mudança facial ao longo dos anos
Sistema ósteo-articular: aumento das extremidades Aumento das mãos Dedos com aumento de calibre das extremidades Síndrome do tunel do carpo/parestesias
Sistema ósteo-articular: aumento das extremidades ¨ ¨
¨
Aumento dos pés Aumento do número dos sapatos Artropatias: crepitação, limitação de movimentação e artralgias
Sistema Cardiovascular na Acromegalia Hipertensão arterial, cardiopatia, valvopatia, arritmia, ICC Função
Morfologia
HAS Cardiomegalia
Doença arterial coronariana
Doença Valvar
Arritmias ventriculares Insuficiência cardíaca congestiva
Sistema respiratório: apnéia do sono
Alteração no padrão do sono Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Defeitos de ventilação-perfusão (hipoxemia)
Pele e anexos Espessamento da pele, com
acentuação das pregas e cicatrizes, Hiperidrose Aumento da oleosidade Hipertricose Acantose nigricans e papilomas cutâneos (skin tags)
Acromegalia - Diagnóstico O que fazer diante de um paciente com da suspeita de Acromegalia? Solicitar a dosagem de: GH (Hormônio do Crescimento)
IGF-1
Acromegalia - diagnóstico Avaliação inicial: GH e IGF1 séricos
GH < 0,4 e IGF1 normal
Exclusão Acromegalia
GH ≥ 0,4 e/ou IGF1 elevada
TOTG (Teste oral de tolerância a glicose) com dosagem de GH
GH < 1 µg/L e
GH > 1 µg/L
IGF1 normal Avaliação: RM, função hipofisária e complicações
TTGO (Teste de tolerância a glicose oral) na Acromegalia Determinação da glicemia e GH nos tempos 0,30,90,120
minutos após a ingestão de 75 gramas de glicose anidra
Tratamento ¨
Cirurgia (Tratamento de 1ª linha)
¨
Tratamento farmacológico
¨
Radioterapia
Tratamento Indicações absolutas para cirurgia: ¨ Pacientes com sintomas compressivos ¨ Déficit visual agudo ¨ Apoplexia ¨ Fístula liquórica
Acesso Transesfenoidal
Hiperprolactinemia Fisiologia Epidemiologia Causas Fisiopatologia Quadro clínico Diagnóstico Tratamento
Fisiologia da secreção de prolactina
Prolactinoma- Epidemiologia
– !>" 10:1 em jovens, similar após os 50 anos – Incidência: 10 casos/ milhão/ ano – 3a-5a décadas de vida – São classificados em micro ou macroadenomas
Causas de Hiperprolactinemia ¨
Fisiológicas: gestação, amamentação
¨
Farmacológicas: especialmente anti-psicóticos
¨
Patológicas: ¤ ↓
eliminação da PRL: insuficiência renal, hepática
¤ ↑
estímulo para secreção de PRL: TRH: hipotireoidismo primário n ↓ chegada de dopamina nos lactotrófos: outros tumores n ↑
¤ Produção
autônoma: PROLACTINOMA
¨
Macroprolactinemia (25%)
¨
Idiopática
Adenoma hipofisário secretor de prolactina (Prolactinoma)
Tumores