Aula Beatriz Polivanov-Etnografia virtual-Fiocruz-10.09.20

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ETNOGRAFIA VIRTUAL: NOTAS PARA UM DEBATE PROFª. DRª. BEATRIZ POLIVANOV UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPTO DE ESTUDOS CULTURAIS E MÍDIA / PPGCOM GRUPO DE PESQUISA: MIDICOM (MÍDIAS DIGITAIS, IDENTIDADE E COMUNICAÇÃO) HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/MIDICOMUFF AUTORA DE “DINÂMICAS IDENTITÁRIAS EM SITES DE REDES SOCIAIS: ESTUDO COM PARTICIPANTES DE CENAS DE MÚSICA ELETRÔNICA NO FACEBOOK” (BASEADO NA TESE) [email protected]

TEXTO-BASE POLIVANOV, B. Etnografia virtual, netnografia ou apenas etnografia? Implicações dos conceitos. Esferas, n. 3, p. 61-71, 2013.

Argumento central, em consonância com Fragoso, Recuero e Amaral (2011): “ainda que haja, sem dúvidas, singularidades quanto à mediação, linguagem e formas de interação entre pesquisadores e pesquisados na internet e “fora” dela, tal relação – mediada mesmo off-line – se dá em ambientes virtuais que não podem mais ser tratados como “não-lugares” e menos ainda de forma dicotômica, opondo-se o virtual ao “real””. Defesa do termo “etnografia”, mesmo que em ambientes online.

ORGANIZAÇÃO I) Breve contextualização sobre etnografia virtual II) Etapas, desafios e questões éticas III) Respostas às perguntas da turma IV) Mais referências bibliográficas

I) BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE ETNOGRAFIA VIRTUAL • Etnografia: múltiplas acepções - etno (ethnos = raça, etnia, povo, nação) + grafia (graphein = escrita);

-

Origens: Séc. XIX, Europa Ocidental; Antropologia (embates com outros campos);

-

Menos um conjunto de técnicas e procedimentos, mais uma “descrição densa” de determinada cultura”; ciência interpretativa”, “teias de significado” (GEERTZ, 1978).

Mais do que método de pesquisa qualitativo; é processo; caminho para se conhecer algo; “prática colaborativa”;

• Críticas hoje ao olhar colonial; relação com o “exótico”; superioridade do/a pesquisador/a.

MÉTODOS / TÉCNICAS MAIS USADOS • Observação participante; • Entrevistas; • Histórias de vida; • Diário de campo; • Registros de sons, vídeos, documentos etc. • Kozinets: perspectiva multimétodos.

ETNOGRAFIA “VIRTUAL” – PRIMEIROS TRABALHOS Os primeiros trabalhos que se voltaram para o estudo de interações sociais na internet tinham um forte viés etnográfico.

• Sherry Turkle: “The Second Self. New York: Simon & Schuster” (1984); • Michael Rosenberg: “Virtual Reality: Reflections of Life, Dreams, and Technology – An Ethnography of a Computer Society” (1992); objeto / campo: WolfWOO;

• John Masterson: “Ethnography of a Virtual Society, or How a Gangling, Wiry HalfElf Found a Way to Fit in” (1994); objeto / campo: Ancient Anguish;

• Sherry Turkle: “Life on the Screen: identity in the age of the Internet de Sherry Turkle” (1995).

• Referência sobre o fazer etnográfico online: HINE, Christine. Virtual Ethnography. London: SAGE Publications, 2000.

TRABALHOS MAIS RECENTES DE HINE HINE, Christine. Estratégias para etnografia da internet em estudos de mídia. In: CAMPANELLA, Bruno; BARROS, Carla (Org.). Etnografia e consumo midiático: novas tendências e desafios metodológicos. Rio de Janeiro: E-papers, 2016.

Hine C (2015) Ethnography for the Internet: Embedded, Embodied and Everyday, Bloomsbury

Hine C (2013) Virtual Research Methods (Four Volume Set), Sage Publications Limited

QUESTÕES (QUASE) SUPERADAS (POLIVANOV, 2013) • Pode-se considerar o “ciberespaço” (termo datado) efetivamente um lugar? • Pode-se falar mesmo em etnografia quando se trata de ambientes digitais, nos quais há sempre a mediação tecnológica entre o pesquisador e o pesquisado?

-

Defesa de que:

a) Internet não é um “não-lugar” (AUGÉ, 1992); b) sempre houve mediação (ver PEREIRA DE SÁ, 2005) nesta relação (gravadores, câmeras, papéis, tradutores etc.).

TERMOS VARIADOS

SÍNTESE DAS DISCUSSÕES SOBRE OS TERMOS •

Pesquisadores da área da comunicação passaram a utilizar mais o termo “etnografia virtual”, ao passo em que estudiosos da área do marketing digital, especialmente os norte-americanos e ingleses, apropriam-se com mais frequência do termo “netnografia” (ROCHA, 2006; AMARAL, NATAL E VIANA, 2008; FRAGOSO, RECUERO E AMARAL, 2011).



Algumas autoras, como Rocha (2006), entendem a netnografia como um complemento à abordagem etnográfica; outras usam o termo como marcador para diferenciar que o campo se deu em ambientes online (PEREIRA DE SÁ, 2005).



De todo modo, os pressupostos da etnografia devem ser os mesmos e por isso a defesa de outras em utilizar-se apenas este termo, sem qualquer complemento (FRAGOSO, RECUERO, AMARAL, 2011).



Hine em 2015: etnografia para a internet, que está embutida e incorporada no cotidiano (contexto diferente da década de 1990, quando se fazia um movimento específico para entrar online).

II) ETAPAS, DESAFIOS E QUESTÕES ÉTICAS • Etapas centrais (esforço didático de sistematização, mas eventos não lineares): 1) Entrada em campo; 2) Participação / interação (discussão sobre diferentes modos, negociar entrada); 3) Seleção de perspectiva (multi-situada – Marcus, 1995) e campo mais específico para observação (grupos, páginas, perfis etc.);

4)

“Coleta” / produção de dados (print screens, entrevistas, diários de campo, questionários?) – on e off-line (?);

5)

Retorno e checagem com participantes da pesquisa.

GRAUS DE PARTICIPAÇÃO DO/A PESQUISADOR/A

Lurker

Insider

OBS.1: Toda observação é, de certo modo, participante. OBS.2: Há nuances e estágios entre uma posição e outra.

ETHNOGRAPHY IN/OF THE WORLD SYSTEM: THE EMERGENCE OF MULTI-SITED ETHNOGRAPHY (GEORGE MARCUS, 1995) • Seguir as pessoas; • Seguir a coisa; • Seguir a metáfora; • Seguir o roteiro, história ou alegoria; • Seguir a vida ou biografia; • Seguir o conflito.

ALGUMAS QUESTÕES ÉTICAS •

Quais conteúdos disponíveis online podem ser utilizados na pesquisa e para quais se deve ter autorização para tal? Perfis públicos, privados? Grupos abertos, fechados, secretos? Sites de relacionamento como Grindr e Tinder?



Quando se informar aos sujeitos que eles estão sendo foco da sua pesquisa? Quando e como se apresentar como pesquisador/a?

• •

Anonimizar perfis em prints (borrando nomes, por exemplo) é suficiente? Quando é necessário consentimento do CEP (Conselho de Ética em Pesquisa) da instituição?

Guia sobre procedimentos éticos da Association of Internet Researchers (AoIR): https://aoir.org/reports/ethics3.pdf



Quando de fato se realiza um trabalho etnográfico e quando é uma “inspiração” na etnografia?

ATUALIZAÇÃO DE TERMOS: • Sites de redes sociais ➡ plataformas de redes sociais. • Informantes ➡ participantes, interagentes, co-participantes, interlocutores. • Coleta de dados ➡ produção de dados.

III) RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS DA TURMA 1) Desafios e potencialidades da etnografia 2) Aplicação 3) Posicionamento do/a pesquisador/a 4) Autonetnografia 5) Outros e dúvidas sobre as dúvidas

1) DESAFIOS E POTENCIALIDADES DA ETNOGRAFIA •

“Considerando que a etnografia deve buscar explicar os significados relacionados às experiências e às relações sociais indo além do campo meramente explicativo, como a pesquisa etnográfica com a mediação da internet tem se demonstrado neste propósito, quais as dificuldades e possibilidades observadas de acordo com sua percepção?” (Ângela)



« O que fazer diante da crítica de falha e ausência de rigor científico na forma e exposição dos dados coletados? E como ``validar`` os dados? Rebs destaca ainda que “a netnografia foi bastante criticada por supostas “falhas” ou ausência de rigor científico na forma e exposição dos dados coletados” (REBS, 2011, p. 83)” (Stephania)



« Quais estratégias podem ser utilizadas para vencer os desafios citados por essa autora? De modo mais amplo, os desafios maiores da autonetnografia seriam: a tentativa de manter um olhar afastado e crítico do objeto; o perigo de não se fazer uma sistematização adequada dos dados coletados; a possível falta de rigor metodológico ao fazer o relato e descrição do objeto e o cuidado ao publicar determinados relatos e experiências que possam afetar o relacionamento do pesquisador com seus informantes (AMARAL, 2009) » (Stephania)

2) APLICAÇÃO • “Como coloca Hine, a “etnografia pode (...) ser usada para desenvolver um sentido rico dos significados da tecnologia e das culturas que a possibilitam e são possibilitadas por ela” (HINE, 2000, p. 8). Na visão da autora, de que maneira esse sentido dos significados é desenvolvido? Apenas através das narrativas colocadas em ambiente virtual?” (Barbara)

2.1 PARTICIPANTES •

“O artigo fala sobre problemas práticos do “pesquisador insider” na etnografia virtual que incluem o fato de que seus informantes podem tentar direcioná-lo, oferecendo relatos confusos ou não representativos das experiências, além disso existe o perigo de não se fazer uma sistematização adequada dos dados coletados. No meu doutorado vou fazer acompanhamento farmacoterapêutico de adolescentes através de vídeo chamada. Como minimizar o risco deles me oferecerem um relato sem problemas, querendo agradar eu como pesquisadora e não um retrato da realidade? Que artifícios eu posso usar? Tenho receio de fazer uma análise de cenário que não condiz com a realidade » (Danielle)



“Quais cuidados devo tomar para não ter problemas práticos, usando o modo 'insider'; relativos ao participante poder tentar direcionar a pesquisa, com relatos confusos ou não representativos de suas experiências? » (Jéssica)



« Na pg. 67 quando a autora apresenta a diferença proposta por Kozinets, no terceiro item que trata das questões éticas, ela descreve que o consentimento dos informantes geralmente são mais difíceis de serem demarcados, entendi que individualmente. Sendo assim, seria possível realizar um TCLE único onde o moderador responsável do grupo e/ou comunidade virtual assinasse o termo? Poderia isso ser uma re-adequação ou uma re-leitura do art. 13 da Resolução 510/2016 que diz: "Art. 13. Em comunidades cuja cultura reconheça a autoridade do líder ou do coletivo sobre o indivíduo, como é o caso de algumas comunidades tradicionais, indígenas ou religiosas, por exemplo, a obtenção da autorização para a pesquisa deve respeitar tal particularidade, sem prejuízo do consentimento individual, quando possível e desejável."? Se sim, como poderíamos descrever os riscos e benefícios da pesquisa para os participantes? Ou não seria preciso? “ (Luciana)



“Sobre a etnografia virtual sem participação, precisa do conselho de ética ? » (Stephania)

2.2 CAMPO •

“Ainda que o ambiente virtual seja um local desterritorializado, graças ao avanço e popularização das redes sociais tornou-se cada vez mais comum que pessoas criem histórias, momentos e memórias dentro dele. Porém, com a fluidez que a internet proporciona páginas são criadas e excluídas com muita facilidade. Considerando esta situação, um trabalho etnográfico em uma página (de Facebook por exemplo) que já foi começado, mas posteriormente excluída daria o trabalho como perdido? Como lidar com essa situação?” (Dayana)



“As inflexões sócio culturais provocadas com a internet demarcam uma das principais características do século XXI. Não sendo tanto a tecnologia, mas os modos como as pessoas se apropriam da dimensão tecnologia. Podemos entender com o artigo que as mudanças metodológicas denotam não somente desenvolvimento e aprimoramento da metodologia etnográfica para a internet, como um método adaptado. Mas, está associado à necessidade de atualização desse recurso metodológico também frente mudanças da própria Web 2.0 e os efeitos sociais a partir dos diferentes usos. Com isso, trabalhar com etnografia para internet traz uma complexidade e necessidade de atualização em um ritmo que, poderíamos dizer maior que a etnografia tradicional? “ (Gisela)



« observar uma lista de discussão na internet ou uma comunidade virtual em um site de rede social trará dados materialmente distintos (como textos escritos, emoticons, imagens e links publicados pelos usuários, por exemplo) daqueles coletados em encontros presenciais.’’ Prof. como analisar emoticon, imagens e esses possíveis links nos comentários e/ou na dinâmica de uma comunidade virtual? « (José)

3) POSICIONAMENTO DO/A PESQUISADOR/A •

“Como a comunicação através da internet afeta os graus de participação do pesquisador?” (Adriane)



“Como definir o grau de inserção do pesquisador, em pesquisas etnográficas? » (Adriane)



“Haveria basicamente dois tipos extremos de pesquisador na rede em termos de seu grau de inserção: o silencioso (lurker) e o insider. Considerando esse trecho do texto, poderia discorrer mais detalhadamente sobre esses dois tipos de pesquisador e suas implicações na pesquisa etnográfica? “ (Igor) -> similar à outra pergunta da Adriane (“Diferenciar o pesquisador pesquisador Lurker do pesquisador Insider“)



“Considerando a inerente relação do pesquisador com o objeto de pesquisa na etnografia, cabe no texto etnográfico uma exposição do lugar de fala do pesquisador? “ (Bruna)



“Quais as condições que possibilitam o ofício do/a etnógrafo/a? A imersão e efetiva nos ambientes pesquisados são importantes? » (Hércules)



« Para pesquisadores que estão iniciando os trabalhos com etnografia, diante dos questionamentos trazidos no texto, seria interessante iniciar como pesquisador lurker? » (Lays)



« Gostaria de saber se a participação do pesquisador como “insider” não pode ter consequências na neutralidade que ele deveria ter na pesquisa.” (Sabrina)



“Polivanov traz a abordagem de Braga (2006) sobre a impossibilidade de ser ter um nível zero de interferência sobre os objetos de estudo, ainda que na condição de lurker, o pesquisador que apenas observa. Como se pensar, então, a noção de pesquisador participante quando este acessa um conjunto de informações disponíveis na internet sem estabelecer contato próximo com os sujeitos da sua pesquisa?” (Ana Paula)

4) AUTONETNOGRAFIA • •

“Como se utiliza a ferramenta reflexiva 'autonetnografia' citada no texto? » (Jéssica)



“Quais são as desvantagens que a autonetnografia pode trazer com relação a outras ferramentas? » (Hércules)



« Exemplos de pesquisas autoetnográficas já executadas ou em execução. Como esses limites foram – ou estão sendo – trabalhados pela/o pesquisador/a insider? Quais as ferramentas utilizadas frente aos desafios próprios a esse modelo de pesquisa?” (Ana Paula)

« Quais seriam as diferenças, na prática etnográfica virtual, de um observador Insider e o conceito de “Autonetnografia” baseado em Kozinets? Me pareceram similares. Como seria um exemplo de observação para cada um?” (Paula)

5) OUTROS E DÚVIDAS SOBRE AS DÚVIDAS •

« Qual o conceito de etnografia aplicada à internet que a autora trabalha em suas pesquisas (Etnografia virtual ou netnografia)? » (Eliane)



« Podemos afirmar que a internet enquanto objeto da etnografia é um modo de conduzir interações sociais quanto um produto dessas interações? Se existe essa relação, como ela se constrói? » (Hércules)



« A mudança na forma de interagir, ou, podemos dizer o maior acesso à internet e uso de redes sociais, está fazendo com que as pessoas postem mais, principalmente sobre os diversos acontecimentos do dia a dia. Em plena pandemia, ficou ainda mais explícito esse comportamento nas redes sociais. As recomendações sanitárias vêm sendo desobedecidas no avançar dos meses no decorrer da pandemia, no último fim de semana, por exemplo, a população saiu aos passeios, provocando aglomerações sem obedecer às recomendações sanitárias. Podemos dizer que essa análise, do comportamento social, trazendo o mundo real para o "virtual" seria um artefato da cultura, na perspectiva de tecnologia midiática das práticas sociais? “ (Rosalva)



“Conforme o texto, a noção de campo da etnografia virtual é radicalmente distinta da noção de campo da etnografia. Para quais espécies problemáticas seriam apropriadas usar métodos de etnografia tradicional ou etnografia virtual?” (Yasmim)

• « O que são níveis de variáveis online e off-line? » (Adriane) • « Se para algumas/ns autoras/es antropólogas/os a etnografia, além de um método, seria um estilo, ou gênero literário, principalmente na acepção dos pósmodernos, como ficaria então a situação da netnografia, uma vez que ela faz apenas referência à internet como campo de pesquisa?” (Milton)

• « Quais as implicações éticas na pesquisa etnográfica? » (Adriane) • « Há estudos que comparem as respostas e reações das mesmas pessoas na etnografia tradicional, em que há a presença física do pesquisador, e na netnografia, em que não há? Em caso afirmativo, existe a diferença e o quanto?” (Penélope)

• « Fiquei na dúvida de Métodos de pesquisa Off – line e Online?” (Adriane) • “Considerando as definições sobre a etnografia (ou a prática etnográfica) em ambientes virtuais, de que maneira pensar as diferentes dimensões dos objetos de pesquisa dentro/a partir desses espaços? » (Alef)

IV) ALGUMAS OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EM PORTUGUÊS: BRAGA, Adriana A. Técnica etnográfica aplicada à comunicação online: uma discussão metodológica. UNIrevista (UNISINOS. Online), v. 1, p. 1-11, 2006. FRAGOSO, Suely; RECUERO, Raquel; AMARAL, Adriana. Métodos de pesquisa para internet. Porto Alegre: Sulina, 2011. GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978. LEITÃO, Débora; GOMES, Laura. ETNOGRAFIA EM AMBIENTES DIGITAIS: PERAMBULAÇÕES, ACOMPANHAMENTOS E IMERSÕES. Revista Antropolítica, n. 42, Niterói, 2017. OLIVEIRA, Luciana de. Etnografia, pesquisa multissituada e produção de conhecimento no campo da comunicação. Questões transversais, vol. 5, n. 10, jul-dez 2017. RECUERO, Rebeca da Cunha. Identidade em social network games: a construção da identidade virtual do jogador de FarmVille e do SongPop. Tese de doutorado, Programa de Pós-Gradução em Ciências da Comunicação da UNISINOS, São Leopoldo, 2014. SÁ, Simone. O samba em rede – Comunidades virtuais, dinâmicas identitárias e carnaval carioca. Rio de Janeiro: E-papers, 2005.

EM INGLÊS HJORTH, L., et al. (Eds.). (2017). The Routledge Companion to digital ethnography, New York: Routledge. MASSIMO, Airoldi (2018): Ethnography and the digital fields of social media, IInternational Journal of Social Research Methodology, DOI: 10.1080/13645579.2018.1465622. MILLER, Daniel. Tales from Facebook. Cambridge / Malden: Polity Press, 2011. MILLER, Daniel; SLATER, Don. The Internet: An Ethnographic Approach. Paris: Berg, 2001. PINK, S., et al. (2016). Digital ethnography: Principles and practice. Thousand Oaks, CA: Sage. POSTILL, J., & PINK. (2012). Social media ethnography: The digital researcher in a messy web. Media International Australia, 145(1), 123134. http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1329878X1214500114 SANJEK, R., & TRATNER, S. W. (Eds.). (2016). eFieldnotes: The makings of anthropology in the digital world. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.

PROJETOS / COLETIVOS

https://www.ucl.ac.uk/why-we-post London's Global University

https://www.youtube.com/watch?v=NSiTrYB-0so

New interdisciplinary group exploring the intersections of digital culture and ethnographic methods. We invite scholars at all levels to join us in fortnightly meetings where we will host speakers and workshop new ideas. We welcome those interested in online culture (Internet/platforms/soci al media), and the ethnographic study of digital technologies. The aim of the group to establish a community of scholars of digital ethnography and to work through challenges in this emerging subdiscipline.

OBRIGADA!
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