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E-BOOK ANATOMIA DE CABEÇA E PESCOÇO
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OSSOS – MAXILA E MANDÍBULA
- Espinha nasal anterior: processo pontiagudo que representa a fusão com a maxila oposta, responsável pela fixação da cartilagem do septo nasal.
1. MAXILA O viscerocrânio apresenta duas maxilas (direita e esquerda), juntas são o segundo maior osso da face e formam junções com os ossos nasais, lacrimais, frontal, etmoide, esfenoide, zigomáticos, vômer, conchas nasais inferiores e palatinos. Cada maxila é constituída por um corpo, um seio paranasal e quatro processos, entrando na formação da órbita, da cavidade oral e nasal, do seio maxilar e das fossas infratemporal e pterigopalatina. ACIDENTES DA FACE INFRATEMPORAL E FACE ORBITAL DA MAXILA
1.1 – Acidentes ósseos da maxila: -CORPO DA MAXILA: Apresenta forma piramidal, com uma base medial voltada para a cavidade nasal e um ápice lateral voltado para o processo zigomático.
- Tuberosidade da maxila: convexa nos sentido súpero-inferior e lateromedial, responsável pela formação da parede posterior do seio maxilar e parede anterior da fossa infratemporal. - Processo zigomático da maxila: projeção irregular que se dirige para o osso zigomático, nas quais as faces anterior, infratemporal e orbital da maxila se convergem. - Foraminas alveolares: pequenos forames no centro da face infratemporal, que contém os vasos e ramos alveolares superiores posteriores.
FACE ANTERIOR DA MAXILA - Eminências alveolares: série de elevações causadas pelas raízes dos dentes superiores. Dentre elas, a eminência canina é a mais pronunciada, causada pelo dente canino.
- Túber da maxila (tubérculo alveolar): eminência arredondada na extremidade inferior e posterior da face infratemporal, responsável pela articulação ao processo piramidal do palatino e ao processo pterigoideo do esfenóide. - Face orbital: formato liso e triangular, forma grande parte do soalho da órbita.
- Fossa canina: depressão lateralmente à eminência canina, localizada acima dos ápices dos pré-molares. Local de origem do M. levantador do ângulo da boca.
- Fossa para o saco lacrimal: depressão formada pelo osso lacrimal e a parte medial da borda inferior da órbita. Limitada anteriormente pela crista lacrimal anterior.
- Forame infra-orbital: localizada acima da fossa canina, responsável pela passagem dos vasos e nervos infra-orbitais (2º ramo do nervo trigêmeo).
- Canal lacrimonasal: continua-se inferiormente entre a maxila e o osso lacrimal.
- Abertura piriforme: delimitada pela borda medial da face anterior da maxila. Permite a visão interna da cavidade nasal, do septo nasal e das conchas nasais inferior e média.
- Canal infra-orbital: percorre o soalho da órbita de trás para diante e termina na face anterior da maxila através do forame infra-órbital. Estruturas responsáveis pela passagem dos vasos e nervos infra-orbitais.
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1.2 – Arquitetura óssea da maxila: Juntamente com o esqueleto fixo da face, a maxila forma uma unidade presa à base do crânio. Formada por uma estrutura complexa capaz de resistir suficientemente a recepção e transmissão de forças mastigatórias dos dentes até o crânio. As partes da maxila que não transmitem essas forças, reabsorvem-se devido ao desuso, ou seja, a manutenção e distribuição do tecido ósseo dependem da sua função mecânica. FACE NASAL DA MAXILA - Hiato maxilar: grande abertura óssea do seio maxilar para a cavidade nasal.
- ZONAS DE RESISTÊNCIA:
- Crista conchal: crista na parte anterior da face nasal da maxila responsável pela articulação com a concha nasal inferior. - Crista etmoidal: eminência em direção ao processo frontal da maxila, responsável pela fixação do osso etmoide.
- PROCESSOS DA MAXILA - Processo zigomático: projeção irregular que se dirige para o osso zigomático, nas quais as faces anterior, infratemporal e orbital da maxila se convergem. - Processo frontal: projeta-se superiormente entre o osso nasal e lacrimal e articula-se com o frontal, nasal, lacrimal e etmoide. Na face lateral encontrase a crista lacrimal anterior – fixa-se parte do ligamento palpebral medial – e na face medial encontram-se a crista conchal e a crista etmoidal. - Processo alveolar: parte inferior do corpo da mandíbula os quais alojam os alvéolos dos dentes superiores. Constituído de duas lâminas ósseas paralelas e irregulares. A lâmina óssea vestibular ou externa continua-se na faces anterior e infratemporal. Já a lâmina óssea lingual é contínua com o processo palatino. Sendo assim, o espaço entre as duas lâminas é dividido em alvéolos dentais pelos septos interalveolares e os septos intra-alveolares (em dentes multirradiculados). - Processo palatino: dirige-se medialmente para se articular com o lado oposto, contribuindo para a formação do palato duro (teto da cavidade oral, soalho da cavidade nasal).
PILARES DE SUSTENTAÇÃO DA MAXILA
- Pilar canino: inicia-se no alvéolo do canino e dirige-se superiormente pela borda lateral da abertura piriforme, continua pelo processo frontal da maxila e termina na borda supra-orbital. Na região do seio maxilar e cavidade nasal, apresenta uma secção triangular, com lâminas ósseas compactas e osso esponjoso interno. - Pilar zigomático: inicia-se no álveolo do primeiro molar, passa pela crista infrazigomática, posteriormente pelo processo zigomático da maxila, pelo corpo do osso zigomático, terminando no osso frontal através do processo zigomático. - Pilar pterigoideo: Inicia-se no alvéolo do terceiro molar, passa para o processo piramidal do palatino e pelo processo pterigoideo do esfenóide conectando-se à base do crânio. - Vigas horizontais: pilares caninos unidos entre si por meio de reforços ósseos acima e abaixo da abertura piriforme, e ligados ao pilar zigomático por meio de da borda supra-orbital e borda infra-orbital. Já o pilar zigomático estabiliza-se através do arco zigomático. O palato duro é uma importante viga
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horizontal pois une entre si os três pilares da maxila. 2. MANDÍBULA Único osso móvel do esqueleto facial e o mais forte dos mesmos. Apresenta-se em forma de ferradura e situa-se inferiormente à face e junto com o osso hióide, forma o arcabouço de fixação dos músculos do soalho da boca.
2.1 – Acidentes ósseos:
VISTA INTERNA DA MANDÍBULA Espinha mentual: elevação irregular internamente na região da sínfise mentual. Esta pode apresentar um tubérculo superior e um tubérculo inferior, divididos em direito e esquerdo. Nestes se originam os músculos genioglosso (superior) e gênio-hióideo (inferior). - Foramina lingual: pequeno forame acima da espinha mentual, responsável por atravessar um ramo da artéria sublingual.
VISTA ANTERIOR DO CORPO DA MANDÍBULA
- Sínfise mentual: região mediana da mandíbula que representa a linha de fusão das duas metades do osso fetal.
- Linha milo-hióidea: cruza diagonalmente a face interna da mandíbula, iniciando-se abaixo da espinha mentual direcionando até a região do terceiro molar inferior. Linha responsável pela origem do m. milo-hióideo.
- Protuberância mentual: elevação óssea em forma de triângulo inferiormente à sínfise mentual.
- Fóvea sublingual: acima e anterior à linha milohióidea, responsável por alojar a glândula sublingual.
- Tubérculo mentual: pequena elevação formada pela união da borda inferior da mandíbula e da base triangular da protuberância mentual.
- Fóvea submandibular: abaixo e posterior à linha milo-hióidea, responsável por alojar a glândula submandibular, localizada no pescoço.
- Forame mentual: localizado entre a borda superior e inferior da mandíbula, entre os prémolares inferiores, onde emergem os vasos e nervos mentuais (ramos do 3° par do nervo trigêmeo).
- Fossa digástrica: depressão ao lado do plano mediano da base da mandíbula, responsável pela fixação dos ventres anteriores do m. digástrico. - Processo alveolar da mandíbula: constitui a borda superior do corpo da mandíbula, contendo os alvéolos dentais que alojam os dentes inferiores. - Eminências alveolares: eminências na lâmina óssea vestibular causadas pelas raízes dos dentes inferiores, que vai desde os incisivos até os prémolares.
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VISTA SÚPERO-MEDIAL DA MANDÍBULA - Trígono retromolar: pequena área triangular posteriormente ao terceiro molar, que representa a união das corticais do alvéolo desse dente. Responsável pela inserção da rafe pterigomandibular. - Crista temporal: elevação a partir do trígono retromolar que se entende em direção ao processo coronóide, responsável pela inserção do tendão profundo do músculo temporal. - Fossa retromolar: depressão localizada entre a borda anterior do ramo da mandíbula e a crista temporal.
VISTA INTERNA DO RAMO DA MANDÍBULA Forame mandibular: localizado aproximadamente no centro da face interna do ramo da mandíbula. Representa a abertura do canal mandibular, que percorre internamente até o forame mentual. Canal e forame mandibular são percorridos pelos vasos e nervos alveolares inferiores (3° ramo do nervo trigêmio). - Língula da mandíbula: pequena saliência no contorno anterior e medial do forame mandibular, responsável pela inserção do ligamento esfenomandibular. - Sulco milo-hióideo: sulco que se dirige obliquamente e inferiormente a partir do forame mandibular, responsável por alojar o mervo milohióideo (3º ramo do trigêmeo).
- RAMO DA MANDÍBULA:
- Tuberosidades pterigóideas: rugosidades próximas ao ângulo da mandíbula, responsáveis pela inserção do músculo pterigoideo medial. - Ângulo da mandíbula: curvatura formada pela borda posterior do ramo da mandíbula e a base da mandíbula. Processo coronóide: achatado lateromedialmente e responsável pela inserção do tendão superficial do m. temporal. VISTA LATERAL DA MANDÍBULA - Tuberosidades massetéricas: pequenas saliências irregulares localizadas inferiormente na face externa do ramo da mandíbula, responsáveis pela inserção do m. masseter.
- Incisura da mandíbula: comunica a fossa infratemporal com a região massetérica e passam os nervos e vasos massetéricos (3º ramo do nervo trigêmeo). - Processo condilar: - Cabeça da mandíbula: saliência ovalada, mais alongada no sentido lateromedial, a qual faz parte da articulação temporomandibular (ATM). Mede cerca de 15 a 20 mm de largura e 8 a 10 mm de diâmetro ântero-posterior, formando um ângulo de 90º entre o seu longo eixo e o ramo da mandíbula.
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- Colo da mandíbula: porção estreita localizada abaixo da cabeça da mandíbula, responsável pelo suporte da mesma. Apresenta uma depressão ântero-medialmente, local de inserção do m. pterigoideo lateral.
Trajetória oblíqua: representada pela linha oblíqua da mandíbula, responsável pelas forças oclusais que passam pelos ligamentos periodontais chegando à linha oblíqua na face externa. Trajetória milo-hióidea: responsável pelas forças oclusais que passam pelos ligamentos periodontais chegando à linha milo-hióideia na face interna.
2.2 – Arquitetura óssea da mandíbula: A mandíbula resiste à ação dos músculos da mastigação que se inserem nela e às forças mastigatórias oclusais, transmitindo-as para o crânio através da ATM. Para tanto, possui corticais ósseas espessas e esponjosa trabeculada orientada para distribuir tais forças.
Ambas possuem trajeto posterior, cruzando a borda anterior do ramo e dirigindo-se para o côndilo. - ZONAS DE FRAGILIDADE: - Colo do côndilo; - Região do corpo;
- ZONAS DE RESISTÊNCIA: - Mento: região reforçada por corticais espessas e trabeculado denso. Responsável pela anulação de forças que tendem a dobrar a mandíbula entre si e forças de tração principalmente dos mm. Pterigoideos.
- Região de ângulo; - Fraturas no ramo, processo coronóide e processo alveolar, em menores proporções.
- Trajetória basilar: ocupa a parte inferior da mandíbula (base), desde a região do mento até a borda posterior do ramo, chegando ao côndilo. Responsável pela anulação de forças de compressão que atuam na mandíbula.
ZONAS DE FRAGILIDADE DA MANDÍBULA
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM)
1- Articulações sinoviais:
TRAJETÓRIAS DE FORÇA NA MANDÍBULA - Trajetória temporal: representada pelo espessamento ósseo da borda anterior da mandíbula e tem trajeto descendente a partir do processo coronóide até as linhas oblíqua e milohióidea, sendo causada pela tração do m. temporal. - Trajetórias alveolares:
As articulações sinoviais são junturas que permitem movimentos, que variam de pouco móveis até articulações mais móveis do corpo e se diferenciam das outras articulações do corpo principalmente por possuírem a cavidade articular, a qual é envolvida por uma cápsula articular que fixa os ossos da articulação. Histologicamente, a cápsula articular é constituída por uma membrana fibrosa externa –
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composta por tecido conjuntivo denso não modelado, principalmente fibras colágenas, que se fixa ao periósteo dos ossos da articulação - e uma membrana sinovial interna – composta por tecido conjuntivo elástico, responsável pela produção do líquido sinovial dentro da cavidade articular.
2- Características específicas da ATM: ATM possui um disco articular que divide a articulação em duas (mandibulodiscal e temporodiscal) relacionadas aos ossos em que se articulam; As duas ATMs estão conectadas entre si pela mandíbula e articulam o arco dental superior e inferior; Possui revestimento de fibrocartilagem, dando maior capacidade de regeneração à ATM; A cabeça da mandíbula cresce em superfície sem cartilagem epifisial; Possui movimentos de rotação e translação associados, classificada como biaxial.
3- Partes ósseas envolvidas: 3.1 – Côndilo mandibular (mandíbula)
3.2 – Fossa Mandibular Articular (osso temporal)
e
Tubérculo
VISTA INFERIOR DO OSSO TEMPORAL
- Fossa mandibular (também conhecida como cavidade glenóide): depressão óssea posterior ao tubérculo articular, de forma elipsoide, localizada no osso temporal, onde se aloja o côndilo da mandíbula. Apresenta função passiva na dinâmica articular como receptáculo do côndilo da mandíbula. - Tubérculo articular: eminência transversal que inicia a partir do tubérculo da raiz do zigoma e dirige-se medialmente na face inferior do temporal. Sendo o tubérculo articular juntamente com o
CÔNDILO DA MANDÍBULA
O côndilo mandibular é uma saliência elipsoide convexa, localizada na porção póstero-superior do ramo da mandíbula e constitui a parte móvel da ATM. A parte da superfície posterior é rugosa e a superfície antero-superior é lisa e considerada a própria superfície articular. O côndilo é suportado pelo colo da mandíbula, o qual apresenta a fóvea pterigoidea (local de inserção do músculo pterigoideo lateral).
côndilo da mandíbula os elementos ativos na dinâmica articular.
CORTE SAGITAL DA ATM
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4- Cartilagem Articular Tecido conjuntivo fibroso, avascular, que recobre as superfícies ósseas da articulação, denominadas face articular temporal e face articular condilar. Responsável e apropriado para receber forças mastigatórias, sendo mais espessa nos pontos de maior atrito ou força e também possui maior capacidade de regeneração pela presença de fibrocartilagem (diferente da cartilagem hialina na maioria das articulações).
- Ligamento colateral medial: estende-se do polo medial do côndilo até a borda medial do disco articular. - LIGAMENTOS EXTRA-ARTICULARES: - Ligamento lateral da ATM: Feixe externo: estende-se do tubérculo articular e do processo zigomático até o colo do côndilo, impedindo a queda excessiva da mandíbula. Feixe interno: estende-se da superfície externa do tubérculo até o polo lateral do côndilo e parte posterior do disco articular, limitando o movimento posterior do côndilo e do disco.
5- Disco Articular Constituído por um tecido fibrocartilaginoso, possui forma de S deitado e é responsável por estabilizar o côndilo mandibular na fossa temporal, devido a incongruência dessas superfícies ósseas.
- Ligamento medial da ATM: disposição medial, originando-se na espinha do esfenoide e descendo obliquamente até a porção póstero-medial do colo da mandíbula.
6- Membrana sinovial Tecido conjuntivo ricamente vascularizado, localizada no interior da ATM fora das áreas de atrito, responsável pela produção do líquido sinovial. Existem duas membranas sinoviais, uma para cada compartimento da ATM.
7- Líquido sinovial Líquido bastante viscoso, rico em ácido hialurônico, responsável pela lubrificação do interior da articulação, pela nutrição e proteção biológica da ATM.
8- Cápsula articular Cone de tecido fibroso, formada por feixes fibrosos verticais, sendo bastante delgada e frouxa e retém o líquido sinovial envolvendo toda a ATM. Essa disposição das fibras permite a amplitude considerável dos movimentos articulares.
9- Ligamentos -LIGAMENTOS INTRA-ARTICULARES: Restringem o movimento do disco para fora do côndilo. - Ligamento colateral lateral: estende-se do polo lateral do côndilo até a borda lateral do disco articular. @alemdaodonto
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MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL
Conhecidos também como músculos da mímica facial, os músculos da expressão facial são denominados funcionalmente por promover contrações capazes de manifestar estados emocionais. Além disso, possui importantes funções na mastigação, na fonação, no piscar de olhos e dilatadores ou constritores dos orifícios faciais (oral, nasal, palpebral). Outra característica importante é que esses músculos não possuem fáscia, estando envolto pelo seus próprios epimísios aderido ao tecido subcutâneo e a derme. Situam-se logo abaixo da pele e fusionamse ao nível de suas inserções. São inervados pelo nervo facial (VII par) e suas unidades motoras compostas por poucas fibras musculares, fazem com que o tecido muscular seja bem inervado e capaz de realizar movimentos precisos e delicados.
MÚSCULO M. levantador do ângulo da boca M. nasal
ORIGEM
INSERÇÃO
Fossa canina da maxila
Ângulo da boca
Eminência canina;
Dorso do nariz
FUNÇÃO Levanta o ângulo da boca Comprime a narina (parte transversa)
Narina M. Orbicular da boca
Dilata a narina (parte alar)
Fóveas incisivas da maxila e mandíbula;
Pele e mucosa dos lábios;
Comprime os lábios contra os dentes
quase todo cutâneo
Septo nasal
Fecha a boca;
Fossa mentoniana, acima do tubérculo
Pele do mento
Protrai os lábios M. mentoniano
Enruga a pele do mento;
mentoniano M. occiptofrontal
Everte o lábio inferior
Aponeurose craniana
Pele do supercílio;
Puxa a pele da fronte para cima
Região occipital M. corrugador do supercílio
Margem supra-orbital do frontal
Pele
da
extremidade
lateral
do
Puxa o supercílio medialmente
supercílio M. bucinador
Processos alveolares da maxila e da
Ângulo da boca
mandíbula;
dentes;
Ligamento pterigomandibular M. levantador do lábio superior e da asa
Distende a bochecha e a comprime de encontro aos
Processo frontal da maxila
Retrai o ângulo da boca Asa do nariz e lábio superior
Levanta o lábio superior e a asa do nariz (dilata a narina)
do nariz Margem infra-orbital
Lábio superior
Levanta o lábio superior
M. zigomático menor
Osso zigomático
Lábio superior
Levanta o lábio superior
M. zigomático maior
Osso zigomático
Ângulo da boca
Levanta e retrai o ângulo da boca
Base da mandíbula (acima da origem do
Lábio inferior
Abaixa o lábio inferior
M. levantador do lábio superior
M. abaixador do lábio inferior
depressor do ângulo da boca) M. abaixador do ângulo da boca M. risório M. orbicular do olho
Base da mandíbula
Ângulo da boca
Abaixa o ângulo da boca
Pele da bochecha e fáscia massetérica
Ângulo da boca
Retrai o ângulo da boca
Quase todo cutâneo;
Pálpebras e pele peri-orbital
Fecha as pálpebras e comprime contra o olho
Ligamentos palpebrais M. prócero
Osso nasal
Pele da glabela
Puxa a pele da glabela para baixo
M. platisma
Base da mandíbula
Pele do pescoço
Enruga a pele do pescoço
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MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
Os músculos da mastigação são músculos responsáveis pela movimentação da mandíbula em todos os planos e direções, necessários para o processo da mastigação, tendo como ponto de apoio a ATM. Estes músculos (mm. Masseter, temporal, pterigoideo medial e pterigoideo lateral) ligam a mandíbula ao crânio, apresentando origem nos acidentes ósseos do crânio e inserindo-se na M. PTERIGÓIDEO MEDIAL mandíbula.
M. PTERIGÓIDEO LATERAL
Diferente dos músculos da expressão facial, os da mastigação apresentam fáscias musculares típicas e são inervados pelos ramos mandibulares do nervo trigêmeo (V par). Os ramos que chegam aos músculos recebem denominação referente ao próprio músculo (nervos massetérico, temporais profundos, pterigoideo medial e pterigoideo lateral)
M. MASSETER
M. TEMPORAL
M. DIGÁSTRICO ORIGEM
MÚSCULO
INSERÇÃO
FUNÇÃO
Digástrico
Incisura mastoidea
Fossa digástrica
Retrai e abaixa a mandíbula
Pterigóideo Lateral
Face lateral da lâmina lateral do
Fóvea pterigoidea e margem
Protrai e abaixa a mandíbula pela
processo
anterior do disco da ATM.
contração
pterigoide.
Superfície
bilateral;
Movimenta
a
infratemporal da asa menor do osso
mandíbula para os lados pela contração
esfenoide.
unilateral; Estabiliza o disco articular da ATM.
Pterigóideo Medial
Fossa pterigoidea
Tuberosidade pterigoidea
Eleva a mandíbula; Age como sinergista do masseter.
Masseter
Feixe superficial: margem inferior
2/3 da face lateral do ramo da
Feixe superficial: eleva a mandíbula e
do osso e do arco zigomático até a
mandíbula.
desloca ligeiramente para frente.
sutura zigomático-temporal.
Feixe profundo: eleva a mandíbula e
Feixe profundo: margem inferior e
mantém a oclusão.
face lateral do arco zigomático até a eminência articular do temporal. Temporal
Soalho Superfície temporal.
da
fossa medial
temporal; da
fáscia
Bordas processo
e
face
medial
coronóide;
do
Borda
Levanta e retrai a mandíbula (feixe posterior).
anterior do ramo da mandíbula.
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SISTEMA DIGESTÓRIO 1. BOCA 1.1 - Vestíbulo oral: Espaço localizado entre os arcos dentais, os lábios e as bochechas. Limita-se superior e inferiormente pelo fundo de saco vestibular (dobra da mucosa oral) ou fórnix gengival superior e inferior. Na parte anterior, é limitada pelos lábios superior e inferior e na parte posterior limita-se pela parte vestibular dos arcos dentais superior e inferior. PARTES DO DENTE
VESTÍBULO ORAL 1.2 - Cavidade própria: A cavidade oral propriamente dita apresenta como limite anterior os arcos dentais (superior e inferior) e como limite posterior o istmo orofaríngeo. Superiormente é limitado pelo palato e inferiormente pelo soalho oral, ocupado pela língua. - DENTES: Os dentes, formados pelos grupos dos incisivos, caninos, pré-molares e molares, desempenham em conjunto funções de mastigação, proteção e sustentação de tecidos moles, na fonação e estética da face. São fixados nos ossos por meio de fibras colágenas, o ligamento perdiodontal, os quais atenuam forças mastigatórias que incidem sobre elas. O dente é formado por coroa e raiz, unidas numa porção intermediária chamada colo. A dentina constitui a maior parte do dente e circunscreve a cavidade pulpar, sendo recoberta na coroa pelo esmalte e na raiz pelo cemento. - Coroa: constituídas por faces bordas e ângulos. - Faces livres: - Face vestibular: voltada para o vestíbulo oral. - Face lingual: voltada para a língua.
Faces de contato: - Face mesial: faces mais próximas do plano mediano. - Face distal: faces mais distantes do plano mediano. - Face oclusal e borda incisal: superfície da coroa que entra em contato com as outras faces oclusais dos dentes antagonistas. Já a borda incisa corresponde à face oclusal de dentes anteriores, incisivos e canino. - Bordas: local de encontro entre duas faces da coroa. - Ângulos: local de encontro entre três faces da coroa. -Raiz: relaciona-se em tamanho e número com a coroa do dente. Ou seja, dentes com coroas pequenas possuem raízes únicas e pequenas, já os dentes com coroas grandes (exemplo dos molares) possuem duas ou três raízes. Todas as raízes tem uma extremidade livre, o ápice, que possui o forame apical por onde passam vasos e nervos da polpa dentária. -Detalhes anatômicos da coroa dental: - Cíngulo: saliência arredondada no terço cervical na face lingual de incisivos e caninos. - Cúspide: saliência em forma de pirâmide quadrangular nas faces livres e oclusais dos prémolares e molares. - Crista marginal: eminência linear romba situada nas bordas mesial e distal da face lingual de incisivos e caninos e nas bordas mesial e distal da face oclusal de pré-molares e molares. - Ponte de esmalte: eminência linear que une duas cúspides, interrompendo um sulco principal. - Tubérculo: saliência menor que a cúspide, sem forma definida. - Bossa: elevação arredondada situada no terço cervical de todos os dentes permanentes e decíduos. - Sulco principal: depressão linear aguda, estreita, que separa as cúspides umas das outras.
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- Sulco secundário: depressão pequena e pouco profunda que distribui-se irregularmente e em número variável nas faces oclusais. - Fosseta (fóssula): depressões encontradas nas terminações do sulco principal ou no cruzamento de dois deles. - Fossa: escavação ampla e pouco profunda da face lingual de antes anteriores, principalmente incisivos superiores.
- M. palatoglosso: originam-se da aponeurose craniana e inserem-se nas margens laterais da língua com funções de elevar o dorso da língua e aproximar os arcos palatoglossos da linha média fechando o istmo das fauces.
- LÍNGUA: Órgão muscular formada por músculos intrínsecos (responsáveis pela forma) e extrínsecos (responsáveis pela movimentação) que exerce funções na gustação, mastigação, sucção, deglutição e fonação. - Músculos intrínsecos da língua: São feixes musculares próprios do corpo da língual que dão forma à língua. Mm. longitudinais supeior e inferior, m. transverso e m. vertical.
MM. INTRÍNSECOS DA LÍNGUA (CORTE FRONTAL)
MM. INTRÍNSECOS DA LÍNGUA (CORTE SAGITAL) - Músculos extrínsecos da língua: - M. genioglosso: origina-se no tubérculo superior da espinha mentual, insere-se na face inferior da língua e tem função de abaixar a parte central da língua e protruir a língua para fora da rima oral. - M. hioglosso: origina-se no osso hióide, insere-se na face laterl da língua e tem função de abaixar a língua e retrocede-la quando estiver para fora da boca. - M. estiloglosso: originam-se cada um do processo estiloide do temporal, inserem-se nas margens ínfero-laterais da língua e tem função de retrair tracionar o dorso da língua pra cima.
MM. EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA - Vascularização da língua: A irrigação da língua é feita pela artéria lingual através dos ramos dorsais da mesma e a artéria profunda da língua (ramo terminal da a. lingual). Já a drenagem é feita pelas veias dorsais da língua que desembocam na v. profunda da língua, drenando direta ou indiretamente para a v. jugular interna. - Inervação da língua: A inervação motora dos músculos extrínsecos e intrínsecos da língua é feita pelo nervo hipoglosso (XII par de nervo craniano). A inervação sensitiva da língua envolve vários nervos. - N. lingual (V/3 par): responsável pela sensibilidade geral dos 2/3 anteriores da língua. - N. glossofaríngeo (IX par): responsável pela sensibilidade geral e gustativa do 1/3 posterior da língua. - N. corda do tímpano (VII par): responsável pela sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua. - N. vago (X par): responsável pela sensibilidade gustativa da epiglote através do ramo laríngeo interno. - PALATO: Região em forma de ferradura, aberta para trás, limitada na frente e dos lados pelos processos alveolares da maxila. Divide-se em palato duro e palato mole. - Palato duro: Constituído pelos processos palatinos da maxila e lâminas horizontais do osso palatino, o palato duro é recoberto por um mucoperiósteo que contém vasos, nervos e grande número de glândulas salivares menores de tipo mucoso, as glândulas palatinas. - Papila incisiva: elevação da mucosa que recobre o forame incisivo.
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- Rafe palatina: elevação da mucosa da linha mediana até a linha mediana, que indica o local de fusão dos processos palatinos da maxila. - Pregas palatinas transversais: sobras da mucosa no setor anterior que auxiliam na apreensão dos alimentos. - Forame incisivo: localizado atrás dos incisivos e se comunica com a cavidade nasal através dos canais incisivos, onde passam os vasos e nervos nasopalatinos (V/2 par), que irrigam e fazem a inervação sensitiva a porção anterior do palato até os caninos. - Forame palatino maior: localizado entre a lâmina horizontal do processo palatino e a maxila, mais lateralmente, responsável pela passagem dos vasos (irrigam a porção anterior do palato) e nervos palatinos maiores (V/2 par), que irrigam e fazem a inervação sensitiva da porção anterior do palato. - Forame palatino menor: localizado atrás do forame palatino maior, podendo haver um ou mais forames, por onde passam vasos e nervos palatinos menores (V/2 par), que irrigam e fazem a inervação sensitiva do palato mole.
- Fossa tonsilar: depressão entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo que aloja a tonsila palatina. - M. tensor do véu palatino: origina-se na fossa escafoide, desce para o hámulo pterigoideo e insere-se na aponeurose palatina com função de tornar firme o palato mole e abrir a tuba auditiva na deglutição. - M. levantador do véu palatino: origina-sena área quadrada do osso temporal, insere-se na parte superior da aponeurose palatina e tem função de elevar o palato e fechar o istmo faríngeo. - M. palatofaríngeo: origina-se na aponeurose palatina e insere-se nas paredes laterais da faringe com funções de abaixar o palato e mover os arcos palatofaríngeos para linha média para fechar o istmo orofaríngeo e elevar a faringe na deglutição. - M. palatoglosso: origina-se na aponeurose palatina, insere-se na face posterior e lateral da língua e apresenta função de aproximar os arcos da linha média e fechar o istmo orofaríngeo. - M. da úvula: origina-se na espinha nasal e insere-se na aponeurose palatina com a função de elevar e retrair a úvula para ajudar no fechamento do istmo faríngeo.
PALATO DURO - Palato mole: Fixado à margem posterior do palato duro por uma aponeurose palatina, o palato mole constitui a parede anterior da cavidade oral. Estende-se para trás e para baixo, terminando na úvula. Durante a deglutição, o palato mole é tracionado para cima e para trás contra a parede posterior da faringe, impedindo o refluxo dos alimentos para a nasofaringe. - Arco palatoglosso: dobra da mucosa subjacente ao músculo palatoglosso que se estende do palato à língua. - Arco palatofaríngeo: dobra da mucosa subjacente ao músculo palatofaríngeo que se estende do palato à faringe.
ESTRUTURAS DO PALATO MOLE - SOALHO DA CAVIDADE ORAL:
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- Freio sublingual: dobra da mucosa que prende a parte inferior da língua ao soalho. - Pregas sublinguais: revestimento de mucosa sobre as glândulas sublinguais adjacentes, localizadas lateralmente ao freio lingual. - Papila sublingual: elevação da mucosa localizada medialmente à prega sublingual, próximo ao freio lingual responsável pela desembocadura do ducto da glândula submandibular.
- Ramos dorsais da língua: irrigam os músculos e a mucosa do dorso da língua. - A. profunda da língua: irriga a musculatura intrínseca da língua.
FARINGE: - Músculos da camada externa da faringe: camada de músculos disposta de forma circular e movimentam o bolo alimentar em direção ao esôfago. - M. constritor superior da faringe: fixa-se anteriormente na rafe pterigomandibular e no hámulo pterigoideo e posteriormente na rafe faríngea. - M. constritor médio da faringe: fixa-se anteriormente no corno maior do osso hióide e no ligamento estilo-hióde, fixando-se na rafe faríngea posteriormente. - M. constritor inferior da faringe: fixa-se anteriormente nas cartilagens cricóidea e tireóidea e fixa-se posteriormente na rafe faríngea. - Músculos da camada interna da faringe: camada de músculos disposta de forma longitudinal com a função de elevar e puxar a parede da faringe durante a deglutição, movimentando o bolo em direção ao esôfago. - M. estilofaríngeo: estende-se no processo estiloide até a parede lateral da faringe e é responsável pela elevação da faringe e laringe. - M. salpingofaríngeo: estende-se da parte cartilagínea da tuba auditiva até a parede lateral da faringe, responsável pela abertura da tuba auditiva. - M. palatofaríngeo: estende-se do palato duro e da aponeurose palatina até a parede lateral da faringe, o qual eleva a faringe e é constritor do istmo orofaríngeo.
RAMOS DA ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ARTÉRIA MAXILAR: ramo terminal mais calibroso e importante da a. carótida externa. Origina-se logo abaixo do colo da mandíbula, no interior da parótida, passando profundamente ao ramo da mandíbula e penetra na fossa infratemporal e posteriormente em direção à fossa pterigopalatina.
___________________________________________ ARTÉRIA MAXILAR E SEUS RAMOS
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO Ramos da Artéria Carótida Externa ARTÉRIA LINGUAL: segundo ramo do contorno anterior da a. carótida externa. Origina-se num plano acima do osso hioide. Após a origem, passa profundamente ao m. hioglosso e aprofunda-se na língua. Seus ramos são: - Ramos supra-hióideos: irrigam os músculos supra-hióideos do trígono submentual. - A. sublingual: irriga o soalho da cavidade oral e a glândula sublingual.
- Parte mandibular (1° parte): Parte da a. maxilar que vai desde a origem na a. carótida externa, passando entre o colo da mandíbula e o ligamento esfenomandibular. - Aa. auricular profunda e membrana do tímpano: dois pequenos ramos que se dirigem superiormente para irrigar parte da ATM e a membrana do tímpano. - A. meníngea média: trajeto ascendente entre o ligamento esfenomandibular e o m. pterigoideo lateral, repousando sobre o m. tensor do véu palatino. Passa entre as duas raízes do n. auriculotemporal e atrás do
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n. mandibular. Penetra no crânio pelo forame espinhoso e irriga grande parte da dura-máter. - Ramo meníngeo acessório: alcança a fossa média do crânio pelo forame oval. - A. alveolar inferior: dirige-se para baixo e lateralmente no espaço pterigomandibular. - Ramo milo-hióideo: ramo emitido antes do forame mandibular, seguindo o sulco milo-hióideo para irrigar o m. milo-hióideo. - Ramos pulpares: emitidos através do canal mandibular, são ramos para cada raiz dos molares e pré-molares inferiores. - Ramos ósseos: irrigam os alvéolos, esponja mandibular e periodonto. - Ramos gengivais: perfuram a tábua óssea mandibular e irrigam a gengiva. - A. mentual: emerge pelo canal e forame mentual e irriga a pele e mucosa do lábio inferior. - A. incisiva: continuidade da a. alveolar inferior que irriga os dentes caninos e incisivos, tecido ósseo e mucosa gengival adjacente. - Parte pterigoidea (2º parte): Continua-se para frente sob o m. temporal - Aa. Temporais profundos anterior e posterior: alcançam o músculo temporal pela sua face profunda. - Aa. pterigoideas: irrigam os mm. pterigoideos laterais e medial. - A. massetérica: atravessa a incisura da mandíbula, alcançando a face profunda do m. masseter, irrigando-o. - A. bucal: dirige-se para baixo e lateral, inicialmente sobre a superfície lateral do m. pterigoideo lateral alcançando a face lateral do m. bucinador, irrigando-o. - Parte pterigopalatina (3º parte): Última parte da a. maxilar.
- Ramos ósseos: irrigam os alvéolos, tecido ósseo da maxila e periodonto. - Ramos gengivais: irrigam o processo alveolar e gengiva vestibular. - A. infraorbital: origina-se na fossa pterigopalatina, penetra na órbita, corre ao longo do sulco e canal infraorbital emergindo no forame infra-orbital. - Ramo orbital: irriga a glândula lacrimal, músculos inferiores do olho, pálpebra inferior e periósteo da órbita. - Ramos alveolares superiores anteriores e médios: percorre canalículos ósseos e irriga raízes, alvéolo, e gengiva vestibular da região dos caninos e incisivos superiores. - Ramos terminais: irriga pálpebra inferior, nasais laterais e labiais superiores. - A. palatina descendente: trajeto descendente pelo canal palatino maior. - A. palatina maior: surge pelo forame palatino maior e dirige-se anteriormente sobre a mucosa palatina irrigando mucosa, gengiva, glândulas e tecido ósseo do palato. - A. palatina menor: surge pelo forame palatino menor e dirige-se posteriormente para o palato mole irrigando mucosa do palato mole e as tonsilas palatinas. - A. do canal pterigoideo: pequeno ramo de uma das aa. palatinas que dirige-se posteriormente para irrigar parte da nasofaringe e tuba auditiva. - Ramo faríngeo: dirige-se para trás através do canal palatovaginal e distribui-se na parte súpero posterior da cavidade nasal. - A. esfenopalatina: - Aa. nasais posteriores laterais: irrigam a parede lateral da cavidade nasal, mucosa dos seios frontal, células etmoidais e seio maxilar. - A. septal posterior ou a. nasopalatina: irriga o septo nasal, penetra no canal incisivo irrigando também a mucosa nasopalatina. Drenagem Venosa:
RAMOS DA TERCEIRA PARTE DA A. MAXILAR - A. alveolar superior posterior: - Ramos pulpares: ramos para cada raiz dos molares e pré-molares superiores. @alemdaodonto
VEIAS DA CABEÇA
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- Veia facial: Principal rede de drenagem da face, a veia facial inicia-se próximo ao canto interno da órbita pela união das veias supra-orbital e supratroclear que fazem a drenagem da região frontal do couro cabeludo. Também participa dessa formação a veia oftálmica que drena o sangue da órbita. Depois atravessa a face paralela e posterior à artéria facial, onde denomina-se veia facial. Na altura da borda inferior da mandíbula, a v. facial une-se coma a v. retromandibular, formando a v. facial comum que desemboca na v. jugular interna. - Veia retromandibular: Constitui a principal rede de drenagem da região temporal, infratemporal e regiões profundas da face, cavidade nasal e oral. Inicia-se atrás do colo da mandíbula através da união da v. temporal superficial (drena sangue da região temporal) e de uma ou duas vv. Maxilares (drena sangue do plexo pterigoideo, que é um entrelaçamento de veias disposto na fossa infratemporal que recebe tributárias de várias regiões da cabeça). A divisão anterior da v. retromandibular une-se a v. facial, formando a v. facial comum que desemboca na v. jugular interna. Já a divisão posterior recebe a v. auricular posterior e formam a v. jugular externa. CAVIDADE NASAL O nariz é constituído por uma parte externa visível, o nariz externo, e uma porção posterior interna, a cavidade nasal. Apresentam funções de prover a via aérea para a respiração, filtrando, umedecendo e aquecendo o ar inspirado, além de participar da olfação. - Limites da cavidade nasal:
TETO, SOALHO E PAREDE MEDIAL DA CAVIDADE NASAL - Teto: constituído ântero-posteriormente pelas cartilagens nasais laterais e os ossos nasais, etmoide (lâmina cribforme) e esfenoide (corpo). - Soalho: constituído pelos processos palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais do osso palatino.
- Parede medial: constituído pelo septo nasal que divide a cavidade nasal em duas metades. O septo é constituído por uma parte cartilaginosa anteriormente e uma parte óssea posterior. - Parede lateral: parte irregular e complexa, formada por parte dos ossos nasal, maxila, lacrimal, etmoide, concha nasal inferior, palatino (lâmina perpendicular) e esfenoide (lâmina medial do processo pterigoide). Nota-se mais internamente projeções ósseas do osso etmoide chamadas de conchas nasais médias e superiores. Abaixo de cada concha nasal encontram-se reentrâncias chamadas de meatos nasais.
PAREDE LATERAL DA CAVIDADE NASAL - Seios paranasais: Cavidades pneumáticas em alguns ossos do crânio que se relacionam diretamente com a cavidade nasal, com funções de diminuição do peso craniano, aumento da superfície da cavidade nasal condicionando o ar e sendo uma caixa de ressonância da voz. - Seios frontais: localizados entre as lâminas externa e interna do osso frontal, posterior aos arcos superciliares e à raiz do nariz. Drena para a cavidade nasal através do ducto frontonasal que se abre no infundíbulo etmoidal ou no recesso frontal.
SEIO FRONTAL: DIFERENTES TAMANHOS E LOCALIZAÇÕES - Seio etmoidal: formado pelo conjunto de pequenas cavidades chamadas de células etmoidais localizadas no interior da massa lateral do osso etmoide. Possui três grupos de células (anterior, médio
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e posterior) no qual o anterior drena diretamente para o meato nasal superior, o médio drena para o meato nasal médio na bula etmoidal e o posterior drena para o infundíbulo etmoidal.
ESQUEMA DAS CÉLULAS ETMOIDAIS E LOCAL DE DRENAGEM - Seio esfenoidal: localizado no corpo do esfenoide sendo dividido por um septo ósseo e drena no recesso esfenoetmoidal.
SISTEMA NERVOSO A inervação da cabeça e do pescoço é feita por 12 pares de nervos cranianos. Esses nervos são classificados de acordo com o tipo de fibras os quais possuem. Ou seja, os nervos olfatório (I), óptico (II) e vestíbulo-coclear (VIII) são sensitivos pois possuem fibras aferentes que se ligam a receptores periféricos e conduzem os estímulos destes para o SNC. Já os nervos oculomotor (III), troclear (IV), abducente (VI), glossofaríngeo (IX), acessório (XI) e hipoglosso (XII). são motores, pois possuem nervos eferentes que conduzem estímulos do SNC para órgãos efetores (músculo, glândulas). E os nervos trigêmeo (V), facial (VII), glossofaríngeo (IX) e vago (X) são classificados como misto por possuírem os dois tipos de fibras. Nervo Facial O nervo facial entra no meato acústico interno, atravessa a parede posterior da cavidade timpânica, local onde emite um ramo denominado de nervo corda do tímpano suprindo os dois terços anteriores da língua. O nervo facial deixa o crânio pelo forame estilomastóideo, emite ramos para os músculos estilohióideo e o ventre posterior do músculo digástrico. Na margem anterior da glândula parótida se divide em cinco ramos terminais, que se distribuem para os músculos da expressão facial. Os ramos terminais são: temporais, zigomáticos, bucais, marginal da mandíbula e cervical.
SEIO ESFENOIDAL: DIFERENTES TAMANHOS EM CORTE SAGITAL - Seio maxilar: ampla cavidade localizado no corpo e processo zigomático da maxila. Drena para o meato nasal médio através do óstio do seio maxilar localizado no hiato semilunar.
NERVO FACIAL
SEIO MAXILAR: DIFERENTES TAMANHOS EM VISTA LATERAL ___________________________________________
Nervo Trigêmio O nervo trigêmeo emerge de duas raízes na face posterolateral da ponte. Possui uma tumefação em uma fossa na face interna da parte petrosa do osso temporal chamada de gânglio trigeminal, a qual emite três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular. O nervo oftálmico passa para a órbita via fissura orbital
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superior. O nervo maxilar e passa através do forame redondo. O nervo mandibular passa através do forame oval. O nervo trigêmeo é responsável pelas sensibilidades geral e proprioceptiva da cabeça, cavidades nasal e oral e, inervação dos músculos da mastigação e ventre anterior do músculo digástrico.
faringe. Apresenta inervação especial para a língua (gustação do 1/3 posterior), e componente autônomo parassimpático, inervando a glândula parótida.
NERVO GLOSSOFARÍNGEO ___________________________________________
REFERÊNCIAS: NERVO TRIGÊMEO Nervo Hipoglosso O nervo hipoglosso possui origem na face anterior do bulbo e atravessa o canal do nervo hipoglosso para inervar os músculos da língua. São responsáveis pela inervação dos músculos que atuam na fala e deglutição.
DANGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 763 p. (Biblioteca biomédica). ISBN 8573798483. MADEIRA, Miguel Carlos; CRUZ-RIZZOLO, Roelf J. Anatomia da face: bases anatomofuncionais para a prática odontológica. 8. ed. São Paulo, SP: Sarvier, 2012. 244 p. ISBN 9788573782349. MADEIRA, Miguel Carlos; CRUZ-RIZZOLO, Roelf J. Anatomia do dente. 7. ed. rev. e ampl. São Paulo: Sarvier, 2014. 169 p. ISBN 9788573782424. TEIXEIRA, Lucília Maria de Souza; REHER, Peter; REHER, Vanessa Goulart Sampaio. Anatomia aplicada à odontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 433 p. ISBN 9788527714341. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 1201 p. ISBN 9788527728621.
NERVO HIPOGLOSSO Nervo Glossofaríngeo O nervo glossofaríngeo se origina nos núcleos do bulbo através do sulco póstero-lateral e deixam o crânio através do forame jugular junto com os nervos vago e acessório e a artéria jugular interna. Sua parte sensitiva recebe informações provenientes do terço posterior da língua, úvula, faringe. Inerva os músculos estilofaríngo e o constritor superior da @alemdaodonto
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