Especialização em Hematologia Laboratorial - Anemias

218 Pages • 3,228 Words • PDF • 33.4 MB
Uploaded at 2021-09-24 12:43

This document was submitted by our user and they confirm that they have the consent to share it. Assuming that you are writer or own the copyright of this document, report to us by using this DMCA report button.


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM HEMATOLOGIA LABORATORIAL

Aula Anterior: extensão sangüínea pré-analítico

Entrevista

Questionário  Qual a utilidade para você, do uso da quantificação do

grau de anisocitose, pecilocitose, micro/macro e formas eritróides no diagnóstico das anemias?  Entrevistado 1 = Entre + e ++ não considera. Acima de +++ = pesquisa possível causa Formas eritróides são mais indicativas que aniso/pecilo Macro/micro = Só pelo valor de VCM  Entrevistado 2 = não utiliza para diagnóstico a quantificação, a não ser que alguma forma eritróide relatada seja importante. O relato correto de formas eritróides é mais importante

Questionário  Qual o parâmetro você melhor observa para

o diagnóstico ou definição de um quadro de anemia? O que ele ajuda no diagnóstico?  Entrevistado 2 – hemograma como um todo e os valores dos índices  Entrevistado 1 = Ht/Hb – VCM e HCM Classifica a anemia e procura causa CHCM – não avalia

Questionário  Você vê a necessidade do uso do RDW como

novo parâmetro de diagnóstico?  Entrevistado 2 – Acha interessante , porém não tem conhecimento para usá-lo  Entrevistado 1 – é mais um valor agregado, já usa, vê discrepâncias mas acha útil

Questionário  Quais as etiologia de anemias que você mais

atende?  Entrevistado 2 – ferropriva (mulher) Anemia por deficiência de vit B 12 Beta talassemia, Hemolíticas (raras)  Entrevistado 1 – Anemia ferropriva (mulher), Anemia por doença crônica talassemia

Questionário  Qual a sua posição frente ao laudo que

possui a observação “ dupla população eritróide”?  Entrevistado 1 – nunca viu.

 Entrevistado 2 – Sim , Vê o contexto.

Questionário  Para você existiria uma melhor forma de quantificar as alterações hematológicas, descritiva ou em cruzes?  Entrevistado 1 – indiferente  Entrevistado 2 – não vê diferença

Questionário  Você concorda do laboratório frente ao quadro

hematológico, sugerir um exame complementar?  Entrevistado 1 – sim, concordo não vê problema, e acha necessário maior integração entre os setores  Entrevistado 2 – não, laboratório descreve, médico interpreta. Acha necessário maior entrosamento depende do tipo do médico

Questionário  Você tem conhecimento da evolução dos

aparelhos automatizados e suas variações em novos parâmetros hematológicos?  Entrevistado 1 –Não  Entrevistado 2 – Não

CRITÉRIOS DE LIBERAÇÃO DIRETA DO HEMOGRAMA

Critérios a serem avaliados:

Critérios para confecção de lâmina

Razões para se analisar uma lâmina:

Parâmetros utilizados para a realização da extensão sanguínea

Metodologia do trabalho

Metodologia do trabalho

Metodologia do trabalho

Conclusão:

 13.298 lâminas

analisadas

 15 laboratórios

envolvidos  1000 lâminas por laboratório  Todos os resultados foram analisados por um Cômite de

Experts

Critérios utilizados como verdadeiros positivos pelo Cômite

Regras x Extensão sanguínea  Regra atingida – Achados positivos na

extensão = Positivo Verdadeiro  Regra atingida – não encontra-se achados da regra na extensão – Falso Positivo  Regra não atingida – achados positivos na Extensão – Falso Negativo  Regra não atingida – não encontra-se acahdos da regra na extensão – Negativo Verdadeiro

Resultados:

Causas de Falso negativos

Regras estabelecidas no trabalho:

Regras estabelecidas no trabalho:

COMPARANDO CRITÉRIOS

DÊ SUA OPINIÃO............

PLAQUETAS MÉTODOS DE CONTAGEM E ANÁLISE CELULAR

Antes da automação  Contagem de plaquetas

Método de Rees-Ecker:Câmara de Neubauer, visualização microscópica. Método de Fônio(indireto): Em extensão sangüínea – relação com o número de eritrócitos  Análise morfológica das plaquetas

Método de Rees-Ecker  Técnica:

20 ul de sangue total + 2 mL de corante de Rees-Ecker Corante de Rees-Ecker 3,8 g citrato de sódio 2 mL de formol a 40% 0,05 g de azul de cresil brilhante H2O (q.s.p. 100 mL

Método de Fônio

Contam-se as plaquetas em campos com número conhecido de eritrócitos, Realiza-se regra de três para obter o numero de plaquetas na quantidade total de eritrócitos Contados para o hemograma

Exemplo:  Contagem em 10 campos:

100 plaquetas em 2.000 eritrócitos Eritrócitos : 4.000.000/mm3 Regra de três: 100 plaquetas ----------- 2.000 eritrócitos Xplaquetas -------------- 4.000.000 eritrócitos X= 200.000 plaquetas

Depois da automação  Plaquetograma

- Contagem de plaquetas - Medida do tamanho plaquetário (VPM) - Hematócrito das plaquetas- Plaquetócrito - Indice de variação do tamanho das

plaquetas (PDW) Tecnologia a laser Tecnologia por impedância elétrica

VPM x PDW  Histogramas de plaquetas

VPM: Volume Plaquetário  VPM alto: trombose, estimulação da

produção de tromboxane, ADP. Condições genéticas: Sindrome de Bernard Soulier  VPM baixo: anemia ferropriva, anemia por deficiência de folato

Histograma de plaquetas

Grupos de estudo  Grupo 1: colesterol acima de 240 mg/dL e ou colesterol LDL acima de 160 mg/dL  Grupos 2: triglicerídeos acima de 150

mg/dL  Grupo 3 : colesterol acima de 240 mg/dL e triglicerideos acima de 150 mg/dL  Grupo controle: normolipêmico

Parâmetros Plaquetários

Parâmetros Plaquetários

Parâmetros Plaquetários

PDW: nas anemias

MAS, ...........

Anemias macrocíticas  VCM alto

- Deficiência de vitamina B 12 e ácido fólico - Alcoolismo - Hepatopatias - Coquetel HIV

DEFEITOS DE MATURAÇÃO DO NÚCLEO

Anemias macrocíticas

Anemias macrocíticas  Vitamina B 12 e ácido fólico

Macrócitos de aspecto oval: macroovalócitos Policromasia: rara ( não são reticulócitos) Hipercrômicos Presença de neutrófilos com 5 ou mais lobos (hipersegmentação) Observações: Macroovalócitos aparecem antes da elevação do VCM

Aspectos morfológicos

Anemia megaloblástica  RBC, HGB e HCT: diminuídos

 Aumento de VCM e HCM  RDW: alto  Técnica para confirmação de hipersegmentação neutrofílica  Diagnóstico diferencial: dosagem de ácido

fólico e vitamina B 12.

Anemia macrocítica: hepatopatia e abuso no consumo de álcool  Macrócitos não ovais

 Neutrofilos hipersegmentados: raros  Células em alvo: codócitos  Estomatócitos: alguns casos  Insuficiência hepática: acantócitos  RDW: geralmente normal

Anemia macrocítica: drogas que interferem na síntese do DNA

 Macrocitose com ou sem anemia: maioria dos casos sem anemia

 Estomatócitos  Neutrófilos hipersegmentados: raros

Avaliação de neutrófilos hipersegmentados  3 formas - Herbert = Número total de lobos nucleares de

100 neutrófilos divididos por 100 - Arneth = Estudo da porcentagem de células com 1 a 5 lobos ou mais em 100 neutrófilos - Ìndice de segmentação de neutrófilos = número de células com mais de 5 ou mais lobos multiplicado por 100, dividido pelo número de células com 4 lobos

Valores de referência  Herbert = até 3,42 para a média de lobos  Arneth = até 4 % de células com 5 lobos  Índice de segmentação = até 16,9%

Metodologia  Lâminas: concentrado de leucócitos X extensão do hemograma  Dosagem de ácido fólico: 3,0 a 17,0 ng/mL  Dosagem de vitamina B 12: 200 a 950 pg/mL

Resultados

Importância do achado morfológico  Marcador

precoce da deficiência de folato e vitamina B 12

• Metabolismo do ferro •Parâmetros tradicionais de diagnóstico do status do ferro •Limitações de diagnóstico •Novas tendências para o diagnóstico da deficiência de ferro

DEFICIÊNCIA DE FERRO

Deficiência de Ferro Anemia ferropriva  Causada por deficiência de ferro  Microcítica e hipocrômica  Estoques de ferro baixo  Freqüente em crianças e gestantes

Metabolismo do Ferro Ferro:  Participa de vários processos vitais  Mecanismos oxidativos celulares(citocromos, peroxidases, etc)  Transporte de oxigênio

Metabolismo do Ferro

Metabolismo do Ferro  Necessidades diárias de ferro: • Homem adulto = 10 mg/dia

perda diária = 0,9 mg • Mulher adulta = 18 mg/dia perda diária = 0,4 mg/dia Período menstrual = 1,3 mg/dia Gravidez/Lactação = 4 mg/dia

Distribuição de ferro

Absorção de Ferro  Absorção do ferro : maior quantidade no

jejuno e duodeno  pH ácido : pH do estômago, ácido ascórbico ( Forma reduzida Fe +2, solúvel)  Absorvido : Liga-se a proteína de transporte (transferrina)  Restante : Liga-se a apoferritina (ferritina e hemossiderina para estoque)

Absorção de Ferro

Lumen Intestinal

Célula Intestinal

Plasma

Absorção de Ferro  IRF – Fator regulador de ferro:

(citoplasma de praticamente todas as células) • Sensor da concentração intracelular de

ferro • Controla a síntese de proteínas de absorção, utilização (transferrina) e estoque (ferritina)

Absorção de Ferro  IRF – fator regulador de ferro:

Sobrecarga : - diminui os receptores de transferrina (utilização e transporte) - aumenta ferritina ( estoque ) Depleção : - aumenta receptores de transferrina - diminui a ferritina

Absorção de Ferro

IRF: Atua na síntese de proteínas

Transferrina

Transferrina: 3 formas

•Sem ferro: apotransferrina •1 atomo de ferro: monotransferrina •2 atomos de ferro: • ditransferrina

Deficiência de Ferro

Hemocromatose

< 16% IST

Receptor de Transferrina Receptor De Transferrina

Deficiência de ferro  Afinidade da Transferrina com o receptor depende da sua saturação:  Apotransferrina: mínima afinidade

 Di-transferrina: máxima afinidade  Consequência: aumento de receptor de transferrina livre  RTfR – Marcador de deficiência de Ferro,

mesmo sem anemia

Diagnóstico da deficiência de ferro  Testes de diagnóstico da deficiência de ferro: • Tradicionais

1- Ferro Sérico * 2- TIBC 3- IST 4- Ferritina**

Metabolismo de Ferro

Metabolismo de Ferro  Valores de Normalidade

1 – Ferro sérico : 50 a 150 ug/dL 2 – CTLF – 250 a 450 ug/dL 3 – IS – 28 a 35 %

4 – Ferritina - 18 a 300 ng/mL 5 – Receptor de transferrina – 0,8 ug/dL a 1,6 ug/dL

Metabolismo de Ferro

Deficiência de Ferro  Desenvolve-se em estágios:

1 – Depleção dos estoques: sem anemia e microcitose

2 – Deficiência de ferro (eritropoiese ferro-dependente): Hb normal/parâmetros bioquímicos alterados 3 – Anemia Ferropriva : Hb baixa/ anemia e microcitose

Metabolismo de Ferro

Metabolismo de Ferro

Diagnóstico da deficiência de ferro  Parâmetros de diagnóstico

1 – Ferro sérico – sofre influências de: • 40% de variação diária (Variação circadiana) • Interferência nas metodologias -Dissociação incompleta de suas proteínas -pH utilizado (dissociação) -Contaminação do material de laboratório • Presença de processos infecciosos : diminuição • Doenças hepáticas: aumento

Diagnóstico da deficiência de ferro 2 – CTLF – capacidade total de ligação do ferro • Limitações semelhantes ao ferro sérico • Geralmente aumentado na anemia

ferropriva Dosagem de transferrina:ELISA

Diagnóstico da deficiência de ferro 3 – Saturação de Transferrina (ST%) • Relação ferro/ CTLF • Limitações das dosagens que a compõe

• ST abaixo de 16%: indica deficiência de

ferro

Diagnóstico da deficiência de ferro

4 – Ferritina • Forte correlação com os estoques de ferro • Métodos de alta precisão • Valores reduzidos : depleção de ferro • Valores aumentados : infecções, doenças hepáticas, leucemias. Etc • Proteína de fase aguda, o que limita sua utilização nestas condições

Diagnóstico da deficiência de ferro

5 – Receptor de transferrina • -não sofre influência na gestação, processos inflamatórios e infecciosos • Depleção de ferro – concentração aumenta • Relação RtF/Ferritina – utilizado no diagnóstico de depleção de ferro

Utilidade clínica dos testes convencionais

Sensibilidade/especificidade/ eficiência

Sensibilidade/especificidade/ eficiência

Falso Positivo: testes tradicionais

Diagnóstico da deficiência de ferro

 Diagnóstico de deficiência de ferro

1 – Não existe exame simples e único para o diagnóstico 2 – Ferro sérico perdeu importância e dosagens que dependam dele 3 – Devem ser feitas combinações de parâmetros 4 – Ferritina – Excluir possibilidade de processo agudo 5 – Receptor de Transferrina – não sofre influências como a ferritina 6 – Relação TfR/Ferritina – boa sensibilidade

Médias entre os métodos de referência

Métodos automatizados

Métodos de referência

Conclusões e um alerta

Diagnóstico diferencial da anemia ferropênica e anemias de doenças crônicas  Anemias de doenças crônicas

- Ferro sérico baixo - Incorporação defeituosa do ferro a

hemoglobina - Estoques de ferro normais (ferritina) - Resposta inadequada da eritropoetina a anemia

Provável mecanismo

Diagnóstico diferencial  Marcadores de fase aguda

Proteína C Reativa Fator de necrose tumoral (TNF) Interferon Gama Interleucina 1 VHS Obs: diminuem a sensibilidade das UFC ao efeito da eritropoetina

Metodologia

Metodologia

Resultados:

Resultados

Reticulócitos  CH r = Concentração de hemoglobina no

reticulócito - Detecta estágios precoces da deficiência de ferro - Monitoramento de terapia com eritropoietina - Monitoramento de terapia com ferro

CHr – Exemplo de Uso  Tratamento de anemia ferropriva - Nível de HGB = 1 mês

1,0 g/dL Ex: 12 para 13 g/dL - CHr = 1 a 2 semanas ou menos

Tratamento de microcitose

Marcadores do grupo controle

Relação CHr/sTfR ( CRP < 5 mg/L)

Relação CHr/sTfR ( CRP > 5 mg/L)

Estágios da Deficiência de Ferro

Metodologia e Objetivos do trabalho  Definiu DF pelo coloração da Prússia : padrão ouro  Dividiu os pacientes em 3 grupos:

 DF: completa depleção do estoque de ferro  COMBI: deficiência de ferro com alguma doença associada  ACD: estoque de ferro normal associado

com doenças crônicas

Metodologia e Objetivos do trabalho  Avaliar a “performace” da ferritina para diferenciar DF, ACD e COMBI.  Avaliar a “performace” do TfR para

diferenciar DF, ACD e COMBI.  Avaliar a “performace” do TfR /log ferritina

para diferenciar DF, ACD e COMBI.

Relação Ferritina x sTfR

IDA= Ferro ACD = crônica

Comportamento: IndiceTfR-Ferritina

Síntese da Hemoglobina

Diagnóstico diferencial das principais anemias microcíticas

USO DO RDW

Uso do RDW  Anemias Microcíticas

VCM < 80 FL RDW Normal :  Talassemia Menor  Anemia de Doença Crônica

RDW Alto :  Anemia por Deficiência de Ferro

Diagnóstico Diferencial Teste

Ferropenia

Talassemia

Inflamatória

VCM





N

RDW



N

/ N

HCM

+++

+

NO

Ferro



N/



IST



N

N

Ferritina



N/ 



Deficiência de Ferro X Talassemia Menor

 Principais causas de anemias microcíticas  Dependente da localidade  Exames complementares  Índices eritrocitométricos  VCM x RDW  Diagnóstico correto  Tratamentos desnecessários

Anemia Ferropriva/ Beta Talassemia Menor: Microcítica e hipocrômica

Maior causa de tratamentos desnecessários

DEFICIÊNCIA DE FERRO Características clínicas e laboratoriais

Observação 1  Heterogenicidade da deficiência de Ferro

Observação 2  Testes de diagnóstico da ferropriva

Tradicionais 1- Ferro Sérico * 2- TIBC 3- IST

4- Ferritina**

Observação 3

Observação 4

Síntese da Hemoglobina

BETA TALASSEMIA MENOR Características clínicas e laboratoriais

Síntese da Hemoglobina

Beta –Talassemia Menor  Quadro característico

1- VCM : abaixo de 70 fL 2- HCM : abaixo de 24 pg 3- Grau de anisocitose discreto 4- Eritrócitos : acima de 5 milhões 5- Ponteado basófilo

Observação 2 -Talassemia  Exames complementares

1- eletroforese de hemoglobina 2- metabolismo de ferro  Fonseca ( 1995) : Sobrecarga de ferro

RDW: parâmetro de diferenciação?

 Anemia ferropriva:

RDW alto  Beta Talassemia

Menor: RDW normal

Primeiros trabalhos:

Metodologia  85 pacientes: todos com VCM abaixo de 70

fL  Grupo ferropênico: indice de saturação abaixo de 10%  Grupo beta-talassêmico: eletroforese com A2 acima de 3,7%  Grupo alfa-talassêmico: biologia Molecular após critérios de exclusão

Metodologia  RDW : acima de 14%

 Indice : VCM – 5.(Hb) – RBA – 3,4  VCM/RBC

 histogramas

Histograma: importância

Diferenciação: métodos

Uso do RDW

Equipamento: Cell-DYn 1600



Carmen Silva (Unicamp – SP)

USO do RDW  Deficiência de

ferro:

Acima de 21 %

 Beta talassemia

Menor:

Indice não tem grande utilidade

USO DO RDW

USO DO RDW

Uso do RDW

Cell-DYn 3000 Melo, 2002

Uso do RDW  Conclusões do estudo

1- Somente o RDW não é confiável 2- O RBC acima de 5 milhões (marcador)

3- Necessidade de melhor metodologia

Uso do RDW

Failace, 2003

Cell-DYn, 4000

Uso do RDW Hemácias/RDW (%) 8,00

Hemácias (milhões)

7,00

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0

5

Beta Talassemia Menor

10

Traço Falciforme

15

20

Deficiência de Ferro

25

RDW (%)

30

Uso do RDW  Conclusões

1- RDW só diferencia em casos de elevação extrema 2- RBC é melhor marcador 3- RDW pouco acima da referência não é confiável 4- Equipamento : Coulter STKS 5- Railson/ Amauri A. Leite, 2003

USO DO RDW

Metodologia utilizada

RESULTADOS

USO DO RDW

RDW: pós tratamento na DF

FÓRMULAS MATEMÁTICAS ÚTEIS NA DIFERENCIAÇÃO ENTRE ANEMIAS FERROPRIVAS E BETA TALASSEMIAS MENOR

Formulas matemáticas

Algumas fórmulas TalassemiaX Ferropriva  Green : VCM2 x RDW/ Hb x 100

Talassemia Ferropriva Talassemia Ferropriva Talassemia Ferropriva

< 65 > 65 ( Coulter) < 73 > 73 Sysmex E – 5000 < 73 > 73 Technicon H. 1

Fórmula de Green Carmen, Unicamp-SP

USO DO RDW

 Fórmula : VCM –( Hb . 5) – RBC

Talassemia < 0 Ferropriva > 0 Obs. : Coulter (impedância)

Índice de England

Índice de England  Failace, 2003 ( Cell-Dyn 4000)

Média ferropriva : 16,2 Média talassemia : - 6,7

Obs. Nenhum caso discrepante

Anemia ferropriva/beta talassemia menor  Conclusões

1- Quadro heterogêneo da deficiência de ferro 2- Quadro característico da talassemia 3- Automação somente não é metodologia confiável 4- Uso de fórmulas é recomendado 5- Aparelho interfere na interpretação

 Objetivo: Determinar a eficiência da relação

MICRO/HYPO como diferencial Deficiência de Ferro e Beta Talassemia

Conclusões  Deficiência de Ferro = HYPO > 10%  Beta Talassemia = MICRO 20%

 Relação MICRO/HYPO

< 0,9 – indicativo de deficiência de Ferro > 0,9 – indicativo beta talassemia menor

DEFICIÊNCIA DE FERRO ESTÁGIO INICIAL HGB = 11,6 G/DL RBC = 4,52 VCM = 78,6 FL HGB conc. = 326 g/L HYPO = 15,4% MICRO = 3,7% M/H = 0,2

DEFICIÊNCIA DE FERRO ESTÁGIO ANEMIA HGB = 6,8 G/DL RBC = 3,75 VCM = 70,6 FL HGB conc. = 246 g/L HYPO = 71,1% MICRO = 21,3% M/H = 0,3

BETA TALASSEMIA MENOR HGB = 13,3 g/dL RBC = 6,18 VCM = 67,2 fL HGB conc. = 321 g/L HYPO = 4,5% MICRO = 21,6% M/H = 4.8

BETA TALASSEMIA MENOR HGB = 11,1 g/dL RBC = 6,27 VCM = 56,8 fL HGB conc. = 313 g/L HYPO = 10,6% MICRO = 66,3% M/H = 6.3

Diagnóstico das Anemias II  Normocíticas

VCM de 80 a 97 fL RDW normal : Anemia de doença crônica Insuficência Renal crônica RDW alto : Anemia Sideroblástica Síndrome Mielodisplásica

Diagnóstico das Anemias III  Macrocíticas

VCM > 97 fL RDW Normal : Alcoolismo, Hepatopatias Anemia Aplástica Drogas Antivirais RDW Alto: Megaloblástica Hemólise

Anemias Hemolíticas CONSIDERAÇÕES LABORATORIAIS

Anemias hemolítica auto-imune  Características dos anticorpos envolvidos:

A - IgG = Autoanticorpos quentes Ativa complemento (C3b) Soro de Coombs poliespecífico:positivo - Dependente da quantidade de IgG ligado ao eritrócito

Teste de Coombs

Teste direto

Teste direto de Coombs

Teste indireto

Teste indireto

Teste direto de Coombs  1 a cada 10.000 indivíduos normais: Coombs     

positivo 10% da anemias com características de hemólise: Coombs negativo Motivo: limitação metodológica Teste tradicional: detecta cerca de 300 moléculas de IgG por célula Entre 100 a 200 moléculas: hemólise significativa Métodos automatizados: a partir de 100 moléculas

Teste de Coombs

Anemias hemolítica auto-imune  Características dos anticorpos envolvidos:

A - IgM = Autoanticorpos Frios Ativa complemento (C3b) Entre 4 a 20ºC Nas lavagens: IgM se perde Soro de Coombs poliespecífico:positivo

Anemias hemolítica auto-imune  Características dos anticorpos envolvidos:

A - IgG de Donath-Landsteiner = Se liga ao eritrócito abaixo de 20ºC Ativa o complemento a 37º C

Crioaglutininas  Crioaglutininas: Predominante IgM

Aspectos clínicos;  Crônica: anemia moderada, esplenomegalia, icterícia - Cianose em extremidades - Mais comum em idosos  Transitória: - Sindrome hemolítica aguda - Após infecções: M.pneumoniae, Epstein-Barr, citomegalovírus, gripe A

Suspeita de Crioaglutininas

Aspectos laboratoriais  Aglomerado de  

 



eritrócitos Policromatofilia Esferócitos Elevação do VCM Histograma com duas populações Teste de Coombs direto:positivo

Não confundir com roleaux

Dependente do título

Resultados Paciente com crioaglutinina a 20 ºC

Pontilhado: paciente controle

Resultados  Linha completa:

-a 37º C - VCM: 85 fL  Linha pontilhada: - A 26º C - VCM: 97 fL  Linha em círculos: - A 20º C - 110 fL

Relato dos casos

Relato dos casos

Avaliação
Especialização em Hematologia Laboratorial - Anemias

Related documents

218 Pages • 3,228 Words • PDF • 33.4 MB

2 Pages • 285 Words • PDF • 13.7 KB

27 Pages • 441 Words • PDF • 1.4 MB

12 Pages • 1,707 Words • PDF • 801.3 KB

43 Pages • 643 Words • PDF • 2.5 MB

14 Pages • 5,465 Words • PDF • 180.3 KB

327 Pages • 34,295 Words • PDF • 1.2 MB

160 Pages • 34,855 Words • PDF • 8.7 MB

25 Pages • 5,855 Words • PDF • 176.1 KB

8 Pages • 2,166 Words • PDF • 193.2 KB

26 Pages • 2,254 Words • PDF • 8 MB

4 Pages • 2,099 Words • PDF • 119.4 KB