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ESCOLA ITINERANTE HERDEIROS DO SABER Acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio – Rio Bonito do Iguaçu/PR ESTUDO DIRIGIDO PARA O PERÍODO DE DISTANCIAMENTO SOCIAL DISCIPLINA: FILOSOFIA NOME DO DOCENTE: ROSE RIEPE DE SOUZA NOME DA/O ESTUDANTE:-______________________________n º_____ Turma: 3 ano B ENVIO: 03/11/2020 DATA DE DEVOLUÇÃO: 17/11/2020 ASS. DO RESPONSÁVEL:__________________________________________________ 11ª REMESSA DE ATIVIDADES - REFERENTE AO PERÍODO DE 07/12 a 18/12 DE 2020 Orientação: Responda as questões em uma folha separada e com letra legível, lembre-se de colocar o nome e número nas folhas também. Para tirar dúvidas, entrar em contato pelo número (46) 999747828. Bons estudos! RETOMADA DE CONTEÚDOS 3° TRIMESTRE O Romantismo A filosofia de Francis Bacon (1561-1626) também servir para alicerçar outros movimentos, não apenas no campo da ciência, mas também nas artes e na forma de ver o mundo. O pioneirismo de Francis Bacon em defender que a indução experimental levada à excelência se prestava a interpretação e conhecimento verdadeiro da natureza afirmava se prestava a estimular que o conhecimento deveria ser almejado, mas importa saber que verdades que não se pode questionar, segundo Bacon, decorrem de hipótese que após terem sido bem estabelecidas ainda necessitam passar pela experiência e, mediante a observância dos fatos, aí sim essa verdades as hipóteses ao crivo da experimentação e da observação. Esta proposta será resgata pelo romantismo moderno, quando apresentar suas críticas ao racionalismo moderno. Outro nome importante que o Romantismo se inspirou para surgir foi do dramaturgo britânico William Shakespeare (1564- 1616) isto porque, os entusiastas do romantismo compreendem que o escritor inglês foi capaz, como poucos, de traduzir em suas personagens aquilo que é o mais profundo da consciência humana bem como dos sentimentos que arrebatam nossa consciência (como a angústia, por exemplo). O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico, que surgiu no final do século XVIII na Europa e que durou grande parte do século XIX. Entre suas características mais marcantes, encontramos a visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo, bem como a busca por uma espécie de nacionalismo que viria a consolidar os Estados nacionais na Europa. O Romantismo foi um movimento de muita força na Alemanha, França e Inglaterra. Nasceu com o intuito de reivindicar a personalidade sensível e emocional dos indivíduos. Seu caráter mobilizador se dá em torno da fantasia, do sentimento, da paixão e da imaginação. Trata-se, em situações gerais de reação contrária aos pensamentos do Neoclassicismo. Nos ideais do movimento romântico, devemos compreender o desenvolvimento que atingiu a poesia ultra romântica, por exemplo. A visão de nossos dias sobre o que chamamos de romântico, em muito, se dá por causa desse movimento. Os romances e os romances históricos ou de formação são marcas do Romantismo. O fundamento desses ideais permite que a noção de Liberdade se apresente em cada campo social. Isto porque, politicamente significa pregar a liberdade como superação do absolutismo. No caso econômico ao liberalismo (modelo em que o Estado praticamente não interfere na economia) era o ideal do comerciantes burgueses que não queriam ver a coroa, por meio dos impostos para bancar seu modo de vida, se apropriar do lucro do trabalho. Já no âmbito artístico, derrubar as regras e a estrutura do período clássico cultuado pela modernidade, se revela a grande onde romântica. Na Alemanha, o início da ruptura da perspectiva clássica veio através do [Sturm und Drang] movimento Tempestade e Ímpeto, antecessor do Romantismo. Tendo como símbolos os nomes de Goethe, Schiller, Herder. Na Inglaterra, destacam-se a poesia de Young e Walter Scott. No Brasil, as obras de José de Alencar são importantes destaques desse movimento. A perspectiva do romantismo se deve, principalmente, pelo seu subjetivismo, isto é as emoções e sentimentalismo são o que mais se destacam. Além disso, os românticos eram bastante idealizadores e sempre Insatisfeitos, assumiam um papel revolucionário ou se deprimia e buscava fuga. Desta maneira, outra característica presente é o escapismo ou evasão. Faz-se importante destacar que a idealização da mulher é um dos principais motes do romantismo. Em terras brasileiras o romantismo se apresenta em três gerações a saber: a Primeira Geração – geração nacionalista ou indianista, qual tem suas obras exaltando a natureza, o medievalismo, mas também a figura do índio. Figuram entre seus principais autores, os nomes de Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre. Na Segunda Geração – conhecida como “mal do século” ou byroniana, devido a influência da poesia de Lord Byron e Musset. As obras apresentam egocentrismo, negativismo, pessimismo, desilusão. São seus principais autores: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela. Na Terceira Geração – geração hugoana, pois teve influência do poeta Vitor Hugo que falava sobre a política e sociedade. Também um nobre e escritor do período foi Alfredo d'Escragnolle Taunay, o Visconde de Taunay, que como crítico das influências da literatura francesa no Brasil, entendia que era preciso promover a arte do Brasil para além do nosso país. Uma, dentre as várias obras de Taunay, foi Inocência. Dentre os principais nomes desta geração figuram, Castro Alves, Tobias Barreto e Sousândrade. A terceira e última geração ocorreu na segunda metade do reinado de D. Pedro II, e foi representada por obras que representavam as lutas internas. O Classicismo
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O Renascimento pode ser considerado como o movimento cultural que deu origem a ciência experimental e depositou as sementes do racionalismo moderno. No mundo da arte, o Renascimento permitiu a composição de um modelo artístico que se caracterizava principalmente pelo resgaste ao Clássico, sendo destacadas a beleza, a harmonia, serenidade, proporção e objetividade. Ao passo que o reconhecimento do carácter essencial e determinante das relações entre o homem e a natureza, se manifesta pela concepção do humanismo. Os humanistas se manifestaram com insistência contrários às postulações da física de Aristóteles e, em geral, contra as especulações físicas e metafísicas dos Escolásticos medievais. Assim, devemos compreender que o desenvolvimento da ciência moderna está mais ligado ao acontecimento de que a investigação científica, tal como se revelou nas invenções de Leonardo da Vinci (1452-1519) e na obra de Galileu Galilei (1564-1642) ora uma investigação baseada na observação e na experiência. De modo que a observação e a experiência não são coisas que possam limitarse a ser anunciadas e Programadas, ambas têm que ser elaboradas de formar a levar efetivamente ao conhecimento ou aproximação do verdadeiro em vias de sua aplicação à vida. Isto porque, na experimentação e experiência há um pressuposto conceitual que é fruto do período da renascença, isto é, existe a noção de que os interesses da humanidade são legítimos se promovem melhores condições de vida. Pois, sob este modo pensar se constitui a convicção de que o homem se encontra firmemente implantado no mundo da natureza e de que as suas faculdades de conhecimento que melhor operam e se adequam são, de modo preciso, aquelas que derivam das suas relações com a natureza. Assim, por exemplo quando Galileu opera um saber ou conhecimento a partir da "experiência, sensata" como a única fonte restante do conhecimento, o filósofo está indicando a mudança que existe na base do processo experimental da ciência moderna: isto é, que apenas a razão não daria conta de nos fazer conhecer o mundo e pôr em prática um modo explicativo do universo e da natureza que nos rodeia. Da mesma forma, a contextualização da revolução científica, faz com que Galileu, em sua nova física, assume um posicionamento no qual verificamos, de forma evidente, sua oposição aos pressupostos da filosofia escolástica. Por outro lado, a filosofia racionalista de René Descartes (1596-1650) ressalta a importância da razão para aferir, isto é, conferir certeza ao dados obtidos pela experiência dos sentidos. Portanto, sob um aspecto a técnica racional que procede de modo autônomo e geometricamente, isto é, utilizando apenas as ideias claras e distintas, segundo Descartes, fornecem numa ordem rigorosa, de tal maneira que o empenho em realizar a autonomia da razão que podemos dizer se um conhecimento é verdadeiro ou não. Mas também, porque as exigências internas da aplicação da razão, enquanto faculdade que apresenta as ideias claras distintas, faz com que possamos entender que existem uma organização em tais ideias. A obra O disurso do método, de Descartes explicita a relação cartesiana com o novo modo de pensar. Pois, nela verificamos quais os passos que a razão adota para garantir a apreensão correta de um conhecimento. Para o autor, as quatro as etapas do método para o ser humano obter conhecimento de modo seguro e certo são: a evidência, a análise, síntese e a enumeração. Por evidência, significa não aceitar nunca algo que não se apresente de forma clara e distinta para minha inteligência, isto é, só posso entender como verdade aquilo em que se exclui qualquer possibilidade de dúvida. Já na análise, torna-se necessário dividir o problema que se quer entender (o objeto evidente que acolhi em minha consciência), dividi-lo em tantas partes quantas forem necessárias para melhor poder resolver a questão. Ao passo que a síntese exige conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, até ao conhecimento daqueles mais complexos, obtendo-se o conhecimento do todo. Por fim, a enumeração, qual também é chamada de revisão dos dados, responde pela tarefa de anotar de maneira completa e rever todos os dados gerais que servem de base para ter certeza que nada ficou de fora do processo.
EXERCÍCIOS: 1. ([...] é necessário, ainda, introduzir-se um método completamente novo, uma ordem diferente e um novo processo, para continuar e promover a experiência. Pois a experiência vaga, deixada a si mesma [...] é um mero tateio, e presta-se mais a confundir os homens que a informá-Ios. Mas quando a experiência proceder de acordo com leis seguras e de forma gradual e constante, poder-se-á esperar algo de melhor da ciência. [...] A infeliz situação em que se encontra a ciência humana transparece até nas manifestações do vulgo. Afirma-se corretamente que o verdadeiro saber é o saber pelas causas. E, não indevidamente, estabelecem-se quatro coisas: a matéria, a forma, a causa eficiente, a causa final. Destas, a causa final longe está de fazer avançar as ciências, pois na verdade as corrompe; mas pode ser de interesse para as ações humanas. (BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. São Paulo: Abril Cultural. 1973). Com base no texto e no pensamento de Francis Bacon acerca da verdadeira indução experimental como interpretação da natureza, é correto afirmar. a) Na busca do conhecimento, não se podem encontrar verdades indubitáveis, sem submeter as hipóteses ao crivo da experimentação e da observação. b) A formulação do novo método científico exige submeter a experiência e a razão ao princípio de autoridade para a conquista do conhecimento. c) O desacordo entre a experiência e a razão, prevalecendo está sobre aquela, constitui o fundamento para o novo método científico. d) Bacon admite o finalismo no processo natural, por considerar necessário ao método perguntar para que as coisas são e como são. e) O estabelecimento de um método experimental, baseado na observação e na medida, aprimora o método escolástico. 2. (Enem 2016) Ser ou não ser - eis a questão. Morrer- dormir- Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos que hão de vir no sono da morte Quando tivermos escapado ao tumulto vital Nos obrigam a hesitar: e é essa a reflexão Que dá à desventura uma vida tão longa. SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 2007. Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre:
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Consciência de si e angústia humana. Inevitabilidade do destino e incerteza moral. Tragicidade da personagem e ordem do mundo. Racionalidade argumentativa e loucura iminente. Dependência paterna e impossibilidade de ação. Dentre as principais características da arte clássica, destacam-se: Desarmonia, desproporcionalidade, loucura e musicalidade Irreverência, sentimentalismo, subjetividade, expressividade Ordem, paz, calmaria e impetuosidade Beleza, harmonia, serenidade, proporção e objetividade Beleza, excesso, impulsividade e sentimentalismo.
2. ENEM 1999 (...) Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (...) Não duvido de que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tom conhecimento, não superficialmente, mas duma maneira aprofundada, das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão por matemáticos. (COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium) Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem leme nem bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode se considerar verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas. (VINCI, Leonardo da. Carnets). O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é: a) A fé como guia das descobertas. b) O senso crítico para se chegar a Deus. c) A limitação da ciência pelos princípios bíblicos. d) A importância da experiência e da observação. e) O princípio da autoridade e da tradição. 3.
a) b) c) d)
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(UFU 2011) Na obra “Discurso sobre o método”, René Descartes propôs um novo método de investigação baseado em quatro regras fundamentais, inspiradas na geometria: evidência, análise, síntese, controle. Assinale a alternativa que contenha corretamente a descrição das regras de análise e síntese. A regra da análise orienta a enumerar todos os elementos analisados; a regra da síntese orienta decompor o problema em seus elementos últimos, ou mais simples. A regra da análise orienta a decompor cada problema em seus elementos últimos ou mais simples; a regra da síntese orienta ir dos objetos mais simples aos mais complexos. A regra da análise orienta a remontar dos objetos mais simples até os mais complexos; a regra da síntese orienta prosseguir dos objetos mais complexos aos mais simples. Regra da síntese orienta a acolher como verdadeiro apenas aquilo que é evidente; a regra da análise orienta descartar o que é evidente e só orientar-se, firmemente, pela opinião. (ENEM 2014) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências geométricas e outras figuras, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto. (GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978). No contexto da revolução científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a: Continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média. Necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático. Oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica. Importância da independência da investigação científica pretendida pela Igreja. Inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza. Referências: ARANHA, M L; MARTINS, M L. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2016. CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro, Ouro sobre azul, 2007, pp. 25-7.
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