Filosofia 3- semana 1

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – EM NOME DA ESCOLA: ESTUDANTE: TURMA: MÊS: NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 2

TURNO: TOTAL DE SEMANAS: 4 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8

SEMANA 1 TEMA:

AGIR E PODER.

OBJETO DE CONHECIMENTO: LIBERDADE E DETERMINISMO.

HABILIDADE(S):

— Refletir sobre as condições do agir humano. — Compreender e analisar o conceito de liberdade em sua relação com o conceito de determinismo. — Compreender que a liberdade humana se exerce em meio às determinações. — Confrontar as concepções filosóficas que negam a existência de um livre-arbítrio com aqueles que o afirmam.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

— Somos livres ou determinados por fatores como genética, ambiente, etc.? — A liberdade é ausência de coações? — Uma pessoa que não é livre pode ser responsabilizada por seus atos?

INTERDISCIPLINARIDADE:

Os conteúdos, conceitos e processos tratados nas habilidades acima serão retomados ao longo do ano nos componentes curriculares Geografia, História e Sociologia através de perspectivas específicas dessas áreas.

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ATIVIDADES SARTRE — “A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA’’.

Leia com atenção parte da música Ilusão de Ótica da banda Engenheiros do Hawaii. “Sou cego, não nego Enxergo quando puder Só vejo obscuro objeto, desejo indireto Será que você me entende? Não se renda às evidências Não se prenda à primeira impressão O que não foi impresso Continua sendo escrito à mão’’. Fonte: Musixmatch. Compositores: Humberto Gessinger. Letra de Ilusão De Ótica © Warner/Chappell Edições Musicais Ltda.

Para Sartre o homem acaba vivendo em uma angústia entre a sua existência e a sua essência pois cria-se uma dualidade de primeiramente ser um corpo vazio que necessita construir-se e formar a sua própria existência, e então após ser em si, que ele poderá viver um contínuo processo de construção da sua essência de ser para si. Isso propicia uma liberdade de vivência mas junto com uma angústia de viver como um ser inacabado, uma indeterminação, um projeto a ser refeito conforme as suas escolhas e ser responsável por elas, mas sempre livre para se construir. 1 — Qual a relação do verso da música “Não se prenda à primeira impressão” com a ideia de Sartre de que o homem é um ser inacabado? 2 — Qual trecho da letra pode comparar com o fato de que quando criamos nossa essência não a enxergamos como realmente ela é? 3 — Para Sartre somos livres para existir e criar a nossa própria essência, hoje como as redes sociais influenciam nessa liberdade? 4 — A nossa essência é formada por conta da nossa existência por meios das nossas vivências e escolhas. Quais vivências suas formaram a sua essência?

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5 — Unioeste 2012) “O que significa aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. (...) O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz. (...) Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de por todo o homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade de sua existência. (...) Quando dizemos que o homem se escolhe a si, queremos dizer que cada um de nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser”. Sartre.



Considerando a concepção existencialista de Sartre e o texto acima, é incorreto afirmar que: a) O homem é um projeto que se vive subjetivamente. b) O homem é um ser totalmente responsável por sua existência. c) Por haver uma natureza humana determinada, no homem a essência precede a existência.

6 — (Uema 2011) O tema da liberdade é discutido por muitos filósofos. No existencialismo francês, Jean-Paul Sartre, particularmente, compreende a liberdade enquanto escolha incondicional. Entre as afirmações abaixo, a única que está de acordo com essa concepção de liberdade humana é: a) O homem primeiramente tem uma essência divinizada e depois uma existência manifestada na história de sua vida. b) O homem não é mais do que aquilo que a sociedade faz com ele. c) O homem primeiramente existe porque sendo consciente é um ser em si e para o outro. d) O homem é determinado por uma essência superior, que é o Deus da existência, pois, primeiramente não é nada. e) O homem primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. AYN RAND: A FILOSOFIA DO INDIVÍDUO E DO LIVRE ARBÍTRIO. 1 — A filósofa Ayn Rand é autora da obra A Revolta de Atlas, que se tornou o segundo livro mais lido nos EUA, atrás apenas da Bíblia. Suas frases são potentes e suas ideias são focadas no indivíduo enquanto motivação e motor de si mesmo, portanto, dotado da racionalidade e do livre-arbítrio para usá-la em suas ações; inclusive, respondendo pelos seus atos irracionais, uma vez que agir irracionalmente é uma escolha própria. “Muitas pessoas não são cegas, mas recusam-se a ver; não são ignorantes, mas recusamse a saber. É o ato de tirar de foco a mente para fugir da responsabilidade do discernimento. É como se o fato de não pensar em algo o fizesse desaparecer. O não pensar é um ato de aniquilamento, uma tentativa de apagar a realidade, de negar a existência. Porém “A é igual a A”, a existência existe, a realidade não se deixa apagar, mas acaba apagando aquele que deseja apagá-la. Quem se recusa a dizer “é”, se recusa a dizer “sou”. Quem não utiliza seu discernimento nega a si próprio. O homem que afirma “quem sou eu para saber” está afirmando “quem sou eu para ser, para existir, para viver”. RAND, Ayn. A Revolta de Atlas. São Paulo: Arqueiro, 2017.

a) O que você entende da frase “fugir da responsabilidade do discernimento?” b) Comente a importância que Rand dá ao uso da racionalidade a partir da frase: “Quem não utiliza seu discernimento nega a si próprio”.

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2 — O pensamento de Étienne de La Boétie, escrito em Discurso da Servidão Voluntária (1563), encontra ressonância nos pensamentos de Ayn Rand, que muito fala sobre o livre-arbítrio. Leia os dois trechos abaixo. O primeiro é de La Boétie e o segundo de Rand. “Temos de preparar o cavalo desde quando nasce para acostumá-lo a servir. Entretanto, nossos carinhos não o impedem de morder o freio e resistir à espora quando queremos domá -lo. Quer manifestar com isso, ao que parece, que não se submete com agrado, mas porque o forçamos. O que dizer ainda? Até os bois gemem sob o peso do jugo, e os pássaros se lamentam na gaiola”. LA BOÉTIE, Etienne de. Discurso da Servidão Voluntária. São Paulo: Martin Claret, 2009.

“Juro por minha vida e por meu amor à vida que jamais viverei por outro homem, nem pedirei a outro homem que viva por mim”. RAND, Ayn. A Revolta de Atlas. São Paulo: Arqueiro, 2017.

a) Com suas palavras, apresente uma justificativa que mostre que o pensamento de La Boétie está alinhado às ideias de Rand. b) Ambos os autores apresentam o livre-arbítrio como conceito máximo ou relativo?

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