H.M. Ward - O Arranjo - Parte - 18

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Capítulo Um Sean eleva-se acima de mim, seu corpo tonificado é iluminado pelo candelabro acima. Se ele dissesse qualquer outra coisa, eu teria pensado que era um anjo naquele momento. Repetindo a frase, ele se ajoelha e sussurra: — Você não deveria ter vindo. Não há uma gota de força restante no meu corpo. Não consigo entender por que Sean atendeu a porta, em primeiro lugar. Onde está Jeeves ou o como eles o chamam? Ele é o braço direito de Constance. Era para aquele cara me levar para o mais louco Ferro de todos. Isso teria funcionado. Eu tinha que escolher um lado, e é claro que eu não escolhi Sean. Mesmo assim, Sean se aproxima, arrastando os dedos ao longo da minha têmpora, espalhando o sangue manchando a minha pele. Aqueles olhos azuis me fixam no lugar. Não posso me mover ou falar. Eu não posso lhe dizer por que estou aqui ou o que eu pretendia fazer, embora eu suspeite que ele já saiba. Aqueles seus lábios sensuais estão suaves e seu maxilar não está cerrado. Eu devo estar delirando. Por que ele não está bravo? Ele sussurra novamente. — Por que você faz isso comigo? É como se você tivesse decidido fazer da minha vida um inferno desde o primeiro dia.

Isso é enriquecedor eu faço a vida dele um inferno. — Estamos falando da proximidade ou a prostituição? Porque eu, com certeza, nunca pensei que estaria tão perto de um Ferro, ou abrindo minhas pernas para um, jamais — Eu estou insultando-o, apertando botões que irá pressioná-lo. Eu não consigo evitar isso, minhas defesas estão em alta. Sean faz um profundo som na parte de trás de sua garganta e inclina a cabeça para o lado. — Ironia. — Isso não é verdade. — Pare de falar como uma caipira. Você sabe como luxurioso isso me deixa — Os lábios de Sean se contorcem como se ele estivesse tentando não rir. Ele deveria estar irritado, mas não está. Eu não entendo. Levantando um dedo, eu o movo entre nós e, em seguida, pressiono-o em seu nariz. Aqueles olhos azuis cobalto permanecem presos nos meus, ignorando o meu toque. — Eu torço seu nariz. — Oh Deus. Era esse o seu plano? Chegar até a mansão e torcer o nariz de minha mãe? — Ele ri, se divertindo de verdade. Sean balança a cabeça, como se eu fosse um buraco negro patologicamente carente – sugando tudo e todos para a bagunça que é a minha vida, se eles chegarem muito perto.

Sean estava sentado na borda, cuidadosamente equilibrandose, até agora. Seu comportamento muda quando ele me pega em seus braços. — Para onde estamos indo? — Eu pensei que era o seu quarto. A mão de Sean cobre meus lábios, me silenciando. — Shhh. Eu não quero que eles a ouçam — Com isso, Sean vira as costas e bate em retirada, levando-me da sala para um corredor escuro. Minhas pálpebras parecem como chumbos e eu não consigo evitar, elas se inclinam quando minha bochecha cai contra seu peito. Eu finalmente pergunto: — Você não está bravo? Sean fica quieto e depois sorri. — Não. — Eu vim para a sua mãe, em vez de você. Você sabe o que isso significa. Certo? — Eu provavelmente deveria calar a boca agora, mas não posso. Ele acena com a cabeça uma vez, com cuidado, enquanto caminha suavemente corredor após corredor. Não passamos por ninguém, o que é estranho. Não há empregadas domésticas, não há funcionários de

nenhum tipo. Sean suga o ar e olha para mim. — Eu fiz a mesma coisa, pensando que iria salvá-la. Eu simplesmente posso imaginar o que você pensou que a Rainha do Gelo poderia fazer. Mamãe tem uma maneira de prometer demais e cumprir de menos. Por exemplo, ela me prometeu um nome específico para a noite do show de Trystan, e eu lhe prometi algo em troca. Sua voz diminui quando chegamos a um conjunto de portas de madeira maciça. Elas elevam acima de nós e cada painel intricado é esculpido e atado com ferro. Há treliça de ferro, rolos, e barras torcidas decorativas. Eu estendo a mão, deslizando as pontas dos meus dedos sobre um pedaço de metal. — Isso foi de propósito? Todo esse ferro? Uma velha senhora me disse que Ferro significa ferro em italiano. Sean sorri. — Eu não estou certo. Mamãe não especificou se era uma preferência pelo estilo ou o orgulho da família do Velho Mundo. De qualquer forma, estou feliz que você gostou, porque os meus quartos não são nada além de madeira e ferro. Meu coração se transforma em gelo e cai para os dedos dos pés. — Os seus quartos?

Sean acena com a cabeça, sentindo a minha reação. Ele aperta seu poder sobre mim, e repete essas palavras, mais uma vez, — Você não devia ter vindo. Capítulo Dois O interior da mansão Ferro é um labirinto. Eu não conseguiria encontrar a porta da frente de novo se tentasse, e os quartos de Sean pareciam não ter outra saída, além das enormes portas duplas. Eu me esforço para sair dos seus braços. Entre suas palavras enigmáticas e o olhar sereno em seu rosto, eu estou mais do que mortificada. Engolindo em seco, eu pergunto: — Eu acho que você não mora mais aqui. — Não moro — Sean continua andando comigo embalada contra seu peito, passando de uma sala luxuosa para a próxima. Seus quartos são vermelhos escuros, dourado e cheio de couro e ferro. Cada cortina de veludo tem mais ou menos 7 metros do alto, se estendendo por todo o caminho até o chão. Elas estão fechadas, selando a luz. Franjas douradas decoram as almofadas de uma Cadeira Tantra de couro marrom. Cordões de couro estão enrolados ao redor das pernas e dobradas ordenadamente por baixo. É a única peça de mobiliário nesse quarto.

Meu queixo cai e eu olho para ele. Sean anuncia: — Quando eu completei vinte e um, me deram fundos para redecorar meu quarto. Este é o meu quarto favorito, embora a caixa esteja muito longe. Eu fico olhando para a chaise lounge e endureço em seus braços. As lembranças da caixa vêm correndo de volta, me fazendo tremer de uma forma ruim, e, em seguida, meu estômago revira como se decepcionado. O que há de errado comigo? Eu não gostei da caixa. — Pobre menino rico ganhou somente um quarto de sexo de aniversário — Eu faço uma cara amuada, mas eu não consigo segurar muito isso no lugar. Quando entro no quarto seguinte, o teto se alonga para cima. Molduras enfeitadas, cobertas de dourado, acentuam o acabamento vermelho escuro nas paredes. Cortinas douradas cobrem essas janelas, mas elas estão puxadas para trás o suficiente para deixar entrar um pouco de luz. Essa fatia de luz cai diretamente sobre a maior cama que eu já vi na minha vida. É do tamanho de duas camas king juntas. A colcha de seda bordô amontoada encontra-se sobre um edredom macio. Altas espirais de ferro e madeira se esticam para o ar, os topos adornados com seda cor creme e vermelho sangue. Elas

emaranham juntas e descem pelos postes, formando poças de tecido. Um tapete antigo abrange o piso esculpido a mão que parece muito com ébano. Eu só posso imaginar qual o custo somente do chão. Quando eu olho em volta, os meus sentidos são preenchidos por coisas que são ricas e luxuosas. Estantes escuras alinham em outra parede. Elas também parecem ser personalizadas e entalhadas à mão. O brasão da família Ferro decora a parte superior de cada cobertura. Está incrustado com filigrana dourado no centro de cada estante, cercado por pedras vermelhas que eu simplesmente suponho que sejam rubis. Isso é mais opulento do que eu alguma vez imaginei. O teto é obviamente folhado a ouro 24 quilates. Eu posso ver cada pedacinho, sabendo que alguém levou horas e horas aplicando um a um à mão. Ao longo dos anos, tem desenvolvido um belo acabamento. Em frente à cama estão as maiores portas de ferro com ornamentação de metal torcido, incrustada com espelhos, então não consigo ver o que está além. — Você acreditaria em mim se eu dissesse que nunca fiz mais do que dormir aqui? — Sean sorri e gentilmente me coloca em sua cama. — Mentiroso — Eu tento brincar, sorrir, mas tenho certeza que

pareço como se tivesse sido arrastada pela Pine Barrens depois de cair de um burro. Estou muito sexy. Sean se inclina sobre mim, permitindo que aqueles olhos escuros se desloquem de corte para corte. Quando ele chega aos que estão em minhas mãos, levanta meus pulsos e fica mais perto. — E por que eu iria mentir sobre isso, Srta. Smith? Especialmente quando você está deitada aqui em óbvio sofrimento na minha cama? Um sorriso atravessa meus lábios. — Você dorme aqui? — Quando eu durmo, sim. E, se eu devo a minha mãe um favor, costumo ficar por perto. — Que favor você deve a ela? Seus cílios escuros se abaixam e ele olha para o lado depois de soltar meu pulso. — Eu prometi a ela que eu me livraria de você. Capítulo Três Sentando-me, estou pronta para fugir do quarto, mas Sean dá passos na minha frente. Agarrando meus ombros, ele me para. — Pare e escute antes de tomar qualquer decisão. Avery, confie em mim aqui.

Eu rio amargamente. — Você mentiu, abusou de mim, me comprou, me vendeu e me prendeu. Será que eu deixei alguma coisa de fora? — Sim, uma coisa importante – eu salvei você. Eu fiz uma troca pela sua vida. Eu prometi me livrar de você, se minha mãe me desse o nome da pessoa que está tentando nos matar. Eu tinha assumido que era atrás de mim que eles estavam. Eu presumi muitas coisas, e já que eu não tinha outras opções, eu concordei. O problema foi quando descobri que o atirador era Marty. Eu o pressionei num canto um dia e foi assim que acabamos trabalhando juntos. Ele não iria deixá-los te machucar - o idiota se apaixonou pelo seu alvo — Sean sorri. Suas mãos trilham até meus braços enquanto ele olha para mim. — Eu não posso dizer que é culpa dele. — Então, você descumpriu uma promessa de sua mãe má? — Ele balança a cabeça. Sinto-me passando mal. Eu ia vir aqui e pedir ajuda a Constance, enquanto isso ela estava tentando pensar em maneiras de obter me picar e mandar para longe. Fico me pergunto por que ficou e opôs a sua e eu não consigo evitar, eu tenho que perguntar: — Por quê? — Por que você acha? — Eu não tenho certeza, mas não digo isso. Eu ainda não sei se ele está sendo amigável, ou me estabilizando, assim ele pode infligir um dano maior.

Quando eu não respondo, Sean continua. — Masterson poderia ter sido um idiota por ter se apaixonado por você, mas eu era pior. Eu confiei em Black para me dar uma garota que eu poderia manipular. Eu achei que você viria uma noite, e teria ido embora à manhã seguinte. Mas, as coisas não funcionaram assim. Agora, eu não consigo suportar a ideia de vê-la ir embora. É muito tarde para mim. Eu já sei disso. Eu fiz muito, e fui longe demais. Eu não espero nada de você. Mas, se você me deixar, vou deixá-la em segurança e você não estará sozinha. Minhas sobrancelhas franzem juntas. — Você está me mandando embora com um encontro às cegas? Como você é bom — O sarcasmo escorre da minha voz. Isso não é o que eu quero ouvir. Sean está sendo extremamente gentil, especialmente para ele. — Avery, agora não é hora de discutir. Além disso, vocês dois são bons um para o outro. — Ahhh — Eu aceno, entendendo o significado. — Trystan. Você acha que eu pertenço a ele. — Ele é a escolha mais segura — Sean parece sério quando diz isso, como se ele achasse que eu realmente tenho uma chance melhor com Trystan do que com ele.

Isso me deixa irada, mas eu amenizo a minha raiva, segurando-a logo abaixo da superfície. — Eu não entendi. Você prefere me ver nos braços de outro homem? — Não — Sua voz é quase um sussurro, e soa quase como uma confissão. — Mas eu errei muitas vezes, e continuo dizendo a você que não posso ser o cara que você quer - o cara que você precisa. Trystan pode. Ele vai perguntar à você. . — Cale a boca sobre Trystan. Ele não é o único que eu quero. Eu quero você. Sean caminha e balança a cabeça. — É tarde demais. — Nunca é tarde demais. Eu faço qualquer coisa por um preço. Lembre-se, Sr. Jones? — Minha voz é constante, confiante. A caneta e bloco de papel chamam a minha atenção. Eu caminho até eles e rabisco minhas condições no bloco. Então eu o entrego para ele. Sean olha para o papel e, em seguida, olha para mim. — Você está dando em cima de mim, Srta. Smith? — Não seja ridículo — Eu estou tão sonolenta que eu não posso dizer se estou pensando claramente. Mas isso parece ser uma boa ideia, então eu sigo em frente. — É um contrato de negócios, nada mais, nada menos. Ouvi dizer que você é um homem de negócios.

— Eu sou, razão pela qual é necessário que haja uma cláusula adicional. . — Sean pega o papel e acrescenta alguma coisa. Quando ele o entrega de volta para mim, meu estômago revira. — Aqueles que não são os termos usuais. Sean sorri para mim. — Eu sou um homem incomum. Além disso, foder uma mulher casada de vez em quando seria quente. E ao mesmo tempo você tem o seu melhor amigo por perto. Meu coração bate mais forte. Eu não vim aqui esperando por isso, mas não vou recuar. Pego a caneta e adiciono alguns termos e, em seguida, empurro de volta para ele. — Oh — Tocando a caneta nos meus lábios, eu acrescento: — E minha taxa dobrou já que seus termos são tão específicos — Eu não esperava que ele continuasse com isso. Eu acho que estou apenas seguindo com seu blefe porque se casar com Trystan Scott é insano. — E deixe-me adivinhar, você está tirando Black do negócio? — Sean me olha com aqueles olhos azuis, deslizando lentamente para cima e para baixo do meu corpo enquanto eu escrevo. Eu não olho para cima. — Pode ser.

— Ela vai vir atrás de você se descobrir. — Isso é uma ameaça, Sr. Jones? — Eu caminho até ele e levanto uma sobrancelha, segurando o papel em uma das mãos. — É. Se você não seguir até o seu fim, Black vai descobrir e você não vai gostar do que acontecerá em seguida — A ameaça não parece vazia, mas o sorriso no rosto nega sua ameaça. A mão de Sean acaricia a minha bochecha e mergulha no meu pescoço, demorando-se acima do meu peito. Estamos de volta no início, e isso me mata. Eu pensei que tivesse chegado muito longe, mas estou de volta para a assinatura de contratos e concordando em ser seu brinquedo sexual. Isso é exatamente o que os termos estipulados - eu pertenço a ele e concordo em fazer o que ele diz, inclusive ser namorada de Trystan e talvez mais. Suavemente, eu pergunto: — Trystan sabe? Sean acena com a cabeça, e se move atrás de mim. Sussurrando em meu ouvido, ele diz: — Assine isso — Suas mãos estão em volta do meu tronco e seu hálito quente me faz querer derreter nele. Eu quero tantas coisas neste momento, mas o que grita mais alto é que eu gostaria que ele fosse real, eu gostaria que isso fosse real.

Estou presa no meio, sem saída, e não tenho certeza se Sean poderia ou não fazer algum mal para mim para que eu pegue a caneta e assine o papel. Eu acho que ele não me machucaria, mas depois de tudo o que aconteceu, quem diabos sabe? Eu não posso arriscar. Mesmo exausta, eu tenho que continuar jogando e tentar ver onde esta estrada termina. Sean tira o papel, e, em seguida, me puxa para ele. — Seu pagamento, Srta. Smith — Ele pega notas altas de sua carteira e as enfia na minha cintura — O contrato está completo. Meu estômago caiu em meus sapatos. Eu não posso acreditar que estamos de volta ao início de novo. É como na primeira noite que eu trabalhei para Black e caminhei até sua mesa. Quando ele percebeu que eu era a garota de programa, ele ficou furioso. Ele pensou que tinha sido manipulado por alguém em quem confiava. Isso deve ser o que estou sentindo agora. Engolindo em seco eu pergunto: — Então, e agora? — Agora, eu lhe dou algo que eu sei que vai fazer você sorrir — Sean se vira para sua mesa e pega um pequeno presente. — Abra-o.

— Você comprou um presente para mim? — Eu fico olhando para ele, sem me preocupar em esconder a descrença no meu rosto. Isso é estranho. Eu não sei o que fazer com isso. É como se Sean pudesse ler minha mente, porque ele diz: — Só abra. Lembre-se, você pertence a mim. Faça o que eu digo e não faça perguntas — Sean cruza os braços sobre o peito e se inclina mais perto, obviamente excitado. Quando eu rasgo o papel, murmuro: — Se isso for uma coleira de cachorro, nós vamos ter uma conversa séria - oh meu Deus — É uma moldura escura e sob a folha de vidro tem um diploma com o nome AVERY ANNA STANZ, completo com assinaturas e um carimbo em alto relevo. Olho para ele, incrédula. Todo o ar sai dos meus pulmões e eu não consigo respirar. Eu sacrifiquei tudo por isso e mesmo assim escorregou entre meus dedos. Eu não posso nem gerir uma frase completa. — Como? Eu nunca terminei meus testes finais. Como você conseguiu isso? Será que é verdadeiro? Sean ri. — Sim, é verdadeiro. Você trabalhou pra caralho por isso. Eu disse a Dean que sua companheira de quarto morreu e que era seu último semestre. Ele disse que havia uma política

de luto que lhe permitiria faltar suas aulas, então, por isso você ganhou o diploma. Alguém só tinha de apresentar a documentação. — Você entrou com a papelada? — Ele acena com a cabeça. De repente eu começo a passar mal. Eu trabalhei pra caralho por isso e ele está contaminado com sangue. Minha boca está entreaberta, olhando em choque. — Então, foi porque Amber morreu? Eu me formo e a família dela não fica com nada. Sean, isso é errado, eu não posso aceitar. . Ele pega minhas mãos suavemente, como se soubesse que estou a ponto de perder a cabeça. Eu tenho mantido isso por um fio por tanto tempo e que está além de gasto. — Avery, você conseguiu isso. Se Amber e seu namorado viviam - se ninguém estivesse caçando você como a porra de um animal então você teria ido para a aula. Você teria conseguido se graduado melhor do que a universidade lhe deu — Ele alcança o meu ombro, levantando uma mecha de cabelo, deixando-a escorregar entre os dedos. — Há uma razão para que eles tenham essa regra em vigor, e é para pessoas como você. Você trabalhou muito duro e chegou tão longe, apesar de tudo o que foi jogado em seu caminho. A maioria das pessoas teria ido embora. Você não fez isso. Minha voz é muito alta, mas eu não consigo evitar. — Eu não posso aceitar isso. Eu não o conquistei. Eles morreram, Sean.

Por minha causa — Uma lágrima escapa do meu olho e rola no meu rosto. Isso respinga no vidro, obscurecendo o meu nome. — Eu não mereço isso. Sean enxuga outra lágrima antes que ela possa cair. Suas mãos quentes embalam meu rosto, mas ele não me força a olhar para cima. Em vez disso, eu olho o diploma enquanto um turbilhão de sentimentos roda junto dentro do meu peito. Meus pais deviam estar aqui. Eles teriam ficado orgulhosos. Eu tinha planos para a pós-graduação e planos para a vida, agora nada disso vai acontecer. Pelo menos isso é o que eu pensava. Conseguindo o diploma mudaria as coisas, mas quando eu olho para ele, não vejo minhas lutas ou minhas realizações - eu vejo sangue em uma colcha de ilhós e o olhar em branco no corpo sem vida de Amber. Em algum momento eu começo a tagarelar essas coisas, abrindo a minha alma para Sean em uma maneira que eu não faço há muito tempo. Eu enxugo uma lágrima. — Como é que vou ter orgulho disso quando toda vez que eu olhar para ele a única coisa que eu vejo é morte? — Eu rio nervosamente e evito seu olhar. — Agora não é um bom momento para me devolver, ou jogar de volta qualquer uma das coisas idiotas que eu fiz recentemente. Não me pressione Sean, eu não posso lidar com isso.

Sean muda sua posição. Ele está me ouvindo, fechado, com os braços grudados em seu peito. No entanto, com a minha última declaração, seus braços caem para os lados e ele dá passos para a frente, mais perto. — Eu lamento que as coisas não aconteceram do jeito que você queria. Lamento que você sente como se o seu sangue estivesse em suas mãos, mas não está. Eu também sei que posso te dizer isso por vinte anos e você não vai ouvir, então ouça isso - eu nunca, nunca pensei que estaria tão perto de você de novo. De repente, ele fica em silêncio, então eu olho para cima. Seus olhos estão sobre o tapete e as suas mãos estão em seu cabelo, como se ele não soubesse o que dizer. — Eu a afastei, muito duro, muitas vezes. Você merece mais. Nós olhamos um para o outro por um momento. Nenhum de nós fala. O tempo para e parece como um daqueles momentos que importam. Eu posso explodir com ele e podemos voltar para discutir ou eu posso fazer algo mais, algo diferente e ver onde isso leva. Meu rosto franze quando tento não chorar. Dou um passo à frente, coloco o diploma para baixo e caminho em direção de Sean, pressionando o meu corpo contra o peito dele, esperando que seus braços venham ficar ao meu redor. Ele não é bom em

confortar, e esse abraço o lembra de Amanda, eu sei que lembra, então eu tenho evitado isso, mas não mais. Lentamente, ele levanta as mãos e as encontra nas minhas costas. Ele as desliza no lugar e as mantém em mim. Eu sigo em frente, abrindo minha alma. — O Cara Pelado era um babaca, mas eu não teria desejado aquilo para ele. Ele tentou me machucar, jogou os meus vídeos do sexting por aí. Mas Amber, ela não merecia isso. Se cada cadela no mundo fosse baleada, haveria menos de uma dúzia de mulheres restantes e um monte de homens com tesão. Sean sufoca uma risadinha e quase engasga, mas ele parece sentir o que estou pensando. — Ouça-me, Avery. Amber era uma policial, e ela sabia o risco que corria. A morte dela não está em seus ombros, e você não deve se sentir mal pela sua graduação também. Você trabalhou por isso. Você sacrificou tudo, cada moral, todas as virtudes, para que pudesse ter esse diploma. Eu me sinto tão em conflito. Meu passado e meu presente colidiram juntos. — Eu sei, mas agora que tenho isso, não valeu a pena. Se eu pudesse voltar atrás e desfazer tudo, eu o faria. — Tudo o que? — Sua voz é leve, nervosa. Ele sabe que vou

lhe dizer a verdade. Uma vez eu conheci Sean Ferro, minha vida se tornou uma bagunça indomável. Eu deixei cair as rédeas na noite em que ele me beijou. Tudo tem corrido solto desde então. Eu nunca pensei que estaria aqui, de pé, dentro da mansão Ferro, ao lado deste homem, e ainda assim aqui estou. Inclinando-me para trás, eu olho para ele. — Não vamos ser tímidos nunca mais. Se você tiver alguma dúvida, pergunte. — Você sabe o que estou perguntando — Ele endurece, e a linha entre as sobrancelhas se aprofunda com preocupação. — É como estar dizendo que você sabe que eu te amo — Eu digo a última parte com uma voz de um cara idiota. Sean sorri. — Eu não soo assim. — Então, pergunte-me, Sr. Jones e vou lhe dizer a verdade. O que é que você realmente quer saber? Sean tem um nó na garganta que não consegue engolir. Parece que estou torturando-o, mas se estamos navegando em águas novas aqui, nós vamos juntos. Eu pego a sua mão e tento atrair seus olhos.

Sua voz sai tão suave, tão insegura, que quase me rasga em dois. — Você gostaria que nunca tivéssemos nos conhecido? Capítulo Quatro Deus, sua pergunta é horrível. Eu não penso, eu não julgo, eu apenas falo. Espero que deixando as comportas abertas, vá finalmente me ajudar a ver onde eu preciso ir. — Depois que meus pais morreram, eu perdi tudo, minha família, a casa em que eu cresci - tudo. A noite em que eu pulei na parte traseira da sua moto foi uma das piores noites que eu tive desde que a polícia apareceu e me disse que meus pais tinham ido embora. Todos os meus bens terrenos estavam naquele carro, e aquele car. . — Deixo escapar uma lufada de ar e empurro o meu cabelo do meu rosto. — Era a única coisa que me restava do meu pai. Ninguém me ajudou. Ninguém se importava o suficiente para fazer uma maldita coisa. Mas você fez. O cara que você se esforça para esconder do resto do mundo estava em pleno vigor naquela noite. Eu não desejaria isso, de jeito nenhum. Sean rapidamente se vira, então eu não posso ver seus olhos. — Deixe-me preparar um banho para você.

Essa foi uma resposta inesperada. Não é a resposta típica de Sean. Eu caminho na frente dele e coloco a mão em seu peito. Há um brilho em seus olhos e eu sei que ele está engasgado. Eu não sei mais o que dizer e quero vê-lo sorrir. Olhando em seus olhos, eu sussurro: — Não há nenhuma menção de banhos, no referido contrato. — Não havia nenhum ponto que estipulava que tínhamos que vender nossas almas e ainda estamos aqui. De alguma forma, nós dois fomos pelo mesmo caminho — Ele olha para mim com uma expressão suave no rosto. É como se ele quisesse me dizer alguma coisa, mas não sabe como colocar isso em palavras. Sean coloca a mão no meu rosto e a desliza por ele, sentindo a suavidade da minha pele. Hesito, e olho para ele. Gostaria de saber de onde esta suavidade está vindo e quanto tempo vai durar. Houve muitos momentos em que um lado de Sean apareceu, apenas para ser levado de volta para a escuridão mais rápido do que eu posso piscar. Tento lembrar-me que isso é quem ele é. Ele é um homem que se lança para dentro e para fora das sombras. Sean Ferro quer ser invisível, inaudível e desconhecido. O problema é que ele roubou meu coração, e toda vez que ele se afasta para as sombras, ele vai com ele. Limpando a garganta, eu pergunto: — E você? Você gostaria

que nunca tivesse me ajudado e me ignorado como todo mundo? — É uma pergunta que eu sempre quis fazer, mas nunca consegui. Aquela noite mudou nossas vidas. Ele poderia ter seguido em frente, ele poderia ter me ignorado. Se ele tivesse feito, as coisas teriam sido muito mais simples para ele. Parando poderia ter sido um dos maiores erros de sua vida. Sean inclina-se para perto e aperta os lábios na minha bochecha, e então, lentamente se move para o outro lado do meu rosto, repetindo o movimento. O toque é tão carinhoso que eu quero chorar. Eu me endureço para tudo o que está por vir, para as palavras que saem de sua boca. Os lábios de Sean se separam e seus olhar azul cristalino bloqueia com o meu. Os cantos de sua boca sobem e ele diz: — Uma mulher determinada a recuperar algo com valor questionável - que era dela - é uma força a ser reconhecida. Não há nenhuma maneira que eu estivesse ignorando você. Ele sorri quando diz isso, como se fosse um segredo que ninguém sabia. Ele passa as mãos sobre o meu rosto de novo, cobrindo-o e deslizando o polegar sobre a minha pele. Eu acho que ele vai parar, eu não esperava que ele fosse revelar mais, ele nunca releva. Mas desta vez Sean me surpreende. Ele continua nesta confissão surreal da noite em que nos

conhecemos. Continuando, ele diz: — Você me surpreendeu, o que é algo raro. Eu queria saber tudo sobre você, logo que a vi correndo no final da rua. Você é uma lutadora, corajosa e linda, e não há nada que eu teria mudado nesse dia. Na verdade, eu agradeço a Deus por isso cada vez que fecho meus olhos. Você mudou meus pesadelos aos sonhos, domou meus medos com a sua ousadia. Você tornou-se vulnerável para mim, por mim confiou em mim quando não tinha motivos - e não é bem o que eu quero, não estamos lá ainda e a culpa é minha. Antes que eu possa perguntar o que isso significa, Sean se inclina lentamente, deixando o menor espaço entre nós. O calor dos seus lábios desliza sobre minha boca e eu quero me inclinar e beijá-lo. Sean continua: — Eu sou vulnerável agora. Todos sabem, cada um deles, a não ser você. — Você vai me fazer uma pergunta com a minha voz de cara idiota? — Eu sorrio baixinho. Sean ri e balança a cabeça. Seu cabelo escuro cai em seus olhos. — Eu te amo. Eu não vou esconder mais. Estar longe de você está me matando. Os segredos entre nós, o fato de que você correu para a minha mãe, em vez de mim, não é certo. Eu quero você. Eu quero a sua confiança e seu amor. Eu quero ser aquele que te protege e quero que você confie em mim em

todos os sentidos da palavra. Você é a minha fraqueza, meu vício e eu não estou disposto a desistir de você — Ele sorri para mim por um momento. — E, obviamente, vamos precisar fazer alterações nesse contrato, embora eu pensei que o banho fosse presumido, garota suja — Ele pressiona o dedo no meu nariz, copiando minha torção anterior. Os cantos dos meus lábios sobem, de repente me sentindo brincalhona. — Idiota. — Linda — Ele diz que com aquele sorriso sexy. — Pervertido. — Deusa — Ele solta isso como se eu fosse a própria vida, como se ele acreditasse que é verdade. A sinceridade das suas palavras, a intensidade delas, me joga fora de equilíbrio. Eu rio e empurro seu peito. — Bobo. Sean gargalha e agarra minhas mãos delicadamente. — Entre na banheira e eu vou explicar por que você vai se casar com outro homem. Capítulo Cinco Eu faço uma cara mostrando o quanto detesto essa ideia. — Você estava falando sério sobre isso?

— Por que você continua me perguntando isso? Quando faço piada sobre qualquer coisa? — A voz de Sean é constante e séria. — Touché. Sean brinca muito pouco. Às vezes que eu posso fazê-lo iluminar-se e consigo ver aquelas covinhas lindas, e ouvir o riso hipnótico – eu vivo por esses momentos. Eu acho que ele quer que eu me case de verdade com Trystan Scott. Eu não posso imaginar Trystan concordando com isso, então não surto aqui e ali. Além disso, Sean não pode me dizer com quem me casar. Eu olho em volta e vejo o diploma emoldurado novamente. O centro do meu peito puxa. Olhando para o diploma emoldurado, lendo o meu nome no centro do documento, é simplesmente demais. Sean me vê olhando para ele. Gesticulando, eu digo: — Obrigada por isso. É muito pouco a dizer, eu sei disso. Mas como você agradece a alguém por algo assim? Eu teria ficado o resto da minha vida sem diploma, não sabendo que eu tinha conseguido ou que eu poderia conseguir. Há pessoas que prestam atenção em você, há pessoas que cuidam de você, e até este momento eu pensei que elas

tivessem ido embora. A noite que meus pais morreram, eu perdi tudo isso. Eu não tinha ninguém cuidando de mim, ninguém olhando por mim. Às vezes parece que Sean quer ser esse cara, enquanto outras vezes parece que ele quer ser um Ferro. Gostaria que Sean baixasse a guarda por tempo suficiente para que eu pudesse ver quem ele realmente é, o tempo suficiente para ele ver quem realmente é, porque eu não acho que ele saiba. Eu não acho que Sean vê o homem que se tornou. Ele ainda acha que é o monstro, o homem que foi desprezado, escarnecido e ridicularizado, o demônio preso naquele lugar esquecido por Deus. E eu fui correndo ao longo de Deer Park Avenue perseguindo a merda do meu carro e o seu mundo mudou. Nossos mundos colidiram naquela noite. Sean volta seu olhar safira na minha direção. Ele diz como isso é tudo e nada ao mesmo tempo. — Você vendeu sua alma por aquele diploma. Eu sei o quanto isso significou para você. Era o mínimo que eu poderia fazer — Sean alcança a barra da sua camiseta e desliza sobre a cabeça, jogando-a em sua cama, antes de se virar e me oferecer sua mão. Estou além de chocada com o rumo dos acontecimentos. Eu quero baixar a minha guarda, mas cada vez que eu fiz isso no passado, ganhei um soco na cara. Há apenas mais alguns

golpes que eu posso tomar antes de permanentemente feia, por dentro e por fora.

me

tornar

Dou um passo em direção a ele, incerta. — E este seu banho é parte da Barbie Dream House ou vamos encher uma grande caixa idiota com água? Sean ri alto e agarra meu pulso. Puxando-me contra seu peito nu, ele é todo sorrisos. — Você não deveria ter vindo. — Você continua dizendo isso — Eu sorrio. Parece que vou explodir por dentro. Quando ele disse essas palavras pela primeira, pensei que elas eram um aviso de que eu deveria sair. Eu pensei que estava em perigo, mas não estou - Sean é o único que está em perigo enquanto eu estiver por perto. Sean responde: — Porque isso significa que você nunca vai se livrar de mim, e o futuro que a sua bunda louca vai ter por causa disso. Estou preocupado e exultante. Parece que estou explodindo de alegria e sendo rasgado com a culpa. Eu deveria tê-la rolado para fora da mansão, para o capacho, e fechado a porta. Meus olhos se arregalam. — Isso teria sido bastante desagradável, Sean Ferro. Os ricos têm algumas maneiras muito ruins. É deplorável. O que sua mãe acharia disso? Ele sorri. — Minha mãe me ensinou a sobreviver, e vou te

ensinar a mesma coisa. Mas, em vez de eu estar três passos à sua frente, deixando-a no escuro, vou levá-lo comigo. Cada passo. A cada segundo. Oh meu Deus, ele está sério. É isso? Este é o momento em que eu estive esperando? Seu maxilar não está tenso e seu toque é leve. Eu posso ver o conflito queimando em seus olhos, mas ele está decidido. Eu não sei se eu deveria morrer ou dançar. Porém eu ainda estou desconfiada, tanta coisa aconteceu. Eu ainda não confio nele, não totalmente. O problema é que eu quero. Timidamente, eu pergunto: — Então quais são os três passos a seguir agora? Um sorriso malicioso se espalha por seus lábios. — Você, nua, amarrada à Cadeira Tantra. — Eu vi primeiro. — Viu primeiro? — Uma expressão curiosa desliza em seu rosto. — O que é isso, ensino médio? O que você está reivindicando? Sorrindo muito, eu ando em direção a ele. — Aparentemente, nossos planos para a noite estão indo na mesma direção, mas

na etapa três eu planejava tê-lo amarrado na cadeira. É minha por direito — Eu proponho a minha boca lentamente, deixando meus lábios abraçar a palavra. — Eu estou reivindicando a cadeira de sexo. Sean oferece um sorriso torto e pega a minha mão, me puxando para a frente, para outro quarto. — Menina do Carro Spray, eu sabia que você seria incrível — Eu o sigo, rindo. Capítulo Seis Estou prestes a fazer algum retorno espirituoso quando cada palavra na minha cabeça subitamente desapareceu. — Puta merda! — Entramos em um cômodo ao lado, e como estava escuro antes, eu pensei que era uma passagem ou um armário, mas não é. É o banheiro do Sean, banheira e bat caverna tudo em um. As paredes são de pastilhas de vidro pretas com toques azuis escuros aqui e ali. Os lavatórios em mármore preto ficam na frente de um espelho antigo ornamentado que tem luminárias Tiffany fixadas nele. Apontando, eu tagarelo. — Aquilo é original? Sean ri. — Nunca pergunte a um homem se eles são originais. — Uh, você nunca deveria perguntar a uma garota se elas são originais.

Sean sorri e diz: — Tudo aqui é original. — Então você colocou luminárias que valem milhões de dólares em seu banheiro. Ok — Eu dou de ombros como se isso fosse normal. Ele tem rubis em sua estante de livro, então o que diabos eu sei? Sean ignora meu sarcasmo e pega meu pulso, puxando-me ao redor de uma parede curva. Assim que eu vejo, suspiro. A banheira cobre fica sozinha na frente de uma parede, que é coberto por minúsculas pastilhas azuis, douradas e roxas. A água escorre pelas pastilhas de uma cascata decorativa, que flui descendo todo o caminho atrás da banheira. Manoplas douradas e pratas ficam em um pedestal com uma ducha. Nas paredes laterais existem dois candelabros de ferro que tem pelo menos dois metros de altura, completos, com as velas e chamas bruxuleantes. Com os olhos arregalados, eu suspiro: — Oh meu Deus. É uma garota versão pornô. Sean ri quando eu o abandono e vou até a borda e olho para a banheira com mais cuidado. Sua voz profunda soa atrás de mim. — Então, pelo menos eu sei onde estou no esquema das coisas — Ele cruza os braços sobre o peito tonificado. Tocando a banheira fria de cobre, eu olho para ele. — Por que você tem isso? É como se você planejasse usá-la todas as

noites da sua vida. . Porque vamos encarar isso, Sean com 20 anos de idade não tinha cabeça fodida e fodia em caixas. Fodia? — Eu olho em volta, à procura de uma pilha de caixas. Sean sorri, revelando aquela covinha deliciosa, e pega o meu rosto em suas mãos. — Eu fiz isso pensando que eu gostaria de compartilhar com alguém especial um dia. Eu era o herdeiro, esta casa teria sido minha, então as minhas suítes seriam todas luxuosamente top — Sean inclina a cabeça para o lado, observando a minha reação, absorvendo meus movimentos. — Alguma vez você a usou? — Eu estou deslizando meus dedos ao longo da borda da banheira e olhando para a parede de água, com muito medo de olhar para ele. Tenho certeza que ele usou. Ele tinha que ter usado isso. — Sim, muitas vezes. Meu estômago afunda e eu lentamente olho para ele. Ele está tentando não sorrir. Eu me levanto e caminho até ele quando o canto da minha boca sobe e meu estômago cai. — Então, esses interlúdios balneares eram solo? — Pergunta estúpida, mas eu esperava isso. Seu sorriso se estende ainda mais. — Talvez — Ele olha para mim com aqueles braços sólidos ainda pressionados contra seu corpo.

Meus olhos se movem entre os músculos e seus olhos. — O que você quer para eu conseguir os detalhes? — Tit for tat1, Stanz. Conte-me sobre seus antigos amantes e eu vou lhe dizer sobre as minhas — Sean se inclina contra a parede e solta seus braços, revelando seu peito nu esculpido. Ele parece se divertir, como se essa ideia fosse divertida. Piscando repetitivamente, eu deixo escapar: — Você só queria dizer tit 2 — Eu pisco para ele e, em seguida, me levanto e caminho ao longo da parede de água, olhando para cada pedaço do vidro lapidado. — Além disso, eu disse a você, você foi o meu primeiro. Sean balança a cabeça. — Mas eu não o único. Eu sei daquela noite quando você estava reclamando. Havia um cara rico e. .? — Sua voz diminui, esperando que eu responda e preencha com todas as coisas que eu realmente não quero dizer. Eu olho de volta para Sean e decido apenas dizer-lhe. — E aquele cara gostou dos meus seios também. Sua família achava que eu era um alpinista social e nós terminamos na noite do nosso baile — Eu digo isso estoicamente, mesmo que ainda arda. — Eles não se preocuparam em me contar, então me vesti e esperei. Ele nunca apareceu. Bem, ele provavelmente apareceu, mas não foi comigo. Tínhamos planos para passar o fim de

semana juntos na casa de verão da sua família. Eles 1 Tit for tat: uma expressão, similar a olho por olho 2 Tit: peito em inglês tinham uma casa em South Hampton. Depois de todo esse episódio me transformei em uma lésbica e jurei não ter nada com homens o resto da vida — Eu sorrio por cima do meu ombro. Os lábios de Sean estão separados como se ele acreditasse na última parte. Eu pego uma barra de sabonete e jogo nele. Ela atinge seu ombro e cai no chão. Ele pisca e sorri. — Desculpe, seios e lésbicas na mesma conversa. Eu sabia que era bom demais para ser verdade. Eu rio. — Você estava implorando mentalmente por caixas maiores para um ménage. Admita isso. Sean balança a cabeça e dá passos em minha direção. — Nada de ménage. Nunca. Não é coisa minha. Nunca houve mulheres nesta banheira. A verdade é que Amanda não gostava de ficar na mansão. Ela achava que minha mãe tinha câmeras em todos os lugares. — Ela provavelmente tem. Connie é uma perseguidora — Eu olho em volta, à procura de pequenas esferas pretas com câmeras escondidas. — Não há nenhuma, a não ser que eu tenha instalado — Sean

sorri maliciosamente e puxa minha camiseta. — Aqui é do meu jeito. Eu o impeço de tirá-la. — Não, não. Espere um segundo. Esta era a conversa de ex-amantes. Eu tinha um, eu realmente nunca tive relações sexuais, e, em então, não namorei novamente. A humilhação de algo assim não desaparece em um dia ou dois. Então eu tive que tomar conta de mim mesma e ficar grávida não era algo que eu poderia lidar. Isso explica o meu recorde incrivelmente baixo de namoro. Mas, havia outras pessoas além de Amanda. Quem foi sua primeira? — Esta é uma pergunta que tenho morrido para perguntar. O rosto corado de Sean me choca. — Oh Deus, você está corando. Por favor, me diga que você não fodeu sua prima? O maxilar de Sean cai, chocado. — Não! Por que você iria dizer isso? Você vê isso? — Ele aponta para seu abdômen perfeitamente definido e pele lisa. — Eu tinha que afastar as mulheres o tempo todo — Ele passa por mim e liga a água, deixando a banheira encher. Quando ele se endireita, envolve seus braços em volta da minha cintura e me puxa para ele. — Minha primeira era do colégio. — Uber boy fodendo a filha de uma socialite na parede? Sean passa a mão pelo cabelo, empurrando-o para fora de seus olhos. — Algo assim. De qualquer forma, eu sabia que os

caras tinham conquistas - eles falavam sobre entrar na calcinha de alguma garota, fodê-la, e, em seguida, escolher um novo alvo. Eu era um pouco ingênuo e não percebi que as mulheres faziam isso, também — Ele ainda está sorrindo, mas é triste, como se ele desejasse que a história fosse diferente. — Meu Deus. Ela o fodeu e depois foi embora? Ele corrige: — Ela fez amor comigo e afastou-se, então, rapidamente disse para todas as suas amigas da escola os detalhes, como o quão grande é, quanto tempo durei e muitas coisas sobre comprimento, tamanho e resistência. Todas as coisas que um garoto do ensino médio pode achar horrível. Eu ri um pouco, porque isso é terrível. — Então é por isso você fode? Não faz amor? — Foder é intenso, mas eu posso manter minha guarda levantada. Ok, positivo também. — E sobre a sua esposa? Você a deixava entrar ou eu não deveria perguntar coisas assim? — Merda. Eu não deveria ter perguntado. Eu me sinto horrível, mas os lábios se separam quando ele começa a me responder. Estou chocada demais para detê-lo. Seu rosto se torna pálido e aqueles cílios escuros baixam. —

Se eu baixava a guarda, não era frequente. É por isso que eu não poderia dizer. É por isso. . Dou um passo à frente, e pressiono o dedo sobre seus lábios. — Eu não deveria ter perguntado. Ele pega a minha mão e beija as costas suavemente, fechando os olhos e sentindo minha pele contra sua bochecha. — Nós dois temos fantasmas, vidas passadas. Eles vão sair periodicamente. Podem aparecer como sombras ou fantasmas. Se nós conhecermos uma ao outro estaremos mais preparados para lidar com eles. — Eu concordo. Só não prometa me levar ao baile e depois não aparecer — Eu sorrio para ele e puxo Sean para os meus braços. — E para que conste, eu gosto de te foder. Fazer amor soa estranho. Ele se afasta e balança a cabeça. Então arqueia a sobrancelha para mim. — Você não vai sair disso, Srta. Smith. Toda e qualquer coisa é minha, e eu não estou em uma porra de um tipo de humor no momento. Talvez mais tarde, mas não agora. Meus lábios se separam quando a minha pele cobre em arrepios, e eu dou um passo para trás. Meu calcanhar atinge a borda da banheira e eu tropeço. Sean me pega enquanto caio na água, o que o puxa para dentro e faz com que ele pouse em cima de mim.

Eu começo a rir. A parede de água está derramando sobre o meu cabelo e pequenos ramos estão flutuando na banheira. Sean começa a rir comigo. — Esta deve ser uma imagem na página do urban dictionary para “movimento suave”. Eu tenho metade de uma floresta no meu maldito cabelo! Por que você não disse nada? Sean tira os sapatos e eles se esparramam ao lado da banheira. Ele arranca um pedaço de pau na água e sorri. — Você parecia adorável, como um pequeno duende da floresta que deu um puta golpe em uma árvore. Eu esfrego o peito dele e espirro um pouco da água da banheira nele. A risada de Sean é leve como a minha, e é bom ouvi-lo em um bom humor. O tom é tão rico e despreocupado, tão aliviado das coisas que costumo ouvir dele. A banheira é grande o suficiente para nós dois ficarmos de pé, e assim o fazemos, espirrando um no outro como crianças. Água voa em todos os lugares, atingindo Sean no rosto e encharcando sua calça jeans. Eventualmente, ele caminha em minha direção e me envolve em seus braços. Sua boca desce para a minha devagar, quente e bem-vinda. O abraço é tão afetuoso para ele, tão diferente dele, que eu me pergunto o que ele vai fazer a seguir.

Capítulo Sete Estou acostumada com a maneira que Sean se move, rápido e forte, o jeito que ele me controla. Desta vez, porém, não é esse homem que está comigo. Em vez disso, eu tenho uma versão diferente do Sean. Ele é lento e inquerindo, traçando as linhas da minha boca com a língua enquanto cobre meu rosto com as mãos. Ele me vira para que a cascata fique sobre nós dois, aquecendo-nos. Os movimentos que ele faz não são controladores. Eles são vulneráveis e doces. Eu procuro sua fivela, puxando o couro através do passador da calça jeans. Então jogo isso de lado. Há água em todos os lugares, mas ele não se importa. O olhar de Sean está fixo em mim, me observando, querendo saber o que vou fazer em seguida. Alcançando a sua mão, eu a pego e levo para a barra da minha camiseta, convidando-o a terminar o que começou. Sean pega o tecido úmido em suas mãos e lentamente desliza por cima da minha cabeça e atira-o ao chão. Aqueles olhos azul-celeste vagueiam sobre minhas curvas escorregadias, antes de voltar para o meu rosto. Eu espero que ele vá para o meu sutiã e o tire, supondo que ele vá ser duro e enérgico, a maneira como ele é normalmente - mas não desta vez.

Em vez disso, Sean desliza a ponta do seu dedo mal tocando minha pele, perseguindo a água que flui descendo o meu pescoço para o meu ombro e, finalmente, para o meu seio. As pontas dos seus dedos mal tocam a minha pele. O efeito é uma sinfonia de sensações. Eu suspiro e olho para ele. Sean empurra meu cabelo molhado do meu rosto e segura o meu queixo, mantendo meu olhar sobre o dele. — Você realmente não deveria ter vindo — Desta vez, quando Sean diz essas palavras, eu ouço o verdadeiro significado e isso me assusta até a morte. Capítulo Oito A intensidade do olhar de Sean me faz tremer. Ele me confunde com a frieza e caminha para fora da banheira para pegar uma toalha. Ele retorna rapidamente e envolve ao meu redor. — Venha aqui por alguns minutos, deixe-me mostrar-lhe o tipo de banho que eu estava pensando em lhe dar. Meu estômago roda quando Sean pega a minha mão e me ajuda a passar por cima da lateral da banheira. Ele me senta-se num banco de cedro ao lado do chuveiro. Sean me entrega uma toalha branca e fofa que eu enrolo em volta do meu corpo. Agora estou tremendo, porque estou com frio. Antes de Sean voltar para limpar a bagunça, ele faz algo inesperado.

Estendendo a mão sob a toalha, ele encontra a minha cintura e remove suavemente minha calça e calcinha. Ele não olha para elas, ele não pega minha calcinha e a leva para o seu nariz e inala. Em vez disso, ele simplesmente pega a roupa úmida e coloca no duto para a lavanderia. Antes que vá embora, ele me dá um beijo na bochecha e sorri. — Eu vou te aquecer rapidamente. Apenas me dê um minuto. — Sean? — Eu não tenho certeza do que ele está fazendo ou o que quer de mim. A maneira como ele está agindo é enervante. Ele estava indo embora, mas quando eu chamo seu nome, ele para e se vira. Eu não sei o que dizer, então fico ali com minha boca aberta. Eu posso lhe dizer a verdade, posso dizer-lhe que estou com medo, mas isso é muito perto daquilo que eu quero - daquilo que eu sempre quis - e se ele está fingindo agora, isso vai me matar. As palavras não veem a minha boca, mas elas devem estar em meus olhos, porque ele parece saber. — Eu não vou te machucar, Avery. De novo não. Eu sei que você não tem nenhuma razão para confiar em mim, e sei muito bem que aconteceu entre nós, mas eu prometo a você, este sou eu. O cara que não parava de pensar que não estava lá, aquele que eu neguei, mas este é quem eu sou — Ele dá de ombros como se não fosse nada, mas naquele momento eu posso dizer

que ele está com tanto medo quanto eu. Apertando os lábios, eu digo: — Bem, só para você saber, você não é nada para dar de ombros. E eu entendo por que você o manteve escondido. Nós dois precisávamos de duas coisas para sobreviver, coisas que eram impróprias. Sean não sabe como responder - há uma expressão de alívio no rosto e um meio sorriso. Ela molda seus lábios em uma expressão adorável. Eu quero saltar para cima e beijá-lo. É assustador, mas eu acho que finalmente estou começando a ver o lado de Sean que eu sei que está lá, revelou para mim com força total. Sean finalmente parou de esconder quem ele é, pelo menos na minha frente. Os monstros foram deixados nas sombras e eu finalmente tenho isso, tudo dele. Eu não sei se eu deveria recuar ou ceder. Esta oportunidade pode não vir de novo, e eu não quero lamentar recuando. Ao mesmo tempo meu coração está tão frágil, tão desfigurado, que estou com medo de abri-lo inteiramente de novo. Eu poderia controlar essa merda, eu estava tão segura de que fiz um contrato insano. Eu acho que não exclui esta parte. Eu acho que Sean não tentaria fazer amor comigo e agora que ele quer, eu não sei o que fazer. Algumas pessoas dizem para termos cuidado com o que se

deseja. Eu costumava pensar que era porque os desejos não se tornam realidade. Não é isso que estou vendo na minha frente agora. Esta versão de Sean cru e real, pronto para me dar tudo que eu sempre quis. A questão é, eu quero? Ou serei uma garota assustada que corre para longe? Eu disse a ele para parar de rodeios. Bem, isso tem outro significado que eu nunca pensei. Droga. Talvez seja hora de eu ser corajosa, e sair das sombras eu mesma. Esta é a minha chance de conseguir o que eu sempre quis, mesmo que seja apenas uma vez. Além disso, ele já me quebrou tantas vezes que eu não vejo como eu poderia estar pior do que antes. Ele vê os meus olhos e, nesse momento, eu juro por Deus que ele sabe o que estou pensando. — Avery, isto é para você. Eu derrubei minhas paredes por você e só você. E você pode dizer não. Eu não estou te pressionando para isso. Eu sei que você foi machucada por mim, pela vida. Eu não a culpo — Sua voz diminui no final da frase, como se ele estivesse em agonia se eu dissesse não. A verdade cai dos meus lábios antes que eu possa parar isso: — Eu estou com medo.

— Eu também — Sean me observa do outro lado do banheiro enquanto enche a banheira preparando-a com óleos e velas de iluminação que flutuam na superfície da água. Por um momento, nenhum de nós respira, nós apenas olhamos para o outro em silêncio. Ele oferece um sorriso incerto, antes que se vire para a água, regulando a temperatura, pegando galhos que caíram do meu cabelo. Quando ele termina, vai até o chuveiro, onde estou sentada. Há mais de seis chuveiros e um painel de controle que eu não tenho nenhuma ideia de como usar. Ele pressiona três ou quatro botões e, de repente aparece o maravilhoso vapor e uma corrente de água quente de cima. Sean estende a mão. — Você pode se enxaguar antes de tomar banho. Há sabonete e xampu para tirar essa sujeira de você. Podemos verificar seus cortes quando você sair. Oh, e há um frasco rosa no canto direito, isso é para você. Essa última declaração chama a minha atenção. O que no mundo ele poderia ter me dado? Eu deixo cair a toalha quente difusa e sigo para o vapor, inalando profundamente enquanto caminho. Oh. Meu. Deus. É tão bom. É um chuveiro que se parece como se estivesse chovendo dentro. A água cai suavemente, derramando sobre o meu corpo. Eu olho em volta procurando o

frasco rosa e o vejo de imediato. É feito de cristal e tem uma tampa com pedras. Eu retiro a tampa e levo a minha cabeça para a abertura do frasco, inalando profundamente. Tem um aroma incrível. Eu não consigo descobrir do que é feito. Os aromas são familiares, mas eu não consigo distingui-los. Inclinando o frasco um pouco na minha mão, insegura sem saber se é perfume ou sabão. Quando eu coloco o frasco para baixo e começar a esfregar, fica claro pela espuma que é sabão. Eu o esfrego em meus braços, minha barriga e minhas pernas, retirando os restos da corrida pela floresta, e tropeços em cercas. Meus músculos relaxam com o calor e eu posso sentir o sono me alcançando. É quando Sean vem me pegar. Ele tem uma toalha macia branca enrolada na cintura e nada mais. Seu cabelo está úmido como se ele estivesse tomado banho em outro lugar. Ele pega a minha mão, aperta um botão e o chuveiro é desligado, e me leva de volta para a cascata ao lado da banheira. Segurando em seu braço, eu me sinto cansada. — Estou muito cansada. Sean passa os dedos pelo meu cabelo úmido e pescoço, apoiando meus ombros. — Eu sei, mas isso não pode esperar mais. Eu acho que é algo que nós dois queríamos por um longo

tempo, não é? Olhando em seus olhos, tudo o que posso fazer é acenar. Gentilmente, ele pega a minha mão e me leva até a banheira de cobre. Sean me ajuda e me diz para inclinar para trás. Eu faço como ele diz e fecho os olhos. O som de parede de água é perfeita, combinada com as velas e o suave aroma – é a perfeição. Sean me pede para me inclinar para trás e levanta meu cabelo para o lado da banheira. Eu tento voltar para ver o que ele está fazendo, mas ele me disse para relaxar. — Eu disse a você — Diz ele. — Isso é algo que eu queria fazer há um tempo. Se você não gostar disso me avise, mas eu acho que você vai. Meus nervos estão confusos, porque não consigo entender o que ele vai fazer. Será que ele vai puxar o meu cabelo? Será que ele vai cortá-lo? Assim que o pensamento seguinte entra na minha mente, eu sinto o que ele está fazendo. O mesmo perfume do frasco rosa que estava no chuveiro, eu o inalo e sei que ele está ensaboando o meu cabelo. Eu sinto um líquido frio se acumular no topo da minha cabeça antes que os dedos de Sean trabalhem em meu couro cabeludo. Ele massageia minhas têmporas, suavemente e com cuidado desembaraça meu cabelo com os dedos, enquanto ele trabalha sinto o cheiro maravilhoso disso.

A voz de Sean é tímida, que é tão diferente dele. — Eu tinha isso pronto para você um tempo atrás. Eu não sabia como dar. Eu nunca achei que você viria aqui, não comigo. Eu tento não gemer enquanto ele esfrega minha cabeça. — Eu não consigo distinguir os aromas. O que são? Quando Sean derrama água quente sobre o meu cabelo, enxaguando o sabão, ele responde: — São coisas que me lembram de você, eu meio que misturei. O cheiro do mar e da neve recém-caída. O frio do ar de inverno, e o cheiro do fogo. Basicamente, eu pedi para fazerem cheirar como um boneco de neve engarrafado, mas para uma garota — Ele ri e continua: — O cara que faz a colônia de Peter na Itália quase morreu quando eu pedi para ele fazer isso. A parte engraçada é que ele disse que poderia fazer qualquer coisa, mas quando eu disse a ele o que eu queria, ele apenas piscou para mim. Estou me distanciando dele, quase caindo no sono, mas eu acho que ouvi Peter e colônia na mesma frase. Sento-me na banheira e me viro para olhar para ele. — Você fez isso para mim? Sean concorda. — São as coisas que me lembram de você. A única coisa que eu não adicionei foi éter.

Eu rio disso. — Graças à Deus. Eu passei tempo suficiente da minha vida cheirando como um carro sujo. Eu não acredito que você fez isso. Há quanto tempo você. . — Há muito tempo. Eu não sabia o que fazer, Avery. Desculpe se demorei tanto tempo. — Eu também, porque tenho certeza que vou cair no sono. — Oh, eu garanto que você estará acordada e feliz, gritando como uma colegial. Um sorriso torce meus lábios e eu olho para ele, querendo saber o que provocou essa mudança e quanto tempo ele vai ficar assim. Eu sei que Sean disse que não vai voltar novamente, que ele não vai reverter, mas ele já disse isso antes. Ao mesmo tempo, ele nunca fez nada parecido com isso, nunca. Eu jogo a cabeça para trás para fazer algum comentário espirituoso, mas antes que eu faça, os lábios de Sean estão nos meus dando um beijo suave. Eu gemo interiormente, pensando o quanto vou gostar disso. Capítulo Nove Sigo a bunda nua sexy de Sean para o chuveiro, onde ele pega o meu rosto entre as mãos e inclina-se

lentamente. O beijo é diferente desta vez. Não há desespero apressado, mas os beijos ainda são famintos e apaixonados. À medida que derretemos um no outro, Sean usa seu corpo para me empurrar contra a parede. A conflitante frieza do azulejo e o calor do chuveiro ardem meus sentidos. Eu suspiro e solto uma lufada de ar quando os lábios de Sean viajam no meu pescoço e ombro. Ali, fica me provocando, beijando aquele ponto que me deixa muito fraca. Meus dedos emaranham em seu cabelo, segurando com força e não querendo nos parar. Meu cansaço desaparece e é substituído por algo mais, algo que é quente e necessitado. É difícil para eu ficar ali e não me mover. A boca quente de Sean pressiona firmemente contra a minha pele, arrastando pelo pescoço e ombro. Seus dentes deslizam na minha pele, mordiscando enquanto sua língua se move contra mim. Suas mãos estão em meus lados. Elas lentamente escorregam ao redor da minha bunda e a segura, me prendendo firme. Ele pressiona seu comprimento duro contra mim, me provocando enquanto faz isso. A água está derramando sobre o meu rosto e chuviscando para baixo dos meus seios. Há tantas sensações. Meu estômago se inunda com o calor e isso se espalha dentro de mim.

Segurá-lo não é suficiente, puxando seu cabelo não estou conseguindo-o onde eu quero. Então eu peço baixinho: — Por favor? E com uma voz rouca, ele responde: — Ainda não. Eu quero te beijar primeiro. Eu quero fazer você se sentir tão incrivelmente sexy, e quero que você grite meu nome a plenos pulmões. “Por favor” não é suficiente — Seus lábios imediatamente descem quando ele arrasta para baixo em direção aos meus seios. Ele se inclina para perto, lentamente colocando seus lábios no meu corpo. Eu suspiro de emoção, segurando em seu cabelo, encorajandoo. Sua boca traça sobre minhas curvas, envolvendo meu peito, lenta e dolorosamente fazendo o seu caminho em direção ao meu mamilo. A maneira como ele faz isso é tão erótica e tão sensual que meus quadris começam a roçar contra o dele. Mas Sean não permite isso, ele usa as mãos para me prender mais. Eu gemo seu nome e tento me contorcer contra ele, mas ele só me pressiona mais firme contra a parede. A cascata de água sobre nós deixa a nossa pele escorregadia. O atrito parece diferente e maravilhoso. Gemendo, eu emaranho uma mão em seu cabelo enquanto a outra o alcança. Antes que eu possa tocá-lo, ele segura a minha mão e a prende na parede. — Estou surpresa que você não tenha algemas fixas no

chuveiro — Eu o provoco, mas minha voz trava quando ele suga o meu mamilo em sua boca. Ele brinca com o pico tenso, estalando sua língua na parte de cima e me beliscando com os dentes. A resposta é instantânea e meus quadris vão de encontro a ele mais uma vez. Antes que eu possa oscilar no lugar certo, sua mão desce para a minha bunda, me atingindo suavemente. A água faz com que a ardência e o som fiquem mais intensos, embora o seu toque seja leve. Minha respiração prende na garganta quando Sean olha para mim. Seus olhos estão azuis meias-noites e esses cílios muito mais escuros. Seu cabelo está pingando, caindo em seus olhos enquanto ele me observa. — Eu te quero tanto. Você não tem ideia. Eu mexo meus quadris contra ele e sorrio. — Eu acho que posso ter uma pequena ideia. Sean oferece um sorriso torto. — Nunca chame-o de pequeno. — Não, pequeno Sean? Eu acho que ele vai responder, mas ele não o faz. Em vez disso, ele pega o frasco de sabão que ele tinha feito para mim e abre a tampa. Ele me puxa para a frente, saindo do fluxo de

água, antes de inclinar a garrafa. O sabão cor de rosa escorre para fora e pousa em meu peito. Sean me olha com um sorriso perverso enquanto faz isso, chuviscando todo o conteúdo do frasco no meu peito, em meus seios e na minha barriga. Quando termina, ele coloca o frasco na prateleira atrás de mim. Em seguida, ele pressiona seu corpo ao meu. — Oh Deus — Eu suspiro quando a espuma deixa nossos corpos mais escorregadios. Sean esfrega seu peito no meu, se movendo para cima e para baixo contra mim, deixando cada centímetro meu liso. Sean para depois de alguns instantes, e pega uma esteira acolchoada. Ele joga-a no chão. — Ajoelhe-se. Eu não pergunto o que ele quer, eu apenas faço isso, esperando que a minha recompensa seja o seu duro comprimento na minha boca. Deixa-me mais úmida só de pensar em Sean puxando meu cabelo enquanto enterra-se na minha boca. Como ele está na minha frente, ele pega aquela sua parte dura e maravilhosa e toca na minha bochecha. Eu ergo minhas mãos para tomar posse e puxá-lo para dentro da minha boca, mas Sean me repreende. — Não. Mãos para baixo até que eu diga. Concordo com a cabeça, deixando cair as minhas mãos para os meus lados mais uma vez. Eu mordo meu lábio inferior quando

o meu olhar se fixa nele. Está bem na minha frente e eu realmente, realmente quero isso agora. Eu quero saborear seu calor e o seu gosto. Mas não é isso que Sean tem em mente, porque ele fica mais perto de mim novamente, e acaricia meu rosto com a dureza. Ele começa em uma bochecha e lentamente puxa-o de lado, passando sobre os meus lábios fechados rapidamente, e, em seguida, diminuindo à medida que chega do outro lado do meu rosto. Ele repete o movimento, observando-me tremer. — Por favor, me deixe chupar você — Eu murmuro as palavras, observando-o e querendo que ele me deixe fazer isso. — Ainda não. Eu gemo de novo, mas paro rapidamente porque ele usa esse momento para deslizar a ponta de um lado ao outro da abertura dos meus lábios. Eu abro para ele e ele empurra para dentro rapidamente. Eu começo a enrolar a língua em volta dele por um momento antes que ele puxe para fora. Nós dois gememos alto, tentando respirar. O banheiro continua se enchendo com vapor enquanto a água escorre de volta de Sean. Sua respiração é pesada e rápida, como a minha. Quando ele se inclina em direção a minha boca novamente, eu separo meus lábios, mas não é onde ele está indo. Sean inclina-se contra a parede, o que deixa seu pau

centímetros mais baixo - bem na frente das minhas meninas. Ele as segura, pressionando-as juntas e, em seguida, desliza seu comprimento firme no meio. Seus polegares brincam com meus mamilos enquanto ele balança os quadris nos meus seios. A sensação familiar está crescendo dentro de mim. Parece que minhas veias estão cheias de luxúria e eu tenho que tê-lo agora. Eu não consigo. . Oh Deus. É uma sensação boa. Antes que eu saiba o que está acontecendo, ele está fodendo com meus seios enquanto eu observo. Meus gemidos ficam estridentes, querendo mais. O ponto entre as minhas pernas está implorando por atenção uma vez que pulsa, ficando mais e mais molhado. — Implore, baby. Eu não consigo evitar. Eu quero-o tanto que não tenho nenhum orgulho. Suplico-lhe: — Eu quero você. Foda-me, por favor. Goze comigo, goze em mim. Eu preciso de você, Sean. Baby, por favor. Eu quero prová-lo, quero chupar você. Deixe-me chupá-lo? — Eu me remexo contra ele, deixando melhor para ele foder meus seios. Ele geme e estende a mão

para a parede, como se fosse incapaz de ficar assim por mais tempo. — Onde você quer que eu goze? Um sorriso sexy se espalha por meus lábios. — Assim. Faça exatamente isso, e no último segundo leve para os meus lábios e goze na minha boca. Eu quero muito provar você. — Eu vou, mas só se você brincar também — Eu não entendo o significado disso. — Coloque seus dedos onde eu não consigo alcançar. Toque-se e goze comigo — Nossos olhos estão bloqueados, e por um momento, tudo parece perfeito. Eu sou amada. Isso não é fodido - é assustador e maravilhoso ao mesmo tempo. É como se ele pudesse ler a minha mente. — Eu amo você, Avery. Por favor, faça isso por mim. Eu quero ver seu rosto quando você estilhaçar. Eu respondo, colocando minha mão no V entre as minhas pernas e pressionando os dedos contra o ponto sensível. Quando eu começo a esfregar, Sean pega os meus seios e retoma a escorregar entre eles. Sean geme de prazer, o que só faz a minha mão se mover mais rápido. Nós dois estamos no limite, prontos para nos perder. Seus quadris estão deslizando contra mim em um ritmo

frenético e seus movimentos me permitem saber o quão perto ele está. Meus dedos esfregam contra o ponto entre as minhas pernas e depois deslizam para dentro. Nós dois estamos nos movendo juntos, empurrando e gemendo, cada vez mais e mais perto. Eu grito o seu nome, e aperto as minhas unhas em sua bunda. Ele suspira e empurra mais algumas vezes, antes de puxar para fora de entre meus seios. Seu comprimento quente e duro vai direto para os meus lábios. Ele se endireita e agarra meu cabelo quando empurra em minha boca. Sean faz os sons mais sexy quando a minha boca se enche com seu doce gozo. Eu chupo, engolindo-o, querendo saboreá-lo para sempre. Meus dedos freneticamente se movem entre as minhas pernas quando ele empurra mais profundo, e eu sinto o líquido quente deslizando na minha garganta. Meus quadris deslizam na minha mão quando ele faz isso e encontro a minha libertação. Minhas mãos sobem enquanto eu o seguro, guiando-o a permanecer em meus lábios e continuando bombear para dentro de mim. Eu prendo a curva firme da sua bunda em minhas mãos enquanto eu chupo e engulo. Minha língua desliza ao longo do seu eixo enquanto ele puxa e empurra. Sean grita quando termina e seu aperto afrouxa, me liberando. Ele imediatamente se afasta, mortificado. — Meu Deus. Eu sinto muito.

De joelhos, eu olho para ele. — Não há nada para se desculpar. Eu amei. Sean hesita. — Eu nunca fodi duro a sua cara antes. Você tem certeza que está bem? Inclinando-me para perto dele, pressiono um beijo contra o V em suas pernas, bem no lugar perfeito. — Estou mais do que bem. Eu queria. Eu queria você. Eu te amo. Ele toma minhas mãos e me levanta, me puxando contra seu peito. — Eu também te amo. Eu espero que você me deixe mostrar o quanto. Eu sorrio contra sua pele quente. — Eu gostaria disso. Capítulo Dez Depois do banho, Sean me leva para sua cama, me carregando como uma noiva por todo o quarto. Ele me ama lenta e suavemente até que ambos estamos saciados novamente. Então nós deitamos entrelaçados, pele com pele na cama luxuosa de Sean. Ela parece como seda pura sob meus dedos. Acariciando a colcha, eu deslizo minha mão sobre a superfície, sentindo as pequenas saliências dos fios naturais sob o meu dedo. Nós dois estamos cansados e exaustos, não somos capazes de nos mover, mas não estamos dispostos a dormir. Este dia, esta semana, tem sido inimaginável. Adicione isso a esta noite, e eu nunca pensei que poderia acontecer, nem

em um milhão de anos. Estou na cama de Sean Ferro na mansão Ferro, sendo embalada em seus braços. A respiração de Sean é quente no meu ouvido. Ele tem estado em silêncio por um tempo agora. O sol se pôs e a noite caiu. O quarto dele está absolutamente imóvel. Não há barulho de trens, carros ou rodovias. Somos só ele e eu, sua respiração na minha respiração. Eu me pergunto se ele está contemplando o que vamos fazer a seguir ou se ele está saciado e pronto para dormir. Não é, até que ele fala que eu sei. Enfiando uma mecha atrás da minha orelha, ele sussurra: — Por que você sempre volta para mim? Eu não consigo evitar isso, e meus lábios se apertam. — Por que você sempre faz parecer como se tivesse que me afastar? Eu sinto Sean sorrir atrás de mim quando sua bochecha pressiona o meu pescoço. — Você não respondeu minha pergunta, Srta. Smith. — Igualmente, Sr. Jones — Me movendo, eu aconchego minhas costas em sua frente, e Sean me prende mais firme. — Eu estou pensando que estas podem ser as perguntas que nunca teremos respostas. Eu deveria parar de perguntar? Eu sinto que deveria saber, mas eu não sei. Isso nem sequer parece real. Essa coisa entre nós parece como o amor e isso me assusta até a morte. Às vezes, eu quero correr, mas ficar sem

você - eu não consigo. Talvez o amor seja tão frágil como um floco de neve, mas nós dois sabemos que eu gosto do frio — A lembrança me faz sorrir. Isso me leva de volta para o dia na neve, andando de trenó com Sean. Isso foi como hoje, como agora. É surreal, porque eu pensei que nunca veria esse homem novamente. Eu ainda não tenho certeza se as coisas vão ficar assim, uma vez que sairmos dessa cama, na verdade eu tenho pavor que isso esteja terminando. Sean passa os dedos sobre as minhas curvas, pela minha lateral e por cima do meu quadril, onde ele descansa suas mãos — Sim, nós sabemos disso, com certeza. Sabemos também que não importa o que eu faça, você volta. Eu não sei o que eu fiz para merecer você, sinto que você deve ter feito algo horrível para me merecer. . Virando-me, eu olho para ele. — Pare com isso. Você continua dizendo coisas assim, continua agindo como se estivesse além da salvação, mas você não está. Eu sei o que é real e o que é falso. Eu sei que você está com medo do mesmo jeito que eu, mas é melhor estar sozinho? Eu pensava que sim, mas a construção de todas estas paredes e tornando-se dormente não o impede de sentir. Eu ainda sinto cada pedacinho de remorso, cada pontada de dor, e cada pequena culpa. Pensei que as paredes iriam me salvar, eu pensei que afastando as pessoas para longe e me tornando insensível era a única maneira que eu poderia suportar, mas eu estava errada. Aquelas paredes,

aquelas barricadas que construí para manter as pessoas fora elas funcionaram. Mantiveram as pessoas, mas também me trancaram dentro com toda a minha agonia. Eu sei como é, e sei que você também sabe. Sean pressiona os lábios contra minha têmpora lenta e suavemente. Seus braços fortes envolvem ao meu redor, me segurando com força. Meu coração bate mais e mais rápido que os momentos passam. Ele não diz nada. Eu não sei se adivinhei errado, se eu me sinto assim e ele não, ou se ele está lamentando essa intimidade comigo, mas o silêncio de Sean é enervante. Eu podia falar e quebrá-lo, eu poderia falar como se os comentários não significassem nada, como se eles tivessem sido feitos em tom de brincadeira, mas eles não foram. Quando eu sinto seus lábios se separarem, não tenho ideia do que ele vai dizer. — Eu não gosto de admitir esta parte, mas cometi erros, Avery. Alguns erros não podem ser desfeitos. Eu tenho angústia apodrecendo e me culpando por Amanda, por perder tudo o que era importante para mim, por não estar lá para Peter, para socorrer Jon. Eu perdi isso, Avery. E a coisa é, eu não posso suportar perder você também. Sempre que o pensamento vem a superfície eu levanto a minha guarda e empurro isso para longe. É a única maneira que eu conheço para sobreviver. Ninguém volta, a não ser você. Eu nunca tinha quebrado uma promessa para minha mãe antes. Eu sei que parece uma coisa estranha de dizer no meio de uma conversa,

quando a mulher mais linda do mundo está deitada nua ao meu lado, mas eu jurei que você se afastaria e você está aqui. — Então, como é que você vai se livrar de mim? Porque a coisa da caixa não funcionou — Eu sorrio e tremo ao mesmo tempo. Sean percebe e esfrega meus braços, espantando o frio. — Bem, eu planejava organizar o seu casamento com alguém que eu não suportasse para me certificar de que não a veria muito e para satisfazer a minha mãe, mas a principal razão pela qual eu estava fazendo isso, era para mantê-la segura — O aperto de Sean em minha cintura fica mais forte. — A equipe de Trystan, a equipe de segurança, é mais antiga do que a minha e menos provável que tenha sido manipulada por qualquer um dos Ferro. Ao contrário da nossa equipe de segurança que obviamente foi manipulada. Aquele cara, Bob, aquela montanha de homem que Trystan tem sempre por perto, eu sei que ele pode cuidar de você de uma forma que eu não posso. Pareceu-me que o estilo de vida dele poderia convir melhor e que você seria mais protegida. Desse jeito, eu tenho que voltar através de todos os funcionários que tivemos para ver qual deles foi manipulado e especular o que arruinou isso. Meu piloto, por exemplo, ninguém deveria ter sido capaz de corrompê-lo, mas alguém o fez. Você está mais segura com Trystan. Essa parte me assusta. Ele é firme quando diz essas coisas,

quando acha que pode me casar, como se isso fosse resolver tudo. — Eu não vou me casar com Trystan. Se tiver um casamento, só há um homem com quero me casar e ele está atrás de mim, segurando-me firmemente. Sem contar que o homem que estava atirando em mim está morto. Você tem os papéis que eles querem, por isso o vazio do poder está desaparecido. Você ganhou e nós podemos estar juntos. Eu não sou totalmente ingênua Sean, eu sei o que isso significa, o que você vai fazer. Eu tomei decisões que pensei que nunca tomaria, e eu fiz coisas que pensei que nunca faria, e tudo em nome da sobrevivência. Se é isso que você precisa fazer para sobreviver, estou com você, ao seu lado. Eu sinto Sean movimentar seu maxilar antes que ele finalmente fale. — Você não sabe com o que está concordando, você não sabe o que está oferecendo. Há coisas que eu não posso dizer dentro destas paredes, mas faria o seu sangue gelar. Eu já fiquei coberto de sangue, fiz coisas que não posso nem confessar, coisas que pesam sobre meu coração, coisas que destruíram minha alma. Essa não é a vida que eu quero para você, mas essa é a minha vida, isso é a minha vida, e não há maneira de sair — Sean beija a parte de trás do meu pescoço antes de se afastar. Ele move seus pés para o lado do colchão e se levanta antes de caminhar até uma das enormes janelas. Ele fica lá por um

momento e, em seguida, puxa para trás as cortinas. Sean olha através do vidro para a luz da lua e os ciprestes que revestem a parte da frente. Os espelhos d'água nos jardins do lado de fora fazem o seu rosto brilhar suavemente. Enquanto eu o observo, me pergunto o que ele fez e por que ele acha que não pode ser resgatado. Eu rolo de lado e sustento minha cabeça com a mão, olhando para ele, eu pergunto: — E se fizéssemos isso juntos? E se a gente assumisse os investimentos do Campone juntos? Eu posso segurá-lo para não cair do penhasco e você pode fazer o mesmo por mim. Iria proteger os seus irmãos, e empurrar a sua mãe para fora disso. Eu não penso que podemos desperdiçar todos os seus esforços — Eu sorrio, confessando que eu não sei exatamente o que Campone estava executando, a menos que você considere corrupção, drogas, a prostituição e esse tipo de coisa como propriedades em investimentos normais. — E transformar isso em algo bom. Eu não suporto Miss Black, mas se eu não tivesse encontrado esse trabalho, eu seria uma sem-teto. Eu não tinha outras opções. Sean, a prostituição é legal em alguns estados e há uma razão para isso. É um dos negócios mais antigos do mundo, certo? — Acabei de dizer isso? Sean gira lentamente, soltando as cortinas. Eu pisco para ele. Sean aperta os lábios formando uma linha apertada. Seus olhos azuis caem para o tapete enquanto ele caminha até a cama e senta-se ao meu lado. Seu olhar diminui ao meu lado, e quando

ele o ergue, fazendo isso com propriedade, pressiona os lábios. — Se fosse tão simples. Este é o dinheiro de sangue, Avery. Toda a empresa funciona com o medo e é alimentado pelo sangue. Não há nada bom nisso, só há poder. É por isso que minha mãe quer tanto. Se ela possuir tudo o que Campone teve, então ela será implacável. Riqueza, poder, segredos sujos. Em suma, ela vai possuir cada família rica de Nova York. Esse legado será repassado para Jon, e eu não posso deixar isso acontecer. Eu falhei com ele uma vez, não vou fazer isso de novo. É por isso que preciso chegar lá primeiro. Eu não quero Peter, Jon - inferno, nem mesmo Hallie, arrastado de volta para cá. A única maneira de ter certeza de que isso não aconteça é se eu for o homem no comando. — Eu entendo o que você está dizendo, e estou dizendo que você não tem que fazer isso sozinho. — Este é um terreno escorregadio, Avery. Eu não posso deixar você pisar nele. Eu rio disso. Inclinando-me para perto, eu coloco um dedo em seu rosto, dizendo: — Não me venha com o discurso de moralidade, não você. Além disso, eu não acredito nessa merda. As pessoas podem escolher ser boas e podem optar por serem ruins. Boas pessoas podem fazer coisas ruins e más pessoas podem fazer coisas boas. Ninguém é intrinsecamente

algo. Além disso, pelo o que você acabou de dizer, você quer ter certeza de que é o único com poder para salvar os seus irmãos e as pessoas com que se preocupa. Isso não parece ruim para mim — Eu toco seu ombro, deixando minha mão ali, sentindo os músculos firmes, fortes sob o meu controle. Ele está tão tenso e tão preocupado comigo. Sean olha para mim com o canto do olho, como se estivesse reconhecendo que estou bem, embora com relutância. Dou-lhe um sorriso torto em troca e digo: — O amor pode fazer você fazer todos os tipos de coisas loucas. Alguns fazem a terra tremer, enquanto outros parecem mundanos. A coisa é, você e eu achamos um ao outro, e um amor como o que temos é escasso, como território de conto de fadas. — Então, isso faz você Cinderela? — Sean sorri para mim, revelando aquela covinha. A comparação me faz rir. — Você está dizendo que a Cinderela era uma prostituta? Porque eu sei que ela o que ela teve com o príncipe foi um pouco rápido, mas eu pensei que era por causa da carruagem de abóbora. A não ser que fosse como gíria para algum tipo de DST. No caso em que ela tenha dado para o príncipe. E vamos encarar isso, o Príncipe Encantado era um covarde. Ele não fez nada além de levar um sapato para um monte de garotas. Quem diabos quer um sapato? — O pensamento me faz rir, quando a comparação se

torna clara em minha mente. — Puta merda, você disse que sua mãe é como a madrasta má? Sean começa a rir. É muito tarde e nós estamos cansados demais, porque eu tenho certeza que isso não era uma piada engraçada, mas por algum motivo, faz nós rirmos histericamente. — Eu acho que ninguém iria negar isso. — Então vamos roubar o felizes para sempre dela. Foda-se todos os outros. Quebre o sapatinho de cristal, eu sei que você pode. Meu príncipe encantado tem bolas de tamanho de uma abóbora — Eu mal consigo dizer as palavras sem rir, em parte porque é verdade, e em parte porque é realmente uma boa visualização de Sean Ferro. Aparentemente, ele pensa assim também, porque ele se inclina para mim rindo - rindo. O homem está rindo. — Isso faz com que Jon e Pete sejam as meias-irmãs feias — Isso aprofunda a risada estrondosa que vem de dentro dele. É um som raro que eu, absolutamente, amo ouvir. — Então você vê porque eu gosto mais de você. Você é o mais bonito — Começamos a rir de novo porque de alguma forma, no cenário ele se tornou a Cinderela e eu me tornei as grandes bolas do Príncipe Encantado. Deus, estou tão cansada, mas não conseguimos parar de rir.

Sean alcança o meu tornozelo e levanta o pé à boca, beijando a ponta do meu dedo levemente. De repente, nada é engraçado. Eu suspiro quando ele faz isso, não tendo nenhum indício de que ele iria me fazer sentir desse jeito. Os lábios de Sean torcem em um sorriso perverso. — Sério? Você tem uma coisa com o pé? — Eu não sei — Eu soo muito digna até que ele desliza um dos meus dedos entre os lábios e todo o ar é sugado do meu corpo em uma respiração deliciosa. Sua língua se move contra a minha pele e eu quase grito de excitação. Minhas mãos estão segurando os lençóis, eu me sento direito e tento puxar meu pé para longe. — Não, não, não! Sean prende meu tornozelo com firmeza, recusando-se a me libertar. — Eu acho que as palavras que você está procurando são, sim, sim, sim. Isso é muito melhor do que a caixa. Eu posso ver o olhar no seu rosto, a forma como seus olhos brilham, a forma como seus lábios torcem em um sorriso em pânico. Enquanto isso, é você que fala sobre a moralidade, e isso é estranho e não é, e então você desmaia com beijos no dedo do pé. — Eu não vou desmaiar — Ok, então isso é uma mentira total. Assim que ele coloca a boca no meu pé de novo, eu estou

perdida. Eu me perdi da mesma maneira de quando ele beija aquela mancha no meu ombro, e eu simplesmente não consigo suportar isso. Eu gemo muito alto e puxo a roupa de cama embaixo. Minhas unhas realmente perfuram os lençóis de seda e os rasgam. Minhas costas arqueiam para cima no ar enquanto eu gemo de prazer. Sean não cede. Seus beijos ficam focado em meus pés, nas pontas dos pés, até que eu admito que tenho uma coisa - uma super sensibilidade no meu pé muito estranha onde os beijos me fazem sentir muito bem. As sensações me fazem contorcer e gritar. Peço-lhe para parar, mas ele não para, não até que eu ceda e admita que eu tenho uma aberração de pé. Com uma voz que é muito estridente e ofegante, eu fico na posição vertical, arfando: — Ótimo! Você está certo! Você está certo — Eu resfolego a última palavra, porque ele parou de me torturar. Eu estou tão louca. Eu mexo meu pé, tentando empurrá-lo, mas Sean o prende. Ele massageia suavemente meus dedos dos pés, tocando os lugares certos para me fazer tremer. Então sou tratada com um sorriso grande que revela as duas covinhas. — Eu adoro quando estou certo. Capítulo Onze O resto da noite voou em um borrão feliz. Isso é

irreal, diferente de tudo que Sean já fez antes. Gostaria de saber se este é o homem que costumava ser, ou se essa é uma versão totalmente nova de Sean que ele não conhece, que ninguém conhece. Estou contente e exausta, deitada nua em sua cama. Há um pedaço de luar aparecendo através das cortinas. Parece que eu tenho bigornas prendendo meus cílios e cada vez que eu pisco, torna-se cada vez mais difícil reabrir os olhos, mas eu não quero tirar o meu olhar de Sean. Ele está entrando e saindo de sono por uma hora, talvez mais. Há um olhar calmo em seu rosto que me dá vontade de observá-lo, mas também faz com que eu me preocupe. Neste estado, ele é frágil. Vulnerabilidade não é algo que equivale a Sean Ferro, mas há momentos em que eu vejo isso. O mais comum é no cemitério, quando ele está em pé na frente da sepultura de sua esposa, olhando para a família que ele perdeu. Ele se culpa e ele sempre se culpará. A coisa é, esta noite foi diferente das outras vezes, porque suas paredes não subiram mais. É o que eu sempre quis. É também o que me assusta pra caralho. Eu finalmente tive uma amostra do como o verdadeiro Sean Ferro é, do belo homem que se encontra sob o tormento, e eu o amo ainda mais. Os pequenos traços de quem ele é que surgiram de vez em quando não são nada em comparação com o homem que eu vi hoje à noite. Quero fechar meus olhos e acordar ao seu lado todos os dias.

Eu quero que as coisas permaneçam assim e que seja ele e eu contra o mundo. Não é isso o que o casamento é? Formar uma aliança com alguém, confiar um no outro, esperando que ele vai estar lá quando você cair, e ajudá-lo quando precisar de você. Sean tem medo de repetir seus erros e eu vejo isso, mas ele está neste estado constante de olhar para trás e viver no passado. Eu era assim. Eu queria ser como ele. Eu queria ser insensível ao mundo e tudo que nele há. Eu não queria sentir a dor de perder meus pais, mas isso significava que eu desisti de sentir algo. Eu acho que não posso viver assim por muito tempo, porque qual é o ponto de viver se você não pode sentir? Todas as coisas que eu mais amo são sensações - a brisa no rosto, o barulho das folhas caídas debaixo dos meus pés, a areia entre os dedos dos pés, e até mesmo o calor da pele de Sean na minha - são todas as coisas que sinto. As coisas que eu não quero ficar sem. Gostaria de saber se esta noite vai convencer Sean a deixar seu passado, pelo menos um pouco, o suficiente para avançar para a luz. A única maneira que vou descobrir é se eu fechar os olhos e adormecer. Estou animada para saber o que o amanhã trará, mas ao mesmo tempo, tenho medo disso. Minhas pálpebras se estreitam lentamente quando o meu olhar se fixa nos lábios de Sean. Para minha surpresa, os olhos azuis

são subitamente revelados através de cílios escuros. Um sorriso se contorce em seus lábios e ele estende a mão, tocando meu rosto e arrastando o dedo ao longo da minha bochecha. O toque me faz tremer e me sentir segura ao mesmo tempo. É como ser tocada com gelo e fogo, e não há outra maneira de descrever isso. Tanto êxtase como agonia. Sean diz sonolento. — Feche os olhos Menina do Carro Spray. Eu ainda estarei aqui de manhã, nada vai mudar. Eu tenho medo de perguntar, mas o faço. — Como você pode ter tanta certeza? — Porque eu finalmente encontrei o que estou procurando, eu era muito estúpido para ver isso — Ele sorri sonolento para mim. — Eu fiz promessas antes, mas eu não sabia o que estava prometendo. Agora eu sei. Eu quero isso. Todos os dias. Todas as noites. Nós. Juntos, se você me quiser. E se não, eu posso apenas usar meu anel homem e apenas dizer às pessoas que estou comprometido com a impressionante Avery Stanz. Essa última observação me faz rir, eu não consigo evitar. Sean acaricia meu rosto de novo e eu me aconchego mais perto dele. — Isso foi uma proposta, Sr. Jones? Porque eu acredito que é brega propor após o sexo, pelo menos para o seu tipo.

Ele sorri. — Meu tipo? — Sim, o tipo - fabulosamente rico, poderoso e um pouco louco da sua família Ferro. Tenho certeza de que eles estariam horrorizados ao saberem de uma proposta tão brega — Eu estou brincando com ele e com muito sono para me virar muito para uma zombaria. Ele sabe disso. Sean se aconchega mais perto, então estamos cara a cara, e ele está olhando para mim, sonolento. — Então, devemos abrir um preservativo e colocá-lo no meu dedo, como um anel? A resposta de Sean é não-verbal, ele se inclina para mais perto, colocando as mãos do meu lado, e me fazendo cócegas. — O cara que te dá um preservativo como um anel de noivado é um retardado fodido. Eu suspiro, abrindo minha boca como se eu estivesse em estado de choque. — Você acabou de usar gírias? Oh meu Deus, eu acho que poderia morrer. O grande Sean Ferro soa como uma pessoa normal — Eu rio quando ele faz mais cócegas em mim, mas estou sinceramente muito cansada para lutar com ele. — Esta é uma extensão da primeira proposta, que foi feita correta e muito romanticamente. Você sabe o quão difícil era

encontrar alguém no Departamento do Parque Estadual para me deixar alugar o maldito quarto? Eu estava em espera por quase três horas. Agora eu fazia cócegas nele, pressionando meus dedos em suas laterais e balançando. Sean ri e confessa: — Ok, foram duas horas, mas ainda pareceu uma eternidade. Aquela foi a proposta. Essa é a afirmação, a declaração virá depois que o estado afirmar o que eu disse. Eu quero você agora, e eu quero você para sempre, com altos e baixos, e tudo mais. Eu quero você aqui ao meu lado, assim, todas as noites. Eu quero beijar você quando acordar todas as manhãs. Eu quero fazer coisas muito sujas que eu não vou dizer em voz alta, a Srta. Smith. Eu não consigo evitar e estou sorrindo como um idiota. Eu quero acreditar nele. Eu quero acreditar, mas ele já disse isso antes. Exceto que da última vez suas ações foram diferentes. Não são as ações que supostamente falam mais alto do que palavras? Eu deveria aceitar esta alteração, não deveria? Com uma voz calma, eu digo: — Eu vou ter que pensar sobre isso, Sr. Ferro — Eu dou de ombros, provocando. Com toda a seriedade em sua voz, Sean se inclina e diz baixinho: — Eu vou fazer isso direito. Eu prometo, vou estar aqui de manhã — Ele sabe o que está pesando em mim, o que está puxando o meu coração e me mantendo acordada.

Abro a boca, mas ela fica seca, então eu aceno. Eu rolo no meu travesseiro para o outro lado, não querendo que ele veja a emoção que está aparecendo no meu rosto. Espero que essa euforia quebre quando cair, vai me quebrar e eu sei disso. Ao mesmo tempo, sinto que é um risco que tenho que correr. As pessoas mudam e crescem, e Sean Ferro não está imune ao crescimento. No pouco tempo que o conheço, eu o vi tentar. Eu sei o quão duro ele luta contra seus demônios e seu passado. Sei também que não há nenhuma razão para ele fazer isso sozinho. Em várias maneiras, somos iguais, voltando ao passado quando uma onda escura ameaça nos esmagar a qualquer momento. Duas pessoas se segurando de volta deve ser melhor do que uma. A voz de Sean espalha meus pensamentos quando ele fala. — Vá para a cama, Menina do Carro Spray. Podemos falar sobre tudo e qualquer coisa na parte da manhã. A única outra pessoa na casa é um dos guardas de segurança, e ele não é estúpido o suficiente para vir aqui, não depois de vê-la no hall de entrada com galhos e folhas em seu cabelo. Se eu não fosse mais sábio, teria pensado que você inventou um plano para quebrar minhas defesas e puxar cada fio do coração que eu tenho. Aparentemente, tudo o que preciso é de alguns arranhões em seu rosto e cabelo bagunçado.

— Não, não inventei. Eu sou uma idiota e realmente correu tudo dessa forma. Eu pulei cercas em um único salto — Eu digo dramaticamente. — E caí de cara no chão. O resultado foram contusões épicas, bolhas e uma bunda dolorida. Eu realmente não caio em pé com muita frequência — Eu sorrio um pouco quando sinto Sean aconchegar-se atrás de mim. Ele envolve seus braços em volta de mim e sussurra em meu ouvido: — Você não tem que se preocupar mais. Quando você pular, vou pegar você. Você não tem que pousar em pé, não se eu estiver aqui. Suas palavras me fazem sorrir e isso é a última coisa que me lembro antes de dormir. O mundo ainda é quente e perfeito. Capítulo Doze O telefone de Sean toca, novamente, roubandolhe o sono. Eu estive deitada em seus braços meio acordada, pensando. Eu não gosto deste plano. Casar-me com Trystan joga tudo para o alto e eu entendo porque Sean quer fazer isso – eu até mesmo entendo o porque Trystan concordou com ele mas isso não é justo. Não é justo para mim e isso não é justo para Trystan, e não é justo para Sean. Nós três estaremos vivendo no limbo, esperando que o outro sapato caia. Voltando à coisa da Cinderela, eu meio que gostaria que o outro sapato simplesmente se quebrasse.

O telefone fica em silêncio mais uma vez quando Sean se aconchega em mim mais apertado. Eu posso sentir seu hálito quente sobre o meu ombro e seus braços fortes em volta da minha cintura. É algo que eu sempre quis, uma noite com ele, sem dor ou tristeza, e uma manhã sem nenhum remorso. Eu não tenho certeza se ele vai desistir de suas antigas maneiras e eu não tenho certeza se eu quero isso. Para dizer a verdade, fiquei decepcionada de não ir um pouco para o seu quarto de sexo. Fiquei me perguntando que tipo de coisas que ele teria lá. Aprender como amar e ser amado é difícil, especialmente depois de tantas perdas. Isso é algo que nós dois sabemos. O telefone toca novamente, o chilrear está ao lado da minha cabeça na mesa de cabeceira. Eu finalmente me inclino para olhar para ele e ver quem está ligando para Sean a esta hora, e o que eu vejo me surpreende.

MASTERSON Eu tento escapar do abraço de Sean o suficiente para alcançar o telefone e atender a ligação. — Marty? — Avery? É você? — Sua voz soa estranha, quase em pânico. — Sim. Por que você está ligando para Sean no meio da noite? — A boca do meu estômago cai. Alguma coisa está errada. — Eu não posso acreditar que ele fez isso. Você não deveria estar. . Eu interrompo: — Eu sei, mas. . Ele me corta. — Não há tempo para isso, nós não estamos discutindo. Pegue Sean e sai dessa casa agora. Eu nem deveria ter ligado, não há tempo. Dê o telefone para Sean. Eu não entendo o que ele está falando, mas o tom da sua voz me preocupa. Eu me empurro para cima no meu cotovelo e olho para trás para um sonolento e cansado Sean. — É sobre eu me casar com Trystan? Porque eu não me casei com ele ontem à noite, é um plano muito ruim. Eu iria. . Ele me corta novamente, sua urgência é ainda mais

pronunciada neste momento. Marty está praticamente gritando no telefone. — Avery, pegue Sean agora. Eles sabem, e estão atrás de você. E essa altura Sean me ouve falando com alguém e está meio acordado. — Quem é? — Eu não respondo, eu só entrego o telefone para ele. Ele está quieto enquanto escuta a Marty explicar algo. Sean faz pouco movimento e permanece impassível enquanto escuta. Os dois estão longe de serem amigos, mas juntos com o objetivo comum de me proteger e parecem ser velhos amigos. Sean se apoia no cotovelo, se afastando de mim quando faz isso. — Não pode ser. A maneira que Sean diz envia um frio na minha espinha. Sua voz é apertada. Faz-me lembrar das vezes em que ele me comprou, para ajudar a controlar o mundo ao seu redor. Estou perdendo a doçura, a suavidade deste homem, e não sei por que. Sean senta-se de repente e olha para mim. Suas palavras com Marty são lacônicas e parece que eles estão discutindo sobre algo. Meu coração acelera e eu tenho uma sensação horrível na boca do estômago, mas eu apenas fico ali. — Sean? O que está acontecendo? — A minha pergunta fica sem resposta enquanto ele furiosamente acena com a cabeça,

ouvindo tudo o que Marty tem a dizer. — E eles estão vindo para cá? Ele estaria fora de sua mente fodida, mesmo ele sendo quem diz ser. O detalhe da segurança na propriedade excede qualquer coisa que eles seriam capazes de passar. Por que você acha que eu a deixei ficar aqui a noite toda? Eu não vou arriscar com ela. Este é o lugar mais seguro, até que possamos formalizar as coisas com Trystan. Nós dois concordamos com isso, Masterson. Sean fica em silêncio e eu posso ouvir a voz de Marty do outro lado do telefone. Tudo o que ele diz é absolutamente horrível, porque o rosto de Sean fica branco quando ele fica completamente perdido. Ele se vira lentamente, olhando para mim como se eu fosse um fantasma. Agora estou assustada pra caralho e cansada disso. Eu pego o telefone da sua mão enquanto Sean ainda está em transe. — Marty, eu juro por Deus que vou. . — Eu não consigo dizer o que vou fazer com ele porque ele desliga na minha cara. Sean salta para fora da cama e coloca em uma camisa rapidamente. Ele voa sobre a cama para o botão do intercomunicador da parede, mas ninguém responde. Normalmente, ele vibra uma vez e, em seguida, alguém responde rapidamente, mas não desta vez.

— Jacob? Você está aí? Venha aqui — Sean tira a mão do interfone e pragueja sob a respiração. Lentamente, ele caminha para mim e é como se o tempo parasse. Gelo escorre pela minha espinha com o olhar que ele me dá. — Precisamos sair. Agora — Sean não espera que eu responda. Ele rapidamente se veste, deixando-me atordoada e sentada em sua cama. Quando eu não me mexo, ele vem para me pegar. — Vamos, Avery, agora. Sean segura meu braço, me puxando para fora da cama, e joga a roupa para mim. Não é um gesto amoroso e da forma como ele está agindo está me assustando totalmente. — Sean, me diga o que está acontecendo. Mas ele não diz. Sean corre para o outro quarto e agarra as cartas que eram da minha mãe. Eu o sigo, colocando minha roupa e ainda pedindo explicações que ele não dá. Sean passa rapidamente pelos papéis, procurando alguma coisa. Quando a encontra, ele para e olha para mim. Seu queixo cai e seus lábios se separam e ele apenas olha. Eu reconheço o olhar. É um olhar ruim. É como se o meu gato simplesmente tivesse caído em um compactador de lixo e eu acidentalmente bati no botão. — Diga-me. Seja o que for, vou pensar que é um milhão de vezes pior se você não o fizer — Eu puxo o resto das roupas e

consigo colocar meus sapatos. Eu estou vestida, mas Sean hesita. Ele não se move. Ele não pega na minha mão e me leva da maneira que parecia que ele faria. Marty não parava de dizer saia. Eu não entendo por que nós estamos correndo ou de quem estamos fugindo. Eu pensei que a corrida tivesse acabado. Eu o instigo. — Sean? — Isso vai ficar bem — Sean atravessa o quarto em três passos largos e me alcança, me puxando para seu peito e segurando-me firmemente. Ele beija o topo da minha cabeça e diz: — Eu não vou deixá-los te machucar — Ele me segura assim e nesses momentos ele é tudo que eu sempre quis. Eu me sinto em casa com Sean. Ele é o lar que eu senti falta, a casa que eu sonhei um dia ter quando eu era uma menina. Há uma promessa de proteção na forma como seus braços envolvem em volta de mim como se nada pudesse me machucar, e isso não passa despercebido. Isso joga fora alguma necessidade carnal que está enterrado lá no fundo, mas suas ações trazem isso para a superfície. — Sean, você tem que me dizer o que está acontecendo. Estamos nisso juntos agora, lembra? Nós dóis. Eu não vou te deixar. Você pode dizer o que quiser, mas eu não vou me casar com Trystan. Eu quero estar com você. Eu sempre quis você.

Os lábios de Sean se separam e as palavras derramam, derretendo meu coração. — Eu sempre quis você também. — É hora de agir como uma equipe, então. Marty não me disse merda nenhuma e você está branco como um lençol. — Precisamos chegar ao carro. Pelo jeito a casa está vazia. Ou a minha mãe deu a todos a noite de folga ou alguém os arrastou para fora. Provavelmente o último, uma vez que o cabeça da minha equipe de segurança não está respondendo. De qualquer forma, parece que a segurança na mansão Ferro foi violada. Nós não estamos seguros, temos que seguir em frente. — Ok. Sean agarra a minha mão com firmeza. — Nós vamos ficar juntos. Parte de mim quer sorrir e girar ao redor com alegria. Ele me quer com ele. A outra parte de mim está apavorada porque tudo o que acontecerá a seguir é completamente desconhecido. A mansão Ferro tem segurança como Fort Knox. O intercomunicador estava quieto e tudo o que Marty disse fez Sean temer, e qualquer coisa que assusta Sean Ferro deve ser

aterrorizante. Capítulo Treze Rodamos pela casa vazia em silêncio e com cuidado, não vendo ninguém. Sean deixa as luzes apagadas, o que nos permite escapulir lentamente pelo corredor na escuridão. Toda vez que chegamos a uma porta ele me faz parar e estende o braço, mantendo-me para trás até que ele saiba que o caminho está livre. Então ele me acena para a frente e continuamos assim. Nós dirigimos para uma saída nos fundos, uma que é usada raramente. Ela nos leva ate o outro lado da casa, onde Peter deixa suas motos de quando era mais jovem. Meu coração está acelerado no meu peito, fazendo-me sentir como se minhas costelas fossem rachar. A histeria cresce na minha garganta, porque parece que alguém está nos observando. Minha pele se arrepia com a sensação de que algo horrível está prestes a acontecer. Algo está muito errado, isso eu sei. Eu pensei que era estranho, não ver ninguém. Sean não costuma atender a porta. Ele tem um mordomo que faz isso. Pergunto-lhe sobre isso. Sean parece incomodado, mas responde: — Ele foi com a minha mãe em sua viagem de negócios. Alguém teria atendido a porta, mas eu vi você vindo. Eu olhei para fora da janela.

Além disso, eu posso ter, de alguma forma, mais ou menos, colocado um GPS em suas coisas — A maneira como ele diz isso é tão tímida que não faz o meu interior derreter, pelo menos após o toque inicial de raiva. — A tecnologia me odeia. Sean nos leva até um grupo de corredores, nós rodamos pela mansão várias vezes. Eu não sei onde diabos estamos. Sean olha para mim com o canto do olho quando ele solta meu pulso. Nós chegamos a um conjunto de portas duplas feitas de madeiras grossas e escuras. Elas estão elegantemente esculpidas, mas não tão ornamentadas como de Sean. Ele solta meu pulso, para que possamos bater nas portas. O telefone de Sean toca no bolso. Ele o levanta ao ouvido e escuta, em seguida, diz: — Somos apenas nós. Não, Pete está em Sidney e Jon só Deus sabe onde, mas ele não está aqui. Somos só nós. Sim, motos. Pegue o caminho de volta para fora daqui e vamos nos encontrar com você — Eles falam mais algumas palavras e Sean desliga. — Ninguém mais está aqui? — Pergunto, confusa. — Como pode ser isso?

— Entre o trabalho e lazer, a maioria da família é geralmente distante. Eu não viria aqui também, mas eu achava que havia uma chance remota que você pudesse aparecer, por isso eu vim. Precisamos seguir em frente. Isto é muito mais complicado — Sean olha para mim e pega a minha mão, me puxando pelo conjunto de quartos que parece com uma das residências dos garotos Ferro. Há livros espalhados, e elegantes, acabamentos viris nas paredes. Antes de encontrá-los, estamos em uma pequena porta. Sean empurra através dela e em um segundo estamos fora para o ar fresco da manhã. Marty está lá com uma garota que eu não tinha visto antes. Ela é da minha altura e peso, vestindo jaqueta de couro. Longos cabelos castanhos fluem pelas costas. Marty joga um conjunto de chaves para Sean. Há duas motocicletas estacionadas à direita da porta dos fundos. Marty me observa com cuidado. — Você está pronta para ir? Vou tirá-la pela rota da frente e vocês vão para o outro lado. Com os capacetes e couro, no sol da manhã, talvez eles não sejam capazes de dizer que não é você. Isso é errado, é tão incrivelmente errado. Tremor toma conta de mim e eu não posso parar isso. Eu puxo minha mão longe de Sean, exigindo uma explicação. — Você tem que me dizer. O que está acontecendo? Por que

eles estão ainda nos perseguindo? O peito de Sean se expande quando ele suga em uma respiração curta e olha para suas mãos. Nossos dedos estão entrelaçados, a sua mão segurando a minha. Ele olha para trás em Marty, que dá um visível não. — Não diga isso — Marty olha para mim com tanta empatia em seus olhos que eu não aguento mais. Eu não sei como qualquer coisa poderia estar errado, mas o que quer que Sean tenha para me contar é importante. — Sean, precisamos ir. Mas Sean continua olhando para a mão que está segurando a minha. — A razão pela qual Campone queria esses papéis tinha pouco a ver com o livro de contabilidade. Havia algo mais ali, outra coisa que sua mãe estava escondendo. Significava o suficiente para que ela passasse sua vida inteira correndo e olhando por cima do ombro. Ela sabia que ele iria encontrá-la um dia, e pegar de volta o que era dele. Os livros eram uma desculpa, e a razão por que atraiu tanta atenção. Tornou-se menos óbvio quando Campone morreu. Eu pensei que eles me queriam. Era assim até que Marty esclareceu as coisas que eu percebi o

que estávamos realmente errados. Minha garganta está seca, mas eu consigo perguntar: — O que você quer dizer? Marty interrompe. — Não. . Mas Sean não escuta. — Durante a leitura do testamento do Campone, seu nome veio à tona. Eu fico olhando para Sean, escancarada. — O quê? Por que eu estaria em seu testamento? Isso não faz nenhum sentido. Eu não entendo o que você está dizendo? Os livros fazem sentido, mas isso não. Você está dizendo que eles me querem. Os dois parecem compreender algo que eu não sei. Marty acena com as mãos sobre o rosto e geme quando se vira. A mulher que estava com ele não diz nada, mas posso dizer que ela se preocupa com ele. Sean engole em seco e olha para as nossas mãos. Ele se vira para mim e diz a última coisa que eu esperava ouvir. — Victor Campone era o seu pai. — Não, eu não acredito em você — Eu puxo minha mão da dele, tentando me virar, mas Sean não me deixar ir. — Por isso que ele apareceu — Sean explica, apontando o

polegar para Marty. — É assim que os homens de Campone sabem com certeza, estava em seu testamento. Foi também assim que se soube que Victor teve mais de um filho. Você tem um irmão que está caçando você. Ele não quer compartilhar os recursos de Victor. As coisas se transformaram sobre suas cabeças durante a noite. Victor Júnior está no comando dos homens de Campone. Os livros que temos nos dará alguma vantagem, assumindo que podemos sair daqui antes que algo aconteça. Marty sabe que há uma bomba que é suposta explodir perto do nascer do sol. Eles queriam que todos os Ferros estivessem em casa, mas aconteceu que todo mundo está fora. Eles pensaram que você viria aqui por minha causa. Isso foi parte da razão pela qual eu queria nos separar em dois grupos. Precisamos nos mexer. Não consigo me mover. Eu me sinto como se tivesse recebido um soco e minhas pernas estão falhando. Elas envergam e eu começo a descer. Sean me alcança e me levanta, me esmagando em seu peito, abraçando-me forte. Eu divago, protestando: — Isso não pode ser. Eu não posso ser sua filha, está errado. Eu pareço com meu pai. Todos me diziam enquanto eu crescia que eu me parecia com meu pai. Eles não queriam dizer com Victor Campone, eles queriam dizer o meu pai. Sean, Marty está errado, ele tem que estar errado.

Marty e Sean olham um para o outro, e depois de volta para mim. Não consigo entender isso, mesmo a sugestão de ser filha desse homem, ter o seu sangue correndo em minhas veias, me deixa doente. Ser caçada por ele, desse tipo de família que eu vim, e o tipo de mulher que estou me tornando. Isso me assusta pra caralho. Sean segura meus ombros e empurra o cabelo do meu rosto. Olhando nos meus olhos, ele diz: — Você é quem você é. Seu pai não importa. Precisamos ir, e vou estar aqui para você, não importa o quê. Marty entra em ação antes de Sean. Ele joga uma jaqueta de couro para Sean e outra para mim. — Vamos lá, vamos em frente — Marty coloca a chave na ignição e se vira de novo. Sean salta em sua moto e liga o motor antes de eu concordar enquanto acena para eu subir atrás dele. Eu balanço minha perna por cima e salto. Eu envolvo meus braços em volta da sua cintura. Ela traz de volta lembranças da noite que nos conhecemos, eu saltando na parte de trás de sua antiga moto enquanto nós perseguíamos meu carro de ínfima qualidade descendo a Deer Park Avenue. — Isso será capaz de deixar qualquer coisa para trás. Segure-se firme e não caia — Eu aceno, mortificada. — Separados. Vamos o mais longe possível daqui. Siga para a Oak Island. É

um pé no saco chegar até lá, mas podemos esconder as motos nos arbustos e pegar um barco através da água para chegar lá antes que seja hora do almoço. Ninguém vai nos ver. Eu acho que é a melhor aposta. A única variável é Black. Ela ainda está alheia, um curinga — A outra mulher monta na parte traseira da moto de Marty, e coloca o capacete, fixando a correia sob o queixo. Quando ela puxa para baixo a viseira, a matização obscurece o rosto e fica difícil nos diferenciar. Todos nós fazemos o mesmo, e nos preparamos para ir embora. Marty coloca sua moto em marcha e voa até a calçada, virando na frente da casa para pegar a estrada principal para fora daqui. Sean coloca sua moto em marcha e acelera o motor, pronto para voar fora daqui quando seu telefone toca. O Bluetooth dentro do seu capacete automaticamente atende. — É muito cedo para ter que lidar com esses brinquedos irritantes. É Constance. Sean permanece congelado no lugar. Ele responde: — Mãe, onde está você? Assim que ela está prestes a responder, um som ensurdecedor vem da parte de trás da mansão. O som inconfundível de vidros explodindo e aterrissando no cimento enche nossos ouvidos. Alguns momentos depois, uma segunda explosão balança a mansão, desintegrando as paredes do lado de fora

dos quartos de Sean. A área que estávamos apenas poucos minutos atrás está envolta em fumaça. Estilhaços estão voando em toda parte, como lascas de madeira e metal retorcido. Há uma terceira explosão e a porta da frente explode para fora. Sean e eu olhamos incapaz de nos mover de olhos arregalados. Nós dois, ouvindo isso, nós dois sabemos - Constance ainda está lá dentro.
H.M. Ward - O Arranjo - Parte - 18

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