JOVENS - 1 Tri 21 - Licao 8 - HABACUQUE A INTERCESSÃO DE UM HOMEM CHEIO DE ESPERANÇA

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1º TRIMESTRE 2021

ANO 13 | EDIÇÃO Nº 700

Habacuque: A intercessão de um homem cheio de esperanças

21 de fevereiro de 2021 Ensina-nos a orar

L I Ç Ã O

8

Exemplos de pessoas e orações que marcaram as Escrituras

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD REVISTA JOVENS - PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021

Texto do Dia “Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi: aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia.” (Hc 3.2)

Síntese A intercessão é uma prática preciosa aos filhos de Deus. Aprenderemos com Habacuque o valor do ato de interceder pelos justos e como ele descobriu o valor da fé e o segredo da esperança.

Leitura Bíblica em Classe Habacuque 3.4-6; 15-19

INTRODUÇÃO Nesta lição juntos aprenderemos acerca da resposta dada por Deus e quais as circunstâncias que fazem parte deste triste momento da história de Judá. Que possamos nos fortalecer e, com convicção, anunciar a todos que ainda é tempo para arrependimento e conversão dos maus caminhos: A porta ainda está aberta. Bons estudos!

- O profeta dá nome ao livro, ele mesmo é o seu autor; seu nome significa, possivelmente, "aquele que abraça" (Hc 1.1; 3.1). No final da profecia, o nome se torna apropriado, pois o profeta se apega a Deus não obstante sua confusão acerca dos desígnios do Senhor para o seu povo. O lamento amargo de Habacuque (1.2-4) pode refletir um período pouco tempo depois da morte de Josias (609 a.C.), época em que as reformas do rei piedoso (2Rs 23) foram rapidamente revertidas pelo seu sucessor, Jeoaquim (Jr 22.13-19). Logo depois da morte de Josias, porém, a nação voltou aos caminhos ímpios, fato que levou Habacuque a questionar o silêncio de Deus e sua aparente falta de intervenção punitiva a fim de purificar o povo da aliança. Boa Aula!

I – A INIQUIDADE DE JUDÁ 1. Caos e sofrimento. Em Judá imperava um panorama de injustiças, perversidades e abominações. Já não havia mais um interesse legítimo para arrependimento e retorno ao Senhor. E, infelizmente, essa situação se agravava cada vez mais. Esse foi o tempo em que Habacuque (assim como também Jeremias, como vimos anteriormente) exerceu o seu ministério. Para um homem com a sensibilidade e a devoção a Deus, essa realidade era por demais sofrível. Para termos uma ideia, ao longo dos três capítulos do livro do profeta Habacuque, a palavra hamas é citada 6 vezes. Mas, qual o significado desta palavra hebraica tão antiga? Ela faz referência a uma violência extrema e desmedida. Tal expressão revela o pânico que reinava entre as pessoas mais fragilizadas e também as que não se permitiam corromper com as iniquidades.

- Os primeiros versículos revelam uma situação histórica semelhante à dos dias de Amós e Miqueias. A justiça havia, basicamente, desaparecido da Terra Prometida; a violência e a perversidade corriam soltas. Em meio a esses dias de trevas, o profeta clamou por intervenção divina (1.2-4). Quando Deus respondeu que estava enviando os caldeus para punir Judá (1.5-11), Habacuque se viu diante de um dilema teológico ainda maior: Por que Deus não purificava o seu povo e restaurava sua justiça? Como era possível que Deus usasse os caldeus para castigar um povo mais justo do que eles (1.12—2.1)? Deus afirma que também castigará os caldeus (2.2-20), mas essa informação não é suficiente para sanar as dúvidas teológicas do profeta; na verdade, serve apenas para intensificá-las, Para Habacuque, a questão que exige uma resolução não é mais a resposta justa (ou ausência da mesma) de Deus diante do mal, mas sim, a vindicação do caráter de Deus e da aliança com seu povo (1.13). Como Jó, o profeta arrazoa com Deus e, por meio dessa experiência, obtêm uma compreensão mais profunda do caráter soberano do Senhor e uma fé mais firme nele (Jó 42.5-6; Is 55.8-9). Por fim, Habacuque percebeu que Deus não deve ser adorado apenas por causa das bênçãos temporais que concede, mas pelo simples fato de ser quem ele é (3.1719). A sociedade de Judá é definida em quatro termos que indicam a iniquidade perversa com a qual seus membros oprimem o próximo ética e moralmente, o que resulta em antagonismo e disputas. O profeta queria ver Deus purificar, disciplinar e reavivar o povo de modo a restaurá-los à retidão. 2. Vivendo em tempos de iniquidades. O caos vivido por Judá em seus últimos dias antes do cativeiro pode ser percebido em nosso cotidiano também. O mundo atual passa por momentos onde a iniquidade tem se multiplicado e as consequências têm sido cada vez mais desastrosas: A destruição da família e a condenação do padrão de vida santificada; a violência urbana tem revelado uma crueldade impressionante; a corrupção atingiu nos últimos anos índices jamais vistos na história da humanidade; as multidões (de todas as idades) que moram nas ruas mendigando e sendo desamparadas se amplia a cada dia; a fome tem atingido uma parcela cada vez maior da população; a prostituição e outras formas veladas de mercantilização dos corpos levando à objetificação dos seres humanos; a justiça que não mais é a favor do justo, mas é destruída por leis frouxas e interpretações compradas; as doenças da alma levando um número crescente de pessoas ao suicídio, mutilação e crises psicossomáticas; guerras e terrorismos em todos os continentes; além muitas outras realidades aqui não mencionadas. São prenúncios dos tempos descritos por Jesus em seu ministério na terra (Mt 24.6-8) apontando, possivelmente, para “o princípio das dores”. O Mestre apontava que ouviríamos falar de guerras e de rumores de guerras e veríamos fomes, pestes, terremotos, mas tudo isso ainda não seria o fim.

- Falsos profetas, assim como guerras e rumores de guerras, caracterizam a era atual como um todo, mas ainda aumentarão à medida que se aproximar o fim (2Tm 3.13). Quando jesus fala em

‘princípio das dores’ em Mt 24.8, Mc 13.3-13; Lc 21.7-19, ele faz referência à "dores de parto". Fomes, terremotos e conflitos sempre caracterizaram a vida num mundo caído; mas ao chamar essas coisas de "princípio" das dores do parto, ele indicou que as coisas ficarão ainda piores no final dos tempos, à medida que essas tribulações singulares sinalizam a iminente chegada do Messias para castigar a humanidade pecaminosa e estabelecer o seu reino milenar (1Ts 5.3; Ap 6.1-17; 8.1— 9.21; 16.1-21). - Além de todo relato do subtópico, surgimento e aumento da iniquidade em várias partes do mundo, acidentes da natureza se avolumando e ameaça de ocorrências em outras similares, vulcões cujas lavas vão lambendo tudo o que encontram pela frente, tufões etc. No entanto, ainda não é o fim. Podemos nos tranquilizar, mas temos que estar alertas, pois Ele também disse: é o princípio das dores; logo em seguida a tudo isso virá a grande tribulação que nunca houve antes, nem haverá depois, conforme Ele nos alertou: "porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais" (Mt 24.21). É hora de vigiar, orar e pregar o evangelho para que ninguém se perca. 3. É chegada a hora! Por anos, não só Habacuque, mas muito outros foram alertando o povo quanto ao juízo de Deus por suas más escolhas. Um nítido exemplo encontramos em Jeremias, que gastou sua vida chamando o povo ao arrependimento e sendo castigado paulatinamente por isso. Para Habacuque, não havia mais nada a fazer além de questionar a Deus em prol dos justos, que sofreriam também as consequências do juízo dos maus. O profeta clamava movido pelo amor a Deus, pelo desejo ardente de restauração (mas não por mãos ímpias) e por sua dor ao ver os justos serem vítimas das mesmas atrocidades que seriam impostas aos iníquos.

- Sabe-se com certeza que foi contemporâneo de Jeremias, Ezequiel, Daniel e Sofonias. O cerne de sua mensagem é o apelo para confiar em Deus (2.4): "o justo viverá pela sua fé". Em sua primeira queixa, Habacuque tem a impressão de que Deus olha o pocado de Judá com indiferença. Zeloso da justiça divina e ciente de que a violação da aliança exige retribuição (Dt 28), Habacuque questiona a sabedoria de Deus e expressa perplexidade com a aparente inércia do Senhor diante das transgressões ostensivas de sua lei. Os judeus haviam dado lugar à violência e injustiça e deviam ser castigados por isso. Em sua profecia, dizia ele: “a lei se afrouxa”, literalmente denuncia “a lei está fria e entorpecida”, ela não era respeitada e havia perdido a autoridade. Como as mãos que se tomam inúteis por causa do frio, o impacto e a eficácia da lei estavam paralisados por causa da corrupção dos líderes de Judá (Ec 8.11). Você tem sido abençoado por este trabalho? Então chegou a sua oportunidade de retribuir! Nos ajude a concluirmos nosso templo com uma oferta de qualquer valor. Caso deseje falar diretamente comigo, é só clicar no ícone do WhatsApp ao lado esquerdo inferior.

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II – O CASTIGO DE JUDÁ 1. Bênção ou maldição. Moisés, ao final do Pentateuco, é usado por Deus para proferir ao povo três discursos impressionantes em conteúdo, em amplitude e em efeitos para a posteridade. Em um desses discursos há uma importante consideração. Vejamos: “Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos mando; porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno […]” (Dt 11.26-28). Essas palavras de Moisés demonstravam ao povo o quanto suas formas de lidar com os desafios diários seriam determinantes quanto ao futuro. A validade dessas palavras é tão real hoje quanto era nos dias de Moisés e Habacuque. Temos diante de nós a escolha: Bênção ou maldição. Tudo dependerá da forma como conduziremos os nossos passos. Aquilo que semearmos também colheremos (Gl 6.7). Deus não é indiferente ao pecado e à injustiça, mas para todas as coisas há um tempo determinado. A aparente aceitação divina do que acontecia em Judá nos tempos de Jeremias e Habacuque não representava uma passividade, mas sim um período necessário até que o juízo fosse determinado e finalmente protagonizado pelos caldeus.

- Em Dt 11.26-28, como um motivo final para conscientizar o povo sobre a importância da obediência a Deus e da confiança nele, Moisés instrui o povo para realizar uma cerimônia quando entrasse na Terra Prometida. Os israelitas deveriam ler as bênçãos e as maldições da no monte Gerizim e no monte Ebal (Dt 27.1-14), o que de fato eles fariam mais tarde (Js 8.30-35). Havendo delineado os princípios gerais do relacionamento Israel com Deus (Dt 5.1—11.32), Moisés então explicou as leis específicas que ajudariam o povo a subjugar ao Senhor todos aspectos de sua vida. Essas instruções foram dadas para Israel “cumprir na terra”' (Dt 12.1). Paulo defende esta mesma ideia em Gálatas 6.7: aquilo que o homem semear... ceifará. Esse princípio da agricultura, aplicado, metaforicamente, à esfera moral e espiritual, é universalmente verdadeiro (Jó 4.8: Pv 1.31 -33; Os 8.7; 10.12). Essa lei é uma forma da ira de Deus (Rm 1.18).

2. O sofrimento dos justos. O profeta questionava com o coração apertado sobre o sofrimento dos justos, mas também compreendia o destino impiedoso que se desenhava sobre os seus compatriotas que se lançaram a uma vida de iniquidades. “Por que os babilônicos?” Esta indagação queimava o coração de Habacuque. O fato desse povo ser ímpio e praticante das mais terríveis abominações não ajudava na digestão de tão triste realidade, muito pelo contrário: Deus estava empregando um povo ainda mais ímpio e pecador para trazer juízo ao seu povo. O Senhor deixara bem claro que, também no tempo certo, os caldeus pagariam por suas atrocidades e iniquidades, porém nesse momento estariam sendo direcionados para serem os instrumentos de juízo sobre o povo de Judá.

- Os caldeus (babilônios) atenderiam ao chamado do Comandante divino. Ele é o Soberano que dá ordem a esse povo de caráter e conduta desumanos para invadir Judá. Os caldeus são descritos como presunçosos, arrogantes, que deificam a si mesmos e implacáveis (Jr 5 1.20). Como lobos, o exército da Babilônia demonstrava resistência extraordinária e sofreguidão desmedida para atacar com o propósito de devorar os espólios da vitória. O exército babilônico não fazia caso nem da autoridade dos reis nem de obstáculos físicos. Avançava com total desprezo por todos que encontrava em seu caminho, amontoando terra. A fim de invadir uma cidade ou fortificação, os atacantes amontoavam entulho e terra junto às muralhas de modo a formar uma rampa. Apesar de serem instrumentos do castigo de Deus, em sua arrogância e presunção, os caldeus plantaram a semente de sua própria ruína (descrita em 2.2-20), uma vez que eram culpados de idolatria e blasfêmia diante do Senhor soberano. 3. Pela fé. Um dos versículos mais conhecidos da Bíblia Sagrada define com precisão o que é “fé”: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). É a fé que nos dá sentido ao ato de orar, pois cremos que Deus nos ouve e nos fortalece em meio à nossa caminhada anunciando o Reino de Deus. Pela fé vencemos os mais diversos desafios e nos enchemos de ousadia em meio ao caos, pois sabemos que o Pai conosco está. E foi a “fé” o elemento chave apresentado por Deus ao profeta: “[…] O justo, pela sua fé, viverá” (Hc 2.4).

- No capítulo 2.4, embora o contexto deixe claro que se trata de uma referência aos caldeus, a passagem apresenta as marcas que distinguem todos os ímpios de todos os justos, não obstante a origem étnica. Duas características opostas são contrastadas. O soberbo confia em si mesmo; o justo vive pela fé. Ao contrário do soberbo, o justo será verdadeiramente preservado por meio de sua fidelidade a Deus. Esse era o cerne da mensagem transmitida por Deus a Habacuque e por intermédio dele. Tanto o aspecto da justificação pela fé, como observado no uso feito por Paulo em Rm 1.17 e Gl 3.1 1, quanto o aspecto da santificação pela fé, empregado pelo autor de Hebreus (10.38) refletem a essência de Habacuque; não há nenhum conflito. Tanto em Habacuque quanto nas referências do Novo Testamento, a ênfase vai além do ato da fé e abrange a continuidade da mesma. A fé não é um ato pontual, mas sim um modo de vida. O cristão verdadeiro, declarado justo por Deus, perseverará na fé como o padrão de sua vida (Cl 1.22-23; Hb 3.12-14). III – A ORAÇÃO DE HABACUQUE 1. O homem que questionou Deus. Os profetas que escreveram livros na Bíblia dirigiram suas palavras a pessoas específicas ou ainda a todo um povo, porém com Habacuque foi diferente. O seu livro registra palavras que nos mostram um profundo diálogo entre o profeta e Deus. Em toda a Bíblia Sagrada, é raríssimo encontrarmos personagens que receberem de Deus a autorização para questioná-lo abertamente: Moisés é um conhecido exemplo (Êx 33) intercedendo pelo povo que era teimoso. Outro caso muito conhecido se refere a Habacuque. No início do capítulo primeiro o profeta se entristece mediante a injustiça que impera no meio

do seu povo e pergunta por que Deus não intervém: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não me salvarás?” (Hc 1.2). Já mais adiante, o questionamento é mais “cirúrgico” abordando a aparente passividade divina enquanto o ímpio destrói e humilha aquele que é justo (Hc 1.13). Mas, como pode o Senhor Soberano permitir que um homem o questione de forma tão direta? A resposta é simples e animadora: O questionamento de Habacuque, assim como de Moisés, foi originado em uma relação de profunda intimidade com Deus e protagonizado por alguém que buscava servir ao Senhor com inteireza de coração permitindo-se ser guiado em tudo pela direção divina.

- Apesar de não compreender inteiramente as obras soberanas de seu Deus justo, o profeta expressa fé e confiança absolutas. Ao descrever o caráter imutável de Deus como Ser eterno, soberano e santo, mostra-se convicto de que Judá não será inteiramente destruída (Jr 31.35-40; 33.23-26). Sob a mão fiel de Deus, entende que os caldeus estão a caminho para corrigir, e não para aniquilar. Apesar de suas expressões de fé e confiança, o profeta se encontra ainda mais perplexo e expressa o cerne do dilema seguinte de Habacuque: Se Deus é puro demais para contemplar o mal, como pode usar o ímpio para destruir alguém mais justo do que ele? Ao usar os caldeus, Deus não causará dano ainda maior ao seu caráter justo? Depois de ouvir as respostas de Deus, Habacuque orou a Deus, confessando sua fé nele. Ele lembrou da glória de Deus e de Seu grande poder, da forma como tinha destruído Seus inimigos quando tentavam fazer mal aos necessitados (3.13-14). Essas lembranças ajudaram Habacuque a ter esperança. Ele sabia que Deus iria responder e trazer salvação para Seu povo. Os problemas no presente não eram razão para desistir de Deus (3.17-18). A fé em Deus era a alegria de Habacuque. - A lição para o leitor de Habacuque é que é admissível questionar o que Deus está fazendo, embora isso deva ser feito com respeito e reverência. Às vezes não é evidente para nós o que está acontecendo, especialmente quando somos lançados em sofrimento por um período de tempo ou se parece que nossos inimigos estão prosperando enquanto estamos apenas sobrevivendo. O livro de Habacuque, entretanto, afirma que Deus é um Deus soberano e onipotente, que tem todas as coisas sob controle. Precisamos apenas nos aquietar e confiar que Ele está trabalhando. Ele é quem afirma ser e sempre cumpre Suas promessas. Ele punirá os perversos. Mesmo quando não podemos ver, Ele ainda está no trono do universo. Precisamos manter a seguinte realidade em foco: "O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente" (Habacuque 3:19). Permitir-nos andar altaneiramente é levar-nos aos mais altos lugares com Ele, onde nos distanciamos do mundo. Às vezes o caminho que temos que percorrer para chegar lá é através do sofrimento e da tristeza, mas se descansarmos e confiarmos Nele, alcançaremos o Seu objetivo para nós. (https://www.gotquestions.org/Portugues/Livro-de-Habacuque.html). 2. O poder da intercessão. Quando alguém se permite chegar na dimensão de intimidade com Deus alcançada por Habacuque, o questionamento passa a ser envolto em uma prática de intercessão pelos justos. Nesse sentido, o questionamento não é movido pela simples discordância, mas sim por uma série de sentimentos e virtudes que conhecemos bem, e que seriam, séculos mais tarde, muito bem explanados pelo apóstolo Paulo: Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Almejemos com intensidade vivermos essas virtudes que integram o fruto do Espírito (Gl 5.22). A intercessão é o ato de mediar em favor de alguém. Mediante essa prática, os intercessores também são alvos de bênçãos, veja: Aprofunda nossa intimidade com Deus (Sl 63.1-11); amplia a visão espiritual (Dn 9,20-23); intensifica a unidade e promove a bênção.

- Habacuque espera que o Deus realize novamente as obras poderosas que fez no passado, e tenha misericórdia do povo (3.2). Talvez estivesse se referindo aos atos extraordinários de Deus no êxodo do Egito (Êx 3-15). A maior parte da oração descreve ou relembra a peregrinação do povo pelo deserto (Nm 10.11-12) e a revelação de Deus no monte Sinai e ao longo da viagem pelo deserto. Deus se revelou ao povo de várias maneiras e fez o povo conhecer a sua lei (Dt 33.2, Jz 5.4-5, Sl 68.7-8). A presença de Deus era muitas vezes marcada por tremores (Êx 19.18, Sl 18.7, Jr 4.24-26).

Os fenômenos descritos relacionados à manifestação do poder de Deus, no trecho 3.7-15, são muito parecidos com os eventos ocorridos no êxodo do povo de Israel do Egito (Sl 77.16-20, Sl 114. 3-8). A conclusão da oração de Habacuque é uma reafirmação do profeta na confiança em Deus. Sua primeira reação ao contemplar todos os fatos é de incapacidade e tremor (3.16). Embora o existente caos econômico de sua nação decorrente da invasão e domínio do outra nação o profeta reafirma sua confiança em Deus (3.1-17-18) a exemplo do salmista (Sl 25.5, 69. 19-20), e reconhece e confia na capacitação proporcionada por Deus dá (3.19, Sl 18.33). 3. Um coração cheio de esperança. A sensibilidade de Habacuque nos impressiona. Se atentarmos para duas unidades temáticas, os primeiros dois capítulos e o último, perceberemos uma marcante diferença entre elas. Num primeiro momento, o profeta exprime um sofrimento devastador, a ponto de questionar Deus e chorar pelos justos que sofrerão no cativeiro. Mas, algo acontece. O Pai o responde e revela um grande segredo para a caminhada triunfante do crente: A fé (Hc 2.4). Habacuque, agora com essa mensagem bem gravada em sua mente, via o invisível (Hb 11.27) e estava pronto para um novo tempo de esperança. Ao início do terceiro capítulo as palavras são de esperança e paz. Alegremo-nos no Senhor, exultemos no Deus da nossa salvação (Hc 3.17-19).

- Para Habacuque Deus declara que o justo viverá pela fé. Fé que neste texto tem um sentido muito mais profundo do que o mero entendimento abstrato de uma confiança ou esperança numa ação futura e distante. Aliás, esta era a fé e o sentimento do profeta expresso em sua oração: "Até quando Senhor...?". E que é interpelada por Deus. Deus não aceita este tipo de fé que deixa o crente inerte e sem ação. Apenas olhando para cima e, espantado, aguardando uma resposta. A palavra utilizada neste texto para designar a verdadeira fé é (emunah), cujo sentido mais profundo é fidelidade (Habacuque 2. 4). Esta é a fé que mantém o servo(a) de Deus vivo. A fidelidade engloba a confiança, esperança, mas também exige a ação, atitudes concretas que determinam que verdadeiramente somos povo de Deus, independentemente da situação em que estamos. A esta resposta de Deus, e percebendo a sua situação e a situação de todo o povo, Habacuque faz a sua oração, intercedendo por si e por todos: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações e me sinto alarmado; aviva a tua obra (desperta o teu povo), ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida..." (Habacuque 3. 2). A oração de Habacuque ecoa em toda a Palavra de Deus, ela é um apelo para um verdadeiro despertamento na vida de todos(as) para a realidade de Deus e de sua justiça. (https://metodista.br/faculdade-de-teologia/ex-alunos/paradoxos-de-um-mundo-sem-deus). CONCLUSÃO A intercessão tem um grande valor e Deus inclina-se para ouvir quem clama. Na intercessão as portas são abertas, a sede é saciada, o milagre acontece e, tanto quem intercede quanto aquele que é contemplado pela intercessão são abençoados pelo Senhor. Foi através da intercessão que o profeta presenciou o caos se transformar e esperança. Intercedendo, Habacuque sentiu o medo se transformar em paz diante do Deus que promove nos seus filhos a certeza da salvação. Regozijemo-nos nEle.

- No diálogo entre Habacuque e Deus e as respostas de Deus às inquietações de Habacuque em relação à situação vigente e iminência de dias mais difíceis de cativos junto a outro povo dominador, Habacuque não entende como Deus permite que ocorra tanto caos na sociedade da época e até a distorção da justiça (1.1-4). Nada fazia sentido. O profeta fica ainda mais perplexo quando Deus afirma que levantará um povo para dar uma “lição” ao povo de judeu (1.12-13). Este povo “caldeu” ou “babilônico” nos olhos de Habacuque era mais injusto que o povo judeu. Sua inquietação era como Deus sendo justo como poderia tolerar tanta injustiça e maldade por estes povos opressores (1.13). A resposta de Deus ao profeta deixa claro que o povo injusto e dominador será destruído e não terá sucesso no final. “O justo viverá pela fé” (2.4). A palavra original em hebraico expressa um conceito de lealdade, fidelidade e confiança. A vida é prometida aos justos que permanecem

firmes e fiéis aos ensinos de Deus. A mesma ideia de expressa pelo apóstolo Paulo no Novo Testamento (Rm 1.17, 5.1-2, Gl 3.11. HORA DA REVISÃO • Conforme nossos estudos, o que significa hamas? Violência extrema e desmedida. • O que a Igreja deve fazer diante da iniquidade do mundo atual? Deve anunciar o Reino de Deus e a salvação em Cristo! • Qual a mensagem de Deus que mudou a percepção de Habacuque com relação ao sofrimento que estava por vir? A mensagem de que o justo viverá pela sua fé! • O que levou Deus a permitir que Habacuque o questionasse? O fato de o profeta ter intimidade com Deus e profundo sentimento pelas pessoas justas que estavam sofrendo. • O que é intercessão? É o ato de interceder por alguém, ou seja, pedir algo que essa pessoa necessite muito a Deus (no caso do nosso estudo).

1º Trim 21 | Lição 8 | HABACUQUE A INTERCESSÃO DE UM HOMEM CHEIO DE ESPERANÇA| Pb Francisco Barbosa
JOVENS - 1 Tri 21 - Licao 8 - HABACUQUE A INTERCESSÃO DE UM HOMEM CHEIO DE ESPERANÇA

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