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Crase A (preposição) + A ou AS (artigo feminino) Um pouco de atenção basta, pois a regra é objetiva: não se usa crase antes de palavras que não vêm precedidas do artigo definido feminino “a”, como é o caso dos substantivos masculinos, infinitivos de verbos e pronomes. Em alguns casos, o uso é facultativo, por exemplo: antes de pronomes possessivos femininos, depois da preposição “até” e antes de nomes próprios femininos (de pessoas). Veja alguns exemplos: Uso obrigatório: Sua tarefa do dia era ir à escola. - A regência do verbo IR exige a preposição A. Dessa forma, ao utilizar esse verbo, em qualquer de suas formas, é necessário respeitar essa regra. No caso acima, a preposição junta-se ao substantivo feminino ESCOLA, que é precedido pelo artigo A. A junção da preposição A e do artigo A tornam necessário o uso da crase. Ele saiu à francesa. - Quando a frase se refere ao MODO ou Maneira como algo é feito, utiliza-se a crase. Ele saiu à (moda/maneira) francesa.
Uso facultativo: Desejei boa viagem à (a) minha prima. - A crase é facultativa antes de PRONOMES PESSOAIS FEMININOS. Por quê? No caso em questão, tem-se o verbo desejar. OBSERVE QUE A REGÊNCIA DO VERBO É TRANSITIVA DIRETA E INDIRETA, ou seja, quem deseja, deseja ALGO (objeto direto) A alguém (objeto indireto). A pessoa a quem se deseja boa viagem é MINHA PRIMA, a quem posso me referir sem artigo (minha prima) ou com (a minha prima). Uso indevido: Boa tarde à todos. - Tem-se, no exemplo, o uso indevido da crase, uma vez que o pronome TODOS não é feminino e, mesmo que fosse feminino, não poderia ser antecedido do artigo A(s). Os problemas socias do país se intensificaram à partir da crise financeira provocada pela pandemia. - PARTIR é verbo no infinitivo, portanto jamais seria antecedido pelo artigo A. Se não há artigo, a expressão conta apenas com a PREPOSIÇÃO A, não justificando o uso da crase. Exercícios 1)Dadas as afirmações: 1- Tudo correu as mil maravilhas. 2 – Caminhamos rente a parede. 3 – Ele jamais foi a festas. Verificamos que o uso do acento indicador da crase no “a” é obrigatório: a) apenas na sentença nº 1
b) apenas na sentença nº 2 c) apenas nas sentenças nºs 1 e 2 d) em todas as sentenças 2)Preencha as lacunas empregando os termos que melhor se adequarem, levando em consideração a norma padrão da linguagem: a – Estou ------- procura de alguns amigos de infância que não vejo há anos. b – Voltei----------colégio depois de ter passado por tantas privações. c - Gostei muito do frango --------milanesa que degustamos hoje no almoço. d – Quando vamos --------fazenda, adoro andar -------cavalo e -------pé. Essa atividade é uma ótima alternativa para aliviar ---------tensões. e – Os sapatos ---------moda Luís XV fizeram parte do passado de muitas mulheres.
Ao adentrar em uma empresa, Paulo deparou-se com um cartaz, no qual havia os seguintes dizeres: Proibida à entrada de funcionários por este local. Dirija-se a direita e seja bem-vindo! À Direção Corrija os desvios relativos ao uso da crase no cartaz acima.
Gabarito dos exercícios sobre crase: 1) Letra C É obrigatório o uso nas frases 1 e 2: - às mil maravilhas Justificativa: Trata-se da maneira como ocorreu o fato. - rente à parede Justificativa: junção da preposição A (rente A algo) e do artigo A, relativo ao substantivo parede. - Não há crase na terceira frase, pois só a preposição A é usada na regência do verbo IR no caso, flexionado no pretérito perfeito FOI). O vocábulo FESTAS é usado de forma genérica, como em “Não gosto de festas”, não havendo, portanto a utilização de um artigo feminino que justifique o uso da crase. No entanto, se houvesse especificação de quais festas, como em “as festas de fim de ano”, a crase seria necessária, pois teríamos Não foi A (regência do verbo IR) + AS festas de fim de ano, o que resultaria em Não foi ÀS festas de fim de ano. 2) a) Estou à procura: Caso o verbo procurar estivesse no infinitivo (procurar), não haveria crase, pois ela não existe antes de verbos não flexionados. Porém, na frase o verbo PROCURAR foi nominalizado, tornando-se o substantivo feminino PROCURA, que exige o artigo A. b) Voltei AO colégio: Obviamente, não há o uso da crase por “colégio” ser um substantivo MASCULINO. c) Gostei muito do frango à milanesa: à moda/à maneira milanesa
d) Quando vamos à fazenda, adoro andar a cavalo e a pé. Essa atividade é uma ótima alternativa para aliviar as tensões. - Verbo ir A + substantivo feminino A fazenda - andar A cavalo: cavalo é substantivo masculino - andar A pé: pé é substantivo masculino. - aliviar AS tensões: o verbo aliviar é transitivo direto, não necessitando da preposição A em sua regência. e) À moda Luís XV: moda/maneira exige crase. 3) Proibida A entrada: só há o artigo A relativo ao substantivo feminino entrada, não havendo junção com uma preposição e, portanto não justificando o uso de crase. Dirija-se À direita: Quem se dirige, dirige-se A algum lugar + direita, substantivo feminino. A direção: apenas o artigo que antecede o substantivo feminino.
Como usar a vírgula: 15 regras que você precisa saber Fonte: www.coc.br A vírgula, a exemplo de outras pontuações, exerce 3 funções principais na linguagem escrita: 1ª: representar uma pausa ou uma mudança na entonação; 2ª: separar palavras ou orações que precisam de destaque; 3ª: eliminar ambiguidades e esclarecer o conteúdo da frase. A partir disso, é possível imaginar algumas situações em que é imprescindível empregar a vírgula, bem como outras em que ela não deve ser usada. Para te ajudar, nós enumeramos quinze casos principais. Confira! Quando usar a vírgula 1- Separar elementos com a mesma função sintática Substantivos do sujeito composto: João, Márcio, Lucas e Luciano foram ao cinema juntos. Enumerações e listas: Fui ao mercado e comprei pão, ovos, açúcar e leite. Aonde você viajou nas férias? Holanda, Espanha, França e Inglaterra. Orações assindéticas:
Marcela chegou, Carlos saiu, Marcela voltou e assim não se encontraram. Eles andaram, pararam, se sentaram e saíram novamente. 2- Separar orações intercaladas A vírgula pode ser usada para separar orações que se intercalam dentro de uma oração principal. Veja: O jogo de hoje, disse o treinador, é uma verdadeira decisão. A saída, pontuou o presidente, é investir na base da educação. 3- Separar orações adjetivas explicativas Coloca-se a vírgula antes e após a oração subordinada adjetiva explicativa, como: Manoel, que trabalha com o papai, ligou ontem à noite. Meu amigo Lucas, aquele que mora em Santos, vai se mudar para o Chile. 4 - Separar expressões explicativas São utilizadas para ratificar ou explicar algo dito anteriormente, juntamente com expressões como isto é, ou seja, por exemplo, a meu ver. Por isso, elas aparecem entre vírgulas. Veja os exemplos: A Holanda, por exemplo, é um local onde a maioria da população fala inglês. O time não se preparou adequadamente, isto é, não estava se importando muito com o jogo. 5 - Separar conjunções A vírgula deve ser colocada antes de conjunções adversativas, como mas, todavia, porém, entretanto. Confira: Eu fui à festa, mas não o vi. Nós não viajaremos semana que vem, porém eu queria muito ir. O mesmo vale para conjunções conclusivas, como logo, por isso, então. Veja: Eu cheguei e não vi nada, por isso fui embora. Para mim não foi nada demais, então não ficarei chateado. Contudo, quando as conjunções forem deslocadas na frase, devem ficar entre vírgulas, como em: Ele sempre gostou de trabalhar lá. Nunca foi, porém, valorizado.
Maria não se adaptou à escola. Não ficou, por isso, o restante do ano letivo. 6 - Isolar o vocativo A vírgula é colocada após o vocativo (termo utilizado para evocar o interlocutor). Veja: Carlos, pegue a caneta para mim. Alunos, ouçam o que tenho a dizer. 7 - Isolar o aposto A vírgula é colocada antes e após o aposto (termo utilizado para tecer explicações ou definições sobre um substantivo da frase). Veja: Matheus, o professor de química, me mandou e-mail ontem. João, o seu amigo, me adicionou no Facebook. 8 - Isolar datas A vírgula é colocada após o substantivo que indica o local, como: São Paulo, 3 de janeiro de 1996. Já nos casos em que precisamos isolar o número de um endereço, usa-se a vírgula antes dos algarismos, como: Rua dos Jacarandás, 345. 9 - Marcar zeugma Zeugma é um tipo de elipse utilizado para não se repetir termos de uma oração. Para indicá-la é preciso utilizar uma vírgula no lugar do termo não repetido, como no exemplo: Eu gosto de futebol; Maria, de vôlei. No exemplo anterior, a oração omite o verbo “gostar”. Para marcar tal ação, utiliza-se a vírgula. 10 - Separar as orações subordinadas adverbiais Pode-se empregar a vírgula para separar orações subordinadas adverbiais, como causais, condicionais, temporais e concessivas. Veja: Ele foi demitido, porque nunca se dedicou muito ao trabalho. Maria só vai viajar, quando a casa ficar pronta. A mesma regra vale com as orações reduzidas, como: O ladrão chegou à noite, assustando os moradores.
Porém, o uso quando a oração subordinada vem depois da principal não é o mais comum. 11 - Separar as orações subordinadas adverbiais deslocadas Deve-se usar a vírgula após as orações subordinadas deslocadas, tanto desenvolvidas quanto reduzidas. Confira: Quando o prazo for encerrado, ninguém mais poderá se inscrever. Encerrado o prazo, ninguém mais poderá se inscrever. 12 - Separar adjuntos adverbiais deslocados Deve-se usar a vírgula para separar os adjuntos adverbiais dos mais diversos tipos. Veja: Quem diria que, aos poucos, eles mudariam seus hábitos. Depois de assistir ao filme, fomos comer. Porém, quando o adjunto adverbial tiver menos de quatro palavras, pode-se omitir a vírgula, como: Dentro de casa eles mal se viam. 13 - Separar termos que desejamos destacar Emprega-se a vírgula quando você usar algum objeto pleonástico antes do verbo, como: Aos pais, nada lhes foi solicitado. O salário, o patrão se recusava a pagá-lo. Quando não usar a vírgula Fique atento para não usar a vírgula em alguns casos específicos! Afinal, estes usos incorretos podem até resultar em uma redução da nota da redação no vestibular, por exemplo. Veja: 1 - Não separar o sujeito do predicado A vírgula nunca deve separar o sujeito do predicado. Quando há apenas um substantivo simples no sujeito, isso fica mais fácil de se aplicar, como: João saiu de casa à meia noite. (Correto) João, saiu de casa à meia noite. (Incorreto) Quando há outros nomes com o sujeito é possível se confundir e pensar que se deve empregar a vírgula, mas isso continua incorreto. Veja: Jogadores de várias nacionalidades atuaram pelo mesmo time. (Correto) Jogadores de várias nacionalidades, atuaram pelo mesmo time. (Incorreto)
2 - Não separar o verbo do complemento A mesma lógica se aplica ao verbo e seus complementos - tanto diretos quanto indiretos -, como: João pediu a Maria que fosse visitá-lo. (Correto) João pediu, a Maria, que fosse visitá-lo. (Incorreto) Eu entreguei o documento a ele. (Correto) Eu entreguei o documento, a ele. (Incorreto) Mesmo que a ordem dos objetos seja invertida, você não deve usar a vírgula. Veja: Marcela emprestou para seu primo o computador. (Correto) Marcela emprestou, para seu primo, o computador. (Incorreto) Marcela emprestou para seu primo, o computador. (Incorreto) É muito importante se concentrar e usar corretamente a vírgula. Porém, para aprender de fato todas as regras relacionadas ao uso desse sinal de pontuação, é preciso estudar atentamente cada um desses itens e praticar bastante, lendo livros e escrevendo redações.