O QUE OS OLHOS NÃO VEEM

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KAMYLA LIMA

S O E U OQ O Ã N S OLHO VEEM MINHA JORNADA ENTRE CAOS, ROMANCE E POESIA

Dedicatória Esta obra é dedicada a todas as almas que um dia perderam sua luz. Que você tenha disposição para correr o risco e coragem para enfrentar seus medos.

Poesi-fique comigo

Andando sobre a lua Observando as estrelas Só quero você comigo Que noite sem fim Parece mais um tormento Sem você aqui Tudo é escuro Estou ao relento Já faz um ano E essa dor ainda mora aqui

Tenho medo de olhar o futuro Por conta dos erros do passado É tudo muito arriscado Mortes e destruição Caos e ingratidão Dinheiro é o vício da nação Tudo é tão terrível É preciso parar Talvez Confúcio tenha razão Se queres prever o futuro Estuda o passado

Te amar foi como um grito no vazio: Intenso e solitário

Pelas ruas e calçadas Entre vitrines e botecos Luzes e pessoas Ando de mãos dadas com a solidão Qual o preço da angústia que mora em meu peito Comparado à tristeza do vazio em meu coração?

Multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões multidões Coisas que sinto falta

Oh meu bem Então me diz O que eu faço com a tristeza Que insiste em me lembrar Que tu não és mais parte de mim?

Amor Só preciso Dançar contigo Uma última vez Essa canção Que somente você sabe dançar Não tenha medo Te esperarei até O sol nascer E as garrafas caídas no chão Me entregarem Ainda te amo

É uma longa jornada até aceitarmos de fato quem somos, nossas imperfeições, nossos traumas, nossos medos... Não desista, você está quase lá

Aqui, sentada À margem da vida Me sinto como uma criança Observando as estrelas numa noite perdida Talvez o que importe não seja o final Nem o início E sim o meio que prende os dois

Até onde vai Seu amor pelo próximo? E seu sofrimento? Olhe para o lado Pessoas estão morrendo E o que fazemos sobre isso É pouco Solidão teremos Se não pensarmos de novo

O que eu deixarei às gerações futuras? Um emaranhado de memórias Ou talvez algumas pinturas Uma vida inteira guardada Em pedaços de caixas vazias Todo legado de minha vida Meus princípios, minha rotina E tudo que amei? E tudo que fiz? Ja não importa mais Diante do caos que transmiti E quando a saudade chegar Bater de frente e findar Suas dolorosas garras E seu coração arrancar Não se preocupe meu bem Estarei contigo aqui Pois mesmo do além Ainda vou te amar

Qual a essência da dor Se não a vida?

Índia dos olhos castanhos, Me apaixonei por ti Como a brisa se apaixona pelas ondas do mar Tu és amor, Tu és canção, Somente tu és a dona do meu coração Mãe, Sou apenas parte da sua história Mas tu és toda minha vida

Texto dedicado à minha mãe Luzia

A sua presença constante O olhar, às vezes, distante Me fazem te admirar Nos seus braços encontro o mundo Me faz esquecer de tudo E as dores que ele me dá Você foi meu primeiro amigo Desvaneio preferido Meu exemplo de amor

Texto dedicado ao meu pai José Carlos

Eu sei que te amei, amei muito, amei tanto que não há forma mais fácil (e dolorosa) de explicar o que é tristeza do que quando eu passo a mão entre os lençóis e não te sinto

Pelas janelas de vidro Observo minha vida indo embora Dessa vez era nítido Do lado de fora Talvez fosse incerto Mas era tudo mais calmo Menos correto Mais infeliz E o que eu perdi Foi por um triz Escorreu entre meus dedos Não acredito no que fiz Agora pensando Estou no fundo do poço Ninguém me ouve Não posso sair daqui Oh meu Deus Como me arrependo Estou ao relento O dia depois que eu morri

Quero ser luz Daquelas brilhantes Que não apagam por nada Quero dar amor A quem precisar dele Brilhar como o sol Numa manhã de verão Acima de tudo Quero fazer diferença no mundo

E mesmo depois de anos Eu ainda te procuro Nos bares Nos cigarros No meu coração Talvez um dia eu te encontre

Tempo É o vento que incansavelmente Bate na janela E ninguém percebe É a passagem Que não podemos reverter É a volta Que num piscar de olhos O mundo já deu É o desespero de quem já viveu Ah, o tempo Com um estalar de dedos Já passou E nada podemos fazer Vidas se perdem Outras se ganham Algumas até Renascem das cinzas Mas não é suficiente Eu preciso de tempo Tempo pra me conhecer Tempo pra amar Tempo pra partir Tempo pra viver Tempo É o que passamos A vida inteira Procurando ter Até um dia perceber Que tudo foi em vão Porque tempo É o que não temos

Não tem nada mais triste que o amor que acaba O corpo chora A alma invalida O vazio toma conta É quase uma morte

A paixão é uma névoa passageira Brisa suave que hipnotiza os olhos E esconde sua verdadeira face Derramada como sangue sobre os lençóis Impura, ruim

Você me ama? Não pergunto por insignificância Ou força do hábito Aqui dentro está um caos E ter você foi tudo o que me restou Mas preciso saber de você Se o sentimento for recíproco Ficaremos juntos Mas caso contrário Eu preciso ir embora Por isso Eu imploro Me liberta da loucura da duvida E responda de uma vez Você me ama?

Fechei as portas e janelas Na esperança que você voltaria Morri sozinha

No domingo te conheci Na segunda me apaixonei por ti Na terça falei de ti Na quarta me arrependi Na quinta vi você partir Na sexta eu sofri No sábado eu te esqueci - amor de uma semana

Pirei tentando descobrir Onde foi que eu errei Quando você me deixou Sequei garrafas Sofri em bares lotados E quanto aos cigarros Ja foram dezesseis Nada disso te trouxe de volta

Se o amor é questão de coragem Eu quero me arriscar Quero cair num sono profundo E acordar ao seu lado Poder viver uma vida feliz Sem ter medo do fim Pois com você Sei que ele jamais chegará

Eu quero alguém Que fique pra sempre E que não tenha medo De esconder o que sente Eu quero alguém Que deite em meu peito E me ame de todos os jeitos Numa tarde de domingo Eu quero alguém Que me transmita paz Que me queira sempre mais Até nossas vidas chegarem ao fim

Me perdi Nas entrelinhas do seu sorriso Nos seus braços Encontrei abrigo Foi como estar no paraíso E eu que nunca fui fã de romance Encontrei amor Em você

Seu amor foi pior que vício Ao menos as drogas Não me abandonaram Mesmo depois do fim

Não me fale de sentimentos Que daqui não consigo ouvir Desculpe se te entristece É que ter seu corpo sobre o meu Foi sempre mais prazeroso Que falar sobre sentimentos

E vamos falar de corpos, corpos cansados, choram com corações calejados, caídos, cortados, com canivetes cravados, crescem complexados, corpos corretos, consolados com cuidado, carentes, confiantes, ciência centrípeta, contados como coelhos, composições cuidadosamente censuradas, caixas centralizadas com carinho, cuidado! caixas centralidas com combinações caóticas, caretices compostas, cínico contorcionismo civil, críticos como comediantes, corpos calados, conturbados, cansados choram canções contidas, correndo contra calamidades complexas, colados com corações construídos com carência, corpos consevados, corpos cativantes, corpos consumidos, corpos criticados, corpos, corpos, corpos, comparados com coisas comuns, colecionáveis como carrinhos, cansados corpos censurados, criados como criaturas cruéis, comunidades consomem corpos clementes, contidos com choro, cruel corpo correto

Qualquer lugar que você cria raízes Dói ter que arranca-las Mas é melhor cortar a árvore Que deixa-la podre

Sinto Que a luz está se apagando Tô chegando ao fim E nem sei o que isso significa ainda

Cansada Repouso sobre as nuvens Tocando meus olhos na imensidão azul Vejo um belo riacho Com areia e rochas Barquinhos e pescadores E admirando os sonhos mais lindos Faço esse pequeno poema Pra gravar pra sempre A minha breve visita ao paraíso

A gente sabe O que é melhor pra gente Mesmo que nossos corpos Gritem um pelo outro Ainda que passem anos E a saudade faça morada A gente sabe Que não era pra ser O amor é complicado demais

São os sonhos que fazem a gente viver Sem eles somos meros mortais Num mundinho merda

Diz que quer ver minha alma Antes de nossos corpos tocarem Mal sabe ele que minha alma pode ser vista Entre os poros da minha súbita carne

Espero um futuro Banhado por rosas Que não seja duro Que a fome vá embora Espero que a vida Fique mais fácil Pois ser forte não consigo mais

Eu quero sentir seu amor Desvendar com você Os segredos da vida Quero ser o seu cais Partilhar sempre mais Fechar suas feridas Quando seus olhos tocarem os meus Prometa me amar Sem medo, menino vem cá Liberta meu ser De toda essa solidão

Eu tô sozinha E de vazio eu entendo bem Ainda te procuro pela casa Pelos corredores e fotografias Na esperança de que você volte A qualquer instante

Não vou implorar pra você ficar Mesmo assim te carrego no peito

A você Sim, você Obrigada caro leitor amigo Por chegar até aqui comigo Esses textos Sobre amor e seus perigos Foram meu caos e minha salvação Todas essas linhas Foram verdadeiras Aqui deixo gravado Minha redenção Se eu parar de respirar Esse poema foi um adeus

Agradecimentos Gostaria de agradecer ao meu pai José Carlos e minha mãe Luzia que sempre me apoiaram e construíram meus valores para me tornar quem sou hoje. Muitos dizem que tenho sorte. Acredito que tenho bons amigos. Sem eles, nada seria possível. Pyetra Pelisson e Ilan Camurssi vocês me acompanharam nessa jornada e me deram forças para continuar nela mesmo quando eu achei que seria meu fim. Meus queridos pais e amigos, este livro é tão meu quanto de vocês. Não há palavras que possa explicar minha gratidão. Meu eterno OBRIGADO

Sobre a autora Meu nome é Kamyla Garcia Lima, nasci em maio de 2003 na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Me interessei por poesias a partir dos 12 anos e aos 15 comecei a escrever. No final de 2019 tomei coragem e criei uma conta no Instagram para postar meus textos. Hoje em dia ela tem pouco mais de 700 seguidores. A poesia me salvou da depressão e do suicídio, espero que eu possa salvar outras almas também.

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@kamylalimak @meuallstarazul

(conta pessoal) (galeria de poesias)

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou usada de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópias, gravações ou sistema de armazenamento em banco de dados, sem permissão da autora, exeto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas ou artigos de revistas.
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