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CENTRO DE ENSINO VICENTE YÁÑEZ PINZÓN DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSORA: ADRIANA ALUNO: PEDRO LUCAS SOUZA MORAES SÉRIE: 2 B ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO 2º ANO 1ª ATIVIDADE CAPÍTULO 2 (ROMANTISMO NO BRASIL) LER E FAZER UMA SÍNTESE DO CAPÍTULO (PRINCIPAIS IDEIAS DO TEXTO). O romantismo foi um dos principais movimentos de arte do século 19, o romantismo brasileiro é considerado um dos principais Marcos da literatura em nosso país. Uma das razões para isso é a importância da estética romântica para o momento histórico em que essa arte está inserida no Brasil: a chegada da família real é a reclassificação do território nacional, deixando de ser uma colônia de exploração e devorante, passando a institular se Reino Unido a Portugal. algum dos principais autores do romantismo brasileiro São José de Alencar, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Castro Alves. O principal fato histórico que permeia o romantismo no Brasil é a chegada da família real portuguesa, em 1808, nesse período o país deixou oficialmente de ser uma colônia de exploração e passou a ser a sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves . As principais características da literatura romântica no Brasil são rompimento com a tradição clássica, amor platônico e idealismo, a idealização da mulher, subjetivismo e egocentrismo, sentimentalismo exacerbado e entre outros. As características da primeira geração romântica é o nacionalismo e o idealismo, nesse sentido, o indianismo, expressa uma das buscas ao temas nacionais, visto que o Brasil havia conquistar sua independência pouco antes, em 1822. 2ª ATIVIDADE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL (TEXTO: A ÚLTIMA CRÔNICA-FERNANDO SABINO) 3ª ATIVIDADE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL (JOÃO E MARIA ATUALIZADO-CAMILA AMIZADAI)
A última crônica A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos
e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. Fernando Sabino 1.Identifique: Foco narrativo: 1° pessoa; narrador-personagem. Cenário: um botequim na Gávea Tempo: a duração é o tempo do narrador tomar um café. Personagens principais: narrador; família ( pai, mãe e filha ) 2.Qual a profissão do narrador? Retire um trecho do texto que justifique sua resposta. Escritor. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca de pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. 3..Ele conta que entrou no botequim para tomar um café. Mas qual era o real motivo?
Ele
estava
sem
ideia
pra
escrever
uma
crônica,
adiava
o
momento.
4..Releia o trecho “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade.”, a) Quem são esses “três esquivos”? Um homem, uma mulher e a filha, uma família simples e pobre. b) O que eles estão fazendo ali? Queriam comemorar o aniversário da menina 5. Observe o início do 2º parágrafo. a) Que termo usado pelo narrador tem um tom pejorativo? Pretos. b)O casal senta-se no fundo do botequim. Qual seria o motivo? Talvez porquê eram pessoas muito simples. 6.No texto “A última crônica” há ideia de discriminação? De que tipo? Escreva um comentário sobre seu ponto de vista. 7.Reescreva o trecho que mostra a pobreza das personagens. 8.Que sentimentos indicam o uso de diminutivos (arrumadinha, negrinha, menininha, fitinha) ao se referir à menina? De comoção e dó. 9.No desfecho, o que sente o narrador quando o pai sorri para ele? Se sentiu muito feliz e proferiu que a sua última crônica fosse pura como aquele sorriso 10.Qual das alternativas melhor define o tema dessa crônica: ( ) Botequim não é lugar para festas de crianças. ( ) O preconceito racial e social. ( X ) Uma família humilde, mas que não deixa a dura realidade da pobreza afetar o amor, o carinho familiar. ( ) As grandes dificuldades para se escrever uma crônica.
JOÃO E MARIA ATUALIZADO Era uma vez, duas crianças: uma se chamava João e a outra Maria. João era um menino calmo, gostava de música, de brincar ao ar livre e preferia um sanduíche natural a uma pizza. Maria era uma menina levada, muito bagunceira que gostava de TV, jogos de videogame, computadores e preferia mil vezes pizza a um alimento saudável. Num belo dia de Sol, resolveram fugir para a floresta em busca de grandes aventuras... Então fugiram. Para não se perderem, jogaram latinhas de refrigerante pelo caminho. Porém, eles não sabiam que, uma vez a cada dois meses, a prefeitura mandava dois funcionários limparem a floresta, e foi justamente naquele dia que ocorreu a limpeza. Na hora de voltar, estavam muito decepcionados, pois não acharam nenhuma aventura e perceberam que as latinhas não estavam mais lá. Ficaram desesperados! Quanto mais andavam, mais perdidos ficavam.
Depois de andar muito, acharam uma casinha. Maria bateu na porta e logo um moço muito mal encarado abriu e disse para eles entrarem. Maria pediu que ele esperasse só um pouco. A menina cochichou baixinho no ouvido do irmão: - Não gostei nada, nada dele! Você já o viu em algum lugar? João pensou um pouco e então se lembrou de que já tinha visto uma reportagem no Datena sobre um sujeito parecido com aquele. Todos os meios de comunicação diziam que ele se tratava de um pedófilo. Maria então notou que havia trazido o antigo celular do pai para o caso de se perderem. Tentou ligar para a polícia, só que ali não havia sinal. Começou a ficar desesperada. Afastou-se rapidamente da casa a procura de sinal. O homem voltou a insistir que eles entrassem. Foi então que o perigoso homem percebeu que as crianças não estavam mais lá. Suspeitou que elas pudessem ter descoberto que ele estava ali pra se esconder. Bem longe dali, a menina conseguiu sinal e ligou para a polícia que chegou ao local alguns minutos depois e prendeu o criminoso. Eles voltaram para a casa e foram castigados pelos seus pais. João ficou sem sanduíche por um mês e Maria não pode jogar no seu XBOX ONE pelo mesmo período e nunca se esqueceram do grande perigo que passaram por nada. (Camila Amizadai, disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/contos-infantis/3796442)
1. De acordo com o texto, João e Maria fugiram para a floresta porque: a) b) c) d)
Precisavam encontrar com os pais. Estavam a procura de comida. Buscavam aventura para se divertir. ( X ) Procuravam por um criminoso fugitivo. 2. Pode-se afirmar que esse texto é um (a):
a) b) c) d)
Poema Conto ( X ) Notícia Carta 3. Sobre o texto acima, assinale a única alternativa CORRETA:
a) b) c) d)
Esse texto não é literário, porque não se trata de uma ficção. Esse texto não é literário, já que não apresenta uma escrita criativa. Esse texto é literário, pois se trata de uma história ficcional, além de ser um conto. ( X ) Esse texto é literário, visto que aborda uma história verdadeira, além de se tratar de uma notícia. 4. Pode-se entender desse texto que:
a) b) c) d)
A história se passa nos dias de hoje.( X ) João e Maria prenderam o criminoso. A prefeitura dificilmente manda limpar a floresta. João e Maria são crianças ingênuas. 5. No trecho: “[...] pois não acharam nenhuma aventura e perceberam que as latinhas não estavam mais lá.” A palavra destacada refere-se dentro do texto: a) ao caminho ( X ) b) à prefeitura c) a casinha do homem d) ao quarto de João e Maria