Role Play vol. 2 (revisado) - Katana Collins

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TRADUÇÃO: IRIS REVISÃO INICIAL: FRAN REVISÃO FINAL: JESSICA F LEITURA FINAL: REJANI CONFERENCIA: JANAINA,FRANCINE, IRIS & LORELAI FORMATAÇÃO: IRIS

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... pelo menos, é o que todo mundo me diz. Mas quando estou com Ash? Não só dói ... mas eu imploro por mais. é o bad boy da lista A dos diretores de Hollywood. Eu sou a figurinista desconhecida que mais trabalha em Hollywood, começando no setor. Uma ninguém ... mas eu sou uma ninguém com um grande segredo. de anos eu pensei que ele seria meu chefe. de anos eu achei que aprenderia sobre o homem debaixo do personagem. de anos eu achei que me apaixonaria por ele. ... mas quando estou com Ash, me sinto vista. Eu me sinto ouvida. Eu sou alguém. Mesmo que tudo seja apenas encenação.

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CAPÍTULO UM

Ash Nasci sendo destemido. Sempre arriscando, saí do útero tão rápido que o médico mal me pegou quando saí da vagina da minha mãe, Evel Knievel. Dispensável seria dizer que pouca coisa me sacode na vida. Não quando desafiei o maior garoto da quinta série para uma luta de braço. Não quando fui pego colando nos exames finais. Inferno, eu nem estava abalado quando minha irmã me flagrou no banheiro no ato da masturbação enquanto folheava sua revista Seventeen1. Então, por que diabos eu estava suando como um porco em uma fábrica de bacon na primeira semana dirigindo meu primeiro grande filme? Corri pelos corredores da Silhouette Studios, o suor saindo pelos meus poros e escorrendo pelo meu rosto. O fone de ouvido que cobria meus ouvidos batendo na minha mandíbula a cada passo pesado, e a prancheta debaixo do meu braço estava ficando rapidamente molhada. Nós tínhamos apenas uma semana para filmando este set, e eu já estava nervoso. Brevemente apertei meus olhos, tomando fôlego. Não, eu disse a mim mesmo. Eu tenho isso. No segundo em que começar a duvidar, começarei a acreditar nos sussurros da

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Seventeen é uma revista americana para adolescentes.

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insegurança e do pessimismo, e Hollywood me engoliria inteiro. Com o celular estava praticamente colado na palma da minha mão, eu estava constantemente checando atualizações e me comunicando com os executivos. Ao meu redor, as luzes estavam acesas e mais quentes que o maldito sol de Los Angeles na praia. Este filme é meu bebê. Eu já havia dirigido pelo menos uma dúzia de filmes na minha carreira, mas nenhum como esse. Meu roteiro consistia em comediantes da faculdade ficando alto e fazendo coisas estúpidas. Este é diferente. Eu sabia disso desde o momento em que ele pousou na minha mesa, no momento em que abri a primeira página. Uma introspecção BDSM que me representa. Minha torção, meu estilo de vida. Eu tinha que fazer justiça. Não só pelo bem da minha comunidade, mas por mim. Esse filme? Poderia fazer minha carreira se eu fizesse certo. — Se você conseguir manter seu pau nas calças. — meu chefe e o presidente da Silhouette Studios, Richard Blair, brincaram. Aquela voz estrondosa ressoou na minha cabeça como um tambor. Ok, sim. Eu tinha uma reputação... mas não era tão ruim assim, era? Às vezes tenho encontros a moda antiga... conheço uma garota em uma festa, vou à casa dela, faço sexo baunilha. Às vezes, encontro uma submissa no LnS ou faço o percurso profissional, uma submissa de carreira. Eu apenas gosto de sexo. Não importa o que aconteça comigo... mas se eu for honesto, prefiro ser um Dom. Deixando marcas na pele e ouvindo gritos, tentando descobrir quais são os gritos de dor e quais são os gritos de prazer. Mas de acordo com Richard e Jude, o jeito que eu estava fodendo em Hollywood tinha que parar. Rich quase surtou quando soube que eu havia me envolvido com nossa figurinista em uma festa, acho que o nome dela era Callie. Ou

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foi Katie? Merda. Em minha defesa, eu a conheci antes do filme estar em pré-produção e eu não tinha ideia de que estaríamos trabalhando juntos. — Ash, eu preciso ver você no meu escritório. — A voz de Richard explodiu dentro do meu fone de ouvido. Meus olhos se ajustaram aos números azuis iluminados no meu telefone. Já eram oito e meia da manhã? Eu precisava encontrar a minha liderança. Eu estava de pé desde as quatro e no set desde as cinco da manhã quase todos os dias desta semana. Nós não estávamos filmando apenas hoje e amanhã, mas também estávamos nos preparando para as filmagens de domingo a cena mais sexy do filme. Quando eu terminar, Jude e Marlena entrarão na história das cenas de sexo como Sharon Stone e Michael Douglas. Domingo seria gravado com o set fechado para garantir que Jude e Marlena estivessem confortáveis. Precisava sair absolutamente perfeito. Inferno, se eu estivesse sendo honesto, eu precisava que todos os dias fossem perfeitos, mas se eu tivesse que escolher apenas um dia fora do cronograma de três meses para ir bem? Seria domingo. Se esse filme rendesse à Silhouette Studios uma indicação ao Oscar, Richard teria que me contratar para outros filmes mais sérios. Mesmo com meu melhor amigo, Jude, do meu lado, eu só consegui dirigir como assistente dos filmes sérios, sendo examinado várias e várias vezes. Até agora. Eu apertei o botão de borracha no meu fone de ouvido. — Claro, Rich. Eu estarei aí em um minuto. — Faça isso trinta segundos. Eu corri pelo corredor até o escritório de Richard com a vista para as colinas de Hollywood. Quando o CEO do seu

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estúdio de produção pede que você seja rápido... você é rápido. Com uma leve batida, abri a porta e deslizei para dentro. — Rich. — eu disse, encontrando meu chefe sentado na grande mesa de mogno assistindo a cena de ontem em seu monitor. Jude estava de pé assistindo por cima do seu ombro, já vestido com seu traje e maquiagem, os olhos levantando do monitor para olhar para mim quando entrei. Ambos pareciam cansados, mas Richard mais que de costume. Embora ele fosse mais velho do que eu, aos quarenta anos, as linhas em seu rosto pareciam mais profundas hoje, e ele não estava sorrindo e se oferecendo para me servir um uísque como costumava fazer. — Entre! — disse Rich, parando a filmagem. — E feche a porta. Uh oh. Isso não era bom. Fiz o que me mandaram e deslizei para o assento de frente a Richard enquanto Jude circulava para o outro lado da mesa sentando na poltrona ao meu lado. — O que está acontecendo? — Eu não costumava me sentir nervoso, mas agora, sem o olhar de Richard vacilar no monitor... Me contorço no lugar como um menino de escola sendo mandado para a maldita sala do diretor. — Eu chamei você e Jude aqui porque eu estive revendo as filmagens da semana passada. E... está faltando um pouco de nuance na minha opinião. O ar fugiu dos meus pulmões. Na sua opinião? Que merda de opinião era essa? Minhas mãos se fecharam em punhos, meu peito apertando dolorosamente. Todos na equipe trabalhavam incansavelmente, sem parar por três meses na pré-produção. Essas fotos eram lindas. O roteiro é perfeito. Eu parei, segurando a pequena aliança de casamento que mal cabia no meu mindinho. Ouro branco escovado. Elegante. Discreta. Assim como Brie era. A emoção entupiu

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minha garganta e eu tive que engolir duas vezes para que ela se soltasse. Cinco anos. É assim por muito tempo? Parecia uma vida inteira, no entanto, também como se fosse ontem, nós estávamos deitados no sofá juntos assistindo as reprises de Friends enquanto ela passava os dedos pelo meu cabelo. Soltei a aliança de casamento, voltando minha atenção para o aqui e agora. Aqui. Nos estúdios da Silhouette Studios dirigindo meu maior filme. Agora. Brie foi embora. Aqui. Cercado pela minha equipe e funcionários. Agora. Eu usava sua aliança como lembrança constante da mulher que perdi. Agora... Eu estava infeliz. Cinco anos e eu ainda estava tão infeliz quanto no dia em que ela morreu. Respirações profundas, baby, Brie teria sussurrado se ela estivesse aqui. Ela teria apertado meu joelho para me acalmar. Sim, ela ainda fala comigo. Todos os dias, várias vezes ao dia, como um maldito lunático, eu ainda ouvia sua voz. Eu ouvi suas palavras no fundo da minha mente e puxei uma respiração instável através meus lábios apertados. A cada dia parecia que sua voz estava ficando cada vez mais distante. Todas as manhãs, eu esquecia de algo pequeno o jeito que a voz dela seria áspera de manhã antes do café, ou como iria falhar quando ela tentava cantar no karaokê, e a cada memória fraca, ela ia escorregando cada vez mais para longe de mim. O que só me irritou mais. — Alguns dos problemas estão no roteiro, mas acho que houve uma leve interpretação errada também. — Mesmo que Jude estivesse fazendo uma crítica para mim, eu estava grato pela interrupção enquanto estava prestes a vagar pela estrada da memória. Para algumas pessoas, era pavimentada em doces lembranças. Para mim? Estava sujo, esburacado e

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eu estava fadado a me perder ali na escuridão tortuosa e sinuosa. — Significa… que estou interpretando mal o roteiro? Como assim? Nós escolhemos essas falas juntos. Desenvolvemos esses roteiros juntos. — Eu tenho que me acalmar. Esse tipo de reunião faz parte do que é dirigir um filme. Forcei meus punhos cerrados a se soltar mesmo que não concordasse com meu chefe, teria que permanecer profissional. Uma das melhores coisas que aprendi com Brie, e minha posição como Dom, foi a controlar meu temperamento em situações de trabalho. Meu temperamento não era um problema no quarto. Mas no set com os funcionários? É uma das minhas maiores falhas. Eu respirei fundo e tentei novamente. — Eu entendo que as filmagens da primeira semana podem não ser perfeitas, mas podemos ajustá-las na pós-produção. — Sim, nós podemos. — Disse Rich, sua voz calma e uniforme. — Mas isso não vai nos ajudar a seguir em frente para corrigir o foco das cenas futuras. Podemos consertar os erros quando eles acontecem, mas se não resolvermos o problema real, então não estamos resolvendo nada, não é mesmo? Pressionei meus lábios e senti meu rosto ardendo. Rich suspirou e pegou uma xícara de café, tomando um gole antes de continuar. — BDSM é uma coisa estranha, não é? Meus ombros subiram até as minhas orelhas. Eu não era exatamente protetor do meu estilo de vida. Não me importava com quem sabia que eu era um Dominante, mas também não gostava de ser chamado de estranho. Era um estilo, muito divertido se você me perguntasse, e eu não estava quebrado ou emocionalmente danificado porque eu gostava disso. Eu estava quebrado por causa de outras coisas, mas não por

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causa disso. Então, ouvir meu chefe, alguém que eu admirava e respeitava, me chamar de estranho não era exatamente para o que eu estava pronto esta manhã, antes que eu tivesse a chance de tomar meu maldito café. Quando comecei nesse estilo de vida, eu estava bem. Saudável. Intacto emocionalmente. Feliz. Muito feliz porra. Alguns homens se tornam eremitas depois que um ente querido morre. Eu, por outro lado, mergulhei de cabeça no sexo como minha fuga. Eu me senti culpado nas primeiras vezes, mas no final, Brie foi quem me ensinou que sexo e intimidade não eram exclusivos. Ela foi a única a me mostrar como o sexo é emocionalmente libertador com suas cenas. Eu dizia a mim mesmo diariamente que precisava disso para me afastar dela, mas a verdade? Ser um dominante ativo na comunidade foi o que me manteve perto dela. Ela era uma masoquista, ela amava a dor. E antes de Brie, eu nunca gostei de sadismo. Antes de Brie, nunca gostei de muitas coisas. Ao meu lado, Jude limpou a garganta. — Como assim, Rich? — Ele perguntou mais calmo do que eu, mas também, se você conhecesse Jude, ele estava tão preocupado com o que Rich dizia quanto eu. Richard nos examinou, seus olhos indo para minhas mãos, segurando meus joelhos. — Relaxe, — disse Rich. — Eu sei que vocês são dominantes. Eu não estou chamando vocês de estranho... Eu estou dizendo as diferentes percepções do que pode ser estranho. Eu respirei fundo quando Jude e eu trocamos olhares rápidos. — Você sabe que somos Doms? — Eu perguntei. Rich encolheu os ombros. — Claro. Eu reconheci isso em você no segundo em que nos conhecemos, oito anos atrás. Jude demorei um pouco mais para descobrir, simplesmente porque ele é mais quieto. Você pertence a um clube?

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— LnS, — eu disse baixinho. Jude e eu somos membros exclusivos do LnS, um clube secreto de BDSM, por anos. Até onde eu sabia, havia apenas dez clubes semelhantes ao LnS em toda a Califórnia. LnS tinha aposentos privados na seção de cima do clube. O andar de baixo era um bar gótico normal, tinha elementos do estilo de vida de BDSM, mas de um jeito brincalhão e voyeurístico. O andar de cima? Essa era a coisa real. Um lugar para as personalidades de alto nível de Los Angeles se divertirem sem serem descobertas. Altamente secreto. E o clube garante que você não mencione uma palavra sobre seus membros para ninguém. Eles tinham arquivos de sujeira de todos os membros, e revelar qualquer coisa resultaria no vazamento do seu mais obscuro segredo para os tabloides, ou pior. Sem reflexo, toquei meu dedo no anel de Brie novamente, amaldiçoando-me pelo tique nervoso. Levantei, indo para a prensa francesa que Richard mantinha no canto do escritório e me servi de uma xícara de café. Do outro lado da sala, ainda sentado atrás de sua mesa, Richard assentiu. — LnS. Claro. Eu nunca fui um membro lá. Veio depois que eu deixei a cena. Minha xícara de café travou a meio caminho da minha boca. — Então, você é um...? — Eu deixo a questão ficar entre nós como um pêndulo oscilante. — Um Dom. — respondeu Richard. Se ele estava perturbado com a pergunta, não demonstrou. Não foi exatamente um choque que Richard também fosse um Dom. Tudo sobre sua personalidade gritava isso. Do regime estrito que ele tinha no período da manhã, com o modo como comandava uma sala desde o momento em que entrava. Mas só porque alguém era poderoso em uma sala de reuniões não significava necessariamente que eles eram assim no quarto.

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Inferno, eu conhecia advogados e senadores de alto escalão que passavam boa parte de sua vida profissional no comando e quando se tratava do quarto, eles queriam que alguém os dominasse. — Eu não faço mais parte dessa vida, mas isso não significa que não a respeite. Mais uma vez, olhei para Jude, e sua expressão mudou tão sutilmente que, se você não o conhecesse, não notaria a contração rápida de sua testa. — É por isso que fomos escolhidos para trabalhar neste filme? — Ele perguntou. — Porque você sabia que estávamos no estilo de vida? Rich assentiu. — Foi parte disso. Eu sabia que por estar no estilo de vida, você poderia trazer uma nuance para seus papéis no filme. Mas não foi a única razão. — Rich fez uma pausa. — Dito isso, ainda há algo faltando nas filmagens da semana passada. — Faltando? — Raiva defensiva inflou no meu peito como um balão de hélio. — Nós temos trabalhado duro. — Eu sei, eu sei. Mas eu vejo o que vejo Ash. Não leve a mal. O estúdio tem muito dinheiro nisso e nós queremos que dê certo. — Ele limpou a garganta, colocando a caneca de café para baixo e descansando os cotovelos sobre a mesa. — Jude, você reviu algumas das cenas comigo. O que você acha? Jude mastigou o interior de sua bochecha em pensamento por um momento antes de se virar para mim. — Ele está certo. Algo está errado com as filmagens. Como eu disse antes, é parcialmente o roteiro e a interpretação do roteiro. E acho que cometemos um erro de contratação no papel de apoio. Chase é um cara legal, um bom ator, mas acho que deveríamos ter ido com Pierce Whitley para interpretar meu irmão.

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Eu respirei fundo. — Eu implorei a você e aos produtores para irem com Pierce. Ele é um ator incrível e está querendo sair do show da HBO. Jude levantou as mãos em sinal de rendição. — Eu sei, eu sei. E posso ver agora que você estava certo. Rich assentiu, pressionando os dedos nos lábios, imerso em pensamentos. — Eu posso admitir quando estou errado. Pierce é o melhor ator para esse papel. — Quão fechado é o contrato do Chase? — Eu perguntei. — Nós poderíamos comprá-lo. — Disse Rich rapidamente. — Nenhum dos nossos contratos é fechado. — Jude pigarreou ao nosso lado e Rich revirou os olhos. — Exceto o seu, claro. Vamos entrar em cotato com Pierce Whitley e nos certificar de que ele ainda possa se comprometer com o papel. Não há necessidade de dispensar Chase e agitar o pote se Pierce não estiver mais disponível. Eu balancei a cabeça, meu coração batendo forte com a ideia de levar Pierce para o papel. Sua interpretação poderia mudar todo o tom do filme, e para melhor. Assim que eu estava me sentindo melhor, Rich pigarreou e acrescentou: — Mas há outra coisa que está me incomodando com essas filmagens. Tenho a impressão de que a perspectiva está errada. — Rich tocou o mouse, rebobinou a filmagem e deixou rolar silenciosamente diante de nós enquanto falava. — É muito focado no estilo de vida em si versus o fato de que a história verdadeira é sobre a entrada no estilo de vida, o processo de aprendizagem que começa quando alguém é apresentado como um submisso. Eu comecei como um submisso… treinado como um antes de me tornar um Dom, o que eu sei, é como muitos entram. — Eu comecei como sub, também. — disse Jude.

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Eu sentei lá silenciosamente e engoli em seco. Eu não queria falar sobre minha entrada no estilo de vida. Eu não podia falar sobre o envolvimento de Brie no BDSM e nosso tempo juntos. Não poderia destruir o legado dela, traí-la assim. Eu poderia não me importar com quem sabia sobre minha vida, mas ela definitivamente se importava. E, portanto, não consegui responder à pergunta não formulada de Rich. Não era possível compartilhar nossa jornada juntos. Explicar que Brie me treinou como um Dominante, não como um submisso. Que ela me guiou, me formou no melhor Dominante que eu poderia ser para ela. Porque eu não me importei em aprender a ser um Dom para qualquer outra pessoa. Eu nunca pensei que teria que ser. Eu abri minha embargada. — Eu...

boca

para

responder,

minha

voz

— Você nunca treinou ninguém, Ash. — disse Jude, me cortando. Levantei meu olhar e ele piscou, sua expressão solene, ilegível. Mas eu o conhecia. Eu sabia o que estava por trás daqueles olhos. Ele estava me jogando um bote salva vidas. Ele sabia o quanto o legado de Brie era importante para ela, para mim, e naquele momento eu poderia ter beijado o homem. Eu balancei minha cabeça. — Não, eu nunca treinei. — Um suspiro passou por meus lábios quando caí de volta na cadeira, aliviado por escapar da resposta à pergunta. Involuntariamente, meu joelho saltou e eu apertei minha mão sobre a coxa para parar o movimento. Richard pareceu surpreso com isso. — Você nunca treinou uma nova submissa? Essa era uma das minhas coisas favoritas, introduzir uma nova sub ao estilo de vida. Mostrar os prazeres da dor e da submissão. Observando em seus olhos quando muda, desistindo do controle e se submetendo completamente ao seu prazer.

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A minha garganta estava mais seca do que se eu tivesse engolido areia no lugar do café. Eu nunca tive qualquer desejo de treinar uma submissa. Isso é muito perto do coração. Nada do sexo que eu tive nos últimos cinco anos parecia que eu estava traindo Brie. Eu poderia foder com todas as mulheres de Los Angeles, quer fosse sexo excêntrico ou baunilha, e não seria como se eu estivesse abandonando o amor que tivemos. Mas treinar uma nova submissa? Introduzir uma nova parceira para a vida que Brie e eu começamos juntos? Eu engoli, ignorando a sensação ardente no meu peito. Cruzaria a linha emocional que eu havia desenhado na areia. Eu balancei a cabeça, me concentrando não na emoção ardente no meu peito, mas no metal frio de seu anel no meu dedo mindinho. Minha pedra. Tanto na vida como na morte. — Não. Eu nunca introduzi uma submissa ao estilo de vida. E não planejo. — Eu fodo, eu queria dizer. Muito. Mas não me comprometo. Ser um Dominante, sentir o poder sobre uma mulher... acima de seu prazer, sua dor... é meu Xanax. Isso me deu controle em um mundo caótico onde eu tinha nada disso. Me deu um pedaço de Brie. Uma realidade falsa onde talvez, apenas talvez, eu pudesse salvá-la. Rich assentiu, sua expressão impassível, não revelando nada. Mas por um breve momento, seu olhar caiu para a aliança de Brie. Rich me conhecia há oito anos. Não bem, mas eu fui um de seus diretores assistentes. Ele suspeitava? Ele sabia que Brie estava na comunidade naquela época? Não. Seu pai, um pastor, garantiu que nunca vazasse. — Ash. — disse Richard, sua voz suave, tranquila de uma maneira que eu nunca tinha ouvido antes. — Olha, seguir em frente não é fácil. Eu sei... Eu bufei, balançando a cabeça. — O que você sabe... — Ash. — a voz de Richard mais forte agora, rica em autoridade. — Eu sei.

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Oh. A compreensão tomou conta de mim como uma onda quente e curadora, lambendo meus dedos dos pés. Rich sabia. Sabia como eu sabia. Eu podia ver na maneira como sua boca apertou. A maneira como seus olhos castanhos se umideceram momentaneamente, depois recuou com uma piscada rápida. Eu queria mais detalhes. Queria conhecer cada lembrança dolorosa e perguntar sobre quem Rich havia perdido. Quem disse que a miséria adora companhia, eu sabia do que estava falando. Cinco anos depois, eu ainda estava me afogando em dor, e mais do que tudo, eu queria agarrar os tornozelos de outras pessoas ao meu redor e puxálos para debaixo d'água também. Mas, em vez disso, fiquei sentado lá, ouvindo. Afundando. — Experimentar o momento em que outra pessoa entra nesse nosso mundo louco é fortalecedor e esse sentimento é indescritível. É íntimo, mais íntimo até mesmo do que o próprio sexo. Este filme é todo sobre esse processo. Não é sobre o estilo de vida... é sobre a entrada no estilo de vida. Da perspectiva de uma mulher submissa. E não de um homem dominador. Eu atirei outro olhar para Jude, que estava sentado silenciosamente ao meu lado, roçando o dedo indicador em seu lábio superior em pensamento. Tomei outro gole de café e o líquido quente queimou um caminho até meu estômago. — Certo. Entrada no estilo de vida. Isso é o que nós estamos retratando com as filmagens. — Eu disse, apontando para o monitor com a minha xícara de café. Mas eu mesmo não comprei. O que Rich acabara de descrever? Não estava nem perto do que eu havia dirigido na semana passada naquelas filmagens. Eu limpei minha garganta, não estava pronto para admitir isso em voz alta. — Talvez quando você ver algumas das cenas cortadas juntas...

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— Você não está conseguindo. — Interrompeu Richard. — Você acha que é o que você está fazendo... mas não está lendo desse jeito. — Mas eu tenho usado o script... Richard interrompeu novamente. — Tudo o que você está fazendo não está funcionando. Eu joguei minhas mãos para cima. Quando elas caíram no braço da cadeira, me levantei, andando pela sala. Eu odiava estar errado. Isso me irritou sem fim. — Bem, o que diabos você espera que eu faça, Rich? Nós temos uma semana já filmada. Devemos refazer as cenas da semana passada? Rich encolheu os ombros. — Se nós remodelarmos o filme com Pierce, precisaremos refazer algumas cenas. Respiro fundo. O pensamento de refilmar uma semana de trabalho fez meu estômago revirar. Por outro lado, é para o melhor: reformulá-lo com Pierce. — Mas de qualquer forma. — Richard acrescentou, — como eu disse, Pierce não é o único fator aqui. Há algo fundamentalmente errado com a peça... — O que eu deveria fazer? Passar a noite no LnS... encontrar uma nova submissa e treiná-la só para ver de que diabos você está falando? Rich bufou algo que soou meio divertido, meio aborrecido. — Eu não acredito por um segundo que você está realmente pronto para isso. Mas com certeza… você poderia. Se você acha que ajudaria. Existem atores de métodos por aí… por que não diretores de método? Jude pigarreou. — Ou… e se você entrevistar algumas subs no LnS? Perguntar sobre a entrada delas no estilo de vida?

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Meus olhos se fecharam. — Eu acho que eu poderia fazer isso. Rich assentiu. — Então você também deve entrevistar um Dominante que treinou submissos. Eu sugeriria Jude, mas acho que você precisa de mais separação, já que vocês dois se conhecem muito bem. Você precisa contar a história de ambos os ângulos, ambos pontos de vista. Eu bufei, mudando meu olhar para a janela. Mas não conseguia nem me concentrar na bela vista das colinas de Hollywood. — Você realmente acha que algumas entrevistas vai mudar completamente a minha visão para este filme? — Eu perguntei. — Não pode doer. — Mas... você acha que treinando uma submissa faria? Rich encolheu os ombros. — É um ponto discutível. — Finja por um segundo que é uma opção. Que diabos você acha que eu ganharia? Richard levantou a sobrancelha. — Perspectiva.

*** EU COLOQUEI a prancheta debaixo do braço, apertando com força na minha mão e ajustei o fone de ouvido contra a orelha. Havia uma agitação em torno do estúdio hoje, o que só fez meu estômago afundar mais. Eu estava decepcionando-os. Todos eles. Se eles soubessem. Se eles soubessem o quão decepcionado Richard estava... Decepcionado comigo.

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Peguei meu telefone e mando uma mensagem para minha assistente, Raina, para ter a agente de Pierce Whitley no telefone o mais rápido possível. — Ash Livingston, você é necessário no figurino. — Uma voz ecoou no meu ouvido. Apertando o fone de ouvido, falei no microfone. — Estou indo aí, uh, Callie. — Aqui é a Kelly. Eu me encolhi em seu tom agudo. Merda. Parecia um bom começo. Fazia quatro meses desde que nos conhecemos, passando de estranhos em uma festa. Callie , espere, não... Kelly, foi apenas uma noite. Eu pensei que nós estávamos na mesma página sobre isso. Aparentemente não. Suspirei. Talvez houvesse dois figurinistas no projeto agora, pensei, pegando o ritmo em direção ao guarda-roupa. Talvez Callie e Kelly fossem parte da equipe do figurino. Empurrando a porta, entrei no espaço de trabalho que estava cheio de linhas de roupas como túneis de tecido formando um labirinto gigante. Eu não tive que ir muito longe, Callie / Kelly estava lá esperando por mim, apoiando a mão no quadril e seu sapato Prada batendo no chão de mármore. Oh garoto. Ela não parece feliz. Por favor, oh, por favor, deixe essa carranca em seu rosto ser por causa de algo relacionado aos negócios e não por causa da nossa história juntos. — Fui informada de que meu orçamento foi cortado em US $ 80. 000. Graças a Deus, pensei, respirando fundo, libero meus pulmões inflados. Aqueles olhos azuis dela, que há dezesseis semanas atrás eram tão doces, tão sedutores, agora eram como dois dardos venenosos tentando me levar para a morte.

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— Nós conversamos sobre isso na reunião da semana passada. — eu disse — Eu não tenho muita influência sobre isto, Ca... — Kelly! Meu maldito nome é Kelly! Porra. — Eu sei. Você não me deixou terminar. Eu ia dizer que não tenho domínio sobre esse corte orçamentário caaaaatastrófico. — Você sabe, Ash. Eu realmente pensei que você fosse diferente. Eu pensei que você fosse o tipo de cara que cumpria sua palavra. — Minha palavra? Qual palavra? Nós conversamos sobre isso na reunião. O corte orçamentário de oitenta mil não é minha decisão. Os produtores precisam que reduzamos, e faz sentido que um assistente administrativo da classe trabalhadora usasse a Gap, não a Gucci. Eu estava acostumado a lidar com atores com alto padrão. Mas uma figurinista? Isso era novo. O rubor alto em suas bochechas aqueceu a um vermelho parecido com maçã. Ela respirou fundo e eu não pude evitar quando meus olhos se dirigiram para o inchaço de seus seios, expandindo com a inalação. Inferno, eu era humano, afinal. — Mas não foi o que você disse na outra noite. — Disse Kelly, sua voz de repente tranquila e doce da mesma forma que estava completamente em contraste com os olhos que estavam em seu quarto e o toque sensual de seu lábio inferior. Meu olhar se voltou para o dela e se estreitou. — O que você quer dizer com o que eu disse na outra noite? Seu sorriso se abriu ao longo de sua mandíbula, seguindo em direção a seus olhos de um modo malévolo que

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poderia dar a Hannibal uma corrida por seu dinheiro. — Você sabe. A outra noite. Em nossa reunião privada. — Nós não tivemos uma reunião privada na outra noite. — A raiva inchou no meu peito, crescendo e girando como uma bola de fogo. Ela estava tentando me chantagear? Fodase essa merda. — Não... — ela disse, esticando a palavra para ser multi silábica. — Mas nós poderíamos ter uma. Eu sei que com certeza não me importo de repetir. Minha raiva se dissolveu em uma onda de humor quando minha boca se inclinou em um sorriso. — Você está se oferecendo para me foder em troca de obter o seu orçamento de volta? — Bem, isso era novo. — Isso não é uma boa ideia. — Isso é uma mentira total. No momento, parecia uma ótima ideia. — E não mudaria nada o seu orçamento. — Isto? Não é uma mentira. Eu realmente não tinha nada a dizer sobre os cortes orçamentais. Seus olhos se estreitaram. — Você tem certeza? Eu posso ser muito persuasiva. Suspirei e apertei meus dedos contra a ponte do meu nariz. — Baby, você é boa. Mas você não tem oitenta mil dólares. E como eu disse... não tenho controle sobre o orçamento. Seu queixo caiu momentaneamente antes que ela se fechasse e sua expressão caísse em uma carranca. Quando ela cruzou os braços, seus seios ficaram ainda mais contra o queixo. Só que desta vez eu não mordi a isca. — Você veio até nós depois daquela série de streaming, certo? Aquela com o grupo de namoradas que todos usavam alta costura? — Eu perguntei.

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O músculo de sua mandíbula se contraiu, indicando que eu estava correto. — Sim. Estou acostumada com padrões nos meus guarda-roupas. — Temos padrões aqui também. — Eu disse. — Às vezes os orçamentos são cortados, infelizmente. É como a maioria dos sets de filmagem funcionam. — Quando seu pai não é produtor executivo da rede. Eu ouvi rumores de que ela era uma garota de fundo fiduciário e seus outros trabalhos envolviam o pai dela de alguma forma. Rich tinha escolhido a equipe do figurino nesse filme, então eu só podia supor que ele devia um favor a seu pai. Um grande favor. Pegando o lábio inferior sob os dentes, ela disse: — Mas a primeira coisa que as pessoas notarão são as roupas do ator. Suspirei. Talvez no programa que ela trabalhou isso fosse verdade, mas sinceramente, duvido que esse seria o caso aqui. Mesmo assim, esse era um negócio estranho. E eu certamente não queria fazer um inimigo tão cedo nas filmagens, especialmente uma inimiga que me viu nu e cujo nome eu não conseguia lembrar. — Olhe, um pequeno conselho, se você estiver disposta a ouvir. — Esperei que ela me reconhecesse, o que ela fez com um rápido levantar de sobrancelhas. — Os orçamentos são cortados o tempo todo. Um figurinista realmente fantástico cria paletas de cores primeiro e usa relacionamentos pessoais com designers e varejistas para emprestar os figurinos. Você não precisa de um grande orçamento para fazer esses atores parecerem bons. A maioria dos frequentadores de cinema não sabem distinguir a Haute Couture2 da Banana Republic3. Contanto que os atores pareçam e se sintam como seus personagens nos figurinos, isso é tudo que importa. Vamos nos encontrar hoje à noite, depois das filmagens e fazer um brainstorming4. 2

Haute Couture: Alta-costura refere-se à criação em escala artesanal de modelos exclusivos feitos sob medida. 3 Banana Republic é uma varejista americana de roupas e acessórios. 4 Técnica usada para desenvolver novas ideias, projetos e pensamentos criativos.

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— Em um esforço para confortá-la, coloquei a mão em seu braço. Ela trabalha há anos na indústria. Ela realmente não tem relações com as quais construiu? Uma das sobrancelhas dela se arqueou ainda mais em direção à linha do cabelo, como um parêntese se curvando ao redor do osso da testa. Ela olhou de onde minha mão pousou em seu braço para os meus olhos, sua boca manchada de vermelho se curvando em um sorriso. — Então, você está aceitando nessa reunião privada? Merda. Eu puxei minha mão e dei um passo para trás, para longe dela. — Não... vou estar no meu escritório. Seu sorriso aumentou, seus lábios de alguma forma se tornando mais cheios como se ela estivesse empurrando-os para mim. Eu a estudei por um breve momento, a maneira como ela revirou os ombros com confiança, seu decote suave, seus lábios avermelhados e brilhantes como uma maçã cristalizada. Eu me virei para sair, quase batendo em uma garota andando atrás de mim. Pilhas de blazers masculinos estavam nos braços dela, de modo que eu via apenas um nariz fofo e óculos retangulares pretos emoldurando grandes olhos castanhos. — Oh! Eu sinto muito. — Ela tentou sair do meu caminho, mas ao fazê-lo, uma de suas sapatilhas saiu do pé fazendo com que ela caísse para trás. Eu a peguei pela cintura fina na hora certa, sua camiseta de algodão avançando até sua caixa torácica. Minha mão estava plana contra a pele macia de seu abdômen. — Lucy! — Kelly assobiou. — Você está segurando milhares de dólares em roupas. Se arruinasse, levaria meses para reembolsar a perda.

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— Foi minha culpa, Kelly. — Eu disse. — Eu não estava olhando para onde estava indo. — Roubei outro olhar para a garota, para Lucy, e recebi um sorriso tímido em troca. Aquela pequena peculiaridade de seus lábios rechonchudos e cor de peônia, ela trocou os blazers de braço, ajustando seus óculos de uma maneira que era fofa pra caralho e despretensiosa. Levou apenas um momento para que o reconhecimento cobrisse suas feições. — Sr. Livingston. — ela ofegou, aquele sorriso tremendo nos cantos. — Eu sinto muito. — Sua voz estava rouca agora, e aqueles lábios doces se separaram quando uma inalação aguda pegou em sua garganta. Energia girou entre nós, algo calmo e potente. Naquele momento, olhando nos olhos de Lucy, havia um suspiro de quietude em um cenário louco e caótico. Eu queria respirá-la, absorver a energia calma que ela exalava. Engolir seu comportamento tímido e calmo e me banhar nele o dia todo. Ela é fofa. Era a voz de Brie novamente. Brie teria gostado dela. Aquele sentimento quente subiu para o meu coração, me agulhando de um jeito que eu tanto amava quanto odiava. Suas sobrancelhas subiram quando senti minha respiração pegar na garganta. Durou apenas um segundo nossa conexão. Mas me consumiu. Limpei minha garganta, dando um passo atrás de Lucy. Ela não parecia pertencer a este negócio com base no pouco que eu tinha visto de sua personalidade tímida. O queixo dela abaixou, e ela lançou seus olhos para o chão. Eu estudei seu movimento sutil. Para a maioria das pessoas, não seria nada. Mas para mim? Eu vi sua necessidade crua e inexplorada, a natureza rápida para agradar, sua receptividade inata à hierarquia das relações dominantes/submissas. Como se ela pudesse sentir que eu

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estava no comando e não apenas reconheceu, mas aceitou com aquele pequeno mergulho de sua cabeça. Meu pau se contraiu contra o zíper da calça. Isso em si não era novidade. Mas o puxão que senti, o aperto e o momento de ternura que senti por um breve segundo. Isso foi novo. E aterrorizante. Foda-se. Eu tinha que sair daqui e rápido. — Foi minha culpa, Lucy. Atrás de mim, Kelly zombou. — Você se lembra do nome dela, eu vejo. Eu engoli um suspiro. — Eu vejo vocês no set. Lucy espiou por cima dos óculos. Aqueles olhos de órbitas escuras e infinitas que estavam largas e molhadas se prenderam aos meus, e sua língua rosa atravessou seu lábio superior cheio. Eu tenho que ter ela. O pensamento veio antes que eu tivesse o bom senso de pará-lo. Porra. Eu não discernia entre mulheres. Eu amava todas elas - todas as formas, tamanhos, cores de cabelo. Mas no LnS? Não encontrei muitas mulheres como Lucy. Mesmo com as minhas substitutas experientes, elas tinham maneiras de me procurar. Sutil geralmente... não como Kelly ou a maioria das outras mulheres agressivas que conheci em bar comum. Mas havia algo diferente sobre Lucy. Eu virei meus olhos para longe dela e caminhei rapidamente para fora da sala. Quando virei a esquina pelo corredor, respirei fundo, caindo contra a parede. As paredes frias e pintadas estavam contra a parte de trás dos meus ombros suados, e passei meus dedos pela a aliança, fechando os olhos e tentando imaginar o rosto de Brie. Mas pela primeira vez em cinco anos, os olhos de Brie não eram os que eu vi em minha mente.

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CAPÍTULO DOIS

Lucy Eu assisti com admiração quando Ash Livingston saiu da sala. Ele era mais legal do que eu esperava, mais alto do que eu pensava, e ainda mais sexy do que quando ele foi fotografado em todas aquelas revistas. Não que eu tivesse muito tempo para sentar e ficar olhando para ele sem fazer nada. É meu primeiro trabalho em um set de filmagem, ou melhor, um set de filmagem real e não um filme de estudante. Espero que seja o primeiro de muitos. A maioria das pessoas tem que começar em filmes B5 e filmes indie6. Mas o tio Richard insistiu para eu começar no Silhouette Studios. — Lucy. — ele disse, — todo mundo está usando seus contatos e relacionamentos para conseguir emprego aqui. Por que você não deveria? Inferno, na semana passada, consegui um emprego para o irmão do meu passeador de cachorros. Se eu posso ajudar o homem que pega a merda de Bruno para ganhar a vida, com certeza vou ajudar minha única sobrinha. Eu tinha que admitir, era difícil discutir. Ele me deu a agenda do ano e me deixou escolher o filme que mais me interessou. Este roteiro era diferente do resto, e tinha maior potencial para a temporada de premiações. Quão incrível seria? Se meu primeiro filme já ganha um Oscar? Meu estômago revirou com o pensamento. Essa não foi a única razão. O agendamento funcionou perfeitamente, o início da pré-produção se alinhou com a minha graduação na faculdade, com apenas um pequeno 5 6

Filme B: Filmes feitos com atores desconhecidos. Filme indie: Pordução independente.

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intervalo de quatro semanas que eu tive que esperar durante as aulas. A culpa atingiu meu peito. Havia tantas pessoas nesse grupo que trabalharam duro para chegar aqui. Estagiários que faziam corrida para pegar café haviam ajudado nos filmes B. Não parecia justo que eu tivesse essa perna levantada quando tantos outros estavam subindo a escada. Mas, pelo amor de todas as coisas sagradas, conseguir a posição aqui era o único nepotismo que eu usaria. Ninguém no set saberia que eu sou sobrinha do chefe. Não se eu pudesse evitar. Olhando para Ash Livingston enquanto ele saia do departamento do figurino, senti aquela pequena vibração pulsando na minha barriga. Bom Deus, esse homem era gostoso. Não apenas sua aparência... mas outra coisa. Algo sobre como todos pareciam olhar enquanto ele passava. As salas ficavam em silêncio quando ele entrava. A energia estática mudou quando ele entrou como se as ondas sonoras no ar estivessem vibrando de excitação em sua presença. — Lucy! — Kelly estalou e gesticulou para a prateleira vazia ao meu lado. Sacudi minha paixão estúpida, infantil e corri para o guarda-roupa vazio. Eu não estaria me envolvendo com Ash Livingston ou com qualquer outra pessoa no set. O tio Rich fez eu e todos os outros no set assinar uma cláusula de não confraternização. Entendi por que. Com toda a feiura de Hollywood, todos tentavam se proteger desse comportamento corrupto. Tio Rich não precisava se preocupar comigo, no entanto. Eu estava concentrada na minha carreira iniciante. Além disso, de todos os homens, não estar com Ash era o número um. Ele tinha uma reputação séria. Ele gostava de mulheres. Muitas mulheres. Não que houvesse algo de errado com isso,

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mas com base no seu doce de braço anterior e na queda por loiras altas e vigorosas? Meu 1,60m, corpo curvilíneo e cabelo castanho crespo não era exatamente o seu tipo. — Hum... eu deveria simplesmente perdura-los? — Eu perguntei. — Sim. — Disse Kelly, estendendo a palavra de forma que ela tivesse vinte sílabas. — Pendure cada blazer, de frente para que eu possa vê-los. Eu ignorei seu tom paternalista e fiz como me foi dito. Eu preferiria ser tratada como merda por todos neste set ao invés de lidar com todas as sutilezas falsas e por trás das minhas costas, o que iria acontecer assim que as pessoas soubessem que eu era sobrinha do chefe. Kelly bateu no queixo, andando de um lado para o outro e examinando cada blazer. Foi fascinante assistir. Até que eu comecei a escola de design, quatro anos atrás, eu achava que todos os seis blazers poderiam ser perfeitos para o filme. Mas eles não eram. Não para um olho treinado. Observei com cuidado enquanto Kelly passava as mãos pelos tecidos, puxava as costuras, verificava os bolsos e inspecionava as etiquetas. — Este cashmere é muito caro. — Disse Kelly, tirando-o da prateleira e largando-o descuidadamente em meus braços. Eu não tinha certeza se poderia chegar ao ponto em que me sentiria confortável jogando roupas de grife. Eu tinha visto meu tio fazer a mesma coisa, quase como se fosse um rito de passagem, uma maneira de demonstrar riqueza a um ponto que demonstrava que itens caros importavam muito pouco para você. Não me entenda mal, eu amo meu tio, mas isso parecia mais do que um pouco excessivo. O tio Rich amava sua riqueza. E ele nunca quis ser pobre ou parecer pobre novamente.

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Quando eu tinha sete anos, o tio Richard entrou em cena e assumiu todos os papéis de pai quanto ele podia lidar depois que meu pai foi embora. E apesar de todos os anos em que meu pai agarrou minha mãe, bateu nela, bateu seu corpo magro na parede quando ela não tinha seu café feito de manhã, ou se suas roupas não estavam dobradas exatamente como ele gostava, ela ainda chorou quando ele saiu. Ela ficou arrasada por estar solteira novamente e por ter perdido um homem que supostamente amava. Como alguém poderia amar um homem que bate nela estava além do meu entendimento. Eu fiz a mim mesma duas promessas naquele dia enquanto observava mamãe implorar para papai ficar enquanto ele empurrava seus pertences dentro de uma mochila e saía de nossas vidas. Um, eu nunca agiria tão patética como minha mãe. E dois, eu nunca estaria com um homem como meu pai, me controlando, me dominando. E abusivo. Porque esse amor que a mãe tinha por ele? Isso não só causou danos irreparáveis a ela... mas também para mim. Embora ela possa não ter me priorizado sobre suas emoções fodidas, eu com certeza nunca colocarei meus futuros filhos na mesma situação que passei. Engoli em seco, minha garganta apertando com a última memória dele e do tio Rich em um impasse, o tio Rich quase empurrando-o para fora da porta. Quando chegou a hora, papai não queria bater em alguém que ele sabia que iria reagir. E todos nós sabíamos que o tio Rich iria bater nele de volta. Com prazer, ele teria. Minha mãe era amorosa, carinhosa e atenciosa antes de meu pai sair. Mas depois? Ela se afastou. Ela entrou em um esconderijo emocional, me deixando de fora. Durante semanas ela ficou no quarto enquanto tio Rich cuidava de mim. Quando ela ressurgiu três semanas depois, ela era

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como uma nova pessoa. Uma concha da mãe que ela já foi. Onde costumávamos brincar com balão de água no parque, agora ela temia as bactérias dentro da água e estava preocupada que eu pudesse ter uma alergia desconhecida ao látex. Costumávamos fazer um dia de besteiras uma vez por semana, agora ela se preocupava com o que a gordura e o açúcar fariam com a minha saúde. No domingo de Páscoa, perguntei por que o Coelhinho da Páscoa não me trouxe ovos de páscoa e ela respondeu: O Coelhinho da Páscoa não quer que você fique com diabetes. Tudo a assustou. Tudo era uma ameaça para nossas vidas, e ela respondeu tentando controlar cada pequeno aspecto das minhas roupas, meu cabelo, meus hobbies, meus amigos... ela até escolheu meu primeiro namorado por mim. Sua missão de não me perder foi sua única motivação. Era quase como se ela acreditasse que, se tivesse sido assim antes, talvez papai fosse mais gentil. Talvez ele tivesse ficado. Naquela noite, que meu pai nos deixou, eu realmente perdi meus pais. Eu engoli em seco, minha garganta apertando. — Lucy! Você está ouvindo? — Hã? Oh. Ah, sim. Eu estava escutando. As sobrancelhas de Kelly se arquearam da maneira mais impressionante, como um gato esticando as costas depois de uma longa noite de sono. — Sério? Então, você poderia pegar o blazer que eu escolhi e tê-lo limpo a seco antes de começarmos a filmar? Ah, merda. Eu deveria ter adivinhado que seria pega na mentira. Eu precisava colocar minha cabeça no jogo. Pare de pensar no pai abusivo. E na mãe emocionalmente ausente. Pare de pensar no tio Rich. E definitivamente pare de pensar em como a bunda de Ash Livingston estava quente naquelas calças Armani preta que ele estava usando. — Claro. — Eu examinei os cinco blazers pendurados. O azul marinho e a

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camurça cor de camelo estavam fora das prateleiras das lojas de departamento. De jeito nenhum Kelly escolheria esses para Jude usar, mesmo com o corte orçamentário. A jaqueta preta é Prada e sai do orçamento. Então esse está fora. Isso deixava à risca de giz cinza e o corte fino marrom. E vendo como o papel de Leo é um playboy, eu acho que o marrom não estava exatamente na paleta de cores do personagem. Estendendo a mão, peguei as risca-de-giz da prateleira e coloquei cuidadosamente sobre o meu braço. Meu sorriso vacilou, mas eu fiz o meu melhor para engolir esse nervosismo. — Há mais alguma coisa que você queira lavar, Srta. Harman? Os olhos azuis gelados de Kelly pareciam congelar ainda mais, mas aquela sobrancelha arqueada relaxou junto com os músculos da testa. — Não, Lucy. Isso é tudo por agora. — Eu balancei a cabeça, ajustando meus óculos mais alto no meu nariz e me virei para sair. O aperto ósseo de Kelly pegou meu bíceps antes que eu chegasse a dois passos de distância. — Mas da próxima vez que você se afastar enquanto estiver me ajudando, será você quem lavará as roupas. E não me ajudando a escolher os figurinos. Estou sendo clara? — Cristalina, Sra. Harman. — Eu disse, minha voz soando pequena. Kelly bufou, soltando meu braço. — Lucy. — ela zombou. — Esse nome é muito... adequado para você. Embora o que ela disse não fosse tecnicamente um insulto, minhas bochechas queimaram do mesmo jeito que eu girei na direção oposta, indo embora. As palavras implícitas e não ditas pairavam entre nós: um nome simples para uma garota comum. Mas se Kelly tivesse realmente prestado atenção em mim... se ela olhasse para minha papelada, ela teria visto Lucy ser a abreviação de Luciana Blair Rodriguez. Blair. O nome de solteira da minha mãe. Além disso, o

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sobrenome do tio Richard. Se alguém quisesse juntar o quebra-cabeça, eles poderiam, e eu ficaria impotente para detê-los. Felizmente, por causa da minha história com a minha mãe, eu estava acostumada a ficar em segundo plano. Eu era muito boa nisso.

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CAPÍTULO TRÊS

Ash Eu olhei ao redor do set para as várias pessoas apressadas. Como as formigas operárias, elas se moviam com rapidez e eficiência, limpando enquanto arrumamos as filmagens hoje. Foi o primeiro dia de toda a semana que, na verdade, ficou relativamente dentro do cronograma, deixando-nos apenas quarenta e cinco minutos depois do planejado. Porra, isso foi bom. Lucy passou por mim, rolando uma arara coberta com uma variedade de roupas. Eu sorri para ela quando seu olhar se levantou, encontrando o meu. Seus olhos se arregalaram, os cílios negros espetados quase roçando as sobrancelhas dela ficaram largos. Ela finalmente me deu um sorriso fraco em retorno antes de correr com as roupas recém-lavadas a seco. Eu dei uma rápida olhada no meu celular. — Tudo bem, todo mundo, — eu gritei. — Essa é a novidade para hoje. Amanhã filmaremos no local e será um longo dia. Temos trinta extras chegando, e precisamos tirar fotos diurnas e noturnas. A ligação é às seis da manhã. Atores fazem maquiagem e figurino às sete em ponto, e eu quero os substitutos no set para iluminação também às sete horas, então estamos prontos para rodar assim que todos os atores estiverem prontos. Mas a boa notícia é que a maioria de vocês tem no sábado e domingo, já que será um set fechado. Aqueles que são necessários neste fim de semana cada um sabe quem é. — Eu mudei as cenas de amanhã e na próxima semana para não filmar cenas de personagens coadjuvantes

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como Chase apenas no caso de Pierce finalmente voltar para mim. A notícia era que ele estava fora do país. Me inclinei para o meu assistente de direção, Jon. — Você pegou tudo isso? — Sim. Estou digitando agora e vou enviar para todos da equipe. — Ótimo. — Apertei o botão no meu fone de ouvido que ligava ao figurino. — Kelly, — eu disse. — Eu vou ver você no meu escritório em dez minutos para o nosso encontro. Sua risada ofegante do outro lado da linha me fez parar no caminho. — Você conseguiu, Ash. — Eu cerrei meus dentes, ouvindo os avisos de Jude na minha cabeça repetidamente. Não cague onde você come, cara. Na maioria das vezes, Jude era excessivamente cauteloso. Ele foi queimado por sua ex-esposa cadela, e como Rich sempre dizia, como qualquer fogo você pode sentir o cheiro da fumaça muito depois que as chamas foram apagadas. Mas desta vez? Ele estava certo. E Richard me aniquilaria se eu fosse pego sozinho no escritório com a única mulher que eu fodi antes da pré-produção. Tinha ‘processo’ escrito por todo o lado. Sinais de alerta dispararam no meu cérebro. — Por que você não traz sua assistente também? — Lucy? — Ela estalou no meu ouvido, de repente mais alto e muito menos sexy do que um momento antes. — Sim, — eu disse, mantendo minha voz firme. Negócios. — Lucy pode tomar notas da reunião. Houve a mais breve pausa antes que ela respondesse: — Sim. Claro. Eu vou te ver daqui a pouco. Eu cliquei no botão do meu fone de ouvido, desligando e tirando do ouvido. Se alguém mais precisasse falar algo para

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mim teria que esperar... ou, mais realisticamente, enviar por e-mail. — Eu ouvi você dizer Lucy? — Richard disse, me surpreendendo por estar bem atrás de mim. Assustado, eu assenti. — Sim. Garota nova departamento de figurinos. Cabelos escuros, óculos...

no

Richard sorriu. — Oh sim, eu a conheço. Eu a contratei. Aquela garota vai longe. Desde quando o CEO da Silhouette Studios desperdiça tempo contratando assistente do figurino? Eu me afastei, examinando meu chefe. Este bastardo cínico não toma conhecimento de ninguém. Ele era um cara ótimo e, de certa forma, nós éramos como uma família, mas ele mal conhecia Jon, meu assistente de direção que havia trabalhado em três filmes da Silhouette, pelo nome. De repente, ele sabia quem era a nova assistente do figurino? — O que te faz dizer isso? — Você não concorda? Eu cruzei meus braços, considerando a questão com cuidado. — Eu honestamente não sei. Eu acabei de conhecêla. Ela parece legal, mas é difícil saber se o talento existe. — Você verá. Há uma faísca naquela garota. — Com isso, Richard saiu suavemente do set, as luzes amarelas batendo no cabelo dele. Bem, isso foi estranho. Richard lutou com esse projeto com unhas e dentes ele não queria fazer esse filme, apesar do fato de que aparentemente ele mesmo é um Dominante. E agora aqui estava ele no set. Revendo as filmagens da semana passada, admitindo ser um Dom, não só se envolveu na minha experiência BDSM, mas também com foco na minha equipe? Algo não estava certo aqui.

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Dez minutos depois, Kelly e Lucy estavam no meu escritório, sentadas à minha frente. A diferença entre as duas era drástica. Kelly era alta e magra, com o tipo de músculos que eu conhecia muito bem, esculpidos em horas com aulas de ioga e spin. Lucy era magra, mas com curvas suaves que pareciam exuberantes. Kelly usava calças justas pretas e um blazer de couro que envolvia sua cintura e quadril, quase sob medida para ser uma segunda pele como uma camisola de renda transparente por baixo. Lucy usava jeans largos e uma camiseta branca justa que parecia ter algum tipo de mancha de café no seu decote. Porra e ela estava adorável. Eu limpei minha garganta enquanto Kelly colocava seu cabelo loiro atrás da orelha. — Então. — disse Kelly. — Esse corte orçamentário não é grande coisa para a próxima semana, porque já recebemos os figurinhos. Mas e a gala que Leo e Holly devem participar? A cena que estamos filmando em três semanas. Você quer eles em trajes de formatura JC Penny? Droga, Kelly era uma coisinha impulsiva. Eu daria isso a ela. Impulsiva e também realmente muito irritante. Esfrego minha mão no rosto, esfregando minha barba por fazer. — Não precisa ser o JC Penny, mas precisamos estar atentos. O personagem de Jude é rico - mas ele não é um milionário. E Holly... ela é uma assistente administrativa. O estilo de vida dela tem que refletir isso. — Hollywood é sobre dar aos espectadores algo pelo que lutar. É ficção. — Kelly continuou. — Não é como se Leo ou Holly pudessem pagar por esses apartamentos em que moram, mas você não parece se importar que isso não seja tão realista para seus níveis salariais. Ela tinha um ponto. Mas isso não muda o fato de que esta é a menor produção orçada da Silhouette para o ano. Os

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executivos não tinham muita fé em um filme que não fosse centrado em torno de um super-herói ou um best-seller. Olhei para Lucy, que tinha o olhar fixo no caderno, rabiscando notas furiosamente. — O que você acha, Lucy? A cabeça dela se ergueu e ela respirou fundo. — Eu? — Ela? — Kelly repetiu. — Sim, ela. Ela é sua assistente. Ela deve ser bem informada. Lucy, quais são seus pensamentos? Ela limpou a garganta e se mexeu no assento. Seus dedos voaram para seus óculos, empurrando-os mais alto em seu nariz enquanto ela olhava para a direita, em Kelly. Então, quase como se observando uma onda ultrapassar alguém, ela mudou. Bem diante dos meus olhos. Lucy sentou-se mais reta, parou de mexer e respondeu com calma. — Bem, para a cena de gala, acho que poderíamos ficar no orçamento encontrando alguns designers de butiques locais. Muitas vezes, roupas adaptadas ao corpo de um ator parecerão mais ricas, mais do que de alguns designers, mas também mais em nossa faixa de preço do que um designer famoso que não podemos pagar e os personagens também não seriam capazes de pagar. Há tantos jovens e famintos novos estilistas em Los Angeles que ficariam empolgados com a chance de seus desenhos estarem em um filme e seriam mais acessíveis do que, Prada... — O olhar de Lucy mergulhou nas bombas Prada de Kelly, e as bochechas de Kelly se transformaram em vermelho ardente quando Lucy mordeu o lábio inferior e se encolheu em seu assento. A mudança era perceptível quando ela se tornou tímida e incerta, enquanto segundos antes ela foi forte e assertiva. E de alguma forma essa mudança de personalidade foi intrigante como o inferno. — Eu acho que é uma ideia brilhante. — eu disse. Veja? Eu queria dizer. A porra da sua assistente é mais perceptiva que você. É o que acontece quando o nepotismo supera o

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talento. E é muito chato. Eu tinha que concordar com Richard, no entanto. Ele estava cem por cento certo. Lucy tinha alguma coisa. Merda, baseado naquele pequeno discurso, aparentemente nós deveríamos ter contratado ela como a designer principal, não Kelly. Ela era jovem, mas conhecia essa merda. — Um novo designer que esteja pronto deve se encaixar bem no orçamento e ficará entusiasmado com a exposição. Eles podiam fazer a maior parte do figurino também, não apenas a cena de gala. Vocês conhecem alguém que possa se encaixar? — Vou fazer uma pesquisa e avisá-lo. — disse Kelly, as narinas dilatadas. Eu olhei para Lucy, observando o jeito nervoso que ela mordiscou o lábio inferior carnudo. E então, os olhos. Aqueles impressionantes olhos escuros se ergueram e encontraram os meus, roubando minha respiração. Porra, eu queria beijá-la. Reivindicá-la. Ensine ela. A cláusula de não-confraternização surgiu em meus pensamentos, mas... bem, Richard foi quem emitiu esse maldito desafio em primeiro lugar. Além disso, há também um contrato de consentimento se Lucy fosse uma parceira consensual... Eu engoli, sacudindo o pensamento da minha cabeça. Não, não. Não havia como abordar isso sem um massivo jogo de poder. E então, se ela não estivesse interessada? Se ela dissesse não? Eu sei que não iria segurar isso contra ela, mas ela poderia ficar desconfortável pelos três meses restantes de filmagem. Eu não poderia fazer isso com ela. — E você, Lucy? — Eu perguntei, encontrando minhas palavras. — Você conhece algum estilista local? Ela se moveu para olhar para Kelly, mas eu bati minha caneta na minha mesa. — Não há necessidade de olhar para Kelly primeiro. Todos nós queremos a mesma coisa aqui… Um filme bem planejado, com orçamento limitado e que pareça lindo. Com personagens elegantes e chiques. Não é verdade, Kelly?

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Kelly me deu um sorriso apertado. — Sim, claro. — Bem... — disse Lucy. — Eu conheço uma designer. Ela é jovem e nova, mas sua coleção para esta temporada foi recentemente comprada por uma pequena boutique em West Hollywood. Ela está bem encaminhada para se tornar um nome, tenho certeza disso. Kelly bufou e revirou os olhos. — O que ela é... sua colega de quarto? Foi a vez de Lucy ficar vermelha. O rubor adorável estendeu-se pelo rosto a bochecha e através da ponte do nariz, enfatizando um borrifo de sardas de cores claras. — Na verdade... sim. — Eu acho ótimo. — eu disse, sorrindo. — Você sabe, Jude e eu começamos como colegas de quarto. Costumávamos nos ajudar sempre que podíamos. Eu amo ver essa camaradagem. Especialmente nesta indústria que tem a reputação de ser feroz. Kelly estampou um sorriso fino e frágil no rosto, como o topo do crème brûlée7. Um pequeno toque e ele pode quebrar. — Claro. — disse Kelly, cílios batendo na minha direção. — Eu só quis dizer que talvez devêssemos ir com alguém um pouco mais experiente. — Vamos dar uma chance à amiga de Lucy. O sorriso de Kelly caiu, mas ela assentiu. — Absolutamente. — Então, virando-se, ela olhou para Lucy. — Sua amiga pode vir na segunda-feira com alguns de seus desenhos? — Três dias? — Eu interrompi. Eu era a coisa mais distante de um designer de moda, mas até eu sabia que isso era ridiculamente curto. — Olha, é quinta-feira à noite e 7

O crème brûlée é uma das sobremesas mais famosas da França.

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todos nós estamos trabalhando sem parar, sem pausas no cronograma até o próximo fim de semana. Você mesmo disse que temos algumas semanas de roupas já preparadas e prontas. Por que não planejamos uma semana a partir de segunda-feira para que todos nós olhemos para seus projetos com olhos descansados? E isso dará a ela uma quantidade adequada de tempo para se preparar. — Hum... claro. — disse Lucy, seus olhos correndo de um lado para o outro entre Kelly e eu. — Quero dizer, vou ligar para ela e verificar. — Kelly? — Eu perguntei. — Nós temos as roupas para as próximas duas semanas, certo? Ela me deu um aceno de cabeça apertado em retorno. — Sim. — Para as próximas três semanas, na verdade. — Lucy interveio, olhando suas anotações. Ela olhou para mim, em seguida, virou o olhar dando de cara com o olhar de fogo de Kelly e imediatamente encolheu de volta em seu assento. — Ótimo. — Recostei-me na cadeira e bati os dedos no topo da mesa lascada. — Muito obrigada, senhoras. Kelly foi a primeira a ficar de pé, com os saltos altos afundando no tapete. — Obrigado pela sua ajuda, Ash. — Disse ela, colocando a mão sobre as costas da cadeira para o equilíbrio em seus saltos pontiagudos. — Eu vou encontrar um figurino que você vai ficar chocado. — Tenho certeza que você vai. Kelly não esperou que Lucy a seguisse, levantou o nariz no ar e se dirigiu para a porta. Lucy ficou de pé, colocando o cabelo castanho escuro atrás da orelha, os cantos da boca puxando um sorriso. — Obrigada!

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— Lucy. — eu disse, e minha voz parou tanto ela quanto Kelly na porta. — Bom trabalho hoje. Estou feliz em ter você na equipe. Richard estava certo quando disse que há uma faísca em você. Normalmente, quando você diz a um membro da sua equipe que o CEO do estúdio viu algo neles, eles reagem com alguma aparência de surpresa ou felicidade. Ou humildade. Lucy, por outro lado, perdeu o pequeno sorriso que ela tinha. O rosto dela ficou branco, as mãos apertaram com mais força o caderno que ela segurava no peito e, por um segundo, achei que fosse desmaiar. — Rich, uh… o Sr. Blair disse isso? Eu não respondi imediatamente. Em vez disso, estudei Lucy... uma moça simples e adorável. Eu vi membros da equipe como ela ir e vir antes. Às vezes, os bastidores eram tão introvertidos que eles mesmos afundavam nos cenários dos figurinos, da iluminação. Não para serem vistos. Não deve ser elogiado ou aplaudido por seu trabalho. Eu apreciei isso, mas também neste negócio? Você não tem que ser uma estrela de Hollywood ou mesmo estar de acordo com as ideias ridículas de beleza nesta indústria... mas você precisa estar confiante em quem você é. Você não pode murchar e desaparecer toda vez que alguém lhe fizer um elogio. Los Angeles a comeria viva. Eu me levantei e enfiei as mãos nos bolsos. — Sim, ele fez. Ele quis dizer isso também. Conheço Richard Blair há muito tempo. Ele não dá elogios com muita facilidade. Inferno... levei dois anos trabalhando com ele como assistente de produção antes mesmo de ele reconhecer que eu existia. O que fez essa atenção que ele estava dando para Lucy ainda mais estranha. Ela estava transando com ele? O pensamento enviou calor em espiral através do meu sangue e pulsando em minhas veias. Irracional como merda. Primeiro

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de tudo, depois que Rich fez uma grande coisa sobre essa política de não confraternização? Então me disse para manter meu pau dentro da calça no início deste filme? Santo hipócrita. Dito isso, ela poderia foder quem ela quisesse, assim como Richard. Mas merda, o pensamento me deixou com ciúmes. Sua boca se contraiu e ela ficou um pouco mais alta, suas mãos relaxando ao redor do caderno. — Tenho certeza que ele mal sabe o meu nome. Eu lambi meus lábios, meus olhos fixos em Lucy. Eles eram largos e um rico castanho-escuro que rivalizava com o que eu imaginara que Vênus tinha minhas aulas de mitologia na faculdade. Inalei profundamente, sentindo o seu aroma doce baunilha e outra coisa... lavanda? Era tão diferente do perfume leve de orquídea que Brie costumava usar. Com a respiração sincronizada e com o canto do olho, vi que, a cada inalação, seus seios subiam e desciam. Mas eu não estava me concentrando em nada além de seus olhos. — Lucy. — disse Kelly da porta. O momento se despedaçou e pela primeira vez na minha vida, eu entendi o ditado, ensurdecedor. Kelly não disse outra palavra, inferno, ela não precisava. Seu tom era afiado como era a linha apertada de seus lábios. E Lucy respondeu imediatamente ao comando. Ela se virou e saiu correndo pela porta atrás de Kelly. Fiquei ali por um longo momento olhando a porta fechada à minha frente. O que diabos aconteceu? O que foi essa conexão com ela pela segunda vez em um dia? Não para me gabar ou qualquer coisa, mas eu tive minha cota de mulheres. E ainda assim, eu queria muito a Lucy. Eu grunhi enquanto me movi pela sala até meu carrinho de bebidas me servindo dois dedos de um buorbon. Eu precisava dar o fora. Lucy era fofa. Mas ela não era Giselle

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pelo amor de Cristo. Ou Vênus para esse assunto, seu idiota. O que diabos me fez pensar nas aulas de mitologia de mais de uma década atrás? Deve ser Richard ficando na minha cabeça falando sobre a introdução de uma sub para BDSM e como era bom. Eu só precisava ir ao LnS e entrevistar Eve, uma submissa profissional que trabalhava lá. Eu poderia entrevistá-la sobre como ela entrou no estilo de vida. Inferno, talvez pudéssemos tocar uma cena ou duas. Fazer com que ela aja como se estivesse sendo treinada. Eu peguei meu telefone, mandando uma mensagem para Eve para ver se ela estava livre para me encontrar no LnS hoje à noite. Eu realmente me senti muito bem com esse plano. Foi um bom compromisso. Eu seria capaz de sentir um pouco do que Richard estava falando sem trair completamente a memória de Brie. Então essa luxúria estranha por Lucy desapareceria. Meu telefone tocou enquanto o texto de Eve brilhava na tela. Eu te encontro no bar. 11:00. Derrubando minha cabeça para trás, terminei o bourbon e peguei minhas chaves e carteira, indo para a porta. Quando a abri, Neil, o dublê e personal trainer de Jude, estava de pé ali, com o punho levantado, pronto para bater. Ele sorriu e passou a mão pelo cabelo castanho. — Ei chefe! — Disse ele. — Cara... O que eu te disse sobre me chamar assim? — Certo. Desculpa. — Mas ele não parecia tão arrependido. E aquele sorriso no rosto precisava de uma boa pancada do meu punho. Eu gemi e revirei os olhos. — De qualquer forma... — Neil continuou: — Um grupo da equipe está saindo para bebidas no Alma’s, se você quiser participar. — Neil, Jude e eu éramos melhores amigos desde que chegamos em Los Angeles

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no mesmo carro um Honda Accord. O carro mal atravessa o país desde o nosso dormitório em Boston. Neil levantou uma sobrancelha. — O que você diz? Uma cerveja com sua equipe? Uma bebida com a equipe era literalmente a última coisa que eu queria fazer. Mesmo sabendo que era o melhor para o filme, eu nem queria ir ver Eve tanto assim. Mais do que tudo, eu só queria ir para casa, relaxar em um banho quente enquanto pensava nos olhos castanhos de Lucy e depois cair na cama. Eu abri minha boca para responder, mas a voz de Kelly cortou o corredor silencioso. — E se alguma vez... quero dizer que nunca mais você vai me comprometer novamente na frente de Ash Livingston, porra, eu juro por Deus, você não vai nem mesmo começar um trabalho comercial nesta cidade. Eu não podia vê-las de onde estava no corredor. Porra, eu coloquei Lucy em apuros. Eu a encorajei a fazer parte da equipe de criação, e se foi por causa do meu relacionamento pessoal com Kelly, ou porque ela era do tipo que se sentiam ameaçados por novos talentos... Eu era a razão pela qual Lucy estava sendo repreendida. — Sim. — Neil sussurrou. — Essa pobre assistente estava sendo massacrada alguns minutos atrás. Eu engoli meu suspiro. — Obrigado pelo convite para o Alma’s. Mas além de você, duvido que qualquer da equipe queira ver o chefe fora do estúdio. Lembrei-me daqueles dias em que, você sai depois de um longo dia para reclamar do diretor, não para tomar uma cerveja com ele. — Basta pensar sobre isso. — Neil me deu um tapa bem humorado no ombro. — As pessoas desta equipe realmente

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gostam de você. Eles estão dizendo que é um dos melhores conjuntos de pré-produção em que já estiveram. — Eu bufei. Só que aparentemente meus tiros da primeira semana são uma merda. — Eu sei. — Neil continuou. — Eu também não pude acreditar. Eu tentei dizer a eles o quão idiota você é. — Então, com uma piscadela, Neil tirou um brownie embrulhado em papel celofane do bolso, entregando-o para mim. — A menos que tenha um pouco de maconha, não estou desperdiçando as calorias. Neil sorriu. — Esta infundido com pó de proteína, não de maconha. Minha mais recente invenção. Experimente. Eu ri e balancei a cabeça, pegando o brownie. Em vez de comer, enfiei no bolso. Desde que conheci Neil, o cara era uma gigantesca contradição. Musculoso como o inferno. Passava horas na academia todos os dias. E quando não estava trabalhando ou malhando, ele estava na cozinha, com o avental amarrado na cintura, cozinhando. Neil me deu um aceno antes de sair, andando pelo corredor e virando a esquina. — Ei Kelly, ei garota nova. — ouvi Neil dizer. — Estamos nos encontrando no Alma’s para umas cervejas, se vocês quiserem participar. Prendi a respiração, ouvindo os passos pesados do meu amigo desaparecerem. — Não você, Lucy. — disse Kelly. — É melhor não te ver no Alma's. Talvez vá tomar uma bebida com sua colega de quarto. — O barulho dos saltos batendo me disse que Kelly foi embora. Devo pedir desculpas a Lucy? Me certificar de que ela estava bem? Eu balancei a cabeça, me repreendendo. Não. Atenção especial foi o que colocou a pobre garota em apuros com Kelly em primeiro lugar.

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Quer gostasse ou não, os sets de filmagem tinham uma estrutura hierárquica. Como uma mesa adequada, tudo tinha um lugar, tudo tinha uma ordem, da colher de sopa ao garfo da sobremesa. E eu apenas puxei a toalha de mesa debaixo dos pratos ao dar atenção especial a Lucy. Virando, tranquei a porta do meu escritório e caminhei para o outro lado da porta dos fundos onde eu estacionava. Eu precisava desabafar e uma cerveja no Alma’s com a equipe não ia ajudar. Eve me ajudaria. Ela sempre fez.

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CAPÍTULO QUATRO

Lucy — OH meu Deus! — Andrea gritou, chamando a atenção de todos os clientes do sofisticado bar gótico. Me encolhi no banco do bar, me sentindo um pouco como uma tartaruga recuando para a casca. O grito da minha melhor amiga e colega de quarto deixou todo mundo em volta do bar olhando diretamente para nós. O que provavelmente não era um grande negócio para Andrea. Ela esteve aqui no último ano. E puta merda... as histórias que ela veio para casa. Aparentemente, o LnS era um clube de BDSM secreto, assim como um bar. Com uma parte privada no andar de cima que era exclusiva. Arrepios subiram pelos meus braços quando olhei para a porta na parte de trás do bar. Um homem em um terno bem cortado entrou pela porta com uma mulher em um espartilho apertado. Com uma gargantilha fina de couro em sua garganta esbelta, a curiosidade se agitou dentro de mim. Eu afastei meu olhar longe do casal, preocupada que estava olhando demais, mas dei outra olhada por cima do ombro quando eles entraram na porta dos fundos. Eu sabia o suficiente do que acontecia por trás daquelas portas. Eu conhecia a explicação do livro didático e os fundamentos. Mas como era? Essa é uma pergunta que eu não poderia ter respondido lendo e assistindo as filmagens do nosso filme. Eu afastei minhas próprias memórias de minha mãe sendo arrastada pelo braço. Do meu pai dando um tapa na mão dela e falando que ela engordaria se comesse. — Basta olhar para a nossa filha. — ele disse, apontando para mim, no sofá com uma tigela de sorvete. — Ela já é gordinha por sua causa.

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Eu não pude deixar de me perguntar se minha mãe me culpava por ele sair... mesmo que só um pouquinho. Minha vida não foi realmente minha até meu primeiro ano de faculdade quando joguei meu armário cheio de saias e camisas polo aprovadas pela minha mãe, e passei o ano seguinte vestindo jeans apertados, dançando e bebendo com minha irmandade. Tentando “me encontrar”. Aparentemente, só pensei em me procurar no fundo de garrafas vazias de vodka Tito. Demorei um ano e meio para perceber que essa pessoa festeira também não era eu. Andrea gritou em comemoração novamente e fez uma pequena dança da vitória atrás do bar onde ela deveria estar trabalhando. Abaixei a cabeça, me escondendo atrás da vodka com Diet Coke que Andrea me servira. — Shhh! — eu assobiei, mas ela apenas bufou, sorrindo em minha direção. — Você está brincando comigo? Meus projetos podem estar no próximo filme de Jude Fisher e você espera que eu fique quieta? Suspirei. Sim. Era era pedir demais, Andrea não ficava quieta nem quando assistimos The Bachelor8 em casa no nosso sofá. Tomei um longo gole da minha bebida através do canudo. — Você sabe... — eu disse, quando Andrea voltou de entregar um martini para uma mulher no final do bar. — Você vai precisar de uma arara de roupas para mostrar na segunda-feira. Como... uma grande variedade delas. Andrea assentiu e afastou meu aviso. — Eu tenho designs saindo do minha vagina. Eu franzi o nariz. — Bem, então é melhor você limpá-los antes de trazê-los.

8

The Bachelor é um reality show de encontros amorosos roteirizado.

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Andrea amassou um guardanapo e jogou em mim. Ele bateu na minha bochecha e caiu direto na minha bebida. Com os dedos comprimidos, peguei o guardanapo molhado do copo e coloquei no balcão do bar. — Estou falando sério. Minha bunda está na linha aqui. Minha chefe virou-se contra mim por mencionar a ideia de usar um designer de baixo radar. Ela vai ser quase impossível conquistar. Andrea sorriu e correu os dedos pelo cabelo loiro. Ela era o meu oposto em todos os sentidos possíveis. Loira e eu morena. Alta e eu baixa. Olhos verdes esmeralda escuros que eram perfeitamente proporcionais ao seu nariz delicado, enquanto meus olhos castanhos estavam um pouco largos atrás dos óculos de aro preto. Andrea pegou uma garrafa de gim e serviu alguns dedos antes de adicionar água com gás. Seus pequenos seios estavam duros e tensos contra o top preto apertado que ela usava. Eu costumava me vestir da mesma forma há alguns anos. Enfiei meus seios em um sutiã apertado demais. Cutuquei meus globos oculares todas as manhãs tentando colocar lentes de contatos. Coloquei meus pés em saltos altos e minha bunda curvilínea em jeans tão apertado que eu mal conseguia respirar. Enquanto engolia a memória, ela queimava um caminho até a minha barriga. Dane-se isso. O que era? Era como uma mentira eu nunca fui aquela garota. Foi divertido por um tempo. Até que não foi mais. Até que eu parei de dar a mínima para impressionar o garoto bonito da fraternidade. Até que eu cocei minha córnea e não pude usar lentes de contato ou maquiagem nos olhos por uma semana, e meu namorado realmente se encolheu ao me ver. Se encolheu. Como se eu fosse o maldito corcunda descendo da torre do sino. Mas isso não era nada comparado com o modo como minha mãe me ignorava quando eu chegava da faculdade para as férias de inverno. Eu estava me recusando a viver de acordo com as regras dela, então ela decidiu fingir que eu não

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existia. Irônico, não foi? A única coisa que ela mais temia no mundo estava acontecendo, me perdendo. Então ela segurou firme demais, quase me sufocando no processo. Só para me afastar quando eu não me encaixava mais em seu molde de biscoitos. — Honestamente. — disse Andrea, — tenho um guardaroupa dos desenhos que guardo, pronto para mostrar aos compradores de butiques locais. Eu vou ficar bem. Que tipo de projetos eles precisam no set? Eu sentei no meu lugar, fechando meus olhos em pensamento. Quais foram as cenas mais icônicas do filme? O que impressionaria Kelly e Ash? — Definitivamente traga aquele vestido de noite verde esmeralda. Ficará deslumbrante em Marlena com seus cabelos ruivos e também refletirá o verde nos olhos de Jude. — Você tem as medidas de Marlena? Eu vou adaptá-lo para se encaixar nela antes da reunião, para que pareça sensacional e que tenha sido feito para ela. Foi a minha vez de sorrir. — Eu tenho suas medidas, e essa é uma ideia fantástica. Além disso, traga alguns ternos para Jude. Eles devem ser bons para o grande final. E se a qualidade deles não coincidir com a Prada, Kelly irá aniquilar você. Ela quer designers, Ash quer sair desse armário. Você é o compromisso. Andrea franziu o nariz. Em mim, teria parecido desajeitado, como se eu estivesse sentindo um cheiro ruim. Mas em Andrea? Parecia adorável. Como se ela fosse um coelhinho, gatinho ou alguma coisa assim. — Fora do armário? Bruto. Dei de ombros e ri internamente. Ela pode ser mais parecida com Kelly do que eu esperava. — Ela está certa, no

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entanto… Esses personagens são ricos, mas não milionários. Um armário cheio de Givenchy9 seria ridículo. — Marlena também precisa de uma roupa de trabalho? Algo profissional? Eu balancei a cabeça. Despretensiosamente sexy.



Profissional,

mas

sexy.

Andrea me deu um olhar para cima e para baixo. — Simplesmente sexy. Muito parecido com a minha melhor amiga? Eu bufei uma risada, olhando para a minha camiseta manchada e jeans. Revirando os olhos, eu disse: — Ah sim, sou eu. Andrea jogou um cubo de gelo para mim. — Ei, é você. E eu mataria por suas proporções! Esses seios e a cintura minúscula. Quero dizer, vamos lá. É o que toda mulher diz... até que elas tenham seios grandes. Então perceberem que é uma dor de cabeça e eles realmente eram. Ter que usar dois sutiãs no ginásio. Compras de maiô. Encontrar vestidos que combinem com o norte e o sul. — De qualquer forma... — continuei, — não se esqueça de trazer algumas peças de sua linha de lingerie e uma roupa casual para Jude e Marlena. — Entendi. — Seu sorriso se alargou ainda mais e ela gritou de novo desta vez mais quieta. — Muito obrigada, Lucy. Eu acenei para ela. — Cale-se. Como se você não fizesse o mesmo por mim. — Não se isso significasse potencialmente ter minha chefa gritando comigo. 9

Hubert de Givenchy foi muito mais do que um simples estilista, ele é uma verdadeira lenda dentro do império da moda.

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Suspirei e agitei meu canudo na bebida. — Bem, o chefe maior perguntou minha opinião. O que eu deveria fazer? Ignorar o maldito Ash Livingston? — Minha mente vagou para os brilhantes olhos azuis de Ash, o jeito que eles seguravam o meu por mais tempo do que confortável. Ele fez isso de propósito? Uma tática para enfraquecer sua equipe? Ou ele sentiu o que eu senti? Aquela eletricidade entre nós. Não. Isso é uma loucura. Ele é um maldito diretor de Hollywood de jeito nenhum ele estava pensando em mim assim. O homem namorou celebridades pelo amor de Deus. Você é mal humorada porque escolhe ser, outra voz disse dentro de mim e eu a espantei. Sou quem eu sou. Se alguém não vai amar esse meu lado que se vestia confortavelmente e usava óculos, então eu não queria nada com eles. Realmente, eu não queria nada com os homens em geral e não tinha nada a ver com eles. Por mais de dois anos. Dois anos eu e meu vibrador. — Ignorar Ash Livingston? Tenho certeza de que é impossível. — Disse Andrea, sorrindo. — Ele também… ele disse algo na reunião. Ele disse que meu tio disse a ele que eu era especial. Que há uma faísca em mim. Você não acha que o tio Richard disse a ele que estávamos relacionados, não é? — Não. De jeito nenhum. — Andrea balançou a cabeça. — Rich prometeu que ele não diria a uma alma que você era sobrinha dele. Ele nunca iria quebrar uma promessa. Especialmente para você. Eu respirei um pouco mais fácil. Andrea estava certa. Ela cresceu ao meu lado e conhecia o tio Rich quase tão bem quanto eu. Ele havia filmado nosso show de talentos do sétimo ano, onde dançamos um número embaraçosamente coreografado para Hollaback Girl, de Gwen Stefani. Eu me encolhi com o pensamento de que havia evidências do meu terrível ritmo. Especialmente dançando ao lado de Andrea que era natural.

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— Com licença! — Uma voz profunda disse por cima do meu ombro, interrompendo-nos. — Eu poderia, por favor, obter um Gimlet e um Tito e Cranberry? — Claro! — Disse Andrea, sorrindo, e começou a trabalhar atrás do balcão preparando as bebidas. Eu podia sentir os olhos do homem queimando em mim e depois de outro momento, eu olhei para ele por cima do meu ombro. Eu me encontrei cara a cara com o amigo do meu tio, Erik Larson olhando para mim. — Lucy! — Ele exclamou. — Pensei que era você. Como vai você, garota? — Erik? O que você está... — Eu me impedi de fazer a pergunta mais estúpida do mundo sobre: o que você está fazendo aqui. — Hum, ei. Como você está? Ele deu de ombros, me dando um meio sorriso. — Pendurado desde a separação. — Sinto muito ouvir sobre você e Maria. Como Mack está lidando com isso? — Mack, a menina mais fofa de três anos que eu já conheci. Eu costumava ser babá para eles no ano passado para obter dinheiro extra enquanto eles tentavam salvar o casamento. — Ela é jovem. Vai ficar bem. — Ele respondeu. Então, coçando a nuca, ele olhou em volta, desajeitado. Foi quando notei uma correia de couro em sua mão se conectando com o colar de uma mulher atrás dele. Meu rosto ficou branco e lancei meu olhar para frente. Reação instintiva. Andrea trouxe as bebidas e ele deslizou seu cartão pelo bar.

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— Então, hum, não tome isso da maneira errada. — Disse Erik, estremecendo com as palavras: — Mas, eu vou me sentar muito longe de você. Eu dei-lhe um sorriso e assenti. Graças a Deus. Eu não tinha problemas com a dominação. Mas quando era o melhor amigo do seu tio preso a uma submissa bem na sua frente? É um pouco desconfortável. E a última coisa que eu queria ver era o melhor amigo do meu tio, fazer suas fantasias excêntricas na minha frente hoje à noite. Espere, era realmente a última coisa que eu queria ver. Porque ver o tio Rich aqui seria ainda pior. — Você não está magoando meus sentimentos. — eu disse. — Foi bom falar com você. Deixe-me saber se precisar de uma babá. Ele assentiu. — Claro. Eu levantei minha bebida, tilintando a beirada do meu copo com seu e acrescentei, — E, sem ofenças se eu sair daqui sem me despedir. Ele sorriu, seus olhos passando rapidamente pela porta dos fundos, para a área secreta de LnS. Eu revirei meus olhos e empurrei seu ombro. — Não por aquela porta. — Eu disse, enquanto ele riu. — Pela porta da frente. Sozinha. Ele me deu um aceno rápido. — Noite, Lucy. Uma vez que ele se foi, desaparecendo na multidão, eu me inclinei para Andrea, sibilando: — Você não me disse que Erik era um visitante aqui. Ela lambeu os lábios. — Essa não é a única coisa que eu nunca lhe contei... — Andrea disse, sua voz caindo desconfiada. Em todos os anos em que a conheci, só ouvira Andrea sussurrar três vezes. A primeira foi quando tínhamos doze anos e ela teve sua primeira menstruação. A segunda foi

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quando estávamos sentadas na segunda fila em um desfile da semana da moda de Nova York. E agora? Foi a terceira. — Você tem um segredo? — Eu perguntei. — Você? A garota que tagarelou quando saiu com seu professor e ele foi demitido? — Cale-se. Eu posso manter um segredo. E eu não era um dos alunos do professor Brannigan na época. Eu não sabia que ele seria demitido. — Você sabia que ele iria se divorciar? Andrea soltou um suspiro e jogou o pano sujo debaixo do bar. — Ele nunca mencionou uma esposa. — Disse ela, amuada. — Ele tinha quase o dobro da nossa idade, Andrea. — Eu disse. — Oh vamos lá. Ele tinha quarenta e poucos anos e era sexy. Eu gemi. — Certo. Quarenta anos. E nós tínhamos vinte e um. Duas vezes nossa idade. — Então, eu tenho uma queda por caras mais velhos. Me processe. — Andrea deu um aceno de mão e jogou o cabelo casualmente. — Como eu estava dizendo, você sabe como eu tive que assinar um acordo de confidencialidade quando comecei a trabalhar aqui? — Sim… — E lembra como eu te disse que passei algumas semanas substituindo o garçom no andar de cima? Bartending para a seção privada? — Ela sussurrou, mal pronunciando as palavras. Eu balancei a cabeça, pedindo para continuar. — Sim... então?

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— Eu te disse naquela noite que havia alguns tipos de Hollywood de alto escalão que eram regulares lá em cima, certo? Dei de ombros. — Qual é o seu ponto? — Andrea me conhecia melhor do que ninguém, e sabia que eu não dava a mínima para as fofocas de Hollywood. Um sentimento doentio caiu no meu estômago. — Oh Deus. Não me diga que meu tio estava no andar de cima... — Não... não Richard, mas você está perto... — Andrea balançou a cabeça, os lábios pressionados em uma linha firme. — Você realmente não sabe onde eu estou indo com isso? — Seu olhar subiu, caindo em algo ou alguém por cima do meu ombro. Eu me virei no meu lugar, seguindo o olhar de Andrea. Eu não tive que seguir muito longe, no entanto. Lá no bar, andando diretamente em nossa direção estava Ash Livingston.

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CAPÍTULO CINCO

Lucy Respira, Lucy. E daí? Seu chefe acabou de entrar no bar onde você está ficando bêbada. Seu chefe muito gostoso. No bar BDSM muito sexual, onde sua melhor amiga e companheira de quarto trabalha. Ah, sim, nada para surtar... Puxando ar para os pulmões através dos meus lábios apertados e apertei meus olhos bem fechados, algo como se fechar meus olhos faria toda essa cena desaparecer. — Ash vem aqui? — Eu assobiei para minha melhor amiga. Andrea engoliu em seco, olhando de um lado para o outro. — Eu não tenho a liberdade de discutir nossos clientes. — Ela respondeu de uma maneira ensaiada. Mais uma vez, seus olhos se levantaram, captando as luzes da pista de dança. — Mas parece que você terá a chance de perguntar. Lá vem ele. — O que? — Eu gritei e imediatamente abaixei a cabeça em minhas mãos. Oh Deus. Isso não estava acontecendo. — Sr. Livingston. — Andrea disse, e eu pude ouvir a cadência em sua voz, aquele tom doce que ela usava quando trabalhava ou em uma reunião ou quando encantava a todos para sair de encrenca. — Estou surpresa em vê-lo aqui no bar principal. — Nem todos os membros estão tão preocupados com que as pessoas que conhecem nosso estilo. — Disse ele, sua voz um barítono profundo e aveludado que, se eu estivesse de pé, meus joelhos podem ter caído sobre mim.

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— Seu habitual? — Por favor. Eu mantive meus olhos firmemente abaixados, estudando a barra de granito do bar como se minha vida maldita dependesse de memorizar cada linha detalhada. Através dos meus cílios, pude ver Andrea derramando em um copo líquido de cor âmbar. E praticamente em câmera lenta, vi quando seu cotovelo se conectou com meu copo, derrubando o copo meio cheio de bebida e caindo por todo o meu colo. Eu gritei e pulei de pé quando o líquido gelado pousou no meu colo. Chocada, eu levantei meu olhar para Andrea, que encontrou meus olhos com uma sobrancelha arqueada. — Lucy? — Ash disse, ao meu lado. — Eu sinto muito! — Disse Andrea, e usou um pano para limpar a bagunça. — Eu vou te dar outra bebida. Eu olhei para ela. Ela fez isso de propósito. Respirando fundo, me virei para Ash em pé ao meu lado. Seus olhos estavam arregalados, a boca entreaberta, aqueles lábios cheios molhados e tão beijáveis... Eu abri minha boca para falar, mas as palavras não se formaram adequadamente. Onde eu quis dizer: Ash, oi, estranho encontrar você aqui. Tudo o que saiu foi um chiado: — Ahh, eu phuu... Phu. Eu realmente disse “phu” para Ash Livingston. Sim. Isso nem é uma palavra! Eu limpei minha garganta e tentei novamente. — S-Sr. Livingston. Uh, oi. Ele piscou e em um momento, qualquer expressão chocada que ele tivesse, desapareceu. Em seu lugar, meu chefe legal e calmo estava de volta. Ele tirou a mão do bolso e

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passou a mão sobre a barba por fazer. — O que você está fazendo aqui? — Ele perguntou cuidadosamente. Fora de reflexo, meus olhos correram para a porta dos fundos. A porta onde Andrea me disse que alguns dos clientes pagam quantias astronômicas para ter quartos particulares para seus… hum… fetiches. — Eu, hum... bem... — Sério. Use suas palavras, Lucy! Eu me repreendi. Mas aquele simples olhar para a porta dos fundos deve ter dado a Ash a impressão errada. Que eu estava aqui para entrar naquele quarto dos fundos. Seus olhos se arregalaram ainda mais e quando Andrea lhe entregou sua bebida, ele tomou um grande gole. — Bem, eu vou ser amaldiçoado. — Ele sussurrou. Eu tenho a impressão de que eu não deveria ter ouvido isso. Eu engoli em seco, minha boca parecia estar forrada com algodão, e eu peguei minha bebida para molhar a garganta apenas para descobrir que ainda estava vazia. Porra, Andrea. Sentindo que eu estava a segundos de fugir da cena ou fingir que não sabia onde estava, Andrea encheu minha bebida. — Por conta da casa. — Disse Andrea, sorrindo para mim. Sim, com certeza é melhor que seja. Peguei o copo e chupei metade do líquido gelado com o canudo. Imediatamente, uma cãibra pulsou em meus seios, como se eu tivesse dez anos e bebesse um milk-shake rápido demais. Bati a palma da mão na minha cabeça e assobiei... assim como eu fazia naquela época também. Só que agora? Eu parecia ainda mais idiota. As pessoas esperam que as crianças sejam apressadas e congelem o cérebro. Ninguém espera que um adulto trabalhador de vinte e dois anos precise tanto de uma dose de vodka que ela se torne inútil e

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sem graça. Isso basicamente derrotou todo o maldito ponto do álcool, não é? Ash riu atrás de seu punho em uma triste tentativa de esconder sua diversão. — Congelou do cérebro? Eu balancei a cabeça, apertando meus olhos fechados contra a cãibra esfaqueante. Seu toque deslizou sobre meu queixo e meus olhos se abriram para encontrar Ash em pé sobre mim. Uma mão se enfiou no meu cabelo, inclinando minha cabeça para trás. — Separe seus lábios. — Ele disse, sua voz rouca, mas quieta. De pé em cima de mim assim, sua mão segurando minha cabeça para trás. Senti como se estivesse em um conto de fadas sendo beijada pelo belo príncipe. Exceto que neste caso, o belo príncipe era um membro de um clube de BDSM e também meu maldito chefe. Com a ponta do polegar, ele roçou meus lábios, separando-os, em seguida, colocou a mão sobre a minha boca aberta. Não me sufocando, mas fazendo com que eu respirasse o ar quente da minha própria respiração. Em poucos segundos, a dor de cabeça latejante pulsou menos e se dissolveu em um leve movimento em meus seios. — O calor da sua respiração alivia os sintomas mais rápido. Seus olhos se fixaram nos meus, procurando, vagando pelo meu rosto. — Por que você me observa tão de perto? — Perguntei antes que eu tivesse o bom senso de me conter. Meus lábios roçaram a palma de sua mão e a intimidade da minha boca em sua carne enviou um arrepio pela minha espinha. Surpresa subiu ao longo de suas características quando ele piscou e me puxou para cima. Só que ele não tirou os dedos do meu cabelo. Seu dedo indicador girou em torno dos fios. — Eu vejo que você já está se sentindo melhor.

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— Isso não é uma resposta para a minha pergunta. — eu disse, sentindo-me subitamente encorajada. — Isso te incomoda? Ser observada? Sim. — Não. O lado direito de sua boca se inclinou em um sorriso. — Você é diferente. Eu gosto de diferente. Dei de ombros. — Então é isso? Só porque não pareço a típica loira esbelta de Los Angeles... — Calma. — Andrea murmurou atrás do bar, me dando uma piscadela. As sobrancelhas de Ash se dobraram. — Eu não quero dizer diferente fisicamente. Você é única. Há uma energia sobre você que eu acho intrigante. Energia. Talvez ele tenha sentido aquela conexão que tivemos em seu escritório. Aquele turbilhão de energia cinética que fez com que o tempo diminuísse quando eu estava presa em seus olhos. Ash voltou para o seu lugar e tomou um gole de sua bebida. Quando não respondi, ele pressionou mais. — Então, você veio ao LnS para ver o que está por trás da cortina? — Ele perguntou, inclinando seus antebraços contra o bar. Eu segui o seu olhar onde ele inclinou o queixo para a porta dos fundos. A associação super secreta do andar de cima. — Todo mundo sabe o que está por trás da cortina. — eu disse. Ele era muito mais alto do que eu, mesmo inclinado como estava, a linha dos olhos ainda maior que a minha. Ash inclinou a cabeça em questão. — Tem certeza? Eu balancei a cabeça. — O Grande e Poderoso Oz.

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Ele riu, um som quente e grave que vibrou até os dedos dos pés. Eu poderia ter rastejado naquela risada e me aninhado para uma soneca. — Não é bem assim. O Grande e Poderoso Oz era uma farsa. — Seus olhos percorreram meu ombro, pousando brevemente na porta atrás de mim antes de voltar para o meu. Seu rosto estava a poucos centímetros de distância e seu olhar continuou viajando para frente e para trás dos meus olhos para os meus lábios. Eu tenho algo em meus dentes? Por que diabos ele estava me olhando assim? Especialmente quando ele frequentava um clube como este, um clube onde havia mulheres em couro e espartilhos apertados e provavelmente dispostas a fazer todas as coisas que Ash aparentemente amava fazer como espancar e... e... bem, merda. Eu nem sabia que outros tipos de coisas eles faziam lá atrás. Além do pouco que vi em livros e filmes, eu não fazia ideia do que acontecia nesses clubes. — O que acontece lá? — Ash continuou. — É ótimo. E poderoso. Mas nada sobre isso é uma fraude. Eu engoli em seco, olhando para a minha camiseta branca que estava suja do trabalho e meu jeans folgado. Não me preocupei em me trocar antes de sair hoje à noite. — Bem, então... eu acho que é um... cavalo de uma cor diferente. Seu sorriso se espalhou para um sorriso completo, iluminando seu rosto. Eu não o vi sorrir muito no set. Ele não estava mal humorado necessariamente, apenas não muito gentil. Mas esse sorriso? Foi... uau. Revelou um conjunto de dentes brancos e retos e criou uma covinha ao lado do olho direito. Sua camisa branca de Oxford era limpa e passada, deixada aberta na garganta. Seus ombros largos eram como um convite implorando para ser agarrado e segurado ou traçado pela ponta da unha de uma mulher sobre os duros músculos.

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Eu peguei meu lábio entre os dentes e respirei fundo pelo nariz. — Na verdade, eu só vim visitar minha amiga que trabalha aqui. Andrea endureceu atrás do bar enquanto eu revelava a verdade. Minha melhor amiga pareceu entrar em pânico por um segundo, e eu arregalei os olhos, questionando sem realmente verbalizar. Qual era o problema dela? Ash iria descobrir de qualquer maneira quando Andrea aparecesse no set para mostrar o figurino. O comportamento agradável de Ash mudou tão rapidamente que me deixou sem fôlego. — É isso mesmo? — Ele perguntou. As palavras em si eram boas, mas o tom abaixo delas. Uma vantagem dura e perigosa que desafiou Andrea dizer a coisa errada em resposta. Eu segurei minha respiração enquanto meu cotovelo roçava contra o dele. A sensação de sua carne tocando a minha fez o calor pulsar entre as minhas pernas e seu olhar se voltou para mim. Olhos quentes e intensos me encararam bruscamente. — Engraçado. — ele continuou. — Andrea não deveria falar sobre esse lugar. Nunca. Ela assinou um contrato afirmando isso. Minha espinha se arrepiou com a acusação. — Ela não falou nada. — Bem, ela meio que fez mas apenas em termos gerais. Ela nunca mencionou o nome de alguém ou Ash especificamente. E eu serei amaldiçoada se minha melhor amiga entrasse em apuros ou pior fosse demitida porque eu tinha uma boca grande. Ele arqueou uma sobrancelha. — Oh? Acho isso difícil de acreditar. Eu bufei e balancei a cabeça. — Então, só porque você acha difícil acreditar significa que não é verdade? Até dois minutos atrás, eu não tinha ideia de que você vinha nesse

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clube. — Pelo menos isso é verdade, pensei enquanto chutava para trás meu banquinho de bar, de pé. Sim, essa foi uma ideia idiota. Meu 1,60m não teve o impacto de enfrentar o grande valentão, e de repente eu estava mais baixo em sua linha de visão do que quando estava sentada no banco. — Lucy... — Andrea avisou. Sim, eu tinha certeza que eram as duas vodkas no estômago vazio falando, mas não era justo que Andrea fosse demitida por isso. Eu já tinha Kelly gritando no set por causa de Ash. Eu não deixaria minha melhor amiga ser demitida também. Andrea manteve o maldito segredo e se você conhecesse aquela garota, era um milagre. Eu levantei minha mão, afastando a preocupação de Andrea. — Tudo o que conheço há um ano é que ela trabalha nesse bar e tem alguma coisa estranha acontecendo aqui. Que... olhe ao redor, Ash. Qualquer um com metade do cérebro pode descobrir isso. Então, novamente, talvez você não esteja acostumado a estar perto de mulheres que podem pensar por si mesmas, então vou explicar para você. Eu pude colocar dois e dois juntos. Olhe ali... vê aquela garota com o espartilho de couro andando por aí com um chicote? Sim. Não é algo que você vê no Buffalo Wild Wings10. E as gaiolas no palco que as dançarinas burlescos sentam? Ah, e não vamos esquecer as coleiras e a porta dos fundos que é guardada como o maldito Pentágono. — Uau. Sim, definitivamente a vodka falando. Eu não tinha falado assim com um superior desde a faculdade quando meu orientador sugeriu que eu voltasse para a irmandade. Seu sorriso estava de volta e ele cruzou os braços enquanto olhava para mim. Literalmente para baixo desde que ele era bem mais alto.

10

Buffalo Wild Wings é uma franquia americana de restaurante casual e bar esportivo.

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Oh Deus. O que eu fiz? Eu literalmente gritei com meu chefe no meio de um bar onde ele era aparentemente uma das poucas pessoas que conheciam aquela área dos fundos. Meus joelhos tremeram e eu apertei minhas pernas em uma tentativa fracassada de parar o tremor. — Bem... — disse Ash lentamente. — Tudo bem, então. Desculpe por isso Andrea. Andrea e eu olhamos para ele boquiabertas. Ele levantou uma sobrancelha e dirigiu a próxima pergunta para mim. — Você acha que não posso me desculpar? Eu engoli em seco. — Eu acho que você é um homem poderoso. E na minha experiência, homens poderosos tendem a ver as desculpas como uma fraqueza. — Eu levantei meu queixo um pouco mais alto. — Isso provavelmente é verdade para muitos homens. — Disse Ash em uma reviravolta surpreendente. — Mas eu não. Eu acho que há poder em alguém saber quando eles estão fodidos. — Ele olhou mais uma vez para Andrea. — Eu sinto muito. Muitos dos regulares aqui tendem a ser muito privados sobre este lugar. — Andrea ainda estava de pé atrás do balcão, congelada, a boca aberta. Não havia muito que deixava aquela garota sem palavras. Então, voltando para mim, Ash disse: — Temos muitos sistemas para manter a seção privada do LnS secreta. Poucas pessoas sabem que existe e menos ainda conhecem os detalhes internos. — Ele sorriu de brincadeira e balançou para trás em seus calcanhares. — Acho que não contamos com alguém com seu raciocínio dedutivo. Deus, seus olhos. Toda vez que ele olhava para mim, parecia que ele estava vendo a minha alma. Me cortando como um cirurgião, só que em vez de ver músculos e órgãos, ele estava olhando dentro dos meus pensamentos mais íntimos e desejos malditos. Agora mesmo? Esta noite? Eu não

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me importava que ele fosse meu chefe. Eu não me importava que o tio Richard fosse seu chefe. Tudo o que eu queria era rasgar sua camisa, espalhando os botões no chão do bar e passar a língua ao longo daquela garganta bronzeada. — Meus olhos estão aqui em cima, você sabe. — Disse Ash, e eu saí do transe. Oh Deus. Eu estava olhando para o pescoço dele. Como se eu fosse uma vampira cintilante ou alguma merda. Eu mergulhei para a minha bebida, envolvendo meus lábios em volta do canudo bebendo rápido. Qualquer coisa para me dar outra coisa para fazer outra coisa para olhar. Além de Ash e seus brilhantes olhos azuis, sorriso sexy e garganta musculosa... merda, eu estava fazendo isso de novo. Sua risada ecoou pelo bar, sobre a batida da música. Então, me inclinando, pude sentir sua respiração quente contra o meu ouvido. Soprando meu cabelo para trás, meu cabelo estúpido e crespo. E pela primeira vez em um ano, eu me vi desejando ter feito mais do que apenas passar uma escova nesta manhã. Pela primeira vez em um ano, desejei parecer mais bonita. Mais como a garota que eu costumava ser. E isso foi aterrorizante. Eu jurei nunca mais me vestir para ninguém além de mim mesma. Nenhum homem deveria ser capaz de trazer aquela garota de volta. A garota que estava tão ansiosa para agradar sua mãe, seu namorado, sua irmandade, que nem sabia o que realmente queria da vida. E o homem que trouxe de volta esse lado? Ele foi o único a se afastar. — Tudo bem. — Ash sussurrou. — Eu estive encarando seu pescoço também. Eu sou muito melhor em esconder. Ele era como uma aranha. E agora que ele sabia como me prender, ele poderia girar uma teia e eu tenho certeza que voei direto para dentro.

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— Isso não é bom. — Eu sussurrei, sentindo meu rosto ficar quente. Ash riu e tomou um gole enquanto assentia. — Você esta dizendo. Sai esta noite para tomar uma bebida, me afastar da equipe, desabafar... e tentar tirar minha mente de você. — Eu bati meu olhar de volta para ele. Não. Não, eu não o ouvi corretamente. Seria possível que a conexão formidável que eu senti com ele não uma vez, mas duas vezes hoje no set, ele realmente sentiu também? Ele falou em seu copo, como se estivesse falando com ele, não comigo. — Não tinha ideia que te encontraria aqui. É como uma maldita bênção e uma maldição. Eu engoli em seco. A batida consistente da música pulsava, combinando com o ritmo do meu coração. O gelo dentro do meu copo estava derretendo e o exterior estava suando, criando gotas geladas de água deslizando sobre as pontas dos meus dedos. As luzes fracas de alguma forma davam ao bar uma aparência de fumaça, embora não fosse permitido fumar. — Então o que fazemos agora? — Eu perguntei. Ash suspirou. — Nós terminamos nossas bebidas. E cada um segue o seu caminho. Combinado? — Ele estendeu o seu copo para o meu. Timidamente, levantei o meu e bati contra o dele. — Combinado.

***

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— VOCÊ TEM que estar brincando comigo! — Eu falei, me inclinando para frente no banco do bar. — Não há como Liza Minelli11 ser mais talentosa do que Judy Garland12! Ash me deu um olhar duvidoso e encolheu os ombros. — Você tem sua opinião e eu tenho a minha. — Mas sua opinião é errada e estúpida e... e... e como você pode se considerar um diretor e fazer essa afirmação? — Eu sabia que minha voz estava gritando e, no entanto, não pude evitar. Não com aquela declaração assassina que ele acabou de fazer. Ele riu, baixando a cabeça. — Veja. Pelo que vi, Judy era um pônei de um truque. Ela tinha uma voz bonita, mas quase sempre tocava ingenuamente. Liza pode fazer tudo... cantar, dançar, ela poderia desempenhar um papel sério e também fazer comédia como uma filha da puta. — Você claramente nunca viu A Star Burn. — E você claramente nunca viu o Arrested Development. — Ash bateu na ponta do meu nariz com o dedo indicador. Em algum momento durante a discussão boba e acalorada, tínhamos nos aproximado cada vez mais até estarmos a poucos centímetros de distância. Minha respiração se aprofundou e pude sentir a intensa tensão no meu peito. Eu estava tão perto que pude contar seus cílios, podia ver a maneira como seus olhos não eram apenas azuis, mas mais de uma cor azul-celeste com as bordas eram anéis de cobalto profundos. Dissemos que iríamos terminar nossas bebidas, mas a outra se transformou em duas. E agora, estávamos quase nariz a nariz, encarando um ao outro de uma forma que me 11

Liza May Minnelli é uma atriz e cantora americana. Judy Garland, nome artístico de Frances Ethel Gumm, foi uma atriz americana considerada por muitos uma das principais estrelas cantoras da —Era de Ouro— de Hollywood dos filmes musicais. 12

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deixava dolorosamente vulnerável e também pronta para me despir para ele aqui no bar. Eu limpei minha garganta e afastei meu copo vazio. — Provavelmente eu deveria ir. Ash inclinou a cabeça, perguntando por que sem ao menos dizer uma palavra. — Foi um longo dia e tenho a sensação de que amanhã será ainda mais longo. — Então, em uma tentativa velada de mudar de assunto, gesticulei para Andrea, que estava do outro lado do bar, entregando um martini. — E só para você não ser pego de surpresa por nós, duas vezes… na segundafeira, Andrea se encontrará com você e Kelly. Ela é a designer que falei para você. Ele piscou e se inclinou para trás, visivelmente surpreso. Me dando espaço suficiente para que minha respiração voltasse ao normal. — Bem, vocês duas estão cheias de surpresas. Dei de ombros e peguei minha bolsa do gancho abaixo do bar. — Certo. Então, você vê porque provavelmente isso foi uma má ideia. Além disso, duvido que Kelly ficaria muito feliz se soubesse. — Soubesse? — Ele levantou uma sobrancelha. Ele fez a pergunta, mas havia um conhecimento em seu tom. Ele sabia. Ele só queria me ouvir dizer. — Sobre você e eu tomando uma bebida juntos. Só nós dois... fora do estúdio. Espremendo seu lábio inferior em pensamento, ele respondeu: — Bem, então, vamos voltar para o estúdio. Tomar uma bebida lá. Eu bufei um suspiro. — Você acha que está sendo fofo, mas na verdade é irritante. — Irritante e fofo.

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— Somos apenas duas pessoas que trabalham juntas e que se encontraram no bar. Eu me mexi no banco e mexi com o copo vazio. — É você que esta dizendo. — Você não concorda? Quando não respondi, ele continuou me olhando da mesma maneira intensa. O homem tinha que ser cego para não perceber o modo que Kelly o procurava constantemente. Não que eu pudesse culpá-la... se eu tivesse algum jogo, eu também iria procurá-lo. Infelizmente, “ter jogo” no meu mundo significava que eu era a atual campeã de jogo de tabuleiro. E eu era. Sério… solte o garoto mau e veja. Eu sabia que era o Colonel Mustard13 com o tubo de chumbo no Conservatório em quatro turnos. Depois de um intenso jogo de olhares para ver quem falava primeiro, Ash suspirou. — Bem, só assim você saber, esse cara chato se sente mal por causar problemas a você depois da reunião de hoje. Eu bufei e enfiei meu canudo no gelo agora derretido. — Não, não foi tão ruim, espere, como você sabe que me meteu em confusão? Ele tomou um gole de sua bebida, tomando seu tempo para rolar o líquido sobre sua língua e o desejo pulsou entre minhas pernas ao ver sua língua trabalhando na bebida. Escocês idiota e sortudo. — Ela estava gritando no corredor. Eu a ouvi quando saí. Calor manchou minhas bochechas. Merda, isso era embaraçoso. Eu sabia que algumas pessoas da equipe ouviram ela gritar comigo, mas eu esperava desesperadamente que Ash não tivesse.

13

Jogo

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— Veja? — Ash disse, apontando para mim. — Isso aí… esse olhar. Eu me sinto mal. Sinto muito por colocar você em problemas. Dei de ombros. — Você não fez nada de errado naquela reunião. Tudo o que você pediu foi a minha opinião. — Eu sei. E você não fez nada de errado respondendo minha pergunta. Realmente, a pessoa que deveria estar se desculpando com você é Kelly. Mas acho que nós dois sabemos que ela não fará isso tão cedo. — Ela não é tão ruim para se trabalhar. Ela parece muito animada com este filme e está apenas tentando fazer o melhor para você. Eu não conheço ninguém que reaja bem ao seu chefe procurando um assistente para obter informações sobre um projeto com o qual estavam tendo problemas. Qualquer um se sentiria ameaçado por isso. Ash bufou. — Ela vem de programas de streaming, onde seu pai era o produtor executivo do show. E para ser honesto, ela não está agindo como se sentisse ameaçada. Ela está agindo como uma criança mimada. É o que acontece, eu acho, quando o papai te leva a uma indústria onde você não pertence. Mesmo que suas palavras não fossem sobre mim, elas ainda doíam. Dei de ombros e olhei para Ash mais uma vez para encontrar seu olhar de aço em mim. — Nepotismo ou não, ela está lá para ficar. Então, dê uma chance a ela. Aposto que ela vai fazer funcionar. Ele estreitou os olhos. — Por que você está defendendo alguém que tem atormentado você? Essa era uma boa pergunta. Talvez porque, de alguma forma, defender Kelly era como me defender. Talvez porque ela fosse minha chefe e eu sentisse lealdade a ela. — Porque… eu não acredito que Kelly seja ruim. Eu acho que

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ela é endurecida por essa indústria. E ser mal-humorada em resposta a ela não vai ajudar, só vai fazê-la retaliar. Tudo o que posso fazer é viver e trabalhar com gentileza e honestidade. Seja o bem que eu quero ver no mundo... e toda essa merda de Kumbaya14. Ash me estudou e deu um pequeno - hm! - um som agudo e curto, quase como se estivesse rindo. Mas ele não estava. Nem mesmo perto. Um calor brando rodou no meu estômago. Então, quebrando meu olhar, ele balançou a cabeça, tomando outro gole de uísque. Andrea me deu outra bebida e me deu um sorriso de olhos brilhantes. Eu já tinha bebido demais, e com apenas o punhado de amêndoas que comi no caminho até aqui, iria para a minha cabeça. Rápido. — Merda de Kumbaya. — Ash repetiu. — Isso é muito... maduro de você. — Eu tenho meus momentos. Uma mulher com cabelo curto e loiro em um corte de duende deslizou no bar ao lado de Ash, interrompendo-nos. Seu olhar permaneceu baixo, focado na borda do bar. — Eve. — disse Ash. — Oh, merda... eu esqueci completamente sobre o nosso encontro. — Eu vejo isso. — Ela disse, seus olhos se movendo brevemente para mim. Seu delineador voou para fora dos limites e um batom vermelho brilhante encheu seus lábios já carnudos. Minhas bochechas estavam quentes, e eu tinha certeza de que se olhasse no espelho atrás do bar, meu rosto estaria vermelho brilhante. Ash tinha um encontro hoje à noite. Ou 14

Kumbaya: Um termo usado para descrever algo ou uma ação como espiritualmente ignorante, superficial e artificial. Que finge ser um guru espiritual e um modelo.

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pelo menos, parecia que tinha. Um encontro que ele esqueceu por minha causa. Esse fato não deveria me deixar tonta... mas deixou. — Eu realmente não vou precisar de você hoje à noite depois de tudo. — Disse Ash. Seus olhos se estreitaram e os cantos dos lábios vermelhos e brilhantes se apertaram. — Eu tenho uma política de cancelamento. — Eu sei! — Disse Ash, sua voz calma e controlada, apesar de como ela estava chateada. — Chloe irá adicioná-la à minha conta e eu vou pagar o tempo independentemente. Ash tinha um encontro... com uma prostituta? Eu olhei para ela novamente. Ela não parecia uma prostituta. Talvez fosse outra coisa... outro tipo de reunião. Mas meu instinto me disse o contrário. Havia algo no modo como a mão dela descansava em seu braço, seu polegar roçando em movimentos lentos e metódicos. Eles tinham uma intimidade que fez meu estômago revirar. Seus ombros relaxaram com isso e ela até deu um pequeno sorriso enquanto abaixava a cabeça. — Obrigada, senhor. — Eve, quero te apresentar Lucy. Minha amiga. — Engoli. Amiga, não colega de trabalho. Era isso que estávamos nos tornando? — É bom conhecer você. — Eve disse. Seu sorriso era quente, mas seus olhos eram uma história totalmente diferente, frios enquanto viajavam das minhas sapatilhas, através dos meus jeans desgastados e da camiseta manchada e meus óculos. Como dois pavões medindo um ao outro, exceto que um dos pavões tinha lindas penas exóticas e o outro parecia mais um faisão. Simples. Castanho. Entediante. Essa era eu. Um pássaro intencionalmente chato

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para que os outros pavões atraíssem os companheiros, não eu. Andrea entregou a bebida de Eve em tempo recorde. Mesmo como bartender, aquela garota era a sua melhor amiga em qualquer momento. — Foi bom ver você, Eve. — disse Ash, entregando a bebida para ela. — Desculpe novamente pela confusão. Seu sorriso cintilou como uma chama agonizante, e ela assentiu, pegando a bebida e desaparecendo na multidão de pessoas. Ash voltou sua atenção para mim, sorrindo. — Onde estávamos? Senhor. Ela o chamou de senhor. Ele veio aqui para ela. Para estar com aquela mulher, parece. Meu estômago caiu e eu odiei a onda de emoção que entupiu meu peito. Eu engoli, empurrando a vodka meio-vazia de lado. — Eu estava saindo. Você e Eve ainda podem... — Minha voz sumiu, e eu não sabia exatamente o que dizer. — Você ainda pode pegá-la. Mantenha seu encontro. — Eu prefiro sentar aqui com você, tomar minha bebida e falar mais sobre o quão incrível Liza Minelli é. Eu bufei, balançando a cabeça. — Você não acredita em mim? — Não. Eu não. — Por quê? Suspirei. — Bem, para começar, você não sabia que eu estava neste bar quando você chegou. E desde que você deixou claro que você não tem medo de que as pessoas saibam do seu “estilo”, eu acho que você veio aqui hoje à

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noite para, hum, sair com Eve para curtir. — Pagar para sair com Eve embora eu mantive essa parte para mim. Um lampejo de um sorriso curvou seus lábios. — Sair para curtir? — Ele repetiu. Eu joguei minhas mãos para cima, derrotada, e elas pousaram no meu colo com um estalo satisfatório. — Porra. Amarrar. Bater. Tanto faz. Seu sorriso ficou mais alto, mas permaneceu frio e colecionado. Totalmente indiferente às acusações que eu estava lançando sua direção. — Primeiro de tudo, eu não “saio” com ninguém. Eu fodo. Forte. Deixo sua bunda rosada e os dedos dos pés se enrolarem. Mulheres com quem tenho as cenas deixam minha sala de jogos na manhã seguinte, implorando por mais. — Eu engoli em seco, minha garganta repentinamente seca. — Segundo, Eve é uma submissa profissional e eu tinha reservado uma hora com ela para entrevistar sobre como ela entrou na comunidade. Uma pesquisa para o filme. — Ele fez uma pausa, lambendo os lábios antes de continuar. — Então eu encontrei você aqui no bar e estou achando essa conversa extremamente esclarecedor. E muito mais divertido. Eu limpei minha garganta. — Eu não posso imaginar o por que. Eu não sou uma sub. E eu não estou interessada. — Disse, então limpei minha garganta. — Interessante. Eu quis dizer que não sou interessante. — Santo Deslize Freudiano. Seu sorriso se alargou. — Eu peço desculpas, mas não concordo. Eu acho que você é interessante. — Então, ele se inclinou, seu olhar traçando o meu corpo. — E se você estiver interessada... Quando abri a boca, as palavras ficaram amarradas na parte de trás das minhas amídalas. Não posso dizer exatamente que o tio Richard, seu chefe, me avisou que ele

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dorme com as mulheres com quem trabalha. — Bem, eu não estou. Interessada, é isso. — Por que não? Para ser justa, o tio Rich tinha me avisado sobre toda a equipe. Havia literalmente uma lista que ele fez de cada membro da equipe e quem eu precisava ficar longe deles. Mas no topo dessa lista? Era Ash. Eu limpei minha garganta. — Vamos apenas dizer que você desenvolveu uma reputação no set. Ash suspirou, e pela primeira vez desde que o conheci, não, desde que tive meu primeiro vislumbre dele no set houve uma rachadura em seu comportamento seguro. Uma pequena fissura que quebrou o chão sólido em que ele estava. Pequeno, mas o suficiente para sacudir sua postura forte. — Merda... — Ele apertou os dedos em torno do nariz e apertou os olhos bem fechados. — Kelly te contou sobre nós, não foi? Espere o que? Kelly me disse... Oh meu Deus. Kelly e Ash. Isso explicava muito. O jeito que ela era tão neurótica sobre Ash. E por que ela ficou tão afetada quando ele me mostrou atenção. Fechando meus olhos brevemente, me forcei a não parecer chocada. Forcei meu maxilar a ficar bem fechado e meus olhos permanecerem impassíveis. Ash tomou um grande gole de sua bebida e, quando a pousou, passou os dedos pelo anel que usava no mindinho, girando-o nervosamente. Era um anel feminino estranhamente delicado para um homem do tamanho dele, e não pude deixar de pensar que era de outra pessoa... destinado a uma mulher. — Olha, foi meses atrás. Antes mesmo de entrarmos em pré-produção. Eu não tinha ideia de que eles iriam escolhê-la como figurinista. Eu nem sabia que ela estava sendo entrevistada para esse trabalho. Nós nos encontramos em uma festa, bebemos muitos e acabamos na casa dela.

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Eu coloquei um sorriso frio de lábios apertados. — Isso parece ser um padrão com você. — Conte-me sobre isso. — Ele murmurou. — Então, Kelly é uma submissa? Ash sacudiu a cabeça. — Ela não é. Não foi uma cena… foi apenas sexo. — Uma cena? Ele deu uma risada auto indulgente que eu não consegui dissecar. Ele estava rindo de mim? Ou de si mesmo? — É um termo BDSM. Como... uma noite pré planejada ou um fim de semana de jogos. Nós estabelecemos o começo, meio e fim e chamamos de cena. — Oh, certo! — Eu assenti, fingindo que sabia exatamente do que ele estava falando. Porque realmente… eu deveria. Nós estávamos filmando um filme sobre BDSM e eu me senti meio idiota em não saber o que aparentemente era um termo básico do estilo de vida. — De qualquer forma... — Disse Ash — como você sabe, há essa política estúpida do estúdio. Não é uma ofensiva de fogo, confraternizar, mas é definitivamente desaprovado. E uma vez que Kelly foi contratada, ela e eu assinamos um contrato afirmando que a única vez que estivemos juntos foi consensual. Mas acabou. Nada aconteceu desde então. Suas palavras me atingiram no peito como gelo seco. Frio. Danificando — Não é estúpida. — Eu disse baixinho. Suas sobrancelhas franziram entre os olhos. — O que? — A política do estúdio. Não é estúpida. É uma regra importante ter em prática para que pessoas em posições poderosas não possam exercer um poder para fazer com que os funcionários durmam com elas. É bastante difícil nesta

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indústria. — A realidade da nossa situação estava se chocando comigo. Ash era meu chefe. Meu chefe no meu primeiro filme profissional. Eu não poderia estragar tudo, mesmo se eu tivesse tio Rich para me segurar. Esta noite foi divertida. Muito divertida. Mas essa garota? Essa garota sedutora que bebe Diet Coke com Vokca toca no braço dele e olha dentro daqueles profundos olhos azuis não é quem eu sou. Não mais. E perseguir isso? Ficar aqui com ele nos colocaria em problemas. Ash suspirou e tomou o que restava em seu copo. — Você está certa. Não é estúpida. Eu entendo porque é importante, mas também em nossa indústria, as linhas são muito borradas. — disse ele. — Olha, estou sendo honesto quando digo que não sabia que você estaria aqui. Eu não vim para te encontrar. Mas eu tive um bom tempo, independentemente disso. Eu prometo a você, não importa o que aconteça entre nós, sua posição no filme e na Silhouette não serão comprometidas. Sim, eu sabia disso. Com o tio Rich como presidente, era Ash quem deveria se preocupar com seu trabalho, não eu. Eu coloquei meu canudo entre meus lábios e sorvi forte. Filho da puta... eu tinha que aprender parar de beber tanto quando estava nervosa. Minha cabeça estava confusa e as luzes da pista de dança estavam girando em torno de mim. — Eu deveria ir. — Eu sussurrei, minha voz rouca. Joguei um pouco de dinheiro no bar, esperando que cobrisse Andrea para as bebidas e uma gorjeta decente. E se não, eu pagaria amanhã. Por enquanto, eu precisava me afastar desse homem. Me afastar de seu perfume inebriante e voz hipnótica. Quanto fiquei de pé, o salão se inclinou e Ash me pegou pela cintura. O calor de suas palmas passou pela minha camiseta de algodão e eu pude sentir o peso e a pressão de seu toque contra a minha carne. Meus seios foram pressionados contra seu peito duro e musculoso e minhas mãos pousaram em seus ombros largos.

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Eu apertei meus olhos fechados. Como me sentiria com essa palma deslizando entre minhas coxas? Escovando meu clitóris inchado? — Vou levá-la para casa. — disse Ash. — Você não deveria dirigir. Bem, duh. Nenhuma merda, Sherlock. Eu não ia fingir que estava bem para dirigir. Ficou claro que, com a forma como eu tinha batido as duas últimas bebidas e meia, eu não deveria estar atrás de um volante. Mesmo assim, andar de carro para minha casa com Ash não estava acontecendo. Eu balancei minha cabeça, o movimento mexendo meu cérebro como um liquidificador. — Andrea pode me dar uma carona para casa. — Depois do turno dela? — Ash olhou para trás e para onde Andrea estava atrás do bar. — Em que? Duas da manhã? Merda. Ele estava certo. Esse é um plano terrível. Especialmente desde que eu tinha que estar no set às seis da manhã. Uma fatia rosa escorregou entre seus lábios cheios enquanto ele passava a língua através deles em um movimento rápido. Se era um tique nervoso, ou ele estava pegando um pouco de uísque que se agarrava a seus lábios, eu não tinha certeza. Mas era cem por cento sexy. — Que tal eu lhe dar três opções. Número um: — ele contou em cada dedo. — Eu levo você para casa. — Eu abri minha boca para discutir, mas ele me ignorou, falando sobre mim quando comecei a objetar. — Número dois: sua amiga lhe dá uma carona para casa depois de seu turno e enquanto espera ela sair do trabalho, você dorme no meu quarto particular no andar de cima. Você não pode ficar aqui até as duas da manhã e estar no set às seis. Curiosidade explodiu dentro de mim. Como eram as áreas privadas no andar de cima? O que Ash teria naquele

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quarto? Escondido no canto mais profundo de suas gavetas e armários? Engoli. — Qual é a opção três? — Eu chamo meu motorista e ele te leva para casa. Eu vou seguir atrás em seu carro para que você o tenha de manhã. Ter seu motorista me levando para casa pareceu ainda mais estranho. Como se eu estivesse usando seu poder e dinheiro para... por luxo ou algo igualmente louco. Não, eu não ia usar Ash assim. Eu senti como se estivesse sendo dada uma mão no poker por um tubarão. — Que tal a opção quatro… eu chamo um Uber, depois volto de manhã para pegar meu carro. Ele abaixou a cabeça, a frustração se esvaindo de seus poros. — Quanto vai custar um Uber? Eu engoli, sabendo onde esta linha de questionamento estava indo. Se fosse um passeio de oito dólares e apenas dez minutos de distância, isso não seria grande coisa. Suspirei. — É uns trinta dólares daqui até minha casa. Ele bufou e balançou a cabeça. — Então, você vai ter 60 dólares por duas viagens de Uber? Para não mencionar, você terá que acordar uma hora mais cedo do que precisa, então vir aqui e pegar seu carro para chegar ao set a tempo, quando você poderia simplesmente pegar uma carona para casa de graça agora mesmo? O salário dos assistentes aumentou exponencialmente desde que eu era um, que sessenta dólares não é grande coisa? Eu inalei profundamente pelo meu nariz, flutuando meus olhos brevemente fechados. — Você é meu chefe e acabou de admitir que dormiu com meu outro chefe há alguns meses. E há a política de não confraternização na Silhouette. Você acha seriamente que qualquer uma das suas três opções é um bom plano?

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Com um suspiro pesado, suas narinas se abriram. — Não. Mas estou disposto a arriscar meu trabalho e minha reputação para garantir que você chegue em casa com segurança. O calor se acumulou na minha barriga. Ele era um bom homem. Claro, ele brinca muito. Mas em sua essência, essa é a resposta certa. E garantindo minha chegada segura em casa? Até mesmo o tio Richard não podia ficar bravo com isso. — Você está bêbado? — Eu perguntei. Ash sacudiu a cabeça. — De modo nenhum. Este é apenas o meu segundo, e eu não tenho que terminá-lo. — disse ele, batendo com o dedo na borda texturizada do copo. — Vamos! — Ele persuadiu. — O que Judy faria? O que Judy faria? Judy seria capaz de pagar o seu próprio motorista de limusine. Como estava, eu mal podia pagar uma viagem Uber de trinta dólares. Recusei-me a aceitar o salário extra que o tio Rich tinha me oferecido com o emprego e só aceitei o salário inicial típico para um PA com meu nível de experiência, também conhecida como zero experiência. Depois de pensar por um momento, fiquei mais alta, balançando minha bolsa sobre o braço. — Tudo bem... opção cinco. — eu disse. — Você me leva para casa no meu carro e então eu chamo para você um uber para trazê-lo de volta para cá. — Ash começou a objetar, mas eu segurei as chaves do meu carro para ele. — É um compromisso, Ash. Eu não vou deixar você pagar por algum motorista de limusine com preços astronômicos para me levar para casa. Fazendo desta maneira ainda me poupa tempo e dinheiro porque eu só preciso pagar o custo de um Uber… não dois. E você estará me poupando o trabalho de ter que acordar às quatro e meia da manhã para pegar meu carro. — Eu arqueei minhas sobrancelhas, aguardando sua resposta. Quando ele acenou com a cabeça e estendeu a palma da mão, deixei cair as chaves em sua mão aberta.

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— Eu não vou deixar você pagar pelo Uber. — Ele disse. — Sim você vai. Ele deslizou o copo de volta para o do bar para Andrea pegar. Então, murmurando, passou a mão pelos cabelos. Mas eu poderia jurar que através do véu fino de sua boca virada para baixo e olhos apertados, eu vi a sugestão de um sorriso. — Eu sabia que deveria ter perguntado 'o que Liza faria' em vez disso. — Liza teria feito a mesma coisa. Apenas mais alto, mais desagradável e desafinado.

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CAPÍTULO SEIS

Lucy Eu deslizei para o banco do passageiro do meu pequeno carro Smart Fortwo e abri a janela. Ash estava do lado de fora, a porta aberta, olhando para o pequeno espaço no banco do motorista. — Aqui. — ele se inclinou, me entregando uma garrafa de água que pegou com Andrea e um brownie que tirou do bolso. — Você deve beber água e comer algo. Eu arqueei uma sobrancelha. — Um brownie? — Sim, não tenho certeza de quanto um quadrado gigante de açúcar e chocolate ia ajudar a absorver o álcool. — É proteína infundida… um amigo meu é louco e também um padeiro… ele me deu hoje. Eu desembrulhei o celofane e parti um pedaço, colocando-o na minha boca. Era... santo Deus, era o céu em forma de brownie. — Uau! — eu disse, mastigando. — Isso é... isso é saudável? Ash deu de ombros. — Inferno se eu sei. — Ainda de pé do lado de fora, olhando para o banco do motorista, soltou um suspiro, depois se curvou e sentou ao volante. O assento rangeu todo o caminho enquanto ele o deslizava para trás o máximo possível. — Cristo, eu tinha caixas de fósforos quando criança maior que essa coisa. Seus joelhos emolduravam o volante e ele colocou as chaves na ignição, ligando o carro. — Se você vai reclamar, eu sempre posso chamar um Uber. — Eu disse. Ele virou sua carranca diretamente para

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mim, mas eu ignorei, agarrando meu cinto de segurança e prendendo-o no meu quadril. — Não se atreva a abrir esse aplicativo. — ele avisou. — Eu não posso acreditar que esta lata sobre rodas seja legalizada na estrada. — Você não quer salvar o planeta, Ash? — Não às custas das minhas costas. — Mas por baixo daquela carranca estava o menor sorriso hesitante. Ele exalou um suspiro através dos lábios grossos, depois passou os dedos pelos cabelos escuros e despenteados. Com mãos fortes, ele ajustou o espelho retrovisor e seus olhos imediatamente se fixaram em algo atrás de nós. Na seção do porta-malas do meu carro, estavam pendurados três ternos do tio Richard que eu pegara na lavanderia como um favor para ele. O nome dele estava impresso no recibo grampeado no primeiro cabide, e eu me encolhi quando Ash se virou e apontou para ele. — Por que você tem a limpeza a seco de Rich? Dei de ombros, mentiras em potencial está nadando no meu cérebro. — Parte do trabalho de merda de ser uma assistente do figurino? — Eu respondi, mas saiu mais como uma pergunta. — Ele... correu para mim nos corredores quando eu estava indo para a lavanderia e perguntou se eu não me importaria de pegar alguns de seus ternos também, já que eu iria de qualquer maneira. As sobrancelhas de Ash mergulharam, mas com um pequeno som de “huh”, ele assentiu e se virou de volta. — Não tenho certeza por que ele não teria pedido para Jasmine pegá-los. Jasmine! Sua assistente. Claro, eu deveria ter culpado ela. Dizer que ela pediu o favor... não o tio Rich. Eu mentalmente bati na minha testa.

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— Bem… eu estava indo para a lavanderia de qualquer maneira. Assim… Ash riu. — Aquele filho da puta preguiçoso. — ele disse, mas parecia que estava brincando. Ele recuou do local, parando no sinal vermelho a entrada e a saída do estacionamento do LnS. Eu cobri meu sorriso com as costas da minha mão. Ele parecia absolutamente ridículo. Seus joelhos estavam até o peito, as costas estavam curvadas, o queixo e o pescoço se projetando para a frente, ele parecia um personagem de desenho animado. — Vire à direita. — eu instruí. — Então pegue a estrada. Siga em direção a West Hollywood. Sua boca se curvou e ele balançou a cabeça, dando uma gargalhada. — Eu tenho que dirigir todo o caminho para West Hollywood nessa coisa? — Ele suspirou. — Cara, talvez eu devesse ter deixado você pedir o Uber. — Ele sorriu e, puta merda, a visão de seu sorriso tirou o meu fôlego. Esse flerte que estávamos fazendo era quente. Esta noite foi a maior ação que eu tive em dois anos. Deus, isso era triste. Eu estava triste. Você poderia se tornar uma virgem de novo? Isso não era uma coisa da moda... nascer de novo virgens? Sim, Andrea me avisou disso. Que se eu não fosse cuidadosa, as teias de aranha se formariam e o sexo seria miserável mais uma vez, assim como a primeira vez que fiz sexo com Duncan na noite de formatura. Essa brincadeira com Ash foi muito melhor do que qualquer preliminar que eu já tive. O que provavelmente tinha muito menos a ver com Ash e muito mais a ver com os caras idiotas que eu namorei no ensino médio e na faculdade. A brisa da minha janela aberta pegou seu ondulado cabelo escuro, agitando-o ao vento. O luar cortou seu rosto, lançando um tom azulado e dando-lhe um brilho quase mágico.

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Ash jogou o Smart no tráfego da rodovia sem problemas. Somente em Los Angeles pode haver essa quantidade de tráfego tão tarde nos dias de semana. Seria tão ruim assim? Quebrar as regras de confraternização? Elas foram feitos para proteger mulheres e pessoas em posições inferiores de serem usadas... mas eu não me sentia assim. Eu sabia que a minha posição no estúdio não dependia de eu estar ou não com Ash. Inferno, eu sabia mais do que ele. E pela primeira vez em mais de um ano, havia um homem prestando atenção em mim que realmente me deixou... excitada. Pela primeira vez em anos, eu realmente queria perseguir alguém. Com minha história? Talvez eu não devesse ignorar esse impulso. — Você está me olhando de novo. — Disse Ash, tirando os olhos brevemente da estrada para olhar para mim. — Não que eu me importe, é claro. Merda. Eu empurrei meu olhar para longe, pela janela e engoli em seco. — É difícil não olhar para você. — Eu respondi, honestamente. Que diabos? Claramente a vodka ainda tinha o controle da minha língua. Eu não falo coisas assim para os homens. Nunca. Nem mesmo quando usava vestidos fofos e cheios de purpurina e ia para festas de irmandade. Essa conexão intensa, era como um calor baixo e quente que quanto mais tempo eu passava com Ash, mais dolorido e quente se tornava. — O que fez você querer ser diretor em vez de ator? — Eu perguntei, em um esforço para tirar minha mente do quão agudamente atraída por ele eu estava. O homem poderia facilmente ser um ator. Ele parecia um John Stamos15 mais jovem e robusto. Por que alguém tão bonito escolheria uma vida por trás da câmera?

15

John Phillip Stamos é um ator americano. Conhecido pelo público por interpretar Jesse Katsopolis (Tio Jesse) nas séries Full House e Fuller House.

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Ele riu, inclinando a cabeça para o lado. — Eu pensei em atuar. Eu também era muito bom nisso. Quando eu era um calouro na faculdade, uma das tarefas era montar um carretel falso. Apenas para práticar. Eu me virei para o cara sentado ao meu lado e perguntei se ele queria que nos ajudássemos, eu filmaria o dele, ele filmaria o meu. Aquele cara? Era Jude Fisher. E eu gostava de filmá-lo mais do que gostava de atuar no meu próprio filme. Eu tinha um jeito para os tiros. O carretel dele era muito melhor que o meu, e eu dou merda a ele por isso até hoje, não porque ele era um ator melhor do que eu, mas porque eu era melhor diretor/cinegrafista do que ele. — E vocês tem sido melhores amigos desde então? Ash deu de ombros. — Basicamente. E você? Por que figurino ao invés de atuar? Eu bufei na garrafa de água que eu estava tomando. — Tá brincando né? Olhe para mim. Ele virou um rápido olhar para mim. — Estou olhando. — disse ele lentamente. Silenciosamente. O ar entre nós se intensificou e zumbiu para a vida. — Eu estive olhando todo o maldito dia. Então, me diga... o que te fez escolher o figurino? Eu limpei minha garganta, tentando encontrar minha voz. — Vamos ignorar o fato de que eu não sou exatamente o padrão de Hollywood para a beleza. — Bem, o padrão de Hollywood é besteira. — disse Ash. — Mas isso é irrelevante. Porque você é bonita. Você seria uma estrela de cinema linda. Mas a beleza de Hollywood é apenas um mito estúpido que envolve contornos e saltos e foder o Photoshop. Se você tira qualquer uma dessas atrizes de sua maquiagem e as vê em um dia normal em suas camisetas e jeans... — sua voz desapareceu e quando ele

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falou de novo, foi mais rude. — Vamos apenas dizer, você as envergonha. Uma chama tortuosa acendeu em meu núcleo. Conseguiu ser ao mesmo tempo deliciosamente satisfatório e também aterrorizante. O que estava acontecendo aqui? Ele acha que sou linda. Ele não vê uma simples garota de cabelos castanhos e enormes óculos retangulares. — Então, eu vou perguntar de novo. — disse Ash. — E espero uma resposta honesta... por que figurino? Vulnerabilidade apunhalou através de mim, subindo do meu núcleo até meu peito. — Eu não sei. Eu sempre amei vestir outras pessoas. Provavelmente porque eu nunca tive permissão para escolher o que eu usava, então, ao invés disso, eu vestiria minhas Barbies. As sobrancelhas de Ash se apertaram. — Você não tinha permissão para escolher suas roupas? Eu balancei a cabeça. — Minha mãe era... rigorosa. Ele franziu a testa para a declaração, apertando a boca nos cantos, mas ele não pressionou mais. — Então... vestir a Barbie era o seu escape. — disse ele. Suspirei de alívio por não ter que ir mais longe no meu relacionamento com minha mãe. Pelo menos, não está certo neste segundo. — Sim. Eu não acreditava que a executiva Barbie usasse um terno rosa. Então eu criei uma roupa nova de trabalho para ela em azul marinho. Eu só estava de olho nisso. E quando Andrea começou a costurar, ela fazia as roupas e, juntas, criamos esses personagens esses looks de paletes aleatórios com tecidos que encontramos na lixeira da Fábrica JoAnn16. — Eu ri e balancei a cabeça. — O que é tão engraçado? 16

JoAnn: Varejista Americana especializada em tecidos

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— Estou lembrando quando Andrea levava as roupas que minha mãe me obrigava usar e as alterava. Tipo, ela pegou uma saia que minha mãe comprou e costurou alguns pequenos ganchos por dentro para que, quando íamos para a escola, eu pudesse enfiar a bainha nos ganchos e se tornasse uma saia assimétrica na moda e bonita. — Ela parece uma boa amiga. — A melhor. Houve uma breve pausa antes de Ash dizer: — Então, estar no palco como um dos personagens nunca passou pela sua cabeça? — Não. Nunca. Além disso, eu nunca poderia desistir de doces como este para ser atriz. — Fiz uma pausa para dar outra mordida no brownie e gemi. — Oh meu Deus. Sério... você tem que experimentar. Seu amigo é ridiculamente talentoso. — Corte um pedaço e coloque na minha boca. — Ele abriu a boca. Seus lábios pareciam suaves, molhados e maleáveis e eu queria tanto pressionar os meus contra eles. Fechar meus olhos e afundar na sensação enquanto eles deslizavam pelo meu pescoço, dando beijos por todo o meu corpo até que finalmente, pousaram entre as minhas pernas. Bem, merda. Eu estava olhando de novo, desta vez para sua boca aberta. E ele sabia disso com base na maneira como se curvava em direção aos seus olhos. Engolindo uma maldição, cortei um pedaço e cheguei para à esquerda. O carro é pequeno assim eu não tive que me inclinar muito. Eu queria esses lábios. Queria tanto que já podia prová-los podia imaginar restos de uísque e chocolate do brownie -que ele estava prestes a comer- agarrado em sua boca. Se era assim que o desejo era? Eu precisava de mais. Precisava mais do som inebriante de sua voz e da suave onda de luxúria que sentia em minha barriga.

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A cada segundo que passava, sentia a minha vontade se evaporar. Enquanto estendia meu braço, o brownie apertado em meus dedos, cheguei um pouco mais perto do que precisava e escovei meus dedos contra os seus lábios. Prazer chutou através de mim das pontas dos meus dedos quando eu coloquei o brownie em sua língua, que ele estendeu para encontrar o meu toque. Com um movimento, sua língua úmida e sedosa se curvou ao redor do meu dedo enquanto ele chupava o brownie de mim. Ele gemeu um som desesperado e perverso quando tirei meu dedo do aperto de sua boca. Cruzei minhas pernas com força, apertando contra a dor latejante na minha calcinha úmida. — Porra, isso foi bom. — disse Ash, engolindo em seco. E eu tinha certeza que ele não se referiu ao brownie. — Então... você tem um forte para doce. — disse ele. — Qual é a sua refeição favorita? Como... comida de verdade. Não besteira — Amêijoas17. — respondi automaticamente, depois ri do olhar que Ash me deu. — Eu sei… é uma resposta estranha. Mas minha mãe costumava fazer no meu aniversário. Ela fazia como sopa. Ou fritos com jalapeños18 e milho assado. Outras vezes, colocávamos em tortilhas e comíamos como tacos. Eu poderia comer mariscos em todas as refeição e ser feliz. — Amêijoas. — ele repetiu. — E você só tem permissão para comer no seu aniversário? — Aniversário ou uma ocasião especial, como quando eu me formei.

17

Amêijoa: Várias espécies de moluscos. A pimenta-jalapenho ou simplesmente jalapenho é uma pimenta doce e de uma variedade médiagrande de Capsicum annuum originária do México 18

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Ele manteve seu olhar confuso. — Quero dizer, eu posso entender que algo como pizza pode causar um enorme alarde, mas os moluscos podem ser saudáveis, certo? Eles podem ser. Mas não do jeito que eu gostava deles. Fervidos em uma sopa cremosa. Ou espaguete amanteigado. E eu não sabia se estava pronta para revelar o quão intensa mamãe era... bem, é. Como ela mediria minha comida, até a colher de chá. Como tínhamos pesagens semanais juntas e a carranca de desaprovação que marcava sua testa toda vez que eu subisse o tamanho do vestido. Eu desisti e respondi: — Bem, eles eram caros e não tínhamos muito dinheiro. — Isso não era totalmente mentira. Mesmo antes de meu pai partir, só tínhamos amêijoas em ocasiões especiais. — Ok. — disse Ash, seu sorriso retornando. — Amêijoas, então. Eu nunca pensei que a palavra pudesse soar tão sexy. Mas ouvir Ash Livingston dizendo amêijoas quase me fazia espalhar minhas pernas e lhe oferecer meu molusco. Eu poderia realmente fazer isso? Sexo casual com meu chefe? Foi incrível como eu mudei drasticamente no decorrer de apenas alguns minutos. De volta ao bar? Eu estava convencida de que isso nunca aconteceria. De jeito nenhum. Mas agora? Talvez seja a vodka. Talvez seja a nossa brincadeira leve e fácil. Mas senti uma atração inexplicável por esse homem. Uma química que eu não sentia há anos... talvez nunca senti. Aquele desejo espesso pulsando através do meu corpo era forte demais para ser ignorado. Eu nunca me entreguei a isso. E talvez fosse a hora. Eu era uma mulher com necessidades. E ele... bem, ele era lindo e irradiava uma necessidade sexual crua. Será que ele ainda quer fazer isso? Eu olhei para a esquerda mais uma vez para encontrar sua mandíbula apertada, as calças com uma protuberância que era mais do

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que impressionante, e seu peito arfando a cada respiração rápida. Ah, ele queria. — Eu não esperava uma pergunta tão simples “qual é a sua comida favorita” me surpreendesse. Mas Lucy... você é uma das pessoas mais notavelmente imprevisíveis que já conheci. Quero dizer... foda-se. — Ele terminou o pensamento com um leve toque no volante. Notavelmente imprevisível. Eu gostei mais do que deveria. — Tudo bem, foda-me. — eu disse. Seu olhar se voltou para o meu, brilhante e vivo com a necessidade. Um arrepio tremeu através do meu corpo, começando na base do meu pescoço até boca do meu estômago, um tremor de puro prazer e antecipação. Então, seus olhos se voltaram para a estrada e ele balançou a cabeça. — Você está bêbada. — Estou sóbria o suficiente para saber o que quero. E bêbada o suficiente para ter a coragem de dizer. Havia uma facilidade em seu sorriso, uma atitude despreocupada e diabólica que eu gostaria de poder imitar. Ele riu, balançando a cabeça. — Eu não vou subir com você, Lucy. Droga. Isso foi uma surpresa. E um soco no estômago não, não no estômago. Na boceta. — Bem, bom. Porque moro no primeiro andar. — Tudo bem. — disse ele. — Então, eu não vou entrar com você. — Por que não? — Eu era tão sem graça? Que até o diretor com a maior reputação na Silhouette não queria dormir comigo? Não, espere. Ele disse que eu era linda. Linda em Hollywood. A menos que tudo era apenas uma mentira para entrar em minha calcinha... mas então ele iria entrar,

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não iria? Eu me sentia como um cachorro perseguindo o rabo. Ele me fez girar em círculos. — Porque… como você disse… as regras do estúdio estão no lugar por um motivo. E essa razão é mais importante que o caso furioso de bolas azuis com as quais inevitavelmente irei para casa essa noite. Não olhe, não olhe, não olhe... Mas claro que olhei. Sim, aquela protuberância ainda estava lá. Maior que nunca. Apenas a menção de suas bolas me fez apertar, ansiando por uma libertação. — Você está dizendo que vamos fingir que nada aconteceu? Que nenhum de nós quer isso? Ele balançou a cabeça lentamente. — Não… estou dizendo que não vamos nos apressar hoje à noite. Eu estou dizendo que nós vamos realmente pensar sobre isso e então decidir outro dia. Sobriamente. Depois de assinarmos um contrato de consentimento. E amanhã, vou transferir todos os assuntos sobre figurino para o Jon, meu assistente de direção. — Você irá? — Sim. Tecnicamente, mesmo que eu seja o seu diretor, não terei nenhuma opinião em seu departamento ou, pelo menos, não tenho nada a dizer sobre a contratação e demissão do seu departamento. Ainda vou ter uma palavra a dizer sobre os figurinos, é claro. Algo que eu provavelmente deveria ter feito quando Kelly foi contratada em primeiro lugar. Eu engoli o nó na garganta. — Então... não há nada que eu possa fazer para você entrar hoje? — Não. — Mas...

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— Lucy, não. — Sua voz cresceu com autoridade e uma promessa erótica. Mesmo que ele estivesse me repreendendo, levantando a voz, arrepios estouraram em toda a minha carne e eu tremi com um arrepio de desejo. — Mas... — a suavidade em sua voz enganou a maneira aquecida que ele olhou para mim. — Eu vou te dar um beijo de boa noite. Um beijo. Se você está confortável com isso. Deus sim. Sangue correu pelo meu corpo e rugiu em meus ouvidos. — Lucy? — Sim. — eu consegui dizer. — Sim, estou confortável com isso. — Confortável? Sim, essa não era a palavra certa. Aludiu a uma indiferença. Você está confortável em um sofá. Não com a perspectiva da porra da língua de Ash Livingston se misturar com a sua. Por dez minutos, o silêncio se arrastou entre nós pelo resto do caminho. Finalmente, estávamos nos aproximando do meu apartamento. — Tome essa saída. — eu indiquei, apontando para a frente. Ele fez o que eu disse, ligando a seta e seguindo minhas instruções restantes para a rua do meu complexo de apartamentos, e a garagem de dois lugares um para mim e outro para Andrea. — Você pode simplesmente estacionar aqui. Com as mãos ainda no volante, brincou com o anel no dedo mindinho, girando-o enquanto estreitava os olhos. Parecia que ele estava pensando... contemplando... intenso. Ele olhou ao redor da garagem, linhas vincando sua testa. — Você está bem? — Eu perguntei. — Sim... eu só... eu sinto que conheço esse lugar. Saí do carro e Ash fez o mesmo, fechando a porta e saindo da garagem coberta. — Esta é a entrada dos fundos. A

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estrada principal para a porta da frente é ali. — Eu apontei, mas ele já estava andando na minha frente, liderando o caminho como se ele estivesse aqui antes. — Hum... Foi reformado há alguns anos. — eu disse, seguindo-o até a frente do prédio. As escadas se alinhavam até a porta da frente trancada e Ash se esticou, olhando para a porta. Sua boca estava aberta, os olhos apertados, a testa enrugada. Algo estava errado. Muito errado. — Você está bem? — Coloquei a palma da mão nas costas dele e ele pulou, olhando para mim. Como se ele tivesse esquecido que eu estava lá também. Sua pele normalmente bronzeada estava pálida e ele girou o anel nervosamente. — Eu estou bem. — ele retrucou. Mas eu conhecia esse tom. Eu já havia usado esse tom tantas vezes que consegui reconhecê-lo em qualquer lugar. — Por que você não vem por alguns minutos... — eu disse, estudando-o com cautela. — Eu posso fazer um pouco de chá. — Não. Eu preciso ir para casa. Amanhã vai ser um longo dia no set. — Temos que esperar pelo seu Uber de qualquer maneira. Vai levar pelo menos dez minutos... Ele tirou o celular, digitando uma mensagem de texto. — Não, não vai. Meu motorista estará aqui em breve. Há um pequeno bar ao virar da esquina... Vou esperar por ele lá. O que diabos aconteceu? A mudança em sua personalidade era tão brusca, tão palpável que se alguém tivesse me dito neste exato segundo que Ash sofria de múltiplas personalidades? Eu teria acreditado.

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Suas mãos tremiam visivelmente e ele as enfiou nos bolsos, olhando para lua no céu que mal passava da curva de uma unha. Ele precisava de algo. E não era chá. Eu nem achei que ele precisava de sexo. Antes que ele pudesse me impedir, eu enrolei meus braços sob os seus e descansei minhas palmas nas costas rígidas dele, apertando-o em um abraço. Cada mergulho de músculos duramente gravados se apertou sob minhas mãos. Eu não me importei. Eu enterrei as pontas dos meus dedos em suas costas, apertando-o, segurando-o e descansei minha bochecha em seu peito largo. O baque de seu coração era rápido, trovejando com cada pulso nos meus ouvidos. A ternura do momento, a intimidade disso, era alarmante. Ele não precisava de chá. Ele não precisava entrar. Ele precisava ser segurado. Ele soltou um suspiro pesado e minha bochecha se moveu com a expiração. Senti seus músculos duros relaxarem sob o meu abraço, e então seus braços estavam em volta de mim. Me embalando de volta. Nossa respiração ficou sincronizada, uma com a outra, e naquele momento eu não sabia quem estava consolando quem. Depois de vários minutos, ele me tirou de cima dele. A expressão franzida de seu rosto gloriosamente bonito era alarmante. Eu o vi franzir antes no trabalho... mas não assim. Naquelas outras vezes, era uma carranca. Uma expressão de insatisfação ou aborrecimento ou frustração. Esta? Essa carranca era pesarosa. Mágoa. Miséria. Eu passei meus dedos pelos apertados vincos de sua testa e em torno de seus olhos, então deixei cair minhas mãos e meu olhar no chão. Talvez o que quer que isso fosse o que estava acontecendo com ele não era da minha conta. Talvez o que o acionou fosse uma coisa boa. Foi a parada brusca que precisávamos para parar qualquer momento que estivéssemos fazendo esta noite.

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Curvando as mãos em volta do meu queixo, Ash inclinou minha cabeça, esperando até que eu levantei meu olhar para o dele. Ele não teve que esperar muito. Então, fechando os olhos, ele tocou seus lábios na minha testa. Lágrimas salgadas se acumularam em meus olhos, embora eu não tivesse ideia do porquê. Por que ele estava tão chateado? Por que eu estava sentindo sua dor tão intensamente? Por que esse beijo pareceu mais um adeus do que um boa noite ou uma promessa de mais por vir? — Boa noite, Lucy. — ele sussurrou em um tom rouco, recuando. — Eu vou esperar você entrar. Eu me virei, me sentindo vazia. Murcha. Um caroço queimava, alojado no centro da minha garganta. Eu deslizei minha chave na porta da frente e me virei, encontrando-o em pé na calçada me observando, os dedos ainda girando aquele anel. — A quem quer que esse anel pertencesse. — eu disse, inclinando o queixo para o anel. — Sinto muito pela sua perda. Suas mãos congelaram e pude ver, mesmo na noite escura, veias empurrando contra a fina pele de sua mão. Uma potente mistura de emoções percorreu meu estômago. Racionalmente, eu sabia que Ash estava passando por algo. Algo de cortar o coração, pela aparência dele. Mas o jeito que ele se afastou de mim? Me tirou de seu corpo como uma cobra que iria arrancar sua pele? Aquele cabo de guerra emocional me deu uma chicotada de quando eu era criança também. Aquela ausência imediata de afeto era exatamente o que minha mãe fizera comigo. De novo e de novo e de novo. E hoje à noite? Ash poderia muito bem ter levado um facão para minha velha ferida. Você pensaria que o comportamento do meu pai teria me assustado mais. Que vê-lo repreendendo minha mãe pelo que

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ela comeu, o que ela usava, como ela cozinhava, e todas as outras pequenas coisas teriam sido o catalisador para minhas feridas. Mas não foi. Eu cresci esperando isso do meu pai. Ele era um idiota. Eu sabia disso desde os três anos e ele comeu metade do meu cone de sorvete enquanto eu estava ao lado dele chorando. Mas minha mãe? Eu confiei nela. Ela era minha rocha. Ou pelo menos... ela deveria ser. Até que meu pai partiu e ele deu a ela o derradeiro golpe final que transformou minha rocha em mera poeira.

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CAPÍTULO SETE

Ash EU bati meu punho no banco de couro. Quais eram as chances do caralho? Que Lucy estaria morando no mesmo complexo de apartamentos onde Brie morava quando nos conhecemos? Graças a Deus pelos serviços de carro da empresa. Eu não tinha pisado em sua vizinhança em mais de sete anos não desde o dia em que a ajudei a arrumar seu apartamento e par ir morar comigo. Apertei meus olhos, deixando cair a testa na janela fria. Memórias correram em minha mente, inundando meus pensamentos com o nosso primeiro encontro o pequeno restaurante mexicano na esquina. Como eu a levei para casa, apoiei-a contra o mesmo corrimão que Lucy tinha se equilibrado naquela noite... e eu tinha beijado Brie ali como se minha próxima respiração dependesse disso. Lembro de como ela me puxou para a porta e, enquanto se atrapalhava com as chaves, eu mordiscava seu pescoço, fazendo-a perder o equilíbrio e acidentalmente tocava todas as campainhas do terceiro andar. Eu gostei da Lucy. Ela era inteligente, engraçada, sexy e despretensiosa. E ela era uma submissa natural. Ela estava completamente inconsciente de seus instintos? Não que isso importasse. Meu coração murcho não tinha valor. Ela merecia coisa muito melhor que eu. O jeito que ela me segurou? Me abraçando quando comecei a ter um ataque de pânico. Então notou o anel de Brie? É o que eu teria feito, ouvi a voz de Brie ecoar em minha mente.

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Mas você não é real. Você é meu subconsciente. Eu olhei para a minha mão e a luz da lua brilhou no ouro branco escovado. Empurrar Lucy para longe foi difícil. E assim que peguei distância, o olhar dela caiu no chão. Como qualquer boa submissa. Parei de girar o anel e apertei minhas mãos. Dor. Isso é o que eu precisava. Eu precisava fazer uma mulher chorar, implorar por misericórdia quando, na verdade, ela estava aproveitando cada segundo. Eu precisava ouvir seus gritos tão altos e angustiados que eles combinavam com os gritos que eu sentia no meu coração. Eu precisava de sua bunda queimando com as mesmas cicatrizes que senti sob minhas costelas. E então eu precisava sentir sua libertação. Ver a euforia ultrapassar essa dor. Eu precisava ver alguém triunfar sobre sua dor. Admitir e não deixar que isso os consuma como me consumia a cada minuto de cada maldito dia. Na verdade... não é que eu goste de ver minhas submissas sentindo dor. É a sua força e tenacidade. Sua resistência e a maneira como encontraram felicidade e prazer naquilo que a maioria consideraria terrível. Eu não espanquei minhas submissas porque eu estava louco ou não gostava delas. Foi o oposto. Eu fiz porque eu as admiro. Eu queria ser como elas. Um nó se alojou grosso e pesado no centro da minha garganta, e eu me odiei pelas lágrimas que se acumularam em meus olhos. Eu pisquei duro e rápido, empurrando-as para baixo. Engolindo-as. Ignorando a dor, mais uma vez. E depois de compartilhar essas bebidas com Lucy? Dirigindo seu carro e sentindo o cheiro de baunilha e lavanda

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me cercando nos assentos... Eu não poderia voltar para LnS depois disso, depois dela, depois que a história e as memórias de Brie me envolveram e apenas me encontrar com alguém aleatoriamente. Mas eu também não merecia ir para casa. E dormir na mesma cama que Brie e eu compartilhamos. Eu não queria apenas outra submissa sem nome. Eu não queria nenhuma mulher. Eu queria a Lucy. Pela primeira vez desde Brie eu ansiava por uma mulher; não apenas uma libertação. Eu queria ser dono da Lucy. Eu queria dominar a sua dor, o seu prazer, e tudo o mais e observar quando ela cair de joelhos e aprender o êxtase que existe sob a superfície de obediência.

*** DURANTE CINCO HORAS , eu me balancei e virei. Cinco horas sem dormir, ouvindo sussurros da voz de Brie. Vendo seu rosto toda vez que eu fechava os olhos. Às cinco e meia da manhã, eu estava no set depois de um banho gelado e uma xícara de café na mão... e minhas bolas eram mais azuis que o céu de Los Angeles. Eu passei as duas primeiras horas do dia me mantendo ocupado com a preparação para a filmagem e intencionalmente evitando a área do figurino. Bom Deus, ajude-me, se eu pisasse lá dentro e tivesse que ficar cara a cara com a Lucy logo depois da nossa, nossa o quê? Nosso quase beijo? O fato de que eu estava tão embriagado pela nossa noite juntos que eu estava prestes a arriscar tudo ao entrar em um contrato de consentimento com ela? Às sete e meia, todos os departamentos haviam me enxotado para que pudessem terminar seus trabalhos em

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paz. Aparentemente ter seu chefe por cima do ombro, microgerenciando, não era a tática mais eficaz. Fui até o meu trailer e sentei no sofá, com uma xícara de café, dando vinte minutos para mim antes que a loucura do dia começasse. Estávamos trinta minutos atrasados, o que era de se esperar quando você tinha tantos extras no set, mas ainda assim estava me enlouquecendo. Eu tinha o meu celular balançando no joelho enquanto ele zumbia, uma ligação. — Aqui é Ash Livingston. — respondi. — Ash. — disse uma voz de mulher na linha. — Aqui é Roxanne Yorkshire, agente de Pierce Whitley. Eu imediatamente pulei para os meus pés. — Roxanne. — eu disse, andando no trailer e passando meus dedos pelo cabelo. — Obrigado por retornar minhas ligações. Como mencionei nas minhas mensagens... — Você quer Pierce. — ela declarou simplesmente, sua voz tingida com indiferença. — Você cometeu um erro em não contratá-lo. Sim, recebi todas as suas quatro mensagens. Engoli em seco e espiei pela janela enquanto alguns dos nossos extras começaram a se reunir, folheando as araras de figurinos, Lucy ajudando a distribuir itens para os atores. Senti um sorriso curvar minha boca enquanto a observava trabalhar, seu cabelo castanho puxado em um rabo de cavalo e ela usava a mesma roupa de ontem camiseta branca e jeans. — Nós cometemos. — eu respondi. — Você pode não acreditar em mim, mas eu queria Pierce imediatamente. Ele era perfeito como irmão de Leo, Jack. Mas os poderes que... — Eu não preciso saber o porquê. — disse ela. — Eu preciso saber que o contrato dele será seguro. E que o pagamento dele será o dobro. Eu respirei em silêncio. O dobro era significativo e eu não tinha o posto para autorizar isso. — Queremos fazer tudo o

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que pudermos para protegê-lo neste papel. — eu disse. — Seu contrato será tão seguro quanto o de Jude, que é o melhor que oferecemos para qualquer ator. Não sei se posso garantir o dobro... — Pierce voltaria para casa de um projeto super secreto acontecendo no exterior para essa filmagem. Uma parte que você originalmente não ofereceu a ele, mesmo que você devesse. Você precisa fazer valer o tempo dele em se afastar desse outro projeto. Não foi o que eu ouvi. Assistentes falam. E Raina conversou com Pierce e disse que ele estava de férias na Croácia. Os rumores de Hollywood são fortes; alguns passarinhos me disseram que ele estava muito chateado por não ter conseguido o papel aqui, e é por isso que ele deixou o país. De qualquer forma, eu não acho que apontar isso ajudaria no meu caso, então eu fiquei quieto. Em vez disso, eu apertei minha mão no quadril quando Lucy olhou por trás da arara do figurino e chamou minha atenção na janela. Os cantos de sua boca formaram um sorriso, e ela empurrou os óculos mais para o nariz antes de olhar para a prancheta. Meus olhos se fecharam e eu virei de costas para a janela. — Eu entendo isso. — eu disse. Pierce tinha a vantagem agora. Inferno, mesmo que ela estivesse mentindo sobre suas razões para estar na Europa, não importava. Nós o queríamos e ela sabia disso. Não era tão frequente que os estúdios reformulassem os filmes depois do início das filmagens, mas era sabido que isso acontecia. Inferno, De Volta para o Futuro refez metade do maldito filme com Michael J. Fox quando eles perceberam que Eric Stoltz não estava funcionando como Marty McFly. Linha de fundo acontece. Apenas não com muita frequência. — Aqui está o que posso fazer. Ele vai conseguir o melhor contrato que nós oferecemos aos talentos. E posso autorizar um aumento salarial de vinte e cinco por cento de nossa oferta original. — Isso é literalmente o máximo que me foi permitido oferecer

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sem a aprovação do executivo. Eu segurei a respiração, aguardando sua resposta. — Pierce Whitley é um ator premiado. Ele ganhou dois Emmys, três Globos de Ouro e Melhor Ator Coadjuvante no Oscar no ano passado. Ele pode fazer isso de novo por você. Me ligue quando puder oferecer cinquenta... — Espere, espere, espere, não desligue. — Eu abaixei minha testa na parede, meu cérebro girando. — Pierce Whitley não quer outro melhor Ator Coadjuvante. — eu disse, com cuidado. Roxanne bufou. — O inferno que ele não... — Me ouça. Ele quer um Oscar de Melhor Ator. É hora de ele sair da sombra de outros atores. Sair do papel de sidekick19 e ganhar seu papel de protagonista. Ela fez uma pausa. — Estou ouvindo. — Se Pierce assumir esse papel, então ele pode escolher os meus próximos scripts. Qualquer um dos papéis principais é seu para escolher. E se ele ganhar o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por esse papel, posso conseguir um bônus extra de vinte e cinco por cento, elevando-o a esse aumento de cinquenta por cento. — Eu precisava obter autorização de Richard para ambas as opções, mas eu tinha noventa e nove por cento de certeza de que ele estaria de acordo. Silêncio. Eu esperei ansiosamente, encarando a janela traseira do meu trailer mais uma vez. Lucy foi embora da área do figurino. Extras em traje circulavam e eu vi Kelly sair de algum lugar atrás, Marly seguindo atrás dela, vestida com roupas casuais. — Vou consultar Pierce e lhe dar um retorno. — disse ela. 19

Um companheiro é um ajudante e amigo de um personagem importante numa narrativa .

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— Feche comigo, Roxanne... ele vai aceitar isso? — Eu não sei com certeza. É uma boa oferta, no entanto. Mas você sabe como os atores são... especialmente quando eles se machucam por não conseguem um papel. Eu sorri e fiz um soco silencioso no ar. Oh, ele vai aceitar. Porra, esse é um bom negócio e eu podia garantir que nenhum filme Europeu estava oferecendo a ele, isso se havia mesmo um filme europeu. — Você me avise assim que puder. — Agora eu só precisava levar Richard a aceitar Nós desligamos e eu pulei no ar, fazendo um pequeno giro de Michael Jackson, e fiquei cara a cara com Lucy parada na porta do meu trailer, olhando para mim. Eu gritei, muito mais agudo do que gostaria que ela tivesse ouvido. — Lucy! — gritei e joguei meu celular no meu sofá. — Desculpa! — Ela estendeu a mão e, apesar de sua boca se torcer em uma expressão arrependida, seus olhos brilharam. — A porta ficou entreaberta e eu fui enviada para lhe dizer que os extras e os substitutos estão prontos para você. Foda-se Ela estava linda. Eu não conseguia parar de olhar para seus grandes olhos castanhos ou lábios carnudos e rosados e o jeito que o olhar dela ficava no chão enquanto ela timidamente se aproximava. Eu dei alguns passos em direção a ela e congelei, parando quando eu estava a apenas um passo de distância. — Você chegou em casa bem ontem à noite? — Ela perguntou. Eu balancei a cabeça. — Sim. — Eu também. — Ela revirou os olhos, apesar de tudo. — Quero dizer, duh. Você sabia disso. Mas quero dizer lá dentro

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estava tudo bem. — Um fio de cabelo escorregou de seu rabo de cavalo e caiu sobre sua bochecha. Meus dedos se contraíram, doendo para escovar de volta; sentir aquela pele sedosa sob o meu toque. Envolver esse cabelo em volta do meu punho e puxar sua cabeça para trás antes que eu devastasse sua boca com minha língua. — Bom. — eu sussurrei, e dei mais um passo. Ela engoliu em seco e sua língua rosa saiu, passando nervosamente pelos lábios cheios e carnudos de um jeito que me deixou louco. Mas ela não estava fazendo isso para ser sexy, era despretensioso, o que só tornava isso muito mais atraente. — Quero dizer, eu não dormi muito bem. Nervos, talvez. Eu odeio deixar as coisas não ditas, é tão estranho... Um sorriso curvou minha boca e eu engoli uma risada. Ela era tão fofa. Balbuciando nervosa, o jeito que ela empurrou os óculos para cima quando ela não sabia o que fazer com as mãos. Era tudo tão adoravelmente sexy. Seus olhos se arregalaram. — Você está rindo de mim? — ela perguntou, incrédula. — Claro que não. — Eu balancei a cabeça, mas não pude evitar quando a risada escapou. Ela ficou boquiaberta. — Você está. Você está totalmente rindo de mim! — Ela estendeu a mão e bateu no meu ombro. Eu não segurei o riso dessa vez, e quando ela se moveu para me bater de novo, eu peguei seu pulso gentilmente. — Você fala muito quando está nervosa, sabia disso? Ela revirou os olhos. — Sim. Nos meus vinte e dois anos, ninguém nunca me disse isso. Vinte e dois. Foda-se. Ela tinha apenas vinte e dois anos? No topo da ladainha de outras razões para ficar à distância de Lucy, a nossa diferença de idade estava no topo. Meu riso

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desapareceu e o que restou foi um silêncio espesso entre nós, minha mão ainda descansando em seu pulso. Movi meu polegar, acariciando movimentos rápidos e suaves e observei sua respiração engatar, deslocando seus seios com o movimento. Duas protuberâncias se formaram debaixo de sua camisa branca, e eu assobiei, desesperadamente querendo abaixar meu rosto e desenhar os mamilos em minha boca através da fina camada de algodão. — Ash. — disse ela, piscando lentamente para mim. — O que aconteceu ontem à noite? Eu me inclinei mais perto, minha virilha apertando. — Eu tenho muito em minha cabeça. — eu respondi, intencionalmente vago. — Isso acontece muito comigo. — eu admiti. Ela assentiu como se entendesse. Mas como ela poderia? Eu mal me entendia. Então, com um suspiro, ela balançou a cabeça. — Eu não posso fazer isso. — ela sussurrou. — Essa coisa quente e fria. É também... é muito semelhante a outra situação em que eu estava. Meu sangue gelou. Outra situação. Outro namorado? Outro amante? O que diabos ela quis dizer com isso? Mas eu não podia culpá-la. Ela estava certa não era justo com ela. Nós precisávamos manter a distância. Então, por que diabos eu não conseguia parar de acariciar seu pulso? Por que eu não pude deixar ir? E por que eu me encontrei inexplicavelmente chegando cada vez mais perto de sua boca. — Amigos? — Eu perguntei. Ela assentiu. Nossas palavras diziam amigos, mas a maneira como nossos olhos se trancavam e as moléculas em

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torno de nós zumbiam de energia, dizia algo completamente diferente. — Amigos. — ela repetiu. O walkie-talkie em seu quadril zumbiu e a voz de Kelly cortou nosso silêncio. — Lucy, onde diabos vocês estão? Eu tenho que fazer tudo sozinha? Eu limpei minha garganta e dei um passo para trás. Era só o despertar sério que nós dois precisávamos. Lucy pegou o walkie-talkie e falou: — Estamos saindo em um segundo. Ele estava em uma ligação. Eu balancei a cabeça. Todos nós tivemos que aturar alguns chefes de merda nessa indústria e em todos os setores. E Kelly certamente não era o pior que eu tinha visto. Mas ainda assim, eu senti por Lucy. — Vai ser um longo período de três meses para você. Ela me deu um pequeno sorriso. — Pelo menos eu tenho folga amanhã. Ela tem? Bem, acho que isso fazia sentido. As roupas para a cena de domingo não eram exatamente complicadas e não precisavam de muita preparação. Mesmo assim, meu estômago afundou com a perspectiva de não vê-la por um dia inteiro. Que foi idiota na melhor das hipóteses. Eu mal conhecia a garota. Amigos? Francamente, eu não sabia se poderíamos ser amigos... mas eu tinha que ser pelo menos tentar ser amigável. Pelo bem de Lucy. Pelo bem do filme. E se eu estivesse sendo sincero, queria tentar ser seu amigo. Eu só não sabia como.

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CAPÍTULO OITO

Ash A sexta-feira foi um longo dia de merda e o sábado não foi nada melhor. Quando as filmagens de domingo finalmente acabaram, eu estava exausto. Eram apenas cinco e quarenta e cinco da manhã e eu já tomara duas xícaras de café. — Espere aí... — Eu disse a Jude que estava sentado à minha frente. — Eu recebi um email de Rich. — Me inclinei para mais perto da tela, clicando no e-mail aberto. Jude se recostou, café na mão e descansando o tornozelo no joelho. Nós geralmente tentávamos tomar café juntos pelo menos uma vez por semana antes de filmar. É uma tradição que temos desde nossos projetos na escola de cinema. Com um puxão no boné de beisebol, ele esperou pacientemente enquanto eu lia o e-mail. Você quer que Jon assuma o contato direto para figurino? Isso é genial. Não sei por que não pensei nisso com sua história com Kelly. Deixe ele saber hoje. Quanto a Pierce, eu acho que esses termos são justos, considerando que isso é sobre nós não lhe oferecer o papel logo no começo. Se ele concordar, elabore o contrato e vamos tê-lo de volta o mais cedo possível. ~ R Dei um suspiro de alívio. Pelo menos essas duas coisas foram resolvidas. Com base na falta de sono que eu tive nas últimas duas noites, eu tinha que fazer algo sobre Lucy, e rápido. Pelo menos dessa forma, se alguma coisa acontecesse entre nós, eu não seria mais seu supervisor direto. Eu não consegui tirá-la da minha cabeça. Dormindo ou acordado, ela

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estava consumindo meus pensamentos. Não havia dúvida... ela era uma submissa natural. Pela primeira vez em cinco anos, eu não queria uma conexão aleatória. Pela primeira vez desde a morte de Brie, eu queria alguém para mais do que simplesmente sua capacidade de engolir a dor; por mais do que seu corpo sexy ou flexível, pernas longas. Eu queria que Lucy adorasse Judy Garland, que usava óculos, fofa como um botão... não só porque ela era gostosa, mas porque ela era doce. E engraçada. E inteligente. E quente. Enquanto tomava meu café, o anel de Brie captou um brilho de luz. Eu não tinha pensado nela quando Lucy e eu estávamos no bar. Nenhuma vez sua voz ou memória entrou em meus pensamentos. Provavelmente foi o tempo mais longo que eu fiquei sem pensar nela. Até que cheguei ao antigo apartamento de Brie. Esfreguei a mão pelo meu rosto, esfregando meus olhos vermelhos e turvos. Eu poderia escolher minhas submissas no LnS. As mulheres que estavam lá intencionalmente para aprender sobre o estilo de vida, verdadeiramente curiosas sobre perseguir uma vida assim, não apenas sair com a sua companheira de quarto que era a barman. Então, por que eu não conseguia parar de pensar nos profundos olhos castanhos de Lucy? Por que a única mulher que eu quero tanto tem que ser alguém com quem trabalho? Alguém que eu deveria estar correndo na direção contrária? — Tudo bem? — Jude perguntou. Tomei um gole de café, o líquido tão quente que quase queimou minha garganta. — Sim. Eu só precisava me impedir de ser o chefe direto de Lucy. Jon está assumindo. — Você esta com serios problemas se está abandonando o controle do seu filme. — disse Jude.

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— Eu não diria isso. — eu grunhi. Admitir que eu gostei dessa garota para Jude fez tudo isso real demais. Porque sinceramente... eu não sabia o que era essa porra ainda. — Então, essa política de não confraternização… não é uma coisa real, né? Quero dizer, olhe para você e Marly. Relacionamentos são aceitos se você assinar uma cláusula de consentimento, certo? — Eu não sabia o que queria com Lucy... mas sabia que não seria capaz de esquecê-la. Fugir completamente e fingir que a noite de quinta-feira não havia acontecido não estava funcionando. O que me fez duvidar da teoria estúpida de que poderíamos ser apenas amigos por três meses durante as filmagens. Não com o tipo de química que nós tivemos. Inferno, ela mal chegou perto para me chamar par começar a filmar na sexta-feira sem quase nos agarrarmos no meu trailer. Dando de ombros, Jude tomou um gole de café e me deu um olhar duvidoso sobre a xícara de cerâmica. — Eu não sei. Quero dizer, sim, existe a opção de assinar uma cláusula de consentimento. Ou ele pode movê-la deste filme para um filme diferente para impedir que vocês dois trabalhem juntos. Mesmo com Jon cuidando do figurino, Rich e os outros executivos podem querer mais separação. Suspirei, soprando o vapor do meu café. — Richard é aquele que acha que o filme se beneficiaria com o treinamento de uma nova sub. Jude riu. — Sim, mas ele não quis dizer um dos seus membros da equipe. Ele queria que você conhecesse alguém no LnS. — Eu fiz. É onde ela estava. O olhar penetrante de Jude se fixou em mim da borda de sua xícara de café. — Talvez seja o suficiente, então. Rich é um cara razoável se é o que vocês dois querem, você e Lucy.

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Mas apenas esteja ciente… você pode estar arriscando seu trabalho aqui. Ela vale a pena? Ela vale o risco? A carreira que trabalhei tanto para construir; os shows de merda que aguentei como diretor apenas para eventualmente ter uma chance em um roteiro como esse. Como eu poderia responder isso? Eu mal conhecia a garota. — Cristo. É como se no segundo que Richard trouxe a política de confraternização foi feito um fruto proibido na equipe e eu encontrei a maçã mais suculenta. Jude bufou e puxou o boné para baixo sobre os olhos. — Ou você pegou uma maçã normal e de repente parece mais atraente. Era disso que se tratava? O apelo para ter Lucy era só porque eu não podia? Eu fiz como uma conquista. Mesmo quando criança, eu não aguentava quando alguém me dizia que eu não podia fazer algo. — Talvez. — eu disse, não acreditando ainda, mas também não descartando. — Você deveria ver essa garota, Jude. Ela é... Deus, ela é alguma coisa. O joelho de Jude saltou contra o assento, um sinal infalível de que ele estava nervoso como o inferno sobre as filmagens de hoje. Mas assim que eu disse isso, seu joelho parou. — Eu não ouvi você falar sobre uma mulher assim desde... há muito tempo. Eu engoli, apreciando a dolorosa queimadura de café na garganta. — Eu sei. — Então... como essa garota é diferente de todas as outras? — Ela não dá merda e ainda assim… também é nervosa e tímida. É a coisa mais estranha. Ela tem opiniões como o

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inferno, mas é quase como se ela engendrasse essas opiniões até que você as tirasse dela. — Ou golpeie um nervo. — Ela parece... — Incrível. — eu terminei por ele. Jude deu de ombros, mas sorriu. — Eu ia dizer confusa. — Então, empurrando a cadeira, ele bateu a palma no meu ombro. — Mas provavelmente é isso o que você gosta nela. Eu balancei a cabeça... instintivamente. Como um reflexo. Até que as palavras de Jude afundaram. — Espere o que? O que você quer dizer? Jude se virou na porta. — Você sempre foi inteligente demais para o seu próprio bem. Você fica entediado por causa disso. Alguém que você não consegue descobrir? Isso vai despertar seu interesse. Mais importante... não apenas agitar, mas também segurá-lo. É uma das coisas que você amava na Brie. — Eu não quero ser atraído por uma cópia dela. — eu sussurrei. Parecia sujo. E errado. Como se eu estivesse tentando substituir Brie. Jude balançou a cabeça, franzindo a testa, e sua expressão suavizou com seus lábios virados para baixo. — Isso não foi o que eu quis dizer. Tenho certeza que elas são muito diferentes. Tudo o que estou dizendo é que uma mulher forte que não revela tudo sobre si mesma no momento em que você pisca seus olhos azuis para ela... essa é uma mulher pela qual vale a pena lutar. Ele estava certo. Porra. Lucy e Brie eram muito diferentes, mas tinham semelhanças inegáveis. Dor atingiu meu estômago. E eu odiava esse sentimento. Odiava que alguém além de Brie pudesse me causar dor. Lucy não merecia isso. Ela não tinha ganhado do jeito que Brie tinha.

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E parecia que eu estava desrespeitando tudo o que minha esposa e eu tínhamos compartilhado, deixando uma mulher que provavelmente seria uma amante de curto prazo, apunhalar meu coração. Eu não era alguém que se machucava com frequência eu tinha o discurso “não é você, sou eu” até um endereço bem cronometrado. Eu poderia dizer as palavras, me vestir e sair pela porta em dez minutos. Ocasionalmente, com um boquete de despedida. Mas com Lucy? Tudo foi diferente. Nada funcionou da mesma maneira, com ela minhas falas ficaram fracas. Meu sorriso ganhou um revirar de olhos, sem bater os cílios. E algo tão estúpido quanto ajudar seu cérebro a congelar ou tocar seu pulso nos deixou sem fôlego. Descansei meu café na mesa, soltando a xícara de cerâmica quente. — Você está certo. Eu gosto de um desafio. Mas é mais que isso. Meu olhar ficou preso na xícara fumegante de café, seu líquido quase preto girando contra a pequena colher de chá de creme que eu deixei cair. Havia química entre mim e Lucy eu não estava imaginando isso. Química intensa e potente. Por que minha voz soava mais apertada e rouca do que o aperto de uma libertação? Jude assentiu, mas seus lábios foram puxados em uma linha apertada. — Bem, pergunte a Richard sobre o contrato de consentimento. E se ele disser não, então coloque-a na lista de exclusão aérea até três meses a partir de agora, quando você gritar ‘fim das gravações’. Então, tenha toda a diversão que você quiser com ela. Eu gemi. Eu não podia esperar três meses. Vendo ela todos os dias? Isso seria impossível. Tortura. Então, novamente, talvez a tortura fosse boa. Talvez eu mereça isso. Merecia ser despedaçado emocionalmente por esses sentimentos que eu estava tendo. Eu ainda poderia

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ensinar-lhe o estilo de vida. Ensine-a a ser submissa... sem sexo. Não foi isso que Jude fez com Marly? Talvez eu pudesse treiná-la sem cruzar essa linha. — Ash. — disse Jude, sua voz subitamente séria. — Tenho certeza que ela é ótima… mas ela vale a pena desistir de tudo que você construiu aqui na Silhouette? Ela vale a pena voltar ao humor da faculdade com imbecis de vinte anos que fumam seu peso em maconha? Fiquei quieto por um longo momento, e Jude que Deus o ama, apenas ficou em silêncio comigo. — Como você conheceu Marlena? Você quase desistiu deste filme para ela… O relógio marcava o canto como um metrônomo, mantendo nossa conversa no ritmo. Meus olhos dispararam, pingando para frente e para trás entre Jude e sua xícara de café. — Eu não tive dúvidas. Era a coisa certa a fazer, ela era a melhor para o papel e se isso significava que eu não fizesse parte, para ver o filme certo ser feito com a atriz certa, eu estava disposto a desistir. Inalando profundamente, eu respirei fundo e segurei em minhas bochechas antes de libertar o ar lentamente. Minha inquietação se acalmou e eu apertei as mãos no quadril, levantando o meu olhar para o de Jude. Todos os músculos do meu corpo pareciam revestidos de chumbo. — E você sabia que isso significava que pegaria a garota? Ele me deu um sorriso. — Eu não sabia. Eu esperava que encontrássemos o caminho de volta um para o outro, mas quando abandonei o filme, achei que tínhamos acabado. Até que ela veio correndo para o LnS com o meu Rolex na mão. Levantei minha xícara de café para ele. — Você é bemvindo para isso, a propósito. — Atirei ao meu melhor amigo uma piscadela desde que eu ajudara Marly em seu callback a encontrar Jude.

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Jude revirou os olhos e se levantou. — Vamos. — disse ele, abrindo a porta e sacudindo a cabeça em direção ao palco de som. — Eu tenho que sentar na cadeira de maquiagem em breve e você é esperado no set. — Falando de… como você está se sentindo com as filmagens de hoje? Marlena está bem? Jude me lançou um sorriso vacilante. — Estou bem… um pouco preocupado com ela. Ela está nervosa, mas animada. Ela nunca iria admitir isso, mas ela está realmente aliviada por você estar mantendo a equipe pequena hoje. Eu sorri. Marly e eu tivemos um começo difícil. Principalmente porque eu tenho um temperamento quente e uma propensão a ser protetor com os meus amigos. Mas nós percorremos um longo caminho. E agora, ela e eu éramos como irmãos. — Tão pequeno quanto podemos. Eu, o diretor de fotografia, equipe de som, maquiagem, figurino e é isso. Jude assentiu. — Isso vai ser ótimo. Ela sabe que está por vir e ela disse ontem à noite que estava grata por estar tirando essas cenas do caminho mais cedo. Estudei meu melhor amigo o modo como os lábios dele estavam pressionados em uma linha apertada e o tendão rígido do músculo correndo por sua mandíbula cerrada até a garganta. — Você tem certeza que está bem com isso? Eu sei que compartilhar não é fácil para você. Jude deu uma risada sem graça e passou a mão pelo cabelo. — Eufemismo do ano. Mas eu vou ficar bem. Isso é atuação e não compartilhamento. Eu sabia o que significava estar neste filme com ela. Eu balancei a cabeça, apenas meio acreditando nele. — Eu vou me certificar de que Kelly ou Lucy esteja por perto com o roupão pronto para qualquer intervalo entre as filmagens.

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Saimos do meu escritório, cada um virando direções diferentes no final do corredor. Qual seria a reação de Lucy para essa cena? A palmada, a submissão, a personagem de Holly de joelhos sendo ordenada por Leo e amarrada. Cada passo no corredor aterrissou pesadamente, meus sapatos batendo no chão de mármore com uma certeza que eu não sentia no meu coração. Mas é o suficiente. Era hora de juntar tudo e começar a trabalhar.

*** DUAS HORAS DEPOIS , quase tudo estava dando errado. Estávamos atrasados como acontece todos os dias, mesmo no início do processo? Andei de um lado para o outro atrás da minha cadeira, meu nome escrito com a palavra Diretor abaixo, me provocando como um grupo de crianças zombeteiras em um playground. Toda vez que eu me movia para sentar, eu apenas levantava de novo como se houvesse uma mola cirurgicamente embutida na minha bunda. Me chame de Tigrão, só que não tão alegre. — Elena, por quanto tempo você precisa dos atores na maquiagem? — Ela os teve por noventa minutos... quanto tempo demora para colocar um pouco de base e batom em duas pessoas? Ok, eu sabia que não era necessário acreditar nisso. Mas ainda assim nós não estávamos fazendo a porra da maquiagem do Avatar aqui. Deve ser relativamente simples. — Você não é o único a apontar indicações ao Oscar com este filme, Ash. — Elena retrucou para mim através do fone de ouvido. — E você sabe tão bem quanto qualquer um que

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apressar a maquiagem não é a melhor maneira de se manter dentro do cronograma. Minha pele estava áspera sob as palmas das minhas mãos enquanto eu esfregava minha testa. — Por favor, apenas se apresse. Você não precisa se apressar... mas também não seja vagarosa. — Vagarosa é apenas uma boa maneira de dizer preguiçosa. E eu não sou preguiçosa. Eu desliguei meu botão de conversa e suspirei. — Chefe. — disse Ben atrás de mim. — Precisamos ajustar a iluminação, e os substitutos nunca apareceram hoje de manhã. — O que? — Eu rosnei, girando para encarar Ben. Involuntariamente, minhas mãos se apertaram ao meu lado. O ar ficou pesado quando eu inalei profundamente, relaxando meus punhos fechados. — Ninguém me disse isso. Ben encolheu os ombros. — Nós estávamos apenas esperando que eles estivessem atrasados. — Eles? Ambos não apareceram? — Isso é incomum. Especialmente neste negócio. As pessoas trabalharam a vida inteira para fazer shows em uma grande equipe de filmagem de estúdio até mesmo um pequeno show como o substituto. É raro uma pessoa não comparecer, muito menos duas. Pequenos movimentos me chamaram a atenção quando Ben bateu os dedos nervosamente contra a prancheta. Suor pontilhava sua testa e lábio superior, e eu estreitei meus olhos. — O que você não está me dizendo? Ben suspirou. — Alguém na equipe nos ferrou. Enviou os substitutos para o estágio de som errado em Burbank em vez de aqui.

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Uma bola de fogo de raiva saiu do meu peito pela minha garganta. Só que em vez de expelir em uma explosão de fogo, eu a mantive dentro, sentindo o calor no meu rosto. Meus lábios apertaram e ficaram tensos enquanto eu falava através da minha mandíbula apertada. — Isso é uma grande merda. — Sim. — E você está protegendo quem quer que seja? Ben encolheu os ombros, sua prancheta batendo no lado de fora de sua coxa com um tapa. — Foi um erro. Enquanto isso, preciso de duas pessoas da equipe que pareçam mais com Marly e Jude para acertar a iluminação. — Ok. Vai. Mas Ben não se mexeu. Ele ficou lá, as sobrancelhas arqueadas, os olhos brilhando como se ele estivesse esperando por mim para perceber... — Bem, já encontramos para Marlena. Mas Neil não está aqui hoje por causa do set fechado, então não temos ninguém para substituir Jude. Nós estávamos pensando em você... A queimação no meu peito e rosto aumenta à medida que se espalha pelas minhas bochechas e pescoço. Eu tinha certeza que meu rosto parecia uma maldita maçã a esta altura. — Você está brincando, certo? Eu? Ben colocou as duas mãos para cima, as palmas das mãos calejadas voltadas para fora. — Podemos esperar que Jude fique sem maquiagem primeiro, se preferir. Tenho certeza que ele não vai se importar em ficar por conta própria hoje. Mas quem sabe quanto tempo Elena demorara. Isso só nos atrasará mais. E você é a pessoa mais próxima aqui da altura e da coloração de Jude. Revirei os olhos e tirei o fone dos ouvidos. — Tudo bem, vamos acabar com isso. O que quer que nos mova e faça com

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que não cheguemos até as duas da manhã. — Eu não sou nada se não for um jogador de equipe. E se essa merda coloca meu filme de volta no horário, eu faria isso. — Não encontramos ninguém que se encaixasse com Marly, então escolhemos o melhor que pudemos com a equipe limitada que está aqui. A substituta temporária é um bom jogo. Pelo menos ela tem as sardas. O cabelo dela estava todo errado, mas encontraram uma peruca para ela no departamento de fugurino... — Tudo bem, Ben. Contanto que ela esteja confortável. Vamos acabar logo com isso. — eu disse, apertando a ponta do meu nariz. Então, olhando para cima, eu gritei com uma voz estrondosa. — Todo mundo fora, exceto Ben e Erik. Ben assentiu e gritou para o quarto: — Vocês ouviram. Todo mundo fora! Mesmo que houvesse apenas um punhado de pessoas lá, eu não queria que ninguém me visse com menos autoridade por causa disso. Quanto menos pessoas apresentarem, melhor. Quatro dos outros membros da equipe saíram do quarto e fecharam a porta atrás de si. Voltando ao meu diretor de fotografia, acrescentei: — Além de você e Erik, ninguém vê isso. Entendido? Ben assentiu. — Claro. E Lucy. Eu congelo. — Lucy? Ben apontou ao acaso para o conjunto mal iluminado onde uma garota de peruca vermelha estava sentada. — Sim, a assistente de figurino. Altura e coloração mais próximas a Marlena. Kelly e Elena eram muito altas. E elas não têm as sardas.

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— Porra, claro. — eu sussurrei. Meus dedos ficaram dormentes e eu enrolei os dedos dos pés dentro dos meus sapatos. — Vamos começar com vocês dois na cama. — disse Ben, guiando-me para o meio do set. Consistia de um quarto minimalista projetado com iluminação suave. Porque é claro que a única vez que os substitutos não aparecem, e eu tenho que preencher, é a porra da cena de sexo. Uma onda de energia me inundou quando olhei mais uma vez para Lucy. A sala se encheu de uma intensidade densa, como uma névoa espessa que varreu a maré matutina. Seus olhos castanhos escuros brilhavam sob as luzes acesas do cenário. A peruca vermelha que ela usava para combinar com o cabelo de Marlena caía em ondas suaves ao redor de seus ombros e, embora parecesse ótima como uma ruiva, eu sentia falta do rico cabelo castanho. Cobrindo suas generosas curvas, ela usava um sutiã esportivo cor de carne, shortinho de Lycra... e nada mais. Pu-ta merda. Contorcendo-se e incapaz de ficar quieta, ela continuava deslocando seu peso como um pedaço de papel sendo soprado em um dia tempestuoso, cruzando os braços sobre a barriga lisa. Eu não pude deixar de me perguntar que cor sua pele iria corar se eu a tocasse, se eu passasse meus dedos pelas suas costas ou levasse minha mão para sua bunda. Será que ficaria em um tom de pêssego? Ou malva debaixo da minha mão? Seus grandes olhos castanhos se ergueram, me vendo e seu rosto ficou vermelho. O rubor se espalhou sobre a ponte do nariz e sem sequer tocá-la, recebi minha resposta. Coral. Ela corou coral. Quando ela engoliu, os músculos tensos em seu pescoço esbelto se apertaram e arrepiou-se em cada centímetro de sua pele muito exposta.

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— Ash? — Ben disse, tirando o meu olhar dela. — Você me ouviu? Preciso que tire sua camisa. Calças podem, ficar, a menos que tenhamos problemas de iluminação... então podemos precisar... — Minhas calças vão continuar aonde estão caralho, não importa o quê. — eu rosnei. Ele se deparou com um inferno muito mais cruel do que eu pretendia, mas não havia nenhuma maneira que eu estaria de pé com Lucy seminua e não obter uma ereção que deixaria a Torre Eiffel envergonhada. Eu murmurei uma maldição sob o meu fôlego, grato por pequenas bênçãos quando desabotoei minha camisa e tirei do meu corpo. Ao fazê-lo, eu suprimi o desconforto que roía meu estômago. O ar-condicionado começou a funcionar e, com isso, uma corrente de ar frio passou pelos meus ombros nus. Cada centímetro da minha pele se apertou e uma risada desconfortável deslizou pelos meus lábios apertados enquanto eu caminhava em direção à cama em passos lentos e confiantes. A língua de Lucy saiu, passando por seus lábios, deixando sua boca molhada e aberta. Foi a reação pela qual eu vivi quando me despi na frente de uma mulher pela primeira vez. Os primeiros momentos de ver um ao outro a excitação, a exploração e a percepção de que a pessoa é ainda mais do que você pensava que seria. É incrivelmente foda. Melhor que um golpe de cocaína. — Ash. — disse Ben, a hesitação em sua voz quase imperceptível. — Eu preciso de você deitado. E para o primeiro tiro, Lucy, você poderia... ficar em cima dele? Lucy assentiu, seus olhos encontrando os meus. A consciência tropeçou em um interruptor no meu peito e eu podia ouvir cada batida do coração dela, sentir cada exalação

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de ar que ela liberou como se eu estivesse respirando em meus próprios pulmões. — Você está bem? — Eu sussurrei. Ela assentiu com a cabeça, mas quando ela engoliu, vi o caroço percorrer seu pescoço. — Estou bem. Sentei cuidadosamente na cama e deslizei de costas. Com o braço estendido, ela estendeu a mão pelo meu tronco, subindo em cima de mim como um gato selvagem tentando atravessar um rio sem tocar uma gota de água. Ela sentou de joelhos, ela vertical e eu horizontal. — Um, Lucy... — Ben disse, — eu quis dizer sentar em cima dele. — Claro que você quis. — ela murmurou. Então, caindo sobre mim, suas palmas pousaram em ambos os lados do meu rosto. Seus seios estavam pendurados entre nós quando ela se aproximou. Apesar do tecido do sutiã esportivo, seus mamilos apertados roçaram meu peito. Um gemido passou pelos meus lábios antes que eu pudesse pará-lo e o olhar de Lucy se voltou para o meu. Ela levantou uma sobrancelha. — Que doloroso, hein? — Dificilmente. — eu grunhi. Ela abaixou o rosto para esconder seu sorriso, mas eu vi do mesmo jeito. — Ash, eu preciso de suas mãos nos dois lados do quadril de lucy. — disse Ben. Meu toque era gentil, mas meus músculos estavam duros como uma rocha. Tenso e apertado enquanto eu me movia devagar e com cuidado, colocando minhas palmas sobre a pele nua de sua cintura. Meus dedos cobriram a curva, aninhando-se contra ela como se minha mão fosse feita para tocar seu corpo. Como se eu fosse feito para tocar seu corpo.

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Uma respiração afiada apertou seus lábios carnudos e expandiu seu peito, trazendo os seios cheios ainda mais perto da minha boca. Minha boca seca. Tudo o que precisaria era de alguns centímetros e do movimento da minha língua para sentir o contorno do mamilo pressionando contra o colar de seu sutiã esportivo. Meus dedos apertaram contra seu quadril. — Você está bem? — Eu perguntei. Ela assentiu, o movimento brusco. Ela está mentindo. — Você tem certeza? — Eu pressionei. — Porque você não precisa fazer isso. Isso não faz parte do seu contrato. Isso não faz parte da descrição do seu trabalho. — Inclinei os olhos para Ben, um instinto para me proteger, pela garganta, em uma linha de fogo ardente. — E se Ben lhe disse o contrário, então ele... — Não. — Lucy respondeu rapidamente, com a cabeça ainda tremendo, mas um movimento mais controlado do que antes. Mais assertivo. Ela quis dizer isso desta vez. — Ele não me forçou a fazer isso. Estou aqui porque, como todo mundo no set de hoje, eu quero ficar no horário. Eu a estudei acima de mim. Por um momento, ela olhou nos meus olhos. Mas quando aquele pedaço de fortaleza se derreteu, ela se afastou do contato visual; o olhar dela foi para o canto da cama; seus dedos mexendo nos lençóis amarrotados, enrugados pelo peso do meu corpo. Ben não a forçou a estar aqui seminua, seios suspensos no meu rosto como uma cenoura pendurada diante de um coelho. Mas ela também não estava aqui por vontade própria. Isso é certeza. — Ela e Kelly tinham a coloração mais próxima de Marlena. — disse Ben. — Mesmo que Kelly fosse muito alta,

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perguntamos a ela primeiro. Ela disse que estava muito ocupada, então Lucy concordou. Um sorriso torceu ao longo dos lábios de Lucy por um breve momento, e então, num piscar de olhos, sumiu. — Kelly vai cagar as calças quando ela descobrir quem era o outro substituto. — Lucy sussurrou. — Ou ela vai ter você lidando com a lavagem a seco todos os dias pelos próximos três meses. — eu respondi. — Ela me faz fazer isso de qualquer maneira. — Com a risada de Lucy, seu corpo saltou. Ajoelhada sobre mim como estava, ela relaxou, suas coxas com pele de seda flanqueando cada lado dos meu quadril. Com o riso, ela se sentou um pouco mais. Sua risada se transformou em um suspiro ofegante quando sua boceta pressionou contra a minha crescente ereção. Agarrando seu quadril com mais força, eu gemi e abaixei minha voz para que Ben não pudesse me ouvir. — Legalmente, eu devo me retirar de uma situação como esta se eu ficar excitado. — Eu me mudei para sentar. Suas mãos nos meus ombros apertaram mais forte. — Não. — ela disse sem fôlego. Uma palavra. Um pedido. — Não? — Eu repeti, e suas bochechas coraram rosa quando ela desviou o olhar. — Quero dizer… está tudo bem. Não faça isso por minha causa. Ao nosso lado, Ben acendeu algumas luzes, apontandoas para a cama. Uma luz tinha filtros azuis cobrindo o brilho frio, imitando a aparência da lua. A luz se derramou sobre seu corpo, iluminando sua pele pálida com um brilho iridescente, como mármore.

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Ben circulou a cama, dando um suspiro. — Bem, essa iluminação certamente enfatiza suas curvas. Mas Marlena é mais magra, então deve ficar bem. Os passos recuados de Ben trovejaram em meus ouvidos. O sorriso de Lucy diminuiu, assim como o olhar dela, os cílios negros curvando-se contra o rubor de sua bochecha. Contra o meu melhor julgamento, eu levantei minha mão, gentilmente escovando meus dedos sobre o leve borrifo de sardas em sua bochecha. — Ben é um idiota. Suas curvas são lindas. Maldição, se a respiração dela não tivesse falhado. Se os olhos dela não se afastassem dos meus. E se os dentes dela não mordessem o lábio inferior. Arrastando meus dedos pelo seu rosto, belisquei seu queixo, libertando o lábio dos grilhões de seus dentes. Debaixo da minha mão que permanceu no quadril, senti seus músculos tensos. Seu corpo empurrou sobre o meu, deslizando seu sexo contra o meu pau. Angústia e dúvida irradiavam dela. Cada respiração, cada olhar, cada movimento que mostrava sua incerteza diminuía minha resolução. Eu poderia ajudá-la. Este filme poderia ajudá-la. Ela era mais parecida com Holly do que eu percebi antes. Ela era Holly. Eu tinha que experimentar. Eu tinha que tentar algo na segurança aqui, onde parecia que deveríamos estar fazendo isso. — Lucy. — eu disse, minha voz calma, mas firme. Comandando. — Esse é o seu nome completo? Ela balançou a cabeça. — É a abreviação de Luciana. — Luciana. — eu respirei o nome dela como se pudesse me dar vida. Como se fosse ar em si. — É um nome lindo. — É do lado do meu pai da família. Ele é meio italiano, meio mexicano. — disse ela, continuando a olhar para a

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cama como se a fascinasse. Ela riu baixinho. — Eu debati mudar meu nome depois que ele nos deixou, mas minha mãe não permitiu quando eu era mais jovem. — E quando você fez dezoito anos? — Eu perguntei, querendo saber mais. Querendo saber... tudo. Ela levou um ombro delicado ao ouvido. — Na época em que fiz dezoito anos, era... não sei, mais meu nome do que o dele naquele momento. Eu tinha vivido com ele por tanto tempo, não parecia mais fazer parte do meu pai. Parecia... eu. — Estou feliz que você não tenha mudado. É um nome lindo. Ela continuou olhando para a beira da cama. Recusandose a fazer contato visual comigo. Eu engoli em seco e em voz baixa, mas autoritária, exigi: — Olhe para mim, Luciana. — Eu não precisava de uma voz estrondosa. Eu não precisava de uma palmatoria. Tudo que eu precisava era eu mesmo. Meu domínio. Era disso que se tratava. Os outros brinquedos eram apenas isso, brinquedos. Ferramentas e jogos, coisas para tornar a experiência divertida e escalada. Mas isso? Esta comunicação entre tipos opostos de pessoas; ambos que queriam a mesma coisa de duas formas muito diferentes. A conexão que veio entre os lados opostos dos ímãs e o inexplicável empate que eles tinham um pelo outro, era isso que esse estilo de vida era. É o que eu tive que mostrar a Lucy. Seus olhos castanhos se ergueram para mim. Selvagem e desnorteada, eu tinha certeza de que ela não sabia por que ela ouvia. Por que ela obedeceu, mas o fato de que ela fez foi o que importava. A condução precisa me agradar. Eu já tinha visto isso antes em tantas submissas e ainda assim nenhum delas me chamou como ela. Nenhum deles apunhalou meu coração e puxou minha alma como ela fez. Exceto por uma. Brie.

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Eu engoli a dor gelada, ignorando isso por agora. — Não pare de olhar para mim. — eu disse. Então, de onde minha mão ainda segurava sua mandíbula, eu a arrastei pelo seu corpo. Sobre as linhas esticadas em seu pescoço. Através dos tendões do ombro dela. Abaixo a curva macia e exuberante de seu peito. Meus dedos tocaram suas costelas, tocando suavemente sobre elas como cordas de guitarra, até que minha palma pousou de volta em seu quadril. Sua respiração, superficial e quente, bateu no meu rosto. Seus lábios uma vez molhados estavam agora secos de onde eles estavam separados a cada respiração. Mas os olhos, eles permaneceram fixos nos meus. Assim como eu exigi. Apertei seu quadril com mais força do que era apropriado, mas não o suficiente para realmente machucá-la. Ela choramingou, os olhos se fechando por uma fração de segundo antes que se abrissem de novo, voltando para os meus. Como se ela soubesse que a agitação de seus olhos estava desobedecendo a minha ordem para me olhar. Boa menina. Eu empurrei meu quadril para cima, meu pau com tanta força que era doloroso. — Toque-me. — eu pedi, minha voz urgente apesar do sussurro. Seus olhos se arregalaram e seu olhar sacudiu entre as pernas, onde minha ereção pressionava suas dobras suaves. Eu ri, o barulho rouco e profundo. — Não lá. Toque meus braços. Ela exalou um suspiro trêmulo, seu sorriso oscilando, mas mais relaxado do que um momento antes. As pontas de seus dedos roçaram meus bíceps, deslizando até suas mãos quentes descansarem em meus ombros. Seu toque passivo traiu a intensidade que queimava em seus olhos. Sua mão rolou sobre a minha clavícula e no meu peito. Uma

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respiração trêmula me percorreu alcançaram minhas costelas.

quando

seus

dedos

— Isso é ótimo, vocês. — disse Ben de algum lugar atrás de nós. Ele soou longe, embora eu soubesse que ele não estava. — Eu só tenho que acertar mais algumas luzes laterais. Vai demorar mais alguns minutos. Os olhos de Lucy se arregalados, chocados. Seus músculos ficaram tensos e ela se afastou de mim, surpresa. — Ignore-o. — eu sussurrei, roçando meu polegar em sua mandíbula apertada. No meio da respiração, ela relaxou, sentando com mais força contra o meu pau e ajustando meu comprimento duro no calor suave entre suas pernas. Eu gemi baixinho, me deliciando com seu suspiro. Eu estava duro pra caralho, quente pra cassete, e mais do que tudo, eu só queria arrancar aquele shorts e mergulhar dentro dela mais e mais. Suas mãos voaram de volta para os meus ombros, os dedos enrolando em torno dos músculos tensos enquanto a tensão entre nós se tornava mais espessa como uma tempestade rolando sobre um oceano violento. Eu arrastei minha mão de onde ela segurava sua mandíbula, enroscando meus dedos na peruca. Os fios de acrílico eram grosseiros e duros entre meus dedos. Colocando minha mão sob a peruca, peguei um punhado de seu cabelo real e o envolvi em meus dedos, puxando os fios o mais apertado que pude dentro dos limites da peruca. Desta vez, seu suspiro foi mais como um gemido e ela procurou meu rosto, sua boca se aproximando da minha. Seus lábios pairavam acima de mim, tão perto que eu quase podia sentir o gosto dela. Esticando meu pescoço, escovei minha boca suavemente sobre a dela, sentindo a onda de ar quando ela soltou um suspiro contra mim. — Não se

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preocupe. — eu sussurrei, abrindo os olhos e olhando por cima do ombro. Ben e Erik estavam do outro lado da sala, mal prestando atenção em nós. A atenção deles estava fixa nas luzes e na corrida para fazer os ajustes. — Eles não podem nos ver de onde estão. Com a outra mão ainda em seu quadril, deslizei meu polegar para dentro, aplicando pressão o mais perto possível da sua boceta que pude alcançar; Sem tocá-la, mas perto o suficiente para que seu quadril resistisse à pressão. — Oh, Deus. — ela disse, sua voz mais baixa e áspera do que eu já ouvi. Seu corpo pressionou com mais força contra mim, os seios cheios se elevando enquanto ela respirava fundo em seus pulmões e segurava o ar com os lábios franzidos. Eu sacudi minha língua, traçando seus doces lábios, ainda pressionados em uma linha firme. Seus olhos encapuzados ficaram fixos nos meus quando ela soltou o ar e encontrou minha língua com a dela, gentil e devagar. Lambendo. Explorando. — Ótimo. — Ben interrompeu do outro lado da sala, atrás de nós. — Eu só preciso ajustar mais uma posição e vocês serão libertados. Libertados. Eu quase ri. Porra, se não precisássemos de um libertação, algo feroz. — Claro. — eu disse, minha voz quase um grunhido. — Qual é a próxima? Lucy engoliu em seco enquanto eu soltava seu cabelo. Ela arrumou a peruca, endireitando-a na cabeça. — Eu preciso de você sentado na beira da cama. E Holly... er, Lucy, deitada no seu colo. Para a cena da surra. Se eu pensei que ela congelou mais cedo, seus músculos ficaram absolutamente rígidos desta vez. — Palmada? — ela sussurrou.

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Ben assentiu. — Não se preocupe. Eu acho que nós podemos fingir na maioria das vezes para fins de iluminação. Eu só preciso ter certeza de que a luz não esteja muito baixa para borrar o movimento. Ela parecia ter visto um fantasma. Seu rosto empalideceu para um tom de cinza, sua respiração acelerada, subindo rapidamente em seu peito. Sentei e passei a mão sobre a dela, sentindo o rápido bater de seus batimentos cardíacos contra o interior de seu pulso. Quando seus olhos encontraram os meus, o medo puro e honesto colidiu com a luxúria e a paixão naquele simples olhar. Ela me queria tanto quanto eu a queria... e isso a assustou. Bem, querida, isso me assusta também. — Você pode dizer não. — eu a lembrei. Por favor, não diga não... Em um piscar de olhos, seu comportamento mudou. Ela rolou os ombros para trás, em um esforço para parecer no controle. Não finja, baby. Deixe-me fazer isso por você. Ela deu uma última respiração profunda, sua boca se curvou em um sorriso falsamente confiante. — Estou bem. Ela se arrastou de cima de mim enquanto eu fui para a beira da cama. Quando ela se arrastou em suas mãos e joelhos, sua bunda bateu no meu ombro. Firme, mas exuberante. Foda-se. Então, lentamente, ela se abaixou no meu colo. Se ela se ajoelhasse em cima de mim seria uma tortura... isso seria a minha morte. Seus seios se curvaram ao redor da parte externa das minhas coxas, seu estômago liso pressionando contra o meu pau endurecido. Ele esfaqueou dolorosamente contra o algodão restritivo da minha boxer e do zíper de metal da minha calça. Seu peso ofereceu um pouco de pressão e alívio. Mas não o suficiente.

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— Bom. — disse Ben. — Um, Lucy, você poderia arquear suas costas um pouco mais... jogar sua parte traseira para fora. Eu gemi e, pela primeira vez, Ben pareceu ouvir, seu olhar se virou para mim momentaneamente. Um sorriso ameaçou surgir em sua boca, mas ele conseguiu conter. Coisa boa, porque eu podia empurrar o medidor de luz no rabo dele se ele tivesse rido. Esse projeto de shorts estavam subindo no traseiro de Lucy, revelando a curva inferior de sua bunda e coxas suaves. Ela arqueou as costas com mais força contra o meu pau e girou a cabeça para olhar para mim. Eu levantei uma sobrancelha para ela. — Aproveitando o show? — Não tanto quanto eu tenho certeza que você está. — Tenho certeza que Judy Garland nunca provocaria um homem assim... — eu disse. Seu sorriso subiu mais alto. — Talvez. Talvez não. Mas Liza com certeza faria.

***

Lucy Puta merda, pensei, apertando os olhos com força. Ash me queria. Como estava incrivelmente óbvio, seu-pau-durocontra-meu-corpo, me queria quente e nua. E o que era mais louco... eu também o queria. Pela primeira vez na minha vida, eu queria um cara o suficiente

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para matar essa curiosidade ardente que eu tinha sobre o BDSM. Apesar de todas as probabilidades. Apesar da minha história e meu pai e aquela sensação de coceira no meu estômago me dizendo para correr na direção oposta. Eu queria Ash o suficiente para ignorar as bandeiras vermelhas e os sinais de alerta piscando ao meu redor. Eu o queria o suficiente para quebrar uma promessa que fiz a mim mesma quando criança. Eu fiz? Este era um homem que tinha encontros para bater e espancar mulheres. Metade do meu cérebro me disse para fugir desses impulsos. Corra e não olhe para trás. Não termine como minha mãe com um homem que gostava de causar dor emocional e física. Mas a outra metade do meu cérebro sabia que Ash não era como meu pai. Ou melhor... talvez meu coração soubesse disso. Ele pode ferir meu corpo, mas ele nunca me machucaria de verdade. A umidade entre as minhas pernas estava encharcada meu shorts e eu tinha certeza que se Ash não pudesse ver, ele provavelmente poderia sentir. Seu comprimento duro empurrou minha barriga e cada célula do meu corpo estava gritando por mais contato. Eu queria sentir a palma da minha mão do Ash na minha bunda. Eu queria sentir uma picada que provocasse uma onda de dor e prazer. Eu queria as marcas, vergões bravos que me marcariam como dele e só dele. A carne entre as minhas pernas pulsava, gananciosa, querendo muito mais do que eu estava recebendo atualmente. Meu corpo realmente doía, inchado, como se tudo debaixo da minha pele fosse dois tamanhos maiores pressionando para fora. Eu apertei meus olhos, tentando ignorar os pesados pulsos de sangue correndo entre as minhas pernas.

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— Ok. — disse Ben. Meus olhos se abriram quando o diretor de fotografia recuou, olhando para nós através de sua câmera. — Lucy, você está bem com Ash tocando em você? Eu bufei uma risada, e o salto empurrou a ereção de Ash mais profundamente contra o meu abdômen. — Acho que estamos um pouco além disso agora. — Do lado de fora, eu estava bem calma, mas eu queria gritar, Deus, sim. Por favor, me toque! Ben sorriu por trás da câmera. — Está bem então. Ash, você pode dar um leve tapa nela? Deixe-me ver como isso parece. Acima de mim, houve um farfalhar de movimento quando Ash puxou a mão para trás. A palma da mão dele conectou a minha bunda em um leve toque. — Mais uma vez. — Ben disse, — eu preciso de um pouco mais de velocidade do que isso, Ash. Eu preciso de um pouco mais de força do que isso, Ash. Eu ecoei Ben em meus pensamentos. Muito mais, por favor, por favor, por favor. — Lucy? — Ash perguntou. O baixo ronco da sua voz vibrou contra o meu corpo enquanto ele falava, enviando um arrepio para todas as extremidades. Ele estava pedindo permissão. Meu consentimento. A consideração que ele tinha por mim, e o respeito que ele demonstrava com essa situação menos que ideal, me fez querer ainda mais. — Eu estou bem. — eu falei. — Vou te dizer se for demais. Sua respiração afiada empurrou o duro cume de músculos em seu abdômen contra o lado do meu corpo. Eu ansiava por vê-los, tocá-los, lambê-los. Ele teve sua chance,

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uma vozinha dentro de mim ecoou. E ele te deixou na porta da frente com um beijo casto na testa. Ele se afastou de você. Rejeitou você. Deixou você ir para o seu apartamento sozinha. Isso machuca. Doeu mais do que eu gostaria de admitir. Mas sexta-feira no trailer dele? Mesmo que concordássemos em ser amigos, parecia mais. Muito mais. Ele se afastou de novo, desta vez sua palma se conectando contra a minha pele com mais força. A picada foi menor, mas enviou um choque de prazer do meu núcleo para o meu clitóris. E depois, sua mão demorou na curva da minha bunda, seus dedos circulando onde ele tinha atingido. Suave. Gentil. Foi um completo oposto a bofetada que ele acabara de dar. — Espere por favor. — disse Ben. — Erik, me ajude a iluminar D9 e L17. Os dois foram para o trabalho ajustando algumas das luzes e eu empurrei meus cotovelos, virando para olhar para Ash. — Eu tenho que admitir. — eu disse, — de todas as coisas que eu pensei que faria hoje, ser espancada por você definitivamente não era uma delas. Seus dedos ainda circulavam levemente sobre as bochechas da minha bunda em traços longos e macios que eram quase hipnóticos em seu movimento. Um sorriso curvou um lado de sua boca. Uma risada baixa e masculina retumbou em seu peito. Enquanto sua mão circulava minha pele nua na parte de trás das minhas coxas, eu podia sentir o ouro escovado de seu anel. Mais frio que o resto do seu toque. Como um lembrete do porquê ele me rejeitou na noite de quinta-feira porque eu sabia no meu interior que tinha a ver com aquele anel. — Eu tenho que admitir. — disse ele, sua voz apenas um ponto acima de um sussurro, — Eu pensei. Só não esperava que fosse no set com uma platéia. — Mentiroso. — eu disse, bufando.

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Seu aperto ainda estava no meu traseiro, os dedos pressionando contra a minha carne. — Eu sou um monte de coisas, Lucy. Mas eu nunca fui um mentiroso. Eu queria perguntar, “Então por que você me deixou ir sozinha para o meu apartamento? Por que você se afastou? ” Mas meu momento de bravura se dissolveu. Minha respiração parou no modo forte que sua mão apertou minha pele. Não foi doloroso, mas comandante. Eu quero mais disso. Qualquer que seja esse sentimento... Antecipação disparou dentro de mim, a sensação saindo da minha barriga até a base da minha garganta. Abri minha boca, não tendo certeza do que ia dizer, e me surpreendi quando disse: — Me bata com mais força. — Imediatamente, o calor bateu no meu rosto. Constrangimento queimava um caminho quente até o meu estômago. — Quero dizer, eu sei que Ben precisa ter certeza de que o movimento não está borrado. Seu pau se contraiu contra mim. Era como aço, coberto com calça extravagante. Como um monstro enjaulado. E foda-se eu não quisesse ser a única a libertá-lo. — Você está me matando. — ele murmurou. — De volta para você. — eu sussurrei. — Você é a única que queria ser amiga. Amigos. Os amigos faziam isso? — Sim eu quis. Porque você não conseguia se decidir. Não fui eu quem foi embora há algumas noites. — Eu tive minhas razões. Eu engoli em seco, minha garganta seca. — E agora? Você tem razões agora?

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— Cerca de um milhão. — disse ele. Meu estômago caiu. Toda a esperança despencou até que Ash acrescentou: — Mas com você aqui no meu colo, é difícil se preocupar com qualquer uma delas. Eu ofeguei, uma respiração afiada que pegou nos meus pulmões. — Por favor, Ash. — eu implorei, arqueando as costas contra ele. — Por favor. Um sorriso contraiu os cantos de sua boca. — Bem, desde que você pediu tão bem. Então, seus dedos mergulharam entre as minhas pernas. Ele as deslizou contra as dobras suaves, acariciando firmemente o meu clitóris com dois dedos, e então me deu uma pequena palmada. Eu choraminguei, empurrando meu quadril contra o seu toque. Foi tão bom. Me senti tão bem. O que estávamos fazendo? E se Ben visse? Ou Erik? — Luciana. — ele sussurrou meu nome completo, e desta vez eu ofeguei, minha cabeça caindo sobre seu colo. Toda preocupação com alguém nos vendo desapareceu. Fios vermelhos riscaram minha visão e eu não me incomodei em tirar a peruca do meu rosto. Foi bom demais. Eu estava afundando em um abismo de prazer e precisava da dor para equilibrar isso. — Ok. — disse Ben. — Vamos tentar de novo. Os músculos da coxa de Ash se esticaram contra o meu corpo. A pausa foi mais longa. A antecipação se espalhou pela minha pele. Quando isso iria acontecer? Quando sua mão golpearia? Quando ele finalmente trouxe a palma da mão para baixo, sua mão conectou a minha carne com uma fresta. O estúdio ficou em silêncio, exceto pelo meu grito.

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A dor era sóbria e, no entanto, não fez nada para aliviar meu desejo. Não fez nada para acalmar o calor pulsante entre as minhas pernas ou a ternura dolorida dos meus mamilos. Tudo o que fez foi me fazer implorar o toque dele entre as minhas pernas mais uma vez. Eu queria ver... queria ver como minha pele ficou rosa. — O que está acontecendo aqui? — Uma voz explodiu. Tio Richard. Eu me mexi para sair do colo de Ash, enquanto as perguntas dançavam em seus olhos azuis. Vergonha queimava no meu peito. Eu queria aquela dor, tinha praticamente implorando por ela e mesmo agora, com minha bunda ainda ardendo, eu queria mais. Um pensamento sombrio nublou meus pensamentos. Foi assim que começou com a minha mãe? Começou como jogos de quarto e se transformou em vida? Minhas bochechas coraram e eu não pude olhar o tio Rich nos olhos. Ben pigarreou. — Ok… uh, acho que conseguimos. Obrigado a ambos. Mais silêncio enquanto eu mergulhava no robe pendurado ao lado da porta, me cobrindo com ele. Normalmente, eu apenas explicaria a situação ao tio Richard, mas neste ambiente? Não poderia ser eu. Uma assistente de figurino explicar ao presidente do estúdio o que ele estava vendo? Bandeiras vermelhas seriam levantadas em todo o lugar. — Alguém por favor pode me dizer por que meu diretor está espancando a assistente de figurino no set esta hora da manhã? — Tio Rich explodiu. Eu ouvi Ash assobiar quando ele se levantou e respirou fundo. Sua ereção não era loucamente perceptível... mas eu ainda podia sentir o contorno ardente de onde ele estava contra o meu corpo. Ampla. Grossa.

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Ben foi até Rich primeiro. — Nossos substitutos não chegaram. Tivemos que encontrar membros da equipe com tons de pele semelhantes para obter a iluminação. — E não havia ninguém além de... — Tio Richard fez uma pausa, seu olhar varrendo o estúdio, aterrissando primeiro em Ash, depois em mim. — Ninguém além do diretor do filme para fazer isso? — Era óbvio que ele estava mais chateado por usarem a mim, não Ash. Mas não havia como ele dizer isso sem dizer que sou sua sobrinha. Eu dei um suspiro de alivio. Ben pigarreou. — Ninguém mais se parece tanto com Jude quanto Ash. Eu sei, não é o ideal. — E esta pobre nova membro da nossa equipe tinha que estar meio nua para você fazer isso? As sobrancelhas de Ash se franziram juntas. — Sim. — ele respondeu simplesmente. — Rich, você está nesse negócio há algum tempo. Você sabe tão bem quanto nós, se é uma cena de nudez, a iluminação tem que ser definida contra os tons de pele. — Está é a mensagem que queremos enviar ao nosso pessoal? — O tio Richard passou a mão pelo rosto. Seus lábios ficaram brancos quando ele os pressionou em uma linha apertada. Grunhindo, ele disse, — Milhares de atores desempregados nesta cidade e nós não conseguimos encontrar dois fodidos substitutos? — Vamos tê-los amanhã. — disse Ash. — Porra, é melhor ter. — O tio Richard girou, saiu e bateu a porta atrás dele.

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CAPÍTULO NOVE

Lucy EU assisti do canto enquanto Jude e Marlena representavam a cena, o momento em que Holly estava completamente imersa no estilo de vida BDSM. E os dois? Uau... eles estavam hipnotizados. E fora da câmera. Eu olhei para eles com admiração enquanto os dois alternavam entre Leo e Holly e Jude e Marlena. Sua química mais do que brilhou... era como um show de luz em frente aos meus olhos. Eles chegaram na cena da surra, e eu podia sentir o olhar de Ash queimando em mim. Sentia sua consciência de cada movimento meu. Como se minha reação a essa cena determinasse aonde nós partimos daqui. Marlena se inclinou sobre o colo de Jude, completamente nua. Em um dia normal, em uma filmagem normal, haveria dezenas de pessoas a postos. Aqui havia apenas sete. As portas estavam trancadas. As janelas estavam cobertas. Foi tão íntimo quanto um set de filmagem poderia ser. Eu nunca me considerei nada perto de uma estrela de cinema. Eu nunca me associei com atores, nunca me vi na câmera ou no palco. Eu me destacava como gerente de palco. A figurinista. Qualquer coisa nos bastidores e nas sombras escuras longe do centro das atenções. Mas vendo Marlena lá na mesma posição que eu tinha acabado de estar? Eu quase podia fechar meus olhos e me imaginar no centro do palco, tomando o foco. Jude golpeou Marlena com força contra o traseiro, deixando uma mancha vermelha onde ele a atingiu. Minha

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pele formigou ao ver aquela marca e arrepios correram pelos meus braços. O corpo dela se contraiu contra a mão dele. E então... ele fez exatamente o que Ash tinha feito comigo. Os dedos de Jude circularam sobre a carne vermelha, acariciando-a. Cuidando antes de puxar de volta e golpear ela novamente. Minha atenção foi para onde Ash estava sentado na cadeira do diretor. Ele mordeu o lábio superior e o joelho saltou para cima e para baixo. Com um rápido olhar, ele olhou para mim, antes de voltar a olhar para a cena diante de nós. A sala girou em torno de mim, o ar de repente quente e sufocante. Eu sempre achei que o BDSM era apenas uma coisa suja, algo que as pessoas faziam para transar e exibir seu poder. Mas era mais que isso, Marlena e Jude estavam loucamente apaixonados. Ficou evidente depois de vê-los de longe por alguns minutos. Não precisava ser sádico com eles, parecia até carinhoso. Mas eles estavam apenas agindo... certo? — Corta! — Ash gritou. Engolindo, corri para frente com o robe de Marlena. Jude pegou de mim, sorrindo brevemente. — Deixe-me. — disse ele. Então, segurando o robe para Marlena, ela deslizou os braços e ele cobriu o seu corpo exposto, dando um beijo na curva do pescoço dela. Eles eram um casal comprometido. Apaixonado. Eles também eram membros do LnS como Ash? Isso explicaria muita coisa. Esse pequeno detalhe o jeito que ele acariciava o traseiro dela depois de bater, da mesma forma que Ash tinha feito comigo enquanto eles ajustavam a iluminação. Essa era uma coisa dominante. Tinha que ser. Ou Jude era apenas um ator talentoso e fizera sua pesquisa.

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Talvez isso não fosse o mesmo que o meu pai fez com a minha mãe. Para começar, foi consensual. Minha mãe não tinha uma palavra de segurança para fazer o abuso parar. Parava quando papai queria. Ou quando ele adormecia. O que viesse primeiro. Este filme estava abrindo meus olhos. Talvez você possa estar apaixonado e aproveitar esse estilo de vida. Então ser um casal saudável normal durante o dia, e pervertido pra caralho à noite, e ainda ser saudável e feliz. E talvez, apenas talvez, estar com Ash não estivesse quebrando a promessa que fiz a mim mesma todos esses anos atrás. Ao meu lado, Miguel fez um barulho e enxugou a testa com a manga. — Ótima cena, hein? Eu engoli e balancei a cabeça, meu olhar flutuando mais uma vez para Ash, do outro lado do set. Seus olhos estavam em mim, seus lábios em uma linha firme e irritada. Seus olhos se estreitaram, disparando para Miguel. Ele estava com ciúmes? — Os caras da faculdade vão comer essa merda. Eu bufei e puxei meu celular do bolso de trás, ligando-o novamente. Eu sempre configuro para o modo avião em uma filmagem por razões óbvias. Eu tinha um texto da minha mãe esperando por mim. Eu li hoje que o queijo é mais viciante que a cocaína. Tenha cuidado com o que você come nos serviços de figurinista. Todo aquele alimento processado não pode ser bom. Amo você. Suspirei. Se ela soubesse quanto eu comia. Eu não tinha dúvidas de que minha mãe me amava. Ela me amava tanto que ela me segurou pela sua vida. Eu era seu bote salvavidas em um navio afundado. Mas quando eu a desapontei, ela não suportou olhar para mim. A decepção foi uma perda de si mesma para ela. Eu esfreguei meus olhos. Ser controlada por minha mãe foi o status por tanto tempo na

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minha vida... é por isso que eu gostava de BDSM? Foi um comportamento familiar que eu gravitei por causa de quase duas décadas de natureza controladora de minha mãe? Da minha mãe tentando recuperar o controle de sua própria vida, dominando a minha? Eu me senti tão confusa. Porque gostei do que senti com o Ash. Eu ansiava por isso. Queria isso. Eu estava escolhendo isso. Mas e se essas escolhas realmente não fossem realmente escolhas? E se eu apenas gostasse desse estilo de vida por causa da minha história com minha mãe e meu pai? É tudo tão confuso. Eu não sabia o que pensar. Quais pensamentos eram mais meus? Uma dor de cabeça vibrou na frente da minha testa e eu belisquei a ponte do meu nariz contra a queimação em meus seios. Abaixei minha cabeça longe do olhar ardente de Ash, pousando em onde Jude e Marlena estavam de mãos dadas. Eu não poderia me tornar minha mãe. Tal mãe, tal filha não ia ser a frase que as pessoas diriam no meu funeral. — Vamos todos almoçar. — anunciou Ash. — Voltem aqui à uma hora, por favor. Almoço. O pensamento de comer fez meu estômago revirar. De algum lugar acima de nós, ouvi o ar condicionado clicar, mas mesmo com o fluxo direto de ar frio, minha pele estava corada. Calor irradiou de mim e pontos inundaram minha visão. Eu precisava me afastar do set. De Jude e Marlena. De Ash. Sem esperar por nenhum dos outros membros da equipe, saí correndo do palco de som, pelo corredor, passando pelos serviços de figurino, até virar a esquina, longe de todos. Abrindo a porta da área de manutenção, bati a porta atrás de mim. A maçaneta pressionou minha parte inferior das costas, seu metal frio permeando o algodão fino da minha camisa.

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Fechei os olhos, embora o armário fosse quase preto. Apenas uma lasca de luz da rachadura na base da porta se filtrou, derramando amarelo sobre minhas sandálias. Mesmo com meus olhos firmemente fechados, a sala ainda estava inclinada. O chão girou até que eu senti como se tivesse mudado de lugar com o teto e eu estava de cabeça para baixo. Passos pesados batiam do lado de fora e eu penetrei mais fundo no armário, deslizando pela parede até que eu estava sentada no chão sujo. — Lucy? — A voz de Ash estava perto, em algum lugar fora do corredor. Por que ele estava procurando por mim? Por que ele se importava? — Lucy? — Ele chamou de novo, sua voz ainda mais perto desta vez. Eu pressionei meus lábios, mal respirando como se ele pudesse reconhecer, quanto mais ouvir, o som da minha respiração. De dentro do meu bolso, meu telefone tocou, o toque tocando no armário silencioso. Meus músculos se apertaram, agarrando como se fossem atingidos por um feitiço. Não. Não, não, não… Eu me atrapalhei, tirando meu celular do bolso e silenciando. Era tarde demais. Por que eu dei a ele meu número estúpido quinta à noite? Droga de vodka. Dois pés sombreados bloquearam a luz sob a porta, e o piso rangeu em protesto quando ele se virou. A porta se abriu, enquadrando Ash em plena luz branca, o telefone ainda pressionado contra o ouvido. — Lucy. — Rugas amassaram sua testa enquanto seu olhar me examinava. E de repente, ele estava de pé no armário comigo, fechando a porta atrás dele. A escuridão nos engoliu e ele colocou o telefone na prateleira, com a lanterna acesa. Seu toque era gentil quando suas mãos envolveram meus cotovelos, me guiando para os meus pés. — Você está bem?

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— Sua voz era áspera e ele girou o dedo em um fio do meu cabelo, torcendo-o em torno de sua junta. Piscando, eu engoli e inclinei meu queixo para olhar para ele. — Estou bem. Era uma mentira descarada. Ele sabia disso. Eu sabia. Se minhas bochechas manchadas de lágrimas e respirações pesadas não eram óbvias o suficiente, minha relutância girou entre nós, preenchendo o pouco espaço entre nossos corpos quando Ash se adiantou. Meus seios estavam a centímetros do corpo dele. Não, não centímetros, plural. Centímetro. Singular. Apenas um centímetro nos separa. Ash passou os braços em volta da minha cintura, me puxando para mais perto. Encaixando-me em seu abraço e pressionando meu corpo para o dele. Suas mãos pegaram minhas costas, agarrando meu cabelo na parte de trás da minha cabeça, e com um puxão suave, meus olhos foram direcionados para ele. — Não minta para mim, Luciana. Parecia tão bom em seus braços assim. Foi perfeito. A intensidade de seus olhos era impressionante; um poder formidável que parecia me cobrir com aquele olhar. — Mesmo que a verdade seja que você não está pronta para falar sobre isso. — disse Ash, sugando um suspiro trêmulo, — Não minta para mim. Eu balancei a cabeça. O que mais eu poderia fazer? Fungando, eu lambi meu lábio inferior, ainda capaz de provar os restos de sua língua que havia roçado lá há horas atrás. — Eu não estou pronta para falar sobre isso. Meu coração bateu contra minhas costelas. Minha cabeça girou. Cada um dos meus sentidos estava aguçado e exausto.

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Ele assentiu, ainda olhando para mim. — Você gostou de ser espancada. — Não foi uma pergunta. Eu balancei a cabeça, não, e um sorriso cauteloso inclinou seus lábios lentamente. — O que acabei de dizer? Não minta para mim... Merda. Eu respirei fundo, sentindo a dor nos pulmões, reunindo a bravura para admitir a verdade. Admitir algo que eu sabia há anos sobre mim mesmo e não conseguia nem dizer em voz alta na privacidade da minha própria casa. Algo que eu não podia admitir para Andrea. — Gostei mais do que Liza gosta de cinturão. Um riso pesado sacudiu o peito de Ash, mas ele não me soltou. E seus olhos nunca deixaram meu rosto. — Você queria mais? Outro aceno de cabeça. — Eu empurrei demais? Cedo demais? Eu engoli em seco e balancei a cabeça quando levantei minhas mãos contra o peito dele, roçando sobre seus músculos tensos. Não. Ele havia empurrado a quantia certa. Apenas o suficiente para despertar meu interesse. Ele não tinha ideia de que não era ele, mas sim o texto da minha mãe que desencadeou a minha dúvida. Meu maior medo e insegurança. Mas eu não queria me concentrar nisso. Passei toda a minha vida focando nisso de uma forma ou de outra. Sempre tentando agradá-la. Eu busquei sua aprovação como um golpe de dopamina. Eu ansiava por essa aceitação. Quando cheguei, me senti amada. Quando não fiz, fiquei imaginando o que estava fazendo de errado. Sempre que eu estraguei tudo ou cometi um erro, meu estômago despencou até os dedos dos pés, e fiquei apavorada ao ver sua decepção, sentir como ela se afastava. Eu passava as noites imaginando

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quanto tempo ela levaria para me perdoar e voltar a ser minha mãe. E uma parte mais obscura de mim se perguntou, se eu estragasse tudo o bastante, seria o catalisador que a levaria a outra depressão onde a perdiria para sempre? Foi muita pressão para uma criança. Seu amor estava condicionado à minha perfeição. E quando eu rejeitei as escolhas dela até mesmo escolhas tão triviais quanto as roupas que ela escolheu para mim, ou coisas importantes como meu namorado que ela escolhera e o curso que ela havia decidido para mim levou um ano inteiro para ela falar comigo de novo. Eu levantei meu olhar para a garganta musculosa de Ash que implorou para ser lambida. Um vislumbre de cabelo curto no peito apareceu debaixo de sua camisa de botões, agora significativamente mais enrugada do que quando começamos o dia. Ele empurrou uma respiração através de seus lábios apertados quando eu curvei meus dedos sobre seus ombros. Enquanto seus dedos acariciavam a parte de trás do meu pescoço, todas as terminações nervosas acordaram com uma sacudida feroz, meus mamilos apertando debaixo da camisa. Quanto tempo passou desde que eu fui tocada assim? Acariciada? Amada? Um ano? Dois anos? Talvez nunca. Nunca tive um amante que olhasse para mim do jeito que Ash faz. Me tocou com a intenção concentrada do meu prazer. Mas Ash e eu não éramos amantes. Nós éramos amigos. Amigos. Essa palavra nem fazia mais sentido. Não no contexto de mim e Ash. Eu instintivamente tremi. Ele notou a mudança na minha linguagem corporal imediatamente, recuando para me examinar. Ele soltou o meu cabelo e moveu as mãos para cada lado do meu rosto, seus polegares descansando nos cantos da minha boca. Ash não era apenas um homem. Ele não era apenas um homem em BDSM. Ele era a

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personificação viva da dinâmica da minha mãe e do meu pai. E do que me afastei com a minha própria mãe. Um desafio a esse controle que eu trabalhei tão duro para me libertar. Ou… ele estava? Minha mãe me forçou a escolher entre fazer do jeito dela para receber amor e atenção, ou viver minha própria vida e sentir sua ausência. Ash não estava me pedindo para fazer essa escolha... ainda. Mas ele era mandão por natureza. Eu não tinha dúvidas de que era por isso que ele era um diretor tão bem-sucedido. A questão permanecia: essa personalidade seria transferida para a vida doméstica ou para o quarto? Ele abriu a boca para falar, mas eu não deixei. Levantando na ponta dos pés, eu peguei sua boca, lambendo, procurando, enroscando-me contra sua língua de veludo. Ash gemeu de surpresa, prendendo-me contra a parede do armário com a pélvis. Com um impulso de seu quadril, seu pau ereto enjaulado por calças de caxemira deslizou contra o meu feixe de nervos. Uma pontada de prazer surgiu no meu núcleo. Excitação sacudiu minha espinha quando ele deslizou as mãos para baixo, abrindo minhas pernas. Uma bola de fogo ardente ganhou vida na base do meu estômago, agarrando-se entre as minhas coxas. Eu queria sentir seu pau rígido dentro de mim. Eu queria aquelas mãos descendo com força na minha bunda novamente. Eu queria ser marcada, amarrada, forçada de joelhos, seu pau tão longe na minha garganta que lágrimas brotariam nos meus olhos e eu engasgaria. Eu queria que os impulsos secos de antes fossem reais e escorregadios com o desejo úmido. — Esse foi o seu único passe. — disse ele em voz baixa. — De agora em diante, você oferece seus lábios para eu te beijar. Você não apenas me beija. Entendido?

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Porra, isso era quente. Eu balancei a cabeça. — Vire-se. — ele exigiu. Mesmo que cada grama de autopreservação me avisasse para não seguir suas instruções, encontrei-me girando na ponta dos pés, de frente para a parede atrás de mim. — Palmas apoiadas contra a parede. Você não as move até eu mandar. Levantei minhas mãos, colocando gentilmente contra a parede fria e lisa, minha respiração superficial e rápida. Faíscas de antecipação surgiram na minha barriga e senti meu clitóris inchado e dolorido. Estendendo a mão, ele abriu o botão no meu jeans. O jeans largado caiu no chão, preso nos meus tornozelos com pouco esforço. Houve uma ingestão aguda de ar atrás de mim e eu tinha certeza de que ele estava olhando minha calcinha vermelha e rendada. — Surpreso? — Eu perguntei por cima do meu ombro. Minha calcinha sexy era meu pequeno segredo sujo. O pequeno pedaço de mim que eu guardara de alguns anos atrás; de modo que, apesar das minhas roupas desalinhadas e cabelo solto, eu me senti sexy. Eu nunca esperei que ninguém especialmente Ash Livingston visse esse meu lado. — Surpresa não define, Luciana Rodriguez. Eu endureci com o uso do meu nome completo... Eu nunca disse a ele meu sobrenome. O que significava que ele estava cavando. — Porra. — ele sussurrou, e passou os dedos pela renda vermelha no meu quadril. Deslizando a outra mão pela minha camisa, ele segurou meu peito, seu polegar arrastando ao longo da parte inferior do inchaço. — Tudo bem? — Ele sussurrou, sua respiração quente batendo no lóbulo da minha orelha. — Deus, sim. — eu engasguei, arqueando as costas e empurrando minha bunda contra a sua calça.

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Eu deveria estar parando isso. Por que eu não parei com isso? — Graças a Deus. — ele murmurou. Então, com um beliscão da minha orelha, ele empurrou meu sutiã sobre meus seios. Encontrando meus mamilos, ele os beliscou entre os dedos, puxando até que um ruído rolou profundamente na parte de trás da minha garganta. Oh sim. É por isso. — Você é de tirar o fôlego. — disse ele. Uma risada auto depreciativa passou pelos meus lábios, e eu rapidamente fechei minha boca, silenciando a risada. Tirar o fôlego? Eu? Era doce da parte dele dizer isso, mas eu sabia o que parecia ser de tirar o fôlego. Eu já fui aquela linda garota antes. E quem eu era agora? Com os óculos e rabo de cavalo bagunçado e jeans folgado eu não estava mais de tirar o fôlego, com certeza. — Você não concorda? Suspirei. Deus, por favor, não me faça responder isso. Eu passei os últimos dois anos evitando situações como esta. Declarações como essa. E tão doce quanto Ash estava sendo apenas um Dominante, tentando agradar uma potencial submissa. — Desde quando um Dominante se importa se sua sub concorda ou não? Sua respiração mudou, mais pesada do que antes, e quando eu olhei por cima do ombro, ele se afastou, me examinando. — Um bom Dominante sempre se importa se sua submissa concorda. Nosso trabalho é cuidar. Nosso trabalho é fazer com que nada atravesse um limite. E é o trabalho da submissa ser cem por cento honesta conosco, para que nós, inadvertidamente, não levemos as coisas longe demais.

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— Por isso, as palavras de segurança? — Eu perguntei. Ash assentiu. — Exatamente. Você já foi espancada antes? Eu balancei a cabeça não, mas eu sabia que meus olhos se contrapunham à indiferença do movimento. — Além desta manhã, não. Minha mente vagou de volta para aquela picada intensa que eu senti esta manhã no set, seguida pelo terno arrastar de seus dedos depois de ser espancada. Quaisquer que fossem os instintos que eu tivesse em mim, gritavam que Ash era um bom homem. Ele pode me machucar, mas ele também pode me curar. Ele deslizou as mãos pelos lados do meu corpo, sobre minhas costelas até que elas se arrastaram sobre a minha calcinha de renda. Com as pontas dos dedos, ele seguiu a linha do elástico enquanto mergulhava em minha bunda, tocando em minha carne sensível, agora coberta de arrepios. Então, empurrando a minha calcinha para o lado, ele mergulhou o dedo na minha abertura. Seu toque pairou na minha entrada quando ficou molhada, inchada, dolorida. Eu ofeguei e me inclinei para trás, tentando empurrar seus dedos mais profundamente, mas ele contra-atacou meu movimento, se afastando, dando um lambida. — Shhhh. — ele arrulhou. — Paciência. — Paciência? — Eu repeti, me esquecendo. — Estamos em um intervalo de uma hora em um armário de suprimentos e você tem o dedo pressionado contra a minha boceta. Eu não acho que agora é a hora de ter paciência. Senti sua risada atrás de mim e revirei os olhos para seus ombros saltando com a risada reprimida. — Você é um pouco malcriada… e eu gosto disso. Nós vamos ter que

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trabalhar em sua conversa. — disse ele. — E nesse meio tempo, tenho que criar uma punição por isso. Você é um pouco malcriada e eu gosto disso. Eu tremi porque, diabos, eu gostei também. — Você falando assim parece que vai ser uma coisa regular. — eu disse com cautela. Ele fez uma pausa. — Não vai ser. — disse ele, a voz escura. — Mas, ao mesmo tempo, se estou arriscando meu trabalho aqui na Silhouette, não vai ser uma rapidinha no armário de suprimentos. — Sua voz era um sussurro áspero e essas palavras afundaram profundamente em minha alma. O pânico e o calor colidiram dentro do meu peito, e eu não sabia como me sentir ou o que pensar sobre isso. — Eu não faço relacionamentos. Não mais. Isso está bem para você? Bem? Inferno, eu preferia assim. É a única razão pela qual evitei namorar. Eu balancei a cabeça. — Eu não quero ser amarrada. — eu disse, e imediatamente me encolhi. Má escolha de palavras, Lucy. Por cima do meu ombro, pude ver o sorriso na boca dele. — Bem, isso é uma vergonha. Eu não faço relacionamentos, mas eu adoro amarrar as mulheres. — Eu quis dizer... hum, eu não quero um relacionamento também. Seus olhos acenderam. — Entendo. Agora, sobre essa punição... — O ar estava grosso entre nós. Faiscada com eletricidade inebriante e a química que era potente. — Vire de volta. Mãos na parede. E se você falar “pare” isso tudo para. Claro? — Sim. — eu sussurrei, minha voz grave e áspera.

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Seu toque desapareceu da minha pele. Um frio roçou meu traseiro nu, e quando me movi para espiar, seu rosnado parou meu movimento. — Olhos para a frente. Eu obedeci, empurrando minha testa para enfrentar a parede mais uma vez. Os momentos de espera eram tortuosos. Algo que eu tinha certeza era parte do plano. Parte da punição. Quando sua mão desceu contra a minha bunda, foi tão forte e repentino, eu ofeguei com a picada cortante. Minha boceta apertou e eu esfreguei minhas coxas por alguma quantidade de atrito; qualquer libertação que eu pudesse encontrar. — Nuh-uh. — disse ele, e cutucou minhas pernas mais afastadas com o joelho. — Seu prazer é meu. Eu dito quando você goza. Quando você se toca. Entendido? Eu choraminguei. Eu deveria estar chocada. Eu deveria estar correndo para fora deste armário e nunca olhar para trás. Mas eu queria sentir o que seria esse prazer primeiro. Queria saber por que eu ansiava por isso porque tinha que ser mais do que apenas uma palmada na bunda. Ele puxou de volta, golpeando-me mais três vezes, cada uma mais forte do que antes. Isso não era nada tão próximo ao quando eu estava deitada sobre seu colo esta manhã. Era crua e apaixonada e ele grunhia de prazer a cada vez que a palma de sua mão se conectava à minha carne que se contorcia. Uma respiração estremecida rasgou meus lábios. Meu clitóris estava tão inchado que implorava por atenção com cada dor pulsante. Houve um farfalhar de movimento atrás de mim e quando olhei para baixo entre as minhas pernas, Ash estava ajoelhado atrás de mim. Suas mãos roçaram a parte de trás da minha coxa, acariciando suavemente a área sensível que

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ele tinha acabado de espancar. Então, puxando minha calcinha para o lado, ele deslizou um dedo em mim. O movimento foi lento, dolorosamente lento, e nós dois engasgamos quando eu apertei em torno de seu dedo. Ele retirou-se e entrou novamente, desta vez com dois dedos. Um tremor começou nos meus joelhos e subiu por todo meu corpo. Eu estava literalmente tremendo de desejo. — Eu tenho que saboreá-la. — ele sussurrou. E então, seus dedos se foram, substituídos por sua língua. Ele me lambeu da ponta do meu clitóris até a minha abertura antes de ele enfiar a língua dentro de mim. Minha respiração ficou presa na garganta e empurrei meu quadril para trás pedindo mais. A penetração permaneceu superficial, e quando ele levou os dedos de volta para o meu clitóris, ele circulou a área em traços lentos e suaves. — Mais. — eu implorei, enquanto a outra mão acariciava minha bunda onde ele tinha me espancado, ainda tenro de suas mãos. Ele riu e sua respiração quente se espalhou sobre a minha boceta. — Diga-me o que você quer.— disse ele. — Eu quero você dentro de mim. — eu implorei. Eu era patética e carente, mas naquele momento, tudo o que me importava era sentir sua espessura grossa deslizar dentro de mim. — Assim? — Ash perguntou, deslizando dois dedos dentro de mim mais uma vez. Eu gemi e rolei meu quadril contra o impulso lento de seus dedos. — Não. — eu gemi. — Bem, então, você vai ter que ser mais específica.

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Ele torceu os dedos, pressionando-os contra o feixe de nervos no fundo do meu núcleo. — Seu... seu pau. Eu quero seu pau dentro de mim. — Só faltam trinta minutos para o almoço. — ele me informou. Como se eu não estivesse ciente das restrições de tempo que estávamos enfrentando. Eu ofeguei quando seu polegar roçou meu clitóris. — Muito tempo. — eu disse. — Nem perto. — ele sussurrou. — Não para todas as coisas que tenho guardado para nós. Eu quero você por horas. — Por favor. — eu ofeguei. — Por favor... — Eu nem sabia o que eu estava implorando neste momento. Tudo que eu sabia era que eu não poderia voltar lá fora, não podia encarar Kelly e fazer meu trabalho no set me sentindo desse jeito. Me sentindo tão desequilibrada e no limite, a qualquer momento eu poderia me transformar em uma poça de orgasmos. Eu estava tão perto, mais tão perto, prendi a respiração, arqueando em seus movimentos, alcançando o orgasmo que estava tão perto, mas ainda assim tão longe. — Esta é a sua punição. — disse ele. — Você não deve se tocar. Você não deve ter nenhuma libertação até eu permitir. — Ele ficou atrás de mim, continuando a dirigir seus dedos lentamente para dentro e para fora do meu corpo, meu clímax chegando cada vez mais perto. Por trás, sua mão roçou minha garganta, arrastando suavemente um caminho até o meu ombro. Meu sexo pulsou mais forte com o seu toque, apertando em torno de seus dedos quando ele fez isso. — Oh Deus. Sim. — eu falei em voz rouca. — Ainda não. — Ash rosnou. — Não se atreva a gozar, Luciana. Não até eu dizer.

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— Quando? — Eu chorei. — Diga-me quando. Eu não posso sem saber... — Hoje à noite. — disse Ash, em seguida, retirou os dedos inteiramente e soltou a mão da minha garganta. Eu gemi, sem saber o que era melhor, a antecipação da libertação, ou a promessa sombria do que estava por vir. Eu me senti ridícula, de pé em um armário de suprimentos, calças em torno dos meus tornozelos, bunda no ar... e tão excitada que eu estava literalmente escorrendo pelo interior das minhas coxas. Ele se inclinou, arrastando minhas calças para cima e sobre minhas coxas, abotoando-as para mim enquanto eu colocava minha camisa e sutiã. Calor queimava nas minhas bochechas. Enquanto normalmente eu corava um tom de rosa, eu tinha certeza que eu estava vermelho brilhante. — Hoje à noite. — disse ele em um sussurro áspero. — Depois do trabalho… me encontre no meu escritório depois das filmagens. — Não. — eu disse, sentindo minha mente nebulosa clarear, mesmo que ligeiramente. — Não podemos no trabalho. Isso? Em um armário? Não pode acontecer de novo... Ele segurou meu rosto, me silenciando com um olhar. — Eu concordo. — disse ele. — Eu só quero que me encontre no meu escritório para discutir alguns detalhes com você. — Suas pálpebras ficaram mais pesadas do que sua respiração longaa e profunda e seus lábios cheios se separaram, ainda escorregadios com meu sexo. Bom. Nós dois estávamos na mesma página... isso era um começo. — Mas não podemos continuar fingindo que não queremos ficar juntos. Eu engoli, não respondendo. Ele levantou a sobrancelha para mim. — Você quer uma noite juntos, não quer Lucy?

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— Deus, sim. — eu sussurrei. Um lampejo de um sorriso atravessou seu rosto e, num piscar de olhos, desapareceu. — Bom. Porque eu preciso te foder. Eu nunca precisei tanto de algo na minha maldita vida. Eu balancei a cabeça, sem palavras. Vamos, Lucy. Diga alguma coisa. — Eu concordo. — eu sussurrei. — Precisamos tirar isso do nosso sistema. — Parecia tão frio o que eu acabei de dizer. Mas talvez fosse verdade. Talvez, se fizéssemos sexo, pudéssemos sair dessa química estagnada e inebriante que parecia nos unir. Ele ia me foder. Esta noite. E com base na maneira como ele agarrou meu quadril e espancou minha bunda, não ia ser doce e gentil. Ele roçou o nariz na minha bochecha e no aro inferior dos meus óculos até que sua língua sacudiu a base da minha orelha. — Algo me diz que uma noite pode não ser suficiente. Mas vamos tentar. — ele sussurrou. Ele gemeu, tomando minha boca e cutucando meus lábios com a língua. Nós nos encontramos em um emaranhado de seda e promessas. A luxúria brilhou pesadamente em seu rosto quando o beijo terminou e ele se afastou. — Veja? — Ele disse. — Você não é a única que vai sentir a tortura de esperar. — Mas você não está proibido de se tocar. — Você está certa. Eu poderia ir ao banheiro agora mesmo e me masturbar... mas não vou. — Minhas sobrancelhas se enrugaram juntas e Ash respondeu antes que eu pudesse fazer a pergunta. — Qual seria a diverção disso, Lucy?

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Ele gentilmente roçou os lábios mais uma vez sobre os meus. — Esta noite. Certifique-se de obter alguma comida nos 25 minutos restantes do seu horário de almoço. Ele pegou o telefone na prateleira e colocou no bolso. Então ele se virou para a porta e, quando a mão dele pousou na maçaneta, eu o parei, dizendo: — E se eu disser não? E se eu não for ao seu escritório depois de terminarmos aas filmagens? Um momento de arrependimento passou por suas feições, apertando-as. — Então eu vou respeitar sua decisão. Jon me substituiu como chefe do departamento de figurino. Sua resposta não terá nenhum efeito em seu trabalho ou seu status aqui na Silhouette. Então, eu poderia dizer não, se quisesse. Ele ainda é tecnicamente meu chefe, mas com poder zero sobre minha posição. Se ele soubesse o tipo de poder que eu tinha sobre o seu. Uma ligação para o tio Rich e poof. Linha de desemprego para Ash. — Mas Lucy... — Ele se virou para mim, elevando-se sobre sua estrutura de um metro e noventa e três. — Eu não sou o tipo de homem que pergunta duas vezes. — Levantando a mão, ele passou os dedos sobre a minha bochecha onde eu sabia que meu salpicar de sardas era mais proeminente. — Então, se isso é algo que você quer, não diga não.

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CAPÍTULO DEZ

Lucy QUANDO a filmagem terminou, peguei as roupas que Marlena e Jude usaram, trazendo-as para serem lavadas. Agarrando meu celular, verifiquei a hora. Quatro e quarenta e cinco. Mesmo com todos os nossos atrasos esta manhã, conseguimos ficar à frente do cronograma. Talvez, se tivesse sorte, pudesse sair do Estúdio da Silhouette antes que o Tio Richard pedisse para me ver. Estava inevitavelmente vindo. Eu sabia que estava. Depois de ver seu rosto quando eu estava no colo de Ash como substitutos? De jeito nenhum ele iria deixar isso passar. Meu telefone tocou com uma mensagem de texto, chacoalhando minha palma, todo o caminho até o meu coração. Minha ansiedade em relação ao tio Rich se transformou em um tipo completamente diferente de nervosismo uma empolgação enquanto o número de Ash piscava em minhas notificações. Sua mensagem era simples. Ao ponto. Meu escritório. 15 minutos. Entre minhas pernas, o calor latejava. A dor aumentava a cada passo cheio de atrito e me encontrei apertando e soltando para alguma forma de libertação da sensação dolorosa. Eu queria Ash. Queria tanto que eu estava quase disposta a me esquecer. A dor que Ash causara era deliciosa e dolorosa mas não cruel. Ele era diferente do meu pai. Eu pude sentir isso. Isso é mais sobre o prazer do que a dor. Ainda assim, os nervos apunhalaram meus pulmões. Cada respiração estava nervosa, como se eu pudesse sentir

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meu coração tremer enquanto os minutos passavam, ficando cada vez mais perto de quando Ash e eu estaríamos sozinhos novamente. Aqueles quinze minutos que passei andando pelos corredores do estúdio foram os quinze minutos mais longos da minha maldita vida. Eu respirei fundo antes de bater levemente na porta entreaberta. Ela rangeu, deslizando ligeiramente para dentro com as batidas dos meus dedos. — Entre. — Sua voz era grossa e inteiramente masculina. Mesmo com essa simples demanda, entre, ele me deixou molhada. Seus olhos se levantaram para encontrar os meus e congelamos no lugar. O mundo ao meu redor se esvaiu como se eu estivesse deixando este reino e entrando em algum tipo de mundo de sonho nebuloso que só tinha um ponto de foco, Ash. Ash e seus brilhantes olhos azuis. Ash e seu cabelo escuro e exuberante. Ash e sua barba de cinco horas que salpicavam em sua mandíbula afiada. Ash e sua camisa de botão que enfatizava um físico incrivelmente bronzeado e musculoso. E apenas algumas horas atrás, ele se despiu e exigiu que eu agarrasse seus braços poderosos enquanto Ben ajustava as luzes ao nosso redor. Seu olhar deslizou pelo meu corpo e eu abaixei meu queixo, deixando cair meus olhos no chão. Por que diabos eu fiz isso? Força, poder e química sexual bruta preenchiam o espaço entre nós, tão potente que era impossível ignorar. Eu enrolei meus dedos com mais força em torno das tiras de couro da minha bolsa o único item de designer que eu possuía, uma bolsa da Kate Spade que o tio Rich me deu de presente de aniversário no ano passado. — Luciana. — disse Ash. — Olhe para mim. — Eu bati meu olhar para o dele com o comando. Por que uma declaração tão básica fez minha boceta pulsar por sua atenção? Por que diabos é tão sexy quando ele me disse o que

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fazer? Com a minha história, eu deveria estar horrorizada. Eu deveria correr na direção oposta de um homem que gosta de dor. Mas eu estava longe de estar horrorizada. Eu ansiava por isso. Quando ele se levantou e atravessou a sala para fechar a porta, eu o segui com os olhos. — Você está bem se eu fechar a porta? — ele perguntou. — Você ainda pode sair a qualquer momento. Eu só não quero ninguém entrando enquanto estamos conversando. Definitivamente eu não queria ninguém entrando também. Eu estava com medo do que as pessoas poderiam pensar se soubessem do meu tio. Imagina o que eles diriam se dissessem que eu estava fodendo o diretor. Eu balancei a cabeça, não confiando muito na minha voz. O canto de sua boca se curvou em um sorriso fugaz que desapareceu rapidamente. — Eu prefiro se você me responder com 'Sim, senhor'. Mas nós vamos chegar a tudo isso em breve. Nós vamos chegar a tudo isso? Tudo o que, exatamente? Eu estava tendo flashbacks para a escola dominical e como nos disseram que precisávamos abordar qualquer figura de autoridade adulta com 'Sr' ou 'Sra'. — Sente-se. — disse ele, apontando para as mesmas cadeiras em que Kelly e eu sentamos algumas noites atrás. Eu me abaixei em uma cuidadosamente, descansando minha bolsa no chão aos meus pés. — Sim, senhor. — eu disse, brincando. Não que Ash parecesse se importar. Sua cabeça se virou para mim, os olhos acesos e o prazer irradiava dele. — Eu não me importo se isso foi sarcástico. Eu amei.

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Puta merda. A maneira como seus olhos brilhavam de excitação. O puro golpe de felicidade que o envolveu fez meu sangue esquentar. Agradar a ele era como ouro líquido correndo em minhas veias. Apertei as mãos no meu colo, esperando que ele não visse o jeito que meus dedos tremiam. O assento de couro me embalou, aquecendo para combinar com a temperatura do meu corpo aquecido que subia a cada segundo na presença de Ash. Mesmo que eu tenha estado neste escritório com ele algumas noites atrás, parecia diferente agora. Tudo parecia diferente agora. Na semana passada, Ash era apenas meu chefe gostoso que nunca tinha olhado para mim. Agora? Ele estava prestes a enfiar o pênis na minha vagina. Oh meu Deus. Pênis na minha vagina? O que eu sou, uma professora de saúde do ensino médio? Não, ele é um homem que estou prestes a foder. Quando ele não disse nada, eu inalei uma respiração longa e profunda em meus pulmões, soltando: — Eu tive a impressão de que quinta-feira à noite você não queria... — Eu? Isso? Nós? O que eu estava dizendo? Eu não pensei nisso. — …Que você não queria continuar nada entre nós. Nós até conversamos sobre isso em seu trailer. Amigos. Devemos continuar amigos. Ash assentiu, sua mandíbula se contraindo. — Eu acho que é bastante óbvio depois desta manhã que nós claramente nos sentimos mais do que amigos. Bem, isso foi com certeza. Meus olhos se fecharam brevemente antes de eu os abrir de novo. — Isto é o que eu quis dizer na sexta-feira sobre quente e frio. Você está dentro ou está fora. Nós estamos fazendo isso, ou não estamos. Mas precisamos fazer uma escolha e continuar com ela, porque eu não faço isso de um lado para o outro.

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Fiquei surpresa com o quão firme consegui manter minha voz. Eu dei um pequeno soco no punho interno para mim mesma. — Eu sei. — disse ele. — Desta vez, eu estou dentro. — Ele sorriu de uma maneira sedutora que quase me enganou. Até que meus olhos foram para onde ele estava girando o anel em seu dedo mindinho. Ele seguiu meu olhar, imediatamente congelando seu aperto no anel. Ele limpou a garganta, soltando o anel e pegando uma pequena pilha de papéis em sua escrivaninha com a mão esquerda. — No entanto, precisamos ser cem por cento claros sobre onde estamos. Eu quis dizer isso quando disse que não faço relacionamentos. Não vou sentar aqui e fingir que posso lhe oferecer um futuro comigo, Lucy. Não é isso que eu faço. Foi tão brusco. Então, ao ponto. Todo o ar saiu de meus pulmões em uma respiração curta e em rajadas. — Você não… tem relacionamentos? — Eu perguntei. Seu olhar era afiado no meu e seus olhos pareciam brilhar. — Você disse que não quer ser amarrada também. — E eu não quero. Eu só estava pedindo... por esclarecimento. Ele balançou a cabeça e com o movimento, seu rosto suavizou, revelando algo vulnerável sob aquele olhar afiado e velado, mesmo que apenas por um segundo. Algo pensativo e sombrio que era a raiz de sua severa beleza. — Eu não tenho relacionamentos de jeito nenhum. Não mais. Desamparado, meus olhos voltaram para o ringue novamente e Ash rapidamente limpou a garganta, movendo as mãos por baixo da mesa. — Tudo bem. — eu disse.

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Suas sobrancelhas escuras saltaram, e ele me olhou com cuidado, como se ele não esperasse que eu voltasse à minha declaração anterior de estar bem com isso. Francamente, eu meio que esperava isso também. Mas o fato da questão era que os relacionamentos não funcionavam bem para mim. Eles nunca foram. Então talvez esse mundo inebriante de que Ash fazia parte fosse onde eu pertencia. Um mundo onde os relacionamentos eram estranhamente transacionais e aparentemente ele não tinha encontros... ele tinha “cenas”. Havia apenas uma maneira de descobrir. Essa vida estranhamente sedutora de dominação e submissão, de cordas e surras, de sim Senhor e não Senhor. Eu nunca poderia. Eu ainda precisava ser eu mesma. Mas o pensamento de sua mão batendo na minha bunda até que ficasse marcada, eu estava literalmente implorando por ele? Um arrepio sacudiu meu corpo visivelmente e eu esfreguei minhas mãos sobre a pele arrepiada. Talvez isso possa funcionar. Eu não tinha um encontro há dois anos. Mas, independentemente disso, eu ainda tinha necessidades, claramente, como evidenciado por quão molhada e desesperada pelo toque humano eu estava no almoxarifado. Talvez esta fosse a resposta. Sexo quente e desviante com um homem que fez meus dedos se curvarem contra minhas sandálias. Ele limpou a garganta. — Eu tenho regras para qualquer uma das minhas subs. Mas o que eu sempre revelo em primeiro lugar é o seguinte: Absolutamente não me pesquise deste ponto em diante. Não pesquisar? Essa é uma regra estranha. Então, novamente... isso poderia beneficiar a nós dois. Ele era claramente privado com sua história e com sua ex-quem quer que seja. E eu não queria que ele descobrisse sobre o tio Richard.

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Eu balancei a cabeça para ele, forçando um sorriso. Foi um pouco desconcertante? Sim. Mas isso torna uma regra ruim? Não. De modo nenhum. — Tudo bem. — eu disse. — Mas se eu não tenho permissão para pesquisar você, então você não tem permissão para fazer o mesmo. Combinado? — Concordo. — ele respondeu sem hesitação. — Eu tenho algumas regras também. — eu disse, surpreendendo não só Ash, mas também a mim mesma. — Regras são boas. — disse Ash. — Elas são uma parte absoluta desta vida. Minha vida. — Certo. — eu disse. Eu sabia, trabalhando no filme, que Dominantes e submissas faziam contratos e cumpriam estritamente com eles. — Tenho certeza de que não estou surpreendendo você quando digo que nunca fiz nada assim antes. — Oh, eu estou contando com isso. — disse Ash, e sua boca se contraiu de uma maneira que eu não tinha certeza se era um sorriso ou uma carranca. — Ok. Bem, eu vou precisar de você para me acompanhar, passo a passo. E eu preciso que você seja compreensivo se eu realmente não entender imediatamente. Ele assentiu. — Não sou exatamente conhecido por ser 'compreensivo', mas com você, acredito que posso fazer uma exceção. Dito isto, a punição é uma grande parte do que é BDSM. Eu entendo que você é uma novata... mas você ainda receberá punições. E é para isso que servem as palavras de segurança. Eu nunca ficarei chateado se você usar a sua. Isso era verdade? Eu sempre imaginei que o uso de palavras de segurança seria frustrante para um Dominante. — Punições como... o armário?

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— Para começar. — Ash respondeu. — Eu gosto de administrar dor. Especialmente dor onde minhas subs encontram prazer. Eu gosto de estar no controle. Mas eu nunca levo isso longe demais. Eu nunca fui. E nunca vou. — Além de espancar, o que mais você faz pela dor? — Eu não me opus à ideia, especialmente se é o tipo de dor que senti anteriormente, que vibrava de excitação e antecipação. Mas eu era tão nova nisso, tão ignorante, que nem sabia onde minhas falas começavam ou terminavam. — Várias coisas. Espancamentos, surras, espancar com chicote, grampos de mamilo... — ele fez uma pausa. — Quer que eu continue? Eu balancei a cabeça, imaginando grampos de mamilo presos aos meus seios. — É difícil imaginar algo que é realmente doloroso, ser sexy. — eu disse, minha voz rouca uma revelação inoperante de quão cru e carente eu me sentia. — Eu sei que é difícil de entender, mas a dor aumenta tudo. Todos os seus sentidos ganham vida com a dor. As cores são mais vivas. Os sons são intensificados. Uma palmada dura, misturada com um traço macio de penas é a perfeição absoluta. Um não pode existir sem o outro, porque essa rápida sensação de dor torna o êxtase do prazer muito mais intenso. Eu apertei ainda mais as minhas pernas juntas. — Cada um tem seus limites, certo? — Outra contração dos lábios dele , desta vez, definitivamente um sorriso. — Isso mesmo. — eu disse. — Eu sei algumas coisas. Eu teria que ser uma completa idiota para não pegar alguns detalhes trabalhando neste filme. — Você é tudo menos idiota, Lucy. — Ash ficou de pé atrás de sua mesa e, por um curto espaço de tempo, ele estava sentado e conversando, eu quase tinha esquecido

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como ele era absolutamente lindo. Não, lindo não lhe faz justiça. Isso é algo que você fala de um concorrente de concurso de beleza. Não Ash. Não com seu físico musculoso e definido, peito largo e cintura magra, olhos azuis penetrantes, maçãs do rosto afiadas e mandíbula quadrada. Ele era uma masculinidade crua e magnífica e era sexy como o inferno. Ele me entregou a pilha de papéis de sua mesa. — Eu gostaria de jantar hoje à noite. Conhecer você um pouco melhor. — Me conhecer melhor? Você estava com seus dedos dentro de mim há algumas horas atrás. — Oh meu Deus, o que há de errado comigo? Calor correu para o meu rosto assim que eu disse isso. Alguém precisava me dar um soco para me calar. Claro, eu não transo há mais de dois anos, mas Deus. Eu quase podia ouvir a voz de Andrea na minha cabeça gritando, Se joga, garota! — Oh, eu lembro. — disse Ash, seu sorriso se espalhando. — E eu planejo cumprir minha promessa a você. Eu disse que você iria gozar esta noite... e você irá. — Quando você disse que não se relacionava, acho que pensei que isso significaria que faríamos isso uma vez e seria isso. Ele balançou a cabeça negativamente. — Quando digo que não faço relacionamentos, quero dizer emocionalmente. Os cuidados posteriores são uma grande parte do meu estilo de vida, mas isso não deve ser confundido com um encontro ou com amor. Por que sexo era tão confuso? Eu engoli o nó duro na minha garganta. — Está bem então. Onde estamos indo? Para o jantar, quero dizer.

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— Minha casa. — disse Ash. — Não LnS, eles têm muitas políticas rígidas. E não podemos sair para jantar fora até assinarmos um formulário de consentimento para o estúdio e nos encontrarmos com Richard. — A tensão subiu na minha garganta, abrigando o centro morto. Temos que nos encontrar com o tio Richard? Oh, foda-se não. — Então, isso deixa a minha casa. — ele terminou. — Isso significa que temos que assinar um contrato de consentimento? — Eu sussurrei, meu rosto ficando quente e os dedos úmidos e pegajosos. Ash assentiu. — É a coisa responsável a fazer. Mesmo que eu esteja apenas entrando em uma cena de uma noite, esses contratos são muito importantes. Eles estão na pilha de papéis que te dei. Nós não temos que arquivá-lo com o RH ainda, mas cada um deve rever e assiná-lo antes de jantar hoje à noite. Oh Deus. Revelar nosso relacionamento... ou o que quer que isso fosse... para o tio Richard? Eu posso vomitar. Isso não iria bem. — Nós também podemos ir à minha casa para jantar. — eu disse. Seu sorriso desapareceu. — Seu apartamento. — Sim. — Que você compartilha com uma colega de quarto? Oh. Não pela primeira vez desde que nos conhecemos, senti nossa diferença de idade. Claro que eu tinha um colega de quarto. Eu mal fazia um salário mínimo aqui. E, claro, Ash, um adulto bem-sucedido e excêntrico, não iria a um encontro sabendo que tem alguém no quarto ao lado. Eu me senti jovem e imatura e estúpida por sugerir isso. — Sim. — Como eu disse... vai ser na minha casa.

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CAPÍTULO ONZE

Lucy Duas horas e meia. Ele me disse para estar em sua casa em duas horas e meia e ter lido os contratos. Cheguei ao meu apartamento em apenas vinte e cinco minutos, o que com o trânsito da hora do rush em Los Angeles, foi nada menos que mágico. Uma vez em casa, peguei meu robe, os contratos e tirei minhas roupas, para tomar um banho de espuma. Que diabos foi sobre sentar em uma banheira de água quente e sabão que era tão satisfatória? Eu não sabia. E não me importei. Era um dos prazeres da vida e eu estava rolando com isso. Parei em frente ao espelho, girando para examinar minha bunda onde ele havia me espancado mais cedo. Minha pele estava clara, sem vermelhidão, sem marcas e eu não pude evitar o momento de decepção que caiu na boca do meu estômago. Com um suspiro, afundei na banheira, gemendo quando o líquido fumegante espirrou em volta do meu corpo. Fechei meus olhos, tomando alguns momentos para relaxar antes de passar pela rotina de beleza estúpida. Primeiro eu lavei meu rosto. Então meu corpo. Passei a máscara de hidratação no meu cabelo e meus olhos pegaram a pilha de papéis, descansando no canto da pia, me provocando. A máscara precisa de dez minutos para fazer sua ação. Suspirei, enxuguei as mãos na toalha e me inclinei para frente para pegar os papéis. — Posso muito bem acabar logo com isso.

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Enrolei meus dedos ao redor da pilha de papéis e da caneta e deslizei de volta para a água, pressionando meus dedos contra a borda de porcelana da banheira. Com qual devo começar? Eu embaralhei os papéis. LnS. Eu já sabia algumas das suas políticas pela Andrea e algo me disse que seria menos de um choque. Eu peguei um post-it com uma mensagem bem escrita de Ash: Você provavelmente não vai precisar desse. No entanto, se você gostar do que fazemos, um clube como o LnS pode valer a pena. Eu bufei. Pelo que ouvi, você precisava ser rico para se juntar a um clube como o LnS. Enquanto folheava as páginas, nada se destacava como sendo muito estranho. Era um acordo de não divulgação, blah, blah, blah. Muito exclusivo. Sim. Sim. Oh. Isso era interessante. Eles desenterram a sujeira de seus membros e empregados e os mantem em troca de seu silêncio. Isso significava que eles tinham sujeira de Andrea? Minha curiosidade despertou, mas eu rapidamente me afastei. Não havia nenhum segredo que Andrea já não soubesse. Nós éramos melhores amigas desde o jardim de infância. Eu sabia tudo sobre aquela garota, desde seu amor secreto de fim de semana no Bernie's até o amor não tão secreto das Goddess Cups. Ugh. Sério, como alguém poderia ser tão apaixonado por um copo de menstruação de silicone estava além de mim. Sua segurança no emprego deve ser motivação suficiente para ficar em silêncio. Fora isso, nada no contrato do LnS se destacou. Rabisquei minha assinatura no final e depois parei momentaneamente. Por que eu acabei de assinar isso? Ash já havia dito que eu não precisaria... era apenas para minha educação. Um pouco nervosa, me inclinei, colocando-o de volta na pia ao lado da banheira. Respirando fundo, segurei o próximo documento, duas páginas intitulado “Ash Livingston's Contrato Dom/sub”.

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Suas palavras do começo reverberaram em meu corpo. Ele não faz relacionamentos. Não mais. Meu estômago deu uma cambalhota enquanto pensava no anel que ele mantinha em seu dedo mindinho. Era feminino e texturizada, como uma espécie de ouro escovado. E parecia um anel de casamento. Eu podia ver por que ele tinha essa regra de não pesquisar no Google. Uma pesquisa rápida de seu nome revelaria tudo o que eu precisava saber, anúncios de casamento, anúncios de nascimento, obituários, o que quer que tenha acontecido com ele esta apenas uma busca de dois minutos de distância. Eu engoli, minha garganta queimando por Ash. A maior parte da minha história não era fácil de pesquisar. Mas se fosse, e eu descobrisse que alguém tinha pesquisado por atrás das minhas costas para ver o meu passado? Seria uma traição. Ou eu iria ganhar o direito de saber, ganhar a confiança de Ash o suficiente para ele se abrir sobre o seu passado, ou... eu não faria. E eu poderia viver com qualquer resultado. E agora, era hora de ler essa coisa. Ver quais eram as regras dominantes pessoais de Ash. E se há algum acordo de rompimento. A primeira frase me atingiu imediatamente. Este contrato não é juridicamente vinculativo. Ambas as partes reconhecem plenamente que isso é flexível e que a linguagem deste contrato é para o tempo de jogo versus realidade. Por causa deste contrato, Ash Livingston será referido como Dom/Senhor e ______, como sub/menina doce. Bem, ok então. Havia algo reconfortante naquelas palavras, no reconhecimento logo ali no começo de que um “contrato” como esse era total besteira. Eu engoli, inalando as bolhas perfumadas de lavanda ao redor do meu corpo antes de continuar. Direitos, Deveres e Obrigações ~ Dominante

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Eu prometo cuidar e amar a doce menina. Vou ajudá-la, ensiná-la e orientá-la, respeitar seus limites e provocar a linha. Eu tenho o direito de usar o corpo dela desde que eu não a danifique, cause dano duradouro ou a machuque mentalmente. Usarei instrumentos e ferramentas nela para meu próprio prazer, vou amarrá-la e contê-la, acertá-la, chicoteá-la e tê-la-ei sexualmente. 1.

Eu não usarei drogas a qualquer momento quando estivermos juntos. Vou limitar o álcool a dois copos por noite. Eu vou ajudá-la a encontrar prazer na submissão, e vou me certificar de que saiba quando ela me agradou. Eu vou recompensá-la e puni-la por seus esforços e fracassos. 2.

Eu não farei exigências não razoáveis. Estou ciente de que suas necessidades superam minhas preferências. Vou definir uma rotina e regras para a doce menina, e vou deixá-la saber quais são as punições por infrações. É meu dever ser confiável, sóbrio e atencioso. Vou respeitar a lista de minhas preferências e limites, e discuti-los com ela. 3.

Tudo bem... isso pareceu bastante direto. Droga. Eu deveria ter me servido uma taça de vinho antes de começar a ler essa coisa. Eu poderia sair da banheira, me enrolar em um roupão e pegar uma agora... mas, francamente, parecia um grande problema. Em vez disso, continuei lendo, passando para os direitos, deveres e obrigações da submissa, basicamente dizia tudo o que o Dominante faria, apenas formulado para ser mais subserviente. Palavras de segurança seriam criadas... sim, claro. Seu trabalho, bem, meu trabalho, era agradar ao senhor. Ok... provavelmente está tudo bem, mas só porque a linguagem do Dominante discutiu o seu trabalho foi para me dar prazer também. Tudo parecia bastante normal... pelo menos pelo pouco que eu sabia sobre o estilo de vida. Eu devo me entregar livremente ao senhor. Ao fazê-lo, devo ser aberta e honesta quanto aos meus desejos e necessidades,

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abandonar meus pensamentos e comportamentos negativos autodestrutivos e estar segura na capacidade do Senhor de me fazer sentir segura ao expressar essas coisas a ele. Hmm. Esta linguagem não soava como Ash. Não soava como o cara apaixonado que jogou a cautela ao vento e fodeu uma tonelada de mulheres diferentes, pelo menos de acordo com os rumores. Não, não rumores. Fatos. O próprio Ash confirmou-os. Disse-me que ele não fazia relacionamentos. Que ele esteve com Kelly apenas alguns meses atrás. Mas esse contrato? Parecia um relacionamento, mesmo que ele tivesse medo de defini-lo assim. Mesmo que esse relacionamento durasse apenas uma noite ou um fim de semana... ainda era algo mais do que uma ligação casual. Ele disse que Kelly não era submissa, mas ela teria assinado um desses? Algo na minha garganta apertou o pensamento. Que Kelly e eu estaríamos compartilhando um homem. Regras e Protocolos para a doce menina: 1) Doce menina deve manter contato físico com Senhor em todos os momentos quando em público, a partir do momento em que eles entram no veículo no início do seu tempo juntos até o momento em que eles saem do veículo no final do seu tempo. Doce menina vai pedir permissão para sair do lado do Senhor. Quando a permissão é concedida, doce menina vai ficar dentro do contato visual. Bem, isso é impraticável. Como eu vou fazer xixi? 2) Doce menina tem permissão para olhar os outros nos olhos para uma conversa normal. O contato com os olhos não será mantido por mais tempo do que o necessário para a conversa. Ok, agora estamos apenas deixando muito aberto para interpretação. O que é considerado “mais longo que o necessário?” Podemos ter diferentes definições disso. É completamente circunstancial.

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3) Doce menina vai dormir nua em todos os momentos. Eu sorri. Bem, agora estamos conversando. Com isso eu poderia viver. 4) Doce menina vai comer três refeições por dia , café da manhã, almoço e jantar, com muitos vegetais e proteínas para mantê-la saudável e forte. — Oh, inferno não. — eu disse em voz alta. Ele está ditando o que eu posso comer? Um arrepio balançou através do meu corpo, apesar da água fumegante, que era reconhecidamente refrescante a cada minuto. Eu poderia talvez aceitar manter contato físico enquanto estivesse em público. E o contato visual era estranho, mas eu estaria disposta a tentar. Mas me dizer o que eu posso comer? Quantas vezes eu precisava comer? Não. Apenas… não. Minha dieta e exercicios foram controladas a maior parte da minha infância e isso era o suficiente. — Lucy? Você está em casa? — Andrea chamou e ouvi a porta da frente bater atrás dela. — Sim! — Eu gritei, minha voz ecoando nas paredes do banheiro. Do lado de fora da porta fechada, ouvi os passos de Andrea percorrendo o corredor. — Marco! — Ela cantou de brincadeira. — Pólo! — Eu gritei de volta. — Mas eu estou na banheira, por isso não... — A maçaneta girou e Andrea entrou em erupção. —...entre— eu terminei dizendo com um suspiro. Eu deveria estar acostumada com isso. Andrea tinha uma definição completamente diferente de espaço pessoal do que eu e minha melhor amiga invadia o banheiro desde que éramos crianças. Mesmo quando tínhamos sete anos e

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dormíamos juntas, Andrea entrava enquanto eu escovava os dentes porque ela tinha que fazer xixi. — Você já deu privacidade a alguém? — Eu perguntei, balançando a cabeça. Andrea franziu o nariz e sentou no vaso fechado. — Oh, por favor. Não fique toda tímida comigo. Eu segurei seu cabelo enquanto você vomitava depois de beber muitas Pina Coladas. Meu estômago se virou. — Oh, Deus, não me lembre. Essa é a noite da qual não falamos. Andrea sorriu. — Seu Voldemort pessoal. Nunca mais vou beber aqueles, misturadores açucarados baratos no posto de gasolina. — O que é isso? — Andrea perguntou. — Não, não faça isso! — Eu chorei. Mas era tarde demais. Andrea se inclinou para frente, tirando os papéis das minhas mãos. Seus pálidos olhos azuis se arregalaram quando examinaram a página e uma sobrancelha loira arqueou. — Bem, bem, bem... — ela disse. — Olhe para você. — Não é o que você pensa. — eu disse rapidamente. — Eu penso que, que você está se tornando submissa de Ash Livingston. — Ok... é exatamente o que você pensa. — Eu gemi e deslizei para baixo da água, aproveitando o momento para enxaguar o cabelo da máscara de hidratação. De baixo da água, eu podia ouvir Andrea falando, mesmo que fosse um pouco abafado. — Oh, você não tem controle de respiração suficiente no mundo para escapar de falar sobre isso!

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Ela estava certa. E realmente… quem melhor para falar disso do que com Andrea? Não apenas minha melhor amiga, mas uma funcionária da LnS que tinha visto muita merda em seu tempo lá. Eu saí de debaixo da água, limpando gotas dos meus olhos. — Ok, tudo bem. — Droga. — Andrea virou o cabelo dourado por cima do ombro e esticou a palavra para ter várias sílabas erradas. — Você leu isso? Eu interiormente gemi. — Eu não terminei. — Doce menina entende que a confiança do Senhor em palavras de segurança a obriga a usá-las e ela promete fazêlo. Ela usará 'amarelo' como aviso para diminuir a velocidade, facilitar ou mudar de direção enquanto continua a sessão e 'vermelho' para terminar imediatamente uma cena. Ela pode mudar isso para suas próprias palavras de segurança pessoal. — Oh sim... essa coisa de cena? — Eu repeti. — É como se ele estivesse dirigindo sua vida sexual como um filme. Andrea riu. — Oh, espere. — disse ela, erguendo o dedo. — Fica melhor. Número seis, Doce menina deve ser banhada, lavada e depilada antes de qualquer encontro com o senhor. — Ela fez uma pausa, olhando-me de cima a baixo na banheira. — Tem certeza que você não leu isso? — Não. — eu retruquei. — E apesar de eu estar banhada, definitivamente não estou depilada. Andrea se inclinou, abrindo o armário da pia e abriu um novo conjunto de lâminas de barbear, jogando uma na água com sabão. — Aqui. Não é tão suave como um trabalho de cera, mas vai ser bom para esta noite. — Um... obrigado. — eu murmurei. Eu acho.

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— Doce menina vai ter pelo menos oito horas de sono todas as noites para estar bem descansada para encontros com o senhor. Eu revirei meus olhos. Eu não tenho dormido oito horas desde que eu estava no ensino médio. Talvez nem assim, o sono nunca veio facilmente. — Oh. — disse Andrea, sua voz mais alta. — Agora está ficando interessante. Doce menina vai cumprimentar Senhor no início de cada sessão, oferecendo seus lábios para um beijo. Eu encolhi os ombros e a água agora morna espirrou com o movimento. — Assim? Ele quer um beijo, olá... — Toda vez que a doce menina se desculpa para ir ao banheiro ou por algum tempo particular, ela deve enfiar os dedos em sua boceta, esfregar seus sucos em seus lábios, depois lavar as mãos antes de voltar para Senhor e oferecer seus lábios molhados por um beijo. Meu rosto drenado de cor. Mas Andrea mal pareceu notar e continuou lendo. — Os orgasmos da doce menina pertencem ao senhor e somente a ele. No tempo em que estão juntos, os orgasmos serão solicitados e somente alcançados quando o Senhor permitir. Se o relacionamento continuar além da noite, a doce menina não deve se masturbar sem permissão ou nas vinte e quatro horas que levam a uma sessão organizada. Eu me levantei, cambaleando até a toalha para me cobrir. — Ok, isso é o suficiente. — eu disse, apontando para a porta. — Uau, algo atingiu um nervo. — disse Andrea com uma risadinha. — Admita... isso é muito gostoso.

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— É, mas também percebi que não acho que você deveria estar lendo o contrato dele. Se o LnS é privado o suficiente para exigir que os usuários apresentem documentos na entrada, então aposto que o Dom não está bem com o contrato dele sendo repassado para os amigos de sua submissa. Pela primeira vez a noite toda, o rosto de Andrea ficou frouxo. — Ele lhe contou isso? Sobre o contrato do LnS? — Bem, sim. Ele deu para mim ler. Quero dizer... nós provavelmente nunca iremos lá. Isto supostamente é uma coisa temporária para tirar um ao outro dos nossos sistemas, seja lá o que isso signifique. Mas acho que ele está tentando cobrir seus rastros. Apenas no caso de... — Ficamos em silêncio por um segundo tenso. — Qual é o grande problema? Você basicamente me disse que eles eram super exclusivos e coisas assim? — Eu disse. Andrea deixou cair o contrato de Ash no canto da pia. — Eu só não sabia que você estava se juntando ao clube. — Ela parecia desconfortavelmente séria e eu não gostei do jeito que seu rosto perdeu todo o senso de alegria e humor. Eu estudei a linha apertada do pescoço de Andrea e como sua mandíbula marcava nervosamente. — Eu não vou. Eu só não sei explorar. Isso é tudo. — Mais silêncio. De Andrea. A única mulher que nunca ficou em silêncio com uma opinião. — A menos que você não me queira. Andrea, se você tiver algum problema comigo... — Está bem. Talvez você goste. Eu tenho que terminar os ajustes. É a minha noite de folga do LnS, mas vou precisar trabalhar a noite toda até a próxima segunda-feira para estar pronta para aquela reunião. Meu estômago se contorceu. Andrea não puxou tanto o ato de desaparecer. Ela costumava ser a amiga para enfrentar os problemas de frente. Ela amava o drama, os confrontos.

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Sou eu quem vai para o quarto ou me enterro no trabalho para evitar falar. — Você precisa de alguma ajuda? — Eu ofereci. — Eu poderia preparar a medição, para que você possa se concentrar na costura. — Não, Lucy. Você tem planos. — Andrea disse, sua voz mais suave, e ela escovou seus dedos bem cuidados sobre o contrato de Ash. — Sim, mas eu posso reagendar. — eu disse, e quis dizer isso. — Transar não está na lista de prioridades. Especialmente se minha melhor amiga precisa de ajuda. Andrea sorriu, os ombros tensos caindo de onde estavam enrugados em torno de suas orelhas. — Estou bem, prometo. Eu tenho costurado o dia todo. Provavelmente só vou colocar mais algumas horas nesta noite. E vou estar na cama à meianoite. — Um sorriso se contraiu em seus lábios carnudos e escarlates. — Além disso, é hora de você colocar 'transar' mais alto na sua lista de prioridades. Ash parece ser um cara legal , só não se apegue. Eu não quero te aborrecer, mas eu o vi no LnS com uma mulher diferente todo final de semana. — Eu sei. — eu suspirei. — Ele foi muito claro, sem relacionamento. Apenas sexo. Andrea mastigou o interior de sua bochecha, silenciosamente olhando para mim. Enrolei a toalha em volta do meu corpo e saí da água morna da banheira. — Nuh-uh. — disse Andrea. — Encha essa coisa com água quente e raspe suas pernas, coxas e virilha. — Ela apontou para a navalha que ela havia me jogado. Então, sem outra palavra, ela saiu do banheiro, fechando a porta atrás de si.

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CAPÍTULO DOZE

Ash EU andava pela minha cozinha. A cada passo, a cada segundo que passava, o jantar que eu cozinhava estava ficando mais frio. O que diabos eu estava pensando em cozinhar marisco em nossa primeira noite juntos? Não se manteve bem e não ficou quente. Mas eu queria que a refeição fosse especial, algo que ela não comia tantas vezes. Quando me lembrei dos moluscos que sua mãe costumava fazer, eu sabia exatamente o que cozinhar. Mas merda, Lucy nem sabia como chegar a minha casa. E se ela estivesse perdida? E se aquela lata estúpida que ela dirigi foi achatada ao meio? Meu aperto no celular estava tão forte que eu poderia ter esmagado. Mas em vez disso, eu digitei outra mensagem de texto para ela. Tomei uma respiração profunda e calmante, olhando para as palmeiras no quintal enquanto balançavam na brisa suave da noite. Apesar do verde exuberante das folhas que eu conhecia durante o dia, os matizes eram uma seleção silenciosa de azuis e cinzas. Eu pisquei, meus pulmões acalmando enquanto rangia meus dentes e batia meu dedo no teclado do meu telefone. Novamente. Eu não podia soar muito agressivo. Ou muito zangado. Pode apenas fazê-la correr. Então, em vez disso, digitei: Quão perto você está? O texto antes deste: você está no seu caminho? E o texto de antes: Envie uma mensagem para mim quando estiver saindo.

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Deus, eu soava como um filho da puta carente. Paranoia e ansiedade subiram como maré alta na minha garganta. Foi paralisante e meus músculos se apertaram dolorosamente a cada minuto que ela estava atrasada. A grande janela da sacada se curvava ao redor da mesa de jantar; a vista perfeita jazia logo além do vidro, as luzes da cidade como diamantes espalhados pelo veludo azul-marinho. Recuei, movendo-me para a cabeceira da mesa de jantar, sentado no meu assento habitual. Abrindo minhas pernas, deixei cair minha cabeça entre os joelhos. Meu terapeuta me dizia que era apenas a ansiedade que crescia dentro de mim, a culpa por Brie. Ele diria que não foi minha culpa, e eu precisava deixar passar. Mas o que diabos meu terapeuta sabia? O Dr. Melsieve estava casado e feliz com dois filhos. Ele não fez uma promessa, assinou um contrato para sempre ter sua segurança em mente, apenas para deixar a maldita bola cair quando era mais importante. Enlaçando meus dedos atrás da cabeça, eu respirei fundo algumas vezes, forçando meu coração acelerado a se acalmar. Respire, baby. Respire. Brie. Eu quase podia ouvir sua voz suave, com o leve sotaque do Texas. Respirações profundas. Dentro e fora. Minha mente agitada desacelerou, e a espiral mudou para um redemoinho. Em vez de um redemoinho, era um dreno circular. Eu preciso ir encontrar a Lucy. Eu poderia dirigir o caminho de volta para o apartamento dela e ao longo do caminho, eu veria se ela teve um acidente. Ou um pneu furado. Eu a encontraria se ela estivesse com problemas. Por um lado, talvez a razão pela qual ela não estivesse enviando mensagens de texto fosse porque estava dirigindo. Era uma explicação perfeitamente razoável. Eu não gostaria que ela escrevesse e dirigisse, isso era ainda menos seguro. Mas a outra razão que ela poderia não estar me mandando

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mensagens? Porque ela poderia estar em uma ambulância a caminho do hospital. Por que diabos ela estava dirigindo um carro tão pequeno? Boa milhagem de gás? Vamos. Um Prius salvará o planeta também e não te matará no processo. Eu pulei para os meus pés, peguei minhas chaves e me lancei pelo corredor, correndo para a porta da frente. Abrindo-a, deslizei até parar. Lucy estava na minha garagem. Correção: Seu carro estava na minha garagem, estacionado atrás do meu. Lucy, por outro lado, estava na calçada, andando de um lado para o outro, com o telefone na mão. Graças a Deus. Alívio imediato passou por mim. Ela estava bem. Ela estava aqui e segura e... andando na frente da minha casa. — Lucy. — eu disse, minha voz mais nítida do que uma lâmina afiada. Quando ela pulou, seu telefone voou de suas mãos e bateu na calçada de pedra com um som horrível de rachadura. Eu me encolhi, correndo em direção a ela. — Merda. — ela sussurrou, caindo de joelhos, coletando seu telefone. Rachaduras corriam do centro da tela até as bordas, seu protetor de tela uma versão caleidoscópio do que era uma vez. — Desculpe. — eu me desculpei com uma voz mais suave, enrolando meus dedos em torno de seu cotovelo e ajudando-a a ficar de pé. — Eu resolvo isso. Ela balançou a cabeça, os olhos ainda fixos na tela quebrada. — Está tudo bem. Definitivamente não estava bem. Ela parecia estar prestes a chorar. Sob o vidro quebrado, eu podia ver minhas mensagens de texto exibidas. Ela as leu... e não me respondeu. Quanto

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tempo ela esteve aqui, andando de um lado para o outro? Então, abaixo do meu nome, eu vi o nome de Rich listado com um texto que eu só li algumas palavras antes de ela deixar cair o celular na bolsa. Venha para o meu escritório... foi tudo o que pude ver. — É uma mensagem de texto de Richard Blair? — Eu soei ciumento. Eu estava com ciúmes? — Oh… hum, sim. Como me atrasei hoje de manhã eu esqueci de deixar de lavagem a seco. — Ela encolheu os ombros e mordiscou o canto da boca. Parecia estranho que ele tivesse o número de celular dela e ela tivesse o dele. Mas eu não forcei. Talvez isso seja algo que Richard fez com os novos funcionários. Eu lembrava vagamente de Jude ter o número de Rich no começo de sua carreira. — Vamos. — eu disse, dando-lhe um pequeno puxão em direção à porta da frente. Se ela estava relutante em entrar, ela não demonstrou enquanto me seguia. — Sua casa é linda. — ela disse, sua voz mais baixa do que a outra noite no LnS. Tão longe da garota que estava gritando comigo sobre Judy Garland sendo a melhor intérprete. — Eu não achei que você estava vindo. — eu disse. Não foi inteiramente uma mentira. Claro, na verdade, eu pensei que ela estava envolvida em algum tipo de acidente de carro, mas isso soou completamente louco. E eu estava tentando o meu melhor para limitar a loucura hoje à noite. — Eu cheguei na entrada da garagem. — ela admitiu, o menor movimento de seu ombro esmagando em sua orelha. — E então eu comecei... — Sua voz desapareceu.

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— Desistir? — Eu ofereci. — Eu ia dizer pensar demais. — Suas costas se endireitaram e ela fungou, o nariz apontando para a minha cozinha. Com um pequeno sorriso, ela piscou para mim. — Você fez amêijoas. Dei de ombros. — Você disse que é sua comida favorita. — Não havia muito que eu pudesse oferecer a Lucy, mas boas refeições e orgasmos ainda melhores eram uma garantia. E se isso fosse tudo que eu pudesse fazer, bem, eu iria me certificar de que eu os fizesse com perfeição. A linha de sua garganta ficou tensa quando ela engoliu, e então ela inclinou o queixo, os lábios úmidos quando se separaram, esperando. Esperando por mim para beijá-la. — Você está me oferecendo seus lábios? — Eu perguntei, minha voz grave. Ela assentiu, com os olhos cerrados e olhou para mim através de uma teia de cílios negros e grossos. — Isso é o que você queria, certo? Sorri e senti aquele sorriso todo o caminho até o meu núcleo. Ela leu minhas regras. Eu me inclinei, escovando meus lábios gentilmente contra os dela e meu estômago se apertou. Ah, ela realmente leu as regras. Porque seus lindos lábios carnudos não tinham o mesmo gosto que antes no armário. Eles tinham o gosto da sua boceta. Doce e picante, como se tivesse chuviscado seus lábios com um pouquinho de mel. Eu gemi, abrindo minha boca e correndo minha língua ao longo de seus lábios. Ela abriu mais para mim quando apunhalei minha língua profundamente em sua boca, enredando meus dedos em seu cabelo macio e escuro. Deus, ela era primorosa. Sua hesitação e nervosismo só tornaram a vitória ainda mais doce e eu devorei essa relutância como se fosse o melhor corte de filé mignon.

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Eu terminei o beijo, meus polegares circulando sua mandíbula quando ela abriu os olhos, piscando para mim maravilhada. Porra, é isso que eu estava perdendo? O que Richard estava falando? A pura inocência de alguém que não tinha ideia do que estava prestes a desenterrar. O doce fascínio de uma submissa que estava apenas começando a descobrir os prazeres da dor e do controle. — Eu li as regras. — disse ela, seu peito subindo e descendo com cada respiração pesada. Eu lambi meus lábios, ainda saboreando seu gosto. — Eu posso dizer. — Eu tenho alguns problemas. Eu não esperava menos. — É por isso que você estava com medo de entrar? Ela assentiu. — Mais ou menos. — Vamos comer e conversar depois. Combinado? — Combinado. Eu me afastei, passando a parte de trás dos meus dedos pela bochecha dela. Deus, ela era linda. Meu coração apertou. Eu me esforcei para cuidar de todas as minhas subs. Mas esses sentimentos que tive com a Lucy? Isso foi diferente. Eu queria fazer mais do que cuidar dela. Eu queria amá-la. Protegê-la. Mantê-la. Seu estúpido filho da puta, uma voz disse no fundo do meu cérebro. Não foi Brie dessa vez. Era eu. Porque não havia como uma noite ser o suficiente.

***

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— COMO

ESTÃO OS MOLUSCOS ?

— Eu perguntei.

— Eles estão ótimos. — disse ela, mas sua voz vacilou. — Não minta. — eu bati, meu temperamento recebendo o melhor de mim. Eu já estava me sentindo inquieto, desnecessariamente irritado por ela estar atrasada. Pelo menos ela estava segura. E, no entanto, aqueles quinze minutos de puro pânico não diluído aumentaram minha adrenalina, se transformando em raiva quando percebi que ela estava bem. Que ela estava segura. E que ela esteve aqui o tempo todo, não respondendo aos meus textos do caralho. Para piorar, aquele beijo com sabor de boceta que ela me deu, eu sabia que ela tinha lido o contrato. Ela conhecia as regras que eu havia estabelecido para nós, e escolheu seguir a que gostou, o beijo e não seguir a que não lhe agradava, respondendo minhas ligações e textos. O que só me irritou mais. Não era assim que essa merda funcionava. Responder mensagens de texto não era negociável. Sua segurança era o meu limite mais difícil. — Vou tentar essa pergunta de novo… ligeiramente revisada. Por que você não comeu seus moluscos? — Eu perguntei. Seu garfo estremeceu quando ela intencionalmente o jogou contra o prato. — Eles estão meio frios, ok? Mas eles ainda estão bons. — Eles só estão frios porque você se atrasou. — Eu sei. É por isso que não queria dizer nada. Às vezes uma mentira não é nefasta. É simplesmente para evitar uma conversa óbvia e desconfortável. — E às vezes é autopreservação porque você não quer encarar seus próprios erros. Como o fato de que esta frio porque você se atrasou.

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— Você sabe o que? Você está sendo um verdadeiro idiota. — ela retrucou, tomando um gole de água. O que diabos é essa maldição? — Um verdadeiro idiota? — Eu repeti. — Talvez você seja um idiota surdo. Um idiota surdo e frio. É assim que você está agindo. Eu balancei a cabeça, não tendo certeza se estava ouvindo essa troca corretamente. Nós mudamos para uma cena? Ela estava sendo malcriada de propósito ou isso era uma coisa natural? De qualquer maneira, eu meio que gostei. Ela bufou e pegou o garfo novamente. Exceto, ela ainda não comeu. Ela empurrou a comida ao redor do prato, espalhando-a como uma maldita criança de cinco anos tentando convencer o papai que ela tinha comido. Sob a mesa, meus dedos se contraíram. Eu queria punila. Com cada maldito pedaço de molusco frio e de borracha, eu queria levar a palma da minha mão para sua bunda. Eu não queria rosa... Eu queria vermelho. Um tom de fogo escarlate que complementaria o vermelho profundo das bochechas dela. Mas é demais. Demais e antes da hora. Ela mal tinha conseguido passar pela maldita porta da minha casa, muito menos lidar com sua primeira punição. E se eu estivesse sendo honesto... talvez eu não estivesse pronto também. Eu não estava acostumado com isso. Eu não estava acostumado a lidar com uma mulher que não me pegou. Não tem o meu estilo de vida. E então havia o medo , talvez ela não gostasse disso. Talvez ela rejeitasse o estilo de vida... e, por sua vez, estaria me rejeitando. Se a porra da vida de BDSM é toda sobre confiança, como diabos eu deveria confiar em uma mulher que nem tinha certeza se queria estar aqui? Eu esfaqueei outro molusco e enfiei na minha boca.

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— O que? — Ela interrompeu meus pensamentos. — Só pensando. Ela engoliu em seco. — Sobre? Eu limpei minha garganta, tomando um gole de cerveja. Foi espumoso e frio e fiquei com a cabeça cheia. Em breve, ela ficará com a cabeça. Eu sorri. — Sério, o que? — ela perguntou. — Por que você está sorrindo? — Eu fiquei em silêncio, olhando para ela do outro lado da mesa. Seus olhos se estreitaram sob os óculos negros e retangular. — Se eu não tenho permissão para mentir, então você também não tem. — Bem. — Enxugando minha boca com o guardanapo, joguei-o ao lado do meu prato meio comido, deslizei para fora do assento e andei até ela. Eu puxei sua cadeira para trás, puxando-a para longe da mesa e ela gritou de surpresa. Com a cadeira inclinada para trás, olhei para ela de cabeça para baixo. — Você quer saber o que eu estou pensando? Estou pensando em todas as maneiras que eu poderia puni-la por me fazer esperar enquanto você andava de lada para o outro lá fora. — Ela abriu a boca para falar e eu a interrompi antes que ela pudesse. — Eu estou pensando sobre o quão duro eu iria bater na sua bunda por me chamar de... o que foi... idiota surdo? Ela engoliu, em seguida, respondeu, sua voz pequena, — Um... nop. Um verdadeiro idiota. — Está certo. Um idiota surdo e frio. Ela levantou um dedo no ar. — Idiota frio é realmente redundante... Eu rosnei. Ela estava tentando ser fofa? Isso foi fofo. Bonita e irritante não era uma combinação que eu estava acostumado. — Estou pensando em como amarrá-la. Que

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brinquedos eu posso usar para bater na sua bunda apertada de alabastro. Como eu poderia enfiar meu pau na sua boca toda vez que você tentar me responder. Ela engoliu em seco, seus olhos castanhos se arregalaram e as pupilas se dilataram para orbes largos e negros. Com uma lambida de seus lábios, ela disse: — Eu não entrei imediatamente porque estava nervosa. Não porque eu estava tentando te irritar. — Bem. Mas você poderia ter respondido meus textos. — Você teria saído e me pegado. Eu não estava pronta ainda. Eu balancei a cabeça em resposta, mesmo que ela estivesse cem por cento certa. — Ainda não é aceitável. E você ainda merece ser punida. Ela bufou uma risada que gargarejou no fundo da garganta. — E me espancar como uma criança é como você vai conseguir isso? — Mas não era nojo nos olhos dela... era excitação. Um brilho de antecipação que eu reconheci imediatamente porque eu tinha visto no set mais cedo naquele dia. — Se você vai agir como uma criança malcriada, então você será punida como uma criança malcriada. Eu solto a cadeira para que todas as quatro pernas estejam novamente no chão e circulo para encará-la. Meu pau duro caiu em linha com seus lábios rosados e eu engoli um gemido. Eu queria tanto foder essa linda boca. — Apanhar é punição e recompensa para algumas subs. Pode ser ao mesmo tempo ou apenas um. Mas eu acho que você já sabe disso. — Tudo bem. — disse ela. Seus olhos mergulharam no chão por um momento, mas rapidamente se erguerem para

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encontrar os meus olhos. Como se ela quase desse à sua natureza submissa, mas se forçou a lutar contra isso. — Mas você e eu precisamos conversar sobre isso primeiro. Eu não estou bem com todas essas regras que você definiu. E eu não estou bem em ser punida antes de fazermos isso. Sim, merda com certeza precisamos de alguma coisa. Fui eu quem lhe disse isso em primeiro lugar. Fui eu quem lhe deu os contratos para ler com a intenção de falar sobre eles. Não era tão óbvio? — O plano todo hoje à noite... — eu disse, — era você ler os contratos. Vir aqui. Jantar. Discutir as regras. E ter muitos orgasmos. Eu te falei isso. — Bem, eu não esperava que os contratos fossem assim, tão... detalhados. E que diabos é essa coisa de uma noite? O plano é comer, fazer um contrato de onze páginas e foder tudo em algumas horas? Porra, eu não vou aceitar isso. Seus olhos castanhos brilharam desafiadoramente e essa faísca acendeu algo primitivo dentro de mim. Deus, eu amei a luta. Quase tanto quanto eu amava o controle. Mas a briga? Cheia de paixão e desafio, foda-se estava quente. Uma das minhas coisas favoritas sobre estar com Brie era quando ela lutava comigo pelo poder. Eu engoli em seco, fechando os olhos brevemente, e empurrei Brie dos meus pensamentos. Não, não esta noite. Se eu estava realmente me permitindo uma noite só com Lucy, então não podia começar a comparar com Brie. Porque nada poderia se comparar. Não era justo para Lucy. Não era justo para mim. Então por que você a trouxe aqui para nossa casa? Sua voz ecoou nos profundos recessos da minha mente, me agulhando de uma maneira que só Brie poderia fazer. Porque era a melhor alternativa do que ir para o primeiro lugar que eu te beijei, eu raciocinei com ela. Quero dizer

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comigo. Merda. Eu estava lutando com as vozes da minha própria cabeça agora. Essa é nova. — Para o registro, eu nunca disse uma noite. Eu disse que precisávamos tirar um ao outro dos nossos sistemas. Eu realmente acho que foi você quem disse uma noite. Ela abriu a boca para responder, depois fechou sem proferir uma palavra. — Eu fiz, não fiz? — ela sussurrou. — Eu não queria nos limitar a uma noite. Podemos ter um tempo incrível, e decidimos estender e ter uma cena no fim de semana. Mas se estamos tendo uma rapidinha no armário ou um mês de retiro juntos, os contratos são absolutamente necessários. Quando você mexe com os limites, entender um ao outro e garantir que o consentimento está presente antes, depois e durante a cena é muito importante. Então talvez seja uma noite. Ou talvez seja um mês. De qualquer maneira, os contratos são uma necessidade. Ela assentiu. — Isso faz mais sentido agora. A dúvida ressoou em mim. Um sentimento oco ecoou no meu intestino. E se eu não puder treiná-la para o estilo de vida? E se eu estragar tudo e ela acabar odiando? Ela já era tão sensível. Seu desejo de por favor estremeceu minha espinha, enrolando em volta de minhas entranhas. Respirei fundo novamente e tirei uma mecha de cabelo castanho escuro do rosto de Lucy, colocando atrás da orelha. Meu olhar foi brevemente para seu prato, a comida mal tocada. Então, deslizando minha mão na dela, a puxei para seus pés. Enrolei minhas mãos em sua cintura, levantando Lucy e a sentando no tampo da mesa de jantar de mogno. A mesma mesa que Brie e eu tínhamos comprado juntos, um

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mês depois que ela se mudou. — Coma um marisco. — eu disse. Os óculos escuros de seus óculos deslizaram pela ponte do nariz amassado e ela os empurrou de volta com as pontas dos dedos. — Eu te disse, está frio. — Então, coma um pouco de verdura. — eu disse, perdendo a paciência. Por um lado, Richard estava certo sobre todo esse treinamento, uma coisa submissa. Seu desafio era muito sexy. Mas era sexy porque eu sabia que ela cederia ao prazer em breve. Eu podia sentir isso irradiando dela. Ela queria isso. Mas, embora fosse da natureza dela, eu não queria forçar demais. Ainda era sua escolha. Ela ainda tinha que dizer sim e consentir que progredíssemos e seguíssemos adiante. — Esta é uma das coisas do contrato que eu não estou bem em... — Lucy! — Eu explodi. — Como uma maldita garfada de sua comida. Ela cruzou os braços e levantou uma sobrancelha escura em minha direção. Ok... bom saber. Gritar não vai me levar muito longe. — OK. Bem. — Eu levantei o garfo e esfaqueei um pedaço de couve, segurando-o em seus lábios franzidos. — Você tem que comer, menina doce. — Vermelho. — ela retrucou. Eu imediatamente larguei o garfo no prato, engolindo meu suspiro. Ela usou a única frase que eu era impotente. O problema era que ainda não tínhamos estabelecido nossos limites. Tudo o que eu queria era que ela comesse o jantar. Como diabos era um limite rígido?

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— E se eu aquecer para você? — Eu tentei. — Ou fazer outra coisa para o jantar? Eu poderia nos fazer queijo grelhado ou... — Eu gaguejei, Ash? — Ela cruzou os braços, os nós dos dedos ficando brancos enquanto ela agarrava seus braços. — Eu não disse amarelo. Eu disse vermelho. Ditar o que eu como e quando eu como é um limite rígido para mim. Eu queria jogar a porra do prato na parede. E observar como ele se despedaça como a minha maldita paciência. Em vez disso, eu sufoquei essa minha vontade destrutiva, aquela agressão estúpida e primitiva que eu sempre tive. Foi uma das melhores coisas que ser Dom me ensinou, como esfriar meu temperamento em situações difíceis. Não era o ideal, mas com minhas subs, eu não podia deixar meu temperamento tirar o melhor de mim. Nunca. Especialmente em um cenário em que a sub estava usando uma palavra de segurança. Acima de tudo, a experiência tinha que ser segura, sensata e consensual. — Posso perguntar por quê? Ela mordiscou o lábio superior e suas juntas branqueadas se soltaram contra seus braços. — Isso importa? Isso importa? Sim. Sim, isso importava. — É importante porque eu quero te entender melhor. Ela levantou os olhos para o canto superior da minha sala de jantar, imersa em pensamentos antes de responder. — Meu pai costumava ditar o que minha mãe podia comer. E depois que ele foi embora, em algum tipo de deslocamento cruel, minha mãe começou a controlar minha dieta. Eu não tinha permissão para açúcar. Muito poucos carboidratos, e nós tínhamos pesagens semanais onde ela controlava meus ganhos. — Ela encolheu os ombros de uma maneira aparentemente indiferente. — Transferência no seu melhor.

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Puta merda. Eu me afastei, me sentindo como um idiota. Os pais dela fizeram isso? Isso era fodido. Eu tinha assumido que problemas alimentares viriam de um ex-namorado. Um pedaço de merda que só se importava se o jeans dela estivesse apertado demais, não se ela estava ou não saudável. Mas mãe e pai? Meu estômago apertou por Lucy. Sua mãe e seu pai receberam um presente de Deus e eles apenas o afastaram. Não foi justo. — Por que... — Eu tive dificuldade em encontrar minhas palavras. — Por que sua mãe faria isso depois de passar pela mesma coisa? Lucy respirou fundo: — Eu não quero entrar na longa história agora, mas ela era muito controladora. Ela achava que estava me ajudando a viver mais saudável, mas a verdade era que, por causa dela, eu tinha bem, tenho, uma relação incrivelmente insalubre com a comida. E agora que estou fora do microscópio, não consigo lidar com alguém observando o que eu como novamente. Eu só… não posso. Eu não estava esperando isso. Em um milhão de anos, eu não esperaria que algo assim estivesse na história de Lucy. Mesmo que ela e Brie fossem muito diferentes, elas também eram muito parecidas. Tudo sobre essa garota estava gritando para eu correr muito, muito longe. Para acertar os freios e inverter a direção. Só que, em vez disso, me vi com o pé pressionando firmemente contra o acelerador, acelerando direto para ela. Não corra, sussurrou Brie. Eu respirei fundo. — Eu tenho uma coisa sobre comida também. — eu admiti. — Eu preciso saber que você está comendo e sendo saudável. — Por quê? — ela empurrou. — Por que você não pode simplesmente confiar que conheço meu corpo e minha saúde o suficiente para escolher o que me alimenta?

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Engoli. Diga a ela, Brie empurrou. Mas eu não pude. Em vez disso, respondi: — Você? Você come bem? Refeições completas com proteínas e verduras? Ela voltou a morder o lábio e enfiou os óculos no nariz, apesar de não estarem escorregando. — Eu como quando preciso. — Noite passada? Quando você estava se embebedando comigo no bar... você admitiu que ainda não tinha jantado. Então, tudo que você comeu foi aquele brownie de proteína que eu te dei no carro. Você comeu algo mais quando chegou em casa? Ou só o brownie.. depois de ficar bêbada? Ela se contorceu contra a mesa, deslocando as coxas musculosas para frente e para trás e olhou para os dedos, agora atados em seu colo. — Eu precisava dormir, mais do que precisava de comida. Foi o que eu pensei. Eu corri as mãos pelo meu rosto e abaixei na cadeira na frente dela. O que diabos eu deveria fazer agora? O que você faz quando um dos limites rígidos se cruza com um dos seus? Eu precisava saber que ela comeu bem. Eu precisava disso. E ela teve pais emocionalmente abusivos que tinham ideias equivocadas de como era ser saudável. Eu engoli em seco, um pensamento me atingindo como um balde de gelo. Foi assim que me deparei também? Eu era como a mãe da Lucy? Desorientado nesta necessidade de me certificar de que as minhas subs comem bem e eram saudáveis? — Olha. — eu comecei. — Aqui está a coisa. Não estou tentando controlar sua alimentação. Eu prometo. Não estou tentando limitar suas calorias ou fazer com que você perca peso. — Mesmo que eu tenha acabado de sentar, eu chutei a cadeira para trás, ficando de pé e segurando sua mandíbula para levar o assunto serio. — Você é maravilhosa. Seu corpo é perfeito. Você não precisa ganhar ou perder peso. Não é

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essa parte do meu contrato. Eu só preciso saber que você está comendo, e comendo comida boa e nutritiva. Nada dessa dieta de sucos de merda. Uma sobrancelha escura ergueu-se sobre os olhos ainda mais escuros. — Eu pareço o tipo de garota que faz dieta com suco? Eu quase ri. Se eu não estivesse tão nervoso e preocupado com ela, eu poderia ter rido. — Você parece uma garota bonita que tem medo de perder o poder e controle por causa do seu passado. Mas estou lhe dizendo, Lucy, essa não é minha intenção. Sua segurança e saúde são minha intenção. Sempre. Ela engoliu e sua língua rosa empurrou contra seus lábios apertados, molhando-os. — Essas eram as intenções da minha mãe também. Ela fez isso por amor. Mas isso ainda me machucou. Às vezes o caminho para o inferno é pavimentado com boas intenções. Porra. Isso foi como uma faca no meu coração. — Eu te escuto. Eu reconheço seus sentimentos. — Eu parei, tomando um momento para pensar em uma alternativa. — Então, se você pode me prometer que você vai comer três refeições por dia... — Fiz uma pausa, meus olhos se fechando brevemente. — Eu prometo me afastar. Mas eu estou confiando em você para ser honesta comigo... e com você mesma. Você não tem que verificar comigo sobre comer ou cuidar de si mesma. Porque se você me disser que vai ser saudável, vou confiar que você está fazendo isso. Combinado? Lá fora, um alarme de carro disparou em algum lugar ao longe e ela virou a cabeça para a janela, pulando com o barulho. Ela permaneceu assim, os olhos lançados para fora da janela por alguns momentos, imersos em pensamentos. — E se eu estragar tudo? — Lucy perguntou. — Ter uma noite de folga novamente?

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Essa é uma boa pergunta. Meu instinto seria puni-la, mas, no final das contas, isso faria mais mal do que bem para Lucy. Eu poderia fazer isso? Desistir verdadeiramente do controle e confiar na minha sub para ser saudável e não punir quando ela não é? Porque Lucy não precisava de um castigo quando se tratava de comida. Ela precisava ser nutrida. Cuidada. Suportada — Eu posso ficar chateado… Eu não posso evitar a reação que tenho por causa da minha história pessoal com a comida. Mas... em termos de nossas cenas de BDSM, isso é algo que eu nunca vou punir você. Cenas são brincadeiras. A raiva da vida real nunca será levada para nossas cenas. Isso faz sentido? Ela assentiu. — Acho que sim. Então, para que tipo de coisas eu vou ser punida? — Ser malcriada. — eu disse, meu sorriso se espalhando mais uma vez. — Oh garoto... — ela disse. — Isso vai ser um monte de punições, então. Eu relaxei um pouco enquanto a brincadeira lúdica retornava. — Estou contando com isso. Eu bati meus lábios contra os dela, mergulhando minhas mãos em seus cabelos. Eu estava instantaneamente excitado e, se estava sendo honesto comigo mesmo, estava desde que ela me beijou com os lábios revestidos de boceta. Sua língua cortou minha boca, quente e sedosa e eu chupei forte. Um gemido baixo retumbou contra sua garganta delicada quando tirei minha boca da dela. — Talvez possamos fazer o jantar de hoje ser divertido. — eu disse, me sentando na frente dela.

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Ela me olhou com cautela, os efeitos intoxicantes do meu beijo desaparecendo e ela pressionou sua boca em uma linha dura. — Divertido? — Diversão é o objetivo. — eu disse. — Diversão é sempre o objetivo. Com este jogo, não haverá punições. Mas se você não estiver gostando, você conhece as palavras de segurança. Sinta-se à vontade para usá-las se for demais. — Eu estendi a mão, meus dedos roçando seu abdômen quando eu abri o botão de sua calça jeans, puxando o zíper para baixo. Mas por dentro? Eu senti tudo, sem pressa. — Oh. — ela respirou, seus olhos impossivelmente escurecidos. — Que tipo de diversão? — Pressionando as palmas das mãos na mesa, ela se levantou enquanto eu deslizei suas calças, descartando-as no chão aos meus pés. Ela estava com um calcinha diferente agora do que antes no almoço no armário. Estas eram rendas de seda e mal cobriam nada. Apenas a menor tira de material escondendo sua carne madura e inchada, rosa e pronta para mim. Escovei meu dedo indicador pelo comprimento da renda, e um arrepio balançou através de seu corpo ao meu toque. O material entre as pernas dela estava encharcado. Molhado com excitação. Foda-se. Ela já estava encharcada para mim. Minha boca se transformou em um breve sorriso e eu me inclinei até meus lábios roçarem sua orelha. — Por que você não come uma garfada de verdura e vê o que acontece? Ela hesitou por apenas um breve momento antes de se inclinar, pegar o garfo e enfiar na boca. Eu esperei, meus lábios centímetros de sua carne. Eu assisti enquanto ela mastigava rapidamente, engolindo a comida. Eu envolvi meus lábios ao redor de sua orelha, trabalhando minha língua em círculos suaves e adicionei pressão contra seu clitóris, acariciando-a através de sua calcinha. Meus dentes roçam sua orelha, mordiscando

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quando terminei e me afastei para olhá-la. Com a outra mão, passei o cabelo dela na nuca em volta do meu punho e dei um puxão para que seus olhos se abrissem para olhar para mim. Calor cravou no meu corpo. Seus olhos castanhos eram um marrom rico e aveludado e meu pau ficou dolorosamente duro, não pela primeira vez naquele dia. Com os contínuos golpes contra o clitóris através da calcinha, sua respiração aumentou. — Por que você não vê o que acontece com outra garfada? Ela se esforçou para apunhalar o garfo na verdura mais uma vez, desta vez, mastigando e engolindo mais rápido. Eu sorri, passando meus dedos por baixo do material sedoso de sua calcinha e puxando para o lado, revelando seu sexo inchado e rosado. Eu engoli meu suspiro com a visão, caralho, tão perfeita. Porra, tão pronta para mim, eu praticamente podia ver a linda boceta tremendo de necessidade. Ela implorando por um bom pau. Em vez disso, corri meu dedo pela a pele raspada. Recém raspada, não depilada. Mas tudo bem. A depilação significava que teríamos que esperar. Eu não podia esperar. Não outro segundo. Eu mergulhei meu dedo em sua boceta molhada e quente, juntando seu suco em meu dedo antes de deslizar até seu clitóris e circular com maior pressão. Ela gemeu, as pernas se abrindo mais. — Sim. — ela sussurrou. — Por favor, Ash. Eu a belisquei, o movimento agudo contrastou pesadamente com os golpes suaves. Ela soltou um grito. — Você me chama de 'senhor', lembra? Sua garganta trabalhou com um gole espesso.

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Não é uma aceitação. Não é um reconhecimento. Brie foi tão rápida em me chamar de senhor. Em se entregar completamente a mim. As emoções conflitantes lutaram dentro de mim e eu não pude dizer quem diabos estava ganhando a guerra. Memórias amargas de Brie, ou a alegria de ajudar Lucy a encontrar seu caminho para esse estilo de vida. Eu não consegui ficar com ela. Eu sabia. Ninguém substituiria Brie, mas eu poderia dar a ela o mesmo presente que Brie me deu quando ela me treinou como Dom. O presente de BDSM. O presente da libertação. E foda-se, ia ser bom. — Outra garfada. — eu rosnei. Eu queria fazer mais com ela. Queria fazê-la se sentir bem pra caralho. Mas não sem ela ganhar. Ela fez o que foi dito, engolindo outra garfada. Desta vez, eu empurrei um dedo dentro dela, seu doce sexo apertando em torno dele. Tão molhada e apertada. Eu bombeei o dedo, observando como seu rosto pálido corou o mesmo tom perfeito de rosa que os lábios de sua boceta. Ela caiu para trás, empurrando seu quadril em minha direção como a menina gananciosa e doce que era. — Oh, Deus. — ela sussurrou. — Você não goza, porra. Não até você terminar de comer a verdura. — eu exigi. — Outra garfada. Desta vez, ela carregou seu garfo, tomando um marisco em sua boca. Eu empurrei um segundo dedo dentro dela, pulsando-os para dentro e para fora enquanto acariciava seu clitóris com o polegar. — Boa menina. — eu arrulhei e ela derreteu, apertando em volta dos meus dedos. — Você não precisa comer as amêijoas. Eu sei que estão frios. — eu disse.

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Mas ela não ouviu, dando outra mordida. Eu me inclinei, inalando seu perfume doce profundamente antes de lamber seu clitóris em um firme golpe de minha língua. Ela gritou, suas mãos mergulhando no meu cabelo. Agarrando. Oh, fodase não. Eu não queria parar. Não queria interromper o prazer, parar o jogo para punição, mas eu tinha que fazer isso. Agarrar meu cabelo? De jeito nenhum. Não se eu não dissesse para fazer. Uma noite comigo era como o Simon Says, de censura zero. E se eu não disse a ela para pegar meu cabelo, então é melhor ela não pegar. Eu tirei meus dedos de dentro dela, recostando-me na cadeira. Ela estava sentada na minha mesa, ofegante, com o rosto vermelho, as pernas abertas, uma mulher tremula, carente e inchada. — O que...? — Você acha que pode mergulhar as mãos no meu cabelo sem permissão? Receio que não, menina doce. Do lado de fora, eu estava completamente composto. Recostado casualmente, pernas abertas, meu braço jogado ao acaso no braço da cadeira de jantar. Mas por dentro eu era tão carente quanto ela. Meu pau estava uma fera dentro da calça, gritando para ser liberado. — Sinto muito. — ela ofegou. — Eu não sabia. — E agora você sabe. — eu disse. — Levante-se. Ela deslizou para fora da mesa, ficando de pé. Eu realmente podia ver seus joelhos tremendo. A camiseta branca que ela usava deslizou acima de seu umbigo e seu estômago firme e liso tremeu com uma respiração pesada. — Vire-se. Incline-se, palmas sobre a mesa. — Por quê?

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Eu rangi meus dentes juntos. — Porque você quebrou as regras. E porque eu disse para fazer. — Eu também me empurrei para os meus pés, aproximando-me do rosto dela enquanto eu dizia: — E porque você sabe que você quer porra. E se você não quiser, você sabe o que dizer, certo? Ela assentiu e se virou. Lentamente, ela se inclinou, colocando as mãos na mesa. — Olhos para a frente. — eu disse. Principalmente porque eu não conseguia olhar naqueles olhos castanhos sem querer enfiar meu pau dentro dela. Minha respiração ficou rasa quando eu deslizei sua calcinha por suas coxas, revelando sua bunda apertada e fenda escorregadia. Eu queria fazer mais do que apenas espancá-la. Eu queria sentir minha raquete cortar o ar e bater em sua carne macia. Eu corri meu dedo até a parte de trás de sua coxa, parando pouco antes de sua bunda cheia de curvas. Mas Deus eu não queria. Sua abertura se espalhou apenas um pouquinho para mim naquela posição, molhada e pronta para ser fodida. Mas eu parei. Eu me afastei, cruzando os braços para me impedir de tocá-la novamente. Esta é a minha parte favorita. O melhor momento de qualquer surra. Quando me sento para admirar minha doce menina enquanto esperava, às vezes não com tanta paciência. Eu adorava ver quanto tempo levaria até que ela estivesse se contorcendo, sofrendo pelo meu toque, não importa o quão duro ou suave isso pudesse ser. E quando era suave, geralmente a preparava para algo mais difícil. Então eu esperei. E esperei. Nem mesmo verificando meu relógio. Vários minutos se passaram. Longos e tensos minutos até que Lucy deu uma espiada por cima do ombro para mim. Garota safada.

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— Eu disse os olhos para a frente. — eu retruquei. Ela estreitou os olhos desafiadoramente, mas fez o que eu pedi, sacudindo a cabeça para frente. — O que você está esperando? — ela perguntou. Um rugido defensivo saiu da minha boca. — Eu não tenho que me explicar para você. — Você precisa, se quer que eu fique aqui. Se você quer que eu aprenda e aproveite a experiência. — ela jogou de volta para mim. E não foi o fato de que ela falou de volta, mas o fato de ela estar correta me deixou sem palavras. Merda, no momento, eu esqueci completamente que eu deveria estar ensinando ela... treinando ela. — Estou esperando. — expliquei, — para construir antecipação. É a minha parte favorita... Eu aguento o máximo que posso porque adoro ver você se contorcer. Quanto mais eu esperar, mais você vai querer o que eu dou. Ela fez uma pausa. — Oh. — Oh? É tudo o que eu ganho? — Oh... kay? Agora ela estava apenas sendo esperta. Por isso, eu ia fazê-la esperar ainda mais. Fazer com que aquela deliciosa boceta se feche, aguardando a batida da minha mão. Depois de mais alguns minutos e vários suspiros impacientes, eu a libertei de sua miséria. Lentamente, eu arrastei meus dedos pelas costas de suas coxas, o peso do meu toque, apenas uma pena. — Qual é a sua maneira favorita de gozar, menina doce? — Eu-ah! — Eu trouxe minha mão com força na bunda dela, sem me segurar. Não é como antes no set. Inferno, nem mesmo como no armário. No armário, eu fui duro, mas não

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com força total. Mesmo agora, eu não tinha certeza se ela estava pronta para isso. Sua respiração ofegou, um som áspero e pesado. — Assim? — Eu tentei novamente, só agora eu estava escovando meus dedos gentilmente onde eu a tinha atingido, aproximando-os cada vez mais perto de sua abertura molhada. — Qual é a sua maneira favorita de gozar? Uma língua sacudindo seu clitóris? — Eu passei a ponta do meu dedo sobre seu feixe de nervos para enfatizar a pergunta e suas costas arquearam em meu toque, implorando por mais sem proferir uma única palavra. — Dedos na sua boceta? — Eu deslizei meus dedos para baixo, roçando suas dobras molhadas. — Ou talvez na sua bunda? — Com um movimento rápido, eu tive meu dedo pressionado contra seu traseiro apertado, antes de puxar minhas mãos para trás completamente. — Ou você vem com um pau gigante entrando e saindo de você? Ela mudou seu peso, um movimento sutil, e com isso ela abriu as pernas mais largas. Abrindo-se para mim. Uma oferenda, da mesma maneira que ela ofereceu seus lábios para um beijo no começo da noite. — Eu... Não. Ela demorou muito para responder. Eu a atingi com força, aterrissando diretamente em sua abertura molhada. Ela estava pronta para isso. Seus joelhos se prepararam, os tendões apertados com a postura. Se eu não estava enganado, parecia que ela até se inclinou na minha mão. Que foi mais do que um pouco gostoso. — Ash, por favor. — ela gritou, sua voz estrangulada, uma mistura de desejo e necessidade intensa. — Responda-me, menina doce. — Estou tentando.

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— Não forte o suficiente. — Mais quatro palmadas, mais fortes do que antes, cada um pontuando todas as outras palavras da frase. — Qual é... o seu jeito favorito... para... gozar? Minha palma doía no momento em que eu terminava a frase e sua bunda era um tom delicioso de rosa. Meu pau se esticou em direção a ela, ansiando por liberação. — Eu adoro um pau, especialmente se ele está tocando meu clitóris enquanto me fode. — Ela gritou, seu corpo convulsionando, literalmente tremendo de necessidade diante de mim. Sim. Porra, sim. — Qual posição é a sua favorita? — Eu gosto de todas elas. Besteira. Todo mundo tinha uma favorita. — Não é bom o suficiente. Tem que haver um que você goste mais que os outros. A única maneira que eu sabia que ela estava sacudindo a cabeça era pela ponta do cabelo nas costas com o movimento. — Eu juro. Depende do meu humor, mas gosto de todas elas. Eu bufei. — Você gosta de todas elas? — Não havia como ela ter tentado todas elas. Eu nem tentei algumas das posições mais difíceis. — E o que todas seriam? — Missionário, eu no topo, vaqueira invertida, estilo cachorrinho... — ela desapareceu, seus dedos curvaram na mesa, e eu pude ver as pontas de seus dedos cavando na madeira. — E você acha que já tentou todas elas? — Eu tentei sufocar minha risada, eu juro que sim. Seus músculos endureceram na minha frente. — Não ria de mim. — ela sussurrou, e se levantou da mesa.

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Ah. Merda. Ah não. Eu a insultei. Eu estava na merda com isso. Brie tinha sido uma professora tão melhor do que eu já fui. Seja gentil com ela, a voz de Brie ecoou em minha mente. Eu me movi para frente, envolvendo meus braços ao seu redor, apertando-a com força contra o meu corpo. Meu pau pressionou contra a carne nua de sua bunda, o denim do meu jeans grosso e desconfortável. — Não, menina doce. Eu não estava rindo de você. — Sim, você estava. Você estava rindo da minha inexperiência. Abracei-a com mais força, virando-a para mim. Este não era o momento para uma punição. Sim, ela havia tirado as mãos da mesa sem permissão. Ela ficou sem ser solta e sem o uso de sua palavra de segurança. Mas ela precisava de conforto. Colocando minhas mãos em seu cabelo, eu inclinei seu rosto para o meu. Seus olhos estavam molhados e arregalados, ampliados por trás dos óculos. — Sinto muito. — eu disse. — Eu posso ver porque parecia assim. Eu estava rindo porque você é tão fofa que eu não aguento mais. Ela engoliu em seco, as sobrancelhas apertando o centro entre os olhos. — Você já fez isso antes? Fez isso? — Eu pensei que tinha deixado bem claro que eu não sou novato no jogo dominante. Ela balançou a cabeça. — Não, não isso. — disse ela, revirando os olhos. — Isso. Uma cena com alguém que nunca esteve no estilo de vida antes. Eu inalei bruscamente. — Não. Eu nunca treinei uma nova sub antes. — eu respondi honestamente. — Eu estive com mulheres que eram mais novas no estilo de vida e ainda tinham muito a aprender. E eu ainda faço sexo com mulheres

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que não são subs em absoluto. Mas eu nunca apresentei uma sub ou a treinei nesse estilo de vida. — Então, nós dois estamos nos aventurando fora da nossa zona de conforto. Mais do que você sabe, Lucy. Mais do que você sabe. Algo no meu rosto deve ter revelado isso porque sua boca virou para baixo nos cantos. E mesmo que ela estivesse franzindo a testa, ela ainda era linda pra caralho. Uma tristeza assustadoramente linda que me deixou me sentindo destruído. — Por que eu? — Ela perguntou, sua voz um sussurro. Eu procurei seus olhos, embora eu não tivesse ideia do que estava procurando. — Eu acho que a pergunta mais apropriada é: por que eu escolheria mais alguém além de você? Seu cabelo era macio ao redor dos meus dedos, sedoso como a calcinha sexy que ela usava. Eu puxei esses fios mais apertados, puxando sua boca para a minha. Eu era um filho da puta exigente e sabia disso, meus beijos não eram nada menos. Minha língua deslizou entre os lábios entreabertos, persuadindo-a a se abrir para mim em mais de uma maneira. Deslizando minhas mãos para baixo de seu cabelo, eu agarrei suas costas até que eu tinha meus braços em volta de sua cintura, e a puxei contra o meu corpo, totalmente consciente de como ela estava nua da cintura para baixo. Eu precisava dela completamente nua, no entanto. Nua e pressionada contra mim. Eu precisava daqueles seios nas minhas mãos, na minha boca, seus mamilos duros lambuzados sob a minha língua. Agarrando a bainha de sua camisa, eu a puxei por cima da cabeça, me afastando para admirá-la. Deus, ela era deslumbrante. Assim como ela estava. Mesmo com os óculos

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tortos e o cabelo comprido em cima do sutiã. Ela tinha colocado um pouco de maquiagem hoje à noite, percebi, que se destacou em uma diferença drástica para o seu rosto normalmente limpo. Eu gostei dela dos dois jeitos. Eu amei como ela estava hoje à noite com uma pequena maquiagem nos olhos acentuando o castanho de seus olhos e o pouco de brilho que há muito foi esfregado de seus lábios. Mas ela também era bonita sem maquiagem. Circulei meus polegares sobre o sutiã de renda turquesa e suas mãos voaram para os meus ombros, apertando, apoiando-se em mim com dedos hábeis. Cada terminações nervosas acendeu em chamas, ganhando vida com a sensação de que ela se apoiava em mim. Acertou algo macio e pegajoso no meu núcleo que eu queria desesperadamente ignorar. Foi agonia. Doce, deliciosa agonia que me atingiu em todos os lugares certos. Eu amei essa dor. Eu mereci isso. Eu adorava mantê-lo vivo e parte de mim. O que provavelmente é uma das muitas razões pelas quais eu gostava de infligir tanta dor aos outros. Sim, isso mesmo. Era exatamente isso que eu não queria explorar. Eu queria foder. Me esquecer dentro de Lucy. Me concentrar nela. Me iclinando envolvi minha boca sobre o mamilo, sugando através do material sedoso de seu sutiã. Um grunhido escapou dela quando ela jogou a cabeça para trás e eu puxei as taças de seu sutiã, liberando seus seios. Eu beijei meu caminho até o pescoço, parando brevemente em sua boca antes de viajar de volta para o outro mamilo, sua pele contra a minha língua. Foi a minha vez de gemer quando peguei seu seio na boca, sugando e mordiscando seu mamilo duro. — Você é sensível pra caralho. — eu disse, me forçando a me afastar de seu corpo. Com um rápido movimento dos

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meus dedos, eu tinha seu sutiã desfeito e jogado no chão ao lado do resto de suas roupas. Eu poderia me perder nela. Passar um dia inteiro devorando e saboreando as várias partes de seu corpo. Explorando sua carne. Minha respiração estava irregular enquanto eu olhava para o seu lindo corpo nu. Mas ela se mexeu sob o meu olhar, roçando a palma da mão sobre a pele arrepiada e mudando nervosamente de um pé para o outro. — Pare. — eu respirei. — Pare de se mexer. Você é maravilhosa. — Eu me sentiria melhor se você estivesse nu também. Eu puxei uma respiração afiada em meus pulmões, meu pau balançando. — Você gostaria disso? — Sim. — ela sussurrou, seu olhar mergulhando para a protuberância crescente em minhas calças. Bem, foda-se. Meus olhos se voltaram para a mesa onde a comida e os contratos descartados estavam e eu gemi. Os contratos. Merda. Eu estava fodendo tudo. Nada deveria acontecer até que discutíssemos esses contratos estúpidos. Discutimos todos os nossos limites, leve, rigído e tudo mais. O que diabos tinha sobre Lucy que fez desseguir as regras tão duramente? Minhas regras, suas regras... era impossível. Ela inclinou meu mundo em um eixo para o qual eu não estava preparado, e não tinha ideia de como voltar a usá-lo corretamente. — O que? — Lucy moveu o braço sobre os seios fartos, mal conseguindo se cobrir. Seus seios cheios, seus mamilos duros e rosados, chamando por mais atenção. — Acabei de nos mudar para um relacionamento físico, quando nem terminamos de falar sobre os contratos. Nós

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literalmente discutimos um aspecto dele antes que eu não pudesse me conter, e rasguei suas roupas. Ela levantou uma sobrancelha. — Bem, eu não diria que você rasgou minhas roupas. Na verdade foi bem lento. — A questão é que precisamos terminar com os contratos primeiro. Estou dando um exemplo terrível de como um Dom deve preparar uma cena. — Isso aconteceu com outras submissas…? — ela deixou a questão sumir. — Não que eu seja uma submissa. Quero dizer, não de verdade. Não oficialmente. Eu sorri. Eu não pude evitar... ela era fofa pra caralho. Esse hábito que ela tinha de divagar quando ficava nervosa era tão carinhoso, algo no meu intestino apertou com o jeito nervoso que ela ajeitava os óculos. Minha pobre menina doce. Ela estava tão desconfortável. Não importa o que fazemos em seguida, eu precisava fazê-la se sentir mais segura. Mais confortável. E isso implicava deixá-la se vestir ou apenas se cobrir... ou... Eu tirei minha camisa e empurrei minhas calças até o chão, ignorando o pequeno e sexy suspiro de Lucy. Fiquei lá apenas com minha cueca boxer preta, minha respiração tão pesada quanto a dela. — O que você está fazendo? — ela perguntou. — Me despindo. Eu não quero que você coloque as roupas de volta... e você não quer ser a única nua. Então… Seus olhos desceram para o meu pau, mais do que um cachimbo de aço, empurrando contra minha cueca boxer de puro algodão. — Oh... — ela disse em uma respiração jorrante. — Essa parece ser a sua palavra favorita hoje à noite.

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Ela engoliu em seco. — Eu realmente não sei o que dizer. — Diga sim. — Minha voz era baixa e rouca, cheia de necessidade, enquanto eu puxava o elástico da minha cueca boxer, aguardando seu consentimento. — Sim. — ela sussurrou, com os olhos fixos no meu pau. Graças a Deus. Eu empurrei a cueca boxer até o chão, meu pau saltando livre de dentro das algemas de algodão. Eu estava grosso com veias e praticamente pulsando para estar dentro dela. — Então, o que você diz de terminar esses contratos? Seus olhos não se afastaram do meu pau e levou vários longos momentos antes que ela balançasse a cabeça, olhando para mim. — Hã? Meu sorriso se alargou. — Eu disse, vamos terminar de discutir esses contratos. — Com isso? — ela gritou. — Se você acha que pode parar de olhar. — eu desafiei. Ela respondeu exatamente como eu achava que ela faria com a experiência limitada que tive com ela. Seus ombros rolaram para trás, sua espinha enrijecendo enquanto ela ficava ereta, não recuando, mas subindo para o desafio. — Você é o primeiro a falar. — disse ela, em seguida, se virou, puxando a cadeira para fora e sentou novamente, reunindo os contratos em mãos. — Bem? Vamos fazer isso logo para que possamos foder.

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CAPÍTULO TREZE

Lucy PUTA merda. Esse era o pau mais perfeito que eu já tinha visto. Bem… eu não tenho um quadro enorme de referência para comparações de paus, mas tanto quanto eu sabia... este era um bom. Grosso e longo e uma única veia na parte de baixo, seguindo em direção a uma cabeça grande e aveludada. E agora eu deveria focar nesses contratos? É sério? Neste momento, com a excitação escorrendo pelas minhas coxas, eu teria concordado com qualquer coisa naquelas folhas de papel. Me bater com uma pá? Sim. Porra, bem. Tocá-lo em todos os momentos em público? Sim, pronto. Foder ele no meio de um vulcão ativo enquanto a rainha da Inglaterra assiste? Sim. Pelo amor de Deus, sim. Despeje o chá, Sua Majestade, porque você está prestes a ter uma porra de um show! Isso é o quão desesperada eu me sentia. Quão completamente despedaçada e necessitada eu estava, que estaria disposta a ficar pequena e suja diante da realeza. Mas não. Primeiro, tivemos que passar por todos os tipos de limites - rigídos e leves. E discutir a lista de vários requisitos que ele tinha para mim - a maioria dos quais eu tinha certeza que eram loucos. — Então, quais são os seus limites? Rigído. A única coisa rigída que eu conseguia pensar era Ash e seu pau duro e perfeito. Meu rosto aqueceu e eu baixei meu olhar para a mesa onde, logo abaixo, eu sabia que o pau

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nu de Ash estava. Eu olhei fixamente para aquela mesa, como se eu tivesse visão de raios-x. Finalmente, mente ainda em branco, dei de ombros. — Bem, o que você não gosta? Relaxe, Lucy. Você não é uma maldita virgem aqui. Apenas diga ao homem o que você gosta e não gosta. Exceto que fazia tanto tempo desde que eu estivera com um homem, e mesmo assim, foi apenas Brian. O namorado que minha mãe escolheu para mim. Eu só conhecia um tipo de pau. Um tipo de sexo. E, bem, era bem mediocre. Claro, eu tinha ficado com caras quando estava na irmandade, mas nunca fiz sexo com nenhum deles. Eu era a garota “tudo menos” — Quais são os seus limites? — Eu perguntei, em vez disso. — Nenhum corte, piercing ou jogo de sangue. — disse ele. — Nada que cubra o rosto ou esconda o rosto. Eu gosto de olhar minhas lindas subs. — Ele fez uma pausa, piscando para mim de uma forma que sugeria que ele sabia o quão encantador ele era. Era irritante como o inferno. E sexy ao mesmo tempo. — Nada de fezes, urina... — Oh meu Deus. — As palavras saíram antes que eu pudesse me parar. Ok… eu não sabia bem o que eu esperava que ele dissesse… mas não era isso. — Você concorda com esses limites rígidos? — Um sim. — Algo que você deseja adicionar? Provavelmente um milhão de coisas e ainda assim minha mente ainda estava totalmente vazia. Porra. Por que minha mente estava em branco? Eu sou uma garota esperta. Eu tenho pensamentos e opiniões. — Você sabe, toda essa

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conversa sobre limites, o que eu não gosto e o que você não gosta está matando meu tesão. Ele riu, um som alto caiu de volta na cadeira. — É mesmo? Bem, e se mudarmos de direção e falar sobre o que você gosta? Até isso me manteve em minha própria cabeça. Era o assunto parcial e também o fato de que falar estava me impedindo de fazer. E o que eu queria fazer era foder Ash. — Eu não... eu não sei. Outro arco de sobrancelha. — Você não sabe o que você gosta? Dei de ombros. — Não fora do básico. Ele mastigou a ponta da caneta, os olhos se inclinando para o teto enquanto pensava. — Geralmente com subs, elas só falam durante uma cena para usar suas palavras de segurança como um indicador para desacelerar ou parar. Mas por que não incluímos outra palavra de segurança. — disse Ash, com as sobrancelhas se curvando com a sugestão. — A terceira palavra de segurança será uma maneira de você me dizer que gosta do que estou fazendo. Eu mudei na minha cadeira, o grão de madeira frio contra a minha carne nua. — Como… verde? Já que as outras palavras são amarelo e vermelho? — Sim. — disse ele. — Verde vai significar sim… você gosta do que estou fazendo. E para continuar. Eu engoli e peguei minha cutícula. — Por que eu não poderia simplesmente dizer 'Sim, eu gosto do que você está fazendo. Continue? — Porque em BDSM, temos limites. E você jogando opiniões ao seu redor, querendo ou não, não faz parte delas.

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Deus, ele era insuportável. Insuportável e gostoso pra caramba. Meu olhar subiu para encontrar o dele, e por um momento, um momento muito raro, eu não conseguia pensar em nada para dizer. Nenhum retorno rápido. Não havia palavras certas para este momento. Atrás dele, uma brisa entrava pela janela aberta, captando seu profundo cheiro de terra e fazendo cócegas no meu nariz como uma provocação. Ele cheirava tão masculino, tão cru e sexy. Quando ele olhou para cima do contrato, ele me enviou outro de seus sorrisos desarmantes. A eletricidade subiu pela minha espinha e eu tremi, na verdade tremi com a pura potência que senti entre nós. Meus olhos encontraram os dele mais uma vez, e seu olhar já estava em cima de mim. Em suas profundezas azuis pálidas, eu vi sua consciência. Vi o jeito que ele estava olhando, não apenas olhando para mim, mas realmente me vendo. Vendo meus medos. Meu desconforto. E minha excitação. Era como se ele pudesse ver a minha alma. Ou talvez eu simplesmente não mascare meus sentimentos muito bem. — Falar sobre isso deixa você desconfortável. — ele reconheceu. — Não é? — Sim. — Tudo o que eu pude ouvir foram os ecos da minha professora de educação sexual do ensino médio dizendo: Se você não consegue falar sobre sexo, então você não deveria fazer sexo. Talvez o mesmo fosse verdade agora. Bem aqui. Se eu não conseguisse nem falar sobre essas coisas dominantes-submissas, talvez essa não fosse a escolha certa para mim mesma? — Então... verde. — ele repetiu. Batendo os dedos sobre a mesa, seu ritmo combinava com o meu pulso acelerado. — O verde atuará como sua palavra de segurança positiva. E para reiterar, quando você usá-la, precisa ser algo novo que

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estamos tentando e que você esteja desfrutando. Eu não quero que você grite verde mais e mais quando você estiver gozando ou quando estou lambendo sua boceta. Se eu lhe disser que você não deve dar um pio e continuar gritando verde de novo e de novo? Isso é motivo de punição. Meu rubor se aprofundou. — Tudo bem. — eu concordei. — Quero dizer, eu gosto de pensar que sou um bom Dom, o suficiente para poder ler você quando você está gostando de algo, mas se ter uma palavra de código para sim faz você se sentir melhor, acho que deveríamos tentar. — Você nunca fez isso antes? — Não. Você será minha primeira. Eu sorri. — Aposto que você não disse isso a uma mulher em anos. — eu brinquei. Ele sorriu também, mas este faltou o entusiasmo que ele tinha um momento atrás. — Mais recentemente do que você pensa, aposto. Bem, o que diabos isso significa? Deus, eu queria saber mais sobre ele. Eu queria saber de quem era o anel que ele levava com ele em seu dedo mindinho. Por que ele surtou quando me deixou no meu apartamento. E por que ele estava tão obcecado com comida e meus hábitos alimentares estúpidos. — Então. — disse Ash de onde ele estava sentado do outro lado da mesa. — Vamos voltar às minhas regras. — Certo. Regras. Porra ótimo. — Nós conversamos sobre a comida. Qualquer outra coisa que se destacou para você no meu contrato? Eu molhei meus lábios, meu olhar mergulhando brevemente nas linhas esculpidas de músculos em seu peito. — Você sabe, não é justo que você se sente nesta mesa e

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mesmo estando nu, eu não posso te ver. Você ainda pode me ver. — Fiz um gesto para os meus seios, ainda muito à vista. A sugestão de um sorriso provocou sua boca. — O que você gostaria que eu fizesse? Falar com você enquanto faço uma parada de mão? Eu fiz um duplo exame mental. — Você pode fazer uma parada de mão? — Ei, eu faço yoga. E eu estou insultado pela surpresa em sua voz. Bem, agora eu queria ver isso. — De qualquer forma. — ele limpou a garganta e continuou. — Havia mais alguma coisa nos contratos que se destacou para você? — Ele remexeu a papelada, parando, os olhos em um dos contratos. — Você perdeu um. — disse ele, segurando o contrato de consentimento da Silhouette Studios que eu não tinha assinado. Debaixo da mesa, torci minhas mãos juntas. Este é o momento que eu estava temendo. — Sim, sobre isso. É apenas uma coisa pequena, mas… eu realmente não quero arquivar a papelada com o departamento de RH da Silhouette Studios. O olhar de Ash se ergueu para o meu. Ok... talvez não fosse uma coisa tão pequena. — Por quê? — ele perguntou. Dei de ombros, fazendo o meu melhor para agir indiferente. Eu não poderia dizer exatamente: porque seu chefe é meu tio e nós dois seremos pegos com a papelada. — Eu simplesmente não me sinto confortável em estar no registro público ou no conhecimento comum de que estou dormindo com meu chefe. E se as pessoas acharem que estou

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tentando dormir até o topo? Ou Kelly descobre e decide fazer da minha vida um inferno no trabalho? Ele assentiu, pensativo. — Eu entendo isso… e eu respeito. Mas você mesmo disse ontem à noite, esses contratos são para nossa proteção. É irresponsável não assiná-los. Deus, ele estava certo. Eu odiava que ele estivesse certo. Ele assinou seu nome, depois deslizou o papel na mesa em minha direção. Parecia uma espada sendo puxada, me desafiando para um duelo. Como eu poderia assinar isso? Assinar isso significava arquivá-lo com o RH. Arquivá-lo com o RH significava uma reunião com o tio Rich. Eu bati na caneta, clique clique, clique o som ecoando alto no silêncio entre nós. — E se fizermos algo diferente de assinar algo que vai para o RH? Ele levantou uma sobrancelha. — Continue… O pânico estava aumentando no meu peito. Esta é a minha última chance de convencê-lo, ou então eu realmente tenho que explicar por que eu não queria assinar essa coisa. Minhas bochechas aqueceram e eu pressionei minha palma nela, como se eu pudesse esconder meu rubor. Eu estava sem desculpas se isso não funcionasse. — Bem... — Eu engoli em seco. Deus, eu ia soar como uma pessoa louca. Talvez eu estivesse. Talvez Ash estivesse me transformando em uma pessoa louca. — Eu não quero nada assinado indo para o estúdio. É melhor assim para nós dois. — Suas sobrancelhas se uniram entre os olhos. Merda. Escolha errada de palavras. — Eu só quero dizer, é melhor para a percepção de nós dois. Você já dormiu com minha chefe, Kelly... — Estou ciente da minha história sexual, sim. — A questão real que a Silhouette está preocupada é o litígio e a proteção de seus funcionários. Então... — Eu

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peguei meu telefone, me encolhendo ao ver a tela quebrada e soquei o nome de Ash no telefone, levantando a mão, com a palma para ele. — Não responda, ok? Ele continuou sentado em sua cadeira, braços musculosos se dobraram em seu peito e me estudou quando seu telefone tocou. Por fim, sua mensagem de voz atendeu e, ao som do bipe, eu disse: — Eu, Luciana Rodriguez, estou consentindo um encontro sexual com Ash Livingston. Eu desliguei e ofereci a ele um sorriso esperançoso. — Veja, agora estamos cobertos. Ele olhou para mim, as linhas ao redor de sua boca se aprofundaram com sua carranca. — Não exatamente. Mas é melhor que nada. Por que não revisitamos isso mais tarde? Eu balancei a cabeça, respirando um pouco mais fácil. Eu poderia viver com isso. Eu sabia que precisávamos de algo que provasse que isso era consensual. Eu realmente não queria que o Tio Rich descobrisse. — O quê mais? — Ash pressionou, tocando os contratos com a caneta. — Algum outro problema com os contratos? — A coisa doce menina. — eu disse. — É só que… eu não sei... parece genérico. — Genérico e acerta uma cicatriz que ainda estava em processo de cura. Ele não sabia, não podia saber, que aquele era o único termo carinhoso que meu pai nutria por minha mãe. Usada tão raramente, mas ela adorava essas palavras - esperava por elas e se agarrava a elas quando demonstrava afeição. Ele não disse nada, simplesmente olhou para as folhas de papel em sua mão e fez um som suave de “hmm”. — É o que eu chamo todos as minhas subs. — E... isso é suposto ser melhor?

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Ele assentiu. — Eu vejo seu ponto. O apelido é realmente importante, no entanto. Precisamos de um termo carinhoso que eu use para você no quarto. Ajuda a diferenciar quando é hora de brincar e quando estamos de volta à realidade. Não é tão importante para os subs profissionais que só vejo no clube, mas, como trabalhamos juntos, tenho a sensação de que essas falas podem embaçar um pouco mais do que estou acostumado. Eu não tinha nada contra nomes de animais de estimação... simplesmente não podia ser esse. — Eu não estou dizendo que não podemos usar um apelido. E quanto a menininha em vez de menina doce? Seu rosto drenou a cor, sua mandíbula afrouxando. Dedos tensos apertaram o anel em seu dedo mindinho. — Não. Eu não posso usar esse. Meu estômago se apertou. Pobre Ash. Quem possuiu aquele anel antes dele deve ter sido sua menininha. Eu balancei a cabeça, sentindo minhas sobrancelhas mergulharem em preocupação. — Ah... outro nome então. Seu peito bronzeado levantou-se com uma respiração profunda. — E que tal... Baixinha. — A cor voltou ao seu rosto, pintando suas bochechas de uma cor rosada, e seus lábios se transformaram em um meio sorriso. — Baixinha. — repeti, enrolando o nome na minha boca. — Eu meio que gosto disso. — Não era muito feminino ou bonitinho. Ou explicitamente sexualizado como outros apelidos. Parece comigo. É o tipo de apelido que poderia ser sexy no quarto, mas você também pode usar em público sem chamar muita atenção. Ele rabiscou algumas anotações no papel. — Bom. — Então, batendo a caneta na mesa, ele murmurou: — Se nada mais se destacou sobre minhas regras...

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— Dinheiro. — eu soltei. — Eu não estou aceitando seu dinheiro para pagar por coisas. — Por que não tomamos isso caso a caso? — Eu não vejo um caso em que eu aceite. — Eu me movi para cruzar os braços, só que eu encontrei a carne nua dos meus mamilos e me senti corar. Cruzar os braços não tem o mesmo efeito quando você estava nu. — Eu faço mais dinheiro do que você. — disse ele sem rodeios. — Não diz nada sobre o seu talento ou status… é apenas a verdade porque estou na empresa e neste negócio há mais tempo. Eu sei quanto os assistentes tiram na Silhouette porque eu costumava ser um. Então, se continuarmos nossas cenas e estendê-las em público, jántares, bebidas no LnS, esse tipo de coisa, então eu estou pagando. Um nó se alojou na minha garganta. — Parece muito improvável que qualquer um de nós queira estender isso publicamente. Silêncio. Seus olhos ficaram trancados nos contratos. Finalmente, ele olhou para mim, mastigando o interior de sua bochecha. — Por que você diz isso? Dei de ombros. — Parece que cada um tem muito a perder se isso acontecer. — Talvez. Então, novamente, talvez assinarmos o contrato de consentimento.

não.

Não

se

Ah, touché — Bem. No caso improvável de continuarmos esse relacionamento fora desta noite, você pode pagar por jantares e bebidas. Mas eu não estou aceitando um orçamento para roupas.

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Sua boca torceu quando usei a palavra “relacionamento” mas ele não disse nada. — Como eu disse, vamos levar isso caso a caso. Pode ser um ponto discutível. — Exatamente. Se é um ponto discutível, então por que estamos discutindo tanta coisa? — Jesus, Lucy. Nem tudo é um ponto discutível. Exceto agora, nesse momento... tudo parecia um ponto discutível. Se nenhum de nós queria ser visto em público com o outro, qual era o objetivo? A menos que eu estivesse brincando comigo, eu poderia manter isso casual. Mantenha qualquer relacionamento casual, particularmente um com uma pessoa com quem trabalho e tenho que ver diariamente. Havia uma razão pela qual o tio Richard estava tentando limitar a quantidade de relacionamentos entre funcionários... praticamente um feito impossível em Hollywood. Oh Deus. Ansiedade subiu da boca do meu estômago. Um medo iminente de outra pessoa em minha vida me controlando, escolhendo o que era importante e o que não era. Senti aquela onda de pânico que não consegui descrever ou descrever em palavras por que estava muito paralisada. Eu precisava que essa conversa de contrato parasse. Isso estava me provocando... tudo que eu queria era um orgasmo. Tudo que eu queria era finalmente sentir um alívio e explorar esse lado que eu sempre soube que existia e nunca deixaria sair. E se mantivéssemos essa conversa sobre contratos e linguagem e o que era irrelevante e o que não era, eu iria me desestabilizar. A qualquer momento, eu ia correr para aquela porta, entrar no meu carro e nunca mais olhar nos olhos incrivelmente azuis de Ash Livingston. Eu tinha que agir. E rápido. Enquanto Ash continuava falando sobre o contrato, acertei minha caneta com o cotovelo, mandando-a para fora da mesa e rolando para baixo. E por uma boa medida, eu a cutuquei com o dedo do

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pé para que rolasse mais longe. — Opa. — eu disse, em seguida, recuei a cadeira e me arrastei para baixo da mesa. Ash notou, mas não pareceu pensar em nada. Acima, eu ainda podia ouvir o som dos papéis. Eu deixei a caneta onde ela estava no chão, tomando um momento para respirar em quão lindo ele era da cintura para baixo. Mesmo sentado embaixo da mesa, pernas abertas, pau duro. Bolas apertadas e puxadas para o corpo dele. — Você está bem aí embaixo? — Sim, estou. — eu disse. Então lambi meus lábios e, o mais silenciosamente que pude, rastejei em baixo da mesa em direção a ele. Eu era uma mariposa totalmente desamparada e ele estava chamando por mim, me chamando. Cheguei a ele e não hesitei. Se eu ficasse aqui por muito mais tempo, ele sem dúvida iria espreitar debaixo da mesa e me encontrar lá, olhando para ele, meu nariz praticamente em sua virilha. Colocando minha língua para fora, eu o lambi, provando seu comprimento duro da raiz às pontas, ignorando o jeito que ele pulou em sua cadeira enquanto minha língua molhada percorria o comprimento de seu pau. Ele inchou imediatamente embaixo da minha língua e se contraiu, um movimento rápido e agudo. Repeti o movimento, lambendo-o novamente; Desta vez, circulando em torno da ponta, mordiscando o cume. Acima de mim, ele respirou fundo, os músculos planos do seu estômago se apertando. Raspando minhas unhas até os músculos vigorosos de suas coxas, eu me apoiei em suas pernas antes de tomar seu pau tão profundamente em minha boca quanto pude. Eu só consegui pegar dois terços do comprimento antes que a cabeça batesse no fundo da minha garganta. Ele soltou um longo e profundo gemido de prazer.

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— Baixinha. — Embora sua voz fosse severa, também estava sem fôlego. Carente. Quase tão carente quanto eu me sentia por dentro. Sua mão caiu no meu cabelo, girando em torno dos fios, e sua respiração superficial se aprofundou. As pernas da cadeira rasparam contra o piso de madeira, gritando em protesto onde o corpo de Ash fazia o oposto. Seu quadril moveu para cima, empurrando mais profundamente em minha boca. Tudo estava muito inchado. Muito inchado e dolorido e ganancioso por mais. Eu escovei minha mão pelo meu corpo, empurrando meus dedos contra o meu clitóris. — Você não está se tocando. — Ash grunhiu. Sua mão no meu cabelo apertou e ele puxou minha cabeça para trás, quase ao ponto de desconforto, mas não exatamente eu teria definido como dor. Um desconforto suave que machucou a parte de trás do meu pescoço e meu couro cabeludo. Porra. Talvez em algum nível eu soubesse que seria pega me tocando. Talvez em algum nível eu realmente quisesse ser pega, queria ser punida. Queria sentir mais suas mãos descendo na minha bunda e na boceta. A ponta do seu pau roçou meu queixo enquanto ele me segurava com força longe de si. — Você prometeu que eu iria gozar. — eu choraminguei, minha voz rouca, a boca ainda molhada e com o gosto dele. — Você me prometeu no armário. — Se você ganhar. — ele sussurrou. — Você acha que foi uma boa menina para ganhar isso, Baixinha? — Sim. — eu chorei. Ele estalou um clique suave com a língua. — Vamos lá, agora, não minta. — Eu não estou mentindo. Eu fiz o que você pediu. Eu li os contratos. Eu comi meu jantar. Revimos nossos limites...

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— Você meio que fez tudo o que eu pedi. E você lutou comigo em todos os níveis. — Ele se inclinou para frente, seu rosto chegando tão perto do meu que tudo que eu precisava fazer era empurrar um pouco mais alto em meus joelhos e tomar seus lábios em outro beijo. — Seja honesta consigo mesma, Baixinha. Você ainda merece gozar? Uma respiração engatada no meu peito. — Não. — eu chorei. — Não o quê? Eu engoli, sabendo que ele queria que eu o chamasse de senhor. Mas eu não consegui. Ao chamá-lo de senhor, eu estava essencialmente dando todo o meu poder para ele e eu simplesmente não estava pronta para isso. Não quando eu estava aqui de joelhos, oferecendo prazer a ele e ele não estava aceitando. Foi degradante. Eu me senti tola e inexperiente. Mas, se estivesse sendo sincera... outra parte mais forte de mim mesma doía para dizer isso, queria a degradação e prosperava, contanto que fosse apenas no quarto. E é isso que é tão fodido. Eu engoli em seco, lágrimas quentes queimando a parte de trás dos meus olhos, mas eu me recusei a deixá-las cair. Ignorei meu intestino, a parte de mim mesma que estava tão excitada com a porra da palavra “Senhor”. Este não era o momento de usá-la. Não poderia vir deste lugar. Este lugar de medo e desconfiança. Minha mente ganhou, o que foi o melhor. Foi mais inteligente que minha boceta, de qualquer maneira. — Apenas não. — A adrenalina bateu em minhas veias, correndo pela corrente sanguínea no momento em que as palavras saíram da minha boca. O que ele faria? Como ele reagiria? — Só não. — ele repetiu, sua voz um sussurro oco. O que isso significa? O que essa repetição vazia da minha resposta significava? O que ele faria comigo?

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Seu aperto no meu cabelo ficpou mais forte e os seus olhos azuis gelados ficaram ferozes. — Coloque suas mãos atrás das costas. Eu fiz o que ele pediu, segurando meus dedos nas minhas costas, esticando meus ombros e abrindo meu peito. Meus seios doíam para serem abraçados, tocados e lambidos como antes. Aquele rubor nas minhas bochechas se espalhou pelo meu pescoço e sobre o meu esterno. — Você já teve sua boca fodida? Eu pisquei para ele, confusa. Mesmo que houvesse apenas um cara com quem eu já tivesse tido relações sexuais, eu havia distribuído meu quinhão de boquetes nos meus dias de irmandade, então balancei a cabeça. — Responda com palavras, Baixinha. — disse ele com os dentes cerrados, claramente frustrado. — Sim. — eu disse baixinho. Outro movimento de sua mandíbula. — Você não vai dizer 'senhor'? — Não. — eu respondi honestamente. — Eu não assinei nada ainda. Seus olhos se fecharam, as linhas em sua testa e em torno de seus olhos se aprofundaram. — Bem. — Só que não parecia bem. Inclinando-se para frente, ele beliscou meu mamilo, apertando entre o polegar e o indicador apenas o suficiente para ser desconfortável. Eu respirei fundo, sentindo aquela pressão deslizar do meu peito para baixo entre as minhas coxas. — Quando eu pergunto se você já teve a sua boca fodida. — Ash esclareceu: — Eu não estou perguntando se você já deu um boquete. Você já teve a sua boca fodida? Ajoelhou-se com a boca

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aberta enquanto um pau bate em sua garganta uma e outra e outra vez? — Não. — Essa descrição e a firmeza que ele tinha no meu mamilo, que imediatamente se esticou quando eu respondi, me deixaram sem fôlego. — Não o quê? — Ele ia pressionar essa questão toda vez? — Não, eu nunca tive a minha boca fodida. — eu disse. Ele beliscou mais em resposta e minha boceta apertou em resposta. — Mas eu gostaria. — eu sussurrei. — Eu gostaria de tentar. Um gemido baixo e satisfeito deslizou entre seus lábios entreabertos e ele torceu os dedos ao redor do meu mamilo. Com a outra mão ainda segurando meu cabelo, ele puxou meu rosto para perto do dele e sussurrou: — Sua palavra de segurança não é uma palavra agora. Se você precisar que eu pare, levante as mãos no ar e estale os dedos. Você entende? — Sim. — Senhor. — disse ele, apertando com mais força. — Sim, senhor. Precisamos trabalhar em como você se dirige a mim. — ele rosnou. — Agora, abra sua boca. — Ele soltou meu mamilo, e eu imediatamente olhei para baixo, olhando para o vermelho profundo do que ele deixou em comparação com o outro que ele não tinha tocado. Era um rico escarlate que contrastava no meu peito pálido. A marca vermelha era mais sexy que a ação em si. Eu queria mais. Marcas mais escuras. Marcas que durariam além do nosso encontro para que eu pudesse lembrar dele bem além de hoje à noite. Eu respirei fundo e separei meus lábios para ele. Eu esperava que ele empurrasse seu pau para dentro, mas ao invés disso, ele puxou minha boca para a sua, me beijando longo e profundamente, mergulhando sua língua dentro,

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lambendo contra a minha. Seu gemido balançou através do meu corpo, vibrando no meu núcleo. Ele terminou de me beijar com outro puxão forte e puxou meu rosto entre suas pernas. Meu grito de surpresa foi sufocado, abafado pelo seu pau forçado em minha boca. Eu pressionei minha língua na parte de baixo, resistindo a uma mordaça quando sua cabeça grossa bateu na parte de trás da minha garganta. Ele puxou meu cabelo para trás, me puxando para longe dele, e eu aumentei a sucção, esvaziando minhas bochechas. Meus óculos escorregaram pelo nariz quando ele parou, me dando um momento para recuperar o fôlego. Ele puxou meu rosto mais uma vez, e eu olhei para ele com olhos lacrimejantes, enquanto ele perguntava: — Você vai se dirigir a mim como senhor? Meu pulso acelerado trovejou em meus ouvidos. — Não. — Entre minhas coxas, eu estava encharcada. A exibição era tanto intoxicante como humilhante. Eu queria foder com ele e dar um tapa nele ao mesmo tempo. Ele não perdeu tempo, empurrando seu pau entre os meus lábios mais uma vez e forçando seu caminho para o fundo da minha garganta, só que desta vez eu estava mais preparada. Abri mais largo, respirando, pronta para a intrusão bem-vinda. Ele fez todo o trabalho, bombeando seu quadril para dentro e para fora da minha boca, empurrando mais e mais a cada movimento. Uma lágrima deslizou pelo meu rosto enquanto eu respirava pelo meu nariz, forçando meu corpo a relaxar contra o reflexo de vômito ameaçando a parte de trás da minha garganta. — Luciana. — ele murmurou acima de mim. Simplesmente ouvir meu nome em sua voz baixa e grave fez me contorcer por mais. Querendo dar tudo a ele. E por um

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breve e fugaz momento, eu até quis chamá-lo de senhor. Em vez disso, eu relaxei minha garganta, abrindo-a mais larga, e seu pau foi mais profundo. — Puta merda, Lucy. — Seu pau deslizou mais profundo na minha garganta, seu quadril empurrando ferozmente, mais forte em mim. Era difícil respirar e mais lágrimas escorriam pelo meu rosto, provavelmente lavando o pouco de rímel que eu estava usando. Mas mesmo que fosse desconfortável, eu adorei. Eu queria mais. Mais forte. Eu queria que ele me usasse. Ser fodida. Meu sexo pulsava, precisando de atenção. Ele tinha que cuidar de mim, certo? Ele não me deixaria dolorida e necessitada por uma noite inteira, simplesmente porque eu não o chamaria de senhor? Ele iria? Seus movimentos eram selvagens e impiedosos quando ele brutalmente empurrou dentro da minha boca mais e mais. Mas também foi estimulante da maneira mais hedonista. Atrás das minhas costas, meus dedos se agarraram um ao outro, meus ombros doendo quase tanto quanto a minha garganta. E então, tão abruptamente quanto começou, parou. Ash puxou meu rosto para longe de seu pau duro, brilhante e molhado, e me puxou para cima. Eu ofeguei para respirar, meus pulmões ardendo quando eu inalei. — Isso foi... — sua voz desapareceu e ele balançou a cabeça, uma mão ainda enfiada rudemente no meu cabelo enquanto ele passava o polegar embaixo dos meus óculos com a outra, endireitando-o no meu nariz e enxugando as lágrimas. — Você é magnífica, baixinha. Eu tenho que te foder. Por favor, diga que posso te foder agora. — Deus, sim. — eu sussurrei. Meus dedos se espalharam contra o chão de madeira, me aterrando. Me mantendo centrada. Ele limpou minhas bochechas manchadas de lágrimas e chutou a cadeira para

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longe, me colocando gentilmente nas minhas costas. Então, alcançando a calça do outro lado da sala, ele remexeu no bolso. Quando ele se aproximou de mim mais uma vez, ele segurava algo na palma da mão. Ele se arrastou sobre mim, se abaixando contra o meu corpo. Desta vez, quando ele enfiou os dedos no meu cabelo foi gentil. Sua mão livre enrolou em volta do meu pescoço, inclinando meus lábios para encontrar os dele. — Eu deveria punir você. — disse ele. — Eu deveria te torturar a noite toda até que você esteja me implorando para deixar você gozar. Ele espalmou meu seio, ainda sensível de seu beliscão, e eu arqueei para fora do piso frio de madeira, empurrando-me mais duro em sua mão. Não, Deus, por favor não. Chega de tortura. Ele continuou suas mãos em um caminho pelo meu corpo até que seus dedos encontraram minha boceta, empurrando profundamente dentro de mim. Apesar da minha garganta doer, eu gemi, minha voz mais rouca do que o normal. Além daquele gemido, fiquei em silêncio, com medo de que qualquer coisa que eu dissesse pudesse levá-lo a não me dar o que eu precisava. Porque sim, eu precisava disso. Mais do que eu precisava ser espancada ou amarrada. Eu só precisava gozar. Talvez Ash pressentisse isso. Talvez ele sentisse que esta não era a noite para empurrar suas regras em mim. Ou talvez ele só precisasse de uma libertação tanto quanto eu. Acima de mim, ouvi o som de um invólucro rasgando e abri meus olhos para encontrá-lo embainhando o seu pau com um preservativo. Calor espetou contra a minha pélvis enquanto ele alinhava seu quadril entre as minhas pernas, posicionando a cabeça na minha abertura. — Diga que você quer isso, Lucy. — Ash grunhiu, seu olhar encapuzado em cima de mim. Aqueles olhos pareciam

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um céu azul pálido espreitando através das nuvens cinzentas de tempestade. — Eu quero isso. Ele pegou minhas mãos, prendendo-as acima da minha cabeça, e arrastou o nariz até o comprimento do meu pescoço. — Me chame de senhor. — ele sussurrou. Sua voz falhou, uma cadência desesperada que eu não tinha ouvido nele antes. Não desista. Não deixe seu pau mágico mudar seus valores. — Não. — eu sussurrei. E neste momento, parecia um jogo. Um jogo que estávamos ganhando e perdendo de uma só vez. Ele empurrou seu pau apenas um pouquinho mais contra a minha abertura molhada e eu me estendi mais para ele, apertando meus músculos ao redor de seu comprimento. Ele soltou um grunhido torturado que teria me ligado se eu já não estivesse tão excitada. Com as mãos ainda segurando as minhas acima da minha cabeça, seus braços tremiam, segurando-se sobre o meu corpo. Meu batimento cardíaco tornou-se irregular, acelerando e desacelerando em ritmos imprevisivelmente caóticos. — Por que você não diz? — ele perguntou. O momento era tão maravilhosamente vulnerável e surpreendentemente contrastado com o homem que não controlava nada desde o momento em que nos conhecemos. Tirou meu fôlego. Se dizer “senhor” era o único poder que eu tinha deixado sobre ele, então eu iria abraçar isso e agarrá-lo com cada pedaço de força que foi deixado dentro de mim. Ele esperou, seu rosto torcido, olhos virados para baixo, boca pressionada em uma linha apertada. Eu me afastei para examiná-lo, apoiado acima de mim. Ele era tão absolutamente deslumbrante. Essa visão de cabelos escuros, olhos claros, e tão deliciosamente masculinos, eu não conseguia acreditar

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ou entender porque diabos ele estava aqui comigo. Apoiandose em cima de mim, a ponta de seu pau provocou meu sexo negligenciado. Lentamente, eu estiquei meu pescoço e o beijei, abrindo os lábios com a minha língua. Ele não respondeu ao meu beijo, mas também não me afastou. Quando terminei, mudei meus lábios para seu ouvido e sussurrei: — Porque você não ganhou, ainda. Aqueles lábios tensos torciam de tal maneira que eu não conseguia decifrar se eles estavam sorrindo ou fazendo caretas. Um nó encravado na minha garganta e eu apertei suas mãos, onde elas ainda apoiavam seu peso contra o meu. Inclinando-se, ele mordeu um caminho começando no centro do meu decote abaixo da base das minhas costelas, cada mordida ficando cada vez mais difícil até que eu gritei na final, logo acima do meu umbigo. Ele deslizou de volta ao meu ouvido, levando-o em sua boca, e eu engasguei quando ele sussurrou: — Quando eu terminar com você, você não será capaz de se sentar ou caminhar confortavelmente por uma semana. — Isso é uma promessa? — Eu sabia melhor do que me arquear nele, do que estimulá-lo, ou tentar convencê-lo a me foder mais forte e mais rápido. Isso só faria com que ele se afastasse. Em vez disso, eu fiquei lá, esperando, pulsando meus músculos, apertando em rápida sucessão em torno de sua ponta. — Foda-se. — ele grunhiu, e empurrou o quadril até que bateu em mim todo o caminho até a raiz. Nossos gemidos encheram a sala de outra forma silenciosa e ele ficou lá, sem se mover, seu pau enterrado profundamente e duro, me enchendo, me esticando e me fazendo queimar por mais. Ele se retirou tortuosamente devagar, parando mais uma vez

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apenas com a ponta ainda dentro. Então... outro impulso. Mais forte desta vez. Eu mereci isso. — Isso é tudo que você tem? — Eu sussurrei, instigandoo. Do sorriso de sobrancelhas franzidas que ele me deu, ele sabia exatamente o que eu estava fazendo, mas eu não me importava com o quão transparente eu estava sendo. Eu só precisava ser fodida. — Oh, baixinha, cuidado com o que você pede. Ele soltou minhas mãos, deslizando-as para baixo para agarrar meu quadril. Então, sentando-se de joelhos, ele ergueu minha pélvis até minha parte inferior das costas estar fora do chão. Seus dedos morderam meus lados e ele não hesitou, empurrando em mim duro e rápido, repetidamente. De cada lado meu, eu achatava minhas mãos contra o chão frio, me preparando, alavancando meu próprio peso, desesperadamente me empurrando mais profundo contra seus empurrões de castigo. Deslizando as mãos pelo meu corpo, ele segurou meu mamilo oposto como antes, pontuando seu impulso com um aperto duro. A mordida ardente de seus dedos combinada com a fúria de seu pau batendo em mim uma e outra vez foi demais para ficar quieta, e meu grito ecoou no espaço aberto de sua sala de jantar. Quando ele empurrou o polegar contra o meu clitóris, Deus me ajude, eu pensei que poderia ir até lá. Eu não tinha ideia de como isso era bom pra caralho. A sensação de ser fodida com força. Ser levada. Um homem precisando tanto do meu corpo e cada um de nós usando o outro para prazer puro e carnal. Seus dedos apertaram mais meu mamilo e a pressão estava tão deliciosamente madura. Minha carne estava queimando, quase ficando dormente, enquanto ele punia minha boceta com cada impulso brutal. Eu gritei, ou pelo menos, acho que sim. Eu nem tinha certeza se estava

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gemendo porque estava envolta em uma névoa de luxúria e paixão. Enrolei meus dedos, cavando no chão de madeira tão fortemente que arranhei o revestimento de poliuretano com as unhas. Lágrimas picaram as costas dos meus olhos, vindo rápido, e ele segurou implacavelmente o meu mamilo. Eu estava impotente para parar as lágrimas quando a primeira riscou minha bochecha. Eu queria isso Eu praticamente implorei a ele por isso. Precisava da dor. Juntos, éramos uma pilha de saudade, carne suada, ofegante, esbofeteando, arranhando um ao outro. — Não se atreva a gozar. — ele grunhiu por cima de mim, sua voz contenciosa, pronta para a guerra. O pelo rijo em suas coxas fazia cócegas entre as minhas pernas, a sensação de um contraste tão grande com o duro bater de pele na pele. — Por que você é tão boa caralho? — ele perguntou. — Sua boceta é como o maldito paraíso. Seus golpes de martelar se tornaram mais erráticos, menos rítmicos, seu grunhido profundo. Ele viria em breve. Ele viria e não me deixaria gozar. Ele prometeu. Me prometeu no armário eu poderia gozar hoje à noite. E aqui estava ele, quebrando sua maldita promessa. Um soluço rasgou meu peito, e antes que eu pudesse me parar, minhas mãos se fecharam em punhos e eu bati com força no peito dele. — Você tem que me deixar gozar. — eu chorei. Então eu recuei e joguei meus punhos em seu peito novamente. Foi bom bater nele. Se eu não fosse ter uma libertação sexual, então eu precisava disso de alguma forma. Todo movimento parou. Ele soltou o meu mamilo. Seu pau pausou dentro de mim. Eu estava um desastre

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emocional. Tremendo. Soluçando. Batendo no peito dele. Isso. Por isso evitava sexo há anos. Porque eu não posso lidar. — Lucy. — disse ele, sua voz ofegante, rachando, quase soando tão desesperado quanto eu me sentia. Eu não queria ouvir. De alguma forma, meu nome nos lábios dele tornou tudo muito pior. As lágrimas agora corriam pelo meu rosto, um fluxo de tortura e desespero. Eu bati nele novamente, só que desta vez ele estava pronto para isso e pegou meus pulsos, os olhos arregalados, a confusão cintilando no azul pálido. — Lucy, pare. Eu apertei meus olhos fechados, me debatendo, repetindo várias vezes. — Por favor, você tem que me deixar gozar. — Ele não pode fazer isso comigo. Ele não podia me deixar necessitada e querendo de novo. Não depois de tantos anos de pura luxúria e necessidade não saciada. — Luciana! — ele explodiu, sua voz tão alta, eu não podia ignorá-lo. — Abra seus olhos. — ele exigiu. Eu pisquei aberto, as lágrimas não derramadas borrando minha visão. Meu peito tremeu com um soluço retido. — O quê? — Eu cuspi de volta. — O que é isso? Porque se você vai apenas pegar e não me dar uma libertação, então eu termino aqui. Estou fora. — Eu puxei meus pulsos, tentando soltá-los de seu aperto. Meus pulsos, meu coração, eu tinha que me afastar. Em vez de responder, suas sobrancelhas se juntaram momentaneamente em pensamentos antes de se inclinar, pressionando os lábios nos meus, me acalmando com um beijo. Não, não apenas um beijo. Uma promessa. Não foi nada como nossos outros beijos foram. Era suave e doce e sua respiração pesada, puxada pelo nariz, roçou minha bochecha com cada expiração enquanto ele deslizou seus lábios suavemente sobre os meus. Eu podia sentir o gosto do

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whisky, como um fogo apagado, e engoli a imaginando-a deixando fuligem na minha garganta.

fumaça,

Ele soltou meus pulsos e moveu as mãos para o meu rosto, empurrando-se lentamente dentro de mim, enquanto ele mantinha contato com meus lábios. Eu gemi quando uma lágrima final deslizou pelo meu rosto. Uma lágrima se rendendo. E assim, Ash Livingston me puxou para o fogo com ele. Eu estava sufocando nele, uma experiência de quase morte que me mudaria irrevogavelmente. Essa ternura, combinada com a dor intensa de antes o contraste me fez doer por mais. Mais de ambos. Mais do tenro Ash, mas também, eu queria o violento Ash que desfrutava da minha dor e bebia como água nutritiva. O Ash que passou os dedos pelo meu cabelo, mas também colocou a mão na minha garganta quando eu estava perto de gozar. Sim, é por isso que eu não deveria ter vindo aqui. Ash Livingston iria me arruinar. Ele se afastou do beijo, seus polegares acariciando minhas úmidas têmporas enquanto ele sussurrava: — Confie em mim, Lucy. Confie que eu não deixaria você tão completamente insatisfeita. Confie que eu quero o seu prazer, tanto quanto eu quero sua dor, punição e renúncia ao controle. Apenas confie em mim. Seu quadril se moveu, lento e em profundo círculos dentro de mim. Parecia bom pra caralho. Eu gemi, minha cabeça caindo de volta no chão com o prazer requintado e agradável. Descendo, ele acariciou um dedo em meu clitóris, seu toque tão leve, tão suave contra a minha carne queimada que eu estremeci, minha parte inferior das costas se curvando no chão. — Você vai gozar hoje à noite. Esse sempre foi o plano.

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Eu estava apenas brincando com o como e quando. Mas eu ouço você, baixinha. Eu te vejo. Eu vejo que você precisa disso agora. Eu abri minha boca para falar, mas em vez de palavras, uma onda de ar escapou em um suspiro e em algum argumento inaudível. Algo que foi um cruzamento entre sim e por favor. A dor que era pesada no meu peito deslizou pelo meu corpo, e de repente estava entre as minhas pernas, feroz e latejante. Sua pressão aumentou enquanto ele continuava empurrando dentro e fora de mim, me acariciando profundamente por dentro. A ponta da cabeça bateu no meu feixe de nervos de algum lugar dentro de mim enquanto seu dedo ainda fazia circulos no meu clitóris. As sensações eram intensas, me consumindo. E o prazer floresceu, tão próximo ao alcance. Ele soltou um suspiro longo e lento, seu olhar no meu rosto. Minhas mãos palpitaram para tirar o cabelo escuro da testa. Eu ansiava tocá-lo. Senti-lo. Meus dedos tremiam, minha boca formigando quando pedi permissão. — Posso tocar em você? — Eu perguntei. Seu corpo deu um forte e duro estremecimento. Ele gostou disso, do fato de que eu perguntei, e seu sorriso se contorceu brevemente antes de responder simplesmente com: — Sim, baixinha. Colocando minhas mãos em seu cabelo, eu passei meus dedos entre os fios escuros e sedosos, úmidos de suor. Prazer se enrolou baixo na minha barriga com o gemido satisfeito que empurrou através de seus lábios apertados. Eu apertei minhas mãos em seu cabelo, puxando suas raízes com meus dedos enrolados. Seus olhos se fecharam contra a minha carícia, e com aquele único toque, senti sua libertação estremecendo dentro de mim, seu corpo tremendo

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através de seu clímax. Sua testa caiu brevemente, descansando na minha. Eu arqueei meu pescoço, escovando meus lábios sobre os dele, ansiando por mais daquele beijo sedoso. — Sua vez. — ele sussurrou. Minhas pernas tremeram, incontrolavelmente. — Eu preciso sentir você gozar na minha língua. — Com um último beijo suave nos meus lábios, ele se arrastou pelo meu corpo, em seguida, trancou sua boca no meu clitóris, me lambendo como um homem faminto em sua última refeição. Alívio convulsionou no meu estômago e eu gritei, empurrando meu quadril contra sua língua. — Sim. — eu chorei, minhas lágrimas batendo no chão de madeira embaixo de mim. — Deus por favor. Sim, Ash. — Você vai me chamar de senhor? — Sua respiração quente fluiu através da minha carne sensível e inchada e, sem esperar pela minha resposta, ele empurrou um dedo dentro de mim. Aquele pedacinho de barba raspou contra minha boceta com um delicioso atrito e eu gemi, balançando a cabeça. — Por favor, me deixe gozar. Por favor. — Um soluço partiu do meu peito. Eu precisava desse prazer. Eu precisava que ele desse para mim. Meus mamilos doíam, meus joelhos estavam machucados, minhas bochechas estavam molhadas, minha boceta estava dolorida. Porra eu precisava muito gozar, eu poderia provar isso. — Ok, baixinha. — disse ele, sua voz dolorosamente doce. Tão amargamente tenro que puxou meu núcleo de uma maneira que eu não esperava. — Goze pra mim. Mais uma vez, ele envolveu seus lábios ao redor do meu clitóris, lambendo e eu caí. Como um paraquedista ultrapassando a borda, eu desci em uma descida feliz enquanto Ash me adorava com sua língua. Meu corpo

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convulsionou quando eu explodi em torno de sua boca, meu corpo apertando e liberando em um orgasmo maciço. Eu persegui essas ondas, saboreando o orgasmo pulsante, mais forte do que qualquer outro que eu tive na minha vida. — Boa menina. Ele está feliz. Ele está satisfeito comigo. Alívio correu através de mim com o pensamento e, em seguida, quase imediatamente depois, em pânico. Pânico puro e não diluído. Porque lá, naquele momento, eu não queria nada mais do que simplesmente agradar Ash. Para mantê-lo feliz, saciado. Seu prazer e orgulho em mim estava alimentando um monstro escuro. Estava quebrando não só uma das minhas promessas, mas as duas. Eu era patética e me apaixonei por um homem que deixaria marcas no meu corpo. Assim como meu pai machucou e feriu mamãe. Eu olhei para baixo entre os meus seios, onde suas marcas de mordida estavam se transformando em um tom de malva profundo. Eu engoli, a vergonha esquentando minha carne. Isso era exatamente o que eu queria. O que eu estava desejando. Eu queria ser marcada. Assim como minha mãe. Como eu poderia desfrutar de algo tão violento e amar olhando para as consequências? Foi como olhar para um acidente de carro sangrento? Algum prazer estranho, doente e macabro? Eu engoli uma inspiração e um arrepio violento balançou através do meu corpo. — Está com frio? — Ele perguntou, curvando seu braço em volta de mim e esfregando sua palma no meu braço. Eu balancei a cabeça, não. A verdade era que eu não sabia o que era. O que eu senti. Ash e eu estávamos separados por dois mundos. Ele era todo controle e dor e estilos de vida luxuosos com jantares extravagantes enquanto eu era rebelião, macarrão e sonhos não realizados. Nós não podemos

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trabalhar. Nós não vamos trabalhar. E não apenas porque ele revelou um lado de mim que era aterrorizante, mas porque ele afirmou desde o início que não poderia me dar um compromisso. Ele não podia me dar um relacionamento. Ele não podia me dar... amor. E mais do que tudo, mais do que sexo e orgasmos com certeza, eu queria amor. Eu queria o tipo de amor que minha mãe nunca teve. Eu queria alguém que estivesse lá para me apoiar. Para me apoiar e me aceitar como eu era, e não tentar me transformar em alguma beldade de Hollywood. E eu precisava de alguém que não exigisse o que Ash faria. Eu queria alguém que não me obrigasse a usar mangas compridas e gola alta nos verões da Califórnia para esconder as contusões. Mesmo que eu quisesse tanto aqueles que Ash me deu. Ele trouxe um lado ruim de mim. Ele estava me transformando na filha da minha mãe. Ele rolou para o lado e me puxou para seu corpo, beijando meu pescoço. Seu cheiro cru, todo esfumaçado e terroso, me envolveu, envolvendo minha carne. Eu inalei profundamente, sabendo que era a última vez que eu cheirava tão perto. A última vez que eu escovei meu nariz contra a coluna grossa de sua garganta. Eu pressionei meus lábios na junção de onde seu pescoço se transformou em seu peito e ele enrolou o dedo sob o meu queixo, angulando meu olhar para o dele. — Você está bem? — ele perguntou. Eu balancei a cabeça, mas na minha alma, eu sabia que não estava. Eu estava me apaixonando por ele tão terrivelmente rápido e espremi minhas entranhas como água sendo arrancanda da roupa molhada. Doloroso e frio.

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— Você deveria ter usado sua palavra de segurança em vez de me bater... — Embora sua voz de lixa fosse áspera e rouca, ainda conseguiu roçar como seda contra meus nervos. A culpa de desagradá-lo agitou mais fundo no meu peito e eu afastei meu olhar dele, tentando arrancar meu queixo de seu aperto. Mas as mãos dele ficaram no meu rosto, forçando o meu olhar para o dele. Era dolorosamente óbvio. Para mim, para ele, para qualquer pessoa que prestasse atenção em um raio de vinte milhas que algo estava errado comigo. Calor açoitou meu corpo, aquecendo minha carne e fechei meus olhos, me afastando. — Eu sei. Eu sinto muito. — Você sente? Sente muito? Eu cortei meu olhar de volta para ele rapidamente em um movimento agudo, chocada com sua observação. Então suas mãos se afrouxaram lentamente no meu queixo. Eu precisava me afastar dele, chegar em casa e voltar para onde eu estava segura na minha bolha. Segura na minha vida anterior, onde eu não estava ansiosa para agradar um homem. Mesmo um homem tão quente quanto Ash. — Vamos. — disse ele, desdobrando-se de mim e ficando em pé. Ele me ofereceu a mão e, quando eu deixei cair a palma da mão contra a dele, quente e seca, ele me puxou para os meus pés. Me puxando em seu corpo, Ash me beijou forte e rápido. Suas mãos mergulharam no meu cabelo, inclinando minha cabeça para trás ainda mais. Quando abri a boca para a dele, ele me recompensou com um gemido antes de enrolar a língua na minha. Um fogo branco quente crepitou no meu núcleo enquanto ele continuava me beijando com um abandono feroz e paixão que eu nunca senti antes.

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O beijo foi íntimo e eu queimei por mais. O que diabos estava errado comigo? — Lucy. — disse ele, puxando para trás, seus olhos pálidos procurando os meus. A emoção apertou os cantos dos olhos de uma maneira que eu não conseguia ler direito. — Isso foi... — seu olhar mudou brevemente para o chão onde tínhamos acabado de fazer sexo antes de voltar para mim. — Inesperado. Eu arqueei uma sobrancelha. — Inesperado? Eu pensei que era toda a razão pela qual eu estava vindo hoje à noite. Uma noite, lembra? Ele limpou a garganta e deu um aceno firme. — Sim. Uma noite. Meu coração deu um pequeno pulo porque... eu estava louca ou ele quase parecia que não comprava mais aquilo? Eu deslizei minha mão por seu ombro até minha palma achatar sobre seu coração. Seu coração acelerado. Cada batida no seu esterno, estava contra a palma da minha mão. O que diabos estava acontecendo? Ele não estava agindo como um homem que não queria um relacionamento. Ele estava agindo como... como... um homem caindo... Não. Lucy, não termine esse pensamento, eu me repreendi. Eu quase rolei meus olhos apesar de mim mesma. Como se eu soubesse como era um homem apaixonado. Certamente não com minha mãe e meu pai. Brian e eu não estávamos apaixonados. Inferno, eu nunca tinha visto o tio Rich apaixonado antes. Eu preciso sair daqui. E rápido. Eu engoli em seco, ignorando a sensação de queimação em meus seios e o pequeno puxão me dizendo para ficar.

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— Foi… foi diferente das outras vezes? — Meu rosto queimava assim que fiz a pergunta. Por que eu era tão ansiosa por punição? — Sim. — disse ele. — Porque eu não chamei você de senhor? Um sorriso se contraiu em sua boca. Sua boca perfeitamente beijável. — Parcialmente. Foi apenas... diferente. Você é diferente. Não sentia nada assim em... muito tempo. Diferente. Eu fui chamada de diferente da minha vida toda. De certa forma, eu prosperei. Gostei que eu fosse diferente. Por outro lado, sempre seria um ponto dolorido. — Vamos te dar um banho. Você está tremendo. Eu abri minha boca para objetar, para dizer que eu já tinha tomado um banho antes de chegar a sua casa. Mas em vez disso, eu fechei minha boca e assenti. — Posso te encontrar lá em cima? Eu só tenho que usar o banheiro. Particularmente. Ele assentiu, apontando para uma porta que estava entreaberta no corredor. — Há um banheiro bem ali. Eu vou te esperar. — Você pode começar a tomar o banho. — eu ofereci, esperando que ele não visse através de mim. Porque eu tinha que sair daqui. Eu precisava construir a parede ao redor do meu coração novamente porque Ash Livingston estava derrubando, tijolo por tijolo. — Eu estarei lá em poucos minutos. Seu olhar se estreitou. — Sim? Eu balancei a cabeça. — Sim.

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— Então... — Ele caminhou ao redor da mesa de jantar e se curvou, juntando minhas roupas em seus braços. — Você quer usar o banheiro aqui embaixo. Você não quer que eu espere por você. Mas você quer que eu suba e lhe dê um banho? Ele está em cima de mim. Eu balancei a cabeça, um movimento brusco e estridente. Atravessando o comprimento da sala, ele transferiu meus pertences para os meus braços e passou a boca sobre a minha em um beijo final e suave. — Qualquer relacionamento Dom-sub é baseado na confiança. — Seus olhos procuraram os meus, parando por alguns instantes que pareciam horas. — Então, eu vou escolher confiar em você para se juntar a mim lá em cima na banheira em poucos minutos. Maldito seja ele. — Você disse que não tínhamos um relacionamento. Dom, sub ou de outra forma. Se eu achasse que não poderíamos chegar mais perto, eu estaria errada. Ele envolveu seu braço musculoso em volta da minha cintura e me puxou contra seu corpo, nada entre a nossa carne, exceto pela pilha de roupas que ele colocou em meus braços. Seu corpo já estava preparado, pronto para mim de novo, quando sua ereção empurrou minha barriga. — Talvez eu estivesse brincando. — ele sussurrou. Eu engoli em seco, minha garganta queimando, minha cabeça girando e meu estômago revirando enquanto o nervosismo e a excitação se colidiram no meu núcleo. — Talvez eu não esteja bem com isso. — eu disse rapidamente, minha mente cambaleando. — Talvez eu esteja vendo outras pessoas. Foda-se. Essa não era a coisa certa a dizer. Sua expressão, que segundos antes era aquecida e suave, agora endurecia em uma carranca. Eu podia sentir a possessividade irradiando dele. Ele estava consumindo e

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inebriante e seu lábio enrolou em um grunhido quando ele perguntou: — Você está? Eu fechei meus olhos. Eu não queria mentir para ele. Eu prometi que não. E enquanto a batalha do “Sim” era uma luta real, também não era tão séria quanto uma mentira descarada como essa. Se eu dissesse sim, que estava vendo outras pessoas, isso seria uma mentira descarada. Eu estaria enterrando o caixão e derrubando a sujeira por cima de qualquer chance que Ash e eu tivéssemos. Mesmo que eu estivesse com medo, eu não estava pronta para isso acabar ainda. — Não. — eu admiti. — Eu não estou vendo mais ninguém. — Ele teria descoberto a verdade de qualquer maneira. Ele teria visto minhas mentiras, mastigado e cuspido de volta. Seu suspiro de alívio bateu em minhas veias, me nutrindo de uma maneira que estava além do que eu queria admitir. — Nesse caso. — disse ele, sua voz baixa e quente. — Eu vou te ver lá em cima. Ele se inclinou, roçando meus lábios em um último beijo antes de se virar e me deixar ali na sala de jantar, roupas e bolsa na mão, diante da decisão de mais uma vez fugir de quem eu era ou virar e encarar a nova Lucy.

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CAPÍTULO QUATORZE

Ash EU tomei um banho, enchendo a banheira de porcelana com bolhas, e o ar úmido com o cheiro pesado de algo floral. Com um rápido olhar para o meu celular, descansando em cima da pia de mármore, vi que dez minutos se passaram. Dez minutos é muito tempo para esperar. Mas mesmo assim, não ouvi o som do carro dela. A menos que... merda. Os carros inteligentes tinham algum tipo de silenciador de motor que dificilmente fazia barulho? Eu resisti à vontade de correr para a janela da frente no andar de cima e verificar a entrada da garagem. Eu podia ver em seu rosto, ela queria correr. Mas eu tinha explicado para ela. Ela estaria aqui em breve... ou ela não estaria. Eu ignorei a agitação do meu estômago. O que acabamos de fazer no andar de baixo... foi além de uma boa foda. Ele transcendeu uma intensa cena de BDSM. O que eu acabei de experimentar? Eu senti isso em mais do que apenas minhas bolas vazias. E eu não sentia uma conexão assim desde... O rangido da porta me impediu de terminar esse pensamento. Aquele pensamento estúpido e imaturo. Como se alguns dias com Lucy pudessem de alguma forma comparar com o que Brie e eu tínhamos. Nós só tínhamos ficado juntos uma semana antes de você dizer que me amava. A voz de Brie. Novamente. Geralmente era um conforto, mas esta noite, depois de sentir essa conexão com Lucy tão profundamente? A voz de Brie era enervante.

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— Ash? — A voz pequena e hesitante de Lucy chamou da porta do banheiro. Um nó grosso se alojou na minha garganta apesar dos meus melhores esforços para engoli-lo. Ela mudou seu peso de um pé para o outro nervosamente, seu cabelo castanho escuro caindo direto para os ombros, um contraste intenso com a pele corada. Ela usava apenas calcinha e camiseta, sem sutiã por baixo, seus mamilos eram dois picos apertados sob o algodão macio e fino. Porra. Ela era linda. — Você ficou. — eu disse, genuinamente surpreso. Eu queria que ela ficasse. Era uma coisa boa que ela ficou. Nós dois precisávamos de cuidados intensivos depois do que aconteceu lá embaixo... mesmo que não fosse intensivo em BDSM. Mas também, eu estava cambaleando. A intensidade daquela porra, de como ela gozou na minha língua, pulsando e se contorcendo e movendo seu quadril em círculos pequenos e carentes foda-se. Eu estava duro novamente. Estendi a mão, pegando as roupas restantes que estavam amarrotadas em seus braços e dobrei cada uma delas, colocando-as na prateleira de toalhas aquecidas. — Venha aqui. — eu disse. Então, segurando a mão dela, dei-lhe um leve puxão. — Eu preparei um banho de espuma. Ela engoliu visivelmente, e eu queria beliscar a linha apertada de sua garganta onde seus músculos estavam se apertando. — Por que isso parece tão estranho? Eu lambi meus lábios. Ela também sentiu isso. O que quer que estivesse acontecendo comigo, estava ressonando entre nós em tensão palpável. Como uma corrente aberta de eletricidade, você não podia ver, mas, porra, você poderia sentir isso lá. Foi potente e perigoso. Um passo errado e um ou ambos podem ser fritos.

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— Tipo, você estava dentro de mim. — ela continuou. — E ainda assim a ideia de tomar um banho de espuma com você é tão... chocante. — Talvez você não esteja acostumada a ser cuidada? — Eu perguntei. Só o que eu estava realmente pensando era: Talvez eu não esteja acostumado a cuidar de alguém. Assim não. Sim, eu faço pós-tratamento para todas as minhas submissas. Claro que eu faço. Falamos sobre as cenas que se desenrolaram, o que funcionou e o que não funcionou, enquanto eu as massageio com óleo, ou cuido dos seus vergões e esfrego Arnica em seus hematomas. Minhas substitutas experientes não exigiam muitos cuidados posteriores emocionais. Assim não. Não como a Lucy. E de certa forma... eu precisava mais dela agora. Eu peguei a bainha de sua camisa, e puxei-a para cima em um movimento rápido, dobrando e colocando em cima de suas outras roupas. Seus seios eram perfeitos pra caralho. Gloriosos e cheios enquanto eu curvava minhas palmas ao redor deles, circulando meus polegares carinhosamente contra seus mamilos duros. Impossivelmente, eles endureceram mais contra o meu toque, e nós dois gememos. — Não é assim. — sua voz vacilou. — Isso não era para ser não sexual? Então ela sabia, pelo menos tinha um conhecimento básico de cuidados posteriores. O que estou dizendo, claro que ela sabia. Nós estávamos trabalhando juntos nesse filme e era tudo sobre BDSM. Ela não seria muito boa em seu trabalho se não soubesse o básico do que era o cuidado posterior.

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— Sensual e sexual são duas coisas muito diferentes. — respondi, intencionalmente vago. — A verdade é que os cuidados posteriores podem ser o que você e o seu sub precisam. Eu ainda estava nu, só que agora meu pau estava duro novamente. Minhas bolas estavam apertadas, doendo por outra libertação. Mas Lucy estava certa, não deveria acontecer novamente entre nós. Pelo menos não tão logo depois de uma foda emocionalmente intensa. Nós dois precisávamos de tempo para processar isso. Mas pelo jeito que a língua dela arrastou através de seu lábio inferior, e seus olhos castanhos derretidos desceram pelo meu corpo, absorvendo cada centímetro e parando perigosamente no meu pau... nós podemos não sair deste banho sem outra foda escorregadia e ensaboda. Ela enfiou os dedos no elástico da calcinha e deslizou para fora das pernas curvas. Então, dando um passo à frente, ela subiu na banheira, sibilando enquanto se abaixava na água quente fumegante. Eu rastejei atrás dela, pegando o pano e gentilmente correndo em círculos sobre as costas dela. O sabonete estava escorregadio contra a pele molhada e ela gemeu, relaxando nos movimentos. — Que bom que você ficou. — Eu sussurrei em seu ouvido, em seguida mordi suavemente antes de me afastar. Um sorriso se curvou em sua boca e seus óculos se embaçaram com o vapor no banheiro. — Talvez um pouco. — Diga algo sobre você. — eu pressionei. Era impressionante o quão pouco eu realmente sabia sobre ela. Quão pouco eu sabia, mas quão fortemente me sentia.

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— Como o quê? — ela perguntou, tirando os óculos e limpando o vapor das lentes. — Qualquer coisa. Seu filme favorito. Seu brinquedo favorito. Seu animal favorito... — Filme favorito. — ela disse, virando para me encarar. O movimento sacudiu a água, espalhando-se quase pelos lados da banheira. — A Star is Born, a versão mais antiga. — Ah, certo. — Eu estalei meus dedos e o movimento enviou espuma voando pelo ar. — Amante de Judy. Como eu poderia esquecer? — Meu vice-campeão de filme é Meet Me em St. Louis. Brinquedo favorito, meu vibrador. Eu tossi, surpreso com essa resposta e ela sorriu como se fosse sua intenção. — Eu meio que quis dizer qual era o seu brinquedo de infância favorito. Mas tudo bem... vibrador. Eu vou levar. — Bem, Livingston, você precisa especificar. E animal favorito... peixe-boi. Peixe-boi. Hã. Eu não tinha certeza de qual resposta me surpreendeu mais... o vibrador ou o peixe-boi. — Você sabe… a maioria das pessoas dá respostas como: ursinho Teddy. E Cães. Mas peixe-boi? Ela encolheu os ombros, um pequeno sorriso inclinando sua boca. — Eu simplesmente amo esses bois marinhos. Eles são gigantes e gentis. Quando eu era criança, havia aquelas arrecadações de fundos do 'adote um peixe-boi' coisas que iam para um fundo de vida selvagem. E todo ano, todo feriado e aniversário, era o que eu pedia. Eles lhe enviavam um peixe-boi de pelúcia e um crachá com o nome do seu peixeboi, onde morava, como era seu nome.

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— Porra isso é adorável. — Meu coração deu um pulo, pensando em Lucy quando criança, pequena, meiga, querendo adotar seu próprio peixe-boi em vez de comprar uma Barbie ou algum outro presente típico infantil. Fechei meus olhos contra a onda de emoção. Contra os pensamentos do que meus filhos com Brie teriam sido. — Oh, fica melhor. Então, depois que minha mãe me deu cerca de seis deles, eles me mandaram um repetido. Scarlett, o peixe-boi. E eu fiquei muito chateada e disse a minha mãe que precisávamos chamá-los porque eu já possuía Scarlett. Ela já era meu peixe-boi, e eu queria ter certeza de que eles não estavam adotando nenhum dos meus outros peixes-boi para outras pessoas. Eu ri. — Oh não... você não... — Oh sim. Na minha cabeça, eu estava coletando todos esses peixes-boi e um dia no futuro, eu estava planejando me mudar para a Flórida, onde a maioria deles residia e construír uma casa no meio do oceano. Eu tinha grandes planos. Haveria um porão submarino feito de vidro para que eu pudesse vê-los nadando no oceano ao redor de casa. E eu ia nadar com eles. Lavei o sabonete de seus ombros, me curvei colocando um beijo em uma sarda logo acima da clavícula. — Você deve ter ficado decepcionada. — Foi talvez uma das coisas mais doces que eu já ouvi. — Eu estava devastada. Minha mãe teve que explicar para mim no meu aniversário. E meu pai prometeu me levar para nadar com eles algum dia. — Ela suspirou. — Bem... ele fez? — Não. — ela disse baixinho. — Ele nos deixou antes do meu próximo aniversário.

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Porra. Eu esqueci. Com tudo o que aconteceu esta noite, eu esqueci completamente que ela mencionou que seu pai foi embora. Lucy encolheu os ombros, trazendo um ombro delicado ao ouvido. — Ele teria arruinado isso de qualquer maneira, se ele tivesse me levado. Eu teria sempre associado a experiência dos meus sonhos com um homem que não merecia ser parte dele. Ele teria arruinado isso como arruinou todo o resto. Minha garganta se apertou. Como qualquer pai poderia sair da vida de seus filhos essa merda estava além de mim. Algumas pessoas não mereciam ser pais. Não sabia o quão sortudos eles eram para ter um filho nascido, saudável, muito menos uma criança que os cultuava. — Eu sinto muito. — Era tudo que eu podia dizer, mesmo que fosse foda. — Está tudo bem. — disse Lucy, e encolheu os ombros novamente. Mas eu sabia melhor do que acreditar nisso. — Foi há muito tempo. É por isso que o tio. — ela tossiu, cobrindo a boca com a mão. — Meu tio e eu nos tornamos muito próximos. Ele ajudou a me levantar depois que meu pai foi embora. Curvei minhas mãos em volta do tornozelo, puxando um pé para cima e passando a barra de sabão sobre ele. — Como sua mãe nunca levou você para nadar com os peixes-boi? — Eu perguntei uma vez, alguns anos depois, mas ela estava tão chocada que eu queria fazer isso. Ela temia... tudo. O oceano. Os peixes-boi. Ela tinha certeza de que, se eu nadasse com peixes-boi, seria como eu morreria. Então foi isso. Pelo menos até eu poder me dar ao luxo de ir sozinha. Eu balancei a cabeça. — Quando você nadar com os peixes-boi, será com alguém que merece estar ao seu lado. Ela sorriu e assentiu. — Sim. Algum dia. Provavelmente longe, no futuro distante, quando eu chegar ao outro lado do país. — ela bufou.

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— Ei, estamos filmando em algumas semanas na costa leste. Ela se esticou e balançou os dedos dos pés antes de mergulhá-los de volta na banheira. — Eu sei. Mas a Kelly vai sozinha. Não há orçamento de figurinistas suficiente para nós duas estarmos no local. Nós nos banhamos por alguns momentos em silêncio antes que ela perguntasse: — E você? Comida favorita? Brinquedo favorito? Animal favorito? Filme favorito? — Comida, sou simples. Filet mignon. Mal passado. Animal favorito, cachorros. Filme favorito, Star Wars. E brinquedo favorito. — eu deslizei para mais perto dela, roçando meus lábios nos dela. — O seu corpo conta? Ela riu e jogou água no meu rosto. — Não. — ela disse, — não. — Hey. — eu disse com falsa indignidade. — Se um vibrador conta para você, então seu corpo deve contar para mim. — Exceto que não sou um brinquedo. Eu sou uma pessoa. Eu poderia ser sua pessoa favorita. Novamente, minha garganta se apertou. Ela esperava que eu dissesse que ela era minha pessoa favorita? Eu gostei da Lucy. Muito. Mas eu não minto. Nunca. E eu não podia responder a isso sem machucá-la. Eu gostei de vê-la estremecer de dor em minhas mãos... não em minhas palavras. Sua boca se inclinou brevemente em uma carranca. — Ash, nós nos conhecemos há apenas uma semana. Menos de uma semana, na verdade. Na verdade, não espero que você diga que sou sua favorita...

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— A colheita. — eu disse, interrompendo. Eu não estava fazendo isso agora. Não durante os cuidados posteriores. Cuidados posteriores deveriam tratar de suas feridas. Não as minhas. — Esse é o meu brinquedo favorito. Sempre deixa o pequeno retângulo perfeito. Distrair. E desviar. Era o jeito que eu fazia desde a morte de Brie. Eu usei o sexo como uma distração. Sadismo para desviar. Sexo. Trabalhos. BDSM. Talvez seja hora de parar de se distrair. A voz de Brie. Novamente. Eu gemi, minha cabeça caindo contra a porcelana. Talvez seja. Mas isso não significava que eu estava pronto para admitir isso. Para mim, para Lucy... para Brie. Sua boca se abriu e uma lufada de ar escapou. — Você gosta de ver os vergões também? Também. Isso era uma espécie de torção? Ela gostou das marcas da mesma maneira que eu fiz? — Porra, sim. — eu sussurrei, e me movi sem esforço através da banheira, deslizando-a para o meu colo. Seus mamilos se apertaram de dentro da água ensaboada e meu pau ficou mais duro de imediato. Eu tomei sua boca em um beijo contundente, agarrando seu lábio inferior com os dentes enquanto puxava de volta. Ela engasgou, suas dobras escorregadias embalando minha ereção e eu movi meu quadri suavemente abaixo dela, balançando contra seu corpo. Ela pegou minhas mãos nas dela, entrelaçando-as e deslizou um dos meus dedos dentro de sua boca. — Nós não deveríamos foder novamente hoje à noite. — eu disse, me odiando um pouco. Estúpido, responsável, besteira dominante. — Por que não? — ela perguntou, sua voz ofegante.

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— Você vai ficar machucada, e quero que você se sinta bem e pronta para mais amanhã à noite depois do trabalho. Sua boca se abriu apenas um pouquinho. — Podemos apenas... levar as coisas devagar? Nada de jantar fora ou bebidas no clube. Nada mudou. Ainda não quero que ninguém pense que estou dormindo com o diretor. — Mesmo se você está dormindo com o diretor? — Você sabe o que eu quero dizer. Integridade significa muito para mim. Eu quero ganhar minha posição. Meu trabalho na empresa. E não abrindo minhas pernas. — Lucy. — eu escovei meus dedos através de seu cabelo úmido. — Eu quero dizer isso, Ash. É parcialmente por isso que esse contrato de consentimento me incomoda muito. Eu não quero assinar. Suspirei. — Nós provavelmente podemos esperar um pouco, mas eventualmente teremos que informar o estúdio. — Mas ainda não? Qual era o seu negócio? Eu entendi que ela não queria ninguém suspeitasse que ela dormindo com o diretor. Mas arquivar com o RH era para nossa segurança. E só porque arquivamos não significa que alguém além do chefe de RH, e Richard, descobriria. — Não. Ainda não. Ela respirou mais fácil, suspirando. Eu saí para fora da banheira, pegando duas toalhas. Embrulhando uma ao redor da minha cintura, eu envolvi a outra ao redor de Lucy quando ela se levantou. — Já terminamos? — ela perguntou. — Devemos ir dormir logo. — eu disse. — Vamos filmar cedo amanhã.

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Seu rosto caiu. — Então, você realmente quis dizer isso quando você disse que chega de sexo hoje à noite. — Eu realmente quis. — Mesmo que eu não quisesse dizer isso. — Vamos alugar um filme e assistir na cama. Seu rosto se contorceu, suas sobrancelhas mergulhando entre olhos coloridos de mogno. — Eu vou dormir aqui? Eu ri, abraçando seu corpo coberto de toalha contra o meu. — Sim, você está dormindo aqui. Se você quiser, é claro. Sem pressão, se você preferir ir para casa... mas... bem, eu realmente gostaria que você passasse a noite. — Oh. — ela disse suavemente. — E amanhã no trabalho? Eu não tenho uma muda de roupa comigo. — Lucy. — eu disse, rindo. — Você usa jeans e uma camiseta branca quase todos os dias. Duvido que alguém notará se você usar o jeans de ontem. Ela molhou os lábios, puxando a toalha com mais força ao redor dela. — E a roupa de baixo? — Você sempre poderia ir sem. Eu esperava que ela recusasse a ideia, mas em vez disso ela sorriu, um sorriso lento e perversamente sexy. — Eu poderia… — Ou eu poderia jogar suas roupas na lavadora agora. Ela bateu no meu braço. — Você ia me fazer ir sem calcinha quando você tem uma máquina de lavar roupa aqui? Eu ri e beijei a ponta do nariz dela. — Recebo pontos pela lavagem? Ela estreitou os olhos de brincadeira. — Só se eu conseguir escolher o filme.

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— Não. — eu respondi, balançando a cabeça. Seu pequeno suspiro chocado era adorável pra caralho. — Porque eu já escolhi. Tenho certeza que o Prime tem A Star Is Born no streaming. Aquele olhar de alegria que irradiava seu rosto? Porra. Ele me deu um soco no estômago. Isso tirou o ar de mim.

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CAPÍTULO QUINZE

Ash O dia seguinte foi uma das melhores manhãs da minha vida. E foi também uma das piores manhãs da minha vida. Aparentemente eu era um romance vivo de Charles Dickens. Acordei com Lucy em meus braços. A primeira mulher a dormir na minha cama desde Brie. Minha garganta fechou enquanto eu olhava para ela, seu cabelo castanho escuro espalhado pelo meu peito nu e seu braço envolto em meu estômago. Eu a puxei com mais força, beijando o topo de sua cabeça e fechando os olhos enquanto caía de volta no meu travesseiro. Meu peito estava apertado e meus olhos queimavam. Eu passei o meu polegar pelo anel de Brie, ainda no meu mindinho, e dei-lhe um pedido silencioso de desculpas. Outra mulher estava dormindo do seu lado da cama. Descansando a cabeça no travesseiro. Usando a mesinha de cabeceira. Eu não sei qual teria sido a alternativa. Eu não podia e não ficaria no apartamento de Lucy. Eu não poderia estar em qualquer lugar perto daquele complexo de apartamentos. E ontem à noite, Lucy não estava pronta para o LnS , isso era certo. Claro que sempre havia a opção de ir a um hotel... mas mesmo isso parecia errado. Isso banalizava o que estávamos fazendo aqui, e eu não queria correr o risco de Lucy se sentir usada. Eu engoli, o caroço caindo como uma bola de serragem. A verdade era que eu queria que Lucy ficasse aqui esta noite. Eu esperava uma foda BDSM na noite passada. Algo para tirar Lucy do meu sistema e lhe ensinar um pouco sobre

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um estilo de vida que ela claramente foi atraída. Mas em vez de tirá-la do meu sistema, agora eu estava fisgado. Eu ansiava mais dela. E em vez da porra de BDSM... eu fiz amor com ela. Pela primeira vez em cinco anos, fiz amor com uma mulher que não era minha esposa. Foda-se. Uma noite; uma foda emocional de coração para coração com Lucy e eu já estava me transformando em um tolo. — Sinto muito, Brie. — eu sussurrei para o quarto escuro, quase como se ela estivesse lá com a gente. Como o trio assombrado mais desprezível do mundo. Merda, é o tipo de ideia idiota do filme que Richard faria para garotos bêbados de fraternidade. Haunted Threesome: Vindo para um teatro perto de você. Não se desculpe, Brie sussurrou de volta em minha mente. Se fosse realmente ela. Se não fosse apenas o meu subconsciente estúpido tentando me convencer de que o que eu fiz estava bem. E que não há problema em fazer novamente. Eu agarrei os lençóis de algodão egípcio ao redor das minhas pernas e o apertei com força no meu punho. Eu prometo a você, não vou fazer isso de novo aqui, pensei para Brie. Vou levar Lucy para o LnS em seguida. Manter uma separação saudável. Saudável? A voz de Brie riu em minha mente. OK tudo bem. Mais saudável, eu reagi. Mais saudável para quem? Você não odeia quando discute com as vozes na sua cabeça? Eu gemi e verifiquei a hora no meu telefone. Quatro e vinte e seis da manhã o sol ainda não tinha começado a

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espreitar pelo céu azul-marinho, mas tínhamos que estar no set por volta das seis. Em questão de minutos, meu alarme soaria e o que quer que isso fosse, céu? Inferno? - seria interrompido. Eu deslizei para fora da cama, tomando cuidado para não acordá-la ainda, e fui ao banheiro para escovar os dentes e lavar o rosto. Não há necessidade de pular no chuveiro desde que Lucy e eu tomamos banho na noite passada. Quando voltei para o quarto, Lucy me surpreendeu não só por estar acordada, mas já vestida com a calça jeans e a camiseta de ontem que eu lavara para ela na noite anterior. Um sorriso inseguro se contraiu nos cantos de sua boca. Nervosa? Por que ela estava nervosa? Eu atravessei o quarto até ela. — Bom dia, linda. — eu disse, minha voz ainda gravada no sono. — Bom dia. — ela respondeu baixinho. Eu me inclinei, pressionando meus lábios nos dela. — Você dormiu bem? Ela assentiu, mas não disse mais nada. Hmm. — Você fala em seu sono. — ela disse rapidamente, e eu congelei. Porra. Brie costumava me dizer isso também. Mas isso só acontecia se eu estivesse extremamente relaxado. Portanto, isso não aconteceu em mais de cinco anos. Ou pelo menos, não é do meu conhecimento. Limpei a garganta e peguei uma camisa da gaveta. Eu podia sentir o olhar de Lucy queimando nas minhas costas, mas eu me recusei a olhar para ela e, em vez disso, vasculhei minhas roupas. — Eu disse alguma coisa interessante? — Eu deslizei meus braços em uma suave camisa pólo verde e então peguei uma calça preta pendurada no armário e a vesti. Ela demorou um pouco para responder, mas eventualmente Lucy balançou a cabeça negativamente. — Na verdade não. Exceto…

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Minha boca ficou mais seca do que uma tempestade de areia. — Exceto? — Eu cutuquei. — Bem, você disse algo sobre Judy ser melhor que Liza. — Um sorriso surgiu em seu rosto. O alívio me atingiu como uma onda e meus ombros relaxaram. — Oh, você está indo para baixo! — Eu a joguei na cama enquanto uma gargalhada rasgou sua garganta. Eu mergulhei meus dedos em suas costelas, fazendo cócegas nela, e ela se contorceu, balançando o corpo curvilíneo abaixo de mim. Suas pernas se abriram mais, minha pélvis encravada entre elas e sua risada se transformou em respirações suaves e curtas. Meu pau endureceu, pressionando em sua fenda coberta de jeans, e ela abriu os lábios, os olhos pesados enquanto ela olhava nos meus olhos por cima dos óculos. Ela curvou as pernas ao redor da minha cintura, seus saltos cavando na minha bunda, me pressionando mais contra ela. — Ash. — ela gemeu meu nome, sua voz mais rouca do que o habitual. Suas bochechas coraram e eu podia sentir nossa excitação pesadamente no ar. — Deus, Lucy. — eu ofeguei, minhas mãos agarrando inquietamente os lençóis torcidos que nos rodeiam. Fechei meus olhos, tomando sua boca em um beijo contundente, deslizando minha língua em longos movimentos contra a dela. Eu engoli seus gemidos. Seus gritos. Ela suspirou. Eu bebi seus suspiros como se fosse o melhor uísque. Sua mão encontrou meu pau, me agarrando com força pela calça. — Oh, foda-se. — eu disse com os dentes rangendo, quebrando nosso beijo. Eu arqueei em seu aperto forte, minhas bolas inchando. Eu precisava me enterrar dentro dela. Eu precisava gozar forte e rápido e sentir seu pequeno espasmo corporal ao redor do meu pau ordenhado. Eu queria que ela se espalhasse ali

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mesmo, e afundasse meu pau duro e rápido até que minhas bolas estivessem pressionadas contra os lábios inchados da sua boceta. Ela abriu o botão da minha calça, alcançando minha cueca boxer e me segurando, carne na carne. Um gemido escapou da minha boca, e eu arqueei em seu abraço, empurrando meu pau mais duro em sua palma. Eu joguei minha cabeça para trás e cometi o maior erro de todos. Eu olhei para cima. Eu abri meus fodidos olhos para a caixa de bugigangas de madeira esculpida na cômoda do outro lado do quarto. A caixa de bugigangas de Brie, eu não consegui me livrar dela. A que eu mesmo esculpi para ela e coloquei o anel de noivado. — Ash? — Lucy piscou para mim, confusa. Seus lábios estavam molhados e inchados dos meus beijos brutais. Eu me afastei dela, passando a mão pelo meu maxilar sem barbear e estendi a mão para ajudá-la. — Vamos nos atrasar. — eu disse. Eu não quis que soasse tão rude quanto foi. — Temos uma hora. — ela respondeu, olhando para o relógio. Eu fiz o meu melhor para sorrir, mas foi forçado na melhor das hipóteses. Ela podia ver através de mim, eu tinha certeza disso. — Bem, precisamos tomar café da manhã primeiro. E suponho que você não quer que cheguemos ao mesmo tempo. Aquela coisa toda ‘não querendo parecer que você está dormindo com o diretor’, certo? — Certo. — Ela assentiu com a cabeça, olhando ao redor do quarto como se tivesse a resposta do porquê eu era tão

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idiota. Inferno, ele tinha as respostas, mas nada que ela iria encontrar. — Ok, então. — eu disse. — Eu conheço um ótimo restaurante ao longo do caminho que podemos parar. Sigame em sua lata.

*** J UDE me OLHOU BOQUIABERTO no corredor, uma tigela com uma espécie de salada de quinoa em uma mão e uma garfada na metade do caminho da boca aberta. Já era hora do almoço. A manhã tinha voado em uma série de tiros que mantiveram Lucy e eu tão ocupados, que eu não a vi desde que chegamos ao estúdio. O café da manhã foi bom... não muito tenso, considerando que eu tinha me assustado com a perspectiva de foder com ela na minha cama esta manhã. Não, não minha cama. A cama de Brie. — Você a levou para sua casa? — Jude repetiu, sussurrando no corredor, apesar do fato de sermos os dois únicos ali. — Sim. — eu grunhi. — Você foi íntimo com ela na sua casa, na casa de Brie? Eu engoli, calor subindo do meu estômago. Uma culpa abrangente ameaçou me engolir. E inferno, eu teria deixado. — Eu sou um idiota. — Não. — disse Jude, deixando cair o garfo na tigela, intocada. — Ash, faz cinco anos. Brie era minha amiga também, e você não pode ficar lá e me dizer que ela não ficaria feliz em saber que você está seguindo em frente.

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Minha garganta queimava. — Eu não estou seguindo em frente. — Tudo bem... — Jude disse cautelosamente. — Brie ficaria feliz em saber que você está explorando relacionamentos mais duradouros. Eu bufei. — Não na porra da cama dela. Jude sorriu. Um maldito sorriso humilhante que, bem ora ele fosse meu melhor amigo, eu queria dar um soco no rosto perfeito dele. — Amigo... a maioria das pessoas faz sexo em camas. — Não eu. — eu resmunguei. — Eu fodo. Eu fodo com força. Eu fodi muito. Eu nem mencionei que nunca chegamos à parte de foder na cama porque eu perdi a cabeça como se tivesse engolido o ácido de bateria. Jude encolheu os ombros. — Bem, talvez fosse hora de mudar isso. Era a hora? Cinco anos era muito tempo para ir... mas não quando você esperava uma vida inteira de miséria solitária. Não quando você merecia uma vida inteira de miséria solitária. — Eu não sei como descrever isso. O sexo sempre foi uma maneira de liberar o estresse para mim. Quase como um hábito. Nunca é diferente. Geralmente é bom. Às vezes, tudo bem. Mas sempre confiável. — E ontem... não foi? — Não. — Por quê? Porque foi fenomenal. — Porque… eu me preocupo com Lucy. Eu me conectei com ela. Jude levantou uma sobrancelha. — Você não se importa com suas outras subs?

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— Sim claro. Como... eu me importaria se algo acontecesse com elas. Eu me importo que suas necessidades sejam satisfeitas e que elas tenham prazer em nossas cenas juntos. Mas eu não quero sentar e jantar com elas. Eu não quero debater quais filmes são os melhores com elas. — Um sorriso tocou meus lábios. Eu não quero discutir sobre Liza ou Judy com elas. — Mas você quer com ela? Sim. — Eu não sei. Os olhos de Jude se moveram pelo corredor até onde a porta do escritório de canto de Richard estava entreaberta, me provocando. — É melhor você ir falar com Richard. Especialmente se você está planejando levar essa garota para jantar. Provavelmente ela não vai querer ser seu segredinho sujo. Eu bufei. — Você ficaria surpreso. Ela não quer que ninguém descubra sobre nós. Jude deslizou o garfo em sua boca enquanto suas sobrancelhas saltavam. — Parece que você encontrou o seu jogo, Ash Livingston. — disse ele depois de engolir. — Porra, me fale sobre isso. — eu murmurei, e caminhei pelo corredor em direção ao escritório de Richard. Eu dei uma pequena batida, fazendo com que a porta entreaberta se abrisse. — Entre. — Richard chamou de dentro da sala. Terminei de abrir a porta e, quando Richard olhou de onde estava trabalhando, seus olhos se abriram brevemente. — Oh. Eu estava... eu estava esperando outra pessoa. — Ele sobre o meu ombro no corredor vazio.

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— A maioria da equipe ainda está no refeitório comendo. — eu disse. Richard rapidamente bateu a ponta da caneta contra a mesa de cerejeira laqueada. — Eu posso voltar mais tarde, se você preferir. — Não. Está tudo bem. Nós apenas temos que fazer isso rápido. Fechei a porta atrás de mim e deslizei para a cadeira de couro em frente à sua mesa. — Encontrei um sub natural que eu quero treinar. — eu soltei antes de perder a coragem. Os olhos de Richard se arregalaram. — Bem, isso foi rápido... Você sabe que eu não estava dizendo para você sair e fazer isso, certo? Eu bufei. — Sim, eu sei. — Você também não estava me dizendo para não fazer. — Assim? — ele cutucou. — Como vai isso com ela? — Até agora é… bom. Mas eu não a encontrei no LnS. — eu disse. Bem, tecnicamente, eu acho que sim… mas isso estava além do ponto. — É disso que preciso falar com você. Eu a encontrei aqui. Ela trabalha na Silhouette. — Porra, Ash. — Richard se jogou contra sua cadeira, esfregando as mãos sobre os olhos. — Quase quatro milhões de pessoas nesta cidade e você tem que dormir com um dos duzentos funcionários que trabalham no meu estúdio e com você? Dei de ombros, rindo apesar do estalo amargo de suas palavras. — As equipes de produção passam de dezoito a vinte horas por dia no set. Nós vamos para a cama à meianoite, acordamos às quatro e fazemos isso por meses durante as filmagens e a pós-produção. Onde diabos você acha que vamos conhecer pessoas? Há uma razão pela qual muitos de nós namoramos com colegas.

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Ele balançou sua cabeça. — Mas você é o diretor. Você não é mais seu colega. Você é seu chefe. Eu balancei a cabeça. — Eu sei. Eu já pensei nisso e entreguei seu departamento para Jon cuidar. Eu não tenho mais autoridade de demitir ou contratar ou autoridade orçamentária. Richard assentiu. — Bom. Como você fez com o figurino por causa de Kelly. Eu congelei momentaneamente, depois me forcei a respirar. — Hum… sim. Isso mesmo, na verdade. Richard suspirou e tirou alguns papéis da gaveta da escrivaninha. — Vocês vão precisar assinar um termo de consentimento e arquivá-lo com o RH. Eu mastiguei minha bochecha, respirando o ar condicionado do escritório de Richard. Porra, isso não ia bem. — Sim... sobre isso... — O que? — ele perdeu a cabeça. — Ela está muito nervosa em assinar qualquer coisa. Não porque ela não esteja concordando, mas tem medo de que a equipe a veja dormindo até chegar ao topo se alguém descobrir. — Oh, pelo amor de Deus. — Richard fechou a gaveta e suspirou. — O que há de errado com essa geração? Ela tem que assinar. Você têm que assinar. Eu não me importo se você arquivá-lo com o RH ou apenas cada um manter uma cópia para si, caso isso vá acabar, mas ambos precisam da prova de consentimento, cada um para sua própria segurança. Eu coloquei minhas mãos na minha frente. — Olha, eu sei. Entendi. O contrato de consentimento é importante. Mas preciso ganhar sua confiança e honrar o que ela quer. E o

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que ela quer é relacionamento.

que

ninguém

saiba

sobre

o

nosso

Richard fez uma pausa, seus olhos presos nos contratos em suas mãos. — Ela parece minha sobrinha. — Bem, a menos que sua sobrinha trabalhe aqui na Silhouette, duvido que seja a mesma mulher. Richard engoliu em seco e seus olhos se elevaram lentamente aos meus. — Certo. Inclinei a cabeça, sem saber por que ele estava me estudando tão intensamente. Ele sacudiu rapidamente, me mostrando um sorriso tão desarmado que, se eu fosse uma mulher, eu teria entregue meu número naquele momento. — Em que departamento ela está? — Richard perguntou e, embora a pergunta fosse casual, havia uma ponta em sua voz que não era nada casual. Ele se levantou, foi até a prensa francesa e se serviu uma xícara de café. — Eu não acho que deveria revelar isso ainda. Eu ganhei a confiança dela... agora tenho que mantê-la. Richard tomou Compreendo.

um

gole

de

café,

assentindo.



Enfiei minhas mãos nos bolsos, sorrindo para o temperamento de Lucy, para o quão zangada ela ficaria se eu contasse a alguém, não que trair sua confiança fosse engraçado. Mas havia algo nela, uma qualidade, que se eu estava pensando nela rindo, zangada ou excitada... ela apenas me fez sorrir. — Você está se apegando a sua nova sub? — Richard perguntou, seus olhos se estreitando suspeitosamente.

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Me sacudi para fora da névoa e limpei minha garganta. — Nós acabamos de nos conhecer, Richard. — Essa não foi a minha pergunta. OKay. — Eu gosto de passar tempo com ela. — eu respondi, com cuidado para não revelar muito. Richard me estudou, seu olhar se estreitando. — Ela está apaixonada por você também? Eu senti meus músculos ficarem tensos. — Eu não estou me apaixonando por ela. — eu retruquei. Eu não poderia estar. Isso era ridículo. Uma boa foda emocional não significava que eu estava pronto para segurá-la. Richard congelou, a caneca de café a meio caminho dos lábios e sua boca se curvou em um sorriso. — Você sabe, não há problema em ter sentimentos por sua submissa. Isso pode funcionar. Olhe para Jude e Marlena. Apenas guarde seu coração. Entre com cautela. Caso ela tenha alguma aveia20 para costurar... Eu fechei meus olhos. Lucy costurando aveia não era o que eu queria pensar. — Bem, eu não sei. Ela é apenas uma submissa. Eu me importo com ela da mesma maneira que eu me importo com as outras. — eu disse, mal acreditando em mim mesmo. Era exatamente o sentimento oposto que acabei de transmitir a Jude. Se eu já era assim tão legível, usando meu coração na manga, então precisava me endurecer. Bloqueie esses sentimentos. Esconda-se da minha conexão e da Lucy. — Ok, então. — disse Rich. Se ele acreditou no que eu acabei de dizer, ele disfarçou bem. — Apenas… assine o contrato. E certifique-se de que a funcionária da Silhouette tenha uma cópia do contrato assinado, de preferência alguém 20

Esperma, no que diz respeito a ser sementes. Usada em frases como semear a aveia, que alude essecialmente à procriação, mas é mais básica do que ter relações sexuais.

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que você conheça e confie. Pode até ser Jude. Então, pelo menos, se houver algum litígio, ambos têm uma cópia assinada e alguém do seu lado para testemunhar em seu nome. Acha que ela vai ficar bem com isso? — Ele voltou para sua mesa, colocando o café ao lado de seu computador. Eu balancei a cabeça. — Acredito que sim. — Eu também. Levantei da cadeira, pegando os contratos de Richard, embora eu já tivesse uma cópia na minha mesa. Eu girei de volta antes de caminhar até a porta. — Mais uma pergunta. — eu disse, encostado no encosto da cadeira. Meus dedos morderam o couro do assento, o anel de Brie deixando uma marca no couro macio. — O que você faz quando um dos seus limites rígidos se cruza com um de seus gatilhos? Rich olhou para cima, as linhas duras ao redor de sua testa e os olhos se suavizando. — A confiança vem antes da obediência. — disse Richard. — Seus limites rígidos têm mais peso do que o seu, especialmente se ela ainda estiver aprendendo e treinando. Porra. Era por isso que nunca treinei novas subs. Era muito emocionalmente irregular. Subs experientes entendiam os seus próprios limites e entendiam o meu e era sem emoção quando os discutimos. Confiamos um no outro, mas apenas em nosso prazer por uma noite ou duas. Nós não precisamos de confiança para nos estender. Mas com Lucy? Eu não poderia fazer isso sem confiança. Nenhum de nós poderia. Eu apertei os contratos de consentimento na minha mão, minha pele quase tão branca quanto os papéis que eu estava segurando. — Se eu fizer isso errado... se eu estragar, eu posso acabar abrindo suas velhas feridas. — Ash. — disse Richard. — Isso pode ser verdade. Mas também… se você fizer isso certo? Você pode curar as feridas que a estão provocando. Ou pelo menos enfaixá-los. — Ele

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me deu um sorriso rápido e eu balancei a cabeça, indo para a porta. — Você também pode curar algumas de suas próprias feridas. Porra. Se apenas.

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CAPÍTULO DEZESSEIS

Lucy — VOCÊ não está surfando? Eu vi nos noticiários que houve um aumento nos ataques de tubarão em Los Angeles. A voz da minha mãe se tornou mais estridente do que o habitual quando ela fez essa pergunta. — Mãe, eu mal tenho tempo para tomar banho antes do trabalho no período da manhã e na maioria dos dias eu não saio até o sol se pôr. Quando eu encontraria tempo para surfar, mesmo que quisesse? — Luciana, a higiene pessoal é muito importante. Você precisa tomar banho diariamente. Fechei meus olhos e silenciosamente soltei um suspiro. Eu deveria saber que minha resposta a mandaria para uma espiral de perigo completamente diferente. Ela via perigo em todos os lugares. De repente, flashbacks da minha mãe me fazendo esfregar minhas mãos antes de comer invadiram minha mente. Como ela me faria tirar a sujeira de debaixo das unhas com essa pequena ferramenta de manicure várias vezes por dia, mesmo quando não havia sujeira para retirar. Os germes são invisíveis, Luciana. — Eu estava apenas exagerando mãe. Eu prometo a você que minha higiene está em ordem. Eu tomo banho todos os dias. — Eu dei uma mordida no meu espaguete e mastiguei o mais silenciosamente que pude. — Você está no intervalo para o almoço? Aparentemente, eu não foi silêncioso o suficiente.

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— Sim. — eu disse, sentindo meu ritmo cardíaco acelerar com a sua pergunta. — Você viu o aplicativo que eu enviei para você? Onde você insere cada refeição e calcula o que você precisa comer para o máximo de saúde e perda de peso? Fechei os olhos, o espaguete no meu estômago. — Oh. Bem, eu nunca fui boa em calcular calorias. — É por isso que enviei o aplicativo. Ele calcula para você. Okay, certo. De jeito nenhum eu estava baixando esse aplicativo. — Estou muito feliz com o que eu como, mãe. Ela bufou do outro lado da linha. — Você está feliz comendo comida processada e conservantes o tempo todo? Açúcar e queijo? Suspirei. — Sim. Eu tenho certeza que estou. — Você nunca aceita minhas sugestões. Você nunca me ouve. Oh garoto. Aqui vamos nós novamente. — Mãe, isso não é verdade. — Eu preciso ir, Luciana. Estou conhecendo algumas amigas em um novo bar de smoothies. Sim. Ela não gostou da minha resposta, então ela está saindo. Isso é o que ela faz melhor. — Mãe, não seja assim. — Não seja o que? Não ter uma vida social? Eu suspirei, meu coração ficando pesado. Não se afaste de mim. — Não fique brava. Isso não foi o que eu quis dizer. Esse aplicativo não é para mim. Isso não significa que eu não quero falar com você...

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— Eu não sou louca. Eu só tenho planos. Eu falo com você depois, Luciana. — Eu fechei meus olhos brevemente. Não havia muito sentido em discutir quando ela estava assim. — Ok, mãe. Eu te amo... Mas ela desligou antes que eu pudesse terminar a frase. Continuei sentada ali, empurrando o espaguete em volta do meu prato meio vazio com uma mão e segurando o telefone na outra. Por que eu continuo olhando para a tela em branco? Eu realmente esperava que ela ligasse de volta? Isso aconteceu um milhão de vezes. Isso vai acontecer um milhão de vezes novamente. Ela fica brava quando não consegue o que quer, então ela desaparece por um tempo. Às vezes é um dia, às vezes é um mês. Eventualmente, ela supera isso e volta para mim. E, no entanto, eu não conseguia parar de olhar para o meu celular. Um minuto depois, zumbiu na minha mão, uma mensagem de texto aparecendo. Só que não era da minha mãe. Era de Ash. Você comeu? Eu pisquei para o texto. Ele estava falando sério agora? O garfo congelou literalmente a meio caminho da minha boca aberta enquanto eu lia o texto. Eu tinha acabado de terminar de defender meus hábitos alimentares para minha mãe... Eu não precisava repetir isso com o homem que eu estava transando. Eu pensei que tinha deixado claro ontem à noite sobre como meus hábitos alimentares não são sua preocupação e ele tinha que confiar em mim para cuidar da minha própria nutrição.

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Para não mencionar, ele tinha ficado completamente calado esta manhã, quando quase transamos na cama. Ele se afastou. Ele tentou encobrir, me levando ao café da manhã mais desajeitado do mundo antes do trabalho. Nós sentamos lá em um restaurante gorduroso e comemos em absoluto silêncio por vinte minutos antes de eu sair primeiro. — Nós dois não podemos aparecer ao mesmo tempo, eu tinha dito como uma desculpa para sair, mas verdadeiramente? Eu não pude sentar naquele silêncio desconfortável por mais um segundo. Eu não tinha ideia do que tinha mudado - mas o que quer que fosse, era um problema para mim. Eu estava lidando com uma personalidade distanciada quase toda a minha vida. Eu conhecia os sinais quando via. Eu tive que aturar isso da minha mãe. Eu não pude escolhêla. Mas Ash? Eu não preciso apenas sentar aqui e pegar. Eu deixei cair o garfo no meu prato quase vazio de espaguete e meus punhos se apertaram e abriram, minhas palmas ficando suadas enquanto eu passava por respostas em potencial no meu cérebro. Mas antes que eu pudesse responder, três pequenos pontos apareceram ao lado de seu nome e meu telefone tocou com a próxima mensagem. Merda. Eu acabei de perceber como isso soou. Eu só quis dizer, se você tiver tempo antes do intervalo do almoço acabar, venha me ver no meu escritório. Nós precisamos conversar. Eu relaxei, meu aperto ao redor do telefone diminuindo. Oh. Ele não queria checar se eu estava comendo. Mas de alguma forma, esse sinistro que precisamos falar era ainda pior. Eu estava no limite. Era isso. Ele ia acabar com tudo. Nosso fim… se nós ainda fôssemos um nós. Ele disse desde o começo que não se relacionava. Claro, houve alguns outros sinais mistos jogados ali, mas sinceramente? Ele disse que não estava disponível emocionalmente. Então, por que diabos eu não o ouvi?

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Levantei, levando minha bandeja até a lata de lixo para descartar o que restava do meu almoço. Se ele estava terminando comigo, então eu tinha que permanecer forte. Terminar as coisas primeiro, talvez. E pelo amor de todas as coisas sagradas, não posso chorar. No caminho pelo corredor, passei pelo banheiro feminino e parei, a regra de Ash girando na minha cabeça. Isso importava agora? Agora que ele ia terminar comigo e eu estava... eu estava... o que eu estava? Não estou disposta a aturar outra personalidade quente e fria em minha vida, é o que eu era. Eu entrei no banheiro, me trancando em uma cabine, rapidamente desabotoei minha calça jeans. Inseri um dedo dentro de mim e engoli um gemido. Eu ainda estava dolorida da noite passada, uma dor aguda que estava deliciosamente madura. Meu corpo imediatamente respondeu, e eu fiquei molhada, apertando em torno do meu dedo. Eu pulsava aquele dedo dentro de mim, ofegando, pensando em Ash. Seus lábios. Os olhos dele. A mão dele. Seus dentes. Seus dentes. Com minha mão livre, eu puxei minha camisa para baixo para ver se as marcas ainda estavam lá. Meu mamilo estava um pouco vermelho ainda com manchas de uma contusão púrpura e entre meus seios, duas pequenas marcas azuis de onde seus dentes me beliscavam com força. Forte o suficiente para machucar. Minha boceta apertou com um espasmo involuntário. Sem fôlego, retirei meu dedo. Meus pulmões queimavam enquanto eu ofegava com força. Eu queria tocar meu clitóris. Circular com aquele dedo molhado até gozar. Mas a voz de Ash ressoou em minha mente. Seus orgasmos são meus.

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Em vez disso, eu trouxe aquele dedo tremente aos meus lábios, deslizando minha essência sobre minha boca. Eu estava tão ligada. E triste. E confusa. E frustrada. Porque talvez eu não me sentisse tão necessitada agora se Ash tivesse me fodido antes do trabalho. Soltei um grunhido frustrado e saí da cabine, lavando as mãos antes de sair do banheiro e ir para o escritório dele. O tio Rich virou a esquina. Eu ofeguei e girei para escapar dele. Não, não, não… não agora. Não com a porra dos meus lábios cheirando a boceta. — Nuh-uh. — ele repreendeu, sua voz alta me impedindo no meio do passo. — Luciana Blair Rodriguez, traga sua bunda de volta aqui agora. Ah inferno. Ele me nomeou. Ele me chamou no meu horário de almoço no trabalho. Eu girei e sorri para ele docemente. — Sr. Blair. — eu disse, minha voz firme. — O que posso fazer para você? Seus passos se atrapalharam, apenas o suficiente para que eu percebesse, e rapidamente ele recuperou a compostura, dando alguns passos largos antes de estar na minha frente. Meu olhar foi para a porta aberta do escritório de Ash, a apenas alguns metros de distância. — Você tem me evitado. — disse ele. Ele não estava gritando nem nada, mas também não estava sussurrando. Eu limpei a garganta e olhei por cima do ombro. Ninguém estava por perto, isso eu poderia dizer. — Não, eu não tenho. — Eu tentei cobrir minha boca com a mão enquanto falava. Era como cheirar álcool na respiração de alguém? Ele saberia no segundo em que se aproximasse de mim que meus lábios cheiravam a sexo? Meu estômago se virou com o pensamento.

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— Lucy. — ele sussurrou. Mesmo que estivesse calmo, sua voz era afiada como a ponta de uma faca. — Mandei mensagem para você três vezes desde ontem e liguei uma vez para tentar falar sobre o que aconteceu. — O que aconteceu ontem? — Com o Ash? Oh Deus. Ele sabia. Como ele sabia? — Sim. — ele disse, sua voz ainda severa. — Você sendo a substituta. — Eu soltei o ar que estava segurando. Está certo. Ele entrou na cena de stand-in quando Ash estava me espancando. Oh! Graças a deus. Ele não sabia. Ele não sabia de nada. — E você não respondeu nenhum dos meus textos ou ligações. Então, olhe... nós podemos fazer isso no meu escritório depois do trabalho. Ou aqui no meio do corredor para qualquer um ouvir. Engoli. Merda. — OK. Olha, isso foi uma única vez. Eu estava fazendo porque os sustitutos não vieram. Realmente não precisamos de uma reunião sobre isso. Ele não disse nada por longos trinta segundos. — Tudo bem. — disse ele, finalmente. Mas suas narinas dilatadas o entregaram. Era tudo menos bem. E ele não seguiu em frente. Ele não se afastou nem continuou no corredor. E eu seria amaldiçoada se eu deixasse ele me ver entrando no escritório do Ash sozinha. Fale sobre uma bandeira vermelha. — Lucy. — ele sussurrou meu nome novamente e manteve a mesma tensão de quando eu tinha dez anos e fui pega comendo os biscoitos de escoteira que eu deveria vender de porta em porta. Merda de biscoitos. Eles me pegam o tempo todo. — O que? — Eu respondi, pressionando meus lábios juntos. — Você é... você e Ash... — Sua voz quebrou. Ele não podia nem dizer isso. Não foi possível terminar a pergunta.

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Eu inclinei minha cabeça. Bem, eu não ia facilitar para ele. Em vez disso, abaixei minhas sobrancelhas em confusão. — Eu e Ash... o quê? Ele balançou a cabeça, parecendo se livrar de qualquer pensamento que tivesse entrado em sua mente sobre um relacionamento entre mim e Ash. Ou... não-relacionamento. Seja o que for que diabos somos ou fomos. — Nada. — disse ele. — Só... você se lembra do que eu disse sobre Ash, certo? — Sua voz era tão baixa que eu tive que me esforçar para ouvi-lo. Eu balancei a cabeça. — Sim eu lembro. Ele é um playboy. — É mais que isso, Lucy. Ele está... Ash está quebrado. — Eu esperei por mais explicação, mas nunca veio. Quebrado. Eu já sabia disso, não sabia? A maneira como ele se afastou de mim esta manhã quando estávamos prestes a fazer amor. Merda. Não. Não faça amor. Porra. Assim quando estávamos prestes a foder. Mas esse sexo na noite passada? Isso não parecia ser foda. Em absoluto. — De qualquer forma. — tio Richard deu um passo para trás e acenou com a mão como se pudesse limpar o ar do que acabara de dizer. — Eu devo ter me enganado. Por uma fração de segundo, eu poderia jurar que Ash estava se referindo a você. — O tio Rich riu de um jeito que não era para ser insultuoso... mas foi. Ele estava rindo como se o pensamento de Ash estar comigo fosse ridículo. Espere... ele pensou que Ash estava se referindo a mim? Isso significa... Oh meu Deus. Ash foi falar com meu tio sobre o nosso relacionamento pelas minhas costas? Meu rosto ficou vermelho e quente e graças a Deus, tio Richard não estava mais prestando atenção em mim. Ele já tinha batido a mão suavemente no meu ombro quando passou por mim e desapareceu no corredor.

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Pensamentos giravam na minha cabeça como um redemoinho pronto para me afogar em minha própria mente hiperativa. Ash estava quebrado. Ele estava falando com o tio Rich sobre mim... o que parecia ir contra a mesma conversa que tivemos na noite passada, onde concordamos em esperar trazer o RH para isso. Entrei no escritório de Ash com uma nova determinação e bati a porta atrás de mim. — Que diabos, Ash? Ele pulou de onde estava sentado em sua mesa, um sanduíche meio comido em um prato ao lado dele. Depois que ele aparentemente se estabeleceu, olhando ao redor da sala, seu olhar se estreitou em mim. — Cuidado com isso, baixinha. Podemos estar no trabalho, mas isso não significa que eu não possa puni-la mais tarde. — Nuh-uh. — eu disse, levantando um dedo me aproximando de sua mesa. Quem diabos era eu agora? Quem era essa garota que estava colocando o dedo no rosto de seu chefe e amante? — Não puxe sua porcaria Dom em mim agora. Eu acabei de me deparar com... — Eu parei, pegando meu quase deslize, ia dizer meu tio. — Sr. Blair. — eu me recuperei. Embora essa recuperação não tenha me ajudado muito. — Ah, sim? — Ash empurrou. Porra. Certo. Eu não deveria conhecer Richard. Por que ele iria me parar ou suspeitar que eu era o novo brinquedo de Ash da semana? — Então... pareceu por um breve momento... ele pode suspeitar de algo entre nós. Ash se levantou, deu a volta na mesa se encostando nela, de frente para mim. — Por que ele suspeitaria de você? — Ash perguntou. Porra. Deixe ir, Lucy, uma vozinha disse dentro de mim. — Eu não sei. — eu resmunguei, mentindo. — Parecia que ele

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estava olhando se eu ia entrar em seu escritório agora. E eu tive que esperar ele sair para entrar. Ash levantou uma sobrancelha. — Entrar? Mais como invadir. Eu bufei um suspiro. — Você disse a Rich sobre nós? — Sim e não. Aquele fusível raivoso que acendeu em mim antes? Bem, agora explodiu como uma banana de dinamite. — Qual deles… sim ou não? — Perguntei a ele sobre a renúncia de assinar o contrato de consentimento e como é importante ter algo arquivado no RH. Eu nunca mencionei você pelo nome. Tudo o que eu disse foi que era uma funcionária da Silhouette que não queria que sua identidade fosse revelada porque ela não queria parecer que o nepotismo era a razão pela qual ela estava indo bem em seu trabalho. Eu apertei meus olhos fechados. Boom. É por isso que o tio Rich suspeitou de mim. Era praticamente a mesma razão que eu lhe dera por não querer que ninguém soubesse que ele é meu tio. Eu poderia dizer a Ash a verdade que Richard Blair era meu tio. O que importava neste momento se ele soubesse ou não? Isso realmente tornaria minha vida muito mais fácil. Embora dormir com a sobrinha do chefe possa ser demais até mesmo para Ash. Ele está quebrado. Meus olhos caíram para o anel no mindinho de Ash. Por favor, me diga, eu implorei sem palavras. Eu precisava que ele se abrisse para mim. Mesmo que seja só um pouquinho. — Eu gostaria que não estivéssemos aqui no trabalho. — disse Ash.

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Meu olhar foi para o dele. — Não? — Não. Eu gostaria que estivéssemos no clube. Então eu poderia te curvar, amarrar seus pulsos aos seus tornozelos e espancar sua bunda até que ficasse cru pelo jeito que você invadiu, gritando comigo. Meu rosto corou e suor pontuou contra a minha testa. Eu também queria isso. Tanto que eu poderia provar. — Se não fosse essa regra irritante de nada de sexo no trabalho. — Ash disse, sua respiração quente quando ele se elevou sobre mim. Eu não queria admitir que queria isso também. Que eu queria estar debruçada sobre sua mesa dele, aqui e agora, e queria que ele possuísse cada parte do meu prazer e dor. Em vez disso, eu engoli e inclinei meu queixo um pouco mais alto. — Sim. Pena que meus objetivos de carreira estão bloqueando você. Mulheres irritante e nosso desejo tolo de igualmente no local de trabalho, certo? Eu esperava ver sua expressão escurecer. Mas, em vez disso, um sorriso formou seus lábios carnudos e enrugou seus belos olhos azuis. Minha boca ficou seca de repente e eu lutei contra o desejo de dar um passo para trás dele sob aquele olhar penetrante. Ah, eu ia recuar depois. Da próxima vez que estivéssemos sozinhos, eu pagaria por isso. E se eu estivesse sendo honesta comigo mesma, talvez esse foi o motivo eu disse isso. Um arrepio de prazer desceu pela minha espinha. — Baixinha, isso não tem nada a ver com seus objetivos de carreira. Você pode ser tanto uma mulher poderosa dentro dessas paredes quanto uma pequena pervertida que ama a dor mordaz de uma boa foda no quarto. — Ele fez uma pausa, de pé em cima de mim e inspirou lentamente, seus lábios se curvando em um sorriso perverso. Inclinando-se, ele passou a língua pelo meu lábio inferior e eu estremeci,

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abrindo meus lábios, oferecendo-os para ele. — Boa menina, baixinha. Eu disse que minha boca estava seca? Sim. Agora, era o maldito Sahara lá dentro. Porque toda a umidade do meu corpo tinha inundado entre as minhas pernas, provavelmente me deixando perigosamente desidratada. Nota para mim: mantenha a garrafa de água na mão ao redor de Ash. Ele não me beijou, no entanto. Quase como se ele não me desse a satisfação. — Mas dentro dessas paredes eu não sou uma submissa safada. — eu disse, minha voz tremendo. — O cheiro dos seus lábios me diz outra coisa. — disse ele. E mesmo que ele não estivesse sorrindo, havia uma curva sutil e presunçosa de seus lábios. — Eu sou uma assistente de figurino. — eu continuei, sem saber quem eu estava tentando convencer agora - ele ou eu. — Eu sou sua assistente de figurino — Você é de Jon e Kelly agora. Não minha. — De qualquer forma, você ainda é uma posição mais alta nessa empresa. Então sim. Dentro dessas paredes, vou exercer meu direito de manter minhas pernas fechadas. Outro sorriso se contraiu em seus lábios. O que diabos foi o seu acordo? Qual era o seu jogo final aqui? — Mas você ainda gostaria de continuar fora do estúdio, certo? Eu congelo. Inferno sim, eu queria continuar. Mas depois desta manhã... o jeito que ele nos parou quando estávamos prestes a fazer sexo, ele queria continuar? Ele estava procurando uma saída? Ansiedade e insegurança lutaram no meu peito.

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Ele inclinou a cabeça, seus olhos suavizando. — Não é uma pergunta capciosa, baixinha. Você pode responder não, se mudou de ideia. Sem consequências. — Você mudou sua mente? — Eu perguntei, minha voz mais estridente do que eu pretendia. — Não. — ele respondeu rapidamente. Quase sem pensar. — Oh. — Bem… isso foi reconfortante. E um pouco inesperado. Ele estava em todo lugar. — Então... posso te perguntar por que você se afastou de mim esta manhã? Emoção provocou em seus olhos e ele lambeu os lábios antes de responder. — Porque eu não compartilhei minha cama com uma mulher desde que minha esposa morreu há cinco anos. Bem... merda. Essa era a honestidade que eu estava desejando. Secretamente implorei isso para ele. E se houvesse alguma razão decente para se afastar... bem, isso era muito bom. — Agora, a sua vez. — disse ele. — Você gostaria que continuássemos nosso relacionamento fora do escritório? — Sim. Eu quero continuar nosso relacionamento. Mas… odeio admitir… quando você se afasta de mim emocionalmente, isso desencadeia minhas inseguranças. — Não acrescentei que essas inseguranças foram provocadas pelos meus problemas de abandono e pela minha mãe. — É difícil para mim quando você faz isso sem explicação. Ele assentiu pensativamente. — Compreensível. Vou me esforçar mais para me comunicar com você. — Então, virando, ele pegou alguns papéis de sua mesa, entregando-os para mim.

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Contrato de Consentimento Silhouette Studios. Eu li a fonte em negrito superior. — Eu pensei que tínhamos deixado isso por enquanto. — Eu disse, acenando ao redor, meu punho cerrado, enrugando o papel entre minhas juntas. — Nós o deixamos ontem à noite. — ele disse, sua voz calma, mas firme. — E agora precisa ser falado de novo. Para sua segurança aqui no local de trabalho. E minha segurança, precisamos assinar. Mesmo depois de assinar, nós simplesmente os guardamos ou damos uma cópia a um amigo de confiança que também trabalha aqui. Nós não temos que arquivá-los com o RH se você não quiser, mas pelo menos teríamos uma cópia no caso de algo dar errado. Não assinar nada é uma má decisão. — E como eu sei que você não irá ao Sr. Blair pelas minhas costas de novo? Como eu sei que você não vai arquivá-los sem que eu saiba? Ash inclinou a cabeça para mim. — Embora não nos conheçamos há muito tempo, espero que você saiba que eu nunca faria isso. Fui a Rich hoje para descobrir mais informações sobre a situação, para honrar seus desejos e ainda proteger a nós dois. Eu não estava indo pelas suas costas. Ele estava certo. Era a escolha inteligente. A escolha racional. Mas as palavras do tio Richard no corredor estavam no meu estômago como se fosse comida chinesa, roncando e girando lá dentro enquanto eu as digeria. Ash estava quebrado. E o tio Rich deixara dolorosamente claro que não me queria em nenhum lugar perto do homem. — Assine baixinha. — ele sussurrou, estendendo a caneta para mim. Me senti como Eva sendo persuadida a dar uma mordida na maçã. Meu telefone tocou no meu bolso de trás, me tirando atenção. Com um rápido olhar, vi que era Kelly.

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Onde diabos você está? O almoço terminou há dez minutos! — Porra. — eu murmurei, empurrando meu telefone de volta no bolso. — Agora estou atrasada. Porque você enfiou essa papelada estúpida de submissa debaixo do meu nariz durante o horário de trabalho. — Eu peguei a caneta da mão dele e joguei na sala. Atingiu a mesa de bar em madeira de cerejeira no canto, mas o som da caneta na madeira não era tão satisfatório assim. Eu gostaria de ter jogado algo maior. Mais pesado. Como... meu sapato. Sim, teria sido bom quando batesse na parede com um baque gratificante. Mas então eu estaria descalça. Shoeless Luce21. O olhar de Ash escureceu. Aqueles olhos azuis se aprofundaram como um oceano pouco antes da tempestade e sua boca que tinha sorrido divertidamente, agora estava definida em uma linha dura. — Você vai se arrepender disso. — disse ele. — Uma vez que estamos além dessas paredes. — O inferno eu vou. — eu disse e pisei na porta. E eu quis dizer isso porque era o fato de eu ter me mantido firme ou o fato de que sabia que apreciaria a punição por jogar a caneta mais tarde. Eu não me arrependi. Nem por um maldito segundo.

21

Ela faz uma brincadeira para um nome de loja: Luce Sem Sapatos

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CAPÍTULO DEZESSETE

Ash — AINDA não está certo. — gritei, apontando para a mesa de spaking no centro do quarto. Amanhã vamos filmar uma cena no quarto de jogos de Leo, sua masmorra BDSM. Mas Leo tem uma caracteristica meticulosa. Completamente no controle. E aquela mesa estúpida parecia uma ferramenta de ginástica para o técnico ensinar equilíbrio. O quarto era bege e praiano. O que poderia funcionar para algumas personalidades Dominantes. Mas não Leo. Ele não teria um quarto de jogos bege. Ele não teria um quarto de jogos praiano. Essa estética não estava funcionando. — E se eu mudar para cá? — Helene, nossa cenógrafa perguntou, apontando para o canto. Eu balancei a cabeça. — Não é onde está. É o design. Eu sinto que não é o que discutimos. — Do que você está falando? Isso é exatamente o que discutimos. — ela disse, sua voz acentuada levantando uma oitava. — Exuberante. Leve. Ambiente aberto. Merda. Nosso encontro deve ter deixado muita coisa aberta para interpretação. Olhei ao redor com uma visão diferente e, tecnicamente, ela estava certa. Sua versão do quarto de jogos não estava completamente fora das palavras que eu usei. — Mas e as placas visuais que lhe enviei? Eu pedi vermelho, marrom, mogno e veludo. Não turquesa e branco com incrustações de madrepérola. — Passei a mão pela mesa de spaking pintada de branco. Então, com um suspiro, coloquei uma das minhas mãos no meu quadril e usei a outra para esfregar meus olhos. Quando os abri

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encontro os olhos castanhos aveludados de Lucy do outro lado da sala. Ela olhou rapidamente para longe, suas bochechas corando. Eu não pude evitar um sorriso apesar da noite frustrante. Quem cora com um contato visual depois que já se viram nus? Foi carinhoso como o inferno e eu fui cativado pela maneira como ela se virou. Ela ficou na ponta dos pés, pendurando alguns figurinos em ganchos na falsa parede, luxuosos roupões de seda e uma camisa de smoking que Jude usaria no meio da cena de amanhã. Suas curvas suaves estavam polvilhadas em um tom azul por causa das luzes de trabalho e pouca iluminação. Quando seus óculos deslizaram pela ponte do pequeno nariz, ela os pegou, empurrando-os de volta com o dedo. Eu queria aquele dedo entre meus lábios. Eu queria chupá-lo antes de forçá-la a mergulhar dentro de sua boceta. Eu queria beliscar sua carne e vê-la ficar vermelha. Eu queria vê-la montar na própria mão, moer contra a minha boca. Eu queria pegar aqueles perfeitos lábios de pétalas de rosa. Eu gemi quando meu pau se contorceu. Desde quando isso acontece? Desde quando eu não tenho controle sobre o meu pau, desde quando tinha dezessete anos de idade? Desde quando a visão de tarefas mundanas como pendurar trajes me deixa mais duro do que um cachimbo de chumbo? Eu costumava fazer você ficar duro quando eu dobrava a roupa, a voz de Brie dizia na minha cabeça. Fechei os olhos, por nenhuma outra razão senão parar de olhar para Lucy. Isso foi diferente, pensei. Nós estávamos apaixonados. Você poderia estar cutucando seu nariz e eu ainda teria pensado que você era a coisa mais sexy da Terra. Nada. Nenhuma resposta para isso. Uma dor fraca e quente cortou meu peito. Eu cerrei meus punhos, querendo causar dor. Empurrar o que eu estava sentindo para fora.

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Fazer alguém assumir essa situação de mágoa e queimação no meu lugar. Como se fazer minha submissa chorar enquanto bato na bunda dela de alguma forma faria minha dor interior diminuir. Eu engoli em seco. Um alcatrão preto de ódio me invadiu, eu me odiava. Quem eu me tornei depois que Brie morreu. Brie teria me amado como sou hoje? Sim, eu gostava de bater nela no fim do dia. Eu gostava de amarrar suas mãos e estar no controle. Nós até gostávamos de sadomasoquismo juntos. Mas eu não precisava disso. Até que ela morreu e eu senti uma necessidade incessante de dominar. Causar dor. Estar no controle. E essa foi a principal diferença. O Dominante que eu fui antes era porque eu gostava e ela também. Mas eu não precisava disso como preciso agora. Eu não era viciado nisso da mesma maneira que sou agora. Eu sou realmente diferente de um alcoólatra ou um viciado em heroína neste momento? Toquei o anel de Brie, apertado no meu mindinho depois de um longo dia de trabalho, e abri meus olhos. Meu telefone tocou e eu puxei para fora, vendo o lembrete que eu tinha definido para mim mesmo para corrigir a programação da próxima semana. Merda, já passava das onze. Minha pobre equipe iria me odiar se eu continuar trabalhando dezoito horas por dia. Com certeza, mandei a maior parte da equipe para casa às nove, mas Jon, Helene e eu ficamos para preparar o show de amanhã. — Vamos encerrar a noite. — eu disse. Eles trocaram olhares antes que Helene respondesse: — Mas isso não esta feito... — Eu sei, eu sei. Nós vamos terminar de manhã. Teremos tempo enquanto Jude e Marly são maquiados. — Eu suspirei e olhei ao redor. Mesmo se trabalhássemos a noite toda, eu não sabia se poderíamos mudar esse cenário para caber na personalidade de Leo.

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Helene não esperou que eu dissesse duas vezes. Ela correu para a bolsa perto da porta e foi embora em instantes. Jon encolheu os ombros e se dirigiu para a porta, parando quando não o segui. — Você não vem? Eu fiquei lá, ainda olhando para o set. — Eu estarei bem atrás de você. Não se preocupe, vou trancar tudo. Jon assentiu, depois saiu pela porta também. Eu atravessei o set, circulando a mesa de spaking. Leo usaria um desses? Era volumoso, difícil de mover e quase medieval em seu desenho, cores à parte. Enquanto o personagem de Leo era sofisticado. Mundano. Essa coisa era tudo menos isso. Ele gostava de bater, mas ele amava a afirmação de Dominância... não a dor em si. Eu tinha aprovado as peças individualmente, claro. Mas vê-los todos juntos não estava funcionando. — Tudo isto está errado. — eu disse a mim mesmo, balançando a cabeça. — O que há de errado? Lucy. Eu olhei para cima para encontrá-la de pé em frente a porta fechada do estúdio. Uma pilha de tecidos cobria seus braços esguios, as pontas das unhas pintadas espreitando por baixo das dobras de cetim e seda. Eu engoli em seco, apontando para a mesa de spaking. — O quarto inteiro eu acho. Mas definitivamente isso. — O que é isso, afinal? — Ela franziu o nariz, cruzando o quarto até mim. — Parece uma bancada de trabalho para um carpinteiro ou algo assim. Exceto... que branco. — Meus pulmões se apertaram quando ela se aproximou. Ela colocou os tecidos sobre a mesa no canto e seu ombro roçou o meu enquanto ela arrastava as pontas dos dedos pela mesa pintada de branco. Fechei meus olhos, lembrando seu corpo nu embaixo de mim. Eu ainda podia sentir seu doce mel na minha língua.

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Ainda podia sentir o jeito que seu pequeno corpo se contorcia sob o aperto que eu tinha em suas mãos. Eu ainda podia sentir o martelar de seu pulso nervoso quando deslizei dentro de sua boceta molhada pela primeira vez. O que quer que seja que ela fez comigo? Eu precisava quebrar. Eu precisava cortar o cordão que nos amarrava. Nós ainda poderíamos ser parceiros de BDSM. Pelo menos a curto prazo. Mas o coração, porra? Isso precisava parar. Fazer amor era reservado apenas para uma mulher, Brie. E ela foi embora. O raio não acerta duas vezes o mesmo lugar. Não posso acreditar que contei a Lucy sobre Brie. Mesmo que eu tenha dito apenas uma coisa, uma declaração sobre a morte dela era mais do que eu havia revelado para alguém além de Jude. Eu pensava em Brie o tempo todo. Eu simplesmente não vi a necessidade de falar sobre ela. Lucy estava me mudando. E eu não tinha tanta certeza de que fosse para melhor. Porra. Eu precisava foder a Lucy, e não foder o coração dela. Mostrar a ela o BDSM. A brutalidade e prazer subsequente que vem da dor. — Bem. — eu disse, segurando seu quadril e puxando-a para trás do banco. — É uma mesa de spaking. E ficarei feliz em mostrar a você como usá-la. — Ainda estamos no trabalho. — Estamos no trabalho. Mas não estamos trabalhando. — Lá-lá-lá... — ela cantou, então me olhou com cuidado. — Pensei que você não estaria ao meu alcance até que eu assinar o contrato de consentimento. Minha garganta se contraiu, o fluxo de ar ficou pesado, mais difícil de engolir. Sim, esse era o plano. Até que eu a vi. Agora o plano era tê-la de qualquer maneira que eu pudesse.

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Por mais que eu gostasse de fingir que estava no controle, em torno de Lucy, eu estava perdendo rapidamente o controle. E eu odiei isso. Eu odiava isso. Um sorriso tímido levantou os cantos de sua boca e ela circulou o quarto quase pronto que Helene, Jon e eu estávamos construindo. — Kelly ainda está aqui? — Eu perguntei. Ela balançou a cabeça negativamente. — Ela foi para casa horas atrás. Eu tive que terminar a preparação do traje para amanhã. E acabei de ajeitar o terno de Jude. — Olhou para a mesa de spaking. — Ou pelo menos eu estava. Mas está claro que você precisa de ajuda com isso. Minhas sobrancelhas se curvaram. — O que você acha que precisa? Ela levantou as duas mãos. — Ok, olha… Eu sei que sou nova no BDSM e tudo, mas isso parece estranho pintado de branco. Na verdade, não me importo com a incrustação de madrepérolas se estiver contra uma madeira ou tecido mais escuro. Simplesmente não parece muito... 'Leo' para mim. Exatamente meus pensamentos também. Eu estava trabalhando nessa questão. — Mas o que eu posso fazer? Não é como se tivéssemos tempo para repintar as paredes ou construir uma nova mesa de spaking. Ela encolheu os ombros. — Não temos tempo para repintar ou reconstruir, mas podemos ser capazes de trazer elementos mais apropriados para Leo, para que não seja tão chocante. — Como o quê? Ela se inclinou para trás, examinando com olhos estreitos e mordiscou o canto de seu lábio inferior. Eu queria morder o seu lábio inferior. Então, ela piscou por trás dos

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óculos e circulou a mesa, olhando atentamente. — É muito… alegre. Leo é sensual. Ele é exuberante e sexy e o quarto é muito suave e impessoal para a personalidade de Leo. Poderíamos trazer aquele divisor de quarto que você cortou para o quarto de Leo. É grande de cerejeira com entalhes intricados. Isso vai adicionar contraste ao quarto. — Essa é uma ótima ideia. — eu disse, meus lábios se contorcendo. Uma ótima ideia, talvez eu devesse ter pensado nisso sozinho. — E há grandes cortinas na cor vinho no departamento de figurinos. Elas serão perfeitos para enquadrar as janelas. — Perfeito. — eu repeti. — E... — ela arrastou a palavra mais tempo e bateu o dedo no nariz. Ela se endireitou, revirando os ombros para trás e eu pude praticamente ver a lâmpada acender em sua mente. — E o que? — Eu cutuquei. Eu estava tendo ideias próprias, mas eu adorava ver as dela. Eu adorava ver a centelha de criatividade e o fogo dentro de Lucy. Ela correu para os tecidos que carregara, segurando um veludo vermelho profundo, uma seda magenda, seda preta e um cetim verde escuro. Em um zumbido de tecido e alfinetes de segurança, ela se inclinou em volta da mesa de spaking, trabalhando. Eu a observei com admiração, piscando enquanto ela segurava cada tecido cuidadosamente no lugar, em seguida, recuou para admirar seu trabalho. Ela cruzou os braços, sorrindo, e deu um único aceno de cabeça. — Assim esta melhor. Ficou mais sexy. As incrustações de pérola ainda se destacam, mas combinam melhor com os tecidos. E olhe... — Ela deu um passo para frente, agarrando dois lenços de seda em cada extremidade. — Você pode usá-los para restringir Holly durante as cenas. Aumentar o fator de

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controle amarrando seus pulsos. A seda é muito mais sexy do que as alças de couro da mesa. Eu olhei para ela com cuidado, me aproximando e passando as mãos pelos tecidos. Era... era perfeito. As diferentes cores e texturas trabalharam juntas magicamente. A visão de Helene era linda, só não ressoou em mim, o que é minha culpa por não ter verificado antes. Lucy, por outro lado, me entendia em um nível mais profundo. Um nível que talvez ninguém mais pudesse. — Eu tenho aquela grande instalação de arte de madeira recuperada em meu escritório. Funcionaria muito bem contra essa parede. — E aposto que poderíamos encontrar uma grande estante escura para preencher o outro espaço. — acrescentou ela. — Pode ser onde Jude tem seus brinquedos organizados. Eu recuei, olhando o quarto com as novas ideias em mente. — É muito melhor. E com correções fáceis e baratas que nos manterão dentro do orçamento. Lucy se inclinou, puxando os tecidos agora presos a mesa de spaking. — Vou ter que costurar isso amanhã de manhã antes das filmagens, mas por enquanto, você tem a ideia. — Você não precisa fazer nada. Helene e sua assistente cuidam disso. — Andei ao redor da mesa e passei a mão pela barba por fazer, a textura áspera como velcro. — Se a câmera está aqui. — eu disse, apontando para a outra direção, — Então não vamos ver a mesa. Mas nós podemos fazer um close-up do rosto dela, na mesa, do rosto de Leo... então talvez um tiro largo de toda a sala. — Eu balancei a cabeça confirmando meus pensamentos. Isso ia ser lindo. Elegante, mesmo. Eu nem me importava tanto com as paredes bege se escurecesse o quarto com acessórios. Atrás de mim, senti Lucy pressionar contra minhas costas, suas mãos deslizando pelos meus braços e apertando

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meus bíceps. — Você precisa ver como fica? Com alguém inclinado sobre ele? Bem, olá pau. Eu fiquei imediatamente duro com a pergunta dela e ergui uma sobrancelha. — Você está se oferecendo? Ela ajeitou os óculos e deu de ombros sem compromisso. — Se isso te ajudar a preparar as filmagens de amanhã, não me importo. Não pode ser pior do que Ben nos fez fazer como substitutos no domingo. Eu me virei para encará-la e notei o jeito que seus seios engataram com sua respiração forte. — Diga o que mudou? — Eu exigi. Ela tinha meu pau duro. Minha luxúria por ela queimava, mas eu poderia ir embora se ela não me desse escolha. Se ela não me respondesse honestamente. — Por que você está de repente disposta a se oferecer para mim no trabalho quando horas atrás você estava veementemente contra isso? Sua mandíbula apertou e ela piscou por trás dos óculos. — Deixe-me fazer uma pergunta em troca... você prefere voltar para sua casa? Eu respirei fundo, a dor cortando o meu peito e estremeci com a pergunta. Quando não respondi, as sobrancelhas dela saltaram mais alto. — E o meu apartamento? Você gostaria de ir para lá? Porra. Foda-se. Eu não tinha dito a ela sobre o que aconteceu lá, o apartamento de Brie também era tão doloroso. — É o que eu pensei. — ela sussurrou. — Então, se não vamos para sua casa. E não vamos para o meu apartamento. E o LnS precisa de tempo para processar meus contratos...

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isso não nos deixa muitas opções. A menos que você queira experimentar em meu carro? Eu soltei uma risada. — Você quer dizer sua lata? — Isso definitivamente estava fora de questão. Mas apesar do momento de humor, eu sabia o que era isso. Eu precisava cortar ela da minha vida. Como um câncer, eu precisava me afastar dela porque eu iria destruí-la. Mesmo que eu não quisesse. Mesmo que eu nunca tivesse intenção de machucála, eu sabia que iria. — Lucy. — eu disse, minha voz firme. — Se eu te foder, não vai ser tenro. Eu não sou doce, eu estou... — Eu sei. Eu nunca gostei muito de doce de qualquer maneira. Eu inclinei minha cabeça para ela. Nós dois sabíamos que era uma mentira ousada. Eu só a conhecia há alguns dias, mas Luciana Rodriguez amava sobremesas e o fato de que ela estava reivindicando mereceria uma punição por mentir. Ela empurrou na ponta dos pés e roçou os lábios levemente nos meus, deixando meus nervos em chamas. Eu deslizei minhas mãos por suas costas, apertando sua bunda com força nas minhas mãos. — Mentirosa. — eu disse contra sua boca e dei-lhe um tapa brincalhão na bunda. Seu sorriso se alargou. — Só queria ver se você estava prestando atenção. Oh, eu estava prestando atenção. Em tudo, das bochechas coradas, aos mamilos duros, ao modo como a voz dela tremia quando estava excitada e os joelhos trancados quando estava nervosa. Seu corpo era como uma língua estrangeira e eu era um estudante astuto, tornando-me fluente nele.

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Eu a queria. Eu a queria tanto. Mais uma razão pela qual eu não deveria me deixar tê-la. Era uma tortura. — Não podemos. — eu disse, recuando. Suas mãos deslizaram para longe de mim, deslizando sobre a pele dos meus braços enquanto eu recuava. — O que? — Ela retrucou. — Por quê? — Eu não posso até que você assine esse contrato de consentimento. — eu disse. Não havia muitas coisas das quais eu era responsável, mas isso? Isso eu tinha que ser. Eu já estava fodendo a coisa toda. Eu não poderia colocar nós dois em risco assim. Eu sou o maldito Dom. Eu preciso ser o único a guiá-la através dos passos apropriados. E porque trabalhamos juntos? Eu não poderia estar com ela novamente até que ela concordasse em assinar. Especialmente no nosso local de trabalho real. Ela suspirou, lambendo os lábios carnudos com um rápido movimento de sua língua. — É tão importante para você? Eu balancei a cabeça. — Deveria ser para você também. Seus olhos se fecharam, brevemente mascarando a rica cor marrom. — Tudo bem. — disse ela. Meu coração pulou. — Ok? — Sim. Ok. Eu assino. Mas eu não quero arquivar a papelada ainda. Eu vou segurar minha cópia. Você segura a sua. E também não quero que você mostre para alguém aqui no estúdio. Mas eu assinarei. Eu respirei um suspiro pesado de alívio. — Onde estão os papéis? Porra. — No meu escritório.

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Ela deu outro sorriso malicioso. — Bem, poderíamos talvez, apenas talvez, assiná-los… depois? Estamos falando da diferença de quinze minutos? — Quinze minutos? — Eu rosnei. — Mulher, quem você pensa que sou? — Quinze minutos, minha bunda. Ela sorriu para mim. Provocando. Ela estava me provocando. Oh, baixinha. Você vai pagar por isso. — Ninguém mais está aqui, está? Eu balancei a cabeça. — Não, ninguém. — Eu me afastei dela, correndo para a única porta do estúdio e a tranquei, acendendo a luz Em Uso do lado de fora que indicava que ninguém podia entrar. Não que eles pudessem entrar com a porta trancada. Mas não doia ser mais cauteloso. Eu podia me sentir escurecendo como o quarto enquanto apaguei as luzes, deixando apenas a luz azul do trabalho. — Roupas fora. — eu exigi, minha voz áspera e rouca. Ela olhou para mim enquanto lentamente tirava sua camiseta e apertou o botão de seu jeans. Lentamente. Dolorosamente devagar, ela chutou uma sandália. Depois a outra. Eu adorava fazer uma mulher tirar a roupa para mim. Amava o poder de fazê-la derramar cada camada de roupa para os meus olhos e minha satisfação. A maioria das mulheres com quem eu estava não tentou esconder seus corpos ou fugir de mim como Lucy fez. Ela estava nua, segurando a camisa sobre o corpo seminu, como se um pedaço de algodão pudesse protegê-la. — Tira mais rápido. — eu rosnei, e em apenas alguns passos fiquei na frente dela, pressionando-a contra a mesa de spaking recém-drapeada. Ela engasgou quando sua bunda se conectou com ele e saiu de seus jeans e sutiã mais rápido do que antes. Uma vez nua, ela ficou ali esperando.

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Nervosa. Ela correu as mãos para cima e para baixo em seus braços, embora não estivesse muito frio no estúdio. — Ash. — ela disse baixinho. Eu inclinei minha cabeça. — Não se segure. — ela sussurrou. Puta merda. Excitação deslizou pelo meu corpo. Três pequenas palavras que tinham meu coração batendo e meu corpo suando com antecipação. — Você não quer dizer isso. — eu rosnei. — Você não sabe o que está dizendo. — Eu sei. — disse ela. — Eu tenho minhas palavras de segurança. Eu sinto como se estivesse me envolvendo nisso. Eu mergulhei meu dedo com você ontem a noite, mas... eu preciso saber. Precisamos saber se estamos perdendo tempo aqui. Então... me dê. Me mostre o que diabos você quer dizer quando diz que há prazer na punição. Meu pulso disparou, batendo mais rápido contra a minha caixa torácica e meu pau estava duro pra caralho. Eu queria afundar dentro dela. Queria engolir seus gemidos de dor e deixá-los regar minhas sementes de desespero. — Você não está pronta. — Eu estou. Ou pelo menos, tão pronta como sempre estarei. Ash… eu me vejo fazendo coisas simplesmente para que você me castigue. Eu invadi seu escritório sabendo que isso resultaria em algo deliciosamente ruim esta noite. Por que eu faço isso? Eu andei para frente, fechando o pouco espaço entre nós. — Você almeja as punições. — eu sussurrei. Ela assentiu, embora não fosse realmente uma pergunta. — Você quer dor? — Acho que sim. — ela gaguejou. — Quais são suas palavras de segurança? — Eu perguntei. Merda, minha voz era áspera. Como um corpo sendo arrastado pelo cascalho.

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Seus olhos se arregalaram. — Você, você não lembra? Enrolei seu cabelo em volta do meu punho e com um puxão forte puxei sua cabeça para trás. — Não lhe peço que repita para o meu benefício, baixinha. É porque às vezes no momento, as submissas podem esquecer suas próprias palavras de segurança. Então eu quero que você as repita. Agora mesmo para mim. Seus olhos se arregalaram em reconhecimento. — Oh. Vermelho. — ela disse. — Essa é a sua única palavra de segurança? — E... amarelo. — Verde para sim. Vermelho para parar. Amarelo para diminuir a velocidade. — eu disse para ela, persuadindo-a a repetir comigo. Ela repetiu as palavras rapidamente, antecipação grossa em sua voz. — Continue. — eu insisti. — Continue repetindo. E não se atreva a gozar. Quando ela fez, eu abaixei minha boca para o pescoço dela, chupando e mordiscando sua pele sedosa de alabastro. Quando cheguei ao mamilo, ela engasgou, arqueando o peito contra a minha língua. Eu fui recebido com silêncio e puxei minha boca de onde estava presa em seu mamilo. — Eu não te ouço. — eu rosnei. — V-vermelho para parar. Verde para sim. Amarelo para diminuir a velocidade. Melhor. Eu lambi suas costelas e mergulhei minha língua em seu umbigo, seu estômago macio tremendo com uma respiração quebrada. Suas palavras tropeçaram umas nas outras, mas ela continuou repetindo-as como uma boa menina. Então, minha língua encontrou seu clitóris e eu lambi. Ela estava molhada, porra tão pronta para mim já. Como

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fruta madura pronta para ser comida, e eu a devorei, levando seu duro clitóris inchado suavemente entre os meus dentes, e correndo minha língua ao longo dela enquanto eu a segurava firmemente no lugar. Seu quadri se contraiu, seus joelhos tremeram, e eu ouvi um som alto acima de mim enquanto suas mãos caíam na mesa em busca de apoio. Mas ela continuou repetindo suas palavras de segurança. Eu afundei minha língua dentro dela e sua boceta ondulou ao meu redor, apertando, prendendo mas não gozando. Ainda não. Deslizei minha língua para o sul, meus dedos cavando brutalmente em suas nádegas e a abri para mim, passando a língua sobre seu ânus apertado. Foda-se como eu queria essa bunda. Mas não esta noite. — Ash. — ela chorou. Eu parei imediatamente e fiquei olhando para ela. Eu podia sentir um homem diferente tomando conta do meu corpo. Minhas emoções. Eu não era Ash, o diretor dela agora. Eu era Ash, o dominante. E meu nome não era sua porra de segurança. Eu dei um passo para trás e examinei-a. Sua boceta estava agora visivelmente molhada. Brilhante, suculenta e rosa. Eu nunca vi nada tão magnificamente sexy em minha vida. Eu olhei para ela, suor começando a pontilhar ao longo de sua testa. Ela lambeu o lábio superior brilhante e engoliu em seco. Quando ela abriu a boca para falar, levantei meu dedo, pressionando contra os seus lábios. — Nuh-uh. — eu disse. — Nenhuma palavra.

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Ela abaixou o queixo e eu sorri triunfante. Sim, baixinha. Apenas assim. Olhos baixos. Só durou um momento antes de ela voltar a me olhar nos olhos novamente. Seu peso mudou nervosamente de um pé para o outro e ela cruzou os braços para cobrir os seios expostos. Mais uma vez, eu fiz barulho, clicando minha língua em decepção. — Abaixe essas mãos ou eu as amarro. — Cristo. — ela murmurou, e abaixou as mãos para os lados. — Senhor é o suficiente. Ela bufou. — Eu sabia que você tinha um ego... eu não sabia que você tinha um complexo de Deus. Minha boca se contraiu. Ah, ela ia pagar. Por isso, por invadir meu escritório mais cedo. Ela iria se arrepender de todos esses erros. E ela ia amar cada minuto. Minhas mãos voaram até sua cintura, girando-a para enfrentar a mesa. Ela estava de costas para mim quando eu agarrei suas mãos, amarrando cada uma delas com o lenço de seda. — Eu não movi minhas mãos! — ela chorou em protesto. Eu segurei seu outro pulso também e estreitei meu olhar enquanto ela continuava reclamando sobre a injustiça. Como se isso não fosse exatamente o que ela queria. Ela sabia disso. Eu sabia. Era hora de admitir isso. Seus braços estavam estendidos para os lados, os seios no alto, os mamilos apertados implorando para serem lambidos e sugados. Mas ainda não. Isso é ganho. E minha baixinha nem sequer chegou perto de ganhar isso ainda. Sua barriga pressionada contra o banco, costas arqueadas, bunda curvada no ar. Eu circulei a frente da mesa para poder encará-la.

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Eu a deixei lá, braços estendidos, contidos. — Eu quero beijar você. — ela afirmou depois que vários minutos se passaram. Minhas mãos se apertaram. Ela era desafiadora. Quase tão desafiante quanto Brie. Mas Brie não foi desafiadora porque não conhecia as regras era porque gostava de quebrálas. Nós dois gostamos das punições. Nós gostávamos tanto delas que, quando nos casamos, eles não podiam mais ser considerados punições, mas sim, tornaram-se nossas recompensas. Eu me inclinei para perto de Lucy, estreitando meu olhar. Seus olhos castanhos estavam ardendo, eu nunca tinha visto olhos tão expressivos em minha vida. Eu a provoquei, meus lábios tão próximos dos dela que tudo o que ela tinha que fazer era esticar o pescoço para frente e ela poderia tê-los levado naquele beijo que ela tanto queria. Eu levantei minha língua, lambendo o lábio inferior suavemente e quando ela abriu a boca para me beijar de volta, eu balancei a cabeça. — Não se atreva. — eu sussurrei. — Ou eu tenho que adicionar uma bola a essas restrições? Ela engoliu visivelmente com força, seu olhar ficando mais escuro, mais rico, se isso fosse possível. — Talvez você faça. — ela sussurrou de volta. Eu sorri. Deus, eu amo essa faísca nela. E assim que o pensamento entrou em minha mente, meus músculos se agarram. Eu amo essa faísca nela? Eu sou idiota? Eu não a amo. Eu não posso amá-la. Mas antes que eu pudesse terminar essa linha de pensamento, ela empurrou para frente na ponta dos pés, inclinando-se sobre a mesa e me beijou com força. Eu beijei muitas mulheres na minha vida. Algumas boas, outras ruins, outras desesperadas, outras desinteressadas. Nenhum delas comparada a Brie.

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Até agora.

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CAPÍTULO DEZOITO

Ash SEUS lábios se chocaram contra os meus. Eles eram doces, literalmente doces, como se ela os tivesse mergulhado em açúcar ou xarope de bordo. Como diabos ela conseguia isso? E mesmo que já tivéssemos nos beijado antes e mais de uma vez. Esse pareceu diferente. Seus lábios se moveram sobre os meus, famintos, molhados e deliciosos, ela separou os lábios cobertos de açúcar, mergulhando a língua na minha boca de forma agressiva. Minhas mãos voaram para sua mandíbula, agarrando-a desesperadamente, agarrando e amaldiçoando a porra da mesa de spaking quando meu pau duro bateu nela, em vez de entre suas pernas. Eu estava desesperado por mais. Que foi fodido. A coisa toda estava toda fodida. Eu disse para ela colocar as mãos ao seu lado. Ela não fez. Eu disse que ela não falasse. Mas isso não a impediu. Eu disse para ela não me beijar. E aqui estava eu devorando a língua dela na minha boca. E porra, amando. Se qualquer outra sub tivesse me beijado assim sem permissão, não haveria nenhuma maneira no inferno que eu estaria beijando ela de volta. Agarrando sua mandíbula e cabelo. Recompensando seu mau comportamento. O que estava errado comigo? Porque é isso mesmo. Estava errado. Ninguém me beijou assim. Ninguém além de Brie.

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Dor queimou atrás das minhas costelas e eu puxei minha boca da dela, deixando escapar um rosnado feroz. Eu estava tremendo em todos os lugares, dos ombros aos joelhos. Ela olhou para mim por trás de seus óculos, lambendo os lábios inchados pelo beijo. — Você não olha para mim. — eu estalei, e circulei por trás dela. — Eu... — Olhos baixos. Boca fechada. Seu pescoço se esticou para a frente, os olhos angulados com a mesa. Ela disse que queria isso. Ela ia conseguir. Ela receberia o castigo que ela tanto merecia e estava pedindo. — Incline-se sobre a mesa, o corpo todo. Coloque todo o seu peso na barriga. — Ela fez o que eu disse, colocando aquela bunda perfeita e macia no nível da minha mão. Porra. Sim. É disso que se trata. Prazer carnal. Fodido. Seus seios. Sua bunda. Sua boceta. Não o seu coração. Não os seus olhos. Eu engoli em seco, a dor ainda ressoando atrás do meu peito. — Você sabe o que você fez, certo? — Eu perguntei, minha voz perigosamente baixa. — Sim. Tapa. Minha mão conectou-se com força a sua bunda e ela gritou. Seu grito de dor liberou algo dentro de mim. Um pouquinho de ar escapando da válvula de pressão do meu coração partido. — Sim, o quê? Eu só podia ver o leve contorno do rosto dela de perfil. A borda de seus óculos. O canto da boca que ela estava mordiscando. O cabelo escuro roçando no meio das costas enquanto ela balançava a cabeça negativamente. — Apenas sim. — disse ela.

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Ainda não está me chamando de senhor. Minha dor se transformou em raiva. — Tudo bem. — eu assobiei. — Mas você sabe porquê esta sendo punida? Ela assentiu com a cabeça, o movimento firme e agudo, balançando todo o corpo. — Bom. Normalmente, eu usaria uma raquete. Você se deu bem, já que não tenho nenhum dos meus brinquedos comigo. Eu parei, deixando que isso afundasse. Eu ainda poderia dar um golpe forte com a palma da minha mão. Quando ela não disse nada em resposta, continuei. — As únicas palavras que você pode dizer, são suas palavras de segurança vermelho, amarelo e verde. Você entende? — Sim. — ela disse, sua voz estridente. Eu corri um dedo sobre o anel de Brie, solidão e culpa revirando meu estômago. Eu precisava que essa dor fosse embora. Eu precisava disso para recuar em uma memória fraca e tênue. Eu precisava que Lucy assinasse os contratos. Me chamasse de senhor. E eu precisava que ela aceitasse oficialmente a submissão para que eu pudesse ficar livre do controle que ela tinha sobre mim. Eu precisava foder Lucy. Apenas foder e provar a mim mesmo que isso é tudo que ela era. Ela era apenas outra leiga. Como qualquer outra sub. Como. Todas. As. Outras. Eu engoli contra o nó seco na parte de trás da minha garganta, puxei minha mão para trás e bati na bunda dela.

***

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Lucy Aquele primeiro tapa doeu como uma cadela. Dor queimava contra a minha carne nua, mesmo com os tecidos que eu tinha colocado sobre a mesa de spaking, a borda de madeira picou meu estômago. — Como você me chama? — Ash pressionou. Sua voz estava tensa, no limite. E esse som me assustou e me encantou. Ele queria que eu o chamasse de senhor. Eu apenas… eu não pude. Ainda não. Talvez nunca. Não havia outro termo? Outro caminho? Eu não queria dizer isso... então eu não disse nada. O segundo golpe veio mais forte que o primeiro, atravessando minha pele. Eu engoli em seco e ofeguei. — Eu perguntei a você, como você me chama? — Ele disse novamente. — A-Ash. — eu disse. Foi a resposta errada. Nós dois sabíamos disso. Ele sabia, eu sabia. Outro golpe marcante, desta vez na parte superior da coxa. A dor pulsou contra a minha carne e eu podia sentir minha pele aquecendo, queimando a cada batida. — Tente de novo. — disse ele. Eu engoli quando as lágrimas empurraram através das minhas pálpebras fechadas, molhando o tecido colocado na mesa. — Sr. Livingston. — eu disse, esperando que talvez fosse bom o suficiente.

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— Você sabe o que eu quero. — ele sussurrou. — E intencionalmente você não dizendo. — Ele atacou novamente, desta vez, sua mão cortando no mesmo local. Ele não estava dando uma pausa entre os ataque. Um após o outro, golpe após golpe. Tudo isso porque eu beijei ele? Porque eu não o chamei senhor? Parecia que eu estava no meio de um jogo onde estava fadada a perder, mesmo que eu seguisse as regras. E, no entanto, apesar da dor que se formou, cortante em meu traseiro, um arrepio animado desceu pela minha espinha. Meus seios estavam pesados, doendo para receber a mesma atenção equivocada e fodida que minha bunda estava recebendo. Meu sexo se agitou, o vazio me assombrou e eu estava latejando para Ash me encher. Eu estava à beira de algo profundamente sensacional e também intensamente assustador. Meu mundo estava sendo inclinado em seu eixo, e era desorientador e também estranhamente libertador. — Eu só vou perguntar mais uma vez, baixinha. Como você me chama? — Sua voz de barítono era rica e profunda simplesmente o som de sua voz me fez pulsar, caramba. Uma onda de luxúria tomou conta do meu corpo. Eu estava tão excitada por razões que não conseguia compreender e talvez nem quisesse tentar. Eu estava tremendo agora, minhas mãos segurando as pontas soltas dos tecidos que as prendiam. Minhas pernas estavam abertas, revelando-me a ele da maneira mais vulnerável. Eu podia ouvi-lo ofegante atrás de mim. Uma pequena parte de mim se perguntava se ele realmente queria que eu respondesse a ele como senhor. Porque ele parecia estar gostando de administrar as punições. Tive que morder o lábio para me impedir de dizer isso. Eu queria agradá-lo, eu queria ouvir Ash falar no meu ouvido e

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me beijar e me recompensar com seu pau e um milhão de orgasmos. Mas eu não consegui. A palavra estava muito carregada. Lágrimas picaram meus olhos e minha respiração ficou estrangulada quando reprimi os soluços de dor. — Faça do seu jeito então. — disse Ash, sua voz sombria e tão oca que ele podia estar falando de dentro de uma câmara de eco. Eu ouvi, ao invés de sentir seu próximo ataque. O som da palma de sua mão conectando a minha carne estalou como um cinto batendo contra o mármore. E no começo... não senti nada. Até que nada fervia, lentamente apagando o fogo. Uma dor devastadora atravessou meu traseiro. Não foi deliciosamente doce desta vez. Estava recuando da excitação. E não havia carícias delicadas de Ash entre os golpes. Ele bateu a palma da mão em mim uma e outra vez, uma batida após a outra, cada uma implacavelmente dura e dolorosa. — Você tevm que aprender da maneira mais difícil. — disse ele, e gelo ultrapassou minhas veias. Acho que você está aprendendo da maneira mais difícil. Era a voz do pai, não a do Ash que eu ouvi. Eu fechei meus olhos como se esta ação pudesse selar uma ferida que agora estava crua e aberta. Eu fui exposta de muitas maneiras. Isso não é o que eu achava que seria BDSM. Isso é apenas... abuso. Eu sendo atingida. Onde estava a nuance? A sensualidade? Onde estava a antecipação de minhas necessidades e a maneira como ele leu meu corpo tão intensamente na noite passada? Isso é algo totalmente diferente. Ash era feroz e primitivo e seu foco estava apenas na punição não em qualquer outra coisa.

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O sangue rugiu na minha cabeça, me fazendo sentir nublada e enevoada. Isso não estava certo. Estava tão longe da razão. — Amarelo! — eu gritei. Só uma vez. Por que eu não disse vermelho? Por que escolhi a palavra de código para diminuir a velocidade? Porque uma pequena parte de mim queria isso. Pediu por isso. E se eu estivesse sendo totalmente honesta comigo mesma… eu ainda queria isso. Mas houve uma mudança em Ash. Uma mudança. Eu senti esta manhã quando ele se afastou de mim em seu quarto. Eu senti aqui, agora, quando eu o beijei. Poderia ser facilmente um robô me batendo na bunda. Eu olhei por cima do meu ombro, pegando sua expressão brutal. O suor escorria pelo seu rosto. Seus olhos azuis eram largos e selvagens. Seu peito arfava com cada respiração ofegante que empurrava através de seus lábios abertos. E ele estava tocando seu anel. Ele seguiu meu olhar para sua mão, em seguida, agarrando meu cabelo, empurrou meus olhos para frente. — Eu não disse que você poderia olhar para trás. — ele repreendeu. — Eu disse amarelo. — eu reiterei. — Eu te ouvi. Você sente minha mão na sua bunda? Esse sou eu diminuindo a velocidade. Mas apesar de suas palavras duras, seus dedos talentosos enroscados no meu cabelo se afrouxaram e, embora eu não o definisse como gentil, ele puxou minha cabeça com menos força que antes. Onde estava o homem compassivo que cuidou das minhas necessidades na noite passada? Onde estava o Ash que me deu o jantar garfada após garfada na boca para

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garantir que eu estava comendo? — Você está... você está com raiva que eu usei minha palavra de segurança? — Eu não estou com raiva. — disse ele, e eu podia ouvir sua respiração ofegante rasgando seus lábios. — Estou descendo da adrenalina. Certo. Adrenalina, isso fazia sentido, eu acho. Porque eu não tinha pensado a mesma coisa? Que a minha adrenalina também aumentou. Meus pensamentos foram interrompidos quando seus dedos roçaram meu clitóris, circulando minha abertura. — Você não está molhada o suficiente. — afirmou o óbvio. Eu queria dizer que não, mas eu tinha certeza que isso só faria com que minha bunda ficasse mais vermelha do que já estava. — Chupe. — Ele empurrou os dedos na minha boca e era excitante pra caralho. Eu dexei seus dedos bem molhados para que minha boceta pudesse lidar com eles. Envolvi meus lábios em torno de seu dedo, levando-o profundamente em minha garganta até a junta. Minha língua o circulou e eu gemi, desejando que fosse seu pau na minha boca. Ele os retirou da mnha booca, em seguida, mergulhou-os dentro de mim. Forte. Eu gritei, agarrando os tecidos que amarravam minhas mãos. Meu corpo se lançou para a frente com o movimento e a dor inicial aguda se transformou em prazer. Lá estava. Meu grito inicial de dor se transformou em um gemido e eu rolei meu quadril enquanto ele bombeava seus dedos para dentro e para fora. Em instantes, eu estava molhada novamente. Sua bochecha deslizou sobre o meu pescoço, a barba raspando minha pele e meu corpo balançou quando ele

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beliscou meu ombro. A adrenalina subiu pelo meu corpo e todas as terminações nervosas estavam em chamas, esperando em antecipação pelo que Ash faria em seguida. Com uma mão ocupada mergulhando os dedos dentro de mim, ele soltou a mão que estava no meu cabelo e envolveu ao redor da minha cintura, deslizando até minha barriga e me segurando contra ele. Quase como se estivesse com medo de que eu fugisse. Inferno, ele estava sendo tão imprevisível, que talvez eu o fizesse. Meu coração batia forte no meu peito, minha bunda doeu quando o raspar de suas calças atingiu a carne sensível. Calor acumulou no meu corpo quando ele retirou os dedos de dentro de mim e ouvi o som distinto de um zíper, em seguida, um invólucro rasgando. Seu pau embainhado empurrou contra a minha abertura, grosso e duro, e sem dar tempo ao meu corpo para se ajustar, ele bateu dentro de mim. Apesar dos impulsos duros e rítmicos, o prazer assobiava pelo meu corpo, aquecendo-me de dentro para fora. Os dedos de Ash cravaram no meu quadril, me agarrando, puxando-me mais e mais contra ele enquanto ele batia dentro de mim uma e outra vez. Alcançando ao redor, ele beliscou meu clitóris, o prazer construindo em espiral na minha barriga. Enrolei os tecidos ao redor dos pulsos com mais força, eles não estavam com nós firmes ou apertados. Se eu realmente quisesse, eu poderia escapar deles, eu tinha certeza disso. Eu gritei, em prazer, em dor? Eu não tinha certeza se sabia ou se importava. Eu grunhi quando sua mão livre puxou meu cabelo, puxando minha cabeça para trás para olhar em seus olhos. Eu pensei que encontraria desejo olhando para mim. Excitação.

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Adoração. Mas o que eu encontrei foi tristeza. No fundo daqueles olhos azuis, nada além de dor me encarava de volta. Embora pudesse ser minha bunda que estava vermelha e sensível, era claro que um de nós sentiria os efeitos duradouros desta noite e merda com certeza não seria eu. — Ash. — eu disse suavemente. Seus olhos apertados se estreitaram e essa tristeza foi substituída por outra coisa. Algo duro e bravo. — Eu disse que você poderia me chamar pelo meu nome? — ele rosnou. Ele soltou meu cabelo e em vez disso me empurrou de volta com força contra a mesa. Uma dor penetrante cortou meu ombro. Eu gritei, literalmente gritei com a dor lancinante. — Vermelho! Vermelho! Filho da puta, vermelho! — Eu chorei. Ash estava imediatamente na minha frente, desamarrando minhas mãos. — O que? O que há de errado? — Ele procurou meu rosto e eu agarrei meu ombro enquanto ele me ajudava a me levantar e um alfinete de segurança aberto, preso no meu ombro. — Oh, Jesus. — ele chorou. — Lucy, eu sinto muito. — Ele me ajudou a sentar em uma cadeira e eu estremeci. — Está tudo bem, apenas... apenas puxe para fora. Ele segurou meu queixo brevemente, assentindo. — Ok, em três. Um, dois, três. — Ele puxou rapidamente, em seguida, rasgou sua camisa, pressionando-a contra o sangramento. Era apenas uma ferida. Uma minúscula ferida. Claro, doeu muito, mas nada que Neosporin e Band-Aid não pudessem consertar.

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Minha ferida se curaria. Mas a ferida de Ash? O que eu vi no rosto dele? Isso parecia longe da cura. As palavras do tio Richard soaram em minha mente. Ash está quebrado. O ar estava espesso com uma mistura de seu perfume masculino picante e excitação. Seus olhos encontraram os meus, tristes e distantes e tive uma súbita vontade de passar os dedos pelas linhas angulares das maçãs do rosto dele. Os sulcos firmes de sua testa. E aqueles lábios suaves que eu gostava de beijar tão ferozmente. Eu estava ciente de cada pequeno movimento. Cada pequena linha e pequena diminuição de seus olhos e boca. Segui o impulso e levantei os dedos, tirando o cabelo úmido de suor da sua testa. Mais uma vez, sua expressão mudou, escurecendo. — Eu não disse que você poderia me tocar. — disse ele, apesar de sua voz não ter a mesma resolução que antes. Como se ele estivesse dizendo isso mais para se convencer de que ele estava quebrando as regras e não eu. Eu levantei uma sobrancelha e meus nervos se arrepiaram com isso. — Oh sim? O que você vai fazer? Vai me fazer sangrar? Oh, espere... — eu apontei para o meu ombro. — Sinto muito. — ele resmungou o pedido de desculpas, em seguida, rapidamente olhou para longe, sem olhar em meus olhos. — Eu realmente sinto. Você tem que saber que eu não queria isso. — A cena acabou, Ash. Olhe para mim. — eu exigi. Ele não era o único que poderia fazer exigências. Só porque eu gostava de ser mandada por aí durante o sexo não significava que eu iria defender isso a qualquer momento. De jeito nenhum. — Olhe para mim quando estamos falando. — reiterei.

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Seus olhos dispararam para os meus, um tom cristalino e feroz de azul. — Eu disse amarelo. E você me ignorou. Seu olhar se estreitou, mas ele manteve os olhos firmemente plantados nos meus. — Eu não ignorei você. Amarelo significa desacelerar. Então, parei com o castigo e fiquei com o prazer. — Exatamente. Você seguiu em frente. Você continuou. De acordo com o contrato que você me deu, amarelo significa desacelerar e se reagrupar. Verificar com a sub. Você não fez o check-in. Você acertou o acelerador. Você pode ter parado com a punição, mas não diminuiu a velocidade. E você definitivamente não checou comigo. Talvez se você tivesse, isso não teria acontecido. — Eu gesticulei para a minha punção que já estava sangrando. As linhas emoldurando seus olhos se apertaram e ele sacudiu a cabeça, inclinando o queixo para o chão. — É exatamente por isso que não deveríamos começar nenhuma cena até passarmos o contrato detalhadamente. Falha de comunicação como esta... — Falha de comunicação? Ash, como isso é uma falta de comunicação? — Nós tínhamos ideias diferentes sobre o que a palavra de segurança 'amarelo' significa. O que é minha culpa por não ter certeza de que você entendeu... — Eu entendi o que significa. Eu acho que você está dando desculpas porque você fez uma escolha irresponsável durante uma cena. Eu usei minha palavra de segurança como você me ensinou a fazer. Você não checou comigo. Você não se reagrupou de maneira segura, sensata e consensual. Você está certo sobre uma coisa. Isso foi sua culpa. Mas não

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porque eu não irresponsável.

entendi.

Porque

você

estava

sendo

Seu olhar se voltou para o meu. — O que você acabou de dizer? Eu engoli, sabendo que era doloroso ele ouvir. Mas também era verdade. — Eu disse que você estava sendo irresponsável. Eu estava tremendo e lágrimas brotaram nos meus olhos. Eu nunca pensei que estaria aqui novamente. Agora, em vez da menininha assustada observando impotente, eu era uma mulher. Eu era minha mãe. Só que eu não teria o mesmo conto de fadas quebrado. Oh inferno não. Esta princesa não ia acabar casada com o troll debaixo da ponte. Ele fechou os olhos, o lábio tremendo, e eu não tinha certeza se era tristeza ou raiva reprimida. — Você está certa. Isso foi irresponsabilidade da minha parte. Eu deveria ter me reagrupado e verificado com você. Eu sinto muito, Lucy. Não vai acontecer de novo. Levantei, lhe entregando a camisa e ele também se pôs de pé. — Você está certo. — eu disse. — Isso não vai acontecer novamente porque não vamos acontecer de novo. — Lucy, espere. — Estou falando sério, Ash. — Fui até a mesa de spaking, colocando de volta meu jeans, meu sutiã e minha camisa. — Estou fora. Não vou deixar minha história pessoal se repetir. Ele correu na minha frente, bloqueando a saída com seu corpo. — História pessoal? O que você quer dizer?

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Uma risada amarga rachou na minha garganta e aquelas lágrimas que fui tão bem sucedida em reprimir se derramaram pelas minhas bochechas. — Meu pai era um monstro. — Seu pai? — ele perguntou, sua voz rouca. — Nós conversamos sobre isso. Eu não vou te dizer o que comer como sua mãe e pai. Eu confio em você. — Não é só isso com o meu pai. — eu disse, as lágrimas salgadas derramando em meus lábios enquanto eu falava. — Ele machucou minha mãe. Ele a cortou, chutou, queimou com seus charutos. Ele sabia exatamente onde bater para que ninguém pudesse ver. As costas dela. Seu estômago. — Eu parei, engolindo um soluço. — O coração dela. A compreensão diminuiu no rosto de Ash. — Oh meu Deus, Lucy. Eu não fazia ideia. Quando você falou sobre seus pais e seu pai indo embora, eu assumi que ele era apenas emocionalmente abusivo... — Bem, agora você sabe. Eu acho que eu estava tentando dar uma chance porque, por alguma razão fodida, eu pareço gostar disso. — eu podia sentir meu rosto esquentando. O jeito que minhas palmas estavam coçando e eu estava mudando meu peso inquietamente. — Eu estava começando a ver a diferença entre BDSM e abuso… até hoje à noite. Mas se é disso que se trata o BDSM, não quero nada com isso. Eu me virei e deixei o estúdio, não fiquei surpresa quando Ash não me seguiu.

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CAPÍTULO DEZENOVE

Ash Estou miserável. O que quer dizer algo, porque eu sempre estou infeliz. O jeito que Lucy e eu deixamos as coisas me fez sentir desequilibrado. E o que foi pior? Ela ainda era tão gentil comigo no trabalho. Não houve carranca através da sala. Nenhum olho estreitado quando ela se afastou ou evitou meu olhar. Bem, isso não era inteiramente verdade. Ela evitou meu olhar. Porra, mas foi só porque eu não conseguia parar de encará-la. O ponto era que ela não estava segurando contra mim. Mesmo que ela deveria. Mesmo que eu merecesse cada carranca, todo dedo do meio que ela provavelmente quesesse me dar. Em vez disso, ela me deu pequenos sorrisos do outro lado da sala. Piedosos sorrisos. Eu me desculpei. Ela aceitou. Tudo foi cordial. Educado. Essa porra era pior do que se ela tivesse me chamado de idiota e me esbofeteado. Eu teria merecido. Eu era um idiota. E quebrado. Pela primeira vez em… sempre. Eu era um Dom terrível. Eu conhecia o meu lugar quando era o Dom de Brie. Nós começamos como namorados e crescemos nosso vínculo como Dom/sub. Depois de Brie, eu também sempre soube do meu lugar. Ser um Dom era o meio para um fim. Um libertação sem nada mais abaixo da superfície. Mas com Lucy? Eu não sei como combinar as duas coisas novamente. Eu não sei como dar a ela mais do

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que apenas ser seu Dom porque não sei como ser algo mais do que isso. E em algum nível, talvez ela soubesse disso. Talvez seja isso que esses sorrisos piedosos eram. Eu não podia, pela minha vida, acalmar esses sentimentos de guerra. Por um lado, eu a queria de volta. Durante o resto da semana, fiz tudo que podia para compensar o que aconteceu. Por que eu era um merda, a merda de um Dominante flores, desculpas, chocolates. Eu não tinha o direito, não havia lugar para treinar alguém nesse estilo de vida quando eu mesmo não conseguia fazer a única coisa que um Dominante deveria fazer. Proteger. Proteger e cuidar de sua submissa. Talvez Lucy não seja feita para esse estilo de vida. Eu não tinha ideia de quão intensa era sua história com abuso. Eu sempre achei que o BDSM era o sal que havia na ferida, era doloroso, mas curativo. Mas talvez para Lucy, foi como derramar ácido em uma ferida em vez de sal. Talvez essa vida não fosse como ela deveria se curar do pai e da mãe. Todos esses anos, cinco anos de relacionamentos de curto prazo e sexo casual, eu disse a mim mesmo que era porque desonraria Brie, mas a verdade era que eu não podia. Eu só me comprometi com um fim de semana de cada vez porque fora isso, não havia nenhuma maneira que eu conseguisse manter uma submisso. Eu sou um fracasso. Eu não deveria estar dirigindo esse filme. Era sexta-feira à noite e essa semana deu novo sentido ao ditado: os dias são longos, mas os anos são curtos. Ou neste caso, as semanas são curtas. Desde o nosso primeiro dia de filmagem, trabalhamos longas horas... das seis da manhã às nove da noite. Minha equipe estava exausta. Eu podia ver em seu movimento lento. Seus olhos circulos escuros. E a maneira como o café era preparado sem parar e, no entanto, sempre faltava. Nós

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estávamos todos ligados. Exaustos. E eles precisavam de descanso. Embora a Silhouette não dê um fim de semana inteiro à equipe, eles precisavam. Pierce tinha chegado na quarta-feira, da Croácia, e passávamos horas extras ensaiando as cenas que precisávamos para refazer entre nossa programação normal de filmagens. Eles foram vencidos. Inferno, eu fui vencido. Além disso, estávamos trocando os sets amanhã e domingo, então, a menos que fizessem parte da equipe de carpintaria, não havia razão para eles fazerem as horas extras. Todo mundo pareceu se animar com o anúncio, e de repente minha equipe de zumbis estava viva e vibrando, correndo para sair do estúdio o mais rápido possível. Eu estava fechando meu escritório quando Jude, Marly, Pierce e Neil passavam no corredor, todos sorridentes. Eu amava meus amigos, mas assistir a felicidade deles só colocava um holofote na minha miséria. — Ash! — Neil chamou do corredor. Deus, eu gostaria de poder abaixar a cabeça e correr para o outro lado. Jude tinha o braço firmemente ao redor da cintura de Marly, seu polegar roçando seu osso do quadril em movimentos lentos e suaves distraidamente. Como se ele nem percebesse que estava fazendo isso. Eu costumava fazer isso. Eu costumava acariciar sua mão, suas costas sem pensar, sem perceber. Minha garganta se fechou com o pensamento porque eu sentia falta de como a pele dela estava sedosa sob o meu toque. De quem é a pele? Brie perguntou. Minha ou da Lucy? — Todos estamos indo ao Alma’s. — disse Marly. — Uma noite divertida com Pierce.

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Pierce golpeou o ar. — Oh vamos lá. Vamos considerar uma comemoração da equipe por ter um final de semana de folga. — Pierce, você não tem ideia de como você é um salvavidas. — disse Jude. — Chase é um ator decente, mas ele é um idiota total. — Vamos apenas dizer que está semana com você foi muito mais agradável do que as duas primeiras semanas de filmagem. — disse Marly, com um olhar de lado para Jude. — O que você diz, chefe? — Neil perguntou. — Você está dentro? — Não. — eu disse, tentando manter minha voz leve. — Eu deveria me preparar para as filmagens de segunda-feira e a troca de set amanhã. Nem todos nós temos o fim de semana de folga. — Vamos. — Jude cutucou. — Você está pelo menos tirando um dia de folga, certo? Saia para uma bebida. A preparação pode esperar uma hora. Ele não estava errado. A preparação poderia esperar. Inferno, provavelmente poderia esperar até domingo à noite se eu estivesse sendo honesto comigo mesmo. E, francamente, eu não precisava estar aqui para a mudança do set. Nós tínhamos produtores e coordenadores de produção para lidar com essa merda. Assim que eu estava prestes a recusar novamente, Lucy passou com Miguel. E ela... o que diabos ela estava vestindo? A saia preta mal bateu no meio da sua coxa. Seus pés normalmente de sandálias estavam agora em sapatos pretos e ela usava um top de lantejoulas que mostrava suas amplas curvas que eu amava tanto. Maquiagem cobriu o rosto. Delineador preto e borrado, lábios nus brilhantes contornando as maçãs do rosto já muito altas.

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Meu pau ficou imediatamente imediatamente chateado.

duro

e

eu

fiquei

Mas o que foi mais alarmante? Ela não estava usando os óculos. Ela parecia linda, mas, novamente, ela parecia linda antes. Ela também não se parecia mais com Lucy. Neil apontou para eles e assobiou quando eles passaram. — Você está muito bem vestido. Ainda vai para Alma’s ou vai nos abandonando? Eu baixei meu olhar para o chão de mármore, contando as veias douradas em cada quadrado. Eu podia sentir o peso dos olhos de Lucy em mim. — Sim. — disse Miguel. — Nós vamos. — Então, ele agarrou a mão de lucy e a girou ao redor. — Ela não parece feroz? Eu fiz a maquiagem dela, muito obrigado! — Um pouco demais para Alma’s, você não acha? — Eu resmunguei e Jude me lançou um olhar. Lucy deu de ombros. — Eu só… quis fazer algo um pouco diferente hoje à noite. — Hum, ela está sendo modesta. — disse Miguel, gesticulando sua mão para cima e para baixo em seu corpo. — Vamos comer alguma coisa antes do Alma’s e estamos em uma missão para prender alguns homens para nos fazer companhia na pista de dança. Minha cabeça se levantou. Estamos em uma missão para prender alguns homens. Ela estava indo para namorar? Apenas uma semana depois que ela e eu... Ela e você o que? Nós nunca fomos a um encontro em público. Dificilmente tivemos algumas noites juntos e eu senti

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algum tipo de posse sobre ela? Inferno, nós fomos quebrados por mais tempo do que nós já estivemos juntos. Era uma besteira total. Eu era totalmente um idiota. Lucy limpou a garganta. — Ele está exagerando. Eu estava totalmente envolvida nisso. — Mesmo que ela estivesse olhando para Marly enquanto falava, eu sabia que estava direcionado para mim. — Alma’s tem comida. A gente vai comee lá. — eu disse rapidamente, então imediatamente engoli um gemido. O que estava errado comigo? Talvez eu não fosse tão sádico quanto masoquista. — Nós vamos? — Neil perguntou. Marly, Deus a ame, tocou o braço de Neil gentilmente. — Sim, eu estava dizendo o quanto eu amo sua salada Caesar. — Ela me enviou um sorriso rápido. — Eu acho que nós vamos comer em outro lugar. — disse Lucy. Mas quando ela estava rejeitando a ideia, Miguel gritou: — Eu acho que faz sentido comer com o grupo. A mão de Lucy se moveu para a ponte do nariz e congelou quando percebeu que não havia óculos lá para empurrar mais alto. Um sorriso se contraiu na minha boca o momento era muito fofo demais. — Hum, claro. Sim, tudo bem. — Tudo bem. — disse Miguel, radiante. — Certo, cara! Nós vamos ver você lá. Certo? Cara? Já era ruim o suficiente que ele estava ajudando Lucy sair em uma caçada, mas agora ele estava me chamando de cara? Eu curvei minha boca em um sorriso

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forçado e mudei meu olhar de Lucy para Miguel. — Vejo você lá. Cara. Dez minutos depois, Éramos quinze pessoas puxando mesas juntas no canto do bar movimentado. Mesmo que fosse cedo para uma noite de sexta-feira, ainda estava lotado e não foi até que eu vi o karaokê sendo criado no canto que eu gemi. Porra de Los Angeles. Aqui e Nova York podem ser os piores lugares do mundo para ter karaokê. Não eram noites engraçadas de pessoas bêbadas cantando interpretações de “Quando eu penso em você, eu me toco em mim” era aspirantes a atores cantando com seus corações na esperança de serem descobertos. Era muito pior. Eu me inclinei no ouvido de Jude: — Quais são as chances de sairmos daqui antes que eles comecem a cantar? Jude deu uma risadinha e sussurrou baixinho: — Todos estamos comendo aqui por causa de você, amigo. Então, chupa, docinho. A garçonete veio e eu pedi um Whisky Laphroaig duplo. Eu ia precisar. Meus olhos foram para o outro lado da mesa onde Lucy havia se acomodado em frente a Miguel. Ele já estava olhando para os homens ao redor do bar. Lucy riu, cobrindo a boca com a mão e escondendo o rosto corado toda vez que ele apontava para um novo homem. Um rosnado deslizou além dos meus lábios tensos. Quando olhei para encontrar Marly, Jude e Neil, todos olhando para mim com as sobrancelhas levantadas. — O que? — Eu agarrei. Neil balançou a cabeça e os lábios de Marly se curvaram num pequeno sorriso. — Fique calmo, Ash.

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— Ficar calmo? Eu não preciso ficar nada. Estou calmo. Estou bem. Sim, eu estava tão clamo quanto acender em uma fogueira, mas eu não ia admitir isso para ninguém nesta mesa. Pierce levantou os olhos do celular. — O que está acontecendo? — ele perguntou. Ninguém respondeu e ele suspirou, revirando os olhos. — Cara, se você não esta nas duas primeiras semanas, fica por fora das fofocas. — A garçonete veio, uma bandeja de bebidas equilibrada em seu ombro, ela colocou o copo de uísque na minha frente, então continuou a distribuir bebidas pela mesa, finalmente depositando um copo suado de algo que parecia refrigerante na frente de Lucy, mas se eu tivesse que adivinhar, diria que era sua vodka com coca diet. — Deixe-me adivinhar. — disse Pierce, inclinando-se sobre a mesa. — Você é doce com aquela garota lá, certo? — Ele ergueu as sobrancelhas escuras de trás dos óculos escuros e eu reprimi a vontade de revirar os olhos. Óculos de sol dentro do bar. À noite. Era tão LA, isso me fez querer vomitar. Minha mandíbula se apertou. Pierce parecia um cara legal o suficiente, mas ele não era um dos meus amigos. Jude respondeu no meu lugar. — Não, há uma cláusula de não confraternização no estúdio. E Ash não está acostumado a sair com a equipe. — Ele bateu a mão no meu ombro enquanto tomava um gole de seu martini. — Ah. — disse Pierce, recostando-se na cadeira e segurando a cerveja na mão. — Entendo. — Mas ele não parecia convencido.

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Por quarenta minutos, me desliguei do terrível karaokê e olhei para o outro lado da mesa, observando Lucy o mais sub-repticiamente possível. Observando enquanto ela mal comeu um pedaço de frango. Eu literalmente a vi mastigar metade de um e acho que foi isso. Miguel estava sem noção, bebendo seu IPA estúpido e conversando com um homem que estava de pé ao lado deles. Ele não deveria ser seu braço direito? Ele não deveria estar cuidando dela? Certificando-se que ela comeu o suficiente? Certificando-se de que ninguém colocou algo em sua bebida? De vez em quando, os olhos de Lucy corriam para os meus, apenas para desviar quando ela me encontrava a observando. Em um ponto, ela ampliou os olhos castanhos para mim e eu quase ri. Eu praticamente podia ouvir a voz dela na minha cabeça, você quer parar de olhar? Pierce ficou de pé atrás da mesa, ainda olhando para o celular. — Eu tenho que correr. — disse ele, pegando sua jaqueta e jogando em torno de seus ombros. O grupo se despediu quando o homem no palco terminou de cantar “Bohemian Rhapsody”. A multidão aplaudiu, e eu tive que admitir, ele não era tão ruim assim, apesar de não ter nada a ver com Freddie Mercury. Ele saiu do palco e uma garota curvilínea com cabelos negros e uma franja curta estilo pin-up tomou o centro do palco. A música de introdução começou e os cabelos na parte de trás do meu pescoço se levantaram. Embora eu só tivesse ouvido aquela música uma vez antes, de alguma forma consegui reconhecê-la imediatamente. Por quê? Por que eu sabia disso? Então me ocorreu. Como uma facada nos rins, isso me atingiu. Desta vez, quando olhei para Lucy, ela já estava me encarando do outro lado da mesa, com os olhos brilhantes.

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Isso é o que essa música era. “The Man Who Got Away” de nasce uma estrela. E a garota cantando era boa. Não boa como Judy, mas como Lucy diria, quem diabos era? A canção cantarolando assombrosamente para nós e todos ao nosso redor pareciam se afastar. Derreta no fundo. A sala estava girando. Derrubando em seu eixo. Mesmo que eu estivesse sóbrio como pedra, o chão e o teto trocaram de lugar, e meu coração caiu no estômago enquanto meus olhos permaneciam presos aos dela. E pela primeira vez em toda a noite, ela não desviou o olhar. Ela não recuou do meu olhar. Eu tomei o último gole do meu uísque enquanto a garota cantava sobre o vento ficando mais frio ou alguma merda assim. Eu não me importei com o que as palavras eram. Eu não me importei com essa música fora do fato de que era a música de Lucy. Ela encarna minha Lucy. E porque ela amava, por procuração, eu também. Então, reconquiste-a, Brie disse. Peça desculpas. Vá ficar com a garota. Eu me desculpei, eu queria gritar. Ela fez sua escolha. Ela se afastou e era claramente para melhor. Eu posso ter sido um Dom de merda em nossas cenas, mas agora? A melhor maneira que eu posso cuidar dela é deixá-la ir embora. Talvez uma mulher como ela, alguém que tivesse passado por tantos abusos... tivesse visto o pai bater na mãe, não pertencesse a esse estilo de vida. No meu estilo de vida. Antes da outra noite, pensei que poderia ajudá-la. Mas talvez ela estivesse melhor sem mim. Ou talvez você esteja com medo. — Com licença. — disse Lucy e se levantou, correndo para os banheiros.

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Ninguém na mesa pareceu pensar duas vezes. Ninguém pareceu notar que estávamos tendo um momento. Ninguém além de Jude, Marly e Neil. Eu empurrei minha cadeira para trás, me movendo para ficar de pé quando a mão de Jude disparou, apertando meu pulso, me impedindo. Ele balançou sua cabeça. — Não faça isso. Não aqui na frente de toda equipe. — Não dê ouvidos a ele. — disse Marly. — Vá até ela. — Uh... — Jude interrompeu batendo a unha na borda do meu whisky vazio. — Isso pode não ser uma boa ideia. — Ele só teve um. — disse Marly, apontando para o copo. — Um duplo. Dois whisky. Marly bufou. — Obrigado pela aula de matemática. Eu suspirei e peguei um copo de água, engolindo vários goles. — Vocês estão falando de mim como se eu não estivesse aqui. — Você está bêbado? — Neil perguntou. Inclinei a cabeça, dando a todos uma olhada. Eu tenho bebido por anos. Whisky é algo para saborear, não virar tudo de uma vez. Eu estava tão bêbado que a pergunta em si era insultante. — Eu não estou bêbado. — Alegre? — Marly ofereceu. — Alegre é para garotas loiras chamadas Britney. — Ele não deveria segui-la. — Jude disse, balançando a cabeça. — Não dê ouvidos a ele. — disparou Marly. — Bem, — eu disse, em pé. — Vocês dois continuam discutindo. Deixe-me saber quem ganhou.

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Eu não esperei por mais nada, corri para os banheiros, esperando do lado de fora da porta do banheiro feminino. Não demorou muito para ela sair e quando ela olhou para cima, me vendo lá, uma corrente elétrica acendeu entre nós, tão palpável, tão intensamente cheia de atrito que ela realmente engasgou. — Ash. — disse ela em uma respiração ofegante. — Você tem que parar de olhar para mim. As pessoas vão descobrir… — Eu sei. — eu disse, tomando cada grama de energia para não chegar e muito perto dele e envolver meus braços em volta de sua cintura. — Sinto muito... eu me perdi quando Miguel disse que você estava em uma caçada. Ela engoliu em seco e sacudiu a cabeça. — Minha vida sexual não é da sua conta. Eu estremeci com isso. O pensamento de ela ter uma vida sexual sem mim era doloroso. Doloroso pra caralho. — Miguel tem sido um bom amigo para mim esta semana. Ele é outro PA, como eu. Nós temos muito em comum. E é bom ter um amigo no set. Ninguém não vai sussurrar nas minhas costas se formos amigos. — Ela olhou em volta por um breve momento. — Então, quando ele sugeriu ontem que deveríamos sair depois do trabalho e que ele queria me arrumar, eu cedi. Meu olhar suavizou e toquei uma mecha de cabelo, passando meus dedos por ela. — Você é linda, não importa como você se veste, mas eu sempre vou preferir você em jeans, camiseta e óculos. Ela piscou como se estivesse surpresa. — Obrigada. — ela sussurrou. — Sério. Quais eram as malditas chances de alguém cantar essa música, certo?

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Ela levantou a sobrancelha. — Muitas. Porque Judy Garland é foda demais e toda Hollywood parece saber disso, exceto você. Eu ri me sentindo ao mesmo tempo incrível e machucado de uma só vez. — Eu vou deixar você voltar primeiro. — eu disse, apontando para a mesa. — E… faça-me um favor. Se você vai continuar bebendo, pode ao menos comer um pouco mais de frango. Seus ombros relaxados se esticaram, empurrando mais alto em direção às orelhas, e seu sorriso se desfez em uma carranca. — Você está brincando comigo? — ela assobiou. — Pelo amor de Deus, Ash, eu tenho sido muito paciente. Mas não comente o que eu como. Você me entende? Eu vou comer quantos pedaços de frango eu quiser. E eu vou beber quantas vodkas Diet Cokes que eu quiser. — Seus olhos se estreitaram com tanta força que tudo o que pude ver foram duas fendas de ônix que me espiavam. — Fique fora do meu negócio, Ash. Ela passou por mim, intencionalmente batendo no meu ombro.

***

Lucy Ele tinha coragem em exigir que eu comesse mais do meu jantar. Ele nem sequer teve esse privilégio quando eu estava recebendo seu pau. Ele certamente não teria agora que havia cruzado tantas linhas. Eu cansei de ser legal. Acabou a cordialidade e tentar ter uma relação de trabalho decente.

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No caminho de volta para a mesa, fiz uma parada no bar e pedi outra vodka Diet Coke e duas doses de tequila. Uma para mim e outra para o Miguel. Não tínhamos trabalho amanhã e planejei abraçá-lo e me envolver com meus novos amigos. Eu gostei do Miguel. Ele era um cara legal que eu poderia desabafar sobre Kelly e ele poderia desabafar comigo sobre Ben em um ambiente seguro. Nós iamos comer hambúrgueres antes de sair para beber com a equipe... até que Ash enfiou o nariz e no segundo que Miguel ficou sabendo que o diretor estava saindo para comer, ele pulou naquela oportunidade. Não que eu pudesse culpálo, nem todos tinham um tio presidente do estúdio. E se eu não tivesse essa conexão, não posso dizer que não teria feito exatamente a mesma coisa na oportunidade de interagir com alguns pesos pesados da equipe. Mesmo assim, eu podia sentir Ash nos observando. Não, me observando. Olhando para Miguel. Caminhei de volta através da multidão, tomando meu lugar em frente a Miguel mais uma vez e deslizei a dose de tequila. — Aqui. — eu disse. Suas sobrancelhas se ergueram. — Sério? Tequila? Dei de ombros e levantei meu copo. — Ela desce suave. Ele bateu seu copo no meu, e eu joguei minha cabeça para trás, afundando meus dentes no limão depois que engoli. Miguel não seguiu o exemplo. Ele bebeu um pouco de sua tequila, estremecendo e colocou na mesa ao lado de sua cerveja. — Desculpe. — ele disse, encolhendo os ombros. — Eu não sou um cara de muitas bebidas. Eu costumo ficar com cerveja e ocasionalmente vinho. Eu lhe dei um sorriso. Merda, eu não queria que ele se sentisse mal ou pressionado. — Oh, tudo bem. — eu disse.

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Então, inclinando-se para perto, Miguel sussurrou: — Cara, por que Ash continua olhando para nós? Eu olhei para o meu prato de frango e batatas fritas mal tocada e peguei uma batata frita, mordiscando a ponta. Dei de ombros. — Talvez ele esteja em você. Miguel apontou seu olhar para o meu, os olhos se iluminando. — Sério? Você acha? Eu poderia jurar que ele era hétero. — Com outro olhar para Ash, eu encontrei seus olhos, odiando o jeito que meu coração pulou. Miguel me estudou, me olhando com desconfiança. — Ele parece estar olhando para você. — ele sussurrou. — Ele está? — Eu joguei inocente, movendo os pedaços de frango ao redor do meu prato um pouco mais. — Quero dizer, não olhe agora… mas sim. Ele não parou de olhar desde que você trouxe a tequila. Não... risque isso. Não olhando. Encarando. Eu bufei. Bem, ele pode olhar. Estendi a mão sobre a mesa, pegando a tequila semi-acabada na frente de Miguel e segurei. — Não pode desperdiçar. — Inclinei a cabeça e joguei para dentro, saboreando a picada mordaz enquanto descia pelo meu esôfago. Duas bebidas se desvaneceram em três. Depois em quatro. E logo eu estava na pista de dança com o Miguel. A noite foi um borrão de risos e dança e eu quase esqueci tudo sobre Ash e o jeito que ele ficava me observando. Eu amava dançar. Era uma das poucas coisas que eu perdi dos meus dias de fraternidade, e embora ocasionalmente Andrea e eu organizássemos festas com dança épicas em nossa sala de estar, não era exatamente o mesmo que girar e se mover em um mar de pessoas perdidas na música.

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Depois de várias músicas, Miguel se inclinou para mim e gritou sobre a música. — Eu acho que vou terminar a noite em breve. — Não! — Eu chorei. Mudei minhas mãos para seus ombros, usando-o para me equilibrar enquanto perdia o equilíbrio. — É muito cedo! Ainda é o começo da noite. — Minha cabeça parecia bêbada e eu estava com sede. Realmente, com muita sede. Miguel riu e sacudiu a cabeça, checando o celular. — Menina, é uma e meia da manhã. Você, eu e Ash são as únicas pessoas que sobraram da equipe. Meu coração bombeava e eu voltei meu olhar para a nossa mesa abandonada. Taças de água meio vazias e pratos de comida espalhavam-se pela mesa, mas, com certeza, Ash ainda estava lá no final da mesa, bebendo água através de um canudo. — Por que ele ainda está aqui? Miguel olhou para mim, sem responder, seus lábios pressionados em uma linha firme. — Me diz você. Mesmo através da névoa do álcool, pude ouvir a insinuação em seu tom. — Olha. — Miguel suspirou. — Eu sei que nos conhecemos há algumas semanas, e realmente só começamos a nos tornar amigos alguns dias atrás, mas... tenha cuidado. Se serve de ajuda, eu não me envolveria com ele. Minhas bochechas queimaram e eu balancei a cabeça, ainda movendo meul quadril com a música... um pouco menos agressiva do que antes. — Sim. Sim, isso é provavelmente um conselho sábio. — Ah, foda-se. — Miguel murmurou. — Você já fez, não é?

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Como diabos ele estava fazendo isso? — Você é psíquico ou algo assim? Miguel suspirou. — Eu tenho três irmãs. E boa intuição. — Ele estendeu a mão. — Me passa seu telefone. — Por quê? — Agarrei minha pequena bolsa preta onde meu telefone estava bem fechado contra o meu peito. — Porque eu vou te dar o meu número. Você deveria ter... apenas no caso. Meus olhos se voltaram para Ash mais uma vez e seu olhar escureceu enquanto ele estudava Miguel e eu do outro lado do salão. — Em caso de quê? Miguel encolheu os ombros. — Apenas no caso de... Caso você precise. Ou se você precisar de uma carona para casa. Ou no caso de você precisar de mim para socar meu punho no rosto do Livingston. Eu levantei uma sobrancelha e apesar da oferta gráfica e violenta, algo aqueceu no meu peito. E não foi só a tequila. — Você socaria seu chefe? O diretor do seu filme? Ele sorriu, olhando para cima de onde ele digitava números no meu celular. — Irmãs, lembra? E eu só faria se ele realmente merecesse. — Depois que seu telefone tocou em sua mão, ele devolveu o meu. — Agora. — ele disse, — eu não deveria dirigir esta noite também. Eu vou para Lyft até Long Beach. Quer compartilhar um Uber? Eu balancei a cabeça. — Eu estou em West Hollywood. — Eram direções totalmente opostas. Droga. Seria bom dividir a tarifa do Uber. Eu olhei e nossa mesa estava finalmente vazia. Ash se foi. Eu respirei mais fácil, um suspiro pesado liberando meu peito. — Eu vou pegar um Uber. Eu só vou

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usar o banheiro primeiro. Lavar o suor do meu rosto. Talvez vomitar um pouco. O habitual. — Quer ajuda? Eu balancei a cabeça que não, mas o movimento rápido me deixou tonta. Quando agarrei seu braço mais uma vez em busca de equilíbrio, Miguel me pegou pela cintura. — Uau. Ok. Calma, Lucy. — Eu peguei ela. — uma voz profunda declarou. Eu olhei para Ash, de boca aberta. Então, levantei minha mão, escovando-a pelo queixo esculpido. Bigodes raspavam contra as pontas dos meus dedos, espetados e grossos. — Você é estupidamente bonito. — eu solucei. Ah, merda. Eu não pretendia dizer isso em voz alta. Miguel ficou boquiaberto e um sorriso divertido retorceu os lábios de Ash. Miguel apertou meu quadril. — Está tudo bem Sr. Livingston. Eu posso levá-la... — Eu disse, eu peguei ela. — A voz de Ash era profunda, rica, e suspirei quando senti o braço dele em minha cintura. — Eu vou levá-la para casa. — Lucy? — Miguel disse meu nome, pisando na minha frente. Através das minhas pálpebras pesadas, sorri para ele. — Você está bem com Ash levando você? Ash não iria silenciosamente para a noite. Mesmo que eu dissesse não, eu não tinha dúvidas de que ele seguiria atrás do meu Uber até que eu estivesse em casa. — Tudo bem, Miguel. — eu disse, e pisquei para Ash. — Tudo bem. — disse Miguel hesitante. — Você tem meu número. Eu quero que você me mande uma mensagem quando chegar em casa em segurança, ok?

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Eu balancei a cabeça, mas mesmo quando ele me perguntou, eu podia sentir os pensamentos escapando. Então os olhos de Miguel cortaram para Ash mais uma vez quando ele acrescentou: — Mande uma mensagem de voz para que eu saiba que é realmente você. Ash deu a ele um sorriso genuíno. — Você é um bom homem, Miguel. Miguel bufou. — Certo. Você diz isso agora que sabe que sou gay. Se você achasse que eu estava em linha reta nela, provavelmente você estaria ameaçando quebrar meu nariz. A mandíbula de Ash se contraiu e sua palma apertou meu quadril. — Talvez. E sinto muito. Miguel bufou, balançando a cabeça. — Vocês dois devem ter mais cuidado no futuro. Eu não sei exatamente o que está acontecendo, mas se eu descobri em questão de algumas horas, então outras pessoas também podem. De cima do seu celular, eu o vi abrir o aplicativo e ele me deu uma olhada final. — Você tem certeza? Eu balancei a cabeça com força. O que eu ia fazer? Fazer com que ele me leve para seu apartamento em Long Beach? E se eu estava sendo honesta, nesse estado de embriaguez, eu meio que queria que Ash me levasse para casa. — Vejo vocês segunda-feira, então. — Então, com um ponto final em minha direção, Miguel me lembrou: — Mensagem de voz, quando você chegar em casa. Ele saiu do bar e tudo o que restou foram cinco mulheres ainda cantando no karaokê e algumas vagabundas na pista de dança. Ash me ajudou andar até a nossa mesa e me sentou com dois copos cheios de água na nossa frente. Ele mergulhou um

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guardanapo em um e deslizou o outro na minha direção. — Beba. — disse ele, segurando o canudo. Enrolei meus lábios ao redor do cilindro de plástico e bebi a água fria. Me senti bem na minha boca seca. Ash pegou o guardanapo molhado e passou-o pela minha testa suada. — Feche os olhos. — disse ele, em seguida, gentilmente correu o guardanapo em meus olhos, enxugando o que restou da maquiagem que Miguel havia feito. Meus olhos estavam secos e coçando e eu pressionei minhas palmas contra eles. — Não esfregue seus olhos. — disse perguntou: — Seus óculos estão com você?

ele.

Então

— Sim. — eu assenti. — Eles estão no carro. E nunca mais vou usar lentes de contato até o dia do meu casamento. A guardanapo congelou na ponte do meu nariz, em seguida, voltou momentos depois, deslizando pela minha pele suada. — Por que você não usaria seus óculos no dia do casamento? — Ele perguntou enquanto mergulhava o guardanapo na água gelada de novo. — Porque. — eu suspirei. — As meninas querem ser princesas bonitas no dia do casamento. Você já viu uma princesa de quatro olhos? Ele sorriu e escovou o guardanapo sobre minhas bochechas e no meu pescoço. — Estou olhando para uma. Eu bufei, mas sorri apesar de tudo. Maldito por me fazer sentir tão quente e confusa por dentro. — Sente-se melhor? — Ele perguntou baixinho, levando o guardanapo para a parte de trás do meu pescoço, onde meu cabelo estava emaranhado e suado. — Mm.. — eu respondi, não confiando em mim para formar palavras ainda.

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O que isso significa? Ele disse que sentia muito, mas honestamente, não era suficiente. Ele me avisou... ele não faz relacionamentos. Eu não acreditava que era porque ele não queria, mas porque ele não podia. E os relacionamentos que ele tinha estavam fora do meu alcance. Longe da minha liga, pensei enquanto escovava meu polegar sobre a ferida do alfinete de segurança que já estava quase curado. Eu engoli em seco, bebendo mais água e o canudo sorveu a pequena quantidade deixada no fundo. — Boa menina, baixinha. — ele disse. — Não diga isso. — eu bati e abaixei o copo. Ele estava sendo legal. E isso estava me irritando. — Eu posso pegar um Uber para ir para casa? Você obviamente tem alguma vingança estranha contra o meu apartamento... — Estou levando você para casa. — Oh? — Eu desafiei, levantando minha sobrancelha para ele. — Sim. — Ele assentiu e ficou de pé, estendendo a mão para me ajudar. — E não é uma vingança... é uma memória. — Uma memória ruim? — Ash segurou meu braço no curto caminho do bar até meu carro e me ajudou a sentar no banco do passageiro. — Uma lembrança doce e amarga. — ele disse. Alcançando meu corpo, ele clicou no cinto de segurança para mim. — Minha esposa morava em seu prédio. Antes... antes de ela morar comigo. Antes de nos casarmos. Antes... dela morrer. Eu engoli a emoção que entupiu minha garganta. — Eu sinto muito.

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Ele suspirou pesadamente e subiu motorista. — Onde estão seus óculos?

no

banco

do

Eu peguei minha bolsa no chão do lado do passageiro, tirei as lentes de contato, colocando meus óculos de volta. Eu me senti humana novamente. Como se eu não quisesse arrancar meus próprios olhos. Toda a tecnologia lá fora e eles não podem projetar lentes que não dão coceira? Ash sorriu e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. — Aí está você. — ele disse calmamente, e ligou o carro. — Você sabe... — Eu disse, com certeza que este era o álcool falando e não a racional Lucy. — Provavelmente não parece, mas pelo menos você tem as memórias doces para se agarrar. Para equilibrar com as amargas. — Eu sei disso. — disse ele. — Mesmo que não pareça que eu sei. Mesmo que tivéssemos terminado, eu mantive minha promessa para ele e me recusei a pesquisar, apesar de saber que todas as respostas que eu estava desejando estavam ao alcance dos meus dedos, uma busca rápida no google. Ele ficou quieto por outro longo momento, e eu tive que perguntar. Eu estava tão curiosa. — Como ela morreu, Ash? Ele engoliu em seco, seu aperto no volante ficou mais forte. Ele respirou fundo antes de responder: — Suicídio. Nós estávamos dirigindo pela estrada para West Hollywood. Andrea só estaria em casa depois das três da manhã. Em uma noite de sexta-feira no LnS? Ela estava ganhando suas gorjetas e então tinha que fechar e limpar o bar antes de voltar para casa. Eu pressionei minha testa na janela que era surpreendentemente fria contra a minha pele úmida. Abri os

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olhos, observando o borrão dos faróis e as placas das ruas. — Você não tinha o direito. — eu disse, meus olhos ainda focados na janela, em vez de em seu rosto lindo. — Você vai ter que esclarecer. — afirmou Ash. — Eu faço muitas coisas para as quais não tenho direito. Eu bufei. Eu sabia que ele estava tentando ser fofo, mas eu também não tinha dúvidas de que era uma declaração precisa. — De me dizer para comer o jantar. — eu disse. — Você sabe que esse é o meu limite. Você sabe que vai acionar minha merda. Mas você fez isso de qualquer maneira. — Sinto muito. — disse ele. — É um gatilho para mim também. Ver comportamentos insalubres e destrutivos. — Eu não sou destrutiva. — Então, o que você chama de ficar bêbada com o estômago vazio? Sim, ok. Foi um pouco destrutivo. Mas muitas mulheres jovens saem para dançar e ficam bêbadas. Eu estava com um amigo que estava cuidando de mim. Eu não estava planejando ir para casa com ninguém. Eu não estava me colocando em perigo. E isso não mudou os fatos. — Destrutiva ou não, meu bem-estar e segurança não são sua preocupação. — Não mais. Talvez nunca tenha sido. — Isso não significa que não vou me preocupar com você. Eu não posso evitar. É quem eu sou. Finalmente ousei um olhar para a minha esquerda. Suas mãos agarravam o volante. Articulações brancas. Os lábios apertados e pressionados em uma linha cor de carne. — Por quê? — Eu perguntei baixinho. Ele encolheu os ombros. — O estilo de vida afirma que o único trabalho de um Dominante é cuidar do bem-estar de sua submissa...

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— Não. — eu retruquei. — Não a resposta do livro didático. Me diga o seu porquê. Ele respirou fundo, demorando um longo tempo para responder. Finalmente, ele disse. — Porque se eu tivesse feito melhor o meu trabalho como Dom, minha esposa ainda estaria viva. Eu podia sentir sua dor tão certa como se fosse minha. Eu estremeci com o estalo de sua voz. Então… ele se sente responsável pelo suicídio de sua esposa… de alguma forma por causa de seu relacionamento como Dom. Ainda não fazia muito sentido para mim, mas foi o máximo que ele se abriu até agora. E por causa disso, ele foi mais assertivo sobre o que considerava minha saúde e bem-estar. Mesmo sem toda a informação, fazia muito mais sentido. Ash fez muito mais sentido. Eu ainda não conseguia entender como o suicídio dela coincidia com os meus hábitos alimentares. — E você? Seu pai? — Ash perguntou. — E ele? — Ele já abusou de você? Ou era apenas sua mãe? Eu bufei, meus olhos pesados enquanto eu olhava pela janela. — Só minha mãe. — repeti. — Apenas. Como se ela não fosse o suficiente. — Não é isso que eu quis dizer, Lucy. Suspirei. — Eu sei, eu sei. Não, ele nunca me bateu. Mas isso não significa que eu não senti todos os golpes. Cada empurrão. Puxão de cabelo. Eu vi tudo. Adormecia aos gritos da minha mãe. O silencio dela quando ele gritava. Ela soluçando. Ela implorando para ele ficar. Para ser o marido que ela queria. Para amá-la. E jurei a mim mesma que nunca seria aquela mulher.

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— Você não é aquela mulher, Lucy. Você não era aquela mulher comigo. E em BDSM, você também não é. Você vê a diferença, certo? Dei de ombros. — Às vezes vejo a diferença. Mas aquela noite? Parecia exatamente o mesmo. Graças a Deus pelo meu tio. Ele encontrou as marcas na minha mãe... Eu tenho certeza que ele suspeitou de abuso por um tempo, mas quando finalmente teve a prova, ele confrontou meu pai. Papai era uma bocetinha. E quando chegou a hora, ele não queria lutar com alguém do seu tamanho. Então fez uma mala e saiu. Com meu tio lá nos observando. E minha mãe implorando ao pai para não ir. — Seu tio parece um bom homem. Eu ri, puxando meus joelhos para o peito. — Ele é um bom homem. Ele é seu amigo. — Eu ri mais, o absurdo de todo o nosso cenário era de repente a coisa mais hilariante que eu já tinha ouvido falar. — Ele é? Espere, quem é seu... — Uh oh. — Uh oh? O que... — Pare. — eu disse. — Rápido. Os pneus gritaram e ele mal pisou no freio antes de eu abrir a porta e me arremessar para o lado da estrada. Oh Deus. Isso poderia ser mais humilhante? Senti suas mãos nas minhas costas, percorrendo o comprimento da minha coluna em traços fortes e reconfortantes. E então seus dedos prendeu meu cabelo para trás e para fora do meu pescoço suado. A brisa da noite roçou minha pele úmida e foi uma suspensão bem-vinda do suor frio que cobria meu corpo.

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— Calma, devagar. — ele arrulhou no meu ouvido. Eu amei esse lado mais suave de Ash. Eu amava o quão doce e carinhoso ele poderia ser. Sem esse lado, aquelas palmadas que ele administrava não eram nada. Isso foi o que fez o lado dominante tão sexy. Sabendo que o lado oposto da moeda era macio e eu logo depois eu receberia este tratamento. Sabendo que a dor era temporária e que o cuidado e a consideração era o acompanhamento. Ele me colocou de volta no carro e nós chegamos ao meu apartamento sem mais incidentes. Meus joelhos estavam fracos quando saí do veículo e Ash não hesitou em me pegar em seus braços e me levar até a minha porta. Ele pegou as chaves de dentro da minha bolsa e me colocou na cama, tirando meus sapatos. — Você quer tirar sua saia? — Ele perguntou. Eu estava de bruços na minha cama, uma perna pendurada na borda. — Não se atreva a tocar nas minhas roupas.— eu disse. Ele me ouviu apesar do tom abafado do travesseiro. — Você é a chefe. — ele respondeu com uma risada. Eu bufei. — Okay, certo. Eu ouvi um farfalhar ao redor e então ele colocou calças de pijama e uma camiseta dobradas ao meu lado na cama. — Você se sentirá muito melhor se trocar de roupa. Vou esperar no corredor. — Mm. — Esperei até ouvir o clique da porta, depois me sentei, tirando a blusa suada e com lantejoulas depois a saia. Por que diabos eu deixei Miguel me convencer a usar essa merda? Eu parecia ridícula.

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Porcaria, Miguel. Peguei meu celular, deixando-o cair no chão no processo e gemi. Não como que eu pudesse quebrar a tela muito mais do que já estava. — Você está bem? — Ash chamou pela porta. — Estou bem. — eu gritei de volta e através da tela quebrada, eu coloquei o nome de Miguel em meus textos e enviei-lhe uma mensagem de voz rápida. — S-sou eu. Estou em casa e em segurança e ninguém está me obrigando a deixar esta mensagem. — Pronta? — Ash perguntou através da porta fechada, assim que terminei e caí de volta na minha cama. — Sim. — Eu me senti muito melhor em meu pijama e odiava que ele estivesse certo sobre trocar de roupa. Ele poderia estar errado alguma vez? Ele deslizou de volta para o quarto, quase em silêncio. — Você precisa de algum alarme para amanhã? — Não. Folga. Eu ouvi um pequeno sinal sonoro que reconheci quando meu telefone foi conectado. — Não consertou sua tela ainda, eu vejo. — disse ele. — Com que dinheiro? Ele fez um som pensativo de hmm antes de colocar uma mão nas minhas costas. — Há uma lata de lixo aqui, se você precisar. Então, houve mais ruídos ao redor do meu quarto e eu espiei através de um olho aberto. Ele desligou as luzes e puxou uma cadeira para o canto. Sabendo o que eu sei agora sobre sua esposa? Não pode ser fácil ele estar aqui. Mesmo que o edifício foi renovado, o layout era o mesmo. São as mesmas janelas. As mesmas paredes. E se as pessoas

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estivessem corretas de que um lugar pode habitar e coletar a energia das vidas que uma vez estiveram aqui, ele deve estar vibrando com sua energia agora mesmo. — Você não tem que ficar. — Eu sei. — E não disse mais. Não se levantou de onde estava na minha cadeira papasan chair. E honestamente, eu estava cansada demais para discutir com ele. Fechando meus olhos, eu me afastei. Não sei quanto tempo passou, mas acordei rápido, correndo para o banheiro para vomitar de novo. Ash estava bem ali, correndo ao meu lado, segurando meu cabelo. Falando gentilmente no meu ouvido. Na terceira vez que aconteceu, não me preocupei em voltar para a cama e Ash se juntou a mim no chão do banheiro com travesseiros e cobertores. Meu estômago estava vazio. Não havia mais nada no meu sistema para vomitar. Eu estendi minha palma no chão de ladrilhos, só que em vez disso, conectei com o peito nu de Ash. A pesada ascensão e queda de sua respiração rítmica. E então, seus dedos entrelaçaram nos meus e ele pressionou seus lábios nas minhas juntas. — Eu não sei se estou pronta para isso. — confessei. — Para você. Eu quero, mas também... me assusta. — Isso me assusta também. — ele sussurrou. — Muito. — Eu não achei que algum dia encontraria amor. Eu não queria. — eu sussurrei. — Eu vi como isso destruiu minha mãe e eu só... eu não achei que valeria a pena. — Eu engoli em seco, meus olhos ardendo e coçando das lentes estúpidas que usei mais cedo. Eu olhei para Ash, colocando meus óculos mais alto no nariz. Seu olhar estava inclinado para

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baixo em mim e seus lindos olhos azuis estavam brilhantes apesar da escuridão. — Não importa o que aconteça com a gente. — eu sussurrei, — Você me fez perceber que vale a pena. — Eu queria acrescentar: Você vale a pena, mas essas palavras simplesmente não se formariam. Foi muito honesta. Vulnerável. E eu não podia continuar abrindo minhas feridas e sangrando para Ash se ele não retribuísse. Ele estava tentando. Eu podia ver que ele estava tentando, mas isso pode não ser suficiente. Pode nunca ser o suficiente. Os olhos dele se apertaram. Se ele respondeu, eu não ouvi. Meus olhos ficaram mais pesados e senti os dedos de Ash roçarem meu cabelo enquanto eu mergulhava em um sono pesado.

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CAPÍTULO VINTE

Lucy Não fiquei surpresa em não encontrar Ash de manhã. Ao lado da minha cama, ele deixou uma garrafa de Advil e um copo de água. Em vez de Ash, encontrei Andrea dormindo ao meu lado, encolhida de lado. Quando ela abriu os olhos, eu dei a ela um grosso — Hey. Ela sorriu. — Olá para você. — Ash... — Saiu? — Ela levantou uma sobrancelha na minha direção. — Sim. Quando cheguei em casa, ele me encontrou no corredor para explicar o que aconteceu. Eu assumi o serviço de enfermeira. Eu gemi e mesmo que minha boca estivesse seca, o pensamento de colocar qualquer coisa no meu estômago me fez querer vomitar. — Então... tiros de tequila? — Andrea perguntou. — Não soa realmente como você. Pelo menos não o você dos últimos anos. — Eu sou uma idiota. — eu gemi. — Sim. — Andrea se aproximou e colocou o braço sobre meu estômago. — Mas você é minha idiota. — Ela fez uma pausa. — Eu tenho estado ocupada trabalhando, mas você nunca me disse o que deu errado entre você e Ash. Só que isso não durou.

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Ela não perguntou imediatamente. Andrea era boa nisso. Hábil na lenta cutucada e fazendo com que as pessoas se abrissem sem sequer perceber que ela que havia tirado delas. Eu virei minha cabeça para olhar para ela. — Seu estilo de vida não é para mim. Seu rosto se contorceu, expressão azeda. — Ele te machucou? Como... te machucou de verdade? Não apenas cenas de brincadeiras e outras coisas. — Não intencionalmente. Ele só ficou… Só se deixou levar. Ela lambeu os lábios e enxugou o olho. Rímel manchava abaixo dos seus olhos - em mim o que pareceria gorduroso, em Andrea, ela estava linda e com olhos esfumados, como se estivesse em um anúncio de roupas de dormir de luxo. — Doms deveriam estar no controle máximo. Eles não deveriam se deixar levar. — Eu pedi a ele para me mostrar o seu pior. — eu soltei, defendendo Ash. Meu rosto se aqueceu de vergonha. Deus, eu fui idiota. E essa foi a razão pela qual eu não estava brava com ele. E a principal diferença entre ele e meu pai. Pelo que sei, minha mãe nunca pediu ao meu pai para bater nela. Ela nunca implorou por isso, ou se debruçou sobre uma mesa antecipando-o. Ela nunca olhou nos olhos dele e pediu que ele mostrasse o quanto isso pode ser difícil. Mas eu tinha. Isso não significa que eu queria aquela vida para mim. Mas significava que eu não iria segurar contra ele. Andrea me estudou mais. — Então... você pediu a ele para mostrar o quão duro e áspero ele poderia ficar, então o culpou quando você não gostou? — Não é tão simples. — eu gemi. — E eu não estou culpando ele. Eu não estou brava com ele. Mais...

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— Baby, eu estou do seu lado. Sempre. Mas pela primeira vez desde o ensino médio, você não está sendo franca com informações e isso me deixa nervosa, considerando a última vez que você manteve a merda de mim, foi porque sua mãe estava dizendo que você era gorda e você estava se trancando no banheiro enquanto empurrava o dedo em sua garganta. Eu estremeci. — Isso não é assim. Eu só fiquei com medo naquela noite. E eu não gostei muito. Andrea parou por um momento. — Ou talvez você estivesse gostando demais e isso fosse assustador? Porra, ela me conhecia muito bem. Ela não estava errada. Pelo menos até eu ser ferida com um alfinete de segurança. Era culpa de Ash e também não era. — Ele também tem uma coisa sobre comida. Ele quer que as mulheres comam e ele quer saber o que estão comendo. O silêncio de Andrea dizia mais que qualquer palavra. — O que? O que você está pensando? — Eu rolei para o lado, de frente para Andrea. Estávamos cara a cara agora. Ela franziu o nariz. — Estou pensando que você esta com bafo de dragão. — Estou falando sério! — Eu também. — disse ela, rindo. Revirei os olhos e me forcei a sentar na cama e tomar um gole de água. O líquido frio bateu no meu estômago e eu parei, temendo o pior. Milagrosamente, eu a mantive dentro e bebi um pouco mais, sentindo-me melhor a cada gole. — Tudo bem. — disse Andrea. — É sério, porém… a maioria dos Dominantes tem dieta e comida em seus contratos. É estranho, é bem típico do estilo de vida. — Bem, é fodido e eu odeio isso.

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— Você tem todo o direito de odiar. O estilo de vida não é para todos. A questão é, com sua história... Suspirei. — Você quer dizer meu distúrbio alimentar. Ela assentiu. — Sim. Com a sua história e o seu transtorno alimentar passado, isso vai desencadear ou levá-la de volta a hábitos não saudáveis? Eu balancei a cabeça. — Não. Claro que não. Eu não me fiz vomitar em anos. — Existem outras formas de desordens alimentares, Lucy. — Andrea me deu um sorriso fraco. — Eu sei disso, mas... — Mas... você bebeu com o estômago vazio na noite passada. — O que eu não teria feito se ele não tivesse feito questão de me pedir para comer o jantar. Andrea respirou fundo. — Feche os olhos por um momento. — Eu os rolei antes de fechar. — Imagine que você e Ash são um casal. Verdadeiramente parceiros de BDSM. Imagine que ele pediu para você comer seu cheeseburger, ou pelo menos terminar a metade antes de fazer suas injeções. — Não é o lugar dele... — Estamos imaginando, Lucy. Imagine por um segundo que sua mãe nunca tenha dominado a comida. Que ela nunca fez você se pesar diariamente. Imagine que seu pai nunca tenha sido abusivo. Você gosta das outras coisas. E Ash lhe pedindo para comer sua refeição não vem de um lugar de querer que você seja magra, mas de um lugar de querer ter certeza de que você não acabe como você esta manhã. Ele não estava dizendo para você não beber. Ele não estava atrapalhando sua diversão. Ele simplesmente pediu

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que você terminasse o jantar primeiro e talvez ele a instruísse a beber água durante a noite. — Ela fez uma pausa e eu apertei meu queixo. — Isso é realmente tão ruim? Emoção estava entupindo minha garganta. Não soou mal quando ela disse assim. Mas me senti mal. Minha reação a ela pareceu carregada, e fez a ansiedade subir na minha garganta. — Minha mãe não controlava o que eu comia para que eu fosse magra também. Ela fez isso por amor. E medo. E ela queria que eu fosse saudável. — Eu sei. — disse Andrea. — Tome o mesmo cenário da noite passada… e finja que era eu no lugar de Ash. Finja que fui eu que te disse para comer seu hamburguer... — Era frango empanado. — eu a corrigi. Era uma coisa estúpida para corrigir, mas era tudo que eu tinha sobre ela e nós duas sabíamos disso. — Bem. Finja que eu estava lhe dizendo para comer o frango. Eu era a única dizendo para você beber água. Porque eu me importo com você. Porque eu não quero que você passe mal. E principalmente porque agora nosso banheiro cheira a uma parada de caminhões e eu sei que vou ser a única a esfregar essa merda hoje. Eu ri disso, sentindo meu peito saltar. Mas a risada fez outra onda de náusea tomar conta de mim e eu gemi, colocando a palma da mão na testa. Ela não estava errada... Andrea fazia com que eu comesse bem quando bebia o tempo todo. E eu fazia o mesmo com ela quando estavamos festejando. — E além disso... — Ok, Andrea, eu entendi. — Não espere! Estou empolgada! Porque, para nesse caso, Rich não faz a mesma coisa? Se certifica de que você

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está comendo bem? Ele compra cartões de presente para restaurantes da região e envia sua famosa macarronada ziti? Você não é acionada por ele, garantindo que você está comendo, certo? Eu bufei. — Oh, por favor. O ziti do tio Rich não é bom. — Hum, agora eu sei que você está mentindo. Eu vi você comer metade de uma caçarola. Eu revirei meus olhos. — Entendi. Às vezes não é sobre controle. Às vezes é sobre o cuidado. — Para Dominantes, é sobre ambos. Controle, segurança e cuidado. Pelo menos é para os bons. E eu acho que em seu núcleo, Ash é um bom. Minha garganta queimava. — Eu também acho. Mas isso não significa que ele é bom para mim. Andrea assentiu pensativamente. — Bem, isso é verdade também. Eu acho que você tem muito a pensar. Eu coloquei o copo de água e joguei as cobertas de lado. Eu tinha que fazer xixi. Quando fiquei de pé, meu estômago revirou. Oh Deus. Eu ia vomitar novamente. Corri para o banheiro, chegando a tempo. Depois de um banho e escovar os dentes. Andrea estava certa, eu tinha bafo de dragão, me senti um pouco mais humana. E enquanto eu seguia pelo corredor até a nossa pequena cozinha, uma cesta de presente chamou minha atenção. Eu engoli, me movendo cuidadosamente em direção a ela. Dentro, havia um cartão de presente da Verizon para consertar a tela do meu celular e DVDs de Meet Me em St. Louise Cabaret. Também havia calças de pijama com peixesboi, uma camiseta branca o mesmo tamanho e tipo exato que

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uso todos os dias. E uma caixa de loops de frutas, uma xícara de iogurte grego e uma banana. Andrea olhou por cima do meu ombro, apoiando o queixo no meu braço. Do fundo da cesta, ela tirou um chaveiro de peixe-boi. Na barriga, reconheci a caligrafia de Ash com o nome: Scarlett. Andrea estendeu para mim. — Você contou a ele sobre Scarlett, o peixe-boi e seus planos para uma casa na Flórida no meio do oceano? Eu balancei a cabeça, rolando o chaveiro em minhas mãos. Andrea pegou o loops de frutas, servindo uma tigela para cada uma de nós. — Você coloca o filme. Eu vou fazer o café da manhã. Parece que temos alguns filmes para acompanhar. Eu gemi. — Você não tem que terminar o figurino para a reunião de segunda-feira? — Está quase pronto. Eu só tenho mais um vestido para alterar e posso fazer isso amanhã. Agora vá. Vá colocar seu pijama novo. Eu não tinha certeza de como essa cesta mudou alguma coisa. De certa forma, isso não aconteceu. E de outras formas, mudou tudo. Eu mandei uma mensagem agradecendo a Ash, então desliguei meu telefone. Eu precisava de tempo para pensar. Tempo com Andrea. Tempo com Judy. E tempo com Scarlett. Eu não estava pronta para desistir de Ash ainda. Eu não estava certa de que fomos feitos um para o outro, mas talvez eu fui apressada em terminar as coisas. O medo é um poderoso motivador e mesmo que eu tenha pedido a Ash para me mostrar seu lado mais brutal de Dominante, foi aterrorizante. Eu precisava saber quantas vezes ele precisava

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desse tipo de coisa... se é que alguma vez. Isso era sua torção? O lado mais violento de si mesmo? O resto da minha tarde foi um borrão com fortes dores de cabeça e correr para o banheiro antes de vomitar. Nota para si: a herança latina não significa que eu possa lidar automaticamente com a tequila. À uma da tarde, eu caí num sono profundo e, quando acordei por volta das cinco da tarde, finalmente me senti humana novamente. Liguei meu telefone de novo, ouvindo algumas músicas enquanto esfreguei o banheiro para que a pobre Andrea não precisasse. Então, eu me cozinhei um pouco de ramen, e quando estava a ponto de colocar Cabaret, meu telefone apitou com uma mensagem de Ash. Como você está se sentindo? Eu sorri, saboreando o calor que crescia dentro de mim ao ver seu nome iluminar meu telefone. Muito melhor, eu mandei uma mensagem de volta. Quanto melhor? Ele pressionou. Um sorriso malicioso curvou meus lábios e meus polegares voaram pela tela enquanto eu respondia. Por que você não vem para que eu possa te mostrar o quanto melhor? Houve uma pausa e, por um momento, achei que o havia assustado. Talvez aquela cesta não tenha significado o que eu pensava que tinha? Eu quase desisti quando meu telefone tocou com outro texto. Olhe para fora da sua janela.

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Corri para a cozinha, abrindo as persianas e encontrei o Porshe de Ash parado na frente, o motor em marcha lenta.

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CAPÍTULO VINTE E UM

Ash EU não tinha certeza do que estava fazendo aqui no carro com Lucy. O que eu esperava? Ela ainda não estava pronta para isso. Não estava pronta para mim. Nada havia mudado desde a noite de segunda-feira. E ainda, ontem à noite, tudo mudou. Nós dois sabíamos disso. Mesmo que não tivéssemos falado nada. Porra, isso foi estranho? Devemos falar sobre isso? Eu nunca fui bom com conversas. Nem mesmo com Brie. Sentar e compartilhar sentimentos era apenas o meu pior pesadelo. E felizmente foi o pior pesadelo de Brie também. Crescendo como filha de pastor, ela teve o suficiente de círculos de compartilhamento em sua infância. Depois de dirigir por alguns minutos, perguntei: — Onde devemos ir? Ela olhou para mim brevemente. — Que tal você me mostrar a parte de cima do LnS? Bati meu olhar no dela, então rapidamente olhei de volta para a estrada, balançando a cabeça. — Você não está pronta para isso. Especialmente depois da noite passada. Eu esperava que ela ficasse brava... mas não. Ela me olhou calmamente e perguntou: — Você enviou meu contrato para eles? — Sim mas... — E eles me aprovaram?

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— Sim. Mas você passou a noite toda vomitando. Eu não acho que esta noite seja... — Ash. Olhe para mim. Quando parei em um sinal vermelho, me atrevi a olhar em sua direção. Suas bochechas estavam coradas. Sua boca molhada, olhos astutos e penetrantes. Ela ergueu as sobrancelhas. — Eu me sinto ótima. Eu comi o jantar cedo e fiz todas as minhas refeições desde a uma hora da tarde. Estou pronta para isso. Mas eu estava pronto para isso? Expeli um suspiro quando o sinal ficou verde e pisei no pedal do acelerador. — Está bem então. Mas vamos com calma. — Ei... — ela disse, — você é o chefe. Eu lancei outro rápido olhar para ela. — Eu sou? — Eu não tinha mais tanta certeza e o pensamento estranhamente trouxe um sorriso aos meus lábios. — Apenas dirija, espertinho. A maior parte da viagem foi tranquila e eu podia sentir que estávamos profundamente pensativos. Eu deslizei meu olhar rapidamente para ela enquanto eu diminuía a velocidade em um sinal vermelho. Ela estava mordendo o lábio inferior, brincando com as cutículas. Ela parecia ter algo a dizer. — O que é foi, Lucy? — Eu perguntei. Ela ergueu os olhos para os meus, os cílios negros longos e quase batendo nas lentes de seus óculos a cada piscada. — Sua esposa. Como ela... Meu aperto no volante ficou mais forte e eu empurrei meu olhar de volta para as luzes traseiras do carro parado na

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nossa frente. — Eu não quero falar sobre como ela... como ela fez isso. Eu podia ouvir o som farfalhante do aceno de Lucy. — Compreendo. Mas ontem à noite, você também disse que se sentiu responsável. Que se você fosse um Dom melhor... — sua voz se desvaneceu. — Eu só estou curiosa com o que você quer dizer. O que ser Dom tinha a ver com isso. Porque na minha experiência limitada, a doença mental não é culpa de ninguém. Eu odeio pensar que você está se culpando... Eu não suportaria ouvir outro discurso que a morte de Brie não foi minha culpa. Ninguém sabia. Ninguém a conhecia, nos conhecia, como eu. Pode não ter sido apenas eu o único a tirar a vida dela, mas eu poderia ter parado. Eu poderia ter evitado se estivesse prestando atenção. — O trabalho número um do Dominante é garantir a segurança do seu submisso O trabalho número um do marido é cuidar e sustentar sua esposa. Eu falhei em ambas as coisas. — O sinal ficou verde e antes que eu colocasse o carro em movimento, dei outro olhar para Lucy. Ela engoliu em seco, seu olhar fixo em mim e os músculos de sua garganta apertados. — Eu me ocupei com o trabalho. E porque eu estava ocupado e exausto depois de longos dias de filmagem, eu não vi os sinais. Eu senti falta dela pedindo ajuda. Eu deveria estar prestando mais atenção à minha esposa. Minha sub. Minha parceira. Eu poderia ter parado. Eu deveria ter parado, mas falhei com ela. Ela morreu por minha causa. Ficou tudo quieto por um longo momento antes de Lucy falar novamente. — Ash... — Apenas... não. — eu sussurrei. — Qualquer coisa que você vai me dizer, eu já ouvi de Jude. De Neil. Dos meus pais. Então apenas... não faça.

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— Ok. Eu não vou... Eu não vou te dizer que não é sua culpa. — A implicação ainda oscilava entre nós; suas palavras não ditas, disseram, não é sua culpa. Lucy não entendia. Ela realmente não conhecia o estilo de vida completamente… então como ela poderia? — Eu preciso perguntar, porém... isso tem alguma coisa a ver com seus problemas alimentares? Minha mandíbula se apertou. Eu odiava falar sobre isso. Eu odiava pensar. Reviver isso. — Sim. — eu respondi, minha voz tão baixa, eu não tinha certeza se ela me ouviu até eu ouvi-la responder. — Tudo bem. — ela sussurrou, e eu respirei um suspiro pesado de alívio que ela estava deixando cair. — Estou me esforçando para me abrir, mas... — Eu sei. — disse Lucy. — Eu não quero causar mais dor, mas se estamos avançando, preciso te conhecer. Ou, pelo menos tentar entender de onde você vem. Estendi a mão, gentilmente colocando meus dedos nos dela e puxei seus dedos para os meus lábios. — Você não está me causando nenhuma dor, Lucy Rodriguez. — Eu queria compartilhar as coisas com ela... Eu só não sabia se era capaz. Fazia tanto tempo desde que eu falei com alguém sobre Brie, eu realmente não sabia mais como fazer isso. Eu virei à direita no estacionamento do LnS. — Como você quer ir para dentro? — Eu perguntei. — Pela frente e obter a experiência real? Ou em silêncio pela porta dos fundos? Sua sobrancelha arqueou impressionantemente. — Isso é um eufemismo? Porque enquanto eu não me oponho a uma pequena ação na porta dos fundos, estou curiosa sobre a experiência completa do LnS.

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Eu empurrei minha cabeça para trás, sacudindo as teias de aranha. — Espere... você não se opõe a...? — Eu posso ser inexperiente com BDSM. Mas eu não sou inexperiente. Bem, puta merda. Se eu pudesse pegá-ela e correr para os meus aposentos no andar de cima sem fazer uma cena, eu faria. Em vez disso, respirei fundo, ajudei Lucy a sair do banco do passageiro e a conduzi até a porta da frente. O bar e a pista de dança estavam quase vazios enquanto seguíamos para o corredor dos fundos, onde Pete estava esperando. Na ponta da escada, Pete estava com um iPad na mão. Ele me deu um aceno de cabeça e sorriu calorosamente para Lucy, segurando o pequeno microfone e a tela para mim. Inclinei-me e disse: — Minha voz é minha senha. — no microfone enquanto Pete digitava algo no iPad. Então, gesticulei para Lucy. — Esta é Luciana Rodriguez. Você deve ter seu contrato em arquivo. Pete assentiu, passando o dedo pela tela. — Sim, está no arquivo. Eu só preciso da sua identidade, senhora. — Ele olhou para Lucy, que abriu sua bolsa e carteira e lhe entregou sua carteira de motorista. Depois de mais um minuto, eu a conduzia pelo corredor, dificilmente dando a ela uma chance de olhar em volta. Eu só queria ela no meu quarto. Na minha cama. Onde eu poderia reivindicá-la como minha. — É tão escuro aqui. — ela sussurrou, diminuindo a velocidade para passar a mão pelas paredes escuras de ardósia, mal iluminada com castiçais e velas.

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Sim, eu queria ela na minha cama. Mas ela também queria dar uma olhada. Para se aclimatar. Que idiota eu seria se eu a apressasse pelos corredores? Um dos outros membros caminhou pelo corredor, com um saco de comida nas mãos. Ele me deu um aceno de cabeça, me olhando rapidamente. — Então... todo mundo que está aqui tem um segredo? Eu balancei a cabeça. — Todos nós. Quem não tem um segredo? Os músculos de sua garganta estavam tensos e ela pressionou os lábios em uma linha firme. — Você tem certeza de que está pronta para isso? — Eu perguntei. — Parece que talvez devêssemos levar as coisas mais devagar. Nós poderíamos pedir uma pizza. Voltar para o seu apartamento... Ela se empurrou na ponta dos pés, passando a língua pelo meu lábio inferior. O movimento quente e úmido foi direto para o meu pau e minhas mãos aterrissaram pesadamente em seu quadril, apertando. — Eu não posso dizer que vou gostar de tudo, mas… estou curiosa. Eu quero ficar. Eu a estudei por um longo momento, observando o modo como seus olhos se arregalaram e os cantos de sua boca se inclinaram para cima. Se isso era realmente o que ela queria, eu iria dar a ela. Vou recebê-la no meu mundo; meu mundo louco, intenso e fodido. Mas eu também não tinha certeza se ela sabia exatamente no que estava metendo. — Curiosidade matou o gato, você sabe. — eu disse. Ela sorriu. — Também afogou a boceta.

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Eu gritei uma risada e me inclinei para roçar meus lábios nos dela. Eu senti falta desses lábios. Muita falta na semana passada. Deslizei minha mão na de Lucy. Nossos dedos se aninharam juntos, enroscando-se como pedaços de seda e eu a puxei pelo corredor, intencionalmente passando pelo meu quarto, 224, direto para a área de visão da comunidade nos fundos. — Espere aqui. — eu disse, em seguida, usando o meu cartão-chave dourado, abri a porta e espiei dentro. Mesmo sendo uma noite de sábado, ainda era cedo e tranquilo. Mas para o LnS? Até mesmo as noites tranquilas era muito para levar se você fosse um iniciante. Eu queria que Lucy visse isso. Entender os lados mais intensos do meu estilo de vida. Mas eu não precisava dela fazendo isso com meia dúzia de membros aqui dentro. Eu não queria uma repetição da outra noite - empurrando-a com muita força, longe demais. Eu exalei, aliviado quando vi apenas um casal dentro da sala. Ela poderia lidar com isso e se eu estivesse errado e fosse demais, sairíamos. Com uma respiração profunda, eu serpenteei meu braço em volta da cintura pequena de Lucy e sussurrei em seu ouvido. — Aqui vamos nós. Use suas palavras de segurança a qualquer momento. Entendido? Uma vez que senti ela acenar, dei um passo à frente, guiando-a para dentro da sala. O únic membro dentro era um homem chamado James. Ele projetou alguns videogames famosos anos atrás, mas ele não era uma celebridade reconhecível e eu não o conhecia muito bem. Ele estava sentado no canto, com o pau para fora, e uma mulher ajoelhada entre suas pernas, chupando.

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Ao meu lado, Lucy engasgou, apenas um pequeno barulho, mas ouvi tudo do mesmo jeito. Eu a puxei com mais força para o lado enquanto ela se afastava. — Eu não vou fazer nada em público. — ela sussurrou. Segurei firmemente sua cintura e beijei sua têmpora. — Eu nunca pediria isso você. Eu nunca fui bom em compartilhar meus brinquedos Tonka quando criança, e sou ainda pior para compartilhar agora. Ela olhou ao redor da sala, nervosamente trazendo seus dentes superiores sobre o lábio inferior rechonchudo. — Então por que estamos aqui? Fiz um gesto para a grande janela no lado sul da sala. Deste lado, era uma janela. Do outro lado, era um espelho. Uma área do clube onde os voyeurs poderiam ter seus fetiches. Na maioria das noites, o clube tinha uma lista de pessoas prontas e dispostas a entrar naquela sala e ser fodidas e chicoteadas para o prazer do círculo interno de LnS. Esta noite? Havia uma mulher com tiras de couro amarradas ao redor de seu corpo. Eles apertavam seus seios e coxas e cintura. Ela estava de joelhos, com os pulsos amarrados e esticados acima da cabeça. Seus joelhos estavam afastados quando um homem a rodeou, chicoteando os mamilos com um chicote de couro. Com cada golpe, eles ficaram mais rosados, corando todo o seu corpo com um tom avermelhado. De trás de nós, James gemeu, um som longo e satisfeito e a mulher de joelhos deu um gemido abafado. Eu coloquei Lucy contra o meu corpo, na minha frente, protegendo-a de James e sua submissa. Nós ficamos na frente da janela, meus braços envolvendo seu corpo e nossas mãos seguraram o corrimão. Eu ouvi um zíper atrás de nós e depois passos caminhando para a porta. — O quarto é todo seu. — disse

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James, quando ele passou por nós senti os músculos de Lucy tensos de onde ela se apoiava contra o meu peito, com o som da porta se fechando. — Ele poderia dizer que eu estava desconfortável? Eu pressionei meus lábios na pele macia logo abaixo do lóbulo da orelha dela. — Talvez. — Provavelmente. James tinha esta por aqui um tempo e pelo pouco que eu sabia, ele parecia um bom sujeito. — Estou mais preocupado se você ainda está desconfortável. Ela engoliu e as linhas apertadas de sua garganta se contraíram com o movimento. — Eu me sinto muito melhor agora que somos apenas nós dois. — Seu queixo se inclinou para a janela. — Eles não podem nos ver? Eu balancei a cabeça. — Não, mas eles sabem que as pessoas estão assistindo. Isso é parte do fascínio de algumas pessoas. Nós observamos por mais alguns instantes, a respiração de Lucy se contraindo quando o homem na outra sala prendeu um grampo de metal em cada um de seus mamilos. A mulher no palco se contorceu, os joelhos se separaram mais e a boca úmida se abriu, ofegante. Lucy empurrou seu quadril para trás contra a minha ereção, a curva suave de sua bunda um forte contraste com o meu comprimento de aço. Seu gemido era tão quieto que quase não ouvi. Arrastando minha mão pelo seu corpo, no interior de sua camisa, encontrei seus seios cobertos de renda e empurrei o sutiã para cima. Com o polegar e o indicador, eu rolei seus mamilos, saboreando como eles se embolavam sob a atenção. Um ruído rolou profundamente em sua garganta e ela baixou a cabeça pesadamente contra o meu peito.

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Na janela, nós dois assistimos enquanto a mulher amarrada tremia seus joelhos, suas coxas, seus braços, todos eles visivelmente tremiam quando ela gritou, implorando por libertação. O homem a circulou, então, começou a bater em seu clitóris, devagar e ritmicamente com o chicote de equitação. Thwap. Eu me inclinei, chupando o lóbulo da orelha de Lucy na minha boca e rolando-o contra a minha língua suavemente. Puxando para trás, eu sussurrei: — Eu quero fazer isso com você eventualmente. — Deslizando minha mão pelo seu tronco, eu arrastei meus dedos sobre o afundamento de seu abdômen plano até alcançar o botão de seu jeans. Abrindo, deslizei meus dedos sobre seu osso pélvico, minha respiração pesada enquanto eles deslizavam cada vez mais perto de seu núcleo quente. Sua boca se abriu e algo entre um gemido e um suspiro escapou através de seus lábios exuberantes. Mudando seu peso, ela abriu as pernas para mim. Alcançando atrás dela, ela se moveu para agarrar meu pau, mas eu puxei de volta bem a tempo e aquele gemido de antes ecoou em um gemido completo. — Por favor. — ela implorou. — Eu preciso sentir você. Eu também precisava disso. Mas não era a hora. Nós temos que ser pacientes porque estava prestes a ficar muito bom. Bom pra caralho. — Ainda não. — eu disse. — Mãos no vidro. Não as mova até que eu diga. Eu empurrei sua calcinha para fora do caminho e deslizei um dedo entre suas dobras molhadas. Parando em sua abertura molhada, circulei meu dedo ali, movendo-o em pequenos movimentos calculados. Thwap. A mulher no palco gritou com o golpe.

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— Oh, Deus. — sussurrou Lucy, e seus dedos se curvaram contra o vidro. Eu empurrei minha ereção contra sua bunda enquanto deslizava meu dedo dentro de seu calor escorregadio. Lentamente. Torturantemente devagar. Então, com a pressão mais leve, movi meu polegar sobre o clitóris. Quase até mesmo pastando. Retirando meu dedo, eu deslizei de volta novamente, desta vez com dois, aumentando a velocidade em seu clitóris com o meu polegar. — Mais. — ela gemeu. Thwap — Você quer que eu faça isso com você? — Eu sussurrei. — Amarrar você. Atacar você. Dominar você. Os dos braços de Lucy tremiam, seus seios arfavam com cada toque. Deus, eu amei isso. Adorei o controle. Adorei que cada grama de prazer tortuoso era meu para dar, para tirar. Para recompensar e punir. Eu mexi o mamilo com a mão livre e ela respondeu com um ruído que era uma mistura de “sim” e um suspiro. — Eu não quero que você goze ainda. Não aqui. — Eu belisquei a carne macia de seu pescoço. Através da janela, nós dois assistimos quando o Dom puxou a chicote de volta, como se fosse atingi-la. Eu retirei meus dedos, agora escorregadios com a excitação de Lucy. E quando a chicote atingiu o clitóris do sub, eu bati meus dedos no clitóris de Lucy. Forte. Não tão forte quanto machucaria com o chicote de montaria. Não é tão forte quanto eu costumo bater em uma submissa. Mas forte o suficiente. Mais do que Lucy provavelmente já foi atingida em seu clitóris.

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Seu quadril se contraíram. — Oh, Deus. — ela sussurrou, rolando sua bunda contra mim mais uma vez. Suas mãos se moveram contra o vidro, mas ficaram no lugar, quase como se ela estivesse prestes a movê-las, mas pensou melhor. Boa menina. — Então por que me trouxe aqui? Se você não quer que eu goze? — Eu queria que você visse isso. Mas seus orgasmos são meus e eu não quero ninguém entrando e testemunhando a maneira maravilhosa que você goza. Isso é só para os meus olhos. Retirei minha mão de dentro de sua calcinha enquanto ela choramingava. Como a falta do meu toque era fisicamente doloroso para ela. Tomando seus ombros, eu gentilmente virei Lucy para me encarar e segurei sua mandíbula. — Lucy. — eu sussurrei, e pressionei um beijo em sua testa. — Antes de irmos mais longe, acho que precisamos conversar sobre a noite passada no bar. Sobre o que eu disse... e o que aconteceu depois. Ela suspirou e olhou para a janela. — Aqui? Com isso no fundo? Eu sorri. — Bem, poderíamos ir para o meu quarto se você quiser... Ela balançou a cabeça. — Vamos acabar logo com isso. Eu só... eu quero seguir em frente da noite passada. Eu balancei a cabeça, completamente compreensivo. Arranque o band-aid. Quando ela respirou, seus braços tremeram. — Eu estava apenas me divertindo. Me divertindo com um amigo. Eu tenho vinte e dois anos. Você não pode esperar que eu saia e não fique bêbada com os amigos de vez em quando.

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— Eu teria preferido que você tivesse comido um jantar decente antes de bater a tequila? Sim. Mas essa é a minha própria merda e eu preciso encontrar uma maneira de resolver isso sem atirar em você. Eu tenho uma coisa sobre comida e eu percebo que eu te acionei ontem à noite com meus próprios problemas. Eu sinto por isso. Eu estou trabalhando em meus próprios problemas, mas eu não vou mudar e ser perfeito da noite para o dia. Eu escorreguei quando te pedi para comer. Eu sinto muito. Ela assentiu, sua boca se inclinando em um pequeno sorriso. — Eu também sinto muito. Minhas sobrancelhas se contraíram. Ela se arrependeu? Por que diabos ela tinha que se desculpar? Ela revirou os olhos. — Olha, eu entendi. Não foi a escolha mais sábia beber com o estômago vazio. Eu poderia facilmente ter evitado aquela ressaca, pelo menos minimizado se tivesse comido antes de ficar tão bêbada. Ela parecia uma Lucy diferente. Ela não estava tão chateada quanto eu esperava que ela estivesse. — Eu também quero reconhecer todas as coisas que você fez certo ontem à noite. — eu disse. — Você estava em segurança, o que eu apreciei. Você tinha o Miguel. Você não estava planejando ir para casa dirigindo. — Inclinei a cabeça, afirmando o ponto. — Mas você já sabe disso tudo. Você é adulta. Você pode cuidar de si mesma. Dito isto... eu gosto de cuidar de você. Quer dizer, eu gostaria que você não estivesse vomitando em todos os lugares na noite passada, mas como um Dom, cuidar de suas necessidades é a maior alta que eu posso tirar desse estilo de vida. Lucy piscou, o rubor de suas bochechas se desvanecendo enquanto a umidade brilhava em seus olhos. — Mais do que... — Ela mordeu o lábio e empurrou os óculos mais para cima no nariz. — Porra?

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Eu engoli aquele nó atado no meu estômago. — Sim. — Com você, pelo menos. — Isso é... isso é padrão? — Todo Dom é diferente. A maioria ama cuidar de suas submissas. Mas não posso falar pelos outros da comunidade. Apenas de mim. — Ensiná-la... Ensiná-la verdadeiramente esse estilo de vida significa mais do que apenas a minha versão. Se não durássemos... se isso for apenas um relacionamento casual com Lucy, então ela precisava entender as regras para o próximo homem com quem estaria. Mesmo que doesse em mim prepará-la para outro Dom. Um ruído apertado soou através dos meus lábios com o pensamento. Lucy com outro homem. Foda-se. A ideia disso era quase demais para ser tomada. Colocando minha mão em seu cabelo, eu o arrastei pelo seu pescoço, trazendo meus lábios para baixo sobre os dela. Foi um pensamento estranho eu querendo uma mulher diferente de Brie inteiramente para mim. Eu respirei fundo. — Lucy, se você quisesse entrar em um relacionamento com outro Dom, você teria que discutir isso com ele. Todo relacionamento de BDSM é diferente e você define seus limites. Eu sei que já falamos sobre isso antes, mesmo que você não aproveite mais nada do nosso tempo, lembre-se: limites suaves são coisas que a deixam desconfortável, mas talvez você se aqueça com o tempo. Os limites rígidos são linhas que você nunca cruzará e se você as estabelecer, e seu Dominante as cruzar de qualquer maneira? Isso não é mais um fetiche... isso é abuso. — Eu parei, deixando que isso afundasse. Observando os olhos dela se apertarem, pequenas linhas enrugando a pele macia. — Isso é o que separa você e eu de sua mãe e pai. Você é uma adulta que concorda e acha isso prazeroso. Até a dor deve ser prazerosa. Você controla todas as cenas com suas palavras de segurança. Você determina quando nós começamos e paramos.

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— Então, você é como meu vibrador. Eu posso te desligar e ligar para o meu prazer. Eu ri disso. Apenas Lucy iria comparar o que eu acabei de dizer ao seu vibrador. — Sim, eu acho que sou um pouco, não sou? Só que em vez de apertar o botão liga/desliga, você usa suas palavras de segurança. Eu observei enquanto a informação era absorvida e ela ajeitou os óculos, que haviam caído torto. — Por que você não explicou isso antes? Suspirei. Essa é uma boa pergunta. Porque eu não sabia que tinha que fazer. Eu não conhecia sua história e seu trauma de infância. Porque eu era egoísta. Porque eu estava com tesão. Porque eu estava tão animado que ela decidiu assinar o contrato. Qualquer uma dessas respostas teria funcionado. Em vez disso, decidi: — Eu nunca treinei ninguém antes e não me ocorreu explicar isso. Um sorriso se contraiu em sua boca linda, mas com a mesma rapidez, caiu. — Ou talvez eu não estivesse realmente ouvindo até agora. A ponta rosa de sua língua passou nervosamente em seus lábios. — Talvez. Talvez nós dois estejamos aprendendo nesse processo. Ela se agarrou mais forte no meu corpo. — Diga-me o seu segredo. — disse ela. — Você claramente não se importa com quem sabe que você está nesse estilo de vida. Então, o que eles têm sobre você para evitar que você fale sobre o que há dentro dessas paredes? Eu ri baixinho. Eu poderia perguntar a mesma coisa a ela, mas não perguntei. Muitas pessoas me fizeram essa pergunta. E eu nunca contei. Nem uma vez. Sub após sub

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perguntou isso. Por alguma razão, é a maior curiosidade de todos. Por uma razão inexplicável, Lucy é a primeira submissa com quem eu quero compartilhar a verdade. — Minha esposa estava no estilo de vida muito antes de mim. Ela era um interruptor, significa que ela alternava entre submissa e dominante, embora preferisse submissa. Ela estava no estilo de vida desde os dezenove anos, mas o pai dela é pastor. Ela nunca quis que ele soubesse. Nunca quis estragar o status de ser sua filhinha. Ou acabar com sua carreira por causa ela. Lucy engasgou, um olhar de horror torcendo seu rosto. — E o LnS está segurando isso contra você? Isso é horrível. Usando sua falecida esposa como uma espécie de chantagem doentia... — Eu sei que parece ruim, Lucy, mas na verdade não é. Eu nunca vou contar ao mundo o segredo de Brie. E porque sei o quanto isso era importante para ela, nunca contarei a ninguém o segredo que existe dentro dessas paredes. Nunca. Jamais. Então... não parece chantagem para mim. Porque eu sei que eles nunca terão que usar. Ficamos em silêncio, Lucy no meu colo, pelo que pareceu um longo tempo. Mas sinceramente, poderia ter sido cinco ou quarenta e cinco minutos por tudo o que eu sabia. Eu não me incomodei em perguntar a ela qual era o seu segredo. Eu compartilhando o meu não era olho por olho. Ela não me devia nada em troca. Finalmente, ela disse. — Por que eu gosto tanto disso? A dor? A submissão? É por causa do meu pai e da minha história... — Hey. — eu peguei o queixo dela entre meus dedos e alinhei o seu olhar castanho no meu. Eu engoli em seco e olhei para os olhos molhados e vermelhos de Lucy. — Eu não posso responder isso para

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você. Não sei por que nenhum de nós é como somos. Eu me conectei a esse estilo de vida com Brie. Eu tinha pais que estavam loucamente apaixonados e nunca levantaram suas vozes um para o outro, muito menos uma mão. Os pais de Brie eram rígidos, mas amorosos. — Eu senti minha voz pegar na garganta. Houve uma época em que eu era saudável e feliz nesse estilo de vida. Houve uma época em que fiz isso pelas razões certas. Por causa de Lucy, senti que estava encontrando meu caminho de volta. O homem bem ajustado que gostava dessa vida. Não o viúvo deprimido que descontava na sub para aliviar sua dor interior. — Você tem que descobrir suas razões. Ninguém mais pode fazer isso por você. Mas o que eu posso te dizer… você não está quebrada por causa disso. Talvez o porquê nem tenha importância. Contanto que você esteja gostando. E é seguro. E consensual. Sua mão parou sobre a minha e os pequenos círculos que ela estava traçando sobre a minha pele pararam. — Isso me excita muito. Você me excita tanto. Eu quero entender porque. Eu não posso evitar... Eu sou detalhista. — ela riu. — Com tudo que você me mostrou até agora… eu quero mais. Se qualquer coisa, eu só acho assustador o quanto eu quero. — Seus olhos castanhos ardiam como fumaça saindo da lenha, e seu olhar percorreu meu rosto, me estudando. Dos meus olhos até a testa e o nariz, observei-a me observar. Me admirar. Me aceitar. — O quanto eu quero você. Eu não acho que é apenas no estilo de vida. Eu acho que é você e seu domínio particular... — Ela piscou lentamente, em seguida, sussurrou. — Senhor. Um arrepio de prazer rolou pela minha espinha e minha boca se curvou. Era isso que Richard estava se referindo quando mencionou o momento de ruptura? Porque isso não era o que eu tinha imaginado. Não foi como quebrar um cavalo selvagem. Estava se conectando. Foi encontrar uma mulher cuja paixão e torção se encaixam perfeitamente no meu estilo de sexualidade. E foi o que Brie deve ter

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experimentado quando finalmente compreendi o estilo de vida. Eu pisquei de volta as lágrimas que brotavam nos meus olhos. Eu estava entendendo minha falecida esposa de uma maneira totalmente nova, e meu coração estava doendo. Como pontos novos que ainda eram tão crus e doloridos, mas também sabia que eles estavam curando a pele por baixo. Era como se ela estivesse aqui conosco, dando sua bênção. Meu nariz queimou com as lágrimas. Lucy não tinha ideia do presente que ela acabou de me dar. Ela não tinha ideia do momento de alívio, dor e aceitação. Eu olhei para o anel de Brie, uma única lágrima caindo do meu olho e pousando no ouro escovado que eu girei ao redor do meu dedo mindinho. Olhando para cima, eu abri minha boca para contar a Lucy mais sobre Brie. Para contar tudo a ela. Como Brie morreu. Por que ela cometeu suicídio? Como nos conhecemos. Onde eu propus, quando eu propus. Lucy pressionou os dedos na minha boca e uma única lágrima rolou pela sua bochecha. — Eu vejo na sua cara. — ela sussurrou. — Algo mudou. Mas o que quer que tenha acontecido aqui. — ela passou as pontas dos dedos na minha testa. — E aqui. — ela moveu os dedos para o meu peito, logo acima de onde meu coração batia contra a palma da sua mão. — Mantenha entre você e Brie por agora. Eu quero saber tudo eventualmente. Mas agora? Este momento pertence à vocês dois. Ela passou os dedos sobre onde minhas mãos estavam apertando o anel de Brie no meu dedo mindinho e pela primeira vez em séculos, o ouro parecia quente, não gelado. — Como você sabia...

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— Quando alguém está queimado, você pode sentir o cheiro de fumaça. — ela sussurrou. Eu já ouvi isso antes. Essa frase. Richard disse para mim uma vez e eu tenho usado desde então. Mas meus pensamentos foram rapidamente desviados quando Lucy correu os dedos pela minha nuca. A pressão mal estava lá e, no entanto, tinha cada centímetro de carne queimando um caminho de excitação e nervos com essa pressão. Enfiando uma mecha de cabelo atrás da orelha, eu a beijei, meus lábios deslizando sobre os dela. Embora eu fosse o Dominante, ela estava me reivindicando. Me possuindo. Não importa se eu era o único a dar a surra ou não, eu era um caso perdido. Meu coração pertencia a ela agora e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso. Nem queria. Um pedaço do meu coração sempre estaria com Brie, mas amar Lucy não fez o meu amor por Brie menos potente. Ela era o motivo de eu poder amar Lucy também. Sem Brie, eu nunca poderia estar lá para Lucy como ela precisava que eu fosse. Brie sempre seria parte desse relacionamento. De pé, eu a peguei em meus braços, embalando-a como se estivéssemos atravessando o limiar. Ela gritou e riu quando me movi pela sala, meus lábios ainda travaram nos dela. — Onde estamos indo? — Ela perguntou, ofegando contra meus lábios. — Meu quarto. Precisamos de mais privacidade. — Sr. Livingston, você está preocupado em ter que me compartilhar? Um grunhido vibrou na parte de trás da minha garganta antes que eu pudesse pará-lo. O próprio pensamento de

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outro homem tê-la tinha instintos animais tomando conta do meu corpo. Ela riu. — Não é óbvio agora? — Lucy perguntou, beliscando a base do meu pescoço. Então, sussurrando no meu ouvido, ela sussurrou: — Eu sou sua.

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CAPÍTULO VINTE E DOIS

Lucy ASH parou na frente de uma porta, me colocando no chão e pegou um cartão-chave. Então abriu a porta na frente de nós. Eu queria a minha língua por todo o corpo dele. Eu queria as mãos dele batendo na minha bunda. E a boca dele entre as minhas pernas. Ele segurou a porta aberta para mim, e eu caminhei com cuidado para o quarto escuro, sabendo que tudo estava prestes a mudar. Eu estava entrando neste mundo cegamente, confiando em Ash. Apenas em Ash. Ele me seguiu para dentro, fechando a porta atrás de si e acendeu a luz. Eu pisquei, olhando ao redor do grande quarto. Parecia um apartamento sem divisões as paredes eram lisas com molduras pintadas nas cores cinza e branco. A cama de quatro postes foi empurrada para o canto mais distante. Os cantos do edredom azul marinho e branco estavam bem enfiados no colchão, e travesseiros decorativos estavam arrumados na cabeceira da cama. A combinação de cores era quase náutica, e com aqueles cantos perfeitamente enfiados, não pude deixar de me perguntar se Ash tinha uma faxineira. Do outro lado da cama havia três portas. Uma no meio, ligeiramente entreaberta, parecia um banheiro. As paredes estavam vazias, com a exceção de dois castiçais que iluminavam o quarto com uma luz quente e sexy.

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Eu engoli em seco, me movendo timidamente ao redor do quarto. — Posso…? — Eu perguntei, apontando para uma porta no canto. Ele me deu um aceno de cabeça apertado, e eu girei a maçaneta, abrindo um armário. Um armário enorme. Algumas roupas penduradas, alguns ternos, gravatas, jeans e camisas. Algumas roupas femininas também estavam penduradas. Espartilhos, saias de tamanhos variados, calcinhas, esse tipo de coisa. O resto do armário continha brinquedos... embora a palavra “brinquedos” não parecesse indicar a coisa certa. Eles eram dispositivos de tortura. Palmatória, açoites, chicotes, grandes e pequenos. Em partes iguais, aterrorizantes e excitantes. Saí do armário, sem saber como me sentia a respeito ainda. — A próxima porta é o banheiro, se você precisar. — Ash ofereceu. — E esta porta? — Eu perguntei, apontando para a porta do outro lado do banheiro. — É um quarto para a submissa. Eu toquei meus dedos no meu peito. — Meu quarto? — Não. — Ash estava na minha frente em segundos, respirando pesadamente enquanto olhava para baixo. — Aquele quarto era apenas para as submissas que eu não queria dormir na mesma cama. É seu se você precisar de um pouco de tempo sozinha. Engoli. Tempo sozinha? Por que eu precisaria de tempo sozinha? — É para isso que Brie usou?

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Seu rosto suavizou. — Brie quase nunca usou. Uma ou duas vezes, ela iria lá para ter um pouco de tempo. Às vezes isso é necessário depois de uma cena intensa. Mas ela nunca dormiu lá. E eu prefiro que você não durma lá também. A menos que você sinta que precisa. Eu balancei a cabeça. Eu não queria dormir lá. Eu queria estar aqui com o Ash. Na cama dele. Na vida dele. Movendo-se para uma pequena cozinha no canto, ele se serviu de um whisky, depois pegou uma bola esférica de gelo do congelador e a deixou cair dentro do copo. Quando ele atravessou a sala de volta para mim, o gelo atingiu os lados de seu copo com um clique, como o som de saltos contra o mármore. — Esta pronta? Eu balancei a cabeça. — Palavras, Lucy. — Estou pronta. — Eu estava tão pronta. Seu toque contra a parte inferior das costas foi gentil e, em um movimento arrebatador, ele colocou minha camiseta sobre a cabeça e jogou no chão. Então, com um puxão, meus jeans foram abertos, reunidos em meus tornozelos. Seus dedos, molhados e frios do suor copo, roçaram entre minhas omoplatas. Com um movimento, meu sutiã se abriu e eu estremeci quando as correias vermelhas de renda rasparam sobre meus braços. Ash deu um passo para trás e sentou no canto da cama. Ele olhou para mim, seus olhos vagando pelo meu corpo quase nu. Com exceção da minha calcinha de renda vermelha e sapatilhas, eu estava completamente nua. E completamente fora do lugar.

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Ele tomou um gole de seu whisky e tudo sobre ele estava totalmente e completamente no controle. Mas seus olhos, aqueles olhos intensos, me encaravam como se eu fosse o melhor bolo na mesa de sobremesas. Seu pau esticou contra suas calças, empurrando, pulsando em direção a mim. Uma brisa roçou meu corpo, puxando meu olhar para uma cômoda onde um colar de pérolas estava pendurado em um busto de veludo preto, como um santuário. Instintivamente, eu sabia que era de Brie. — Você está evitando meu olhar? — Ash perguntou. Eu voltei minha atenção para Ash. — Não. — respondi, com uma onda de ar. Seus olhos também se dirigiram para o colar de pérolas. — Era a coleira de Brie. Ela queria algo que pudesse usar e não parecesse muito visível. — É lindo. — Você gostaria de um? — Um colar de pérolas? Um sorriso irônico torceu sua boca. — Um colar. Eu franzi o nariz. Eu sabia pelo nosso filme que colar era enorme. Como… nível de engajamento enorme para pessoas da comunidade BDSM. — Eu não uso muitas joias. — eu disse, sem responder a pergunta dele. E pelo olhar em seu rosto, ele sabia que eu estava evitando a pergunta. Eu simplesmente não conseguia me ver usando pérolas. Ou diamantes. Ou uma coleira tradicional como aquela mulher que vi em LnS na primeira noite em que Ash e eu saímos. Não parecia como eu. — Mas talvez. Se fosse a peça certa. E se eu não sentisse que estava sendo forçada a usá-lo.

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Os lábios de Ash se separaram, seus olhos se iluminaram. — Nunca. — disse ele, empurrando a seus pés. — Nunca seria forçado. E eu não estava oficialmente perguntando a você… ainda. Eu só estava curioso para saber se era algo que você estaria aberta. — Então sim. Eu estaria aberta a isso. Eu olhei ao redor do quarto impecavelmente projetado de Ash e suspirei. — O que há de errado? — Você é... você é tão glamouroso. Todo o brilho de Hollywood com sua cama de cerejeira e suas camisas polo que custam um mês inteiro de aluguel para mim. Somos de dois mundos diferentes. É como se você fosse ouro, elegante e brilhante, e eu de prata. Prata simples e chata. Ash se aproximou e fez uma pausa, se elevando sobre mim. — Você não é de prata, Luciana Rodriguez. Você é platina. Clássico. Lindo. E você nunca sai de moda. Eu bufei, baixando o meu olhar para o chão, mas o dedo dele pegou meu queixo, puxando meus olhos de volta para o dele. — A prata é um metal macio que escurece, desgasta e danifica com facilidade. A platina, por outro lado, é linda, mas durável. — Ele se inclinou, roçando seus lábios nos meus. — Então, enquanto você pode estar certa de que eu sou ouro, você, Lucy Rodriguez, não é de prata. Você é platina. Calor correu em espiral no meu núcleo e eu engasguei com suas palavras significativas. Depois de outro beijo prolongado, ele circulou em volta de mim. Beijou meu pescoço, sua língua circulando a curva onde se transformou em meu ombro. — Você se lembra de suas palavras de segurança?

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Eu balancei a cabeça. — Vermelho para parar. Amarelo para abrandar. Verde para sim. — Está bem então. — Colocando a borda do copo nos meus lábios, ele o inclinou e ordenou: — Beba. — Fiz o que me foi dito, abrindo os lábios e engolindo o líquido âmbar frio na minha garganta. Ele pegou o grande gole e repetiu a ação, colocando-a mais uma vez nos meus lábios. — Nós não vamos ficar bêbados. Este whisky é o único que vamos tomar esta noite. Ele repetiu isso mais três vezes, fazendo-me beber um gole, até que o copo estivesse vazio, com exceção do cubo de gelo esférico meio derretido. Enganchando os dedos em minha calcinha, ele puxou, permitindo que eles se encaixassem contra a minha pele. — Tire isso. Fiz o que me foi dito, jogando-os na pilha das minhas roupas. Então, eu chutei minhas sapatilhas, assumindo que ele queria que elas se fossem também. Seus olhos tocaram os sapatos descartados e ele levantou uma sobrancelha. — Eu não disse para remover seus sapatos. — Então, movendo-se atrás de mim, um tapa rápido e agudo picou contra o meu traseiro. Eu ofeguei, o ar puxando firmemente em meus pulmões. — Mãos atrás das costas. Era difícil imaginar isso sendo divertido com qualquer um, exceto Ash. Mas quando senti a umidade acumulada entre minhas coxas, juntei minhas mãos nas minhas costas, esperando pela próxima demanda. Mergulhando as mãos no copo vazio, ele puxou o cubo de gelo e pressionou-o entre os meus lábios. — Abra. — ele exigiu. — Segure em seus lábios.

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Eu abri, pegando o cubo redondo de gelo entre meus dentes envolvendo meus lábios ao redor dele. Colocando o copo no chão, ele segurou meu seio, beliscando e chupando o outro. Meu mamilo se transformou em um nó apertado dentro de sua boca, frio do whisky gelado. Ele beliscou a ponta dura, puxando para fora com os dentes enquanto ele espalmou meu outro seio, rolando o mamilo entre os dedos. Um gemido de prazer veio do fundo de mim. Não foi muito alto, o cubo de gelo abafou. Entre o calor dos meus lábios, língua e boca, o gelo derreteu, pingando um caminho de água gelada sobre meus seios. As gotículas caíram como lágrimas, e eu engoli o que pude do gelo enquanto derretia. Ash caiu de joelhos, espalhando minhas pernas e pressionando um beijo dentro do meu joelho. Ele olhou para mim, seus olhos azuis arregalados e seus cabelos desarrumados pela as suas mãos. — Se você soltar o cubo de gelo. — ele disse, — você estará com problemas. Lembre-se, eu possuo seus orgasmos. E eu não quero que você goze até que o cubo de gelo derreta completamente. Eu apertei meus punhos nas minhas costas. Não é como se eu pudesse responder a ele assim, mãos trancadas, boca cheia. Ele parecia contar com isso porque não esperou pela minha resposta antes de mergulhar entre as minhas pernas e morder o interior da minha coxa. Eu gritei, o gelo quase escorregou entre os meus dentes. Enrolei meus lábios em torno da esfera derretida, engolindo a água fria. Meus lábios estavam dormentes; mas minha língua fria era um contraste bem-vindo ao resto do meu corpo aquecido.

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Colocando um polegar em ambos os lados do meu sexo, Ash me espalhou soprando ar quente sobre o meu clitóris. Seus olhos estavam fechados quando ele sacudiu a língua, testando minha abertura molhada até o meu clitóris em uma longa e lenta lambida. Ele fez a mesma coisa novamente, só que desta vez mais forte e mais rápido até que ele estava lambendo minha protuberância apertada como um gatinho em uma tigela de leite. Deslizando o dedo indicador no meu núcleo escorregadio, ele empurrou para dentro, acariciando o feixe de nervos no fundo do meu núcleo. Meus joelhos tremeram e um grito choramingado escapou pelo gelo. Já era metade do tamanho de quando ele colocou na minha boca. Mas eu ainda tinha um longo caminho a percorrer. As gotículas de água gelada caíram nos meus mamilos e no meu estômago como uma chuva de inverno. Algumass chegaram bem longe, no meu osso púbico, e Ash recuou, examinando as correntes de água. Com a mão livre, ele arrastou um pouco da água para o meu clitóris, usando as gotas extras de umidade para trabalhar em seus movimentos de aceleração. Ele bombeou seus dedos dentro e fora de mim, mais rápido, e sua língua combinava com o ritmo. Meu sexo doía, latejando para ser preenchido. A fome batendo estava me consumindo. Eu precisava gozar. Eu precisava gozar agora. O tremor dos meus joelhos se intensificou e os espasmos subiram pelas minhas coxas. O gelo era muito intenso. Sua língua era muito intensa. Seu toque era muito intenso. Ele era muito intenso. Eu me senti como um painel de vidro danificado que só precisava de um toque para enviar todos os pedaços em cascata no chão em uma pilha confusa. Um pequeno toque poderia me enviar em espiral.

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Envolvendo seus lábios ao redor do meu clitóris, Ash me puxou para sua boca, movendo sua língua em círculos rápidos. Esvaziando suas bochechas, ele chupou, afastandose e pressionando um beijo suave em mim antes de olhar nos meus olhos. Quando olhei para ele, meus óculos deslizaram até o final do meu nariz. — O que é isso? — ele perguntou, humor piscando naqueles olhos. — O que você quer, Lucy? Eu gritei, um abafado — Por favor. — mas não era compreensível. Nem um pouco com o gelo bloqueando minha língua do movimento. — O que é que foi isso? Eu tentei novamente, impotente, e ele empurrou seus dedos mais profundamente enquanto eu tentava falar. — Hmmm. — disse Ash. — Eu não sei se você quer o suficiente. Meu peito arfava em um movimento que era meio suspiro, meio soluço. Eu queria. Porra, eu queria muito. — Você quer gozar? Eu balancei a cabeça, implorando para Ash com meus olhos o melhor que pude. O cubo de gelo derretido estava agora do tamanho de um pirulito de chupeta, pequeno o suficiente para que eu pudesse chupá-lo em minha boca e mastigar o resto com alguns ruídos. Mas eu tinha certeza que isso seria uma trapaça. Tanto quanto eu queria ser espancada novamente, tanto quanto eu gostava da da mão dele conectando com a minha bunda, eu também queria agradar Ash. Eu queria ser boa para ele. E eu realmente queria muito esse orgasmo.

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Ele trancou sua boca de volta ao meu clitóris mais uma vez, seus olhos permanecendo em mim. Cada centímetro do meu corpo parecia estar em chamas; até mesmo as partes que estavam cobertas de gelo derretido pareciam fumegantes. Eu estava tão perto do orgasmo. Estava bem ali na minha frente. Tudo o que eu tinha que fazer era deixar ir e poderia ser meu. — Por favor, eu quero gozar. — eu consegui dizer, segurando a pequena esfera de gelo em meus dentes. — Eu quero que você goze. — disse Ash. — Eu quero engolir seu orgasmo. Mas não até que o gelo derreta. Eu gemi de frustração. Minhas mãos coçaram para agarrar seu cabelo. Segurei seus ombros e firmei meu corpo trêmulo. — Eu mal posso esperar para ter meu pau nessa boceta apertada. — disse Ash, em seguida, achatou a língua sobre o meu clitóris em um golpe duro e lento. Eu não aguentei mais. Aquela única frase me fez perder o controle e meus joelhos cederam, dobrando. Não, ainda não, eu me repreendi, apertando os olhos e tentando evitar o inevitável. Mas era tarde demais. Eu soltei minhas mãos atrás de mim, pegando nos ombros de Ash antes de cair. As terminações nervosas subiram pelo meu corpo e uma explosão de fogo irrompeu entre as minhas pernas. Gotas suadas de cabelo estavam grudadas no meu pescoço. Tudo na minha visão se tornou um vermelho carmesim quando eu fechei meus olhos e pequenos raios de prazer passaram pelo meu corpo. O orgasmo rolou sobre mim em ondas pulsantes, e quando abri minha boca para gritar, o pequeno pedaço de gelo caiu dos meus lábios na mão aberta de Ash. Como se ele estivesse pronto para isso. Como ele sabia que eu iria falhar.

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De baixo de mim, ouvi o gemido de Ash quando meu orgasmo finalmente diminuiu e eu pisquei de novo os olhos. Ele agarrou meu corpo ao seu quando ficou de pé. — Puta que pariu, Lucy. Eu abri minha boca para falar, mas o ar saiu correndo. — Você estava tão perto. — disse Ash com um sorriso, apertando os dedos.

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CAPÍTULO VINTE E TRÊS

Ash VOCÊ... você fez isso de propósito. — Lucy disse, sua respiração ainda irregular, errática. — Você sabia que eu iria falhar. Eu sorri abertamente. Não importa o que tenha acontecido, nós ainda estávamos em um cenário ganhaganha. — Era meu trabalho tentar fazer você gozar. O seu trabalho era adiar até que o gelo derretesse. Acho que sou melhor no meu trabalho. Ela levantou a mão, batendo no meu braço e olhou para mim, com punhais em seus olhos. Eu assobiei, um ruído de desaprovação e antecipação. — Hora da sua punição. — Me inclinando, eu mordisquei meu local favorito, a base de sua orelha. Bem, segundo lugar favorito, talvez. — E eu te desafio a me bater de novo enquanto estiver nesta sala. Seus olhos se iluminaram e ela se afastou de mim, mas eu a segurei com mais força, puxando sua pélvis contra a minha. Meu pau estava tão duro, fiquei surpreso por não ter quebrado a costura da frente da minha calça. — Isso é uma brincadeira, lembra? — Eu sussurrei, como um lembrete. Apenas no caso. Algo me dizia que Lucy precisava dos lembretes constantes. As punições não eram reais. A raiva não era real. Ela assentiu. — Verde.

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Suspirei, aliviado com o uso da palavra dela. Não só o seu uso... mas o seu uso adequado. Ela estava aprendendo. E Deus, isso foi bom. — Eu quero você na cama. — Eu a soltei do meu abraço e ela correu para a cama, sentando na borda. Movendo-me rapidamente, fui até o meu armário e abri a porta. Algumas pessoas têm gavetas de guloseimas? Aqui no LnS, você tem um armário inteiro. Arrastando meus dedos pelas várias palmatórias, escolhi um chicote. Suas franjas eram feitas de tiras de couro e não doíam tanto quanto o chicote de couro mais espesso e pesado que eu também tinha. Ela não estava pronta para isso ainda. Então, segurando meu chicote, entrei na pegando uma caixa de arroz instantâneo.

cozinha,

— O que você está fazendo? — Lucy perguntou, e a antecipação em sua voz refletia a minha. Era nervosismo, sim, mas havia mais no leve tremor de seu tom. Excitação. Ela me observou quando eu me virei, o chicote no meu punho cerrado. A tira de couro trançado pressionou a pele da minha palma e seus olhos se arregalaram por trás de seus óculos. — Relaxe. — eu sussurrei, e coloquei uma linha de arroz no chão. As sobrancelhas de Lucy baixaram, me observando com cautela. Puxei minha camisa, em seguida, abri o botão da minha calça, empurrando-a para baixo passando pelas minhas coxas até que eu estava de pé apenas de cueca boxer. Seus olhos se arregalaram enquanto viajavam pelo meu torso, pousando no meu pau grosso, ainda reprimido pelo algodão fino da cueca. Eu não pude evitar o sorriso na minha boca. Esse olhar que ela tinha! Eu nunca quis que isso desaparecesse. E esse desejo de estar com ela, estava ficando mais forte a cada vez que eu a via.

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— Ajoelhe-se no arroz com as mãos nas costas. — eu disse. — E eu quero que você tire isso de mim... usando sua boca. Eu coloquei o chicote no pé da cama e fiquei na frente de Lucy. Ela fez o que lhe foi dito, uma menina tão boa, e colocou as mãos mais uma vez nas costas. Sem mover as mãos, ela deslizou da cama de joelhos, estremecendo ao pousar no arroz. Seu nariz roçou a esquerda do meu quadril enquanto ela raspava os dentes no cós. Movendo seu corpo, ela puxou, e o elástico deslizou cerca de uma polegada. Ela mudou para o outro lado, repetindo o movimento. Sua mandíbula roçou meu comprimento duro e eu respirei profundamente quando ela expôs a ponta do meu pau para o quarto com ar condicionado frio. Ela terminou de arrastar a cueca boxer para baixo, e uma vez que passou pelas minhas coxas, ela caiu o resto do caminho até meus tornozelos. Eu chutei de lado, meu pau perfurando para frente. As veias grossas e pesadas, pulsavam em direção à sua boca, a ponta vermelha e inchada, pronta para sua doce boceta. Ela lambeu os lábios, olhando para mim por cima dos óculos. Porra, esse olhar. Tão inocente. Eu queria devastar cada parte dela. Boca, boceta, bunda, eu queria tudo. De novo, de novo, de novo e outra vez. Eu nunca me cansaria daqueles doces olhos castanhos, ou desses lábios cheios, inchados dos meus beijos contundentes. — Eu posso... — ela engoliu em seco. — Posso te lamber, senhor? Um assobio satisfeito separou meus lábios e eu dei-lhe um aceno de cabeça, certo de que se eu tentasse falar, sairia rouco e incompreensível. Depois de compor meus pensamentos, olhei para o relógio. — Você tem dois minutos. — eu disse.

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Ela empurrou os lábios em um beicinho. — Apenas dois minutos? Um sorriso passou pelos meus lábios. Ajoelhar-se naquele arroz pode não ser tão ruim nesse segundo, mas em um minuto ela estaria cantando uma música diferente. — Sim. Apenas dois minutos. Começando agora. Ela abriu a boca, passando a língua rosa lentamente da raiz às pontas, depois girou ao redor da minha cabeça. Mesmo que eu lhe desse um limite de tempo, ela não se apressou. Nem um pouco. Quando ela se afastou, meu présêmen ficou preso na ponta da sua língua, conectando em uma linha brilhante. — Porra. — eu sussurrei. — Pegue meu pau na sua boca— eu disse. — Me chupe. Me lambe. Me morde. Mas mantenha as mãos atrás das costas. E se você me fizer gozar, você está em apuros. Ela não esperou por mais instruções. Pulando para frente, ela envolveu seus lábios em volta da minha cabeça, chupando meu comprimento até meu pau bater na parte de trás de sua garganta. Seu gemido enviou vibrações pelo meu eixo. Eu escovei meus dedos em seu cabelo, tirando um pouco do seu rosto. Ela continuou assim, movendo-se para cima e para baixo, suas bochechas vazias, a cabeça balançando sobre o meu eixo a cada vez que ela se retirava, deixando um caminho escorregadio. Seus joelhos se moveram para frente e para trás sobre o arroz. — Seus joelhos estão bem, Baixinha? — Eu perguntei. Ela gemeu em resposta, me levando mais fundo em sua boca. Meu quadril empurrou e ela chupou mais forte, me puxando rápido, seus dentes raspando contra a minha pele sensível. Daquela posição, ainda de joelhos, meu pau na sua boca, ela olhou para mim, os olhos quase tão molhados e largos quanto os lábios. Eu assisti enquanto ela acariciava meu pau

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com sua boca molhada, tomando cada centímetro que eu tinha para dar a ela. Porra, eu ia gozar. Eu respirei fundo, olhando para o relógio. Ela tinha mais vinte segundos antes do tempo acabar. Passei meus dedos pelo cabelo dela, puxando suas raízes suavemente. Se ela não parasse logo não, em breve, não, agora eu iria descer pela sua linda e pequena garganta. O que seria ótimo... ótimo, mesmo. Exceto se eu fizesse isso, então eu não poderia gozar na sua linda boceta em vez disso. Eu tirei meus dedos de seus cabelos e os joguei com força sobre seus ombros, empurrando-a para trás e para longe de mim, eu assobiei. — Acabou o tempo. Em cima da cama. Em suas mãos e joelhos. Agora. Ela sorriu, limpando a boca brilhando enquanto se levantava e se arrastava para a cama. Ela achou que venceu. Ela pensou que isso era uma vitória? Oh, doce Lucy. Você está em uma lição. Ela olhou por cima do ombro para mim, seu cabelo castanho escuro caindo descontroladamente pelas costas e sobre os ombros. — Olhos à frente, Lucy. — eu pedi. Ela empurrou a cabeça para a frente, os olhos direcionados para a cabeceira da cama, e eu silenciosamente peguei o chicote da beira da cama. — Você veio antes do gelo derreter, Lucy. — Eu parei, esperando para ver se ela aceitaria a sugestão. Quando ela não fez, eu cutuquei. — O que você tem a dizer para você mesma? Ela mudou seu peso em torno de seus joelhos. Sua fenda quente estava brilhando, rosa, corada e inchada, e eu queria enterrar meu pau nela. Mas ainda não. Não até que ela ganhasse essa recompensa.

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Ela limpou a garganta e de onde eu estava atrás dela, eu observei enquanto ela mordiscava seu lábio inferior, seus dedos apertando contra o edredom. Eu esperei, provocando-a, arrastando as bordas do chicote até a parte de trás de sua coxa. Seu corpo visivelmente estremeceu quando eu passei por seu sexo molhado antes de acariciar a outra coxa. Ela choramingou, um pequeno suspiro escapou quando ela disse: — Eu sinto muito? Thwap. Eu bati na bochecha da sua bunda esquerda, chicoteando os fios de couro preto em sua pele. Um vergão vermelho chamejou imediatamente contra sua carne macia. Ela gritou, ofegante, ofegante e com a minha mão livre, eu escovei meus dedos sobre a área afetada. — Você sente muito... o que? Ela pensou outro momento, tentando novamente. — Sinto muito por ter gozado depressa demais? — Ela estava brincando comigo? Fazendo isso de propósito? Thwap. Eu a atingi novamente, desta vez do outro lado. Seu corpo sacudiu para a frente enquanto o couro se conectava a sua pele. — Você esteve no set por duas semanas em nosso filme, Luciana. Como você deveria me abordar em nossas cenas? O som dela engolindo praticamente podia ser ouvido ecoando no quarto. O silêncio se estabeleceu entre nós. — Senhor? Thwap. — É uma pergunta? Ou eu sou seu senhor? Você sabe ou não sabe.

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— Sinto muito por ter vindo depressa demais, senhor. — ela disse, desta vez toda a questão deixada de fora da frase. — Melhor. — eu rosnei, e joguei o chicote contra seu clitóris. A choque foi duro o suficiente para fazer seus músculos tremerem. Seus tendões flexionados em uma corda longa e apertada. — E quem possui seus orgasmos? — Você possui. — ela respondeu rapidamente. Muito rápido. Eu bati o chicote com mais força contra sua boceta, a conexão de couro com carne molhada fazendo um som satisfatório de estalo. — Você esqueceu algo. — Senhor. — sua voz falhou. — Você possui, senhor. Eu me curvei, pegando seu cabelo por todo o ombro, revelando suas costas tensas e lisas. Suavemente, eu acariciei minha mão pela sua espinha, tocando seu corpo como se ela fosse um violoncelo. Passando pelo pequeno de arco de suas costas, eu segui meus dedos contra sua bunda, circulando seu buraco apertado brevemente antes de deslizar dois dedos profundamente dentro de sua boceta. Ela estremeceu. Na verdade, estremeceu ao redor dos meus dedos, porra. Eu pressionei minha boca na curva suave de seu pescoço antes de sussurrar, — Eu vou bater em você mais duas vezes por sua desobediência anterior. E então eu vou foder sua boceta apertada. Você se lembra de suas palavras, certo? Se você precisar que eu pare? Ela virou a cabeça para olhar para mim e um choque de excitação agitou minhas entranhas. Eu não dei a ela permissão para olhar, mas todas as coisas no devido tempo. Ela ainda estava aprendendo. — Sim, senhor. — ela respondeu calmamente. Mesmo que suas palavras fossem

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obedientes, subservientes, houve um flash de desafio que brilhou através daqueles olhos cor de pedra. Richard estava errado. A última coisa que eu queria fazer era entorpecer seu desafio. Abaixar sua faísca. Essa foi uma das razões pelas quais eu estava tão atraído por ela. Sim, Lucy era um submissa natural... mas essa luta? Isso é o que faz ser divertido. No momento em que ela perder essa coragem, eu estava certo de que sentiria falta. Sem aquela parte forte e rebelde que queria lutar contra sua submissão natural, ela de alguma forma não seria mais Lucy. Essa foi uma das razões pelas quais eu a amava tanto. Minha respiração ficou presa. Amor? — Ash? — Sua voz dizendo meu nome me tirou dos meus pensamentos e eu empurrei de joelhos atrás dela. — Eu estava apenas pensando. — eu disse, minha voz rouca. Seus joelhos se moveram contra o imenso colchão king size. — Ok. — Outra pausa. — Ash, você está me deixando nervosa. — Não fique. — eu disse, minha voz rouca e áspera. Agarrando um preservativo da mesa de cabeceira, eu o abri e deslizei o látex pelo meu pau. Então, segurando o chicote com mais força no meu punho, eu puxei para trás, batendo na bunda dela uma vez. Duas vezes. Então uma terceira vez. — Esse último foi só para mim. — Agarrando seu quadril, eu a lancei de costas e caí em meus cotovelos acima dela. Eu me inclinei para frente, pressionando minha boca sobre a dela, tomando-a em um beijo firme. Eu me afastei e seus olhos estavam arregalados e úmidos, a antecipação brilhando em suas profundezas marrons. Era fácil esquecer o quão jovem ela era. Quão inexperiente.

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Seus lábios rosados curvaram-se um pouco nos cantos. — Por favor, me foda, senhor. — disse ela. Eu contra quadril que ela

posicionei meu pau em sua abertura, empurrando sua fenda. Ela arqueou as costas, pulsando seu em direção ao meu pau latejante, mas eu recuei antes pudesse me empurrar para dentro de si mesma.

— Oh, Deus. — ela ofegou. — Por favor. Ash, por favor. A fome nada mais empurraria nisso? — O

queimava no fundo do meu peito. Eu não queria do que mergulhar meu pau profundamente e com muita força. Mas onde estava a diversão que você quer, Lucy?

— Eu quero você dentro de mim. — Suas mãos voaram para as minhas costas e ela arrastou as unhas pela minha espinha até a minha bunda, me agarrando com força e tentando me puxar para dentro dela. — Mãos acima da sua cabeça, Lucy. — eu explodi. Ela gritou, mas fez como lhe foi dito. Eu agarrei uma mão em torno do pulso dela acima da cabeça. O movimento fez com que seus seios exuberantes e cheios se esticassem e saltassem, e seus mamilos endureceram. — Então você me quer dentro de você? — Eu mergulhei meu pau profundamente dentro de sua boceta e ela engasgou, seu corpo tremendo quando ela gritou. Ela apertou seus músculos, apertando meu comprimento, apertado e molhado, e caralho me senti incrível. Eu enterrei meu rosto em seu pescoço, reunindo cada grama de controle que eu tinha. A contenção tremeu em meus bíceps enquanto eu segurava meu corpo por cima do dela. — Isso é tudo que você queria, certo? — Eu perguntei, parando todo movimento. Mesmo que fosse tortuoso para mim estar congelado dentro dela. Ela mexeu o quadril.

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— Não, não, não pare! — Ela implorou, com os olhos cerrados enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro. — Por favor, não pare. — O que? Eu estou dentro de você. Você disse que isso é tudo que você queria. Seu estômago convulsionou com um suspiro soluçando. — Eu quero que você me foda. Por favor, estou te implorando, Ash. Me foda. Eu empurrava meul quadril em estocadas curtas e rasas. — Isso não é o que você quer também. Não inteiramente. — Eu mergulhei minha cabeça, incapaz de resistir a chupar aquele mamilo duro. — Você quer gozar. Você quer que eu te foda até você gozar. — Sim. Deus sim. Por favor. Ash, eu estou te implorando. Eu comecei a me mover em impulsos lentos e profundos. Arrastando meu pau quase inteiramente fora de sua boceta antes de lentamente empurrá-lo de volta, todo o caminho. Foi o suficiente para deixá-la louca, mantendo-a à beira do orgasmo sem tombar. Não foi o suficiente para tirá-la. Mas porra, me senti bem. Tortura ou prazer, a linha estava embaçada. Foi os dois ao mesmo tempo. — Eu preciso gozar. — ela implora. — Bem, então é melhor você perguntar bem. — Por favor Senhor, deixa-me gozar. Deixe-me gozar em torno de seu pau. Porra. Isso foi perfeito. Eu estava normalmente no controle. Completamente no comando de cada movimento. Mas isso? Isso quase me fez entrar. Respirando fundo, eu parei. Sem essa respiração, eu poderia ter apenas batido meu pau nela por alguns impulsos. Ela merecia mais do que isso. Ela merecia um orgasmo que a fazesse esquecer sua bunda e

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joelhos doloridos. Um orgasmo que faz todos esses aros valerem a pena. Um orgasmo que ela nunca esqueceria. Um orgasmo que a faria perceber que a dor e o prazer são como um passeio de emoção e, mesmo quando você está com medo, e seu estômago está saindo do seu corpo, você está segura e alegre. Ela soltou um grito frustrado quando meu quadri roçou seu clitóris, rolando-os a cada impulso lento, batendo mais profundo e cheio de tensão dentro dela. — Deixe-me gozar. Me faça gozar. Me faça sentir bem. Por favor, senhor, por favor... — Ela estava implorando. Completamente implorando agora, e porra, eu amei cada segundo. Ela tirou um pulso do meu aperto e enfiou a mão livre entre as pernas e tocou seu clitóris. Oh, porra não. Eu agarrei suas mãos, enredando meus dedos entre os dela e prendi suas mãos acima de sua cabeça. — Menina má. — eu sussurrei, então a beijei, cutucando sua boca com a minha língua. Com esse beijo, ela se acalmou. Suor saiu de seus poros e pontilhou sua testa. Seu cabelo castanho desgrenhado emoldurava seu rosto e sua pele pálida e coberta de sardas. — Por favor, senhor. — ela repetiu uma e outra e outra vez. Sim. É isso. Meu pau ficou incrivelmente mais duro dentro dela e eu gemi. O som do meu prazer abafando a repetição ”por favor” ela ficava repetindo, cada vez mais frenética e selvagem. Eu bati nela duro, rápido e peguei ela. Realmente peguei ela, rolando meu quadril com cada impulso profundo e punitivo. Minha pélvis balançou contra seu clitóris, e eu

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mudei de forma que eu estava prendendo seus pulsos com uma mão e deslizei a outra pelo seu corpo até que meu polegar circulou sobre sua protuberância madura e inchada. Ela gritou, seu quadril levantando, resistindo, encontrando o meu impulso por impulso. Minhas bolas apertaram, puxando dolorosamente para o meu corpo, e quando eu senti sua convulsão, eu soltei. Observando enquanto seu corpo se sacudia, chorando de prazer, sua boceta apertou ao redor do meu pau enquanto eu soltava em jorros pulsantes dentro dela. Desmoronei em cima dela, beijando seu pescoço. — Puta merda. — ela disse, sem fôlego no meu ouvido. — É assim que é sempre? Eu empurrei meus cotovelos, rolando meu peso fora dela e engoli em seco. — Não por anos. Ela olhou pensativamente para mim, seus óculos torto. — Bem, então, eu acho que temos muito tempo para compensar, não é?

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CAPÍTULO VINTE E QUATRO

Lucy Descontrolou, revezamos entre fazer amor e assistir a filmes. Nós começamos com Cabaret, sim, Judy é melhor intérprete e mais tarde, à noite, Ash trabalhou em notas de produção enquanto eu lia. Não importa o quanto eu tentasse, ele não me espancava. Diferente de alguma luz que me ordena, ele me tratou com ternura o dia todo no domingo, me dando um olhar aguçado quando eu intencionalmente me comportaria mal na esperança de receber uma punição deliciosa. Infelizmente, como ele apontou, eu parecia estar gostando demais da dor; então, ao invés de grampos de mamilo, mardaças de bolas ou cubo de gelo; ele me fez sentar e escrever um diário de mil palavras sobre como a noite anterior me fez sentir. Piedosos. Fodido. Chato. Agora isso era um castigo. Quando a manhã de segunda-feira chegou, o som do alarme do meu telefone foi tão desagradável quanto a menstruação no dia do casamento. O barulho estridente me fez ficar sentada, esfregando meus olhos. Estiquei meu braço, pegando o telefone para desligar o alarme. Eram cinco da manhã. Adormecemos apenas por volta das onze da noite, com a insistência de Ash de que eu precisava descansar. Ele não estava errado. As seis horas não foram suficientes. Meus olhos estavam coçando, minha garganta estava seca, meus joelhos estavam esfolados, e meu

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sexo estava dolorido. Deliciosamente dolorido. Não que eu estivesse reclamando. Mesmo que Ash tivesse me dado cuidados posteriores, ele massageou meus joelhos, colocou pomada e Arnica em cada ferida e hematoma em potencial, eu gostava que ainda conseguisse sentir os restos da noite de sábado. Eu gostava que eu levasse um pouco da dor ao redor; use suas equimoses como um distintivo de honra. Toda vez que eu me sentava e sentia um chiado de dor no traseiro, pensava nele. E então aquela dor se dissolveria em um tipo completamente diferente de dor que me deixava querendo e molhada. O braço de Ash cobria meu torso, logo abaixo dos meus seios. Sua pele suave e bronzeada contrastava com a minha pele sardenta. Ele murmurou algo que eu não consegui entender. — O que? — Eu sussurrei. — Precisa de mais sono. — ele disse de novo e virou a cabeça, sua bochecha esmagada contra o lado do travesseiro. — Eu sou o chefe e estou pedindo para você dormir mais. Eu ri e o som parecia cru contra a minha garganta. Me virando eu o encarei, roçando meu nariz contra sua bochecha trincada. Sua mandíbula não barbeada raspou contra a minha pele e minha boca regou pelo seu gosto mais uma vez. O sexo nunca foi assim. Eu nunca foi assim. Ofegante, carente, inchada. Meu clitóris ganancioso pulsou novamente entre as minhas pernas e eu as abri, me esfregando contra a coxa de Ash. — Droga, mulher. — Ash disse, mas seu sorriso iluminou as palavras. Com os olhos ainda fechados, sua boca se inclinou em um sorriso arrogante. — Quantas vezes eu tenho que fazer você gozar para você dormir um pouco?

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Eu separei meus lábios e belisquei sua mandíbula, imediatamente beijando a marca vermelha ruborizando sob sua barba por fazer. — Oh, você está pronta para isso agora. — ele disse, de repente acordado. Ele me virou de costas. Eu gritei, abrindo minhas pernas para ele e pressionando meus calcanhares na parte de trás de suas coxas. A cabeça de seu pau já duro me acariciou, seu comprimento impressionante me acertou. Era um pau perfeito, com seu eixo reto e duro e sua cabeça macia proporcional. Um sentimento estranho, eu percebi, e ainda assim, eu me encontrei querendo na minha boca novamente. Algo que eu odiava fazer antes de Ash. Antes de Ash. Eu tinha a sensação de que seria uma frase definitiva na minha vida. Houve antes de Ash e depois de Ash. Ele estava alterando a vida. Ele pegou minha boca, me beijando, sua língua empurrando em minha boca no mesmo momento em que sua cabeça pressionou contra a minha abertura, deslizando entre a minha fenda lisa. — Ash. — eu disse, quebrando minha boca da dele, — não temos tempo. — Há sempre tempo para isso, Lucy. — ele respondeu, então pressionou para dentro, me encheu, centímetro por centímetro tortuoso. Eu empurrava meu quadril contra o dele, movendo em círculos. Eu ansiava por mais, coçava por isso; mesmo com ele dentro do meu corpo, não foi o suficiente. Eu precisava de cada pedaço de Ash que ele estivesse disposto a dar. Empurrando contra seus ombros, eu o rolei de costas, sem perder a conexão quando subi em cima dele.

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Eu movi meu corpo para cima e para baixo, levando-o mais fundo do que antes. Eu podia sentir quando ele chegou ao fundo, batendo naquele nó profundo, e enviando minhas terminações nervosas para a ultrapassagem. Com cada movimento pulsante, seu eixo atingiu meu clitóris, esfregando contra ele com fricção e calor. Eu podia sentir o cheiro de Ash me cercando. Na minha carne da noite anterior. Uma mistura de sua colônia e suor e excitação e eu queria me deitar naquele cheiro para sempre. Ash gemeu, suas mãos caindo pesadamente no meu quadril, guiando meu ritmo mais rápido, mais forte. Fodendo. isso é o que sente ao ser fodida. Bom, duro e rápido. — Oh, Deus, Ash. — eu gritei. — Por favor. — eu implorei. Agarrando uma mão na parte de trás do meu pescoço, ele arrastou um caminho pela minha clavícula, circulando sobre os meus mamilos. Apertando forte, ele rolou entre o polegar e o indicador antes de colocar meu peito inteiro em sua mão, amassando-o. Eu joguei minha cabeça para trás. Sim, finalmente. Ele foi tão gentil ontem. Mas isso era o que eu queria. Cru. Rude. Forte. Seus olhos nunca deixaram os meus, ele observou minha reação de um modo tão próximo que me senti desconfortável... e ainda segura. Cuidada. A atenção foi quase demais. Eu arqueei em sua palma, desejando mais. — Ash. — eu quis dizer que soaria ameaçador, mas saiu mais de um gemido. Essas mãos fortes e capazes deslizaram para baixo. Ele rolou o polegar sobre o meu clitóris, deslizando para cima e para baixo sobre a área sensível. — Venha, baixinha. — disse ele. Com duas palavras simples, ondas de prazer rolaram pelo meu corpo. Eu tinha certeza que congelei, exceto pelos meus músculos trêmulos, mas Ash continuou bombeando seu pau dentro e fora de mim, agitando seu quadril como um tornado ganhando

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velocidade. Eu joguei minha cabeça para trás enquanto os ruídos que eu nunca tinha ouvido antes ecoavam no espaço ao nosso redor. Barulhos que eu tinha certeza que nunca fiz em minha vida quando ondas de êxtase pulsaram através de mim, calor e prazer sacudindo minha espinha arqueada. Ash gemeu e eu senti sua corrente quente jorrar dentro de mim. Eu imediatamente congelei, um sentimento gelado desceu pela minha espinha, uma vez aquecida. Como a primeira geada atingindo um campo, senti minha intensa euforia murchar. Meus olhos se abriram. Ele ainda estava dentro de mim. Oh Deus. Preservativo. — Nós esquecemos o preservativo. — eu disse, engolindo em seco. Ele saiu de dentro de mim enquanto eu saía dele, a cama macia embalando minha queda. Ele estava apoiado em seu cotovelo, inclinando-se sobre mim, passando a mão pela minha pele corada. Como poderíamos ser tão estúpidos? Seu toque parou no meu ombro, e eu senti Ash momentaneamente frígido ao meu lado. — Ah Merda. Nós esquecemos. Ele não parecia tão preocupado... — Você... você faz isso com frequência? — Eu perguntei nervosamente. Ele relaxou, sorrindo para mim. — Não. — ele respondeu gentilmente. — A última vez que fodi sem preservativo foi com minha esposa. E eu sou testado meticulosamente. Embora ele não devolvesse a pergunta, ela ficou entre nós, pesada como o nevoeiro, até que eu não aguentei mais e soltei: — Eu não faço sexo há dois anos e também faço checkups regulares.

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Ash não reagiu imediatamente, apenas acenou com a cabeça calmamente. — Bom. Então você está limpa? Foi a minha vez de acenar silenciosamente. — Mas não em controle de natalidade. — Sério. Como eu poderia ser tão idiota? Eu não aprendi nada crescendo com minha mãe solteira depois que meu pai foi embora? Um bebê era absolutamente a última coisa que eu precisava agora, já que eu estava tentando começar na indústria. Eu engoli em seco e olhei para Ash, que estava me observando cuidadosamente com um olhar suave. — Você não parece tão preocupado. Ele pressionou os lábios em uma linha, pensando antes de responder. — Estou preocupado com você porque isso obviamente não é o que você quer. Mas, podemos descobrir quando chegar a hora. — Ele disse e passou o polegar sobre a minha bochecha. — Há uma farmácia ao virar da esquina se você quiser comprar uma pílula do dia seguinte. E, claro, teremos mais cuidado no futuro. Eu sorri para isso, aninhando em sua mão. — Teremos mais cuidado no futuro. — repeti. O fato de termos um futuro. Que estamos fazendo, realmente fazendo isso me deixou tão feliz. — Isso significa que estamos... — minha voz desapareceu. Nós somos o que? Juntos? Namoro? Exclusivo? — Eu não estou fodendo mais ninguém. — disse Ash, sua voz de repente escuro e possessivo. — Eu espero o mesmo de você. — Seus olhos azuis olhavam com força para os meus e tudo que eu podia fazer era acenar com a cabeça. Ele estava louco? Ele pensou seriamente que eu poderia ou gostaria de estar com mais alguém? — Então, você vai assinar os formulários de consentimento do Silhouette, finalmente? — Ash pressionou.

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Meus músculos se apertaram. Porra. Os formulários estúpidos de consentimento. — Sim, mas... — eu respondi com cautela. Eu precisava conversar com o tio Richard. Eu não podia deixá-lo descobrir com alguns contratos. Tinha que vir de mim. A mandíbula de Ash se apertou. — Sim... mas o que? Eu engoli nervosamente. — Deixe que eu arquive com o RH. Eu quero ter certeza que Kelly não descubra. Neste ponto, eu deveria contar a Ash sobre o tio Richard. Ele provavelmente nem se importaria. Mas eu não o queria lá quando converssasse com o tio Rich. E algo disse que ele insistiria nisso. Talvez até fale com Rich sem mim. Não… eu mesmo conversaria com o tio Rich. Hoje depois do trabalho. E então, eu assinaria os papéis e os arquivava com o RH e dizia a Ash a verdade sobre o meu tio. Lambi meus lábios e empurrei meus óculos mais alto no meu nariz antes de minha outra mão varrer minha barriga. Ash me deu um sorriso e enfiou os dedos nos meus. — Não se preocupe muito com isso se puder evitar. É realmente muito difícil fazer um bebê às vezes. — acrescentou. — Você sabe onde você está no seu ciclo? Na maioria das vezes nossa diferença de idade não surgiu. Mas um homem da minha idade nunca me perguntaria sobre o meu ciclo de ovulação. Eu fiz algumas contas rápidas na minha cabeça. — Eu acho que estamos bem. — Bom. — ele sorriu, e me entregou um copo de água da mesa de cabeceira. — Ciclos de ovulação... — eu repeti. — Você fez... Você e sua esposa tentaram ter um bebê?

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Pela segunda vez em um pequeno período, sua mão congelou onde estava acariciando meu corpo. Foi apenas uma breve pausa antes de ele recomeçar. — Sim. — ele disse simplesmente. — Anos atrás. Isso foi tudo que ele ofereceu. Tudo o que ele me deu. E pareceu errado pressioná-lo por mais. Eu pensei que o vi exalar um pouco mais fundo do que antes. Eu engoli, observando as linhas apertadas de seu rosto. Ele não me olharia nos olhos. — Você vai me dizer mais sobre Brie quando estiver pronto? Seu olhar empurrou para o meu rosto, linhas apertadas emoldurando sua boca antes que elas se suavizassem. Ele abriu a boca para falar. Meu coração deu um pulo na minha garganta. Ele estava fazendo isso. Ele ia se abrir para mim. Então, o alarme do telefone tocou, interrompendo o que ele estava prestes a compartilhar. Eu observei quando seu rosto se apertou, fechando as cortinas mais uma vez. Ele se inclinou para longe de mim na verdade, recuando tanto fisicamente quanto emocionalmente. — Devemos nos preparar. Vamos nos atrasar se não formos logo. — Ele saiu da cama e se levantou, indo até o banheiro e ligando o chuveiro. Eu fechei meus olhos. Tudo bem, eu disse a mim mesma. Isso ainda é tão novo. Pode demorar um pouco para ele se abrir. Ele tem sido... devagar. Contando-me mais e mais sobre Brie. No entanto, não pude evitar a sensação de que ele estava se segurando. Segurando algo maior. Dê-lhe tempo, uma vozinha na minha cabeça sussurrou. O que aconteceu com o suicídio de Brie foi intenso e o trauma foi difícil de revelar. Sempre foi para mim também. Expor essa vulnerabilidade era como deixar alguém assistir enquanto você cortava uma cicatriz e se derramava sobre eles.

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Dê-lhe tempo. Dê-lhe graça. Ele ainda tem o seu segredo e eu tenho o meu. Nós os mantemos por um bom motivo e eles serão revelados quando for a hora.

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CAPÍTULO VINTE E CINCO

Lucy NÓS conseguimos chegar ao trabalho no horario na segunda-feira. O dia todo, Ash era um homem diferente da semana passada, quando ele estava latindo ordens e atirando em qualquer um que ousasse olhar para ele errado. Hoje, porém, ele sorria. Dizia obrigado. Eu até o ouvi assobiando enquanto eles definiam a mudança de luz. E agradeço a Deus por mim e minha boceta mágica, porque eu não sei se a equipe e eu poderíamos ter aguentado outra semana como a última. Em um determinado momento, na última sexta-feira, até Kelly olhou para mim e disse que estava grata pelo fato dele não administrar mais o nosso departamento. Estranhamente, uma vez que Ash não estava mais administrando o nosso departamento, ela e eu começamos a nos dar muito melhor. Talvez o timing tenha sido melhor. Ou o fato de que ela aceitou nosso novo orçamento. Mas seja qual for o motivo, estávamos trabalhando bem juntas pela primeira vez. Naquela tarde, mal tive tempo de fazer serviços de costura entre todo o trabalho que eu tinha. Quando terminei de organizar as faturas, tirei o contrato de consentimento da bolsa e sentei relendo, caneta na mão, batendo nervosamente na borda da mesa. A assinatura nitidamente rabiscado de Ash me encarou do final da página e, respirando fundo, assinei meu nome também, me sentindo imediatamente melhor. Agarrando meu celular, mandei uma mensagem para

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o tio Rich, pedindo que me encontrasse em seu escritório depois de terminarmos o dia. Assim que eu toquei no texto, Kelly apareceu na seção de figurino, seus saltos estalando contra o chão de mármore. Meu telefone escorregou das minhas mãos, batendo forte no chão. Não que isso importasse. A maldita tela já estava quebrada, e eu não tive tempo de ir à loja de celulares para consertá-la. Ela parecia quase tão assustada quanto eu, e aproveitei o momento para embaralhar as faturas sobre meu contrato de consentimento, respirando um pouco mais fácil quando estava coberto. Ela caminhou até a mesa em que eu estava sentada e deixou cair uma bandeja de macarrão com queijo e salada ao lado da minha pilha de papéis. Eu sacudi ao som da bandeja batendo na mesa e olhei para ela piscando. — Desde quando você come macarrão com queijo? — Eu perguntei. — Não é para mim. É para você. — Ela revirou os olhos, mas equilibrou-o com um pequeno sorriso. — Oh... obrigado. — De nada. — ela disse, deslizando a papelada debaixo do meu nariz. Eu ofeguei e coloquei minha mão nas notas fiscais. — Não, não faça isso! — Relaxa. As faturas ainda estarão aí depois que você comer. — Como ela tinha movido a papelada, o topo do contrato de consentimento espiou para fora. Ela olhou para baixo, inclinou a cabeça e olhou para mim conscientemente. Eu engoli em seco. — Lucy Rodriguez. — disse ela. — O que você está escondendo? — Não. Eu só… Alguém me convidou para sair e eu estava pensando nisso. Mas... hm… — Engoli em seco e

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peguei o contrato de consentimento de suas mãos, dobrando e colocando de volta na minha bolsa antes que ela pudesse ver. — Lucy. — ela disse, uma voz mais suave e gentil do que eu já ouvi. — Relaxa. Você está falando com a rainha de sair com pessoas do trabalho. — ela revirou os olhos, mas eu tenho a impressão de que foi dirigida a si mesma, não a mim. — Você não precisa me dizer. Ou se envergonhar perto de mim. Especialmente não sobre isso. Eu engoli, minha garganta seca. Ela estava sendo tão... legal. O que diabos havia mudado? — Quer parar de me olhar assim? Eu sei que sou durona, mas não sou totalmente irracional, Lucy. Jesus. Agora coma. Temos a reunião com sua amiga esta noite para ver os figurino depois do expediente, então se você não comer agora, vai se arrepender. Ela soava estranhamente como Ash. Ele a colocou nisso? Era essa a sua maneira estranha e complicada de se certificar de que eu estava comendo? Também… isso realmente importava? Isso não estava me provocando da mesma maneira que quando Ash trouxe o assunto. Kelly certificando-se que eu comia não estava me irritando. Andrea fazendo a mesma coisa não me faria pensar duas vezes, ou o tio Rich mandando para casa uma caçarola. Então, mesmo que isso fosse do Ash, talvez não importasse. Eu não tinha comido ainda. E eu estava com fome. Olhei para o prato, peguei o garfo e cavei os carboidratos cremosos e cheios de queijo. — Você pode querer comer a salada também. Obtenha alguns verdes no seu sistema.

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— Eu vou comer um pouco de salada se você comer um pouco de macarrão com queijo. — eu ofereci, segurando o garfo. Ela empurrou minha mão para longe, sua boca torcendo... mas estava lutando com um sorriso. — Eu não como um carboidrato complexo desde que eu tinha vinte anos. — disse ela, como se isso fosse algo para se orgulhar. Eu coloco o garfo no meu ouvido. — O que é isso? Awww, eles sentem falta da sua tia Kelly. Vamos lá, uma garfada. Ela riu quando eu fiz barulho de avião, voando o garfo em direção ao seu rosto. — Ok, tudo bem! — ela disse. — Me dê o maldito garfo. Cheira ridiculamente bem. — Ela pegou meu garfo, envolvendo seus lábios vermelhos rubi em torno dele e gemeu no segundo em que bateu sua língua. — Puta merda. — ela disse, com a boca cheia. — Oh meu Deus, é melhor que sexo. Eu levantei minha sobrancelha. Algumas semanas atrás, eu teria pensado a mesma coisa. Ela moveu o garfo para mais um pouco e eu deslizei para longe. — Oh, inferno não. Você ganha seu próprio macarrão com queijo. Ela me cutucou de brincadeira com o garfo antes de ficar de pé. — Bem. Talvez eu vá. Falei para ela enquanto dançava pelo corredor, — As mulheres pagariam um bom dinheiro para ver você comer um prato inteiro de macarrão com queijo, garota! O resto do dia transcorreu tranquilamente e nós nos enrolamos por volta das seis da tarde. Eu rolei uma pilha de roupas sujas pelo corredor em direção à lavanderia. E deveria ser tempo suficiente deixar as roupas lá, correr para o escritório do tio Rich e arrancar o Band-Aid, depois ir ao escritório de Ash para a reunião com Andrea.

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Atrás de mim, ouvi passos. O som distinto som dos saltos cliques de Kelly. — Lucy! — ela gritou meu nome e mesmo quando ela não estava brava ou irritada, às vezes ainda parecia que ela estava. Eu respirei fundo antes de me virar para encará-la. Kelly parou na minha frente, cruzando os braços. — Richard Blair acabou de me pedir para te encontrar e mandar você para ao escritório dele. — Sua testa arqueada tão alta, era praticamente cômica. — Ele disse que você está atrasada para a sua reunião. Merda. Eu não achei que ele entenderia literalmente o momento em que nos envolvemos. — Oh... hum, tudo bem. Kelly me olhou com cuidado. — Qualquer motivo que o presidente da Silhouette Studios gostaria de ver uma assistente de figurino no primeiro mês de filmagem? Eu peguei meu lábio inferior entre os dentes. Eu não poderia dizer exatamente: porque ele é meu tio e eu preciso dizer a ele que estou transando com o diretor. Em vez disso, balancei a cabeça. — Eu não faço ideia. — Minha voz ficou presa. Merda, nem eu teria acreditado nisso. Limpando minha garganta, tentei novamente. — Bem, o Sr. Blair entrou enquanto eu estava fazendo a coisa stand-in na semana passada e ele, uh, ele parecia preocupado com um processo de assédio sexual. Você sabe, ter uma assistente se passando por um substituto para uma cena de sexo. Ele provavelmente quer garantir que eu não processe os estúdios ou algo assim. Um forte suspiro ameaçou escapar dos meus lábios quando terminei a mentira. Foi quase crível. — Eu pensei que talvez tivesse algo a ver com o seu contrato de consentimento.

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Eu dei uma risadinha nervosa. — Por que o presidente dos estúdios se importaria com isso? — Eu perguntei, minha voz anormalmente alta. Kelly assentiu, parecendo comprar aquilo e estendeu os braços. — Bem. Vá em frente garota. Eu vou levar a roupa para a lavanderia. Richard Blair não espera por ninguém. Eu engoli em seco, entregando a Kelly a cesta de roupas sujas, dei um passo tentativamente. — O escritório dele é o último à esquerda do salão principal. — disse Kelly. Mais uma vez, eu congelei. Claro. Eu não deveria saber disso. — Certo. Obrigado. Minutos depois, eu estava na frente da porta do tio Richard. Eu estive neste escritório um milhão de vezes quando eu era criança. Concedido, minha última visita foram à seis anos, mas ainda assim. Eu poderia estar com os olhos vendados e saber o caminho. Tio Rich era um homem de hábito e eu não tinha dúvidas de que ele ainda tinha seu carrinho de bebidas escocês no canto esquerdo e uma prensa francesa em sua mesa lateral. A porta se abriu e o tio Rich se elevou sobre mim. O que era sobre homens como ele. Tio Rich, Ash, Jude... praticamente qualquer tipo de Hollywood? Eles eram grandes. Homens altos, desajeitados e musculosos que eram intimidantes só de estar por perto. Bem, intimidante para a maioria. Rich não é tão intimidante depois que você o vê pegar seu problema estomacal aos dez anos e arremessar na lata de lixo. — Lucy. — disse ele, assustado. — Eu pensei que você talvez tivesse esquecido. Eu já ia verificar o que aconteceu. — Ele recuou, segurando a porta para mim quando entrei.

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— O atraso foi que eu estava ocupada fazendo meu trabalho. — Uau. Calma garota. Eu não precisava ser a rainha da raiva para cima dele. Ainda não. Ele levantou uma sobrancelha para mim. Seus olhos castanhos brilharam, alargando-se de uma maneira tão leve que, se eu não conhecesse meu tio tão bem, teria perdido. Ele não estava acostumado a conversar com pessoas. Não no trabalho dele. E mesmo que ele me conhecesse desde que nasci, nossas conversas sempre pareceu surpreendê-lo. — Gostaria de tentar isso de novo? — ele perguntou. Suspirei. — Eu ainda tenho trabalho a fazer depois de terminarmos. Eu não achei que você me levaria tão literalmente a ponto de mandar minha chefe me chamar no segundo em que terminássemos as filmagens. — Ah. — ele disse. — Sinto muito por enviar Kelly até você. — Sua expressão suavizou e ele apontou para a cadeira de couro em frente à sua mesa. — Sente-se, Lucy. — ele exigiu. Eu fiz o que ele pediu, afundando na poltrona de couro e me sentindo um pouco como se tivesse oito anos de novo e estando de castigo por desenhar peitos no quadro-negro. — Sr. Blair... — eu disse. — É Rich e você sabe disso. — Não, aqui não é. E você sabe disso. Um sorriso puxou seus lábios quando ele assentiu. — Muito bem. — Ele estendeu a mão. — Você pediu essa reunião. O que está acontecendo? Eu limpei minha garganta. Como diabos eu ia dizer isso a ele? Por onde eu iria começar? Fechei meus olhos, soltando uma respiração longa e sibilante. — Eu tenho uma confissão a fazer. — eu comecei.

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— Ah. — ele disse baixinho. — Aqui vamos nós. Meus olhos se abriram, queimando nele. Ele sabe? Ele se recostou na cadeira, cruzando as mãos casualmente, embora eu soubesse que não era nada. — Aqui vamos nós? — Eu repeti. — É sobre sexta à noite, não é? Gelo atirou em minhas veias. Ele sabia. Mas ele estava agindo tão calmo. — Lucy. — ele sorriu e encostou os cotovelos em sua mesa. — Está tudo bem, baby bear. Eu não recomendo que você fique bêbada todo final de semana com seus colegas de trabalho, mas você trabalhou duro na semana passada. Você ganhou uma noite divertida e solta. Embora da próxima vez, eu preferiria que você não se soltasse tanto que estivesse dançando no meu assistente de iluminação. Todos nós nos divertimos com as equipes de filmagem, mas você deve ter em mente o que é apropriado e o que não é. — Como você sabia que eu estava dançando com o Miguel? — Fiquei ali sentada, aturdida, minha mente filtrada pela névoa do que o tio Rich dizia. Ele revirou os olhos. — Lucy, nada acontece em uma das minhas equipes sem que eu saiba. O que diabos isso significa? E também, era claramente besteira já que ele ainda não parecia saber que Ash e eu estávamos juntos. — Isso não respondeu a minha pergunta. Como você sabia que eu estava dançando com o Miguel na Alma’s? — Minha assistente saiu com você a noite toda.

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Raiva, ardente e forte, queimou meu peito. Claro, eu sabia que Jasmine tinha saído com a gente. Eu não sabia que ela estava respondendo ao Rich sobre meu comportamento. Agarrando os braços da cadeira, meus dedos cavaram dolorosamente no couro, deixando dez recuos esféricos onde eu estava apertando. Isso respondia apenas parcialmente à minha pergunta. — E por que sua assistente reportou a você sobre o que eu estava fazendo especificamente? Por que ela se importaria com o que eu estava bebendo e dançando? — Eu já sabia a resposta. Já sabia que o tio Rich tinha me traído, tudo bem, talvez traído fosse uma palavra um pouco forte, mas eu sabia que ele havia mentido para mim. Ele suspirou, seu rosto cedendo. — Ela é a única pessoa que eu disse que você era minha sobrinha, eu juro. Além disso, ela se lembrou de você. Ela me ajudou comprar seus presentes de formatura em junho e ela te reconheceu. — Toquei a bolsa e o colar de Kate Spade que o tio Rich me dera como presentes de formatura. Eu não deixei ele dizer outra palavra. Eu o interrompi, me levantando e correndo para a porta. — Você acha que eu beber e dançar com um amigo é inapropriado? — Eu gritei. — Isso é inapropriado. Esta conversa. O que aconteceu na sexta à noite? Se fosse outro membro da equipe, você se importaria? Você teria mandado observar e ser reportado a você pela sua assistente? Depois ligar para o seu escritório e discutir sobre isso? — Você não é apenas um membro da equipe. Você é minha sobrinha e eu me importo com você. Eu balancei a cabeça e peguei a maçaneta. Mas o tio Rich era rápido e estava de pé na minha frente antes que eu pudesse correr. Colocando a mão sobre a minha, ele me parou quando a porta se abriu, seus olhos suaves. — Espere. — ele disse baixinho. — Não saia tão brava. Eu sinto muito.

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— Você sente muito? — Suspirei, soltando minha mão da maçaneta. — Você não pode continuar me tratando como uma criança. Miguel é um amigo. Nós estávamos dançando. Isso é tudo. E sim, eu bebi demais na sexta-feira, mas metade de Los Angeles também. Tenho certeza de que muitos dos membros da sua equipe vão se embebedar depois das filmagens e você não pode falar nada sobre isso. Rich se encolheu e passou a mão sobre a testa enrugada. — Eu sei. Mas ouvir Jasmine descrever você naquela noite. E mais cedo na semana passada, vendo você como substituta no set? Toda crescida e praticamente nua no colo de Ash Livingston? — Ele limpou a garganta, evitando o meu olhar. — Bem, digamos apenas que foi um pouco demais para o seu velho tio. — Ele sorriu, mas não chegou a alcançar seus olhos. — Estou nervoso por você no set. Estou nervoso por você no mundo. Nos bares. No seu apartamento, sozinha em casa. Eu me preocupo com você o tempo todo. Oh garoto. De repente, esse contrato de consentimento assinado pesava cem kilos na minha bolsa. — Tio Rich. — eu sussurrei. — Eu sou adulta. Uma adulta jovem às vezes imatura, estúpida… mas uma adultoa mesmo assim. Você tem que deixar cometer meus erros. E se você não pode me deixar fazer isso... então eu preciso ir trabalhar para alguém que vai. — Eu sei. Eu sei. — ele assentiu. — Deus, naquele dia em que te vi como substituta... — Rich riu, balançando a cabeça. — Se você não aguenta me ver como substituta, o que você teria feito se eu me tornasse uma atriz? Pense em todas as cenas de nudez e atores que eu teria que beijar... — Ok! — Tio Rich colocou as mãos sobre as orelhas. — Isso é o suficiente. — ele riu. — Eu acho que me dei bem com você no figurino.

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— Em linha reta. Eu engoli, alcançando na minha bolsa o contrato assinado e dobrado. Eu tinha que dizer a ele. Era agora ou nunca. Eu tirei o papel da bolsa, segurando na minha mão. — Eu estava com medo de você ter sido sugada pelo charme Livingston. — disse o tio Rich. Meu aperto aumentou no papel. — O charme Livingston? — Eu repeti. — Sim. Eu não sei como esse homem faz isso. Mulheres de toda a cidade sabem que ele é um idiota. Elas sabem que ele não faz relacionamentos. Ele é um parceiro irresponsável... Engoli. — Você quer dizer… Dom. Você acha que ele é um Dom irresponsável. — Um tremor gelado dançou pela minha espinha, e mesmo que tecnicamente eu soubesse que estava quebrando meu contrato com LnS falando sobre Ash como Dominante, algo me disse que tio Rich já sabia. Mas Ash não parecia irresponsável para mim. Fora aquela noite em que tivemos uma falta de comunicação, a única noite em que ele me tratou mal porque eu tinha pedido, ele foi atencioso, gentil e... informativo. Eu olhei tio Rich cuidadosamente quando sua garganta se apertou. Veias azuis empurraram sua pele bronzeada, onde apenas o menor indício de uma barba de cinco horas começou. — O que você disse? — Sua voz estava perigosamente baixa. Eu não tinha ouvido aquele som ameaçador do tio Rich desde o dia em que ele chutou meu pai para fora de nossa casa. De alguma forma, consegui entregar-lhe o contrato sem que minha mão tremesse. Mas por dentro? Eu estava tremendo como um único seixo em um terremoto. — Eu

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queria te contar primeiro. Eu mesma. Antes de arquivarmos isso oficialmente. Os profundos olhos castanhos do tio Rich examinaram o papel, a mandíbula apertada. Mas ele não disse nada. Não sei quanto tempo ficamos lá em silêncio. Mudando meu peso, enchi o silêncio. Eu não pude evitar. Eu odiava essa quietude desconfortável. — Ash queria arquivar isso imediatamente. Eu era a única que precisava de algum tempo. Eu queria ter certeza do que estávamos fazendo... que era, eu não sei... real. — Ele tem trinta e um anos. — disse o tio Rich, como se isso fosse algum tipo de discussão. — E eu tenho vinte e dois. Uma adulta. — Eu resisti ao desejo de enrugar o nariz e revirar os olhos. Isso não ajudaria exatamente o meu caso em provar o quão maduro eu era. Mais silêncio. O rosto do meu tio estava ficando cada vez mais vermelho e seus olhos permaneciam fixos no contrato, quase como se, se ele olhasse com força suficiente, pudesse mudar o que estava escrito ali. Como se ele pudesse reescrever a história com seu olhar de aço. — Tio Rich... Ash se importa comigo. — Ele ainda pode machucar as pessoas que ele gosta, Lucy. — Por trás de seus lábios franzidos, pude ver sua língua percorrer seus dentes. — Ash é... — Quebrado. — repeti sua declaração da semana passada. — Eu sei. Mas comigo, ele não é. Comigo é diferente. Rich apertou a ponte do nariz e sussurrou: — Porra, Lucy. Como você pode ser tão ingênua? Você está falando de um homem que está literalmente com uma mulher diferente a cada semana. Eu vi isso com meus próprios olhos. Eu assisti

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uma e outra vez como as mulheres se apaixonam por ele. Quanto mais elas caem, com mais tijolos ele reforça seu coração. Você diz que é uma adulta? Bem, então cresça e veja o que está bem na frente do seu rosto. — Eu não sou ingênua. Eu sei no que estou me metendo. Richard bufou, balançando a cabeça. — Você sabe realmente? Me responda uma coisa. — disse o tio Rich. — Ele tem treinado você? Você é sua nova submissa? — Embora sua voz não fosse emotiva, seu rosto estava tenso e distante. Meu olhar disparou para o tio Richard e meu queixo afrouxou por um breve momento antes que eu o fechasse. — Vamos, Lucy. Você é uma adulta agora. Adultos falam sobre sexo. Eu respirei fundo. — Não com seus chefes. — eu sussurrei, estreitando meus olhos para ele. — E não com seus tios. Então, nas duas contas, você está fora de linha. E entre todos na minha vida, eu pensei que você de todas as pessoas iria querer que eu encontrasse alguém que se importasse comigo. Alguém que me faz sentir segura e protegida. Eu pensei que você de todas as pessoas gostaria que eu fosse feliz e encontrasse o tipo de amor que minha mãe nunca teve. Pela primeira vez desde que lhe contei sobre Ash, o rosto do tio Rich se suavizou. — Ash não é seu pai. — ele disse baixinho. — Ele não é um homem mau. Ash é meu amigo. Mas eu o conheço há mais tempo do que você. Não acredito nem por um segundo que ele possa ser abusivo como seu pai... mas também não significa que ele não possa te machucar de outras maneiras. — Ele engoliu e eu pude ver a dor atrás de seus olhos. Eu podia sentir essa dor nos meus ossos. Eu sei o quão difícil deve ter sido para ele testemunhar o abuso de sua irmã várias vezes, sentindo-se impotente. Eu

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sabia o quão difícil era porque eu tinha passado pela mesma coisa. Lágrimas brotaram nos meus olhos. — Não. — eu disse, mas desta vez, não me senti tão segura com a minha resposta. — Ash nunca fez nada que eu não tenha consentido. O tio Rich assentiu e se aproximou de mim. — Ele disse a você que ele nunca treinou uma nova submissa antes? — Sim. — Você já se perguntou por que ele decidiu encontrar e treinar uma nova submissa? Porque agora? Por que depois de todos esses anos? — Eu tentei engolir o pedaço de laranja na minha garganta. Mas o tio Rich não esperou que eu respondesse. — Porque eu disse a ele para fazer. Eu o forcei a tentar algo novo; treinar uma nova submissa porque o filme não estava indo bem. — Tio Rich virou-se para longe de mim, passando os dedos pelos cabelos cheios de fios brancos. — Você já ouviu falar de método de atuação? — Ele perguntou, então olhou por cima do ombro para mim quando eu assenti. — Bem, sua direção estava faltando. Sua compreensão do personagem de Leo era uma droga. Então ele embarcou em um pequeno método de direção. Suas palavras atravessaram meu coração. Eu era uma tarefa? O que diabos isso significa? Eu era algum tipo de fodida aposta de My Fair Lady? — E sorte a minha que ele escolheu a minha única sobrinha como sua submissa. — A palavra “submissa” rachou na parte de trás da garganta do tio Rich e, por um momento, achei que ele estivesse chorando. — Eu nunca quis esse estilo de vida para você. — Ele suspirou, de costas para mim, com o contrato apertado em uma mão e a outra em um punho ao seu lado. — Mas você está certa. Você é adulta. Sua vida amorosa não é da minha conta.

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Ele caminhou até sua mesa, pegando uma caneta de sua mesa e assinou seu nome na parte inferior do contrato amassado. Ele pisou de volta para mim e estendeu o contrato. Parecia um truque. Como se estivesse, de alguma forma, provando a ele o quão estúpida eu estava sendo. — Continue. Leve para o RH. Quando eu não peguei, ele suspirou, baixando o contrato. — Eu quero que você seja feliz, Lucy. — ele disse calmamente. — É tudo que eu sempre quis para você. Feliz. Segura. — O papel fez uma ruga quando ele acenou para mim mais uma vez. — Se você sente os dois, se você acha que ele é seu grande amor, então eu não vou ficar no seu caminho. Eu nem vou dizer que te avisei se der errado. Isso era muito para processar. Só porque Ash começou o que tínhamos porque eu era uma tarefa não significava que era o que eu ainda era. E se eu ia estar em um relacionamento com um adulto... eu tinha que agir como uma adulta. E isso significava ter uma conversa, uma conversa intensa e honesta com Ash. Peguei cuidadosamente o contrato da mão do tio Rich, alisando-o nas palmas das minhas mãos. Sua boca puxou um triste sorriso amarelo, mas eu tinha que lhe dar credito, ele estava tentando. — Obrigada! — eu disse baixinho. — Te amo menina. — disse ele. Eu não me importava que estivéssemos no trabalho. Eu o abracei com força, jogando meus braços ao redor de seu pescoço. Ele me segurou lá por um longo tempo. Emoção se apoderou da minha garganta. Ser abraçada pelo tio Rich parecia casa. Suspirando, ele olhou para mim, procurando nos meus olhos. — Acho que eu só tenho que admitir que você não é mais meu bear baby. Meu interior suavizou e houve uma longa pausa enquanto eu sorria para ele. — Eu sempre serei seu bear

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baby. — Então, empurrando os dedos dos pés, sussurrei em seu ouvido. — Mas não aqui no trabalho. — Sorrindo, beijei a bochecha do tio Rich e ele segurou meu queixo, pressionando um beijo carinhoso na minha testa. Tio Rich olhou por cima do meu ombro, seu olhar endurecendo. Espreitando por cima do meu ombro, vi Ash. Sua estrutura muscular quase ocupou todo o espaço da porta, cada ombro roçando a moldura. — Desculpe. — disse Ash, sua voz baixa e fria quando seus olhos viajaram de mim lentamente para Rich de pé atrás de mim. — Eu não sabia que estaria interrompendo qualquer coisa. — O inferno que você não sabia. — tio Rich rosnou. Eu virei minha cabeça de volta para o tio Rich e levantei meu dedo no rosto dele. — Não se atreva. — eu assobiei. — Deixa que eu cuido disso. Ash bufou. — Nossa reunião começou sem você. E considerando que foi sua ideia entrevistar Andrea, achei que você deveria estar lá. Ele não me deu a chance de responder antes de se virar e sair do escritório do tio Richard.

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CAPÍTULO VINTE E SEIS

Ash EU estava tão zangado que nem consegui ver direito. As paredes ao meu redor pareciam mais apertadas, constritivas, como se eu estivesse andando através de um túnel em colapso. Parando, coloquei a mão na parede e respirei fundo. Eu precisava me acalmar. E daí? A primeira garota que eu gostei o suficiente para considerar algo mais do que uma noite desde que minha esposa morreu, na verdade está fodendo meu chefe. Não é um grande negócio. Exceto que era. Um grande negócio. Mas foi culpa minha. Por confiar em uma jovem de vinte e dois anos. Por abrir meu coração depois de apenas algumas semanas. E por pensar que alguém poderia ser o que Brie uma vez foi para mim. Quando Kelly chegou a nossa reunião e me disse que Lucy estava com Richard, eu tive um mau pressentimento. E estupidamente ignorei aquele sentimento iminente de um dia do juízo final que agitou em mim enquanto eu caminhava pelo corredor até o escritório de Richard para chamar Lucy para a reunião, apenas para descobrir que a porta estava entreaberta. Tudo fazia muito mais sentido agora. A limpeza a seco de Richard no banco de trás. As mensagens de texto dele que eu tive um vislumbre naquela noite em minha casa. Até a reação de Rich a Lucy comigo seminua. Eu apertei meus olhos e tentei empurrar a imagem para fora da minha cabeça; ela em

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pé na frente dele, suas mãos segurando sua mandíbula com ternura, seus lábios roçando sua testa. Aquele beijo que sugeriu uma história. Um conforto. Como se eles estivessem fodendo por um tempo. Eu estava me torturando com a visão queimada em minhas retinas. Bem, agora eu sabia por que ela não assinaria um contrato de consentimento. Por que ela era tão paranoica com o fato de que teríamos que nos encontrar com o RH ou com um superior para uma conversa. Sim. Agora eu sabia porque. Mas saber não facilitou. Interiormente bufei e balancei a cabeça. Ela não queria que as pessoas pensassem que ela estava dormindo até o topo? Tudo merda. Ela já estava dormindo com o presidente da empresa. Por que diabos ela precisava de mim? — Ash. — disse Lucy atrás de mim. As paredes de gesso eram lisas e frias contra minha palma; Relutantemente, me afastei, seguindo pelo corredor em direção ao meu próprio escritório. Lucy foi rápida e me alcançou em instantes. — Ash, espere. — ela sussurrou, realmente soando com raiva. O que diabos ela tem que estar com raiva? Eu engoli a dor ardente. Dor sobre o que? Que merda estúpida ficar tão chateado com alguém que eu mal conhecia. — Não há nada para explicar. — eu disse, tentando manter minha voz mais leve que o meu coração. — Eu não sabia que você e Richard tinham negócios. — Eu e Rich? Ash... Eu não suportaria ouvir as desculpas. Ela não me devia nada. Eu ri apesar de tudo e olhei para a luz do corredor. E havia aquela sensação de queimação novamente. Desta vez na minha garganta. — Não se preocupe. Seu segredo está

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seguro comigo. Não vou contar a ninguém sobre Rich e não vou contar a ninguém sobre nós também. Irônico, no entanto. Ontem, se alguém me perguntasse qual figurinista estaria dormindo até o topo, eu teria falado que era a Kelly, não você. Lucy engasgou e o som de seus passos batendo no chão de mármore cessou. Eu me encolhi, meu estômago torcendo. No segundo em que as palavras saíram da minha boca, eu me arrependi delas. — O que você acabou de dizer para mim? — Lucy, eu... — Eu não estou dormindo até o topo. Eu segurei meu bufo. — Certo. E eu que pensei que era muito velho para você, mas você está dormindo com alguém dez anos mais velho que eu. O que você tem? Um fetiche por papai Dom ou algo assim? Sua mão se moveu tão rapidamente, que nem vi isso acontecer. Sua palma conectou com a minha bochecha, deixando uma marca pungente na cavidade da minha bochecha. — Foda-se. — ela sussurrou. Então ela me bateu uma segunda vez. — E essa é pela Kelly. — ela sussurrou. — Porque nenhuma de nós está dormindo até o topo. Em sua mão direita, ela segurava um pedaço de papel amassado que ela enfiou no meu peito. — Você estava planejando alguma vez me contar? — Ela sussurrou. Eu estreitei meus olhos para ela. — Te contar o que? — Que treinar uma submissa, me treinar, foi uma tarefa de Rich para o filme? — Ela passou por mim, parando brevemente com a palma da mão contra a porta do escritório fechada. — Você pode simplesmente jogar fora agora. — disse ela, sacudindo o queixo em direção ao papel amassado na minha mão. Então, ela abriu a minha porta e entrou.

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Abri o papel amassado, alisando-o diante do meu nariz. O contrato de consentimento. Assinado por Lucy e Richard Blair.

*** K ELLY ESTAVA SORRINDO . Sorrindo de verdade, foi a primeira vez que a vi rir desde que reduzi seu orçamento. Ela até sorriu para Lucy e estreitei os olhos para elas, imaginando quando as duas conseguiram se tornar cordiais. Além de cordial. Elas pareciam quase... amigas. — Andrea. — disse Jon, em pé circulando o vestido verde-esmeralda que foi colocado em um manequim. — Esses projetos são espetaculares. Me sentei, eu era parte da reunião, mas não do comando. Eu não tinha nada a dizer se Andrea seria ou não contratada. Se eu realmente não gostasse de nenhum de seus desenhos, com certeza eu teria falado, mas no final, se Jon tivesse tomado sua decisão, eu teria que honrar isso. Sorte para todos nós, Andrea era uma designer brilhante. Jon olhou para mim e depois para Kelly. — Estou me adiantando, e se eu disser que estaremos enviando alguns contratos para Andrea amanhã de manhã? — Amanhã? — Kelly disse. — Imprima-os agora. — ela riu. — Eles são divinos. Perfeito para os personagens. — Ela deslizou um olhar para Lucy, que estivera em silêncio a maior parte da reunião. — Você fez bem. — Kelly acrescentou, e os olhos de Lucy se arregalaram por trás dos óculos de aro preto. — Sério?

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Kelly deu um aceno de cabeça afiado. — Sim. Um sorriso estonteante se contorceu no canto da boca de Lucy e eu odiava o jeito que meu estômago se contorcia com aquela curva linda de seus lábios. — Obrigada. — disse Lucy. — Mas eu não criei nada. Isso é tudo de Andrea. Kelly suspirou. — Sim, mas você reconheceu o talento. — Ela revirou os olhos, sorrindo. — E eu não vou repetir o elogio uma segunda vez. Lucy mordeu o lábio e empurrou os óculos no nariz. — Bem... obrigada. — Antes de podermos falar em compensação, no entanto; Jon, Ash e eu precisamos discutir números. — Kelly acrescentou, direcionando sua atenção de volta para mim. — Seja o que for, eu vou aceitar! — Andrea gritou, radiante. Kelly bufou, revirando os olhos. — Novatos. — ela murmurou, mas eu não senti falta do sorriso que se espalhou em seus lábios vermelhos-cereja. Meus olhos voltaram para Lucy. Eu não deveria estar olhando. Eu deveria estar prestando mais atenção a Andrea ou Kelly, mas a maneira como a boca de Lucy pressionava em um sorriso reprimido enquanto ela balançava a cabeça para sua melhor amiga... Ela estava me hipnotizando. E ela não é minha. Eu engoli em seco e forcei meus olhos de volta para Kelly. Limpei minha garganta e fui para trás da minha mesa. — Bem, Kelly, Lucy, vocês duas podem terminar de se preparar para as filmagens de amanhã, Jon e eu trataremos com Andrea sobre os primeiros formulários de contratados independentes.

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Lucy não esperou que eu desse mais instruções. Ela saiu de seu assento e se lançou para a porta. Kelly observou, curiosamente, olhando brevemente para mim antes de seguir sua assistente pelo corredor. Depois que os dois se foram, Jon sacudiu a cabeça para a porta. — Eu tenho que terminar algumas coisas para amanhã também. Você pode lidar com o contrato? Eu balancei a cabeça, alívio relaxando profundamente meus músculos. Era um alívio doloroso enquanto soltava toda tensão que estava segurando. Levantei, peguei alguns formulários da impressora e os entreguei a Andrea. Ela pegou os papéis, me olhando. — O que está acontecendo com você e Lucy? — Ela perguntou, depois que Jon foi embora. Direta como sempre. — Ela estava tão estranha e quieta. Merda. — Eu não sei do que você está falando. — eu disse, mantendo meus olhos na papelada e deslizando-os sobre a mesa. — Lucy está sempre quieta no trabalho. A cabeça de Andrea caiu para o ombro dela, e ela me deu o melhor corte a merda que eu vi desde que minha mãe pegou Lauren Delseco se escondendo no armário do meu quarto à meia-noite, último ano do ensino médio. Andrea estreitou os olhos para mim. — Eu conheço Lucy desde os cinco anos de idade. Eu sei a diferença entre seu introvertido profissional, e ela estava tão chateada, que não se arriscou abrir a boca. Os últimos vinte minutos? — Andrea apontou para a cadeira agora vazia em que Lucy estava sentada. — É a sua vez. Então, vou perguntar de novo... o que está acontecendo com vocês dois? — Nada. — eu disse. — Não há nada acontecendo conosco. Eu sou o chefe dela. Ela é minha assistente de figurino. É isso aí.

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Andrea assentiu, sua boca mergulhando comicamente em uma careta pensativa. — Não parecia nada na manhã de sábado. Nada geralmente não envolve o envio de uma cesta com presentes incluindo um peixe-boi ou ajudar uma garota bêbada a sobreviver à noite. Nada não vem na forma de segunda-feira ela estar usando as mesmas roupas que ela usava quando saiu do nosso apartamento no sábado à tarde. Minhas sobrancelhas baixaram. Como diabos ela sabia disso? Lucy usava a mesma coisa todos os dias. Eu nem precisei fazer a pergunta antes que Andrea me levantasse com um único olhar. — Aquele jeans tem uma mancha de tinta na coxa. A caneta de Lucy estourou na aula durante o último semestre da faculdade. Eu adivinhei a camisa. Tínhamos lavado as roupas dela no domingo e passávamos a maior parte do dia nus e vestindo minhas roupas. Mas eu acho que lavar não importa quando uma roupa tem manchas permanentes. — Nós dois ficamos um pouco… carregados neste final de semana. Além disso, você não precisa mais cobri-la. Eu sei que Lucy está vendo outra pessoa. As garotas não dizem tudo uma a outra? — Como a melhor amiga de Lucy, Andrea precisava saber sobre seu relacionamento com Richard. Andrea bufou. — Lucy não está vendo mais ninguém. Eu não vi aquela garota ir a um encontro em quase dois anos. Foi a minha vez de lhe dar uma olhada. — Agora é sua vez de cortar a merda. Andrea abaixou os contratos e me olhou nos olhos. — Honestamente, Ash. Lucy não tem namorado. Eu bufei e balancei a cabeça. O ar condicionado chutou no canto, e o zumbido baixo que eu normalmente achei tão reconfortante estava agora irritando meus nervos. — Bem,

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parece que eu não era o único que ela estava escondendo o relacionamento. Momentaneamente, a preocupação passou pelas feições de Andrea. Mas num piscar de olhos, desapareceu. Ela deixou cair os papéis em seu colo. — Está bem, então. Eu vou morder essa. Quem é esse homem misterioso com quem ela está? E como você sabe que eles estão juntos? Eu não queria dizer. Era o lugar de Lucy compartilhar com Andrea, não eu. Engoli. — Vamos apenas dizer que ele trabalha aqui e eu entrei em seu escritório. Andrea estreitou os olhos. — Encontrou eles... fazendo sexo? — Se beijando. — Isso não soa como Lucy. Beijando como? Como… se beijando. Eu grunhi. — Não. Não dessa maneira. De alguma forma, isso teria sido melhor. Aquele momento íntimo e terno era como uma faca no meu coração. A compreensão relaxou os recursos apertados de Andrea. Suas sobrancelhas suavizaram e seus lábios se separaram quando ela sussurrou: — Ohhh. — Balançando a cabeça, ela abriu os olhos e olhou para mim mais uma vez. — Foi Richard Blair, não foi? Eu não disse uma palavra, mas cada músculo do meu corpo ficou rígido. Então ela sabia. Talvez eles tivessem uma história juntos. Talvez eles tenham terminado por um tempo e acabaram de voltar. — Ash Livingston... você é um idiota.

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Eu recuei como se ela tivesse fisicamente me atingido. Eu não era chamado de idiota em anos. Talvez até uma década. — O que? Andrea sacudiu a cabeça e riu baixinho. — Rich não é namorado dela, Ash. — Eu sei o que vi... — Sério? Você é o prefeito Idiotville, boiando no rio Idiota em uma canoa Idiota construída de madeira cultivada na Floresta dos Idiotas. Raiva torceu no meu estômago. — Muitas pessoas não me chamariam de idiota. Especialmente quando estou oferecendo um contrato para um filme que está prestes a virar o mundo deles de cabeça para baixo. Andrea bufou e empurrou os contratos para trás do outro lado da mesa para mim. — Sim, bem, você não é meu chefe ainda. E se você puxar este negócio por causa de alguma merda pessoal idiota, eu mesmo ligarei para Richard para contar a ele como você é pouco profissional. Eu também tenho uma atração pelo Sr. Blair, você sabe. O que? Porra. Quantas jovens de vinte e poucos anos passaram por Richard? O sujo falando do mal lavado, a voz de Brie tocou na minha cabeça. Eu respirei fundo, forçando meu coração acelerado a se acalmar. — Você está certa. — eu suspirei, sentando de volta na cadeira. — Isso é inapropriado. No entanto, se você assinar esse contrato, não pode estar aqui me chamando de idiota durante o horário de trabalho. — Um sorriso se contraiu em meus lábios e eu a olhei, estudando Andrea enquanto ela colocava as palmas das mãos na minha mesa, inclinando-se confiante sobre a borda em direção a mim.

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— Eu não posso? — Não. — eu disse, mantendo minha voz calma. — Você não pode. Assim como eu não posso falar com você sobre Lucy enquanto trabalhamos. Ela se inclinou para trás, cruzando os braços elegantemente sobre o peito. — Mas eu ainda não assinei nada. Então, até que eu faça… vou dizer que você não sabe o que viu. Richard não é o namorado de Lucy. E esse segredo não é meu para compartilhar… mas vou lhe dizer para você dar uma pesquisada sobre Luciana Rodriguez e ver o que aparece. Então, depois de encontrar a verdade e quiser conversar com Lucy, e acredite em mim, você vai querer falar com ela, vou encontrar um jeito de levá-la ao LnS hoje à noite. Eu bufei. — O que faz você pensar que eu não posso levála ao LnS eu mesmo? A sobrancelha de Andrea se arqueou e ela balançou a cabeça. — Você conhece Lucy há semanas. Eu a conheço há anos. Não deixe seu ego ficar no caminho enquanto estou tentando te ajudar. Porque confie em mim... se você mesmo insinuou que ela estava com Richard ou fazendo qualquer coisa de moral questionável, ela não vai ouvir suas desculpas de bom grado. Você precisará da minha ajuda. Meus olhos se fecharam brevemente. Porra. Eu me odeio ainda mais pelo que disse a ela no corredor. Mesmo assim, eu não consigo imaginar nenhum cenário em que entenderia por que Lucy e Richard estavam se beijando. Mas então eu imagino seus grandes olhos castanhos e como a umidade transbordava pelas bordas. Eu limpei minha garganta. — Ok... vamos fingir por um segundo que você está certa. O que quer que eu encontre nesta pesquisa explica tudo e quero encontar Lucy no LnS hoje à noite. Como diabos você será capaz de levá-la até lá?

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— Ela assinou a papelada para o clube, certo? Eu bufei uma risada. O contrato de LnS foi o primeiro e único que ela assinou. Nós nunca terminamos de preencher o meu contrato Dom/sub juntos. Até agora. Até hoje, pensei, olhando para o contrato de consentimento agora assinado. O contrato que agora não importava mais. — Sim. Ela assinou. — Então deixe o resto comigo. Você só precisa estar no LnS no corredor dos fundos às nove da noite, eu cuidarei do resto. — Andrea pegou seus próprios contratos e caminhou em direção à porta. — Eu vou ter o meu advogado olhando isso hoje à noite. Procure no Google, senhor. Ela fechou a porta atrás de mim e eu olhei para o cursor piscando embaixo da barra do Google. Eu não deveria fazer isso. Nós fizemos uma promessa um ao outro. Uma promessa de falar em vez de fazer buscas na internet. Mas, francamente, eu não queria falar com ela. Eu nem queria olhar para ela. E sua melhor amiga me disse para pesquisá-la. Isso tinha que valer alguma coisa. Digitando devagar, eu digitei Luciana Rodriguez na barra de ferramentas. Demorou alguns minutos para examinar nomes não relevantes, mas acabei encontrando vários artigos de Santa Bárbara. Principalmente postagens de honra no jornal. Alguns pequenos artigos sobre sua faculdade. Um perfil do Facebook, que foi definido como privado. E um anúncio sobre sua formatura na faculdade como uma das mehores alunas. Luciana Blair Rodriguez. Blair. Richard Blair. Puta merda.

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CAPÍTULO VINTE E SETE

Lucy Puxei o telefone da minha bolsa, que tocou pela milionésima vez. O nome de Andrea se iluminou na minha tela. Bato o quadril verificando se a porta do carro está fechada, passei o polegar para a direita e balancei o telefone entre o ombro e a orelha. — Paciência garota! — Eu digo, sem querer jogar meu humor de merda na minha melhor amiga. Mesmo assim, o dia de Andrea foi um dos seus melhores e o meu foi uma merda total. Bom, na verdade, meu dia estava bom. Sem intercorrências com sorrisos trocados entre Ash e eu. Mas então, tudo se transformou em merda, me pondo no limite quando Ash me acusou de ter conseguido chegar ao topo com sexo. Eu bufei, resmungando palavras incoerentes debaixo da minha respiração que pareciam muito com filho da puta e imbecil. — Você está aqui? Por favor, me diga que você está quase aqui. — Andrea falou. Suspirei, olhando para o letreiro de neon. — Acabei de chegar. — Oh meu Deus, você é um salva-vidas, Lucy. Meu chefe me mataria se soubesse que esqueci minha identidade. — Por quê? É realmente um grande negócio? — Se formos atingidos por uma inspeção e eu não tiver essa identificação? É uma multa enorme.

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Eu tranquei meu carro, indo em direção ao prédio. — Lembre-se. — disse Andrea, — entre pela entrada dos fundos. Dei a Chloe seu nome e te encontrarei no corredor. Se eu pudesse ter apertado meus olhos para o telefone, eu teria. Andrea estava sendo terrivelmente dramática. — Sério? Seu chefe vai surtar se ele me ver entregar algo para ela do outro lado do bar? — Eu não queria estar neste prédio por meio segundo a mais do que precisava. Andrea ficou quieta por um momento e limpou a garganta. Só isso foi o suficiente para me fazer parar no meu caminho. Algo estava estranho aqui. — Ok, confesse. O que está acontecendo? A voz de Andrea caiu para pouco acima de um sussurro. — Olha, eu não sei o que aconteceu entre você e Ash, mas algo estranho estava acontecendo durante aquela reunião. Certo? Como… não é assim que um cara age depois de passar uma noite cuidando de uma garota bêbada. Esse não é o comportamento de um homem que parecia tão como seu namorado, ele lhe enviou uma cesta de presentes adorável, depois passou o resto do fim de semana com você. Suspirei. Eu nunca fui boa em esconder coisas de Andrea. Eu estava me esforçando tanto para não contar a ela todo o meu drama porque Andrea merecia uma comemoração. Ela mereceu o jantar e um brinde de champanhe ao seu contrato com a Silhouette Studios. Mas eu acho que voou pela janela. — Vamos apenas dizer que muita coisa aconteceu desde que você me viu no sábado. — O que aconteceu? — ela perguntou. Voltei a andar pelos fundos do prédio. Olhando para um pequeno conjunto de escadas de ferro, havia uma mulher em um espartilho de couro e uma saia preta curta com uma prancheta na mão. — Um grande e estúpido mal-entendido. — Minha garganta queimava com as acusações que ele jogou

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em mim. Eu poderia talvez perdoá-lo pelos comentários sobre dormir até o topo. Mas aquele comentário de papai Dom? Quando ele conhece minha história com meu pai? A raiva tomou meu corpo e eu cavei minhas unhas na palma da minha mão para acalmar meu pulso furioso. Isso foi tão desnecessário. Tão doloroso. Ele disse isso sabendo que me machucaria. E agora eu estava sozinha de novo. Que normalmente sozinha estava bem. Sozinha estava a salvo. Eu estava acostumada a estar sozinha. Mas agora? Agora que eu tinha experimentado o gosto de Ash... a última coisa que eu queria fazer era ir para casa, para meu quarto pequeno e vazio e ver Netflix, e o frio. A menos que relaxar com meu vibrador contasse. Subi as escadas para onde a mulher estava esperando e coloquei a mão sobre o bocal do telefone. — Chloe? — Eu perguntei. A mulher assentiu, me dando uma rápida olhada. Aqueles olhos escuros olhavam para cima e para baixo do meu corpo, parecendo curiosos sobre mim. História da minha vida. As mulheres me julgaram quando me maquiava e usava saltos. E agora que voltei a usar sapatilhas, nada de maquiagem e camisetas todos os dias, ainda sou julgada. Apenas em vez de uma ameaça, eles vêem um quebra-cabeça. — Eu sou Lucy Rodriguez. Acredito que meu nome esteja na lista. Ela nem olhou para o seu iPad. Apenas estendeu a mão. — ID por favor. — Oh, hum, claro. — Eu entreguei a carteira de identidade de Andrea e ela arqueou uma sobrancelha negra perfeita para mim. — Seu ID.

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Oh inferno. Entreguei de Andrea, dando-lhe um sorriso de desculpas enquanto apertava o telefone entre a orelha e o ombro e vasculhava minha bolsa, procurando minha habilitação. Eu a entreguei, respirando pesadamente como se tivesse acabado de cruzar a linha de chegada de uma maratona. Eram muitos bastidores para dar um simples documento para Andrea. — Lucy. — disse Andrea, ainda ao telefone comigo. Havia algo em sua voz. Algo instável e inseguro. Andrea quase nunca era incerteza. Ela era confiante e forte e abertamente sexy sem parecer que estava se esforçando tanto. Ela era basicamente tudo que eu não era. — Talvez você precise falar com Ash sobre o que aconteceu hoje. Eu bufei, esperando enquanto Chloe verificava minha identidade. — Definitivamente não. É mais seguro assim. Talvez depois que o filme acabar, possamos nos reconectar. Mas agora... — Minha voz sumiu. Eu nem sequer acreditei em mim com toda essa besteira. Era ridículo. Ash e eu nos conhecíamos por uma semana. Sim, estou autorizada a ficar triste. Mas eu não posso me sentir quebrada sobre isso. Andrea deu uma risada triste. — Mais seguro. Certo. Você sempre gostou da rota pavimentada e segura. — Eu odeio essa analogia. Quem em sã consciência tomaria a estrada não pavimentada onde você não tem um mapa ou sinal de GPS? Isso é estúpido. E irresponsável. Andrea riu. — Às vezes você tem que sair do caminho batido para encontrar a merda legal. Como aquela viagem que fizemos a Las Vegas, descobrimos que o agricultor de lhamas tinha o maior novelo de lã do país. Eu bufei mudando meu celular para o meu outro ouvido. — Isso foi divertido... eu acho.

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— Veja... Você nunca saberia que o maior novelo de lã estava em nosso quintal se tivéssemos ficado no mapa. Isso é o que nos torna uma equipe tão boa. Eu te empurro quando você precisa do cutucão. E você me puxa de volta antes de eu ultrapassar um limite. Chloe devolveu minha identidade e segurou a porta para mim. — Aqui está, Luciana. — Obrigada. — Entrei pela porta em um corredor quase escuro. Havia candelabros na parede, mas em vez de lâmpadas, o brilho quente da luz da vela iluminava o corredor. Era difícil acreditar que eu tinha estado aqui esta manhã. Que eu tinha passado duas noites em um desses quartos pequenos e tranquilos. — Estou dentro. Vou esperar por você aqui. — Apenas lembre-se... — Andrea disse. — Você ama meu lado aventureiro. É o que nos mantém equilibradas. Eu me inclinei contra a parede de tijolos. O concreto áspero e texturizado raspou contra o meu braço e ficou frio contra a minha pele aquecida. — Ok, estranho. Apresse-se e venha aqui antes de eu me deparar com... — Lucy. — uma voz profunda e rouca disse do final escuro do corredor. — Ash. — eu sussurrei seu nome no telefone. — Andrea, o que você fez? — Amo você. — disse Andrea. — Você precisava pegar a estrada sinuosa esta noite. A linha ficou morta. E das sombras do corredor, Ash Livingston se adiantou.

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CAPÍTULO VINTE E OITO

Lucy — Nós precisamos conversar. — Ash disse e deu um passo em minha direção, fechando o pequeno espaço que estava entre nós. Seu peito subiu e desceu com cada respiração, quase roçando meus mamilos duros. Mamilos idiotas e traidores que perfuravam em sua direção. A porta atrás de nós se fechou silenciosamente, fazendo com que uma brisa arrancasse um pouco do meu cabelo do rabo de cavalo bagunçado. Minha mão tremia quando a levantei para o meu rosto e coloquei o cabelo perdido atrás da minha orelha. — Nós realmente não precisamos. Você deixou bem claro o que você achava de mim hoje cedo... — As palavras tinham um gosto amargo na minha boca quando eu as disse, rachando com sabor na parte de trás da minha língua. A dor bateu em mim na memória. Que ele poderia pensar que eu estava dormindo até o topo. Papai dom? Eu engoli em seco, odiando-o por isso. Odiando-o tanto, tanto. Mas quando olhei para as linhas duras de seu rosto, não foi o ódio que me consumiu. Foi outra emoção. A temida a palavra de quatro letras. Bem, foda-se isso. Ele não merecia meu amor. Assim como papai não merecia a mamãe. Se é isso que o amor faz? Se o amor causou dor e luta e faz as pessoas dizerem coisas dolorosas, cavando seus dedos sujos em feridas sangrentas, eu não queria nada com isso.

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— Eu estava errado. — Ash disse calmamente. — Eu estava com ciúmes do que pensava ter visto e falei cruelmente para me proteger. Eu sinto muito. — Ash se inclinou, pressionando as mãos contra a parede acima da minha cabeça. Uma palma descansou em ambos os lados das minhas orelhas, enroscando-me em sua testa enrugada em pensamentos. Das sombras, seus olhos se inclinaram para os meus, escuros e encapuzados e protegendo qualquer parte de seus pensamentos que eu pudesse potencialmente ler. Meu coração trovejou no peito com batidas descontroladamente esporádicas. Algo sobre Ash preenchia uma área oca da minha alma que estava crescendo e apodrecendo como uma cavidade desde que meu pai partiu. Ao redor de Ash, a dor estava entorpecida. Ele acalmou a história com seu toque. Emendou a ferida com suas palavras. Exceto hoje? Hoje, o comentário dele trouxe tudo para trás. A cavidade pulsou dentro de mim, pulsando forte com a solidão. Foi a minha fraqueza. Mas também foi meu escudo. Um que eu não estava pronta para largar e perder ainda. Uma risada dura rachou meus lábios tensos. — É o melhor que você tem? Você estava errado e sente muito? — Eu me abaixei e passei por debaixo de seus braços, quando sua expressão cimentou em choque. — Você basicamente me chamou de prostituta. Ele respirou fundo, empurrando a parede para me encarar. — Eu não fiz. — Você fez. — A tensão se esticou entre nós como um chiclete ao redor de um dedo. Sua boca se abriu para falar, mas eu o interrompi. Eu não podia ouvir mais. Não seria possível ouvir outro pedido de desculpas. Porque o próximo poderia potencialmente funcionar; poderia potencialmente ganhar meu perdão e eu não poderia deixar isso acontecer. Não podia deixar ele me descarrilar. — Não que você estivesse errado. Talvez eu esteja dormindo até o topo. — eu blefei. Era

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a única maneira que eu sabia como garantir que Ash iria embora. Me deixar em paz. Porque acima de tudo, eu sabia que ele não compartilhava. Ele era possessivo e apaixonado e o pensamento que es estivesse com outro homem iria empurrá-lo na outra direção. Empurrá-lo para longe de mim. — Afinal de contas... — continuei, — como você explicaria que uma garota que acabou de sair da faculdade conseguiu a posição de assistente de figurino em um grande filme? A raiva serpenteou através de suas feições, apertando a pele ao redor dos olhos. — Não diga isso. Nós dois sabemos que não é verdade. — Sua mão levantou, aqueles dedos calejados traçando uma linha esvoaçante pelo meu queixo. O ar entre nós rodopiava com energia caótica, forçando o aperto emocional que ele tinha em mim. Eu peguei o ID de Andrea e coloquei no peito dele. — Dê isso para Andrea por mim. Não que provavelmente ela precise disso. — Então, girando em meus calcanhares, na direção da mesma porta sem identificação pela qual eu havia entrado. — Luciana Blair Rodriguez. — Ash explodiu. — Não dê outro passo. Blair. Ele sabia.

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CAPÍTULO VINTE E NOVE

Ash EU a bloqueei. Não era assim que eu queria que isso acontecesse. Mas estava claro que eu a estava perdendo. Claro que ela estava prestes a sair sem uma explicação adequada, e eu não podia deixar isso acontecer. Eu queria que a verdade viesse de sua boca bonita e gostosa. Eu queria que ela confiasse em mim o suficiente. Se isso realmente acontecesse se ela realmente fosse minha parceira e entrasse nesse estilo de vida da maneira que ela parecia curiosa, a confiança era fundamental. Você é um hipócrita. Eu engoli os sussurros da dúvida, ignorando-os. Eu não merecia seu perdão, mas porra, eu tinha que tentar. Ela não merecia o que eu lhe dissera antes. Foi doloroso. Desnecessário. E eu estava tão, tão triste por isso que eu sofria, na verdade doía no meu coração. Chamá-la pelo nome completo pareceu funcionar. Ela parou de andar, voltando para me encarar. — Do que você me chamou? — Luciana Blair Rodriguez. — eu disse. — Sinto muito por dizer que você estava dormindo até o topo. Foi terrível. E não poderia estar mais longe da verdade. Ela engoliu em seco, os olhos escuros brilhando quando eles levantaram e encontraram os meus. — E você sabe a verdade?

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— Eu sei o que algumas pesquisas gerais na internet me permitem saber. — Seu rosto caiu quando eu admiti isso. Sua mandíbula afrouxou e sua pele empalideceu para uma pele branca. — Você me procurou no Google? Minha garganta estava seca de culpa, mas engoli de qualquer maneira. — Andrea me disse para fazer. Sua melhor amiga é dura. Mas eu prefiro ouvir isso de você. Eu prefiro ouvir tudo de você. — Ela não disse nada, mas desviou os olhos dos meus, lançando seu olhar para o chão. A dúvida me atingiu como a flecha de um arqueiro, perfurando meu coração. — Lucy. — eu sussurrei, — No que diz respeito a segredos... este não é um grande negócio. — Eu deveria saber. Eu sabia tudo sobre as coisas distorcidas e fodidas que as pessoas escondiam em seus armários para seu próprio ganho. Esqueça os esqueletos a maioria das pessoas que frequentava o LnS tinha catacumbas em seus armários. A dúvida continuou a girar pelo meu corpo, alojando-se na base da minha garganta. Eu queria reivindicar sua boca, corpo e alma para mim. Em vez de me lançar para ela e envolver meus braços ao seu redor, eu dei um passo para trás e forcei minhas mãos nos bolsos. Ela balançou a cabeça. — Você me procurou no Google. Todo esse tempo, eu estava esperando você se abrir para mim sobre Brie. Sobre você. Respeitando o que você me pediu no começo desta desculpa ridícula de relacionamento. Respeitei seu direito à privacidade e me abstive de fazer qualquer tipo de pesquisa na internet sobre você e sua esposa. E no segundo em que você duvidou de mim, você abriu uma pesquisa no Google. — Levantando as duas mãos, ela empurrou meu peito. Forte. Mas não forte o suficiente para me desequilibrar. Então, ela se afastou de mim, cruzando os braços.

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— Sua melhor amiga me disse para procurar no Google— repeti. Lucy bufou. — Ela não é a pessoa de quem você deveria ter obtido permissão. Você também poderia ter falado comigo. Me ouvir quando tentei explicar. Você poderia ter voltado para falar comigo depois do que viu. — Você teria falado comigo? — Eu pressionei. — Você teria me dado essa segunda chance se tivesse sido eu? Se você tivesse entrado em uma sala onde eu estava segurando o rosto de outra mulher e beijando-a carinhosamente? — Meus punhos cerrados na memória visceral. Mesmo sabendo que não era romântico agora, na época, parecia muito real. E uma intensa traição. — Ele estava carinhosamente beijando minha testa. Não meus lábios. Testa. — Ela virou para me encarar, o maxilar trincando. — E sim. Eu teria lhe dado uma chance para explicar. — Besteira. Você estava de costas para mim. Não parecia que ele estava beijando sua testa. Parecia íntimo. — Quando Rich me disse que você recebeu uma tarefa para treinar uma submissa, fiquei puta. Mas respirei fundo e fiz a escolha de falar com você. — Suas narinas se abriram e os óculos escorregaram um pouco mais pelo nariz. — O que isso diz sobre você, Ash? Que uma jovem de vinte e dois anos é mais madura e conhecedora do que você? — Você não precisa me dizer que sou um merda. Eu já sei disso. Mas não posso pedir desculpas por uma pesquisa no Google que me levou de volta para você. Me desculpe, eu não confiei mais em você, eu deveria. Eu deveria saber que você nunca iria... — Isso mesmo. — ela interrompeu. Sua testa apertou quando suas sobrancelhas se juntaram. — Eu nunca iria trair

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você. Nem com ninguém e especialmente com Richard Blair, porque ele é meu tio. — Ela estendeu as mãos. — Pronto. Você está feliz? Quero dizer, você já sabe sobre os problemas do meu pai. Deve ser por que você pensou que eu estava atrás de um pai, certo? Eu me encolhi, minhas próprias palavras voltando para penetrar em mim. — Tio Rich é a coisa mais próxima de um pai que eu tenho. Levou apenas dois passos para eu estar na frente dela. Minhas mãos se torceram nos fios sedosos de seu cabelo, soltando-o do rabo de cavalo. Os fios macios deslizaram entre meus dedos como cetim desfiado. — Ash. — ela advertiu. Eu respirei fundo e forçando meu desejo se acalmar. Em vez de bater meus lábios nos dela, eu a coloquei em meus braços, envolvendo-os em torno de seu corpo pequeno e macio. Eu a segurei da mesma forma que ela me segurou algumas semanas atrás em frente ao seu prédio. Então, sussurrando em seu ouvido, eu disse: — Sinto muito. — Eu diria isso um milhão de vezes se eu precisasse. Parecia bom pra caralho, tão certo, tê-la ali em meus braços. Como eu fui feito para confortar e cuidar dela. Eu fui colocado nesta terra para proteger Lucy. Exceto... eu não tinha feito um trabalho muito bom até agora. Eu a senti engolir em seco, o movimento pressionando meu corpo. Se eu pudesse absorver seus traumas. Absorver toda a sua dor como uma toalha molhada e torcer. Fazer ela confiar em mim.

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— Como é que você conseguiu desvendar anos de confusão e desconfiança em questão de semanas? — ela perguntou. Se ela soubesse. Não era justo que ela expusesse tanto de si mesma para mim e eu mal tivesse falado sobre mim mesmo, sobre o Brie. Eu disse a ela um pouco da verdade. Mas não toda verdade. Meus olhos correram para os dela quando eu me afastei para examiná-la e do meu abraço em Lucy, com minhas mãos atrás das costas, meus dedos roçaram o ouro escovado da aliança de casamento de Brie. Quase abri meu coração quando ela se desvencilhou do meu aperto. Ela olhou para mim de cima da borda superior de seus óculos. Seus olhos escuros e profundos, eu não conseguia lê-los. Nervosa, ela apertou os lábios e, quando relaxaram, estavam molhados e brilhantes. Eu inclinei minha cabeça para ela. — Você me perdoa? Sua mandíbula ficou torta. — Não. — ela sussurrou. — O que você disse foi cruel... — Eu sei. — E você me diz repetidamente para confiar em você, mas então você quebrou a primeira regra que estabelecemos. Como posso confiar em alguém, perdoar alguém, que conscientemente cruzou essa linha? — Lucy. — eu disse — Eu sei. Eu sei que falhei com você. Ela bufou uma risada e revirou os olhos. — Eu não me importo que você saiba. Você saber o fato de que você fez alguma merda não importa se você continuar fazendo isso. Me mostre. Mostre que você mudou... ou que pelo menos você está tentando. — O que eu posso fazer? — Eu sussurrei, minha voz rouca. — O que posso dizer?

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Lucy fez uma pausa, seu olhar caindo para o anel de Brie. — O que é que você não me quer pesquisando? Conteme. Diga tudo para que eu não tenha que quebrar a promessa como você fez. Não há mais segredos. Meus músculos se apertaram e, sem perceber, eu estava balançando a cabeça negativamente. — Por favor, não. — eu disse. Os olhos de Lucy se suavizaram e não era mais a raiva brilhando de volta para mim, mas a tristeza. — Não é nem sobre você, é? É ela. Lágrimas quentes ameaçaram meus olhos e eu pisquei rapidamente para empurrá-los para baixo. — Ela é parte do nosso relacionamento também, Ash. Você pode ou não admitir isso. Minha garganta se fechou. Eu não podia fazer isso. Eu não podia ficar aqui e dizer a Lucy, a única mulher no mundo que eu estava tentando provar que não era um merda, o quanto eu tinha fodido com minha esposa. Se eu revelasse os detalhes do suicídio de Brie como era minha culpa, ela nunca me perdoaria. Da mesma forma eu não poderia me perdoar. Lucy esperou mais alguns momentos antes de concordar e roçar a palma da mão contra a minha bochecha. Eu agarrei, pressionando meus lábios na pele macia da mão dela. Ela fungou e o barulho suave pulverizou o que sobrou do meu coração partido. — Eu entendo. — disse ela. — Eu não estou brava com você. Eu não quero forçar você a me dizer. Entre as linhas do que ela disse, as palavras que não foram ditas oscilavam entre nós. Eu não quero forçar você a me dizer como eu tinha feito com ela. Eu obtive toda informação dela no Google. Pesquisei por informações. E ela

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esperou. Ela me deu o espaço que eu precisava. Ela estava entendendo além da crença. Seu polegar se moveu sobre a minha bochecha, acariciando-a antes que ela se afastasse completamente. — Compreendo. Mas não posso estar com alguém que não se abre para mim. Eu me preocupo com você. Mas quando se trata disso, se eu tiver que escolher entre você e eu... estou me escolhendo. Porque eu não posso amar alguém se não sei como me amar primeiro. Eu não posso cuidar de você e mantê-lo seguro e saudável se eu não fizer isso para mim em primeiro lugar. E até que você esteja pronto para se abrir para mim... esse relacionamento não será saudável para nenhum de nós. Eu não posso confiar em você com meu corpo. Com meu trauma. Com minha história... se você não confia em mim com o seu. E eu não posso confiar sabendo que você não sente que essas regras se aplicam a você também. Bem, foda-se. Quem estava ensinando quem aqui? Ela estava tão certa. Todo esse tempo, eu estava tentando proteger e cuidar de outras submissas. E a razão pela qual eu era tão ruim, não era porque eu era um mal Dom. Era porque eu não estava cuidando de mim mesmo. Meus olhos queimavam e agarrei o anel de Brie na minha mão livre. Ela empurrou na ponta dos pés, a palma da mão conectada ao meu peito, e roçou os lábios na minha bochecha. — Tudo bem se você não estiver pronto para se revelar para mim ou para alguém. Se você não está pronto para falar sobre Brie. Para sair dela. Está realmente tudo bem, Ash. Mas eu também não posso ficar aqui e estar em um relacionamento desigual. Não posso continuar entregando minha alma para você, lhe dar barras de ouro, apenas para receber pequenas pepitas de ouro de tolo em troca. — Sua

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voz tremeu e rachou e quando eu olhei em seus olhos, lágrimas escorriam pelas nossas bochechas. Suas palavras perfuraram meu coração. Eu estava tentando me abrir. Ela não podia ver isso? Ela não podia ver o quanto eu estava tentando com ela? Mais do que eu já tinha tentado com alguém desde Brie. Mas ficou claro. Não era o suficiente. Eu não fui o suficiente. E não achei que pudesse dar mais de mim mesmo. Então eu deixei ela ir. Eu a vi sair do LnS e não a impedi.

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CAPÍTULO TRINTA

Lucy EU passei os dois dias seguintes na cama. Liguei para Kelly, alegando que estava doente e rezando secretamente para que a confiança que estivamos trabalhando para construir não desmoronasse se eu tirasse dias de folga. Por um lado... eu me importava. Por outro lado, eu estava muito desesperada para dar mais do que um pensamento passageiro. Meus olhos estavam inchados. Meu travesseiro estava encharcado de lágrimas. Havia textos sem resposta de Andrea me perguntando se eu queria carona para a Silhouette amanhã. Agora que ela estava trabalhando tanto na Silhouette quanto na LnS, ela quase nunca estava em casa. Nós éramos como navios que passavam... ou melhor, ela era o navio e eu era a ilha. Sem movimento. Presa. Quando a tarde de quarta-feira chegou, não consegui engolir outra sopa enlatada, e pedi uma entrega de comida mexicana. A campainha tocou e eu tive um vislumbre de mim mesmo no espelho do corredor quando fui atender. Eu quase engasguei com a visão. Por um lado, nunca fui a garota mais glamorosa. Mas isso? Este era um nível totalmente novo. Meu cabelo sujo estava enrolado em um nó no topo da cabeça. E não um desses bonitos bagunçados coques. O meu era legítimo. Meu rosto estava inchado e vermelho de tanto chorar. Durante todo o tempo que passei na cama nas últimas quarenta e oito horas, dormi muito pouco.

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Eu dei de ombros e agarrei minha carteira enquanto o entregador impaciente zumbia pela segunda vez. Abrindo a porta, fiquei cara a cara com Ash. Minha boca momentaneamente se abriu, então eu a fechei, apertando meus olhos contra as lágrimas que se aproximavam. Não. Não, não, não... ele não estava parado aqui na minha frente. Meu único consolo era que ele parecia uma bagunça também. Uma bagunça mais funcional do que eu, mas vamos ser reais... quem diabos não era? E o que realmente não era justo era que apesar de seus olhos também estarem vermelhos e inchados... e apesar de seus cabelos estarem espalhados como se ele estivesse passando as mãos o todo o dia... e mesmo que ele estivesse em shorts de ginástica e uma camiseta... ele ainda parecia deliciosamente bonito. Isso me fez querer bater meu punho em seu estômago. Então beija-lo. Então chutar ele nas canelas. — Ash? — Eu consegui dizer, minha voz não tremendo tanto quanto eu esperava. — Você está bem? — ele perguntou, seu tom urgente. Seu olhar varreu meu corpo. — Você não esteve no set e... e eu estava preocupado. — Você estava preocupado? — Eu repeti, sarcasmo pingando das minhas palavras. — Sim. Eu estava preocupado. Só porque não somos... nós não somos mais 'nós' não significa que eu ainda não me importo com você. Você está doente? Eu ri, um som amargo que rachou na parte de trás da minha garganta. — Doente. Certo. Podemos chamar assim. Foi o que eu disse a Kelly.

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Seu rosto suavizou. — Eu sinto muito. Eu gostaria de poder te dar mais, mas não posso... — Não pode ou não quer? Seu olhar intenso enviou arrepios correndo pelos meus braços. Quando ele não me respondeu, suspirei, cruzando os braços. — O que você está realmente fazendo aqui, Ash? A verdade. Ele engoliu, veias empurrando contra os tendões de sua garganta e ombros. — Eu sinto sua falta. — Umidade apareceu naqueles gloriosamente olhos azuis e sua voz rachada quando ele falou. Meu coração partiu naquele momento. Isso quebrou ele. Isso me quebrou. Ele quebrou o futuro que poderíamos ter se ele pudesse puxar a cabeça para fora de sua bunda. — Está chegando o aniversário de sete anos de casamento com Brie. — ele disse baixinho. — Em algumas semanas. — Sinto muito. — eu disse. E quis dizer isso. Era este o seu jeito de tentar se abrir para mim? De tentar consertar o que ele quebrou? E mais importante... era tarde demais? — A maioria das pessoas visita as sepulturas de seus entes queridos, mas não consigo fazer isso. Eu não quero visitar um lugar que me lembre de sua morte. Eu quero visitar um lugar que me lembra de sua vida. Eu engoli um soluço e estendi a mão para agarrar sua mão, incapaz de me segurar. — Onde fica isso? — No caminho para Runyon. Onde eu propus a ela. Eu apertei seus dedos. — Ela era uma garota esportiva. Eu deveria ter adivinhado. — Eu enviei-lhe um sorriso tão

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grande quanto pude reunir e ele bufou. Um som que era meio rir, meio suspiro. Então, algo mudou, as moléculas zumbindo entre nós. Ele ficou em silêncio por mais tempo da minha vida e eu esperei, silenciosamente, implorando e rezando para que ele me desse mais. Me diga mais. Confie em mim. Mas ele não fez. Ele ficou em silêncio... de novo. — Volte para o trabalho, Lucy. — ele finalmente disse, e separou a mão da minha. Seus dedos escaparam do meu alcance. — Não deixe um idiota emocionalmente indisponível como eu arruinar esta oportunidade para você. — Eu vou ter outras oportunidades na Silhouette. — eu disse. — Eu conheço um cara. Sua boca se contorceu com a minha piada, mal se transformando em um sorriso. — Você terá tantas oportunidades... por causa do seu talento. Não por causa do seu tio. Mas mesmo assim, precisamos de você no set. Kelly precisa de você no set. Você tem que ver o jeito que ela está correndo pelos corredores como uma mulher louca, tentando fazer tudo sozinha. Eu me encolhi. Eu estava com medo de que eu estava deixando ela com toda a carga de trabalho, e antes de nós deveria vir o profissional. — Eu voltarei amanhã. Mas Ash… você não pode… — Não pode o quê? Sorrir para mim? Olhar para mim? Falar comigo? Eu queria dizer todas essas coisas, mas elas eram ridículas. — Você não pode me tratar de forma diferente. Tem que permanecer inteiramente profissional. Combinado? — Certo. — disse ele, balançando a cabeça. — Vejo você amanhã.

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*** E U ESTAVA DE VOLTA ao trabalho há quase uma semana. A má notícia foi que agora eu tinha que trabalhar ao lado do meu ex-amante. A boa notícia foi que Andrea começou a trabalhar no set de dois a três dias por semana. Sempre que Ash chamava minha atenção no set, Andrea interceptava. Lembrei-me de manter minha cabeça baixa, fazer meu trabalho e ignorar o buraco no meu coração. Andrea, Kelly, Miguel e eu estávamos no refeitório e eu acabara de devorar um cheeseburger quando Andrea ficou de pé, pegando uma das minhas últimas batatas fritas. — Eu tenho que correr. Tem que terminar de consertar as calças de Jude. — Eu estou indo também. — disse Miguel, acenando e dando-me uma piscadela. Com isso, eles saíram do refeitório, deixando Kelly e eu sentadas em frente uma da outra. Ela me enviou um sorriso fraco. — Você está bem? Dei de ombros, girando minha batata em um pouco de ketchup. — Vou sobreviver. — Sempre sobrevivi. — Rompimento? Meu olhar foi para o dela, arregalado. Como diabos ela sabia? Ela me deu um meio sorriso. — Eu conheço esse olhar vazio. — ela disse calmamente. — Inferno, eu vivi esse olhar oco. Eu não consigo sair mais que uma ou duas vezes antes de ser dispensada por todos os homens que namoro.

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Meu queixo caiu. Quem em sã consciência dispensaria Kelly? Claro, ela é intensa. E decidida. E um pouco forte... algumas semanas atrás, eu teria chamado ela de puta. Mas agora? Eu a vi por quem ela era. Ela tinha que ser assim, mesmo que os rumores fossem verdadeiros sobre seu pai trabalhando na HBO. Ela estava entrando em uma indústria dominada pelos homens da única maneira que sabia. Ela era esperta, talentosa e ambiciosa e... eu passei a admirar o inferno qu ela era. — Bem, eles são todos idiotas. — eu disse, deixando cair a batata frita no prato. Um sorriso surgiu no canto da sua boca. — Seu cara também. Você é uma pegadinha, Lucy Rodriguez. — Ela hesitou, espetando uma garfada de alface romana. — Ele trabalha aqui, certo? — ela pressionou. Eu balancei a cabeça, não confiando em mim para falar quando olhei para cima e através da sala onde Ash estava sentada com Neil, Jude e Marlena almoçando. — Você vai me deixar saber se ele... se ele está fazendo o seu trabalho desconfortável de alguma forma? Poderíamos ir ao Sr. Blair juntas se ele... — Eu estou bem, Kelly. — Eu balancei a cabeça, cortando-a. Ela se levantou, pegando sua bandeja, e eu a segui, andando atrás dela para depositar nossos restos no lixo. Do outro lado da sala, Ash e seus amigos também estavam de pé, e os três homens voltaram na fila para pegar a sobremesa, a apenas três metros de onde estávamos. — Mas você vai me deixar saber se ele fizer? — Mais uma vez, assenti com a cabeça, mas o movimento pareceu apressado, desonesto. Kelly ligou seu braço ao meu e me puxou para a mesa de sobremesa também. — Vamos. — ela disse, — Vamos dividir a sobremesa. Ouvi dizer que eles tem tiramisu hoje.

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— Dividir sobremesa? — Eu zombei. — É como se você não me conhecesse. Se estou tirando um tiramisu, não estou dividindo nada. Kelly riu. — Oh, tudo bem. — disse ela, revirando os olhos. — Eu vou pegar o meu. Mas se eu não couber no meu vestido para o Oscar, a culpa é sua por não compartilhar comigo. — Oh meu Deus. Nós ainda nem terminamos de filmar e você já tem seu vestido do Oscar? Mulher, você é maluca. Só por isso, vou comer dois tiramisu! Atrás de nós, alguns dos extras também estavam na fila. Ouvi suas risadinhas e, em seguida, uma voz rouca deu um sussurro falso que praticamente podia ser ouvido em toda a área de serviço. — Com uma bunda desse tamanho, eu me pergunto se haverá alguma sobremesa quando chegarmos lá. Eu congelei, meus músculos endureceram e meu coração balançou na minha garganta. Eu sabia que não deveria, mas não pude resistir a olhar para ela enquanto deslizava meus olhos para a esquerda. Ela era alta, esbelta, com volumosos cabelos castanhos claros que emolduravam seu rosto em suaves cachos de sereia. Enquanto ela e suas outras amigas riam, seu lábio se curvou para trás sobre um conjunto de dentes brancos e ofuscantes. — Que porra que você acabou de dizer para ela? — Kelly girou graciosamente nas pontas dos saltos altos de couro envernizado. — Kelly. — eu sussurrei, puxando o braço dela. — Ignore-as. Estou acostumada e isso não me incomoda... — Peça desculpas a ela. — uma voz profunda retumbou atrás de mim. Foda-se. Não não não não…

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A voz da garota rachou e seus olhos se arregalaram, olhando para Ash. — S-Sr. Livingston, me desculpe, eu não... — Não se desculpe para mim. — ele retrucou. — Peça desculpas a Lucy. As suas bochechas ficaram vermelhas e ela lambeu os lábios nervosamente. — Sinto muito. — ela sussurrou, e seu olhar mergulhou no chão. Se foi um falso ato de contrição ou sincero, eu não sabia ou me importava. Eu só queria que essa cena acabasse. As pessoas ao nosso redor estavam olhando, e com a voz estrondosa e a forte presença de Ash, nós só íamos ganhar mais atenção quanto mais ficássemos ali. — Essa porra é a razão de eu estar perdendo atores para a esquerda e para a direita. A razão pela qual as mulheres têm metas de peso irreais e esperam na fila dos banheiros para enfiar os dedos na garganta. — Ash estalou. Seus olhos azuis eram brilhantes e poderiam ter atravessado o vidro com o olhar penetrante que ele estava enviando a ela. — A razão pela qual as mulheres em todo o país e no mundo todo se privam, passam fome e não podem nem desfrutar de um pequeno prazer na vida com suas refeições e tudo por causa de quê? Porque elas estão com medo do que diz uma escala de merda? Porque elas estão preocupadas que algum idiota vai comentar sobre suas belas curvas? Ficou claro que ele não estava mais falando de mim. Ou pelo menos não só eu. O que quer que isso significasse, era mais profundo do que meus problemas com comida. Isso era sobre Ash. E provavelmente Brie. E mesmo que eu racionalmente soubesse que ele estava com mais dor do que eu, ainda doía um pouco. Nem ele estando em pé por mim não era para mim. — Pegue sua merda e saia do meu set. Você está demitida. E se eu ouvir alguém envergonhando alguém em

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um dos meus sets, também será demitido! — Ele gritou, largando o prato de tiramisu de volta na mesa. Com um rápido olhar para mim, sua boca se contorceu ainda mais em uma carranca. — Ash. — eu assobiei um aviso, mas ele levantou a mão na minha cara. — Não. — ele retrucou. — Eu teria dito isso para qualquer um no meu set. Não apenas você. — Com isso, ele saiu, batendo a porta atrás dele. Eu fiquei ali, minha mão segurando o prato. Eu estava com medo de deixá-lo ir, com medo de que minhas mãos tremessem incontrolavelmente. Ele tinha feito isso, serio? Ele poderia muito bem ter colocado uma faixa gigante na minha cabeça com as luzes piscando, afirmando que tínhamos fodido. Quando me atrevi a olhar para Kelly, eu encontrei seus suaves olhos azuis, um tom mais claro que o de Ash e muito mais gentil do que eu esperava que fosse. — Oh, Lucy. — ela sussurrou, e tirou o prato de tiramisu das minhas mãos para mim. — É Ash. — disse ela. — Ash era o cara do contrato, não era? Eu não podia fazer isso. Eu pensei que talvez, se talvez ele pudesse permanecer profissional que poderiámos trabalhar juntos. Mas estava tão claro agora que Ash era incapaz de manter as coisas profissionais. Isso deveria ter sido evidente desde a primeira vez que nos beijamos no set como substitutos. Inferno, nada em seu comportamento tinha sido profissional ou responsável. O tio Rich estava certo. Eu engoli em seco, de repente não estava com vontade de comer sobremesa. — Eu… eu tenho que ir falar com o Rich.. Sr. Blair. — eu disse, passando por ela em direção à porta.

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Ela agarrou meu cotovelo gentilmente, me impedindo assim que eu me movi para além de seu ombro. — Lucy, espere. Não faça nada precipitado. Eu quase soltei uma risada, mas não estava me sentindo tão engraçada. Eu não respondi... porque não podia mentir. Não para Kelly, que surpreendentemente acabou sendo, não apenas uma chefe fantástica, mas também uma grande amiga. Eu apenas balancei a cabeça, sem dizer nada, e puxei meu braço livre de seu abraço antes de sair e marchar para o escritório do tio Rich. Ele se assustou quando eu entrei, olhando para mim por trás de sua mesa, onde ele estava revendo algumas imagens. — Lucy. — disse ele, estudando o meu rosto. — O que há de errado? — ele perguntou, mais suave. Nada. Tudo. Eu engoli o pedaço de laranja alojado na minha garganta e ignorei as lágrimas ardentes que ameaçavam meus olhos. — Eu preciso ser transferida para um filme diferente. — eu disse baixinho. — Eu não... eu não acho que posso mais trabalhar com Ash. — eu admiti. Eu suspeitava que seria difícil. Mas depois do que aconteceu no refeitório? Ele e eu não poderíamos ter um relacionamento normal de trabalho. Não agora. Não tão perto do que aconteceu. O olhar do tio Richard ficou sombrio. — O que diabos ele fez? Eu balancei a cabeça. — Nada. — E foi a verdade. Ele não tinha feito nada que fosse realmente errado ou ruim. Se tivesse sido qualquer outra pessoa no refeitório que tivesse se levantado para mim, eu estaria bem. Talvez até feliz. Mas não foi apenas alguém. Era o homem que eu queria desesperadamente confiar. E que confiasse em mim em troca.

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— Vou demiti-lo antes de te demitir. — disse Rich. E ele quis dizer isso. Eu sabia disso. — Não. — eu disse rapidamente. — Ninguém está sendo demitido. Apenas me transfira para um filme diferente. Eu farei qualquer coisa. Rich suspirou e retirou sua agenda. — Eu não tenho nenhuma abertura nos filmes que estão acontecendo atualmente. — disse ele, examinando o calendário. — Mas depois de terminarmos aqui, Kelly estará começando uma nova produção. Ela solicitou sua equipe como designer associada. Essas malditas lágrimas estavam de volta. Talvez elas nunca tenham saído. — Ela solicitou? Ash não estará dirigindo esse? — Ele não. — Rich balançou a cabeça negativamente. — Mas são daqui a três meses. Não começaremos a filmar até a próxima temporada. Suspirei. Três meses. Eu tinha contas para pagar. Eu não podia esperar três meses por um trabalho pago. — Tudo bem. — eu disse baixinho. — Eu vou levar. Ele arqueou uma sobrancelha para mim. — E… desistir agora? Lucy, você poderia ficar. Vou garantir que você e Ash nunca estejam na mesma sala. Eu bufei. Isso era impossível. Pela primeira vez, eu realmente entendi por que as empresas proíbem o namoro entre os funcionários. Namorar com alguém com quem você trabalha não era necessariamente o problema. Romper com alguém com quem você trabalha era. — Como diabos você vai fazer isso? — Eu perguntei, tentando manter a amargura da minha voz. — Ele é o diretor do filme, tio Rich. E se eu ou você está bravo ou não com ele, ele é brilhante.

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— Só depois que ele conheceu você se tornou brilhante neste filme. — disse o tio Rich. Dei de ombros. Talvez isso fosse verdade. Talvez não. De qualquer forma, isso não importava. Ash tinha um contrato. E um longo relacionamento com a Silhouette Studios. Rich se levantou de trás de sua mesa e deu a volta para me encarar. Suas mãos estavam pesadas quando caíram nos meus ombros, apertando suavemente. — Diga-me o que aconteceu, bear baby. — Eu só... dói demais vê-lo todos os dias. — Eu contei para o tio Rich sobre o que aconteceu no refeitório. Depois que terminei a história, as sobrancelhas de Rich saltaram. — Bem, isso não parece ruim. É quase... nobre. Como se ele estivesse tentando protegê-la, mesmo que fosse equivocado. Eu funguei e Rich me entregou um lenço de papel de sua mesa. — Não é sobre o que aconteceu. — O que aconteceu no refeitório foi simplesmente a palha que quebrou as costas do camelo. Não era nada importante ou algo que fosse devastador. — Mas isso só mostra como nós não somos capazes de deixar o outro ir. E ver um ao outro diariamente, várias vezes ao dia, só vai tornar muito mais difícil seguir em frente. Eu pensei que poderia lidar com isso e acho que posso no futuro. Mas agora, ainda está muito cru. Talvez esses três meses longe dos estúdios ajude. Dê-nos a distância que precisamos para poder trabalhar juntos no futuro. Rich assentiu quando entendeu, mesmo que eu duvidasse que ele entendesse. — Então o que você vai fazer por três meses? Droga. Boa pergunta. Eu não tinha ideia. — Eu acho que vou voltar a ser garçonete...

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Rich sacudiu a cabeça. — Eu tenho um amigo. Você o conhece, Erik Larson. Ele está procurando uma babá para sua filha de três anos de idade. É só por alguns meses até ele os matricular na pré-escola. — Eu lembro do Erik. — eu disse. — Encontrei ele há algumas semanas. — Eu parei ia dizer no LnS para o tio Rich. Ser babá por alguns meses? Isso pode ser divertido. Trabalho duro, claro, mas divertido. E eu já conhecia o trabalho, tinham feito isso algumas vezes na faculdade. — Ele pedira referências a alguns de seus amigos. Ele está disposto a pagar bem. Mais do que você provavelmente vai conseguir como garçonete. Mas na pior das hipóteses, você poderia fazer as duas coisas. Garçonete à noite e babá durante o dia. Gostaria que eu preparasse uma entrevista? Eu respirei um suspiro de alívio e assenti. — Obrigada. — Eu ainda acho que poderíamos dar um jeito para você aqui. — disse o tio Rich. — Mas eu entendo. Você pode ficar até a próxima semana? Me dê um tempo para encontrar outra assistente para Kelly? — Claro. Eu não deixaria você de mãos vazias. — Ou Kelly. Ela tinha sido boa para mim e ela merecia mais do que isso. — E você sempre terá um emprego aqui quando quiser um. Eu também sabia disso. Mas ainda significava que o mundo o ouviria dizer isso.

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CAPÍTULO TRINTA E UM

Ash NA semana seguinte, quando Lucy e eu terminamos, não era nada além do sol da Califórnia. Eu teria dado a minha bola esquerda para ter alguma chuva. Céus cinzentos. Talvez até algum trovão para combinar com meu humor ruim e sombrio. O que diabos eu estava fazendo morando em Los Angeles de qualquer maneira? Eu deveria morar em Seattle. Ou Sibéria. Eu passei meus dias filmando como sempre, mas por dentro? Eu era um vaso vazio. Quebrado. Eu poderia ter lutado por ela. Eu sabia. Eu poderia ter falado, derramando minhas tripas, dito tudo sobre Brie. Eu poderia ter ganho Lucy de volta. Mas ela merecia alguém melhor. Ela merecia um homem que não precisava abrir uma ferida e falar sobre seu passado. Ela merecia um homem que pudesse fazer sexo em sua própria cama sem sentir culpa na manhã seguinte. Ela merecia um homem que acabaria se ajoelhando e colocaria um anel em seu dedo. Um homem que poderia dar seus filhos sem ver o fantasma da criança que nunca teve com outra mulher. Outra esposa. Ela precisava de um homem que pudesse amá-la totalmente sem culpa. Esse homem não era eu.

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Mas porra, eu gostaria que pudesse ser. Porque eu poderia ter amado ela. Meu dia no set estava mais corrido que o normal. Não que eu me importasse em estar ocupado. Eu prosperei em ocupação. Mas por causa disso, ver Lucy estava ficando mais difícil nas últimas duas semanas. Ocasionalmente, eu a via no set. Mas ultimamente, se eu quisesse dar uma olhada em seus olhos castanhos brilhantes ou sorriso brilhante, eu tinha que encontrar uma razão para vagar até o departamento de figurino. E nos últimos cinco dias, na maior parte das vezes, Kelly ou Andrea me interceptaram antes que eu chegasse ao escritório. Na sexta-feira, me encontrei com mais tempo de sobra do que eu tive em semanas e, mesmo sem perceber, eu estava na metade do corredor em direção ao figurino. Eu parei do lado de fora da porta. Qual era minha desculpa para aparecer hoje? Querer verificar o progresso do vestido de noite de Marlena? Ou talvez Helene me mandou para garantir que os trajes não colidissem com os cenários. Ou para verificar se os trajes seriam enviados ou viajariam conosco. Porra. Por que eu continuo fazendo isso comigo mesmo? A ela? Ela deixou claro que a tinha traído. E ela estava certa. Eu sabia o que estava fazendo quando abri a busca no Google... mesmo que Andrea tivesse me dito para fazer isso. E eu não podia me abrir com ela da maneira que ela precisava ou queria que fosse. Era muito doloroso. Estava excessivamente vulnerável e eu simplesmente não tinha mais em mim. Mas eu queria que sim. Porque porra, eu sentia falta dela. Respirei fundo e entrei na sala de figurinos. Imediatamente, parecia diferente de uma maneira que eu não

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conseguia identificar. Andrea estava de joelhos, colocando alfinetes na bainha de um vestido. Kelly estava de pé alguns metros atrás, fotografando o vestido e tomando notas. E no canto havia um novo rosto. Um jovem dobrando a roupa do carrinho. — Quem é ele? — Eu soltei. E onde diabos está a Lucy? Eu quero perguntar. Andrea olhou para mim de onde ela ajoelhada e seus lábios desapareceram em uma linha fina. — Este é o meu novo assistente de figurino. — disse Kelly, sua voz estranhamente apertada e fria. — Novo assistente de figurino? — Eu repeti. Por que diabos eles precisavam de um novo assistente de figurino? A não ser que… — Sim. — Andrea assobiou. — Porque você teve que abrir sua boca grande na frente de todos no meio do refeitório. — Eu juro que se ela pudesse me cutucar no meu pau com um desses alfinetes, ela teria. Eu pisquei, meu rosto ficando quente. — Ela foi demitida por causa disso? — Porque se esse fosse o caso, eu iria no escritório de Richard agora mesmo e me demitiria. — Não idiota. — retrucou Andrea. — Ela desistiu. Suas palavras me socaram no estômago, roubando meu oxigênio. Ela saiu? De alguma forma, isso pareceu ainda pior. Foi precisamente o que prometi que não aconteceria. Eu tinha assegurado a ela que não importa o que, ter um relacionamento ou não, não afetaria seu emprego. Fechei meus olhos brevemente, balançando a cabeça. — Temos que recuperá-la. — eu disse. — Deve haver algo que eu possa fazer.

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— Oh, eu sei exatamente o que você poderia fazer. Você pode pegar suas pequenas superficialidades e enfia-las no seu... — Ok. — Kelly suspirou e tocou as pontas dos dedos no ombro de Andrea. — Andrea, você poderia mostrar a Micah onde nós colocamos tecidos de sucata? — Kelly perguntou. Andrea revirou os olhos enquanto se levantava do chão. — Bem. Venha, Micah. — Mas antes de sair da sala, ela parou na minha frente, estreitando os olhos. — Agora, Andrea. Ela virou o cabelo loiro por cima do ombro e saiu, com Micah seguindo em seus calcanhares com o olhar no chão. Homem inteligente. Depois que eles se foram, me voltei para Kelly. — Onde ela está? Deixou cair a bochecha no ombro. — Você sabe que eu não posso te dizer isso. — Vamos! — Eu bati meu punho na mesa, minha respiração saindo dos meus pulmões como se eu estivesse inalando lâminas de barbear. — Ela deve ter sido transferida para um set de filmagem diferente. Rich não teria simplesmente deixado ela desistir. Mas Kelly simplesmente ficou ali, com o queixo alto, as mãos cruzadas na frente dela com calma. Ela era uma mulher diferente de quem eu conheci meses atrás. Meu coração pulsou dolorosamente por trás das minhas costelas. Uma maldição escorregou pelos meus lábios quando eu cai em uma cadeira. Me inclinei para frente, minha cabeça caindo em minhas palmas trêmulas. Como diabos eu cheguei aqui? Eu sei o que Lucy queria. O que ela precisava. Mas eu não podia dar a ela.

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— Ash. — disse Kelly, sua voz surpreendentemente gentil. — O que? — Eu murmurei por trás das minhas mãos. — Lucy ama você. Meus olhos se abriram, estalando para encarar Kelly. — Ela disse isso? Ela lamentavelmente mordeu o lábio antes de balançar a cabeça negativamente. — Não exatamente. Mas é bem óbvio. Eu bufei e balancei a cabeça antes de empurrar meus joelhos e seguir em direção à porta. A voz de Kelly me parou. Não era o tom gentil de segundos atrás. Em seu lugar havia uma firmeza. — Do que diabos você está com tanto medo? Suspirei, parando a poucos passos da minha fuga. — Eu não estou com medo. — retruquei de volta. — Eu simplesmente não posso dar o que ela precisa. Eu ouvi o clique de seus saltos se aproximando. — Bem, isso é um monte de besteira. — ela sussurrou, logo atrás de mim. Eu me virei, cara a cara com ela. — Não é... — É sim. É uma besteira total. Eu sei que as pessoas andam em ovos ao seu redor porque você é o diretor. Porque você tem seu próprio escritório aqui no estúdio. — Ela fez uma pausa, respirando antes de acrescentar: — E por causa do que aconteceu com sua esposa. As pessoas observam o que dizem ao seu redor e como dizem. Mas agora? Você não é meu chefe. Neste momento, você é apenas o homem que partiu o coração da minha amiga. Engoli em seco, momentaneamente surpreso por ela ter chamado Lucy de amiga e porque ela estava sendo franca.

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Ela estava certa. As pessoas sempre foram cautelosas ao meu redor. Tudo começou na época da morte de Brie e eu fiquei mais e mais temperamental no set. — Qual é o seu ponto, Kelly? — Meu ponto é, suas razões para não estar com Lucy não são reais. Essa ideia de que você não é bom o suficiente para ela, ou de que você não pode dar a ela o que ela precisa é uma besteira total. Deixe que ela decida o que ela precisa. Deixe que ela decida o que é bom o suficiente para ela mesma. E quanto a você? Você precisa cavar mais fundo. Porque há uma razão por trás disso, sua verdadeira razão para se afastar de uma garota incrível como Lucy. — Ela fez uma pausa, pressionando os lábios cor de rubi antes de acrescentar: — E se você realmente está se afastando dela... então você não pode continuar aparecendo em sua vida. Você não pode continuar ligando. Não é justo quando ela está tentando tão desesperadamente superar você. Eu olhei com admiração para Kelly, minha boca escancarada. Eu ri apesar do total desespero que senti. — Como diabos você ficou tão sábia? Ela revirou os olhos, pegando um fichário de desenhos da mesa e indo além de mim para fora da porta. — Eu sempre fui sensata. Você era muito arrogante para ver isso. — Apesar das palavras duras, ela me enviou uma piscadela antes de me deixar sozinho no departamento de figurino. Eu estava cercado por lembranças de Lucy. Ela estava em toda sala. Eu podia ver suas anotações rabiscadas a mão no quadro branco. Sua assinatura estava nas faturas espalhadas na mesa. Seu design estético na escolha cuidadosa de tecidos e roupas. Eu estava cercado por ela e ainda assim... E ainda assim eu estava totalmente e completamente sozinho.

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CAPÍTULO TRINTA E DOIS

Ash DOIS dias depois, tirei meio dia de folga do estúdio. Eu tinha planejado isso meses atrás. Eu tinha dito a Richard que não importava o quê, eu precisava estar em Los Angeles com uma tarde livre para prestar homenagem à minha esposa. Ele não brigou comigo. Ele nunca fez. Ano após ano, planejamos filmar pouco nesse dia. A equipe estava se preparando para ir para a Geórgia. Na verdade, os personagens deveriam estar na Flórida, mas a Geórgia tinha grandes incentivos fiscais para as filmagens. Mas para agora, nada disso importava. O trabalho não importava. Filmar não importava. A preparação para Geórgia não importava. Eu posso não ter tido tempo para Brie quando ela estava viva... pode até ser a razão pela qual ela não está mais comigo. Mas eu, com certeza, não ia cometer esse erro novamente. Não na vida. E não na morte. Eu preparei um pequeno piquenique. A mesma refeição que Brie e eu tínhamos compartilhado na tarde que eu propus a ela... uma variedade de queijo, peru, salame, amêndoas Marcona, azeitonas Castelvetrano e uma garrafa de Pinot Noir barata. Porque quando você é jovem e tem vinte anos, você sempre pensa que Pinot Noir é um vinho refinado para beber. Eu ri de mim mesmo. Era exatamente o mesmo Pinot que tivemos todos aqueles anos atrás, uma garrafa de seis dólares na mercearia.

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A caminhada em si não me levou muito tempo, apenas uns trinta minutos quando me aproximei da metade do caminho até o topo de Runyon. Não havia mesas de piquenique.Nem bancos. Mas me sentei em um pequeno trecho de grama e tirei os lanches e o vinho. Em circunstâncias normais, eu não teria me incomodado em me servir um copo, com lábios no gargalo eu teria bebido tudo. Mas este era o nosso aniversário. E se Brie estivesse aqui comigo, teríamos derramado o vinho tinto em pequenos copos de plástico e brindado. Eu fechei meus olhos, imaginando como Brie se estaria agora. Depois de sete anos de casamento. Como mãe de uma criança de cinco anos. Eu imaginei ela aqui ao meu lado. Imaginei como nossa menina seria, brincando na grama ao nosso lado, colhendo dentes-de-leão e amarrando-os para fazer um colar. Ela teria o cabelo encaracolado de Brie? Meus olhos azuis? Eu segurei meu copo de vinho plástico em direção ao céu. — Feliz aniversário, querida. — Então, eu tomei um gole do vinho, ignorando a picada de lágrimas ardendo nos meus olhos. Ei você. Eu ouvi a voz de Brie na minha cabeça, clara como o dia. Feliz sete anos coceira. Eu sorri para isso, quase rindo porque é exatamente o que ela teria dito. Mas então, aquelas palavras soaram mais verdadeiras no meu coração do que deveriam. Sete anos e meu coração finalmente escolheu outra pessoa. Não, não escolheu. Eu estava resistindo a isso. — Sinto sua falta. — falei, deixando minhas palavras se dissiparem no ar quente e seco como se fosse uma única gota de água e o sol de Los Angeles pudesse fazê-lo desaparecer como se eu nunca tivesse pronunciado as palavras.

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Também sinto sua falta. Mas ficar infeliz e sozinho não me trará de volta. A lágrima deslizou pela minha bochecha e eu ignorei, dando uma mordida no queijo. O sol batia nos meus ombros nus, queimando-os, mas eu não me importei. Eu queria a dor. Eu queria ser punido. Fechei os olhos mais uma vez quando uma suave brisa roçou meu rosto. À distância, ouvi o bater de passos corredores subindo a trilha. Ouvi o zumbido de conversas leves e, em algum lugar ao longo da trilha, o riso de uma criança cortou o ruído do ambiente. Meus olhos se abriram ao som. — Kelly disse que minhas desculpas são besteiras. Que há outra razão pela qual... — Eu não consegui dizer as palavras em voz alta. Admitir à minha esposa morta, aqui em nosso lugar sagrado, que eu estava me apaixonando por outra mulher. Aquela Kelly é uma garota inteligente. Então ela concordou. Ou pelo menos, meu subconsciente fez. Cave mais fundo. — Eu acho que... eu acho que, me deixando estar com outra pessoa. Ame outra pessoa, Ash! — Eu acho que, ao me permitir amar a Lucy, de alguma forma isso vai tirar o que você e eu tivemos. Ao amar Lucy, vou ter que deixar você ir. Dizer adeus para você. E eu não estou pronto para isso. Eu não sei se estarei pronto algum dia. E isso não é justo para ela. Ela merece o que você e eu tivemos, o primeiro amor. O amor duradouro. Mas você sempre será essa presença em minha vida e eu não acho que ela possa lidar com isso.

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Ela não pode lidar com isso... ou você não pode lidar com isso? Porque você nunca deu a ela a chance de tentar. Você nem sequer deu a ela a opção. Não, acho que não. Peguei algumas amêndoas e coloquei na minha boca, mastigando em silêncio enquanto eu girava o anel de Brie no meu mindinho. Eu não poderia voltar no tempo e mudar o que aconteceu com Brie. E eu não fui capaz de seguir em frente. Eu estava preso no limbo. Dividido entre o marido que eu fui e o marido que eu poderia ser novamente. Você precisa se desculpar com ela. Eu bufei com isso. Pedir desculpas? Eu já tentei isso e falhei miseravelmente. Eu precisava fazer mais do que pedir desculpas. Eu precisava abrir uma veia e sangrar meu passado sobre ela. Eu precisava mostrar a ela como lamento. Eu precisava mostrar a ela que eu estava realmente pronto para seguir em frente. Se eu estivesse pronto para seguir em frente. Me inclinei para a frente, cavando meus dedos na terra e observei como a areia avermelhada cobria partes do anel de Brie. Minha garganta ficou apertada, entupida com uma espécie de miséria oca. Era a hora? Hora de enterrar seu anel, cinco anos depois que enterrei seu corpo. Eu olhei para cima e através das minhas lágrimas, o horizonte de Los Angeles estava distorcido, como se eu estivesse olhando através de um pedaço de vidro. Está na hora, Ash. Com uma respiração trêmula no meu peito enquanto eu envolvi meus dedos em torno do anel agora arenoso e mexi o mindinho. Cavando com as mãos, joguei alguns centímetros de terra e depois o cobri. Usando meu dedo, eu escrevi nossas iniciais, em seguida, coloquei um pouco de vinho em

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torno dele, sorrindo através da minha tristeza. Sorrindo através das minhas lágrimas. Eu amava o anel dela. Eu adorei usá-lo. Não parecia um grilhão, ligando-me a ela, mas sim uma doce lembrança do meu primeiro amor. Eu terminei o vinho do meu copo, e arrolhai a garrafa, empacotando a comida quase intocada. Enquanto eu estava de pé, meu estômago vacilou e meus olhos se fixaram no recém-perturbado monte de terra que só eu sabia que estava sua aliança de casamento. Doeu pra carlho deixar um pedaço dela aqui. — Esta é a coisa certa a fazer? Mas não houve resposta desta vez. Eu respirei fundo. Este era o seu lugar. Eu ainda podia visitá-la sempre que quisesse. Limpei meus olhos das lágrimas restantes e joguei a mochila sobre os ombros. Do bolso externo da minha mochila, peguei as informações do voo que minha assistente havia imprimido para mim no início daquele dia. Um pensamento passou pela minha mente enquanto eu pegava meu telefone e comecei a pesquisar lugares perto de onde estávamos filmando na Geórgia. Ela me deixaria presentear com algo tão grandioso? Ela aceitaria minhas desculpas e voltaria a trabalhar para a Silhouette? Havia apenas uma maneira de descobrir. Enquanto eu voltava pelo mesmo caminho, estava ao telefone com as companhias aéreas. Eles manteriam a reserva por quarenta e oito horas. Foi muito mais rápido descer e quando saí de Runyon, fiz o meu caminho para a última parada da minha tradição de aniversário. A cafeteria

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na esquina onde Brie insistira que nos tínhamos ganhado um biscoito de manteiga de amendoim. Eu tinha certeza que parecia um merda quando abri as portas de vidro. Molhado. Sujo. Minhas unhas estavam cheias de sujeira da terra vermelho. Mas por dentro? Lá dentro, senti esperança pela primeira vez em algumas semanas. Talvez esse seja o gesto que reconquiste Lucy. Esperei pacientemente na fila para pegar meu café gelado e biscoito de manteiga de amendoim, a última homenagem a Brie quando, do outro lado do café, ouvi uma voz familiar. — O que? Você nunca mostrou a ela o Mágico de Oz? Que vergonha, papai. Lucy. Meu coração pulou dentro do meu peito, batendo contra as costelas como um leão enjaulado lutando para sair da toca. Deixei meu lugar na fila, seguindo a voz dela. E então eu congelei. Porque lá no café estava minha Lucy com uma garotinha no colo. E sentando em frente a ela estava Erik Larson. Um Dominante que reconheci do LnS. E ela acabou de chamá-lo de papai. Raiva ardia nas minhas veias como se meu sangue fosse substituído por lava e parecia que eu estava vendo vermelho. Ela não poderia ter me esquecido... ela poderia? Tão cedo? E com outro Dom da minha comunidade? — Não se preocupe, menina, vamos mudar isso em breve. — disse Erik. Ele sorriu para ela. Para minha baixinha. Meu rosto inflamou e eu sabia que deveria ir embora. Ligue para a companhia aérea e cancele o voo dela. Vire na direção oposta e deixe-a ter aquela vida que eu nunca poderia ter. Mas algo em mim estalou. Vendo ela com uma criança. Com outro Dom da comunidade. Feliz. Brincalhona. A mesma porra de brincadeira de Judy Garland que tivemos.

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E eu não consegui desviar o olhar.

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CAPÍTULO TRINTA E TRÊS

Lucy A filha de Rik, Mackenzie, ou Mack, ficou sentada no meu colo. Eu comprei para ela um livro de colorir de Golden Age de Hollywood que ela estava adorando a cidade. Eu tinha que dizer... mesmo que só estivesse fazendo essa coisa de babá por uma semana, foi divertido. Nem sempre fácil, mas Mack era uma menina doce e Erik era um grande chefe. Mesmo que fosse apenas temporário. — Onde está o papai? — Mack me perguntou o que parecia ser a milionésima vez naquela tarde. Virei meu pulso para mostrar a ela o mostrador do relógio. — Ele estará aqui a qualquer minuto. Ele disse às cinco horas... que é quando o ponteiro atinge os doze. Fiel à sua palavra, Erik apareceu às cinco horas e Mack gritou quando ela o viu. Mas quando ele tentou pegá-la, ela choramingou. — Não, papai! Nós não terminamos de colorir ainda! Ele deslizou a mão por suas tranças emaranhadas, — Menina, a Srta. Lucy precisa ir, tenho certeza. Eu acenei minha mão para ele. — Eu não me importo de ficar mais alguns minutos. — Tomei um gole do meu café gelado que estava apenas meio acabado. — Além disso, preciso terminar meu café.

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Erik me deu um sorriso agradecido. — Obrigado. — Então, ele olhou para Mack. — Mais uma página, então vamos embora, ok? — Ok, papai. — Temos que escolher uma página muito boa para terminar. — Eu disse, ajudando-a a folhear as páginas e parei em uma cena do Mágico de Oz de Dorothy e da equipe com os braços ligados para a música icônica do filme. — Aqui vamos nós! — Quem é essa? — ela perguntou, com sua pequena língua presa, apontando para Dorothy. — Tortinha! — Eu mergulhei meus dedos em seus lados e ela se contorceu rindo. — Não me diga que você não sabe quem é Dorothy Gale do Kansas! Mas ela só encontrou minha pergunta com um olhar vazio e um encolher de ombros. — Você não viu o Mágico de Oz? — Eu perguntei. Ok, eu poderia estar exagerando um pouco, mas vamos lá. Ela balançou a cabeça negativamente e meu queixo caiu quando olhei para Erik. Seu rosto ficou rosa e ele estava coçando a nuca. — O que? Você nunca mostrou a ela o Mágico de Oz? — Eu cliquei na minha língua e abanei o dedo para ele. — Que vergonha, papai. — Que vergonha! — Mack me repetiu, sem tirar o olhar de onde ela já havia começado a colorir. — Não se preocupe, menina. — disse Erik, roçando os dedos na bochecha rechonchuda de Mack. — Vamos mudar isso em breve. — Ele olhou para além do meu ombro, suas sobrancelhas juntas. — Ash? — Ele perguntou.

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— Ash? — Eu repeti, girando no meu lugar para encontrar Ash lá, do lado de fora da fila de pedidos e olhando diretamente para nós. — Quem é Ash? — Mack nos repetiu, os olhos ainda colados no livro de colorir. Eu a apertei em um abraço e deslizei-a no colo de Erik. — Tudo bem se eu sair? Erik assentiu, mas me deu um olhar cuidadoso. — Claro. Está tudo bem? Por um momento, fui pega de surpresa pela pergunta, mas me lembrei que ele e Ash frequentavam o LnS. É claro que ele conhecia Ash... ou pelo menos sabia de Ash. E isso significava... oh, droga. Isso significava que Ash provavelmente o conhecia. Sabia que ele era um Dom também. Meus olhos se fecharam brevemente e, quando olhei por cima do ombro para ele, pude ler seus pensamentos tão facilmente quanto se fossem meus. Ele pensou que eu já estava seguindo em frente. Com outro Dom. Que, por um lado, eu tinha todo o direito de seguir em frente com qualquer pessoa que eu escolhesse. Mas simplesmente não era esse o caso. — Está tudo bem. Ele me deu um sorriso preocupado quando me levantei e ele abraçou Mack mais perto. — Obrigado por esta semana, Lucy. Não precisaremos de você na próxima semana porque ela estará com a mãe na D-I-S-N-E-Y. — Sem problemas. — eu confirmei, e dei a Mack outro aceno antes de atravessar o café para onde Ash estava, agora de costas para mim.

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Eu mal me aproximei quando ele disse: — Sinto muito. Eu não sabia que você estava aqui. — Está bem. Por maior que seja nossa cidade, pode ser bem pequena às vezes também. — E essa porra não é verdade. — disse Ash, não trazendo seus olhos para os meus. — Eu só venho a este café uma vez por ano. Olhei para trás e para a frente, de seus olhos avermelhados para a janela, onde pude ver o contorno do Desfiladeiro de Runyon. Hoje deve ser seu aniversário de casamento. Eu abaixei meu olhar para a sua mão onde ele usava o anel de Brie e eu engasguei na verdade, engasguei quando vi seu dedo nu. A pele ao redor de seu mindinho pálido e levemente recuada por anos de uso. — Ash. — eu sussurrei: — Onde está o seu anel? Minha garganta deu um nó quando ele não respondeu minha pergunta. — Você e Erik estão juntos? Algo sobre como ele perguntou rasgou meu coração ao meio como papel de seda. — Não. Eu sou a nova babá de sua filha. — Eu lutei contra o desejo de adicionar, não que seja da sua conta. Ele já tinha dor suficiente sem eu adicionar mais uma. Seu suspiro de alívio foi como uma pomada para meus nervos. — Posso te levar até o seu carro? — ele perguntou. Hesitei por um momento até que aqueles olhos cristalinos encontraram os meus. — Lucy... por favor. Eu balancei a cabeça e quando abrimos as pesadas portas de vidro para o ar quente e seco, eu apontei para a estrada onde eu tinha estacionado a poucos quarteirões de distância em um playground que eu tinha levado Mack mais cedo naquele dia.

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Nós andamos em silêncio por quase todo primeiro bloco. Um pesado suspiro de Ash puxou minha atenção para longe de onde minhas sandálias batiam no pavimento com cada paulada satisfatória. — Eu nem sei por onde começar. — disse Ash. — Quero contar tudo a você. Eu quero falar sobre Brie, sobre como nos conhecemos, sobre sua risada, e como quando eu a fiz rir bastante, ela fazia um som engraçado de chiado. Eu quero te falar sobre a mulher maravilhosa que ela era. Mas também como ela estava longe de ser perfeita. Eu parei de andar, e ele deu dois passos antes de perceber que me deixou para trás. Ele girou, de frente para mim, seus olhos em pânico e arregalados. Como ele pensou por segundo que eu poderia deixá-lo quando ele derramou sua alma para mim. — Então me diga. — eu implorei. — Eu quero conhecê-la. Eu quero conhecer essa mulher incrível que capturou seu coração primeiro. Ele piscou, um rápido acendimento de cílios nas bochechas. — Não é tarde demais? — Havia um tom estranho em sua pergunta. Quase como se eu respondesse sim, daria permissão para ele ir embora e não se abrir. Isso era mais do que eu e Ash juntos. Este é o seu crescimento pessoal. Eu sabia, pelo curto período de tempo que tivemos juntos, que ele falando sobre Brie para qualquer um era um grande passo. E eu com certeza não iria pará-lo. Eu me importava muito com ele. Então foi um pouco tarde demais? Talvez. Eu não podia mentir para ele. Mas eu com certeza não ia deixar ele sair tão facilmente. — Eu não acredito em um pouco tarde demais. Eu não posso te dizer que até o final disso nós vamos sair juntos para o pôr do sol. Mas eu posso garantir cem por cento que, se não me contar, você nem está nos dando essa chance.

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As linhas ao redor de seus olhos se apertaram, e depois de respirar fundo ele disse: — Bem, então aqui vai.

*** T RINTA MINUTOS DEPOIS , e eu ouvi muito sobre Brie. Ash e eu nos sentamos no banco do parque, lado a lado, minha mão segurando seus dedos trêmulos. Eu ri quando ele me contou sobre a vez em que eles pegaram o carro de seu chefe depois que ele a demitiu por não fingir ser sua namorada em um evento. Foi uma daquelas situações engraçadas e não engraçada ao mesmo tempo. Meus olhos ficaram embaçados quando ele me contou sobre sua proposta para ela, em uma caminhada pelo Runyon Canyon. Como ele preparou um piquenique com vinho, queijo e frutas que imitava uma de seus primeiros encontros. Como ele se ajoelhou no meio do canteiro vermelho e pediu a ela que fosse sua esposa. O anel de noivado enfiado em uma pequena caixa de madeira que ele havia esculpido. Erguendo a mão livre, toquei meu polegar na bochecha úmida e com a barba por fazer. — Obrigado por compartilhar isso. Ele levantou a minha mão, pressionando os lábios nos meus dedos. — Brie estava... doente. Por anos. Antes que eu a conhecesse. Ela estava obcecada com seu peso. Ela sofria de distúrbios alimentares desde que eu a conhecia. De vez em quando, desde os quinze anos. — Ele engoliu e eu pude ouvir o quão seca sua boca estava. — Um ano ou mais depois do nosso casamento, Brie ficou grávida. Nós dois estávamos tão felizes. Era revoltante o quão felizes estávamos juntos. Mas… o peso da gravidez desencadeou algo nela. E eu estava tão ocupado com o trabalho que eu não estava prestando

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atenção. Eu não pretendia ser tão ausente estava apenas tentando trabalhar o máximo que podia antes do bebê chegar, para poder estar presente e tirar uma folga depois do parto. Sua mão desceu no braço, seu aperto tão tenso que eu podia ver os nós dos dedos ficarem brancos. Ainda segurando a mão dele, dei-lhe um aperto reconfortante. — Se isso é muito difícil, você não precisa me dizer. Pelo menos não agora. Ele balançou a cabeça, o movimento agudo sacudindo o banco com ele. — Eu não quero parar. Eu não quero mais que essas palavras, essa história, controlem minha vida. — E com outra respiração profunda, ele continuou. — Ela estava quase na marca dos seis meses, quando sua bulimia causou o aborto espontâneo. Nós perdemos nossa garotinha. E Brie afundou em sua depressão. Foi muito ruim abortar. Mas acrescente a isto, a depressão pós-parto e o fato de ela se culpar, se estou sendo honesto, eu a culpo um pouco também. Eu nunca vou me perdoar. Talvez se eu não tivesse adicionado sua culpa, ela nunca teria cometido suicídio. — A última frase foi dita em um soluço e seus dedos soltaram minha mão. Reflexivamente, ele estendeu a mão para o dedo mindinho, procurando o anel. O anel dela. Mas não estava lá. Os músculos do meu estômago se contorceram, como uma máquina de lavar roupas. Eu não sabia o que eu esperava, mas não era isso. Eu me senti mal por Brie. Por sua dor. Por Ash. Pelo o feto. — Ash. — eu disse, segurando o joelho dele. — Onde está o anel de Brie? Com as palmas das mãos, limpou o rosto de todas as lágrimas restantes. — Enterrei no local onde eu propus. — Ele olhou por cima do ombro, em direção a Runyon Canyon.

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Minha garganta caiu do meu estômago. Choque e culpa roeram minhas entranhas. — Você o que? Ash... por que? Por que você faria isso? Mesmo que suas lágrimas parassem, seus olhos estavam crus e doloridos. — Porque eu tenho que seguir em frente. E eu quero seguir em frente com você. Foi a minha vez de soluçar. Parecia que uma mão tinha acabado de chegar ao meu peito, abriu minhas costelas e apertou meu coração. — Eu quero seguir em frente com você também. — eu disse. — Mas não assim. Seguir em frente não significa tirar Brie da sua vida. Não significa não honrar o amor que você teve. — Eu pulei nos meus pés, girando para encará-lo. Meu coração batia forte, meu sangue correndo em minhas veias. — Tudo que eu queria era que você falasse comigo. Me dizer o que aconteceu. Porque se vamos fazer isso funcionar, Brie sempre fará parte desse relacionamento. Lentamente, Ash levantou o olhar para o meu. Seus olhos azuis, ainda molhados e brilhantes. — Isso não te deixa brava? Com ciúmes? Que meu amor por ela sempre será uma parte de mim? Porque não posso não amá-la. Isso não significa que eu te amo menos, mas ela sempre fará parte da minha história. Parte do meu coração. Eu caí de joelhos entre as pernas abertas de Ash e envolvi minhas mãos ao redor dele. — Eu não quero que você não a ame. Tudo o que eu queria era conhecê-la... para que eu também pudesse amá-la. — As lágrimas escorriam pelo meu rosto agora, mas não fiz nenhum movimento para limpálas. Ele segurou meu rosto, puxando meus lábios para os dele. Nós nos encontramos em um beijo tão selvagem e apaixonado, que eu não podia nem dizer quanto tempo durou. Eu pisquei meus olhos abertos quando terminou, vendo Ash através do meu olhar carregado de umidade. — Eu

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te amo, Lucy Rodriguez. — disse Ash, sorrindo pela primeira vez desde que eu o encontrei na cafeteria. — Eu também te amo. — Coloquei meus dedos nos dele e o puxei para a entrada do Desfiladeiro de Runyon. — Onde diabos estamos indo? — Ash perguntou, rindo enquanto subimos o caminho sinuoso. Mas havia um conhecimento em sua voz. Corredores passaram por nós porque eu sou aparentemente a caminhante mais lento de todos os tempos. — Você está me levando para o seu lugar, e vamos pegar o anel de Brie de volta antes que algum idiota com um detector de metais o encontre e o penhore. O aperto de Ash na minha mão aumentou. — Oh, fodase. Eu nem sequer pensei nisso. — Ainda segurando minha mão, Ash assumiu a liderança, acelerando o passo. Embora caminhar não fosse o meu lugar, quando chegamos ao local de piquenique de Ash e Brie, era de tirar o fôlego. Eu estava preocupada que seria como se eu estivesse me intrometendo em algo. Como se eu estivesse forçando meu caminho para a história deles de alguma forma. Eu caí de joelhos sobre o monte de terra que ainda tinha suas iniciais esculpidas, e com minhas mãos comecei a cavar. Ash estava na minha frente, também cavando. Levou apenas alguns minutos até que as pontas dos meus dedos atingissem o metal quente e áspero e eu puxei o anel de Brie, segurando-o no sol poente. Ash soltou um suspiro pesado, a cabeça caindo para trás, os olhos fechados, o nariz apontado para o céu. Eu peguei a mão dele na minha e coloquei o anel de volta em seu mindinho.

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Seus lábios se curvaram e ele inclinou a cabeça, olhando para mim. — Obrigado. — disse ele. Eu escovei meus lábios contra os dele em um breve beijo. — Vou lhe dar um tempo aqui. — eu disse. — Mas quando você terminar, me encontre no meu apartamento? — Eu dei um passo para trás, preparada para caminhar de volta pelo caminho que vim. Mas o aperto de Ash na minha mão não foi liberado. Na verdade, ele segurou mais forte, puxando-me para o lado dele. — Fique.— disse ele. — Ainda tenho meia garrafa de vinho e quase todo o queijo. Fique e brinde Brie comigo. — Você tem certeza? — Eu queria ficar com ele. Mais do que tudo. Mas eu não queria me intrometer. — Mais certo do que qualquer coisa. Eu balancei a cabeça. — Claro que fico. Nós nos sentamos em um pequeno pedaço de grama seca, e Ash tirou os lanches e o vinho, servindo um copo para cada um de nós. Seus movimentos pararam por um segundo, e eu segui seu olhar para onde ele havia trancado em um pequeno envelope que saía de sua mochila. Ele me entregou um dos copos plásticos cheios de vinho e disse: — Volte para o trabalho na Silhouette. Por favor. Você pertence ao departamento de figurino E tenho certeza que Andrea e Kelly vão me matar se você não voltar. Eu não sabia como me sentia sobre isso. Sobre voltar a trabalhar com Ash. Para Ash. — Eu quero. Mas estou preocupada. Nós terminamos uma vez e foi um desastre. Eu não posso fazer isso de novo. Ash suspirou. — Pense nisso, pelo menos? Você pertence a este filme. Se conseguirmos o Oscar, você merece estar lá, recebendo esses prêmios também.

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— Nós precisamos de algumas regras básicas então. E eu preciso ter certeza de que Erik tenha uma substituta para mim primeiro. Eu tenho a próxima semana de folga, então talvez eu tenha sorte e ele encontre uma rapidamente. — Bom. — disse Ash em uma expiração. — Porque eu tenho uma proposta para você. Venha para a Geórgia na próxima semana, e depois de terminarmos as filmagens, eu quero levá-la para a Flórida para o Rio Crystal... O rio de Crystal? Eu reconheci esse nome. Era um dos lugares mais famosos para… —... para nadar com os peixes-boi. — Ash terminou. — Eu quero te dar tudo, Lucy. Eu quero ajudar a realizar todos os seus sonhos. Eu ri, caindo de joelhos, e joguei meus braços em volta do pescoço de Ash, não me importando que um pouco do vinho tinto espirrasse. — Bem, como posso dizer não a isso? Ele beijou a ponta do meu nariz e eu sentei de volta. — Isso é o que eu estava esperando. — Então ele estendeu a taça de vinho para mim, sorrindo disse: — Para Scarlett, o peixe-boi. Eu balancei a cabeça, puxando meu copo de volta antes que ele pudesse tocar na borda. — Não. — eu disse. — Esta é para Brie Livingston, seu primeiro amor. Ele piscou, incapaz de esconder sua surpresa, depois assentiu. — Para o meu primeiro amor. — E depois de um momento de pausa, ele acrescentou: — E também para você... meu último amor. — Ele bateu seu copo no meu e nós tomamos um gole. Nós nos sentamos e me aninhei no peito de Ash, observando o pôr do sol no horizonte de Los Angeles. Em

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algum lugar no fundo da minha mente, uma voz de mulher sussurrou: Cuide bem dele. Eu engoli com força, as lágrimas picando meus olhos. Eu vou, Brie, pensei. Eu vou.

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EPÍLOGO

Ash Um ano depois... Eu puxei as mangas smoking que eu usava, bati meu pescoço de um lado e de outro, odiando como a gravata estúpida era um pouco apertada em volta do meu pescoço. Uma bandeja de champanhe passou por mim. Enfiei a caixa de joias embaixo do meu braço e peguei uma taça, dando um gole enquanto o suor escorria dos meus poros, em seguida, colocando-a rapidamente de volta na bandeja antes de fazer o meu caminho até o camarim feminino. Fiz uma pausa em frente à porta marcada como Suite Nupcial e respirei fundo antes de bater levemente na porta com as costas dos meus dedos. De dentro, ouvi risinhos, o tilintar de taças e saltos estalando no chão. Quando a porta se abriu, dois grandes olhos castanhos me observaram por trás de quadros retangulares. — Ash? — Lucy perguntou pela fresta da porta. — O que você está fazendo aqui? Eu sorri e levantei a caixa embrulhada que continha um colar de diamantes. — Entrega especial para a noiva. Lucy arqueou uma sobrancelha e olhou por cima do ombro. — Todas decentes? Um coro de “sim” ecoou e ela abriu mais a porta. — Marly. — disse ela. — Há uma entrega para você. Eu entrei lentamente no quarto, fechando a porta atrás de mim e meus olhos desceram lentamente pelo corpo de

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Lucy. O elegante vestido longo cinza abraçou suas curvas da maneira mais deliciosamente perfeita e eu me vi desejando não estar em uma sala cheia de amigas de Marly, mas sozinha com minha garota. Movimento chamou minha atenção quando ela lambeu os lábios, terminando com uma mordidela no lábio inferior. — Ash. — ela sussurrou, seu rubor rastejando em suas bochechas. Ela colocou um cabelo perdido que não existia atrás da orelha. — Pare de encarar. — Eu não posso. — eu sussurrei em retorno e me inclinei, tomando seus lábios em um beijo aquecido que eu senti em cada centímetro do meu corpo. Ela terminou o beijo com um beijo brincalhão no meu ombro. — Você não está aqui para me ver. Você está aqui para Marly. Sorri e soltei sua cintura, parando momentaneamente para arrastar meus dedos pela corrente simples de ouro e platina que ela usava em volta do pescoço. Simples. Discreta. Leve. A jóia perfeita para uma garota que odeia joias. A coleira de Lucy. Ela seguiu meu toque, colocando a mão delicada no esterno e tocando o colar também. Eu não tinha certeza se alguma vez superaria o quão linda ela era. Não que ela fosse perfeita, inferno, ninguém era perfeito. Mas ela não precisava ser perfeita; porque ela era minha. Falhas e tudo mais, ela era toda minha e eu amava tudo nela. Na sua outra mão, eu vi o estojo de óculos dela e senti minhas sobrancelhas caírem, caindo pesadamente entre os meus olhos. — Você está usando lentes contatos hoje à noite?

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Algo apertou no meu peito. Eu amava Lucy em seus óculos. Ela era tão bonita usando-os quanto usando lentes mas era sua escolha. Sempre sua escolha como ela queria se vestir e se apresentar. — Não. — disse ela, abrindo o estojo e tirando um óculos que eu nunca tinha visto antes. Ela trocou de lentes, piscando por trás da armação em forma de olho de gato. — Estes são novos e eu estava debatendo usá-los. Puta merda, ela era sexy naqueles. Como uma bibliotecário quente dos anos 50. Meus olhos se arregalaram e eu assenti. — Definitivamente use ele. — eu disse, minha voz mais grossa, mais rouca do que momentos antes. Seu sorriso aumentou, suas sobrancelhas se contraindo. — Sim, senhor. — Então seu olhar deslizou para onde Marly estava em pé na frente de um espelho de corpo inteiro em seu vestido. Seu melhor amigo, Omar se elevou sobre ela, ajudando a colocar o véu no lugar. — Vá. — disse Lucy. — Você tem os deveres como padrinho para atender e eu tenho tarefas de madrinha também. Ela me deu um beijo rápido, depois voltou a ajudar Andrea a abotoar a parte de trás de seu vestido também. Foi incrível para mim que todas as mulheres do nosso pequeno filme se tornaram tão boas amigas Marly, Andrea, Lucy e até Kelly. Atravessei o quarto e sorri para Marly, me inclinando para beijar sua bochecha. — Você está linda. — Você não está nada mal também, Ash. — disse ela em retorno e alisou a palma da mão sobre o corpete do vestido. De trás dela, Omar limpou a garganta e eu olhei para cima, apertando sua mão. — Você está bem também, Omar. — eu disse com um sorriso.

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Brincando, ele levantou a mão. — Bem, não faria mal dizer isso de vez em quando. Os olhos de Marly caíram para a caixa que eu segurava na minha mão e suas sobrancelhas se mexeram de um jeito conscientemente tonto. — Para mim? — Talvez. — eu disse. — Mas, quando eu der isso para você, todas as suas damas de honra vão se reunir ao seu redor para ver você abrir, certo? — Eu deixei cair a minha voz para um sussurro. — Muito plausível. — disse ela. — Então, nesse caso, antes que isso aconteça... está tudo pronto para o sorteio do buquê? Seus olhos se voltaram para Andrea através da sala brevemente antes de voltar para mim. — Está tudo pronto. — disse ela. — Mas como você pode ter certeza? É um lance, literalmente você não terá controle se vai para Lucy ou não... — Ash. — ela sussurrou. — Nós temos isso. Todas as garotas estão sabendo e vão colocar Lucy na frente e no centro, e sair do caminho quando o buquê for jogado. Ela será a única no caminho. Dei um suspiro de alívio. — Ok, bom. Bom. — Quando você vai fazer a grande pergunta? — Omar perguntou. Eu coloquei o dedo nos meus lábios, calando-o. Mesmo que ele estivesse sussurrando, sua voz era carregada. — De volta ao nosso quarto depois da recepção. Marly inclinou a cabeça para o ombro. — Tem certeza de que não quer fazer isso aqui na festa? Dessa forma, todos podemos celebrar com você.

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Eu a cortei, rindo. — De jeito nenhum. Eu não estou sequestrando grande dia seu e de Jude. Para não mencionar, um grande espetáculo como esse? Não é para Lucy. Ela não iria querer um grande discurso extravagante em um microfone e uma multidão de pessoas que ela não conhece ao nosso redor assistindo como eu propror. Eu conheço minha garota. — Eu só preciso que ela pegue o buquê para que eu possa usá-lo como o catalisador quando estivemos caminhando para o nosso quarto. — Deixe-me adivinhar. — disse Omar. — Champagne estará esperando. E morangos cobertos de chocolate? Talvez algumas pétalas de rosa espalhadas pelo quarto? — Troque os morangos cobertos com chocolate por uma pizza que será entregue quente no nosso quarto antes de chegarmos, e o champanhe para a vodka com Diet Coke e você está no local. — Ela sempre brincou sobre comida de casamento ser muito delicada para ela. O sorriso de Marly se alargou. — Ela vai amar. Eu sei. Não havia literalmente uma maneira mais perfeita de propor a Luciana Rodriguez. — Aqui. — eu disse, entregando a Marly a caixa de joias de veludo. — De Jude, com amor. — Então, pegando uma carta do bolso interno do meu smoking, eu entreguei a ela também. — Ele tinha todo um discurso tolo que ele queria que eu dissesse, mas eu o fiz anotar. Ela me entregou um presente embrulhado também. — Leve isso de volta para ele. Eu balancei a cabeça e saí do caminho enquanto todas as damas de honra se reuniam em torno de Marly. Lucy ficou para trás, empurrando os dedos dos pés e me beijou na bochecha. — Eu vou te ver lá fora? — Eu balancei a cabeça e seu sorriso iluminou seu rosto. — Eu não posso esperar para andar pelo corredor com você.

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Mordi o interior da minha bochecha para abafar minha risada. Eu sabia o que ela queria dizer. Eu estaria andando com ela pelo corredor aqui hoje à noite. Eu me inclinei, beijando-a suavemente. — Eu também, baixinha. Ela se juntou às damas de honra, cercando Marly enquanto abria o colar de diamantes de Jude. Eu lentamente voltei para a porta, mergulhando minha mão no bolso onde a pequena caixa de veludo estava segura. — Eu também.

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...

CÊNA BONUS

Lucy e Ash nadam com os peixes boi -

Lucy O barco balançou quando chegamos mais longe na baía de King, a área mais profunda do Crystal River, na Flórida. Minha roupa de mergulho ainda estava seca e quente na umidade de 26 graus, eu estava suando. A umidade não era algo que eu estava acostumada a viver na Califórnia e fazia coisas loucas com meus cabelos normalmente lisos. Uma combinação de nervos e emoção colidiu na minha barriga quando o motor do barco parou, deixando-nos silenciosamente flutuando no meio da água profunda de três metros.

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Ao meu lado, Ash estava segurando minha mão, sua própria roupa de mergulho dobrada na cintura. — Você está pronta para isso? Engoli em seco quando lágrimas subiram pela minha garganta, derramando nos meus olhos. — Estou pronta para isso desde os seis anos de idade — disse. Ao nosso redor, o pequeno grupo ofegou e várias pessoas ficaram em pé, caminhando até a beira do barco e apontando. Nosso guia parou na frente do barco e, falando calma e silenciosamente, disse: — Tudo bem, pessoal. Vocês verão uma família de peixes-boi aqui à sua direita. King's Bay é o lar da maior concentração de peixes-boi do mundo. Lembrese das regras. Não pular na água - assustará esses gentis gigantes. Um por um, vai deslizar para a água aqui na proa do barco. Deixe-os interagir e brincar com você, e não o contrário. Os peixes-boi são, por natureza, curiosos e brincalhões, e chegarão até você se você estiver quieto e calmo. Essa é uma das únicas áreas da Flórida que o governo federal permite a observação passiva; portanto, faça suas interações o mais silenciosas possível. Os peixes-boi estarão mais inclinados a se aproximar de você, quanto mais quieto você for. — O guia sorriu gentilmente para o nosso grupo e passou a mão pelos cabelos curtos e cortados. — Acima de tudo, divirtam-se. O grupo era cerca de doze pessoas, mas todos correram para a proa do barco para se alinhar. Eu, por outro lado, estava ao lado do barco observando os peixes-boi nadando na superfície. Um deles sacudiu a cabeça para fora da água, olhando diretamente para mim. — Obrigada por isso. — eu sussurrei para Ash. Não havia um presente mais perfeito no mundo e meu coração estava tão cheio. Ele beijou o topo da minha cabeça, depois puxou os braços na roupa de mergulho, fechando-a. — Talvez essa possa ser uma viagem anual para nós. — disse ele.

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— Talvez. Mas, por enquanto, não quero planejar o futuro nem pensar em outra viagem. Eu só quero abraçar e viver o momento. O rosto de Ash caiu de uma maneira curiosa e ele coçou a nuca. Eu disse algo errado. Mas eu não tinha ideia do que. — O que foi? — Não querer falar sobre o futuro coloca um pequeno problema no meu plano para o dia. — disse ele, caminhando até onde sua mochila descansava, fechando o bolso externo. Meu Deus. — Ash Livingston, é melhor você não estar disposto a me propor... — Minhas palavras foram duras, mas não estávamos pronto para esse tipo de compromisso. Especialmente depois de apenas algumas semanas de namoro. Ele deu uma risada pesada, balançando a cabeça. — Não. Não estou propondo. — Bem, então, o que é? Ash agarrou minha mão, me puxando gentilmente para longe de sua mochila. — Você acabou de dizer que não quer que hoje seja sobre o futuro. Farei o que ia fazer, hoje à noite ou amanhã. — Tudo o que eu quis dizer foi que não queria começar a planejar outra viagem quando esta apenas começou! Não quis dizer que não poderíamos conversar sobre o futuro. — Eu só quero que hoje seja perfeito para você. — disse ele. Eu estreitei meus olhos para ele e a emoção que eu estava sentindo antes não era nada comparado a agora. Só que desta vez, essa emoção foi misturada com curiosidade e medo do desconhecido, o que só me deixou morrendo de vontade de saber o que estava na manga de Ash. — Bem,

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agora não posso esperar até mais tarde. Vamos lá, me diga do que se trata. — Quando ele não respondeu - apenas ficou lá mastigando a parte interna da bochecha - eu empurrei meu lábio inferior em um beicinho. — Por favor? Baby, por favor? — Se você insisti. — ele disse. Agarrando sua mochila, ele abriu o zíper do bolso e me entregou uma caixa de veludo. Enquanto meus dedos roçavam a caixa a eletricidade subiu pelo meu braço, a pele arrepiada se espalhava pelo caminho. Notei seus dedos tremendo, e quando levantei meus olhos para ele, ele engoliu em seco. Talvez tenha sido a primeira vez que o vi tão visivelmente ansioso por algo. Se ele não estava propondo, o que poderia deixá-lo tão nervoso? Abri lentamente a parte superior de veludo com dobradiças e, dentro dela, estava um colar brilhante e reluzente. Não era berrante. Longe disso. Tinha duas correntes delicadas, enroladas uma na outra. Eu olhei para Ash, meus olhos se enchendo de lágrimas. — É lindo. — Era a peça de joalheria perfeita para mim – uma que eu poderia usar, em vez dela de me usar. Ele se abaixou, pegando corrente nos dedos grandes e segurando-a. À luz do sol da manhã, brilhava, dando uma disputa ao seu presente. — Ouro e platina. Uma representação de você e eu. — Ele fez uma pausa antes de acrescentar, — Como seu coleira... se você estiver disposta a usá-lo e me aceitar. Seu sorriso se contraiu. Um coleira. Por isso ele estava tão nervoso. — Eu adoraria. Seu sorriso aumentou e ele se inclinou, me pegando em seus braços me beijando. Me virei para ajustar meus óculos enquanto ele me abaixava e percebi que não os usava hoje. Com o mergulho e

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a natação necessários, eu tinha escolhido usar lentes de contato. Forcei minhas mãos ao meu lado, resistindo ao tique nervoso que tive durante anos. Ash colocou meu colar de volta em sua caixa. — Mas talvez não até depois de termos terminado o mergulho? Eu pisquei. — Bom plano, Ash. Não temos ideia de como esses peixes-boi podem reagir a uma peça de ouro brilhante. Ash revirou os olhos. — Não quero dizer que os peixesboi o roubem. Você nunca sabe. E se tiver um fecho defeituoso ou... Joguei meu braço em volta do seu pescoço e o beijei para interromper seus pensamentos. — Estou apenas cortando sua onda. As sobrancelhas dele se uniram. — Cortando minha onda? Jesus, quantos anos você tem... setenta? Eu o beijei com força, apesar das provocações e quando me afastei do seu abraço, quase todo o barco já havia entrado na água e estava nadando com os peixes-boi. Tudo o que restou no barco foram alguns funcionários, Ash e eu, e outro homem que tinha uma enorme câmera subaquática nas mãos. — Eu tenho mais uma surpresa. — disse Ash e meus olhos se arregalaram. Outra surpresa? — Eu sabia o quanto essa interação com peixes-boi seria para você. Então, eu contratei um fotógrafo. Para que possamos estar no momento e aproveitar e para que você possa sempre olhar para trás e se lembrar deste dia. Lágrimas surgiram nos meus olhos e olhei de novo para o fotógrafo - a única outra pessoa que estava a bordo conosco. Eu funguei enquanto meu nariz se enchia. — Você

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sabe, já é difícil respirar com todo esse equipamento sem adicionar lágrimas. — eu disse. Ash sorriu e passou os polegares pela umidade embaixo dos meus olhos. Com um puxão gentil, ele me puxou. — Vamos, Baixinha. Vamos realizar seus sonhos. Respirei fundo, sentei-me na beira do barco e deslizei na água quente. Pequenas ondas lambiam meu corpo quando emergi, ouvindo o barulho atrás de mim quando Ash entrou também. Esperei, batendo na água, olhando ao redor enquanto todos os outros nadadores pareciam estar se envolvendo e estendendo as mãos enquanto peixes-boi nadavam e brincavam com eles. Eles realmente eram ótimos com humanos, parecia. Eu li tudo sobre eles, mas não sabia muito bem o que seria na vida real quando estivesse cara a cara com um peixe-boi. Senti em vez de ver Ash nadar ao meu lado. E depois de alguns minutos batendo na água, ele perguntou: — Está tudo bem? À nossa frente, o sol estava se pondo em direção à linha do horizonte de onde o céu encontrava o oceano. A cena era tão intensamente bonita que excedia tudo o que eu pensava que seria hoje. — Tudo está perfeito. — eu disse, e tirei meus óculos. Eu não queria experimentar isso com plástico barato. Eu queria ver tudo, claro como cristal. Foi por isso que usei minhas lentes hoje. Nesse momento, um peixe-boi levantou a cabeça da água. Apenas a cabeça - como se fosse um jacaré ou lontra ou algo com metade do focinho ainda submerso. Eu suspirei. Eu sabia que os peixes-boi eram grandes criaturas. Mas eu não tinha ideia do tamanho de oitocentos quilos até que estava bem na minha frente. Seus grandes

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olhos castanhos piscaram, olhando para mim, quase me avaliando também. — Olá, — eu disse calmamente. Parecia que... eu não sei... como se ele estivesse me olhando com admiração quanto eu o olhava. Como se ele também tivesse crescido no oceano obcecado por humanos e esperando a vida inteira ficar cara a cara com um. Ele balançou na água em sincronia comigo e ficamos assim, quase em silêncio, exceto pelos sons do oceano e das pessoas ao nosso redor por vários momentos. — Isso é estranho, certo? — Ash sussurrou. — Todos os outros peixes-boi estão brincando. — Não é estranho. — eu disse de volta, sem tirar os olhos do peixe-boi. — É espetacular. Eu mal consegui falar antes que o peixe-boi bufasse. Com suas narinas meio submersas no oceano, água salgada borrifava em nossos rostos. Eu ri. Eu ri tanto que não tinha certeza se poderia continuar batendo na água. E o peixe-boi deu um giro de costas, nadando em círculo à nossa volta, enquanto limpávamos o ranho dele de nossos rostos. — Olha! — Ash disse. — Ele está brincando com a gente. Eu estendi minha mão na beira da água, assim como nosso guia nos disse para fazer e com certeza, o peixe-boi nadou contra a minha mão, esfregando sua barriga na minha palma. Sua pele era áspera e texturizada, coberta de vários feixes e cicatrizes que eu só conseguia imaginar de onde elas vieram. Eu senti o toque de Ash acariciar minha bochecha. — Esse sorriso. — disse ele, suspirando. — Eu amo esse seu sorriso. Agora, é perfeito.

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E ele estava certo. Era perfeito.

Fim

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CHEGANDO EM 2020

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Role Play vol. 2 (revisado) - Katana Collins

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