3. A ALIANCA MATRIMONIAL - SOMOS UM

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O PROPÓSITO DA FAMÍLIA A ALIANÇA MATRIMONIAL – PARTE 3

VIVER, AMAR e SERVIR

Videira

PROPÓSITO DA FAMÍLIA A ALIANÇA MATRIMONIAL – PARTE 3 Temos ouvido muito falar, no contexto evangélico, acerca da questão da aliança. É provável que você já tenha inclusive lido alguns livros sobre o assunto. Todavia, esse estudo tem como proposta entendermos a luz da palavra de Deus, a coerência ordenada de um tema tão debatido, e ao mesmo tempo tão negligenciado em nossos dias. O conceito de aliança já quase não existe hoje. Nossa sociedade vive apenas contratos rescindíveis, dos negócios ao casamento. Porém, a Palavra de Deus nos apresenta uma visão diferente sobre o casamento: é o conceito de aliança. A visão bíblica de aliança é uma dimensão de compromisso que não deve ser rompido. No contexto do casamento, as alianças celebram um acordo de cumplicidade, amor e fidelidade. Desse modo, a aliança matrimonial ganhou um significado muito simbólico: representa um elo material e espiritual entre duas pessoas, as quais compartilham as alegrias e tristezas da vida. Em vários momentos e passagens bíblicas nos deparamos com alianças feitas por parte de Deus com o homem, em Ez 16:60 diz que “Mas eu me lembrarei da aliança que fiz contigo nos dias da tua mocidade e estabelecerei contigo uma aliança eterna”. Isaías alertou Judá sobre não fazer aliança com o Egito (Is 20:5, 30:1-2, 31:1). Ele sabia que a confiança em qualquer outro poderio seria em vão. A única esperança de Judá era confiar em Deus. Deus abençoou Davi por sua fidelidade, estabelecendo uma aliança com ele. Deus prometeu que Davi sempre teria descendência e que sua descendência reinaria para sempre (Salmos 89:3-4). Essa aliança se cumpre em Jesus, descendente de Davi, que reina para sempre. Jesus veio para estabelecer uma nova aliança entre Deus e os homens. Seu sangue derramado na cruz foi o sinal dessa nova aliança (Mateus 26:28). Sendo assim, vamos aprender nesse estudo três pilares que sustentam todo o princípio da aliança matrimonial feita por Deus com os homens. 1. O QUE É UMA ALIANÇA A palavra aliança merece uma atenção especial que nos permita aprofundar seu significado. No Velho Testamento, de acordo com a concordância de Strong, a palavra hebraica utilizada nos originais é “beriyth”, procedente de “barah” (no sentido de cortar) e significa “acordo”, “aliança”, “compromisso”. Pela sua própria raiz, a palavra transmite a ideia de “cortar uma aliança”, o que reflete um princípio de ratificar uma aliança com sangue. Vemos desde o início a importância do sangue em selar, como forma de significado, do compromisso, que entre outros símbolos, enfoca alguns conceitos fortíssimos a cerca da aliança, entre eles: mistura de vida e lealdade até a morte. Pelo próprio significado que a aliança tinha (que era considerada algo sagrado aos povos antigos), não podia ser feita de qualquer forma. Normalmente havia a necessidade de alguns elementos essenciais a aliança: IMPORTANTE: Esse conteúdo é de autoria da Comunidade Cristã Videira, podendo ser impresso para compartilhamento da Palavra de Deus, no entanto, é estritamente proibida a sua alteração ou veiculação sem indicação da fonte.

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VIVER, AMAR e SERVIR

A ALIANÇA MATRIMONIAL – PARTE 3 - Juramentos (votos matrimoniais) Determinam as condições e termos da aliança (Gn 17: 2-7 e 9-14) ressalta a promessa seguida de um juramento que Deus fez com Abraão em multiplicar sua descendência. - Objetos memoriais (a troca de anéis) Eram os presentes trocados e serviam como um “selo” aliança. Gn 9: 11-13 contextualiza que o “arco” nas nuvens seria o sinal do estabelecimento da aliança de Deus em não ceifar nenhuma vida humana na terra através das águas. - Testemunhas (por que a aliança exige público) Presenciam e atestam a aliança firmada entre as partes que se pactuam). As testemunhas são parte vital de qualquer aliança, e sua importância é a razão pela qual vemos que o próprio Deus declara também ser testemunha da aliança firmada entre o homem e a mulher da sua mocidade, como também da sua quebra (Ml.2:14) diz “E vocês ainda perguntam: ‘Por que?’ É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher de sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial”. Como disse Thomas V. Moore, “Deus é testemunha de toda cerimônia de casamento, e será testemunha de qualquer violação de seus votos”. 2. O CASAMENTO COMO UMA DUPLA ALIANÇA Quando o Senhor, através do profeta Malaquias, repreendeu o povo de Israel e revelou seu descontentamento com relação ao divórcio, referiu-se ao casamento como sendo uma aliança entre o homem e a sua mulher. (Ml.2:13-16) Esta aliança matrimonial não é apenas uma aliança dos cônjuges entre si, mas do casal com Deus. Malaquias diz que Deus se faz presente testemunhando a aliança do casal. Um dos mandamentos mostra que preservar o casamento não é apenas uma obrigação da aliança contraída entre os cônjuges; é parte da aliança firmada com o próprio Deus. Deus usou o conceito do mais elevado nível de compromisso existente entre os homens; a aliança; como um meio de firmar e revelar a dimensão do Seu compromisso conosco. Deus fez alianças, não porque Ele precisasse disso, mas porque queria que os homens entendessem o Seu próprio compromisso. Quando falamos sobre compromisso conjugal que deve ser sustentado com honra na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, alguns atentam para o conceito de ter que suportar um compromisso pesado. Porém, quase nunca enxergam o benefício de se for ele a pessoa afetada por algum infortúnio da vida, não vir a ser descartado ou abandonado pelo cônjuge. Observe as expressões “a aliança da minha paz não será removida” Is 54:10 e “não violarei a minha aliança” Sl 89:34. Isto mostra um Deus que não brinca com seus compromissos, que leva uma aliança muito a sério.

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VIVER, AMAR e SERVIR

A ALIANÇA MATRIMONIAL – PARTE 3 J3. EFEITOS DA ALIANÇA Assim que a aliança matrimonial é firmada, há algumas verdades que passam a vigorar para o casal, que é o que o Pr. Luciano Subirá em seu livro “O propósito da família” chama de efeitos (ou consequências) da aliança. Os principais efeitos são: - Uma Só Carne A aliança matrimonial traz consigo uma poderosa força de ligação. Um dos seus efeitos é o de mistura de vida, o de tornar o casal uma só carne. Esta afirmação foi inicialmente feita por Deus em Gênesis e posteriormente citada pelo Senhor Jesus e também pelo apóstolo Paulo: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” Gn 2.24, Mt 19.6, Ef 6:31. O homem deixa seu lar, seu lugar de criação, seus mais intensos relacionamentos para se unir a sua mulher. Isto significa que sua esposa passa a ser mais importante que qualquer outra pessoa, pois após o casamento passa haver uma dimensão de união com sua esposa maior do que aquela que o homem provou com seus próprios pais. Nas palavras de Thomas Adams: “Assim como pela criação Deus de um fez dois, pelo casamento, ele de dois, fez um”. - Morte à vida egoísta e independente O princípio de uma só carne significa morte à vida egoísta e independente. Ninguém deve casar para SER feliz; este é um mito acerca do casamento que tem sido perpetuado mesmo no meio evangélico. O princípio bíblico fala de casar para FAZER seu cônjuge feliz. Se cada um dos cônjuges procurar a felicidade do outro, ambos serão realizados; porém, se cada um tentar defender apenas a sua própria felicidade e realização, o relacionamento se destruirá e só haverá decepção e tristeza. Portanto, ao entrar na aliança matrimonial, cada um deve estar ciente da necessidade de morrer para si mesmo e procurar agradar o seu cônjuge. Quem procura a felicidade do seu marido ou esposa alcança a sua própria felicidade, como afirma o apóstolo Paulo em Ef.5:28-29 - Deveres de um para com o outro Desde a antiga aliança, a Bíblia já definia algumas responsabilidades do cônjuge. O mínimo que se es esperava é que o marido suprisse p aspecto material (comida, roupas) e também os “direitos conjugais”. Em 1 Co 7:3-4 diz “O marido conceda á esposa o que lhe é devido, e também, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher”. O sexo é algo exclusivo do casamento, no livro de Provérbios lemos que “a posse antecipada de uma herança no fim não será abençoada”. Podemos concluir então que toda aliança feita deve ser mantida. A palavra de Deus fala acerca daqueles que juram e, mesmo com dano seu, não mudam (Sl 15:4); diz também que é melhor não fazer um voto do que fazê-lo e não cumpri-lo (Ec 5:4-5); e ainda apresenta o ensino de Jesus Cristo que diz: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não” (Mt. 5:37). Observamos a grande importância e relevância de cumprirmos as alianças para o Nosso Senhor, percebemos que quando você promete amar seu cônjuge através da aliança matrimonial, essa promessa deve ser cumprida até que a morte os separe.

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VIVER, AMAR e SERVIR

A ALIANÇA MATRIMONIAL – PARTE 3 É correto afirmar que Deus espera de nós, quanto as nossas alianças, exatamente a mesma atitude que Ele mesmo mantém para com Suas alianças; portanto, não devemos romper uma aliança firmada na presença d’Ele. SUGESTÃO: Prepare os elementos da ceia e realize no seu GC PARA DISCUTIR (líderes, escolham uma ou mais sugestões para debate em grupo): 1. O que você entendeu sobre aliança matrimonial? 2. O que você pode fazer para fortalecer os princípios vistos nesse estudo sobre aliança? 3. Você e seu cônjuge vive de forma prática a aliança estabelecida por Deus em seu casamento?

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