anteprojeto 152148-852020 - Luiza Dutra Garcia

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS EM SAÚDE - PPPS ESCOLA FIOCRUZ DE GOVERNO - EFG FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - Fiocruz

Candidata n. 152148-852020

ANÁLISE DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA O ENFRENTAMENTO E CONVIVÊNCIA COM O COVID-19 NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ

Linha de Pesquisa: Vigilância e Gestão em Saúde Área de Concentração: Políticas Públicas em Saúde

Brasília 2020

1 INTRODUÇÃO Em dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a existência de um vírus desconhecido na província de Whuan, na China (1). Segundo o órgão, este vírus estaria relacionado a uma série de doenças respiratórias em humanos e animais, como a Síndrome da Angústia Respiratória (SARS), e a Síndrome da Angústia Respiratória do Oriente Médio (MERS), a doença logo foi chamada de Coronavírus/COVID-19 (1). Embora houvesse medidas de isolamento, a pouca informação a cerca desta nova doença fez com que ela logo se espalhasse pelo globo, atingindo países da Europa e do oriente. Com isso, em 26 de fevereiro de 2020 foi confirmado o primeiro caso de COVID-19 no Brasil (2). Menos de um mês depois, no dia 20 de março de 2020, Itajaí confirmou o primeiro caso da doença na cidade (3). O município de Itajaí fica situado no litoral norte do estado de Santa Catarina, com uma população estimada da cidade em 2020 ultrapassa o número de 200 mil habitantes. Em 2009 a cidade contava com 74 estabelecimentos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) (5). Atualmente Itajaí realiza mais de 300 mil atendimentos mensais por serviços conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), contando com 27 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 53 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF). A cidade também conta com centros de especialização, são eles: 1 Centro de Referência de Doenças Infecciosas (CEREDI); 1 Centro de Referência da Saúde da Criança e da Mulher (CRESCEM); 1 Centro Especializado em Odontologia (CEO); 1 Centro de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (CEPCIS); 3 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo um adulto, outro infanto juvenil e um para usuários de drogas e álcool; 1 Centro Especializado em Reabilitação (CER II) (6 e 7). A cidade ainda conta com outras seis unidades assistenciais, são elas: a Farmácia de Ações Integradas de Saúde de Itajaí, também conhecida como farmácia central; o Ambulatório do Presídio Regional Feminino de Itajaí; a Unidade de Acolhimento Provisório de Animais (UAPA); o Laboratório Municipal; o Núcleo de Fisioterapia Domiciliar; e o Consultório na Rua (6). O município possui duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), sendo uma delas de Porte II; além de um Centro Integrado de Saúde (CIS) (6).

No âmbito da alta complexidade, Itajaí possui um hospital que realiza atendimentos pelo SUS, o Hospital Marieta Konder Bornhausen; e um hospital infantil que também realiza atendimentos pelo SUS, o Hospital Universitário Pequeno Anjo, que realiza atendimentos de crianças de zero à 14 anos. Sendo um município de grande circulação de pessoas devido a atividade portuária e industrial, e sendo referência em saúde na região dos municípios do litoral norte, a cidade recebe um alto índice de pacientes de regiões próximas em seus estabelecimentos de saúde. Tal situação sobrecarrega o sistema de saúde do município, sendo ainda pior em meio a uma pandemia. Até a semana do dia 27 de setembro ao dia 3 de outubro, o município de Itajaí registrava um total de 7209 casos confirmados de COVID-19, sendo destes, 165 casos que evoluíram para óbito. Do total de contaminados, 6483 pacientes se recuperaram, e 561 pacientes ainda estavam contaminados; havendo ainda 107 casos suspeitos da doença na cidade (7). Tendo em vista a forma como a pandemia foi encarada no país, cada município e estado assumiu o enfrentamento baseado em suas próprias vivências e evidências; capacitando seus profissionais com base nos estudos e experiências trazidas por outros países e pela OMS (9). Entendendo que cada município tem o enfrentamento possível para a pandemia, destaca-se a importância da formação-ação de profissionais da saúde da atenção básica nos municípios. Paschoal et al. (2007) ressalta que a educação origina-se em todas as experiências vivenciadas pelo ser humano. Entretanto, atualmente vivemos uma pandemia global e sem precedentes em nossa geração, na qual somos guiados por diretrizes ainda experimentais (10), dificultando o processo de educação e serviço dos profissionais que precisarão lidar com esta situação. Vê-se uma necessidade de processos de educação continuada para preparar estes profissionais para o enfrentamento da pandemia. Sendo um processo pontual de inclusão de experiências posteriores a formação inicial, a educação continuada foi o meio encontrado pela Diretoria de Atenção à Saúde de Itajaí para preparar os profissionais da saúde no município, porém o órgão utiliza a nomenclatura de “educação permanente” de forma errônea para referir-se ao projeto. O programa contou com cursos de formação para o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e manejo de pacientes com o diagnóstico e

suspeita de COVID-19. Participaram deste curso profissionais da saúde de todos os âmbitos e áreas, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares, psicólogos, profissionais da regulação, agentes de endemia e atendentes de UBS, conforme indicam as imagens no apêndice 1. Os enfermeiros coordenadores das UBS foram capacitados para servirem de multiplicadores dessa formação para junto com as suas equipes. Partindo desta permissa, ressalta-se a importância de uma política pública municipal de educação em saúde eficaz, eficiente e efetiva para com os profissionais de saúde. A fim de otimizar os atendimentos na linha de frente, resguardar os profissionais, reorganizar os processos de trabalho, reduzir os riscos de adoecimento das equipes e evitar o aumento de casos na região. O presente estudo visa analisar o projeto de Educação Continuada da Diretoria de Atenção à Saúde (DAS) no município de Itajaí; bem como, avaliar sua implementação e seus resultados ao longo de 7 (sete) meses de pandemia.

2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral: Avaliar os efeitos produzidos pela política municipal de educação continuada realizada junto aos profissionais da saúde para o enfrentamento e convivência com o Covid-19 em Itajaí – SC 2.2 Objetivos Específicos: Analisar a metodologia de educação utilizada na Educação Continuada; Analisar a resposta dada pelos profissionais no manejo de pacientes durante a pandemia pós formação-ação; Contextualizar a política municipal de educação continuada; e Verificar os efeitos produzidos pela política municipal de educação continuada realizada junto aos profissionais da saúde 3. MÉTODO Revisão da literatura retrospectiva, de caráter investigativo dos seguintes conceitos: formação continuada; COVID; profissionais da saúde. Realizada nas bases: Scielo; Cochrane; Bireme; Lilacs. Pesquisa qualitativa por meio de entrevista semi-estruturada simples, visando compreender o grau de satisfação e segurança dos profissionais da saúde em relação à formação continuada;

4. VIABILIDADE TÉCNICA Os fatores limitadores deste projeto são: o acesso aos dados do município; o acesso aos relatório das práticas de formação continuada; a troca de gestão devido ao ano eleitoral;

5. CRONOGRAMA Atividades Elaboração Pré Projeto Realização dos créditos (disciplinas) Revisão Sistemática Leitura e fichamento Pesquisa Documental Redação do Projeto e qualificação Qualificação Ajustes da qualificação Reuniões de orientação Análise dos Resultados Defesa

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Ano 1 Mês Mês 6 7 X X X

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6. REFERÊNCIAS 1. WORLD HEALTH ORGANIZATION, Who: Q&A on coronaviruses (COVID-19); c2020. Página inicial. Disponível em: Acesso em: 26/09/20 2. CORONAVIRUS BRASIL, Painel Coronavírus; c 2020; Página Inicial. Disponível em: Acesso em: 26/09/20 3. SILVA, Isadora Vida de Mefano et al. A gestão de riscos e governança na pandemia por COVID-19 no Brasil: análise dos decretos estaduais no primeiro mês: relatório técnico e sumário executivo. 2020.Disponível em: < https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/41452/2/relatorio_cepedes_gestao_riscos_covid19_fi nal.pdf> Acesso em: 26/09/20 4.MUNICÍPIO DE ITAJAÍ; Boletim Epidemiológico Coronavírus 006; c2020; Pagina inicial. Disponível em: < https://www.itajai.sc.gov.br/noticia/24877#.X4CBlWhKjIV> Acesso em: 26/09/20 5. IBGE; Panorama: Itajaí-SC; c2020; Página inicial. Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/itajai/panorama> Acesso em: 29/09/20 6. SECRETARIA DA SAÚDE; Unidades de Atendimento à População; c2020; Página Inicial; Disponível em: < https://saude.itajai.sc.gov.br/c/unidades-de-atendimentopopulacao#.X4CCc2hKjIV> Acesso em: 05/10/20 7. VIEIRA, Natália Uriarte. CER II da UNIVALI é Referência no diagnóstico de autismo na região. UNIVALI, 2019. Disponível em: < https://www.univali.br/noticias/Paginas/cer-ii-da-univali-ereferencia-no-diagnostico-de-autismo-naregiao.aspx#:~:text=O%20CER%20II%20Univali%20%C3%A9,profissional%20e%20educacion al%20do%20paciente> Acesso em: 05/10/20 8. MUNICÍPIO DE ITAJAÍ; Boletim Epidemiológico Coronavírus 234; c2020; Pagina inicial. Disponível em: < https://www.itajai.sc.gov.br/noticia/25744#.X4CD6WhKjIV> Acesso em: 05/10/20 9. SILVA, Gulnar Azevedo; JARDIM, Beatriz Cordeiro; SANTOS, Cleber Vinicius Brito dos. Excesso de mortalidade no Brasil em tempos de COVID-19. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 3345-3354, 2020. Disponível em: < https://www.scielosp.org/article/csc/2020.v25n9/33453354/ > Acesso em: 27/09/20 10. MINAYO, Maria Cecília de Souza; FREIRE, Neyson Pinheiro. Pandemia exacerba desigualdades na Saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 25, n. 9, p. 35553556, Sept. 2020 . Disponível em: . acesso em 13 Out 2020. Epub Ago 28, 2020. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232020259.13742020. 11. PASCHOAL, Amarílis Schiavon; MANTOVANI, Maria de Fátima; MEIER, Marineli Joaquim. Percepção da educação permanente, continuada e em serviço para enfermeiros de um hospital de ensino. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 41, n. 3, p. 478-484, Sept. 2007 . Disponível em: . acesso em 13 Oct. 2020. https://doi.org/10.1590/S0080-62342007000300019.

7. APÊNDICE

RESUMO DA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Meu nome é Luiza Dutra Garcia, nasci em São Miguel d’Oeste – SC, em 29 de outubro de 1993. Em fevereiro de 2011 ingressei na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – SC, no curso de Fisioterapia. Em 2012 ingressei no projeto de extensão “Assessoria na Construção de Uma Rede de Apoio Para Sujeitos Afásicos da Foz do Rio Itajaí”, nele aprendi a importância do trabalho em equipe entre os profissionais da área da saúde e afins, também aprendi a importância da humanização para com os pacientes que sofriam de afasia. Em 2013 apresentei minha monografia, intitulada: “Identificação das Alterações Sensório-Motoras em Indivíduos Diabéticos da Cidade de Itajaí-SC”, a monografia foi minha primeira experiência com a pesquisa acadêmica. Sendo uma pesquisa de caráter exploratório e epidemiológico com pacientes cadastrados no Centro de Referência em Doenças Infecciosas – CEREDI, ela me proporcionou conhecer o funcionamento da saúde pública em Itajaí. Em 2014 iniciei o estágio clínico obrigatório, atendendo na Clínica Escola de Fisioterapia da UNIVALI, em todas as áreas da fisioterapia. Mais tarde, também realizei estágio obrigatório em saúde pública, trabalhando como fisioterapeuta em uma UBS de Itajaí, onde novamente tive contato com a equipe multidisciplinar. Nele aprendi a organização dos serviços públicos na saúde, trabalhei com atendimentos domiciliares, e realizei juntamente com a minha turma atividades de educação em saúde. Ainda neste mesmo ano fui monitora da disciplina de Cardiovascular, atividade em que eu auxiliava os alunos do sexto período do curso de fisioterapia nos atendimentos da matéria de cardiovascular. Por fim, em 2015 realizei estágio hospitalar obrigatório, no Hospital Municipal Ruth Cardoso em Balneário Camboriú. Também fui estagiária no Centro de Intervenção Precoce Vovó Biquinha, uma escola que realiza atendimentos multidisciplinares para crianças com comprometimento neurológico e/ou com atraso no desenvolvimento. Após minha graduação em julho de 2015, iniciei minha atividade profissional em uma clínica de ortopedia em Itajaí, onde trabalhei efetivada até outubro do ano seguinte. Em janeiro de 2016 iniciei minha pós graduação em Fisioterapia Pélvica, assim como iniciei pesquisa nas áreas de sexualidade feminina e oncologia pélvica, em julho de 2017 terminei minha pós graduação e desde então sigo atendendo exclusivamente nesta área. Embora trabalhe na rede privada, continuo atuando na promoção da saúde, realizando palestras gratuitas nas áreas de sexualidade e oncologia. Tenho como objetivo levar o conhecimento sobre sexualidade, corpo feminino e promoção de saúde. Meu objetivo com o mestrado é contribuir nas propostas de combate a pandemia e na formação de profissionais para o enfrentamento destas situações de forma ativa e humana.
anteprojeto 152148-852020 - Luiza Dutra Garcia

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