AULA 29 - PLUS DE REDAÇÃO

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Alfa Plus - Redação REDAÇÃO TEMA: REDAÇÃO UNIOESTE Manual do Candidato da UNIOESTE 2020

A Prova de Redação do Vestibular da Unioeste procura avaliar não apenas a habilidade de o candidato escrever sobre um tema ou verificar se a produção textual atende à correção ortográfica e gramatical vigente. Mais do que isso, essa prova procura avaliar a competência de interagir com o outro, organizar ideias e informações, estabelecer relações, interpretar dados e fatos e elaborar argumentos a partir de uma situação interativa, o que implica também em processos de leitura. Os temas de redação são acompanhados de uma coletânea de textos extraídos de fontes diversas que apresentam fatos, dados, argumentos e opiniões relacionados com o tema. A coletânea não apresenta a opinião da banca examinadora. São textos como os que estão disponíveis na vida do leitor de jornais, revistas, livros e meio eletrônico. Ao elaborar a redação, é importante que o candidato consulte, quando for o caso, a coletânea e a utilize segundo as instruções dadas para cada proposta de redação. Entretanto, ele deve atentar para o fato de que NÃO deve copiar passagens ou partes da coletânea. Ela só deve ser utilizada como forma de citação, se estiver articulada à posição que pretende defender. O candidato pode se valer de informações e argumentos que julgar relevantes para o desenvolvimento da produção textual. É interessante que, desde o início da prova, o candidato selecione o gênero discursivo que mais lhe interesse, concentrando seu tempo e sua atenção na leitura da coletânea referente ao tema e ao gênero escolhido e no planejamento de sua produção textual. A Prova de Redação do Concurso Vestibular 2018 apresentará duas propostas, elaboradas com base em dois gêneros discursivos, escolhidos entre os três definidos acima: carta do leitor, artigo de opinião e comentário interpretativo/crítico (grifos nossos). O candidato deve escolher uma proposta a partir da qual fará sua produção textual. Cada proposta é acompanhada por instruções específicas que delineiam o gênero, com a indicação dos interlocutores aos quais se refere. É preciso que a redação atenda ao gênero discursivo escolhido. Isso implica observar a situação social de produção, circulação e recepção, atendendo ao formato do gênero, ao tema, à interação prevista, ao estilo de linguagem própria do gênero discursivo, aos aspectos textuais, às escolhas lexicais e ao padrão normativo gramatical próprio da variedade linguística usada. (grifos nossos) A) CRITÉRIOS DE CORREÇÃO: I. Situação Social de Produção: Neste caso, objetiva-se avaliar a capacidade de produzir um gênero discursivo, observando a temática pertinente, a adequação à interlocução e a organização composicional do gênero escolhido, tendo em vista a situação social em que o gênero está inserido. II. Aspectos Textuais: Neste caso, busca-se avaliar se o candidato produziu um texto coeso e coerente. No item coerência, serão avaliados o grau de manutenção da discussão e a continuidade temática do texto, evitando contradições e contribuindo para a progressão textual. No item coesão, será avaliado o emprego adequado dos recursos da língua portuguesa para relacionar e articular termos e sequências de um texto. O candidato deve demonstrar que sabe utilizar adequadamente, por exemplo, pronomes para retomar posicionamentos e informações já mencionadas e conjunções para relacionar novos argumentos aos já apresentados. III. Adequação à Norma Padrão Escrita: Neste caso, será observado se o vestibulando demonstra capacidade de elaborar um texto que atenda ao registro adequado da língua em face da interlocução própria ao gênero discursivo escolhido. Ele deve, ainda, revelar domínio dos recursos de pontuação, das regras gramaticais adequadas ao gênero escolhido e do sistema ortográfico em vigor. B) A CORREÇÃO SERÁ FEITA DE ACORDO COM A TABELA APRESENTADA A SEGUIR:

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C) SERÁ SUMARIAMENTE DESCLASSIFICADA A REDAÇÃO QUE: I. Apresentar menos de 20 (vinte) linhas de extensão; II. Não atender ao gênero discursivo solicitado; III. Fugir à temática proposta para a situação de interação; IV. Apresentar acentuada desestruturação; V. Estiver escrita com letra ilegível ou feita em forma de desenhos, números, espaçamentos fora do normal entre palavras ou na disposição do texto no papel; VI. For escrita a lápis na versão definitiva; VII. Não estiver escrita nas folhas de versão definitiva; VIII. Não estiver escrita em língua vernácula. IX. Apresentar, na folha de versão definitiva, qualquer tipo de marca ou registro que possa ser interpretado como uma possível identificação do candidato. A prova de Redação deve ser entregue na folha de versão definitiva (à caneta), conforme instruções do caderno de redação. O texto pode ser escrito com letra cursiva ou de forma, desde que respeitadas as normas ortográficas brasileiras em vigor. A nota da prova de redação é aplicada de 0 a 60 pontos e sobre esta nota será aplicado o peso de 6,9 pontos.

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Alfa Plus - Redação ARTIGO DE OPINIÃO Em meio à nossa vivência do dia a dia, estamos a todo instante nos posicionando a respeito de um determinado assunto. Essa liberdade que nos é concedida faz com que nos tornemos seres ímpares, dotados de pensamentos e opiniões acerca da realidade circundante, por vezes absurda e cruel. Tal particularidade, relacionada a este perfil singular, desencadeia uma série de posicionamentos divergentes, os quais são debatidos e confrontados por meio de uma interação social – fato que confere uma característica dinâmica à sociedade, visto que, caso contrário, as relações humanas se tornariam frustrantes e monopolizadas. De forma específica, atenhamo-nos ao título em questão quando o mesmo perfaz-se de dois termos básicos: Artigo e opinião. Procurando compreendê-los de acordo com seu sentido semântico, surge-nos numa primeira instância, a ideia de algo relacionado à escrita. Munidos de tal percepção, sabemos que a mesma constitui-se de certas particularidades específicas, e mais! Trata-se de um gênero textual comumente requisitado em exames de vestibulares e concursos públicos de uma forma geral. Sendo assim, torna-se imprescindível incorporá-lo aos nossos conhecimentos e, sempre que necessário, colocá-lo em prática. Enfatizaremos então sobre alguns pontos pertinentes à modalidade em referência. O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto. Tal qual a dissertação, ele também se compõe de um título, um parágrafo introdutório o qual se caracteriza como sendo a introdução, ao explanar de forma geral sobre o assunto do qual discutirá. Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas. ARTIGO DE OPINIÃO Artigo, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994, p.1), é um “texto com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, processos, técnicas e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e humor. Há artigos tanto na mídia impressa (jornais, revistas) quanto em rádio e televisão (nesse caso, são lidos no ar pelo articulista). Como o nome diz, Artigo de Opinião é aquele que exprime a opinião do autor. Características: * Texto argumentativo. Argumentação é uma forte característica do artigo de opinião, em que o autor tenta a todo tempo convencer, persuadir o leitor acerca de sua opinião, sua posição. Não há como ficar neutro em um Artigo de Opinião. * Exprime a opinião, o posicionamento do autor sobre determinado assunto. * É uma redação geralmente curta cujo tamanho quem determinará será o autor. Para fins didáticos, escolares, cerca de 15 a 30 linhas. * Normalmente feito em 1ª pessoa, mas também pode aparecer em 3ª pessoa. * O artigo de opinião é assinado. Observação: Em exames vestibulares e concursos, não se assinada para não haver identificação do candidato. * As ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, ele deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados. Estrutura:

* Título. * Assinatura. * Introdução. * Desenvolvimento. * Conclusão.

Procedimento: Escolher o tema, levantar todos os aspectos sobre o assunto, prós, contras, estatísticas, colher diferentes opiniões, diferentes pontos de vista, buscar informações em publicações. Definir sua opinião sobre o assunto e para qual lado irá pender, qual ideia irá defender. Aspectos persuasivos são as orações no imperativo (seja, compre, ajude, favoreça, exija etc..) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores (e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que etc..) e dão maior clareza às ideias.

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Alfa Plus - Redação Lembre-se que o Artigo de Opinião tem o objetivo de contribuir para o enriquecimento cultural, assim, transmite conhecimento, novas leituras de mundo e exige conhecimento e cultura do autor. Quem lê um artigo, quer aprender mais. Para uma boa redação: Coesão, Coerência, Clareza e Concisão. ARTIGO DE OPINIÃO O gênero discursivo artigo de opinião, segundo a proposta de agrupamento sugerida por Dolz e Schneuwly (2004), pertence à ordem do argumentar, pois está voltado ao domínio social da discussão de assuntos sociais controversos, objetivando um posicionamento frente a eles, exigindo para tal, sustentação e tomadas de posição. O artigo de opinião situa-se na esfera de comunicação jornalística, uma vez que é um gênero que circula em jornais e revistas (impressos) ou na internet (virtual), com periódicos semanais ou mensais em seção específica. Segundo Rodrigues (2005), é na seção opinião que encontramos os elementos constitutivos e comunicativos do gênero, pois é o lugar de sua ancoragem ideológica, delimitando a que parte do universo temático do jornal ele se refere, qual o seu horizonte temático, sua finalidade de interação. O artigo de opinião é um gênero de discurso em que se busca convencer o outro de uma determinada ideia, influenciálo, transformar os seus valores por meio de um processo de argumentação a favor de uma determinada posição assumida pelo produtor e de refutação de possíveis opiniões divergentes. É um processo que prevê uma operação constante de sustentação das afirmações realizadas, por meio da apresentação de dados consistentes que possam convencer o interlocutor (BRÄKLING, 2000, p. 227). Necessário será prestar atenção a:     

Reconhecimento das características de diferentes gêneros, quanto ao conteúdo temático, construção composicional e ao estilo. Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gênero discursivo se insere, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não). Levantamento das restrições que diferentes suportes e espaços de circulação impõem à estruturação de textos. Análise das sequências discursivas predominantes (narrativa, descritiva, expositiva, argumentativa e conversacional) e dos recursos expressivos recorrentes no interior de cada gênero. Reconhecimento das marcas linguísticas específicas (seleção de processos anafóricos, marcadores temporais, operadores lógicos e argumentativos, esquema dos tempos verbais, dêiticos etc.) (BRASIL, 1998, p. 59-60).

Este é um gênero de texto pessoal. O autor deverá, com base em seu conhecimento e experiência, articular sobre o tema proposto. Lembre-se que sempre que emitir sua opinião em um texto, ela deverá estar baseada em argumentos, fatos. Indico aos visitantes que procurem uma revista de qualidade, tipo Veja, Isto é, Época e leiam os artigos dos especialistas ou articulistas. São os melhores exemplos que você poderá encontrar. Artigo de opinião * Objetivo: expressar o ponto de vista do autor que o assina sobre alguma questão atual e relevante. Há uma clara intenção persuasiva. * Autoria: Voz reconhecida como autorizada a comentar o assunto; procede de diversos campos de atuação. A opinião pode ser divergente da opinião do meio de comunicação. * Estrutura: não uma estrutura rígida, mas deve ter uma estrutura básica já bastante conhecida: a) parágrafo inicial contextualizando e marcando tese b) parágrafos seguintes com a análise e os argumentos; c) parágrafo final. * Linguagem: Uso da modalidade escrita culta (pode-se usar a 1ª. Pessoa do singular). Impregnado de subjetivismo: tom emotivo, acusações, ironia, sinais de exclamação, perguntas retóricas. A estrutura de um artigo de opinião  Título (a escolha do título deve ser original atraente e resumir toda a ideia central do texto);  Contextualização e apresentação do tema em discussão (ex. “É condenável a atitude que grande parte da sociedade desempenha no que diz respeito à preservação do meio ambiente”);  Posicionamento ideológico deve vir expresso no primeiro parágrafo;  Explicitação da questão em discussão; Utilização de argumentos que sustentem a posição assumida;  Utilização de argumentos que refutem a posição contrária; Retomada da posição assumida ou posicionamento mais enfático;  Proposta ou possibilidade de solução do problema;  Conclusão.

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Alfa Plus - Redação Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe:  Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.  Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor.  Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consciente, e desenvolva-os.  Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender.  Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido.  Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor.  Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto). Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como um todo é persuasivo.

Carta argumentativa Carta do leitor Apresentação da carta do leitor A imprensa escrita costuma manter seção de cartas do leitor, cuja finalidade é abrir espaço à participação dos leitores, que se manifestam livremente sobre a qualidade das matérias publicadas, seja para elogiar, seja para criticar, sugerir ou fazer pedidos. As cartas caracterizam-se como um gênero textual denominado carta argumentativa do leitor, na medida em que têm uma clara intenção persuasiva. Os leitores de um jornal ou revista normalmente se manifestam por carta com a finalidade de:   

elogiar ou criticar a qualidade de uma matéria publicada (extensão, pesquisa, profundidades, etc.) ou a forma (inovadora, democrática, conservadora, etc.) como o autor ou o veículo conduziu o assunto; manifestar apoio ou discórdia em relação às idéias de um texto publicado; acrescentar informações às já contidas no texto publicado, aprofundando o debate.

A carta do leitor apresenta um formato semelhante ao da carta pessoal. Apesar disso, é comum a imprensa publicar apenas o corpo da carta ou parte dela (como no caso das cartas lidas), por falta de espaço. Características da carta argumentativa do leitor - expressa a opinião do leitor sobre textos publicados em jornal ou revista; - tem intencionalidade persuasiva; - tem estrutura semelhante à da carta pessoal: data, vocativo, corpo do texto (assunto), expressão cordial de despedida e assinatura. - linguagem de acordo com o perfil do autor, da revista ou jornal a que se destina, predominando o padrão culto formal; - menor ou maior pessoalidade, de acordo com a intenção do autor. (Adaptado de: CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, 2000.) Há algumas características que marcam esse tipo de texto: - Local e Data - Destinatário - Saudação - Interlocução com o destinatário - Despedida OBS: Esses itens estão na ordem em que devem aparecer. No caso dos concursos há um tipo de carta comumente sugerido: a carta argumentativa. Sobre esse tipo de texto destacaremos algumas “regras” que ajudaram na composição da mesma. Adequação ao tema: Como são argumentativas devem sustentar uma tese e defendê-la, de modo a persuadir seu interlocutor a concordar com os argumentos utilizados. Além disso, é bom que traga também dados, fatos, exemplos, etc., que possam auxiliar o processo de convencimento do leitor e atestar a veracidade e coerência das opiniões expostas.

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Alfa Plus - Redação Adequação ao tipo de texto: A carta deve obedecer às mesmas características das outras cartas, as quais já foram citadas. Precisam ser coesas e coerentes, construindo um texto, e as informações não devem ser repetidas, ao invés disso é adequado utilizar citações ou opiniões de outros autores, explorando em profundidade essas opiniões. É indispensável que sejam objetivas e analíticas, fazendo observações inteligentes e fundamentadas, sempre criando relações entre os argumentos. Adequação à norma da língua portuguesa: Deve obedecer, assim como os demais textos, às regras de sintaxe, paragrafação, grafia, concordância, regência (nominal e verbal), colocação pronominal, pontuação e regras de coerência e coesão. O que diferencia a carta argumentativa das demais cartas é o compromisso que ela assume com o convencimento do interlocutor, e o que a diferencia de uma simples dissertação argumentativa é que esta é dirigida a um interlocutor universal, enquanto aquela é dirigida a um interlocutor previamente especificado. Este fato torna mais fácil o processo de argumentação, já que eu conheço o leitor da minha carta, e assim posso prever os questionamentos e interesses possivelmente vindos dele. É importante que se saiba que o foco da carta é a persuasão do destinatário. Conhecendo-o podemos fundamentar melhor os argumentos a serem utilizados e adequá-los à realidade daquele público. A carta do leitor é uma maneira de fazer parte da opinião pública! Você já observou que nos jornais e revistas há um espaço reservado para que a opinião dos leitores seja publicada? Estamos falando das cartas dos leitores, as quais mostram opiniões e sugestões; debatem os argumentos levantados nos artigos e fazem críticas a respeito; trazem perguntas, reflexões, elogios, incentivos, etc. Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a opinião pública. Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “carta do leitor”, a não ser as que já são preconizadas, ou seja, recomendadas ao escrevermos a alguém: especifique o assunto e seja breve; trace previamente o objetivo da carta (opinar, sugerir, debater); escreva em uma linguagem clara, precisa e nunca faça uso de palavras de baixo calão, pois sua carta não será publicada! O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma revista de circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação. A carta do leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez que ao expor suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode acrescentar outros fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo e possam ser abordados! Deve-se ter muito cuidado ao redigir uma carta, pois será lida por muitas pessoas. Por isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas frases, se os períodos não estão muito longos e se não há repetições de ideias ou palavras, se há erros de pontuação e grafia. Importante: Não se preocupe apenas em dizer o que pensa, o que acha, mas dê seu ponto de vista sempre explicando com muita cautela, e se expuser fatos, tenha certeza que são verdadeiros. Você sabe o que é, e onde circula o gênero carta do leitor? Bem, essa é uma resposta bastante simples. O gênero carta do leitor é um gênero textual que pertence ao domínio midiático e jornalístico, em que o leitor expressa um posicionamento sobre determinado assunto publicado em uma revista ou no jornal ou até mesmo na internet. É um meio que o leitor encontra para expressar sua opinião, dar sugestões, fazer perguntas, reclamações ou elogios. O gênero carta do leitor ocupa uma posição de destaque nas revistas e jornais do país, nas seções conhecidas por “Painel do leitor”, “Mural do leitor”, “Cartas à Redação” e etc. O gênero carta do leitor reflete a opinião publica sobre os fatos noticiados. Segundo Dolz e Schneuwly (2004), a carta do leitor pertence à esfera social e requer do autor um posicionamento social e ideológico. Posicionamento social Quanto do sujeito se coloca no texto e diz qual é a sua função social. No caso do vestibular, geralmente o autor vai produzir uma carta com máscara, isso significa que o autor vai assumir um papel social fictício para dar maior credibilidade ao texto Posicionamento ideológico Quando o sujeito social expressa sua ideologia, ou seja, posiciona-se à favor ou contra determinado assunto A apresentação de uma carta do leitor pode variar bastante, dependendo da revista ou jornal que o leitor pretende publicar. Algumas revistas, por exemplo, exigem um formato bastante parecido com o de uma carta pessoal, onde se pode observar o cabeçalho, vocativo, corpo do texto, despedida e assinatura. Outras, como nos exemplos anteriores, apresentam um título o corpo do texto e assinatura. O importante é o leitor contextualizar a sua carta logo no início, explicando o motivo de sua correspondência, também expor o seu raciocino de modo claro e conciso com argumentos significativos que extrapolem o senso comum. Tendo isso em mente, para poder escrever uma carta do leitor, o autor deve levar em consideração os seguintes aspectos: - A linguagem pode ser mais pessoal com os verbos empregados em 1° pessoa (Eu/Nós), ou, mais impessoais com os verbos empregados em 3° pessoa (Ele/Eles); A posição social deve aparecer logo no primeiro parágrafo, em seguida o posicionamento ideológico;

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Alfa Plus - Redação Fique atento ao destinatário do texto (para quem você vai escrever?); - Dê sua opinião sobre determinado assunto, mas, sobretudo defenda o seu ponto de vista com argumentos válidos e coerentes; - O seu texto deve ter uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Cuidado para não mudar de assunto ao expor os seus argumentos. Você já observou que nos jornais e revistas há um espaço reservado para que a opinião dos leitores seja publicada? Estamos falando das cartas dos leitores, as quais mostram opiniões e sugestões; debatem os argumentos levantados nos artigos e fazem críticas a respeito; trazem perguntas, reflexões, elogios, incentivos, etc. Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a opinião pública. Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “carta do leitor”, a não ser as que já são preconizadas, ou seja, recomendadas ao escrevermos a alguém: especifique o assunto e seja breve; trace previamente o objetivo da carta (opinar, sugerir, debater); escreva em uma linguagem clara, precisa e nunca faça uso de palavras de baixo calão, pois sua carta não será publicada! O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma revista de circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação. A carta do leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez que ao expor suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode acrescentar outros fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo e possam ser abordados! Deve-se ter muito cuidado ao redigir uma carta, pois será lida por muitas pessoas. Por isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas frases, se os períodos não estão muito longos e se não há repetições de ideias ou palavras, se há erros de pontuação e grafia. Importante: Não se preocupe apenas em dizer o que pensa, o que acha, mas dê seu ponto de vista sempre explicando com muito cautela, e se expuser fatos, tenha certeza que são verdadeiros. Estrutura da Carta de Leitor 1. Cabeçalho (ex. Maringá, 28 de outubro de 2009) 2. Vocativo (ex. Ao editor da Revista ABC) 3. Corpo do texto 4. Posicionamento social (ex.”Sou proprietário de uma rede de supermercados da região”) 5. Contextualização do leitor (ex. “gostaria de expressar a minha opinião sobre a questão da substituição das sacolas plásticas por retornáveis.”) 6. Posicionamento ideológico (ex. “No entanto, senhor editor, (...) percebo bem o que poderia ser visto como um retrocesso, na verdade não passa de algo muito benéfico para toda sociedade.”) 7. Apresentação de argumentos e contra-argumentos 8. Conclusão 9. Despedida (ex. Cordialmente, Atenciosamente, Respeitosamente, etc.) 10. Assinatura (ex. Leitor, Inicial do nome ou sobrenome, o comando de produção pode também não pedir assinatura alguma).

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Alfa Plus - Redação PROPOSTA DE REDAÇÃO: TEXTO I

Disponível em: Site do Senado Federal. Acesso em 15 novembro 2019. TEXTO II NO DIA DO PROFESSOR, A AGÊNCIA BRASIL CONVERSOU COM PROFESSORES CONTRÁRIOS E FAVORÁVEIS AO MODELO PROPOSTO NA MP. A FAVOR Cleverson Lino Batista, professor de filosofia, ética e sociologia do ensino médio no Colégio São Pedro do Vaticano e do ensino fundamental na Rede Coleguium, ambas escolas particulares em Belo Horizonte, diz que a MP é positiva ao trazer o ensino técnico ao ensino médio. “É muito importante, principalmente para os mais pobres. É uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho”. Para ele, outro ponto positivo é a possibilidade do estudante escolher a trajetória de ensino. “A MP é uma tentativa importante [de melhorar o ensino médio]. Atualmente, ela não dá perspectiva para muita gente que não vai fazer o vestibular. Não tem essa possibilidade de encarar, dentro do ensino médio, a especificidade de cada emprego, de cada mercado de trabalho e profissão. Com o ensino técnico, o estudante pode ter essa oportunidade de lidar com a profissão”, defende. Sobre a possibilidade de sociologia, filosofia, artes e educação física deixarem o currículo obrigatório do ensino médio, o professor diz que não acredita que isso ocorra. Pela MP, os componentes curriculares obrigatórios, além de português e matemática, serão todos definidos na Base Nacional Comum Curricular, atualmente em discussão. “Eu creio que esses conteúdos dificilmente deixarão de compor o ensino médio. Pelo que acompanhei da Base, as disciplinas estarão contempladas”, diz. CONTRA Para a professora do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, Elisane Fank, a proposta poderá levar a uma precarização do ensino, com a ênfase maior em uma formação tecnicista em oposição a uma formação crítica dos estudantes. No Paraná, professores decidiram entrar em greve e estudantes ocupam mais de 300 escolas – de acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Paraná – em protesto contra a MP e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe os gastos da União (PEC 241), entre outras medidas nacionais e estaduais. Os professores também pedem melhores condições de trabalho. “Recebemos a MP como uma forma bastante autoritária. Estávamos participando dos debates do projeto de lei da reforma. Não havia consenso sobre a reforma do ensino médio, mas havia debate. Os professores, por meio dos sindicatos e escolas, estavam se posicionando. Esse debate foi totalmente interrompido”, diz. Segundo ela, os professores propunham a reorganização da grade curricular, de forma que as disciplinas não fossem ensinadas em tempos específicos, mas que houvesse maior fluidez dos conteúdos. A professora afirma que a educação integral, da forma como está proposta, compreende apenas a extensão do tempo e aumento da carga de português e matemática visando a melhoria nos índices educacionais. “A formação humana tem que pautar o tempo do aluno e não o índice do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”, defende. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-10/medida-provisoria-do-novo-ensino-medio-ealvo-de-polemica Acesso em 15 agosto 2017.

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Alfa Plus - Redação TEXTO III

Disponível em: http://www.jornaldebrasilia.com.br/charges/reforma-do-ensino-medio/ Acesso em 15 agosto 2017. PROPOSTA A | Artigo de Opinião Os textos acima tocam num assunto recorrente nas discussões: Reforma do ensino médio. Em um artigo de opinião de 20 a 30 linhas, exponha sua opinião sobre o tema, tendo em vista a situação do Brasil. Atribua um título a seu texto. PROPOSTA B | Carta Argumentativa do Leitor Amparado nos textos anteriores e em suas opiniões acerca do assunto, redija uma carta argumentativa dirigida ao G1, com o intuito de discutir a temática. Em sua carta:  explicite o objetivo da carta;  argumente sobre o tema e evite a construção de uma carta de reclamação;  utilize entre 20 e 30 linhas e assine como João ou Maria. PROPOSTA C | Comentário Interpretativo-Crítico Redija um comentário interpretativo-crítico sobre a tirinha no texto 3 e acerca do tema. Lembre-se de que você deverá apresentar e interpretar criticamente a tirinha. Utilize entre 20 e 30 linhas.

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