Curso: Psicologia Disciplina: Neuroanatomia
Profa. Mariceli Baia
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TRONCO ENCEFÁLICO • O tronco encefálico é uma área do encéfalo que interpõe-se entre a medula espinhal e o diencéfalo (mais especificamente, ligado ao tálamo); • Situando-se ventralmente ao cerebelo. • Localiza-se logo acima da coluna vertebral.
FUNÇÕES DO TRONCO ENCEFÁLICO • 1) Recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça (e em parte, os músculos do pescoço). • 2) Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal. • 3) Regula a atenção, função esta, que é mediada pela formação reticular (agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico).
SARA
Cerebelo Impulsos visuais FORMAÇÃO RETICULAR
Tronco Encefálico
Impulsos auditivos
Medula Vias ascendentes
Vias descendentes
DIVISÃO DO TRONCO ENCEFÁLICO • MESENCÉFALO Localiza-se cranialmente e corresponde embriologicamente indiferenciada;
à
porção
• PONTE Localiza-se em posição média, entre o bulbo e o mesencéfalo; origina-se do metencéfalo (rombencéfalo);
• BULBO Localiza-se inferiormente (rombencéfalo).
e
origina-se
do
mielencéfalo
ORIGEM DO TRONCO ENCEFÁLICO
ORIGEM DO TRONCO ENCEFÁLICO
TRONCO ENCEFÁLICO
TRONCO ENCEFÁLICO • Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. • Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.
NERVOS CRANIANOS • Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. • Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido rostrocaudal.
• Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex.
NERVOS CRANIANOS NERVOS CRANIANOS
CLASSIFICAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS • De acordo com o Componente Funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em Motores, Sensitivos e Mistos. • Os Motores (puros) são os que movimentam os olhos, a língua e acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço. • Os Sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). • Os Mistos possuem funções motoras e sensitivas.
NERVOS CRANIANOS - MOTORES III – Nervo Oculomotor Origem: Núcleos de Edinger-Westphal (Mesencéfalo). Função: Movimento dos olhos e das pupilas. IV – Nervo Troclear Origem: Núcleos do nervo troclear (Mesencéfalo). Função: Movimento dos olhos (inerva apenas o músculo oblíquo superior dos olhos). VI – Nervo Abducente Origem: Núcleo do nervo abducente (Ponte). Função: Movimento lateral dos olhos.
NERVOS CRANIANOS - MOTORES XI – Nervo Acessório Origem: Núcleo ambíguo (bulbo) e medula espinal de C1 a C5. Função: Movimento do pescoço. XII – Nervo Hipoglosso Origem: Núcleo do nervo hipoglosso (bulbo). Função: Movimento da língua.
NERVOS CRANIANOS - SENSITIVOS I – Nervo Olfatório Origem: Bulbo olfatório (telencéfalo). Função: Olfato. II – Nervo Óptico Origem: Corpo geniculado lateral (tálamo). Função: Visão. VIII – Nervo Vestibulococlear Origem: Núcleos vestibulares e núcleos cocleares anterior e posterior (Ponte e Bulbo). Função: Equilíbrio e Audição.
NERVOS CRANIANOS - MISTOS V – Trigêmeo Origem: Núcleo principal e núcleo motor do nervo trigêmeo (ponte). Função sensitiva: sensibilidade da face, maxilar, mandibular e dos 2/3 da língua. Função motora: Inerva os músculos da mastigação. VII – Nervo Facial Origem: Núcleo do nervo facial (ponte) e núcleo do trato solitário (bulbo). Função sensitiva: paladar nos 2/3 anteriores da língua. Função motora: inerva todos os músculos da mímica facial.
NERVOS CRANIANOS - MISTOS IX – Nervo Glossofaríngeo Origem: Núcleo do trato solitário (bulbo). Função sensitiva: sensibilidade e paladar no 1/3 posterior da língua. Função motora: deglutição. X – Nervo Vago Origem: Núcleo ambíguo, núcleo posterior do nervo vago e núcleo do trato solitário (bulbo). Função sensitiva: inervação aferente visceral. Função motora: deglutição, fonação (fala) e inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais.
TRONCO ENCEFÁLICO
Se estende da porção inferior do diencéfalo até a ponte. Como o resto das estruturas do TE, recebe e envia informações motoras e sensitivas. Contém núcleos que funcionam como centros reflexos p/ visão e audição.
MESENCÉFALO • Contém tratos sensitivos e motores. • Colículos superiores coordenam os movimentos da cabeça, olhos, e tronco em resposta a estímulos visuais. • Colículos inferiores coordenam os movimentos da cabeça, olhos, e tronco em resposta a estímulos auditivos.
MESENCÉFALO • A substância negra (produção de dopamina) Sua degeneração é a principal causa da doença de Parkinson. • O núcleo rubro está relacionado com a aprendizagem de certos padrões complexos de motricidade. • Contém os núcleos de origem dos nervos oculomotor (III) e troclear (IV).
TRONCO ENCEFÁLICO
Se estende do mesencéfalo até o bulbo, regula o padrão e ritmo respiratórios. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório.
PONTE • Tratos sensitivos e motores; • Núcleos pontinos transmitem impulsos de áreas motoras do córtex para o cerebelo;
• Contém núcleos vestibulares (junto com o bulbo) que fazem parte da via de equilíbrio do encéfalo.
PONTE • O grupo respiratório pontino (junto com o bulbo) auxilia no controle respiratório. •
Contém núcleos de origem dos nervos trigêmeo (V), abducente (VI), facial (VI) e vestibulococlear (VIII).
TRONCO ENCEFÁLICO
Conecta a medula espinhal com a ponte. Controla a FC, a PA e a FR. Importante c/ relação às funções vitais, é muitas vezes chamado de centro vital. É também extremamente sensível a certas drogas, especialmente os narcóticos.
BULBO • Contém tratos (ascendentes) e (descendentes);
sensitivos motores
• Centro cardiovascular, regula a frequência cardíaca e o diâmetro dos vasos sanguíneos; • Centro respiratório do bulbo (junto com a ponte) regula a respiração.
BULBO • Contém os núcleos grácil, cuneiforme, gustativo, cocleares e vestibulares (componentes de vias sensitivas para o encéfalo). • Núcleo olivar inferior fornece instruções que o cerebelo utiliza para ajustar a atividade muscular durante o aprendizado de novas habilidades motoras.
BULBO • Contém os núcleos de origem dos nervos vestibulococlear (VIII), glossofaríngeo (IX), vago (X), acessório (XI) e hipoglosso (XII). • A formação reticular (também presente na ponte, no mesencéfalo e no diencéfalo) está relacionada com a consciência e o despertar.
BULBO • O bulbo apresenta uma estrutura denominada pirâmide, que é formada por fibras nervosas descendentes das áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula espinhal (trato córticoespinhal ou trato piramidal). • Na parte inferior do bulbo, as fibras piramidais se cruzam para o lado oposto, antes de chegarem à medula espinhal, o que é conhecido como decussação piramidal. • Como resultado, o córtex cerebral direito controla as contrações musculares da metade esquerda do corpo, enquanto o córtex esquerdo controla o lado direito.
TRATO CORTICOESPINHAL Depois de deixar o córtex o trato corticoespinhal passa pelo tronco encefálico e termina sobre os interneurônios da substância cinzenta da medula ou diretamente sobre os neurônios motores que causam a contração muscular.
O MOVIMENTO TÍPICO DA ESPÉCIE o O TE controla os comportamentos típicos da espécie. • Controle dos movimentos utilizados para comer e beber. • Controle do comportamento sexual.
o Os efeitos de lesões em regiões do TE podem ser vistos em uma pessoa com paralisia cerebral. • Extremamente prejudicial ao movimento. • Preserva as faculdades sensoriais e cognitivas.