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10 PASSOS PARA O AMOR PRÓPRIO CRP 08/31636 NATALY BERGER
APRESENTAÇÃO Meu nome é Nataly Berger dos Santos, sou psicóloga clínica. Ao longo dos meus atendimentos e diferentes casos, fui percebendo algo em comum entre os relatos: a dificuldade em olhar para si. Isso influenciava em várias áreas da vida de minhas clientes, mesmo quando os problemas não eram os mesmos. Em minhas redes sociais, a questão do amor próprio sempre surgia nas interações. Na falta de confiança em si, relacionamentos frustrados, mulheres anuladas, inseguras e com marcas profundas. Somos ensinadas a amar o próximo, cuidar, fazemos coisas para agradar e ao longo do processo vamos esquecendo de nós mesmas. Por isso criei esse material com o objetivo de te mostrar quais pontos te levam a entender e praticar o auto amor. Que você pense na sua vida ao ler cada tópico, fazendo um mergulho na sua história e em tudo o que tem te acontecido. Que através disso você descubra novas ferramentas e hábitos que com certeza farão a diferença na sua vida e nos seus relacionamentos.
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1. RESPEITE A SUA HISTÓRIA Você sabia que o amor próprio tem bases no seu passado? Os primeiros amores que conhecemos (ou deveríamos conhecer) vem de dentro da nossa família. Pessoas com histórias familiares conflituosas muitas vezes não sabem o real significado de amor, porque o que foi apresentado talvez foi um amor que dói, que machuca, que pouco oferece. A família nem sempre é um lugar de proteção. Você com certeza lidou com os erros dos seus pais e isso te afetou de alguma forma. Faltas ou excessos podem cercar a sua história. Mas o que isso tem a ver com o presente? Filhos de pais ausentes, que foram obrigados a serem independentes antes de estarem prontos pra isso, podem ter dificuldade em receber cuidado, e solicitar ajuda. A vida os fez fortes demais pra demonstrarem suas fragilidades. Filhos de pais superprotetores podem ter problemas com insegurança, afinal, o mundo que os mostraram é cheio de perigos, onde tudo é ameaçador, e eles sempre precisam estar preparados pro pior. A verdade é que todos temos pontos positivos e negativos na nossa história, e precisamos respeitar aquilo que somos. Seus pais podem ter feito tudo o que podiam, e ainda assim isso não ter sido suficiente pra você. Como também, você pode ter sido tão sozinha, ou tido momentos tão insuportáveis que amor não é uma palavra que você usaria para descrever seu passado. As suas marcas sempre estarão presentes, lutar contra isso não apaga tudo o que te aconteceu. O que você pode fazer é escolher como vai lidar com isso daqui pra frente. Se o amor te machucou até hoje, entenda, você não pode controlar o que as pessoas fazem, como se sentem, mas pode começar hoje a fazer por você algo bom que talvez nunca tenha experimentado. Tenha respeito por tudo isso, é a sua história, mas hoje é você quem continua a escrever cada capítulo. Olhe pra traz disposta a entender quais fardos você ainda carrega, mas também pense que você só chegou aqui porque não desistiu. Por mais que você não saiba como, você passou por isso, deu um jeito de conseguir, você se reinventou várias vezes. A sua dor também mostra a sua coragem, então está tudo bem. Você pode cuidar dela sem culpa, sem se sentir menos, tendo a certeza que você é capaz, e nem no seu pior dia você deixou de ser.
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2. ENTENDA DO QUE SE TRATA O AMOR PRÓPRIO O dicionário descreve amor próprio como: sentimento de dignidade, estima ou respeito que cada qual tem por si mesmo. Se estamos falando de sentimento, compreendemos que isso começa pelo lado de dentro, não é? Vai muito além de estar satisfeita com aparência, estar ou não em uma relação, ter ou não tempo para si. É sentir! Sentir o quão importante você é, muito antes que alguém te diga isso, mesmo sabendo que você tem tantas coisas que gostaria de mudar em si mesma. Você é importante mesmo quando erra, quando sente vontade de desistir, quando se sente incapaz e não sabe o que fazer. Mesmo que você pense que você é o problema, você continua sendo importante. Os dias difíceis não podem apagar a verdade que você construiu sobre si. A dignidade fala sobre honra, sobre ter consciência do próprio valor e mais uma vez estamos falando de coisas que começam do lado de dentro. Ou seja, se você esperar que as situações estejam favoráveis ou que as pessoas te mostrem que você é alguém, dificilmente conseguirá se amar. Isso vai ter que partir de você. Pense na pessoa que você mais ama no mundo, em alguém que é tão importante que você não imagina sua vida sem ela. Agora pense em algum defeito dessa pessoa, algo que ela faz e você não concorda, que até te incomoda. Isso faz com que você a olhe com desprezo? Faz com que seu amor por ela diminua tanto assim? Faz dela alguém ruim? Pois bem, é isso que você faz com você. Um erro, um defeito, um problema e todo seu esforço pra se amar vai embora. O amor é, ele não depende! Por isso, experimente ter consigo a mesma compreensão e paciência que você tem com os outros. Antes de acreditar em qualquer coisa, comece acreditando em você. CRP 08/31636 NATALY BERGER
3. COMECE A SE CONHECER MELHOR Quem nunca se sentiu confusa com a frase “Fale sobre você”? Seja para se apresentar em um grupo, no início de uma conversa, ou até mesmo na criação de um perfil em rede social. Por que é tão difícil falar sobre nós? O que eu realmente gosto de fazer? Quais são meus sonhos? Quais são minhas qualidades? (Aposto que se eu te pedisse pra falar sobre seus defeitos você saberia listar alguns). Eu sempre gosto de responder a essas dúvidas de minhas clientes dizendo: Você não pode saber coisas sobre pessoas que você não convive ou conhece. Você faz isso consigo mesma? Sim, tem como viver uma vida tão automática e dedicada aos outros, que nem tempo para olhar pra você sobra. Antes de responder alguém, pense como você se sente com aquilo que ela te falou. Antes de se criticar, observe o que é que te fez agir dessa forma. Antes de falar sim, pense se é isso mesmo que você quer. Se está cansada, pense o que faria você se sentir melhor. Se dê o espaço que você precisa ter na sua própria vida. Você só pode se conhecer estando perto de você mesma. Só pare, respire e se olhe de vez em quando, até que isso se torne um hábito tão natural que você faça sem precisar de esforço. Como você está agora, enquanto lê? Sentada, deitada? Tem alguma parte do seu corpo que está desconfortável? Como está seu humor? Como foi o seu dia? Você está com fome? Com sede? Se perceba! Quando você se percebe, consegue entender o que você precisa. O cuidado consigo, nas coisas básicas do dia-a-dia, é a primeira demonstração de amor próprio que você deve aprender. Eu te garanto, que quando você começar a se olhar de verdade, vai descobrir muitas coisas a seu respeito. CRP 08/31636 NATALY BERGER
4. COMECE A SE ACEITAR Quando falo de aceitação, não digo que você deve amar todas as suas partes e permanecer da mesma forma e no mesmo lugar. Mas sim, entender que lutar contra suas características não vai fazer com que elas deixem de existir. Lembre que também falamos sobre isso a respeito da sua história de vida. Existe uma teoria chamada Teoria Paradoxal da mudança, que afirma que quanto mais você negar alguma coisa, mais difícil será para mudar. Você só muda quando se aceita. Pensando nisso na prática, fingir que está tudo bem enquanto você está desabando por dentro, não resolverá nada. Você só pode começar a se sentir bem, e buscar a felicidade se assumir o que realmente está sentindo. Ficar remoendo seus erros não te fará acertar. Esconder seus defeitos não fará de você alguém cheio de qualidades. Buscar a perfeição não te impedirá de errar. Não demonstrar sua fragilidade não te fará deixar de sentir. Quando você se esconde das suas partes “ruins”, você alimenta a culpa de que não deveria ser assim, há algo de muito errado com você. A culpa é agressiva. Como se amar dessa forma? Aceite que você erra e tem defeitos. Aceite que as vezes você vai magoar as pessoas e a si mesma. Aceite que você tem traumas. Aceite que tem dias que sua autoestima está péssima. Quando você aceita quem é, primeiro de tudo: você se acolhe. Você acolhe aquilo que dói, que incomoda. Depois disso, de se sentir segura, você pode pensar no que fazer, em como mudar, ser diferente, buscar outros caminhos. Queira mudar, sonhe alto, procure a sua melhor forma, física também, mas antes de tudo, aceite o que você é. Você é tudo isso mesmo, e afinal, tem alguém que não seja?
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5. PARE DE SE COMPARAR Não é de hoje que a comparação existe, todas nós conhecemos a frase “A grama do vizinho é sempre mais verde”. Acontece que quando você se compara, está criando uma única forma de ser, que talvez você nem se encaixe. E aí vem o sentimento de depreciação, porque você deve mesmo ser menos que a outra pessoa. Olhe a vida que ela tem! Tudo dá certo, ela é feliz, bem resolvida, e você? Em crise mais uma vez. Sempre com o mesmo problema. Pare! As pessoas mostram aquilo que elas querem. Ou vá me dizer que você nunca saiu sorrindo por aí enquanto tinha um problema enorme pra resolver? As pessoas são diferentes ainda quando são muito parecidas. O que funciona para outra pessoa, nem sempre vai funcionar pra você. A forma como ela sente é diferente. A história é diferente. As oportunidades, as experiências, tudo é diferente. Mas você insiste em olhar pra vida do outro (a parte que você vê), e comparar com a sua! Talvez a grama seja mais verde porque eu olho de longe, e assim não vejo as imperfeições. Tenha sim pessoas que te inspiram. Que você admira e aprende com elas. Nós sempre estaremos nos relacionando com os outros, e isso nos proporciona crescimento. Mas não faça disso um ambiente tóxico onde você duvida de si mesma. Se compare com você mesma! Dentro da sua própria evolução. Pense se você tem buscado o que é melhor par você. Se tem enfrentado seus monstros internos. Se tem procurado ajuda pra isso. A sua referência de crescimento deve ser a sua própria caminhada. Você sabe qual é o seu limite.
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6. SE PRIORIZE Isso significa, olhar para você antes de olhar para o outro. Entender os seus limites antes de permitir que o outro ultrapasse a linha. Se cuidar antes de cuidar do outro. Se priorizar não é ser egoísta, já que dentro de relações por vezes precisamos ceder, usarmos de empatia, como temos ouvido tanto ultimamente. Mas sim entender que não posso me desrespeitar em favor de outra pessoa. Já conversamos sobre reconhecer a importância que você tem. E isso envolve cuidado, zelo. Aprenda a dizer não quando necessário. Nem sempre você poderá ajudar, nem sempre você irá suprir as expectativas de outra pessoa, essa nem é sua obrigação. Aprenda a se afastar. Algumas relações mais te fazem mal do que bem, mas você insiste em continuar ali, por consideração, por acreditar na outra pessoa. Não permita que continuem te machucando. Aprenda a estabelecer limites. As pessoas não podem te falar tudo o que querem, fazer com você o que elas acham melhor, opinar em coisas que você não pediu ajuda, se intrometer em questões particulares suas. Coloque limite nas suas relações. Você define até aonde as pessoas podem ir na sua vida. Aprenda a ignorar. Nem sempre o que as pessoas pensam sobre você são coisas reais, e até mesmo relevantes, pode ser só a opinião delas. Aprenda a deixar para depois. Você não vai dar conta de tudo! Nem sempre vai conseguir fazer na hora que deseja. Insistir em algumas coisas é se torturar. Saiba quando parar para descansar. Priorizar sua saúde também é importante. Lembre sempre que você irá ensinar as pessoas como elas devem te tratar. E se permitir ser tratada de qualquer forma está longe de alimentar algum tipo de amor próprio. CRP 08/31636 NATALY BERGER
7. RECONHEÇA O QUE TE FAZ MAL Sabe aquele caminho que você faz todos os dias e já sabe até aonde estão os buracos da rua? Você já aprendeu e desvia deles quando passa por lá. Que você saiba fazer isso em todas as áreas da sua vida. Não se acostume com situações que te machucam, não insista em fazer coisas que vão te levar pro fundo do poço. Quando você reconhece os pontos de perigo, pode se proteger. Evitando quando possível, ou usando as ferramentas certas pra lidar com isso. Pense nisso não só a respeito do que as pessoas te fazem, ou quais situações te deixam mal. Mas também o que você faz com você mesma. Hoje se fala tanto sobre pessoas tóxicas, mas a verdade é que nós podemos ser tóxicas para nós mesmas. Não espere a situação chegar para dizer que poderia ter feito diferente, para aí sim pensar “não deveria ter feito isso”. Também não tenha medo de procurar ajuda. Esse é um ato de coragem, e de amor por você. Significa que você entende e não quer mais viver uma vida de dor enquanto há o que ser feito.
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8. TENHA CUIDADO EM SEUS RELACIONAMENTOS Quem nunca entrou numa fria dentro de uma relação? Se frustrou, foi magoada, passou por finais tristes... Acontece que isso deixa marcas profundas na sua autoestima e por consequência, elas influenciam no seu amor próprio. Relacionamentos abusivos causam extrema insegurança, dificuldade em confiar novamente e te fazem questionar a si própria, acreditando que você é a grande culpada por tudo e jamais encontrará alguém que queira ficar com você. Ao mesmo tempo, o medo de ficar sozinha ou carência podem te deixar mais vulnerável, contribuindo para que você se coloque em relacionamentos que não são bons para você. Cuidado. Nem sempre podemos prever, mas esteja atenta aos sinais, não ignore as atitudes insustentáveis. Esteja certa do que você quer, quais fatores são importantes para você, quais suas metas e sonhos e se isso é algo que pode ser construído a longo prazo ao lado dessa pessoa. Não se esconda atrás de ninguém, e nem deixe de correr atras dos seus objetivos por estar ocupada demais. Ainda quando tudo estiver bem e você estiver em um relacionamento saudável, não se esqueça de você, da sua individualidade e da importância de entender que vocês são seres diferentes e com necessidades diferentes também.
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9. CUIDE DA SUA SAÚDE FÍSICA Tudo o que trabalhamos até aqui diz respeito ao cuidado interno, sentimentos, emoções e crenças a seu respeito. Mas não podemos esquecer que somos um todo, e isso significa que o cuidado com o corpo também é necessário. Você já passou por uma situação de saúde e por conta dela precisou cuidar melhor do seu corpo? Seja uma dor crônica (muscular, enxaqueca, etc), colesterol alto, menstruação desregulada, candidíase de repetição, infecções urinárias, e até mesmo uma gripe que te fez desacelerar um pouco? Não espere que seu corpo grite que você precisa olhar para ele. Como somos completos, tudo o que te afeta na esfera psicológica também afetará na física e vice-versa. Não deixe pra ir ao médico só quando estiver insuportável. Não deixe de fazer os exames de rotina. Não trate a sua saúde com negligência. E não pense que os cuidados com o corpo se resumem somente a isso. Existem hábitos que você tem, que te fazem mal, mas como “ainda não deram problema” você continua mantendo. Isso inclui sedentarismo, dormir pouco e muito tarde, excesso de álcool e alimentos gordurosos/tóxicos, auto medicação, entre outros. Isso não significa que você deve viver uma vida regulada, pensada e controlada. Mas refletir sobre seus hábitos e cuidar deles também é um processo importante.
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10. DESENVOLVA UMA ROTINA DE AUTO CUIDADO Depois de se conhecer, saber o que fazer por você, reconhecer tudo o que você é e sente, é hora de colocar tudo isso na prática. Aprendemos a fazer fazendo! Adquira uma rotina de autocuidado que te faça ver que você é capaz de se fazer feliz! Isso irá te mostrar que além de aprender a se amar, você precisa aprender a ser amada por você. Tire um dia para comer a sua comida preferida. Se dê um presente. Vá em lugar que você gosta muito. Coloque a roupa mais confortável que você tem e se dê um dia de descanso. Faça atividade física se você se sente bem com isso. Assista seu filme preferido. Se arrume se isso faz você se sentir melhor. Demore um pouco mais no banho. Passe seu melhor perfume pra você mesma. Não existe uma regra. Você sabe o que faz feliz então faça! Mas tenha um horário certo para fazer isso, um dia marcado. Não permita que a rotina seja tão cansativa ao ponto de você esquecer de você, de novo. Também falamos sobre se priorizar, e separar um momento especial pra você faz parte disso. Que não seja as vezes, que seja sempre. Se você tem dificuldade em fazer coisas sozinha, está tudo bem também. É a sua forma de ser, mas que você não dependa de outras pessoas para que as coisas aconteçam para você. Dê o primeiro passo, e aprenda a desfrutar da sua companhia também. Pode ser que no começo isso tudo pareça sem sentido, mas a longo prazo o autocuidado te lembra que amar a si mesma te faz bem. Pense novamente em outras pessoas, como poderão saber que são amadas por você sem que você diga ou demonstre? Com você é da mesma forma. Demonstre, faça por você, e comece hoje! Chega de se deixar para segundo plano. A hora é agora. Te desejo uma ótima jornada de amor próprio, é o que você merece. CRP 08/31636 NATALY BERGER
AGREDECIMENTO Te agradeço por ter chegado até aqui, isso significa que você reconhece que precisa de você mesma e valoriza tudo que é! Você pode entrar em contato comigo caso queira saber mais sobre o meu trabalho. Se sinta a vontade para compartilhar com alguém! Obrigada
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