ESCS 2008 (1º dia)

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SECRETARIADE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde Escola Superior de Ciências da Saúde

8º VESTIBULAR Janeiro de 2008

LÍNGUA PORTUGUESA / LITERATURA BRASILEIRA - GEOGRAFIA HISTÓRIA - LÍNGUA ESTRANGEIRA - REDAÇÃO INSTRUÇÕES GERAIS • O candidato receberá do fiscal: • Um caderno de questões contendo 50 (cinqüenta) questões objetivas de múltipla escolha para a Prova Objetiva e o tema para desenvolvimento da Redação; • Um cartão de respostas personalizado para a Prova Objetiva; • Um caderno de resposta para a Redação personalizado, contendo folha de resposta e folha de rascunho. • Ao ser autorizado o início da prova, verifique, no caderno de questões, se a numeração das questões e a paginação estão corretas. • Você dispõe de 4 (quatro) horas para fazer a Prova Objetiva e a Redação. Faça-as com tranqüilidade, mas controle o seu tempo. Este tempo inclui a marcação do cartão de respostas e a transcrição para a folha de resposta. • Não será permitido ao candidato copiar seus assinalamentos feitos no cartão de respostas ou na folha de resposta ou na folha de rascunho. • Ao candidato somente será permitido levar seu caderno de questões da Prova Objetiva vinte minutos antes do horário previsto para término de realização da prova, desde que permaneça em sala até este momento. • Somente após decorrida 1(uma) hora do início da prova, o candidato poderá entregar seu cartão de respostas e seu caderno de resposta para a Redação e retirar-se da sala de prova. • Após o término da prova, entregue obrigatoriamente ao fiscal o cartão de respostas devidamente assinado e o caderno de resposta para a Redação, contendo a folha de resposta e a folha de rascunho. • Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala só poderão ser liberados juntos. • Se você precisar de algum esclarecimento, solicite a presença do responsável pelo local.

INSTRUÇÕES – PROVA OBJETIVA • Verifique se os seus dados pessoais estão corretos no cartão de respostas. Solicite ao fiscal para efetuar as correções na Ata da Prova. • Leia atentamente cada questão e assinale no cartão de respostas a alternativa que mais adequadamente a responde. • O cartão de respostas NÃO pode ser dobrado, amassado, rasurado, manchado ou conter qualquer registro fora dos locais destinados às respostas. • A maneira correta de assinalar a alternativa no cartão de respostas é cobrindo, fortemente, com caneta esferográfica azul ou preta, o espaço a ela correspondente, conforme o exemplo a seguir:

A

C

D

E

INSTRUÇÕES - PROVA DE REDAÇÃO • Verifique se os seus dados pessoais estão corretos no caderno de resposta para a Redação. Solicite ao fiscal para efetuar as correções na Ata da Prova. • Efetue a desidentificação do caderno de resposta para a Redação destacando a parte onde estão contidos os seus dados. • Somente será objeto de correção da redação o que estiver contido na folha de resposta. NÃO será considerado o que estiver contido na folha de rascunho. • A folha de resposta NÃO pode ser dobrada, amassada, manchada, rasgada ou conter qualquer forma de identificação do candidato. • Use somente caneta esferográfica azul ou preta.

Cronograma Previsto (Cronograma completo no endereço www.nce.ufrj.br/concuros) Atividade Divulgação do gabarito Interposição de recursos contra o gabarito

Data

Local

07/01

www.nc e.uf rj.br/c oncurs os

08 e 09/01

www.nc e.uf rj.br/c oncurs os Fax.: (21) 2598-3330

Divulgação do resultado do julgamento dos recursos contra o gabarito

16/01

www.nc e.uf rj.br/c oncurs os

Divulgação do resultado final da Prova Objetiva

16/01

www.nc e.uf rj.br/c oncurs os

Realização

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Os textos desta prova abordam, literal ou metaforicamente, diversos elementos que se relacionam a estados de saúde, física ou mental. Leia-os atentamente para responder às questões que se lhes seguem.

TEXTO I

Frontal com fanta (fragmento) (Jorge Furtado) Eu não me lembro muito bem se tinha 13 ou 14 anos na primeira vez em que fiquei invisível. [...]. É muito provável que eu já tivesse ficado invisível muitas vezes antes, tenho certeza que sim. Quando a minha mãe e o meu pai discutiam, quando ele gritou que ela é que quis ter filho e agora não gosta de ficar com as crianças e só quer viajar, quando ela bebia e andava quase nua pela casa, quando o meu pai mudava a televisão de canal pouco antes do fim do filme que eu estava assistindo havia mais de uma hora, é claro que eu estava invisível, só que não percebia. [...] Meu irmão mais velho vai chegar no próximo fim de semana [...]. Ele vem com a namorada e vai dormir no meu quarto, eu vou dormir com a minha irmã, no chão do quarto dela. [Minha mãe e minha irmã] falaram todo o tempo, decidindo o que ia acontecer comigo, sem me ver. Comi frango com arroz e legumes e fui ao banheiro. Abri o armário dos remédios, peguei um remédio da minha mãe, frontal. Li a bula. “Componente ativo: alprazolam. Indicado no tratamento de estados de ansiedade. Seu mecanismo de ação é desconhecido.” Talvez fosse isso, ansiedade se cura com remédio. Não é recomendado a pacientes psicóticos. Os sintomas da ansiedade são: tensão, medo, aflição, agonia, intranqüilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e ou hiperatividade. Os sintomas da ansiedade sou eu. Peguei o vidro e fui para o meu quarto. Tomei dois, devia ter pegado água, não é bom ter tomado remédio com fanta. Deitei e dormi. Acordei, era outra pessoa. E continuava invisível. 1 - A alternativa abaixo que melhor descreve o problema do narrador do Texto I é a seguinte: (A)doença incurável, cujos sintomas são tensão, medo, aflição, agonia, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e hiperatividade; (B) sensação de estar invisível, devida ao fato de as pessoas, em diversos episódios, agirem como se ele não estivesse presente; (C) sensação de euforia, cuja característica principal se relaciona a freqüentes mudanças de humor, o que provoca a sensação de estar invisível; (D)sensação de estar invisível, devida ao fato de sofrer de ansiedade, o que se resolveu com a ingestão de frontal com fanta; (E) problema de relacionamento familiar, devido aos sintomas de síndrome do pânico, o que gerava a sensação de estar sempre invisível aos olhos de seus familiares. 2 - O desfecho do texto I apresenta: (A)uma absurda contradição, já que, se o narrador, quando acordou, era outra pessoa, ele não poderia continuar invisível, como antes; (B) uma ironia, já que se trata da desconstrução do valor eufemístico da forma vocabular “invisível”; (C) uma ironia, já que a expressão metafórica “acordar outra pessoa” significa apenas que a noite de sono o revitalizara; (D)uma prosopopéia, tendo em vista que um ser invisível não poderia acordar, nem muito menos ser outra pessoa; (E) uma aparente contradição, já que acordar e ser invisível não constituem realidades opostas, configurando entradas para o mesmo campo semântico. 3 - A alternativa que descreve adequadamente as estruturas que se iniciam pela conjunção “quando”, no primeiro parágrafo do texto I, é a seguinte: (A)orações coordenadas sindéticas alternativas que se ligam à oração coordenada assindética “tenho certeza que sim”; (B) orações subordinadas adverbiais que se relacionam à oração principal “é claro que eu estava invisível”; (C) orações subordinadas adverbiais que se relacionam à oração principal “Tenho certeza que sim”; (D)frases nominais que não se relacionam a qualquer outra oração; (E) orações subordinadas adjetivas que se relacionam à oração principal “é claro que eu estava invisível”.

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TEXTO II

A doença (Manoel de Barros) Nunca morei longe do meu país. Entretanto padeço de lonjuras. Desde criança minha mãe portava essa doença. Ela que me transmitiu. Depois meu pai foi trabalhar num lugar que dava essa doença nas pessoas. Era um lugar sem nome nem vizinhos. Diziam que ali era a unha do dedão do pé do fim do mundo. A gente crescia sem ter outra casa ao lado. No lugar só constavam pássaros, árvores, o rio e os seus peixes. Havia cavalos sem freios dentro dos matos cheios de borboletas nas costas. O resto era só distância. A distância seria uma coisa vazia que a gente portava no olho E que meu pai chamava exílio. 4 - A respeito da doença de que trata o título do poema de Manoel de Barros, não é correto afirmar que: (A) a doença é de natureza conotativa, e está relacionada à sensação de distância experimentada pelo eu-lírico; (B) a doença é de natureza conotativa, visto que é apenas uma transposição do valor referencial do vocábulo doença para o campo figurado; (C) a doença é de natureza denotativa, e pode ser localizada no campo dos transtornos mentais; (D) a doença a que se refere o texto é denominada “lonjuras”; (E) alguns itens lexicais empregados no texto colaboram para a construção da temática relacionada à doença.

5 - O campo semântico relacionado à doença é construído pelo emprego dos seguintes vocábulos: (A) pessoas, doença, transmitiu, portavam; (B) padeço, borboletas, exílio, transmitiu; (C) pessoas, pé, costas, olho; (D) padeço, doença, transmitiu, portavam; (E) padeço, doença, transmitiu, constavam.

6 - A respeito da estrutura “ (...) lugar que dava essa doença nas pessoas”, pode-se afirmar que: (A) a estrutura está de acordo com o padrão culto gramatical, visto que o pronome relativo “que”, que retoma “lugar”, é o sujeito do verbo “dar”; (B) a estrutura está de acordo com o padrão culto gramatical, já que o verbo “dar” assume o valor de “distribuir” e tem, como objeto direto, a expressão adjetiva “essa doença”; (C) a estrutura padrão culta correspondente é “lugar em que dava essa doença nas pessoas”, tendo em vista que “essa doença” é complemento do verbo “dar”, que tem valor de “oferecer”; (D) a estrutura padrão culta correspondente é “lugar o qual dava essa doença nas pessoas”; e “essa doença” é sujeito do verbo “dar”, que tem valor de “acometer”; (E) a estrutura padrão culta correspondente é “lugar em que dava essa doença nas pessoas”; “essa doença” é sujeito do verbo “dar”, que tem valor de “acometer”.

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TEXTO III

Fora de si (Arnaldo Antunes) Eu fico louco Eu fico fora de si Eu fica assim Eu fica fora de mim Eu fico um pouco Depois eu saio daqui Eu vai embora Eu fico fora de si Eu fico oco Eu fica bem assim Eu fico sem ninguém em mim 7 - Uma leitura do poema de Arnaldo Antunes em que se articulam os níveis da forma e do conteúdo leva-nos à seguinte observação: (A)o poema apresenta deslocamento e esvaziamento do eu, perspectiva que corresponde, no nível da forma, a uma subversão no uso de recursos gramaticais; (B) o poema fala da loucura e, por isso, traz, para o nível da forma, a desconstrução sintática e fonológica típica da fala psicótica; (C) o poema faz ver o quanto a linguagem poética não pode superar os limites impostos pela língua; (D)o poema traz deslocamentos físicos e existenciais angustiantes, que repercutem numa espécie de linguagem onde a lógica é rompida pela dor; (E) o poema trata do vazio existencial do homem moderno, o que, no nível da forma, se reflete nas diversas frases esvaziadas de sentido, nas quais só restam a angústia e a dor. 8 - Os recursos gramaticais que colaboram para a expressão do deslocamento/esvaziamento do eu no texto III são os seguintes: (A)ausência de concordância de pessoa – 1ª e 3ª – nos domínios verbal e pronominal; (B) ausência de concordância verbal e utilização de pronomes átonos no lugar de tônicos; (C) adjetivos que expressam loucura e pronomes de 3ª pessoa; (D)ausência de concordância na 2ª conjugação verbal e uso de pronomes possessivos; (E) ausência de concordância de pessoa – 1ª e 3ª – e produtividade da ênclise. 9 - Quanto aos procedimentos estilísticos empregados por Arnaldo Antunes em seu poema, pode-se destacar: (A)repetição de palavras (anáfora), metáforas e personificação; (B) rimas, exploração expressiva do desvio sintático e redondilhas; (C) exploração rítmica e redondilhas; (D)repetição de palavras (anáfora) e rimas; (E) exploração de imagens em uma estrutura mínima e ausência de ritmo. 10 - A respeito do comportamento sintático-semântico dos diversos usos do verbo ficar no poema “Fora de si”, pode-se afirmar que: (A)na maioria dos empregos, o verbo ficar funciona como verbo intransitivo com o valor de permanecer, enquanto, no verso 5, atua como verbo de ligação com o valor de tornar-se; (B) na maioria dos empregos, o verbo ficar funciona como verbo de ligação com o valor de permanecer, enquanto, no verso 5, atua como verbo intransitivo com o valor de tornar-se; (C) na maioria dos empregos, o verbo ficar funciona como verbo transitivo direto, enquanto, no verso 5, funciona como verbo intransitivo, tendo nos dois casos o valor de permanecer; (D)na maioria dos empregos, o verbo ficar funciona como verbo transitivo direto, enquanto, no verso 5, atua como verbo intransitivo, tendo nos dois casos o valor de ser; (E) na maioria dos empregos, o verbo ficar funciona como verbo de ligação com o valor de tornar-se, enquanto, no verso 5, atua como verbo intransitivo com o valor de permanecer.

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TEXTO IV

Num monumento à aspirina (João Cabral de Melo Neto) Convergem: a aparência e os efeitos da lente do comprimido de aspirina: o acabamento esmerado desse cristal, polido a esmeril e repolido a lima, prefigura o clima onde ele faz viver e o cartesiano de tudo nesse clima. De outro lado, porque lente interna, de uso interno, por detrás da retina, não serve exclusivamente para o olho a lente, ou o comprimido de aspirina: ela reenfoca o corpo inteiro, o borroso de ao redor, e o reafina.

Claramente: o mais prático dos sóis, o sol de um comprimido de aspirina: de emprego fácil, portátil e barato, compacto de sol na lápide sucinta. Principalmente porque, sol artificial, que nada limita a funcionar de dia, que a noite não expulsa, cada noite, sol imune às leis de meteorologia, a toda hora em que se necessita dele levanta e vem (sempre um claro dia): acende, para secar a aniagem da alma, quará-la, em linhos de um meio-dia.

11 - Sobre o poema de João Cabral de Melo Neto, pode-se afirmar que: (A) apresenta uma dimensão metalingüística, porque vislumbra em seu objeto-tema os valores que guiam sua escrita – e toda a poética do autor – , como o “acabamento esmerado”, a forma “sucinta” e o pensamento “cartesiano”; (B) remete diretamente a dois temas centrais da poética do autor: Recife e Sevilha, cidades que encerram valores como a racionalidade e a construção, expressos pela solaridade da “aspirina”; (C) nega a saúde “artificial” que se conquista através da “aspirina” e, conseqüentemente, combate a idéia de uma poesia baseada apenas na “aparência” – questão central em toda a poética de João Cabral de Melo Neto; (D) retoma o drama barroco claro/escuro, mantendo-se na tensão entre estes pólos, e a poesia, nesse sentido, assemelhase à “aspirina”, que, inutilmente, tenta expulsar a “noite” com seu sol “portátil”; (E) nega a linguagem poética convencional, eloqüente e apegada a uma visão cientificista do real, cujo exemplo mais acabado seria a poética de Augusto do Anjos.

12 - Quanto ao título do poema de João Cabral, pode-se afirmar que: (A) nega o ideal modernista, que buscava valorizar as coisas simples e cotidianas; (B) constitui uma homenagem à poesia romântica, voltada para a valorização da natureza; (C) nega os valores da poesia voltada para a natureza, ao propor a imagem de um “sol artificial”; (D) faz uma crítica à poesia que homenageia seres e coisas sem importância, como a “aspirina”; (E) desmonta as expectativas de homenagem a seres, coisas e fatos de grande valor histórico e/ou social.

13 - O poema “Num monumento à aspirina” apresenta reiteradamente o sinal de pontuação “dois pontos”. A respeito do uso desse sinal no texto, pode-se afirmar que: (A) está empregado em desacordo com a escrita padrão por estar reaplicado dentro do mesmo período, o que acarreta um valor antitético; (B) reaplicado dentro do mesmo período, nos primeiros versos de cada estrofe, traz um efeito de inclusão de idéias e assume certo valor explicativo, ao desdobrar o conteúdo anterior; (C) não assume qualquer valor explicativo, já que constitui um recurso meramente estilístico, muito recorrente na obra de João Cabral de Melo Neto; (D) reaplicado dentro do mesmo período, nos primeiros versos de cada estrofe, indica uma enumeração de elementos, introduzindo uma seqüência de metáforas; (E) reaplicado dentro do mesmo período, nos primeiros versos de cada estrofe, traz um efeito de enumeração de elementos e assume valor conotativo, ao desdobrar o conteúdo anterior.

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14 - A respeito dos elementos que compõem a estrutura do período que se inicia no 5º verso do poema, pode-se afirmar que: (A)os pronomes relativos “que” empregados nos versos 6 e 7 referem-se ao “sol” de que trata o poema e exercem o papel de sujeito; (B) o período é constituído de uma oração explicativa que, por sua vez, contém três orações substantivas encaixadas; (C) o sujeito dos verbos “levanta” e “vem” (verso 10), que não está explícito, tem por referência o “sol de um comprimido de aspirina”; (D)os pronomes relativos “que” empregados nos versos 6 e 7 referem-se ao “dia” e exercem o papel de objeto direto; (E) o sujeito dos verbos “levanta” e “vem” (verso 10) está explícito (“sol artificial”). TEXTO V

Hino à dor (Augusto dos Anjos) Dor, saúde dos seres que se fanam, Riqueza da alma, psíquico tesouro, Alegria das glândulas do choro De onde todas as lágrimas emanam...

Sou teu amante! Ardo em teu corpo abstrato. Com os corpúsculos mágicos do tato Prendo a orquestra de chamas que executas... E, assim, sem convulsão que me alvoroce, Minha maior ventura é estar de posse De tuas claridades absolutas!

És suprema! Os meus átomos se ufanam De pertencer-te, oh! Dor, ancoradouro Dos desgraçados, sol do cérebro, ouro De que as próprias desgraças se engalanam!

15 - Quanto aos termos técnico-científicos usados no poema de Augusto dos Anjos, pode-se afirmar que: (A)apontam uma visão cientificista da vida e sugerem que a própria poesia – tendo em vista a dolorosa existência humana – pode ser reduzida a um fenômeno biológico; (B) emprestam ao poema uma perspectiva naturalista que exclui o homem de qualquer dimensão cósmica; (C) embora sejam tradicionalmente prosaicos, no poema ajudam a exprimir uma totalidade – física, química, biológica – em que a dor se confunde com a existência humana; (D)demonstram entusiasmo com a explicação cientificista da existência, daí resultando um otimismo que acaba por converter a poesia numa espécie de “ufanismo” eloqüente; (E) sugerem a falência da linguagem científica como explicação única da existência humana. 16 - Uma interpretação da imagem “claridades absolutas”, no último verso do poema de Augusto dos Anjos, leva-nos à seguinte consideração: (A)surge como prêmio final, ou seja, como uma metáfora da morte; (B) sugere a estreiteza do universo interior do sujeito poético, em oposição à amplidão da dor; (C) é uma metáfora que aponta o ideal clássico de poesia, segundo o qual esta resultaria da compreensão racional do universo; (D)aponta uma espécie de lucidez embutida na própria dor, tendo em vista que esta leva a um entendimento radical da verdade humana; (E) é uma paródia da poesia soturna do romantismo, sobretudo a da primeira geração. 17 - Quanto à posição de Augusto dos Anjos no quadro histórico da poesia brasileira, é correto afirmar que: (A)tendo em vista a linguagem original do poeta, sua postura existencial e seu pendor para a dessacralização da poesia, não é possível inseri-lo simplesmente na estética pré-modernista, sendo mais correto entendê-lo como um poeta modernista; (B) a simples inserção histórica do poeta nos quadros do Parnasianismo ou do Simbolismo parece inadequada, visto que sua procura pelo infinito na matéria e a frustração de não encontrá-lo no que é efêmero empresta à sua poética dimensão mais propriamente romântica; (C) considerando que sua poesia está voltada para os temas da miséria da carne e da putrefação e que sua linguagem é baseada no materialismo evolucionista, pode-se dizer que o poeta está inteiramente integrado à escola naturalista; (D)se a postura existencial do poeta o aproxima da frieza parnasiana e do ideal de observação positiva preconizado pelo cientificismo naturalista, o impulso de fundar uma literatura brasileira aproxima-o da literatura pré-modernista; (E) não basta considerar os temas da miséria da carne e da putrefação e a linguagem baseada no materialismo evolucionista; é preciso ter em conta a poesia amorosa de Augusto dos Anjos, que o situa numa perspectiva romântica.

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18 - Ao comparar os poemas de João Cabral de Melo Neto e de Augusto dos Anjos, identifica-se a seguinte semelhança: (A) linguagem original, vocabulário exótico, rebuscado, científico, que acentua o caráter angustiante do pessimismo cósmico; (B) linguagem “desmetaforizada”, o que cristaliza o desejo de superação da dor por meio da ciência; (C) imagens e metáforas em que a própria poesia é questionada como instrumento de superação da dor; (D) paródia dos ideais parnasianos de distanciamento e descrição objetiva, com conseqüente superação da dor por meio da subjetividade; (E) vocabulário e imagens que, na tradição literária, de modo geral, são despidos de qualquer valor poético.

19 - Os poemas de João Cabral de Melo Neto e de Augusto do Anjos apresentam imagens ligadas à claridade. Com relação ao uso dessas imagens nos dois textos, analise as afirmativas a seguir: I. Enquanto o poema de Cabral faz o elogio de uma luz artificial, que vence a dor, o de Augusto dos Anjos faz o elogio de uma luz que emana da própria dor. II. Enquanto no poema de Cabral a claridade é uma metáfora da natureza humana, no de Augusto dos Anjos ela é material, real. III. Enquanto no poema de Cabral a claridade é material, real, no de Augusto dos Anjos a luz é uma metáfora da natureza humana. IV. Enquanto no poema de Cabral a luz está ligada ao fim da dor, no de Augusto dos Anjos a luz está na própria dor. V. Enquanto o poema de João Cabral fala de uma dor objetiva, concreta, o de Augusto dos Anjos fala de uma dor abstrata, sem qualquer conotação física. Assinale a alternativa correta: (A) apenas a afirmativa III está correta; (B) as afirmativas I, II e IV estão corretas; (C) apenas as afirmativas I e IV estão corretas; (D) apenas as afirmativas I e III estão corretas; (E) apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

20 - A respeito do “diálogo” que se estabelece no poema de Augusto dos Anjos, pode-se afirmar que: (A) o eu-lírico se dirige ao leitor, já que, além do uso de pronomes e verbos na 2ª pessoa do singular, a função exercida pela palavra “dor” no primeiro verso jamais poderia ser a de vocativo; (B) o eu-lírico se dirige à dor, o que pode ser comprovado pela presença de adjetivo feminino, de pronomes e verbos na 2ª pessoa do singular – procedimentos que não possibilitam atribuir a função de vocativo à palavra “dor” no primeiro verso do poema; (C) o eu-lírico se dirige à dor, o que pode ser comprovado pela presença de adjetivo feminino, de pronomes e verbos na 2ª pessoa do singular – procedimentos que possibilitam atribuir a função de vocativo à palavra dor no primeiro verso do poema; (D) o eu-lírico se dirige à própria dor, o que pode ser comprovado pela presença de adjetivo feminino, de pronomes e verbos na 2ª pessoa do plural – procedimentos que possibilitam atribuir a função de vocativo à palavra dor no primeiro verso do poema; (E) o eu-lírico se dirige à própria dor, o que pode ser comprovado pela presença de adjetivo masculino, de pronomes e verbos na 2ª pessoa do singular.

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GEOGRAFIA 21 - O conceito de Divisão Internacional do Trabalho (DIT) é complexo e dinâmico. Seu uso como forma de classificar o conjunto de países do mundo vai além da especialização econômica de cada país na produção e comercialização de determinados produtos no mercado internacional. Levando em conta a complexidade e o dinamismo do conceito de DIT não é correto afirmar que: (A) muda com as diferentes fases do capitalismo; (B) expressa a desigual remuneração do trabalho; (C) inclui os diferentes níveis tecnológicos dos países; (D) classifica os países quanto à capacidade produtiva; (E) apresenta os diferentes índices de desenvolvimento humano. 22 - Observe o mapa a seguir.

capitais cidades fundadas até 1960 cidades fundadas entre 1961 e 1990 Extraído de Gonçalves, C. W. P. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2001.

Com o auxílio do mapa, analise as afirmativas a seguir. I. O padrão de distribuição das cidades mostra que a ocupação após 1960 não segue as condições culturais e ecológicas previamente existentes na região. II. O novo padrão de organização do espaço geográfico que se instala a partir dos anos sessenta tem nas rodovias seu eixo de estruturação. III. A principal via de penetração na Amazônia, antes dos sessenta, era os grandes rios e o sentido da mobilidade das pessoas e dos bens era muito espraiado. IV. As cidades mais antigas e as mais novas compõem uma estrutura nodal de transportes que conecta as rodovias às hidrovias. Estão corretas as afirmativas: (A)I e II, apenas; (B) III e IV, apenas; (C) I, II e III, apenas; (D)I, II e IV, apenas; (E) I, II, III e IV.

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23 - “A humanidade tem a capacidade de tornar o desenvolvimento sustentável – de garantir que ele atenda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender às suas próprias necessidades. O conceito de desenvolvimento sustentável implica limites – não limites absolutos, mas limitações impostas pelo atual estado da tecnologia e organização social sobre recursos ambientais e pela capacidade da biosfera de absorver os efeitos das atividades humanas. Mas tecnologia e organização social podem ser administradas e aperfeiçoadas para abrir caminho para uma nova era de crescimento econômico. A comissão acredita que a pobreza generalizada já não é inevitável [...]”. Relatório final (Our Common Future ) da Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento.

Com o auxílio do texto, indique a alternativa que não apresenta um dos objetivos críticos propostos pelo relatório para as políticas de desenvolvimento sustentável: (A) fundir ambiente e economia nos processos de tomada de decisão; (B) mudar o sistema sócio-econômico mundialmente dominante; (C) atender às necessidades de empregos, alimentos, energia, água, saneamento; (D) conservar e ampliar a base de recursos; (E) reorientar a tecnologia e administrar o risco. 24 - Observe o mapa das Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas não Metropolitanas. Com o auxílio do mapa, analise as afirmativas a seguir: I. As regiões metropolitanas de iniciativa federal foram organizadas em torno de capitais estaduais enquanto as de iniciativa estadual compreendem uma gama variada de situações. II. A recente criação de regiões metropolitanas tem sido criticada porque elas não preencheriam os critérios específicos de metrópole, como a magnitude da população aglomerada, o grau de densidade demográfica e a extensão da área urbanizada. RMs de iniciativa federal

III. As regiões metropolitanas centradas em cidades não capitais sinalizam posições urbanas específicas, como a da Baixada Santista e a de Campinas, ou estimulam a valorização regional, como a de Londrina/Maringá.

RMs de iniciativa estadual aglomerações urbanas não metropolitanas acima de 10 milhões de hab. >= 1 milhão e < 4 milhões de hab. abaixo de 1 milhão de hab.

Extraído de Davidovich, Fany. A “volta da Metrópole” no Brasil. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo. 2004.

Está correto o que se afirma em: (A) I, apenas; (B) II, apenas; (C) I e III, apenas; (D)II e III, apenas; (E) I, II e III.

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25 - Entre os anos 30 e os anos 70 do século passado, o Brasil passou de uma economia agro-exportadora para uma economia urbano-industrial. Nessa passagem: (A)o modo de vida urbano ultrapassou as estruturas espaciais da cidade invadindo o campo e dando-lhe novos conteúdos; (B) a relação entre o campo e a cidade manteve a população relativa do primeiro em relação ao segundo; (C) as inovações tecnológicas permitiram a expansão da área cultivada, a elevação de produtividade e o aumento dos empregos agrícolas; (D)a modernização do campo rompeu com a tradicional estrutura fundiária resultando numa distribuição de terras mais equilibrada; (E) a saturação do mercado interno estimulou o setor agrícola a ampliar a produção voltada para a exportação. 26 - “Segundo levantamento da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), o número de pobres na América Latina é o menor dos últimos 17 anos. Brasil, Argentina e Venezuela estão entre os países que registraram maiores avanços.” O Globo – 16/11/2007

Embora esse quadro seja estimulante, os países da América Latina ainda se ressentem, em tempos de uma economia mundialmente integrada: (A)das persistentes altas nos índices de natalidade; (B) da ausência de programas de transferência de renda; (C) do persistente desequilíbrio na formação do capital humano; (D)da resistência à implementação de regimes políticos democráticos; (E) do fechamento dos mercados ao comércio internacional. 27 - “O grande deslocamento de pessoas que ocorre na atual fase da globalização coloca massas populacionais estranhas em contato com sociedades já estruturadas. Estas por sua vez têm que lidar com personagens de outras culturas e línguas distintas.” Oliva, J., Giansanti, R. Espaço e modernidade: temas de geografia do Brasil. São Paulo: Atual. 1999.

“As grandes migrações são uma resposta e representam, na maior parte dos casos, uma queda no valor individual [do migrante].” Milton Santos

A partir dos textos, é correto afirmar que a queda no valor individual do migrante resulta, entre outros, dos seguintes fatores, exceto: (A)da aceleração do processo de alienação do espaço de origem; (B) do reconhecimento do direito de intervir no lugar de destino; (C) da ruptura cultural com todas as suas seqüelas e todos os seus reflexos; (D)do abandono da rede de relações longamente tecidas através de gerações; (E) da entrada em outra arena de competições cujas regras ainda tem que aprender. 28 - Os domínios morfoclimáticos indicados no mapa estão corretamente descritos, com exceção de um. Assinale-o: (A)1 – domínio das terras baixas florestadas equatoriais, com planícies de inundação labirínticas e ou meândricas e morros baixos nas áreas cristalinas adjacentes; (B) 2 – domínio dos chapadões tropicais interiores com cerrados e florestas-galerias, com planaltos sedimentares com vertentes de rampas suaves; (C) 3 – domínio de depressões interplanálticas semi-áridas revestidas por diferentes tipos de caatingas, com fraca decomposição das rochas; (D)4 – domínio dos mares de morros tropicais-atlânticas florestadas, com fortíssima e generalizada decomposição das rochas; (E) 5 – domínio das coxilhas subtropicais com pradarias mistas, com extensos planaltos e solos superpostos contínuos. Extraido de Oliva, J., Giansanti, R. Temas da Geografia do Brasil. São Paulo: Atual, 1999.

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29 -

A foto mostra a baía de Tóquio em imagem feita pelo satélite Spot. Sobre a área da baía de Tóquio e seu entorno avalie as afirmativas a seguir: I - A baía possui um perfil retilínio devido aos aterros para a construção de polders industriais e ilhas flutuantes. II - A localização industrial nas proximidades da lâmina dágua facilita a circulação de matérias primas e bens finais. III - No entorno da baía, a megalópole, coração da potência japonesa, tem um dos mais altos valores por unidade do solo urbano. Estão corretas as afirmativas: (A) I, apenas; (B)II, apenas; (C) III, apenas; (D) II e III, apenas; (E) I, II e III. 30 “A onda de neoliberalismo associada à Terceira Revolução Industrial tem pressionado a favor da modernização da máquina do Estado. Embora a proposta de “menos Estado na economia”, ou “o Estado com a mão leve nas regras do mercado”, os grupos econômicos não dispensam a outra mão do Estado, de modo firme e pesadamente, na aquiescência de incentivos, de subsídios, de proteção às transações econômicas e de apoio maciço aos meios que impulsionam a revolução técnico-científica [...].” Souza Neto, J.A.. Stal, Eva. Dinâmicas territoriais em espaços globalizados. São Paulo: Annablume, 2006.

Assinale a alternativa que não apresenta uma forma em que o Estado ainda se faz muito presente na economia brasileira. A relação a seguir apresenta diferentes formas de atuação do Estado brasileiro na área econômica, com exceção de uma. Assinale-a: (A) empresário nos setores de alta tecnologia; (B) agente de diferentes incentivos fiscais; (C) responsável pelas políticas cambial e monetária; (D) legislador em relação ao mercado de trabalho; (E) facilitador dos investimentos internacionais.

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HISTÓRIA 31 - “O comércio e a guerra não eram evidentemente as únicas atividades externas do Estado absolutista no Ocidente. O seu outro grande esforço era investir na diplomacia. Esta foi uma das grandes invenções institucionais da época – inaugurada na área miniatural da Itália do século XV, institucionalizada aí com a Paz de Lodi e adotada na Espanha, França, Inglaterra, Alemanha e em toda a Europa, durante o século XVI.”. (Anderson, Perry. Linhagens do Estado absolutista)

Assinale a opção que melhor apresenta as grandes questões da diplomacia européia durante o surgimento dos Estados Modernos no século XVI: (A)as questões religiosas fruto da expansão das Reformas Religiosas – as disputas territoriais; (B) o nacionalismo xenófobo – conflitos entre Estados católicos e protestantes; (C) expansão do islamismo na Península Ibérica – as disputas coloniais; (D)a fragmentação política da península italiana – sistema bipolar de poder; (E) a Paz Armada – fim dos Impérios coloniais. 32 - “Homens de fortuna feita em açúcar e negros devem ter sido todos aqueles ‘moradores ricos de fazenda de raiz’ de que nos fala Gabriel Soares: os mais de cem moradores da Bahia do século XVI que tinham cada ano de mil cruzados até cinco mil de renda (...). Vida opulenta e até espaventosa, a daqueles colonos portugueses que, dispondo de capitais para se estabeleceram com engenhos, conseguiram prosperar no Brasil, logo nos primeiros tempos à custa do açúcar e do negro” (Freyre, Gilberto. Casa Grande e Senzala).

Sobre a vida social na América Portuguesa, é possível afirmar que: I. A sociedade colonial se organizava a partir da divisão entre homens livres e escravos destituídos de direitos. II. As hierarquias sociais eram determinadas por critérios como a origem familiar, a ocupação e a religião. III. À Igreja Católica cabia o papel de zelar pela “boa conduta” dos súditos do Rei, daí a política de estímulo ao casamento e o combate ao concubinato. IV. Ao criar as escolas de ler e escrever, os seminários e os colégios, a Igreja Católica teve um papel central na formação intelectual e cultural das elites coloniais. As afirmativas corretas são: (A)I, II e III, apenas; (B) I, II e IV, apenas; (C) I, III e IV, apenas; (D)II, III e IV, apenas; (E) I, II ,III e IV. 33 - Para muitos historiadores, as décadas de 1830 e 1840 devem ser vistas como de fundamental importância para a história das instituições políticas brasileiras, devido à aprovação de medidas que passaram a ter forte impacto na configuração do Estado Imperial. No conjunto dessas medidas pode-se destacar: I. A criação da Guarda Nacional, cuja função foi o de combater, no âmbito municipal, qualquer ameaça à ordem pública. II. A adoção da Lei Interpretativa do Ato Adicional, cujo objetivo foi o de reforçar a autoridade central. III. A formação de um “governo de gabinete”, com o objetivo de promover maior equilíbrio político-partidário. IV. A suspensão definitiva do Poder Moderador e o estabelecimento de um sistema baseado no equilíbrio entre os poderes. As afirmativas corretas são: (A)I, II e III, apenas; (B) I, II e IV, apenas; (C) I, III e IV, apenas; (D)II, III e IV, apenas; (E) I, II, III e IV.

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34 “O anarquista imagina uma sociedade na qual as relações mútuas seriam regidas não por leis ou por autoridades auto-impostas ou eleitas, mas por mútuas concordâncias de todos os seus interesses e pela soma de usos e costumes sociais – não imobilizados por leis, pela rotina ou por superstições – mas em contínuo desenvolvimento, sofrendo constantes reajustes para que pudessem satisfazer as exigências sempre crescentes de uma vida livre, estimulada pelos progressos da ciência, por novos inventos e pela evolução ininterrupta de ideais cada vez mais elevados. Não haveria, portanto, autoridades para governá-la. Nenhum homem governaria outro homem; nem cristalização nem imobilidade, mas contínua evolução – tal como a que vemos na Natureza”. (Woodcock, George. História das idéias e movimentos anarquistas)

A partir da leitura do documento anarquista é correto afirmar que: (A) defende o regime constitucional, fundamento para a construção de uma sociedade democrática; (B) há uma defesa da hierarquização social, uma vez que a sociedade é composta de indivíduos dotados de diferentes capacidades produtivas; (C) propõe um estado proletário capaz de garantir uma evolução harmoniosa rumo à igualdade social; (D) defende uma sociedade sem estado, fundada na liberdade humana e em sua evolução harmoniosa; (E) propõe uma república positivista, fundada no conhecimento científico e nas leis do progresso humano. 35 “Nessa Alemanha, não há como desmenti-lo, predominava sobretudo o sentimento de enlevo, entusiasmo histórico, alegria de pôr-se em marcha, dispensa dos afazeres cotidianos, libertação de uma generalizada inércia, que assim não podia continuar. Em quase todos se impunham a jubilosa esperança no futuro, o apelo ao dever e à virilidade, em suma, a sensação de presenciar-se uma festividade heróica.” (Mann, Thomas. Doutor Fausto)

A partir da leitura do texto do romancista alemão, podemos afirmar que às vésperas da Primeira Guerra Mundial: (A) a sociedade alemã demonstrava uma forte apatia diante da possibilidade da guerra; (B) havia uma forte rejeição da sociedade alemã à participação do país em uma guerra; (C) os ideais nacionais mobilizaram entusiasticamente a sociedade em favor da participação do país na guerra; (D) predominava um sentimento derrotista e de profundo pessimismo em relação ao poderio militar germânico; (E) havia uma fé inabalável na capacidade do governo alemão em negociar a paz. 36 - Em março de 1922, durante o governo do presidente Epitácio Pessoa, um grupo de militantes fundou o Partido Comunista do Brasil – Seção Brasileira da Internacional Comunista. Sobre as diversas fases da história do PCB, é possível afirmar que: I. Em fins da década de 1920, o partido, ao lado de divulgar o seu ideário junto aos sindicatos, adotou uma política de lançar candidatos a cargos legislativos. II. Durante a chamada Era Vargas (1930-1945), o PCB teve importante participação na criação da Aliança Nacional Libertadora (ANL), além de comandar, em 1935, um levante contra o governo federal. III. No período 1945/1964, o partido pôde atuar na legalidade, razão pela qual teve condições de formar grandes bancadas no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. IV. Durante os governos militares (1964-1985), a história do PCB foi marcada pela clandestinidade, pelas dissidências internas que resultaram na formação de novas organizações e pelas lutas contra o regime. As afirmativas corretas são: (A) I, II e III, apenas; (B) I, II e IV, apenas; (C) I, III e IV, apenas; (D) II, III e IV, apenas; (E) I, II, III e IV.

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37 “Vocês querem que nossa pátria socialista seja derrotada e perca a independência? Se não querem isso, precisam acabar com o atraso no menor tempo possível e construir nossa economia socialista num verdadeiro ritmo bolchevique [..] Estamos cinqüenta ou cem anos atrás dos países desenvolvidos. Temos de alcançá-los em dez anos. Ou fazemos isso ou falimos.” ( Stálin, 1931) Para superar o atraso e garantir a modernização da economia soviética, Stálin propunha uma economia: (A) vinculada ao mercado internacional, visto que a URSS precisaria dos aportes financeiros externos para viabilizar a industrialização; (B) fundamentada no livre mercado, visto que viabilizaria um aumento da produtividade industrial; (C) centralizada e estatizada, pois viabilizaria uma política de industrialização em curto período de tempo; (D)vinculada à tradição agro-exportadora do mundo rural russo; (E) fundamentada na concepção de socialismo de mercado, cujo objetivo é garantir um equilíbrio entre livre mercado e Estado regulador. 38 “Mas foi, sem dúvida, em Belgrado (1961), na I Conferência dos Países Não-Alinhados, que se registraram claras influências de Bandung, formando-se em torno da bandeira de luta da autodeterminação a mais poderosa coalizão de Estados do então chamado “Terceiro Mundo”, unindo países dependentes, capitalistas ou socialistas da África, Ásia, América Latina e Europa e promovendo a cooperação nos fóruns mundiais, em especial nas Nações Unidas”. Hernandez, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à História contemporânea.

Assinale a opção que melhor apresenta os objetivos políticos aprovados na Conferência de Bandung (1955): (A)apoio ao uso de armas nucleares contra os estados imperialistas e defesa dos regimes socialistas; (B) combate ao racismo e cooperação com os países afro-asiáticos em luta contra o colonialismo; (C) apoio aos regimes islâmicos e condenação aos regimes autoritários; (D)condenação da ONU e apoio à política terceiro mundista da França; (E) estreitar as relações diplomáticas com os países socialistas e criar uma força militar intervencionista, sob a autoridade da ONU. 39 “O povo quer que se amplie a democracia, quer que se ponha fim aos privilégios de uma minoria; que a propriedade da terra seja acessível a todos; que a todos seja facilitado participar da vida política do país, através do voto, podendo votar e ser votado; (...) que seja assegurada a representação de todas as correntes políticas, sem quaisquer discriminações, ideológicas e religiosas.” (Discurso do presidente João Goulart no Comício das Reformas, 13 de março de 1964).

João Goulart, em seu pronunciamento, advoga a necessidade da adoção urgente de medidas para levar adiante as chamadas Reformas de Base. Com base no documento acima, é possível afirmar que o presidente, naquele contexto, defendia: I. O imediato fechamento do Congresso Nacional e a implantação de uma República Populista. II. A adoção de medidas para fins de reforma agrária. III. A extensão do voto ao analfabeto. IV. A livre organização partidária. As afirmativas corretas são: (A)I, II e III, apenas; (B) I, II e IV, apenas; (C) I, III e IV, apenas; (D)II, III e IV, apenas; (E) I, II, III e IV.

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40 - Em janeiro de 1985, grandes multidões saíram às ruas de Brasília e de outras capitais brasileiras para comemorar a eleição de Tancredo Neves para a presidência da República pelo Colégio Eleitoral. Foi o desfecho de um longo processo de lutas de amplos setores da sociedade brasileira em prol do restabelecimento de um regime democrático no país. Foram etapas desse processo: I. A expressiva votação obtida pelo Movimento Democrático Brasileiro nas eleições legislativas de 1974. II. A campanha pela “anistia ampla, geral e irrestrita” em fins dos anos 70. III. A vitória de candidatos oposicionistas nas eleições diretas para o governo dos estados em 1982. IV. A campanha pelas eleições diretas para a presidência da República em 1984. As afirmativas corretas são: (A) I, II e III,apenas; (B) I, II e IV, apenas; (C) I, III e IV, apenas; (D) II, III e IV, apenas; (E) I, II, III e IV.

INGLÊS LEIA O TEXTO I E RESPONDA ÀS QUESTÕES 41 A 43: TEXTO I Although the aging of the population is a common trend in many developing countries, the distinctiveness in Brazil is the speed with which it has occurred. The effects are already evident in the epidemiological profile of the population and in health care demands. Nevertheless, it is only recently that this new population profile has been taken into consideration by social and health policymakers. The issue is not yet well understood and strategies to deal with it are still in their infancy. Moreover, the epidemiological characteristics vary considerably between the various regions of the country: for example, life expectancy on the North is still about 55 years. The epidemiological profile of the Brazilian population has also gone through major changes and is now more complex than ever, including both chronic diseases and a persistence of diseases associated with poverty and social inequality. Infectious and parasitic diseases no longer feature among the main causes of mortality in the country as a whole, but are still important in the poorest regions. On the other hand, deaths from external causes are rising, reflecting a major problem of violence in urban areas and in areas of intense conflict over possession of land. (http://www.idrc.ca/en/ev-35519-201-1-DO_TOPIC.html, retrieved on November 19 th, 2007)

41 - De acordo com o texto, o que impressiona no Brasil é: (A) o fato de o país ser uma nação em desenvolvimento; (B) o detalhamento do perfil epidemiológico da nação; (C) a reação tímida da polícia nas áreas de conflito; (D) a rapidez do envelhecimento da população; (E) a crescente demanda por estudos epidemiológicos. 42 - A palavra sublinhada em “a common trend” (linha1) significa: (A) tabu; (B) teoria; (C) transformação; (D) temática; (E) tendência.

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43 - Nevertheless em “Nevertheless, it is only recently that this new population profile has been taken into consideration” (linha 3) pode ser substituído por: (A) So; (B) Indeed; (C) However; (D) Just; (E) Moreover. LEIA O TEXTO II E RESPONDA ÀS QUESTÕES 44 A 47: TEXTO II

The newspaper of The Johns Hopkins University September 17, 2007 | Vol. 37 No. 3 Nearly 30 years after Nobel laureate Linus Pauling famously and controversially suggested that vitamin C supplements can prevent cancer, a team of Johns Hopkins scientists has shown that in mice at least, vitamin C — and potentially other antioxidants — can indeed inhibit the growth of some tumors, just not in the manner suggested by years of investigation. The conventional wisdom of how antioxidants such as vitamin C help prevent cancer growth is that they grab up volatile oxygen free radical molecules and prevent the damage they are known to do to our delicate DNA. The Johns Hopkins study, led by Chi Dang, professor of medicine and oncology and the Johns Hopkins Family Professor in Oncology Research, unexpectedly found that the antioxidants’ actual role may be to destabilize a tumor’s ability to grow under oxygen-starved conditions. The researchers’ work is detailed in the September issue of Cancer Cell. “The potential anticancer benefits of antioxidants have been the driving force for many clinical and preclinical studies,” Dang said. “By uncovering the mechanism behind antioxidants, we are now better suited to maximize their therapeutic use. “Once again,” he said, “this work demonstrates the irreplaceable value of letting researchers follow their scientific noses wherever it leads them.” The authors do caution that while vitamin C is still essential for good health, this study is preliminary and people should not rush out and buy bulk supplies of antioxidants as a means of cancer prevention. (http://www.jhu.edu/~gazette/2007/17sep07/17bigc.html)

44 - No primeiro parágrafo, o autor informa que a vitamina C: (A) tem efeitos altamente nocivos para o ser humano; (B) não inibe, jamais, o desenvolvimento de câncer; (C) pode atuar de forma diversa do que foi sugerido antes; (D) desencadeia o aparecimento de tumores em ratos; (E) é certamente o único anti-oxidante que previne o câncer. 45 - A citação da fala do pesquisador no penúltimo parágrafo faz referência: (A) ao custo do investimento; (B) à necessidade de mudança; (C) à profundidade do estudo; (D) ao rigor da investigação; (E) ao respeito à liberdade. 46 - Ao final do texto, o autor faz: (A) uma advertência; (B) uma indagação; (C) uma repreensão; (D) um elogio; (E) uma recapitulação.

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47 - Em “The potential anticancer benefits of antioxidants have been the driving force” (linha 9), a expressão sublinhada significa: (A) garantia; (B) peso; (C) capacidade; (D) estímulo; (E) controle. READ TEXT III AND ANSWERS QUESTIONS 48 TO 50: TEXT III

Disease Intervention Explorations into the function of each human gene—a major challenge extending far into the 21st century —will shed light on how faulty genes play a role in disease causation. With this knowledge, commercial efforts are shifting away from diagnostics and toward developing a new generation of therapeutics based on genes. Drug design is being revolutionized as researchers create new classes of medicines based on a reasoned approach to the use of information on gene sequence and protein structure function rather than the traditional trial-and-error method. Drugs targeted to specific sites in the body promise to have fewer side effects than many of today’s medicines. The potential for using genes themselves to treat disease—gene therapy—is the most exciting application of DNA science. It has captured the imaginations of the public and the biomedical community for good reason. This rapidly developing field holds great potential for treating or even curing genetic and acquired diseases, using normal genes to replace or supplement a defective gene or to bolster immunity to disease (e.g., by adding a gene that suppresses tumor growth). (http://www.ornl.gov/sci/techresources/Human_Genome/medicine/medicine.shtml)

48 - The research reported in this text: (A) has been concluded; (B) will resume shortly; (C) is still ongoing; (D) will begin next century; (E) has obviously failed. 49– According to the text, disease can be caused by: (A) imperfect genes; (B) infectious germs; (C) intolerable grief; (D) inconsequent gestation; (E) incandescent gases. 50 – If you “bolster immunity to disease” (line 11), you: (A) study it; (B) strengthen it; (C) decrease it; (D) undermine it; (E) test it.

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ESPANHOL TRAS LEER EL TEXTO, CONTESTE LAS SIGUIENTES CUESTIONES.

ED. IMPRESA · ELPAIS.com

Cultura

El bosnio Adis Smajic, dos días después de su accidente en 1996 (arriba izquierda), y durante su proceso de recuperación entre 1996 y 2007, en las imágenes de la derecha.- gervasio sánchez

REPORTAJE La vida de Adis, en el objetivo Gervasio Sánchez retrata la tragedia de los mutilados en ‘Vidas minadas. Diez años’ BEATRIZ PORTINARI - Madrid - 25/11/2007 Adis Smajic tenía 13 años cuando vio aquella mina antipersona semienterrada entre las ruinas de Sarajevo, el 18 de marzo de 1996. En ese momento pensó que alguien podría resultar herido y decidió retirarla con todo el cuidado que puede tener un niño. De repente, clic. La explosión le arrancó el brazo derecho y el ojo izquierdo, además de desfigurarle el rostro por la 5 metralla. Cuando llegó al hospital, los médicos que le escuchaban decir “yo sólo quería quitar la mina del suelo” pensaron que no sobreviviría. Dos días después se convirtió en el joven sin rostro inmortalizado por el fotoperiodista Gervasio Sánchez (Córdoba, 1959), recién llegado a Sarajevo para cubrir el final de la guerra. “El primer minuto que vi a Adis en la cama del hospital, luchando entre la vida y la muerte, fue tremendo. Aunque ya había tratado el problema de las minas en Angola y Camboya desde 1995, aquel instante cambió mi perspectiva como informador, sobre lo que 10 estábamos haciendo allí”, recuerda Sánchez. “Los periodistas vamos a los conflictos y nos marchamos cuando se supone que termina la guerra o dicen los políticos que termina, pero en realidad las consecuencias en la posguerra son mucho peores”. Aquella imagen en el hospital de Sarajevo hizo que el fotógrafo regresara una y otra vez durante la siguiente década para retratar el espíritu de superación de jóvenes como Adis y otros 11 mutilados desde Camboya a Colombia, pasando por Afganistán, Irak o Mozambique. A través de su cámara ha recogido la evolución de las vidas entre prótesis, quirófanos y 15 rutina familiar, que se mostrarán desde el próximo martes hasta el 27 de enero en la exposición Vidas minadas. Diez años, en el Instituto Cervantes de Madrid. Responsabilidad política “Creo que cuanto más capaces seamos de acercar a la gente el dolor de las minas antipersona, con nombres y apellidos, más posibilidades hay de que el público se cabree y decida presionar al Gobierno”, afirma el reportero, que se toma cada historia 20 como un asunto personal. Aunque no se considera un “activista”, su fotografía de denuncia consiste en poner rostro a las cifras: 58.000 víctimas en los últimos ocho años y cerca de 20.000 nuevos accidentes anuales a causa de munición sin explotar. Mientras tanto, España sigue manteniendo la producción de bombas de racimo, que tienen los mismos efectos que las minas cuando caen a tierra y no explosionan. “Lo más irónico es que el actual Gobierno, que tanto habla sobre Alianza de Civilizaciones y derechos humanos, no cierra las cuatro empresas subvencionadas que producen bombas de racimo. Es 25 cierto que destina más fondos que el Gobierno anterior a labores de desminado y ayudas a víctimas, pero es un esfuerzo muy cínico porque al mismo tiempo ha duplicado el volumen de producción de armas”, denuncia Sánchez.

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El proyecto Vidas minadas incluye un documental y la publicación de un libro con el mismo título por la editorial Blume, que se venderá acompañado de una colección de 365 retratos de mutilados, diferentes tipos de minas y prótesis caseras fabricadas con materiales imposibles como bambú, cuero, carcasa de un proyectil o incluso botellas recortadas de coca30 cola. Los beneficios se destinarán a la ayuda a víctimas mutiladas. Se trata de un trabajo global que cuenta con la colaboración de Intermón Oxfam, Manos Unidas, Médicos Sin Fronteras y la compañía DKV Seguros, que ha financiado las operaciones de las víctimas en España. Adis ha pasado más de 30 veces por quirófano -siete en manos de los mejores cirujanos de Barcelona- para recuperar la sonrisa y seguir adelante con su vida, los partidos de fútbol con sus amigos, la música de su grupo de hip-hop y su 35 reciente boda, el pasado miércoles, con Naida Vreto. Ambos acompañarán el próximo martes al fotógrafo que retrató su historia en la apertura de la exposición de Madrid, junto a otros supervivientes, como la mozambiqueña Sofia Elface Fumo, el salvadoreño Manuel Orellana y el camboyano Sokheurm Man. En el libro también se incluyen rostros nuevos, del Kurdistán iraquí y Colombia, que quizá dentro de unos años protagonice la continuación de la serie fotográfica. “Seguiré haciendo estas fotos a pesar de que siempre quedas un poco preñado de tanto dolor. Ya que no somos capaces 40 de terminar con las guerras, al menos con mi trabajo intento denunciar la doble moral política”, afirma el reportero. http://www.elpais.com/articulo/cultura/vida/Adis/objetivo/elpepucul/20071125elpepicul_7/Tes

41 - La noticia de El País.com informa sobre la: (A) labor de los reporteros de guerra en el mundo; (B) recién creada fundación para víctimas de minas; (C) exposición de un fotoperiodista en Madrid sobre mutilados; (D) actuación de Smajic como fotoperiodista en “Vidas Minadas”; (E) importancia de los que trabajan con el fotoperiodismo de guerra actualmente. 42 - Según Sánchez, lo cínico en la actitud del actual gobierno respecto a las minas es: (A) mantener la producción de bombas; (B) incrementar la producción de armas; (C) destinar fondos a labores de desminado; (D) financiar la fabricación de prótesis caseras; (E) fomentar programas de ayuda a las víctimas de minas. 43 - El objetivo del trabajo de Sánchez al mostrar la historia de personajes como Smajic es: (A) poner de relieve las cifras de los mutilados por minas; (B) denunciar los desmanes de los políticos camboyanos; (C) presentar un informe a los gobiernos de países en guerra; (D) provocarles dolor a las personas que no han padecido guerras; (E) ofrecer un estudio sobre la evolución de la vida de las víctimas de minas. 44 - “… cuanto más capaces seamos de acercar a la gente el dolor de las minas antipersonales…” (l. 18). La forma subrayada se relaciona a los: (A) políticos; (B) médicos; (C) mutilados; (D) gobiernos; (E) periodistas. 45 - De los eventos que componen el proyecto referido en el texto hay: (A) una exposición de materiales bélicos y un libro; (B) un documental y un libro titulado Vidas Minadas; (C) una oficina de prótesis y un largometraje sobre Smajic; (D) una exposición de fotos y una oficina de minas caseras; (E) un documental sobre el proyecto y una colección de fotos.

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46 - “…al menos con mi trabajo intento denunciar la doble moral política” (l. 40). A través de este fragmento se puede comprender que el reportero: (A) expone la incoherencia de los gobiernos en la política de armas; (B) denuncia la falta de respeto de los políticos por el fotoperiodismo; (C) expone la fragilidad de la falta de postura política de los demás reporteros; (D) reafirma, como los políticos españoles, su empeño de rechazar las guerras; (E) sugiere que los periodistas se dediquen a discutir el fin de la política armamentista. 47 - “…que quizá dentro de unos años protagonice…” (l. 38). Respecto a la intención del reportero, el término subrayado expresa una idea de: (A) certeza; (B) oposición; (C) posibilidad; (D) obligación; (E) conclusión. 48 - “… acercar a la gente el dolor de las minas antipersonales, con nombres y apellidos…” (l. 18). El fragmento que corresponde a la idea de la frase en destaque es: (A) “… siempre quedas un poco preñado de tanto dolor…” (l. 39) (B) “… su fotografía consiste en poner rostro a las cifras…” (l. 20) (C) “…Los periodistas vamos a los conflictos y nos marchamos…” (l. 10) (D) “… España sigue manteniendo la producción de bombas de racimo…” (l. 22) (E) “El primer momento que vi a Adis en la cama del hospital (…) fue tremendo.” (l. 8) 49 - En el fragmento, “ …‘yo sólo quería quitar la mina del suelo’ pensaron que no sobreviviría.” (l. 5/6), se encuentran dos usos para la misma forma verbal, el condicional simple. Estas formas expresan, respectivamente, la noción de: (A) deseo y posterioridad respecto al pasado; (B) posterioridad respecto al pasado y deseo; (C) cortesía y anterioridad respecto al presente; (D) anterioridad respecto al presente y cortesía; (E) anterioridad respecto al presente y posterioridad respecto al pasado. 50 - Sánchez afirma que ver a Smajic en el hospital “cambió su perspectiva como informador” (l. 9). El cambio a que se refiere el periodista ha ocurrido pues ahora: (A) su interés ha aumentado respecto a los motivos que generan los conflictos; (B) su visión de la guerra se ha ampliado ya que piensa en las consecuencias; (C) su atención se centra en producir material para posibles proyectos artísticos; (D) se preocupa más por acumular información antes de dejar las áreas de guerra; (E) se dedica a hacer fotos que registran las actividades cotidianas durante los conflictos.

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FRANCÊS TEXTO 1

ENVIRONNEMENT DÉVELOPPEMENT DURABLE: LES PROPHÈTES DE L’APOCALYPSE Il y a quinze ans, le « développement durable » était consacré sur la scène internationale au sommet de Rio. Un mot d’ordre qui, sur fond d’annoces de fin du monde, est vite devenu une religion. Pour le meilleur et pour le pire. Il y a quinze ans, en 1992, le sommet de la Terre de Rio de Janeiro consacre l’adoption officielle du développement durable comme fondement des politiques publiques et de la coopération Nord-Sud. La fin de la guerre froide a permis l’émergence sur la scène internationale d’un concept venu de loin. C’est dans les annés 1970 que la croissance démographique rapide de la population mondiale et les premiers ratés du modèle industriel issu des Trente Glorieuses ouvrent le champs aux interrogations sur ce que le Club de Rome (réunissant scientifiques, hauts fonctionnaires, industriels de tous pays) appelle en 1972, dans un rapport resté célèbre, « les limites de la croissance ». La même année se tient à Stockholm la première conférence mondiale sur l’environnement humain, qui suscite la création du Programme des Nations unies pour l’environnement (PNUE).

Inventer une croissance qui ne pénalise pas l’avenir En 1982, dans le cadre de « Stockholm plus 10 », l’ONU commande un rapport à une commission présidée par la ministre norvégienne Gro Harlem Brundtland. Paru en 1987 sous le titre Our Common Future, le rapport Brundtland pose les bases de ce que les Anglais appellent le « sustainable development ». [...] Inventer une croissance qui ne pénalise pas l’avenir, mais aussi réduire les inégalités, tels sont les fondements du développement durable. Concrètement pourtant, ce sont d’abord les préoccupations écologiques qui s’imposent: les ennemis majeurs pour l’avenir de la planète que le rapport désigne sont, d’une part, les changements climatiques imputés à l’accumulation de gaz dits à effet de serre et, d’autre part, les atteintes à la couche d’ozone attribuées aux CFC1. L’écologie fait son entrée officielle sur la scène internationale: préserver la planète, donc adopter des modes de production plus respectueux de l’environnement, doit devenir une priorité, ce qui signifie que le mode de vie et de consommation de l’Occident ne peut pas être étendu au reste du monde sans menacer gravement l’avenir de la Terre. [...] En 1997, à Kyoto, 38 pays industrialisés s’engagent à réduire les émissions de gaz à effet de serre de 5,2% en moyenne d’ici 2012. Entré en vigueur en 2005 en Europe, après sa ratification par la Russie, cet accord sur le climat résume à lui seul l’ambition et les ambiguïtés du développement durable. Il crée un grand marché planétaire des émissions de carbone dans lequel les pays pauvres, en raison de leur faible niveau de développement, bénéficient théoriquement d’un double avantage comparatif: le financement d’activités « vertueuses » sur leur territoire par des structures soucieuses de compenser leurs propres émissions; la vente de crédits d’émissions aux pays qui dépassent le quota qui leur a été alloué. Mais certains des plus grands pays émetteurs de carbone de la planète ont refusé de ratifier cet accord (États-Unis, Australie, Canada) ou n’ont pas à l’appliquer (Chine, Inde, Brésil...). Il faut dire que le développement durable repose sur des mécanismes d’expertise, de fonctionnement, de contrôle et d’évaluation qui restent pour l’instant très flous, faute d’une instance planétaire de régulation. [...] L’HISTOIRE, nº 324, octobre 2007, pp. 14-15.

41 – O título e os subtítulos da reportagem advertem sobre: (A) o conformismo dos discursos ecologistas; (B) a ineficácia dos encontros sobre o meio ambiente; (C) o radicalismo de novas religiões; (D) o perigo da explosão demográfica; (E) a urgência do desenvolvimento sustentável. 1

Chlorofluorocarbure, composé chimique utilisé comme réfrigérant et propulseur dans les bombes aérosols.

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42 – As datas 1972, 1982, 1992 e 1997 se referem respectivamente a eventos ocorridos nas seguintes cidades: (A) Estocolmo – Rio de Janeiro – Estocolmo – Roma; (B) Kioto – Estocolmo – Rio de Janeiro – Estocolmo; (C) Rio de Janeiro – Roma – Estocolmo – Kioto; (D) Kioto – Rio de Janeiro – Rio de Janeiro - Estocolmo; (E) Estocolmo – Estocolmo – Rio de Janeiro - Kioto. 43 – O Clube de Roma era composto por: (A) industriais, cientistas e pesquisadores; (B) funcionários, industriais e cientistas; (C) políticos, industriais e cientistas; (D) pesquisadores, políticos e funcionários; (E) cientistas, funcionários e pesquisadores. 44 – O relatório do Clube de Roma teve como ponto de partida os problemas relativos à/ao: (A) modelo industrial e destruição da camada de ozônio; (B) aumento da miséria mundial e crescimento demográfico; (C) crescimento demográfico e modelo industrial; (D) desertificação e aumento da miséria mundial; (E) surgimento do efeito estufa e crescimento demográfico. 45 – Marque a afirmativa que complete corretamente a frase: Segundo o __________, o futuro do planeta tem como maiores inimigos o efeito estufa e os gases CFC. (A) relatório Brundtland; (B) PNUE; (C) Clube de Roma; (D) secretário geral da ONU; (E) relatório da Eco 92. 46 – Teoricamente, os paises pobres se beneficiariam do Protocolo de Kioto porque poderiam: (A) obter o direito de votar na ONU; (B) multar os paises considerados poluidores; (C) vender parte do crédito obtido pela não-emissão de gases; (D) sediar os próximos encontros sobre o meio ambiente; (E) ter suas dívidas gradativamente perdoadas. 47 – De acordo com o texto, o desenvolvimento sustentável ainda é incerto devido à/ao: (A) descontentamento dos 38 países do Protocolo de Kioto; (B) miséria dos países com baixo índice de desenvolvimento; (C) ausência de um consenso do que seja “sustentável”; (D) inexistência de um organismo mundial de controle; (E) boicote dos paises em desenvolvimento.

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TEXTO 2

BANLIEUES: STATUS QUO DEPUIS 2005 Paris, 28 novembre 2007 - Deux ans après les émeutes qui ont secoué les banlieues françaises, experts et travailleurs sociaux s’accordent pour dire que la situation n’a presque pas changé. « Il n’y a pas un week-end qui passe sans qu’une voiture brûle. Le climat de tension n’est pas retombé et ne demande qu’à reprendre, deux ans après », explique Clémence Dellengnol, une journaliste locale qui travaille pour la Gazette du Val d’Oise et couvre l’actualité de Villiers-le-Bel, théâtre des émeutes de novembre 2007. En 2005, après trois semaines d’émeutes dans les banlieues défavorisées françaises, le gouvernement de Jacques Chirac avait promis un plan national et 120 millions d’euros annuels de subventions pour améliorer les conditions de vie dans les cités. Mais deux ans après, peu de choses ont changé. Selon les experts et les travailleurs sociaux, la situation a peu de chances de s’améliorer. Le budget proposé par Nicolas Sarkozy pour 2008 prévoit une réduction de cette subvention de 30 millions d’euros. Enfin, un rapport fraîchement publié indique des problèmes de gestion liés à ces fonds. Les banlieues françaises sont des poudrières, mais dont les tensions restent invisibles, selon John Lichfield, correspondant du quotidien britannique The Independent. Pour Lichfield, les banlieues françaises souffrent d’un manque de visibilité. « Les centres-villes pauvres au Royaume-Uni ou les ghettos aux Etats-Unis sont plus visibles parce qu’ils sont au centre des villes. Les Français défavorisés sont repoussés vers l’extérieur, dans les banlieues. Villiers-le-Bel, par exemple, est à une dizaine de kilomètres de Paris », précise-t-il. Par Clea Caulcutt / http://www.france24.com/

48 – Segundo os especialistas, de 2005 a 2007, a situação dos subúrbios de Paris: (A) se estabilizou pouco a pouco; (B) apresentou poucas mudanças; (C) melhorou significativamente; (D) piorou paulatinamente; (E) está mudando radicalmente. 49 – A situação atual dos subúrbios franceses se explica, em parte, pelo(a): (A) alta do custo de vida; (B) desinteresse da população; (C) diminuição das subvenções; (D) ausência de políticas locais; (E) falta de áreas de lazer. 50 – Segundo o correspondente do The Independent, as populações pobres francesas se diferenciam das inglesas ou norte-americanas pelo fato de serem: (A) invisíveis, por se misturarem a outras camadas da população; (B) visíveis demais, por se revoltarem com freqüência; (C) invisíveis, por não terem representação política; (D) visíveis demais, por sua representatividade eleitoral; (E) invisíveis, por estarem longe dos centros.

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REDAÇÃO A partir dos trechos abaixo, elabore um texto dissertativo-argumentativo em que você apresente suas reflexões acerca da possível relação entre saúde, doença e imaginação.

DOENÇA – Costuma-se ter duas ao mesmo tempo: a diagnosticada e a imaginada. (ANDRADE, Carlos Drummond de. “O Avesso das coisas - Aforismos”. In: Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003)

Há doenças piores que as doenças. (Fernando Pessoa) Os hipocondríacos inventaram um novo gênero: o corpo-ficção. A passagem da saúde para a doença é tão sutil, tão delicada, que sempre há que estar atento. (Aforismos/fragmentos extraídos de NAVAS, Adolfo Montejo. Da hipocondria. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005)

ORIENTAÇÕES 1. Evite copiar passagens dos fragmentos apresentados. 2. Redija seu texto em prosa, de acordo com a norma culta escrita da língua. 3. Redija um texto de 25 a 30 linhas. 4. Escreva o texto definitivo a caneta. 5. A atribuição de título à redação é opcional.

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ESCS 2008 (1º dia)

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