fisiologia da dor

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ELETROTERMOFOTOTERAPIA

FISIOLOGIA DA DOR 5º Semestre de Fisioterapia Prof. Fabiano Pedra Carvalho

Conceito de Dor • Tradicionalmente é encarada como uma sensação

provocada pela lesão de órgãos ou tecidos inervados. • 1986 - Associação Internacional para o Estudo da Dor

definiu como uma experiência sensorial e emocional desagradável que está associada a lesões reais ou potenciais. • O termo nocicepção está relacionado com o

reconhecimento de sinais dolorosos pelo sistema nervoso, que formulam informações relacionadas à lesão.

Associativos

Motores

Sensoriais

Importância da Dor • Embora incômoda e desagradável, a dor

desempenha função biológica para manter a integridade da vida do indivíduo, contribuindo para a preservação da espécie. • A exposição da pele ou qualquer outro órgão a

estímulos potencialmente nocivos induz à sensação desagradável. • Portanto, a informação processada pode ser

diferenciada como dor fisiológica ou dor patológica. (FANTONI e MASTROCINQUE, 2002; ALMEIDA et al., 2006).

dor – Classificação Patofisiológica

Dor fisiológica - Nocicepção • A dor fisiológica é aquela que induz respostas

protetoras, como o reflexo de retirada (ou reação de fuga), com intuito de interromper a exposição ao estímulo nocivo. • Consiste dos processos de transdução, transmissão e

modulação de sinais neurais gerados em resposta a um estímulo nocivo externo.

Dor fisiológica - Nocicepção

Dor fisiológica - Nocicepção A.     

Transdução: capacidade de uma célula converte um tipo de sinal ou estímulo em outro. nociceptor: receptor periférico que responde a estímulos nocivos. Termossensíveis - excitados por temperaturas acima de 45 graus e no congelamento. mecanossensíveis: sensíveis a deformações nocivas. quimiossensíveis: excitados por substâncias químicas polimodais: excitados por mais de um tipo de estímulo.

Dor fisiológica - Nocicepção



Transmissão: O estímulo nocivo externo tem que ser conduzido até a medula espinhal sendo realizado por fibras diferenciadas em três grandes grupos, segundo seu diâmetro, seu grau de mielinização e sua velocidade de

As fibras A-alfa conduzem informações relacionadas com a propriocepção (sensação ligada aos músculos).

Condução do estímulo nociceptivo

Condução do estímulo nociceptivo 1.

Fibras Aβ : são fibras de diâmetro grande (maior que 10 µm), mielinizadas e de condução rápida, responsáveis por sensações inócuas (como tato, vibração e pressão).

2.

Fibras Aδ : são de diâmetro intermediário (2 a 6 µm), mielinizadas. Sua velocidade de condução é intermediária, modulando a primeira fase da dor; mais aguda ou semelhante à pontada.

3.

Fibras C: são fibras de diâmetro pequeno (0,4 a 1,2 µm), não mielinizadas e de velocidade de condução lenta, responsáveis pela segunda dor ou dor difusa e queimação persistente.

Importante saber que... •

Normalmente, a informação nociceptiva é transmitida por fibras do tipo C e Aδ localizadas na pele, vísceras, vasos sanguíneos, peritônio, pleura, periósteo, tendão, fáscia, cápsula articular e fibras do músculo esquelético. (MSESLINGER, 1997; LAMONT e TRANQUILLI, 2000; MUIR III et al., 2001)



As fibras Aδ são responsáveis pela primeira fase da dor, rápida e forte, do tipo picada ou ferroada e são sensíveis a estímulos mecânicos intensos.



As fibras C produzem uma segunda fase de dor mais difusa e persistente e formam, na periferia, receptores de alto limiar para estímulos térmicos e/ou mecânicos. Existem também fibras do tipo C polimodais que respondem a estímulos mecânicos, térmicos e químicos.

Transmissão medula - córtex cerebral •

A informação sobre o dano tecidual é conduzida por neurônios de projeção através de cinco vias ascendentes principais.



Trato espinotalâmico. Trato espinorreticular. Trato espinomesencefálico. Trato espinocervical. Trato espinohipotalâmico.

 

 

Transmissão medula - córtex cerebral •

PISERA, 2005 este complexo sistema de vias diretas e indiretas de transmissão das informações nociceptivas inervam o tálamo, o mesencéfalo, o sistema límbico e a formação reticular.



Estes centros nervosos são responsáveis pela localização da dor, sua intensidade, bem como os aspectos afetivos e cognitivos.



PLONER et al., 2006 observaram que a velocidade de condução da informação dolorosa tanto na periferia quanto na medula espinhal é mais lenta que a transmissão da informação tátil.



Processamento cerebral da dor é substancialmente mais rápido do que o processamento da informação tátil

Córtex Somestésico, Giro do Cíngulo e Ínsula Córtex frontal e basal (comportamento antissocial, afetividade)

Núcleos motores (posição antálgica, choro, vocalização, expressões faciais)

Substância cinzenta periaquedutal (modulação da dor)

Tálamo Hipotálamo (reações neurovegetativas) Amígdala

Formação reticular (Alerta)

Tronco Encefálico

Medula Espinhal

Modulação dos estímulos nociceptivos • Como que a dor pode ser controlada?

• Será a base para o entendimento de como alguns recursos

eletrotermofototerápicos conseguem inibir a dor.

Modulação dos estímulos nociceptivos • 1.

Através de quatro teorias Teoria da Comporta – Mezalck e Wall (1965)



Hipótese: aferentes mecânicos de limiar baixo e aferentes nociceptivos convergem para o mesmo neurônio.



Destacam dois aspectos na percepção da dor:

A.

A dor não é uma simples descarga de estímulos produzidos pelo nociceptores mas uma resultante dos estímulos gerados por vários tipos de receptores sensoriais. a dor também está sujeita a controles diversos provenientes do SNC.

B.

Modulação dos estímulos nociceptivos

Modulação dos estímulos nociceptivos 2. Teoria do contra irritante 

Hipótese: a inibição dos sinais nociceptivos pela estimulação de receptores não nociceptivos se dá no corno dorsal da medula espinhal.



Os mecanorreceptivos ativam interneurônios que liberam neurotransmissor encefalina.



Encefalina - deprime a liberação de substância P e hiperpolariza os interneurônios - inibição dos sinais nociceptivos.

Modulação dos estímulos nociceptivos 3. Teoria contemporânea do controle pelo portal

/comporta 

Mais complexa que a original.



Craig,1999 - a dor esta ligada a fenômenos emocionais, comportamentais e cognitivos.



Compreende múltiplos aspectos da vivencia da dor: A. Discriminativo-sensoriais. B. Afetivo-motivacionais. C. Avaliativo-cognitivos.

Modulação dos estímulos nociceptivos 4. Sistemas analgésicos - opióides



Analgesia - ausência de dor em resposta a um estimulo doloroso.



Existem substancias endógenas, naturais que ativam mecanismos analgésicos - endorfinas.



Grupo das endorfinas – encefalinas, dinorfinas e βendorfinas.



Opiáceos se ligam aos seus receptores.

Modulação dos estímulos nociceptivos

Dor patológica • Resposta exagerada, muito além de sua utilidade

protetora que envolve desconforto e sensibilidade anormal na sintomatologia clínica do paciente. • O estímulo nocivo não é transitório e pode estar

associado com inflamação e injúria nervosa significativa. • A dor patológica pode surgir de diferentes tecidos e

pode ser classificada como dor inflamatória (envolvendo estruturas somáticas ou viscerais) ou neuropática (envolvendo lesões do sistema nervoso).

Tipos específicos de Dor  Quanto a duração:

 Dor aguda: desempenha o papel de alerta, desaparecendo com a remoção

do fator causal e resolução do processo patológico e podendo perdurar por até 3 meses.  Dor crônica: persiste por uma período superior ao necessário para a cura de um processo mórbido; não tem qualquer função de alerta e perdura por um tempo superior a 3 meses.

Tipos específicos de Dor Quanto a sensibilidade:  Dor superficial ou dor cutânea: ocorre ao nível da pele ou

membranas mucosas (por ex., pequenas feridas, queimaduras de primeiro grau).  Dor profunda: ocorre ao nível dos músculos, ossos, articulações,

ligamentos, tendões, vasos sanguíneos e fáscias (por ex., rupturas, fraturas ósseas, dor miofascial). Encorajar o repouso do tecido lesado.

Tipos específicos de Dor Quanto a sensibilidade:  Dor referida: percebida como proveniente de um local distinto

ao de origem. Geralmente refere-se aos tecidos viscerais.  Dor irradiada: dor sentida a distância de sua origem, porém

obrigatoriamente em estruturas inervadas pela raiz nervosa cuja estimulação mecânica é responsável pela dor.

Tipos específicos de Dor  Quanto a condutibilidade das fibras: • Dor rápida ou epicrítica: compostas pelas fibras Aδ que são

responsáveis pela primeira fase da dor, rápida e forte, do tipo picada ou ferroada e são sensíveis a estímulos mecânicos intensos. A sensação começa e termina abruptamente. • Dor lenta ou protopática: compostas pelas fibras C produzem

uma segunda fase de dor mais difusa e persistente e formam, na periferia, receptores de alto limiar para estímulos térmicos e/ou mecânicos. Corresponde à sensibilidade visceral e estímulos profundos

Tipos específicos de Dor  Quanto a Fisiopatologia:  Dor Nociceptiva – ativação dos nociceptores e

transmissão dos impulsos até as regiões do sistema nervoso central para serem interpretados.  Dor Neuropática – dor por injúria neural, dor por

desaferentação, ou dor central.  Dor Mista – decorre dos dois mecanismos anteriores.  Dor Psicogênica – não há qualquer substrato orgânico

para a dor, sendo ela gerada por mecanismos psíquicos.

OBRIGADO

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