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CARTOGRAFIA CONTEÚDO DESTE CAPÍTULO
Os elementos cartográficos ..........................................................................12 Coordenadas geográficas ..............................................................................14 Fusos horários ..................................................................................................16 Tipos de mapas .................................................................................................18 Projeções cartográficas ..................................................................................20 Como cai na prova + Resumo .......................................................................22
Mapas em mutação O avanço do grupo extremista Estado Islâmico, a guerra na Síria e o fortalecimento da população curda podem reconfigurar as fronteiras do Oriente Médio
O
avanço implacável do grupo extremista Estado Islâmico (EI) intensificou os conflitos na já turbulenta região do Oriente Médio. Dotada de uma forte capacidade militar e operacional, a organização aproveitou-se dos conflitos sectários no Iraque e da guerra civil na Síria para conquistar vastos territórios nesses dois países. Em 2014, o EI desafiou a ordem mundial e anunciou a criação de um califado nas áreas ocupadas, ainda que esse suposto império islâmico não tenha legitimidade nem mesmo dentro do mundo árabe-muçulmano. A tentativa de reconfigurar as frágeis fronteiras do Oriente Médio não é inédita na região. Com o desmembramento do Império Otomano, em 1920, o mapa do Oriente Médio foi redesenhado pelas mãos do Reino Unido e da França, por meio do Acordo Sykes-Picot. Para manter seus interesses estratégicos na região, as duas potências imperialistas vencedoras da I Guerra Mundial (1914-1918) estabeleceram suas áreas de dominação direta. Essas novas fronteiras artificiais redefiniram a ordem política do Oriente Médio. Civilizações milenares, que tinham fortes laços culturais em comum, foram separadas. Da mesma forma, populações com profundas divisões étnicas e religiosas foram agrupadas. Tudo para atender aos interesses econômicos das grandes potências ocidentais.
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A atual instabilidade no Oriente Médio representa a mais intensa ameaça a suas frágeis fronteiras dos últimos anos. Além da ocupação de grande parte de seu território pelo EI, a Síria corre o risco de se desmembrar em virtude da brutal guerra civil, na qual diversas forças controlam uma determinada parte do país. Os curdos, por exemplo, são uma etnia que reivindica um Estado próprio e conquistaram autonomia em grandes áreas no norte do Iraque e da Síria. Somada a esse cenário caótico, ainda há a histórica reivindicação da Palestina pela criação de um Estado próprio nos territórios ocupados por Israel. Essa situação evidencia a instabilidade das fronteiras políticas mundiais e como os mapas estão sempre sujeitos a mutações que refletem a criação de novos países. A última vez que o mapa-múndi sofreu uma alteração foi em 2011, com a criação do Sudão do Sul. CONFLITO MAPEADO Neste capítulo, você O general William Myville fica sabendo mais sobre Jr., diretor de operações do as diferentes formas de Departamento de Defesa apresentar os mapas, dos Estados Unidos, mostra sua utilidade e como mapa com os bombardeios fazer a leitura adequa- norte-americanos às bases da das representações do grupo Estado Islâmico, cartográficas. em setembro de 2014
BRENDAN SMIALOWSKI/AFP
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CARTOGRAFIA OS ELEMENTOS CARTOGRÁFICOS
O fascinante universo dos mapas A cartografia é dotada de uma linguagem própria, com símbolos, indicadores e representações. Veja a seguir algumas dicas para interpretar corretamente os mapas
T
udo começou quando o homem pré-histórico passou a desenhar no interior das cavernas a localização de seu entorno. Foi assim que surgiram os primeiros mapas. À medida que o homem foi conquistando novos espaços, cruzando mares e aprimorando as técnicas cartográficas, os mapas se tornaram mais sofisticados. Hoje, com a ajuda de poderosos satélites, até mesmo as mais inóspitas regiões do planeta são reproduzidas com alta precisão. Com o passar dos séculos, os mapas tiveram importantes funções estratégicas: ajudaram a impulsionar a expansão marítimo-comercial europeia no século XV e atualmente são fundamentais para que as administrações públicas desenvolvam projetos de organização territorial. Com os mapas, é possível realizar variados tipos de levantamento, seja ele político, socioeconômico ou ambiental. Por isso, eles são imprescindíveis ao estudo da geografia física e humana e à compreensão dos principais temas que movem o mundo. Qualquer representação geométrica da superfície terrestre, ou mesmo de parte dela, pode ser considerada um mapa – desde o desenho pouco apurado do homem pré-histórico até o mais completo planisfério produzido pela Nasa recentemente. Sejam eles rudimentares, sejam eles complexos, é importante ressaltar que os mapas possuem uma linguagem própria, com símbolos, indicadores e representações que facilitam sua interpretação. Conheça mais os recursos utilizados pelos cartógrafos para reproduzir diferentes informações gráficas.
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TÍTULO
FONTE
LEGENDA
O título é a nossa primeira aproximação com o mapa. Observá-lo com atenção pode “encurtar” o caminho da sua leitura e compreensão, pois nos permite conhecer, de imediato, qual é o conteúdo representado. Em geral, vem acompanhado do ano em que os dados foram coletados.
A fonte informa a origem (instituição, pesquisa etc.) dos dados utilizados para compor o mapa.
A legenda é um dos elementos mais importantes do mapa, pois dá significado aos indicadores nele representados. Ela informa se os dados são percentuais ou absolutos, além do significado de cores, símbolos, linhas e demais recursos utilizados. A leitura da legenda deve ser feita em conjunto com a visualização da distribuição dos dados no mapa. Neste exemplo, as manchas mais escuras mostram os locais onde há maior concentração de pessoas por quilômetro quadrado. Note que o mapa não fornece os nomes dos países. Essas informações você pode aprender por meio da leitura atenta dos mapas políticos. Trata-se, aliás, de uma dica interessante: os mapas sempre se complementam. Portanto, ao estudar Geografia, lembre-se de olhar para os mapas com a mesma atenção que você olha para os textos, fotografias, gráficos e tabelas.
ESCALA
ROSA DOS VENTOS
A escala indica a relação entre o espaço verdadeiro e seu correspondente no mapa. A escala gráfica apresentada no mapa acima mostra que 1 centímetro equivale a 1.237,5 quilômetros nas dimensões reais. Já a escala numérica do mapa ao lado nos mostra que cada centímetro reproduzido equivale a 55,5 milhões de centímetros – ou 555 quilômetros nas dimensões reais. Ao analisar os dois mapas, também é possível comparar reproduções cartográficas feitas em escalas pequenas e grandes. No mapa acima, reproduzido em uma escala pequena é possível identificar os continentes, a divisão política dos países e os oceanos, além dos locais com maior concentração de habitantes. Já no mapa ao lado, em escala maior, vemos uma área mais restrita – no caso, o território brasileiro. Assim, é possível observar os detalhes do contorno do país e identificar com mais precisão as áreas de maior densidade demográfica.
A rosa dos ventos indica a orientação geográfica, ou seja, para que lado se encontram, no mapa, os pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste). Pode parecer bem óbvio que o Norte esteja na parte superior do mapa, pois esta é uma convenção internacional. Entretanto, em alguns tipos de mapas, como as plantas cartográficas e em projeções azimutais ou planas, o Norte nem sempre se encontra na parte superior do mapa. GE GEOGRAFIA 2017
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CARTOGRAFIA COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Localização precisa Um sistema de eixos horizontais e verticais constituem as coordenadas geográficas, que nos ajudam a identificar qualquer posição na superfície terrestre
P
ara encontrar determinado lugar, como a casa de alguém ou um órgão público, precisamos de um endereço, não é mesmo? Sabendo o nome da cidade, do bairro, da rua e o número da casa, chegaremos ao destino. No entanto, nem todas as regiões do planeta têm um endereço com essas informações. Por isso, para obtermos a localização de qualquer ponto ou área da superfície terrestre,
utilizamos as coordenadas geográficas. Trata-se de um sistema obtido a partir do cruzamento de uma rede de linhas imaginárias – os meridianos e paralelos: • Os meridianos cruzam a Terra no sentido norte-sul, de um polo ao outro do globo. Os meridianos nos indicam a longitude, que é a distância expressa em graus entre um local no mapa e o meridiano de Greenwich.
• Os paralelos são linhas perpendiculares aos meridianos, que cruzam a Terra no sentido leste-oeste. Eles determinam a latitude, também expressa em graus, e nos indica a distância entre um local no planisfério e a linha do Equador. Para localizar qualquer ponto na superfície terrestre é só fazer o cruzamento do meridiano com o paralelo e obter os dados referentes a latitude e longitude.
MERIDIANO DE GREENWICH
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR BRASÍLIA
15º47’S TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
47º55’O CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
LINHA DO EQUADOR A linha do Equador é equidistante em relação aos polos Norte e Sul da Terra e serve como referência para traçar os paralelos, como os trópicos de Câncer e Capricórnio e os círculos polares Ártico e Antártico. Ela divide o planeta em porção norte, ou setentrional, e sul, ou meridional. As linhas que partem do Equador são divididas de zero a 90 graus para as duas direções. A latitude de um lugar é determinada por sua distância em relação à linha do Equador – quanto mais longe, mais alta é a latitude de um ponto. A latitude de Brasília, por exemplo, é 15º47’S – lê-se 15 graus e 47 minutos de latitude sul. Ou seja, a cidade fica a pouco mais de 15 graus ao sul da linha do Equador.
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MERIDIANO DE GREENWICH O meridiano de Greenwich, que ganhou esse nome por passar pela cidade de Greenwich, na Inglaterra, divide o planeta em Ocidente e Oriente. A partir dele, as distâncias são contabilizadas de zero a 180 graus, tanto para leste quanto para oeste. A longitude de um lugar é a sua distância até o meridiano de Greenwich – quanto mais distante, maior será sua longitude. A longitude de Brasília, por exemplo, é de 47º55’O – lê-se 47 graus e 55 minutos de longitude oeste. Ou seja, Brasília está a cerca de 47 graus a oeste do meridiano de Greenwich. Também é comum informar no lugar das iniciais dos pontos cardeais (N, S, L e O) um sinal de + (positivo) para as latitudes norte e longitudes leste e, em contrapartida, um sinal de – (negativo) para as latitudes sul e longitudes oeste.
POR QUE AS COORDENADAS SÃO MEDIDAS EM GRAUS?
SAIBA MAIS
Geralmente as distâncias são medidas em metros ou quilômetros. Por que então a latitude e a longitude são medidas em graus? Ocorre que, apesar de a maioria dos planisférios não mostrar isso, estamos tratando da medida de uma superfície curva, pois a Terra tem a forma arredondada. Assim, essas medidas equivalem à abertura do ângulo entre as linhas imaginárias traçadas a partir do centro da Terra até a linha do Equador (latitude) e do centro da Terra até o Meridiano de Greenwich (longitude). Veja o exemplo de Brasília, nas figuras abaixo:
BÚSSOLAS, PORTULANOS E GPS
Da Idade Média (séculos V a XV) ao período das Grandes Navegações (séculos XV a XVII), a localização geográfica era obtida por meio da observação dos astros – a posição do Sol durante o dia e das constelações e da Lua à noite, por exemplo. As distâncias e as direções a serem seguidas eram obtidas pela leitura atenta da bússola e das Cartas Portulanas ou Mapas Portulanos. A bússola, cuja invenção é creditada aos chineses, foi fundamental para a navegação marítima no período das Grandes Navegações. Sua agulha imantada alinha-se com os polos magnéticos Norte e Sul da Terra e, dessa forma, permite que o navegador possa localizar-se e seguir na direção desejada. O desenvolvimento das Cartas Portulanas também facilitou a navegação, à medida que traziam as linhas de rumo para orientar o trajeto das embarcações, além de mostrar detalhes do litoral e a indicação dos principais portos, baías e cidades, como mostra este exemplo que representa o Mar Mediterrâneo e o seu entorno.
[2]
[1]
Fonte: Atlas Geográfico Mundial. Editora Fundamento, 2007. p. 4
[1] ALEX ARGOZINO [2] REPRODUÇÃO
Atualmente, dispomos de tecnologias infinitamente mais precisas para obter as coordenadas geográficas e identificar praticamente qualquer lugar no planeta. Esses dados são facilmente levantados pelo GPS (Global Positioning System), um sistema composto por 24 satélites que fornece a um aparelho receptor sua posição exata na superfície terrestre. As informações são visualizadas a partir de aparelhos de GPS, celulares e computadores de bordo em automóveis, aviões e navios e são fundamentais para a navegação terrestre, marítima ou aérea hoje em dia. GE GEOGRAFIA 2017
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CARTOGRAFIA FUSOS HORÁRIOS
Oceano Ártico
Oceano Ártico Murmansk
CÍRCULO ÁRTICO
São Petersburgo Helsinque Moscou
Oslo Whitehorse
Edmonton
Vancouver
Londres
Winnipeg
Ottawa
Seattle San Francisco Los Angeles Tijuana
Chicago
Denver
Honolulu
Manágua
St. John’s Halifax
Bogotá
Açores Lisboa Casablanca
-9
Samoa
Dacar
Manaus
Belém
La Paz
Nova Délhi
+4
Teerã
Karachi Mascate
Xangai
+5
Hong Kong
Katmandu Mumbai
+5
Calcutá
+6
Taipé
Hanói
Yangun Bangcoc
Manila
Oceano Pacífico
Colombo
Cingapura
Nairóbi
Kinshasa
Fernando de Noronha Luanda
Jacarta
Dili
Lusaka Antananarivo
Assunção
+9
Windhoek Johannesburgo
Buenos Aires
Maputo
Oceano Atlântico
Perth
Oceano Índico
Cidade do Cabo
Montevidéu
Oceano Pacífico
Tóquio
Xi’an
Lhasa
Campala
Brasília
Tonga TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
Cabul
Lagos
Cuiabá
Santiago
+3
Vladivostok Pyongyang Seul
Adis-Adeba Abidjan
Rio Branco
Ilha de Páscoa
Bagdá
+8
Pequim
Cartum
Paramaribo
Lima
Novosibirsk Tashkent
Ashkhabad
Cairo
Georgetown
Ilhas Galápagos
Ilha Pitcairn
Jerusalém
Petropavlovsk
Ulan Bator
Astana
Atenas
Túnis
Argel
Magadan
Irkutsk
Riad Meca
Santo Domingo Caracas
-4
Ilhas Marquesas
Taiti
Madri
Krasnoyarsk
Omsk
Bucareste Istambul
Roma
Quito
+13
Viena
Paris
Yakutsk
Yekaterinburgo
Samara
Kiev
+3
Cidade do Panamá
Ilhas da Linha
Varsóvia
Berlim
Trípoli
Havana
Cidade do México
+13
Dublin
New Miami Orleans
Houston
EQUADOR
-3
Montreal
Nova York Washington
St. Louis
Phoenix
TRÓPICO DE CÂNCER
Kiribati
Estocolmo
Reykjavik
Anchorage
+8
Brisbane Sydney
Adelaide Melbourne
Wellington
+12 Ilhas Chatham
Ilhas Geórgia do Sul
Ilhas Malvinas CÍRCULO ANTÁRTICO
N
ANTÁRTICA
-12
-11
180º 0h
-10
-9
150º O 1h
2h
-8
-7
-6
120º 3h
4h
-5
90º 5h
6h
-4
-3
60º 7h
8h
-2
30º 9h
-1
0
+1
0º
+2
30º
+3
+4
60º
+5
+6
+7
90º
Acertando os ponteiros Com base nos meridianos e no sistema de rotação da Terra, o sistema de fusos horários ajuda a organizar as horas em diversas localidades do globo
O
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+9
+10 +11 +12
150º L
10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h 19h 20h 21h 22h 23h Horário Universal de Greenwich
s fusos horários foram estabelecidos porque, em razão do movimento de rotação da Terra, as várias porções da superfície terrestre são iluminadas de forma diferenciada no decorrer do dia. Para dar uma volta completa em torno de si, o planeta gira 360º e faz isso em um dia, ou seja, em 24 horas. Dessa forma, foram determinadas 24 faixas longitudinais (no sentido norte-sul do globo) de 15º. Cada faixa, denominada de fuso horário teórico ou astronômico, corresponde, portanto, a 1 hora. O fuso de referência do horário mundial é o de Greenwich, localidade situada em Londres, na Inglaterra. Esse fuso se estende 7º 30’ a oeste e 7º 30’ a leste
+8
120º
do Meridiano de Greenwich, também chamado de Meridiano 0º. A partir dele, foram definidos os demais fusos teóricos – indo para leste, acrescenta-se uma hora a cada fuso; para oeste, subtrai-se uma hora. Entretanto, esses limites teóricos dos fusos horários, delimitados a cada 15º, não coincidem com os limites dos países. Por isso, foram criados os fusos horários práticos, também conhecidos como fusos civis ou políticos. Esses fusos respeitam os limites políticos dos países, pois consideram os interesses de cada nação em fazer parte de um ou de outro fuso, de acordo, por exemplo, com a integração econômica, política e sociocultural com as regiões vizinhas.
1.780 km
180º 0h
Horário fracionado Linha Internacional de Data Fonte: World Time Zone
OLHA A HORA! Para determinar o horário em um país, deve-se aumentar uma hora no relógio para cada fuso a leste de Greenwich e diminuir uma hora para cada fuso a oeste dele
Como os limites das linhas são uma convenção, os fusos acabam sendo maleáveis. Em novembro de 2013, por exemplo, o Brasil passou a ter quatro fusos horários, em vez de três. Com a medida, os fusos do estado do Acre e de parte do Amazonas foram modificados, a partir de uma leve adaptação do meridiano. E essas mudanças ocorrem no mundo todo. Em 2010, a Rússia, que, com sua vastidão territorial tinha 11 fusos horários, decidiu reduzir para nove. Além disso, alguns países adotam as chamadas “horas fracionadas”, como o Irã (3 horas e meia a mais em relação ao fuso de Greenwich) e a Índia (5 horas e meia a mais em relação ao fuso de Greenwich).
OS FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL Exemplos da variação dos horários nos fusos brasileiros quando em Londres (fuso de referência) são 15 horas
10h
11h
12h
RR
13h
AP
SAIBA MAIS AM
MA
PA
CE PI
AC
RO
SE
MT
Fernando de Noronha (PE)
DF GO
3’50’S
MG
ES
MS
-4h
SP
Atol das Rocas (RN)
SC RS
32’24’O
RJ
PR
-3h -2h *Em relação ao horário de Greenwich
AL
BA
FUSO HORÁRIO*
-5h
PE
TO
RN PB
3’52’S
Penedos de S. Pedro e S. Paulo (RN)
1h
3’56’S 29’22’O
33’50’O
As regiões Sul, Sudeste e Nordeste, o Distrito Federal e os estados de Goiás, do Tocantins, Pará e Amapá acompanham o horário de Brasília. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e a maior parte do Amazonas têm uma hora a menos. Já um pequeno trecho do Amazonas e o Acre passaram a ter duas a menos que Brasília com a mudança de fuso implementada em 2013. Com as alterações, o Brasil ficou com quatro fusos horários. No alto, os relógios mostram os diversos horários quando é meio-dia em Brasília. Note como Fernando de Noronha e as ilhas oceânicas estão mais “adiantados” em relação aos horários do Brasil continental: nessas regiões já são 13 horas.
SAIU NA IMPRENSA COREIA DO NORTE ATRASA HORÁRIO EM 30 MINUTOS E ADOTA ‘HORA DE PYONGYANG’ A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira (7) a adoção da “hora de Pyongyang”, que exigirá um atraso de todos os relógios do país em 30 minutos a partir de 15 de agosto. Com a decisão, a “hora de Pyogyang” será GMT + oito horas e meia, 30 minutos mais tarde que na Coreia do Sul, que tem a mesma hora do Japão, GMT + 9. A alteração do horário no país foi aprovada na quarta-feira pelo Parlamento norte-coreano, e marcará o 70º aniversário da libertação da península coreana do reinado colonial japonês (1910-1945).(...) Na era pré-colonial, a hora da Coreia era GMT + 08H30, o que foi modificado pelo Japão em 1912.(...) G1, 7/8/2015
entram no horário de verão não entram no horário de verão
HORÁRIO DE VERÃO
Com o horário de verão, o Brasil mantém seus quatro fusos, mas muda a disposição deles, pois as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste adiantam o relógio em uma hora. O objetivo é aproveitar melhor a luz solar, já que, durante o verão, quanto maior a latitude, maior o fotoperíodo – o Sol nasce mais cedo e se põe mais tarde. A medida provoca uma importante redução no consumo de energia durante os horários de maior consumo, sobretudo das 18h às 20h, o que reduz a sobrecarga no sistema elétrico e os riscos de apagões. Nos estados localizados em latitudes mais baixas (mais próximos da linha do Equador), como no Nordeste, Norte e Centro-Oeste, há pouca variação do fotoperíodo e, por isso, não compensa fazer a mudança para o horário de verão. Nesses estados, mesmo que houvesse alguma economia de energia à tarde, a mudança provocaria um aumento no consumo de energia no início da manhã. O horário de verão começa no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro. Se neste último for carnaval, o encerramento fica para o domingo seguinte. GE GEOGRAFIA 2017
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CARTOGRAFIA TIPOS DE MAPA
MAPAS POLÍTICOS
É este recorte que dá aos mapas a cara que mais conhecemos: os continentes divididos em países, os países divididos em regiões e estas, em cidades (veja, ao lado, os 35 países do continente americano). Seu objetivo é simplesmente demarcar os limites entre territórios, que podem mudar no decorrer dos anos.
Vários mapas, diferentes leituras Veja como as diversas formas de representar o espaço geográfico podem alterar o modo como enxergamos o planeta
As fronteiras entre as nações, por exemplo, sofreram muitas mudanças no decorrer da história. As atualizações do mapa-múndi atingiram número recorde no século XX, por causa do turbilhão de eventos ocorridos no período, como o desmembramento da ex-União Soviética. A mais recente alteração no mapa político ocorreu em 2011, com o desmembramento do Sudão, que deu origem ao Sudão do Sul. Em suma, aparecer ou não no mapa significa ter a própria existência reconhecida pelo resto do mundo.
R
Pico da Neblina 3.014 m Amazonas
es And dos
Também constam nos mapas físicos denominações das unidades de relevo que se destacam no território, como cadeias montanhosas, serras, planaltos e planícies, bem como os picos mais elevados. Quanto à hidrografia, são representados com traços azuis os grandes rios e seus principais afluentes e subafluentes. Os principais lagos também são identificados.
s che ala p A
Aconcágua 6.959 m
São F ranci sco
Este tipo de mapa destaca as características físicas da superfície terrestre, em especial de relevo e hidrografia. Geralmente, as diferentes faixas de altitudes são apresentadas por meio de uma sequência de cores: nas terras emersas, os tons em verde são usados para altitudes mais baixas, seguidos do amarelo, laranja e marrom, sucessivamente, para as altitudes mais elevadas.
Grandes Lagos Mis siss ipp i
MAPAS FÍSICOS
eira dilh Cor
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Mte. McKinley 6.194 m Montanhas Rochosas
epresentação: é essa a ideia que norteia a construção de um mapa. Ocorre que, obviamente, o tamanho e a complexidade do planeta não cabem no papel. Desse modo, é preciso fazer escolhas para conseguir mostrar, num espaço tão restrito, o máximo daquilo que comporta o mundo real. Dessas escolhas é que resultam as diversas maneiras de representar um território, que pode se dar com base em focos variados, como seus aspectos físicos, políticos ou sociais. Cada um desses recortes, por sua vez, abarca outras subdivisões. A representação física do planeta, por exemplo, engloba mapas de hidrografia e relevo, entre outros. Todas essas divisões são importantes tanto por seu caráter teórico, ao facilitar o estudo de uma área, quanto pela aplicação prática desse conhecimento, ao nortear a implantação de políticas de saúde ou ambientais. Entretanto, com tantas possibilidades, é preciso atenção na hora de ler os mapas e avaliar as conclusões tiradas com base em sua análise. Afinal, como vimos, eles mostram apenas uma parte da realidade. Assim, dependendo do ponto de vista adotado para sua construção, eles podem acabar servindo para influenciar – positiva ou negativamente – o modo como enxergamos determinada área ou algum fenômeno. Confira a seguir alguns dos principais tipos de mapas e o que eles representam.
PARA IR ALÉM Confira dezenas de anamorfoses sobre os mais diversos temas no site www.worldmapper.org.
Canadá
Estados Unidos
Cuba Haiti Venezuela
México
VOCÊ SABIA? Canadá
Índice de Desenvolvimento Humano (2014)
Brasil
Muito Alto
Chile
Alto Médio
Argentina
Estados Unidos
Baixo Dados não disponíveis
MAPAS TEMÁTICOS
São mapas que representam dados sobre determinados temas, permitindo observar as características de uma região e estabelecer comparações entre os países apresentados. Os temas abordados podem ser os mais diversos, da economia à cultura, passando por demografia e meio ambiente. Neste exemplo, os países da América são agrupados a partir de sua classificação no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O indicador, apurado pela Organização das Nações Unidas (ONU), serve para medir as variações no padrão de qualidade de vida das diferentes populações do globo, levando em conta três fatores: educação, longevidade e renda. Ao observarmos o mapa de IDH do continente americano acima, notamos que Estados Unidos, Canadá, Chile e Argentina são as únicas nações com IDH muito alto, enquanto o Haiti é a única nação com baixo desenvolvimento humano. O Brasil, junto com países como Venezuela e México, tem IDH alto.
Brasil
ANAMORFOSES, OS MAPAS DISTORCIDOS
Os mapas têm como objetivo apresentar de forma mais fiel possível o espaço geográfico, certo? Mais ou menos. Existem alguns tipos de representação cartográfica que distorcem o tamanho e o traçado das regiões para reforçar o efeito comparativo sobre o tema apresentado. Esses mapas recebem o nome de anamorfoses e costumam cair nos vestibulares com certa frequência. Nesta anamorfose, o tamanho de cada país é proporcional ao seu Produto Interno Bruto (PIB) e não à sua extensão territorial. Logo, chama a atenção o aumento de tamanho dos Estados Unidos, dono da maior economia do mundo, com 17,4 trilhões de dólares. Por sua vez, note como o Canadá, que tem a segunda maior extensão territorial do planeta, atrás apenas da Rússia, ficou representado de uma forma bem menor nesta anamorfose. Isso acontece porque o gigantismo de sua área não é proporcional ao seu PIB. Já o mapa do Brasil apresenta poucas distorções na comparação entre economia e área. GE GEOGRAFIA 2017
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CARTOGRAFIA PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Forma e conteúdo O desafio de reproduzir p a superfície p esférica da Terra em um mapa p plano p levou ao surgimento g de uma infinidade de projeções p j ç cartográficas. g Conheça ç a seguir os tipos mais comuns
A
o longo dos séculos, os cartógrafos vêm se empenhando em desenvolver mapas-múndi da forma mais fiel possível. O problema é que a Terra tem um formato esférico, com um leve achatamento nos polos. O maior desafio na criação dos mapas,
portanto, é representar este planeta esférico em uma superfície plana. Para ter uma ideia da dificuldade de fazer essa transposição, no decorrer dos anos surgiram mais de 200 tipos de projeção cartográfica. E todas apresentam algum tipo de distorção.
AS DIFERENTES REPRESENTAÇÕES DA ESFERA TERRESTRE
Greenwich
Dependendo da figura geométrica utilizada para desenvolver o mapa, as projeções podem ser classificadas da seguinte forma:
60˚
Trópico de Câncer
nw ee ich
Equador 20˚
Trópico de Capricórnio
60˚
Trópico de Câncer
180˚ 160˚ 140˚
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
Este tipo de projeção é produzido como se um cilindro envolvesse a esfera terrestre e fosse então planificado. A projeção cilíndrica ainda consegue representar com menos distorções as baixas latitudes.
20 GE GEOGRAFIA 2017
Polo Norte
Gr
20˚
Equador 120˚ 100˚
80˚ 60˚
PROJEÇÃO CÔNICA
0˚ 20˚ 40˚
Neste tipo de projeção, a representação é feita como se um cone envolvesse o planeta e depois fosse planificado. Essa projeção é utilizada para mapas de latitudes médias, pois nessa região a distorção é menor.
PROJEÇÃO PLANA OU AZIMUTAL
O mapa é construído sobre um plano que tangencia algum ponto da superfície terrestre. Seu uso mais comum é para melhorar a visibilidade das regiões polares e de suas proximidades.
DIFERENTES PROJEÇÕES CAUSAM POLÊMICA
As projeções também podem ser classificadas de acordo com os parâmetros utilizados para conservar ou distorcer as áreas:
CONFORME
Prioriza a forma, ou seja, o contorno dos continentes e oceanos e distorce a área, principalmente nas latitudes maiores. Na Projeção de Mercator ao lado, a Groenlândia, que tem cerca de 2,8 milhões de quilômetros quadrados, aparece no mapa com quase o mesmo tamanho da África, com seus mais de 30 milhões de quilômetros quadrados.
EQUIVALENTE
Mantém a equivalência da área, ou seja, a proporção entre as áreas reais e sua representação nos mapas. No entanto, as formas ficam distorcidas, como a América do Sul e a África, que aparecem mais alongadas no mapa, como se nota na Projeção de Peters.
ARBITRÁRIA OU AFILÁTICA
SAIBA MAIS AS IMAGENS DE SATÉLITES
Os satélites são instrumentos essenciais para a obtenção de imagens da superfície terrestre com grande riqueza de detalhes. A partir dessas informações, os cartógrafos produzem mapas temáticos, monitoram problemas ambientais, como o desmatamento e a poluição das águas, descobrem novas riquezas, como jazidas minerais, entre inúmeras outras funções. A obtenção de imagens de satélite faz parte de um conjunto de técnicas conhecidas como sensoriamento remoto. Como a própria expressão já diz, trata-se de uma forma de obter imagens com sensores localizados à distância. Dependendo das variações que as características físicas da superfície terrestre apresentam, ocorrem diferentes índices de reflexão da luz solar ou das radiações dos sensores ativos dos satélites. As águas, por exemplo, tendem a absorver maior quantidade de energia, enquanto construções (prédios, estradas, pontes etc.) ou mesmo o solo exposto refletem mais a energia incidente. Desta forma, é possível identificar as características naturais e da ocupação humana de uma determinada área. Existem ainda filtros utilizados para realçar alguma caraterística, como as variações do relevo, dos recursos minerais, da vegetação ou das águas, por exemplo.
Não se prende totalmente a nenhuma regra, distorcendo tanto a área como a forma, porém sem exagerar essas distorções, buscando um resultado mais equilibrado. O exemplo mais representativo é a Projeção de Robinson, utilizada na maior parte dos atlas e livros escolares.
EQUIDISTANTE
Representa com maior fidelidade as distâncias, por isso é frequentemente adotada para definir rotas aéreas e marítimas. No entanto, ela distorce as formas e as áreas. As projeções planas ou azimutais, descritas na página ao lado, também são consideradas equidistantes.
INPE
CORES E TEXTURAS Nesta imagem da região metropolitana de São Paulo, as porções de água estão representadas na cor preta, as áreas urbanizadas na cor rosa, a vegetação na cor verde e o solo exposto na cor marrom GE GEOGRAFIA 2017
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COMO CAI NA PROVA
1. (Fuvest 2014) Observe estes mapas:
a) Identifique duas diferenças significativas entre os mapas, quanto à forma de representação cartográfica. b) Qual era o principal objetivo de cada mapa, considerando os diferentes contextos históricos em que foram criados?
RESOLUÇÃO a) Uma primeira diferença são tecnologias distintas: em 1519, as técnicas de produção de mapas eram rudimentares, se comparadas àss utilizadas atualmente. No caso do primeiro mapa, um Portulano utilizado no período das grandes navegações, as informações apresentadas eram pouco precisas quanto à localização dos fenômenos representados e à delimitação do território brasileiro. Já o mapa de 2009 conta com técnicas como projeção cartográfica, escala, legenda e divisão política. Outra diferença é quanto ao conhecimento científico acumulado sobre o território. Em 1519, como eram escassos os conhecimentos sobre a vegetação brasileira, o mapa era preenchido por ilustrações (legenda pictórica). O mapa de 2009 apresenta os principais tipos de vegetação do país em sua cobertura original, revelando maior precisão quanto aos seus limites como resultado de estudos científicos sistemáticos. b) No mapa de 1519 evidencia-se o caráter descritivo, voltado para a representação dos recursos naturais existentes nas colônias ou terras que estavam sendo disputadas pelas grandes metrópoles. O mapa de vegetação publicado em 2009 tem uma conotação científica e seu objetivo é representar, com a precisão permitida pela escala adotada, as áreas de cobertura original das formações vegetais em território brasileiro.
2. (IFSC 2014 – adaptada) A seguir, apresentam-se os dados de uma passagem de avião comprada de Santarém/PA para Manaus/AM:
Voo: D5Z81 Data: 28/07/2012 Itinerário: Saída: STM – Santarém/PA – Horário: 15:00 Chegada: MAO – Manaus/AM – Horário: 15:15
b) O fuso horário de Santarém é o mesmo que o de Brasília, e o de Manaus está 1 (uma) hora adiantado em relação ao fuso da capital federal; por esse motivo é que a diferença entre o horário de saída e o de chegada é de apenas 15 minutos. c) Desde junho de 2008, todo o território do estado do Pará, onde se localiza Santarém, está sob o horário de Brasília durante a maior parte do ano. d) Uma passagem de avião, emitida no dia 12 de dezembro de 2012, com saída de Santarém/PA, marcada para as 15 horas, teria impresso, como horário de chegada em Manaus/AM, 16 horas e 15 minutos, já que, durante o período do horário de verão, as duas cidades passam a ter a mesma hora legal. e) O percurso de avião entre Santarém/PA e Manaus/AM é realizado de leste para oeste, e por isso, ao atravessar o fuso horário, deve-se atrasar o relógio. f) Um percurso de avião do Recife/PE para o arquipélago de Fernando de Noronha, realizado durante a mesma data e horário de saída, teria também a mesma hora de chegada, se levasse um tempo de voo igual ao da rota entre Santarém/PA e Manaus/AM, já que comparativamente possuem a mesma diferença de fuso horário.
RESOLUÇÃO A questão rrequer o conhecimento dos fusos horários do Brasil e a localização das cidades de Manaus (AM) e Santarém (PA). Veja o mapa e os comentários a seguir. a) CORRETA – A cidade de Manaus, por estar localizada um fuso a oeste da cidade de Santarém, tem uma hora a menos. Assim, quando o avião chegou em Manaus às 15h15, na cidade de origem ((Santarém) m já eram 16h15, ou seja, já haviam se passado 1h15min desde a sua partida. b) INCORRETA – A afirmação é falsa, pois o fuso em que se encontra Manaus está uma hora atrasada (e não adiantada, como se afirma) em relação a Brasília. c) CORRETA – O Pará encontra-se no mesmo fuso de Brasília. A referência feita à “maior parte do ano” subentende que se deve considerar o horário de verão, que é adotado em Brasília, mas não no Pará. d) INCORRETA – Os estados da região Norte não adotam o horário de verão, pois se encontram próximos da linha do Equador (baixa latitude), onde a pequena variação do fotoperíodo (período com luz solar) não favorece a mudança do horário para fins de economia de energia. e) CORRETA – No sentido leste-oeste, situação descrita no enunciado, há uma hora a menos a cada fuso. Portanto, essa afirmação está correta. f) INCORRETA – O arquipélago de Fernando de Noronha localiza-se no sentido oposto, ou seja um fuso a leste de Recife. Dessa forma, seria necessário acrescentar uma hora para se obter o horário de chegada.
SAIBA MAIS Veja onde se localizam Manaus e Santarém r no mapaa, seus respectivos fusos horários e o que muda no período em que é adotado o horário de verão. HORÁRIO REGULAR
Manaus
HORÁRIO DE VERÃO
Santaré aré ré rrém é
Manaus
Santaré rém ré é
Tendo em vista os dados apresentados na passagem sobre o tema fusos horários, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). a) A viagem entre Santarém/PA e Manaus/AM dura, na verdade, 1 hora e 15 minutos, porque as duas cidades estão em fusos horários diferentes.
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FUSO HORÁRIO*
-5h
-4h
-3h
-2h
*Em relação ao horário de Greenwich
RESUMO
3. (Fuvest 2011) Observe o mapa abaixo, no qual estão representadas cidades africanas em que ocorreram jogos da seleção brasileira de futebol pouco antes e durante a Copa do Mundo de 2010.
Cartografia ELEMENTOS DOS MAPAS São as informações que acompanham os mapas e a eles dão significado. Os principais elementos são o título, a legenda (indica o significado dos símbolos, cores e demais recursos utilizados nos mapas), a rosa dos ventos (indica os pontos cardeais), a fonte dos dados e a escala, que determina a proporção em que o mapa foi feito, comparado à superfície real. COORDENADAS GEOGRÁFICAS São valores em graus, minutos e segundos obtidos a partir do cruzamento dos meridianos (linhas imaginárias traçadas no sentido norte-sul) e dos paralelos (linhas imaginárias traçadas no sentido leste-oeste). As coordenadas são fundamentais para a localização de qualquer ponto ou área na superfície terrestre. O ponto de referência dos paralelos é a linha do Equador, enquanto dos meridianos é o meridiano de Greenwich. Os paralelos determinam a latitude e os meridianos indicam a longitude.
As distâncias*, em linha reta e em km, entre Johannesburgo e as demais cidades localizadas no mapa, estão corretamente indicadas em: Dar es Salaam
Harare
Durban
Porto Elizabeth
a)
25.900
9.100
5.600
10.500
b)
18.900
5.380
870
4.600
c)
2.590
910
560
1.050
d)
259
91
56
105
e)
1.890
530
87
460
*Valores aproximados.
RESOLUÇÃO Para responder ao item, deve-se ler com atenção as informações disponíveis no mapa, principalmente a sua escala, que é de 1:70.000.000. Isso significa que cada centímetro no mapa corresponde na realidade a 700 quilômetros. Dessa forma, para saber a distância real entre as cidades africanas, deve-se multiplicar por 700 as distâncias das cidades fornecidas no mapa em relação a Johannesburgo. Assim, obtêm-se os seguintes resultados,s que correspondem à alternativa C: Cidade
Cálculo da escala real
Resultado
Dar Es Salaam (Tanzânia)
3,7 cm X 700 km
2.590 km
Harare (Zimbábue)
1,3 cm X 700 km
910 km
Durban (África do Sul)
0,8 cm X 700 km
560 km
Porto Elizabeth (África do Sul)
1,5 cm X 700 km
1.050 km
FUSOS HORÁRIOS São faixas longitudinais (que se estendem no sentido norte-sul no globo terrestre) criadas para organizar a hora mundial. Inicialmente foram determinadas 24 faixas, cada uma com 15 graus. A hora adotada em cada país, no entanto, foi regulamentada com base nos fusos horários práticos, que acompanham os limites territoriais dos países ou estados, de acordo com os interesses político-econômicos regionais. O ponto de referência do horário mundial é o meridiano de Greenwich, na Inglaterra: indo para leste, adianta-se o relógio; para oeste, deve-se atrasá-lo. Muitos países adotam o horário de verão, adiantando o relógio em uma hora para aproveitar melhor a luz solar e reduzir o consumo de energia. TIPOS DE MAPAS De acordo com o tipo de informação que representam, os mapas podem ser classificados como: mapas políticos, que mostram os limites político-territoriais dos países; mapas físicos, com as principais características de relevo e hidrografia; e os mapas temáticos, que representam algum tema ou assunto específico, como dados econômicos, populacionais ou ambientais. As anamorfoses aumentam ou diminuem o tamanho dos países ou continentes de acordo com os dados quantitativos que estão sendo representados. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS São técnicas utilizadas para representar a Terra, que é esférica, em uma superfície plana. As principais projeções são classificadas de acordo com a figura geométrica utilizada para representar a superfície terrestre: cilindro (projeção cilíndrica); cone (projeção cônica) e plano (projeção plana ou azimutal). Há distorções em todas as projeções, sendo que em cada uma se prioriza uma determinada propriedade: a área, a forma ou as distâncias. A projeção de Mercator é mais precisa nas distâncias, mas distorce as áreas. Já a projeção de Peters privilegia o tamanho da área, porém não consegue apresentar as formas de maneira fiel.
Resposta: C GE GEOGRAFIA 2017
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