Historia Fundamental 2

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Centro Estadual de Educação Continuada – CESEC Betim

APOSTILA DE HISTÓRIA MÓDULO II Ensino: Fundamental

Orientações importantes Fazer os exercícios em folha separada e entregar junto com esta apostila ao professor. Leia atentamente todas as páginas da apostila, copiar e responder as atividades das páginas descritas em cada módulo. Entregar em forma de trabalho, ou seja, com uma capa contendo: Cesec/Betim, Trabalho de História, seu nome, módulo e data. O aluno deverá obter 50% no trabalho, para ser considerado aprovado.

Qualquer dúvida poderá consultar está apostila, livros de história ou a internet, se mesmo assim, persistir a dúvida, procure o (a) professor (a) no CESEC.

Bons Estudos!

POVOS INDÍGENAS NO BRASIL Os povos indígenas no Brasil viviam de forma mais igualitária. A propriedade da terra era coletiva e o trabalho era voltado para a produção necessária à sobrevivência. Preparavam as crianças para a vida adulta e sua tradição e seus costumes eram mantidos através de histórias e lendas, que passavam de geração a geração. O trabalho agrícola (plantio e colheita), a fabricação de farinha, a fiação, a tecelagem e o cuidado das crianças são tarefas predominantemente femininas. Os homens são responsáveis pela preparação do terreno para o plantio, caça e pesca, fabricação de canoas e armas, construção das casas e expedições guerreiras. O enfraquecimento do mundo indígena pode ser explicado, de um lado pelo processo de colonização imposto pelos europeus, e de outros, pelas doenças trazidas pelos conquistadores. Apesar disso, os povos indígenas deixaram verdadeiros legados que permanecem entre nós até hoje, como por exemplo, a arte da cestaria e da cerâmica, o banho diário, instrumentos musicais e a culinária. EXPANSÃO MARÍTIMA Até o século XV, o comércio girava em torno do Mar Mediterrâneo e era controlado pelas cidades italianas. Comerciantes excluídos dessas atividades tão rentáveis foram procurar novos caminhos para ter acesso aos produtos desejados. O fortalecimento da burguesia, aliado à centralização política e à ótima localização geográfica fez com que Portugal se aventurasse pelo Oceano Atlântico. Contornando o litoral africano, as caravelas portuguesas chegaram até o extremo sul da África. Isso só foi possível graças à fundação da Escola de Sagres, sob a liderança do Infante D. Henrique, que, com diversos navegadores, pesquisou mapas e aperfeiçoou instrumentos de navegação. Paralelamente, a Espanha também iniciara suas viagens ultramarinas, financiando o projeto do navegador genovês Cristóvão Colombo, que chegou à América em 1492. Em função da rivalidade entre Portugal e Espanha quanto à divisão das terras descobertas ou a serem descobertas, foi assinado em 1494, entre os dois países, o Tratado de Tordesilhas, uma linha imaginária passaria a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. As terras que ficassem a oeste desta linha seriam da Espanha, e as do lado leste pertenceriam a Portugal. Resolvidas essas pendências, Portugal continuou navegando até descobrir um novo caminho para chegar às Índias em 1498. Em 22 de abril de 1500, o navegador português Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil com sua esquadra. Após tomar posse da terra em nome do rei de Portugal, seguiu viagem para Calicute. O escrivão da esquadra, Pero Vaz de Caminha escreve a seu soberano, contando sobre o lugar e seus habitantes exóticos, os povos indígenas.

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS As Capitanias Hereditárias foram criadas com o intuito de melhor a gestão da colônia. Dessa forma, o país foi separado em várias faixas de terra e cada uma delas foi doada para os donatários, que deviam explorar seus recursos, além de proteger, povoar e promover o cultivo da cana de açúcar. A grande maioria das Capitanias fracassou por falta de recursos e ainda, eram frequentemente atacadas tanto pelos piratas como pelos indígenas. As únicas que sobreviveram, inclusive, até depois da independência foram as Capitanias de Pernambuco e de São Vicente. CICLO DO AÇÚCAR – SÉCULOS XVI e XVII Na Europa, o açúcar era um produto caro e de grande aceitação. As experiências mais bemsucedidas dos portugueses com o cultivo do açúcar no Brasil foram em solo nordestino, extremamente adequado para o plantio em grandes escalas. Sendo assim, a lucratividade seria tanto no povoamento do país como na exploração de suas terras para o cultivo do açúcar, comercializando-o posteriormente em continente europeu. Foi então durante essa fase que a mão de obra dos escravos africanos começou a ser utilizada no Brasil. Eles eram trazidos em navios para o país e utilizados nos grandes campos de produção de cana de açúcar. CICLO DA MINERAÇÃO – SÉCULOS XVII E XVIII A crise no mercado de açúcar brasileiro, devido à concorrência do açúcar produzido nas Antilhas, levou Portugal a buscar novas fontes de renda, pois, como sabemos, os portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados no Brasil. Foi neste contexto que os bandeirantes, no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda. A descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira “corrida do ouro”, durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros de todas as partes, e até mesmo portugueses, passaram a migrar para as regiões auríferas, buscando o enriquecimento rápido. A consequência disso foi o desenvolvimento de cidades como Vila Rica, Mariana e São João Del Rey ESCRAVIDÃO NO BRASIL No início, os europeus utilizaram a mão-de-obra indígena, durante o ciclo do pau-brasil. Com o começo da economia açucareira, essa relação tornou-se inviável, em razão de fugas constantes dos nativos e por causa da oposição dos jesuítas. Portugal optou pelo trabalho executado por negros africanos. Eles eram considerados mais resistentes que os indígenas e certamente seriam mais uma fonte de renda extremamente lucrativa, como a política mercantilista exigia.

RESISTÊNCIA NEGRA Os negros africanos que chegavam ao Brasil, trazidos em navios negreiros – chamados tumbeiros – não aceitaram a escravidão passivamente. Os suicídios e as revoltas eram comuns. Os que conseguiam escapar do cativeiro reuniam-se em grupos denominados mocambos, um conjunto de mocambos formava um quilombo. Os negros que lá viviam eram os quilombolas. O quilombo mais conhecido foi o Quilombo de Palmares, localizado na Serra da Barriga, no Estado de Alagoas. Chegou a reunir mais de vinte mil pessoas e era tão organizado que os senhores de engenho o consideravam uma ameaça. Um de seus líderes mais conhecidos foi Zumbi, que resistiu durante 14 anos aos ataques das milícias. Só foi derrotado porque um companheiro dele, torturado, indicou seu esconderijo. De qualquer forma, os ideais de liberdade de Zumbi permaneceram vivos e a data de 20 de novembro é o marco de sua morte. Nesse dia, no Brasil, é comemorado o dia da Consciência Negra.

SURGIMENTO DAS MONARQUIAS NACIONAIS Na Baixa Idade Média, iniciou-se a crise do feudalismo, com o renascimento do comércio e das cidades e o surgimento de uma nova classe social, a burguesia. Entre os séculos, XI e XV os monarcas empreenderam lutas com o apoio da burguesia para vencerem os opositores internos – a nobreza, que tinha a posse das terras – e os externos – as outras nações em formação. À burguesia interessava a centralização política, porque ela desejava a unificação da moeda, dos pesos e medidas, dos tributos e das leis, para melhor e desenvolver o comércio. A aliança burguesia-monarquia foi um fator preponderante para a centralização do poder e consequentemente a formação dos Estados Nacionais. A IGREJA SE FORTALECE Durante a Idade Média, a Igreja Católica constituiu o principal centro de poder na Europa. Sua influência era tamanha que reis e senhores feudais recorriam a seu apoio para governar. Tanto poder terreno distanciou a Igreja dos assuntos espirituais, para muitos de seus integrantes. Essa inversão de valores pôs em xeque a credibilidade da instituição. REFORMA PROTESTANTE CAUSAS: Insatisfação dos reis e príncipes por conta dos poderes do Papa Corrupção do clero Venda de indulgências e falsas relíquias LUTERO LIDERA REFORMA Martinho Lutero era um monge agostiniano alemão, em abril de 1517, ele ouviu do frade Johann Tetzel, representante do papa Leão X na região, um discurso defendendo a venda de indulgências (comprar o perdão). Convencido de que tal prática não encontrava na Bíblia e que era apenas mais uma forma de a Igreja tirar proveito da credulidade das pessoas, Lutero protestou, em uma carta dirigida a seu arcebispo formulou 95 teses nas quais tecia profundas críticas à venda de indulgências e a outras práticas da Igreja Católica. As propostas de Lutero

repercutiam em diversas regiões da Europa e originaram outros movimentos reformistas. A partir de então todos os seguidores de Lutero e de outros reformistas seriam chamados de protestantes.

A REFORMA CALVINISTA João Calvino: reforma na França Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida). A REFORMA ANGLICANA Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras. A CONTRA- REFORMA Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido: - Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas; - Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição: punir e condenar os acusados de heresias - Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de ideias contrárias à Igreja Católica. Capitalismo O capitalismo é um sistema social em que os meios de produção constituem propriedade privada e pertencem aos capitalistas. No capitalismo, há uma clara definição das relações assalariadas de produção, ou seja, há uma nítida separação entre os detentores dos meios de produção e os trabalhadores. São também características do capitalismo: produção para o mercado, trocas, organização e, acima de tudo, lucro. Capitalismo comercial Entre os séculos XVI e XVII generaliza-se o trabalho assalariado, em que pese o predomínio dos artesãos (produtores independentes). A denominação comercial reside no fato de predominar o capital mercantil sobre a produção. A maior parte do lucro concentrava-se nas

mãos dos comerciantes, gerando lucro a quem está ligado diretamente ao comércio e não à produção. RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO Durante a Idade Média, a maior parte da população da Europa ocidental vivia no campo. Por esse motivo, houve a redução da atividade comercial e das cidades. A partir do século XI, essa realidade começou a se transformar. Com o crescimento populacional, muitos servos largaram a terra e foram tentar a sorte em outros lugares. Houve o restabelecimento das rotas (caminhos) comerciais entre o Oriente e o Ocidente, pelo Mar Mediterrâneo, assim como das rotas localizadas no interior da Europa. Produtos orientais eram largamente comercializados nas terras europeias: seda, brocados, gengibre, pimenta, canela, óleo de arroz, açúcar, figos, tâmaras, entre outros, recebiam o nome de especiarias por serem raros. Nos cruzamentos das grandes rotas realizavam-se as grandes feiras. Por segurança os mercadores ficavam perto de zonas fortificadas, cidades cercadas de muralhas, o “burgo”. O desenvolvimento do comércio fez com que os comerciantes ou burgueses se fortalecessem. Para o burguês, o objetivo não era mais possuir terras, mas acumular fortunas. O comércio, antes baseado na simples troca, passou a se fundamentar na troca de produtos por dinheiro. Casas bancárias apareceram por toda parte.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Apostila baseada nas seguintes obras: COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005. REZENDE, Antônio Pinto. Rumos da história: história geral e do Brasil, https://www.todamateria.com.br/autor/juliana-bezerra/ https://www.sohistoria.com.br/ https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral.

Ensino Fundamental Disciplina História ATENÇÃO: Não escreva nada nesta folha, fazer os exercícios em folha separada e entregar junto com esta folha ao professor. (Seguir as mesmas orientações descritas na primeira página da apostila).

ATIVIDADES DE HISTÓRIA -MODULO II 01.Como viviam os povos indígenas no Brasil? 02. Quais os fatores que Portugal reunia que lhe permitiu ser o primeiro a se aventurar pelo Oceano Atlântico? 03. Defina “Capitanias Hereditárias”. 04. Cite as duas capitanias que prosperaram no Brasil. 05. Por que o açúcar era um produto muito cobiçado pelos europeus? 06. Quais as consequências da descoberta de ouro na região de Minas Gerais? 07. Como eram chamados os navios que traziam os negros para o Brasil? 08. Qual foi o principal quilombo do Brasil, onde estava localizado e quem foi o seu principal líder? 09. Quais as causas da Reforma Protestante? 10.O que foi a Reforma Calvinista? 11.O que foi a Reforma Luterana? 12.O que foi a Reforma Anglicana? 13. Explique a Contrarreforma. 14.Faça uma descrição sobre o surgimento das monarquias nacionais 15.O que entende por Capitalismo Comercial? 16.Cite os principais produtos comercializados pelos europeus com o Oriente. 17.Qual a origem das feiras? 18.O que eram os burgos?
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