P A T R I Z I A E V A N S
MEU ANJO apaixonado
São Paulo, 2019.
Capa: Sarah Libna Revisão: Patrícia Andrade E-mail para contato:
[email protected] Copyright © 2016. Patrizia Evans Esta é uma obra de ficção. Nome, personagens, lugares e acontecimentos descritos, são produtos da imaginação do autor. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência. É proibido o armazenamento e/ ou a reprodução de qualquer parte dessa obra, através de quaisquer meios – tangível ou intangível – sem o consentimento escrito da autora. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela lei nº. 9. 610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Edição Digital | Criado no Brasil. REGISTRO: 1901079552782
“Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.” Clarice Lispector
Capitulo Um AZRAEL Eu já estou tão cansado, que sinto até um desânimo. Mesmo, Uriel sendo o melhor rastreador, ele não tinha encontrado Dabriel, e eu só penso na minha doce Aurora. Minha vida. Meu céu. Meu anjo. Tão forte e destemida o meu amor, mas, mesmo assim, eu tenho medo. Medo de que podem machuca-la. Eu vi as perversidades que os caídos fazem a séculos com as humanas, eles as estupram e depois fazem elas mesmas se matarem. Só de ter que pensar nisso o meu coração congela. Olho para a lua cheia que clareia o rio sobre meus pés, pequenas ondas batem nas pedras fazendo um som calmo e tranquilo, eu pedi para Micael me deixar pensar, depois que vi Aurora fugir e Kael correr atrás dela, eu fiquei apavorado, aquele tinha sido um péssimo plano. O fato disso tudo é que consegui derrubar os quatros caídos e fugi. Pedi para Zadquiel ficar de olho e me avisar sobre tudo o que estava acontecendo. Mas ele não voltou, e pelas minhas suspeitas eles nem estão aqui nas montanhas da fronteira. Passos pesados veem atrás de mim e de costume pulo, já preparado para o ataque. Mas é apenas Ariel com a sua cara emburrada, desde que ele veio a terra o seu mal humor foi descoberto. Exatamente. Ariel não é esse cara chato e reclamão, ele é um dos arcanjos mais pacíficos do Reino. Parece que a terra muda nossos humores. Ele dá um sorriso rápido e suspira. — Zadquiel estava aqui. — arregalo meus olhos e corro até ele. — E por que estou sabendo disso agora? O que aconteceu? Onde está Aurora? — Será que dá pra se acalmar? Ele já se foi, disse que Aurora está ótima e fingiu uma fuga. — Ariel balança sua cabeça irritado. — Lúcifer já está lá com ela. — engulo em seco e sinto meus músculos ficarem tensos. Ele já está aqui. Com a minha Aurora. Tento soar o mais calmo possível, mas por dentro eu estou rosnando e louco para esmurrar alguma coisa. — E então? — pergunto em voz baixa. Ariel dá de ombros e se senta em uma das pedras grandes. — Zadquiel disse que quando a viu, ela estava ao lado dele sendo levada de volta ao esconderijo deles. Ela está bem, Azrael. Confie nessas palavras, vamos conseguir achar o maldito do Dabriel. Bem, vocês conseguirão. — diz num tom sarcástico e raivoso. Ela está bem. Meu amor está bem!
Consigo respirar direito e aceno, sento-me ao lado dele e o encaro sem compreender suas últimas palavras revoltadas. — Como assim, vocês? Não irá conosco? — Não. Além das notícias de Zadquiel, ele trouxe outro trabalho. Franzo o meu cenho ainda sem entender. — E qual é esse trabalho? — Ariel respira profundamente e irritamente, ele olha para minha direção e vejo seus olhos negros brilharem de revolta.
— Ele trouxe uma humana, Azrael, ela foi achada pela Aurora, está adormecida na cabana e toda machucada. Aurora pediu para que eu cuidasse dela. ***** É nossa última noite na cabana, Micael acha melhor viajarmos durante o dia, pois é mais fácil de localizar lugares. Todos os meus irmãos estão na sala e olhando atentamente para um dos sofás. Chego mais perto e vejo uma garota encolhida dormindo embaixo da coberta e choramingando pelos seus sonhos. Ela está com os lábios inchados e um lado do rosto machucado de hematomas. Os desgraçados dos caídos fizeram isso. Ela é pálida e tem cabelos negros como a noite, mesmo machucada, posso ver sua beleza delicada. Sento na mesinha de centro e a observo. Minha Aurora a salvou daqueles monstros, minha pequena e frágil Neva. Talvez não tão frágil como eu sempre achei desde que a conheci, se arriscou para salvar uma desconhecida. Como eu amo aquela mulher. Micael se senta ao meu lado e olha a garota. — Zadquiel a trouxe já adormecida, deve estar cansada, além de estar fraca e machucada. — seu rosto está com um misto de indignação e revolta. — Olhe só meu irmão, uma criança. Assim como Aurora, fizeram o que queriam com essa frágil criança. Tenho nojo desses caídos. — aperto o ombro de meu irmão para acalma-lo. — Ela ficará bem agora. Ariel cuidará dela. — olho para Ariel que está de braços cruzados e olhando para a garota, seus olhos me encara e ele assente. — Cuidarei dela. — murmura, voltando sua atenção para a menina. Me levanto da mesinha e suspiro. E se essa garota fosse Aurora? Como eu me sentiria? Ou pior, se eles já estivessem tentando fazer algo a minha Aurora? Não. Aquilo não pode acontecer mesmo. Eu não posso ficar aqui parado até o amanhecer enquanto a minha vida está correndo perigo perto de Lúcifer e seus escravos inúteis. Amitiel pensa o mesmo que eu, está preocupado com Aurora e imagino mais do que eu. Ele gosta dela como se fosse sua irmãzinha, ele disse isso para mim. Confesso que meu ciúmes possessivo não gostou de saber que outro cara tem um sentimento por ela. Mas ele é um bom irmão, seus sentimentos são inocentes e puros. Passo minhas mãos no meu rosto e encaro todos.
— Isso não está certo, não podemos ficar aqui parados até o sol nascer. Eu já estou ficando maluco de desespero e, Aurora foi pega não faz nem quinze horas. Eu tenho que agir, e agora. Micael se levanta e assente. — Também acho isso, Azrael, depois de olhar essa pobre criança machucada eu não ficareis aqui parado. Vamos atrás de Dabriel. — todos se levantam com sorrisos largos e abrindo suas magníficas asas douradas. Ariel olha para cada um chateado e se senta na poltrona. Micael e eu vamos até ele, para tranquiliza-lo.
— Não fique assim meu irmão, tu estais fazendo um grande favor em cuidar da menina. — garante Micael, Ariel assente e olha pela janela. Micael aperta seu ombro e depois me olha indo para fora. Dou um tapinha nas costas de Ariel e sorrio. — Não tente matar a garota se ela for teimosa demais. — sua risada curta é baixa e um suspiro profundo sai de seus lábios. — Espero que ela durma até isso tudo acabar, Aurora foi o meu limite para aguentar uma humana. — Bom, caso ela acordar. Dê comida para ela e pegue alguma roupa de Aurora, as duas devem ter o mesmo tamanho. — aperto o ombro de meu irmão emburrado novamente e digo. — Sei que cuidará dela, se Aurora pediu que fosse você então ela confia em você. Tenho que ir irmão. Ariel assente para mim e se levanta dando um rápido abraço e umas batidinhas nas costas. Quando saio de lá, abro minhas asas e todos seguimos Uriel. — Pelos meus sentidos, Dabriel não está no Canadá. — digo em voz alta, voo para mais perto dele e o olho. — E onde ele deve estar? — Uriel me encara por um tempo e depois balança sua mão. — Em alguma parte dos Estados Unidos. — Bem, então vamos logo para a América. — diz, Beliel ultrapassando de todos nós. Aquela será uma longa viagem, alguma parte da América demorará uma eternidade. Oro para meu Pai, dizendo para que, Uriel seja rápido, que Dabriel seja encontrado, e o mais importante de tudo. Que minha linda e agora valente Aurora esteja segura e salva.
Capitulo Dois ARIEL Já está amanhecendo e minha frustração crescendo junto ao sol. Eu estou inquieto para saber sobre a busca que meus irmãos estão fazendo, é uma droga não ter a Conexão. Aqui na terra, parece que nossas habilidades diminuem a cada dia que passamos nesse lugar. Eu odeio a terra. De verdade. Nunca vou entender como, Azrael consegue viver aqui como um simples homem humano. Eu já estou farto daqui, a última vez que vi minha casa, foi há vários anos, tenho certeza de que, Aurora nem era nascida. Ao lembrar daquela ruiva teimosa e enxerida olho para a garota deitada no sofá. Ela é tão frágil e pequena, às vezes seus olhos se mexem rapidamente pelas pálpebras e seu choramingar é baixo. Levanto da poltrona e caminho até a garota, ela é bonita como, Aurora. Até mais. Só que parece mais jovem que ela. Sento do seu lado e passo meus dedos no seu lábio machucado. Aqueles demônios desgraçados fizeram isso a ela, não só com ela, mas com várias outras garotas inocentes. Eles não podem ficar aqui na terra, já estão fazendo bagunça demais desde que Lúcifer foi banido. Suspiro alto e quando olho para a garota novamente, ela está me encarando com seus olhos azuis quase escuros. Não há medo ali, e sim admiração. Novidade. A beleza de um anjo hipnotiza o ser humano. Tiro minha mão de sua boca e ela tosse, levanta um pouco sua cabeça e olha em volta. A garota se deita novamente e solta um grande suspiro do mais puro alívio. Ela é realmente linda, seus olhos e cabelos destacam-se na sua pele clara como leite. Ela me avalia por um tempo e me sinto como se estivesse despido na frente dessa humana. Mas outra curiosa. Me levanto rapidamente quando sua voz fraca surge. — Quem é você? — pergunta baixinho.
Olho para ela com cara de poucos amigos e ela se encolhe. Aperto minha mandíbula por ter deixado a humana assustada. Como você é um belo cretino, Ariel. Coço meu lábio inferior e me sento no outro sofá. Ela se senta também e puxa a coberta até sua cintura. — Ariel. — digo sem rodeios. Eu não quero conversar com ela, não quero saber de fato o que houve com ela, mesmo já sabendo. Não quero saber como ela foi capturada. Não quero saber nada dela. Ou quero? Balanço minha cabeça e me encosto no sofá. A garota continua me olhando com seus olhos questionados e juvenis. Ela dá um pequeno sorriso e meu coração se altera. O que foi isso? — Meu nome é…. — levanto minha mão, impedindo-a de continuar. — Eu não estou nem aí pro seu nome. Aurora pediu para que eu ficasse de babá e não brincar de quiz. — falo rudemente. Eu sei. Sou um completa idiota e ignorante. Mas não consigo evitar, eu não sou muito fã dos humanos por serem tão... não sei qual a palavra certa, pois tem várias que eu poderia rotular um humano. A garota me olha tristemente e assente. Droga. Eu devo pedir desculpas, mas calo a minha boca. Por que Aurora não pediu para Amitiel cuidar dessa mulher? Ele se daria muito bem com ela, na verdade todos se dariam bem. Eles não são como eu. Até Micael é gentil e carinhoso com humanos. Mas eu não. Eles seguem sempre caminhos errados e deixa Pai triste, e isso me esmaga. Quem gostaria de ver um pai triste? Pois é. Olho novamente a garota e seus olhos azuis estão fixados no cobertor, isso não vai dar certo. Solto um grunhido e me levanto, a garota arregala seus olhos quando me sento perto dela. — Qual é o seu nome? — pergunto seriamente. Sua sobrancelha escura se ergue de um jeito lindo e sua boca ferida se curva. — Agora quer saber meu nome? — Sim, agora quero saber seu nome. — digo irritado. — Mas se não quer dizer, eu estou nem aí afinal de contas. — ela puxa uma mecha do seu cabelo escuro e começa a enrolar no seu dedo magro. Nervosa. Está nervosa comigo.
— Rebecca, Mas pode me chamar de Becca. — Tudo bem Rebecca, acredito que está com fome? Lá em cima tem roupas da Aurora, você pode usá-las. — me levanto e vou até a cozinha. Começo a pegar qualquer alimento dos armários e geladeira quando sinto uma mão fria tocar meu braço. Dou um pulo pelo seu toque e a olho. Ela bate no meu peito. Pequena e frágil. Seus olhos azuis são gentis quando diz. — Desculpe, não queria te assustar. É que eu não quero ir lá encima sozinha. — murmura. Ela ainda está com medo. Tenho vontade de abraçá-la e dizer que está mais segura do que toda sua vida. Mas me contenho, solto um suspiro chateado e aceno. Pego sua mão pequena e fria e nos guio até lá encima. Chego no quarto de Aurora e Azrael e vou até uma mala, há varias roupas de Aurora, uma mais curta do que a outra. Qual o problema daquela mulher? Pego um vestido curto e preto de mangas cumpridas e entrego a garota. — Pode tomar um banho se quiser. — me levanto e abro a porta do banheiro. Ela me olha atentamente e depois o cômodo. — Vai ficar aqui até eu acabar? — fecho meus olhos para manter a calma e aceno. — Sim, eu vou ficar aqui. — ela dá um sorriso e passa por mim. Me sento na beirada da cama quando a garota desabotoa sua camisa de flanela e tira do seu corpo machucado, ela fica de calcinha e depois se senta na borda da banheira para tirá-la. Quando se levanta, puxa seus cabelos para o lado e tira uma corrente de ouro que tem um pingente de um sol. Engulo em seco e olho seu corpo, eu achei que ela fosse uma criança, mas agora vendo-a nua me enganei. Já é uma mulher com aquelas curvas fundas, seios fartos e bunda empinada. Nunca vi nada tão perfeito como ela. Espera aí! Desvio o meu olhar longe daquela criatura que está me enfeitiçando. Eu já havia visto várias mulheres nuas, se oferecendo para mim, mas nunca me senti desconfortável como agora. Meus olhos estão tremendo para olhar a garota, mas me contenho. Eu não sinto nada. Sou um arcanjo e não sinto. Levanto da cama
quando ouço o chuveiro ligar e vou até as roupas de Azrael. Ele tem bom gosto pelo menos, pego uma de suas calças jeans escuras e uma camiseta. Eu estou agoniado com minha vestimenta, eu não sinto frio com aquele tecido fino, mas também me sinto um esquisitão com uma roupa estilo vestido. Tiro minha roupa rapidamente e visto o jeans, me abaixo para pegar uma de suas botas que eu adoro e quando fico de joelhos, a humana está parada na minha frente com o vestido curto e colado no seu corpo. Seus olhos destacam-se ainda mais com a cor da roupa. Levanto devagar do chão e seus olhos seguem por todo meu corpo, fecho o botão e zíper da calça e pego a camiseta. Ela ainda olha meu corpo como se eu fosse um pedaço de carne e aquilo me irrita. — Vai ficar aí parada me comendo com os olhos? — pergunto cruzando os braços. Ah, como eu não gostaria de causar hipnotização sem meu consentimento... A garota se assusta e suas bochechas coram. Uma cor linda. Ela pigarreia e sai de perto de mim. Visto a camiseta e calço as botas, pego um par de tênis de Aurora e entrego a humana, ela balança sua cabeça em negativa e sai do quarto. Ótimo. Deixei a garota chateada. Quando chego na cozinha, ela está jogando sucrilhos na tigela bege e leite, se senta em uma das cadeiras da ilha e pega uma colher. Faço o mesmo que ela e começo a comer, eu não tiro os olhos dela, parece que há um ímã nela chamando minha atenção. Ela não me olha de volta, está fingidamente concentrada na sua refeição o que me faz sorrir e depois soltar uma risada. Ela ergue sua cabeça e suas sobrancelhas finas. — Qual a graça? — pergunta se levantando e se sentando ao meu lado. Outra risada se forma e balanço minha cabeça. — Você. — respondo, sorrindo. Seu cenho se franze e ela dá outro dos seus lindos sorrisos. — O que eu fiz?
— Nada. É que…. — balanço a cabeça novamente. — Enfim. É você. — Mmm, você é diferente. — olho para ela não entendendo. — Eu sei que é um anjo, Zadquiel me contou tudo enquanto me trazia para cá, os que me pegaram são demônios e vocês os mocinhos. — engasgo com meu sucrilho e gargalho. Aquela garota é tão ingênua. — Mocinhos? Gostei desse argumento. E por que sou diferente? — ela dá um sorriso tímido e mexe na sua tigela com a colher. Seus olhos param na sua comida quando me diz. — Porque você não é legal como, Zadquiel e nem mau como os outros. Eu não sei, há algo diferente em você. Principalmente seu cabelo. — sua mão vai até minha cabeça, mas ela hesita, fico parado esperando e quando sua mão toca meus cabelos, sinto um conforto e uma paz. É bom aquele toque hesitante. É boa a companhia dela. Becca. Eu não havia percebido que tinha fechado meus olhos, quando os abro, Becca está mais próxima de mim. Eu não me afasto, não quero. Seus olhos são mais lindos de perto, seu rosto delicado e machucado é perfeito. Ela abaixa sua mão e toca meu queixo e depois meus lábios. — Você é tão bonito. Lindo na verdade, e por incrível que pareça, me sinto segura. — sorri. Abro um pouco minha boca e seus dedos pequenos ainda acariciam meus lábios. — Você também é…. Bela, e não há o que temer. — murmuro sem tirar meus olhos dela. O que eu estou fazendo? Me afasto abruptamente da humana e me levanto. Me apoio na pia e respiro fundo, aquela garota está me seduzindo e eu nem havia notado. E o pior é que eu estava gostando. Pela primeira vez! Sinto a garota parar do meu lado e continuo olhando lá fora, onde a neve cai. — Me desculpa, eu não deveria ter dito aquilo ou tocado em você. — consigo olhar para ela e seus olhos azuis estão preocupados. — Não precisa se desculpar, é que isso não é da minha natureza. — O que não é de sua natureza?
Viro-me para ela e sorrio sem mostrar os dentes. — Sentir desejo por uma humana. ***** Os olhos grandes e azuis da garota me observam, não sei exatamente por quanto tempo, os segundos se passam quando seus lindos lábios carnudos puxam-se num sorriso que se torna o meu favorito. — O quer dizer com isso? — pergunta ainda sorrindo. Eu quero ser grosso novamente, dizer que só é um pequeno e estúpido desejo, mas já tinha se passado. Mas não consigo, essa garota me deixa confuso e excitado. Dou uma olhada lá fora e depois volto para a banqueta, ela me segue ainda disposta para arrancar minha resposta, eu consigo sentir o cheiro da sua satisfação e curiosidade. — Quer dizer que eu nunca senti esse desejo por nada e por ninguém na vida. Satisfeita? — pergunto com as sobrancelhas levantadas. Ela morde seu lábio inferior e assente timidamente, fico parado olhando sua boca e sinto uma vontade desesperadora de beija-la. Beijar. Algo que nunca senti vontade de saber ou nunca pensei. Mas com essa garota.. com a Becca é diferente, eu mal a conheço e sinto algo por ela. Algo que eu tenho certeza absoluta de que nunca sentiria. Passamos a manhã calados, ela pega um livro enquanto eu ando pelos arredores da cabana. No final da tarde resolvo entrar, eu estou procurando um meio de me afastar dela, mas o estranho é que aqui fora eu estou ansioso para vê-la. Entro na cabana trancando a porta e sou recebido com um cheiro delicioso de macarronada com queijo. Eu gosto dessa refeição. Minha preferida. Entro na cozinha e Becca está colocando a travessa na mesa. Ela sorri largamente e me chama para acompanhá-la. Está delicioso, ela realmente sabe fazer uma ótima refeição. Continuamos em silêncio durante todo o processo, mastigar, engolir, beber o suco. Às vezes eu sinto seu olhar sobre mim e quando a olha, ela vira seu rosto. Dou um sorriso disfarçado e vou lavar meu prato. Becca corre até o meu lado e coloca o seu
junto com o meu no lava-louças. Saio de perto dela o mais rápido possível e vou para a sala. Me sento de frente à lareira acesa e fecho meus olhos, sinto o cheiro delicioso e feminino de Becca quando se aproxima para se sentar junto a mim. — Você tem uma idade específica? — pergunta num tom curioso. Continuo com meus olhos fechados, assim é mais seguro, quando eu olho naquelas bolas azuis me perco. Mas de um jeito muito bom. Ah droga. Dou de ombros para sua pergunta, com toda certeza tenho mais idade do que ela e toda sua família. — Parece que você não gosta de mim, devo ser uma intrusa por aqui, não é mesmo? — pergunta, dando uma risada forçada. Dessa vez abro meus olhos. Becca está sentada com as pernas para o lado e sua mão direita servindo de apoio. Oh Pai, me ajude. Balanço minha cabeça em negativa para ela. — Não. Você não é intrusa e também não há motivos para não gostar de você. É só que você me desconcerta, estou me sentindo diferente. — solto de uma vez. Eu queria segurar a droga da minha língua, mas com Becca quero ser o mais verdadeiro possível. Ela dá um sorriso largo e assente. Ficamos em silêncio por um tempo quando sinto, Becca se aproximar mais de mim, olho para ela e seu rosto está muito, mas muito próximo ao meu. Tão perto que posso dar um beijo no seu lábio lindo e machucado. — Qual o problema? — sussurro, olhando sua boca. — Gosto de ficar assim perto de você. Me sinto segura. — sussurra de volta. Aquilo me reconforta bastante, ouvir que se sente segura pela segunda vez, comigo, me deixa mais calmo. Dou um sorriso torto rápido e acaricio seu rosto. Sua bochecha está com uma marca roxa e meu sangue ferve. Eu vou descobrir o nome de cada caído que tocou nela, e pedirei para, Micael matá-los lentamente. Deixo a raiva de lado e me concentro na criatura que desabrochou um desejo em mim em questão de horas. Becca fecha seus olhos e suspira. — Seu toque é bom, ele me acalma. — murmura. Engraçado. Eu sinto a mesma coisa.
Passo meu polegar no seu lábio e salivo de vontade para beija-lá. Mas eu vou tento, preciso ter certeza de que aquilo não é real, eu não posso ter sentimentos por uma humana. Seguro sua cabeça e beijo sua boca carnuda e vermelha, ela solta um som de surpresa e fica parada. Eu não sei como fazer isso e então me afasto. Becca ainda está com os olhos fechados e a boca próxima de mim. Seus olhos azuis aparecem e há fogo ali. Pisco algumas vezes, envergonhado. — E-eu nunca fiz isso, me…. — Não. — ela diz. — Está tudo bem, eu posso te ensinar direito, é só me acompanhar. — aceno para Becca e ela já está puxando meu rosto. Sua língua invade minha boca e encosta na minha, faço o que ela pediu e brinco de pegapega com a sua. Seguro sua cabeça novamente e então, Becca sobe no meu colo, ela solta um gemido tão maravilhoso que sinto uma dor na minha virilha. O que é isso? Pouso minhas mãos na sua fina cintura e aprofundo o beijo. Um beijo delicioso, que está me deixando descontrolado. Não sei o que dá em mim naquele momento e seguro suas coxas, deito, Becca no chão e abro suas pernas para me instalar diante do seu pequeno corpo tentador. Ela solta mais um gemido e sinto aquela pontada novamente dentro da minha calça, que já está me incomodando. Suas mãos bagunçam meus cabelos e sobem e descem no meu tórax e abdômen, seguro sua nuca com uma mão e a outra na sua coxa. Ela tem um gosto viciante, sua pele é lisa e sedutora, cada vez que ela puxa meus cabelos e solta um gemido, minha calça me incomoda cada vez mais. Aquele calor que eu estou sentindo, é novo e convidativo para o meu corpo, eu quero algo, mas não sei o que é. E para me deixar mais louco, Becca morde meu lábio inferior e às vezes balança seu corpo contra o meu. Solto um grunhido entre nossos lábios e puxo ela para cima de mim. Becca se senta no meu colo e afasta sua boca da minha, ela me observa com seus lindos olhos e eu, ofego pelo nosso beijo. Aperto sua cintura com as mãos quando ela rebola em mim, fecho os olhos e gemo, ah como é foi bom. — Você gostou disso? — sussurra sedutoramente.
— Sim. — ofego. Becca rebola mais uma vez e grunho, ela sorri pela minha rendição a ela e se abaixa, me beijando avidamente. Ela não para de mexer seu quadril encima de mim e eu gemo sem parar com aquela sensação. Eu quero mais que isso. Preciso de mais. Becca abre o botão e o zíper da minha calça e quando vai colocar sua mão dentro do jeans, seguro os seus pulsos finos. — O que foi? — pergunta com uma voz aveludada. Engulo em seco e passo a língua em meus lábios. — O que vai fazer? — Becca sorri para mim e se abaixa para beijar meu queixo. — Quero te dar prazer, você não quer? — pergunta, perto do meu ouvido. Fecho meus olhos e gemo quando sua língua passa no meu lóbulo. Solto seu pulso e seguro suas coxas. Becca levanta a barra da minha camiseta e a ajudo para tirar. Suas pequenas mãos passeiam no meu corpo, quando sua boca vai para o meu pescoço, ombro, peito, barriga. Olho para baixo ofegante quando sua mão aperta minha masculinidade, solto um grunhido e aperto com mais força sua coxa. — Você está excitado. Está gostando da nova sensação? — sussurra com uma voz doce. A única coisa que consigo fazer é, assentir freneticamente minha cabeça. Ela solta uma risada que me envia arrepios por todo corpo quando puxa um pouco o cós da minha calça e beija minha virilha e depois lambe até os meus pêlos. — Oh meu Deus! — exclamo em voz alta. — Isso não foi nada ainda, meu querido. — murmura, Becca. Olho para ela novamente quando suas mãos seguram minha calça e começa a abaixá-las. Meu coração salta de nervosismo quando percebo o que estamos fazendo. Ela quer fazer sexo, mas eu não posso. Eu sou um arcanjo e não um humano ou um caído. Isso é inaceitável para o Pai, Ele deve estar extremamente chateado comigo nesse momento. — Não. — seguro suas mãos. — E-eu não posso. — Becca me olha por um tempo e se senta encima das suas pernas. Ela assente arrumando seu cabelo, e olha para baixo envergonhada. Fecho minha calça e me sento de frente para ela, mas sem toca-lá. Se eu fizer isso, não aguentarei e terminarei o que estávamos
começando. Pego a camiseta e visto. — Me desculpa, Rebecca mas eu não posso fazer isso, eu sou um arcanjo e o que fizemos foi errado. Me perdoe. — Becca levanta sua cabeça linda e seu rosto está constrangido. Ariel seu babaca babaca babaca! Ela dá um sorriso tímido e assente. — Tudo bem, eu que me desculpo. — murmura sem me olhar nos olhos. Eu quero pensar melhor, com ela perto de mim e meu corpo queimando por ela, não está ajudando. Levanto do chão sem dizer uma palavra e saio para fora da cabana. Pela janela vejo, Becca ainda sentada e olhando por onde saí, com um rosto triste e envergonhado. Passo minhas mãos no rosto e respiro fundo, olhando para o céu. Eu estou ferrado!
Capitulo Três AURORA Meus olhos estão colados no homem que dá ordens aos caídos, com uma linguagem diferente e que nunca escutei. Ele não me machucou. Não me passou medo e nada parecido. Apenas disse-me para me sentar e se eu estava cansada ou com fome, não se parece nada com o Lúcifer que a humanidade diz. Eu o encaro de boca aberta pelo tamanho de sua beleza, eu achava que, Ariel era o mais perfeito de todos, mas me enganei. Lúcifer é o mais belo. Quando todos saem da sala, restou apenas eu e ele, Kael me olha por um tempo e depois se vai. Lúcifer chega mais perto e se senta na minha frente, ele me observa por vários segundos e pigarreia. — Desculpe por isso tudo, dei ordens explícitas a todos eles para não tocar em você. Zeqiel será castigado. — diz, em um tom firme e baixo. Aceno para suas palavras. — Eles pegaram uma garota que não tem nada a ver com isso. Por sorte eu fiz ela fugir. — Mmm, sinto em lhe dizer, mas não posso fazer nada a respeito disso, é meio complicado manter eles todos na linha. Mas se a garota fugiu, deve estar bem, acredito. Eu não digo nada, fico parada ainda observando ele. Espero também que a garota Becca esteja sob os cuidados de Ariel, por mais que ele seja um tremendo babaca eu confio nele. Se eu pedisse a Amitiel ele ficaria saltitante de revolta por não fazer parte do plano. Baraquiel e Micael tinham que estar no meio e os outros eu não tinha muita intimidade assim. Azrael. Lembrar do meu anjo, faz meu coração trovejar, eu sinto falta dele e muita, aquele está sendo um péssimo plano. Eu sinto seu desespero, saudade, ansiedade. Mesmo longe de mim eu sinto tudo do meu amor caído. Seguro as lágrimas e
desvio meu olhar para longe desse anjo das trevas. Sua risada jovial chama minha atenção, olho para Lúcifer quando ele me diz. — Sabe. O problema das pessoas é achar que não sei de nada do que elas fazem, eu vejo e escuto tudo, Aurora King, você e seus amiguinhos arcanjos acham que sou idiota como os meus caídos? — pergunta com um sorriso falso. Aí está o verdadeiro Lúcifer. Tinha me esquecido que ele é um manipulador e enganador de merda. Dou de ombros, fingindo não compreendê-lo. — Não sei do que... — Não diga que não sabe do que estou dizendo, você não é idiota. Eu sei que fizeram um plano, Aurora, eu sei que Zadquiel está aos arredores para verificar sua segurança. E além de tudo. — ele solta uma risada falsa novamente e balança sua cabeça. — Sei que eles estão atrás do traidor Dabriel. Acredite, nem mesmo Uriel vai conseguir acha-lo, às vezes imagino que ele mora dentro da terra. — Isso não é verdade, Uriel é o melhor. Eles vão acha-lo e trarão aqui para você fazer a droga que quiser com ele. Suas sobrancelhas loiras se erguem. — Não se importa com o homem que deu ação para sua família? — Não. Eu quero que ele morra, causou dor demais a minha família. Ele não vale nada para mim. Lúcifer se levanta rindo e bate suas mãos, quando se vira para me olhar, eu vejo raiva e prazer de vingança nos seus olhos vermelhos. — Acho que ninguém gosta do pobre Dabriel, mas tenho que lhe dizer algo. Eu cumpro minhas tarefas, seu anjo, Azrael me deixou um pouco raivoso por me negar, então vamos dizer que agora você será minha segunda vingança. — ele sorri largamente para mim. — Quando trouxerem Dabriel, vou matá-lo lentamente e depois vou arrancar seu lindo coraçãozinho apaixonado e jogar nos pés de Azrael. *******
Eu não quero dormir, depois de ouvir a ameaça nojenta de Lúcifer eu estou em alerta. Ele quer que eu fique no mesmo cômodo que ele, pois disse que não sou de confiança e também sou mais esperta do que as outras. Fico sentada na cama com as pernas cruzadas e fazendo o travesseiro de escudo, Lúcifer está lá embaixo, planejando algo contra Azrael e seus irmãos, eu quero poder falar com Zadquiel, mas tenho medo que algo possa acontecer a ele mesmo sendo um arcanjo esperto e habilidoso. A porta do quarto se abre e Lúcifer entra com um semblante sério, ele me olha com um sorriso rápido e anda até a janela, perto da cama, fica alguns minutos ali parado quando solta um suspiro. — Por que não está dormindo ainda? Não vou virar nenhum monstro de filmes de terror para deixá-la assustada. Mordo meu lábio inferior e desvio meu olhar. — Não tenho medo dessas bobagens, só não confio em você e seus vira-latas. — Entendo. Mas de mim você deveria ter medo pequena King. — olho para o seu rosto e Lúcifer sorri docemente. Fodido falso. Coloco o travesseiro na cama e me deito, puxo a manta até meu queixo e me deito de lado. Não quero mais ouvir a voz daquele babaca que se acha super confiante. Eu gostaria de dormir e saber que aquilo tudo não passa de um sonho, quero acordar e ser recebida pelo sorriso de Azrael e seu corpo colado ao meu, eu quero ele, quero minha mãe, quero Bessie e Dimitri. Quero até a Dominique, menos esse manipulador. Sinto a onda do sono me preencher quando a cama se afunda, atrás de mim. Abro os olhos e permaneço parada, a mão de Lúcifer segura a ponta da manta grossa que eu seguro firmemente e a puxa devagar até ficar sobre meus joelhos. Ah não! Continuo ainda parada quando sua mão pousa no meu joelho esquerdo e vai
subindo para minha coxa, o seu peito está colado nas minhas costas e eu consigo escutar sua respiração baixa. Sua mão continua subindo e para na minha cintura, ele segura a barra do meu suéter e vai levantando até minha barriga. Lúcifer respira fundo e toca minha pele nua, fecho meus olhos com força impedindo de que as lágrimas caiam. Sua boca está perto do meu ouvido quando sinto sua respiração ser puxada. — Mmm, que cheiro bom. — murmura no meu ouvido. — E que pele mais sedosa, agora entendo porque Azrael é doente por você. Seguro sua mão com força e empurro ela longe do meio das minhas coxas, me afasto dele e o encaro com ódio. — Não toque em mim seu fodido de merda. — Lúcifer gargalha, mas continua ali ao meu lado. — Ah os palavrões! Música para os meus ouvidos. — Deus! Você é louco. Lúcifer para de rir e seus olhos começam a mudar de cor, eles ficam completamente negros, até mesmo o branco dos olhos, ele solta um rosnado e vejo seus dentes pontudos e podres. Solto um grito de medo e quando vou me levantar a sua mão com unhas afiadas e grandes, ele segura o meu pescoço. O aperto é tão forte que eu não consigo respirar, Lúcifer abre as minhas pernas com força e se deita encima de mim. Eu arranho seus braços e puxo seus cabelos, mas ele apenas sorri com aqueles olhos e dentes de arrepiar. — Da próxima vez que disser o nome Dele, eu vou te mostrar o fodido! Eu já estou louco para te provar então não me tente, vou arrancar sua língua como fiz com uma de suas primas. — rosna com uma voz tão grossa que fico paralisada de medo. Lúcifer tira sua mão do meu pescoço e viro a cabeça de lado tossindo sem parar, quando busco oxigênio suficiente, olho para ele assustada. Não está mais naquela feição horripilante. — Por favor, Aurora me perdoa é que eu fico eufórico quando ouço esse nome. — fala numa voz calma e doce.
Aceno para ele nervosa e deito minha cabeça no travesseiro. Seus olhos vermelhos olham meu corpo e depois ele levanta minha perna esquerda, o choro está em fazendo minha garganta arder de tanto que eu estou segurando-o, seus dedos longos acariciam minha coxa nua e ele respira fundo cada vez que me toca. Sinto ele ficar duro e soluço. Lúcifer olha para cima com um sorriso torto e se aproxima do meu rosto, paro de chorar na hora quando seus olhos fecham-se e ele inspira com força. Seu gemido de prazer é tão alto que fecho os olhos. — Seu medo me dá tanto tesão. Que cheiro mais gostoso, Aurora. Abro os olhos para encara-lo quando sua boca gruda na minha, tento empurra-lo, mas suas mãos seguram meus pulsos e levanta acima da minha cabeça. Ele abre minha boca com a sua e aprofunda no beijo, eu grito de medo, mas o som é abafado pelas nossas bocas coladas. Aquilo está deixando o idiota cada vez mais excitado, ele se esfrega com tanta força em mim, que sinto minhas costas doerem, as lágrimas estão de volta e meu desespero é grande. Lúcifer se afasta da minha boca e chupa meu pescoço ainda se esfregando em mim, meus soluços estão altos, mas ele não dá a mínima para isso. Está gostando do meu medo. Está adorando o meu choro. Está se excitando com o meu desespero. Eu quero manter a calma, mas é impossível nesse estado, ele é imenso e muito forte. Eu sou pequena e magra. Uma enorme desvantagem. Lúcifer segura meus pulsos com uma mão só e com a outra ele puxa minha calcinha, rasgando-a como se fosse papel. Choro mais alto quando ele segura seu membro e apenas passa a ponta na minha entrada. Ele fecha os olhos e geme. — Quente. Que delícia, não precisa chorar eu não farei nada com você essa noite, isso foi só uma amostra. — ele olha para baixo e ainda raspa seu membro em mim. Meus soluços estão mais baixos quando ele finalmente me solta e sai de cima de mim. Me sento rapidamente e puxo a manta sobre todo meu corpo. Ele vai até a porta ainda duro e sorri. — Eu tenho que dar uma saída, mais tarde voltarei minha deusa ruiva. — Lúcifer dá uma piscadela e sai do quarto trancando a porta.
Me deito na cama e coloco a boca no travesseiro chorando alto. Eu quero Azrael, ele está certo. Aquilo não sairá como pensei, Lúcifer voltará e fará o que quiser comigo e Zadquiel nem irá perceber. Me levanto num pulo da cama e olho pela janela lá embaixo, Lúcifer, Kael e mais cinco caídos estão parados lá fora conversando e depois somem num lado da floresta. Levanto a janela e meu suspiro é grande. Destrancada. Não vou ficar ali sequer um segundo. Abro a janela e olho lá embaixo. Não há ninguém. Calculo o tamanho que a queda pode ser e respiro fundo, não vai me matar. Pulo da janela e caiu sobre a terra, uma dor grita no meu tornozelo direito, mas não dou importância. Corro e corro o mais longe possível daquele lugar. Não quero ficar ali nunca mais. Chamo Zadquiel enquanto corro, quando então, sento dois braços me levantarem. Quase grito de susto, mas quando percebo, estou voando. Graças a Deus! Abraço Zadquiel chorando sem parar quando ele me aperta contra seu peito. — Não chores, irei te levar até Azrael. Azrael. Meu grande amor, só me sentirei segura depois que o ver ao meu lado.
Capitulo Quatro ARIEL Tinha deixado Becca a duas horas atrás, eu preciso voar para manter a mente no lugar, ela me hipnotizou de uma forma diferente e enlouquecedora, eu nunca senti desejo carnal por uma humana, mesmo sendo mulheres lindas e curvilíneas, eu nunca me importei. Mas com aquela garota é totalmente diferente, ela tem um ar de sedução misturado com ingenuidade, e aquilo me deixa maluco por ela. Eu queria ir até o fim, queria poder sentir uma mulher e ver se era tudo isso que Azrael me contou. Que estar dentro de uma mulher é a sensação mais surreal da vida. Quentes, Úmidas e Apertadas. Foram essas palavras que ele me disse. Disse-me também que em minutos eu desmoronaria e ficaria totalmente à mercê do sexo feminino, mas havia apenas uma de que eu gostaria ficar a pura mercê. Volto para as montanhas e entro na cabana, tranco a porta e olho para o sofá maior onde, Becca se encontra encolhida de frio e dormindo. Suspiro em vê-la ali, tão linda e disposta em poder me dar prazer a qualquer momento, chego mais perto dela e me curvo pegando-a nos meus braços. Ela é tão pequena dentro dos meus braços musculosos e grandes o que me faz querer protegê-la a qualquer custo de minha existência. Rebecca fecha seu punho esquerdo na minha camisa e se aninha no meu abraço. Levo-a até o quarto que eu fico poucas vezes e deito seu corpo no colchão macio. Puxo o edredom debaixo dela e a cubro. Ascendo a lareira com o fogo e quando vou sair do quarto, paro. — Ariel. — sua voz sonolenta e doce surge no cômodo aconchegante. — Não vá de novo. Por favor, durma comigo. Fecho os olhos para não engatinhar até ela e dizer um sim gritante. Olho para trás e, Becca está sentada na cama, me observando com seus olhos azuis intensos. Passo a mão no meu cabelo e ando até a cama, sem tirar meus olhos
dela, me sento no outro lado da cama e tiro minhas botas, me levanto e arranco minha camiseta, jogando no chão. Pela fraca luz do fogo vejo os olhos de Rebecca passearem pelo meu corpo, engatinho até a cama e puxo o edredom, Becca se deita de costas para mim e quando me aconchego, fico parado sem saber o que fazer. Sua mão pequena e fria segura a minha, guiando-a até abraçar sua cintura, Becca aproxima seu corpo até se colar com o meu. Ah meu Pai. Deitar desse jeito não está me ajudando em nada! Inspiro o aroma fresco de seu cabelo e tenho que fechar os olhos de tão delicioso que seu cheiro é. Além desse cheiro, eu sinto seu desejo por mim, esse cheiro está mais forte do que mais cedo, cheiro de desejo, excitação e... carinho e proteção? Abro meus olhos e seguro sua cintura. — Está dormindo? — murmuro. Becca suspira e se aninha mais no meu corpo. — Eu estava esperando você dizer alguma coisa, queria me desculpar pelo meu comportamento com você, Ariel. — suspiro também e aperto sua cintura. Becca vira sua cabeça para me olhar. Tão linda. — Não precisa se desculpar o tempo todo, Rebecca, eu apenas sai para pensar, porque isso... isso é novo. — Hmm. Continuo olhando seus olhos e sinto uma luxúria se apossar no meu corpo. — Quer saber? — falo em voz alta. Becca franze o cenho, não entendendo. — Que se dane. Viro Rebecca rapidamente e me deito encima dela, beijando sua boca carnuda e deliciosa. Seu gemido de surpresa e excitação treme por todo meu corpo. Abro suas pernas e levanto seu vestido onde passo minha mão descontroladamente, eu não sei o que estou fazendo. Não sei se aquilo é certo ou errado, mas eu tenho
uma certeza. Eu necessito possuir essa mulher. — Ariel. — sussurra entre nossos beijos. Paro rapidamente e a encaro. — Não precisa fazer isso se não quer. — Eu quero. — respondo, numa voz rouca e decidida. Não espero ela me responder e já estou chupando sua língua. Seus gemidos femininos estão fazendo minha virilha arder de dor e aquilo está me matando. Eu preciso de um alívio para aquilo, Becca pega minha mão que está na sua coxa e então pega meus dois dedos e passa no meio de suas pernas. Quente e úmida. Solto um gemido junto com ela e me afasto para olhar meus dedos guiados por ela. É a coisa mais linda que já vi, é rosa, lisa e molhada. Meus dedos brilham toda vez que ela esfrega eles na sua vagina, um buraquinho chama minha atenção e com meus dois dedos, enfio lá dentro. Rebecca abre mais suas pernas e geme alto. Olho para cima e suas costas estão arqueadas da cama, seus olhos fechados e a boca aberta num perfeito O. — Te machuquei? — pergunto, mesmo sabendo a resposta. Becca se esfrega nos meus dedos gemendo baixo, sem parar. — Não, continua, Ariel por favor. — suplica. Volto minha atenção para sua carne quente que está apertando meus dedos. É arrebatador. Becca se contorce e diz palavras incoerentes e meu nome. A dor na virilha está cada vez mais agonizante pelos gemidos e o corpo maravilhoso de Rebecca. — Vai mais rápido, Ariel não vai me machucar. — ofega. Olho para seu rosto lindo e atendo seu pedido. Balanço meus dedos mais rápido dentro dela fazendo-a gemer alto e falando palavras obscenas. Mordo meu lábio inferior, me deliciando com essa nova visão. Essa garota é meu próprio demônio. De repente, Becca se senta e beijou minha boca, chupa meu pescoço com força e lambe o lóbulo da minha orelha. — Me chupa. — diz num tom autoritário e me olhando excitada. Tiro meus dedos de dentro dela e franzo o cenho.
— Chupar... — antes que eu termine, Rebecca puxa minha cabeça para baixo e abre mais suas pernas. — Me chupa aí. — ofega alto quando minha boca a toca. Seguro suas coxas fazendo ela se deitar novamente e faço o que manda. Passo minha língua na sua fenda apertada e encharcada fazendo, Rebecca urrar e puxar meus cabelos. Eu estou me esfregando no colchão para achar um alívio disso tudo, ter minha boca na sua vagina deliciosa é a coisa mais prazerosa que fiz, até as guerras que participei por toda minha existência, não se compara ao corpo dessa mulher, com sua sedução demoníaca. Escuto a respiração de Rebecca se alterar e suas pernas começam a tremer, circulo minha língua na sua entrada sem tirar meus olhos dela, de repente o corpo de Becca se convulsiona e um líquido quente entra na minha boca. Um gosto delicioso. O gosto dela. A única palavra que sai de seus lábios é o meu nome. Suas pernas caem em cada lado da cama e seus olhos ainda estão fechados. Subo encima dela e beijo carinhosamente sua boca, de repente suas duas mãos estão na minha calça, abrindo-a. Quando se afasta da minha boca, sussurra. — Quero te dar prazer também. — engulo em seco e aceno dessa vez. Rebecca me empurra para a cama e tira seu vestido, ficando completamente nua. Minha virilha exclama de dor quando meus olhos vidram-se nos seus seios redondos, mamilos rosados, barriga reta, coxas duras e no meio de suas pernas, lisa e perfeita. Rebecca acaba de se tornar meu próprio inferno particular. Ela tenta tirar minha calça e ajudo com o trabalho, eu sou enorme e ela perto de mim é muito pequena. Eu estou nu junto com ela e seus olhos fazem o mesmo que eu faço. Inspeciona cada parte do meu corpo, mas para na minha masculinidade que está dura e reta. Deus! Me perdoe! Becca sobe na minha cintura e me encara com o olhar mais luxuriante que já vi. — Acredito que você nunca transou. Aceno como minha cabeça para ela, nervoso e com o coração na boca. Seus lábios puxam-se para o lado. — Então vou ter que ser ótima, vou te fazer gozar varias vezes principalmente na minha boca. — me assusto com suas palavras sujas e safadas fazendo,
Rebecca rir. Ela abre mais suas pernas e segura meu pênis ereto, puxo o ar com a sua mão me acariciando para cima e para baixo quando então, ela se encaixa encima de mim. Seguro sua cintura com força e gemi tão alto que os Estados Unidos escuta. — Oh Deus! — grito com a sensação de estar dentro dela. É maravilhoso, delicioso, perfeito, excitante. Várias palavras podem ser rotuladas pelo o que eu estou sentindo naquele momento, a dor na virilha já não está tão incomodante quando, Rebecca começa a pular encima de mim com a cabeça jogada para trás. Seus seios se balançam como um convite para toca-los, aperto seus peitos com minha mão e gemo sem parar. Ela está escorregadia e me apertando com força. — Está gostando amor? — ofega para mim. — Sim. — digo numa voz que eu não reconheço. Becca dá um sorriso sedutor e pula mais rápido comigo dentro dela, eu começo a sentir uma sensação inebriante de dentro do meu corpo, parece que eu estou voando pelas montanhas só que é mais intenso, fecho meus olhos e seguro a cintura de Rebecca, empurrando ela com mais força quando então grito, sentindo um líquido forte sair de mim e entrar nela, Rebecca também faz o mesmo e acaba caindo encima de mim. ****** — Como se sente? — murmura, Rebecca depois de um tempo. Continuo olhando para o teto e com a mão atrás de minha cabeça. Ela está deitada ao meu lado, ainda nua, uma perna encima da minha cintura, sua cabeça no meu peito e seus dedos fazendo círculos no meu abdômen. Eu não sei como me sinto, eu estou leve e em paz, mas também estou perturbado e com raiva de mim mesmo. Ainda estou raciocinando quem é o culpado disso tudo, se é eu ou Rebecca. Ela com certeza já está acostumada com isso, pelo o que fez quase agora, ela já é experiente em sensações carnais. E aquilo me deixa bravo, ela me usou para se satisfazer, certo? Mas quem deu o primeiro passo foi eu e não ela. — Ariel? — me chama ela, pisco algumas vezes e suspiro.
— Me desculpa. Me sinto diferente. — Bem, você acabou de fazer sexo pela primeira vez, oras. — ela solta uma risada leve e jovial. Viro minha cabeça para encara-la e seus olhos brilham na luz do fogaréu. Sua mão vai até meu rosto, acariciando-o com carinho, fecho meus olhos e seguro seu pulso. — Garota, eu... — Ah! Agora eu sou a garota novamente. — diz amargamente. Abro meus olhos e me afasto dela, me sento na cama e observo a lareira acesa. — Rebecca, não sei o que aconteceu aqui, mas quero deixar claro que será a última vez. — olho para ela e seus olhos estão tristes e seus cabelos bagunçados. — Provavelmente serei expulso do Reino porque eu não sou um caído Rebecca, sou um arcanjo do Céu e isso o que fizemos não está certo. Acho melhor mantermos um pouco de distância. Não a espero falar algo. Não preciso. Sua feição já diz tudo. Vergonha, tristeza, decepção. Até seu cheiro está mudado. Vou para o banheiro e tomo um banho, fico um bom tempo embaixo da água me culpando cegamente, o que eu tinha feito? Oh céus! O que eu tinha feito? Pego a toalha para me secar e me olho no espelho. Meus olhos brilham como nunca antes, minha boca está mais vermelha e... Viro minha cabeça de lado e uma marca roxa está no meu pescoço. Uma raiva entra dentro de mim fazendome tremer. Ela fez de propósito, sabia que eu me sentiria assim então deixou uma marca roxa na minha pele. Abro a porta do banheiro e a encontro, ainda nua deitada de bruços no lado ao contrário da cama olhando o fogo. Ela se parece com uma deusa de cabelos negros jogados na suas costas. Seus olhos azuis ainda estão vidrados na lareira. — O que fez no meu pescoço, criatura? — rosno.
Rebecca me olha de relance e dá de ombros. — Foi só um chupão, arcanjo, não irá te sujar mais. — Você fez isso de propósito, Rebecca, me marcou sabendo que eu iria dizer para não fazermos mais isso. Como pôde fazer isso? Dessa vez ela se levanta, meus olhos caem no seu belo e delicioso corpo. Engulo em seco e encaro sua revolta azul. — Como pude? E as coisas que me disse? Não conta? Eu me senti uma vagabunda por sua causa, Ariel. Se queria continuar tão puro então não deveria abrir minhas pernas. Rebecca pega o vestido do chão e vai até a porta, ela respira fundo e me encara. — Pode ficar tranquilo, não chegarei mais perto de você. Obrigada por ter me tratado como um lixo como os estupradores fizeram. — ela fecha a porta com força e sai. Passo as mãos no meu rosto e me sento na cama. Como eu sou um completamente estupido e idiota!
Capitulo Cinco AURORA Zadquiel e eu estamos voando já nos Estados Unidos quando, para numa casa de praia. Eu não sei que cidade estamos. Eu ainda estou assustada com o que Lúcifer tinha quase feito comigo então, estou agarrada a, Zadquiel ainda. Entramos na simples casa quando, Azrael aparece de olhos arregalados e vestido todo de preto, corro chorando alto até ele e o abraço com força. Seus braços me pegam e o alívio de estar segura, volta. Perto dele, eu me sinto em casa, viva e protegida. Eu não quero me soltar dele nunca mais. — Zadquiel o que houve? — pergunta, desconfiado. — Eu vi, Lúcifer levando-a para o quarto, de longe, quando estava perto o suficiente da cabana, vi Aurora correr — fala o anjo. Azrael segura meu rosto e limpa minhas lágrimas, seus olhos violetas estão carinhosos e com um controle para não ir atrás dos caídos. — Meu amor, o que aconteceu com você? — pergunta com carinho na sua voz. Respiro fundo e conto o que tinha acontecido. Azrael olha seriamente, mas seus olhos denunciam, está pegando fogo de ódio. Ódio puro. Os outros arcanjos encara, Azrael com um misto de injustiça e revolta pelo o que me aconteceu. Abraço meu anjo novamente e dizendo. — Eu não quero mais voltar para lá. Você tinha razão, foi um erro seguir esse plano. Lúcifer é um monstro e não quero ficar perto dele nunca mais. — E não ficará. — assegura, Azrael decidido. — Vou pedir para meus irmãos seguirem para achar, Dabriel e ficaremos nós dois aqui. Vou te proteger sempre. — sussurra as últimas palavras. Dou um selinho na sua boca e vamos para o sofá. Baraquiel pega uma coberta e enrola envolta do meu corpo e depois acaricia meu rosto. Fico calma rapidamente. Amo seu dom. Continuo abraçada a Azrael enquanto eles planejam encontrar Dabriel na cidade de Novo México quando, Amitiel se senta no meu outro lado.
Dou um sorriso para ele e acho que sua mão irá para meus cabelos, mas dessa vez ele toca meu rosto, com uma cara preocupada e depois me abraça com ternura. É a primeira vez que ele faz isso, e me surpreende. — Não vou deixar que ele fique perto de ti também, Aurora. — murmura no meu ouvido. Sorrio e o aperto com mais força. Amitiel é o irmão mais velho que eu sempre quis. Quando todos vão embora, Azrael me leva para cima e entramos num quarto com uma vista para o mar. — Vá tomar banho, aqui tem roupas minhas. — aceno para ele e vou me banhar. Quando tiro o suéter sujo e rasgado de Azrael, sinto uma calmaria dentro de mim. Mas também um certo medo, Lúcifer já deve ter visto o quarto vazio e agora está louco me procurando. Aquilo me deixa assustada, respiro fundo e saio do box. Seco meus cabelos com a toalha pequena e me enrolo na grande. Quando saio, pontos vermelhos estão no céu, anunciando a chegada do sol, Azrael está na sacada do quarto sem a sua camisa e com as asas abertas. Me aproximo dele e toco as penas bronzeadas, seus olhos violetas me observam por um segundo e sua mão puxa minha cintura. Quando nossas bocas se encontram, eu me esqueço de completamente TUDO! — Eu estava entre voar como um psicopata até Lúcifer ou então permanecer aqui com você e dizer uma coisa. — nossas testas estão encostadas quando ele chama minha atenção. Olho em seus olhos, franzindo o cenho. — Dizer o que? — pergunto ansiosa, Azrael sorri e beija-me novamente. Seguro seu pescoço e dou um pequeno beijo no seu queixo. Seu suspiro profundo sopra meu rosto quando ele me diz. — Eu fui um completa babaca em ter te deixado ir no meio daqueles malditos. Mas o bom disso foi que eu descobri uma coisa que nunca sequer imaginei que faria. Então aqui vai. Azrael se abaixa apoiando-se em um só joelho. Meu coração troveja, sabendo o que ele vai fazer.
— Aurora Neva King, desde que a conheci você se tornou o que faltava em mim, você me fez de um caído para um apaixonado, você me fez de um arcanjo de guerra para apaixonado guerreiro e você me fez de um sem humanidade nenhuma, se apaixonar insanamente por você. Eu nunca imaginei que poderia amar um ser humano mais do que eu mesmo. Você me mudou Aurora, meus dias na terra eram sombrios e cinzas, mas depois que te vi. Eles ficaram coloridos e felizes, eu te amo para sempre e nunca mais me afastarei de você. Então vou dizer: quer se casar comigo e viver sua vida ao meu lado eternamente? Meus olhos estão lacrimejando de emoção. Ele está me pedindo em casamento! Azrael, o arcanjo temido e guerreiro está realmente pedindo minha mão. Eu o amo demais para negar. Deus! Como amo esse seu filho. Dou um sorriso largo e sussurro. — Sim. Eu aceito. — seu rosto se alivia quando, escuta minhas palavras e então ele se levanta e me puxa para um abraço forte, me rodando. Rimos sem parar quando, minha toalha cai. Azrael me coloca no chão e beija profundamente minha boca. Quando se afasta, seus olhos brilham de felicidade. — Eu não tenho aliança ainda, pois planejei isso ontem. — Não tem problema, o que importa é que estamos juntos. — garanto, beijando seu pescoço. Azrael acaricia minha bochecha e sorri. — Na verdade, tem algo que posso te dar. — ele puxa sua asa esquerda e segura uma pena brilhante de bronze quando então, a puxa com toda sua força e gritando de dor. — Azrael! Não precis... — Preciso! — diz em voz alta. Ele grita por um tempo e então finalmente sua pena sai de sua coluna. Azrael se ajoelha no chão e faço o mesmo quando, ele entrega sua pena reluzente com um pouco de sangue na ponta. Seguro, maravilhada observando-a e seu tamanho, que é no máximo uns sessenta centímetros. Olho para o seu rosto contorcido de dor e o acaricio. — Por que fez isso, Azrael? — pergunto assustada. — Não precisava ter feito, agora está sentindo dor. — ele dá um sorriso fraco e garante.
— Por você? Vale a pena sentir dor. Por você vale tudo, eu quero que fique com uma parte de mim, Aurora quero que guarde essa pena para nos lembrarmos no dia em que me apaixonei ainda mais por você. — E o que posso lhe dar em troca? — ele acaricia meu rosto e suas asas somem, quando me levanta junto com ele. — Me dê seu amor. E me mostre que me ama. Observo seus lindos olhos e puxo seu rosto ao meu. Azrael me pega no colo, entrelaçando minhas pernas em sua cintura e caminha comigo de volta para o quarto. Quando ele me deita na cama e tira toda sua roupa. Meu desejo por ele se multiplica cem vezes mais. Eu amo incondicionalmente Meu Anjo Apaixonado.
Capitulo Seis AZRAEL Estar dentro da mulher que ama é imaginável. O medo que eu estava sentindo nas horas em que, Aurora estava com os caídos, se dissiparam completamente. Agora ela está aqui. Comigo. Protegida. Beijo sua deliciosa e boca e engulo seus gemidos que me enlouquecem. Minha mão não sabe onde parar no seu belo corpo, eu aperto seus seios, sua bunda firme, sua cintura fina, suas coxas. É toda perfeita. Abro mais suas pernas e vou mais rápido, ela gosta assim. Aurora arranha minhas costas e geme meu nome. Ah como isso é delicioso. — Mais rápido, Azrael. — suplica de olhos fechados. Levanto sua perna esquerda, apoiando no meu ombro e entro mais fundo nela. Tão quente e apertada. Solto um gemido quando ela me suga com força, aquilo me deixa louco. Coloco uma mão perto da sua cabeça e a outra na cintura e vou o mais rápido e forte que ela aguenta. — Bem fundo. — gemo alto. Aurora grita excitada e pede mais forte, mais rápido, mais duro. Quando eu sinto que estou chegando. Aurora diz também. Em questão de segundos, gozamos gritando juntos e derramando nosso amor mais lindo e puro. ****** Acordo com, Aurora se deitando encima de mim com o seu sono profundo, só de sentir ela perto de mim, começo a ficar duro. Não sei quantas vezes fizemos amor durante toda a manhã, só sei que foi como sempre, o melhor sexo que já fiz. Acaricio seus cabelos vermelhos e passo minha outra mão de sua coluna até sua bunda tentadora e deliciosa. É um verdadeiro paraíso ficar assim com ela, parece que nada de ruim está acontecendo. — Pare de pensar demais. — murmura, Aurora sobre meu peito. Eu estou tão distraído que nem escutei seus pensamentos me repreendendo. Solto um suspiro e sua cabeça se levanta, seus olhos verdes sedutores e inocentes me observando. Dou um meio sorriso sem mostrar os dentes a ela e balanço minha cabeça. — Não estou pensando muito, apenas dizendo a mim mesmo que é perfeito ficar com você assim. Seu sorriso tímido surge na sua esculpida boca, ela se arrasta mais para cima de mim e me beija. Um beijo maravilhoso como os outros. — Azrael, eu quero ajudar na busca de Dabriel, não quero ficar aqui. — olho para ela chateado e grunho. — Aurora, é perigoso você ficar exposta demais, Lúcifer já deve estar como um louco a sua procura. Nem pensar. — Aurora se senta encima de mim, exibindo seu lindo corpo. Cruza os braços encima dos seios e junta suas sobrancelhas.
Eu conheço essa cara. Teimosia. — E tenho que ficar trancada aqui também? Faz quatro semanas que não ligo para minha mãe e meus amigos, Azrael eu preciso sair! Se não me quer como ajuda então vamos voltar para Denver. — diz, decidida. Ah Pai meu. Respiro fundo e passo minha mão no meu cabelo. Discutir com, Aurora King é uma guerra completamente perdida. Eu não quero voltar a Denver com ela, além de ser arriscado com, Aurora é com as pessoas que ela ama também. Talvez eu posso apenas deixar que ela veja sua mãe por um dia então, voltamos para cá até que meus irmãos encontrem o desgraçado do Dabriel. — Tudo bem. Mas com uma condição. — levanto meu indicador. Aurora bate palmas entusiasmada e seus olhos brilhando, mas de repente seus ombros caiem chateada. — O que? — resmunga com um biquinho lindo. Puxo seu pescoço e beijando sua boca e digo. — Ficaremos lá por um dia, pode ficar com a sua mãe e depois ligar para Bessie e Dimitri. Depois vamos voltar para cá. Combinado? Aurora dá um sorriso e assente. — Não tenho escolha não é? — Não. — rio para ela. Aurora solta um suspiro profundo e morde minha orelha, me deixando mais duro do que eu já estou. Depois sussurra, sedutoramente. Ah Deus! — Então estamos combinados meu futuro marido lindo. — ouvir ela dizer aquela palavra marido, me deixa tão feliz que arregalo meus olhos e a jogo na cama já entrando nela. Aurora solta um gemido e abre ainda mais suas pernas. — Então iremos logo pela manhã amanhã, minha futura esposa deliciosa. — Aurora solta uma risada com um gemido e me beija. A única coisa que eu realmente espero, é que, Uriel seja rápido com isso. Eu estou sentindo que não temos mais muito tempo para afastar, Lúcifer da minha Aurora.
Capitulo Sete ARIEL Durante a manhã, Rebecca ficou calada o tempo todo sem olhar para mim. Às vezes eu perguntava coisas bobas a ela apenas para ouvir sua voz mas ela só acenava com sua cabeça. De tarde fiz uma refeição para ela o que a teimosia dela não aceitou. Eu já estava quase estrangulando Rebecca de tão frustrado que estava me deixando. Fui andar um pouco pelas montanhas quando encontrei Beliel parado seriamente. Eu nunca vi meu irmão sorrir ou rir perto de nós, ele me observou seriamente e depois juntou suas sobrancelhas marrons. —Estais diferente. - me aproximei com as mãos dentro do bolso da calça e dei de ombros. - Apenas as roupas... Beliel balançou sua cabeça. — Não é isso. Teu cheiro e teu jeito estais diferente. — Beliel arregalou seus olhos de um rosa claro quase vermelho. — Ariel! Logo tu? Possuiu uma humana! Qual teu problema!? Soltei um suspiro pesado. Eu também achava o mesmo, logo eu deixei aquilo acontecer, logo eu comecei a sentir um desejo doentio por uma humana. Eu estava necessitado a Rebecca, eu gritava por dentro querendo sua atenção, seu sorriso, seu corpo maravilhoso, suas súplicas. Eu estava à mercê daquela garota, e também estava condenado ao inferno por ter me entregado a ela. Beliel me olhava atentamente esperando minha resposta. — Eu sei. Na verdade não sei o que deu em mim Beliel, ela... ela me seduziu tanto. —Várias humanas já te seduziu Ariel.
— Eu sei disso! — rosnei. — Mas Rebecca é diferente, eu estou condenado irmão. Eu me entreguei ao desejo ontem de noite. Beliel balançou sua cabeça em negativa e apertou meu ombro. — Converse com Pai sobre isso. Enfim, Aurora fugiu de Lúcifer pois ele tentou ataca-la, agora está com Azrael em Long Beach com ele. Eu e os outros estamos quase chegando perto de Dabriel, logo logo tu não irá mais ver a humana que te mudou. Olhei no seu rosto e franzi meu cenho. Não ver mais Rebecca? Como assim? Abri a boca para dizer algo a Beliel mas a fechei novamente. Olhei para o horizonte e pensei como eu ficaria depois de não ver Rebecca nunca mais. Sozinha. Desprotegida. Nem ferrando. — Vou ir falar com Pai. — tirei a camiseta e abri minhas asas. Beliel olhou-me surpreso e pela primeira vez o vi sorrir. — Fazer o que? Respirei fundo e o encarei já decidido do que faria. — Vou dizer que quero ser como Azrael foi. Um caído na terra. ****** Voltei para a cabana tarde da noite, Rebecca não estava na sala então subi às pressas até o quarto, abri a porta e ela estava respirando rapidamente e choramingando, de repente começou a se balançar na cama e gritar. —Não! Por favor…. — chorou pelo seu sonho. Meu coração se esmagou em vê-la assim, corri até a cama e peguei ela deitando no meu colo e abraçando. Seu choro e lamentação cessou rapidamente quando a toquei. — Shh, estou aqui meu amor. Estou aqui, me perdoa, por favor me perdoa. — sussurrei no seu ouvido.
Rebecca fungou algumas vezes e segurou minha camiseta, sua cabeça se levantou e seus olhos azuis sonolentos piscaram algumas vezes para mim. Lágrimas estavam grudadas no seu lindo rosto pálido, passei meu polegar na sua bochecha e sorri rápido. — Te acordei? — perguntei em voz baixa. Becca deu um suspiro trêmulo e assentiu. — E te agradeço por ter me acordado. Eu sonhei com eles…. e-eles me segurando para o outro me machucar, e depois veio outro junto com ele machucar meu corpo. — seus olhos encheram-se de lágrimas por conta de suas dolorosas lembranças ao me contar. Acariciei seu rosto e beijei sua boca tentadora. Ela não resistiu como imaginei, apenas me seguiu. Segurei sua cintura e sentei ela com as pernas envolta de mim. Puxei seu vestido para cima e o joguei no chão. Não dizíamos nenhuma palavra, apenas nos olhando. Deitei Rebecca no colchão e me despi rapidamente, seus olhos me observava atentamente para cada parte do meu corpo e às vezes ela engolia em seco. Abri suas pernas com minhas mãos e me posicionei nela, eu nunca fiz isso na vida mas tinha absolutamente certeza de que estava fazendo certo. Passei meu dedo na sua entrada fazendo-a gemer e arquear seu corpo, entrei dentro de Becca lentamente, eu queria sentir aquela textura quente e deliciosa em minha volta. Ela era muito apertada e com isso me deixava extasiado de tesão. Entrava e saía dela lentamente sem desviar meu olhar do seu rosto, ela segurava meu pescoço e gemia baixinho com os olhos fechados. — Eu quero que me perdoe pelo meu comportamento de ontem, eu sou um homem idiota. — Rebecca abriu os olhos e engoliu em seco apenas assentindo. — Está perdoado. Eu te entendo. — sussurrou excitada. Acelerei um pouco o ritmo e Rebecca derrubou sua cabeça de volta ao travesseiro com os olhos fechados e nunca deixando de gemer. Acariciei um de seus grandes seios e abaixei a cabeça para beija-lo, depois passei a língua no mamilo e comecei a chupa-lo. Rebecca soltou um gemido alto e segurou meus cabelos. — Mais rápido Ariel. — mordi seu mamilo fazendo ela gritar e a penetrei mais rápido. Beijei sua boca com força e disse-lhe: — Eu fui até o Céu. — disse numa voz entrecortada, Becca abriu seus olhos arregalados e gemia para mim. — Falei com Pai sobre isso... sobre nós... sobre você e disse que não poderia deixá-la aqui na terra sem mim, eu estou louco por você Rebecca. Não quero me afastar, você me modificou em apenas dois dias.
Quero estar assim com você, dentro de você, quero que seja minha. — cada palavra que eu pronunciava metia com mais força dentro dela, Rebecca arranhava minhas costas e gemia alto ao mesmo tempo rebolando para ir mais rápido. Ela me jogou na cama e subiu encima de mim e começou a cavalgar freneticamente, segurei sua cintura e levantei meu quadril arremetendo mais forte nela. Becca jogou sua cabeça para trás e gritou excitada. Ela continuou pulando em mim e sentia suas paredes me apertando. Aquilo era arrebatador demais. Seus olhos azuis me encaravam quando disse: — Eu também não quero que me deixe, quero que fique comigo aqui Ariel. Eu quero você. — gemeu sedutoramente. Sentei junto com ela e nossos narizes se encostaram quando a segurei e empurrava ela para cima e para baixo sem piscar, era lindo ver Rebecca excitada, aquilo me deixava mais duro se é que era possível. Ela também me olhava como se soubesse o que eu pensava, sua boca entreaberta me fez querer chupar sua língua. E fiz. Queria fazer tudo com ela, chupei sua língua rapidamente e coloquei minha mão entre nós, passei meus dedos no seu botão inchado e depois chupei meus dedos gemendo por aquele gosto tão — Maravilhoso. — sussurrei. Becca beijou minha boca e pulou rápido quando senti ela me sugar com força. Estava chegando. — Venha para mim querida. — ofeguei. Rebecca mordeu minha orelha quando então jogou a cabeça para trás e gozou gritando e gemendo. Lambi seu suor do seu pescoço e meti com mais força para me libertar. Dei um gemido entre sua pele e cai de costas na cama levando Rebecca comigo. ****** — Agora você vai ficar aqui? — perguntou Becca. — Sim, agora ficarei aqui. — Para sempre?
— Para sempre. — Mesmo eu ficando velha você vai ficar? Dei uma gargalhada e beijei o topo de sua cabeça. — Mesmo ficando velha, se bem que isso está muito longe. Você é uma menina ainda. Rebecca levantou sua cabeça do meu peito e fez uma careta linda. — Dezoito anos não é menina, eu terminei a escola esse ano, já sou adulta senhor Ariel. Dei uma risada e beijei Rebecca, como suspeitei era uma garota mais jovem que Aurora. Confesso que fiquei incomodado quando ela me disse que ficaria velha, mas Pai me prometeu algo e Ele cumpriria. Claro. Fiquei olhando para Rebecca por um tempo e suspirei, foi a decisão mais certa que tomei em deixar de ser um arcanjo de guerra e me dedicar a essa bela mulher, ela me fez enxergar mais e adiante. Eu era um tremendo tolo em pensar que mulheres não prestavam é que eram todas demoníacas. Como fui babaca. — Pai disse que só poderei ficar sob uma condição. — Becca arqueou suas sobrancelhas e se sentou nas suas pernas. Nua e linda e teimosa. — Você não disse isso Ariel. — falou com as sobrancelhas juntas e chateada. Passei a mão no meu cabelo e suspirei, coloquei minha mão atrás da minha cabeça e fiquei brincando com o lençol da cama. — Desculpa. Estou contando agora, enfim. Ele disse que só poderia ficar na terra e se eu ajudasse meus irmãos na batalha com os caídos. Ainda sou um arcanjo, se eu cooperar com eles, ficarei aqui com você. — Mas... você vai ajudá-los né? — Becca... — balancei a cabeça. — Não quero deixá-la sozinha, esse é o problema. Mesmo se eu deixar você com seus pais é arriscado. — Rebecca mordeu seu lábio inferior e olhou para o lado. O que foi isso?
Me sentei na cama e puxei seu rosto para olhá-la. — Qual o problema Rebecca? — seus olhos azuis estavam nervosos e senti seu cheiro de que estava escondendo algo. Eu teria que fazer isso. Olhei fundo nos seus olhos e rapidamente Becca derrubou seus braços e ficou paralisada. Eu sentia minhas pupilas dilatarem cada vez mais. — Conte a verdade. — ordenei junto com meu dom. Becca tentou ser mais forte só que não resistiu. — Eu não tenho pais. Eles morreram num acidente de carro e eu digo a todos que tenho família, eu menti dizendo que terminei a escola, eu parei de ir a um ano atrás depois que papai e mamãe morreram. Eu não tenho ninguém, eu trabalho numa boate de Vancouver para me sustentar. — disse tudo sem excitar. Ela era sozinha. Rebecca estava sozinha nesse mundo podre e assim a tornava um alvo mais fácil para os caídos. Consegui até deduzir como aconteceu com ela quando a pegaram. Assenti para ela e pisquei tirando-a da hipnotização. Rebecca piscou várias vezes e respirou fundo me olhando. — Você que fez isso? — sussurrou supresa. Assenti a ela. — Foi. Odeio que mintam ou escondam algo de mim. — voltei a olhá-la e segurei suas mãos. — Esse é o motivo de eu não querer lutar com eles, não posso deixá-la. — E não vai. Eu posso ficar com Aurora. Ariel por favor faça isso se não nunca mais o verei. E eu sofreria por isso. — dei um sorriso torto a Rebecca e beijei seu rosto. Ela era sem sombra de dúvidas a melhor garota dessa terra. Puxei ela para se deitar encima de mim e fiquei acariciando seu cabelo. Eu poderia fazer isso. Poderia ir até Azrael com Becca e dizer sua teoria, eu precisava fazer isso na verdade não era só por mim agora, era por nós dois. Rebecca ficaria bem com Aurora, ela era esperta também. Abracei seu pequeno corpo nu encima do meu dizendo: — Tudo bem então, vamos amanhã de manhã para Long Beach onde Azrael está. Tenho certeza que ficará segura. Eu tinha contado tudo a Rebecca sobre o que estava acontecendo, para minha surpresa ela não ficou assustada ou embasbacada com tudo que acontecia no seu mundo e ela mal percebia, eu confiava em Becca como nunca confiei num
humano. Ela me trazia segurança e bondade. Agora entendo porque eu era tão mal humorado na terra, eu sabia que Rebecca seria minha e que ela estava demorando para aparecer. Dei um suspiro quando Becca começou a beijar meu pescoço e chupa-lo de um jeito que me deixou louco e duro. Apertei sua cintura e fechei os olhos. Ela era uma criatura insaciável. Acho que também sou. Joguei ela na cama o que a fez rir e entrei de uma vez nela, sussurrando no seu ouvido: — Minha diabinha insaciável. — Becca deu uma risada com um gemido e me beijou. Ah sim. Com toda certeza que eu iria lutar contra os caídos, não deixaria essa dádiva escapar tão facilmente assim pelos meus dedos. Não mesmo!
Capitulo Oito BECCA Voar com Ariel foi muito divertido, ele fingia que não estava me aguentando mais e dizia que seus braços estavam como geleias. Ou às vezes ele fazia cosquinhas em mim e eu ria sem parar. Ontem à noite não gostei dele ter usado seus poderes sobrenaturais para me fazer dizer a verdade, eu nunca contei a verdade a ninguém. Somente a ele e contra minha vontade. Quando chegamos nos Estados Unidos e numa maravilhosa praia com uma casa à vista, pousamos na areia da praia e tirei o tênis. Quentinho. Dei uma risada quando Ariel me segurou por trás e me levantou. — Controle-se humana, parece que nunca viu areia de praia. — zombou com seu sorriso sedutor que ele mal sabia que existia. Pulei nas suas costas e Ariel segurou minhas coxas. — Raramente, nem acredito que vou passar alguns dias aqui. Não vou sair da água. — E vai nadar como? Pelada? Com Azrael aqui? Nem pensar, ele ama Aurora mas é um safado. Dei uma gargalhada e beijei seu pescoço. Depois sussurrei: — Talvez nós dois podemos nadar pelados e juntos. — Ariel virou sua cabeça de lado para me encarar e riu. — Você não existe Rebecca. — murmurou divertido. Chegamos a porta da casa e Ariel me pôs no chão, ele abriu a porta sem chamar e se curvou só um pouquinho para não bater no batente da porta. Ele era mais imenso que os outros. Segui Ariel para dentro e a casa era simples e muito bonita. Muito parecida com a casa que vivi com meus pais. Ariel chamou pelo seu irmão mas não havia sinal de ninguém ali. Sentei em um dos sofás e encarava o mar. — Que estranho, eles não estão aqui. — murmurou e olhando pelos cômodos.
Ariel se sentou ao meu lado e me puxou no colo dele me beijando loucamente. Suas mãos subiam e desciam por todo meu corpo, me enviando arrepios deliciosos. Passei minha mão no seu pau e Ariel gemeu. — Você me faz querer transar loucamente com você de segundo em segundo. — sussurrou no meu ouvido, dei uma risada excitada e rebolei no seu colo com o seu membro já acordado. — Adoro os insatisfeitos, sempre querendo mais. — Você deveria dizer adoro você insatisfeito. Gargalhei pelo seu ciúmes e segurei seu perfeito rosto e beijei seu queixo. Dei um suspiro e acariciei seus cabelos cinzas. — Você ficará assim mesmo deixando de ser um anjo certo? — Ariel deu de ombros e apertou minha bochecha. — Provavelmente não, os humanos iriam achar muito estranho meu cabelo cinza. — riu com suas palavras. — meu irmão Azrael teve que mudar mesmo sua aparência sendo humana, mais como vocês dizem: anjos são perfeitos demais. — Mmm. Então você não será mais assim. — Não. Mas serei sempre seu Rebecca. Dei um sorriso tímido e beijei sua boca, nenhum homem me tratou tão bem quanto Ariel, tirando meu pai é claro. Mas fora ele, tinha Ariel. Ele e mamãe amariam Ariel, tão carinhoso e disposto para mim. Nós dois mal nos conhecíamos mas eu sentia que o conhecia desde que nasci, parecia que ele foi feito para mim e eu para ele. Depois de viver um ano e meio na escuridão, agora vejo a luz. Eu não contei a Ariel que já fui abusada antes daqueles anjos caídos, sim. Na boate que trabalho já fui atacada por clientes que queriam mais que uma simples dança no poledance ou nos seus colos. Eu me sentia um tremendo lixo na primeira vez que aquilo aconteceu porque não havia ninguém para me dizer que eu não tinha culpa. Eu tinha achado que aquele pesadelo tinha acabado e então quando estou saindo
do mercado tarde da noite, um homem lindo vem até mim, coloca um pano na minha cara e quando acordo, ele está encima de mim e mais treze homens estão lá rindo e esperando sua vez. Ariel percebeu meu distanciamento e segurou meu rosto para encara-lo. — Eu sei no que está pensando. E quero que pare com isso, nada mais vai te acontecer, estou aqui agora. Mordi o meu lábio inferior e assenti para ele, abracei Ariel e deitei minha cabeça no seu ombro. Seu cheiro era inebriante e me acalmava tanto, ele era perfeito comigo como ninguém foi. Eu nunca me apaixonei na adolescência e não sabia o porquê, mas agora mal me importo com isso. Eu tinha um homem maravilhoso para ficar comigo, e talvez possamos até morar juntos no meu apartamento em Vancouver. Eu estava com uma sensação reconfortante e sentia que eu tinha tudo na vida. Eu estava apaixonada pelo anjo Ariel.
Capitulo Nove AURORA Meu coração estava saltitando de uma forma nervosa dentro de mim, Azrael diria a mamãe que iríamos nos casar e aquilo é uma coisa muito mas muito....aterrorizante. O Jeep de Azrael parou de frente a minha casa, ela estava do mesmo jeito que vi da última vez. Perfeita. Azrael apertou minha mão e olhei para ele. Tínhamos que ter comprado lentes para ele poder usar e infelizmente ele teve que pintar o cabelo de castanho avermelhado, as lentes azul e castanho claro não tinha aquele brilho que antes mas não tínhamos outra saída. — Fica calma Aurora, seu nervosismo está me deixando tenso. — disse olhando pelo retrovisor interno do carro. — Desculpa. Vamos logo com isso então. Saímos do carro de mãos dadas e paramos na porta. Azrael ficou me olhando com as sobrancelhas arqueadas para eu abrir a porta. Dei um suspiro abrindo-a. — Mãe? — chamei ela pela sala. Passos nas escadas surgiram quando mamãe desceu vestindo uma calça social preta e uma blusinha de seda preta. Linda como sempre. Seu sorriso largo era contagioso e a saudade me invadiu como uma fúria. — Minha Neva! — disse vindo de braços abertos. Corri até ela e a abracei com força e puxando todo o seu cheiro de flores que foi sempre reconfortante para mim. — Que saudades mãe. — murmurei contra seu ombro. — Eu também meu amor, já estava preocupada sem você me dar sinal. — me afastei dela e Azrael veio abraçá-la. — Nos desculpe por isso Alexa, estávamos ocupados conhecendo o Canadá, Aurora queria conhecer tudo. —Ah Canadá! Que lindo. Venham, sentem-se, eu estava indo ao trabalho mas
pretendo me atrasar. Azrael e eu sentamos no sofá pequeno e mamãe na poltrona a nossa direita. Olhei para Azrael nervosa quando ele sorriu. — Alexa, sua filha e eu só viemos visitá-la porque Aurora queria vê-la e também temos algo a contar. — os olhos azuis de minha mãe ficaram atentos e brilhantes. Ela adorava uma supresa. Um sorriso surgiu no seu belo rosto quando disse: — Não me digam que serei avó? — falou entusiasmada. Mas que porra! Qual o problema dessa mulher? Ela é uma mãe! Fala sério. Azrael deu uma gargalhada e balançou sua cabeça. — Infelizmente sou infértil Alexa, me perdoa mesmo. — ao dizer isso minha mãe murchou e assentiu, ela sempre quis netos e mais netos. Toda vez que um cara queria algo sério comigo ela já dizia que não se importava de ser avó. Argh. Mamãe deu um suspiro e olhou de mim para Azrael, intrigada. — E o que seria então? Azrael e eu nos entreolhamos sorrindo. Ele encarou mamãe e riu. — Bem. Eu queria pedir sua bênção. Pedi Aurora em casamento. ****** Minha mãe ficou tão elétrica que praticamente pulou em cima de mim e Azrael. — Oh meu Deus! Oh meu Deus! Eu não acredito! Aurora, você finalmente achou o homem de sua vida meu amor! — dei uma risada e devolvi seu abraço mas ela já estava agarrando Azrael. — E você Azriel! Meu futuro genro! Estou tão feliz por vocês. E então? Quando será o casamento? Azrael e eu nos olhamos por um segundo. Realmente não tínhamos pensado numa data específica, nossas mentes estavam viradas para outro lado na realidade. — Na verdade não, eu pedi a Azriel que seria melhor depois da nossa viagem
nos focar nisso. — Eu entendo. Bem, então conte logo a seus amigos. Bessie está desesperada por você. Liguei para Bessie e fui recebida por xingos e reclamações, quando contei a ela que iria casar, quase entrou pelo telefone. —Sua safadaaaaa! Aurora você vai CASAR! — gritou do outro lado. Ela ainda estava na França e disse que logo voltaria para que fizéssemos uma despedida de solteira. Com Dimitri foi mais tranquilo, ele ficou feliz também e parabenizou. — Fico feliz que tenha encontrado o cara. Você merece Neva. Depois de ligar para os meus amigos, mamãe disse que infelizmente teria que ir ao trabalho e pediu para mantermos contanto. Azrael e eu aproveitamos a oportunidade e fomos para o meu quarto fazer uma sessão de sexo durante toda a tarde. Já era noite e deixei um bilhete para mamãe dizendo que a amo. Peguei mais roupas para levar pois as outras estavam na cabana e entramos no carro. O estranho é que estava muito quieto, bairros de Denver não é parado assim durante as férias escolares. Não mesmo. Olhei para Azrael e seus olhos violetas tinham voltado, e muito atentos. — Algo está estranho, certo? — perguntei nervosa. Azrael me olhou de relance e apertou minha coxa com sua mão, ele acelerou a velocidade do carro e de repente uma figura pequena apareceu na pista deserta. Só consegui ouvir o grito de Azrael. —Se abaixa! — quando faria o que ele pediu, um tranco alto surgiu no carro e ele capotou umas cinco vezes até bater numa árvore. Coloquei a mão na minha cabeça latejante e uma camada fina de sangue escorreu. O carro estava de cabeça para baixo e olhei para o banco do motorista, Azrael não estava ali. Gemi assustada e tentei me soltar do cinto. Quando olhei pela janela quebrada a figura que estava na pista vinha caminhando mancando até o carro, minha respiração se alterou e forcei o cinto me soltar.
— Azrael. — disse num tom de medo. Quando tive a oportunidade de olhar aquela coisa estranha em forma humana me assustei. — Dominique. — sussurrei. Era a garota da faculdade. Mas ela estava diferente, seus dentes estavam expostos e eram finos e pontudos, seus olhos eram todos pretos e seu corpo estava torto como se a coluna foi quebrada. Estava possuída. Fiz um som de puro medo e comecei a chorar. — Azrael! — gritei. Quando Dominique estava quase perto, Azrael a pegou pelo pescoço e jogou ela longe, ela deu um grito diabólico e caiu. Azrael arrancou a porta do carro facilmente e quebrou o cinto, ele me puxou pelas mãos e depois me pegou no colo. — Você está bem? Está sangrando. — disse preocupado, abracei ele e olhei onde Dominique estava. Ou não estava. Saí do colo de Azrael e segurei seu braço. — Ela sumiu! — sua cabeça se virou quando algo pulou em cima de mim gritando. Dominique sentou em mim e tentei segurar suas mãos que iam ao meu pescoço e apertava com força. Azrael a pegou pelos cabelos e deu um soco na sua cara, ela cambaleou e rosnou como um animal e pulou em Azrael. Ele foi mais rápido e num movimento só segurou seu pescoço e girou sua cabeça fazendo um cleck alto. Ah não! Levantei do chão e olhei de olhos arregalados para o corpo de Dominique. — Você a matou! — disse em voz baixa. Azrael se endireitou e veio até mim limpando o sangue na minha testa. — Tirei o demônio dela, ela não morreu. Agora temos que sair daqui, Lúcifer está atrás de você pra valer. — ele respirou fundo e me olhou. — A batalha já começou, ele não te quer mais viva.
Capitulo Dez ARIEL Já era noite e nada de Azrael ou qualquer um aparecer! Eu já estava me sentindo um tremendo excluído e aquilo me deixou espumando pela boca. Por sorte, Rebecca saiu do banho sem se enxugar e veio nua e molhada até mim. Meu coração tamborilou em vê-la desse jeito, ela era realmente uma sedução em carne e osso. Becca se ajoelhou na minha frente e abriu meu jeans com um olhar sedutor. — Parece que alguém aqui precisa relaxar. — murmurou sedutoramente. Assenti para ela quando sua boca me engoliu, segurei o braço do sofá e gemi jogando a cabeça para trás. Sexo oral se tornou a melhor coisa de se fazer junto com Rebecca, quando sua língua quente circulava minha masculinidade eu praticamente virava manteiga derretida aos pés dela. Quando estava quase me desfazendo, puxei ela e me levantei tirando toda minha roupa enquanto Becca lambia e chupava meu corpo. Virei ela de costas fazendo-a ficar apoiada nos joelhos e cotovelos no sofá. A melhor visão que já vi. Bem, em relação a Rebecca era tudo melhor. Passei meus dedos na sua umidade e a fiz gemer e empurrar sua bunda fantástica na minha direção. Segurei meu membro duro e latejante e enfiei de uma vez nela fazendo seu gemido aumentar, tranquei minha mandíbula por quase ter gozado. Essa posição sem dúvidas era a melhor, eu podia sentir ela toda e ir mais fundo. Segurei sua cintura e meti o mais forte que eu conseguia, às vezes eu escutava Rebecca pedindo para ir mais devagar, porém nem me importei, eu estava buscando mais pelo meu prazer do que o dela nessa noite. Fechei os olhos e fui forte fazendo nossos corpos se baterem e fazer um som alto e delicioso. —Ariel. — gemeu alto Rebecca. — Um pouco devagar. — Pensei que gostava com força! — rugi ofegante. Rebecca mordeu a almofada e gritando ao mesmo tempo quando dei uma
metida forte nela, ela estava quase lá e eu também. Eu rosnava como um animal e ficava descontrolado com o corpo de dar um tesão eterno de Rebecca. Segurei sua nuca e fui mais rápido ainda quando ela gemeu e gritou gozando em mim. Seu líquido quente me fez entrar ainda mais fundo nela e então me sentei no sofá levando ela no meu colo de costas para mim. Segurei ainda sua cintura e seu pescoço e metia sem parar, Rebecca gritava meu nome me deixando mais louco quando senti ela gozar pela segunda vez. — Viu só como você gosta desse jeito. — rosnei no seu ouvido e ofegando. Eu não parava minhas investidas fortes, eu precisava me acalmar e soltar minha raiva de algum jeito. E foi no sexo. Apertei seus seios deliciosos e quando meti uma só vez. Gozei tão alto que achei que desmaiaria por aquele orgasmo infinito. Passei meus dedos na vagina molhada e suada de Rebecca e chupei meus dedos. Estávamos banhados de suor e respirávamos rápido e alto. Sai de dentro de Rebecca e me deitei no sofá puxando ela. Quando nos acalmamos ouvi sua risadinha. — O que foi isso? — perguntou admirada. Beijei sua cabeça e suspirei. — Você acabou de sentir quando estou bravo e tenso ao mesmo tempo. —Mmm. Gostei de você bravo e tenso. Dei uma risada e virei ela de frente para mim. Seus olhos azuis brilhavam de tranquilidade e alegria. — Eu te machuquei né? — perguntei lembrando das suas lamentações que tinha me deixado mais excitado. Rebecca deu um meio sorriso e tirou meu cabelo suado da minha testa. —Só um pouco, mas eu adorei. Gostei do seu lado selvagem. Dei outra risada e beijei sua boca quando ela disse três palavras que mudou minha vida. — Eu te amo. — sussurrou e depois se virou de costas puxando meu braço para abraçá-la. Fiquei parado com aquela declaração inocente e pura de Rebecca. Ela me ama. Realmente me ama, não um humano mas eu! Uma mulher linda e
perfeita me ama! Dei um largo sorriso e a apertei ao meu corpo. Beijei seu pescoço e seu suspiro me fez sorrir mais. — E eu te amo. Muito. — sussurrei no seu ouvido. Becca apertou meu braço em resposta e fechei meus olhos. Eu estava completamente apaixonado por essa garota. Minha Becca. ***** Acordei com o barulho do mar e o sol batendo no meu rosto, Becca estava deitada de bruços e nua. Minha ereção se ergueu só de admirar sua linda bunda e suas costas lisas e delicada. Passei meus dedos na sua espinha até sua bunda deixando sua pele arrepiada, ela estava com a cabeça virada para a janela então não podia ver se estava dormindo ou não mesmo com sua respiração lenta. Eu estava ficando cada vez mais duro e não resisti, abri um pouco suas pernas e lambi sua entrada já molhada. Estava pronta. Me curvei em cima dela e entrei na sua umidade apertada, Becca soltou um gemido e levantou um pouco seu quadril. Estava acordada. Deitei em cima do seu corpo mas nem tanto e metia lentamente, eu tinha pegado pesado com ela na noite passada nas sete vezes que transamos na sala, no corredor e no quarto. Eu estava possesso por ela de uma forma que não consegui me controlar. Chupei seu pescoço e acelerei um pouco o ritmo, ela era tão apertada, me deixava doente de excitação. Rebecca soltou outro gemido e levantou sua cabeça, ela a virou e lambeu meus lábios. — Mais forte. — disse excitada. Nem esperei duas vezes e acelerei rápido e duro dentro dela. — Que delícia você é. — gemi no seu ouvido. Fui indo mais rápido e nossos corpos faziam um som erótico, abri mais suas pernas e me virei um pouco junto com ela, eu penetrava sem parar quando senti o orgasmo se construindo quando estávamos prestes a gozar juntos escutei o barulho da porta lá embaixo se abrindo. Parei rapidamente de me mover e olhei
para o lado. Rebecca ficou se roçando em mim e senti ela gozar e gemeu alto. Coloquei minha mão na sua boca. — O que foi? — sibilou tirando minha mão. Sai de dentro dela e me levantei vestindo a calça jeans, joguei minha camiseta para Rebecca e ela a vestiu. — Ouvi a porta se abrir. Vou até lá, fique aqui. — disse na minha voz de arcanjo de guerra. Ela se levantou da cama e segurou meu braço quando abri a porta. — Nem pensar. — sussurrou de olhos arregalados. — Vou com você. — dei um grunhido e disse para ela ficar atrás de mim. Andamos devagar até as escadas e olhei para a sala vazia, escutei barulhos na cozinha e desci como um raio, eu estava tão elétrico que minhas asas se desenrolaram rapidamente e batendo na cara de Rebecca. Ela deu um tapa no meu braço e resmungou. — Desculpa. — sussurrei. Quando estávamos no lado da porta da cozinha, cabelos longos e vermelhos estavam na minha visão. Graças a Deus! — Finalmente! Onde estavam? — perguntei. Azrael estava em pé passando algo na testa de Aurora que estava sentada no banco da ilha. Fui até os dois assustados e Aurora estava como um olhar cansado. — O que houve? — perguntei preocupado. Azrael deu um suspiro profundo e colocou um ban-aid na cabeça de Aurora. —Lúcifer usou uma humana para matar Aurora. — olhei para ela e acariciei seu rosto. Seus olhos de esmeraldas me avaliaram é um sorriso se formou no seu rosto. Eu já sabia o que ela estava pensando. — Interrompemos alguma coisa? — nesse momento Azrael e eu olhamos para Rebecca que estava parada timidamente com seus braços cruzados e olhando para nós. Olhei novamente para os dois a minha frente que sorriam com olhares pervertidos. Respirei fundo e puxei Rebecca para abraçá-la e deixá-la mais confortável mesmo vestindo apenas uma camiseta. — Antes que vocês digam algo eu vou direto ao ponto. Sim, interromperam quando Rebecca e eu estávamos transando lá em cima. Aurora se aclama. — dei
de ombros e continuei. — Ela agora é minha garota e agora podem rir da minha cara. — Azrael e Aurora se olharam com caras de diversão e gargalharam, eles abraçaram a mim e uma Rebecca vermelha de vergonha. Azrael foi o primeiro a dizer: — Pai sabe disso? — perguntou ainda sorrindo. — Sim, eu me renunciei para ficar com Becca, ele aceitou mas apenas se eu ajudasse vocês na guerra. — Aurora ainda estava com um braço em volta de Rebecca. — Ariel! Estou sem palavras, logo você. — riu com minha careta. — Pois é pois é. Azrael estava certo, vocês mulheres viram nossa cabeça. — os dois riram e fiquei mais bravo. — Enfim. Ainda estão atrás de Dabriel? Qual o problema de Uriel? Sua bússola interna não está funcionando? — Azrael parou de rir e suspirou cansado. — Penso a mesma coisa. Eles estão demorando, e Lúcifer se aproximando. Tive que ter o maior cuidado para não me verem vindo pra cá. Isso tem que acabar logo. — Concordo com você, se Lúcifer atacou vocês então ele não quer mais papinho. Quer Aurora morta. — Aurora estremeceu com minhas palavras e Azrael a abraçou protetoramente. Mas aquela era a verdade, Lúcifer era um sádico doente e quando ele cismava em algo era sua meta até destruir aquilo que ele queria. Nunca imaginei que ele pudesse se tornar isso, nunca imaginei que ele fosse tão perverso e maldoso. Ele era um dos favoritos de Pai, e por causa disso a sua sanidade se foi e poder subiu na sua cabeça achando que ele conseguiria tomar o Reino Glorioso. Azar o dele. Agora tem o seu próprio reino e seus cachorrinhos. Por causa dele, o mundo se tornou sujo, podre e fedido, e o incrível disso tudo é que os humanos na maioria das vezes seguia o caminho dele. Era até de dar pena em ver. Olhei para Rebecca que estava conversando com Aurora quando disse: — Temos que dar um jeito de contatar nossos irmãos, deixaremos Rebecca e
Aurora aqui seguras e voamos para as montanhas no Canadá, lá é mais fácil de chamá-los. Azrael deu um suspiro e assentiu. — Tudo bem, não gosto de deixar Aurora sem mim mas não tenho escolha. Até amanhã isso tudo acaba. ****** Durante a noite Rebecca e eu ficamos sentados na areia de frente ao mar. Aurora tinha emprestado mais roupas a ela que agora estava de short jeans e uma blusa de alça fina branca. Linda. Aurora ficou tão alegre com nós dois que perguntou tudo detalhadamente o que aconteceu entre nós durante esses dias, ela contou tudo alegremente e eu apenas revirava os olhos. Azrael ria e balançava sua cabeça. Os dois tinham ido dormir pois estavam cansados. Dormir. Duvido muito. Rebecca beijou meu pescoço e olhei para seus lindos olhos azuis, ela me deu um sorriso torto e beijou minha boca delicadamente. Quando se afastou, encostou sua testa na minha. — Me sinto tão bem com você. — murmurou acariciando meus cabelos. Fiquei olhando para ela igual um abobado por ter escutado aquilo. Eu via a verdade em seus olhos. Ela transpirava sinceridade nas poucas palavras que me deixou.... Apaixonado por Rebecca. Sim, completamente apaixonado e à mercê de Rebecca, ela era tão linda e jovem e nunca me arrependeria de me tornar meio humano por causa dela. Tirei alguns fios que voavam no seu rosto com meus dedos e acariciei seus lábios sedutores. — Me sinto mais que bem com você. — inclinei minha cabeça a ela mostrando que era verdade. Seu sorriso tímido surgiu me deixando mais louco por ela. — Quando isso tudo acabar, o que vem depois? — pisquei algumas vezes pela mudança de assunto. Soltei um suspiro e me deitei na areia macia, Becca pousou
sua cabeça no meu peito e colocou sua perna em cima da minha cintura. — Ficaremos juntos. Não vou deixá-la Rebecca. — suspirei. — Então você irá morar comigo? — Se você quiser, aliás meu irmão Azrael tem uma boate em Denver, ele pode nos dar empregos e moraremos lá. — sua cabeça se levantou e seus cabelos longos caíram em cascatas negras. Um sorriso jovial surgiu no seu rosto. — Morar na América? Eu sempre quis morar aqui, mas eu... — Rebecca mordeu seu lábio para impedir de continuar. Levantei minhas sobrancelhas arrogantemente. — Não preciso usar meu dom para fazê-la falar, certo? — ameacei ela. Era a única saída, eu não queria força-la dessa vez a dizer a verdade para mim. Agora era com ela, se me queria, teria que ser sincera. Rebecca se ajoelhou na areia e suspirou. — Eu tenho um apartamento em Vancouver e tenho um trabalho também. — murmurou. — E qual seria seu trabalho? — perguntei seriamente. Rebecca olhou para os lados e um misto de desconforto e vergonha passou em seu rosto, ela não queria contar. — Rebecca, a verdade. — me sentei de frente a ela. Becca coçou sua bochecha e sem me olhar, disse: — Eu... eu trabalho de, hum, eu trabalho numa boate de stripper. — minhas sobrancelhas se levantaram em supresa. — E não tinha outro trabalho menos... exposto para procurar? —Eu não tenho estudo Ariel, foi minha única saída para me sustentar. Olhei para o lado e ciúmes me apossou, ela dançava para vários homens todas as noites, eles a desejavam. Desejavam o que estava destinado a ser meu. Lambi meus lábios e suspirei. — Você só dançava ou tinha relações... —Eu só dançava, algumas garotas transavam com os clientes para ter um bônus de dinheiro. Mas eu não. Eu odiava aquilo, não tinha escolha. — assenti para ela
e segurei sua mão, eu queria ter certeza de que falava a verdade. Passei meus dedos no seu pulso e a sua pulsação batia tranquilamente. Dizia a verdade. Puxei Rebecca para montar no meu colo e olhei sua piscina azul. — Acredito em você. Mas agora que estou aqui, você não voltará mais para aquele lugar e venderá seu apartamento, já falei com Azrael e ele tem dois apartamentos e dará um para nós. Eu trabalharei com ele enquanto você terminará seus estudos. — Rebecca deu um meio sorriso e assentiu, beijei sua boca com força fazendo nos dois gemer. Eu não deixaria ela sofrer nunca mais, a perda de seus pais já foi suficiente e fazer uma garota de dezoito anos ser stripper era inaceitável. Minha nova missão seria cuidar de Rebecca, eu viveria por ela, por nós. Faria tudo por nós dois e a deixaria ser a mulher mais feliz do mundo.
Capitulo Onze AZRAEL Esperei Aurora sair do banho para dizer que eu teria que voltar ao Canadá. Ontem ela fez de tudo para não entrarmos nesse assunto e em troca fizemos amor à noite toda. Quando ela saiu do banheiro vestida com uma calça jeans colada e camiseta cinza escura eu me levantei e fui beija-lá. — Você fica linda até mesmo vestida simplesmente. — murmurou entre nossos lábios. Aurora riu e me abraçou. — Não precisamos mais adiantar. Você deverá voltar para as montanhas, tudo bem. Eu e Becca estaremos seguras aqui. — Sabe que odeio esse plano, mas não tenho saída. — Eu sei. — murmurou me olhando apaixonadamente. Fomos para a cozinha e encontramos Ariel e Rebecca numa discussão feia, eu sabia quando ele ficava com raiva. Seus olhos ficavam totalmente negros. Pelo visto ele teria muito dor de cabeça com a garota, ela estava de braços cruzados e um olhar desafiador na direção de Ariel. Bem-vindo ao clube meu irmão. Pigarreei e os dois nos olharam, Ariel deu um suspiro cansado e foi até a pia. Rebecca seguia ele com seu olhar azul de águia sem piscar. Aurora foi até ela e a abraçou perguntando se dormiu bem e tirando sua atenção do meu irmão. Fui até ele e apertei seu ombro. — Algum problema com Rebecca? — Ariel suspirou e passou a mão no seu cabelo cinza escuro. — Ela me deixa louco de tanta teimosia, não concorda em deixarmos as duas aqui. Garanti a ela que é seguro mas ela é teimosa demais! Dei uma risada baixa e balancei minha cabeça negativamente.
— Acostume-se meu irmão, Aurora é impossível também, mas realmente temos que ir. Aurora distrairá Rebecca da raiva. — Ariel assentiu e foi até ela, puxando-a para um profundo beijo sem dizer nada. Aurora sorria como uma boba olhando para os dois. Fui até ela e peguei sua mão levando para fora da casa. Quando saímos empurrei ela na parede e beijei sua esculpida boca. Aurora fez um som de supresa e agarrou meus cabelos. Eu já estava começando a ficar duro e isso era péssimo. Ficar com tesão numa partida longe de sua noiva era horrível. Ariel não acreditou quando dissemos que nos casaríamos, ficou sem palavras mas com um sorriso feliz no rosto. Meus outros irmãos reagiriam da mesma forma que ele, quando me afastei de sua boca, tirei um colar de ouro branco com um pingente esmeralda do bolso e depositei na sua mão. —Eu não sei porquê, mas guardei isso desde que cai, eu tenho ele guardado há séculos e nunca entendi porquê o comprei. Mas agora sei, eu já sabia que iria te encontrar e me apaixonaria por você. — os olhos verdes de Aurora brilhavam e encheram-se de lágrimas. Ela deu uma risada deliciosa e beijou minha boca. — Eu te amo Azrael Caelinus. — sussurrou baixinho. Engoli em seco e abracei ela com força, nada aconteceria comigo, eu sei disso, mas eu sentia que estava arrancando uma parte de mim e morrendo aos poucos. Talvez seja porque deixarei Aurora aqui. Por ora. — Eu te amo sempre. — a porta da cozinha se abriu com Ariel e Becca sorrindo. Alguém conseguiu convencer alguém por aqui. Eu estava feliz por Ariel, logo ele que tinha repulsa pelos humanos ( mulheres ) acabou sendo fisgado pela jovem Rebecca, e ele era um sortudo como eu. A garota era muito linda, o que mais chamava atenção nela era seus lábios grossos e carnudos, olhos grandes azuis e um corpo curvilíneo demais para alguém mais jovem que Aurora. Seria até impossível um homem não ficar louco por ela enquanto estavam a sós dentro de uma cabana. Além de ser simpática e carinhosa minha Aurora. Seriam grandes amigas como
ela e Bessie. Ariel me olhou com as sobrancelhas cinzas levantadas. — Temos que ir agora. — acenei para ele e beijei Aurora. — Vocês ficarão bem. Ninguém irá encontrálas aqui. — Aurora assentiu e enterrou sua cabeça no meu peito. Quando Ariel se despediu de Becca e depois abraçou rapidamente Aurora. Levantamos voo juntos e saímos o mais rápido possível. Mais um segundo ali eu desistiria de ir para as montanhas. Pela cara de Ariel ele pensava o mesmo. — Elas ficarão bem Ariel, isso tudo já vai acabar. — ele assentiu para mim. — Sei disso, vamos mais rápido. Quero esmurrar caras de anjos caídos. — dei uma gargalhada e voamos mais rápido. Era o que eu mais queria. Esmurrar a cara deles. Principalmente do desgraçado do Kael e o maldito do Lúcifer.
Capitulo Doze AURORA Realmente foi difícil assistir Azrael indo embora, eu me senti insegura e com medo sem ele por perto. Becca ainda estava olhando para o céu onde nossos anjos tinham ido, toquei no seu braço e ela me olhou. — Que tal nadarmos um pouco? Está muito calor, eu tenho biquínis. — Becca de um pequeno sorriso e assentiu antes de olhar o céu novamente. Entramos na casa e fomos direto ao meu quarto, dei um biquíni vermelho meu para ela e peguei meu preto. Ela ainda estava quieta e distante com certeza pensando em Ariel. A minha ficha ainda não tinha caído em saber que ele está apaixonado por uma humana, e ele estava mesmo! Seus olhos nunca desviava dela e parecia que Becca era a única existência no seu mundo. Eu percebi isso pois Azrael me olhava do mesmo jeito. Olhar de amor. Descemos as escadas rindo de uma piada que contei para descontrai-lá. — Vamos apostar uma corrida quem chega primeiro na água? — perguntou Becca na varanda. — Claro! Quem perder vai ter que fazer o almoço. — rimos e ela concordou. Eu esperava ganhar pois não cozinhava nada. Contamos até três juntos e saímos em disparada gargalhando e dando cotoveladas de brincadeira uma na outra. Para a nossa tristeza e felicidade, chegamos juntas na água. Gritamos com a água gelada batendo no nossos corpos e mergulhamos juntas dando as mãos. Becca era uma garota incrível, assim como minha melhor amiga Bessie. Elas iriam se dar muitíssimo bem. Ficamos brincando uma jogando água na outra e rindo como crianças. Quando algo na areia chamou minha atenção. Parei de brincar e segurei os braços de Becca, ela olhou junto comigo e se escondeu atrás de mim assustada. Havia dois homens altos e musculosos olhando pela praia e depois para a casa. Eles conversaram sobre algo e entraram para dentro. Eram anjos caídos.
— Ah meu Deus, eles nos acharam Aurora. — disse Rebecca num sussurro assustado. Engoli em seco e olhei para todos os lados. — Vamos nadar até o canto da praia. — peguei sua mão e nadamos rapidamente. Dois anos de natação valeu muito a pena. Quando estávamos perto o suficiente das pedras, tentei ir para a superfície mas Becca me deteve. Olhei para trás e seus olhos azuis estavam arregalados de medo. — Não devemos. É perigoso demais, deixem eles irem embora. — sussurrou olhando para a casa. — Becca não podemos ficar aqui perto das pedras, o mar está agitado demais. Azrael me mostrou um esconderijo atrás daquelas árvores. Se formos rápidas o suficiente conseguiremos escapar. —Aurora…. Apertei sua mão e aproximei ela de mim. Não poderia me esquecer de que Rebecca foi estuprada por quatorze anjos caídos. Ela estava apavorada de medo. — Eu estou aqui, se lembra que foi eu que te tirei de lá? Vou tirar nós duas daqui novamente. — sua atenção voltou-se para mim e confiança surgiu em seus olhos. Ela assentiu e seguimos para fora da água. Quando estávamos na areia corremos para direção das árvores curvadas e rapidamente. —Olha elas ali Kael! — gritou uma voz masculina. Ah não. Segurei com força o pulso de Becca e corremos como loucas, escutei gritos masculinos e meu coração se alterou. De repente Rebecca tropeçou no meu pé fazendo nos duas cair, olhei para trás assustada e passos firmes já estavam até nós. — Anda Rebecca. — gritei levantando ela que estava chorando.
Corremos até o esconderijo que ficava abaixo da terra mas nos colidimos com algo grande. Becca me agarrou por trás e me puxou para longe de um anjo de cabelos castanhos claros e olhos verdes. Ele era lindo como todos os outros, mas era perverso também. Ele deu um meio sorriso sem mostrar os dentes e olhou todo meu corpo, lambeu os lábios e depois encarou Rebecca. — Já estava com saudades de você minha cadelinha. ****** Fiquei agarrada a Rebecca todo o tempo enquanto Kael e o anjo que nos pegou, Abaddon conversavam e Rumyel estava sentado à nossa frente com um olhar de tarado em nós duas. Ele na verdade olhava mais para Becca do que para mim que estava com meu braço na frente dela protetoramente. Quando os outros dois voltaram, Abaddon se sentou do lado de Rebecca e a puxou abruptamente para seu colo, tentei pegar ela de volta mas Kael me puxou para ficar em pé. Quando olhei para ele fui recebida com uma bofetada na cara me fazendo cair no chão. Dessa vez não chorei como Apollyon fez, cuspi no seu pé e me levantei com os olhos pegando fogo. Kael segurou meus cabelos molhados com força e sorriu. — Perdeu o medo sua vagabunda desgraçada, você tem dado muita dor de cabeça para mim, tem ideia de como fui fodido por sua causa? — dei um sorriso de louca para ele. — Pensei que gostava de coisas diferentes, quando eu fugir novamente espero que enfiem um cabo de vassoura em você seu babaca de merda. — os olhos de Kael se abriu mais e novamente ele deu um tapa na minha cara só que mais forte. Escutei Becca gritar e chorar. Por um impulso doentio dei um chute no meio das pernas de Kael fazendo o idiota me soltar e urrar de dor. Escorria sangue da minha boca e limpei com as costas da mão. Rumyel segurou Kael quando ele tentou pular em mim. —Se controla porra, sabe que o mestre não quer ela machucada. — rosnou para ele. — Você tem muita sorte de eu não poder fazer nada com você sua puta suja. Olhei para Rebecca e me assustei quando Abaddon estava segurando seu
pescoço e com a outra mão dentro da calcinha do seu biquíni, eu estava tão na adrenalina que segurei ele pelos cabelos e dei um soco no seu nariz fazendo ele cambalear. Puxei Rebecca do sofá e corremos para o andar de cima. Entrei no seu quarto e tranquei a porta e empurrando a cômoda atrás dela. Aquilo seria inútil, mas pelo menos eles não entrariam de uma vez. — V-vamos fugir? — gaguejou Becca. — Para onde? Não tem lugar e ninguém por perto. Rebecca começou a chorar e peguei sua roupa. — Vista-se que é melhor. — colocamos nossas roupas rapidamente quando o estrondo da porta surgiu, Kael jogou a cômoda longe fazendo nos duas gritar. Ele veio como uma águia e deu um tapa em Rebecca e depois me pegou pelo pescoço e me jogou na cama de barriga para baixo. — Você se acha a esperta não é mesmo sua puta? — sussurrou no meu ouvido. Segurei o choro e permaneci calada. — Se você pensar em fugir de novo eu e meus dois amigos vamos nos divertir novamente com sua amiguinha e depois vamos cortar ela em pedacinhos, uma parte será sua e a outra do fodido arrogante do Ariel. Não me provoca. — rosnou baixinho. Assenti para ele freneticamente e Kael me puxou para fora da cama. Rebecca estava chorando em silêncio e Abaddon segurava ela. — Vamos embora, os outros já devem estar lutando com os arcanjos. — disse Kael. Quando saímos da casa, eles nos levaram num carro preto e nos jogaram no porta malas juntas. Rebecca começou a chorar e dessa vez eu a abracei por trás. — Tudo bem, não deixei ele fazer nada você viu? Vamos achar Ariel e Azrael e então estaremos seguras. — Becca fungou uma vez e suspirou. — Eu espero que isso aconteça, foi Abaddon que me sequestrou, ele disse que quer brincar comigo na frente de Ariel. Eu estou com medo Aurora. — choramingou. Dessa vez eu fiquei quieta, eu não sabia o que eles iriam nos fazer. Mas tenho certeza que seria algo ruim.
Fechei os olhos e chorei em silêncio querendo Azrael naquele exato momento, eu precisava dele e muito. Pedi a Deus para que ele nos ajudasse com esses caras maléficos.
Capitulo Treze ARIEL Chegamos nas montanhas e nossos irmãos já estavam a nossa espera, eu sentia falta deles. Azrael e eu abraçamos todos eles quando Baraquiel parou para me olhar. – Ariel? Você…. você está diferente. — disse com suas sobrancelhas arqueadas. Olhei para Azrael que estava sorrindo e suspirou fundo. — Bem, ele está diferente. — ele meu deu um sorriso. — Ariel deixará de ser arcanjo para ficar na terra com a humana que os caídos pegaram. Estão apaixonados. — os olhos de todos se arregalaram de supresa não acreditando que logo Ariel esta amando uma mulher. Para minha surpresa todos eles sorriram e quando Baraquiel ia dizer algo, fomos interrompidos. — Mas que coisa linda de ver Ariel apaixonado, deu até vontade de chorar. — eu conhecia essa voz. —Lúcifer. — rosnou com ódio Azrael. Olhei para trás e Lúcifer e os anjos caídos estavam parados sorrindo grotescamente. Apertei minha mandíbula para não atacar eles de uma vez por saber que fizeram mal a minha Rebecca. Lúcifer deu um sorriso na minha direção e balançou sua cabeça. — Ah meu querido amigo Ariel, seu ódio é tão palpável, enfim. Tenho que me opor sobre sua decisão, você é um completa idiota em deixar o poder para trás e escolher uma puta que dançava no colo de outros homens para ganhar dinheiro. Mas vou avisando, um de meus caídos disse que pelo menos ela faz um ótimo boquete. — vi vermelho quando ele disse isso, dei um rosnado de ódio e pulei até eles, mas quatro braços me seguraram mandando eu me acalmar. —Ariel! Controle-se! Ele está te provocando. — gritou Micael para mim. Eu estava me lixando se era provocação ou não, então usei algo que escondia
dos meus irmãos. Centralizei meu olhar em Lúcifer que em segundos gritou em agonia e caiu na neve se contorcendo, seus caídos ficaram sem ter o que fazer enquanto eu usava meu novo dom no desgraçado fazendo sair espuma de sua boca de tanto gritar de dor. Dei um sorriso no rosto e Lúcifer rugia fazendo ecos pela montanha. — Ariel. — chamou Micael. Continuei olhando o maldito no chão se contorcendo. — Ariel! — gritou novamente. Pisquei algumas vezes e olhei meus irmãos boquiabertos. — Como fez isso? — perguntou Beliel sorrindo. Voltei a olhar Lúcifer que empurrava os caídos para não ajudá-lo. — Foi apenas eu expondo meu ódio. — Então eu acho melhor você controlar seu ódio. — disse sarcasticamente. Não esperei, sai do aperto de meus irmãos e voei como águia até derrubar Lúcifer no chão que tinha mostrado sua verdadeira feição. Quase feição. Sua pele era pegajosa e seus dentes e unhas afiadas. Ele cheirava a podridão e do mais puro ódio. Esmurrava sua cara sem parar enquanto os caídos correram até meus irmãos. A guerra começou. Lúcifer gargalhava a cada murro que eu dava e então afundei minha mão dentro do seu corpo e abrindo sua barriga fazendo ele gritar. Lúcifer deu um murro na minha costela e minhas asas me jogaram longe dele, respirei fundo para diminuir a dor quando ele correu até Azrael que lutava com dois caídos ao mesmo tempo. Lúcifer o pegou pelo pescoço só que meu irmão foi rápido, ele deu um chute no seu joelho e depois no seu queixo fazendo ele cair rolando e puxando Azrael junto com ele. De repente um anjo se jogou em cima de mim. Eu conhecia ele. Abaddon, ele, eu e Amitiel fomos consagrados aos melhores guerreiros antes da humanidade começar a evoluir. Seu sorriso falso me deu arrepios. — Então foi você que roubou minha Becca? Estou muito chateado com você
Ariel sempre querendo ser melhor que eu. — rosnou. — Agora acabou pegando minha cadela que nem sabia foder direito. — dei uma cabeçada nele fazendo-o sair de cima de mim e gemer. Comecei a dar murros e murros na sua cara, mesmo o sangue jorrando eu não parei. Foi ele. Ele que pegou Becca, eu sentia o cheiro dela... Parei de bater em Abaddon, cheguei perto do seu rosto e o cheiro de Rebecca era forte na sua pele. — Onde está ela? — perguntei friamente. Abaddon tossiu várias vezes e seu olho direito estava fechado e sua boca tinha um corte fundo. Ele deu uma risada e cuspiu o sangue deixando a neve vermelha. — Não se preocupe, é minha vez de foder aquela piranha. — apertei seu pescoço com as duas mãos e rosnei. — Onde está ela? — seus olhos verdes estavam arregalados e sua boca abria e se fechava como um peixe fora d'água. Dei um murro na sua cara e gritei. — Micael. — em um nano segundo ele estava ao meu lado. —Irmão…. — Mate ele. Ele que sequestrou Becca e a violentou. — olhei para meu irmão e rugi. — Mate ele! Micael também encarava Abaddon com ódio. Ele me empurrou para longe e pegou sua espada e num só golpe enfiou no peito dele fazendo o nojento gritar e depois engasgar. — Ela vai morrer seu filho da puta. — disse engasgado e então seus olhos perderam o foco. Morto. Micael estendeu sua mão e a peguei para me levantar. — Obrigado. — disse a ele que acenou sua cabeça e correu até Zadquiel para ajudá-lo com três caídos. Olhei por todos os lados e apenas via luta e mais luta. Eu não queria estar aqui pela primeira vez! Tinha que procurar pela minha Rebecca e por Aurora também. Estávamos tão confiantes de que eles não as encontraria. Engano o nosso.
Mas era minha promessa, eu deveria estar aqui para ajudar meus irmãos, mesmo sabendo que venceríamos. Mas a ordem foi explícita. Matar todos os caídos restantes na terra. No total já havia oito deles mortos por Micael então restava cinco. Ainda faltava dois. Eu sabia o nome de cada um e sabia que faltava Kael e Rumyel ali. Eles que estavam com as garotas. Andei até Uriel que tinha caído no chão e um caído batia nele. Aquilo me deixou louco. De repente o caído gritou e se contorceu no chão, Uriel aproveitou o momento e o levantou jogando a Micael que enfiou sua espada no seu peito. Restavam quatro. Lúcifer estava lutando com Baraquiel e Azrael num canto e os outros com o restante dos arcanjos. Peguei Zeqiel pelo pescoço e dei um murro no seu estômago, olhei Micael que sorria e ele passou a lâmina no pescoço do desgraçado. Menos um. Amitiel levantou Kesabel pelo pescoço que se debatia como uma criança petulante. Dei uma risada e Micael chegou perto deles fazendo o mesmo processo. Quando não restava mais nenhum caído ouvi Lúcifer gritar com sua voz natural grossa e diabólica. Fumaça saia de sua boca quando ele abriu suas asas parecidas de morcegos e ficou no ar. — Eu sou o deus dessa terra seus ratos de estimação! Eu vou destruir cada um de vocês e começando com as humanas. — gritou. Azrael me olhou assustado quando Kael e Rumyel surgiram com Rebecca e Aurora. Becca estava com a boca machucada e só consegui me controlar quando Amitiel segurou meu ombro. Aurora não estava machucada mas havia sinal de que estava chorando muito como Rebecca. Azrael deu um rosnado e suas asas se abriram para atacar qualquer um quando Lúcifer disse. — Nem pensar. Mas um passo e mato Aurora em meio segundo. — ele voltou para a superfície e puxou as duas na sua frente. Becca me olhava assustada e pedi para ela se acalmar apenas mexendo meus lábios. Ela acenou devagar e respirou fundo. — Não consigo realmente entender. Os dois deixarão a
divindade, o poder e a liberdade para ficar com essas criaturas sujas. Uma é stripper e a outra descendente de um traidor! Poderiam ter escolhido melhor. — os dois caídos gargalharam e não tiravam seus olhos de nós. Azrael chegou perto de mim e disse em voz alta. — Se eu fosse você não nos ameaçaria, não se esqueça do que fizemos com você quando fez isso. — Ah Mas eu me lembro sim, o único problema é que não tinha humanos no meio para deixar isso tudo melhor. — ele deu um sorriso e cheirou o cabelo de Rebecca, fechei minhas mãos em punhos e tentei ao máximo me controlar quando ouvi seu som de medo. Depois ele fez o mesmo processo com Aurora só que também beijou seu pescoço. Eu sentia Azrael tremer de ódio. — Chega de conversa, quem será a primeira a dizer adeus e vir morar comigo eternamente? — perguntou sarcástico. — Nenhuma delas Lúcifer. Solte as garotas. — todos olhamos para o lado quando ele apareceu. Dabriel estava parado olhando para seu antigo amigo.
Capitulo Quatorze AURORA Um silêncio se formou nas montanhas quando o próprio Dabriel estava ali parado. Eles encontraram. Eu fiquei paralisada olhando o homem que condenou minha família a morte e eu não sabia se sentia raiva dele. Era lindo. Alto e forte, cabelos loiros claros e olhos azuis. Ele encarava Lúcifer Mas depois sua atenção foi desviada para mim. Dabriel arregalou os olhos e deu dois passos. — Kassandra? — sussurrou baixinho. Engoli em seco e olhei Azrael que estava observando Lúcifer sem piscar, olhei Dabriel novamente e balancei minha cabeça em negativa. — E-eu não sou Kassandra, sou Aurora uma das descendentes dela. — Você é idêntica a ela é nossa filha. — murmurou tristemente. Ele respirou fundo e olhou Lúcifer com ódio. — Já estou aqui seu maluco, agora solte as garotas. Você já deu sofrimento o suficiente para essa família. — Lúcifer deu uma gargalhada e empurrou Rebecca para longe, Ariel foi mais rápido que os caídos e voou pegando ela e depois voltou a sua posição agarrado à ela. — Ainda quero me divertir, descobri a um tempo que logo logo mais duas Kings nascerão e se tornaram belas mulheres como todas. Estou ansioso por elas. — olhei para cima incrédula em ter escutado aquilo. Era minha tia Carla, ela esperava gêmeas do irmão mais novo do meu pai. — Você é doentio. — disse olhando ele. Lúcifer deu um largo sorriso para mim e segurou meus cabelos com tanta força que achei que arrancaria do meu couro cabeludo. Gritei de dor e Azrael e Dabriel deram um passo. — Não não. Se não querem que eu mastigue o pescoço dela então parados. — olhei para Azrael quando ele gritou. — Dabriel já está aqui seu desgraçado!
Solte ela. — Lúcifer e seus dois caídos gargalharam tanto que tampei os ouvidos com nojo. — Acreditem em mim, quero matar Aurora desde que ela fugiu, e quero arrastar Dabriel para o inferno. — ele encarou o caído e rugiu. — Você me traiu! Disse que era meu amigo e me apunhalou pelas costas! Eu vou te fazer sofrer mais que todos no inferno! — brandiu. Dabriel deu um suspiro e balançou sua cabeça negativamente. — Eu encontrei a paz Lúcifer, conversei com Pai várias vezes e fui perdoado. Eu que procurei pelos arcanjos e mal sabia que eles estavam atrás de mim também. Você não terá essa sua vingança patética pois Pai é forte, você é fraco. — Vamos ver se serei fraco matando essa vagabunda. — rosnou Lúcifer numa voz grossa. Azrael deu um grito e olhei as garras de Lúcifer se levantando, fechei os olhos esperando pela morte e todos que eu amava veio em minha mente. Quando um trovão alto surgiu. Abri os olhos assustada e a terra começou a tremer. Olhei para o chão e rachaduras se formavam enquanto a neve caia dentro dela. Lúcifer me jogou no chão mas Rumyel me pegou, ele tentou me levar dali porém dei um chute nas suas bolas fazendo ele cair e gritar. Azrael apareceu e socou sua cara várias vezes e então peguei uma adaga que estava no chão. Azrael entendeu o que eu ia fazer e sorriu segurando os braços de Rumyel. —Não! — gritou o caído assustado. Levantei a faca e sorrir. — Vá para o inferno. — gritei junto com ele e afundei a lâmina no seu coração. Em segundos ele não respirava mais. Senti algo me engolindo e vi o chão abrir, gritei quando estava prestes a cair mas Azrael me puxou pela camiseta e me pegou no colo. — Te peguei. — sussurrou. Olhei em volta e todos estavam distantes, menos Kael e Lúcifer que gritavam. De repente gritos de dor e pavor surgiu e muitas mãos agarram os dois que gritavam descontroladamente. — De novo não. — gritou Lúcifer. As mãos deformadas e queimadas puxavam a força os dois quando Kael tinha sumido olhei Lúcifer que nos encarava com um sorriso diabólico. — Vejo vocês no Fim. — falou calmamente e então a terra o engoliu e tudo voltou ao normal. *******
O sol apareceu preguiçosamente quando tudo estava quieto, os arcanjos olhavam um para o outro, Ariel abraçava Becca de olhos fechados e Dabriel encarava o chão. Olhei Azrael e beijei sua boca. — Acabou anjo, está a salvo. — sussurrou com a testa colada na minha. Beijei ele novamente quando alguém pigarreou. Olhei para o lado e Dabriel me encarava maravilhado. — Tenho certeza que você me odeio por razões óbvias. — eu não odiava ele. Vi que estava acabado com o que vinha acontecendo a minha família e seus olhos eram sinceros. Me afastei de Azrael e o abracei, senti ele ficar surpreso com o afeto mas devolveu meu abraço. — Não odeio você mas agradeço por se preocupar. —É o mínimo que eu posso fazer Aurora. Andamos até os arcanjos e Amitiel foi o primeiro a me abraçar. — Aurora. — suspirou. Dei uma risada e o agarrei com carinho. Todos nos abraçamos quando Azrael perguntou. — Vocês irão agora? — Baraquiel sorriu alegre. — Sim! Estou sentindo falta de casa. — Sinto falta das danças. — murmurou Beliel sorrindo. — Sinto falta dos outros irmãos. — disse Uriel. — Sinto falta de tudo. — riu Zadquiel. Rimos pelo seu comentário e Micael se aproximou de mim. — Tu és corajosa Aurora King, não me esquecerei de como foi uma guerreira. — dei um sorriso tímido a ele e o abracei novamente. — Obrigada Micael, vou sentir falta de vocês. Obrigada mesmo. — olhei para cada um. Azrael deu um suspiro triste e seus olhos estavam marejados. — Não se esqueçam de nós como não nos esqueceremos de vocês. — murmurou com uma voz carregada de tristeza. —Nunca irmão. — disseram todos os arcanjos de guerra em uníssono.
Becca e eu nos afastamos deles e todos se abraçaram de uma vez só dizendo palavras numa linguagem diferente. Dabriel sorria quando Micael o puxou também para o abraço. Quando todos se afastaram suas asas de ouro se abriram e então eles voaram rapidamente gritando e rindo. Olhei para o céu rindo também e senti uma mão no meu pescoço. Abracei Azrael e murmurei: — Você é meu para sempre senhor Azrael. — ele deu uma risada e me apertou. — E você é minha Aurora Neva. Dabriel nos olhou por um tempo e disse-nos: — Tenho que ir e espero que fiquem bem. — assentimos para ele e Dabriel sumiu pelas árvores. Ele não era tão filho da puta como pensei. Olhei sorrindo para Ariel. — E então? Agora você é meio humano como Azrael? — ele revirou seus olhos e rimos, até o próprio Ariel. — Não antes de eu dizer. — Becca e eu nos entreolhamos confusas quando nossos anjos riram. — Dizer o que? — perguntou Rebecca. Ariel se afastou de nós e disse: — Dizer que aqui estou eu Pai, teu filho e servo que agora em diante queres andar na terra como uma de tuas criações. Renunciar-me agora como um arcanjo. — gritou olhando para o céu. De repente os mesmo trovões quando Azrael mudou sua aparência, surgiu em cima de Ariel num estrondo. Becca e eu tampamos nossos ouvidos pelo barulho e então tudo se silenciou. Olhei para Ariel e ouvi Rebecca ofegar. Ele estava nu e suas cicatrizes tinham sumido como também as asas de arcanjos no seu peitoral. Seus cabelos não eram mais cinzas e sim negros como a noite, quando ele olhou Rebecca seus olhos eram de um azul intenso e profundo. Ele tinha as características de Rebecca. Ela deu um grito e correu até ele pulando no seu colo e enrolando suas pernas na sua cintura. Ariel sorriu e beijou ela apaixonadamente. — Você está mais lindo do que antes. — sussurrou para ele. — E você mais perfeita do que nunca. Eu te amo Rebecca e a partir de agora irei cuidar de você. — disse Ariel. Ela deu uma risada feliz e voltou a beijar seu anjo. Olhei Azrael sorrindo e ele encarava os dois com uma cara feliz pelo seu irmão. Quando seus olhos pousaram em mim eu vi seu amor refletido nos seus
olhos violetas. Eu não queria falar. Fiquei na ponta dos pés e beijei meu amor. Minha vida. Meu anjo caído e apaixonado. Sempre amarei Azrael Caelinus, o arcanjo braço direito de Deus. ****** ARIEL Quando finalmente passou das seis da manhã, fechei a boate. Eu estava exausto e meus ouvidos zumbiam com a música alta, confesso que ainda fico boquiaberto com os humanos. Eles adoram a bagunça na boate e principalmente os body shots que as barmans faziam. Confesso também que eu me divertia quando elas deixavam os homens ansiosos para serem escolhidos e lamber a barriga delas, na maioria das vezes elas chamavam eu ou Azrael o que claro negávamos. Azrael mostrava sua aliança de casamento e eu dizia apenas um não decidido. Sim. A um mês atrás depois da pequena batalha, ele e Aurora casaram-se no dia seguinte, eu e Rebecca fomos os padrinhos e me apresentei como irmão mais velho de Azriel. Lá eu conheci sua mãe histérica e saltitante de alegria e apaixonada pelo genro, a garota Bessie que perguntou se eu não teria um irmão para ela e Dimitri um quase advogado que estava caidinho por Bessie. Eles receberam eu e Rebecca de braços abertos como Aurora garantiu. Falando na minha Becca, ela iria voltar à escola daqui a dois meses para terminar o terceiro ano e então faria faculdade de direito para prender todos os caras maus. Minha Becca. Ela estava tão feliz, as vezes ela, Aurora e Bessie vinham a boate para se divertirem mas como eu era um viciado em sexo, puxava ela para o escritório e transávamos loucamente. Tranquei a porta da boate e desci as pequenas escadas, Azrael estava no bar preparando bebidas. Algo que eu não gostei também. Ele deu um sorriso quando bocejei, esse corpo humano não aguentava um dia acordado. Fala sério. — Noite longa? — perguntou empurrando um copo de wisky e pegando o seu fazendo a aliança de ouro bater no vidro do copo. Me sentei em um dos bancos e bebi um gole da bebida. Hoje ela era bem-vinda. — Bastante, tive que reformar meu quarto porque a Rebecca achava ele masculino demais. Estou quebrado, fora que tive que separar duas brigas hoje. — Azrael deu uma risadinha e
assentiu. — Sorte a sua, nosso outro gerente te cobrirá, fique de folga hoje e sábado. — terminei minha bebida e encarei ele com um sorriso no rosto. — Sério! — Super sério, você precisa de uma sessão de sexo. E de um tempo com Rebecca também. — me levantei do banco e puxei Azrael em um abraço entre o balcão. — Obrigado irmão. — Azrael bateu nas minhas costas e depois me empurrou. —Vá logo para a sua garota que eu quero ver minha esposa também. — riu. Assenti para ele e tirei a chave do carro do meu jeans. Acenei para Azrael quando ele sumiu com seu Jeep e entrei no meu SUV preto. Isso eu adorei. Andar de carro era ótimo tirando a parte do trânsito em Denver. Dirigi rapidamente para meu apartamento ansioso por Rebecca. Eu sempre estava ansioso por ela e sempre estaria. Minha linda Rebecca. ****** Entrei no nosso apartamento escuro e tranquei a porta, tirei minhas botas na sala mesmo e fui para o quarto, as frestas da janela clareava somente um pouco do quarto e vi Becca deitada de costas embaixo do edredom vinho e sua cabeça no travesseiro vinho combinando. Ela adorava cores quentes. Tirei minha roupa rapidamente ficando nu e me enfiei embaixo da coberta. Puxei para cima a minúscula camisola de Becca e tirei sua calcinha rendada. Aproximei o tecido no meu nariz e inalei aquele cheiro delicioso que me deixou duro. Rebecca esticou os braços e se virou de barriga para cima e foi melhor assim, tirei sua camisola e deitei em cima dela. Seus olhos se abriram e um sorriso sonolento apareceu em seus lábios. — Como foi no trabalho? — sussurrou. Eu estava beijando seu pescoço quando murmurei. — Insuportável. Parecia que as horas se arrastavam sabendo que eu queria vê-la logo. — Becca deu uma risada baixa e abriu suas pernas. — Mmm. O que você tem em mente agora que está aqui?
— Sexo, sexo, sexo. E, ah. Sexo. — sua risada ficou alta porém se transformou num gemido quando entrei nela. Ah sim. Plenitude! Deixei escapar um gemido e me apoiei nos braços. Fui num ritmo médio e apertei seu seio farto. Engoli seu mamilo esquerdo com minha boca e circulava ele com minha língua. Acelerei meu ritmo dentro de Rebecca a sussurrei: — Abra mais as pernas Rebecca. — ofeguei. Ela soltava vários gemidos baixos só que aumentaram quando abriu suas pernas ainda mais e metia com força nela. Apenas o barulho do meu quadril na suas coxas e seus gemidos gostosos preenchiam o quarto quase escuro. Beijei sua boca com força e levantei sua perna direita no meu ombro, eu não desacelerava em nenhum momento, ia cada vez mais forte e mais forte quando a sensação deliciosa chegou. — Vou gozar. — disse em voz entrecortada e alta. — Goza comigo meu amor. — entrei mais fundo em Rebecca que gemia sem parar e puxava meus cabelos quando senti sua vagina me apertar com força, gozei gritando como um louco junto com Rebecca gozando em mim e fui mais rápido até que desabei. Seus dedos brincavam com meus cabelos molhados de suor quando ouvia seu coração se acalmar junto com o meu. Levantei minha cabeça e beijei Rebecca. — Bom dia. — murmurei sonolento. Becca deu uma risada e me abraçou. — Bota bom dia nisso. — ri junto com ela e acariciei seu rosto. Sai de dentro dela e puxei seu corpo ao lado do meu, ficamos deitados de conchinha quando sussurrei meio acordado e meio dormindo. — Não passe o dia com as garotas, Azrael me deu folga até amanhã. Vamos ficar aqui de bobeira ou transando sem parar. — Becca riu novamente e esmagou seu corpo no meu. — Acho uma ótima ideia. Quero ficar com você como antes na cabana. — enterrei meu rosto na curva de seu pescoço e beijei sua pele cremosa. — Então farei seu desejo uma realidade.
— Eu te amo Ariel. — era a terceira vez que ela disse aquilo o que me deixa tonto de tanta felicidade. — E eu te amo Rebecca, sempre e sempre. Realmente, eu amarai aquela mulher para sempre. Ela deu um suspiro feliz e puxou a coberta e depois se virou de frente para mim se aninhando em mim. Dei um sorriso e a envolvi com meus braços protegendo ela eternamente.
Capitulo Quinze: Final Despertei do meu sono com Azrael me abraçando por trás. Na mesma hora me senti segura e feliz. Senti seus lábios beijando meu pescoço e descendo até minha bunda. Eu estava nua. Ele deu um gemido de satisfação e num movimento levantou minha perna e me penetrou. Gememos juntos e Azrael ia lentamente. Rolei minha cabeça para o lado e beijei sua boca gelada. Dei outro gemido e comecei a rebolar freneticamente no seu pau. Azrael segurou minha cintura e se afundou mais em mim e gemendo no meu ouvido, ficamos os minutos nessa posição quando não aguentei mais e gozei junto com meu amor. Azrael me puxou para cima dele e me beijou lentamente e demoradamente, dei um suspiro quando me afastei e acariciei seu rosto. — Você adora acordar sua esposa todos os dias assim não é mesmo Sr Caelinus? — Azrael deu uma risada e apertou minha bunda com suas mãos fortes. — Adoro muito Sra Caelinus e tento certeza que gosta de ser acordada assim. — dei uma risada e assenti para ele. — Com toda certeza. — sussurrei sedutoramente. Começamos a nos beijar descontroladamente quando meu celular apitou, dei um grunhido fazendo Azrael rir e estiquei meu braço para pegar o aparelho no aparador. Era a Becca. Abri sua mensagem que ela mandou e li em voz alta para Azrael ouvir.
" Aurora não vou poder passar o dia com você e Bessie. Ariel estará em casa até amanhã e vamos aproveitar. Semana que vem eu compenso vocês, prometo. Diga obrigada a Azrael.;) " — De nada, Rebecca. — riu meu amor. Joguei o celular no tapete e pulei em cima dele. — Que gentileza de sua parte.
Isso significa uma coisa. — Azrael arqueou suas sobrancelhas e sorriu. O mesmo sorriu que me deu na noite em que nos conhecemos, na noite em que eu fiquei louca por ele. — O que seria? — murmurou sedutor. Montei no seu colo e segurei seu membro duro e sentei nele entrando em mim. Azrael segurou minha cintura e gemeu. — Significa que irei passar a manhã e à tarde mimando meu lindo marido. — sussurrei, ofegosa quando subia e descia no pau dele. Azrael fechou os olhos e segurou minha cintura metendo com força. Dei um grito de prazer e voltamos a lentidão. — Gostei dessa ideia. — disse ele excitado. Me abaixei e beijei com força sua boca quando ele começou suas estocadas fortes dentro de mim. — Eu te amo Aurora Caelinus. — eu fiquei mais excitada em ouvir seu nome no meu. —E eu te amo Azrael Caelinus. Sempre. Sempre nem se igualaria entre meu amor por ele. Eu jamais deixaria de querer Azrael e de amá-lo. Tudo o que aconteceu com nós dois eu não pensaria duas vezes e repetiria tudo. Iria sempre escolher Azrael de novo e de novo mesmo que custasse a minha vida. Quando nos libertamos juntos, me joguei no seu corpo musculoso e suado, abracei ele com força e fechei meus olhos. Agradecendo a Deus por ter dado ele a mim. Agradecendo ao amor por nunca nos separar. Agradecendo a tudo e todos que nos ajudaram para que possamos ficar juntos. Lembrei do rosto de cada arcanjo que nos protegeu. Que demonstrou seus amores mesmo não me conhecendo. Micael, Baraquiel, Zadquiel, Beliel, Uriel, Ariel e claro Amitiel. Eu ainda escutava suas risadas e gritos de alegria quando voltaram para o céu e para sua Família. Lembrar deles me deixou mais feliz do que eu estava junto com Azrael. Ele deu uma risada por ler meus pensamentos e
beijei seu pescoço. Meu anjo lindo que sempre amaria a cada novo dia. Agora sim eu me sentia uma verdadeira mulher! Uma mulher realizada com o melhor homem do mundo. — E a melhor mulher e esposa do mundo. — murmurou no meu ouvido. Beijei sua boca derramando toda minha paixão e amor por ele. Deus! Como eu amava o seu filho. Fim!!!
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Table of Contents Clarice Lispector Capitulo Um Capitulo Dois Capitulo Três Capitulo Quatro Capitulo Cinco Capitulo Seis Capitulo Sete Capitulo Oito Capitulo Nove Capitulo Dez Capitulo Onze Capitulo Doze Capitulo Treze Capitulo Quatorze Capitulo Quinze: Final