Questões Prova Chaplin 2A 3b 2018

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CIEP BRIZOLÃO 199 CHARLES CHAPLIN

Nota da prova: (valor: 5,0 pontos)

Disciplina: Português Plano de Estudos – 3º BIMESTRE – Turma: 2ª série Data: ....... / ....... /2018. Professora: Joyce Nobrega

NOME:

Nº:

TURMA:

Orientações: ▪ Confira se sua prova está impressa corretamente e com todas as páginas. Se houver algum erro, comunique ao fiscal de sala. ▪ O vocabulário e a interpretação dos enunciados fazem parte da avaliação. A prova é individual e sem consulta. ▪ É proibido: o uso de folhas de rascunho, o uso de calculadora ou similar e o empréstimo de qualquer tipo de material. ▪ Utilize caneta azul ou preta para responder às questões. ▪ Questões de múltipla escolha: com rasuras, respostas múltiplas ou a lápis não serão consideradas.

Boa Prova!

Leia o texto abaixo: Leia atentamente o fragmento abaixo, extraído de O Cortiço, de Aluísio Azevedo, e responda às questões que se seguem. Capítulo III Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia. A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas. Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saiam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos,

cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas. O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e resingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra. [...] (Disponível em:http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv0000 15.pdf. Acesso em: 01/08/2013).

Questão 1 – A palavra cortiço significa casa de habitação coletiva da classe pobre. Ao longo da narrativa, o narrador descreve esse sentido de aglomeração de pessoas típicas de um cortiço. Transcreva uma passagem em que se note esse caráter de aglomeração.

Sobre a escola literária parnasiana, escolha uma questão e responda:

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Questão 6 – Os parnasianos adotaram alguns princípios que orientaram a seleção de temas e os modelos literários a serem seguidos. Cite um desses princípios. (questão adaptada – original formulada por Milleny, Fernando e Guilherme)

Questão 2 – Determinismo diz que o meio influencia o ser humano de forma diversa. O narrador d’O cortiço nos dá inúmeras demonstrações dessa influência do meio nas atitudes dos moradores. Identifique a passagem que comprova uma atitude típica do ambiente de moradores de cortiços, segundo o determinismo: a) b) c) d)

“pigarreava-se grosso por toda a parte” “Eram cinco horas da manhã” “As portas das latrinas não descansavam” “O chão inundava-se”

Questão 3 – Retire do texto um exemplo de zoomorfismo, isto é, de descrição e/ou de comparação do ser humano a atitudes de animais. _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ Questão 4 – Em “Não se demoravam lá dentro”, indique a circunstância que cada adjunto adverbial destacado expressa. _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________

Questão 5 – Qual era o objetivo declarado dos parnasianos? (questão formulada por mais de um grupo)

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Questões Prova Chaplin 2A 3b 2018

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