Reiki Project - Kokoro Connect [Capítulo 7]

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Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida

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Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida

Kokoro Connect Volume 1 – Pessoas Aleatórias

Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida Na manhã seguinte, Yaegashi Taichi soube da testemunha da turbulência sua e de Kiriyama da noite passada em um lugar completamente inesperado. Isso porque a presidente da Classe 1C, Fujishima Maiko, interrogou diretamente Taichi, “Você estava com uma garota em um parque ontem à noite? ” Aparentemente o parque é parte da rota que o cão de Fujishima (um buldogue) percorre. – O-O que você está dizendo, Fujishima? Eu não fui lá ontem. Obviamente, Taichi decidiu sair impune. Ele sentiu que estava em um tipo de relação malsucedida com Fujishima ultimamente. – ...Mesmo? Yaegashi-kun não estava com uma garota magricela de cabelos longos se agarrando no parque ontem? – Nós não nos agarramos. – Nós não nos agarramos...? Os olhos afiados de Fujishima brilharam por trás das lentes. – N-Não. Isso foi um mero erro gramatical. – ...Oh~? Talvez eu não vi muito claramente por causa do céu noturno. Eu posso ter te confundido; se esse for o caso, eu peço perdão pela minha acusação. Apesar de que ele não queria se expor para Fujishima, Taichi sentiu remorso por mentir para ela e deixa-la se desculpar por isso. – ...Eu pensei ter visto um caso extraconjugal... Fujishima virou a cabeça para o lado e disse lentamente. Havia muito nas palavras dela para se irritar, então isso aliviou o remorso de Taichi. – Esqueça. Certo, eu queria te perguntar... Yaegashi-kun, você não anda meio estranho ultimamente? – Oh! Você acha...? Eu era assim antes. – Ah... Além disso, Inaba-san e Nagase-san parecem estar um pouco estranhas também! E vocês pertencem ao mesmo clube, então como presidente (da turma), eu quero saber o que aconteceu.

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Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – ...Nada aconteceu. Mmm... Afinal, metade do nosso primeiro ano já passou, nossas relações melhoraram então mostramos diferentes facetas de nós mesmos... Será que foi isso que aconteceu? – Verdade? Então tudo bem... Bom, eu vou me certificar de pegar o jeito do Yaegashi-kun, após isso, você está condenado. Apontando para Taichi para enfatizar, Fujishima foi embora. Talvez eu deva seriamente considerar corrigir os mal-entendidos dela. Nesse momento, Nagase Iori veio e tomou o lugar a frente de Taichi. Ela fixou seus olhos em Taichi por nenhum motivo aparente. – ...Não era o Taichi? Uma garota magricela de cabelos longos... É a Yui? – V-Você ouviu tudo? Aaaah, tem garotas magricelas de cabelos longos em todo lugar... Para sair dessa situação, Taichi só podia se defender. – Se não for isso, então deixa quieto. Não tem nada a ver comigo mesmo que seja ou não o Taichi... Aquela garota... ela falou por falar? Fazendo beicinho, Nagase não parecia estar de bom humor. Se não havia nada de especial, todos os membros do Clube de Literatura se reuniam na sala do clube logo após as aulas. O único jeito de evitar a maior parte dos problemas é colocar as cinco vítimas da troca de personalidade em uma sala. O que eles fazem na sala é variado: Inaba Himeko trabalhava no computador como sempre; Nagase estava lendo um mangá; Kiriyama esteve praticando artesanato ultimamente; Taichi estava revisando e se preparando para as aulas; Aoki não fazia nada exceto interferir no que os outros faziam. Eu queria que alguém brincasse com ele. Naquele dia, Taichi fez seu trabalho da escola em um determinado ritmo para que se tornasse um hábito; Aoki também deu atenção ao seu trabalho (talvez porque ele precisava entregar um relatório no dia seguinte). Inaba espiou os dois, e continuou escrevendo no teclado. Após um tempo, Nagase e Kiriyama entraram na sala do clube. – Olá~! Nagase atirou sua mala no sofá e foi em direção a ele. Ela gritou “Oi, Taichi!” no caminho e deu um tapa em suas costas. – ...Por que você está me cumprimentando como se fosse a primeira vez que nos vimos hoje? Nós nos encontramos quinze minutos atrás. – Mas pela atmosfera, eu senti vontade de te cumprimentar como se fosse a primeira vez hoje. 3

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – Eu não disse nada, isso não é um problema dos seus sentimentos? Essa garota é tão despreocupada... Isso pode até ser invejável aos olhos de Taichi. – Oi... Taichi! Dessa vez, a mesma parte de suas costas levou um tapa ainda mais forte. – Ai! Taichi não conseguiu evitar gritar e virou a cabeça, apenas para ver Kiriyama, de pé em sua frente, sorrindo envergonhada, – ... Oi, Kiriyama. Taichi respondeu com um sorriso. Eles se entreolharam por um tempo. Ao mesmo tempo, Kiriyama continuou dando tapinhas nas costas de Taichi. – ... Você já pode parar. Dito isso, Kiriyama parou sua sucessão de tapas. Taichi tinha certeza de que suas costas estavam vermelhas. – Ah, deixa eu te falar, Taichi. Eu posso ter me interessado em artes marciais e luta profissional; vamos conversar sobre isso quando eu estiver livre. Kiriyama disse com uma voz fraca, como se cerrasse os dentes enquanto falava. – Pode falar! Se você precisa, nós podemos começar agora– – Não a-agora... Espere pela próxima vez! Kiriyama balançou a cabeça com força e parou Taichi que estava agitadamente se aproximando. “Não tem necessidade de ser tão gentil”, Taichi pensou. Olhando Kiriyama, Taichi subitamente sentiu que seu amor por coisas fofas estava relacionado a sua androfobia... talvez querer escapar para um mundo que homem nenhum possa adentrar. Nesse momento, Taichi percebeu que as outras três pessoas, Nagase, Inaba e Aoki, estavam todos olhando para ele com espanto. – ...O que aconteceu entre Taichi e Yui? Aoki perguntou com uma expressão séria. – Eh, sobre isso... Taichi espiou Kiriyama e ponderou sobre como começar. – Nada! Nadinha de nada! Corada e negando agitadamente, Kiriyama sentou-se bruscamente em um assento à diagonal do de Taichi e começou a procurar coisas em sua mala. 4

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida Os três a encararam por um tempo. Após isso, Aoki virou a cabeça e examinou os rostos de Taichi e Kiriyama. Nagase cobriu metade do seu rosto com um mangá enquanto encarava levemente Taichi. A atmosfera era bem embaraçosa. Taichi, no entanto, não poderia contar para eles o que Kiriyama não queria que eles soubessem, então ele tossiu duas vezes e encarou a mesa novamente. Kiriyama também parece ter percebido a atmosfera, então ela disse, – E-Eu vou no banheiro! E escapou da sala do clube. Vendo ela partir, Nagase começou, – ...A Yui acabou de ir no banheiro. – O que está acontecendo, Taichi! Algo realmente aconteceu ontem? Eu sinto que a Yui está diferente de ontem. Aoki perguntou prontamente. – Na-Nada demais! Nós apenas... conversamos sobre os problemas dela. – Apenas conversamos– Como isso pode melhorar tanto sua relação?! Eu não tinha ideia... Merda, Taichi é meu maior rival? E é ameaçador que você não tenha consciência disso...! Aoki queixou-se de sua angústia. – Se esse for o caso...Iori! Vamos começar uma reunião de batalha! – E-Eu não tenho nada a ver com isso de qualquer forma. Ou eu posso até dizer que isso não me envolve! Nagase queixou-se com Aoki. Dessa vez, Inaba, na frente, se intrometeu. – Honestamente, o que aconteceu entre vocês dois? Apesar de relutante, Taichi podia sentir o ‘Eu não vou deixar você escapar tão fácil’ dos olhos de Inaba. – Aahh...Eu realmente não fiz muito! Eu dei apenas um empurrãozinho e a Kiriyama prosseguiu sozinha. Sim, isso foi a única coisa que aconteceu. Inaba piscou algumas vezes surpresa e sorriu levemente. – Então... talvez essa troca de personalidades possa ser útil! Mas talvez foi o Taichi que fez tal milagre acontecer. Ela aparentava ter uma miríade de pensamentos. Sorrindo para Taichi calmamente, Inaba inclinou-se no encosto da cadeira, encarou o céu e cobriu os olhos com a mão direita, murmurando, 5

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – Pra mim... tudo que eu posso ver são aberturas. Inaba parecia estranhamente fraca. Depois, Taichi imediatamente soube que seus instintos estavam corretos. Foi porque naquele dia, Inaba desmaiou. – Então, me deixe fazer algumas coisas enquanto você obedientemente dorme aqui. Se o Gotou-san vier aqui antes de eu voltar, cumprimente-o por mim. Dito isso, Yamada Touka (30 anos de idade, divorciou-se uma vez), a enfermeira, deixou a enfermaria. – Inaban...Eu pensei que você tivesse morrido... – Idiota, eu só estava tonta. Eu não vou morrer ainda. Deitada na cama, Inaba respondeu Nagase, que ainda estava preocupada e aparentava estar quase chorando. Desde ela desmaiar na sala do clube até ser carregada para a enfermaria, Nagase pareceu tremer muito. – Sim, me assustou muito... Você desmaiou em uma pancada! Kiriyama também mostrava uma expressão extremamente cansada. – Meu corpo esteve meio mal ultimamente... mas isso não é grande coisa. Na verdade, nem tinha necessidade de vir para a enfermaria. – Não, Inaba! Você tem que cuidar do seu corpo! Levando bronca do Aoki (e talvez essa fosse a primeira vez), Inaba, com um olhar irritado, apenas disse “Tá. Tá.” para dispensá-lo. Após algum tempo, o professor da Sala 1C e também o conselheiro do Clube Literário... em outras palavras, o responsável por todas as coisas relacionadas à Inaba na escola, Gotou Ryusen, veio até a enfermaria. – Ei, Inaba, você está bem? Oh, todo está mundo aqui. Uma estudante desmaiou, como ele pode falar tão calmamente? – Eu te dei muito trabalho, Gotou. Você já pode ir embora. – ...Você deveria respeitar mais os professores...Esquece. Ele não se importava realmente. – Eh, cadê a senhorita Yamada? – Ela está ocupada...Eh, de acordo com ela, “a razão pra Inaba ter desmaiado é por ter acumulado muito stress, então ela deve melhorar se descansar o suficiente. ” – Entendido, Yaegashi. Então, o que foi agora, Inaba? – Problema nenhum. Inaba declarou sem hesitar. 6

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – Então... Se isso foi o que a senhorita Yamada disse, então não tem problema. Eh... é raro que vocês cinco estejam todos aqui, vocês têm algo a dizer...Mmm? – Ah! Kiriyama gritou como se algo tivesse vindo à sua mente. – ...Eu não fiz o dessa semana...! – Ah! Os quatro membros do Clube Literário gritaram ao mesmo tempo. Aparentemente, eles se reuniam todo dia sob o nome do Clube Literário, mas eles conseguiam esquecer completamente sobre o trabalho do clube... o próprio trabalho que permitia que outros confirmassem a existência e significância do clube. Então Gotou gritou também. – Ah, bom, na verdade, eu não peguei o rascunho de vocês antes do prazo normal. – Desculpa, Gotou. É porque estamos ocupados em uma entrevista em larga escala. Parece que o nosso rascunho dessa semana não vai ficar pronto antes do prazo. Mês que vem a gente capricha mais, ok? Inaba imediatamente se safou. Como ela podia mentir tão facilmente? – Uma entrevista em larga escala, hein? Mas o é feito mensalmente para que o clube seja reconhecido... Ah, esquece. Ele não se importava. Só nesses momentos Taichi queria agradecer Gotou por ser desleixado. Após isso, apesar de ela ter rejeitado nossa gentileza, nós ainda decidimos leva-la para casa caso alguma coisa acontecesse. Por Inaba ter dito “Quatro pessoas me levando para casa é irritante demais! Pelo menos vão só duas! ” Então apenas Taichi e Nagase que venceram o pedra-papel-tesoura levaram ela para casa. Os três jogaram conversa fora enquanto trocavam de trens, indo até a estação mais próxima da casa de Inaba, e a caminhada de 10 minutos até a casa de Inaba. Apesar de não estar tão boa, Inaba ainda agiu como se nada tivesse acontecido. – Então, já deu a hora de você esclarecer algumas coisas. Taichi, o que aconteceu entre você e Kiriyama ontem? Inaba disse subitamente no caminho. – O que isso tem a ver?! Não tem relação nenhuma. – A relação não importa. Para resumir, se você não me contar, eu vou ficar muito irritada e posso até desmaiar de agonia.

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Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida Inaba fracamente se inclinou na direção de Taichi, passando o braço por cima de seu ombro, exatamente como um bêbado problemático. – Hm, usar seu corpo como barganha... isso é ardiloso demais... – Além disso, Iori, você também quer saber, certo? – Sim, como uma boa amiga dos dois, eu tenho a obrigação de saber. Vendo Nagase falar com um tom sugestivo, Inaba sussurrou “Hm?” e se sentiu intrigada. Parece que a reação de Nagase foi diferente da que ela esperava. – ...Ah, não é tão estranho...esquece. Olha, Iori também disse. – Mas Kiriyama não quer dizer... – Ah, você está me irritando! Se fosse algo indelicado de perguntar, não perguntaríamos. Mas olha bem, eu acho que você pode falar. Então, nos diga! – S-Sim. Se você não dizer, eu também posso me ferir gravemente e enfraquecer os laços entre nós cinco... e então adoecer em uma cama. – A-Até mesmo a Iori quer tanto ouvir. Ei! – Como... ela disse, eu também... Era Nagase quem acompanhava Inaba; mas Inaba enfraqueceu a voz e não continuou falando. Ela mostrou uma expressão depressiva... Será que seu corpo estava mal de novo? Mas parece que não era esse o caso. Taichi queria questionar Inaba sobre isso, mas antes que o fizesse, Inaba rapidamente voltou para sua aparência normal. – Ou seja, se você não nos contar, eu vou gritar ‘Aahhh, ele é um pervertido! ’ ...Parece que eu não consigo mais segurá-las. Taichi não mencionou os detalhes. Ele apenas contou concisamente o que ele fez pra Kiriyama superar seu trauma. – Hahahahaha, como você pensou nisso?! ‘Um idiota que adora se sacrificar’... isso é uma terapia de choque bem surpreendente! Nyaaa, eu estou impressionada. A reação de Inaba foi como esperado. Mas a reação de Nagase foi diferente da de Inaba, o que deixou Taichi intrigado. – ...Apesar de eu saber que a Yui não lida bem com garotos... eu não imaginava que era tão sério a ponto de ser uma fobia em que ela não podia sequer toca-los... Eu realmente não percebi isso...? Nagase baixou a cabeça e a balançou. Seu cabelo sedoso se tornou uma bagunça. – Eu não posso sequer... me tornar amiga de alguém... de uma vez por todas... Ela realmente precisava falar assim? 8

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida O que fez ela ir tão fundo? Apesar de Taichi não saber a razão, ele disse, – Nagase, me ouça. Taichi espiou o olhar de Nagase, apenas para ver ela vibrantemente levantando a cabeça. Após confirmar seus olhos lacrimejados, que eram tão belos quanto joias e refletiam sua própria imagem, ele falou com ela. – Eu acho que a última coisa que a Kiriyama quer... é ver alguém agonizando, preocupada ou envergonhada pelos assuntos dela. É porque eu vi o rosto em prantos de Kiriyama quando Aoki se desculpou com ela, Taichi pensou. – Então Nagase, por favor não se preocupe tanto. Trate a Kiriyama como você tratava antes. Se você fizer isso, Kiriyama vai ficar mais que feliz. Esse método também devia ser utilizado com Taichi. – Como eu tratava antes... quer dizer...? Aquela era uma voz trêmula que parecia pedir ajuda. – Igual antes... igual antes... Não, não tem necessidade de pensar tanto sobre. Nagase, trate ela sem preconceitos que estará tudo bem. Só isso... vai deixar a Kiriyama feliz! – Está realmente tudo bem... para ela? – Sim, é o suficiente. Não foi o suficiente para confortar ela. Taichi acreditava profundamente nisso. – Kukuku, vocês realmente são um par. Inaba interrompeu. – Vocês dois precisam um do outro, isso não pode estar errado. – I-Inaban! Você poderia parar de falar coisas sem sentido toda hora? – Hmm? Toda hora...? Essa parte deixou Taichi meio atento. – Eu disse a mesma coisa! Inaban também disse que Taichi e eu somos... uma... ‘combinação perfeita’. Inaba disse para Taichi algo sobre ele e Iori combinarem; talvez ela disse a mesma coisa pra Iori, então a atitude de Iori se tornou um pouco estranha. – Na verdade vocês são uma ‘combinação perfeita’; não tem como evitar... Ah, mas a Yui também já deve ter sido cativada pelo Taichi. – Haha! Taichi resfolegou. 9

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – I-Inaban... você disse isso muito diretamente... – Isso é um fato. Não tem o que eu fazer. A parte mais complicada sobre idiotas que adoram se sacrificar é que suas personalidades sempre cativam pessoas, certo? Afinal, estar disposto a ajudar alguém a fazer qualquer coisa pode facilmente causar mal-entendidos. Resumindo, Taichi, por favor não machuque Iori ou Yui. Se o fizer, eu vou te ensinar uma lição que você nunca vai esquecer... E não se esqueça que gentileza irá machucar os outros de vez em quando. – Sobre isso... eu entendo. Taichi curvou-se a Inaba. – Mas se se tornar um triângulo amoroso... Ahah, adicionar o Aoki tornaria um quadrado amoroso?... Se os seus relacionamentos não se emaranharem tanto, está tudo bem para mim. Ela estava agora em um modo que ela diria o que ela quisesse. Enquanto eles jogavam conversa fora, eles já tinham chegado na casa de Inaba. Apesar de que Inaba disse que eles não deviam segui-la até o fim, Taichi e Nagase ainda insistiram em acompanha-la até a porta de sua casa. – Desculpe por todo o trabalho, Taichi e Iori. – Por favor não diga isso. Tenha um bom e silencioso descanso. – Por falar nisso, Inaba, não importa o que você esteja pensando na gente, por enquanto você deveria nos esquecer e se cuidar. – Eu to bem... eu to bem. Inaba tirou os olhos deles e sorriu de lado. Seu sorriso carregava um pouco de auto sadismo. Ela andou por um luxuoso jardim ocidental e se dirigiu a portão... mas ela virou a cabeça no caminho e disse com um tom extremamente sugestivo, – Oh, certo. Eu quase esqueci de dizer... Iori, deixe o Taichi resolver o seu trauma. Apesar de suas palavras serem disparadas sem nenhum aviso, mesmo assim, se observarmos o olhar atordoado de Iori, nós podermos entender que essa questão é extremamente importante. – Inaban... Nós não chegamos em um consenso sobre não mencionar isso para ninguém...? Iori, em um olhar gélido tão belo quanto uma escultura de gelo, disse em uma voz fria que dava calafrios. Vendo o olhar de Nagase, Taichi foi pego de surpresa. – Taichi, se você puder ajudá-la, por favor ajude.

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Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida A sombra de Inaba desapareceu para dentro da casa. No último momento, de fato, ela ainda estava se preocupando com os assuntos alheios. Então eles precisavam ir até a estação e se despedir após deixar Inaba em casa... mas havia uma estranha atmosfera entre Taichi e Nagase. Foi tudo por causa das últimas palavras de Inaba. Eu devo perguntar ou não? Eu devo encarar ou não? Eu devo resistir ou não? Honestamente, Taichi só conseguia ver uma resposta. – Ei, Nagase, qual é o seu trauma? Apesar de ser questionada, Nagase não deu resposta alguma e começou a andar mais rápido. Taichi não continuou e ficou em silêncio. Será que ela planejou não falar sobre isso? Se for isso, então eu deveria parar de perguntar– quando Taichi decidiu-se, Nagase começou, – Inaba é caprichosa demais! Apesar de que eu sei que ela fez isso pela gente e a maior parte do que ela disse estar certo... Nagase continuou olhando para frente. – Taichi quer saber sobre o meu caso? Se você prometer me tratar igual antes não importa o que você ouvir, eu te conto. Como se estivesse medo do olhar de Taichi, Nagase virou-se completamente de costas para ele. Seu rosto era tão frágil quanto um vidro que parecia quebrar ao menor toque. O que aconteceu com Nagase que os outros não sabiam? Taichi não conseguia estimar o quão temível e obscuro era esse lado dela, mas ele sentiu que se ele fosse muito longe, ele ia ficar em perigo, porque uma vez que você olha para o abismo, você não pode fingir que nada aconteceu. Independentemente disso, mesmo que o risco seja muito alto– – Eu entendo. Eu te prometo. Eu quero me esforçar se for algo que eu possa lidar. Se eu não aceitar, eu não posso fazer nada sobre isso. ––Incapaz até mesmo de pensar na situação dos outros. ––Evitar salvá-los porque seria impossível. – Taichi realmente diria algo assim. Dito isso, Nagase finalmente aliviou a tensão e mostrou um sorriso compassivo, mas um pouco distorcido. Um sorriso familiar, um sorriso que Kiriyama também mostrou, um sorriso que passava uma sensação de mistério. – Você quer sentar um pouco? 11

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida Nagase sugeriu. Taichi concordou e eles sentaram na parede baixa de concreto perto do estacionamento. Nagase esticou as pernas. “Yahhh” ela suspirou profundamente. – Eu não quero falar isso, e eu sei que não deveria... mas após a Inaban falar aquilo, se eu não te contar, você vai se sentir inquieto e irritado, certo? – Além disso, a Inaban até disse ‘se você puder ajudar, por favor ajude’, se eu te dissesse que eu não estou inquieto eu estaria mentindo. – Então, como eu estava dizendo... Nagase disse enquanto chutava as pedrinhas em volta dos seus pés. As pedras quicaram e desviaram para direita, caindo dentro do esgoto. – Então, deixa eu te contar. Nagase fixou seus olhos escuros e perolados em Taichi. Essa foi a primeira vez que Taichi soube que quando uma bela e impecável face mostra uma expressão indiferente, humanos ficariam espantados. Nagase parecia estar confirmando uma existência no fundo dos olhos de Taichi, e então começou a falar. – ...Mas antes disso, deixa eu te contar uma piada! – ..........Eh? O que esta garota está dizendo? Taichi pensou. – Nyaaa~ nós estávamos sozinhos antes... Mais precisamente, quando eu me tornei [Aoki]... Quando o clima ficou sério, eu também contei uma piada pra suavizar. Então eu estava pensando se deveríamos começar com uma piada. – Não precisa, ok?! Eu não esperava por isso! Por que você fica quebrando o clima sério quando nós dois estamos sozinhos? O que ela disse não era apenas questão de se levar a sério ou não. – Mas, nesse momento... eu não consigo lembrar de nenhuma piada! – Então você deveria deixar isso de lado! – Foi uma piada~ Eu queria contar uma piada que era eu tentando dizer uma piada mas falhando... Como foi? – Como assim ‘como foi?’!? Mesmo que você queira contar uma piada que é você falhando em contar uma piada, eu não queria ouvir piada alguma desde o início! – Talvez Taichi não queira ouvir piadas, mas eu espero que você entenda que uma piada em que eu tento contar uma piada, mas falho não é porque eu não consigo pensar em nenhuma piada, mas porque eu deliberadamente escolhi fazer piada com a ausência de piadas!

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Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – Eu posso até dizer que a piada que foi uma tentativa de contar uma piada e falhar não é meramente uma piada que foi uma tentativa de contar uma piada e falhar, mas que também fica repetindo ‘piada’ deliberadamente para correlacionar com a piada dita antes; portanto, tornando-a uma piada que é uma piada difícil de contar... Nyaa? Meu sufixo soou estranho... – Eu já tinha adivinhado isso desde o início! – Por falar nisso, Taichi é inesperadamente cooperativo com a atmosfera ao redor. – Se eu estou em frente a Nagase, eu, por motivo nenhum, fico assim... – Por que sentamos juntos do lado de fora de um estacionamento para discutir esse tipo de coisa? – Agora vamos voltar para o assunto principal–– Então, o sorriso jovial de Nagase desapareceu e o que sobrou foi um rosto inexpressivo. – Eu... tenho cinco pais.... Ah, mas apenas três estão registrados legalmente. É, então isso aconteceu. Antes de Taichi se preparar, Nagase já o tinha deixado espiar seu lado obscuro. Obviamente, Taichi ficou confuso. – Eh.... Então isso quer dizer que sua mãe se divorciou e... casou de novo? – É, algo assim, mas isso não é nada. Apesar de que eu conheci pessoas diferentes, não teve nenhum que fosse horrível. Não importa como o homem era... um homem que tentasse se dar bem comigo, um homem que me odiasse, ou um homem que trouxesse crianças consigo... Não importa quem, eu me dava razoavelmente bem com eles. Taichi certamente não teve nenhuma experiência parecida, então ele não poderia dizer com certeza se a situação dela era assustadora ou não. Quatro pais que originalmente eram completos estranhos e irmãos que originalmente também eram completos estranhos.... Nagase podia tratar toda essa miríade de pessoas como membros da família sem nenhum problema. – Mas é claro que eu ia me dar bem com eles! Afinal eu ficava me transformando para me dar bem com eles. – Ficava... se transformando...? Nagase continuou enquanto olhava para o chão de concreto do estacionamento. – Meu segundo pai, ou meu primeiro ‘padrasto’, era um pouco problemático. Isso foi quando eu estava no primário... Pra resumir, ele usava violência. Ah, mas não foi ele que causou meu trauma! Eu posso até dizer que meu trauma sequer existe na minha opinião. – Então o que a Inaban disse sobre ‘Por favor ajude ela a resolver isso’ pode não estar relacionado com isso. 13

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – Apesar de eu chamar de violência, não é o tipo de violência que me faria ir para a delegacia da criança e do adolescente. Eu posso até dizer que eu não deixava ele fazer nada.... Não, talvez eu devesse dizer que ‘eu deixava ele não fazer nada’? Taichi apenas podia ouvir atentamente. – Eu fiz o papel de eu mesma, o papel acompanha os gostos dos outros. Não importa se eram seus olhos, nariz, boca ou orelhas, eles todos permaneceram em uma condição nascida e desenvolvida naturalmente. Ela, que não precisava mudar em nada, deu um sorriso que não possuía nenhuma neblina ou névoa, e por causa da perfeita clareza do sorriso, ela parecia ainda mais mística e sonhadora. – ...Eu tentei ficar na minha, mas eu, naquela época, não pensei nada sobre ‘desempenhar um papel’; eu apenas entendi o que eu deveria fazer e o que eu deveria me tornar para não ser repreendida... E assim o fiz. Porém, eu não sei se foi sorte ou azar o fato de que eu sou tão boa em fazer isso ao ponto de que eu entendi que ‘se eu fizer isso e me tornar assim, eu não apenas não vou ser repreendida, eu também vou ser elogiada’.... E assim o fiz. Eu até agia de acordo com o que eles gostavam ou não... eu lidava com tudo que podia me mudar. Usar uma falsa atitude para agradar outros é algo que todo mundo já fez em uma maior ou menor escala, então será que o que a Nagase fez é um exemplo extravagante e anormal disso? – Justo quando eu me tornei assim por um tempo, eles se divorciaram. Eu fui com minha mãe, e ela imediatamente deixou um novo pai se tornar ‘membro da família’. O novo pai não era ruim. Para falar a verdade, ele era bom, então eu não precisava fazer isso... mas por quê? Talvez mesmo que eu fosse uma criança, eu tinha a obrigação de desempenhar um bom papel. Eu, novamente, atuei como o eu que ele queria. Nagase sorriu como se risse dela mesma enquanto balançou a cabeça. – Então eu parecia não conseguir evitar de interpretar outros ‘eu’s para me adequar a diferentes pessoas. Um após o outro, um após o outro... Meus dias passaram gradualmente, e na sétima série, meu quinto pai... adoeceu e morreu. Ele era um homem de poucas palavras, mas era uma pessoa notavelmente excelente; então ele descobriu que eu estava apenas fingindo. Antes de morrer, ele me disse para ‘viver mais livremente’. Sua voz era tão clara e transparente quanto um límpido rio, e vibrava como se a emissora soluçasse. Talvez ela lembrou do seu antigo pai e o tempo que passaram juntos. – Minha mãe também parecia amar ele. Eu não sei a que ponto a mudança ocorreu, mas quando ele morreu, minha mãe disse para mim, chorando “Desculpe, meus caprichos causaram problemas para você. De agora em diante, eu vou me esforçar pra te dar a vida que você desejava.” Após isso, apesar de eu só ter minha mãe, nós vivemos igual as pessoas 14

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida normais... No fim, minha história estava preenchida com mudanças drásticas mas terminou feliz! Olha, não tem trauma algum, certo? Nagase, inclinando-se, olhou os olhos de Taichi. Os raios de Sol do outono gradualmente mergulharam ao oeste, tingindo seus cabelos suaves ao vento com uma cor dourada. – Mas, depois disso, os piores e mais desagradáveis dias começaram. O rosto de Nagase mudou para uma expressão inexpressiva como a de uma estranha estátua. – Para agir livremente e fazer o que eu quiser... Ouvindo isso, eu tentei mudar, mas eu... me senti extremamente surpresa, porque, o que eu pensei foi ‘Do que eu gosto?’ ou ‘O que eu quero fazer?’ ou ‘Qual eu é o verdadeiro eu?’, tais perguntas tolas. Porque eu atuei como a eu esperada por quase dez anos, eu parecia ter esquecido... quem eu sou de verdade. Aqueles dez anos deveriam ser o período integral para formar uma personalidade. Nesses anos, no entanto, uma garota transformou-se continuamente para se adequar aos outros. No fim, essa garota tornou-se a Nagase atual. – Então... eu fiquei perturbada. Mesmo que eu quisesse ser livre e me tornar quem eu quisesse, eu não sabia o que fazer, eu estava totalmente... perdida. Então eu decidi desempenhar um papel que se adequasse com a atmosfera atual, e continuei até agora. Então é por isso que ela se tornou assim? Taichi subitamente pensou nisso. Então por isso Nagase deixou o professor decidir que clube ela deveria entrar? Porque ela não tinha um eu para escolher. E a Nagase que se dava bem com os membros do clube era na verdade um papel desempenhado pela Nagase, que pensa que aquela Nagase não era real? É por causa das múltiplas Nagases que ela poderia escolher demonstrar expressões tão diversas? – O único jeito que eu podia acreditar de verdade que ‘essa é minha verdadeira personalidade’ é através da minha habilidade de ‘enxergar os desejos dos outros’, que foi o motivo de eu me tornar assim. Apesar de que, ironicamente, isso era a última barreira que podia impedir que a verdadeira eu se perdesse por completo... Em tese deveria ser... mas agora talvez eu estivesse confusa com o ‘poder fazer tudo livremente’. Recentemente... até mesmo minha habilidade... começou a desaparecer... Eu tive essa sensação. Graças ao fato dela não ter notado que Kiriyama tinha androfobia, Nagase parecia assustada.

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Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – O que eu deveria fazer... eu pensei. Se eu perder minha habilidade, eu realmente vou perder o que me fez... E como eu deveria, de agora em diante... me dar bem com as pessoas...? Onde eu deveria desempenhar qual papel...? Ultimamente, o papel que eu tentei desempenhar... parecia... estar fora do meu controle... Inaba concluiu que Nagase era a mais instável e sujeita ao maior risco. – Então esse eu... passou pela troca de personalidade e de [corpo]... Apesar de que eu quase perdi a existência do eu que tem uma personalidade, eu ainda consigo viver como Nagase Iori. Porque, todo mundo me chama de Nagase Iori quando olham o meu [corpo]...! Não importa o que mudou no interior... apenas quando eu tenho esse [corpo]... Mas, se por culpa da troca de personalidades até meu corpo se tornar vago... eu vou perder o eu que tem uma personalidade... Eu vou perder o eu que tem um [corpo]... Se continuar assim... gradualmente ninguém poderá ter certeza de que eu sou quem eu sou... mesmo eu não poderei... Será que eu... vou desaparecer do mundo desse jeito? Após um tempo sendo levada ferozmente pelo passado, o que ela notou foi que, no final, seu mundo já havia perdido sua forma original. Para o seu mundo frágil que já começou a desabar, o enorme terremoto da ‘troca de personalidades’ era muito forte. De originalmente se pendurar na beira a ponto de cair, Nagase agora estava afundando profundamente no abismo; afundando profundamente na escuridão insondável. Taichi queria ajuda-la, mesmo que ele tivesse que pular no abismo ele ainda queria; mas ele não podia. Não porque ele estava assustado, mas porque mesmo que ele fizesse algo, isso não a ajudaria, o que ele fizesse se tornaria insignificante. Eu preciso pensar rápido. O que eu poderia fazer pela Nagase agora– – Você nunca vai desaparecer do mundo. Taichi assegurou firmemente. – Por quê? Nagase perguntou a Taichi com seus olhos puros e perfeitos. – Porque aconteça o que acontecer, qualquer coisa que você se tornar, eu vou saber que a Nagase é a Nagase. Para Nagase que se afogou, Taichi não podia sequer arremessar uma corda para salvá-la. A única coisa que ele poderia fazer é ‘deixá-la ver luz’. Nagase momentaneamente piscou os olhos surpresa, e então murmurou levemente, – Isso... é impossível... 16

Volume 1 - Capítulo 7: Conclusão e Outro Ponto de Partida – Não é impossível. Taichi olhou Nagase nos olhos enquanto falava. – Como... Taichi... pode ter tanta certeza...? Nagase parecia receosa e assustada; ao mesmo tempo, ela perguntou a Taichi como se esperasse alguma coisa. – Isso é porque... Nagase para mim– Nesse momento, a voz de Inaba passou pela minha cabeça. ––Um idiota que adora se sacrificar. Essa frase pesou em Taichi. O que eu estava planejando dizer agora mesmo? Além disso, para que eu disse isso? Será que foi só para ajudar Nagase e permitir que ela visse a esperança de vivacidade? Ou será algo mais? Taichi não sabia. Mas ele tinha certeza que alguém que não sabe não tem o direito de dizer ‘aquelas palavras’. Então Taichi falou evasivamente, e disse mais uma vez. – Eh... Então, então eu posso fazer isso. Por favor acredite em mim, realmente não importa. O que ele disse era absurdo e ridículo. Alguém com o coração confuso nunca poderia salvar Nagase. Sua pele cristalina e pura junto com as joias que são seus olhos era tão brilhante que fizeram Taichi desviar o olhar. – Se é o Taichi que está dizendo, eu vou tentar acreditar... Nagase parecia um pouco feliz, mas solitária.

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Reiki Project - Kokoro Connect [Capítulo 7]

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