SA2.1_AFEM_LP_PAUTA DA ESCOLA final_28_09

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PARA OS PROFESSORES COORDENADORES, PCNPs e PROFESSORES FACILITADORES DE ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO (LP)

PAUTA FORMATIVA – SA2 LP ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO Orientações iniciais: Olá, formador, essa pauta inicia o percurso formativo do Programa de Recuperação e Aprofundamento para os Anos Finais e Ensino Médio de Língua Portuguesa. Para apoiá-lo na facilitação do momento formativo com os professores, retomaremos os aspectos essenciais trabalhados nas transmissões de etapa e ano/série, bem como indicaremos estratégias formativas e materiais a serem utilizados. Antes de começar a formação com os professores, é importante que tenha conhecimento das sequências de atividades (acesse através do link), bem como tenha participado do momento formativo oferecido pela EFAPE no dia 28/09. Qual é o foco da pauta de hoje? - retomada dos objetivos da transmissão de etapa; - retomada dos objetivos da transmissão de ano/série; - apresentação, realização e encaminhamento das atividades; - encaminhamento para desdobramentos para as aulas; - proposição das atividades complementares; - avaliação da ATPC. Materiais e recursos necessários: Slides Aplicativo Computador ou celular com acesso à internet Papelaria pessoal (cadernos de anotações, registros, caneta, lápis etc.) Cópias das sequências de atividades

Estrutura da formação: Você está nesse momento

Planejamento para desenvolver o encontro com os professores:

1 2 3 4 5 5 6 7 8 9 10 11 12 12 13

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ATIVIDADE Como acessar as sequências de atividades Pauta – Encontro na escola Objetivos – Transmissão de etapa Habilidades essenciais Objetivos – Transmissão de ano/série Objetivos – Pauta da escola Afinal, o que é análise linguística/semiótica? Construindo uma prática de análise linguística Como favorecer um trabalho com a análise linguística/semiótica do trecho anterior? Afinal, o que é análise linguística/semiótica? Como organizar didaticamente? Análise dos participantes/atuantes da interação Dúvidas Construindo a análise linguística Quais são as principais diferenças entre o ensino da gramática e a prática de análise linguística?

TEMPO 1 min. 2 min. 1 min. 2 min. 1 min. 1 min. 3 min. 5 min. 3 min.

Sistematizando: ensino de gramática e análise linguística Construindo a análise linguística (Se a atividade for escolhida) Estratégia: estimular a pesquisa Construindo a análise linguística (Se a atividade for escolhida) Finalizando Avaliação da ATPC

3 min.

7 min. 10 min. 6 min. 3 min. 18 min. 3 min.

3 min. 3 min. 10 min. 1 min. 1 min.

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Materiais e recursos necessários para desenvolver esta pauta: ✔acesso à internet por computador ou celular smartphone; ✔papelaria pessoal (cadernos de anotações, registros, caneta e lápis, entre outros).

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Olá ! Iniciamos agora o nosso terceiro encontro formativo. Eu sou Thiago Jorge! Você viram na tela, novamente, a referência ao link em que podem encontrar todas as Sequências de Atividades do Aprender Sempre, volume 3, destinadas a este Programa de Recuperação e Aprofundamento. É muito importante que vocês orientem os professores e as professoras que consultem o site e leiam as sequências de atividades. Tempo previsto: 1 min.

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Hoje, a nossa conversa será sobre a SA 2. Assim como foi feito em nosso primeiro encontro, ao olhar para as habilidades essenciais e de suporte selecionadas para a produção das Sequências de Atividades 2, evidenciamos que há uma forte presença de habilidades voltadas para o eixo da análise linguística/semiótica. Por esta razão, o foco do nosso encontro será a discussão sobre o que significa realizar um trabalho voltado para o desenvolvimento de habilidade, cujo objeto de conhecimento são os recursos linguísticos e multissemióticos em uso nos diferentes gêneros textuais que utilizamos para modelar os nossos discursos nas mais diferentes situações de comunicação. E este é o foco proposto para a pauta formativa de vocês, junto aos seus professores, no terceiro momento da próxima ATPC, daqui a pouco mais de uma semana. Tempo previsto: 1 min.

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A pauta de hoje prevê,: •

Resgate das transmissões de etapa, ano/ série.

•Reflexão sobre as diferenças entre conhecimento gramatical Qual a diferença entre análise gramatical e análise linguística? Quais as implicações dessas abordagens para o ensino do eixo? O trabalho com o eixo análise linguística e semiótica Tempo previsto: 1 min.

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Promova um momento inicial de resgate do que viram nos dois momentos anteriores de transmissão. Realize uma retomada dos objetivos para demonstrar as articulações entre os três momentos ou poderá propor que destaquem o que consideraram relevante nas duas transmissões para suas práticas de sala de aula e que apontem se há dúvidas sobre o que foi abordado e que entendem que merece mais aprofundamento. Os objetivos da transmissão de etapa foram:

o

Identificar as habilidades essenciais selecionadas para as SA2

o o

Reconhecer a diversidade de gêneros abordado nas SA2 Analisar em atividades do ano/série o modo como alguma das habilidades são favorecidas

Tempo previsto: 2 min.

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Na transmissão de etapa, vocês retomaram as habilidades essenciais de suas etapas, procurando observar o que há em comum entre elas. Percebam que as habilidades essenciais destinadas aos segmentos dos Anos Finais do Ensino Fundamental têm em comum o foco em habilidades que favorecem os eixos de leitura e de análise linguística já que envolvem análises de efeitos de sentido de recursos linguísticos e semióticos. Tempo previsto: 1 min.

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As habilidades essenciais da etapa do Ensino Médio também têm como foco a análise linguística e semiótica, da perspectiva discursiva, conforme vamos discutir aqui hoje: trata-se de analisar efeitos de sentido dos recursos da língua (1º EM) e da importância de se considerar o contexto de produção dos textos e as relações entre diferentes textos para a produção de sentidos. Como se pode ver, o trabalho com a leitura implica sempre o trabalho com a análise linguística e semiótica. Por isso, vamos dar mais enfoque neste momento, às articulações entre leitura e análise linguística, embora a última tenha relação direta também com a produção de textos, como já dissemos. Tempo previsto: 1 min.

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Os objetivos da transmissão dos anos/ séries foram, em geral: • Conhecer a proposta da Sequência de Atividades 2, relacionando-as com as habilidades essencial e de suporte, • Analisar algumas atividades, refletindo sobre possibilidades de ampliar o trabalho com a leitura, recorrendo às diferentes modalidades didáticas de leitura. Nesta transmissão, vocês conhecerão toda a Sequência de Atividades 2 e farão um breve exercício de levantar necessidades de aprofundamento do trabalho, com vistas ao desenvolvimento integral das habilidades essenciais e/ou de alguma habilidade de suporte e retomarão o trabalho com as modalidades didáticas de ensino de leitura, discutindo suas diferentes intencionalidades, com vistas a aprendizagens diferentes. Tempo previsto: 1 min.

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Finalmente, apresente a proposta de trabalho para os próximos 90 min.. Compreender a diferença entre análise gramatical e análise • linguística/semiótica e suas implicações para o ensino e a aprendizagem. Analisar como o trabalho com o eixo de análise linguística • se concretiza em algumas aulas e podem favorecer o desenvolvimento das habilidades desse eixo. • Planejar o uso da SA2. Tempo previsto: 1 min.

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Vocês irão iniciar essa conversa sobre o foco da formação análise linguística e semiótica –, partindo do que os documentos prescritivos e principalmente o Currículo Paulista declara a respeito. Veja que começaremos pelo Currículo Paulista e depois pelo que diz a BNCC sobre o assunto, uma vez que o Currículo Paulista foi construído tendo as orientações da Base e de outros documentos oficiais como referência. Tempo previsto: 1 min.

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Essas considerações são importantes para refletir sobre como construir uma abordagem pelo viés da análise linguística, a partir do primeiro trecho de texto da Aula 2 da SA2 da 1ª série do Ensino Médio, Vol 3 do Aprender Sempre. Esse momento é o momento de exercitar aquilo que realizamos em sala de aula: o momento de ativar os conhecimentos – e também as experiências – sobre o assunto. Vamos recorrer a um trecho de texto que abre a Aula 2 da SA2 da 1ª Série do Ensino Médio: trata-se de um trecho de O Ateneu, romance de Raul Pompéia. Ver slide seguinte. Tempo previsto: 2 min.

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Vamos reflitir sobre como construir uma abordagem pelo viés da análise linguística, a partir do primeiro trecho de texto da Aula 2 da SA2 da 1ª série do Ensino Médio, Vol 3 do Aprender Sempre? Este é o momento de exercitarmos aquilo que realizamos em sala de aula: o momento de ativar os conhecimentos – e também as experiências – sobre o assunto. Inicialmente, vamos explorar o comando da atividade que já traz uma breve contextualização sobre o texto escolhido. Essas informações contextuais que o material nos fornece são constantes na coleção didática e são muito relevantes para o trabalho de construção de uma análise linguística/semiótica, como veremos. De preferência, localizem o texto no arquivo digital, para acompanharem a leitura. Faça referência à página 25, do Caderno do Estudante de Língua Portuguesa da 1ª série do EM, Volume 3, SA2.

{Leia o trecho de texto com eles, cuidando da expressividade da leitura. } O Ateneu (Fragmento) As impressões recentes derrogavam o meu Aristarco; mas a hipérbole essencial do primitivo transmitia-se ao sucessor por um mistério de hereditariedade renitente. Dava-me gosto então a peleja renhida das duas imagens e aquela complicação imediata do paletó de seda e do sapato raso, fazendo aliança com Aristarco II contra Aristarco I, no reino da fantasia. Nisto afagaram-me a cabeça. Era Ele! Estremeci. “Como se chama o amiguinho?”, perguntou-me o diretor. — Sérgio... dei o nome todo, baixando os olhos e sem esquecer o “seu criado” da estrita cortesia. — Pois, meu caro Sr. Sérgio, o amigo há de ter a bondade de ir ao cabeleireiro deitar fora estes cachinhos... Eu tinha ainda os cabelos compridos, por um capricho amoroso de minha mãe. O conselho era visivelmente salgado de censura. O diretor, explicando a meu pai, acrescentou com o risinho nasal que sabia fazer: “Sim, senhor, os meninos bonitos não provam bem no meu colégio...” — Peço licença para defender os meninos bonitos... objetou alguém entrando. Surpreendendo-nos com esta frase, untuosamente escoada por um sorriso, chegou a senhora do diretor, D. Ema. Bela mulher em plena prosperidade dos trinta anos de Balzac, formas alongadas por graciosa magreza, erigindo, porém, o tronco sobre quadris amplos, fortes como a maternidade; olhos negros, pupilas retintas, de uma cor só, que pareciam encher o talho folgado das pálpebras; de um moreno rosa que algumas formosuras possuem, e que seria também a cor do jambo, se jambo fosse rigorosamente o fruto proibido. Adiantava-se por movimentos oscilados, cadência de minueto harmonioso

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e mole que o corpo alternava. Vestia cetim preto justo sobre as formas, reluzente como pano molhado; e o cetim vivia com ousada transparência a vida oculta da carne. Esta aparição maravilhou-me. Houve as apresentações de cerimônia, e a senhora com um nadinha de excessivo desembaraço sentou-se no divã perto de mim. Em primeiro lugar, cabe ressaltar que temos como objeto de análise não uma frase isolada, mas uma unidade linguística maior, um trecho de texto literário. O material Aprender Sempre adota a perspectiva de partir do texto para se chegar nas unidades linguísticas menores, como a análise de um frase ou um período. Após a leitura, antes de prosseguir, você pode abrir uma conversa sobre o trecho, perguntando se o apreciaram. Tempo previsto: 5 min.

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Vocês poderão observar depois, que serão propostas algumas questões sobre o trecho, mas antes de chegar a elas, a ideia é refletir sobre a seguinte questão: Como favorecer um trabalho com a análise linguística/semiótica do trecho anterior? Que tipos de atividades poderíamos propor? [Caso seja possível, promova uma discussão entre os pares e peça que eles registrem a discussão. Caso sua formação esteja acontecendo a distância, veja se é possível usar o quadro branco do aplicativo ou outro recurso de produção colaborativa online.] Tempo previsto: 3 min.

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Vamos retomar alguns aspectos que o Currículo Paulista e a BNCC traz sobre a prática de análise linguística. Veja os destaques feitos no texto. O Currículo Paulista tem como unidade de análise para a abordagem da análise linguística não a frase isolada, e sim o texto, que é a nossa unidade básica, para um ensino da língua portuguesa pautado na perspectiva do uso da língua como defendem todos os documentos oficiais desde os PCN. Notem que, de acordo com o Currículo Paulista, a análise linguística defendida aqui é aquela que pode construir não só para o trabalho desenvolvido em LP, mas também para o trabalho com os outros componentes, posto que esses conhecimentos servirão para análise de textos em outros componentes curriculares. Tempo sugerido: 3 minutos

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A BNCC diz que os “conhecimento sobre a língua, sobre a norma-padrão e sobre outras semioses”; fala em “procedimentos e estratégias metacognitivas de análise e avaliação consciente, durante os processos de leitura e de produção de textos (orais, escritos e multissemióticos)”; fala também “das materialidades dos textos, responsáveis por seus efeitos de sentido”. Ou seja, vemos aqui uma noção mais ampla de conhecimentos linguísticos. Estamos falando de conhecimentos que envolvem também saber sobre as “formas de composição dos textos, determinadas pelos gêneros (orais, escritos e multissemióticos)”; conhecer a situação de produção”, enfim saber sobre tudo o que concorre para produzir sentidos em um texto. Tempo sugerido: 3 minutos

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Portanto, quando o Currículo Paulista fala das especificidades, dos traços distintivos e significativos dos textos, está implicado aí todos esses conhecimentos sobre a língua e sobre, sobre as materialidades dos textos, sobre as análises e avaliações conscientes das quais acabamos de falar. Tempo sugerido: 1 minutos

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À esquerda, vocês estão visualizando um esquema de análise da linguagem proposto por um conhecido membro do Círculo de Bakhtin, autor que vocês bem conhecem, pois é referência de diversos documentos curriculares nacionais e estaduais (inclusive do Currículo Paulista), que se chama Valentin Volóshinov. Esse pesquisador era linguista do Círculo de Bakhtin – este era um filósofo da linguagem particularmente. O que Volóshinov pensou? Partindo da ideia de que todos nós nos envolvemos em diferentes situações comunicativas em nosso dia a dia, em cada uma das situações há interlocutores envolvidos, pessoas que, ao se comunicarem, o fazem com certa finalidade; se comunicam para dizer algo a alguém, em um determinado tempo e espaço. Esse dizer é marcado pelo que a pessoa pensa a respeito, pelos valores e visões de mundo que ela tem naquele momento. Ao dizer o que quer dizer, ela define a

melhor maneira de dizer isso, escolhendo um modo de dizer. Então podemos dizer que essa situação de comunicação define muito do que se quer construir como sentido. Conhecer a situação comunicativa é procurar entender isso tudo: de que lugar a pessoa está falando, quais são as suas intenções. O modo como a gente escolhe organizar o nosso dizer tem que ser adequado a essa situação comunicativa. E esse modo de dizer é o que conhecemos como gênero do discurso (ou gêneros de textos). Dependendo da situação, escolho um gênero. Por exemplo, se sou um profissional do jornalismo, que tem uma coluna diária de opinião, escolho escrever um artigo de opinião; se em minha vida pessoal tenho um problema como consumidor, escolho escrever uma carta de reclamação; se o problema é como cidadão, escolho fazer um abaixoassinado ou escolho promover um debate. Cada um desses gêneros envolvem ações e organizações diferentes envolvendo a língua. Quando faço essa escolha por um ou outro gênero, também seleciono os recursos da língua que posso usar para produzir o meu discurso/ o meu texto. E essa seleção acaba “mostrando” ou deixando indícios das minhas intencionalidades. O que Volóshinov defende nesse texto dele é que para entender um discurso, um texto, eu preciso, portanto, considerar tudo isso que envolveu e resultou no texto produzido e ele sugere a análise seja feita conhecendo a situação comunicativa; conhecendo o gênero e suas especificidades e analisando as formas gramaticais da língua, em um movimento que certamente será dialógico. Em outras palavras, para esse linguista, a análise linguística não é possível analisar as formas gramaticais da língua descoladas de uma compreensão da situação comunicativa na qual a língua foi usada como meio de interação, pois é nesse momento que ela – a língua em uso [ou seja o texto produzido com o uso dos recursos da língua] – recebe contornos de significados específicos, é moldada pelo

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que eu quero dizer, pelas minhas intencionalidades. E ao usar a língua e seus recursos para produzir meu texto, eu fiz isso organizando-o de um determinado modo, com base em certos modos de organizar os textos que já existem socialmente, os gêneros do discurso ou gêneros de textos. Para o linguista, uma vez que consideramos esses dois aspectos – a situação comunicativa e o modo escolhido para comunicar o que quero dizer, por meio deste ou daquele gênero – podemos analisar as formas gramaticais da língua e os sentidos produzidos, sempre em diálogo com os aspectos anteriores. Tempo sugerido: 7 minutos

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Para esse linguista, a análise linguística deve ser iniciado pela compreensão da situação comunicativa na qual a língua foi usada como meio de interação, pois é nesse momento que ela – a língua em uso, ou seja o texto produzido com o uso dos recursos da língua] – recebe contornos de significados específicos. E ao usar a língua e seus recursos para produzir meu texto, eu fiz isso organizando-o de um determinado modo, com base em certos modos de organizar os textos que já existem socialmente. Essas formas são o que nós chamamos de gêneros textuais. Para o linguista, uma vez que consideramos esses dois aspectos – a situação comunicativa e o modo escolhido para comunicar o que quero dizer, por meio deste ou daquele gênero – podemos partir para analisamos as formas gramaticais da língua e os sentidos produzidos, considerando os aspectos anteriores.

Esse modo de ver o processo de compreensão dos textos que circulam socialmente, tem suas bases numa concepção de língua que é bem diferente daquela que predominou na escola até meados dos anos 80 do século passado. Para esse grupo de filósofos da linguagem, a língua [ler citação de Volóshinov que sintetiza essa apresentação do método de análise linguística] Tempo sugerido: 3 minutos

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Slide 20

Este esquema, que inicia no slide 17 e termina no slide 19, reforça o que acabou de ser explicado no slide anterior. Pergunte aos professores se a explicação sobre como chegar a um trabalho de análise linguística e semiótica que contribua para a construção de sentidos sobre o texto ficou clara. Então, proponha que os professores procurem retomar o que compreenderam, tentando explicar o esquema proposto por Volóshinov. [Sobre essa parte do slide, comentar que a interpretação dos textos concretos exige que se coloquem os elementos do contexto em relação às formas linguísticas observáveis, ou seja, analisam-se inicialmente as atividades de interação verbal no seu quadro social concreto. Isso envolve considerar o papel social do enunciador e de seu auditório, bem como os seus valores, o ambiente social no qual o texto é produzido, o momento de produção e o seu objetivo comunicativo.] Tempo previsto: 2 min.

Slide 21

Os gêneros textuais são as formas de interação que já existem historicamente no ambiente sociossemiótico, e o ser humano, no seu desenvolvimento, no decorrer da história, apropria-se deles de modo a participar de determinada prática social. Por isso, os gêneros são um mecanismo fundamental de inserção social. Tempo previsto: 2 min.

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As formas gramaticais da língua dizem respeito aos aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos da língua, bem como os elementos linguísticos de coesão, seja referencial, seja recorrencial ou sequencial. Tempo previsto: 2 min.

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Como dissemos, esse movimento de análise, representado no esquema que apresentamos, é importante para possibilitar o trabalho em sala de aula com a perspectiva de análise linguística proposta pelo Currículo Paulista, então, as noções precisam estar claras. Assim, pergunto: A explicação sobre como chegar a um trabalho de análise linguística e semiótica que contribua para a construção de sentidos sobre o texto ficou clara? Em caso de dúvidas, registre-as no chat. Tempo previsto: 3 min.

Slide 24

Comente que agora que farão algumas análises práticas, explorando algumas atividades do Caderno do estudante. Retome com eles a atividade com o trecho do romance O Ateneu, mostrado anteriormente, para que possam examinar as atividades propostas na Aula 2 da 1ª Série do Ensino Médio. Busquem, no Caderno do Professor, a orientação aos professores que aparece ao lado do texto de Raul Pompéia. Aula 2 página 5 da SA2. Vou ler o trecho para vocês [Ler o slide] Vejam como o trecho amplia o contexto do romance, fornecendo informações sobre o contexto histórico de produção dessa obra e o que ela aborda e sua relevância. Percebam que o material está dando dados para que, juntamente com os alunos, seja retomada minimamente alguns elementos a situação comunicativa do texto.

Vocês podem sugerir , se possível, aos estudante que utilizem a estratégia de uma pesquisa simples e rápidas, solicitando que tragam para a sala de aula dados sobre a obra, autor, contexto histórico, os valores da época, personagens, enredo, entre outros. O Caderno do Professor valoriza essa interação inicial, em que a leitura tem papel fundamental. É importante percebemos, também, que o material não inicia a aula com atividade de análise gramatical. Tempo sugerido:

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Vejamos agora a sequência a análise da atividade 2, página 6 da SA2. O foco dessa atividade são dois conteúdos gramaticais, os substantivos e os adjetivos. Importante notar que eles não são trabalhados em frases isoladas, mas dentro do texto literário. Se a atividade 2 for realizada conforme essas orientações, os estudantes estarão familiarizados com o romance, conhecendoo melhor. Daremos as definições de substantivo e adjetivos? Sim, são importantes, mas não agora. Inicialmente, nosso objetivo será mostrar como essas classes gramaticais constroem sentido no texto, e apontam para uma descrição específica da personagem e do olhar do narrador. Após essa abordagem, na qual os estudantes devem participar ativamente, podemos delinear algumas definições. Por isso, as gramáticas são importantes, elas dão um norte conceitual. Tempo previsto: 6 min.

Slide 26

Vamos olhar agora para o uso do adjetivo é enfatizado sempre em conexão com o exercício 1, no qual construímos a situação comunicativa do romance, a qual influencia em seu conteúdo. O termo “efeito de sentido” aparece no item b, o que evidencia que a língua está sendo analisada segundo o uso particular que dela foi realizado e não de forma abstrata. Tempo previsto: 2 min.

Slide 27

O item c traz uma análise puramente gramatical, segundo a norma padrão. Atenção: trata-se do último item, o que mostra: 1) a gramática é importante e deve ser trabalhada; 2) mas não trabalhada exclusivamente. Tempo previsto: 1 min.

Slide 28

Nas questões 3 e 4, propostas na Aula 2 da SA2 da 1ª Série do Ensino Médio o foco é a classe morfológica dos verbos. Seguindo a abordagem anterior, essa classe gramatical não será tratada em frases isoladas, mas em diálogo com o trecho do romance e como a situação comunicativa construída da atividade 1. É importante que os estudantes conhecem de fato o enredo, personagens, enfim, tenham informações básicas do romance para que ele compreenda o efeito de sentido do uso das formas verbais na progressão da história. Tempo previsto: 6 min. (se a atividade for escolhida)

Slide 29

A atividade 4, ainda sobre a classe gramatical dos verbos, tem a função de definir o que é um verbo segundo a gramática. Mais uma vez: a gramática é importante na análise linguística. Tempo previsto: 3 min.

Slide 30

Enquanto os coordenadores respondem no chat, serão comentadas as respostas que chegarem de acordo com a teoria apresentada no encontro. Tempo previsto: 3 min.

Slide 31

Vou ler para vocês o esquema proposto por Irandé Antunes, que sintetiza a diferença entre língua e gramática. Esclareça que falar de análise linguística é tratar de muito mais do que os aspectos gramaticais voltados para os conhecimentos da norma-padrão. É preciso ter clareza de que a língua não é a gramática, pois esta faz parte daquela. Uma língua é mais do que a sua gramática: ela contém também um léxico. Além disso, ao ser usada em determinada situação concreta, a língua adquire contornos de significação variados que seriam impossíveis de serem sistematizados em uma gramática. Portanto, quando falamos de conhecimentos linguísticos, entendemos em um sentido mais lato; estamos tratando de conhecimentos para além dos conhecimentos da gramática de tradição descritiva e normativa: tratamos de recursos linguísticos relativos à fonologia, morfologia, sintaxe e semântica, mas também de recursos utilizados na construção da textualidade do discurso construído: os textuais e os chamados discursivos Tempo sugerido: 3 minutos

Slide 32

Façamos agora uma segunda análise da Aula 3 da SA2 do 9º Ano do Ensino Fundamental (página 29). Em termos de encaminhamento metodológico, todos reconhecerão facilmente as similaridades com as atividades da aula anterior, pois o material didático adota uma perspectiva de tratamento da Língua Portuguesa comum, variando-se, evidentemente, as atividades a depender da série, mas a base de análise é a mesma. O trecho em questão, agora, é uma parte do Ato II da Cena II do texto dramático Romeu e Julieta. Observe com eles a sequência, de modo que percebam que alguns dados sobre a obra estão presente no Caderno do Professor e/ou do Estudante. Também pode ser usada a estratégia de pesquisas simples e rápidas, solicitando aos estudantes que tragam para a sala de aula dados sobre obra, autor, contexto histórico, valores da época, personagens, enredo, entre outros. Lembrando: os cadernos valorizam essa interação inicial, em que a leitura tem papel fundamental É importante perceber, também, que o material não inicia a aula com atividade de análise gramatical. Tempo previsto: 3 min. (se a atividade for escolhida)

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Vejam a importância da estratégia de pesquisa solicitada aos estudantes. Essas orientações estão claras no Caderno do Professor, como vemos à esquerda da tela. Sugere-se que o professor leve os estudantes à biblioteca para que eles leiam outros textos dramáticos e pesquise sobre eles. Na verdade, essa instrução é bem delineada no Currículo Paulista, o qual aporta a ideia de “Alfabetização Científica”. O que é isso? [ler na tela] [Enfatize a importância de orientar os estudantes na pesquisa, indicando sites confiáveis, como o site Brasil Escola, entre outros, cujas informações são confiáveis. Estimular a pesquisa no estudante é dar-lhe autonomia de estudo. ] Tempo previsto: 3 min. (se a atividade for escolhida)

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Depois de construída a situação comunicativa do texto, a questão 2 buscar trabalhar com uma característica intrínseca ao texto dramático, que são as rubricas. A análise do gênero textual vem, assim como a abordagem gramatical, depois da atividade 1, de leitura e compreensão da situação comunicativa. É preciso tomar cuidado para não “gramaticalizar” o gênero textual como se ele é fosse estável e não dependesse, também, do uso concreto que dele se faz. Tempo previsto: 2 min. (se a atividade for escolhida)

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A questão 3 aborda um assunto gramatical, as figuras de linguagem. Geralmente, as figuras de linguagem são abordadas em frases isoladas, porém, na perspectiva do material, à luz da atividade 1, podemos trabalhar com os efeitos de sentido que essas figuras aportam no contexto da obra. Como poderíamos propor perguntas – na perspectiva de trabalhar com as capacidades de apreciação e réplica (assunto tratado nas ATPCs anteriores – com você, na escola, e também nas transmissões de ano). As perguntas terão que ser pensadas no sentido de propor que os estudantes pensem no sentido do uso da metáfora, por exemplo: O que a personagem quis dizer quando falou “Será Julieta o sol daquele oriente?” Tempo previsto: 1 min. (se a atividade for escolhida)

Slide 36

Na questão 4, outra forma gramatical é trabalhada: a coesão recorrencial. Pergunta-se qual é a função da repetição em uma fala do personagem Romeu. Mais uma vez, é importante relacionar toda atividade de análise gramatical com a atividade 1, por isso, o material traz orientações claras sobre como proceder na execução dessa primeira atividade. Tempo previsto: 2 min. (se a atividade for escolhida)

Slide 37

Na questão 4b, outra forma gramatical é trabalhada: a coesão recorrencial. Pergunta-se qual é a função da repetição em uma fala do personagem Romeu. Mais uma vez, é importante relacionar toda atividade de análise gramatical com a atividade 1, por isso, o material traz orientações claras sobre como proceder na execução dessa primeira atividade. Tempo previsto: 2 min. (se a atividade for escolhida)

Slide 38

A questão 5 traz a definição gramatical da figura de linguagem hipérbole, que é muito importante para se compreender o tema do amor na obra Romeu e Julieta. Após o encontro, combine com os professores de retomarem essas análises das atividades das SA de seus anos, buscando observar essas abordagens que identificaram nesse encontro e procurando ampliar ainda mais o trabalho com a análise linguística, na perspectiva de analisar os efeitos de sentido produzidos pelo uso deste ou daquele recurso linguístico, como foi previsto na análise dessa última atividade. Comente que retomaremos esse trabalho quando formos tratar do eixo produção de textos. Tempo previsto: 3 min. (se a atividade for escolhida)

Slide 39

Vamos encerrando o encontro com esta retomada que podem ver no slide: [ler o slide] Tempo previsto: 1 min.

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[Incentive os participantes a participar da avaliação da formação colocando seu comentário no chat] Tempo previsto: 1 min.

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