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Página 1 de 27 Este material é baseado na Revista Lições Bíblicas (Publicação Trimestral da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus) – 1º Trimestre de 2021 – Adultos – O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo – Comentarista Pr. Esequias Soares. Este material contém trechos principais extraídos da Revista da CPAD (texto em letras maiores e cor preta), além de citações de diversos outros autores devidamente citados (textos em letras menores e cor vermelha). Todas as citações são acompanhadas dos nomes dos seus autores. Ao final deste material contém uma lista de referências bibliográficas utilizada para a composição deste, onde constam os títulos dos livros, publicações e demais obras literárias.
TEXTO ÁUREO “Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.” Rm 15.13 (ARC) “Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (NVI) “Que Deus, a fonte de esperança, os encha inteiramente de alegria e paz, em vista da fé que vocês depositam nele, de modo que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (NVT)
VERDADE PRÁTICA O fruto do Espírito é um dos temas mais vibrantes da ética cristã, pois mostra para o mundo o que o Espírito Santo colocou dentro de cada um de nós.
OBJETIVOS Conceituar o fruto do Espírito; Distinguir e relacionar fruto do Espírito e dons espirituais;
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Conscientizar que o Espírito se opõe à Carne. “Quem é cheio do Espírito deve desejar o Fruto do Espírito na mesma intensidade que deseja os dons espirituais.” Interagindo com o Professor (CPAD) “Se os dons são sinais poderosos para a evangelização e edificação da igreja, o fruto do Espírito é o testemunho poderoso de uma natureza purificada em meio à geração corrompida” Interagindo com o Professor (CPAD)
INTRODUÇÃO ✓ O fruto do Espírito é o resultado de uma vida cristã abundante. o Manifestado no relacionamento entre os irmãos e irmãs na igreja e no lar, na convivência com os descrentes no trabalho e na sociedade. o “Se queremos que o fruto do Espírito se desenvolva em nossa
vida, devemos viver uma vida de comunhão pessoal com o Senhor Jesus (Gl 2.20).” (SOARES, 2020)
I – O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE ✓ O crente em Jesus é alguém que vive sob os domínios do Espírito. o “Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama ‘o fruto do Espírito’. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus.” (STAMPS, 2006) o “As mais belas virtudes cristãs são destacadas na vida daqueles que vivem sob o controle do Espírito Santo.” (GOMES, 2016) o “Quem não vive dominado pelo Espírito Santo não pode crescer, visto que ainda está dominado pelos desejos pecaminosos, os quais produzem um estilo de vida baixo, comprometido e que foge dos padrões divinos.” (GOMES, 2016)
1. Definição. ✓ O fruto do Espírito: o É o resultado natural amadurecimento;
de
um
processo
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• “Desde que o Espírito habite em uma pessoa nascida de novo, podemos esperar ver o fruto do Espírito em sua vida. O potencial da vida cheia do Espírito deve evidenciar maior habilidade para o serviço de Deus, mas o cristão não deve esperar ser batizado no Espírito Santo, para então manifestar o fruto do Espírito em sua vida.” (SOUZA, 2016)
o É a consequência de um processo natural de crescimento espiritual; • “Esse fruto aparece por meio do crescimento na graça de nosso Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação (Pv 4.18; 2 Co 3.18).” (SOARES, 2020) • “O apóstolo Paulo faz um contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito. Se as obras falam de esforço, o fruto é algo natural.” (LOPES, 2011)
o Surge gradativamente dentro de nós como resultado da regeneração do Espírito Santo. • “Não se trata de um conjunto de regras de conduta com o objetivo de regulamentar a vida cristã, a ética paulina não é uma nova lei (Gl 5.23). O crente em Jesus é alguém que vive sob os domínios do Espírito, ele é liberto da lei e dos rudimentos deste mundo, mas isso não significa uma vida passiva. O fruto do Espírito é a expressão do Espírito na vida do crente.” (SOARES, 2020) • “As novas atitudes, as decisões sensatas, o comportamento do homem sob o controle do Espírito Santo, são efeitos da regeneração por Ele operada a qual atinge os três aspectos da natureza humana: pensamento, sentimento e vontade.” (SOUZA, 2016) • “O fruto do Espírito Santo é constituído daquelas virtudes cristãs, que devem ser cultivadas e praticadas por todas as pessoas que foram regeneradas, nascidas do Espírito e não da carne (Jo 3.5-6).” (Bíblia do Pregador Pentecostal, 2016) • “O fruto do Espírito tem origem sobrenatural, crescimento natural e maturidade gradual.” (LOPES, 2011)
o O apóstolo apresenta nove modalidades deste fruto:
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• “Mas o fruto do Espírito é amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gl 5.22 (ARC) o COMPARE: “Mas o Espírito produz este fruto: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” Gl 5.22 (NVT) • “A lista de virtudes que o apóstolo Paulo chama de “fruto do Espírito” (Gl 5.22, 23) é um contraponto aos vícios denominados “obras da carne” (Gl 5.19-21).” (SOARES, 2020) • “Não se trata de uma lista exaustiva. Essas nove virtudes contrapõem as obras da carne mencionadas nos vv. 19-21, de modo que tanto as virtudes como as “obras da carne” são representativas. As palavras “e coisas semelhantes a estas” (Gl 5.21); “Contra tais coisas não há lei” (v. 23 TB) indicam a existência de outros pecados e outras virtudes. Há outras listas do fruto do Espírito (Rm 12.9-21; Cl 3.12, 13). Assim como cada lista dos dons espirituais foram para situações específicas para aplicação conforme o contexto, da mesma forma, a lista do fruto do Espírito segue essa mesma estrutura (Gl 5.15, 26).” (SOARES, 2020)
2. “O fruto”, no singular. ✓ O missionário Eurico Bergstén explica esse singular ilustrando esse fruto como uma laranja e seus gomos. o “Vale ressaltar que Paulo não fala de
"Diz-se de ou o número que indica uma só pessoa, coisa ou animal."
frutos, mas do fruto. Essas nove Dicionário Michaelis virtudes são como que gomes de mesmo fruto.” (LOPES, 2011) o “Todas as virtudes espirituais têm na caridade a sua origem. A Bíblia diz: "Deus é caridade" (1 Jo 4.8), isto é, a caridade constitui a própria essência do eterno Deus. Dessa maneira podemos compreender que as virtudes apresentadas em Gálatas 5.22 e 1 Coríntios 13.4-8, têm, todas elas, a sua origem na caridade. São como uma laranja composta de diferentes gomos, os quais, juntos, formam a laranja. Não se trata de diferentes flores (virtudes) que, juntas, formam um
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ramalhete, mas de uma só flor, com nove pétalas distintas e desiguais, mas que constituem uma mesma flor. Assim, o fruto é a caridade, mas as outras virtudes são reflexos dela, isto é, uma caridade de gozo, cheia de paz, com muita longanimidade, bondade e fidelidade; uma caridade cheia de mansidão e benignidade e controlada com temperança. Graças a Deus!” (BERGSTÉN, 1993)
✓ Donald Gee chama o fruto do Espírito de nove modalidades do fruto. o A forma singular sugere que nelas se produz a unidade do caráter de Cristo. o “[Todas essas modalidades] devem ser produzidas e vistas na vida de qualquer crente, mesmo antes do batismo. O fruto do Espírito representa o caráter de Cristo na vida do crente.” (SOUZA, 2016) o “O fruto do Espírito é a obra espontânea do Espírito Santo dentro de nós. O Espírito produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. São os subprodutos de seu controle sobre a nossa vida – não conseguiremos obtê-los se tentarmos alcançá-los sem sua ajuda.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003) o “O singular fruto, como sempre é usado por paulo, na verdade trata-se de um recurso para destacar a unidade que o Espírito Santo cria na vida daqueles que se sujeitam a Ele. Produzindo as diversas virtudes, mas tendo uma só fonte.” (GOMES, 2016) o “O Espírito implanta o seu fruto, que é a expressão do caráter de Deus, para que todos nós sejamos como Jesus Cristo.” (GOMES, 2016) o “Podemos admirar o caráter de muita gente neste mundo, mas para termos o caráter de Jesus Cristo precisamos ter um viver dominado pelo Espírito Santo, pois Ele produzirá em nós a qualidade de vida que Deus deseja.” (GOMES, 2016) ✓ “O termo “fruto” (karpos) está no singular e mostra a unidade essencial do fruto do Espírito. Em outras palavras, o crente cheio do Espírito deve demonstrar todas as características do Espírito, não apenas esta ou aquela virtude.” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)
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3. Andar no Espírito (v.16). ✓ Ser guiado pelo Espírito significa, na linguagem paulina, vitória sobre os desejos e impulsos carnais. o “Para vencer a Carne é preciso “andar no Espírito”; e só
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“anda no Espírito” quem manifesta o fruto do Espírito. Logo, só há um jeito de crucificar a carne: o fruto do Espírito.” Subsídio Didático-Pedagógico (Lições Bíblicas – CPAD) “Viver segundo o mover e o poder do Espírito é o segredo para vencer os desejos pecaminosos (Rm 8.2-4)” (BARKER, 2003) “A única maneira de triunfar sobre esses apetites [carnais] é andar no Espírito. Se alimentarmos a carne, fazendo provisão para ela, fracassaremos irremediavelmente. Porém, se andarmos no Espírito, jamais satisfaremos esses apetites desenfreados da carne.” (LOPES, 2011) “O Espírito não é apenas um vendedor de mapas para o destino da liberdade; é o próprio guia que nos toma pela mão, nos guia pelo caminho até a glória final. O Espírito é visto como um guia, a quem se espera que o cristão siga.” (LOPES, 2011) “Para estar acima do poder da carne o cristão precisa andar no ou pelo Espírito, como alguns preferem, tão somente desse modo estará em condição de freá-la, de não ser dominado por ela, satisfazendo seus desejos.” (GOMES, 2016) “Para o cristão não se deixar dominar pela concupiscência da carne precisa do Espírito Santo de Deus, caso contrário os desejos pecaminosos irão derrotá-lo.” (GOMES, 2016) “A palavra traduzida como “andar” (stoichom en) é derivada de stoichos, que significa uma “fila” ou uma “fileira”. Então aqueles que se submetem ao Espírito têm literalmente seus passos governados pelo Espírito (Sl 37.23; 1 Pe 2.21).” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)
✓ “Andar no Espírito” é uma expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão e santidade. o “para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus;” Cl 1.10 (ARC) o “Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, assim como recebestes de nós, de que maneira
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convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais;” 1 Ts 4.1 (ARC) • COMPARE: “Finalmente, irmãos, pedimos e incentivamos em nome do Senhor Jesus que vivam para agradar a Deus, conforme lhes instruímos. Vocês já vivem desse modo, e os incentivamos a fazê-lo ainda mais,” 1 Ts 4.1 (ARC) “Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor.” Ef 5.8-10 (ARC) “E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,” 1 Pe 1.17 (ARC) “Se o Espírito habita em nós e em nós produz seus frutos, precisamos agora andar no Espírito. Não pode existir inconsistência em nossa vida.” (LOPES, 2011) “O viver na carne traz diversos problemas, conflitos, pecados, mas o viver no Espírito produz uma vida segundo o querer de Jesus.” (GOMES, 2016) “A vida no Espírito concede ao crente não somente transformação em suas ações, contudo pelo seu viver ele é capaz de conduzir outros a desejarem o que ele tem em sua vida (2 Co 3.18). Jesus disse que devemos brilhar neste mundo como luz.” (GOMES, 2016) “O que agrada a Deus não é o que o home faz, mas, sim, o que o Espírito Santo faz no homem.” (GOMES, 2016)
DINÂMICA 1 II – DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO ✓ Os dons espirituais e o fruto do Espírito: o Têm a sua origem numa mesma fonte; o Ambos glorificam a Cristo, o Se trata de coisas distintas. ▪ O amor, por exemplo, não é um dom.
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“Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.” 1 Co 14.1 (ARC) o COMPARE: “Que o amor seja seu maior objetivo! Contudo, desejem também os dons espirituais, especialmente a capacidade de profetizar.” 1 Co 14.1 (NVT) o “As funções básicas dos dons estudadas na lição passada são para a adoração e o serviço do ministério, ao passo que o fruto revela caráter de Cristo no crente.” (SOARES, 2020) o “Na distinção entre fruto e dons é importante saber que nem todos os crentes terão os mesmos dons, mas em relação ao fruto do Espírito Santo, todos os crentes precisam ter.” (GOMES, 2016) •
1. Diferença. ✓ O que há em comum é a fonte de origem.
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“A fonte dessas virtudes é o Espírito Santo, as quais são uma atuação da graça de Deus em nossa alma, como disse Donald Gee: ‘o fruto do Espírito não está no solo natural, mas vem de Deus’.” (SOARES, 2020) “Os dons espirituais e o fruto do Espírito, embora distintos, se relacionam por terem a origem na mesma fonte e por ambos glorificarem a Cristo.” (SOARES, 2020) “Ligados com o Espírito Santo de Deus todos os crentes são como uma grande árvore que produz o mesmo fruto. Os cristão só podem ser como Jesus Cristo, mediante ao fruto do Espírito, quando Ele nos enche e nos domina, então, as virtudes cristãs aparecem.” (GOMES, 2016)
✓ A primeira e a maior modalidade do fruto do Espírito é o amor, as demais modalidades são reflexos do amor.
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“O fruto presente no testemunho cristão revela nove graças, a partir do amor: gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. É, na verdade, a ética do Espírito.” (SOARES, 2020) “Numa análise do fruto do Espírito, apontando o amor como o aspecto exaltado do mesmo fruto, escreve o Dr. Boyd: Gozo é o amor obedecendo. Paz é o amor repousando. Longanimidade é o amor sofrendo. Benignidade é o amor mostrando compaixão. Bondade é o amor agindo. Fé é o amor confiando. Mansidão é o amor suportando. Temperança é o amor controlando.” (OLIVEIRA, 1987)
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✓ O apóstolo Paulo usa o amor como representante do fruto do Espírito ao comparar o fruto com os dons. ✓ O amor é superior aos dons.
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“Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.” 1 Co 12.31 (ARC)
✓ Paulo afirma que os dons sem o amor não são “nada” e são passageiros.
o “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e
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não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” 1 Co 13.1-3 (ARC) “O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado.” 1 Co 13.8-10 (ARC)
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COMPARE: “Um dia, profecia, línguas e conhecimento desaparecerão e cessarão, mas o amor durará para sempre. Agora nosso conhecimento é parcial e incompleto, e até mesmo o dom da profecia revela apenas uma parte do todo. Mas, quando vier o que é perfeito, essas coisas imperfeitas desaparecerão.” 1 Co 13.8-10 (NVT) “O fruto é a maneira de se exercer os dons. Cada fruto vem acondicionado no amor, e qualquer dom, mesmo na sua mais plena manifestação, nada é sem o amor.” (HORTON, 2006) “As funções básicas dos dons estudadas na lição passada são para a adoração e o serviço do ministério, ao passo que o fruto revela caráter de Cristo no crente.” (SOARES, 2020) “Os dons do Espírito não poderão ser exercidos legitimamente, através da vida de um crente que não
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manifesta o fruto do Espírito, composto das nove virtudes.” (SOUZA, 2016) “Como pentecostais temos feito um bom trabalho ao enfatizar os dons do Espírito. A importância do fruto do Espírito merece ainda mais atenção. Os coríntios estavam ansiosos para experimentarem o poder carismático do Espírito Santo, contudo, estavam cheios de ambição e discórdias carnais (1 Co 3-1-3). A Escritura insiste que os crentes serão conhecidos por seu fruto, não por seus dons (Mt 7.17-19; 12.33; Lc 6.43,44).” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)
2. Os dons na igreja. ✓ Convém relembrar que os dons são importantes.
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“Os dons são capacitações especiais concedidas pelo Espírito de Deus ao crente para serviço especial na execução dos propósitos divinos por meio da Igreja (1 Co 14.12).São recursos do Espírito Santo operados por meio dos seres humanos, os crentes em Jesus, enquanto a igreja estiver na terra (1 Co 13.8-10).” (SOARES, 2020)
✓ É a vontade de Deus que: o Não ignoremos os dons espirituais;
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“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.” 1 Co 12.1 (ARC)
o Busquemos os melhores dons; ▪ “Portanto, procurai com zelo os melhores
dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.” 1 Co 12.31 (ARC)
o Não desprezemos as profecias. ▪ “Não desprezeis as profecias.” 1 Ts 5.20 (ARC) ✓ No céu não haverá necessidade dos dons, mas eles são uma necessidade imperiosa na vida da igreja hoje.
"Que é totalmente necessário; imprescindível, indispensável, vital" Dicionário Michaelis
DINÂMICA 2
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III – O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE ✓ O contexto das igrejas da Galácia: o O abuso da liberdade cristã, a antinomia, de um lado, e o legalismo, de outro, estavam dando ocasião à carne. ▪ “O apóstolo Paulo identificou dois grandes perigos que atacavam as igrejas da Galácia. O primeiro é passar da liberdade para a escravidão (Gl 5.1), e o segundo implica transformar a liberdade em licenciosidade.” (LOPES, 2011) ▪ “A natureza pecaminosa (carne) e a lei são ao mesmo tempo poderosas e impotentes. São poderosas por trabalharem de mãos dadas para gerar o pecado, mas também para condenar o pecado (5.19; Rm 5.20; 7.8-11). Por outro lado, são impotentes porque nem a natureza pecadora nem a lei podem gerar a salvação. Pelo contrário, a associação da natureza pecaminosa com a lei produz frustração espiritual e um sentimento de culpa e condenação. A vida na carne e a vida sob a lei são ambas sujeitas à stoicheia, ou “princípios básicos” da vida (4.3, 9). Estar debaixo da lei é estar sujeito a um pedagogo severo (3.24). Deste modo aqueles que são guiados pela carne e são sujeitos à lei continuarão a experimentar o fracasso moral e um medo terrível do juízo.” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)
1. O legalismo. ✓ Há um acentuado contraste entre estar na carne e andar no Espírito. o “No campo do nosso coração ainda se trava uma guerra sem pausa, o conflito permanente entre a carne e o Espírito. Eles são opostos entre si. Alimentar, portanto, a carne é ultrajar, entristecer e apagar o Espírito. Precisamos sujeitar nossa vontade ao Espírito em vez de entregar o comando da nossa vida à carne.” (LOPES, 2011)
"Que é claro e preciso; nítido" Dicionário Michaelis
"Grau marcante de diferença ou de oposição entre coisas da mesma natureza , suscetíveis de comparação." Dicionário Houaiss
✓ Para ser legalista, viver de acordo com a lei, depende da carne, mas para viver no Espírito, depende da graça de Deus.
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o Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.” Gl 5.16-18 (ARC) ▪ COMPARE: “Por isso digo: deixem que o Espírito guie sua "Cobiça natural do vida. Assim, não satisfarão os homem pelos bens anseios de sua natureza humana. terrenos, consequência do A natureza humana deseja fazer pecado original e que produz exatamente o oposto do que o desordem dos Espírito quer, e o Espírito nos sentidos e da razão." impele na direção contrária àquela Dicionário Houaiss desejada pela natureza humana. Essas duas forças se confrontam o tempo todo, de modo que vocês não têm liberdade de pôr em prática o que intentam fazer. Quando, porém, são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei.” Gl 5.16-18 (NVT) o “O sacrifício de Jesus Cristo na cruz mostra que o ser humano é completamente incapaz de se salvar, incapaz de ir ao céu, à presença de Deus, por sua própria bondade e força. Jesus deixou isso claro quando disse: “porque sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15.5). O orgulho humano faz que a pessoa se rebele contra a sentença de Deus. Tais pessoas se ofendem porque Deus não aceita seus esforços pessoais como condição para a salvação. Os membros do corpo de Cristo praticam as boas obras porque já são salvos e não para serem salvos.” (SOARES, 2020) o “O fruto do Espírito é o resultado de uma vida redimida pela fé em Jesus. Não é resultado de uma imposição religiosa ou de qualquer sistema religioso legalista. O Espírito Santo é quem faz essas coisas. É por isso que o apóstolo diz que “contra essas coisas não há lei” (v. 23).” (SOARES, 2020) o “O caráter cristão é produzido pelo Espírito Santo, não pela mera disciplina moral de tentar viver pela lei. Paulo deixa claro que a justificação pela fé não resulta em libertinagem. O Espírito Santo que habita no cristão produz na vida dele virtudes cristãs.” (BARKER, 2003)
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o “Pelo caminho da graça, somos salvos pela fé em Cristo independentemente das obras; pelo caminho da lei, precisaríamos ser absolutamente perfeitos para entrarmos no céu. Como não há justo nenhum sequer, como todos pecam por palavras, obras, omissões e pensamentos, o caminho da lei é de condenação, e não de salvação.” (LOPES, 2011) o “O importante de ser controlado pelo Espírito é porque Ele não é um código de lei para o crente, transformando-o em um legalista, porém as virtudes que se desenvolvem em sua vida vêm pela vida do Espírito.” (GOMES, 2016)
✓ O sistema legalista é egocêntrico, motivado pela carne e gera competição espiritual que resulta em desavença.
"Que exibe atitudes ou comportamentos voltados para si mesmo, de modo relativamente insensível às preocupações dos outros."
o “Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que Dicionário Houaiss obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós somos judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios. Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.” Gl 2.14-16 (ARC) o “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros.” Gl 5.15 (ARC) ▪ COMPARE: “Mas, se vocês estão sempre mordendo e devorando uns aos outros, tenham cuidado, pois correm o risco de se destruírem.” Gl 5.15 (NVT)
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o “Não é por acaso que o tema sobre o fruto do Espírito aparece em Gálatas. As "São preceitos igrejas da Galácia viviam uma experiência dietéticos que o assunto exigia. Os opositores de estabelecidos na lei de Moisés, Paulo na região eram os legalistas dentre prescrições judaicas os judeus que se juntaram ao grupo de tradicionais acerca do ritual e dos Jesus, os chamados judaizantes, mas preparativos de que não abriram mão de certas práticas alimentos e refeições. O termo judaicas, como a circuncisão, o khasherut vem da palavra hebraica khasher, e a guarda do sábado entre outros rituais. cuja ideia é: Eles ensinavam que os gentios "apropriado para comer, limpo". convertidos à fé cristã deviam observar a Esequias Soares lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1, 5). É a doutrina da salvação por meio das obras defendida pelas religiões não cristãs e por alguns ramos da religião cristã.” (SOARES, 2020) o “A proposta disseminada pelos judaizantes era a fé em Jesus e mais as obras da lei, a morte de Jesus não é suficiente para a salvação e por isso precisava de um reforço adicional. Era essa forma de doutrina que estava sendo divulgada na Galácia.” (SOARES, 2020) o “esses falsos doutrinadores [judaizantes/legalistas] estavam levando os membros das igrejas da Galácia a buscar a retidão por meio de esforço próprio, por si mesmos, quando, na verdade, o apóstolo os havia ensinado que a retidão é uma dádiva concedida por Deus em Cristo por ocasião da conversão (Gl 3.2, 5). O Espírito Santo renova todas as pessoas que vêm a Jesus e coloca nelas o desejo de fazer o que é bom e agradável a Deus.” (SOARES, 2020)
2. A Carne e o Espírito. ✓ A palavra “carne” tem muitos significados na Bíblia, principalmente nos escritos paulinos. Pode significar: o Fraqueza física; ▪ “E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne.” Gl 4.13 (ARC)
o O corpo; ▪ “E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física.” Gl 4.13 (ARA)
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o O ser humano; ▪ “acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,” Rm 1.3 (ARC)
o O pecado; ▪ “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” Gl 5.24 (ARC)
o Os desejos pecaminosos. ▪ “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rm 8.8 (ARC) o “A palavra grega sarx, “carne”, que a Septuaginta usa para traduzir o hebraico bashar, aparece 147 vezes no Novo Testamento e tem muitos significados.” (SOARES, 2020)
✓ No contexto das “obras da carne” significa o conjunto de impulsos pecaminosos que dominam o ser humano. o “A carne significa ter alguém a mente carnal, vida controlada pela carne. Tal pessoa não está sob o domínio do Espírito de Deus. Os tais não podem agradar a Deus (Rm 8.8), pois andar “segundo a carne” é inimizade contra Deus.” (SOARES, 2020) o “A carne tem desejos ardentes que nos arrastam para longe de Deus, pois os impulsos da carne são inimizade contra Deus. Os desejos da carne levam à morte.” (LOPES, 2011) o “Todos nós precisamos da presença do Espírito Santo de Deus para não sermos dominados pela obras da carne, que pode resultar em religiosidade carnal, avivamento carnal, ou experiências puramente no campo carnal.” (GOMES, 2016) o “O que é a carne? É aquele aspecto da natureza humana que continuamente leva a pecar. É completamente egocêntrico, hostil ao Espírito, e não tem nenhuma preocupação para com o próximo (Rm 7.18; 8.8-13; 2 Co 7.1; Gl 5.16,17)” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)
✓ A oposição do Espírito contra a carne na vida cristã mostra que “os que são de "Apetite carnal Cristo crucificaram a carne com as suas desordenado." paixões e concupiscências” Gl 5.24. Orlando Boyer o “Viver no Espírito é subjugar a carne, e isso gera o conflito interno, a luta da carne contra o espírito.” (SOARES, 2020) o “A fim de aceitar a Cristo como Salvador, devemos nos afastar dos pecados e voluntariamente pregar nossa
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natureza pecaminosa na cruz. Entretanto, isso não significa que nunca veremos novamente algum sinal desses desejos. Como cristãos, ainda temos a capacidade de pecar, mas fomos libertos do poder que o pecado exerce sobre nós e não temos mais que ceder a ele. Devemos diariamente, submeter nossas tendências pecaminosas ao controle de Deus e crucificá-las e, de tempo em tempo, recorrermos ao poder do Espírito para vencê-las.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, 2003) “O conflito espiritual interiormete no crente envolve a totalidade da sua pessoa. Este conflito resulta numa completa submissão às más inclinações da ‘carne’, o que significa voltar aos domínios do pecado; ou numa plena submissão à vontade do Espírito Santo, continuando o crente sob o senhorio de Cristo (Rm 8.4-14)” (STAMPS, 2006) “Sermos crucificados com Cristo (Gl 2.20) inclui sermos crucificados para o mundo. Não há maneira de compartilharmos da salvação e da glória da sua cruz, senão virar as costas a todos os prazeres mundanos, pois estes desviam nosso coração de Cristo e da sua presença.” (STAMPS, 2006) “A ‘carne’ representa o que somos por nascimento natural, e o ‘Espírito’, o que nos tornamos pelo novo nascimento, o nascimento do Espírito.” (LOPES, 2011) “Há uma batalha constante no interior do crente, é a luta entre a carne e o Espírito, eles não se unem, são inimigos, se o cristão andar no poder do Espírito, a carne nunca terá vez, ela pode tentar, mas não o vence.” (GOMES, 2016) “O homem espiritual é aquele que o Espírito Santo governa e rege seu espírito, sua alma e seu corpo. Nele, o seu “eu”, pela fé em Cristo, está mortificado, crucificado (Rm 6.11; G1 2.19,20).” (GILBERTO, ANDRADE, et al., 2008) “A palavra “crucificaram” aponta para uma experiência de crise única no passado. Deste modo, para o crente a crucificação com Cristo representa o rompimento definitivo com a carne. Este conceito foi apresentado em Gl 2.20, onde Paulo declara: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Semelhantemente, Paulo ensina que o “nosso velho homem” foi crucificado com Cristo, de forma que o crente não deve mais servir ao pecado
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(Rm 6.6). Como será observado abaixo, Paulo se vangloria na cruz de Cristo, através de quem o mundo está crucificado para ele e ele para o mundo (Gl 6.14).” (ARRINGTON e STRONSTAD, 2006)
✓ É isso que acontece conosco diariamente: a morte do “eu”. o “A vida cristã é um campo de batalha. Trava-se nesse campo uma guerra sem trégua entre a carne e o Espírito. O Espírito e a carne têm desejos diferentes, e é isso o que gera os conflitos.” (LOPES, 2011)
3. Os vícios (vv.19-21). ✓ O apóstolo apresenta uma lista com 15 vícios, que ele chama de “obras da carne”: o “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.” Gl 5.19-21 (ARC) ▪ COMPARE: “Quando seguem os desejos da natureza humana, os resultados são extremamente claros: imoralidade sexual, impureza, sensualidade, idolatria, feitiçaria, hostilidade, discórdias, ciúmes, acessos de raiva, ambições egoístas, dissensões, divisões, inveja, bebedeiras, festanças desregradas e outros pecados semelhantes. Repito o que disse antes: quem pratica essas coisas não herdará o reino de Deus.” Gl 5.19-21 (NVT) ▪ “Paulo não está falando de um ato pecaminoso, mas sim do hábito de pecar. Aqueles que praticam o pecado não herdarão o Reino de Deus. Aqueles que vivem na prática do pecado e não se deleitam na santidade nem mesmo encontrariam ambiente no céu.” (LOPES, 2011)
✓ Outras listas aparecem em outras epístolas paulinas: o “estando cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos,
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presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;” Rm 1.29-31 (ARC) o “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.” 1 Co 6.9,10 (ARC) ▪ COMPARE: “Vocês não sabem que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não se enganem: aqueles que se envolvem em imoralidade sexual, adoram ídolos, cometem adultério, se entregam a práticas homossexuais, são ladrões, avarentos, bêbados, insultam as pessoas ou exploram os outros não herdarão o reino de Deus.” 1 Co 6.9,10 (NVT) o “sabendo isto: que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina,” 1 Tm 1.9,10 (ARC) ▪ COMPARE: “Pois a lei não foi criada para os que fazem o que é certo, mas para os transgressores e rebeldes, para os irreverentes e pecadores, para os ímpios e profanos. Ela é para os que matam pai ou mãe ou cometem outros homicídios, para os que vivem na imoralidade sexual, para os que praticam a homossexualidade, e também para os sequestradores, os mentirosos, os que juram falsamente ou que fazem qualquer outra coisa que contradiga o ensino verdadeiro,” 1 Tm 1.9,10 (NVT)
✓ Paulo não pretende ser exaustivo. o “invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.” Gl 5.21 (ARC)
"Que esgota ou se destina a esgotar; que abrange até os mínimos pormenores." Dicionário Houaiss
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o “Essa lista, embora extensa, não é exaustiva, pois não esgota todas as obras da carne, uma vez que Paulo conclui dizendo: “... e coisas semelhantes a estas” (Gl 5.21).” (LOPES, 2011)
✓ Podemos classificar esses vícios em três categorias:
Prostituição; Impureza; Lascívia.
Idolatria; Feitiçaria.
Inimizades; Porfias; Emulações; Iras; Pelejas; Dissensões; Heresias; Invejas; Homicídios; Bebedices; Glutonaria.
DINÂMICA 3 CONCLUSÃO ✓ Cabe a cada crente fazer uma análise introspectiva para verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais. o “Em I Coríntios 2.14— 3.3, vemos que Deus divide toda a humanidade em três grupos de pessoas. Apenas três, e isso no sentido espiritual: ( I ) o homem natural, literalmente controlado pela sua alma (2.14); (2) o homem espiritual, literalmente controlado pelo Espírito Santo (2.15); e (3) o homem carnal, controlado, literalmente, pela sua natureza carnal (3.3). Ninguém escapa dessa classificação divina. Todos nós somos um desses "homens”. Identifique-se!” (GILBERTO, ANDRADE, et al., 2008)
✓ Jesus disse que o homem fala do que seu coração está cheio.
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o “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.” Lc 6.45 (ARC)
✓ O pensamento de cada ser humano norteia seu comportamento. ✓ Se a mente é carnal, seu comportamento é carnal, que resulta em morte; o “O homem carnal, na conceituação bíblica, é o crente espiritualmente imaturo e que assim continua através da vida — “meninos em Cristo” (I Co 3.1). A vida do crente carnal é mista, dividida, fracassada.” (GILBERTO, ANDRADE, et al., 2008)
✓ Se a mente é espiritual, seu comportamento é espiritual, que resulta em vida e paz. o “O homem espiritual é o crente cheio do Espírito Santo, isto é, aquele em cuja vida o fruto do Espírito tem amadurecido (Gl 5.22,23; Ef 5.9; Jo 15.1-8,16). A evidência de que alguém continua cheio do Espírito é a manifestação do fruto do Espírito de Deus em sua vida (M t 3.8; 7.20).” (GILBERTO, ANDRADE, et al., 2008)
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ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. BARKER, K. (Ed.). Bíblia de Estudo NVI. São Paulo: Editora Vida, 2003. BERGSTÉN, E. Introdução à Teologia Sistemática. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1993. BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. BÍBLIA do Pregador Pentecostal. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2016. GILBERTO, A. et al. Teologia Sistemática Pentecostal. 2ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. GOMES, O. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito: Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016. HORTON, S. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. LOPES, H. D. Gálatas: A carta da liberdade cristã. São Paulo: Hagnos, 2011. OLIVEIRA, R. D. As Grandes Doutrinas da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1987. SOARES, E. O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2020. SOUZA, E. Â. D. Pneumatologia: A Pessoa e a Obra do Espírito Santo. Campinas: Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, 2016. STAMPS, D. C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
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DINÂMICA 1 01 – Leve para a sala um isqueiro, um copo com água e outro vazio. 02 – Peça para que um aluno segure o copo com água e que outro segure o copo vazio. Comente que o copo cheio representa uma pessoa cheia do Espírito Santo e que evidencia os aspectos do Fruto do Espírito. Já o copo vazio representa uma pessoa que não anda sob o domínio do Espírito, mas vive segundo a carne. 03 – Entregue o isqueiro para um outro aluno e peça para que ele acenda e tente queimar o fundo do copo cheio por alguns segundos. Mostre para todos que o copo cheio continua inteiro. 04 – Em seguida, pela para que o aluno acenda o isqueiro tentando queimar o fundo do copo que está vazio. Mostre aos alunos o estrago que o fogo fez no copo. 05 – Conclua dizendo que o fogo do isqueiro representa as tentações, paixões e concupiscências que tentam nos dominar; representa também o legalismo e a antinomia que dão ocasião à carne. 06 – Comente que quem permite ser transformado pelo Espírito Santo e tem em si o Fruto do Espírito não se altera diante das tentações, assim como o copo cheio não sofreu nenhum dano. 07 – Porém, assim como o copo vazio foi rapidamente queimado e danificado com um buraco que o deixou inútil, assim também quem não tem em si o Fruto do Espírito, quando vem as acusações, tentações e quando observa as falhas alheias ele não suporta e logo estoura ou cai em pecado praticando as obras da carne e consequentemente acaba sendo prejudicado espiritual, emocional e às vezes até fisicamente, deixando-o inapto para fazer a obra do Senhor.
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DINÂMICA 2 01 – Imprima e recorte vários “frutos do Espírito”. Dobre-os e coloque dentro de bexigas, mas sem encher de ar. Leve para classe também algumas bexigas vazias, sem papel nenhum dentro. (a página para impressão está ao final deste material) 02 – Entregue todas as bexigas para um aluno e peça para ele distribuir entre a classe. Enquanto ele distribui, explique que este aluno representa o Espírito Santo e as bexigas representa os dons espirituais que estão sendo distribuídos. 03 – Após a distribuição convide os alunos que receberam as bexigas para virem a frente. Diga também que quando o professor autorizar, eles deverão soprar e encher as bexigas até estourar. Diga que aqueles que virem cair algum papel de suas bexigas, devem pegar esse papel e continuar de pé. Já aqueles que não tinham nada dentro de suas bexigas devem voltar e se assentar em seus lugares. 04 – Conte até três e autorize eles a encherem as bexigas. Enquanto eles enchem diga para a classe que o que eles estão fazendo representa nós cristãos exercitando os dons espirituais para a edificação da igreja. 05 – Após as bexigas estourarem e os alunos que não tinham papel voltarem para os seus lugares, pergunte para os que continuaram de pé: “O que tinha dentro da bexiga?” Peça para que juntos eles leiam cada um dos “gomos” do Fruto do Espírito. 06 – Conclua dizendo que embora vários alunos haviam recebido a bexiga, somente os que tinham algo dentro puderam permanecer na frente, representando que mesmo que muitos tenham recebidos dons, nem todos apresentaram o “Fruto do Espírito”. 07 – Vale ressaltar também que todas as bexigas estouraram e se desfizeram, restando somente os papéis que estavam dentro. Dessa mesma forma, os dons passam, mas o Fruto permanece. Relembre que “Paulo afirma ainda que os dons sem o amor não são “nada” e são passageiros.
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DINÂMICA 3 01 – Recorte as modalidades do fruto do Espírito e cole cada uma em copo descartável que deverão estar cheios antes de iniciar a dinâmica. (A página para impressão está ao final deste material) 02 – Recorte as obras da carne e cole numa garrafa PET de 2 litros. Cole as obras da carne espalhadas em diversas partes da garrafa. (A página para impressão está ao final deste material) 03 – Deixe a garrafa sobre a mesa e pergunte aos alunos o que eles estão vendo. Eles dirão que é uma garrafa, então pergunte se ela está cheia de água ou vazia? Caso queira, pode chamar os alunos para ver a garrafa mais de perto. 04 – Sopre sobre a garrafa e peça para algum aluno soprar também demonstrando como a garrafa cai facilmente. Diga que esta garrafa representa uma pessoa que ainda não aceitou a Cristo como seu Salvador e ainda não tem o Espírito Santo agindo em sua vida. 05 – Entregue um copo para cada aluno. Ao todo serão nove copos. Esses copos devem ter uma quantia de água que juntos encham a garrafa. (O professor deverá calcular de acordo com a capacidade do copo e da garrafa para que os nove copos possam ser utilizados). 06 – Peça para que um aluno por vez, dos que receberam o copo, fique de pé e leia em alta voz o que está escrito em seu copo, depois peça para que ele derrame a água dentro da garrafa, e após retire um papel que está colado na garrafa. 07 – Enquanto os alunos executam essa atividade, conclua dizendo que cada copo representa uma virtude, modalidade ou aspecto do Fruto do Espírito. Assim como a garrafa está sendo cheia com a água de cada copo, assim o Espírito Santo vai operando a regeneração dentro de cada crente e como resultado o Fruto do Espírito surge gradativamente. 08 – Comente ainda que ao mesmo tempo em que os alunos estão enchendo a garrafa, é também retirado um papel da garrafa, representando que conforme o cristão se deixa dominar pelo Espírito, vai apresentando diversas características do Fruto e deixando de ser dominado pelas obras da Carne, “crucificando a carne com suas paixões e concupiscências”. 09 – Após todos colocarem a água do copo na garrafa e enchê-la, chame um aluno e peça para soprar sobre ela tentando derrubá-la como no princípio. 10 - Diga que quando a garrafa estava vazia ela era facilmente derrubada, mas que agora, cheia, ele continua de pé, no mesmo lugar, dessa forma também, éramos vazios do Espírito Santo e qualquer “sopro” de tentação e desejo pecaminoso nos derrubava e nos fazia ficarmos caídos no pecado. Mas graças ao Senhor Jesus que nos resgatou e nos deu o seu
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Espírito que produz em nós o seu Fruto. Hoje podemos estar de pé, “andamos no Espírito” e não somos mais levados pelas obras da carne. 11 – Pergunte ainda para seus alunos: “Como está a garrafa agora? Cheia ou vazia?” Todos responderão que está cheia. Fale que assim como a garrafa vazia passou a ser cheia, assim também o Espírito Santo ao produzir em nós o seu Fruto, muda o nosso caráter: de pessoas vazias, passamos a ser morada do Espírito; de homens dominados pelas obras da carne a cristãos que se parecem com Cristo. 12 - Vale acrescentar ainda que embora foram usados vários copos para encher a garrafa, a água que está dentro dela é uma só, representando que são várias modalidades, mas apenas um Fruto do Espírito, a unidade do caráter de Cristo.
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MATERIAL PARA IMPRESSÃO (DINÂMICA 2)
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MATERIAL PARA IMPRESSÃO (DINÂMICA 3)