Ultra Violence #01 (ALT)

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Dedicado Para todos aqueles que gostam de histórias sombrias e torcidas com uma pequena pitada de manipulações.

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Spotify Playlist 1. Hurricane ~> Halsey 2. Blue Jeans ~> Lana Del Rey 3. Nothing’s Gonna Hurt You ~> Cigarettes After Sex 4. Do I wanna Know ~> Arctic Monkeys 5. Monsters ~> Ruelle 6. Diamond days ~> Cruel Youth 7. Halsey ~> Gasoline 8. What Lies Beneath ~> Breaking Benjamin 9. Ultraviolence ~> Lana Del Rey 10. Judas ~> Banks 11. Home ~> Daughter 12. Make A Shadow ~> Meg Myers 13. Gemini Feed ~> Banks

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Prefácio Podia ver a condenação escrita por todo o seu rosto. Como uma garota doce como eu se apaixonaria por alguém tão hediondo como ele? A pergunta não precisava ser feita. Sabia o que ela estava pensando. Mckenna Anderson: a garçonete com olhos cinza redondos, cabelos castanhos avermelhados que às vezes pareciam pretos, com 1,52m de altura, não faria mal a uma mosca. Já fui uma vez uma líder de torcida amada e no meu último ano fui votada para ser a rainha do baile por aqueles que não me conheciam bem. A idéia de eu poder causar dano a qualquer pessoa era incompreensível. Este era o problema das pessoas que julgam e formam opiniões com base em suas suposições, em vez dos fatos. Eu mostrava a elas o que queria que elas vissem. Eu tinha convencido quase a todos de que era uma menina jovem e ingênua que foi seduzida por um homem mais velho, superficial e encantador. Em seus olhos, eu apenas batia palmas com

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entusiasmo ao vender bolos e biscoitos, e não seria capaz de matar alguém. Isso era cômico. E provava como que era inútil a minha terapeuta. Mas, ainda assim, sua estupidez era divertida. Por enquanto. Cruzei uma perna sobre a outra e dei um sorrisinho. A pressão exercida na caneta esferográfica cessou. Seus olhos castanhos estreitaram em fendas atrás de seus óculos de aros finos. Eu estava brincando com essa mulher durante horas, e ela ainda não tinha percebido isso. Esse era o ponto dos médicos, terapeutas e todas aquelas outras pessoas altamente valorizadas no mercado de trabalho. Eles eram apenas pessoas. Seus cérebros não eram maiores que o meu por causa da sua profissão, e não as tornavam mais inteligentes do que eu. Eu poderia ter sido uma terapeuta, mas nasci para ser uma assassina. – Você tem que ter alguma opinião ao passar tanto tempo com alguém tão insano. – O que faz você pensar que ele está louco? As sobrancelhas loiras levantaram-se com a minha pergunta. – Ele é um serial killer. Hum, não. Quem deu um diploma a essa

mulher?

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– Você está errada. Ele não está mentalmente perturbado, e quanto a ele ser um serial killer, você pode querer pesquisar no Google, o que isso significa. Estava lá na maioria das mortes. – eu me pergunto se ela poderia ouvir o amargo sarcasmo na minha voz. – Sim, estou bem ciente de tudo o que ele fez você fazer. O que ele me fez fazer? Ficaria ofendida se não soubesse que a Srta. Jackson só tinha duas células cerebrais funcionando. Nenhum homem jamais poderia me obrigar a fazer qualquer coisa que eu não quisesse. Eu era mais forte do que as pessoas me davam crédito. No menor dos casos, ele me inspirou. Ele fez o impossível e trouxe uma garota danificada de volta à vida. Nós dois éramos os vilões nesta história. – Chamá-lo de insano te incomoda? Você teve essa mesma reação, quando me referi a esta situação como ‘anormal’. – ela se moveu em sua cadeira de couro, aparentemente orgulhosa de si mesma. Assumindo que ela tinha me silenciado por uma vez, e não o contrário. – O que é ‘normal’? Você pode me dizer o que

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faz alguém digno desse título? Talvez, não desejamos ser o que quer que seja o normal. Em minha opinião nós somos muito excepcionais. – como sempre, chegamos em um impasse temporário. Praticamente podia ver as engrenagens girarem em sua cabeça. Ela estava finalmente começando a entender? – Você se preocupa com ele? – ela checou. Pela primeira vez, dei a ela um sorriso genuíno. Olhando para a janela do escritório, deixei o carretel da memória começar a rodar. Houve tantos bons momentos e, claro, que eles eram os ruins. Jesus, lá estavam os momentos ruins. Ele me deixava ser selvagem e livre. Nós amávamos que eu era irresponsável e jovem. No começo, era tudo tão perfeito. Mas, essa fase de lua de mel era apenas uma ilusão. Nosso relacionamento, se é que você pudesse chamar assim, era volátil e tóxico. Os esqueletos carbonizados pareciam continuar a cair de nossos armários. – Eu o amava. Realmente o amava. – Então, o que aconteceu? Virei a cabeça e dei a ela toda a minha atenção. Nunca tinha compartilhado a história toda.

Ela poderia lidar com isso? Alguém poderia? Eu acho que era hora de descobrir. Página | 11

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Capítulo 00 Mariela 'Marie' Chambers 17 anos de idade *Desconhecida* Camisa xadrez 1,62m de altura Norte-Americana Ford Bronco1

Esquina da Frankfurt com a Main. Eu desejava que suas descrições fossem um pouco mais precisas. Então, novamente, muitos detalhes estariam arruinando a caçada e poderiam ser potencialmente incriminatórios para o Instituto. Não que isso importasse agora, no entanto. No instante em que arrastei a minha lâmina serrilhada em sua garganta, observei o jato de sangue no sofá azul e o corpo caiu para frente e atravessou a mesa de café, sabia que fodi tudo. – Puta merda. – levantei a minha máscara e

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olhei para o homem com vidro agora salientes através de seu rosto. O meu peito arfava de nossa luta recente. Queria causar um pouco mais de danos ao me preparar. Tinha caçado um homem por dois dias, dormindo em meu fiel Corolla e comendo fast foods ruins. Este não era aquele homem, mas ele estava em sua casa e vestindo o boné da bola da vez. Usando meu antebraço, limpo o suor da minha testa, com cuidado para não tocá-la com a mão ensanguentada. A matança era para ser um esporte divertido. Isso era tudo. Eu não sentia um pingo de remorso. Não tinha a certeza do porque quem eu estava caçando precisava morrer, ou quem ordenou a sua morte. E isso não era o ponto deste empreendimento. O Instituto era uma organização muito grande de um culto clandestino, com segredos e regras. Ele era apoiado por homens poderosos que controlavam o mundo à sua volta como um jogo de xadrez fraudado. Estes eram o tipo de pessoas que você não queria irritar. E em seguida, havia pessoas como eu, assassinos hedonistas que tinham que matar para receber o pagamento. Não éramos treinados e isso claramente não era o trabalho de um profissional. Éramos professores, filhos, filhas, ex-estudantes, e

alguns de nós podiam se proclamar como santos. Se o Instituto fosse um mestre, seríamos os animais de estimação obedientes. Página | 14

O ponto era que estávamos todos buscando a emoção que acompanhava em fazer alguém ter medo - ouvi-los gritar, enquanto tirávamos suas vidas. Mas, se você estragava tudo como simplesmente estraguei, isso já não era mais um jogo. Eu ainda não tinha feito tudo e já havia falhado. A garganta deste homem não podia ser cortada. Uma melodia baixa começou a tocar no meu bolso, me estimulando para a ação. Merda. Será que eles já sabem? Movendo-me em torno dos cacos de vidro, eu lentamente afastei um canto da cortina dos fundos e espiei na rua. Tudo o que via era a escuridão. Nenhum carro estava à vista, além do Kia Ford prata do homem morto. Puxei cuidadosamente a cortina do lugar, olhando ao redor e tentando planejar um plano de ação. Primeiramente, porque diabos aceitei isso? Estava escondendo perfeitamente bem o meu lado obscuro. Porém, não foi uma surpresa que eles tinham me procurado. Meu pai foi quem começou o

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seu próprio negócio de bilhões de dólares. E em seu mundo, um nome significava tudo. Agora, o idiota de cima pensou que seria bonito recrutar a sua filha. Isso só fez a minha paranoia sobre ser preparada muito mais forte. Mas, por que não me mata? Não havia tempo suficiente para contemplar essa besteira. Disse para mim mesma para não entrar em pânico, mas estava a segundos de perder completamente o meu controle. Eu estava com medo do Instituto? Não. Mas, tenho certeza de que também não queria morrer por isso. O que aconteceria se simplesmente o deixasse? De qualquer forma, ele já estava morto. – Maldito idiota. – xinguei o seu corpo, indo em direção a sala de estar. Quando o meu celular tocou novamente, foi quando sabia que eles estavam cientes de que algo não estava certo. Eu não queria descobrir do que essas pessoas eram capazes. O meu pai sempre manteve essa parte em sigilo. Sabendo que eu não podia simplesmente ignorá-los, respirei fundo e peguei o meu celular. – Quero que mantenha a calma e faça exatamente o que digo. – uma voz de homem veio através da outra linha. – Como...

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– Não há tempo para isso. Preciso que você saía pela porta dos fundos, jogue o celular na fonte do jardim e saía do quintal pelo portão dos fundos. Você vai continuar em frente, e você não vai olhar para trás. No final do beco há um carro de aluguel. No porta-luvas há algum dinheiro. Pegue e saia da cidade. – Por quê? – Porque quando estiver pronta para você morrer, eu também organizarei isso. – antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, fiquei com o celular mudo e um relógio correndo contra o tempo.

1. Ford Bronco é um carro que foi produzido entre 1966 e 1996 pela Ford Motor.

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Parte Um Paixão Substantivo 1. O estado de estar apaixonado. 2. Paixão insensata, absorvente ou uma instância

disso: uma mera paixão que não durará.

Este é o seu corpo. Ele é a minha religião. Estou de joelhos, dando a ele a minha submissão. – Mckenna

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Capítulo Um Mckenna Anderson - 20 anos de idade. Esse a tornará normal. Este azul irá ajudá-la a dormir. Pegue todos eles, e assim não será tão deteriorada. Bem, já era tarde demais para isso. Não que eu tivesse um problema de ser desta forma. A minha terapeuta era a única que pensava que a solução para meus problemas era uma variedade de frascos laranjas feios. Ela era horrível em seu trabalho. O único problema que eu tinha eram pessoas supondo que eu tinha um problema, para começar. Nem todo mundo é quebrado pelo seu passado. Era realmente tão difícil de acreditar? Além disso, os detalhes do meu passado já não eram claros. E é isso que me deixa puta. Não conseguia me lembrar de tudo o que eu precisava lembrar. A coisa mais estranha sobre mim é que eu sou o resultado de uma infância feliz. Embora, agora estivesse no mundo real, eu

sabia a verdade.

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Os meus pais eram o que a sociedade definia como monstros e, nesse cenário, a maçã não se afastava da árvore. Olhando os pequenos comprimidos em minha mão, a mergulhei e os vi circular com o dreno. Alisando a saia azul do meu uniforme, eu fiz uma última inspeção rápida no espelho. O uniforme do Bee-Bops2 era ridiculamente exagerado. Entendi que o meu chefe, Ian, estava tentando permanecer fiel à era retrô, mas ele poderia ter tentado se modernizar um pouco mais. Depois de arrumar o colarinho da minha camisa e prender meu cabelo com mais alguns grampos, eu estava pronta como deveria estar. Alguns dias eu simplesmente não sentia vontade de fazer isso, e esse era um desses dias. Levou-me menos de cinco segundos para andar do meu banheiro, para o meu quarto e na sala de estar. Meu apartamento não era enorme, mas era aconchegante e era meu. Fiz um caminho mais curto para o armário de bebidas, servindo-me de uma dose de vodka no café da manhã. O que posso dizer? Eu gostava de viver perigosamente. Na verdade, era a coisa mais emocionante do meu dia e me ajudava a acordar do inferno.

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Fiz uma rápida análise do jornal de ontem: Michas e Tyler Real Estate estavam se combinando como um só, a delicatessen da quinta com a Main estava sendo fechada pela fiscalização de saúde e algo sobre uma vigília à luz de velas para lembrar a vida de Hannah Ortega. Dia típico de novidades. Depois de verificar as minhas contas bancárias e guardar a bebida, coloquei a minha máscara de jogo, peguei as chaves do meu Jeep e me dirigi para a porta.

Acabei de entrar na via expressa quando o meu celular começou a tocar Black Beatles³. O rosto sorridente do Garret apareceu na tela. Atendi e colocamos os celulares no suporte do GPS, deixando-o sincronizar com o meu Bluetooth. Eu não era uma daquelas pessoas que podiam falar em mensagens de textos/falar e fazer multi-tarefas. Embora, a idéia de uma pilha até que parecia divertido, destruir meu carro não era. – Acho que disquei o número errado. Quem é esta bela vadia que estou olhando? – a voz alegre

do Garret surgiu na linha.

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– Você está acordado antes do meio dia? – suspirei. – Você está crescendo, Garret Matthews? – Cale-se; Tive que pegar um parente no aeroporto. Você sonhou comigo? Ele me perguntava isso todos os dias. Garret tinha visto de primeira mão, os tipos de pesadelos que eu costumava ter e ele sempre tentava colocar humor no caso deles voltarem. Olhei para a tela para vê-lo mexendo as suas sobrancelhas escuras sugestivamente. Como ele as faz parecer tão perfeitas? – Sim, você estava usando o agasalho Speedo Mille azul brilhante que te dei no Natal. – Porra, agora sei por que os seus lençóis estavam molhados quando você acordou. – ele riu. – Há alguma novidade? – a preocupação repentina em seu tom fez o meu coração aquecer. – Não. Os números são os mesmos. – suspirei, dando a ele um sorriso que esperava parecer verdadeiro. Já faz quase três anos que recebi uma carta com a informação bancária. Uma conta conjunta recém-aberta com alguém que deveria estar morto. Ele não havia retirado um centavo, nem eu. Todos os dias eu checava o valor

para ver se alguma coisa mudava.

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– Ele está lá fora, querida. Eventualmente, ele irá encontrá-la. Em uma nota feliz, ainda estamos no jantar amanhã à noite, certo? – Na verdade, eu queria... – eu comecei. – Ah, porra, não. Não quero ouvir isso, Kenna. Você foi uma eremita durante todo o mês. Se eu tiver que arrastar a sua bunda para fora do apartamento, eu vou. Na verdade, você não tem permissão para se opor. Isso é importante. Vejo você amanhã. – antes que eu pudesse recusar... o que eu ia fazer - ele desligou. A sua voz tinha perdido todos os sinais de brincadeira até o final de sua sentença. No que diabos ele tinha se metido agora?

2. Bee-Bops é o nome de um restaurante.

3. Black Beatles: é uma canção do duo de hip-hop norte americana Rae Sremmurd.

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Capítulo Dois Eu passei a primeira parte do meu dia servindo hambúrgueres gordurosos e Slurpees4 de cereja. Sim, existem pessoas no mundo que comem hambúrgueres no café da manhã. No meio do dia, eu já estava mais do que pronta para sair pela porta. Toda vez que eu chegava ao trabalho, questionava a minha sanidade. A minha colega de trabalho, Trisha Waldroff, era bem semelhante a um Succubus5 jogado na Terra, comendo um homem. Nós nunca tínhamos se dado bem. Ela era uma vadia vaidosa, arrogante, que me detestava. Eu sabia todas as pequenas razões do porquê. E eu simplesmente não me importava. Namorei o Jacob Kellar, o quarterback famoso que ela usava como capa de diário desde que ela tinha treze anos. Ela se convenceu de que eu o roubei. Claro, que não o roubei. Nós namoramos por duas semanas e ele acabou por ser um idiota de nível máximo. Eles estavam muito íntimos agora; ela se certificou de que eu soubesse disso. Eu era amiga do Garret Matthews, que se recusava a dar a ela uma hora do dia por sua

lealdade a mim. Em sua mente, eu disse a ele que isso não era permitido. Página | 24

Isso a incomodou por dois motivos: 1) Ela se recusou a acreditar que ele era gay. As suas palavras foram: – Ele não pode ser gay. Você vê como ele se parece? Isso acabou por provar como ela era estúpida. 2) A única coisa que a empurrava para o limite foi eu. A pequena órfã era mais simpática do que ela. Essas foram também as palavras dela, não as minhas. Eu nunca me referi a mim mesma como uma criança abandonada. No final do dia, ele entendeu o fato de que eu tinha aparentemente caído do céu em Springlake e tirei alguns dos seus holofotes. Com toda sua arrogância, Trisha tinha medo de mim. Isso me surpreendeu, honestamente, que uma garota tão superficial e egocêntrica quanto ela podia ver além do meu exterior falso. Pensei que era um falso reconhecendo outro. Ela sabia que eu era uma bomba-relógio, mas não tinha como provar isso. Já a matei várias vezes dentro da minha cabeça. Por asfixia, afogamento, por enforcamento... e esses eram os cenários indolores menores.

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A morte seria uma misericórdia que ela não merecia e não a conseguiria. Teria que ser amordaçada com certeza. Não havia nenhuma maneira de alguém fazer com que ela se calasse e aceitasse o fato de que estava prestes a morrer. No entanto, eu não consigo mentir. Adoraria ouvir os seus gritos. – Você se lembra do cara com quem eu estava falando? – a sua voz anasalada interrompeu os meus pensamentos, arruinando os meus devaneios. Aqui vamos nós. Apesar do fato de que não gostamos uma da outra, a Trisha sempre tentou puxar uma conversa. Lembro-me de ouvi-la e outra menina, dizendo que seria suicídio social não fingirem que gostavam de mim. Até o momento, foi uma das coisas mais estúpidas que já ouvi. Nós deixamos a escola para trás há dois anos. Seu status social significava nada no mundo real e menos ainda em Springlake. – Você me falou sobre um monte de meninos. Como deveria saber de qual você está falando agora? Trisha paralisou no meio da limpeza de uma mesa. – Engraçado, Kenna. Deus, você sabe mesmo como que um pau parece? Como você é alérgica a

pau, assumirei que a resposta para essa pergunta é não. Página | 26

– Bem, eu sei que o do Jacob é do tamanho de um Pringles5 meio comido. Isso conta? Quer dizer, há uma exigência de comprimento? Reprimi uma risada e virei as costas para ela e desnecessariamente arrumei os condimentos na mesa. Sabia que seus olhos verdes estavam atirando adagas em mim. Ela deveria ter me agradecido. Era a minha maneira de dizer a ela que os sons de pornografia que ela faziam quando estava na sala de descanso estavam acima do topo e desnecessários. Seu comentário de eu ser “alérgica a pau” nem me perturbou. A menina tinha uma bolha de ar onde seu cérebro deveria estar. Você sabe que em filmes ou livros as líderes de torcida e os outros são reverenciados como deuses? Sim, não foi assim que funcionava na minha realidade. Não me interpretem mal; Eu tinha aqueles "amigos" puxa saco e pessoas que juraram que passaram cinco minutos falando comigo quando não tinham. Mas, também tinha pessoas como a Trisha, que fizeram da sua missão de vida arruinar o meu último ano do ensino médio às escondidas. Estou

falando de merdas por todo o meu carro e uma pilha de ratos mortos no meu armário. Brincadeiras coletivas infantis e típicas. Página | 27

– Estou falando sobre os irmãos Tilman. – Qual? – Camille, uma das outras garçonetes, e o Yin para o meu Yang entrou no restaurante, arrumado a saia e se intrometendo na conversa. Nem sequer tentei segurar meu riso nesse momento. Era a mesma pergunta que eu ia fazer. Não tinha nenhum problema com quem explorasse as suas liberdades sexuais, mas chegava um ponto em que isso já era suficiente. Os nossos corpos não deveriam ser passados ao redor como panfletos. Mas, eu era quem para dar sermões a alguém? Eu tinha devaneios sobre cortar as gargantas; não era exatamente a melhor pessoa para dar conselhos de vida. Trisha fez um som irritado e voltou a limpar as mesas e acabou aí. – Uma vez que você não está chorando lágrimas de sofrimento ou de felicidade, considero que a sua conta bancária não mudou. – Camille afirmou. – Você está certa. – Olha, porque você não apenas liga para...

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– Não. – a adverti antes que ela pudesse terminar. Ela acenou a cabeça para mim, mas imediatamente se afastou. Entramos em modo de trabalho. Camille e eu andávamos de um lado para o outro, com a Trisha nos ignorando pela maior parte do tempo. Às vezes, ela fazia um comentário mal-intencionado. Tudo estava normal. Era apenas mais um dia na minha vida medíocre.

Camille tinha toda minha atenção; ela estava falando sobre o seu ex-namorado Keith nos últimos dez minutos. Os dois se separavam, pelo menos uma vez por mês. Não via o que ela viu no cara. Eu não tinha uma abundância de conselhos amorosos ou de experiência, mas sabia que a vida era muito curta para desperdiçá-la com alguém que não a fazia feliz. Camille era linda. Ela tinha uma pele de ébano impecável, longos cabelos escuros e um rosto perfeito em forma de coração. Além da aparência, a minha menina tinha uma personalidade incrível. Mas, o amor é cego e tudo isso, não é? Eu continuava olhando para o relógio de parede

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de néon verde. O meu turno terminava às dez e eu estava contando as horas até o último segundo. Essa noite estava parada; havia apenas sete clientes. Com a abertura de um novo restaurante alternativo, o Bee-Bops quase não estava bem, nem sequer de longe, tão bem quanto quando comecei a trabalhar aqui no meu último ano. Ian provavelmente estava enlouquecendo, perguntando-se como ele ainda podia pagar a sua grande e bonita casa no lago e alimentar o seu vício de coca. O último álbum do Postmodern Jukebox estava ecoando nos alto-falantes no teto, dando um toque vintage na música moderna do caralho. Eu estava casualmente cantando na minha cabeça quando a Millie olhou para mim com um sorriso malicioso em seu rosto. – O cara sentado no final do bar? Está olhando para você. – ela sussurrou, com o seu olhar sobre o meu ombro. – Isso é apenas um pouco assustador. – murmurei, sem me preocupar em me virar. – Não seja uma espertinha. Vire-se e olhe. – ela sussurrou. – Eu não posso olhar agora, isso tornaria óbvio. – Por favor, faça-o ir embora. Mentalmente implorei. A última coisa que eu precisava era que

ela tentasse me encontrar uma versão de um Príncipe Encantado. Alguém para me salvar de mim mesma. Página | 30

Revirando os olhos para mim, ela pegou um bloco de pedidos e caminhou para servir uma mulher mais velha que tinha apenas acabado de sentar em sua mesa. – Mckenna. – ela falou meu nome um pouco alto demais um segundo depois. – Você poderia ser um amor e me pegar uma Coca? – Sério? Com um suspiro pesado, virei a cabeça até o final do bar e peguei a sua maldita bebida. Dei um pequeno passo quando o tempo pareceu parar. Eu não acreditava em amor a primeira vista ou almas gêmeas, e eu era a última menina a dar a mínima sobre romance, mas quando o vi, juro que senti algo. Os seus olhos negros de carvão fixaram nos meus e foi como uma premonição. Algo crucial aconteceu entre nós naquele meio olhar novamente, como se ele estivesse esperando para chamar a minha atenção desde que entrou. Algumas coisas diferentes vieram à minha mente quando olhei para ele: 1) Ele tinha um monte de tatuagens. 2) Ele não era o meu tipo, mas ele era muito

lindo.

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3) Porque ele estava sorrindo assim para a Trisha? Essa última me irritou por razões inexplicáveis. O suéter preto de mangas compridas que ele usava estava moldando um corpo visualmente musculoso. Não conseguia ver a sua metade inferior devido ao balcão, mas estava assumindo que ele estava com jeans preto. O tipo que não era muito apertado ou folgado. Isso é o que eu imaginei, de qualquer maneira. Ele tinha um subcotado cabelo preto azeviche em um rabo de cavalo, algo que eu normalmente odiava, mas ele estava penteado como se fosse seu estilo. Seu rosto estava barbeado perfeitamente. E mesmo com as mangas cobrindo os braços, podia ver tatuagens em cada um dos dedos e uma subindo pelo pescoço dele. Tudo isso foi completado com um pequeno piercing prateado no nariz. Ele pode não ser o meu tipo, mas o cara era um orgasmo ambulante. Um risco até mesmo para a mulher mais pura e temente a Deus. Quando finalmente olhei de volta para seus olhos escuros, isso foi um daqueles momentos clichê. Estava olhando para ele e ele estava me

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observando. Um pequeno canto de sua boca inclinou-se como se ele soubesse que o seu olhar era penetrante através de mim. Eu não sabia disso naquele momento, mas estava olhando para os olhos de alguém que acabaria por mudar o curso da minha vida inteira. Recomponha-se, Kenna. É apenas um cara. Exceto, que ele não era apenas um cara e eu senti que estava sendo dissecada quanto mais olhava para ele. Com um pequeno sorriso, eu caminhei e fui direto para a máquina de refrigerante. Ignorei totalmente os outros dois espécimes magros com os quais ele estava. Seus olhos estavam em mim; não precisava procurar para confirmar, quando eu podia senti-los. Ignorando a estranha explosão de confetes no meu estômago, dei toda a atenção ao copo de plástico cheio de líquido denso. – Aqui está a sua Coca-Cola. – revirei os olhos para o sorriso maldoso da Camille, enquanto ela tirava a bebida da minha mão. – Então? – ela se inclinou e sussurrou, enquanto tomava um gole do canudo curvado. Não tinha percebido que a bebida era para ela; Se eu soubesse disso, não teria ido buscá-la. Vadia sorrateira. – Não vejo um grande problema. – encolhi os

ombros com indiferença. – Você é tão arrogante. Página | 33

– O que? Ele não é o meu tipo. – ela franziu os lábios para mim, vendo através das minhas besteiras. – Uau. Isso é um longo caminho; você deve estar sentindo saudades da sua casa. – ouvi o súcubus4 flertando muito alto atrás de mim. Eu queria que ela parasse; ela estava envergonhando a todos nós. A garota precisava saber que, se continuasse sendo “grátis” para todos, ela acabaria sempre literalmente fodida. – Kenna, você precisa se soltar e se divertir por uma vez. Já faz um tempo, docinho. – Camille suspirou. Eu a ignorei; não havia motivo para responder. A minha vida já era bastante confusa. Já estava começando a desmoronar por mim mesma fingindo ser outra pessoa. Eu queria ter um foco no colégio, pensando que isso preencheria algum vazio escuro dentro de mim, mas mesmo cercada por pessoas eu me sentia sozinha, por razões que não posso explicar. Assim que me formei, eu me afastei do mundo. Somente ia trabalhar, comprar mantimentos e voltava para casa. Assistia SNUFF porn e a Netflix,

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e contente por ter que ficar sozinha. Provavelmente era um momento ruim para dizer a ela que estava pensando em deixar de fumar. A fachada que construí estava pronta para desmoronar. Meus demônios estavam me implorando para deixá-los sair. Só estava aqui para tentar me apegar ao meu último pedaço de coluna vertebral. Manter essa vida de mentiras bonitas estava começando a me cansar. A última coisa que precisava era uma distração que vinha com olhos escuros, que eu me perderia e as tatuagens que eu teria que sentir abaixo da minha ponta dos dedos.

4. Slurpee: é uma raspadinha vendida nas lojas 7eleven. Em Oklahoma, elas são conhecidas como “Bebida gelada.”

5. Succubus é um demônio com aparência feminina que invade o sonho dos homens a fim de ter relações sexuais com eles para lhes roubar a energia vital. 6. Pringles é uma marca americana de batata. 7. SNUFF porn: é um site pornô.

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Capítulo Três Levantei a tampa da caçamba de lixo com uma mão e joguei o saco de lixo com a outra. Um barulho ecoou pelo beco escuro quando a tampa fechou-se novamente. Peguei o meu celular e passei pela porta dos fundos do restaurante, enquanto seguia para o estacionamento. Não olhei para vê-lo até que estivesse quase na minha caminhonete. Os meus passos hesitaram. O homem de tatuagem estava encostado no capô do meu Jeep. Eu não tive medo; Essa era uma emoção que raramente sentia. No entanto, a minha curiosidade tinha sido um pouco despertada. – Você geralmente se esconde no escuro e espera por mulheres jovens inocentes? – Onde está essa suposta “jovem inocente”? – ele continuou a se apoiar no meu capô como se pertencesse lá, segurando um cigarro aceso entre os dedos. Eu não era tímida e nunca tinha sido uma que tinha a língua presa, mas algo sobre ele era diferente, completamente diferente de qualquer

outro cara com que já estive.

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– Você irá me dizer o que quer? – o questionei depois de um minuto silencioso. – Eu queria ver a grande Mckenna Anderson, a garçonete linda que meus amigos falam constantemente. – Você acabou de me ver lá dentro. – O que diabos? Quem eram os seus amigos? – Você se lembra disso, hein? – É meio difícil de esquecer. Era como, se fosse a vinte minutos. – Se você pode se lembrar disso, porque se esqueceu de como ser você mesma? – e assim, o momento descontraído desapareceu. – Do que você está falando? – a luz fraca no estacionamento o fez parecer dez vezes mais intimidante. Eu ainda assim não sentia medo. Os únicos sentimentos dentro de mim eram estranhos e indesejáveis. – Você não pode se esconder de mim, garotinha. – ele respondeu calmamente. – Não tenho idéia do que você está falando. – eu murmurei. Ficamos olhando um para o outro por alguns momentos silenciosos. Este foi o encontro mais estranho que já tive na minha vida. Eu desejei

que soubesse o que se passava em sua mente.

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Ele finalmente se afastou do meu Jeep, e tentei me afastar. Agora eu vi que ele era alto e, definitivamente, em boa forma. Em vez de passar por mim, ele veio até mim e segurou a parte de trás do meu pescoço, e inclinouse para que a sua boca estivesse na altura do meu ouvido. As minhas mãos instintivamente se esticaram em seu peito para afastá-lo de mim; Ele imediatamente as cobriu com as dele e me obrigou a mantê-las no lugar. – Eu ouvi você dizer que não sou o seu tipo, mas acho que nós dois sabemos que isso é besteira. Sou exatamente o que precisa. – ele andou em torno de mim, colocando algo na minha mão e foi embora, como se nada tivesse acontecido. Olhei para as suas costas, jurando que eu o ouvi murmurar. – Você me verá em breve. Algo me disse que ele viu tudo o que eu estava tentando esconder. Tão calma e tão rapidamente quanto pude, eu corri para o lado do motorista no meu carro e os seus faróis brilhantes, me cegaram temporariamente, enquanto ele saía do estacionamento. O meu coração se alojou em algum lugar na minha garganta. Quem diabos era ele? Eu

nunca o tinha visto antes, mas não havia dúvida do fato de que ele sabia exatamente quem eu era. Página | 38

A antiga eu. Não a Mckenna Anderson; ele me conhecia como Marie Chambers. Finalmente, olhei para baixo e vi o que ele tinha colocado na minha mão: um cartão de visita preto metálico com nada sobre ele, exceto um código QR7. Guardei o cartão, liguei a minha caminhonete e voltei para o meu apartamento o mais rápido que pude. A minha mente me disse que tinha sido o homem que me deu o aluguel e o envelope de dinheiro. Mas, nos falamos por menos de dois minutos e isso foi há quase três anos atrás; Eu não conseguia lembrar como era a voz dele. Uma vez que eu estava estacionada na frente do meu prédio, entrei na engenhoca perigosa chamada de elevador e subi as escadas de dois em dois. Hank cumprimentou-me com um pequeno aceno de seu corredor ao lado da minha porta. Ele tinha aparecido há três meses com nada além de uma mochila, um rosto inchado e as roupas rasgadas em suas costas. Não foi até que eu tentei falar com ele que percebi que ele não tinha língua. Agora nós nos comunicamos por gestos de mão e sorrisos. Eu dava a ele sanduíches e restos de comida do Bee-Bops sempre que eu tinha.

Correspondi ao pequeno aceno de Hank e entrei no meu apartamento. A primeira coisa que fiz foi sentar no sofá e tirar o cartão do meu bolso. Página | 39

Mordendo meu lábio inferior, passei o meu polegar para frente e para trás na frente dele, debatendo o que deveria fazer. Eu realmente estava preocupada com um maldito cartão? Rindo de mim mesma, escaneei o código e esperei que o resultado fosse carregado. Demorou menos de dois segundos para que uma tela totalmente preta aparecesse no topo com a palavra "Ressurgimento", o nome oficial que o Instituto usava como fachada para os negócios. Era tudo o que precisava para confirmar as minhas suspeitas. Eles tinham me encontrado.

8. Código QR: é um código de barras bidimensional que pode ser facilmente escaneado usando a maioria dos celulares com câmera.

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Capítulo Quatro Quando você sabe que está um pouco insana, você aprende como fingir ser normal todos os dias. Tornou-se um jogo depois de um tempo. Mesmo sendo uma jovem e ingênua como eu era sobre algumas coisas, eu sabia que a pessoa que eu estava fingindo ser era uma estranha para mim. Eu sempre fui uma garota incomum sem uma verdadeira bússola moral que me apontasse para o norte. Mamãe me dizia para eu nunca esconder a minha loucura, mas a memória não me disse que isso iria me custar tudo. No dia em que ela olhou para mim e disse: “Isso é tudo por você, baby.”, e em seguida, enfiou a arma na boca e puxou o gatilho, foi quando oficialmente a contei como um indivíduo estável. Eu estava sentada na mesa tentando fazer a lição de matemática quando ela decidiu misturar o seu problema cerebral com as minhas frações. Como sempre, isso resumia a uma coisa: ser a mesma e se conformar. As pessoas não deveriam matar por esporte, fazer sexo selvagem em locais

públicos, ou criar o caos por causa das emoções disso. Página | 41

Porque não era o que as pessoas “normais” faziam. Eu odiava essa palavra. O que diabos era “normal”? Não tinha tido nada “normal” em toda a minha vida. Eu não suportava isso, quando os meus pensamentos se desenfrearam, me tirando do meu eixo. Isso tudo era culpa do homem do restaurante. Com um olhar ele tinha me descoberto, mas também eu vi algo nele: essa pequena paz maníaca que nos fazia os mesmos. Isso me irritou que ele pudesse controlar a dele com tanta facilidade, que ele obviamente não sentia as prisões sufocantes de uma sociedade perfeita. Isso é o que eu estava procurando: a liberdade de restrições constritivas. Rolando de estômago e deitando de costas, eu olhei para o teto, suspirando de frustração. Não fazia idéia de como lidar com isso. Eu me perguntei se ele sabia o quanto eu já estava completamente apaixonada por ele. A maneira constante que ele estava atormentando a minha mente não fazia absolutamente nenhum sentido. Nós mal tínhamos falado um com o outro. Então, por que eu não podia parar de pensar nele? Os meus dedos foram para o medalhão em volta do meu pescoço, a única coisa que me restava da

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minha antiga vida. Eu tinha me afastado tanto da filha do meu pai. Será que ele se decepcionaria comigo? Seria normal perder tanto os dois depois de todo esse tempo? Jesus, continue com a festa de auto-piedade, Kenna. Por que não abre uma garrafa de Merlot para afogar as suas mágoas? Eu pensei por horas em cancelar com o Garret. Refleti por muito tempo, eu acabei tomando banho e me arrumando para encontrá-lo. Eu segurei minhas pílulas na minha mão e, como no dia anterior, as joguei pelo ralo. Não tinha certeza se isso era o meu autoconsciente admitindo que eu possa ter algum problema e que poderia sentir aumentando para algo maior, ou se eu não quisesse sentir uma versão maldita, suave e simplificada de mim mesma. Acabei de terminar de pentear o meu cabelo quando ouvi uma batida na minha porta da frente. Eu verifiquei o meu celular para ver se tinha uma ligação perdida ou mensagem de texto, mas não havia nenhuma. Agora, de pé na minha sala de estar azul bebê, a batida soou de novo. – Quem é? – eu gritei. Passou um minuto ou mais e não consegui nada além de outra batida. Alguém estava brincando

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comigo? Lentamente, fui e espiei pelo o olho mágico. Porra. Ele estava tão perto de mim para ver algo além de uma camisa azul marinho profundo. – Quem é você? – perguntei e ainda não obtive resposta. Balançando a cabeça, eu comecei a me afastar, com a intenção de ignorá-las, mas elas não pararam uma só vez, como fizeram mais três vezes. Agora, eu estava irritada. Quem tinha a audácia de vir à minha casa e fazer brincadeiras? Desta vez, eu peguei o taco que ficava no canto do meu apartamento e não hesitei em puxar a corrente, virar a fechadura e abrir a porta. Tive a ponta do bastão encostando ao peito dele e empurrando-o para longe do meu apartamento antes que ele pudesse dizer qualquer coisa. – O que diabos você está fazendo aqui? – não me incomodei de perguntar como ele sabia onde eu morava; O Instituto sempre sabia tudo o que havia para saber sobre quem eles estavam interessados. Ele não começou a se explicar, ele começou a rir. Era mais um som profundo, obscuro e sexy do que um coração alegre e de bom humor. e

A sua mão segurando em torno do final do taco afastou-o de mim com uma quantidade

perturbadora de facilidade. – O que diabos está... Página | 44

Eu respirei um pouco quando ele me empurrou para trás, acima do limiar da minha porta da frente e contra a parede na pequena sala de estar. Ele empurrou o taco para o lado e, com um pé vestido com um sapato brilhante, ele tinha a minha porta fechada e uma mão ao redor da minha garganta. Ele não expressou, mas a ameaça era alta e clara. Isso me lembrou com quem eu estava lidando e, a julgar pelo seu sorriso, era exatamente o que ele pretendia. – Garret me enviou. – ele me interrompeu, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa e me soltando, mas não me afastando. – Por que diabos o Garret lhe enviou? É melhor você não ter feito nada com ele, seu filho da... – Você tem uma boca grande. – ele tapou meus lábios e riu. – Eu sou irmão dele. – Você é irmão dele? – bati na mão dele para afastá-la de mim, completamente pasma. – Desde quando? – Que pergunta boba e estúpida. – Bem, desde que ele nasceu, eu acho.

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Podia ouvir a diversão em sua voz. Porra. Como? Eu sabia que isso era repetitivo, mas os dois não eram nada parecidos. Agora que eu estava vendo ele na claridade, a sua atratividade havia triplicado. Ele não é o meu tipo? Ok, certo. Ele era o tipo de todas. Isso não compensou o fato de que ele estava no meu maldito apartamento. E que eu precisava descobrir o que eles queriam comigo. – O que você quer? – Estou aqui para garantir que você apareça no jantar. Quando você falou com o meu irmão, eu poderia dizer que você estava um pouco indecisa. – ele olhou para mim, respirando no espaço entre nós. Finalmente, comecei a perceber o que acabou de dizer. O meu Garret era o irmão dele? Eu não podia acreditar que ele seria um rato. E que tudo o que disse a ele teria caído nos ouvidos curiosos do Instituto. Isso significava que eles não me queriam morta; se tivessem, teria acontecido isso há muito tempo. – Eu não quero jantar. Eu quero... – Nós queremos algo um do outro. – ele levantou a mão para tocar a minha bochecha e gentilmente percorreu o polegar sobre ela. O meu coração estava ameaçando bater diretamente fora da

sua cavidade. Algo me disse que queríamos coisas muito diferentes. Página | 46

Precisando de espaço, eu a segurei e coloquei uma boa distância entre nós antes de me virar para encará-lo novamente. Ele se encostou na minha parede com um sorriso arrogante e sarcástico no rosto. Porra, porra, porra. A forma como sua camisa de botão estava o moldando, as tatuagens em seus dedos. As suas calças e sapatos escuros e os cabelos cortados perfeitamente; Este homem era puro sexo em duas pernas. Ele era perigoso. Ele tinha o fascínio de uma cobra encantadora que balançava a sua presa antes de golpear. Eu sabia tudo sobre homens como ele. Eles eram os reis que se sentavam em seus tronos metafóricos e criava o inferno para alguém que não fazia o que eles queriam. E se ele fosse um rei, então eu não era mais que uma boba da corte. – Eu vou ter você no final, você sabe? – Não vou negar isso, mas também não vou dizer que você está certo. Ele sorriu mais amplamente, mostrando seus dentes brancos perfeitos. Eu era honesta comigo mesmo sobre o cenário de ele encontrar seu caminho dentro de mim – eu já pensei sobre isso.

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Isso não significava que iria deixar cair a minha calcinha voluntariamente e me abaixar; isso só significava que eu não tinha tido nenhuma atenção desde o meu último ano de ensino médio. Eu não tinha vergonha de admitir que era solitária. Se isso me tornava fraca, que assim seja. Eu era apenas humana, e ele era, de longe, o homem mais atraente com quem eu já entrei em contato. – É isso que você irá usar? – ele interrompeu a nossa habilidade silenciosa e deixou os seus olhos vagarem pelo meu corpo. Eu olhei para o meu vestido de Kimono preto que eu tinha amarrado na cintura com um cinto de couro dourado. – Ele não me disse para onde eu estava indo. Eu devo me trocar? – eu apenas perguntei a esse lunático sobre conselhos de moda? – Não, você poderia usar um saco de papel e ainda seria perfeita. A sinceridade em sua voz me assustou. Eu não tinha nada a dizer em resposta. – Eu vou pegar os meus sapatos. Não se mexa. – eu disse por cima do meu ombro, entrando no meu quarto. Em menos de vinte e quatro horas estava mais confortável com ele do que tinha estado com o menino que namorava por seis meses. Eu

suponho que esse é o ponto: a pessoa na minha sala de estar era todo homem. Eu namorava apenas meninos. Página | 48

Porém, eu ainda tinha a cabeça sobre mim e até agora estava me dizendo que, quem fosse esse homem, ele era um mau presságio.

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Capítulo Cinco Estava me concentrando no meu cigarro com muita atenção mais do que o necessário. A sua caminhonete era um mamute de uma máquina com um kit de suspensão, fazendo-me sentir cerca de doze vezes maior do que eu realmente era. Eu fiquei surpresa que ele não tivesse uma limusine ou um motorista. Ele tinha que ter uma posição superior no Instituto para fazer qualquer agir como ele agiu. Verificando a conta conjunta no meu celular, entrei para ver o saldo. Quando a tela foi carregada, quase reagi em voz alta. Sumiu. Apenas um pouco mais de meio milhão de dólares tinha desaparecido. Cada. Único. Centavo. Se meu coração estava batendo antes, ele agora estava completamente parado. Michael estava vivo. E estava em alguma coisa séria, ou agora descobriu a conta e não queria que eu ficasse com nenhum centavo. Eu imediatamente quis falar com ele. Ele estava ferido? Onde diabos ele tinha estado todos esses anos? E como ele estava vivo quando o meu pai foi

caçado e morto como um cachorro nas ruas?

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– Está tudo bem? – uma voz suave e ligeiramente grossa me tirou das minhas reflexões. Eu queria ligar para o banco e descobrir tudo o que pudesse, mas não estava tomando decisões precipitadas na frente do homem ao meu lado. Balançando a cabeça, coloquei o meu celular na minha bolsa e acenei com a cabeça. – Está tudo bem. – Quantos anos você tem? – disse para mim mesma para não falar com ele, mas a necessidade de me distrair ou ter um colapso era esmagadora. – Quase vinte e nove. – ele me respondeu. – Você geralmente atende sua porta com um taco de metal? – Bem, isso não era uma mudança rápida? Ele parecia muito bom para ter quase trinta anos. – Sou uma jovem, solteira. É claro que faço isso. E, para constar, eu geralmente não acabo pressionada contra um corpo forte na parede. – adicionei. – Solteira? Você não é solteira. – ele pareceu ofendido. Quando eu virei a minha cabeça para olhar para ele, vi o Diano a distância. – Ah, sim? Então, o que eu sou? – Não é óbvio? Você é minha. – ele não me

olhou, uma única vez.

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Ele já não parecia mais ofendido, parecia aborrecido. A sua resposta foi tão clichê que eu teria rido se não fosse por este dia estar tomando. Fiquei aliviada, quando entramos no estacionamento e encontramos facilmente um lugar para estacionar. Precisava descobrir o que estava acontecendo e dar o fora daqui. Quando ele desligou o motor, mas não fez nenhum movimento para sair, eu olhei para ele. Estava claro que ele tinha algo que queria dizer. – Eu não consigo parar de pensar nisso. – ele virou a cabeça e me prendeu no lugar com os seus olhos escuros. – Hum... pensando sobre o quê? – Eu não consigo parar de pensar em quanto alto você vai gritar quando te foder. – ele parecia estar sério demais fazendo essa afirmação. – Não tenho idéia do que dizer sobre isso. – fingi uma risada, abri a minha porta e sai. O Hyundai vermelho do Garret já estava no estacionamento, então não esperava por ter desconhecidos. Não era isso que eu precisava; Em segundos, as travas do carro soaram, e a sua presença esmagadora estava nas minhas costas. E ele não terminou o que ele tinha a dizer.

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– Diga-me como você quer. Você quer que eu suba entre as suas coxas e te foda devagar? Ou você quer que te incline e te foda tão forte que vai me sentir todos os dias por uma semana? – sua respiração fresca percorreu a parte de trás do meu pescoço. Eu fechei as minhas coxas e lutei contra o desejo de lhe dar uma reação. Eu agradeço por ele estar atrás de mim; Se ele tivesse dito isso na minha cara, ele poderia ter tido uma resposta. Ele se certificou de que ele se movia mais rápido que eu para poder abrir a porta. Eu silenciosamente agradeci, enquanto caminhava para entrar. Como cavalheirismo. Havia uma pequena fileira de pessoas esperando para se sentar, obrigando-me a pausar. – Você não respondeu a minha pergunta. – ele falou bem acima da minha orelha direita, enviando um arrepio pela minha coluna vertebral. Fiquei feliz por ter aprendido a aperfeiçoar o meu rosto de poker face há muito tempo. Estava tentando me concentrar em Michael e neste jantar. Ele me manteve na estrada bloqueando meu processo de pensamento, fazendo-me pensar apenas nele. – Não tenho detalhes suficientes. Não sei o seu

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nome. E o seu chefe não descobriria o seu comportamento não profissional? Ah, e alguém já lhe disse que você parece, talvez um pouco forte demais? – me afastei com firmeza dele sem me virar. Claramente, eu estava faminta por seu castigo. Sinceramente, eu não conseguia me lembrar da última vez que o meu corpo respondeu a alguém assim. Ele veio à vida depois de anos de hibernação forçada, em busca de quem fosse a fonte que o acordaria. O Snuff porn não era somente para a minha diversão. Sabia que eu precisava de algo áspero e indecente, que eu queria cru e consumidor. Não perguntei se ele poderia me dar o que eu queria, porque sabia que ele me daria exatamente isso e muito mais. Como ele disse ontem à noite. Por que diabos estou pensando nisso agora? Eu precisava arrumar minha confusão. Não havia um espaço vazio na minha vida para um homem. Quando ele colocou as suas grandes mãos em meus quadris por trás, eu fiquei imóvel. O meu coração estava batendo tão erraticamente no meu peito, que eu sabia que todo o restaurante ouviu. Ele gentilmente afastou o meu cabelo para o

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lado e colocou a boca dele a centímetros longe do meu pescoço, fazendo com que os pelos minúsculos se arrepiassem. O último cara que fez isso me fez sentir nada além de náuseas e um impulso irresistível para agarrar o seu pescoço. – Vou envolver minha mão ao redor da sua garganta, colocar as suas pernas perfeitas sobre os meus ombros e deslizar para dentro da sua boceta. E desculpe ter mentido, mas eu nunca vou te foder devagar. Eu irei foder você o suficiente para que te machuque por dentro. O suficiente para me dizer que você não pode ter outra rodada quando eu voltar para mais. Então, vou ter que colocar o meu rosto entre as suas coxas e fazer você se sentir melhor. Eu vou saborear você; Eu quero que a minha língua sinta que é parte de você. Quando eu te foder de novo, eu quero que você fique de pé e curvada. Eu vou deixar você morder o travesseiro quando o meu pau começar a deixá-la louca, e você estará arranhando os lençóis. E depois, vou prender o seu cabelo em torno do meu punho e puxar até a suas costas arquearem, e você estará olhando para mim, então posso ter certeza de ouvir você gritando o meu nome. É Levi, a propósito. Que se foda a minha vida. Ele deve ter ouvido a mudança na minha respiração; a sua boca já estava bem na minha orelha. Mas não era apenas a imagem que ele pintou em minha mente de seu

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corpo em cima do meu. Era o seu nome do caralho. Eu fechei os meus olhos tentando seguir o meu caminho e me lembrar de que eu era uma garota forte e uma mulher independente. Pelo menos, fingi ser, porque se ele estivesse... – Senhor Silas! Ah, meu Deus, não precisa esperar, senhor. Por favor, venha comigo; o seu quarto já está pronto. – uma garçonete corada se apressou, com uma desculpa evidente em seu tom. Levi começou a segui-la, depois olhou para trás e agarrou a minha mão. Eu tive uma reação instintiva e tentei me afastar, mas ele não permitiu isso. A renúncia fez com que eu caminhasse silenciosamente. O Além da Imaginação decidiu filmar um novo episódio e usar a minha vida como piloto? Michael estava com problemas, e agora o Levi fodendo o Silas, ele estava sussurrando o que ele ia fazer comigo e segurando a minha mão. Ele não parecia nada como eu imaginava que eram as mentes torcidas por trás do Instituto pareceria. É claro que o seu chefe não se importaria com o comportamento dele. Ele era o maldito chefe. E ele estava me mantendo no controle. A vida não estava me dando uma opção para se concentrar em um único dilema por vez. Eu não conseguia decidir qual problema precisava da minha atenção

primeiro.

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Eu estava com aquele que sabia tudo sobre mim, e que não hesitaria em levar todas as pequenas coisas em que achei alegria se não fizesse o que ele quisesse. Não era a apenas trinta minutos atrás, que eu estava me dizendo que ele era um mau presságio? Eu te disse, a minha intuição sussurrou como se fosse uma cadela presunçosa que ela era.

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Capítulo Seis Não me comporto como uma psicopata furiosa. Estávamos no lugar privado do Diano. Eu estava sentada na ponta da mesa, sendo encarada por estranhos. Garret ficou de pé ao lado, observando-me atentamente e a Millie – a pobre Mille parecia aterrorizada. Não estava com medo; Eu estava muito furiosa. Garret brincou comigo como uma idiota, e agora Millie estava envolvida em um mundo inteiro de confusão. Levi estava na outra ponta da mesa, de pé como um maldito rei, prestes a falar com os seus súditos. Eu queria perguntar a Millie se ela estava bem, mas as regras de sobrevivência precisavam ser ministradas. Enquanto, uma pessoa de fora poderia não achar essa situação terrível – ela era. Eu estava sentada em uma mesa de jantar com assassinos implacáveis. Alguns deles usavam pessoas como eu para levar a cabo as suas ordens, e outras para serem caçadas como eu fiz. As regras básicas de sobrevivência é nunca

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mostrar a um predador mais forte que você fraco. E abençoe o seu coração, mas a Camille deveria estar sentada nessa mesa. Havia homens, não incluindo o Levi e o Garret, e mulheres, não incluindo a Millie ou eu.

era não três três

– O que diabos é isso? O que vocês querem de mim? – Ela é a Marie Chambers? – uma loira confusa me olhava com um desdém aberto. O sentimento é mútuo, querida. – Esse não é o meu nome. – a interrompi. – Erin, se você falar mais uma vez vou arrancar o seu maxilar. – um homem de cabelos escuros praticamente rosnou para ela. Ela engoliu em seco e olhou para o prato dela. Ah, inferno não. Agora, eu queria enfiar o pé no seu rabo. – Calma, Pete, ela está apenas sendo protetora. – Levi piscou para a Erin, e senti a sensação imediata de que ele dormiu com ela, o que me causou todo o tipo inexplicável de irritação. Sério, Kenna? Você está escolhendo agora para ficar tonta? – Diga-me o que você quer. – ele acariciou o queixo e me observou: – Você não está cansada de estar sozinha? De ter impulsos que você é forçada a controlar? Este lugar está arruinando quem você

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deveria ser. Isso a faz esconder a incrível mulher que você é, para que possa se misturar com um bando de ovelhas. Isso é como tentar cortar as asas de algo destinado a voar. – Você pode ter o que seu coração deseja: uma família, amigos e a emoção de matar. Eles fizeram isso, e eles são muito mais felizes do que eram, quando eu os trouxe. Cobra, Tiny. – ele gesticulou para uma morena tímida e um homem alto ao lado dela. – Nós somos assassinos. Isso é o que fazemos. – Cobra começou. – A maioria das pessoas nunca nos compreenderão porque não nos encaixamos no que a sociedade rotula como são ou normal. Nós fazemos isso por nada e por risos, não porque estamos loucos. – ele sorriu para mim. A Tiny não disse uma palavra, mas ela concordou com a cabeça. Cada palavra que falou ressoou profundamente no meu cérebro, mas a maneira como toda essa intervenção foi planejada tinha deixado um gosto amargo na minha boca. Era como ser colocada sob um foco de luz e ter a minha capa protetora inteira arrancada de mim. Eu me sentia exposta e altamente desconfortável. Essas pessoas estavam abraçando o fato de que poderiam matar em um segundo e tomar um sorvete

de baunilha ao lado do corpo ensanguentado. Eu ainda estava tentando me tornar a melhor amiga dos meus demônios. Página | 60

– Vamos cortar o papo furado. Nós somos como você. Você é como nós. Você pode continuar a viver sua vida como uma inválida com os olhos vendados naquela caixa de um apartamento. Ou você pode ser parte de uma família que irá protegêla, sempre estará lá para você, ajudá-la a coçar uma coceira que em breve vai se transformar em algo muito pior se não lidar com isso. Você não precisa se sentir mais diferente e pode soltar o ato de besteiras que você faz. – Pete acrescentou. – Confie em mim... – Garret começou a dizer, antes de eu o interromper. – Você está brincando comigo? Confiar em você é o que me fez estar no centro do que quer que seja isso. – ele teve a ousadia de se sentir magoado. Ele desviou os seus grandes olhos castanhos para o chão, enfiando as mãos nos bolsos. Eu disse a ele coisas sobre mim, e o Pete apenas provou que ele estava compartilhando com o resto do lugar. – Eu não quero fazer parte da sua família. Já tive um desses desastres trágicos. Eu não quero outra. – dirigi isso para o Levi, pronta para dar o fora e arrastar a Millie comigo. A Erin me deu um sorrisinho; o rosto dela teria ficado muito melhor

esmagado na mesa de vidro.

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– Você não precisa fugir disso. – Cobra disse, enquanto me levantava. Eu gostei dele; ele parecia legal. Ele tinha dreds de arrasar e um sorriso caloroso que atingiu aos seus olhos cor de chocolate. Pena que, nos encontramos em circunstâncias menos do que ideais. – Eu mesmo tenho uma escolha? – olhei para o Levi e perguntei. – Eu quero você; já te disse isso. E enquanto querer o que está entre suas coxas, quero que volte e me procure. Você tem três dias. – ele respondeu após um minuto. – Enquanto isso, quero que você pense sobre tudo o que acontece dentro de sua cabeça. Por que isso seria importante quando eu sabia que a escolha já havia sido feita?

Capítulo Sete

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– Poderíamos fugir; Tenho algumas economias e... – Millie, eu te amo. Mas, não vou te arrastar mais para a minha confusão. – inclinei a minha cabeça contra a janela do seu carro, me sentindo cada vez mais incerta. Fugir não me levaria a lugar algum, mas me levaria para o fundo de um buraco de oito pés de largura e seis pés de profundidade. E isso se eu tivesse sorte. Ah. Eu estremeci com o pensamento de ser cortada em pequenos pedaços do tamanho de um peixinho dourado. – Kenna, Eu também te amo, e se você tentar fazer alguma coisa pelas as minhas costas, não vou mais sentir isso. Eu não sou o Garret, querida. Aquele idiota ganhará o que virá para ele. – ela disse. A Millie dirigia um bug conversível e tinha as unhas feitas a cada duas semanas com cores do arco-íris; ela não tinha idéia do que estava se envolvendo. Isso já não era tarde demais? Eu sabia que no

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fundo era. Eles sabiam quem ela era e que era importante para mim, o que a fazia importante para o Instituto. Eu queria dizer a ela sobre o Michael, mas ela já estava como um esquilo raivoso, pequena e feroz, sobre a situação atual, então eu permaneci calada. – Vamos resolver isso, garota. Você sabe que nós vamos. E você não terá que desistir desse idiota. Mas, eu não vou usar isso contra você, se você começar uma verdadeira boa fodida violenta. – ela concordou com as suas próprias palavras determinadas. Deixei escapar uma risada genuína. Se houvesse alguém para sair de uma situação ferrada por qualquer meio necessário, seria a Millie. Como é que a minha vida foi de medíocre para uma espiral fora de controle em menos de um dia?

Depois de fazer um sanduíche para Hank, tomei um longo banho e então me acomodei no sofá. Os eventos do dia continuaram passando na minha cabeça. Como uma bola de pingue-pongue, Levi e Michael voltavam para frente e para trás. Quase às onze horas, fiz uma pausa no filme e saí do sofá para fazer algo para comer, assim que meu celular

tocou. – Alô? Página | 64

– Não desligue. – Garret disparou. Porra, excelente. Você não poderia ter verificado a tela primeiro? – Sério que você está me ligando agora? Por que iria... – Ele me fez fazer isso! – ele gritou, me interrompendo. Eu não estava me sentindo solidária com a situação dele, e eu odiava conversas emocionais. Este era o meu problema porque eu odiava as emoções em geral. – Ele também fez você contar para ele sobre todas nossas conversas privadas? – apoiei o celular no ombro e abri a geladeira para pegar o meu pão. Eu estava em casa e minha porta estava trancada o dia todo; não estava esperando que um homem me agarrasse por trás. Uma mão enluvada passou pela minha boca, outra ao redor da minha barriga. Meu celular caiu, a voz frenética de Garret junto com ele. Chutei com as minhas pernas e empurrei a geladeira, impulsionando o estranho e eu para trás. Ele tinha o dobro do meu tamanho, mas aprendi há muito tempo, quando se tratava de força e tamanho de resiliência, isso não importava. Quando lutava, eu lutava sujo. Chutando,

mordendo, jogando coisas e batendo coisas.

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Este homem não recebeu nenhum tratamento especial. Cheguei por trás com as minhas mãos e senti a barba em sua pele quando ele caiu no balcão com o meu empurrão. Sem máscara. Levi não o enviou. Não brinca, Sherlock. Ele não te quer morto. Ainda. – Acalme-se, Kenna. Jesus! Isso foi só uma brincadeira! – Matt? – assim que ele me soltou, eu me virei e dei um soco no estômago dele. – Ah! Que porra é essa? – ele se curvou, gemendo como o covarde que era. Por que eu tentei sair com ele? Ele estar no meu apartamento significava que ainda tinha a chave que ele fez sem a minha permissão. Por que eu só atraia homens assustadores ou psicopatas? Se eu já namorasse de novo, eu estaria indo para um bom garoto - o próximo - que ia à igreja e amava sua mãe. – Eu queria ver você. – ele se levantou e bufou, o seu cabelo vermelho estava uma confusão selvagem. Ele caiu da cama e veio direto para cá? Ele cheirava a um saco de erva e algo em que eu não conseguia identificar. Considerando que ele

dormiu até quatro dias, eu não achei surpreendente.

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– Bem, você não deveria ter vindo. – eu interrompi. – Olha, tenho folga até a delicatessen abrir de novo. Eu imaginei que poderia ficar com você. Talvez, ver onde isso vai dar? – ele inocentemente sorriu para mim com as suas bochechas sardentas coradas. Eu pisquei para ele. Ele estava falando sério? As pessoas poderiam me chamar de louca, mas alguém supostamente normal havia se deixado entrar no meu apartamento e me agarrou por trás. Pelo menos eu cheguei às pessoas de frente, e é por isso que não fiz nenhum esforço para esconder meus movimentos. Isso era algo que precisava ser feito; ele era um desperdício de oxigênio precioso. Peguei minha frigideira de gordura que estava no fogão e joguei na cara dele. O ferro fundido conectou-se com rachadura satisfatória do lado de sua cabeça.

uma

O óleo vegetal foi para todo lado. Matt caiu, tentando gritar, mas antes que ele pudesse perturbase todo o meu prédio, eu estava soltando a panela, agarrando seus cabelos e empurrando um pano de prato sujo na boca.

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– Nunca gostei de você, Matt. Você estava por perto para passar o tempo e continuava tentando colocar suas mãos imundas onde elas não pertenciam. – abaixei e peguei a minha panela. Ele choramingou e tentou remover o pano de prato como se tivesse percebido que estava ali. Até mesmo seus instintos de luta ou fuga eram patéticos. Bati como se estivesse em um centro de baseball, desta vez conectando com a parte de trás de sua cabeça. O som que fez enviou um pouco de alegria direto para o meu coração. Essa foi uma emoção que eu não sentia há muito tempo. Apertando meu aperto no cabo marrom grosso, bati de novo, e de novo, até que o sangue começou a escorrer para o meu chão de linóleo branco desbotado. Quando meus braços começaram a doer, e meu peito arfava, limpei o sangue da minha bochecha e coloquei minha panela na pia. – Porra, fiz uma bagunça. – suspirei, segurando meu lado costurado. – Isso foi divertido, Matt. Vamos fazer isso novamente em algum momento. Passando por cima de sua forma imóvel, certifiquei-me de que o meu apartamento estava trancado e depois voltei para fazer meu sanduíche.

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Capítulo Oito Um som estridente me acordou com um sobressalto. Porra. Alguém chamou os policiais? Eu não achei que tivesse sido tão barulhento assim. – Você tem um minuto para abrir esta porta. – a voz de Levi foi um choque para o meu sistema de privação de sono. Porra. Por que ele estava aqui? Eu tinha que me livrar dele; ele faria uma cena. Tirei meu pijama de algodão e cambaleei em direção à porta, demorando mais do que o habitual para soltar a corrente e girar as duas trancas. Ele estava entrando dentro do meu apartamento antes que eu tivesse a chance de abrir toda a porta, e ele não estava sozinho. Cobra e Tiny estavam com ele. Ele mudou desde a última vez que nos vimos. Ele estava em um terno elegante de três peças que parecia ainda melhor com a sugestão de tatuagem que podia ver escondida embaixo dele. Sua colônia era prazerosa depois de inalar alvejante e pó de amido antes de ir dormir. – Como você consegue respirar aqui? – ele me

questionou, referindo-se ao perfume persistente no ar. – Você estava na cama? Página | 69

Clorox

– Não, eu estava prestes a sair pela cidade. – eu retruquei, dando um pequeno suspiro quando ele tomou meu espaço. Suas mãos foram direto para minha bunda e me puxaram contra ele. Minha boceta entrou em contato imediato com seu pau, fazendo meu estômago virar como um carro na demolição. Eu não tinha nada além de um top e bermuda rosa-choque, que ainda me deixava mais decente do que uma garota em um maiô minúsculo. – Você testa a paciência que não tenho, menina. Não mais. Não onde você está preocupada. – ele se pressionou em mim, e lutei para reprimir um gemido, esperando por algum poder que ele não podia sentir o quanto molhada ele apenas me fez. Eu olhei para ele, incapaz de ler como ele estava se sentindo ou o que ele estava pensando. Seus olhos, no entanto. Eles eram dois buracos negros idênticos, me puxando para dentro. Por um minuto, estava pronta para me soltar. Estaria mentindo se dissesse que não senti meu coração bater mais rápido com o jeito que ele olhou para mim. – Banheira. – a voz de Cobra interrompeu a nossa conexão como um raio. Como diabos tinha

esquecido dele e a Tiny tão rápido? Porque tudo o que você queria ver era Levi. Página | 70

– Quem está na banheira, baby? – sua voz era suave e gentil, como um cobertor que poderia envolver em torno de mim. – Um cara... – seu aperto foi de apertado para firme, fazendo com que a minha sentença interrompesse com um gemido. – Que cara? – eu fiquei muito consciente de sua mudança de comportamento. Possessivo e puto, mas não ciumento. – Solte-me. – forçando-me a não mostrar que ele estava começando a me machucar, mantive o meu nível de voz e olhei para ele. – Matt Hillman. – Cobra respondeu, interrompendo nossa pequena luta pelo poder. Levi imediatamente me soltou. – Coloque isso. – ele tirou o paletó e esticou para mim antes de voltar para o meu banheiro. – Você está bem? – Cobra sussurrou com uma preocupação genuína em seus olhos. Balancei a cabeça e dei-lhe um sorrisinho. Ele virou para mim acenando e seguiu atrás de Levi. Eu já sabia o que encontrariam. Um Matt morto coberto no meu chuveiro. Ele

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era um filho da puta pesado, e me cansei de tentar arrastá-lo. Então, o enrolei de plástico e o puxei para a banheira até que eu tivesse um plano de como me livrar dele. Eu estava com o paletó de Levi, inalando sua colônia masculina quando um som no banheiro me assustou. Depois de um segundo, percebi que era ele rindo. Sua risada - eu nem consegui explicar. Eu amei. Esse foi um som que eu sabia que em um instante eu faria quase qualquer coisa para ouvir novamente.

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Capítulo Nove Eu estava hesitante em falar sobre as coisas que aconteciam dentro do meu cérebro. Eu era o tipo de garota com coisas em sua cabeça que poderia mandá-la para uma cela com paredes brancas almofadadas ou barras de ferro. Levi parecia mais uma injeção letal ou uma bala no tipo de cabeça. Eu não tinha certeza se queria ir contra isso. Ele era o tipo de cara que se infiltrava em sua mente, fazia com que você despejasse todos os seus segredos e adorasse o chão em que ele pisava. E ele estava sentado à minha frente, olhando para mim como se eu fosse a única garota no mundo. Ele disse a Cobra e a Tiny para cuidar do meu "ex" e dirigiu trinta minutos para o Rockets, um restaurante popular vinte e quatro horas. Eu estava tentando não me mexer na cadeira, mas o olhar fixo dele não chegava a ser desconfortável. Havia uma ideia que surgiu na minha cabeça e a viagem me deu a oportunidade perfeita para racionalizar o que eu estava prestes a fazer. – Você se sente melhor? – ele perguntou, e eu

poderia dizer que ele realmente queria saber.

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– Sim. – admiti sem qualquer sarcasmo ou desvio. Não me senti triste; Matar Matt foi tão simples quanto jogar um peixe morto no vaso sanitário. Eu meio que fiz um favor ao mundo; ele era um perdedor que nunca teria ido a lugar nenhum. E ele tinha uma higiene terrível. Por que namorei com ele? – Bom. – Levi pegou minha mão e o deixei pegar. O seu polegar gentilmente começou acariciar os meus dedos. – Você pode encontrar pessoas, certo? – chequei. – Acho as pessoas como um hobby, menina. Por um preço. Você está procurando por alguém? – Qual é o preço? – perguntei abruptamente. Em um segundo, minha mão começava a suar, e não queria que ele soubesse o quanto isso importava para mim. Minha cara de poker estava no ponto; isso, sempre tive em cheque. Nunca dê mais do que você precisa. – Para clientes? Ou para você? – seu polegar parou de se mover; suas órbitas escuras perfurando as minhas de leve. Eu debati se deveria dizer alguma coisa ou não. O pior que ele podia dizer era

não.

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Ele estava escondendo um maldito corpo para mim; Claramente, nós fomos passados ao ponto de meros conhecidos. – É para mim. Existe uma diferença? – assim que eu perguntei, um olhar apareceu em seu rosto que eu não consegui decifrar, e estava longe de ser amigável. Estava lá e eu vi pela primeira vez. Ele tinha um lado dele que era muito mais sombrio que o meu. Por baixo de sua beleza e charme sedutor, havia um homem cruel, calculista e inteligente. Eu não fiquei surpresa, no entanto. Levi Silas havia tomado a base de fundação de uma organização que minha família construiu e construiu seu império em cima dela. Um império com assassinos dedicados em suas perversas pontas dos dedos. Estava prestes a me entregar a ele e me tornar um deles. Novamente. Essa é a única coisa que já me deixou com medo: ficar à mercê de um homem que pudesse aprender a me tocar como um violino. Que eu encontraria tudo nele que estava perdido em mim. Ele quase literalmente seguraria o destino da minha vida em suas mãos. Não como se ele não tivesse agora, mas pelo menos tinha uma chance de tentar

me salvar se a merda atingisse o ventilador. Isso seria muito mais difícil de fazer sob seu olhar direto. Página | 75

– Para um cliente, uma busca inicial é setenta. Se isso é em todo o país, são noventa. Agora, o que fazemos quando encontramos essa pessoa é onde o restante entra. Estamos enviando um dos caçadores atrás deles? Estamos aterrorizando, torturando e matando? Se você está me pedindo para encontrar alguém e trazê-lo para você, é uma taxa fixa de um e meio. – Se eu quiser ter olhos nesta pessoa por um longo período de tempo, o preço será muito maior. – As pessoas realmente pagam tanto assim? – não conseguia me impedir de ficar de boca aberta para ele. – Não somos uma equipe de busca típica; essa taxa são para os meus regulares. Um estranho paga muito mais. Explicarei mais para você em outro momento. Há aspectos deste negócio que precisam ser compreendidos, mas é muito mais do que lucrativo. – eu balancei a cabeça, tentando reunir meus pensamentos. – Para você? Venha comigo. Podemos elaborar um contrato profissional. O tipo que todos os funcionários têm. Você pode trabalhar pela dívida. Enquanto isso, você terá tudo o que precisar, e o que você quiser de mim pessoalmente.

– eu observei o seu rosto, vendo que ele estava falando sério. Eu não conseguia pensar em um motivo que ele tinha para me ajudar. Página | 76

Ele me deixaria ir quando o contrato terminasse com a minha vida. Ele ficaria de olho em mim. Agora, ele estava me oferecendo tudo que eu sempre quis, e tudo por quê? Eu queria perguntar se isso tinha algo a ver com meu pai, mas não estava pronta para me aventurar por esse caminho de conversa. – O que você tira disso? Você se lembra de que eu falhei no teste de campo? – perguntei em vez disso, e deixei o fato de que eu sabia que ele era o único que me ligou naquela noite. – Alguém propositadamente fez você falhar no teste. Você era jovem e assumiu um homem três vezes maior que o seu, e ainda fez o trabalho. Sei que você será especial. Você é um tipo diferente de mulher. Diferente de todo o resto. – Um tipo diferente de mulher? – eu ri e levantei uma sobrancelha, seriamente não vendo onde ele estava chegando com isso. Havia pessoas que faziam essas coisas muito melhor que eu. – Você é o tipo de mulher que parece ser uma serial killer. O tipo de mulher cruel o suficiente para cortar a garganta de estranhos aleatoriamente

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só porra. E você é a única mulher que tem essa mente sensual e demente que eu estava desesperado para explorar, junto com um corpo que merece ser completamente fodido e estimado. Eu ganho tudo isso. Eu te pego. E honestamente, ainda não encontrei uma mulher tão cativante quanto você. Se eu fosse o tipo de pessoa que desmaiava, meu coração inteiro teria acabado de mergulhar no meu peito. Ele me olhou nos olhos e me disse que eu tinha uma mente sexy. Ele me chamou de cativante. Meu instinto me disse que ele queria dizer todas as malditas palavras. Ninguém nunca havia falado comigo assim. Não havia homens em Springlake que ficassem tranquilos com o fato de que eu amava matar pessoas. Eu tinha acabado de esmagar a cabeça de alguém com uma frigideira de ferro fundido, e agora esse homem lindo e enigmático estava falando poesia para mim. Encontrar alguém que entendia sua depravação? Isso era tudo. Eu agora tinha dois motivos para ir com ele: um por Michael e o outro? Para finalmente me encontrar.

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Capítulo Dez Ele se inclinou para trás e esfregou o queixo, olhando para mim com o seu habitual olhar inexpressivo em seu rosto. – Então, esse tio Michael deveria estar morto, mas agora está vivo? Esta foi sua segunda vez perguntando isso. Ele tinha que saber tudo sobre mim; como ele não sabia disso? – Como você não sabe disso? – Tenho muitos arquivos sobre você, e nenhum deles menciona um tio Michael. Nunca ouvi esse nome antes, e se ele fosse íntimo com seu pai, eu teria ouvido alguma coisa. Sentei-me e esfreguei os meus dedos sobre o meu medalhão com os seus olhos escuros acompanhando o movimento. A maneira como ele falava me fez pensar que ele estava dizendo a verdade, mas não o conhecia bem o suficiente para dizer isso com certeza. Eu estava mais incomodada pelo fato de ele parecer perplexo sobre Michael ser real.

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– Havia uma conta bancária. Foi aberta em conjunto. Nunca toquei no dinheiro, e hoje alguém a esvaziou. Somente eu ou Michael poderíamos ter feito isso. – enquanto tentava mostrar o meu ponto de vista, eu abri as informações bancárias. – Olhe. Ele pegou meu celular e olhou para a tela um minuto antes de olhar de novo para mim. – De onde veio esse dinheiro? – Não sei. Tenho um envelope preto no correio e apenas uma breve explicação do que foi. – eu já me fiz essa pergunta muitas vezes. Quem diabos enviava muito dinheiro para alguém? – Isso vai levar algumas pesquisas. Se ele retirou tanto dinheiro, ele o fez por um motivo. Vou encontrá-lo, no entanto. – a sinceridade em sua voz me fez relaxar drasticamente. Ficamos em silêncio por alguns momentos. Seu celular continuava vibrando a cada poucos minutos. – Levi, há quanto tempo você está me observando? – Para ser justo, mandei Garret para fazer exatamente isso, e enquanto estou nesse assunto, ele realmente se importa com você. Mas para responder a sua pergunta de verdade. – ele me deu um sorriso distorcido. – Nunca parei de observá-lo. Seu celular vibrou novamente e ele olhou para

baixo. Lambi meus lábios e tentei esfregar os arrepios que ele acabara de me dar. Ele estava me stalkeando, e isso me faz querer ainda mais. Página | 80

Depois de um minuto, ele olhou para trás com outro sorriso no rosto, e eu sabia que o que quer que acontecesse daquele ponto mudaria tudo.

Levi Eu sempre soube que iria atrás dela. Antes que ela colocasse os olhos em mim, sabia quem ela era. Eu estava sempre a observando; ela simplesmente não sabia disso. Eu coloquei anos nisso por várias razões. Todos aqueles longos passeios românticos no parque quando ela pensava que estava sozinha. Os tempos de bônus que ela esquecia de fechar a tela do notebook. Eu nunca pensei que minhas habilidades de hackers seriam tão úteis. Mandei-a embora naquela noite para protegê-la, forçando-me a manter distância e certifiquei-me de que os

garotos que demonstrassem interesse nela fizessem o mesmo. Era como manter um bando de lobos longe de um pedaço de carne. Página | 81

Eu a enviei até a Springlake para que pudesse me recompor, e porque meu avô foi quem fez a pequena coisa de sucesso voltar a ser algo decente. Agora não haveria mais besteiras de líder de torcida. Minha linda menina era uma assassina, e era hora de levantar a cortina para sua verdadeira natureza. Quando eu parei na cabine e disse a ela para vir comigo, ela apenas fez isso. Nenhuma pergunta foi feita. Algumas mulheres precisavam apenas de uma mão firme e orientadora. Estávamos na minha caminhonete alugada dirigindo pela Route 87. Ela tinha um cigarro pendurado ao lado da boca, o cabelo comprido caindo pelas costas e ela vestiu o paletó novamente. O cheiro de mentol e alfazema de cereja preencheu a cabine da caminhonete. Um cheiro que eu nunca me cansaria. Ela era perfeita. Uma rainha da beleza imperfeita e degenerada. Eu estava obcecado por ela. Ela me fez sentir jovem novamente. Eu não estava delirando sobre o que era isso. Este era eu, o leão, sem remorso corrompendo o

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cordeiro. No entanto, este cordeirinho tinha um coração que sangrava preto em vez de vermelho. Ela sempre foi o objetivo final. Eu tinha passado por doze garotas, e nenhuma delas conseguia apagar a minha chama por ela. Fiz uma promessa, uma promessa para mim mesmo de que seria isso. Eu a tinha, e nunca deixaria ir. Mas tão grande quanto ela me fez sentir, e tão duro quanto ela fez meu pau, isso não era sobre amor. Porém, sabia que ela me amaria. E eu não estava mudando nada agora que ela estava comigo. Ela aprenderia a entrar na linha, ao contrário da minha primeira esposa, que atualmente estava no fundo do oceano. Era hora de cortar as pontas soltas e dar o fora desta terra devastada de uma cidade.

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Capítulo Onze Algumas pessoas podem pensar que o que eu estava fazendo era estúpido - descuidado e perigoso. Pode ter sido todas essas coisas, mas sentando ao lado dele, senti como se o conhecesse para sempre. Claro, você nunca pode conhecer verdadeiramente alguém. Todos nós temos segredos que nunca compartilhamos com os outros. Eu tive alguns. – Onde estamos indo? – virei a cabeça e olhei para os campos escuros que estávamos passando. – Só um pouco mais. – acenando, relaxei no assento de couro. – De onde é isso? – Meus pais. – eu estava virando meu medalhão mais e mais nos últimos minutos. – Você pensa muito sobre eles? – Penso neles todos os dias. É tão difícil lembrar deles, às vezes... e quanto mais forço, mais esqueço. Eu acho que tenho a aparência do meu pai.

E eu sei que ele já foi minha pessoa favorita.

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Sentindo minha garganta começar a se fechar, parei de falar. Deus, eu estava seriamente a ponto de chorar? Tenho certeza de que isso me fez parecer tão patética quanto eu me sentia. – Está bem. Pode falar comigo sobre isso quando puder tocar em você. Estamos aqui. Ele saiu da estrada, descendo por um caminho coberto de grama e estacionando debaixo de um salgueiro emaciado. – Onde estamos? – Bem, temos que andar um pouco primeiro. Venha. – ele abriu a porta e saiu. Eu apenas soltei meu cinto de segurança quando ele se esticou no banco e quase me arrastou através dele. Onde quer que estivéssemos, era silencioso, além de grilos, e estava escuro como o inferno. Tirando o paletó dele, eu o joguei no banco e fechei a porta. Ele se moveu mais rápido do que eu podia piscar, me puxando em seus braços e nos guiando, então as minhas costas estavam pressionadas na sua caminhonete. Eu ofeguei, fazendo-me inalar uma quantidade saudável de sua colônia. Ele cheirava a sálvia espanhola e artemísia prateada. Eu queria enterrar minha cabeça em seu peito forte. Mas antes que isso pudesse acontecer, ele tinha

uma mão enrolada no meu cabelo, forçando minha cabeça para trás, fazendo-me olhar para ele. Página | 85

– Cordeirinho. – ele passou um dedo pela a minha garganta, e então perseguiu com a boca. Minha respiração ficou superficial, mas eu não estava com medo. Ele começou a deixar marcas de mordida no lado do meu pescoço, mantendo uma mão presa no meu cabelo. Ele estava finalmente me tocando. Eu queria que ele me consumisse. Então, poderia engatinhar para ele e deixar seus demônios brincarem com os meus. – Você está com medo de mim? – sua voz soava normal, embora um pouco rouca. Ele olhou para mim com os seus olhos escuros impossíveis de ler. – Nunca vou ter medo de você. – eu respondi levianamente. – Talvez, você devesse ficar. – ele soltou meu cabelo e beliscou meu queixo. – Acho que você deveria ter medo de mim. – fiquei na ponta dos pés e passei meus braços em volta do seu pescoço. Quando sua boca atingiu a minha, foi como respirar pela primeira vez. A sensação no meu peito

nunca faria sentido para um estranho, um intruso. O que quer que isso fosse, parecia certo. Página | 86

Estava bem. E honestamente, eu estava cansada de me sentir uma merda. Eu sei que eles dizem que o tempo não é uma medida de qualidade, de paixão, ou de amor, mas eu não conseguia entender o quanto sentia por ele nesta pequena oportunidade ridícula. Eu seria julgada por me apaixonar por um homem nove anos mais velho que eu. Um estranho praticamente. Eu ansiava por ele como uma viciada precisando de sua próxima dose de algo prejudicial. E não me importei. Eu gemi, puxando-o para mais perto de mim. Ele acariciou minha bunda vestida com jeans, movendo-se para baixo e cravando as unhas na pele das minhas coxas. Eu tinha sido beijada antes, mas nunca senti nada assim. Eu acreditava firmemente que nenhum outro beijo poderia se comparar ao dele. É como se ele não conseguisse decidir entre me devorar e forçar a escuridão dele a se misturar com a minha. Ele estava tirando todo o meu oxigênio. Estava tudo bem; Eu o deixaria respirar por nós dois. Eu o deixaria fazer o que quisesse comigo, não se importando onde estávamos ou que tínhamos um milhão de coisas para discutir. Mas seu celular

começou a tocar, interrompendo o momento.

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Meu cérebro ainda estava girando quando ele se afastou e começou a falar em voz baixa para quem estava na outra linha. Não esperei pacientemente que terminasse a conversa. Meu corpo estava zumbindo com energia reprimida, a dor entre minhas coxas começando a me fazer sentir um pouco daquela coisa estranha chamada insanidade. Tentei me distrair concentrando nos arredores. Olhando em volta, parecia que estávamos em algum tipo de recanto fora de estrada. Eu só podia imaginar todas as criaturas à espreita no mato. Ah. – Tudo bem, nós temos quinze minutos. – ele enfiou o celular no bolso da frente e abriu a porta dos fundos. – Venha, sente-se. Prometo que não vou morder... forte. – Como você é cavalheiro. – eu brinquei. – Eu sou um cavalheiro, mas só com você. – ele sorriu, me dando um pequeno impulso na parte de trás de sua caminhonete. – sentei-me na beirada com as pernas penduradas sobre a porta, me apoiando em ambos os lados da cintura. Ele me prendeu, chegando tão perto que podia sentir a subida e descida de seu peito.

– Você vai me dizer o que estamos fazendo aqui? Página | 88

– Eu te disse, nós temos quinze minutos. Agora é a minha vez de fazer uma pergunta. Tem certeza de que quer vir comigo? – Sim. – respondi sem hesitação e relaxando seu rosto. – Isso é o que eu queria ouvir. – seu sorriso era perverso e contagiante.

Levi estava vasculhando dentro de uma mochila, enquanto eu puxava a camisa que ele me deu sobre a minha cabeça. – Coloque isso. – ele jogou algo através do ar para eu pegar. – Uma calavera9? Essa roupa toda preta está começando a fazer um pouco mais de sentido. – divaguei. Eu estaria mentindo se dissesse que não houve um choque de excitação que percorreu em minhas veias. Eu não usava essa máscara de durona há anos. Alguém estava prestes a se machucar.

Puxando um rabo de cavalo, rapidamente amarrei meu cabelo longe do meu rosto antes de colocar a máscara, e então minhas luvas. Página | 89

– Eu acho que gosto mais de você com isso. – provoquei, pegando a sua calavera. – Se você for uma boa menina, eu vou te foder com a máscara. – Acho que vou ter que estar com o meu melhor comportamento, então. Ele riu e estendeu a mão para a mim. – Você está pronta para se divertir? – Descreva esta diversão para mim novamente. – É o tipo de diversão que apenas pessoas como nós sabem como ter.

9. Calavera é uma representação do crânio humano feita seja em açúcar ou em argila, a qual é usada no México na celebração do Dia dos Mortos, que é no dia 2 de Novembro.

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Capítulo Doze Foi um momento crucial na minha vida em que tive a opção de voltar e fingir viver, ou começar a viver novamente pela primeira vez. Os nervos tinham o meu estômago em nós. Eu era como uma criança prestes a ser solta em uma loja de brinquedos. Isso é como eu estava animada. Eu toquei o canivete que Levi me deu, mantendo meus olhos treinados nas portas dos fundos do ginásio. Quando meu relógio digital começou a apitar, eu o silenciei com a velocidade de uma serpente impressionante. Como um relógio, as portas dos fundos se abriram e uma garota seminua saiu correndo. Ela estava tão ocupada olhando por cima do ombro para quem estava atrás dela que não prestou atenção em mim. Eu estava parcialmente oculta nas sombras do campo de futebol. Uma única luz brilhante estava acesa e brilhando na grama. Levi estava indo claramente para um efeito teatral. – Socorro! – sua voz falhou, ecoando pelo ar úmido da noite.

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Permaneci imóvel, sabendo que ninguém mais estava por perto. Liam me disse que os seguranças noturnos do campus já haviam sido "manipulados". Observando a garota, tentei não rir. Eu não podia imaginar descendo em um campo de futebol com nada além de um par de roupas íntimas, sabendo que eu estava prestes a morrer. Isso tinha que estar entre as dez piores maneiras de morrer. Nem perguntei como ele sabia que estariam aqui. Encontrar pessoas era seu hobby, afinal. Quando ela finalmente me viu e percebeu que estava correndo em direção ao perigo em vez de ir embora, ela gritou novamente e se virou. Sua voz estridente me fez estremecer. Por que diabos ela estava gritando? Isso iria salvá-la? Eu estava indo para uma abordagem de filme de terror e correr como ela corria, mas isso não parecia que iria ocorrer como eu queria, então fui forçada a perseguir. Ser líder de torcida era bom para algo, afinal. Pegá-la foi fácil. Derrubando-a? Não muito. Eu a peguei por trás assim que cheguei perto o suficiente. Nós duas caímos, mas usei o corpo dela para amortecer o meu. Ela se levantou de novo, me derrubando. Eu me apoiei na grama e me joguei para frente.

Os meus braços se fecharam em torno de suas pernas e usei todos os meus cinquenta e dois quilos para derrubá-la novamente. Página | 92

Agarrando-a pela parte de trás da cabeça, coloquei seu rosto no chão, fazendo os seus gritos se tornarem abafados. Ela continuou a se agitar embaixo de mim. Foi como montar um touro mecânico. Jesus, Trisha, cala a boca. Levi me disse para não falar com ela. Nunca pensei que seria uma tarefa difícil. Enfiei meu cotovelo na parte de trás do pescoço dela, puxei o canivete do meu bolso. Ela levantou a cabeça assim que meu braço se afastou. Não pude ver na minha frente, então meu objetivo estava cego, fazendo com que a lâmina cruzasse a sua bochecha direita. Eu senti a sensação de estalo da lâmina indo direto através do seu corpo. O som que ela fez foi distorcido e dramaticamente alto. Eu imediatamente puxei a faca de volta, sentindo sangue em minhas luvas. Pulando para cima, pulei para agarrar seus tornozelos e comecei a arrastá-la de volta para a academia. Filmes faziam isso parecer mais fácil do que era. Meus músculos estavam em chamas, meu rosto ardia sob minha máscara. Havia suor escorrendo pelas minhas costas. Porra. Eu sou tão pesada? Trisha estava cravando as mãos na grama, tentando se ancorar de

qualquer forma que pudesse.

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Deixando cair as pernas, ela imediatamente pulou para cima e tentou sair correndo. Com um pequeno gemido, pulei para frente e agarrei seus cabelos, atingindo as suas pernas por baixo dela com um chute rápido. Pulei para trás com um bufar, batendo em um corpo duro. Levi se aproximou de mim com seu rosto oculto pela máscara. Mesmo no meio de arrastar uma garota de rosto ensanguentado pelo campo de futebol, pude admirar o quanto incrivelmente lindo ele era. Com toda roupa preta e máscara de caveira incluída. Ele permaneceu em silêncio, observandome puxar Trisha como se ela fosse um cão desobediente. Eu queria arrancar os olhos dela e dar isso por encerrado, mas o Levi tinha outras idéias. Pensei que podia ter ouvido a sua risada malvada depois que deixei escapar alguns palavrões. Meus braços estavam gritando para eu parar. Esta foi uma ótima maneira de provar que eu precisava para o ginásio. Assim que eu estava prestes a chegar ao asfalto, Levi se aproximou e se abaixou. Ele levantou Trisha como se ela não pesasse nada e começou a andar em direção ao estacionamento com uma mão presa na boca.

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Chegamos ao Charger de Jacob Kellar em tempo recorde. O porta-malas estava levantado e quanto mais nos aproximamos, mais identificável se tornava o corpo. O que costumava ser Jacob estava deitado imóvel, de bruços em um ângulo estranho. Levi deixou a Trisha bem ao lado dele e com um esforço preguiçoso, bateu o porta-malas sobre os dois. – Você está bem? – ele perguntou, contornando a extremidade traseira para recuperar sua mochila. – Perfeitinha. – respirei, obrigando-me a não apoiar minhas mãos em meus joelhos e suspirar no ar como um peixe. Ou enrolar-se na posição fetal e trazer os meus músculos de volta à vida. – Bom. – eu podia ouvir o sorriso em sua voz. Ele abriu a janela do passageiro de trás com o que parecia ser um cassetete, então circulou e fez o mesmo com a do motorista. – Por que apenas duas? – perguntei. – Um efeito chaminé. Queremos que o oxigênio flua para que ele possa abanar as chamas. – Ah. Ele tirou um pano da mochila e uma garrafa de gasolina. Seus movimentos eram rápidos e eficientes. O

pano estava encharcado e coberto pelas tábuas do chão do banco de trás em menos de um minuto. Página | 95

Com o último de gasolina, ele encharcou todos os bancos do carro. Eu podia sentir o cheiro da fumaça de onde eu estava. Trisha ainda tinha que calar a boca. Eu estava um pouco triste por não têla amordaçado. – Vou deixar você fazer as honras. – ele se aproximou de mim, segurando os fósforos. Olhei para mão enluvada, hesitando por um milissegundo. Quando tirei os fósforos dele, isso solidificou nosso futuro juntos. Não iríamos voltar atrás disso. E eu estava bem com isso. Eu queria isso há muito tempo. Não havia remorso pelo que eu estava prestes a fazer. Eu não me importava com a garota no porta-malas ou sua foda da noite do dia dos mortos. O primeiro fósforo que acendi caiu diretamente no pano e o segundo eu joguei no banco da frente. As chamas foram instantâneas. – Venha. – Levi pegou a minha mão e sua mochila. Nós corremos para longe, subindo a colina que levava às árvores. Somente quando estávamos a uma distância segura nos viramos e admiramos a nossa obra. Eu me perguntei quanto tempo levaria para Trisha morrer.

Como ela estava se sentindo?

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– Eu não sabia que você participaria. – eu meditei. – Eu sempre vou brincar com você, garotinha. – ele se abaixou e entrelaçou nossas mãos enluvadas. Eu me senti eufórica. Era como estar em um quarto escuro e finalmente encontrar o interruptor de luz. Queimá-la viva era libertador para minha alma. Mas fazer isso com o Levi liberou minha mente e me fez sentir como se eu finalmente pudesse ser eu mesmo.

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Capítulo Treze Ele se abaixou e me levantou pela minha bunda, sentando-me na cama de sua caminhonete. Eu abro minhas pernas para abrir espaço para ele entre elas, nunca tirando meus braços do pescoço dele. Ele não me segurou gentilmente. Não sussurramos palavras suaves de amor. Nós nos atacamos. Sua boca estava em mim, em todos os lugares. Minhas mãos estavam em cima dele, arranhando qualquer pedaço de pele que eu pudesse alcançar. Minhas roupas estavam todas arrancadas de mim. Parei por um segundo quando ele estava sem camisa para tomar o seu corpo incrível. Mesmo no escuro, pude ver suas tatuagens e cada inchaço e dor no estômago. Quando finalmente olhei de volta para o rosto dele, o vi me observando como se eu fosse algo raro e único. – Levi. – foi essa a minha voz? Eu soei... carente. Ele deve ter ouvido também, porque sorriu e tomou seu tempo para tirar as calças. Sabe aquela sensação que você sente quando um carro desce uma colina? Ou quando você está no topo de uma

montanha-russa, se preparando para a descida que faz seu estômago virar? Foi assim que me senti quando finalmente vi o seu pau. Página | 98

Não porque era grande, e isso não é dizer que não era. Era comprido, grosso e macio. Foi a barra curvando-se na cabeça que tinha toda a minha atenção. – Você tem um príncipe Albert10? – Você gosta disso? – ele soou tão orgulhoso, que eu quase ri. A necessidade de tê-lo dentro de mim se transformou em algo torturante. Estávamos suados, sujos e correndo com uma adrenalina insana. Ele me empurrou para trás. Eu ofeguei, engasgada com uma risada quando bati na cama de plástico. Suas mãos se fecharam em torno dos meus tornozelos e ele me arrastou para onde queria. – Você é linda. – sua voz soou mais profunda e rouca. – Eu não quero suas palavras; quero você dentro de mim. – ele riu baixo com um som malvado que enviou um arrepio na minha coluna vertebral. Usando uma mão, ele separou os meus lábios e passou a cabeça entre eles. Estremeci com a sensação fria de metal. – Respire. – foi todo o aviso que ele me deu. Eu mal havia inalado quando ele me atingiu quando

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afundou as bolas. O ar saindo dos meus pulmões me fez incapaz de gritar. No momento em que soltei a respiração, ele estava saindo e entrando novamente. Doeu pra caralho. Nunca deixei um homem entrar entre as minhas pernas antes. Mas, não me importei; ele estava preenchendo cada parte vazia minha com ele mesmo. Eu queria que ele se enterrasse e me separasse. – Envolva suas pernas ao meu redor e não solte. – seu tom era áspero e autoritário. Eu imediatamente cumpri. A crescente umidade entre as minhas coxas aumentava a frenética fricção entre nossos corpos. – Levi. – sussurrei, cravando minhas unhas em suas costas com força suficiente para uma cicatriz. Ele enfiou em mim sem leniência. Sua boca estava no meu pescoço, meu queixo e meus lábios. – Esta boceta foi feita para mim. – ele sussurrou no meu ouvido. Eu estava longe demais em um estado de euforia para formar qualquer tipo de sentença e responder. Eu pensei que falar obscenidades seria estranho. Talvez, ouvir isso de Levi tenha feito isso melhor, porque foi uma das coisas mais legais que eu já ouvi. Quanto mais obsceno ele ficava, mais eu

queria que ele me fodesse.

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Gemi quando ele agarrou um pouco do meu cabelo, sentindo minha boceta apertar em torno de seu pau. Uma sensação de dor aguda se espalhou pelo meu couro cabeludo, mas a ponta de seu piercing me focou em puxá-lo mais fundo. Toda vez que ele chegava até o fim, a bolinha de metal encostava em um ponto dentro de mim que eu não sabia que existia. Ele estava dando isso para mim com tanta força que eu estava preocupada que iríamos jogar sua caminhonete para fora do parque. Sua boca finalmente voltou para a minha, nossas línguas se encontrando em uma dança erótica. Ele mordeu o meu lábio inferior, minhas costas arquearam, e então, sua mão estava em volta do meu pescoço. Um brilho de transpiração estava se formando em sua pele bronzeada. Senti a umidade sob meus dedos e a beirada da cama da caminhonete pressionando minhas costas. – Jesus. Ah... Eu estava me contorcendo embaixo dele, me sentindo subindo cada vez mais alto. Eu ouvi dizer que era quase impossível gozar com a penetração. Como se fosse algum mito inatingível. Levi estava desbancando essa teoria com cada estocada áspera e apaixonada. Algo estava crescendo dentro de mim. Era diferente de tudo que eu já senti antes. Os

orgasmos que dei a mim mesma não conseguiam segurar a maldita chama para o que quer que isso fosse. Página | 101

Eu estava gritando, implorando para ele não parar no lado do pescoço dele. – Ah, Deus… Levi! – Eu sinto você, menina. Apenas se solte. Eu queria gritar com ele que eu não sabia como, mas então ele chegou entre nós e pressionou o polegar no meu clitóris. Todos os músculos do meu corpo ficaram tensos; o calor explodiu no meu núcleo. Gozei gritando seu nome, arrastando minhas unhas por suas costas firmes. Meus ouvidos estalaram e a cor explodiu atrás dos meus olhos. Se mais alguém estivesse por perto, não haveria nenhuma maneira no inferno que não me ouvissem. O aperto na minha garganta ficou mais apertado. Levi acelerou o ritmo, continuando a me foder até que ele encontrou seu orgasmo, gozando com um som baixo e gutural em sua garganta. – Porra, Kenna. – ele xingou. Seu pau endureceu quando apertei em torno dele. Eu passei minha língua pelo lado de seu pescoço, provando a sua pele salgada. Ele beijou a minha testa, passando a mão pelo meu cabelo bagunçado. Nossos peitos

estavam subindo e descendo em seguida. Eu queria ficar naquele momento com ele para sempre, segurando seu corpo contra o meu. Página | 102

– Perfeito, eu sabia que você seria. – ele pressionou um beijo prolongado nos meus lábios e lentamente saiu de mim, rolando, então eu estava deitada em cima dele. Nós observamos a fumaça subir acima das árvores e ainda ouvindo o som das sirenes à distância. – É hora de levá-la para casa. – afirmou, pressionando um beijo no topo da minha cabeça. – Eu sei. – eu respondi com a minha voz rouca. – Bem, antes de irmos, você gosta de waffles?

10. Princípe Albert: é um tipo de piercing genital.

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Capítulo Quatorze Depois de pararmos em um posto de gasolina para que eu pudesse me limpar em um banheiro, Levi dirigiu pelo que pareceram horas. O sol tinha acabado de atingir o horizonte quando encontrou um Waffle House. Eu estava faminta e estranhamente bem acordada. Havia muita coisa que eu queria dizer, e isso precisava ser dito, mas não sabia como ou por onde começar. Ele colocou um braço em volta dos meus ombros quando entramos no restaurante. – Oi! Como vocês estão hoje? – uma garçonete jovem nos cumprimentou. Seu cabelo vermelho estava preso em um coque bagunçado, mas ela estava trabalhando. Ela me lembrou de uma garota de classe. – Bem. Como você está? – Levi sorriu e eu juro que ela desmaiou. Balançando a cabeça, eu encolhi os ombros e coloquei a minha bunda na cabine mais próxima. Em vez de sentar em frente a mim, ele deslizou ao meu lado, agarrou meu queixo e virou minha

cabeça para ele. – O que você foi... Página | 104

Sua boca pressionou a minha com força. Ele forçou meus lábios para separar e deslizou sua língua entre eles para entrelaçar com a minha. Eu me fundi, já viciada em seu toque. Agarrando-o pela nuca, o puxei para mim o máximo que pude. Entre as minhas coxas ainda estava dolorido da nossa sessão anterior, mas eu o queria de novo. Ele soltou meu queixo e alcançou entre as minhas pernas para cobrir meu sexo através do meu short de algodão, esfregando a palma da mão contra o meu clitóris sensível. – Hum. Uau. – a voz da garçonete filtrou pelo meu sistema. Eu me encontrei tendo uma verdadeira atitude de merda ultimamente. Assim que gemi, Levi riu e se afastou. – Talvez, devêssemos comer antes de eu te foder na mesa. – Não podemos fazer as duas coisas? – eu provoquei. – Eu amo o quanto você é tímida. – ele beijou minha testa e se virou para a nossa garçonete. – Eu amo o quanto nós usamos a palavra 'foder'.

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– eu passei meus braços em torno da sua cintura e apoiei meu queixo em seu ombro. Tenho certeza de que éramos como uma visão. Estava vestindo bermuda amarela florescente e uma blusa preta apertada, meu cabelo estava em um coque desarrumado, e eu tinha meus braços em volta de Levi, que parecia que tinha acabado de fazer uma importante sessão de fotos. – Podemos ter dois sucos de laranja e duas omeletes de presunto e queijo Toddle House com bacon? – ele nem sequer olhou para o menu. Depois que a Megan, que se apresentou sem fôlego, deu uma caminhada com o nosso pedido, eu me inclinei para trás e dei uma cutucada de lado. – Você estava apenas olhando para a bunda dela, Levi. – Você está com ciúmes, bambina11? – Não, ela tem uma bela bunda. Mas, você deveria apenas olhar uma vez, talvez duas vezes. Mais do que isso e você automaticamente assume o padrão de tesão e assustador. – Eu gosto de você. – ele riu. – Acho que eu poderia gostar de você também. – Você quer dizer que vai me amar. – ele respondeu com naturalidade.

Idiota insolente.

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Eu não tinha ideia do que era o amor, mas se isso pudesse derivar de uma paixão perigosa, não havia dúvida em minha mente que eu me apaixonaria muito por esse homem doentio.

11. Bambina: quer dizer criança em italiano.

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Capítulo Quinze – Então, eu acho que você já fez tudo isso antes? – limpei minha boca com um guardanapo e olhei através da mesa para onde Levi agora estava sentado. – Eu poderia ter feito isso algumas vezes. – ele respondeu, depois de mastigar uma mordida de comida. Mas, quantas garotas gostavam de mim? Era a verdadeira questão. Eu não sabia se estava pronta para essa resposta. – Havia três antes de você. – claro, que ele saberia exatamente onde minha cabeça estava. – O que aconteceu com eles? Ele olhou de novo para mim, com um olhar inexpressivo nos olhos. O canto da boca dele se curvou com um sorriso de lado. – Vamos apenas dizer, que quando as coisas não funcionam como eu quero, tenho maneiras de corrigir a situação. – não havia brincadeira em sua voz. Tinha uma vantagem que eu não tinha ouvido antes. Ele não estava me provocando.

Foi um aviso.

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– O que é isso? – eu não estava perguntando sobre as três garotas anteriores, ou até sobre queimar a Trisha e o Jacob. Eu estava perguntando sobre nós, certa de que essa palavra poderia ser usada agora. – Este é o começo de algo bonito que pode ficar um pouco feio. Nós vamos deixar este lugar para trás. Tudo está sendo tratado neste exato momento. Ele falou com finalidade em seu tom, como se tudo isso tivesse sido decidido há muito tempo. – E se eu tivesse dito a você que não queria ir aonde quer que estamos indo? – eu inclinei a cabeça e observei-o. Não houve mais um momento em que eu quisesse me opor a ir com ele. Eu finalmente peguei um pedaço dele e não pude deixá-lo escapar tão facilmente, mas seu aviso sinistro tinha um leve sino de aviso tocando na minha cabeça. Ele mordeu o seu lábio e lentamente sorriu de novo para mim, mostrando os seus perfeitos dentes brancos imaculados. Era o tipo de sorriso que poderia distrair uma garota de tudo e todos ao seu redor. Mas eu não era essa garota. Meu senso comum pode ter sido questionável, mas não foi completamente abandonado por causa

do bom sexo e de um rosto lindo. Ele estendeu a mão para o outro lado da mesa e entrelaçou os dedos enquanto continuava a olhar nos meus olhos. Página | 109

– Se você me dissesse que não queria ir, eu arrastaria você para longe daqui, chutando, gritando e sangrando. Ele parecia ter tudo planejado. Isso me fez pensar quanto tempo ele estava fazendo isso. – Você nunca se preocupa em ser pego? – eu questionei baixinho. – Eu tenho feito isso há muito tempo. Com certeza, o que acabamos de fazer foi descuidado pelos padrões de qualquer um, e a ex-coisa nunca pode acontecer de novo. Mas você nunca precisa se preocupar com essa parte da caçada. Só me deixe me preocupar em encontrar este seu tio e cuidar de você. Sorri para ele. Se eu fizesse mais, o meu rosto provavelmente seria dividido em dois. Ele era meu novo sentimento favorito.

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Capítulo Dezesseis

Levi Eu dirigi por aí, indo em nenhuma parte até que as drogas começaram a fazer efeito e ela finalmente adormeceu. Estacionando a caminhonete um pouco na rua, eu pus uma pala de sol no para-brisa e saí silenciosamente. Assim que saí pela porta, enviei uma mensagem para Megan e liguei para Garret. – Já estava na hora. – ele gritou como uma saudação. Eu normalmente o faria pedir desculpas por falar comigo desse jeito, mas deixei pra lá porque eu sabia que ele realmente se importava com a Mac. – Como está tudo?– perguntei, rapidamente caminhando até a rua. – Policiais fecharam a escola; eles não chegaram ao carro até uma hora e meia, depois que você saiu. Frank recebeu a ligação do jipehá uma

hora. Eles estão procurando no desfiladeiro pelos corpos de Kenna e Camillie. Tudo parece bem até agora. Agora, como as coisas estão do seu lado? Página | 111

– As coisas são sempre boas no meu lado. – eu disse sem rodeios. – Ah, então eu não vou ter que ajudar você a pegar os pedaços do rosto dela então? Eu deixei meu silêncio responder isso por mim. – Jesus Cristo, Levi. – Ela não é como nenhuma das outras, e você sabe disso. – interrompi. Por que eu estava explicando isso para ele? Ele respondeu para mim. Eu poderia matar quem quer que eu quisesse e usar sua pele como um tapete de área, se eu quisesse. – Esse é exatamente o ponto, Levi. Ela pode realmente significar algo para você. Porra, ela pode ser uma facilitadora, e nós dois sabemos que você não precisa de nenhum incentivo para qualquer coisa que você faça. Ele foi dizer outra coisa, mas eu desliguei a ligação. Eu ia amarrá-lo das vigas quando chegássemos em casa. Ninguém me questionava. Eu era o único a observá-la nos últimos anos, acompanhando cada movimento dela e certificando-se de que ninguém fodia com ela. Só isso a fez minha. E agora eu tinha que lidar com

esse tio de merda.

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Eu precisava começar a escrever todas as minhas mentiras em um bloco de notas. Todo mundo que era alguém no meu mundo sabia quem era o fodido Michael. Apenas mais um motivo para mantê-la isolada. Maldito Garret. Eu odiava quando meu irmão mais novo fazia sentido. Ele conseguiu o trabalho fácil de ser seu melhor amigo. Ele aprenderia seu lugar. Eu seria seu único amigo de verdade. Minhas garras já estavam cravadas nela. Cada parte dela era minha, e se ela tentasse me afastar, eu deixaria uma bagunça sangrenta debaixo de uma pilha de sujeira. Caminhando de volta para a Waffle House, vi que Megan tinha corrido para fazer o que eu disse a ela. As persianas de plástico estavam fechadas e a placa de aberto estava virado para fechado. Meu celular começou a tocar novamente, mas ignorei. Eu tinha um prazo a cumprir. Minha única graça redentora foi que desmontei as câmeras há muito tempo. Uma das primeiras coisas que foram feitas quando fiz essa rotina com uma garota diferente. – Ela é bonita. – Megan pensou atrás do balcão assim que eu entrei. Eu zombei. Ela era mais do que

bonita; ela era uma perfeição do caralho. Uma obraprima requintada que parecia ainda melhor se contorcendo no meu pau. Página | 113

– Ela não vai dormir por muito tempo, e não quero que ninguém venha atrás de panquecas, enquanto eu estiver aqui. Nós não temos muito tempo hoje. – falei o mais normalmente possível; Eu queria mandá-la descer e engatinhar no chão como a cadela que ela era. – Eu estava esperando que você dissesse isso. – com os olhos azuis cheios de luxúria, ela se esticou e me mostrou que não tinha nada além de sua camisa de trabalho. – Vire-se. – ela sorriu e fez exatamente como eu disse. Circulando atrás do balcão onde ela estava de pé, eu passei uma palma nas costas dela e segurei sua nádega esquerda. A bunda dela era sexy, mas eu não tinha tempo para admirar isso hoje. Deslizando minha mão para trás, eu coloquei um pouco de pressão em sua parte inferior das costas, fazendo-a curvar. Ela riu, empurrando sua parte inferior contra a frente da minha calça. – Segure a alça da grade e não solte. – Mas, isso é... – Cale a boca e faça o que eu te disse. – ela soltou um gritinho quando bati na nádega dela.

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Empurrando as pernas dela, alcancei entre elas e empurrei dois dedos para dentro. Deixei que ela os montasse por um minuto, sem me impressionar com seus gemidos exagerados. – Lembra o que eu te disse na primeira vez que fizemos isso? – Eu sou insubstituível? – ela exalou. – Eu disse a você que manteria contanto quando precisássemos de você. – Quando ela não disse nada, eu estalei minha língua. – O que eu estou tentando dizer é, que eu não preciso mais de você. – Agarrando-a por um punhado de cabelos, eu bati o lado do seu rosto na grelha. Imediatamente, chiados e fumaça preencheu o ar. Seus gritos de dor me fizeram mais duro do que seus gemidos de prazer já tinham. Segurando o cabelo dela, a levantei da churrasqueira depois de uma quantidade considerável de tempo e bati de novo para baixo novamente. Eu ouvi o nariz dela quebrar; sangue respingando e queimando como gordura de bacon. Finalmente entediado com a coisa toda, eu a puxei para longe, notando que pedaços de pele ensanguentada ficaram para trás. Eu abafei seus gritos e olhei ao redor. Isso tinha que parecer violento, como um crime de ódio. Eu não queria

uma equipe para lidar com essa parte.

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Como devo fazer isso? Matar ela demoraria muito e seria muito confuso. Não havia um lugar ideal para enforcá-la. Quebrando o pescoço dela? Não, fácil demais. Ah, a pia. Com facilidade, eu a arrastei até a pia de trás cheia de água e a mergulhei de cabeça. Eu poderia ter feito isso, no começo, mas onde estava a diversão nisso? Eu observei seus braços se agitarem por um minuto antes de finalmente ficarem frouxos. Dando um passo para trás, observei seu corpo cair no chão e olhei para o rosto arruinado dela. Era uma espécie de merda que tinha que ser assim, mas não poderia haver pontas soltas. Eu não esperei para ficar com a minha garota para que eu pudesse perdê-la por causa de uma foda aleatória que usei como uma fantoche.

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Capítulo Dezessete

Kenna Quando acordei, eu estava uma bagunça desorientada. Havia pequenas janelas à minha esquerda e eu estava em uma cama confortável. Demorei cerca de dois minutos para perceber que estava em um avião ou em um jato. Como diabos ele me colocou a bordo sem me acordar? E puta merda, meu corpo estava dolorido. Eu senti como se tivesse levantado um ônibus. Empurrando o edredom preto volumoso de cima de mim, lentamente me levantei da cama. Depois de verificar se eu ainda estava vestida decentemente, caminhei em direção à porta do trole. Eu só podia imaginar que tipo de desastre ambulante minha aparência se parecia. Felizmente, minhas madeixas castanhas avermelhadas estavam presas direito com uma leve onda. Millie tinha aqueles cachos selvagens naturais que lhe davam os cabelos desarrumados pela cama mais loucos quando ela acordava.

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Porra. Millie Hank. Como eu poderia sair sem falar com nenhum deles? Aquele pensamento triste voou pela janela quando eu abri a porta, porque o rosto sorridente de Millie foi a primeira coisa que vi. Levi estava em uma poltrona do outro lado do corredor. Os dois olharam para cima um segundo depois que eu saí. Eu tentei colocar uma cara de pôquer e não deixar minhas emoções aparecerem. Confusão, um pouco de raiva e um monte de que diabos está acontecendo? – O que está acontecendo? – Venha aqui. – Levi estendeu a mão; Fui até ele e sentei no colo dele. Ele havia trocado de roupa, agora com uma camiseta preta simples e uma bermuda de basquete cinza. Ele não parecia ter a idade dele nem um pouco. – Como você se sente? – ele deslizou os braços em volta da minha cintura, segurando-me firmemente contra ele. – Além de sentir que eu acabei de pegar um elefante, estou bem. O que é isso? – eu não precisava perguntar a Millie se ela estava bem; ela estava apenas sorrindo e rindo, mas ela não deveria estar lá. – Eu te disse que você não estava fazendo nada

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sem mim, e isso inclui sair. – ela cruzou os braços e me deu um olhar aguçado. Ela estava falando sério agora? Uma coisa era eu rir e fazer piadas sobre as coisas que fazia, mas havia uma enorme diferença entre ela e eu. Ela não parecia entender a situação em que ela havia se colocado de bom grado. E Levi sabia que ela não era como nós, então eu virei meu olhar acusador para ele. – Por quê? – minha pergunta exigiu mais de uma resposta. – Desculpe-nos. – ele sorriu para a Camillie e nos levantou. Pegando a minha mão, ele me levou um pouco pelo corredor até o banheiro. O espaço era melhor do que todo o meu apartamento. O banheiro independente provavelmente custou mais do que o meu carro. Levi me levantou e me colocou na penteadeira redonda e preta, bem em cima da pia. – As alternativas eram sua cabeça removida ou seu corpo jogado em um buraco. Eu tinha que garantir que tudo estivesse arrumado quando saíssemos. Você não acha que poderíamos apenas matar algumas pessoas e estar no nosso caminho alegre, não é? – abri a minha boca e fechei de novo. Ele estava certo, é claro. Eu nunca pensei sobre tudo o que ele fez nos bastidores para manter as

coisas funcionando sem problemas. E ele estava certo sobre a Camillie. Página | 119

– Ela teve que ser forçada? – eu questionei. Ele debochou como se eu tivesse feito uma piada. – Tudo o que eu tinha a dizer era que você viria e ela estaria convidada. Isso não soa exatamente como um pesadelo. E considerando que fiz muito trabalho de casa sobre ela, é uma vida muito melhor do que a que ela estava vivendo. – Você... não é tão ruim. – eu estendi a mão e passei meus braços em volta do seu pescoço. – Eu fiz isso por você. Ela é sua responsabilidade. Se ela me irritar ou desrespeitar qualquer um em minha casa, eu vou matá-la. – acreditei nele, sabia com cem por cento de certeza que ele não estava blefando. Puto ou não, eu nunca deixaria ele machucá-la. – Você dormiu? – ele não parecia cansado, mas eu ainda não vi o homem fechar os olhos por cinco minutos. – Eu não preciso dormir; Eu preciso de você. – com isso, ele desfez o cordão do meu short e colocou sua boca na minha. Eu separei meus lábios para ele e levantei. Ele tirou meus shorts e roupas íntimas com um puxão rápido pelas minhas pernas. Minha bunda estava apoiada na pia. Eu estava me

perguntando como diabos isso vai funcionar quando ele agarrou as minhas coxas. Ele me separou e se afastou. Página | 120

– Levi... – ele agarrou meus pulsos e colocou a boca sobre meu sexo, passando sua língua até a minha abertura. Ele fez isso uma vez, três, cinco vezes, fazendome contorcer-se antes de pressionar a sua língua todo o caminho dentro de mim. Ele foi tão fundo que senti seus dentes logo acima do meu clitóris. – Porra. Levi. – eu gemi, puxando meus pulsos e agarrando a parte de trás de sua cabeça. – Mova seus quadris, baby. Monte em minha língua. – ele deslizou as palmas das mãos por baixo das minhas coxas, levantando-me um pouco da pia. Sem nada para segurar, eu deixei cair minhas mãos em seus ombros e fiz como ele instruiu. Eu tive que fazer uma pausa depois da minha primeira tentativa. Na terceira, eu não precisei de nenhum incentivo. Eu movi meus quadris em sucessão com a língua mergulhando dentro e fora da minha boceta, cravando minhas unhas em seus ombros e não me incomodando em acalmar meus gemidos. As coisas que ele poderia fazer com a boca deveriam ser ilegais. – Eu não posso. – gemi sem fôlego, sentindo

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minhas pernas começarem a tremer. A torneira da pia estava cravando em minhas costas e o meu cabelo estava começando a grudar no espelho oval. – Apenas me foda, Levi. – assim que o seu nome escapou dos meus lábios, ele estava de pé. Nossas bocas colidiram; Eu podia sentir minha umidade na língua dele. Ele puxou seu pau duro para fora, segurando a base em sua mão. Meu estômago doeu com a antecipação carente. Com a mão livre, ele me empurrou para trás. Eu gritei de dor e mais ou menos ouvi o espelho estalar, minha cabeça girando com o impacto. Levi estendeu a mão e agarrou a minha garganta, batendo brutalmente dentro de mim. Ele não me deu tempo para me ajustar; Ele começou a me foder e usar o meu corpo como uma válvula de escape para sua energia inquieta. Minha via aérea estava fechando, mas eu não disse a ele para soltar. Eu chiei e gemi, segurando seu pulso e agarrando sua bunda para empurrá-lo mais fundo. – Mais forte. – eu ofeguei. Ele fez um som em sua garganta e saiu de dentro de mim. Eu abri a minha boca para protestar quando sua mão esticou e amarrou meu cabelo. Eu fui arrancada da

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penteadeira e me virei. Com um forte empurrão, ele me inclinou e se enfiou, e mergulhou completamente dentro de mim. Eu gritei, agarrando-me a algo para segurar quando ele chegou ao fundo. – Isso é forte o suficiente? Você quer mais? – sua mão voltou para a minha garganta. Eu arqueei minhas costas e o senti deslizar um pouco mais fundo. O som de suas bolas batendo na minha bunda ecoou em torno de nós. Eu podia sentir o seu piercing quase dolorosamente atingindo o meu colo do útero. Ele empurrou como se quisesse me fazer sangrar. Minha visão começou a embaçar com pontinhos dançando na frente dos meus olhos. Ele apertou mais forte; seu olhar estava concentrado em nosso reflexo. Tentei me concentrar no modo como suas tatuagens se moviam quando seus músculos flexionavam, com os seus olhos escuros que continuavam me devorando inteira, e observavam enquanto ele fazia meu corpo o dele. Quando senti meus pulmões protestarem, senti um tipo diferente de prazer. Esta não seria uma maneira bonita de morrer? – Você é tão perfeita pra caralho. Nada nunca

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pareceu tão bom assim. – ele confessou com uma voz rouca. Com uma mão ainda ao redor da minha garganta e o seu pau ainda se movendo dentro de mim, ele se abaixou e beliscou meu clitóris. Assim que comecei a desmaiar, meu orgasmo atingiu. Um grito silencioso saiu da minha boca; Eu tinha lágrimas de prazer escorrendo pelas minhas bochechas e chamando o seu nome como uma oração, enquanto ele continuava em minha direção. Parecia horas depois quando o senti inchar dentro de mim. Seus lábios arrastaram beijos pelas minhas costas, até o meu rosto, onde ele lambeu minhas lágrimas. – Levi. O som de palmas rompeu o nosso momento e interrompeu o que eu ia dizer. Senti seu sorriso no meu pescoço antes que ele sussurrasse: – Bem-vinda ao lar, Marie.

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Parte dois Obessão -substantivo 1. A dominação de seus pensamentos ou sentimentos por uma ideia persistente, imagem, desejo, etc. 2. O estado de ser obcecado.

Eu sou o alter para quem ela reza. O mestre manipulador que faz lavagem cerebral e a convence. No final do dia, ela faz tudo valer a pena. – Levi

Capítulo Dezoito Página | 125

Levi “maldito” Silas era o milionário mais incomum do planeta. As tatuagens eram escondidas debaixo de seu terno, sua principal escolha por negócios e a maneira como ele agia. Eu às vezes, esquecia quanto dinheiro ele tinha. A casa que mais parecia um resort privado era rápida em me lembrar. Ficava isolada como uma fortaleza secreta. O quintal era uma praia privada. Estava acordando ao lado dele por uma semana. Ele estava sempre me observando, passando as pontas dos dedos pela minha pele, ou beijando meu corpo. Levi e eu nos encaixamos. Dois pedaços defeituosos de um quebra-cabeça distorcido e doentio. Acho que esse foi o nosso único problema. Duas pessoas fodidas admitem que estão fodidas? Dizemos a nós mesmos que não há nada de errado conosco, mas não vemos nada de errado com as coisas que fazemos. Claramente, estar entediada tinha me afetado. Eu já estava ficando filosófica. Inclinei-me sobre o corrimão, inalando o cheiro de maresia e desfrutando da brisa fresca. A porta da sacada se abriu, e nem um segundo

depois, Levi passou um braço ao redor da minha cintura e a outra estava segurando um baseado. Página | 126

Eu me virei para ficar frente a frente e olhei para ele. – Você está pronta para fazer isso? – ele perguntou. – Eu te devo uma tonelada de dinheiro, estou mais do que pronta para fazer isso. – eu ri. Na verdade, senti que era responsável por correr a bola no Super Bowl. Esta foi a minha primeira caçada do ano. Ele tinha muito mais fé na minha capacidade do que eu. Eu estaria com o Cobra, Tiny e Erin, então isso me fez sentir um pouco melhor. Alguns podem achar errado que ele não faça isso de graça, mas eu odiava a própria ideia disso. Porque nós compartilhamos uma cama, não fez o que ele estava fazendo menos valioso para mim. E isso me fez sentir como se eu estivesse trocando meu corpo por seus serviços. Pelo menos com uma taxa real de débito até a morte, poderia acompanhar quanto eu ainda devia. Você não pode medir a soma de uma vagina. – Ei, você está bem? – deslizando minhas mãos em seu peito para envolver em torno de seu pescoço, olhei em seus olhos, incapaz de obter uma

leitura sobre como ele estava se sentindo.

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A última semana foi incrível entre nós; Ele me tratou como uma rainha e foi mais do que hospitaleiro com Millie. Mas para alguns dos homens que trabalharam para ele e Erin, a loira de Diano, o lado sombrio dele que eu tinha visto antes tinha começado a sair. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, sairia e não iria embora. O que isso significaria para nós? – Eu estou mais do que bem. – ele deu uma tragada no baseado e trouxe a sua boca a um milímetro longe da minha. Ele exalou e eu separei meus lábios para inalar a fumaça. Eu não precisei de drogas para me deixar chapada quando as tive. A maneira como ele olhava para mim não era o modo comum que um homem olha para uma mulher. A partir do momento em que o conheci, e quanto mais tempo passei com ele, ficou claro que ele era o único para mim. Eu acho que nós dois sabíamos. Tenho certeza que ele sempre soube. – Eu tenho algo para você. – ele saiu de meus braços e pegou minha mão. Eu o segui de volta ao nosso quarto, imediatamente percebendo a caixa branca na cama de dossel. Se ele me trouxesse outro vestido, eu puxaria meu cabelo. Ele estava me trazendo porcarias quase diariamente desde quando

chegamos. Agora, acabei de receber um novo vaso de rosas vermelhas e brancas na mesinha de cabeceira. Página | 128

Isso ainda era excessivo, na minha opinião, mas uma melhoria em relação a joias e roupas. – Abra-a. – ele soltou a minha mão e se virou para apagar o cigarro dele. Acostumada à sua impaciência até agora, balancei a cabeça, levantei a tampa e afastei o lenço de papel. Isso era muito melhor que um vestido. Havia um par de luvas pretas macias e uma máscara de coelho preto e fosco. – O que você acha? – Eu amei isso. – joguei meus braços em torno de sua cintura, abraçando-o com força. – Eu não posso levar todo o crédito dessa vez. Tiny ajudou. – ele segurou minha bunda, apertando as nádegas. Levi era um homem de bunda por completo; se suas mãos pudessem ficar ligadas a isso o dia todo, elas ficariam. – Tiny ajudou? Nunca a ouvi dizer uma única palavra e confiar em mim; Eu continuo tentando. Aposto que ela é muito divertida. – Ela não fala. Acho que a ouvi dizer um total de três palavras. Mas ela é uma das pessoas mais inteligentes que conheço. E ela gosta de você. Isso

nunca acontece. – ele me apoiou até que eu estava na cama. Página | 129

– O que ela disse? – respirei quando ele beijou meu pescoço. – Um nome, não pare e sim. – Sério? – bati no peito dele; Era óbvio que ele estava tentando não rir. – Não era o meu nome. – Ah. – eu ri, levantando meus quadris para que ele pudesse tirar minha calcinha. – Eu não vou estar por perto quando você sair hoje à noite, e eu preciso de um pouco de você comigo. – ele abriu minhas pernas, abaixando o rosto entre as minhas coxas. – Eu quero sua boceta no meu paladar. – Ah?

Estava oculta debaixo do pinheiro coberto de vegetação, observando a Tiny subir o caminho de pedra até a cabana. Cobra tinha voltado e cortado a

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energia. Em apenas uma fina camisola branca, ela parecia uma garotinha. Eu acho que é de onde veio o apelido dela. Mesmo com uma máscara de boneca rachada, ela parecia na maior parte inocente. Isso foi um pouco estranho para mim, o fato de ela ter entrado em um papel, mas a Tiny era um pouco estranha em geral. Além disso, eu era de falar. Eu estava entrando naquela casa para matar estranhos aleatoriamente sem motivo. Bem, não há razão para me dizer ou se importar. O rosto mascarado de Cobra apareceu no canto da cabana, e ele acenou com a mão antes de desaparecer de novo. Sendo esse o meu sinal, agarrei o novo e melhorado taco e silenciosamente atravessei as outras árvores espessas que cercavam a casa de férias. Erin estava por aí em algum lugar, e isso compunha nosso pequeno quadrilátero. Com os lábios curvados, apertei meu aperto no cabo do bastão de metal, deixando escapar um suspiro silencioso. Estava zumbindo com energia para foder coisas. Contornando a parte de trás da cabana, eu fiquei nas árvores. Cobra acenou com o queixo para mim de seu esconderijo. Depois de um minuto, a porta se abriu e um homem mais velho de camisa cinza saiu.

Agora eu acenei, deixando o Cobra saber que eu poderia lidar com ele. Página | 131

Agachando-se e movendo-se o mais rápido, mas o mais silenciosamente possível, consegui me agarrar às árvores e me aproximar da minha presa. Ele tinha acabado de abrir a caixa do disjuntor, apontando a lanterna para dentro. No momento em que ele apontou a luz para baixo e percebeu que sua energia foi cortada, eu estava bem atrás dele. No lado positivo, ele era um homem mais velho, talvez uns seis anos. – Oi. – eu sussurrei. Ele se virou em surpresa e os seus olhos se arregalaram quando observou meu conjunto de máscara e taco de metal. – Por favor... Antes que pudesse tirar aquele apelo patético de sua boca, eu golpeei. Ele gritou assim que golpeei novamente. Osso e dentes rachados; era música para os meus ouvidos. Eu pulei para trás para obter um ângulo melhor em sua forma caída. Um grito veio de dentro, seguido pelo que soou como vidro quebrando. Quando eu abaixei o bastão diretamente em seu rosto, algo sólido caiu e ele ficou irreconhecível como humano. Mais um golpe e um jato de sangue na grama iluminada pelo luar, a

minha tarefa estava terminada.

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Agora era hora de entrar. Correndo de volta para a cabana, subi as escadas e entrei pela porta dos fundos. Havia um adolescente morto debaixo da mesa; mais do que provável que o pescoço dele tinha sido quebrado. Obrigado porra eu não tive que fazer isso. Nunca tive antes e esperava que nunca tivesse que fazer isso. Movendo-me pela cozinha, vi o Cobra bater o que parecia ser um pé de cabra na cabeça de uma mulher. Onde estavam a Tiny e Erin? Vendo que o Cobra não precisava de ajuda, dei uma rápida olhada na sala de estar, avistando mais um corpo antes de subir as escadas. Eu pulei para o lado a tempo de evitar o homem que eles empurraram para baixo da plataforma. O que soou como uma risada de Tiny seguiu. Horrível. Ele estava perdendo um olho. Tudo estava mortalmente silencioso depois disso, como um trocadilho intencional. Todos os gritos, soluços e suplicas foram feitos. Era mais fácil emboscar e matar pessoas quando elas não tinham ideia de que você estava vindo. Vinte minutos atrás, essa família estava prestes a se acalmar e curtir um filme. Vi a pipoca no balcão da

cozinha e a caixa de cerveja ainda pingando de condensação. Página | 133

– Verifique a casa para que eu possa fazer a confirmação. – Cobra gritou. Tiny desceu as escadas, segurando a mão um soco inglês. Segurando uma risada, eu bati na sua mão com mão enluvada e caminhei para o andar de cima. A cabeça de Erin se virou para me seguir quando passei, mas ela não disse nada. Isso tudo veio tão naturalmente para mim. Não havia nenhum interruptor que precisava ser virado para eu tirar uma vida; Eu acabei de fazer isso. Às vezes, eu me perguntava se deveria sentir remorso, mas depois me perguntava por quê. Quando eu lia sobre pessoas morrendo no jornal ou via no noticiário, eu nunca dava a mínima. Eles eram totalmente estranhos. Assim como todo mundo nessa cabana. Eu não podia ser psicopata porque sentia muitas emoções. Meu cérebro não estava faltando um parafuso, que eu sabia. As pessoas caçavam como um jogo o tempo todo; Eu só achei humanos muito mais perigosos e excitantes de perseguir. Olhando em volta do quarto em que eu tinha entrado, chequei o armário primeiro. A cama ainda estava arrumada e havia uma mala no canto. Eles

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devem ter chegado no início do dia. Me ajoelhando, levantei a colcha da cama e espiei por baixo. Eu tinha certeza de que o quarto estava vazio, mas nunca se podia ter certeza. O último lugar para verificar era o banheiro anexo. Depois de puxar a cortina do chuveiro de volta e ver a banheira vazia, suspirei e virei nos meus saltos, voltando para o quarto. – Levi? – paralisei no lugar. Ele estava em pé na frente da porta arrombada agora do quarto. Ele usava um terno todo preto e sua máscara de caveira. Eu sabia que era ele. As tatuagens, sua altura, colônia e os seus olhos escuros escondiam tudo. Tirando tudo isso, eu conhecia esse homem quase tão bem quanto sabia que o céu era azul. Ele não falou; ele parecia estar me observando. Não conseguia nem ver seus malditos olhos; tudo o que vi foram órbitas vazias, e seu olhar ainda estava aquecendo meu corpo inteiro. Ele empurrou a porta e foi até onde eu ainda estava no chão. – O que você está fazendo aqui? – perguntei quando ele parou bem na minha frente. Ele estendeu a mão e me virou de modo que minhas costas estavam de frente para ele, agarrou

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minhas mãos e deixou claro que ele queria que eu me apoiasse contra a parede. Assim que ele me teve como queria, suas mãos estavam puxando minhas calças e, em seguida, desfazendo o cinto. Meu coração estava disparando dentro do meu peito como um puro-sangue com esteroides. Com uma gentileza que estava em desacordo com o momento, ele abriu minhas pernas. Senti o seu piercing acariciando os meus lábios, e então seu pau duro e grosso estava dentro da minha boceta. A intrusão áspera doeu; Eu não me importei. Eu gritei; ele não se importou. Levei um minuto para me ajustar ao redor dele. Com as palmas das mãos encostadas na parede, arqueei minhas costas, tentando colocá-lo mais fundo dentro de mim. Ele tinha uns bons dois metros e eu tinha apenas 1, 52m, o que fazia da posição um exercício em si. Como se estivesse lendo a minha mente, ele puxou e me virou. Ele enganchou uma perna sobre o quadril e empurrou para dentro de mim. Ele nunca foi gentil comigo, nunca me deu tempo para me ajustar. Nosso tipo de coisa era o tipo que alguém precisava experimentar pelo menos uma vez na

vida, ou teria vivido por nada.

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– Mais, Levi. – egoistamente implorei. Eu não consegui o suficiente. Ele riu com um som malvado e delicioso e ele saiu novamente. Virando-se para encará-lo, eu choraminguei quando ele me levantou pela minha garganta e quase me jogou na cama. Suas mãos deslizaram lentamente sobre as minhas coxas quando ele colocou minhas pernas em seus ombros. Apenas me apoiei nos cotovelos quando ele mergulhou dentro de mim novamente. Uma mão voltou para a minha garganta, me prendendo de volta na cama; a outra agarrou o topo da minha cabeça. – Porra... Levi! – mordi seu ombro e agarrei suas costas quando ele cambaleou. Ele me fodeu com abandono, me jogando no colchão. A cabeceira sólida de pinho bateu na parede a cada impulso brutal. Um calor estava dentro de mim, me ameaçando explodir em pedaços. Seu peito estava quase esmagando o meu; ele transformou meu corpo em um pedaço de origami. Eu não conseguia ver o rosto dele; tudo que vi foi o crânio preto e branco, mas senti o seu olhar pesado. Eu sabia que ele possuía cada centímetro da minha alma negra. Ele ia expor todos os segredos obscuros, vis e

perversos dentro de mim.

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Quando o clímax bateu, passou por todo o meu corpo. Ele me fodeu em cada sensação violenta de prazer e com grunhidos sensuais. No rescaldo, quando ele se enterrou completamente e sua gozada me preencheu, eu puxei seu corpo para baixo e segurei-o perto. Eu poderia ter morrido então, e eu teria morrido feliz, porque ele estava ao meu lado.

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Capítulo Dezenove

Levi Uma boa boceta pode arruinar a vida de um homem. Pensei que isso fosse tudo. Ela cobriu o seu interior com uma cocaína letal que me viciou desde a primeira vez que tive as suas pernas em volta de mim. Isso foi eu me enganando. Nós éramos bons juntos. Só nós dois poderíamos entender como isso era possível. Só nós podíamos entender o que havia entre nós. Eu pensei que tê-la extinguiria a obsessão. Têla perto piorou. Eu não estava me focando como deveria em uma empresa que estava se preparando para a magnitude. Garret estava à espreita, longe da mente, e toda vez que ele me via havia um sorriso arrogante em seu rosto. Meu sócio, Tyson Tyler, irmão gêmeo de Tiny, aprovou o relacionamento de forma bastante

vocalmente.

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Mas ele também sabia o que tinha que ser feito. Cobra olhava para ela como uma irmãzinha. Eu poderia fazer dela parte da nossa família. Se esta fosse uma história de amor sobre a redenção, eu teria feito a coisa certa. Eu teria sido um daqueles homens que trocaram minhas bolas por palavras poéticas, decidi que eu era um idiota e joguei meu coração para a garota. Quem pensou que isso era uma história como essa, era mais doido varrido do que nós e não estava prestando atenção. Eu estava escolhendo manter minhas bolas e estava bem ciente do fato de que eu era um idiota imperdoável. A garota seria minha no final, independentemente disso. Se ela conseguisse viver. As coisas só tinham que correr primeiro. Tinha que me certificar de que meus esqueletos ficassem trancados nos armários deles. Às vezes, a honestidade não era a melhor política. Eu tinha mais em minha vida de ser um filho da puta cruel do que eu tinha com fingir ser legal. Por que diabos eu diria a cara do homem que ela bateu era seu avô? Que era a sua tia, tio e primo violentamente

abatidos? Eu não faria isso. Parecia uma coisa muito estúpida de se fazer. Página | 140

Isso foi culpa do pai dela por cortar os laços com o resto da família dele. Se não fosse pelo Instituto, a filha dele teria crescido sendo criada por pessoas que a teriam enchido de drogas e rótulos. Ele ficou ganancioso e estúpido, e é por isso que ele estava em um buraco frio e escuro. Ela não tinha ideia de que tinha membros da família que tentaram procurá-la. No entanto, a única pessoa que seu pai mencionou foi Michael. Estou supondo que ele esperava que a protegesse de todos que ele chateava. Eu fiquei observando-a durante toda a manhã, primeiro no chuveiro na transmissão ao vivo do meu escritório, e agora da varanda enquanto ela nadava na piscina. Eu precisava ter um controle mais firme sobre tudo isso. Precisava que ela parasse de se concentrar em pagar uma dívida que não existia. E eu precisava que ela abrisse os olhos e visse amplamente, e é por isso que tive que levar uma bola de demolição para essa bolha em que estávamos. Como seu homem, era meu trabalho protegê-la,

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mesmo que isso significasse acumular uma contagem de corpos. Fornecer a ela nada além dos melhores luxos que o dinheiro poderia comprar, e transar com ela como uma fera raivosa até que ela me implorasse que não aguentava mais. Ela era o tipo de mulher que você adorava de joelhos com as mãos na cintura e o rosto entre as coxas. Eu fiz isso todas as manhãs e todas as noites. Se eu pudesse comer sua boceta o dia todo, eu faria. Uma mão delicada nas minhas costas me tirou da minha divagação interior. Erin se aproximou de mim e seguiu meu olhar. Podia ver o ciúme como um flagrante no rosto dela. Seu orgulho não era bem-vindo ou permitido. Eu cometi o erro de deixar ela colocar as mãos no meu pau, duas vezes. Eu não achava que teríamos um problema sobre isso. Eu pensei que ela era alguém em quem eu podia confiar. Já era hora de discutirmos sua atitude e falta de julgamento.

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Capítulo Vinte

Kenna Estava quente demais para não usar a piscina. Tinha sido enviada quatro vezes até agora e precisava do intervalo. Matar nem sempre é fácil. Embora seja sempre divertido, às vezes pode ser exaustivo. Millie se sentou em uma poltrona, parecendo uma princesa mimada. Cobra estava com as pernas na água, juntando-se a nós cerca de quinze minutos antes. Eu estava na minha boia, observando Levi fumar em sua varanda e parecendo profundamente pensativo. – Você não acha que matar é errado? – Millie perguntou, desviando a minha atenção para longe dele. – Não há nada de errado nisso, garotinha. Se alguém precisa ser morto, você o mata. – Cobra encolheu os ombros. Eu revirei meus olhos atrás dos meus óculos de sol. Não foi como explicar isso para ela. Levi decidiu que ela precisava entender o

que acontecia aqui.

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– Eu não estou pisando em ovos na minha casa. – foram as suas palavras exatas. – Eu não posso acreditar que você pensou que eu não sabia. – ela se virou para mim, tomando sua limonada. Eu não sabia que Garret já havia dito a ela, e aparentemente nem Levi. Se ela tivesse reagido mal, tenho certeza de que ela teria desaparecido há muito tempo. Millie pode ter sido mimada, mas sempre foi porque ela se mimava. Sua vida em casa era uma merda total. Eu acho que todos nós tivemos algum nível depravado de merdas. – Bem, agora que estamos todos conscientes de que matamos pessoas, por que não acendemos a churrasqueira e temos margaritas para comemorar? – O sarcasmo gotejava em todas as minhas palavras. – O mundo tem heróis suficientes; ele precisava de alguns desviados. – Cobra acrescentou. Eu fui responder, mas o suspiro áspero de Millie e o som de ossos batendo contra a pedra me fizeram quase cair da boia. – Puta merda. – Cobra murmurou. Isso era um maldito eufemismo. Eu remei para o lado da piscina e saí, tirando os meus óculos. O corpo de Erin

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estava em um ângulo grotesco, uma sombra feia de carmesim ao redor de sua cabeça inclinada. Eu olhei para cima e concentrei os olhos em Levi um pouco antes de ele se virar e calmamente entrar. – Já volto. Coloque a Millie para dentro. – eu disse por cima do meu ombro. Independentemente de como ela disse que se sentia, isso não era algo que ela precisava ver. Ele simplesmente empurrou uma das únicas pessoas em quem ele confiava sobre um corrimão; claramente ele não estava bem. E você vai entrar na toca do leão como um sacrifício amanteigado. Besteira. Eu não tinha medo dele, e se ele precisava de uma válvula de escape, preferia que ele me usasse e não jogasse as pessoas nas varandas. Movimentando-me encharcada pela casa, subi as escadas a uma velocidade vertiginosa. – Levi, que porra é essa? – eu gritei de surpresa, não esperando que ele estivesse esperando por mim bem do lado de dentro da porta. Ele estava sem camisa agora, e eu poderia dizer pela sua linguagem corporal que ele estava tenso. Ele fechou a porta antes de me agarrar pelo antebraço. – Solte-me. – eu me afastei dele na defensiva. Não podia dizer que fiquei surpresa quando a resposta dele foi me atingir. Ele não usou toda a sua força; se ele tivesse o meu queixo teria sido desprendido. Não foi o ato que me deixou furiosa;

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Foi uma pena ter gostado. Dois erros não fazem o certo, mas a aconteceu e minha palma colidiu com o rosto dele. Isso me machucou mais do que machucou ele. – Você é a pior coisa que já aconteceu comigo, ou o maior erro da minha vida. – A emoção não característica em sua voz trouxe lágrimas verdadeiras aos meus olhos. O que diabos estava errado com a gente? Deus, nós éramos tão disfuncionais e ferrados em nossas cabeças. Comecei a rir às minhas custas. Como eu poderia não amar como pouco nos importávamos com os limites? Sobre o que era certo e errado? Eu não pude envolver minha cabeça em torno do que tinha acabado de acontecer entre nós. Mas, sabia que nossas reações ao normal era nos foder. – Você é bonita quando chora. – ele estendeu a mão para mim e praticamente pulei em seus braços. – Continue me fazendo fazer isso. – eu agarrei seu cabelo e puxei a sua boca para a minha. Ele mordeu o meu lábio inferior até que eu provei carmesim. – Por que você a empurrou? – Eu não empurrei. Eu a peguei e joguei por ela. – Você deveria ter me deixado fazer isso. – fiz

beicinho.

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– Você é uma vadia psicótica. Eu adoro isso. – ele envolveu minhas pernas em volta da sua cintura e me levou para a cama, me deixando no centro dela. – Ela estava tentando reivindicar algo que não pertence a ela. Um suspiro ressoou entre nós quando ele me virou no meu estômago. Ele puxou as tiras do meu biquíni, jogando-o pelo quarto uma vez que ele o tirou. – Então, a quem pertence? – olhei por cima do meu ombro para ele. – Você sabe que você me possui tanto quanto possuo você. – ele me colocou de joelhos. – Pronta? – eu não tive a chance de responder. Ele agarrou minhas nádegas, separou-as e enfiou a língua por todo o meu buraco enrugado. Levou minha mente um segundo para entender o que ele estava fazendo. Eu queria saber sobre essa parte do meu corpo, é claro, mas quem não quer? Ele fodendo a língua não foi exatamente o que eu imaginei. O segundo que superei a estranheza disso, eu exigi mais. Ele me acalmou, empurrando dois dedos profundamente dentro da minha boceta molhada. – Você quer o meu pau aqui? – ele se afastou de

mim e se segurou nas minhas costas.

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– Sim. – agora, eu me aproximei dele. Ele pegou meus quadris e me segurou firme. – Você vai ter que fazer melhor do que isso. – ele brincou com a minha bunda com o seu piercing. – Levi, por favor, você vai foder minha bunda? – Morda o travesseiro. Eu não acho que precisaria, mas quando ele segurou minhas nádegas e se empurrou para dentro de mim, eu mordi. A dor foi pior do que a primeira vez que ele me teve. Ele se afundou em mim sem piedade. Uma mão bateu na parede acima da cabeceira da cama quando ele se preparou; a outra foi para o meu clitóris. Eu sabia que isso machucaria muito quando acabasse. Ele ia me fazer sangrar, e eu ia chorar de verdade. E eu não estava me referindo ao jeito que ele estava me fodendo. Isso doeria também, mas quando a dor e o prazer começaram a ficar difíceis de diferenciar, ele cumpriu sua primeira promessa de me fazer gritar o seu nome. A mão que esfregava o meu clitóris foi para o meu cabelo. Eu senti a atração antes que ele terminasse de enrolar os fios castanho-avermelhados em volta do punho. Quando ele finalmente puxou minha cabeça para trás, eu

gritei, apertando os lençóis com tanta força que a pigmentação em meus dedos ficou branca. Página | 148

– Eu gostaria que você pudesse sentir o quanto bom pra caralho isso é para mim. – ele disse asperamente. – É melhor assim. – gemi quando pude formar uma resposta. Quando não consegui me segurar mais, acabei caindo no meu estômago. Ele se inclinou para baixo com o seu peito tocando minhas costas, uma mão ainda presa no meu cabelo, e começou a bater em mim com movimentos lentos e preguiçosos. Meu corpo vibrou embaixo dele. O som dos nossos corpos ecoou no ar ao nosso redor, misturando-se com os sons de seu nome saindo da minha boca e seus gemidos baixos e agradáveis. A pressa era diferente assim. Eu subi para um plano mais alto quando o prazer esmagador penetrou em cada uma das minhas terminações nervosas, me deixando direto na vertigem. Ele continuou a andar lentamente pelo meu corpo, sussurrando em meu ouvido, empurrandome para outra órbita com as suas estocadas e encontrando cada pico. Quando ele finalmente parou, vindo com um último impulso enterrado em minhas bolas profundas, eu me fundi até embaixo

do seu firme estrado.

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Capítulo Vinte e Um Eram três da manhã, e eu deixei Levi dormindo pela primeira vez, algo que o homem nunca fez, e fui até a cozinha para pegar um lanche. Eu estava no meio da escada quando uma porta se abriu. Parando, olhei para cima a tempo de ver Camillie saindo do quarto de Cobra. Eu vi isso vindo de um milhão de milhas de distância. Pigarreando, eu consegui a sua atenção e levantei uma sobrancelha. – Você não é a única pessoa que gosta de sexo. – ela sussurrou, vindo na minha direção. Seu cabelo estava uma bagunça e ela estava vestindo uma camisola desleixada. Era claramente óbvio o que acabou de acontecer. – Nunca ficaria no seu caminho de alimentar a sua virilha. – eu emendei, continuando a descer as escadas. – Cadela. – ela sussurrou de brincadeira com os seus pés descalços batendo nas escadas de mármore atrás de mim. – Você sabe que eles apenas lançaram o corpo da cadela de um barco? – ela perguntou. – E Tiny

está transando com seu irmão gêmeo.

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– Isso é nojento, Millie. – mantive a minha voz baixa, mas falei um pouco mais alto agora que estávamos entrando na cozinha ampla. Este quarto tinha uma vista deslumbrante. As altas janelas de vidro refletiam à lua no oceano, dando uma aparência pitoresca. – O corpo fora do barco, ou Tiny? – ela checou. – Não me importo com o que eles fazem com o maldito corpo. Eu estava me referindo a Tiny. – eu olhei para ela e abri a geladeira. – Não estou mentindo; a garota é louca por seu irmão de uma maneira nada legal. Há algumas coisas loucas e bizarras que acontecem nesta casa. Vi que ela estava falando sério e quase derrubei o leite. Isso fazia muito sentido. Eu só conheci Tyson uma vez, mas quando o conheci, Tiny estava agarrada a ele como um gato em um membro. Eu pensei que era uma coisa de gêmeos. Nem uma tonelada de coisas me aborrecia; meu hobby era prova disso. Mas isso era nojento, e eu gostaria que ela não tivesse dito nada. Como eu deveria olhar para qualquer um deles agora? Ela não parecia tão chocada assim. – Levi tem um cachorro? – ela perguntou aleatoriamente, enquanto eu me servia de flocos de

milho. – Hum, não...

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– Você tem certeza? – ela acenou com a cabeça, e eu me virei para ver o que ela estava olhando. Com certeza, havia um pequeno saco de Alpo12 perto da lata de lixo. Ele tinha um cachorro escondido nesse castelo em algum lugar? Olhei de novo para Millie e encolhi os ombros.

Levi Eu me abaixei sob a viga de pedra, estendendo a mão para a corda que ligava a lâmpada. Um leve zumbido preencheu o ar, e a luz piscou algumas vezes antes de continuar acesa. Olhando em volta, notei que os fungos pararam de crescer nas paredes. Isso deveria ser um abrigo. Quem possuía a minha casa antes era uma daquelas pessoas do dia do juízo final. Muito poucas pessoas sabiam que eu a tinha; a localização não era visível, a menos que você passasse pelo matadouro que eu estava construindo sobre ele.

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– Eu trouxe-lhe o almoço. – levantei levemente a bandeja na minha mão, enfocando finalmente a verdadeira razão que tinha descido para o minúsculo buraco de merda. Ele não falou. Ele nunca falou, mas ele se afundou quando viu o vídeo de Mckenna e eu. O cheiro do seu balde era além de repulsivo, mas isso não era o meu problema. Tinha contratado ajuda para limpar suas coisas e limpá-lo de vez em quando. Pousando a bandeja, usei meu pé para deslizar pelo chão de terra, através do pequeno espaço no fundo da porta de ferro. O molho da comida de cachorro enlatada espirrou um pouco com o movimento. Como o animal que ele havia se tornado, ele pegou a lata e começou a tirar a carne química com os dedos, direto na boca. Nojento. Me surpreendeu o que um ser humano faria para garantir que não morreriam. Talvez ele tenha pensado que iria sair de sua casa indefinida e resgatar a garota. – Por causa de você, eu tive que inventar uma história triste sobre um cachorro. – eu fingi um suspiro. – No entanto, isso me rendeu uma boca quente envolta do meu pau. – Com isso, ele parou de comer e finalmente olhou para cima. Seus olhos cinza estavam sem vida e sem qualquer esperança.

Mas o que parecia raiva estava começando a ferver neles. Página | 154

Levei vinte minutos para ver na câmera e encontrar o idiota que deixou a comida de cachorro na minha cozinha. Ele estava sendo tratado de acordo. – Bem, nossas conversas são sempre legais, mas tenho coisas para fazer. Lugares para estar. – apaguei a luz e deixei-o no escuro, trancando a porta atrás de mim. Eu me perguntei se ele sabia que iria morrer lá dentro. Vê-lo me lembrou do que eu precisava fazer. Às vezes você tem que queimar pontes para ganhar uma distância muito necessária.

12. Alpo: marca de ração de cachorro.

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Capítulo Vinte e Dois

Kenna Havia algo diferente sobre Levi. Eu não conseguia identificar o que era. Com a cabeça apoiada no queixo, observei-o se vestir, olhando para a tatuagem de crânio que tomava suas costas inteiras. Não conseguia decidir se eu gostava dessa, ou o mau Buda mostrando a língua que estava na frente dele. Ele era tão pecaminosamente lindo; meu estômago ainda explodia com trombetas e confetes toda vez que eu olhava para ele. – Quando você voltar, há alguém que eu quero que você conheça. – ele disse ajustando sua gravata. – OK. Você vai me dizer quem é? – O nome dela é Miss Jackson. Ela é uma terapeuta. Franzi minhas sobrancelhas. Que porra é essa? – Levi, eu tive um terapeuta. Eu não preciso de outra. – esse babaca estava tentando dizer que eu precisava de ajuda? Porque isso seria literalmente o

bule falando da chaleira esfarrapada.

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– Qualquer que seja a teoria fodida que você está tentando inventar, bambina, não vai ser a certa. Apenas me pergunte se você quer saber alguma coisa. – Tudo bem. – bufei, sentando-me de joelhos. – Você é uma maldita pirralha. – ele balançou a cabeça, mas eu podia ouvir a diversão em sua voz. – É para ajudar você se lembrar dos detalhes do seu passado. Estamos procurando há semanas e, até onde sei, não há Michael. O contador que retirou o dinheiro não está mais no banco. Pode ajudar a falar sobre as coisas. Talvez, te ajude com a memória. – Uau, quem pensou que o grande Levi Silas daria um discurso motivacional tão emocionante. – ele se virou e me deu um sorriso vago. – Você é a minha dor favorita na bunda. – ele caminhou em minha direção e esticou a mão para agarrar meu queixo. – Mas, eu não vou sentar com você com um copo de vinho e falar sobre nossos sentimentos. – balancei a cabeça para ele, eu tirei a mão dele e saí da cama. Ele nunca ganharia nenhum prêmio por ser romântico, mas tudo bem comigo. A ideia de ir embora foi apenas um pouco mais brilhante quando descobri que ele estava voando para fora da cidade.

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Estava na ponta da minha língua para perguntar a ele sobre o relacionamento de Tiny e Tyson, mas eu decidi ir contra isso. Eu não sabia como violar esse assunto de maneira casual. – Certifique-se de pegar seus celulares. – ele me disse do armário. Sim pai. Não é como se eu pudesse caçar com a Millie ao meu lado. Um gemido sem graça escapou ao visual disso. No entanto, eu ainda a levaria. Só porque ele se transformaria em um homem das cavernas idiota se eu me recusasse. Quando ele finalmente saiu do armário, eu dei um grande sorriso. Ele riu, para mim também. – Esse é o mais falso sorriso idiota que você me deu ainda. – Vou sentir sua falta. – eu admiti, envolvendo meus braços ao redor dele. Ele ficou em silêncio por alguns momentos, e percebi que ele não ia dizer nada de volta. Mas então ele levantou meu queixo com os nós dos dedos e pressionou seus lábios macios nos meus. O beijo foi forte, mas cheio de emoção que nenhum de nós poderia falar um com o outro. Ele fez o meu coração disparar toda vez que ele me beijava assim.

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Capítulo Vinte e Três

Mckenna Era estranho estar de volta a Springlake. Ainda mais estranho foi a Waffle House estar fechada e o olhar no rosto de Ian quando ele nos viu. – Ele agiu como se tivéssemos acabado de aparecer de nossas malditas sepulturas. – Millie murmurou em torno de uma mordida de hambúrguer. Balancei a cabeça concordando, me concentrando na estrada. – Bem, fizemos as duas coisas e simplesmente desaparecemos sem nenhum bilhete ou qualquer coisa. Tenho certeza de que teríamos reagido da mesma forma. – Sim, certo, estou convencida de que você tem nove vidas em sua linha de trabalho. – ela limpou a boca de maionese e depois pegou seu refrigerante. Eu não tinha ideia de como a garota comia tanto. De todos os lugares, eu não queria vir aqui, mas

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Levi estava convencido de que a carta que eu recebi pelo correio me ajudaria a lembrar de algo sobre Michael, que não fazia sentido. Eu me vi fazendo um monte de coisas que não faziam sentido quando se tratava de Levi. Seja qual for a mensagem silenciosa que ele estava pregando, me fez crente. Ele era meu líder de culto, minha única religião. Mataria por ele sem hesitação e sem perguntas, contanto que ele me ajudasse a esconder o corpo. Mas para homens como Levi? Amar-los nunca foi o suficiente. Eu logo aprenderia essa lição da maneira mais difícil. – Que porra é essa? – virei na minha antiga rua e pisei no freio. Depois de estacionar o Nissan ao lado da estrada, eu abri a porta e saí, seguindo Millie com um sentimento similar. O prédio de apartamentos tinha sumido, e pela aparência da grama já crescendo sobre a sujeira usada para preenchê-la, isso aconteceu logo depois que saímos. Havia um letreiro de imóveis preso no centro do terreno nivelado, de vendido no canto. Michas e Tyler imobiliário. Levi sabia disso? Por que ele me enviaria aqui se ele sabia? – Com licença, senhor. – Millie chamou um homem mais velho com uma jaqueta de lã do outro

lado da rua, usando uma voz doce e doentia.

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– Sim? – ele empurrou seus óculos bifocais até a ponta do nariz e olhou para os dois lados, e em seguida, atravessou a rua até nós. – Você sabe quando este lugar foi destruído? – ela continuou a interrogá-lo enquanto eu ligava para o celular de Levi. – Bem, talvez algumas semanas atrás. Eles finalizaram tudo quando chegaram à cidade. – Quem são eles? – enfiei meu celular de volta no bolso, recebendo mensagens de voz três vezes seguidas. – Ah, o Sr. Silas e o outro cara com quem ele trabalha. – O homem continuou falando, mas meu cérebro teve um grande momento e a voz da intuição começou a me dizer o quão grande tola eu era. – Espere, o que você acabou de dizer? – o interrompi no meio da frase. – Ele vem aqui todos os anos para a vigília da filha dele. Ela tem cerca de doze anos agora. – ele acariciou seu queixo como se estivesse imerso em pensamentos. Eu quase suspirei de alívio; Levi não poderia ter uma filha de doze anos. Mas quando o homem deu uma carona pela estrada da memória, percebi o quanto era errado relaxar tão rápido. O

olhar no rosto de Millie era inestimável, mas tenho certeza que não se comparava ao meu. Página | 161

Levi Michaels Silas, também conhecido como Michaels, possuía parte do Micah's Real Estate com o seu melhor amigo Tyson Tyler. Ele veio a Springlake pela primeira vez com seu avô Andreou. Ele conheceu a Giana Ortega, e baseado em como o homem os descreveu, foi amor à primeira vista. Sua filha, a pequena Hannah, foi morta com apenas dois anos e a sua esposa desapareceu logo depois. – Não sei bem como, mas o seu corpinho foi encontrado atrás desse prédio por um homem chamado Henry... ou poderia ter sido Hank. De qualquer forma, essa é a essência disso. Pessoas muito boas. Ele é um cara legal, muito amigo. Sua esposa era uma coisa tão quieta. – O homem não calou a boca por mais cinco minutos. Quando ele finalmente foi embora, eu estava perdida no espaço. Millie não disse uma palavra. O que havia para dizer? Foi tudo mentira, certo? Não havia como eu ter dormido com o meu tio. Talvez, fosse como aquele cara, onde dois homens apenas se chamavam de irmãos. Infelizmente, o meu pai não estava pulando do túmulo para me dar respostas e me ajudar. E eu sabia que tudo isso era culpa dele.

Página | 162

Que diabos ele fez com aquela garotinha? E porque? Muitos porquês estavam sussurrando na minha cabeça. Se eu não fosse uma louca antes, já estava a caminho agora. Eu me sinto mal. Havia um buraco começando a reabrir no meu peito. Quem foi Levi Silas e por que ele me escolheu? O que diabos eu fiz com ele? Ele não parecia em nada com o Michael que eu conseguia lembrar parcialmente. – O que nós fazemos? Estamos indo atrás desse filho da puta? – a voz de Millie me trouxe de volta ao presente. Deus, eu a amava. Eu mantive meu rosto livre das emoções lutando por precedência no meu peito. Choraria no chuveiro como uma garota grande depois. Millie era a minha preocupação imediata. – Não, nós não estamos indo atrás de Levi. – eu levantei a minha mão quando ela foi protestar. – Ainda assim. Nós não vamos atrás dele ainda. – não pude começar a descrever os sentimentos dentro de mim naquele momento, mas suicídio não era um deles. Levi tinha um arsenal de matadores de elite à sua disposição; Não estava disposta a ser estripada de forma horrível. Quanto irônico seria morrer da mesma maneira que vivi?

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O celular no meu bolso da frente tocou. Eu imediatamente tirei e olhei a tela. Era o valor da recompensa que me apareceu imediatamente. Duas pelo preço de uma. – Millie, precisamos ir. – já estava arrastando-a para o carro antes de terminar de ler a mensagem de texto. – O que há de errado? – ela perguntou assim que entramos. – Coloque o cinto de segurança e pegue a alça. – não queria dizer a ela que não estávamos indo atrás de Levi porque ele estava enviando caçadores atrás de nós. Isso deu um toque totalmente novo ao gosto do meu próprio remédio. Eu liguei o Nissan e cantei os pneus na rua. Olhando de relance no retrovisor, vi um muscle car13 vermelho virar a esquina e seguir em nossa direção. Porra, isso foi rápido. Eu não tinha ideia do que fazer e não tinha ideia de para onde ir. Um alerta de mensagem de texto soou enquanto me dirigia para a autoestrada mais próxima. Millie enfiou a mão no bolso e pegou o outro celular. – O que diabos isso significa? – Com as sobrancelhas franzidas, ela levantou o celular para que eu pudesse ver a tela.

Quando eu estiver pronto para você morrer, vou organizar isso sozinho. Este sou eu mantendo minha palavra. Página | 164

13. muscle car: modelo de carro.

Continua...
Ultra Violence #01 (ALT)

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