VOLEI - Mini-voleibol e iniciação esportiva

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Mini-voleibol e iniciação  esportiva 

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1.

Introdução O voleibol, tanto nas aulas de educação física quanto na formação de

competição ou na escola, é um dos esportes mais procurados pelos alunos, haja vista que se tornou o segundo maior desporto coletivo internacional. O esporte é apontado como um dos fenômenos mais expressivos da atualidade, sendo considerado como uma das manifestações culturais de grande repercussão social, sendo praticados em diversos lugares como praças, ruas escolas e clubes. Sua popularidade é constatada através da imprensa. (MATOS, 2007). Os esportes coletivos devem ser ensinados de forma prazerosa, por isto que se pode aplicar uma metodologia que supere as metodologias existentes que ficam com a mera repetição dos gestos dos fundamentos dos esportes ou modalidades. (GRÉHAIGNE e GUILLON, 1992 ​apud DA COSTA; PAOLI; DA SILVA. 2008).

Os primeiros contatos que a criança tem com o esporte são através da iniciação esportiva, onde ela começa a se familiarizar com o desporto em si de forma recreativa, depois são apresentados, aos poucos e de maneira simples, os fundamentos, regras, características, princípios e movimentações, técnica e tática. Para que o aluno tenha todas as informações possíveis de forma garantir seu aprendizado e a realização com sucesso dos fundamentos básicos

do

voleibol

o

professor

deve

estar

bem

preparado

metodologicamente para que isso ocorra. Nesse ponto o professor é quem faz a diferença, aplicando uma metodologia que seja voltada para as necessidades do aluno. Em sua formação profissional, o professor é apresentado às diferentes metodologias de iniciação esportiva onde ele vai trabalhar com aquela que atenda as reais dificuldades de seus alunos.

Essa carência de uma iniciação esportiva também é indicada como o mais importante obstáculo para que as equipes consigam atingir o alto rendimento. (SILVA; ROSE JR, 2005). O método que o professor utilizar com os seus alunos tem que atender os objetivos propostos, para que não tenham sua motivação diminuída e nem percam o gosto pelo esporte. Os fatores que podem contribuir para que os alunos tenham um rendimento melhor é apresentar-los a outros esportes e brincadeiras que lembram o jogo. Freire (1994) afirma que o professor de educação física que trabalha com a iniciação esportiva tem como objetivo além de passar seu conhecimento da área de esportes, e também acaba educando o seu aluno para a vida na sociedade. O professor de educação física pode ajudar seus alunos a fortalecer os valores, com a finalidade de desenvolverem suas competências cognitivas, pessoais, sociais e produtivas, conseqüentemente se inserirem na sociedade. Ele pode assumir uma nova postura educacional, estar aberto a novos entendimentos

e

práticas

pedagógicas,

aceitando

os

alunos

como

participantes e não como objetivo a ser lapidado. Os esportes coletivos desenvolvem principalmente o espírito social, de colaboração e de equipe, no qual o participante está inserido. A prática do esporte em grupo pode proporcionar a melhora na qualidade de vida, da saúde, valorização do convívio social em grupo e a valorização cultural, o que no voleibol não é diferente. O objetivo do estudo foi verificar, através de revisão de literatura, se os métodos utilizados na iniciação esportiva são absorvidos pelos alunos e se o professor contribui de forma satisfatória para o processo de desenvolvimento das atividades elaboradas e analisar a metodologia do mini-voleibol, a partir da perspectiva da iniciação esportiva.

A metodologia utilizada foi revisão de literatura baseada nos trabalhos apresentados, a partir da busca em: obras literárias da área, sites de pesquisa como lecturas, boletim da educação física, CBV, museu dos esportes, no qual foram utilizados autores que tem como enfoque teórico a iniciação esportiva, tais como Bosari (2001), Teixeira (2003), Silva e De Rose Júnior (2005), Ugrinowitsch e Uebara (2006), Greco e Benda (2007).

Iniciação esportiva A iniciação esportiva é entendida como o período em que a criança começa a aprender a pratica de um ou mais desportos que seria entre nove a dez anos de idade. (SANCHEZ, 1986 ​apud​ FARIA JUNIOR. ​et. al​. 1999). A iniciação esportiva possui vários métodos de aprendizagem para que os alunos desenvolvam suas habilidades esportivas de forma gradual sem atrapalhar as fases do desenvolvimento motor entre outros.

Greco e Benda (2007) afirmam que iniciação esportiva faz parte da formação global do ser humano, desenvolvendo as capacidades cognitivas, aumentando a capacidade psicomotora, e manutenção da saúde. Também proporciona a pratica de atividades físicas, tornando-as um hábito contínuo. Greco (1998, p. 39) menciona que “a escolha que um professor faz por um determinado método de ensino na iniciação esportiva é de grande importância

para

o

sucesso

do

praticante

no

processo

de

ensino-aprendizagem-treinamento”. O desenvolvimento do conhecimento tático por meio de um adequado processo de ensino-aprendizagem torna-se um dos fatores que contribuem com o objetivo da iniciação esportiva. O professor de iniciação esportiva tem como princípio passar as informações aos alunos proporcionando um aprendizado produtivo. Dessa forma ele tem estar bem preparado para ensinar seus alunos, com uma metodologia de fácil entendimento. O professor é a peça fundamental na articulação dos conhecimentos, pode promover um ensino que envolva aspectos físicos, técnicos, táticos, culturais e sociais. Nesse caso é importante que se estimule a aprendizagem dos alunos, passando informações de como se lidar com os erros e desta forma adquirindo habilidades necessárias na aprendizagem. A postura de educador esportista deve ser assumida pelos professores e técnicos para que possam administrar a formação de alunos em atletas e na formação novas pessoas. A iniciação esportiva tem como desafio manter a motivação dos alunos na prática das atividades desenvolvidas nos desportos, referindo-se aos fundamentos das técnicas e táticas ofensivas e defensivas. (COSTA; PAOLI; SILVA, 2008).

É de fundamental importância que a iniciação esportiva inclua a pedagogia dos jogos adaptados, onde se modifica as dimensões do campo de jogo, o tempo, as distâncias, as regras e os materiais. Devem se adequar a idade dos alunos e seu nível de aprendizado. (PAOLI, 2001 ​apud COSTA, PAOLI, SILVA. 2008).

Os grandes jogos e o Mini Voleibol A metodologia dos grandes jogos tem como objetivo o trabalho das experiências mais simples do jogo, caminhando para as mais complexas, tem como base os desportos como o futebol, basquetebol, handebol e o voleibol, dando a criança uma aprendizado melhor. (DIETRICH; DURRWACHTER; SCHALLER, 1984). O uso de atividades simples para que a criança possa entender o conceito da modalidade explicada, e depois proporcionar a execução do mais complexo. A melhor forma de que a criança entenda o que esta sendo explicado e proporcionar atividades recreativas que lembram o jogo. Dietrich, Durrwachter e Schaller (1984) apresentam os métodos de jogo que são representados por quatro diferentes níveis: as formas metodológicas de jogo que compreendem as formas de jogo, de exercício, de controle de aprendizagem e de treinamento; as séries metodológicas do jogo que corresponde a séries de jogo, exercícios, programas de ensino e treinamento; os princípios metodológicos de jogo onde os mais utilizados são global-funcional

e

o

analítico-sintético;

e

por

fim

as

concepções

metodológicas de jogo que representam na aula prática processos refinados com a ajuda dos quais um grande jogo pode ser transmitido aos iniciantes. Na metodologia dos grandes jogos também são utilizados os pequenos jogos, suas regras são mudadas, onde o número de jogadores é reduzido juntamente

com

o

campo de jogo, favorecendo o aprendizado e

proporcionando

mais

prazer

na

prática

do

desporto.

(DIETRICH;

DURRWACHTER; SCHALLER, 1984). O Mini-Voleibol já é uma realidade, pois é uma alternativa metodológica de aprendizagem do voleibol para as crianças. No Brasil existem diversos trabalhos que utilizam o mini-voleibol como metodologia de ensino, o mais famoso deles é o Viva Vôlei, que foi criado pela Confederação Brasileira de Voleibol. (Programa VivaVôlei, 2000). O voleibol é um jogo simples, mas difícil de aprender em função de ter gestos e técnicas fundamentais, como o domínio de bola, a coordenação motora, daí a importância de se criar formas pedagógicas simplificadas, com o objetivo de desenvolver as técnicas do esporte, com a finalidade de aprimoramento e domínio do jogo.

O mini-voleibol é caracterizado como um método de trabalho que se preocupa com a fase em que a criança se encontra, evitando assim as especializações precoces. Torna-se fundamental que seja desenvolvido nos

jovens praticantes do voleibol o gosto pelo jogo, desta forma, se jogará com mais prazer e maior desempenho. Os pequenos jogos são meios de formação simples e podem auxiliar o ensino esportivo de crianças que estão se iniciando na pratica esportiva, não defini funções desenvolvendo todos os fundamentos na forma mais simples. Para que o voleibol seja ensinado para crianças, devem-se utilizar métodos adaptados que facilitem o aprendizado delas. Com base nisso, o Mini-voleibol aparece como uma forma de jogo adaptado para essas necessidades e capacidades de crianças de 8 a 14 anos de idade. (Programa VivaVôlei, 2000). O mini-voleibol é um método simples e adaptado às necessidades das crianças de 08 a 14 anos, para a aprendizagem do voleibol, jogado por duas equipes compostas por menos de seis jogadores em cada time, resultante de reflexões didáticas onde as ações complexas se reduzem a situações de jogos simplificadas, correspondentes ao estado de desenvolvimento dos jogadores. (GOTSCH, 1983 apud QUADROS JÚNIOR, QUADROS e GORDIA 2007. p. 1). O mini-voleibol tem como objetivo fazer com que as crianças passem a se familiarizar com o voleibol, e assim aumentar o consideravelmente o número de praticantes no esporte sendo um jogo completo, é aconselhavel para iniciantes mais velhos que estão despreparados, habilitando os jogadores com o manejo da bola e assim desenvolvendo a tática. O mini-voleibol apresenta muitas vantagens para o desenvolvimento das crianças de 8 a 14 anos, introduzindo o jogo com a finalidade de aprender os fundamentos, a bola é tocada mais vezes, devido a número de alunos ser menor e as distâncias que ele terá de cobrir são menores, mas são poucas as escolas que utilizam esta prática esportiva, acarretando prejuízos ao desenvolvimento dos alunos.

Conclusão Com base na literatura revisada chegou-se a conclusão de que o método de ensino do Mini-Voleibol pode contribuir muito na iniciação ao voleibol, ele possibilita as crianças mais contato com a bola e por mais tempo, gera interesse e satisfação, dessa forma aumenta a motivação pela prática e a capacidade de entendimento do jogo. O Mini-Voleibol é motivante, devido a sua adaptação do voleibol tradicional, pois as crianças conseguem executar os fundamentos do voleibol com mais facilidade. Com o aumento da motivação na prática do Mini-Voleibol, acarreta uma melhor aprendizagem, a criança está sempre em contato com bola, motivada a participar do jogo. Já que o Mini-Voleibol é um esporte motivante, os professores podem trabalhar com os conceitos de inclusão, socialização e desenvolvimento das crianças e adolescente que praticam o esporte em si. Os professores que utilizam a metodologia do Mini-Voleibol conseguem desenvolver o trabalho em grupo, unindo os alunos mais fortes e mais fracos. Desta forma contribuem satisfatoriamente para no processo de aprendizagem dos iniciantes no mini-voleibol. O Mini-Voleibol é uma metodologia moderna e eficiente, onde tem o objetivo principal desenvolver o prazer de jogar. Pode ser jogado em diversos lugares, necessita de um pequeno espaço, uma corda que funcione como rede e algumas bolas que se adéqüem as crianças praticantes. Pode se criar competições de Mini-Voleibol para estimulo das crianças e também é uma forma de socialização. Referências

● BOSARI, José Roberto. ​Voleibol: aprendizagem e treinamento. Um desafio constante. Variações do voleibol: volei de praia. Fut-volei. Volei em quartetos​. 3ª ed. São Paulo.2001. ● COSTA, Felipe Rodrigues da; PAOLI, Próspero Brum; DA SILVA, Cristiano Diniz. A importância dos jogos adaptados na iniciação aos esportes coletivos.​ EFDeportes.com, Revista Digital. B ​ uenos Aires, Año 12, N° 117, 2008. http://www.efdeportes.com/efd117/jogos-adaptados-na-iniciacao-aos-es portes-coletivos.htm ● DIETRICH, Knut; DURRWACHTER, Gerhard; SCHALLER, Hans-Jurgen. ​Os grandes jogos: metodologia e prática.​ Rio de Janeiro, 1984. ● FARIA JUNIOR, A. G.; DA CUNHA JUNIOR, C. E. F.; NOZAKI, H.T.; DA ROCHA JUNIOR. ​Uma introdução à educação física. Atividade física e desporto.​ Corpus. Niterói.RJ. 1999. ● FREIRE, João B. ​Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física.​ São Paulo, 1994. ● GRECO, Pablo Juan (Org.).​ Iniciação Esportiva Universal​. 2. ed. Belo Horizonte. 1998. ● GRECO, Pablo Juan e BENDA, Rodolfo Novellino (Org.). ​Iniciação Esportiva Universal​. Belo Horizonte, 2007. ● MATOS, Amanda Tadeu de Almeida.​ Lazer e educação física: Um estudo da construção e apropriação de saberes e práticas a partir da experiência esportiva na infância. ​Belo Horizonte. 2007. ● PROGRAMA Viva Vôlei. I​ I Curso de capacitação de recursos humanos para o mini-voleibol. CBV. 2000. ● QUADROS JÚNIOR, Paulo Konorr de; QUADROS Teresa Maria Bianchini; GORDIA, Alex Pinheiro. Proposta metodológica para o mini-voleibol: uma estratégia para iniciação esportiva de crianças.​EFDeportes.com, Revista Digital.​ Buenos Aires, Año 12, N° 110, 2007. http://www.efdeportes.com/efd110/proposta-metodologica-para-o-mini-v oleibol.htm ● SILVA, Thatiana Aguiar Freire; DE ROSE JUNIOR, Dante. Iniciação nas modalidades esportivas coletivas: A importância da dimensão tática. ​Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte​. 2005. ● TEIXEIRA, Hudson Ventura. ​Educação Física e Desportos: Técnicas, táticas, regras e penalidades.​ 4ª Ed. São Paulo. 2003.

● UGRINOWITSCH, Carlos e UEBARA, Pedro. Modalidade esportivas coletivas: o voleibol. In: DE ROSE JUNIOR, Dante (Org.). ​Modalidades esportivas coletivas.​ Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.

 
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