9 - RISCOS DE ILUMINAÇÃO NOS LOCAIS DE TRABALHO

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Capítulo 8 – Risco de Iluminação nos Locais de Trabalho

SEGURANÇA DO TRABALHO

Capítulo 8 – Risco de Iluminação nos Locais de Trabalho

PRINCIPAIS VARIÁVEIS USADAS NA ILUMINAÇÃO

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Capítulo 8 – Risco de Iluminação nos Locais de Trabalho

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O iluminamento de 1 lux ou 1 lumem/m² correponde a uma fonte de 1 candela incidindo sobre uma esfera de 1 m de raio. Se essa esfera aumentar o raio para 2 m, mantendo-se a mesma fonte, o iluminamento na superfície interna cairá para

¼ lux ou 0,25 lux

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LEI DA REFLECTÂNCIA A reflectância mede a proporção da luz refletida, em relação à luz incidente L R=

= E

Papel branco - R = 95% Roupa branca - R = 65% Folha de jornal - R = 55% Papel preto - R = 5%

Luminância Iluminamento

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EFEITOS FISIOLÓGICOS DA ILUMINAÇÃO O nível de iluminamento interfere diretamente no mecanismo fisiológico da visão e na musculatura de comando dos movimentos oculares

Existem muitos fatores que influem na capacidade de discriminação visual, como a faixa etária e as diferenças individuais

Serão considerados apenas os três fatores mais importantes e controláveis em nível de projeto dos locais de trabalho: • a quantidade de luz • o tempo de exposição • o contraste ente a figura e o fundo

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Até a década de 1950, os sistemas de iluminação eram dimensionados para poupar ao máximo a energia elétrica, oscilando de 10 a 50 lux Conforme estudos realizados, a iluminação deficiente e a consequente fadiga visual causam 20% dos acidentes O rendimento visual tende a crescer a partir de 10 lux até cerca de 1000 lux, sendo que a partir desde nível não há melhoras sensíveis de rendimento Para áreas produtivas, recomendam-se níveis de 200 a 600 lux e para corredores, almoxarifados e locais de passagem, 100 lux Em caso de necessidades maiores, sugere-se utilizar iluminação localizada de até 2000 lux, em complementação à luz geral do ambiente Esse foco dirigido ajuda a aumentar a concentração do trabalhador sobre a tarefa, devido ao efeito fototrópico, pois os olhos são atraídos para os pontos mais brilhantes do campo visual Recomenda-se a proporção de 3:1, ou seja, a intensidade do foco deve ser o triplo do utilizado no ambiente geral

NBR ISO/CIE 8995-1

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NÍVEIS DE ILUMINAMENTO RECOMENDADOS PARA TAREFAS TÍPICAS

NBR-5413 NBR ISO/CIE 8995-1:2013

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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA ILUMINAÇÃO O aumento do iluminamento aumenta a satisfação das pessoas, até o nível de 400 lux Acima desse nível pode provocar ofuscamentos e fadiga visual A luz uniforme provoca monotonia, enquanto as variações são estimulantes Muitas pessoas preferem trabalhar junto às janelas, o que proporciona um alívio visual e contribui para o equilíbrio psicológico Observar que as janelas são fontes de calor e a incidência de luz solar provocam ofuscamentos e reflexos em telas de microcomputadores Para se evitar esses problemas é necessário um projeto adequado das edificações e do layout das instalações

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LUZ NATURAL A luz natural, além de permitir a visão, produz efeitos fisiológicos importantes, como a vitamina D que é sintetizada na pele sob ação dos raios ultravioleta, sendo esta vitamina usada no metabolismo do cálcio Produz também, efeitos terapêuticos benéficos, em casos pósoperatórios

Nos países onde os invernos são intensos e longos, há uma maior incidência de estados depressivos, com aumento do sono e da apetite, maior ansiedade, menor disposição e dificuldades nos relacionamentos sociais

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TIPOS DE LÂMPADAS Para que a lâmpada tenha maior eficiência, procura-se concentrar os comprimentos de onda na faixa de maior sensibilidade do olho entre 500 nm (verde) e 600 nm (amarelo) As lâmpadas fluorescentes oscilam na frequência da corrente alternada, e muitas pessoas são sensíveis a essas oscilações e sentem dores de cabeça Alguns tipos de lâmpadas intermitentes podem provocar efeitos estroboscópicos, pois se a velocidade da parte que se desloca coincidir com a freqüência das lâmpadas, pode produzir um imagem estática, o que pode constituir em risco de acidentes Geralmente, é preferível instalar um maior número de lâmpadas de menor potência, em vez de um pequeno número de lâmpadas potentes

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FADIGA VISUAL A fadiga visual é caracterizada pela irritação dos olhos e lacrimejamento Ocorre principalmente nos trabalhos que exigem grande concentração visual como em microscópios, monitores, inspeções de peças e revisões de textos

Fontes de ofuscamentos diretos e indiretos

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CAUSAS DA FADIGA VISUAL • Fixação de detalhes - objetos muito pequenos exigem grande esforço dos músculos dos olhos para acomodação e convergência • Iluminação inadequada – se insuficiente ou inadequada, provoca brilhos e ofuscamentos • Pouco contraste – quando há pouca diferença entre a figura e o fundo • Pouca definição – objetos com traços ou contornos confusos • Objetos em movimento – exigem maior esforço visual para focalização, principalmente se pequenos, de baixo contraste e mal iluminados • Má postura – pode dificultar a leitura, quando há paralaxe em instrumentos de medida A prevenção pode ser feita através de pausas frequentes na proporção de 5 minutos a cada hora

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OFUSCAMENTO É uma redução da eficiência visual, provocado por objetos ou superfícies de grande luminância Quanto mais escuro for o ambiente geral, maior será a vulnerabilidade dos olhos ao ofuscamento Os casos mais graves de ofuscamento ocorrem quando luzes muito intensas surgem repentinamente no campo visual Nenhuma lâmpada deve ficar “nua” no campo visual As luminárias devem ficar posicionadas para que não haja incidência direta sobre os olhos No caso das luzes fluorescentes, é recomendável colocá-las em paralelo com a linha da visão, com aletas perpendiculares ou inclinadas

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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ILUMINAMENTO

A medição dos níveis de iluminamento deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se “luxímetro” com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano, e em função do ângulo de incidência

Quando não puder ser definido o campo de trabalho, este horizontal 0,75 m do piso

será um plano

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SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO • Iluminação geral – colocação regular de luminárias em toda área, garantindo-se nível uniforme sobre o plano horizontal; deve haver um cruzamento dos cones de luz acima da superfície de trabalho, para se evitar zonas sombreadas

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• Iluminação localizada – instalação de luminárias próximas aos locais de execução das tarefas

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• Iluminação combinada – a iluminação pode ser complementada com focos de luz localizados sobre a tarefa, com intensidade de 3 a 10 vezes superior ao ambiente geral

Casos: • A tarefa exige iluminamento local acima de 1000 lux • A tarefa exige luz dirigida para discriminar formas, texturas ou defeitos • Existência de obstáculos físicos que dificultam a propagação da iluminação geral

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ILUMINAÇÃO DE FÁBRICAS E EDIFÍCIOS Os edifícios industriais devem ter um pé direito mínimo de 4 metros Quando possível, aproveitar a iluminação natural pelas janelas e pelo teto Normalmente, em galpões industriais é utilizado o telhado tipo “dente de serra (shed)

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As luminárias devem ser posicionadas 30 graus acima da linha de visão e atrás do trabalhador para evitar ofuscamentos e reflexos

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A iluminação natural só será efetiva até uma profundidade de duas vezes a altura da janela

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RECOMENDAÇÕES SOBRE ILUMINAÇÃO • Aproveitar a iluminação natural, evitando-se a incidência direta da luz solar sobre superfícies envidraçadas • As janelas devem ficar na altura das mesas e as de formatos mais altos na vertical são mais eficazes para permitir uma penetração mais profunda da luz • Para reduzir o ofuscamento: a) usar vários focos de luz em vez de um único b) proteger os focos com defletores ou anteparos c) aumentar o nível de iluminação geral em torno da fonte de ofuscamento d) colocar as fontes de luz o mais distante possível da linha de visão e) evitar superfícies refletoras, substituindo-as pelas superfícies difusoras

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• Para postos de trabalho onde se exigem maiores precisões, providenciar foco de luz com iluminamento de 3 a 10 vezes superior ao do ambiente geral

• Usar cores claras nas paredes, tetos e outras superfícies, para reduzir a absorção da luz

• Atenção às lâmpadas fluorescentes, que podem provocar efeito estroboscópico

• A intermitência das lâmpadas fluorescentes pode torna-se incômoda para as pessoas sensíveis

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POSTOS DE TRABALHO COM COMPUTADORES Estudos realizados, correlacionados com dores musculares, apresentaram as seguintes causas de desconforto em postos de microcomputadores: • Altura do teclado muito baixa em relação ao piso • Altura do teclado muito alta em relação à mesa • Falta de apoios adequados para os antebraços e punhos • Pouco espaço lateral para as pernas • Posicionamento inadequado do teclado

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MESA PARA MICROCOMPUTADOR

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ESPECIFICAÇÕES PARA O PROJETO DE MESA PARA COMPUTADOR

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ILUMINAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO Os níveis gerais de iluminamento recomendados para trabalhos em escritórios são de 500 a 700 lux Grandjean (1987), recomenda que nível geral de iluminamento seja de 300 lux, quando os documentos apresentarem boa legibilidade, ou 500 lux, quando a legibilidade for menor As luminárias devem ser posicionadas de modo a evitar os ofuscamentos provocados pelos brilhos diretos e reflexos no campo visual

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Nos locais de trabalho onde são executados atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de projetos e outros são recomendadas as seguintes condições de conforto:

a ) Níveis de ruído de acordo com NBR - 10152;

o

estabelecido na

b ) Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23° C; c ) Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s; d ) Umidade relativa do ar não inferior a 40 %

O nível de ruído aceitável é de até 65 dB (A)

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