ANÁLISE DE OBRA DO HUMANISMO 30 DE JUNHO

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ANÁLISE DA OBRA “AUTO DA BARCA DO INFERNO” DE GIL VICENTE

LITERATURA

PROFESSORA ALESSANDRA

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GIL VICENTE

Gil Vicente nasceu em torno de 1465, encenou a sua primeira peça em 1502 e foi colaborador do Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende. Publicou em vida alguns de seus autos, enquanto alguns outros foram censurados. Seu último auto data de 1536. Suas obras mais famosas são: o Auto da Índia (1509), o Auto da barca do inferno (1517), o Auto da Alma (1518), a Farsa de Inês Pereira (1523), o D.Duardos (1522), o Auto de Amadis de Gaula (1523) e o Auto da Lusitânia (1532). 3

AUTO DA BARCA DO INFERNO O Auto da Barca do Inferno ou Auto da Moralidade é uma obra de dramaturgia que foi escrita em 1517 pelo escritor humanista português Gil Vicente. Essa peça é uma das mais emblemáticas do dramaturgo, considerado o “pai do teatro português”. Foi encenada em 1531 e faz parte da Trilogia das Barcas, ao lado do Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória. Lembre-se que “auto” é um gênero que surgiu na Idade Média. São textos curtos de temática cômica e geralmente formados por um único ato. 4

1.

Resumo e Análise da Obra



Por meio da presença de dois barqueiros, o Anjo e o Diabo, eles recebem as almas dos passageiros que passam para o outro mundo.

✣ ✣

A cena passa-se num porto e portanto, um dos barcos vai em direção ao céu, e outro para o inferno. A maioria dos personagens vão para a barca do inferno. Durante suas vidas não seguiram o caminho de Deus, foram trapaceiros, avarentos, interesseiros e cometeram diversos pecados.

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✣ Por outro lado, quem seguia os preceitos de Deus e

viveu de maneira simples vai para a barca de Deus. São eles: Joane, o parvo, e os quatro cavaleiros.

✣ O Auto da Barca do Inferno é um grande clássico da

literatura portuguesa. Ele possui diversas sátiras envolvendo a moralidade. ✣ Pelo destino das almas de alguns personagens, a obra satiriza o juízo final do catolicismo, além da sociedade portuguesa do século XVI ✣ A alegoria do juízo final é um recurso utilizado pelo dramaturgo através de seus personagens (diabo e anjo). ✣ Além disso, cada personagem possui uma simbologia associada à falsidade, ambição, corrupção, avareza, mentira, hipocrisia, etc. 7

Personagens e seus Pecados

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✣ Diabo: capitão da barca do Inferno. ✣ Anjo: capitão da barca do Céu. ✣ Fidalgo: tirano e representante da nobreza. Teve uma vida voltada para o luxo e vai para o inferno.

✣ Onzeneiro: homem ganancioso, agiota e usurário. Por



ter sido um grande avarento na vida ele vai para o inferno. Joane, o parvo: personagem inocente que teve uma vida simples. Portanto, ele vai para o céu.

✣ Sapateiro: homem trabalhador, mas que roubou e ✣

enganou seus clientes. Assim, ele vai para o inferno. Frade: representante da Igreja, que vai para o inferno. Isso porque ele tinha uma amante, Florença, e não seguiu os princípios do 9catolicismo.

✣ Brígida Vaz: alcoviteira condenada por bruxaria e ✣

prostituição que vai para o inferno. Judeu: personagem que foi recusado pelo Diabo e pelo Anjo por não ser adepto ao Cristianismo. Por fim, ele vai para o inferno.

✣ Corregedor e Procurador: representantes da lei. Ambos

vão para o inferno, pois foram acusados de serem manipuladores e utilizarem das leis e da justiça para o bem e interesses pessoais. ✣ Cavaleiros: grupo de quatro homens que lutaram para disseminar o cristianismo em vida e portanto, são absolvidos dos pecados que cometeram e vão para o céu. ✣ Enforcado: personagem que acreditou que sua morte indigna o livraria dos pecados cometidos 10

COMENTÁRIO Considerado como um auto de moralidade, a produção visava analisar e críticas os costumes, o comportamento dos indivíduos que no final das contas, tinham uma finalidade didática. Dentro de um esquema que carnavalizava o teatro, Gil Vicente trazia a ambivalência do riso, pois nela há a negação e a afirmação, numa mistura de cultura de cunho literário, adornos eruditos e traços artesanais.

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