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Colégio Técnico Genoma Curso: Técnico em Enfermagem
Disciplina Saúde da Criança
Professor: Jose Roberto da Silva Formação Acadêmica: Enfermeiro/ Especialista no Gerenciamento dos Cuidados de Enfermagem no Programa Saúde da Família. Experiência profissional: Coordenador de Enfermagem e Referência Técnica na Clínica de Câncer e HIV em Fase Terminal Nossa Senhora da Conceição. Gerente Ambulatorial das Unidades Atendimento Primário á Saúde: Vianópolis e Nossa Senhora de Fátima Supervisor de Estágio de Técnico em Enfermagem pelo Genoma no Hospital Unimed/Betim Coordenador do Projeto Saúde na Feira/Betim Regional Alterosas
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Sumário 1- Apresentação ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 04 2- Recém-Nascido – Classificação ----------------------------------------------------------------------------------------06 3- Características do Recém-Nascido – RN Normal – Dados Antropométricos ---------------------------07 4- Pele -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------08 5- Cabeça ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------09 6- Nariz, orelha, boca, tórax E abdômen -------------------------------------------------------------------------------- 10 7- Sistema Gastrointestinal e Sistema Reprodutores ---------------------------------------------------------------11 8- Sinais Vitais/Avaliação do RN -------------------------------------------------------------------------------------------12 9- Escala de Apgar e Assistência de Enfermagem ao RN ---------------------------------------------------------14 10- Cuidados Imediato-Objetivos ------------------------------------------------------------------------------------------14 11- Cuidados Mediato-Objetivos -------------------------------------------------------------------------------------------16 12- Assistência de Enfermagem ao Recém-Nascido no Alojamento Conjunto ----------------------------19 13- Prematuro – Pré Termo---------------------------------------------------------------------------------------------------19 14- Cuidados com o RN Prematuro ---------------------------------------------------------------------------------------20 15- Método Mãe Canguru -----------------------------------------------------------------------------------------------------23 16- Aleitamento Materno ------------------------------------------------------------------------------------------------------25 17- Fatores de Riscos para Doenças Perinatal e Infantil-----------------------------------------------------------26 18- Puericultura ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------27 19- Hiperbilirrubenia – Icterícia ---------------------------------------------------------------------------------------------28 20- Fototerapia -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------29 21- Cuidados com o RN em Fototerapia ---------------------------------------------------------------------------------29 22- Cuidados com o RN em Exsanguíneotransfusão ---------------------------------------------------------------30 23- Recém-Nascido Filho de Mãe Diabética ----------------------------------------------------------------------------31 24- Desnutrição ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------32 25- Situações de Riscos para Desnutrição -----------------------------------------------------------------------------33 26- Sinais Característicos da Desnutrição ------------------------------------------------------------------------------33 27- Prevenção da Desnutrição ----------------------------------------------------------------------------------------------34 28- Desidratação-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------34 2
29- Avaliação do Estado de Hidratação da Criança -----------------------------------------------------------------34 30- Preparo do Soro Caseiro-------------------------------------------------------------------------------------------------36 31-Prevenção das Doenças Diarreicas---------------------------------------------------------------------------------- 37 32- Programa Nacional de Triagem Neonatal – PNTN- Teste do Pezinho ------------------------ 37 33- Doenças Detectáveis pelo Teste do Pezinho----------------------------------------------------------------------38 34- Fenilcetonúria - PKU-------------------------------------------------------------------------------------------------------39 35- Hipotireoidismo Congênito e Anemia Falciforme---------------------------------------------------------------40 36- Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotidinase------------------------ 41 37- Procedimento de Coleta – Teste do Pezinho ---------------------------------------------------------------------42 38- Crescimento e Desenvolvimento--------------------------------------------------------------------------------------44 39- Dicas Importantes de Saúde da Criança---------------------------------------------------------------------------48 40- - Atenção Integrada Às Doenças Prevalentes na Infância - AIDIP---------------------------------48 41- Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA---------------------------------------------------------------------49 42- Administração de Medicamentos em Pediatria/Ambulatório -----------------------------------------------50 43- Infecções Respiratórias Agudas-------------------------------------------------------------------------------------- 51 44- Identificação da Criança com Risco de Vida----------------------------------------------------------------------52 45- Fatores de Prevenção das IRAS---------------------------------------------------------------------------------------54 46- Asma ------------------------------ ---------------------------------------------------------------------------------------------55 47- Tratamento da Asma ------------------------------------------------------------------------------------------------------57 48- Referências Bibliográficas ----------------------------------------------------------------------------------------------58
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Apresentação O Objetivo principal da assistência ao lactente e á criança é a promoção da saúde e do melhor desenvolvimento possível em qualquer fase de sua vida. Para atingir este objetivo os profissionais de saúde precisam compreender o crescimento e desenvolvimento da criança e os fatores que podem afetá-los. No passado a criança era considerada um “adulto em miniatura” cujo valor para a comunidade era determinado por sua produtividade. Isto mudou, evoluindo para o reconhecimento da criança como um indivíduo único, com necessidades e capacidades específicas. Se antes a assistência à criança focalizava o tratamento de doenças, atualmente, atualmente enfatiza a prevenção de doenças e promoção da saúde. A Legislação Brasileira tem estabelecido medidas de proteção á infância e adolescência, assegurando direitos que antes eram negligenciados ou lhes eram negados. O Ministério da Saúde tem instituído programas governamentais de saúde a serem implementados em todo o Brasil, por intermédio das Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, com o mesmo objetivo. A promoção da saúde não faz apenas com medidas de controle das doenças, mas sim com atenção básica, educação em saúde e garantia de trabalho para que as famílias possam promover sustento. Assim, leis e programas já existentes precisam ser priorizados e estendidos a um maior número de crianças e adolescentes, que ainda se encontram expostos aos mais variados problemas sociais e sanitários. A equipe de enfermagem, ao atender uma criança com algum agravo à saúde, na comunidade, Programa Saúde da Família ou no hospital, deve atentar não só para a doença atual, mas também investigar os motivos do adoecimento. Assim, é necessário conhecer como se deu o crescimento e o desenvolvimento desde o nascimento, conhecer as condições do meio ambiente em que vive os recursos disponíveis para o sustento da família, a sua constituição, suas crenças, hábitos e valores; considerar os aspectos afetivos, culturais e sociais. A partir daí, identificar os problemas de saúde, oferecendo suporte para o atendimento ás necessidades da criança e sua família, possibilitandolhes, quando possível, participar de maneira ativa do processo de recuperação da saúde. Para tanto, é necessário estabelecer uma relação de respeito e confiança com a criança e sua família de modo a favorecer a relação de ajuda. Este material, portanto, apresenta alguns temas importantes de saúde da criança a fim de subsidiar seus estudos, mas sem esgotar o assunto. Cabe a você, pesquisar, investigar e comparar e analisar as situações da comunidade, na realidade do dia-a-dia, em busca de maiores conhecimentos. Enfermeiro Jose Roberto, da Silva Enfermagem- Materno Infantil Saúde da Criança
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Enfermagem Materno-Infantil
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O RECÉM-NASCIDO-RN O nascimento da criança é uma experiência intensa e exaustiva tanto para a mãe quanto para o recém-nascido (RN). O RN sofre modificações extremas ao sair de um ambiente aquático, com temperatura estável, confortável e que satisfaz suas necessidades para um ambiente que exige profundas mudanças no seu corpo para sobreviver.
RN: criança desde o nascimento até 28 dias de vida
A adaptação do RN a vida extra-uterina é um processo complexo. As primeiras 24 horas são as mais críticas, pois neste período podem surgir problemas respiratórios e circulatórios. O início da respiração pulmonar constitui a mudança mais crítica e imediata do RN. Os pulmões devem assumir a função da placenta que, até o nascimento, processava as trocas respiratórias. A respiração se instala dentro de um minuto após o nascimento na maioria dos RNs normais. Muitos realizam sua primeira respiração dentro de poucos segundos, e muitos choram vigorosamente mostrando que o sistema respiratório começou a funcionar bem. Alguns RNs apresentam um retardo no início da respiração ou então não conseguem manter os movimentos respiratórios que começou. Nestes casos, é necessário iniciar a reanimação imediatamente para prevenir a falta de oxigênio que se não for tratada, progride rapidamente causando danos no cérebro do bebê ou a sua morte. 1- CLASSIFICAÇÃO DOS RECÉM-NASCIDOS Os RNs podem ser classificados de acordo com o peso, a idade gestacional (IG) ao nascer e com a relação entre um e outro. Esta classificação é importante, pois permite avaliar os problemas relacionados ao peso ou à IG, possibilitando o planejamento dos cuidados e tratamento específicos, resultando assim numa melhor assistência ao RN.
O baixo peso ao nascimento é um grave problema no Brasil. Grande número de crianças adoece ou morrem evido à falta de assistência adequada ou pela baixa condição sócio econômica e cultural da família.
1.1 Classificação de acordo com o peso O RN de baixo peso é aquele com peso de nascimento igual ou inferior a 2.500 gramas independente da idade gestacional. 1.2 Classificação de acordo com a idade gestacional Considera-se a idade gestacional ao nascer, o tempo provável de gestação até o nascimento, medido pelo número de semanas entre o primeiro dia da menstruação e a data do parto.
Quanto menor a IG, maior o risco de complicações e a necessidade de cuidados adequados.
Sendo o tempo de gestação desde a data da última menstruação até o seu término correspondente a 40 semanas o RN é considerado:
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Prematuro ou Pre -Termo: criança nascida antes de 37 semanas. A termo: criança nascida entre 37 e 42 semanas. Posmaturo ou Pós-Termo: criança nascida após 42 semanas de gestação.
1-3 Classificação de acordo com a relação Peso/IG Permite a avaliação do crescimento intra-uterino. O RN é considerado como:
13.1. Adequado para a idade gestacional (AIG): RN cuja linha de peso se encontra entre as duas curvas do gráfico.
1.3.2 Pequeno para a idade gestacional (PIG): RN cuja linha de peso se encontra abaixo da primeira curva do gráfico. Geralmente são crianças que sofreram desnutrição intra-uterina como resultado de doenças ou desnutrição materna.
1.3.3 Grande para a idade gestacional (GIG): RN cuja linha de peso se encontra acima da segunda curva do gráfico. Geralmente são filhos de mães diabéticas ou de mães Rh negativo sensibilizadas.
2- CARACTERÍSTICAS DO RECÉM NASCIDO A TERMO 2.1 Dados Antropométricos
2.1.1Peso
O peso de nascimento é influenciado por diversas condições da gestação como uso de drogas, fumo, estado nutricional materno e outros. Geralmente, em RN a termo, o peso encontra-se em torno de 3.500g para os meninos e 3.280g para as meninas. Até o 5º dia de vida pode ocorrer a perda ponderal fisiológica que consiste em uma diminuição de 5 a 10% de seu peso ao nascimento decorrente da grande eliminação de líquidos e de uma ingestão reduzida de alimentos o que significa que o RN utiliza suas próprias reservas corporais durante os primeiros dias.
2.1.2 Estatura
A estatura média de RN a termo está em torno de 50 cm para os meninos e 49,5 cm para as meninas.
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2.1.3 Perímetros Cefálico e Torácico
A circunferência média da cabeça de um RN a termo ao nascimento é de 34 a 35 cm. O tamanho da cabeça aumenta consideravelmente com o passar do tempo devido ao rápido crescimento do cérebro. A circunferência média do tórax de um RN a termo ao nascimento é de 32 cm. Ao nascimento o perímetro cefálico é aproximadamente 2 cm maior que o torácico e permanece maior por alguns meses. A relação entre as medidas da cabeça e do tórax é importante pois um desvio da proporção normal pode indicar um desenvolvimento anormal da cabeça ou, uma doença torácica ou cardíaca. 3- Pele Ao nascimento todas as estruturas da pele estão presentes, porém muitas das suas funções são imaturas e a pele é delicada. As principais funções da pele do RN são manutenção da temperatura e proteção do corpo. Ao nascer a criança está coberta pela vérnix caseosa, substância branca acinzentada, formada por secreções de glândulas sebáceas e células que protegem e hidratam a pele.
A fontanela anterior é popularmente conhecida por moleira.
A pele do RN a termo, AIG tem aspecto sedoso, coloração rosada (raça branca) ou avermelhada (raça negra) e o turgor, grau de elasticidade da pele, é normal. Devido ao baixo nível de melanina ao nascimento, o RN tem a pele mais clara do que terá quando for uma criança maior. Por conseqüência, o RN é mais suscetível aos efeitos prejudiciais do sol. A lanugem, revestimento de pêlos finos que começa a desenvolverse no feto e que desaparecem após o 8º mês de gestação pode ainda estar presentes nos ombros, costas, lóbulos das orelhas e testa.
A avaliação da pele do RN permite observar seu grau de maturidade, nutrição hidratação e a presença de doenças.
É comum o aparecimento de:
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3.1 Millium: são glândulas sebáceas obstruídas que podem estar presentes na face. Nariz, testa e queixo sob a forma de pequenos pontos brancos. 3.2 Manchas mongólicas: manchas azuladas extensas na região glútea e lombossacra. De origem racial decorrente da miscigenação, costuma desaparecer com o crescimento da criança. 3.3 Eritema tóxico: são pequenas erupções avermelhadas, tipo picada de insetos, que aparecem após o 2º dia de vida e decorrem de reação alérgica aos medicamentos usados durante o parto ou às roupas e produtos de higiene do bebê. 3.4 Hemangioma: planos avermelhados, podem estar presentes nas pálpebras, entre as sobrancelhas ou na nuca. Geralmente, desaparecem entre o primeiro e o segundo ano de vida.
4- Cabeça O crânio do RN consta de 6 ossos (frontal, occipital, 2 parietais e 2 temporais) e se unem através de suturas que parecem fendas entre os ossos. Em algumas suturas existem espaços de tecido membranoso não ossificado chamados de fontanelas. Esta união do crânio do RN por tecido membranoso permite a modelação da cabeça para se adaptar ao tamanho do canal de parto durante o nascimento. Esta modelação pode tornar a cabeça muito alongada o que regride e melhora após 48 horas do parto. A cabeça assume a sua forma normal em torno de uma semana. A cabeça do RN nascido de parto cesáreo geralmente tem a forma arredondada.
A Fontanela Anterior apresenta-se geralmente Pulsátil, acompanhando o ritmo cardíaco, flexível e torna-se abaulada ao choro. Ao Exame: Deprimida indica Desidratação. Abaulada ou Tensa indica Meningite ou Hipertensão Intracraniana (líquido que se acumula na cavidade do crânio).
A fontanela anterior tem a forma de losango, é pulsável e fecha progressivamente até os 18 meses de vida. A fontanela posterior é triangular, pequena, que se fecha até o 2º mês de vida.
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A posição que o RN assume durante as primeiras semanas de vida afeta a forma de sua cabeça. Se ele mantém a cabeça numa mesma posição, podem ocorrer deformidades temporárias, pois seus ossos são incapazes de resistir à pressão. Algumas alterações podem aparecer na cabeça dos RNs devido a sua passagem pelo canal de parto: 4.1 Cefalematoma: Tumefação formada por derrame sanguíneo que ocorre em função do rompimento de vasos pela pressão dos ossos cranianos contra a bacia da mãe ou pelo uso de fórceps. Tem consistência amolecida, ficando restrito ao osso atingido. É doloroso à palpação e podem levar semanas para ser reabsorvidos. 4.2 Bossa Serosanguínea: Edema do couro cabeludo que quando pressionado, a depressão permanece mesmo depois de cessada esta pressão (cacifo positivo). Desaparece nos primeiros dias de vida. 5. Os Olhos do RN são grandes ao nascimento em relação ao resto do corpo. O RN a termo é capaz de abrir os olhos e fixar os objetos próximos e de acompanhar seus movimentos. Enxerga a uma distância de 20 a 25 cm. É comum que pareça vesgo (estrabismo) nas primeiras semanas de vida. 6. O Nariz do RN é estreito e as narinas são pequenas. Pela presença de uma mucosa nasal delicada os espirros são freqüentes auxiliando na limpeza das vias aéreas. O RN respira pelo nariz, sendo difícil para ele a respiração pela boca. A atresia das coanas, isto é, o estreitamento dos espaços entre os cornetos nasais pode causar insuficiência respiratória grave. 7. As Orelhas devem ser simétricas com a implantação na linha dos olhos. A função auditiva pode ser avaliada através de um ruído alto emitido perto da cabeça do RN que, normalmente, reage através do reflexo de susto ou contraindo as pálpebras. 8. A Boca do RN possui o palato muito arqueado, a língua grande e o freio curto que se modifica a medida que o maxilar cresce. A glândulas salivares são imaturas. É comum a presença de cistos epiteliais pequenos e brancos ao longo do palato conhecidos como pérolas de Epstein.
Fórceps
Os pais devem ser informados que o aumento das mamas é transitório e que não se deve realizar a sua expressão manual para a retirada do “leite sob o risco de causar infecção.
Pode ocorrer uma hérnia umbilical após a queda do coto. O enfaixamento da área não é recomendado por não oferecer nenhum benefício e pode causar irritação da pele ou infecção.
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9. Tórax e Abdome O tórax tem a forma cilíndrica e o apêndice xifoide é visível. O aumento bilateral das mamas é comum em ambos os sexos e é provocado pelos hormônios maternos. Ocorre em torno do 2º ou 3º dia de vida e pode haver a secreção de uma substância leitosa, popularmente denominada “leite das bruxas”. O aumento de apenas uma das mamas pode indicar uma infecção estafilocócica. O abdome também é cilíndrico e as veias visíveis. Geralmente é globoso e por ter a paredes finas é possível visualizar hérnias umbilical ou inguinal, principalmente durante o choro do RN. A presença de distensão abdominal pode indicar obstrução intestinal ou septicemia. 10- O cordão umbilical, formado por duas artérias e uma veia, ao nascimento é de coloração branco-azulado e úmido, que começa a descolorir e encolher progressivamente. Em torno do 4º dia começa a secar e escurecer iniciando o processo de mumificação que ocasionará a sua queda em torno do 6º ao 15º dia de vida. Ocasionalmente, pode ocorrer um retardo na queda do coto umbilical, que se estiver seco e sem sinais de inflamação, não indica problemas.
11- Sistema Gastrointestinal A capacidade do RN para digerir, absorver e metabolizar os alimentos é limitada. A capacidade gástrica é pequena, cerca de 90 ml por isto, ele necessita de alimentações freqüentes. O tempo de esvaziamento é curto, cerca de 2 a 3 horas e o peristaltismo é rápido o que leva o RN nas primeiras semanas de vida a evacuar após cada alimentação. A primeira evacuação do RN é o mecônio preto, esverdeado e pegajoso composto de restos intra-uterinos. A saída do mecônio deve ocorrer dentro das primeiras 36 horas. As fezes de transição aparecem geralmente, no terceiro dia após o início da alimentação.
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12- Sistema Reprodutor – Genitália Externa
12.1 Genitália Masculina
A bolsa escrotal pode apresentar edema e conter algum fluido, condições que desaparecem em poucos dias. Apele escrotal é escura e enrugada. O prepúcio é geralmente aderente à glande. É comum a presença do Esmegma, material caseoso e esbranquiçado que se acumula sobre o prepúcio e pode causar infecção se não houver higiene adequada. As pérolas epiteliais, lesões brancas, pequenas e firmes também podem ser encontradas sobre o prepúcio.
12.2 Genitália Feminina
Os pequenos lábios e clitóris aparecem aumentados e os grandes lábios, mais afastados. É possível visualizar na abertura posterior da vagina a membrana himenal. É comum a presença de secreção vaginal mucoide, que pode ser ligeiramente sanguinolenta na primeira semana de vida 13- Sinais Vitais
13.1 Respiração
Um RN sadio estabelece a respiração ao final de um minuto após o nascimento. As respirações do RN devem ser calmas e não devem ser acompanhadas de dispnéia ou cianose. A frequência respiratória média é de aproximadamente 40 respirações por minuto (rpm), regular, em ritmo e podem ser facilmente alterados por estímulos externos. Os movimentos respiratórios do RN são desempenhados pelo diafragma e músculos abdominais.
13.2 Pulso
Batimentos por minuto (b.p.m). Pode aumentar para 180 b.p.m com o choro e cair para 80 a 90 b.p.m durante o sono. Uma frequência persistente acima de 160 b.p.m ou abaixo de 110 b.p.m pode indicar problemas.
13.3 Temperatura
A temperatura corporal do RN varia entre 36,4° C a 37° C, devendo ser monitorada para observar a perda de calor ou o aquecimento excessivo.
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14- Avaliação do Recém-Nascido A avaliação do RN deve começar no momento do nascimento, utilizando a Escala de Apgar, um instrumento de rastreamento que permite avaliar rapidamente as funções essenciais à vida. Na avaliação da Escala de Apgar, verificam-se as respostas imediatas dos sistemas cardiovascular e respiratório bem como os tônus musculares e a irritabilidade do RN, permitindo o reconhecimento precoce de qualquer problema. A escala verifica cinco sinais: frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor. Cada sinal é avaliado de acordo com o grau em que está presente e é classificado de 0 (zero) a 2 (dois). Notas do Teste de Apgar: abaixo de 5 - apontam bebês que exigem auxílio médico especial. 5 a 7 - estado regular pode precisar de aparelho para respirar. Entre 8 a 10 – criança em excelente estado de saúde, não precisam de cuidados médicos. Essa avaliação é feita no primeiro e no quinto minuto após o nascimento. O primeiro minuto indica o tipo de assistência que o RN necessita e a avaliação no quinto minuto indica a capacidade imediata do RN em responder à tensão do parto e do período neonatal imediato. Caso, no quinto minuto, o índice persista abaixo de 7, é necessário reavaliar o bebê a cada 5 minutos até que ele atinja o índice (nota) igual ou maior que 8.
15- Escala de APGAR
Escala de Apgar
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16- Assistência de Enfermagem nos Cuidados -RN
A liberação das vias aéreas e o aquecimento são sempre prioridades do RN após o nascimento.
O período das primeiras 24 horas após o nascimento é considerado crítico principalmente no que se refere à adaptação respiratória. Alguns RNs podem, nesse período, apresentar um quadro de sofrimento respiratório com evolução até o óbito. Os equipamentos e os materiais necessários para prestar os cuidados imediatos ao RN são: Berço aquecido e/ou incubadora; O Ministério da Campos aquecidos ou toalha ou cobertores; Saúde exige a Material para aspiração; presença do Pediatra na sala Material para ventilação; de parto para Material para entubação; prestar a Luvas estéreis; assistência Medicamentos; adequada ao RN. Esparadrapo; Seringas.
17. Os Cuidados Imediatos ao RN são aqueles dispensados logo após o nascimento, ainda na sala de parto. A partir da expulsão, a criança é recebida em um campo esterilizado, o cordão é seccionado entre duas pinças e em seguida o RN é colocado em berço aquecido em decúbito dorsal para evitar a deglutição do líquido amniótico e muco. Os principais objetivos da assistência ao RN incluem: 17.1. Estabelecer e Manter uma Via Aérea Permeável
Imediatamente após a expulsão, é iniciada a aspiração das vias aéreas e secagem de todo o corpo do RN.
O cuidado primário a ser tomado na sala de parto consiste em manter as vias aéreas superiores desobstruídas. Imediatamente após a expulsão, é iniciada a aspiração das vias aéreas, cuidado que persiste no berço aquecido. A boca é limpa primeiro, pois a estimulação das narinas pode provocar um reflexo inspiratório e aspiração do conteúdo da orofaringe. 17..2. Manter a Temperatura Corporal O RN perde calor por evaporação através da umidade do líquido amniótico, por convecção através da perda de calor para o ambiente, por convecção para um material mais frio. Ao nascimento a causa principal da perda de calor do RN é a umidade em consequência do líquido amniótico, o que pode ser evitado
Ao nascer, o bebê não tem ainda capacidade de coagulação sangüínea devido à imaturidade do fígado, sendo necessária a administração da vitamina K, para prevenir a doença hemorrágica no período neonatal. Aplica-se na região vastolateral da coxa por via IM. 14
pela rápida secagem da pele e do cabelo, colocando-o ainda em um ambiente aquecido. Se o RN não for protegido, sua temperatura corporal pode cair para 34,4° C e podem ser necessárias muitas horas para a temperatura voltar ao normal, a menos que a perda seja interrompida. A perda de calor deve ser considerada tanto no período imediato, na sala de parto, quanto no berçário. É necessário proteger o RN de correntes de ar, utilizar campos aquecidos e colocá-lo em superfície aquecida durante os cuidados. Todo cuidado é importante por que a produção de calor do RN se faz através do aumento do metabolismo às custas do aumento do consumo de calorias e oxigênio. Além disso, o RN possui uma grande superfície corporal e escasso isolamento térmico pela pouca quantidade de tecido subcutâneo. Desse modo, o RN perde calor mais depressa do que é capaz de produzir.
17.3 Proteger o RN de Infecção e Lesão A prática mais importante da prevenção de infecção é a lavagem das mãos pelos profissionais que assistem o RN, mantendo a assepsia durante a realização dos cuidados. O tratamento profilático dos olhos da oftalmia gonocócica é realizado com a instilação de 2 gotas de solução de nitrato de prata diretamente no saco conjuntival de cada olho, o que protege contra a Neisseria gonorrhoeae que pode causar cegueira O banho deve ser realizado após a estabilização dos sinais vitais, com água aquecida, na direção céfalo-caudal. A genitália de ambos os sexos requer limpeza cuidadosa para retirada da Vérnix caseosa que geralmente é espessa e aderente nesta região. O coto umbilical é um excelente meio para o crescimento bacteriano por isto é importante manter a assepsia do local até a completa cicatrização. Após o banho ele deve ser seco e pode ser envolvido com gaze estéril embebida em álcool absoluto. Deve-se observar sinais de infecção local como odor fétido, hiperemia da região, umidade excessiva com presença de secreção purulenta.
O sangue do cordão do RN é ser usado na identificação da tipagem sanguínea, de doenças transmissíveis, análise bioquímica dentre outros exames
Cada bebê e sua mãe devem ser corretamente identificados antes de deixarem a sala de parto. Para a identificação, utiliza-se pulseira própria, na qual devem constar o nome e sobrenome da mãe, a data e a hora do nascimento, colocando-a no punho e no tornozelo do RN.
Os objetivos dos cuidados com o coto umbilical são mantê-lo limpo e seco.
Em casos de partos múltiplos, a ordem de nascimento deverá ser especificada nas pulseiras por meio de números (1, 23...) após o nome da mãe. 15
17.4 Promover Ligação Mãe- Filho As mudanças que acontecem no parto também são significativas para a mulher que antes era grávida e, agora, é mãe. Geralmente há uma urgência em ver e tocar o RN e, durante as primeiras horas após o parto, a mulher tende a falar muito, principalmente, do trabalho de parto. Após algumas horas, o esforço físico do trabalho de parto e a excitação levam à fadiga e a puérpera sente necessidade de dormir. Nos primeiros dias após o parto é comum uma passividade e uma dependência da puérpera, o que não limita a sua oportunidade de dedicar ao filho. Ao assumir o seu cuidado e do filho, a mãe necessitará de orientações. As alterações súbitas hormonais, a fadiga, o desconforto físico e a inexperiência em cuidar do bebê podem desencadear um período de depressão, que geralmente é transitório. Permitir que a mãe expresse os seus sentimentos, dúvidas, angústias, aliviam suas tensões emocionais e ansiedade propiciando melhores condições de estabelecimento do vínculo e laços emocionais com o RN. O pai deve ser estimulado a participar de todo o processo e, um contato precoce com o filho deve ser incentivado. Considerando a importância da promoção da ligação mãe-filho, as rotinas das maternidades foram alteradas para permitir que os pais possam permanecer juntos quando desejarem e livre acesso ao seu filho. A oportunidade de ver e tocar o filho no nascimento é um estímulo importante já que, após o nascimento até cerca de uma hora depois, o RN está alerta e ativo sendo este o momento ideal para o contato visual. Os pais devem ser estimulados a prestarem todos os cuidados ao RN e orientados sobre as tarefas que desconhecem. Eles devem ser orientados nos cuidados ao RN e sobre os recursos que a comunidade possui para assisti-los, já os preparando para a alta hospitalar.
A identificação do RN deve ser conferida cada vez que ele for levado para a mãe ou transferido do berço por qualquer motivo.
18- Rotinas de Admissão do Recém-Nascido após estabilização
Realização do Credê: Instalação de uma gota de 1% no saco conjuntival de cada olho; Aplicação de Vitamina K, 1 mg, Intramuscular; Lavado Gástrico com SF 0,9 % até ser aspirado claro; Higienização; Aplicação de álcool absoluto no coto umbilical; Início da amamentação ao seio materno o mais assim que a Puérpera estiver em condições de adaptado ao meio.
Nitrato de Prata a
conteúdo gástrico
precoce possível, alimentar e o RN
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19- Os Cuidados Mediatos ao RN são aqueles realizados no berçário ou no alojamento conjunto. Têm como objetivos ajudar o RN a adaptar-se à vida extra-uterina, prevenir possíveis complicações que possam advir e detectar precocemente qualquer anormalidade. Quando houver, este terá prioridade no atendimento. Ao chegar ao berçário, o RN deve ser colocada em um berço ou incubadora aquecida, procedendo-se a sua admissão no setor, com registro da hora e de suas condições gerais. O RN pode também ser encaminhado diretamente da sala de parto para o setor de alojamento conjunto. Nesses casos a admissão e os demais cuidados serão providenciados neste local. No momento da admissão e nas primeiras horas de vida é necessário proceder a uma avaliação dos sinais vitais, com especial atenção as condições respiratórias, coloração da pele, presença de secreções em vias aéreas superiores e de sangue no coto umbilical. É recomendável iniciar a verificação dos sinais vitais a partir da frequência respiratória, passando para a frequência cardíaca e por último à temperatura corporal. 19.1 Verificação da respiração (R) A respiração deve ser avaliada durante um minuto completo. Os movimentos abdominais e não os torácicos devem ser observados já que no RN, a respiração é realizada pelo diafragma. Ao verificar a respiração, observar eventuais sinais de cansaço, cianose ou batimentos das asas do nariz. Os parâmetros de normalidade da frequência respiratória são 25 a 60 incursões respiratórias por minuto.
Não existe uma seqüência rígida na realização dos cuidados mediatos com o RN. Depende das condições do bebê ou da rotina estabelecida instituição.
19.2 Verificação da frequência cardíaca (FC) Essa verificação em RN é mais confiável quando realizada por meio do pulso apical, colocando o estetoscópio sobre o tórax, entre o esterno e o mamilo esquerdo do bebê. A frequência do coração é contada durante um minuto, prestando-se atenção ao ritmo e à forca de pulsação. Os parâmetros de normalidade da frequência cardíaca são 120 a 180 batimentos por minuto. 19.3 Verificação da temperatura (T) A verificação de temperatura corporal pode ser medida no reto ou na axila. No entanto, quando há necessidade de constantes aferições, a introdução frequente de um termômetro no reto pode causar danos à mucosa retal, sendo recomendável a verificação na axila. 19.4 Verificação das medidas antropométricas Verifica-se o peso, o comprimento e o perímetro cefálico, torácico e abdominal que são parâmetros importantes para a avaliação e acompanhamento dos bebês.
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19.5 Verificação do peso Tal procedimento deve ser realizado no momento da admissão do RN, diariamente e sempre que houver necessidade de nova avaliação. Servirá de base para o controle da curva ponderal O peso deve ser registrado em gramas, em impresso próprio, assim como o ganho ou perda em relação ao peso anterior. Nos RNs com diagnóstico de infecção, quando não houver balança separada para esses casos, deve ser verificado seu peso após todos os demais. 19.6 Verificação da Estatura A estatura é verificada com régua antropométrica ou fita métrica e servirá de base para a avaliação do crescimento. 19.7 Perímetro Cefálico (PC) É a medida da circunferência da cabeça, sendo verificado com fita métrica. Servirá de base para a avaliação do crescimento e desenvolvimento. É realizada com o bebê em decúbito dorsal, passando-se a fita métrica a partir da maior saliência do osso occipital e acima das sobrancelhas, realizando-se então a leitura. *18.8 Perímetro Torácico (PT) É a medida da circunferência do tórax, sendo verificado com fita métrica, variando em torno de 33 cm. O RN deve estar posicionado em decúbito dorsal, sem roupa. Passa-se a fita ao redor do tórax na altura dos mamilos, realizando a leitura. 19.9 Perímetro Abdominal (PA): É a medida da circunferência do abdômen, sendo verificada com fita métrica, variando em torno de 35cm. O RN deve estar em decúbito dorsal e sem roupa. O perímetro abdominal é medido passando-se a fita em torno do abdome, logo acima do umbigo. 20. Acompanhamento Diário do RN – Alojamento Conjunto
Verificação do Estado Geral: Atividade/Tônus/Cor (anemia) / Irritação/Sonolência/Olhos; Sucção: Pega/Presença de Colostro/Livre Demanda; Regulação da Temperatura: Evitar calor ou frio excessivo; Sistema Respiratório: Gemência /Batimento da aleta Nasal/ Tiragem Intercostal/ Balanço Tóraco-abdominal/ Retração Esternal/ FR maior que 60 irpm/ Apneia; Bilirrubina/Icterícia; Sistema Cardiovascular: Frequência Cardíaca e Cianose; Sistema Gastrointestinal: Eliminação do Mecônio (aspecto) / Distensão Abdominal/Anus perfurado; Sistema Geniturinário: Genitália/Diurese (aspecto); Sistema Nervoso: Tremores/Abalos/ Convulsões/Fontanelas Metabólico: Prematuro/Baixo Peso/GIG/Filhos de Mães Diabéticas; Infecção: Sinai
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21- Assistência de Enfermagem ao Recém-Nascido- RN no Alojamento Conjunto O Alojamento Conjunto é um sistema hospitalar em que o RN sadio, logo após o nascimento permanece ao lado de sua mãe 24 horas por dia, num mesmo ambiente até alta hospitalar. ( Ministério da Saúde, portaria 1.016 de 26 de agosto de 1993) A adoção desse sistema proporciona para a mãe a interação com o bebê por permitirlhe que cuide de seu filho desde os primeiros momentos, favorece o processo de amamentação, proporciona um intercâmbio de informações entre as mães e a participação do pai no cuidado do filho além de permitir maior relacionamento com a equipe de saúde. Para o RN, oferece satisfação de suas necessidades biológicas e emocionais, pois os cuidados são realizados de forma mais imediata, possibilita que seja alimentado quando desejar e diminui o risco de hospitalar por sua reduzida permanência no berçário. A mãe deve participar ativamente dos cuidados de seu filho, porém cabe à equipe de enfermagem estar atenta a algumas observações: coloração da pele, freqüência e aspecto das eliminações, aspecto do coto umbilical, capacidade de sucção, sinais vitais e qualquer alteração do estado geral do RN. Além disso, deve ajudar a mãe em suas necessidades básicas como: higiene corporal, cuidado com as mamas, alimentação, sono e repouso. No sistema de alojamento conjunto é importante estar aberto para ouvir a mãe sobre suas preocupações, ansiedades ou medos, pois o fato de retornar para casa com um bebê pode deixa-la insegura e preocupada.
22- Recém-Nascido de Alto Risco O RN de alto risco é aquele que tem maior chance de adoecer ou morrer devido a condições ou eventos ocorridos no parto ou durante sua adaptação à vida extra-uterina. Necessita de assistência mais intensa e provavelmente de cuidado intensivo. A classificação do RN de acordo a Idade Gestacional e o peso ao nascer também identifica o RN em risco. 23- Recém Nascido - RN Prematuro (Pré-termo) Prematuro é a criança nascida antes de 37 semanas de gestação, independente do peso de nascimento. Os fatores de risco como gravidez múltipla, DHEG e problemas placentários são responsáveis pelo parto prematuro. O RN prematuro não tem a maturidade funcional para permitir uma adaptação à vida extra-uterina. Ele apresenta uma série de problemas devido a esta imaturidade de todos os seus sistemas, porém a magnitude dos problemas depende do grau de prematuridade do RN. A mortalidade neonatal aumenta progressivamente com o grau de imaturidade. As características do RN prematuro dependem da idade gestacional, podendo variar de um grande grau de imaturidade a situações similares a um RN a termo. Os pulmões do RN pré-termo não estão completamente desenvolvidos, seus alvéolos ainda não possibilitam a inflação e o Surfactante, substância que recobre toda a
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superfície alveolar e que reduz o esforço respiratório por manter os pulmões expandidos, ainda não é produzido. Como consequência o RN não consegue manter a respiração estável e a falta do surfactante pode causar o colapso total dos alvéolos em cada expiração, o que resulta na Síndrome da Angústia Respiratória (SAR). O RN é pequeno e magro devido à falta de depósitos de gordura subcutânea. Seu peso é geralmente inferior a 2.500g. A cabeça é grande em relação ao corpo com uma desproporção entre os perímetros cefálico e torácico. Os ossos do crânio são moles e os olhos, proeminentes, são fechados. O pescoço e as extremidades são curtos e o abdome é redondo e proeminente. A pele é fina, frouxa e enrugada, com vasos sanguíneos visíveis. A fina lanugem é abundante sobre o corpo, mas é esparsa e fina na cabeça. A temperatura corporal é baixa e pode ser muito instável pela incapacidade de manter o calor. A perfusão dos tecidos e órgãos pode ser precária. O RN prematuro é inativo e imóvel. Seu choro é fraco e monótono. Os reflexos de abrir a boca, de engolir e de sucção são fracos ou ausentes. As fezes são raras devido a pouca motilidade do trato intestinal.
23.1 Cuidados com o RN Prematuro A proteção contra infecções é primordial. A lavagem de mãos deve ser rigorosa e realizada por todas as pessoas que entram em contato com o RN. Todos os equipamentos e campos usados na assistência do prematuro devem ser esterilizados ou meticulosamente limpos. Após o estabelecimento da respiração, a necessidade mais importante é a manutenção da temperatura. O RN prematuro deve ser mantido em ambiente aquecido
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até que seja capaz de manter o equilíbrio entre a perda e a produção de calor. Na incubadora, com a temperatura ambiente controlada, o RN deve ficar despido o que facilita a assistência e, em caso de retirada da incubadora, dever bem agasalhado. A pele do RN por delicada e frágil deve ser limpa com água pura ou com sabão suave, apenas duas ou três vezes por semana. Deve-se tomar cuidado com a fixação de equipamentos de monitorização ou infusões intravenosas, aplicando primeiro uma camada de substância protetora no local onde a fita adesiva será fixada. É característico do prematuro, um padrão de respiração periódico, com períodos de respiração rápida separados por período de respiração lenta. Pode ocorrer a apneia, interrupção da respiração espontânea por 20 ou mais segundos, seguida de bradicardia e mudança de cor. É necessário a monitorização rotineira da respiração e/ou da frequência cardíaca.
23.1.1 A Alimentação Só é iniciada quando o prematuro consiga manter a temperatura corporal, a respiração, boa cor e bom choro. Prematuros pequenos ou doentes são alimentados por via parenteral até que sua condição se estabilize. A alimentação por gavage é feita se o RN se cansa facilmente ou se tem os reflexos de sucção ou deglutição fracos ou em uso de ventilação mecânica. É a administração de leite humano ordenhado ou de fórmula láctea artificial, por meio de sonda, em intervalos regulares de 2 ou 3 horas. É utilizada no caso de bebês que necessitam ser alimentados de forma segura, com um mínimo de gasto energético, evitando esforço e perda de peso. A sondagem gástrica em RN tem por objetivos principais a alimentação e administração de medicamentos quando ele estiver impossibilitado de sugar e/ou deglutir; esvaziar parcial ou totalmente o conteúdo gástrico a fim de evitar e/ou diminuir a distensão abdominal provocada por deglutição de ar, excesso de bile e/ou má digestão alimentar. O resíduo gástrico é o excesso de líquido ou secreção que permanece no estômago após a alimentação ou até mesmo em dieta zero. O volume e o aspecto do resíduo gástrico determinam se há ou não tolerância aos alimentos e a capacidade de digeri-los. Também pode indicar se há algum problema na secreção de bile e/ou ácido do estômago. Em RNs que estão sendo alimentados, o aspecto do resíduo gástrico deve ser correspondente a leite não-digerido, branco sem grumos ou, leite digerido, branco ou amarelado com grumos. O aspecto normal do resíduo em RN que está sem se alimentar deve ser “salivar”. A aspiração e a avaliação do resíduo gástrico devem ser sempre realizadas antes de cada dieta por gavagem intermitente ou também quando há necessidade de saber sobre a possibilidade de se iniciar a dieta para os bebês que estejam sem se alimentar O número da sonda a ser utilizada deve ser escolhido de acordo com a indicação para a sondagem gástrica e com o peso e IG do RN. Se a sonda for utilizada para alimentação, deve ser escolhida a de menor tamanho, nº 4 ou 6, sendo o menor número
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para bebês prematuros. Dessa forma, evita-se que a gavagem seja realizada muito rapidamente, oferecendo risco de bronco aspiração. Se a sonda for utilizada para drenagem gástrica, deve ser escolhida a de maior número, nº 8 ou 10, sendo que, o critério de escolha se baseia principalmente no aspecto, quantidade e viscosidade da secreção drenada. Quanto mais espessa for a secreção, maior deve ser o calibre da sonda, não se devendo ultrapassar a de número 10. A sonda poderá ser trocada com uma frequência de até três dias, a fim de evitar o manuseio excessivo e desconfortável para o RN. Porém, é necessário que a higiene oral seja feita com mais rigor para evitar e/ou remover a formação de crostas labiais, mais comum em crianças com sonda orogástrica. Caso a sonda saia acidentalmente, deve ser trocada, evitando-se sua reutilização. As seringas utilizadas para medir o resíduo gástrico e ofertar o leite devem ser substituídas preferencialmente a cada horário da dieta para evitar a contaminação do material. Apenas a seringa com água destilada pode ser substituída a cada 12 horas. A amamentação ou a alimentação com o copinho é indicada quando os reflexos de sucção e deglutição são vigorosos. Os bicos artificiais das mamadeiras costumam provocar uma sucção inadequada, na qual há interferência no posicionamento da língua, no fechamento da boca, que fica parcialmente aberta, e na respiração do RN. O RN não deve ser alimentado através de mamadeiras porque neste caso o esforço para sugar é pequeno já que o leite sai quase que sozinho. No peito é necessário fazer a ordenha do leite com a própria língua, exigindo um esforço maior. Se a mamadeira é introduzida logo de início, ao se tentar amamentá-lo, ele poderá ter dificuldade de fazer a “pega” do mamilo, pois tentará sugá-lo como se fosse um bico artificial. Essa dificuldade é conhecida como “confusão de bicos”. Tudo isso pode levar ao desmame precoce, o que prejudica o desenvolvimento do bebê. Para evitá-lo é indicado o uso de “copinhos” pois com eles o bebê toma o leite, não interferindo no processo de sucção da mama materna. A alimentação através do copinho é realizada quando a coordenação entre sucção, deglutição e o reflexo de engasgo estiverem presentes. Tal forma de alimentação constitui um método artificial seguro para os seguintes casos: RNs prematuros e/ou de baixo peso, até que tenham maturidade ou peso suficiente para serem alimentados ao seio materno; RNs GIG, PIG ou prematuros com risco de desenvolver hipoglicemia, que necessitem iniciar precocemente a dieta e cujas mães se encontrem impossibilitadas temporariamente de amamentar. Os pais devem ser orientados sobre os objetivos do método e sua importância, assim como estimulados a praticá-lo. RN. Por ser de uso individual, é mais higiênico do que as mamadeiras. Além do copinho, são necessários gaze ou babador e o recipiente com a dieta prescrita. A fim de evitar falhas na administração, deve-se conferir o tipo e o volume da dieta prescrita com o rótulo do recipiente enviado pelo serviço de nutrição ou, então, o volume do leite ordenhado pela mãe. Antes de iniciar a alimentação é importante também verificar se a temperatura do leite está próxima da temperatura ambiente para não provocar desconforto e/ou queimaduras.
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A gaze ou babador deve ser mantido abaixo do queixo do bebê, evitando assim o desconforto causado pelo extravasamento do leite sobre a roupa.
24-Método Mãe- Canguru O Método Mãe-Canguru para recém-nascidos prematuros foi aplicado inicialmente em 1978, por Edgar Ray Sanabria e Hector Martinez, médicos do Hospital de San Juan de Dios em Bogotá, Colômbia, que possuía deficiência de equipamentos, recursos humanos e medicamentos, constituindo uma alternativa ao método tradicional de assistência ao recém-nascido de baixo peso. Anteriormente, os recém-nascidos Pré-termos eram mantidos durante vários dias nas incubadoras, até alcançarem 2 Kg de peso. A partir do Método Canguru, passam a ter contato direto com a mãe desde o momento em que apresentem condições clínicas e a partir de 1.250 kg, o contato pele a pele é iniciado e o bebê permanece junto à mãe, como se estivesse em uma bolsa semelhante a de um canguru. O método consiste em manter o RN na posição vertical, preso entre as mamas da mãe, em contato pele a pele, o que permite a manutenção da temperatura corpórea do RN. A criança, vestindo apenas uma fralda, é colocada em contato com o corpo da mãe, durante o tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente. Para firmar a criança de uma maneira confortável contra o peito materno, é colocada uma faixa imitando a bolsa do animal. Os RNs são amamentados regularmente e quando necessário são empregados suplementos de leite dietético para bebês prematuros para garantir a progressão ponderal adequada . No caso de incapacidade da mãe ou de qualquer indisponibilidade (como, por exemplo, tomar banho), outra pessoa poderá substituí-la, desde que sejam seguidas as condutas higiênicas básicas. Em relação ao vestuário, a mãe deve, respeitando-se sempre seus costumes culturais, colocar roupas íntimas de algodão e usar vestimentas largas para poder acariciar facilmente a criança e manter um controle de observação. Recomenda-se não usar lã, colares, perfumes ou sutiã de renda. Todas as roupas, tanto da mãe quanto da criança, devem ser lavadas com sabão neutro. A cada troca de fralda, é necessário limpar a região genital, perianal e glútea com água morna, tendo o cuidado de enxugá-las bem para não deixar qualquer vestígio de umidade. Quanto à alimentação, o aleitamento materno deve ser sempre recomendado e privilegiado. Durante esse período, a mãe deve ser orientada e treinada sobre a ordenha do seu leite. No caso de uma impossibilidade qualquer (morte materna, rejeitação) o aleitamento materno será submetido ou complementado por leite maternizado adaptado às crianças de baixo peso de nascimento ou por leite humano ordenhado pasteurizado distribuído pelo banco de leite.
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À noite, a mãe que carrega a criança deve dormir em posição semi-sentada, apoiada em travesseiro ou almofadas, afim de manter o RN sempre em posição vertical. A criança permanece preferencialmente 24 horas nessa posição. Quanto à duração, é o RN quem determina o tempo de permanência na posição canguru. De maneira natural, chega o momento em que ele deseja deixar essa posição, se sentindo desconfortável, chora e procura tirar seus pés e mão. Os bebês submetidos ao método têm oxigenação adequada, baixa incidência de respiração periódica e apneia e menor risco de bronco aspiração, além de ficarem mais tranquilos, com maiores períodos de sono profundo e só eventualmente chorarem durante o contato pele a pele. Mudanças no relacionamento mãe/filho também são observadas. As mães não rejeitam seus bebês, fato comum quando eles ficavam longo período no hospital, e sentem-se mais seguras no manejo do filho prematuro, além de estarem mais motivadas para amamentação e amamentarem por um período mais longo.
25- Recém -Nascido Pós Termo (Pós maturo) RN pós-maturo é aquele nascido após 42 semanas de gestação. Apresenta os cabelos abundantes, unhas longas e pele mais clara e descamativa. Não há lanugem e a Vérnix caseosa é pouca ou nenhuma. É comum uma aparência magra devido ao empobrecimento intra-uterino. Se ocorrer a insuficiência placentária o mecônio pode ser expelido no útero, devido ao sofrimento fetal. 24
A causa mais comum de morte fetal e neonatal do pós-maturo é sofrimento respiratório causado pela aspiração do líquido amniótico com mecônio, que se torna espesso, obstruindo os alvéolos ou irritando os pulmões 25- Aleitamento Materno
25.1 Benefícios do Aleitamento Materno
É um alimento livre de impurezas; É a primeira vacina da criança; Ajuda a prevenir alergias; Ajuda a prevenir o raquitismo e anemia; Evita ocorrências de diarreias e pneumonias; Contribui para o desenvolvimento do Sistema Nervoso; Diminui o risco de diabetes; Diminui a ocorrência de problemas dentários Melhora desempenho psicomotor, emocional e social.
25.2. Fatores Anti-infecciosos do Leite Humano
Fator bífido: Estimula o crescimento de Lactobacillus bífidos, responsável pela reação ácida do conteúdo intestinal da criança, interferindo no crescimento de microrganismos enteropatogênicos. Imunoglobulinas: Agem contra invasão de bactérias e vírus. Fator antiestafilocóco: Inibe a infecção estafilocócica sistêmica. Macrófagos: Realizam a fagocitose e sintetizam a Lactoferrina, Lisozima; Interferon: . Inibe a duplicação viral intracelular. Lactoperoxidase: Mata Estreptococos e bactérias entéricas. Lactoferrina: Proteína fixadora de ferro, capaz de inibir o crescimento de bactérias dependentes de ferro do tubo gastrointestinal. Lisozima: Lisa as bactérias através de destruição da parede celular
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O leite humano contém enzimas já conhecidas pelo organismo da criança. Os componentes do leite de vaca ou leites artificiais são estranhos para o bebê e, por isso, podem causar alergias intestinais e deficiência de ferro. Crianças que mamam no peito podem inclusive ficar até oito dias sem evacuar, justamente porque todos os componentes do leite materno são aproveitamos pelo organismo, não havendo necessidade de evacuação. Além disso, a quantidade de sódio, potássio, magnésio e proteínas presente nos outros leites é maior que no leite da mãe, fator que pode sobrecarregar o Coração da criança... 26. Fatores de Riscos para Doenças Perinatal e Infantil
Gemeralidade; Baixo Peso ao Nascer; Baixa Escolaridade Materna; Idades Maternas Extremas: Menor de 15 anos e Maior de 35 anos de idade; Intervalo Gestacional Curto; Criança Indesejada; Desmame precoce; Mortalidade em Menores de 5 anos na Família; Violência X Maus Tratos; Condição Inadequada de Moradia; Baixa Renda Familiar; Desestruturação Familiar;
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27. Puericultura
27.1. A Puericultura é o cuidado e acompanhamento do bebê até os dois anos de idade. Ela engloba a verificação da caderneta vacinal, o estímulo à prática ao aleitamento materno, a orientação quanto a alimentação complementar (quando e como introduzir) e a prevenção e identificação precoce das doenças mais comuns nos bebês. A avaliação periódica do ganho de peso permite o acompanhamento do progresso individual de cada criança, identificando aquelas de maior risco de morbi/mortalidade, sinalizando o alarme precoce de desnutrição, causa básica da instalação ou agravamento da maior parte dos problemas de saúde infantil. Na primeira medição observar a Posição do peso em relação aos pontos de corte Superior e Inferior. Nas Medições seguintes, observar a Posição e também o Sentido traçado da Curva de Crescimento da Criança: A- Posição da linha que representa o traçado da criança. B- Sentido do traçado da curva da criança: Ascendente, Horizontal ou Descendente. 27.2 Avaliação e Acompanhamento do Percentil
Acima do Percentil 97: Sobrepeso Entre o Percentil 97 e 3: Normalidade Nutricional Entre o Percentil 10 e 3: Risco Nutricional Entre o Percentil 3 e 0.1: Peso Baixo Abaixo do Percentil 0.1: Peso Muito Baixo
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28- Hiperbilirrubinemia (Icterícia) A Hiperbilirrubenia é a elevação anormal da bilirrubina no sangue do RN e pode ser causada por:
Destruição excessiva das hemácias
Pela limitação do RN em metabolizar, transportar e eliminar esta bilirrubina. Processo patológico como a doença hemolítica do RN (eritoblastose fetal). Geralmente, o organismo é capaz de manter o equilíbrio entre a destruição das hemácias e a utilização ou excreção dos seus produtos. O acúmulo de bilirrubina na corrente sanguínea provoca a icterícia, caracterizada pela coloração amarelada da pele e das mucosas. Pode ser fisiológica ou patológica. A icterícia fisiológica ocorre após 48 horas de vida, podendo perdurar até o 4º dia e desaparecer no fim da primeira semana. É resultante da imaturidade do metabolismo e transporte da bilirrubina. A icterícia patológica normalmente aparece nas primeiras 24 horas após o nascimento e é resultante da destruição exagerada de hemácias causada pela isoimunização, mãe Rh negativo e feto Rh positivo, ou incompatibilidade ABO. Na isoimunização, o sistema imune da mãe Rh negativo responde às células fetais que chegam à corrente sanguínea materna, produzindo anticorpos anti Rh. Durante a primeira gravidez a sensibilização inicial aos anticorpos anti Rh raramente acontecem antes do início do parto. Na gravidez subsequente, com feto Rh positivo, estes anticorpos entram na circulação fetal, onde atacam e destroem as hemácias fetais. O feto pode nascer vivo sendo necessário a Exsanguíneotransfusão imediata.
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A Incompatibilidade ABO é mais comum em criança do grupo sanguíneo A ou B e, a mãe do grupo O. Os anticorpos maternos anti-A ou anti-B atacam as células fetais, provocando a hemólise. Contudo, a reação hemolítica é menos severa do que na incompatibilidade Rh. A Bilirrubina, quando em níveis elevados na corrente sanguínea, pode ser tóxica para o organismo, podendo provocar lesões no sistema nervoso central. Bilirrubina 24 horas: 1,4 a 8,7 mg/dl, 48 horas: 3,4 a 8,5 e mg/dl e 3 a 5 dias : 1,5 a 12 mg/dl. O Tratamento da Icterícia é realizado por meio da Fototerapia Exsanguíneotransfusão e Visa Prevenir a Encefalopatia Bilirrubínica.
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28.1. A Fototerapia consiste na aplicação de uma luz intensa na pele exposta do RN com o objetivo de transformar a bilirrubina em substancia não-tóxica ao sistema nervoso e aumentar sua excreção pelo intestino.
28.2. Cuidados devem ser tomados pelos Profissionais de Saúde Durante a Fototerapia:
Manter o aparelho em local ventilado, evitando superaquecimento; Colocar, nas laterais desses aparelhos, panos brancos até a altura do berço, aumentando, assim, a eficácia da fototerapia pela reflexão; Antes de colocar o RN sob fototerapia é necessário retirar toda a roupa, permitindo que a superfície corpórea fique exposta à luz, não devendo ser usado óleo ou hidratante, já que seu uso favorece queimaduras. A fim de prevenir lesão de retina, deve-se colocar em seus olhos uma máscara de cor escura tendo o cuidado de manter suas pálpebras fechadas;
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Ao posicionar o RN sob o aparelho, deve-se guardar uma distância de aproximadamente 45 a 50 cm da fonte de luz, mudando-o de posição a cada duas horas. Essa distância permitirá um fluxo radiante adequado e as mudanças de posição possibilitarão que a luz do aparelho atinja toda a superfície do corpo; Durante a fototerapia deve-se: atentar para o estado de hidratação do RN, verificando o turgor de sua pele e a umidade da mucosa; observar as condições da pele, tais como: cor, presença de erupções e queimaduras; oferecer líquidos por via oral com frequência e controlar a velocidade de infusão venosa; fazer o controle diário do peso; observar as características das eliminações vesicais e intestinais (cor, consistência, frequência e volume), acompanhado e avaliando a ação do tratamento; Deve-se verificar a temperatura do recém-nascido a cada 4 horas, pois a fototerapia pode provocar alterações da temperatura corporal; Caso seja necessária a coleta de amostras de sangue para a dosagem de bilirrubina, o aparelho deve ser desligado e o frasco que receberá a amostra, protegido com papel escuro, a fim de evitar falsos resultados do exame.
28.3. A Exsanguíneotransfusão: consiste na tentativa da substituição do sangue do RN por sangue compatível, geralmente através do coto umbilical. É um procedimento cirúrgico e seu objetivo é evitar os efeitos tóxicos da Hiperbilirrubenia, prevenindo lesões no sistema nervoso central. 28.4. Cuidados devem ser tomados pelos Profissionais de Saúde Durante a Exsanguíneotransfusão:
Comunicar e orientar os pais sobre o procedimento; Preparar o material a ser utilizado; Manter o RN em jejum por 3 horas; Colocar o RN em berço aquecido; Posicionar o RN em decúbito Dorsal; Colocar coletor urinário; Conferir o sangue a ser transfundido: nome, tipo sanguíneo do RN e doador; Colher uma amostra da bolsa de sangue a ser transfundida; Degelar a bolsa de sangue em temperatura ambiente por 30 minutos; Instalar monitor cardíaco e oxímetro; Abrir o material sobre o campo estéril; Auxiliar na cateterização; Verificação dos sinais vitais; Comunicar e anotar Intercorrências.
29- Recém-Nascido Filho de Mãe Diabética
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A Gestante Diabética é considerada gestante de alto risco devido às complicações fetais, neonatais e de parto que podem surgir. O tratamento das complicações do RN, filho de mãe diabética, consiste em monitorar as situações de risco e complicações, com cuidado específico para cada uma delas.
As Complicações mais comuns do RN de Mãe Diabética são:
29.1 Hipoglicemia
Durante a gestação, o feto produz insulina em resposta às altas concentrações de glicose materna. Ao nascimento, mesmo a termo e alimentado, ocorre a hipoglicemia devido à alta concentração de insulina no sangue. O RN pode apresentar tremores, abalos e/ou convulsões nos casos mais graves; apatia, letargia, hipotonia muscular; apneia, cianose, parada cardio respiratória, nos casos mais graves sem assistência imediata; irritabilidade e choro anormal, sonolência e recusa alimentar. 29.2 Hipocalcemia Consiste na diminuição da concentração de cálcio no organismo. O filho de mãe diabética por apresentar um atraso na produção do hormônio paratireoidiano, responsável pelo aumento do cálcio no sangue, pode desenvolver a hipocalcemia ao nascimento. Alguns casos são assintomáticos. O RN pode apresentar tremores e abalos; irritabilidade reflexa, reações bruscas e involuntárias a pequenos estímulos; hipertonia e convulsões nos casos mais graves.
29.3 Anomalias Congênitas
Estão relacionadas a alterações vasculares maternas e ao tempo e grau de dependência insulínica. As principais anomalias que acometem esses bebês são malformações cardíacas, deformidades do sistema nervoso central (SNC) e osteomusculares. 29.4 Macrossomia Fetal RN de mãe diabética nasce com peso acima do esperado, sendo classificados como GIG. Esse ganho de peso se inicia na gestação a partir do 3º mês, devido ao hiperinsulinismo fetal, ou seja, produção excessiva de insulina pelo feto em resposta aos altos índices de glicose na corrente sanguínea da mãe, o que acaba acarretando um aumento da produção e deposição de gordura pelo feto.
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30- DESNUTRIÇÃO Nutrição é o processo pelo qual os seres vivos recebem e utilizam as substancias necessárias para crescimento e funcionamento normal dos órgãos.
Desnutrição significa deficiência nutricional. É resultado da carência de proteínas e/ou calorias resultante se falta de alimentos básicos da dieta. Quanto mais nova a criança (por ser maior o ritmo de crescimento) e mais intensa e prolongada desnutrição, piores as consequências. Pode ocorrer um processo de atraso no crescimento e desenvolvimento infantil por carência alimentar. Quando há principalmente ausência ou carência de proteínas, a desnutrição é chamada de Kashiokor (3 a 5 anos de idade) que acontece muito comumente quando a criança é desmamada. Apresenta sinais como edema generalizado(Anasarca), abdômen globoso, diarreia crônica, xerodermia( alterações da pele), perda moderada de tecido subcutâneo, icterícia, hepatomegalia, cabelo fino, seco e descolorido, apatia, anorexia, sangramento gengival. A outra forma de desnutrição é chamada de Marasmo (0 a 1 ano de idade) É a forma mais grave de desnutrição e acontece por ingestão insuficiente de proteínas e calorias. A criança com marasmo apresenta-se irritadiça, retraída, letárgica, com a pele flácida e enrugada, com aparência senil ( de velha), rosário crostal, olhos funelos, pele fina e frouxa, má tolerância ao frio, baixo turgor e elasticidade, afundamento das bochechas, atrofia muscular. É frequente o aparecimento de doenças debilitantes nessas crianças, como: tuberculose, parasitoses, disenteria e outras. O marasmo significa não só a ingestão insuficiente de nutrientes, mas também a falta de afeto e proteção.
A Desnutrição pode ser: Desnutrição Primária: Causada pela falta de alimentos. Relacionados à pobreza, ignorância, precárias condições sanitárias e à promiscuidade. Desnutrição Secundária: Causada por problemas físicos que impedem a ingestão ou absorção dos alimentos. Desnutrição mista: Primária + Secundária.
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30.1. As situações de Riscos para Desnutrição incluem:
Baixo nível de socioeconômico. Desnutrição materna. Criança nascida de baixo peso, em família carente. Gemeralidade em família carente. Casos de desnutrição na família. Desmame precoce. Casos de desnutrição na família. Fraco vinculo mãe e filho gera hostilidade, rejeição, falta de afeto, negligencia e crueldade. Mãe que trabalha fora do lar e deixa criança sobre cuidados de pessoas não capacitadas. Saneamento básico ausente ou inadequado. Diarreias repetidas nos primeiros meses da vida História de internações sucessivas Parasitoses favorecem o aparecimento ou o agravamento da desnutrição que, por outro lado, torna os parasitas mais agressivos.
30.2. Sinais de Desnutrição
Cabelos finos, escassos, sem brilho, com alteração de cor e arranchamento fácil. Língua vermelha e lisa ou pálida Sangramento das gengivas Pele manchada e/ou com descamação Emagrecimento Apatia, desinteresse.
Devido a uma baixa oferta alimentar, o organismo utiliza as reservas existentes, depois são comprometidos o ganho de peso e o crescimento. Continuando a carência, órgãos nobres e funções são ameaçadas. No início, a desnutrição revela-se através da queda do ritmo normal de ganho de peso ou por perda de peso e a criança apresenta-se emagrecida com peso insuficiente para sua idade. À medida que se prolonga a desnutrição há o comprometimento da altura e aumentam as infecções. O desnutrido vive em um meio pobre de estímulos, geralmente em um ambiente desfavorável.
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30.3. Prevenção da Desnutrição consiste em:
Estímulo ao aleitamento materno: além das vantagens para a criança, o leite humano representa economia e é, muitas vezes o fator de sobrevivência para a criança. O desmame precoce, quase sempre é o início do processo de desnutrição; Procurar recuperar o desnutrido nas fases iniciais de carência através da educação alimentar; Controlar adequadamente a gestante, prevenindo a desnutrição intrauterina. Gestantes desnutridas tem filhos desnutridos que vão continuar desnutridos devido ao meio em que crescerão; Recuperação nutricional após qualquer infecção.
31- Desidratação. Distúrbio Hidroeletrolítico que em razão da perda ou déficit. Por exemplo, se a mãe deixa de amamentar o bebe e esquece de dar água para beber, desidrata por déficit. Mas se a mãe der líquidos a uma criança com diarreia, desidrata por perdas. A Desidratação é classificada em primeiro grau-leva, segundo grau-moderada e terceiro grau- grave. Durante a diarreia a alimentação habitual da criança deve ser mantida. Os alimentos não devem ser diluídos para não reduzir o aporte calórico. É importante aumentar uma ou mais refeições ao dia para compensar s perdas causadas pela diarreia e evitar ou minimizar o comprometimento do estado nutricional. Caso a criança esteja desidratada, suspende-se a alimentação apenas na fase da reidratação. O leite materno deve ser mantido, mesmo nesta fase. Dentre as Causas mais comuns da Desidratação encontramos: baixas condições sociais, complicações intestinais como a diarreia e vômito, alergia ao leite: cabra/vaca, infecções parasitarias, erro alimentar, deficiência de absorção- desnutrição, infecção urinária, grandes queimados. 31.1 AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO DA CRIANÇA 31.1.1 Criança com Diarreia sem Sinais de Desidratação. Observar na criança: Condição: alerta Olhos: normais Lágrimas: presentes Boca e língua: úmidas Sede: bebe normalmente Sinal de prega: desaparece rapidamente Pulso: cheio Enchimento capilar: normal (até 3 segs.)
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31.1.2 Criança com Diarreia e com Sinais de Desidratação. A criança está com desidratação se apresentar 2 ou mais dos sinais:
Condição: irritado Olhos: fundos Lágrimas: ausentes Boca e língua: secas Sede: bebe rápido e avidamente Sinal de prega: desaparece lentamente Pulso: rápido e débil Enchimento capilar: prejudicado (3 a 5 seg.)
Terapia de Reidratação Oral - Os sais para reidratação é o tratamento indicado. Crianças amamentadas devem continuar recebendo leite materno. Crianças com outra alimentação devem receber apenas SRO enquanto mantêm os sinais de desidratação. A TRO deve ser oferecida com frequência. Se a criança apresentar vômitos, o volume administrado deve ser reduzido e a frequência aumentada. A fase de reidratação termina quando os sinais de desidratação desaparecem. Quando isso acontece, o SRO deve ser mantido, sendo oferecido apenas após cada evacuação e a criança deve ser alimentada. É a tentativa de hidratar o paciente ofertando por via oral, para estabelecer parâmetros hidroeletrolíticos. É indicada para todos os graus de desidratação. Deve-se hidratar de 6 a 8 horas. Vômito não contra indica. Atualmente é livre demanda, tendo a fase de reposição e manutenção. 31.1.3. Criança com Diarréia e com Sinais de Desidratação Grave. A criança está com desidratação se apresentar 2 ou mais dos sinais: Condição: comatoso, hipotônico Olhos: muito fundos Lágrimas: ausentes Boca e língua: muito secas Sede: bebe mal ou não consegue beber Sinal de prega: desaparece muito lentamente Pulso: débil ou ausente Enchimento capilar: muito prejudicado (mais de 5 segs.) Hidratação Venosa 1. Expansão (rápida) A solução recomendada é partes iguais de soro fisiológico 0,9% e soro glicosado a 5%, administrado no volume de 100 ml/kg em 2 horas. O acesso venoso adequado deve ser feito com agulhas calibrosas, de preferência dois acessos simultâneos que garantam a infusão do volume total no máximo de 4 horas. A fase de expansão termina quando há melhora clínica da criança. 2. Fase de Manutenção ou Reposição É a fase indicada para cobrir as perdas normais e compensar as perdas anormais causadas pelo vômito e diarreia.
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32- Preparo do Soro Caseiro: Lavar as mãos. Encher um copo grande com água filtrada ou fervida. Colocar uma colher de chá rasa de sal e duas colheres rasas de sopa de açúcar. Mexer bem e oferecer à criança as colheradas. Após cada evacuação, a criança até um ano de idade deve receber meio copo de líquido e, crianças maiores, um copo. A alimentação habitual deve ser mantida e a família deve ser orientada para reconhecer os sinais de desidratação. Caso estes sinais apareçam, a família deve ser orientada para administrar os Sais de Reidratação Oral e procurar o serviço de saúde.
33. Prevenção das Doenças Diarreicas As medidas de Prevenção da Diarreia
Reduzir a transmissão dos agentes patogênicos diminuindo a frequência dos episódios de diarreia. Promover o bom estado nutricional da criança, diminuindo as complicações e mortalidade por diarreia. O aleitamento materno reduz o número de infecções e diminui a contaminação decorrente do uso de mamadeiras e alimentos contaminados. A introdução de novos alimentos deve ser iniciada em torno do 6º mês e os alimentos devem ser de boa qualidade nutritiva e preparados com cuidados higiênicos.
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O esquema básico de vacinação deve ser seguido, uma vez que as doenças infecciosas espoliam o organismo, diminuindo a resistência da criança, tornando-a mais vulnerável à diarreia infecciosa. Saneamento Básico: A disponibilidade de água tratada, destino adequado do lixo e das fezes reduz consideravelmente a morbidade por diarreia. Além disso, a simples lavagem das mãos após limpar a criança que evacuou, antes de se preparar a comida, antes de comer ou alimentar a criança reduz a frequência dos episódios diarreicos.
34- O Teste do Pezinho Programa Nacional de Triagem Neonatal - PNTN
34.1 Triagem Neonatal
É uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças Congênitas ou Infecciosas, assintomáticas no período Neonatal, a tempo de se interferir no curso da doença, permitindo, dessa forma, a instituição do tratamento precoce específico e a diminuição ou eliminação das sequelas associadas a cada doença. A coleta nunca deve ser feita num período inferior a 48 horas de amamentação e nunca superior a 30 dias, sendo o ideal entre o 3º e o 5º dia de vida. As gestantes devem ser orientadas sobre a importância do teste e procurar um Serviço de Saúde, dentro do prazo. No posto de coleta, será feita uma ficha cadastral da criança com dados para a identificação. É importante que a mãe dê todas as informações de forma clara, principalmente o endereço, pois se o resultado estiver alterado, a família deverá ser avisada com rapidez. Desde a década de 60, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza a importância dos programas populacionais de Triagem Neonatal – para a prevenção de
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deficiência mental e agravos à saúde do recém-nascido – e recomenda sua implementação, especialmente nos países em desenvolvimento. Segundo estimativa da OMS, 10% da população brasileira é portadora de algum tipo de deficiência e, dentre elas a deficiência mental representa um sério problema de Saúde Pública. No ano de 2001, o Ministério da Saúde, através da Secretaria de Assistência à Saúde, empenhou-se na reavaliação da Triagem Neonatal no SUS, o que culminou na publicação da portaria ministerial. Portaria GM/MS n. º 822, de 6 de junho de 2001) que criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). 34.2 Doenças Detectáveis pelo Teste do Pezinho As principais doenças detectadas pelo Teste do Pezinho – Triagem Neonatal são: * Fenilcetonúria - PKU; * Hipotireoidismo Congênito; * Anemia Falciforme e Outras Hemoglobinopatias; * Fibrose Cística; * Hiperplasia adrenal Congênita; * Deficiência de Bioditinidase.
34.2.1 Fenilcetonúria - PKU A Fenilcetonúria (PKU) é uma doença rara na qual o bebê nasce sem a habilidade de quebrar adequadamente um aminoácido chamada fenilalanina. A Fenilcetonúria é hereditária, isto é, passa de pais para filhos. O pai e a mãe devem passar o gene defeituoso para que o bebê tenha essa doença. Isso é conhecido como traço recessivo autossômico. Os bebês com PKU não possuem uma enzima chamada fenilalanina hidroxilase, necessária para quebrar um aminoácido essencial denominado fenilalanina. Essa substância é encontrada em alimentos que contêm proteínas. Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina e de duas substâncias associadas a ela crescem no organismo. Tais substâncias são prejudiciais ao sistema nervoso central e causam dano cerebral. A Fenilanina atua na produção de Melanina, o pigmento responsável pela cor da pele e do cabelo. Portanto, bebes com essa doença, geralmente possuem pele, cabelo e olho mais claros do que seus irmãos que não sofrem dessa doença.
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Outros sintomas podem incluir: Atraso mental e das habilidades sociais, tamanho da cabeça significantemente menor do normal; Hiperatividade Retardo-mental Convulsões Erupções-cutâneas Tremores Posicionamento incomum das mãos.
34.2.2 Hipotireoidismo Congênito O Hipotireoidismo Congênito uma doença hereditária que impossibilita a glândula tireoide do recém-nascido gerar o hormônio tireoidiano T4. Em crianças pequenas esse hormônio é fundamental e a ausência dele diminui o metabolismo, impedindo o crescimento e o desenvolvimento físico e mental do indivíduo. O hipotireoidismo congênito é uma das causas mais frequentes e previníveis de deficiência mental. Os Sinais e Sintomas incluem: hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, constipação, bradicardia, anemia, sonolência excessiva, choro rouco, hérnia, umbilical, alargamento de fontanelas, sopro cardíaco, dificuldade na alimentação com deficiente crescimento de peso e estatura, atraso na dentição , retardo na maturação óssea, pele, seca e sem elasticidade, atraso de desenvolvimento neuromotor e retardo mental.
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34.2.3 Anemia Falciforme e Outras Hemoglobinopatias Também chamada de Doença Falciforme, é uma anemia devida à alteração da forma dos glóbulos vermelhos (que são a parte do sangue que transporta oxigênio para os órgãos do corpo). Normalmente os glóbulos vermelhos são redondos, mas na anemia falciforme são mais achatados e se parecem com uma “foice". Os glóbulos vermelhos anormais ficam presos nos vasos sanguíneos facilmente, e assim eles não oxigenam o suficiente para os tecidos do corpo. A Anemia Falciforme é uma condição que as pessoas nascem com ela e persiste por toda a vida. É causada por um gene anormal. Para ter a doença, as pessoas precisam receber o gene anormal de sua mãe e pai. Se as pessoas se o gene anormal de apenas de um dos pais, ele é chamado de ¨"traço falciforme. ¨“ Os sintomas geralmente começam depois de alguns meses de idade. Mais comumente, pessoas com anemia falciforme têm episódios de dor (também conhecida como ¨"crise de falcização¨". A dor é geralmente nos ossos das costas, peito, barriga, braços ou pernas. Pode ser leve ou intensa, e durar de horas a dias. As pessoas podem ter outros sintomas com sua dor, incluindo, febre, inchaço (por exemplo, nas mãos ou pés), náuseas ou vômitos 34.2.4 Fibrose Cística A Fibrose Cística é uma doença hereditária que provoca muco espesso e pegajoso a acumular-se nos pulmões e no sistema digestivo. É uma das doenças mais comuns pulmonares crônicas em crianças e jovens adultos, e pode resultar em morte prematura. Os Sinais e Sintomas nos Recém-Nascidos: Retardamento de crescimento, incapacidade de ganhar peso normalmente durante a infância, não evacuar nas primeiras 24 a 48 horas de vida, sabor da pele salgado, anorexia e desnutrição
34.2.5 Hiperplasia Adrenal Congênita A Hiperplasia Adrenal Congênita é uma desordem genética das glândulas adrenais. Normalmente as glândulas adrenais ajudam a manter o corpo em equilíbrio ao fabricar as quantidades adequadas de Hormônios como Cortisol, Aldosterona e Andrógenos. Em pessoas com Hiperplasia Adrenal Congênita o corpo não fabrica hormônio cortisol em quantidade suficiente e também não consegue produzir Aldosterona. Ao invés disso, as glândulas adrenais fabricam muitos Andrógenos. Os Sinais e Sintomas nos Recém-Nascidos: Desidratação, pressão Baixa, baixo nível de açúcar no sangue, problemas para manter sal suficiente no corpo, desenvolvimento
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alterado da Genitália em Meninas, necessitando de correção cirúrgica, altura menor que os pais, sinais Prematuro de Puberdade em crianças, menstruação Precoce e Irregular, pêlos Faciais Excessivos em Meninas, tumores Benignos nos Testículos e infertilidade Masculina 34.2.6 Deficiência de Biotidinase A Deficiência de Biotidinase é um erro do metabolismo que afeta a reciclagem de uma vitamina, a Biotina, causando diminuição da sua concentração e acumulação no plasma, urina e tecidos de produtos tóxicos derivados do metabolismo da vitamina e das enzimas dependentes da reação. A Biotina é uma vitamina hidrossolúvel do complexo B, presente em baixas concentrações em diversos alimentos: fígado, rim, gema do ovo, vegetais, cereais, etc. Pode ser sintetizada pelas bactérias intestinais, sendo assim complementado o seu aporte dietético. Os sinais incluem: Queda de cabelo, infecções de repetição, atraso do desenvolvimento, convulsões, flacidez muscular, dificuldade de visão, audição e fala entre outros. Podem aparecer desde os primeiros meses de vida até depois de10 anos de idade.
35. Procedimento de Coleta - Teste do Pezinho - Etapas Luvas de Procedimento - Para dar início à coleta da amostra de cada criança, o profissional deve lavar as mãos antes de calçar as luvas de procedimento. As mãos devem ser lavadas e as luvas trocadas novamente a cada novo procedimento de coleta. As luvas devem ser retiradas pelo avesso e desprezadas em recipientes apropriados. Quando estiver portando luvas, não toque outras superfícies como maçanetas, telefones, etc. Não se esqueça, luvas são equipamentos de proteção individual de biossegurança. Posição da Criança - Para que haja uma boa circulação de sangue nos pés da criança, suficiente para a coleta, o calcanhar deve sempre estar abaixo do nível do coração. A mãe, o pai ou o acompanhante da criança deverá ficar de pé, segurando a criança na posição de arroto. O profissional que vai executar a coleta deve estar sentado, ao lado da bancada, de frente para o adulto que está segurando a criança. Assepsia - Realizar a assepsia do calcanhar com algodão ou gaze levemente umedecida com álcool 70%. Massagear bem o local, ativando a circulação. Certificar-se de que o calcanhar esteja avermelhado. Aguardar a secagem completa do álcool. Nunca realizar a punção enquanto existir álcool, porque sua mistura com o sangue leva à
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diluição da amostra e rompimento dos glóbulos sanguíneos (hemólise). Nunca utilizar álcool iodado ou anti-séptico colorido, porque eles interferem nos resultados de algumas das análises. Punção - A escolha do local adequado da punção é muito importante. Um procedimento seguro evita complicações. A punção deve ser executada numa das laterais da região plantar do calcanhar, locais com pouca possibilidade de se atingir o osso, que caso fosse atingido, poderia levar às complicações mencionadas. Evite o uso de agulhas, pois elas podem atingir estruturas mais profundas do pé como ossos ou vasos de maior calibre, além de provocarem um sangramento abundante que dificulta a absorção pelo papel, sendo este outro motivo muito frequente de devolução de amostras por coleta inadequada. É necessário que a punção seja realizada de forma segura e tranquila. Tenha em mente que um procedimento eficiente irá prevenir recoleta por devolução de amostra inadequada e, consequentemente, evitar transtornos de localização da família para agendamento de nova coleta. Segure o pé e o tornozelo da criança, envolvendo com o dedo indicador e o polegar todo o calcanhar, de forma a imobilizar, mas não prender a circulação. Após a assepsia e secagem do álcool, penetrar num único movimento rápido toda a ponta da lanceta (porção triangular) no local escolhido, fazendo em seguida um leve movimento da mão para a direita e esquerda, para garantir um corte suficiente para o sangramento necessário. Uma punção superficial não produzirá sangramento suficiente para preencher todos os círculos necessários à realização dos testes. Material insuficiente é outra causa frequente de devolução de amostras. Coleta de Sangue - Coletas de repetição ou novas punções trazem mais dor e incômodo ao bebê e à família, do que o procedimento eficiente de uma única coleta. Aguarde a formação de uma grande gota de sangue. Retire com algodão seco ou gaze esterilizada a primeira gota que se formou. Ela pode conter outros fluidos teciduais que podem interferir nos resultados dos testes. Encoste o verso do papel filtro na nova gota que se forma na região demarcada para a coleta (círculos) e faça movimentos circulares com o papel, até o preenchimento de todo o círculo. Deixe o sangue fluir naturalmente e de maneira homogênea no papel, evitando concentração de sangue. Não permita que ele coagule nem no papel nem no pezinho. Só desencoste o papel do pezinho quando todo o círculo estiver preenchido. Não toque com os dedos a superfície do papel na região dos círculos. Qualquer pressão poderá comprimir o papel, absorver menor quantidade de sangue e alterar os resultados dos testes. Encoste o outro círculo do papel novamente no local do sangramento. Repita o movimento circular até o preenchimento total do novo círculo. Repita a mesma operação até que todos os círculos estejam totalmente preenchidos. Jamais retorne um círculo já coletado no sangramento para completar áreas mal preenchidas. A superposição de camadas de sangue interfere nos resultados dos testes. Os movimentos circulares com o papel, enquanto o círculo está sendo preenchido, irão permitir a distribuição do sangue por toda a superfície do círculo. Se houver interrupção no sangramento, aproveite o momento de troca de círculo para massagear novamente a região do calcanhar com algodão levemente umedecido com álcool para ativar novamente a circulação. Não se esqueça de esperar a secagem completa do álcool do calcanhar do bebê, antes de reiniciar a coleta no outro círculo do papel filtro. Jamais vire o papel para fazer a coleta dos dois lados. É necessário que o sangue atravesse toda a camada do papel até que todo o círculo esteja preenchido com sangue de forma homogênea. Terminada a coleta e a verificação imediata, as amostras devem ser colocadas numa prateleira ou qualquer outro dispositivo que permita que as amostras possam secar de forma adequada., temperatura Ambiente – longe do sol, em ambiente de 15 a 20oC, por
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cerca de 3 horas., isoladas – uma amostra não pode tocar outra, nem qualquer superfície. e posição horizontal – mantém a distribuição do sangue de forma homogênea.
36- CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança e do adolescente é dever do Estado e direito da população, o que tem sido recomendado pelas organizações mundiais como um compromisso universal a ser seguido por todos os países. Cumprindo tal determinação, desde 1984, o Ministério da Saúde determinou que o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento constitui uma das Cinco Ações básicas da Assistência à Saúde da Criança: Aleitamento Materno e Orientações para o Desmame, Assistência e Controle das Infecções Respiratórias Agudas – IRAS, Imunização, Controle das Doenças Diarreicas e Acompanhamento do Crescimento e do Desenvolvimento.
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CRESCIMENTO 36.1 O Crescimento implica mudança em quantidade. Ocorre crescimento quando ocorre o aumento do número e tamanho das células refletindo no aumento do tamanho e peso do corpo. É um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a concepção até o final da vida. O processo do crescimento inicia-se a partir da fecundação e é no período intra-uterino que ocorre a maior velocidade de crescimento. É neste período que os riscos externos como agentes infecciosos e o uso de drogas, são mais graves e com maiores repercussões. A velocidade do crescimento continua elevada até os dois anos de vida quando é reduzida em torno dos cinco anos. A partir dos cinco anos a velocidade de crescimento é constante, de 5 a 6cm por ano até o início do estirão, em torno dos onze anos de idade nas meninas e, treze anos, nos meninos. O crescimento sofre influências de fatores intrínsecos que são genéticos e metabólicos e, fatores extrínsecos como alimentação, habitação, cuidados gerais etc. Crescer consome energia e a criança até os cincos anos deve ter qualidade, quantidade, frequência e consistência adequada para cada idade. Para criança até seis meses de vida o leite materno é o melhor alimento. As infecções repetidas podem levar ao retardo do crescimento e à desnutrição que por sua vez aumentam a vulnerabilidade da criança a infecções mais graves e de maior duração. A criança necessita estabelecer relações afetivas. Situações emocionais como abandono acarretam prejuízos para o crescimento da criança. Para o acompanhamento e avaliação do crescimento é necessário a tomada de medidas do tamanho do corpo, ou seja, medidas antropométricas. As medidas antropométricas básicas são o peso, a estatura e o perímetro cefálico, que devem ser relacionados com a idade. O crescimento linear, isto é, a altura é o resultado do crescimento do esqueleto, cessando com a sua maturação. O perímetro cefálico (PC) permite acompanhar o crescimento do cérebro e é muito útil durante o primeiro ano de vida . O comprimento médio de um RN a termo ao nascer é de 50 cm (48 a 52 cm). Durante os três primeiros meses, o crescimento mensal é de 3 a 4cm. De seis meses até um ano, o crescimento é de 1 a 2 cm por ano. Durante o segundo ano de vida, a criança cresce 12 cm e, durante o terceiro ano, cerca de 6 a 8 cm. O comprimento do nascimento é duplicado por volta dos quatro anos e, até os 7 anos, o crescimento anual é de 6 a 7cm. Em relação ao peso, espera-se que no primeiro trimestre de vida a criança ganhe cerca de 700g por mês. Já no segundo semestre, o ganho esperado é de 600g por mês. No terceiro trimestre, a expectativa é 500g por mês e, no quarto trimestre, um ganho de 400g por mês. O peso de nascimento é quatro vezes maior por volta de dois anos e até a idade escolar ocorre um ganho ponderal médio de 2 a 3Kg por ano. Já o perímetro cefálico cresce regularmente 2cm por mês durante os três primeiros meses de vida e, 1cm nos meses seguintes.
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36.2 Desenvolvimento O Desenvolvimento corresponde ao aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas. É atingido através do crescimento e da maturação do sistema nervoso central. Inclui também a aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais. O desenvolvimento pode ser acompanhado através de algumas etapas referentes a atividades (comportamento) esperadas para determinadas idades. Pode-se considerar que as atividades esperadas em certas idades sejam marcos (referências, parâmetros) para indicar modificações no desenvolvimento. O desenvolvimento se processa obedecendo a dois padrões: Sequência céfalo-caudal: O desenvolvimento ocorre na direção cabeça-extremidade. Para a criança sentar é necessário que antes sustente a cabeça, obedecendo a uma sequência. Sequência proximal-distal: Das áreas mais próximas ao sistema nervoso central para as mais distais. O controle dos ombros ocorre antes do domínio das mãos. O desenvolvimento também ocorre em Etapas ou Fases que correspondem a determinados períodos do crescimento. Cada um desses períodos tem suas próprias características e ritmos: 36.1.1 Período Pré-Natal (da concepção ao nascimento) Na concepção, a herança dos pais é transmitida através dos seus genes que determinará as características físicas da criança. Doenças maternas, nutrição, hábitos, etc, podem influenciar no crescimento e desenvolvimento do bebê. 36.1.2 Período Neonatal (de 0 a 28 dias) É através da avaliação da maturidade neurológica do RN que sua IG é determinada e os cuidados definidos. Os reflexos, a postura e os movimentos são observados a fim de relacionar seu grau de maturidade e condições físicas. Nesse período a mãe volta sua atenção e interesse para o RN, oferecendo cuidados e proporcionando a ele uma sensação de segurança e proteção, tanto física como emocional. 36.1.3 Primeira Infância: Lactente (de 29 dias a 2 anos) É nesse período que ocorrem as maiores e mais rápidas modificações no desenvolvimento da criança. Ela evolui de brincadeiras com as mãos e a boca, para brincadeiras com o pé e a boca. Gradativamente, os ritmos de sono e alimentação vão se estabelecendo a partir da presença e ausência da mãe. Começa a diferenciar o dia da noite. Ao dar os primeiros passos, a criança passa a explorar o ambiente, aprendendo a caminhar e a alcançar os objetos desejados.
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36.1.4 Segunda Infância: Pré-Escolar (de 2 aos 6 anos) Esse período é caracterizado pelo aprimoramento das habilidades adquiridas especialmente a comunicação e a locomoção. É a idade de explorar e brincar. Nesse período a criança incorpora os aspectos culturais, reconhece o outro, percebe que existem limites e sai do domínio exclusivo da família para a escola. O marco do desenvolvimento pode ser usado como referência, como um roteiro de observação e identificação de prováveis problemas de desenvolvimento. O Ministério da Saúde propôs uma Ficha de Acompanhamento do Desenvolvimento que possui os marcos de desenvolvimento maturativo, psicomotor, social e psíquico. A área sombreada corresponde ao período de início ou desaparecimento de determinado marco. Desenvolver-se é crescer, aprender e fazer coisas novas, diferentes. Cada criança tem um jeito próprio de se desenvolver. Conversar e brincar com o bebê com muito carinho, desde o nascimento faz com que ele se desenvolve bem e feliz. 0 a 6 meses - É muito importante para a saúde do bebê e da mãe que a amamentação comece logo após o nascimento. Isso contribui para deixar os laços entre mãe e filho se fortaleça. Mãe fala e cantarola para ele. O bebê já mostra sinais de prazer e desconforto. 1 a 2 meses - O bebê gosta quando é colocado em várias posições e quando lhe mostram objetos coloridos. Assustam e/ou choram quando ouve sons fortes. No colo da mãe, o bebê sente-se seguro e acalentado. Gosta de ver o rosto da mãe e de olhar em seus olhos. Também gosta quando os pais brincam e conversa, ele responde ao sorriso. 3 a 4 meses - O bebê está bem mais ativo, olha para que o observa, acompanha com o olhar e responde com balbucios quando alguém brinca com ele. Gosta de olhar para as mãos e colocá-las na boca. Busca a direção dos sons. Mas atenção, já não fica quieto e pode cair da cama. Quando colocado de bruços, levanta a cabeça. 5 a 6 meses - O bebê já rola, senta com apoio e leva os pés á boca, por isso deve ser colocado no chão para que possa se movimentar sem perigo de cair. Quando ouve uma voz, procura-a com o olhar. Pode aparecer o primeiro dentinho. Conversar com o bebê ajuda-o a aprender a falar. Vira a cabeça procurando a direção de vozes ou outros sons. 7 a 9 meses - Mesmo mamando, o bebê já come outros alimentos e bebe água filtrada. Gosta de ficar com quem conhece e pode estranhar algumas pessoas. Já fica sentado sem apoio, pode se arrastar ou engatinhar e até mesmo tenta ficar em pé. Tomar cuidado com acidentes! Gosta de brincar com objetos que lhe é dado. 10 a 12 meses - O bebê gosta de imitar os pais, dar tchau, bater palmas. Podem falar de seu jeito algumas palavras. Aponta para o que quer e pega os objetos com o polegar e o indicador. Engatinha e gosta de ficara de pé, segurando-se nos móveis ou nas pessoas, podendo até andar com apoio. Pode receber alimentos feitos para a família, mas sem muito tempero picantes e oferecidos amassados ou picados. Atende pelo próprio nome. 13 a 18 meses - A criança está cada vez mais independente, que comer sozinha e se reconhece no espelho. Fala algumas palavras e, ás vezes frases curtas. Anda alguns passos, mas sempre busca o olhar dos pais e familiares. É capaz de andar sem ajuda 19 meses a 2 anos - A criança brinca com vários objetos e gosta de brincar perto de outras crianças. Anda com segurança e dá pequenas corridas, subindo ou descendo degraus baixos. Demonstram ter vontade própria, testa os limites e fala muito a palavra “não”. 46
2 a 3 anos - Está ficando cada vez mais esperto, dá nomes aos objetos, dizendo que tudo é seu e demonstra suas alegrias, tristezas e raivas. É hora de aos poucos e com paciência, começar a tirar as fraldas e ensinar a usar o penico. 3 a 4 anos - ajuda a vestir-se e a calçar os sapatos. Gosta de brincar com outras crianças e tem interesse em aprender sobre tudo o que está em volta. Chamando a atenção dos adultos. Brinca imitando seus pais e as situações do dia-a-dia, brinca de faz de conta. 4 a 6 anos - A criança corre e pula alternando os pés e participa de jogos. Toma banho e veste-se sozinha, escolhendo suas roupas. Escolhe seus amigos e também diz o que quer comer. Gosta de ouvir e contar histórias, aprender canções, desenhar, olhar livros e revistas. Em torno dos 6 anos, cai o primeiro dente de leite. Usa lápis e outros objetos para desenhar no papel ou no chão. 6 a 8 anos - A criança apresenta maior agilidade nas brincadeiras e jogos. Surgem os primeiros dentes permanentes. Fala bem o que quer e sente. Ela está frequentando a escola, que é o lugar onde, além de aprender, formará seu grupo de amigos e com eles estuda, brinca e joga. Está muito orgulhosa por começar a ler e a escrever, mas sofre quando encontra dificuldades 9 a 10 anos - A criança tem interesse por grupo de amigos e por situações independentes da família. Gosta de participar de atividades na escola e fora dela. Podem aparecer as primeiras transformações no corpo, indicando que está entrando na puberdade. 37- Dicas Importantes de Saúde da Criança *Mamar no peito desde o nascimento faz o bebê crescer forte e saudável e ajuda os dentes a nascer na posição correta. * Os bebês assustam com sons fortes e a partir do 4 mês, procuram a direção dos sons e acompanham com olhar os objetos movimentados á sua frente. Caso isso não ocorra, procurar serviço de saúde. * Observe se a criança é desatenta, não responde quando é chamada de longe ou tem dificuldades na escola. Verifique também se ela costuma aproximar da TV ou da página de livros e aperta os olhos para ler. Caso seja notado alguns desses sinais, a criança pode ter problemas. . Para evitar acidentes é bom: Estar atento com roupas de cama, mosquiteiros, sacos plásticos, pequenos objetos e talco pode causar sufocamento, *
* Evite que as crianças subam em local muito alto ou com pisos escorregadiços. Não deixe cadeiras e móveis perto de janelas e sacadas. * Não ter armas de fogo em casa * Mantenha a criança longe de panelas, líquido e do fogão. * Materiais de limpeza, inseticidas e remédios devem ser mantidos fora de alcance da criança, assim como tomadas e fios elétricos devem ser cobertos. * Não deixe a criança sozinha perto de baldes com água, tanques cheios, banheiras, privadas e piscinas.
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38- Atenção Integrada Às Doenças Prevalentes na Infância - AIDPI A Organização Mundial da Saúde - OMS e o UNICEF elaboraram o AIDPI – Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância a fim de alcançar as crianças doentes que chegam ao nível primário de atenção. Em vez de treinamentos específicos para cada doença, a estratégia AIDPI, propõe um atendimento sistematizado envolvendo as doenças mais comuns até os cinco anos de idade. Entendendo que as doenças não são fenômenos isolados e se constituem um processo com vários fatores interligados. O AIDPI, visa a alcançar pelo menos os fatores de ordem biológica e cultural promovendo um impacto sobre a morbi-mortalidade infantil nos países em desenvolvimento. O Programa é adaptado em cada país às normas nacionais e às características epidemiológicas da população. Ações da AIDIP - Estímulo ao Aleitamento Materno, aumento da Cobertura Vacinal, utilização dos Sais de Reidratação Oral, Programas de Controle de doenças Diarreicas e Respiratórias, Suplementação Alimentar e Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento da Criança.
39- Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA Doutrina da Proteção Integral - Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à Criança e ao Adolescente. Lei 8069/1990. Define - Criança: Pessoa até 11 anos, 11meses e 29 dias (12 anos incompletos e Adolescente: Pessoa entre 12 e 18 anos de idade.). Art. 2º desta Lei
Seu pressuposto básico afirma que criança e adolescentes devem ser vistos como pessoas em desenvolvimento, sujeitos de direitos e destinatários de proteção integral. Este Estatuto foi instituído em substituição ao Código de Menores com a finalidade de proteção, defesa da criança e do adolescente e está vigorando no Brasil desde 1990 para toda a população entre 0 a 18 anos de idade. O Estatuto em seus 267 artigos, garante os direitos e deveres de cidadania a crianças e adolescentes, determinado ainda a
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responsabilidade dessa garantia aos setores que compõem a sociedade, sejam estes a família, o Estado ou a comunidade O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adequar a legislação aos princípios da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, que aconteceu em novembro de 1989 e foi ratificada pelo país em setembro de 1990. Antes disso, em julho do mesmo ano, nasceu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Estão garantidos: O Direito à Vida e á Saúde: Tem direito de ser protegida desde sua gestação para ser gerada com segurança e saúde. O direito á Liberdade, ao Respeito e á Dignidade: Tem o direito de ir e vir, de expressar suas opiniões e de permanecer em lugares públicos e comunitários. Direito á convivência Familiar e Comunitária: Tem direito de ser educado em uma família, de preferência a natural. Direito á cultura, Educação, Esporte e Lazer: Tem direito ao acesso á educação de qualidade, em escola gratuita. Direito á profissionalização e á Proteção no Trabalho: Permitido somente aos maiores de 16 anos, mesmo direitos trabalhistas de adulto, ficando proibido apenas o trabalho noturno (23 ás 5 hs), insalubre ou perigoso. Antes dos 16 anos é permitido ao adolescente participar de cursos profissionalizantes.
40- Administração de Medicamentos em Pediatria-Ambulatório
Os medicamentos utilizados em pediatria requerem alguns cuidados na sua administração. Quando a criança está hospitalizada, é de responsabilidade da enfermagem o preparo e a administração de medicamentos, bem como a orientação ao acompanhante sobre a forma correta de administra-lo, caso o tratamento seja domiciliar. Os medicamentos podem ser antimicrobianos, isto é, remédios capazes de destruir ou impedir a multiplicação de micro-organismos causadores de infecções ou infestações debilitantes. Uma infecção, quando não-controlada ou tratada, pode disseminar-se pelo sangue provocando um quadro de septicemia que pode levar à morte. Os antimicrobianos precisam ser administrados nos horários previstos, pois, depois de um determinado tempo, atingem uma quantidade ideal no sangue e, se a dose seguinte for administrada com atraso, os microrganismos podem tornar-se resistentes àquela 49
medicação, o que resultará na perda de eficácia. Da mesma forma a administração dos antimicrobianos não deve ser antecipada, pois são sempre tóxicos, em menor ou maior intensidade, para os diversos órgãos do corpo humano. Esse tipo de substancia deve ser administrada preferencialmente, por via intramuscular. Quando administrada por via venosa deve ser infundida no mínimo por 30 minutos e diluída adequadamente a fim de diminuir sua toxicidade e sua capacidade de agredir o endotélio venoso. As reações alérgicas que vão desde náuseas e diarreias até episódios de edema de glote com risco de morte devem ser cuidadosamente observar. A Administração de Medicamento – É um processo que necessita de técnica e conhecimento adequado e que podem oferecer riscos aos pacientes por diversos fatores como ocorrência de erros no preparo, administração por vias incorretas e por acessos inadequados, infusão por período inadequado e incompatibilidade entre medicamentos.
Alguns Cuidados Gerais que devem ser observados na Administração de Medicação em Pediatria: * Manter a criança sob observação durante um período após a administração do medicamento, principalmente se for a primeira vez que a droga é utilizada, já que poderá provocar reações adversas que requeiram intervenção imediata; * Observar se a criança engoliu toda a medicação administrada via oral; caso ela cuspa parte ou toda a dose, será preciso repetir o procedimento; * Em caso de administração intramuscular, manter a coerência entre a massa muscular do local escolhido para a injeção e o volume a ser administrado; * Dar especial atenção aos medicamentos venosos, pois entram diretamente na circulação e são potencialmente vesicantes, irritantes para o tecido venoso; * Evitar ao máximo tornar a administração de medicamento uma experiência estressante e sofrida, buscando minimizar o desconforto e promovendo aconchego afetuoso ou brincadeiras capazes de reter a tenção da criança; * Estar amplamente informada sobre a substancia que está sendo administrados, considerando o potencial de risco para si e para a criança, os efeitos esperados e os colaterais, o tempo de ação ou qualquer outra informação que se traduza em segurança para o profissional e para o cliente; * Administrar o medicamento que foi preparado pela própria pessoa, evitando fazê-lo caso tenha sido preparado por outro profissional. 41- Infecções Respiratórias Agudas As doenças do sistema respiratório são a principal causa de morte em crianças até cinco anos de idade, sobretudo se estão desnutridas ou com outras doenças infecciosas, como, por exemplo, o sarampo. Por esse motivo, os programas que tem a saúde da criança como alvo incluem sempre o conhecimento dos sinais e sintomas dessas doenças, assim como os níveis de gravidade, indicando as diferentes condutas, conforme a classificação do risco. 50
Juntamente com a diarreia, as IRA, especialmente as pneumonias, constituem as principais causas da mortalidade nos menores de 5 anos. As infecções respiratórias agudas (IRA) podem ser: Amigdalite: dor de garganta, dificuldade de engolir, garganta vermelha ou com pontos de pus; Otite: dor de ouvido, secreção purulenta saindo do ouvido; Sinusite: tosse, secreção (catarro) no nariz e na garganta por mais de 7 dias; Rinofaringite (resfriado comum): garganta vermelha, nariz entupido e catarro; Pneumonia: febre, tosse, respiração rápida, dificuldade de respirar, prostração e/ou agitação, gemidos; Bronquite: respiração rápida, dificuldade para respirar, chieira.
Sinusite
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Caracteriza um caso de IRA a presença de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, dificuldade para respirar, chiado, coriza, dor de ouvido, dor de garganta. Embora a criança com IRA possa apresentar vários e diferentes sinais e sintomas, os mais importantes são a tosse e a dificuldade de respirar. A Pneumonia Bacteriana é a principal doença do sistema respiratório que pode levar à morte, acentuadamente nas crianças até um ano de idade. A pneumonia, como qualquer outra infecção, estimula o sistema imunológico, fazendo com que as células de defesa se organizam para destruir o agente invasor. Quando uma criança está desnutrida e/ou doente, suas defesas não funcionam bem e a infecção espalha-se por todo o corpo rapidamente, podendo levá-la facilmente à morte. 42.1. Identificação da Criança com Risco de Vida Considera-se que haja risco de vida quando estão presentes um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: Febre ou baixa temperatura em menores de 2 meses ou desnutridos graves; Alternância entre agitação e prostração acentuadas; Gemidos, principalmente em menores de 2 meses; Lábios, mãos e pés cianóticos Palidez acentuada Edema no corpo todo Impossibilidade de beber ou de sugar Falta de ar Desnutrição grave Desidratação Convulsão Respiração rápida (dispneia) Ao receber uma criança é preciso observar os sinais indicativos de sofrimento respiratório, pela contagem da frequência respiratória e pela observação de tiragens intercostais e subcostais. Serão esses sinais que deverão indicar, ou não, a emergência das ações. Essa contagem deverá respeitar o tempo de um minuto; caso haja dúvida, deve-se refazer a contagem. Em um bebê de até dois meses, as tiragens são comuns, mas é possível avaliar o grau de esforço da musculatura, considerando se há ou não sofrimento respiratório. É importante saber se a criança tem tosse, há quantos dias, se há presença de muco (catarro) ou de outra forma de secreção nas vias aéreas e nas eliminações intestinais, como também quais características desse muco (quantidade, coloração e odor). Se amarelada ou esverdeada, a secreção possivelmente está contaminada por bactérias. É importante atentar para a presença de hipertermia (temperatura corporal acima de 38°C) ou hipotermia (abaixo de 36°C). A febre é um sinal de infecção ou uma reação desejável do organismo à agressão de agentes etiológicos (que causam doenças). A hipotermia pode ser um sinal de infecção em crianças muito pequenas (imunoincompetentes) ou em crianças com quadro de desnutrição grave, portadores do vírus HIV ou que fazem tratamentos prolongados com drogas imunossupressoras. 52
Gemidos, palidez cutâneo-mucosa acentuada, letargia, dificuldade em sugar ou alimentarse, convulsões, estridor (respiração ruidosa, som rouco e grosseiro nas vias aéreas altas) em repouso, crises de apneia, cianose em língua, unhas e região em torno da boca, são sinais de extrema gravidade e exigem intervenção imediata. O tratamento para pneumonias inclui o uso de antibióticos via oral, intramuscular ou venosa. É importante que esses medicamentos sejam administrados rigorosamente no horário, pois eles levam um tempo determinado para alcançar, no sangue, uma quantidade suficiente para matar ou impedir a multiplicação das bactérias. Quando o intervalo não é respeitado, as bactérias podem tornar-se resistentes ao tratamento. Os antibióticos podem causar uma série de efeitos indesejáveis, desde náuseas e vômitos até reações anafiláticas graves. Quando administrados por via oral, deve-se observar o nível de tolerância (o aparecimento de enjoos, dor); por via intramuscular, o surgimento de reações locais e sistêmicas de alegria; e por via endovenosa, a evolução muito rápida para o quadro de choque anafilático. Todas essas reações exigem avaliação. Quando é necessário administrar antibióticos por via venosa, deve-se também estar atento às reações irritantes que podem ocorrer nos vasos. Para prevenir tal ocorrência é necessário diluir adequadamente o medicamento e infundi-lo no tempo recomendado. Particularmente os aminoglicosídeos (garamicina, gentaminicina e amicacina) podem causar problemas renais se forem administrados muito rapidamente. O uso de oxigênio é muito comum em crianças com pneumonia e é administrado através de diferentes métodos. A micro nebulização é bastante utilizada em hospitais. Quando se pretende uma concentração maior, utiliza-se capacete ou tenda de oxigênio. Em casos de maior gravidade, pode ser necessário o uso de ventiladores mecânicos, após intubação endotraqueal. O oxigênio não é uma substancia isenta de efeitos colateral, podendo causar complicações quando administrado de forma indevida. Sua utilização deve seguir criteriosamente a quantidade prescrita, assim como deve ser acompanhado de exames gasométricos que verificam a pressão do oxigênio, do gás carbônica, dentre outros valores do sangue arterial. Os cuidados com uma criança com um quadro de desconforto respiratório, incluem: manter a cabeceira elevada, sobretudo durante a alimentação da criança, o que diminuirá o risco de bronco aspiração; manter a temperatura corporal sob controle por meio de banhos e aplicações de compressas frias, além da administração da medicação antitérmica prescrita; aspirar as vias aéreas superiores ou tubo traqueal, seguindo as normas preconizadas, conforme a necessidade da criança; administrar oxigênio e medicação, observando os cuidados já mencionados. Em locais onde não haja um serviço de fisioterapia disponível, cabem à enfermagem os cuidados de mobilização das secreções como mudança de decúbito, vibração torácica, evitando assim atelectasias, áreas com alvéolos obstruídos não possibilitando as trocas gasosas necessárias.
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42.2. Fatores de Prevenção das IRAs são: Aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida: Crianças não amamentadas até o 1º ano de vida apresentam 4 vezes mais chances de morrer por pneumonia; Imunização: grande nº de mortes por pneumonia decorre de episódios de sarampo e de outras doenças que podem ser evitadas pela vacinação; Vigilância Nutricional: desnutridos adoecem mais e com maior gravidade;
Controle Ambiental.
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43- Asma A Asma é uma doença inflamatória dos brônquios, crônica, que se caracteriza por tosse, chiado no peito e falta de ar. Isso se repete com frequência variável. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, e mesmo dentro de uma família duas pessoas com asma podem ter sintomas diferentes. A intensidade das manifestações também varia, podendo ser leves e curtos em uns, e muito intensos e mais duradouros em outros. Na crise de asma, ocorrem: Inflamação do brônquio; Contração da musculatura do brônquio; Aumento da produção do muco
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Os sintomas são dispnéia, aperto no peito, tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. São indicativos de asma a presença de um ou mais sintomas: dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico. O asmático tem uma hipersensibilidade que determina uma resposta inflamatória no brônquio, contração da musculatura que envolve o brônquio e o aumento da produção do muco resultando em um espaço diminuído para a passagem do ar. 43.1 Fatores Desencadeantes da Asma são: Pó caseiro que contem ácaros. Irritantes no ar como poeira, fumaça, gases do escapamento dos carros, descargas das chaminés das fabricas, etc. Alergenos no ar: cheiros, perfumes, pólen de plantas pêlos de animais. O mais grave é a fumaça do cigarro. Infecções virais, especialmente na criança pequena até os 3 anos de idade, onde é o fator é mais encontrado. Exercício físico. Alterações emocionais.
44. CLASSIFICAÇÃO DA ASMA A Classificação leva em conta alguns critérios, como:
Presença de sintomas Número de crises Frequência de internações pela doença
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44.1. Episódico ou intermitente Os sintomas ocorrem uma vez por semana, com crises leves, sem despertar noturno com chiado ou tosse.
44.2. Persistente:
44.3 Asma Leve: Sintomas discretos ou esporádicos. Ausência de sintomas no intervalo entre as crises. Não prejudica o sono ou as atividades diárias da criança. A função pulmonar esta normal ou próxima do normal. 44.4 Asma Moderada: Sintomas mais significativos: chiados, tosse, cansaço fácil. · Sono e atividades diárias prejudicadas. Atividade esportiva diminuída. Função pulmonar alterada em intensidade variável, mesmo fora das crises. 44.5 Asma Grave: Sintomas intensos, freqüentes, podendo ser diários. Alteração importante de sono, descanso e desempenho das atividades diárias. Atividades físicas limitadas. Função pulmonar alterada.
45-Tratamento O tratamento da asma utiliza medicamentos de Alivio ou Broncodilatadores que são drogas usadas para o alivio dos sintomas, seja tosse, chiado ou falta de ar. Essas drogas agem relaxando a musculatura do brônquio, abrindo-os e permitindo maior passagem do ar para dentro e para fora do pulmão. Os broncodilatadores não revertem o processo inflamatório, isto é não agem na causa da asma, só nos sintomas. As drogas utilizadas para a melhora dos sintomas agudos são Salbutamol, brometo de ipratópio e aminofilina. As drogas de ação Preventiva são drogas que tratam a causa da asma, combatem o processo inflamatório e previnem o aparecimento de sintomas. Seus efeitos dependem do uso regular e prolongado: Corticoides inalatórios ou sistêmicos: Fluticasona, Budesonida e Blecometasona. Antiteucotrienos (Singulair). Cromonas A via inalatória é uma maneira de introduzir drogas no organismo da criança mais rapidamente e com uso de doses bem menores do que se fossem por xaropes, comprimidos ou injeções. É a via inalatória que deve ser utilizada com prioridade sempre que possível. Após a nebulização, a criança deve permanecer em observação por, pelo menos, trinta minutos a fim de ser reavaliada. Se for necessário, o tratamento poderá ser repetido. Quando a criança não responde à medicação por via inalatória, pode ser necessária medicação venosa ou ainda a adoção de outras medidas mais invasivas. Os nebulizadores utilizados devem passar por um processo de desinfecção antes de serem reutilizados. A utilização do mesmo nebulizador por crianças diferentes, sem que
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tenha sido desinfectado. Pode ser responsável por infecções disseminadas dentro de enfermarias e serviços de pronto-atendimento. 46. No Tratamento da Asma o Controle Ambiental é tão importante quanto o uso de medicamentos. Os cuidados incluem: Manter a casa ventilada, abrindo as janelas e deixando entrar bastante sol. Passar pano úmido na casa todos os dias evitando vassouras ou espanador. Evitar cheiros fortes de perfume, material de limpeza, lustra-móveis, etc. Não fumar dentro de casa. Evite contatos com animais domésticos, sobretudo gatos.
Evitar
Evitar
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47. Referência Bibliográfica 1-Barros, Sõnia Maria O. Barros, ET alli. Enfermagem Obstetrícia e Ginecologia. São Paulo: Roca 2- Secretaria de Abastecimento. Cuidados Básicos no Aleitamento Materno. Prefeitura Municipal de Belo Horizonte - MG, 1998. 3-Secretaria Municipal de Abastecimento. Alimentação para Crianças de 0 a 14 anos. Curso módulo 5. Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – MG. Sd. 4-Ornellos, Alfredo & Lieseloth H. Ornelos. Alementação da criança. São Paulo: Atheneu 5 -Ziegel, Erna e, Mecca S. Crabkey. Enfermagem Obstetrícia. Rio de Janeiro : Guanabara.
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