Módulo 04 - Grécia Antiga 2

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LISTA – GRÉCIA ANTIGA 2 – PROF. GUILHERME FREITAS 1. (Unesp 2016) A cidade tira de seu império uma parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis legitimamente apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as honras; e não penseis que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um império, e do risco ligado ao ódio que aí contraístes. (Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da Antiguidade, 2009.) O discurso de Péricles, no século V a.C., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e enfatiza a) a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade democrática. b) a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças aristocráticas de Roma. c) a rejeição à tirania como forma de governo e a celebração da república ateniense. d) a defesa do território ateniense, frente à investida militar das tropas cartaginesas. e) a defesa do poder de Atenas e a sua disposição de manter-se à frente de uma confederação de cidades. 2. (Famema 2020) Leia o excerto sobre a preparação dos rapazes na Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e pai de família. Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas clássica e helenística em Atenas. A primeira, de origem mais arcaica, era a apresentação do adolescente à 1fratria paterna, inicialmente em um sacrifício oferecido pelo pai aos deuses Zeus e Atena. A segunda, provavelmente estabelecida na época clássica, era o serviço militar, chamado efebia. Ambas tinham igual importância para os gregos do período, e era indispensável que o jovem passasse pelas duas. (Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga, 1996. Adaptado.) 1fratria:

grupo de pessoas que acreditavam ter o mesmo ancestral.

De acordo com o excerto, tornar-se cidadão em Atenas dependia a) da formação intelectual e do pertencimento às tropas da cidade. b) da aceitação pelo grupo familiar e da preparação para a guerra. c) do casamento dentro da linhagem e do auxílio militar ao Estado. d) de pagamentos feitos aos sacerdotes e do combate aos inimigos. e) do reconhecimento pelas autoridades civis e da capacidade bélica.

A figura mostra uma tapeçaria funerária produzida no Egito, durante o chamado Período Helenístico, retratando um homem vestido como grego, posicionado entre dois deuses egípcios, Osíris e Anúbis. Assinale a alternativa que explica, corretamente, a fusão das culturas grega e egípcia representada na tapeçaria. a) As sucessivas incursões militares empreendidas pela rainha Cleópatra VI nos territórios gregos proporcionaram o contato dos egípcios com a arte e a filosofia helenística, cuja concepção estética influenciou a produção dos artesãos do Baixo Egito. b) Educado por Aristóteles, o faraó Menés, responsável pela unificação dos reinos do Baixo e do Alto Egito, tornou-se grande admirador da arte e da filosofia gregas, e foi o responsável pela difusão da cultura helenística em seu império. c) A política expansionista de Alexandre, o Grande, promoveu o contato dos gregos com outros povos da Europa, da Ásia e da África, e originou a cultura helenística, caracterizada pela miscigenação de diversos elementos culturais. d) Os egípcios tomaram contato com a cultura helenística por meio do comércio com os povos visigodo, ostrogodo, viking e alano que, partindo do norte da Europa, navegavam até o Nilo levando produtos de diferentes procedências. e) Resultado da união política da Grécia e do Egito, por meio do casamento de Alexandre, o Grande, com Cleópatra VI, a cultura helenística foi imposta, muitas vezes à força, a todos os súditos do novo império. 4. (Ufrgs 2017) Na sua narrativa da Guerra do Peloponeso, Tucídides assim relata as práticas funerais atenienses. “Desse cortejo participam livremente cidadãos e estrangeiros; e as mulheres da família estão presentes, ao túmulo, fazendo ouvir sua lamentação. Depositam-se, em seguida, os despojos no monumento público, situado na mais bela avenida da cidade, e onde as vítimas de guerra são sempre sepultadas – à exceção dos mortos de Maratona: a estes, considerando-se seu mérito excepcional, concedeu-se sepultura no próprio lugar da batalha. Uma vez que a terra recobre os mortos, um homem escolhido pela pólis, reputado por distinguir-se intelectualmente e gozar de alta estima, pronuncia em sua honra um elogio apropriado; depois disto, todos se retiram. Assim têm lugar esses funerais; e, durante toda a guerra, quando era o caso, aplicavase o costume”. Citado em LORAUX, N. A invenção de Atenas. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994. p. 39.

3. (Fatec 2019) Assinale a alternativa correta a respeito da história da antiguidade grega, a partir do texto apresentado. a) Os ritos funerais na Grécia antiga eram cerimônias religiosas, destinadas apenas a conduzir ao paraíso os heróis mortos. b) Os metecos, participantes das práticas funerais, formavam parte do demos ateniense e possuíam os mesmos direitos políticos que os cidadãos da pólis. c) Todos os soldados atenienses mortos nos confrontos com Esparta, em razão do grande mérito de seus feitos, eram sepultados no próprio lugar da batalha. d) A cena descrita, ocorrida na democracia ateniense, indica o valor dado aos cidadãos mais eloquentes da cidade. e) A realização de um discurso fúnebre por alguém escolhido na massa de cidadãos de Atenas revela o caráter secundário e improvisado da cerimônia. 5. (Fgv 2020) Aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre si por suas origens, condições e funções, de certa forma parecem “semelhantes” uns aos outros. Essa similitude funda a unidade da pólis, porque para os gregos somente os semelhantes podem permanecer mutuamente unidos pela Philia, associados a uma mesma comunidade. Todos aqueles que participam do Estado definem-se como Homoioi, semelhantes, depois de maneira mais abstrata, como Isoi, iguais. Essa imagem das relações humanas encontrará no século VI a.C. a sua expressão rigorosa no conceito de isonomia: igual participação de todos os cidadãos no exercício do poder. (Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque, 1995. Adaptado.)

LISTA – GRÉCIA ANTIGA 2 – PROF. GUILHERME FREITAS O autor argumenta que a organização da pólis grega a) desconhecia as desigualdades reais entre os cidadãos na esfera das decisões políticas coletivas. b) fundava-se no sentimento recíproco de amizade entre os cidadãos dos mesmos grupos econômicos. c) abria-se à participação nas decisões públicas dos aliados incondicionais da cidade nos períodos de guerra. d) enaltecia o exercício da racionalidade política em prejuízo dos cultos das divindades do mundo grego. e) distribuía o conjunto das tarefas públicas de acordo com as aptidões políticas de cada um dos cidadãos. 6. (Ufrgs 2020) Leia o texto abaixo que apresenta um trecho do Discurso Fúnebre de Péricles, citado pelo historiador Tucídides (460396 a.C.). A nossa constituição não imita as leis dos estados vizinhos. Em vez disso, somos mais um modelo para os outros do que imitadores. O governo favorece a maioria em vez de poucos – por isso é chamado de democracia. Se consultarmos a lei, veremos que ela garante justiça igual para todos em suas diferenças particulares; quanto à condição social, o avanço na vida pública depende da reputação de capacidade. As questões de classe não têm permissão de interferir no mérito, tampouco a pobreza constitui um empecilho: se um homem está apto a servir ao Estado, não será tolhido pela simplicidade da sua condição. THUCYDIDE. OEuvres complètes. Paris: Gallimard, 1998. p. 811812. Com relação à democracia ateniense no século V a.C., considere as afirmações abaixo. I. A isonomia – igualdade de direitos para todos os cidadãos perante a lei – era uma característica da democracia ateniense. II. Todos os cidadãos, na Assembleia, tinham o direito ao voto, mas somente os cidadãos de origem nobre tinham o direito a discursar. III. Atenas vetava a participação política das mulheres, estrangeiros e escravos, uma vez que esses não eram considerados cidadãos. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 7. (Upf 2019) O historiador romano Tácito escreveu sobre o tratamento dado aos cristãos em Roma: “No tempo de Péricles (461-429 a.C), o comparecimento à assembleia soberana era aberto a todo o cidadão. A assembleia era um comício ao ar livre que reunia centenas de atenienses do sexo masculino, com idade superior a 18 anos. Todos os que compareciam tinham direito de fazer uso da palavra. As decisões da assembleia representavam a palavra final na guerra e na paz, nos tratados, nas finanças, nas legislações, nas obras públicas, no julgamento dos casos mais importantes, na eleição de administradores, enfim na totalidade das atividades governamentais”. (BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: Das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2013, p. 102) O texto acima refere-se a Atenas, considerada o berço da Democracia no mundo antigo. Sobre aquele regime democrático, está correto afirmar que a) apenas os homens livres, proprietários, nascidos em Atenas, filhos de pais e mães atenienses, eram considerados cidadãos, com direito à participação direta nas decisões tomadas. b) baseava-se na participação direta de toda a população nas Assembleias Legislativas, que uma vez por ano se reuniam em praça pública, chamada de Ágora, e deliberavam sobre os mais variados assuntos. c) os estrangeiros, bem como os escravos libertos, podiam participar livremente das decisões tomadas nas assembleias, representando seus próprios interesses.

d) é um equívoco chamá-lo de democrático, pois negava a participação dos representantes eleitos pelos proprietários de terras. e) como não havia escravos em Atenas, a quase totalidade da população tinha participação política daquela Cidade-Estado. 8. (Uel 2019) Durante as guerras entre os Persas e os Gregos, no mundo antigo, um conjunto de ações foi realizado, o que levou à produção de narrativas sobre esses episódios, com consequências também para os seus vizinhos macedônicos. Com base nos conhecimentos sobre esse processo histórico, considere as afirmativas a seguir. I. A Liga do Peloponeso, criada por Esparta, uniu-se à Confederação de Delos, liderada por Atenas, e com essa unificação as esquadras dos gregos tornaram-se fortificadas com os grandes navios de combate. II. A Confederação de Delos reuniu as cidades-estado gregas contra a invasão persa e, no decorrer dos conflitos, sua sede foi transferida para Atenas, com a função de unificar os tributos e a frota. III. Na obra História da Guerra do Peloponeso, escrita pelo general ateniense Tucídides, foi descrito o flagelo da peste natural, que se abateu sobre eles, expondo as ilusões de seu mundo. IV. Plutarco descreveu as habilidades de Alexandre Magno na conquista e unificação dos povos envolvidos no conflito, por meio da miscigenação e integração cultural e do incentivo às artes e às ciências. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 9. (Mackenzie 2018) Durante o governo de Péricles (444-429 a.C.), a cidade-estado de Atenas atingiu seu apogeu e, algumas de suas medidas políticas, ainda, servem como referência ao mundo contemporâneo. Sobre sua influência na política, é correto afirmar que a) foi instituída, por sua iniciativa, a remuneração aos que desempenhavam funções no Estado. Essa seria uma forma de estímulo para que ocorresse maior participação popular no governo. b) é considerado o fundador da democracia ateniense; pois, ao reforçar o poder naval e as tropas a serviço do Estado, enfraqueceu o prestígio da nobreza, essencialmente guerreira. c) fortaleceu o poder do Areópago, aumentando sua capacidade de deliberar sobre questões de interesse geral da sociedade, além de poder julgar crimes de sangue e elaborar projetos de lei. d) foi um grande estadista que, por meio de alianças militares com os países vizinhos, por meio de acordos comerciais, e de tratados sobre livre navegação, estabeleceu os princípios da diplomacia moderna. e) estendeu os mesmos privilégios concedidos aos hoplitas aos soldados e marinheiros a serviço do Estado, ampliando os princípios democráticos e desenvolvendo o sentimento patriótico. 10. (Fgv 2017) (...) a partir do século V a.C., a guerra tornou-se endêmica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade, ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara possível um adensamento dos contatos, um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma organização dos territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pontos centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes. Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013. Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental.

LISTA – GRÉCIA ANTIGA 2 – PROF. GUILHERME FREITAS b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava em guerra com outros povos. c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de cidades-Estados gregas com o intuito de combater a presença persa no Mediterrâneo. d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo. e) a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as principais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças militares cartaginesas. 11. (Uem 2018) Sobre a antiga civilização grega, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) Sua origem está ligada a duas civilizações que se desenvolveram no sul da Península Balcânica: a cretense e a micênica. 02) A sociedade espartana era formada basicamente por três classes sociais distintas: os espartanos (elite social e militar), os periecos (pequenos proprietários e habitantes das periferias das poleis) e os hilotas (servos). 04) A Lei das Doze Tábuas, promulgada em 450 a.C., era considerada a constituição da Grécia antiga. 08) A famosa batalha de Poitiers foi a mais sangrenta das batalhas ocorridas durante a guerra entre Atenas e Troia, deixando aproximadamente dez mil mortos. 16) Heródoto de Halicarnasso escreveu o livro Histórias, utilizando sua própria observação e a tradição oral de testemunhos oculares para descrever as “guerras médicas”.

causa de um temor reverente, pois somos submissos às autoridades e às leis, especialmente àquelas promulgadas para socorrer os oprimidos e às que, embora não escritas, trazem aos agressores uma desonra visível a todos. Oração fúnebre de Péricles, 430 a.C., in Tucídides. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: Editora UnB, 2001, p. 109. Adaptado. a) Com base nas informações contidas no texto, identifique o sistema político nele descrito e indique suas principais características. b) Identifique a cidade que foi a principal adversária de Atenas na Guerra do Peloponeso e diferencie os sistemas políticos vigentes em cada uma delas. 15. (Ufpr 2013) Considere a afirmação do historiador Pedro Paulo Funari: “A guerra do Peloponeso não deixou de ser, até os nossos dias, uma narrativa histórica maior. Pode parecer espantoso ver como recorrente um uso político contemporâneo de um conflito tão distante no tempo e concernente a uma realidade histórica tão específica quanto a das cidades gregas. Com efeito, os primeiros a lerem, relerem e a se inspirarem em Tucídides foram as elites britânicas. Desde os primórdios da Inglaterra moderna, nascida dos conflitos com o continente, os ingleses abandonaram todas as pretensões de potência terrestre europeia, em proveito da conquista dos mares.” (FUNARI, Pedro Paulo. Usos da Guerra do Peloponeso. Revista Brasileira de História Militar. Ano II, n. 4, abril de 2011) Com qual cidade-Estado os ingleses se identificaram nos relatos de Tucídides sobre a Guerra do Peloponeso? Justifique sua resposta, explicando o que foi a Guerra do Peloponeso, no que se refere aos principais envolvidos, a suas motivações e às consequências para o mundo grego.

12. (Unicamp 2015) O filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) definiu a cidadania em Atenas da seguinte forma: A cidadania não resulta do fato de alguém ter o domicílio em certo lugar, pois os estrangeiros residentes e os escravos também são domiciliados nesse lugar e não são cidadãos. Nem são cidadãos todos aqueles que participam de um mesmo sistema judiciário. Um cidadão integral pode ser definido pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas. Adaptado de Aristóteles, Política. Brasília: Editora UnB, 1985, p. 7778. a) Indique duas condições para que um ateniense fosse considerado cidadão na Grécia clássica no apogeu da democracia. b) Os estrangeiros, também chamados de metecos, não tinham direitos integrais, mas tinham alguns deveres e direitos. Identifique um dever e um direito dos metecos. 13. (Ufpr 2014) Estabeleça duas diferenças entre o conceito de democracia vigente em Atenas no período antigo e o conceito de democracia vigente no Brasil atual. 14. (Fuvest 2014) Vivemos numa forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns, ao invés de imitar outros. [...] Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução de suas divergências privadas, quando se trata de escolher (se é preciso distinguir em algum setor), não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos; inversamente, a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de prestar serviços à cidade, seja impedido de fazê‐lo pela obscuridade de sua condição. Conduzimo‐nos liberalmente em nossa vida pública, e não observamos com uma curiosidade suspicaz [desconfiada] a vida privada de nossos concidadãos, pois não nos ressentimos com nosso vizinho se ele age como lhe apraz, nem o olhamos com ares de reprovação que, embora inócuos, lhe causariam desgosto. Ao mesmo tempo que evitamos ofender os outros em nosso convívio privado, em nossa vida pública nos afastamos da ilegalidade principalmente por

GABARITO: 1-E, 2-B, 3-C, 4-D, 5-A, 6-C, 7-A, 8-E, 9-A, 10-C, 11-19.

LISTA – GRÉCIA ANTIGA 2 – PROF. GUILHERME FREITAS Gabarito: Resposta da questão 1: [E] O discurso deixa claro que a importância da luta não está na manutenção da condição livre de cada um, mas na manutenção da condição superior que Atenas tinha com relação a outras cidades-Estado gregas. Resposta da questão 2: [B] O texto é claro ao apresentar dois dos elementos necessários à condição de cidadania na Atenas antiga: o reconhecimento do grupo familiar e o cumprimento das obrigações militares. Além de tais condições, ser homem, maior de 18 anos e ateniense nato também eram condições necessárias para o exercício da cidadania. Resposta da questão 3: [C] Somente a alternativa [C] está correta. A Guerra do Peloponeso, 431404 a.C, entre a Liga de Delos e a Liga do Peloponeso, contribuiu para a decadência da Grécia, que, posteriormente, no ano de 338 a.C, foi dominada pelos macedônios dando início ao Período Helenístico na história da Grécia. Alexandre, o Grande, entre 336-323 a.C, construiu um grande império promovendo a fusão da cultura grega com a cultura oriental (persa e egípcia). Daí a influência grega sobre o Egito. Resposta da questão 4: [D] Somente a proposição [D] está correta. A questão aponta para a Guerra do Peloponeso, 431-404 a.C., uma guerra civil entre a Liga de Delos, liderada por Atenas, contra a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta. Este conflito representou o suicídio dos gregos. O grande historiador grego Tucídides, em sua obra, Guerra do Peloponeso, mostra o tratamento que era dado aos diferentes cidadãos em Atenas. Resposta da questão 5: [A] A chave para a resposta se encontra na primeira frase do trecho: “(...) aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre si por suas origens, condições e funções, de certa forma parecem ‘semelhantes’ uns aos outros (...)”, ou seja, aqueles considerados cidadãos na Grécia Antiga enxergavam-se como semelhantes apesar de apresentarem diferenças de origem, condição social e ocupação. Resposta da questão 6: [C] A democracia ateniense era exercida a partir de uma noção de cidadania excludente: mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos. Mas, apesar disso, aqueles considerados cidadãos participavam de maneira direta e igualitária na política da cidade. Resposta da questão 7: [A] A democracia foi implantada em Atenas em 509 a.C por Clístenes. Havia uma igualdade política no qual todos os cidadãos eram iguais. A cidadania era restrita, apenas 10% da população eram aptos a exercer a cidadania, mulheres, escravos e estrangeiros não eram cidadãos. A democracia era caracterizada pela total igualdade de diretos entre todos os cidadãos, independentemente da origem social ou do grau de riqueza. A alternativa [A] está correta, embora não precisava ser necessariamente proprietário para exercer a cidadania. Resposta da questão 8: [E] Somente a proposição [E] está correta. As Guerras Médicas, 500-475 a.C, foram um conflito travado entre o Império Persa e os Gregos. As colônias gregas na Ásia Menor entraram em conflito com o expansionismo dos Persas na região da Jônia. Atenas organizou a Liga de Delos, uma união entre diversas cidades estados visando agregar forças contra os Persas. Tucídides, general e historiador grego, em sua obra “Guerra do Peloponeso”, narrou o conflito entre a Liga de Delos liderada por Atenas contra a Liga do Peloponeso liderada por Esparta. Neste livro, Tucídides apontou para a importância das pestes que assolaram a cidade de Atenas contribuindo para a dissolução de acordos sociais. Plutarco em sua obra “Vidas Paralelas” comentou sobre a importância de Alexandre Magno na construção de um grande império provocando uma fusão entre a cultura grega com a cultura oriental Persa incentivando as artes e as ciências.

Resposta da questão 9: [A] Somente a proposição [A] está correta. "Vivemos sob a forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar os outros. Seu nome, como tudo o que depende não de poucos, mas da maioria, é democracia. Quando se trata de resolver disputas privadas, todos são iguais perante a lei. Ninguém, na medida em que é passível de servir o Estado, é mantido à margem da política por conta da pobreza.” TUCIDIDES (c.460-c. 400 a.C.) História da Guerra do Peloponeso, Livro II, 37. Brasília; Editora Universidade de Brasília, 2001. p.109. Este foi um famoso discurso de Péricles, um grande estadista de Atenas que governou entre 462-429 a.C, institui a mistoforia, uma remuneração paga pelo governo aos cidadãos que serviam à cidade exercendo cargos públicos. Sua proposta era dar aos cidadãos atenienses mais pobres meios financeiros de participarem da política da cidade, já que teriam que abrir mão de atividades econômicas particulares para exercer funções públicas. Resposta da questão 10: [C] As Guerras Médicas, também chamadas de Guerras Greco-Pérsicas, foram travadas entre o Império Persa e as cidades-Estados gregas. Após vencerem os persas, as cidades gregas formaram a Liga de Delos para se protegerem de eventuais futuras guerras no Mediterrâneo. A liderança dentro da Liga era de Atenas. Resposta da questão 11: 01 + 02 + 16 = 19. Correção a partir das incorretas, [04] e [08]. A Lei das Doze Tábuas de 450 a.C. surgiu em Roma e não na Grécia. A Batalha de Poitiers de 732 d.C., impediu o avanço muçulmano pela Europa, portanto não possui nenhuma relação com o mundo grego antigo. Resposta da questão 12: a) Para ser considerado cidadão em Atenas era preciso ser homem, ter mais de 21 anos e ser ateniense nato. b) Os metecos tinham o dever ou a obrigação de obedecer à legislação ateniense e tinham o direito de exercer atividades comerciais. Resposta da questão 13: O conceito de democracia ateniense era direto e excludente: os poucos cidadãos (homens, maiores de 21 anos e atenienses natos) participavam diretamente das tomadas de decisão da cidade-Estado. O conceito de cidadania do Brasil atual é indireto ou representativo e abrangente: todos somos cidadãos e elegemos um representante para tomar as decisões políticas. Resposta da questão 14: a) O texto de Péricles, citado pelo historiador Grego Tucídides, faz referência à democracia ateniense que foi criada por Clístenes em 509 ac. Péricles destaca o pioneirismo da democracia ateniense exaltando que todos os cidadãos são iguais (isonomia) e podem participar das decisões políticas. Vale ressaltar que todos os cidadãos são iguais, porém mulher, escravos e estrangeiros não eram considerados cidadãos. b) Esparta, localizada na Península do Peloponeso, possuía um governo aristocrático e militarizado enquanto Atenas, localizada na Ática, imperava um regime democrático que se ancorava na escravidão. Resposta da questão 15: A Guerra do Peloponeso é tradicionalmente relatada como um conflito entre Atenas e Esparta; na verdade, um conflito envolvendo a Confederação de Delos (liderada por Atenas) e a Liga do Peloponeso (liderada por Esparta), numa luta pela hegemonia sobre o mundo grego. A Inglaterra é identificada com Atenas, vista como potência expansionista, que exercia forte influência sobre diversas cidades, dentro e fora do território grego. Cidade litorânea, Atenas se fortaleceu economicamente a partir do comércio marítimo.
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