P2 - Sistema Imunológico

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Sistema Imunológico | DCP | TXXII

RESPOSTA HUMORAL  MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS B o Local: medula óssea (órgãos linfoides primários).  Célula pluripotente se diferencia em célula B.  Inicialmente todos os marcadores estão negativos: CD19-, BCR-, IgD- e IgM-.  Posteriormente os marcadores ficam positivos: CD19+, BCR+, IgD+ e IgM+.  Migração para a periferia (OLS).  CD19  marcador de superfície.  BCR  receptor dos LB. O IgM e o IgD são os próprios receptores da célula.  IgM e IgD  imunoglobulina que atuam como receptores para LB, para as demais células não. São os próprios anticorpos.  Todo anticorpo é uma imunoglobulina, mas nem toda imunoglobulina é um anticorpo.

o

BCR   

Cadeia variável: se liga ao antígeno. Cadeia constante: se liga à superfície celular. O reconhecimento do antígeno pelo LB na periferia resulta na recombinação gênica VDJ da cadeia variável do BCR, que permite a troca ou switch de classes das imunoglobulinas, a fim de garantir especificidade ao antígeno.  Mantém como IgM ou IgD.  Mudança de classe para IgA, IgD ou IgE.

Resposta imune – produção de anticorpos  APC apresenta o antígeno, via MHCII, ao LTCD4 NAIVE.  LTCD4 expressa IL-2R e produz IL-2, que estimula a proliferação celular.  Proliferação dos LTCD4 e indução de padrão de resposta (variável com citocinas).  Diferenciação em LT helper e apresentação do antígeno, via MHCII, ao LB.  Recombinação gênica e troca de classes de imunoglobulinas.  Produção de citocinas e proliferação dos LB.  Diferenciação dos LB em células de memória ou em plasmócitos (produção de anticorpos).

ESQUEMATIZANDO A RESPOSTA HUMORAL 1.

ATIVAÇÃO DO LTCD4 NAIVE o APC apresenta antígeno via MHCII. o Interação.  1° sinal: reconhecimento do Ag + MHCII pelo TCR+ + CD3+ + CD4+.  2° sinal: interação das co-moléculas. o Produção de IL-2 e ligação com IL-2R.  Proliferação celular. o Diferenciação em um padrão de resposta.  Dependerá das citocinas produzidas frente ao antígeno.

2.

PADRÃO DE RESPOSTA o Padrão Th1  Interferon-  principal bloqueador de Th2. Induz Th1 e leva a produção de ITF- e IL-2.  IL-2 o Padrão Th2  IL-4  principal bloqueador de Th1. Induz Th2 e leva a produção de IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13.  IL-5  IL-10

1

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IL-13

3.

ATIVAÇÃO DOS LB o LT helper atua como APC e apresenta o antígeno, via MHCII, para o LB. o Interação das moléculas acessórias. o Recombinação gênica e mudança de classe (IgM, IgD, IgA, IgG ou IgE). o Produção de IL-2 e ligação ao IL-2R.  Proliferação celular no centro germinativo – área de seleção clonal. o Diferenciação dos LB em células de memória ou em plasmócitos.

4.

PRODUÇÃO DE ANTICORPOS o Estrutura  2 cadeias pesadas  4 domínios constantes em cada.  1 domínio variável em cada.  2 cadeias leves  1 domínio constante em cada.  1 domínio variável em cada.  Dobradiça: motilidade para ligação do anticorpo ao antígeno.  Fc: porção constante (cadeia pesada + domínios constantes).  Liga-se à superfície da célula.  Fab: porção variável (domínio variável da cadeia pesada + domínio variável da cadeia leve).  Sofre rearranjo específico para o antígeno. o

Funções  Neutralização de antígenos ou patógenos.  Ativação do sistema complemento pela via clássica (IgM ou IgG).  Opsonização e fagocitose dos micróbios.  Imunoglobulinas se ligam a receptores celulares e atuam como opsoninas, induzindo a fagocitose.  Citotoxicidade dependente de anticorpos  Sinalização para NK, que possui receptor para Fc.  BCR/TCR/MHC  recombinação gênica.  Apenas o BCR sofre mudança de classe de imunoglobulinas. LB  Pode ser APC: células de memória.  Associado à MHCII.  Diferenciação em plasmócitos ou células de memória.

FUNÇÕES EFETORAS  LTCD4 helper ou auxiliar o Secreção de citocinas que estimulam LTCD4, LTCD8, LB, macrófagos e outros tipos celulares. o Diapedese. o Recrutamento celular.  Neutrófilos  inflamação.  Macrófagos  fagocitose.  LTCD8 o Citotoxicidade  Apoptose de células tumorais e vírus.  Mecanismos: grânulos de perforina e granzima e interação Fas-FasL.

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Sistema Imunológico | DCP | TXXII  LB o

Vide funções dos anticorpos.

ANTICORPOS  CLASSES DE IMUNOGLOBULINAS o IgM  Infecção recente – aguda.  Memória momentânea.  Receptor dos LB.  Ativação da via clássica do sistema complemento. o IgG  Infecção tardia – crônica.  Memória tardia.  Ativação da via clássica do sistema complemento.  ÚNICA que atravessa a barreira placentária. o IgE  Reações alérgicas (reações de hipersensibilidade).  Proteção contra parasitas. o IgA  Presente em mucosas.  Presente no leite materno. o IgD  Receptor dos LB.  RECONHECIMENTO ANTIGÊNICO o Especificidade o Diversidade o Valência: quantidade de ligações.  Independente das ligações serem 100% específicas ou não. o Avidez: afinidade e especificidade.   ligações  avidez.  Ligações 100% específicas.  IMPORTÂNCIA o Proteção. o Diagnóstico de doenças. o Imunoterapia.  PRODUÇÃO DE ANTICORPOS NO RN o RN:  IgG | IgA (aumenta conforme vai adquirindo da mãe). o 1° contato com agentes (ex  vacina):  IgM gera memória tardia e leva ao  IgG.

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TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA  DEFINIÇÃO o Ausência de resposta imunológica contra antígenos que são próprios do organismo. o Ocorre em órgãos linfoides primários (medula óssea e timo) e órgãos linfoides secundários (periferia). o Falhas no processo de auto tolerância podem resultar em doenças auto-imunes.  IMPORTÂNCIA o Manutenção da homeostase. o Impedir respostas exacerbadas. o Tolerância a antígenos próprios. o Modulação da resposta imune.  TOLERÂNCIA CENTRAL DOS LT o Local: timo.  Região cortical – seleção positiva  PCR+, CD4+ e CD8+ devem ser adquiridos.  Células duplo-positivas.  Interação com MHCI ou MHCII e seleção positiva.  Presença de positividade única: CD4+ou CD8+.  Região medular – seleção negativa  LTCD4+ e LTCD8+ interagem com MHCI ou MHCII + Ag próprios, mediada pelo gene AIRE.  Apoptose dos LT sem marcador ou com reconhecimento do próprio. o Células que escaparam da apoptose e apresentaram afinidade pelo próprio não podem ir para os OLS.  Diferenciam-se em células T reg - (n) LTreg pela ação de citocinas, principalmente o TGF-. o LTCD4+, LTCD8+ e (n) LTreg saem do timo como NAIVE e só exercerão sua função efetora ao serem apresentados ao antígeno.  FALHAS NA TOLERÂNCIA CENTRAL o Defeitos na expressão de moléculas via MHC. o Defeitos na expressão de marcadores. o Deficiência do gene AIRE (seleção negativa) – falha da seleção negativa e liberação de LT reativos para periferia (auto-imunidade).  TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DOS LT o Ocorre quando há falha nos 2 check-points anteriores: gene AIRE e TGF-, e o LT reativo vai para a periferia. o Nesse processo, os LT reativos podem sofrer apoptose ou se diferenciar em células T induzidas – (i) LTreg. o FOXP3+: marcador de superfície que indica LT reativo – necessidade de apoptose ou diferenciação em (i) LTreg.  LTCD8 – citotoxidade  Falha nos grânulos e receptores Fas-FasL – ausência de função efetora.  LTCD4 – auxiliar ou helper  Falha no recrutamento de macrófagos e neutrófilos.  Falha na inflamação.  FALHAS NA TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DOS LT o Mimetismo antigênico ou molecular.  Imita algo próprio: nossas células de defesa não desenvolvem resposta imune. Podem ficar anérgicas e sofrer apoptose ou se diferenciar em LT reg. o Expressão inapropriada de MHC.  Proteína própria pode ser confundida com algo estranho e os LT do organismo desencadear resposta imune. Haverá formação de imunocomplexos que resultarão em doença auto-imune.  ANERGIA

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Sistema Imunológico | DCP | TXXII o o o

Células que saem do timo e não conseguem exercer suas funções efetoras. Células incapazes de responder aos antígenos. Devem sofrer apoptose ou se diferenciar em Treg.

 TOLERÂNCIA CENTRAL DOS LB o Local: medula óssea.  Apresentação de antígenos próprios aos LB na medula óssea.  Reconhecimento pelo BCR deve ser fraco ou inexistente.  Do contrário ocorrerá apoptose por:  Ausência de marcadores.  Reconhecimento forte daquilo que é próprio do organismo. o Reditoriamento do BCR  tentativa de garantir baixa ou nenhuma afinidade pelo que é próprio do organismo. o Apoptose.  A apoptose será induzida principalmente devido a interação Fas-FasL entre APC e LB.  FALHAS NA TOLERÂNCIA CENTRAL DO TIMO o Deficiência da expressão da molécula Fas-FasL.  TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DOS LB o Saída dos LB do timo e migração para os OLS. o Nova apresentação de antígenos próprios aos LB maduros. o Se houver reconhecimento:  Célula anérgica.  Apoptose/deleção. o Se não houver reconhecimento o LB se manterá no tecido periférico, podendo exercer sua função efetora posteriormente.  FALHAS NA TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DOS LB o Mediadas por anticorpos – formação de imunocomplexos.

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RECONHECIMENTO Ag-Ac  PRECIPITAÇÃO o RADIAL DUPLA  Placa de cultura;  Ag no centro;  Amostra do paciente;  +  forma imunocomplexo Ag-Ac  halo de precipitação;  -  sem interação. o RADIAL SIMPLES  Placa de cultura já contém o Ag;  Amostra do paciente;  +  forma imunocomplexo Ag-Ac  halo de inibição;  -  sem interação.  AGLUTINAÇÃO o DIRETA  Ag insolúvel + Ac.  Sistema ABO. o INDIRETA  Ag solúvel + látex + Ac.  IMUNOENSAIO-ELISA o Reação imunoenzimática colorimétrica;  DIRETA OU SANDUÍCHE  Substrato;  Enzima;  Ac secundário;  Ag;  Ac primário.  IMUNOFLUORESCÊNCIA o Ac + fluorocromo  emissão de luz à microscopia. 

CITOMETRIA DE FLUXO o Contagem celular; o Marcação do Ac e diferenciação a partir da emissão de luz em diferentes comprimentos de onda.

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REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE  CONCEITO o Produção exacerbada de Ac ou resposta inflamatória intensa a agentes inofensivos (alérgenos), causando doenças.  TIPOS o

o

MEDIADA POR ANTICORPOS  TIPO I  imediata (anafilática);  TIPO II  citotóxica (lesão tecidual);  TIPO III  imunocomplexos; MEDIADA POR CÉLULAS  TIPO IV  tardia.

 TIPO I – IMEDIATA o ETAPAS  Sensibilização;  Ativação de mediadores;  Fase efetora. o PROCESSOS  1° CONTATO  Reconhecimento do alérgeno pelo PRR;  APC apresenta alérgeno ao LTCD4;  LTCD4 produz citocinas; o IL-4  recrutamento de basófilos, monócitos e LB; o IL-10; o IL-13; o IL-5  recrutamento de eosinófilos.  Diferenciação em padrão de resposta TH2;  Produção de IgE (diferenciação dos LB em plasmócitos e produção de anticorpos);  Ligação do IgE a FcR dos basófilos e monócitos.  2° CONTATO  Ligação do alérgeno ao IgE (porção Fc);  Degranulação;  Liberação de mediadores pré-formados e produção de mediadores; o Mediadores pré-formados: histamina, proteases, fator quimiotático de neutrófilos e basófilos e TNF-. o Mediadores produzidos: prostaglandinas, leucotrienos, PAF e TNF-.   permeabilidade, vasodilatação, broncoconstrição  inflamação. DOENÇAS  Asma, rinite, alergia, reações cutâneas (eczema e urticária), reações alimentares, reações anafiláticas, edema. Ac IgE

CONTRA Alérgenos

CÉLULAS Basófilos, monócitos e eosinófilos

 TIPO II – CITOTÓXICA o CARACTERÍSTICA  Mediada principalmente por IgM/IgG, fagócitos (neutrófilos e macrófagos) e NK. o PROCESSOS  Reconhecimento de Ag próprio insolúvel da matriz ou superfície celular, pelo IgM ou IgG;  Ativação do sistema complemento; o Fragmento a  inflamação;

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o Fragmento b  opsonização  fagocitose; o MAC  lise celular; Citotoxicidade mediada por Ac  ligação da NK na porção Fc do anticorpo e lise celular.

DOENÇAS  Doença hemolítica do RN, transfusões sanguíneas, anemia hemolítica autoimune, artrite reumatoide , toxicidade induzida por drogas. Ac IgM/IgG

CONTRA Ag próprios insolúveis (matriz ou superfície celular)

CÉLULAS Fagócitos e NK

 TIPO III – IMUCOMPLEXOS o PROCESSOS  Reconhecimento de Ag endógeno ou exógeno solúvel por IgM ou IgG;  Formação de imunocomplexos;  Deposição de imunocomplexos  rins, capilares e articulações;  Falha de remoção pelo sistema retículo-endotelial.  Ativação do sistema complemento;  Fragmento a  inflamação;  Fragmento b  opsonização;  MAC  lise celular. DOENÇAS  Lúpus eritematoso sistêmico, glomerulonefrite pós-estreptocócica, doença do soro, vasculites. Ac IgM/IgG

CONTRA Ag endógenos ou exógenos solúveis

CÉLULAS Formação e deposição de imunocomplexos Inflamação

SEMELHANÇAS TIPO II E III  IgM/IgG;  Ativação do sistema complemento e inflamação. DIFERENÇAS TIPO II E III  Tipo II  Ag insolúvel (matriz ou superfície celular): presente no tecido-alvo  SISTEMA COMPLEMENTO É CAUSA  Tipo III  Ag endógeno ou exógeno solúvel: não está presente no tecido-alvo  SISTEMA COMPLEMENTO É CONSEQUÊNCIA

 TIPO IV – CELULAR OU TARDIA o CARACTERÍSTICAS  Não envolve ativação por IgM ou IgG;  Envolve células mononucleares;  Macrófagos;  LTCD4  produção de citocinas e recrutamento celular;  LTCD8  dano direto por citotoxicidade.  Envolve resposta imune inata ou adaptativa;  Pode ser resultante de padrão TH1 ou TH2. CÉLULAS ENVOLVIDAS LTCD4 E macrófagos

DOENÇA OU TESTE DIAGNÓSTICO Tuberculose Teste tuberculínico (PPD) ou reação de Monteaux

LTCD8

Dermatites por contato Eritema multifocal

PADRÃO PATOLÓGICO Granuloma: m  IL-12  LTCD4  INF-  m (fagocitose)  células gigantes (Destruição tecidual, fibrose, perda de função e morte celular) Endurecimento Exantema vesicular

DOENÇAS  Infecções e doenças auto-imunes: tuberculose (granuloma), lepra, leishmaniose, toxoplasmose. Dermatites de contato.

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NEOPLASIAS  DEFINIÇÃO o Proliferação celular anormal  exposição a produtos químicos, radiações, infecções ou mutações.  TIPOS o

o

BENIGNO  Células semelhantes às originais;  Limite bem definido;  Passível de remoção cirúrgica;  Não sofrem metástases. MALIGNO  Sofrem metástases.

 FORMAÇÃO DE ANTÍGENOS TUMORAIS o Mutações de proteínas celulares normais  ex: radiação, substância química, erro na divisão do DNA; o Produtos de oncogenes ou genes supressores de tumor  ex: proteína p53 mutada não expressa; o Vírus oncogênicos  ex: papilomavírus humano; o Proteínas normais super expressas  ex: PSA.  TIPOS DE ANTÍGENOS TUMORAIS o ANTÍGENOS TUMORAIS ESPECÍFICOS  Antígeno relacionado a um tumor pontual, específico. o ANTÍGENOS ASSOCIADOS AOS TUMORES  Um mesmo antígeno aparece em diferentes tumores ou células normais;  O que diferencia células normais das tumorais é a quantidade de antígenos expressos na superfície celular. o ANTÍGENOS ONCOFETAIS  Antígenos do desenvolvimento fetal que não eram expressos na vida adulta, são expressos nas células tumorais.  MARCADORES TUMORAIS o PROTEÍNAS produzidas pelo organismo ou pelo próprio tecido cancerígeno, em resposta à neoplasia;  Detectadas no sangue, urina ou amostras de tecidos;  Uso isolado não é recomendado para triagem e não define diagnóstico.  VIGILÂNCIA IMUNOLÓGICA o Fator de resistência aos tumores; o Conjunto de mecanismos que impedem a instalação de um tumor ou qualquer outra patologia; o “Clones mutantes são destruídos antes que virem neoplasias”.  DESTRUIÇÃO DAS CÉLULAS TUMORAIS o PRINCIPAIS MEDIADORES  NK  Grânulos de granzima e perforina;  Interação Fas-FasL.  LTCD8  MACRÓFAGOS  M1  inflamatórios (ação do IFN-)  OBS: predomínio de M1, sistema imune ganha | predomínio de M2, tumor ganha (tumor ativa células e produz citocinas  IL-4 e IL-13  M2  padrão anti-inflamatório).  ANTICORPOS  Ativação do sistema complemento

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Via clássica; Citotoxicidade mediada por anticorpos (ligação da NK na porção Fc).

 MECANISMOS DE ESCAPE TUMORAL o MUTAÇÃO CONSTANTE o REDUÇÃO DA EXPRESSÃO DE HLA I ( ativação de LTCD8) o PRODUÇÃO DE TGF- (imunossupressor   LTCD4 e  LTCD8) o INDUÇÃO DE LTregs  FASES DA TUMORIGÊNESE – FORMAÇÃO DO TUMOR o INICIAÇÃO  Mutações no DNA, processos químicos ou físicos  ativação de oncogenes ou inativação de genes supressores de tumor. o PROMOÇÃO  Reconhecimento por TLR;  Produção de citocinas;  Recrutamento de células inflamatórias (M1);  Inflamação exacerbada. o PROGRESSÃO  Metástase.  RESPOSTA IMUNE TUMORAL o ELIMINAÇÃO  Destruição de células tumorais;  NK;  M1;  LTCD8  o principal mecanismo é o reconhecimento de antígenos tumorais vias MHC I pelos LTCD8;  ANTICORPOS.  Atuação de IFN-. o EQUILÍBRIO  Hemostasia, ausência de lesão tumoral;  O sistema imune é capaz de conter, mas não de eliminar o tumor. o ESCAPE  Células tumorais escapam e geram doença.  MECANISMOS DE ESCAPE o  EXPRESSÃO DE MHC I  reduz reconhecimento pelo LTCD8; o  EXPRESSÃO DE CTLA-4 E PD-1  inibe atividade efetora dos LT; o PRODUÇÃO DE IL-10 POR MACRÓFAGOS TUMORAIS  imunossupressor.  TH17 o

IL-17: AGENTE PRÓ-TUMORAL;  LT regs;  Prognóstico ruim. ELIMINAÇÃO NK IFN-  M1 LTCD8 AC

OBS: olhar esquema da resposta imune.

ESCAPE EXPRESSÃO DE CTLA-4 TGF-  IL-17  MCH I M2

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TRANSPLANTES Tornaram-se bem sucedidos devido principalmente aos imunossupressores.

 TIPOS o

ISOENXERTO E AUTOENXERTO  Transplante de tecido de um local para outro;  Não há risco de rejeição.  Gêmeos idênticos  ISOENXERTO;  Mesmo indivíduo  AUTOENXERTO.

o

ALOENXERTO  Transplante entre indivíduos geneticamente não idênticos da mesma espécie;  Risco de rejeição na ausência de imunossupressores.

o

XENOENXERTO  Transplante de uma espécie para outra;  Forte risco de rejeição.  EX: uso de porcos;  Célula semelhante ao do homem;  Muito cercada por bactérias;  Gene CRISP  degrada partículas virais e permite que a célula resultante seja inserida no homem.

 COMPATIBILIDADE ABO/HLA/FÍSICA o ANTÍGENOS QUE ESTIMULAM A REJEIÇÃO DE TRANSPLANTES  ANTÍGENOS PRINCIPAIS  Localizado no cromossomo 6 do gene HLA;  Genes principais: HLA-A, B e C; HLA-DP e HLA-DR; o RECONHECIMENTO DIRETO  O antígeno é processado e reconhecido pelo receptor;  O próprio HLA é o antígeno reconhecido pelo receptor.  ANTÍGENOS SECUNDÁRIOS o RECONHECIMENTO INDIRETO  APC do doador apresenta HLA II para célula do receptor, onde há internalização e processamento. Essa célula funcionará como APC para outras células. o O reconhecimento dos Ag pelos receptores levará a produção de citocinas. As citocinas produzidas determinarão um padrão de resposta TH1 ou TH2.  PADRÃO TH1: IFN-  recrutamento celular  LTCD8  morte das células do enxerto por citotoxicidade.  PADRÃO TH2: IL-4  LB  Ac  ativação do complemento ou citotoxidade mediada por NK;

RECONHECIMENTO DE CÉLULAS DO ENXERTO  Pelos LTCD4, via MHC II; o Recrutamento de LTCD8 (TH1) e LB (TH2); o Hipersensibilidade tardia.  Pelos LTCD8, via MHC I; o Citotoxicidade.  Pelos LB, via MHC I ou MHC II.

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Sistema Imunológico | DCP | TXXII  TIPOS DE REJEIÇÃO o REJEIÇÃO HIPERAGUDA  Receptor já tem anticorpos pré-formados contra o enxerto;  Célula doadora contém Ag ao qual receptor já foi exposto e possui Ac prontos; o Ac circulante reage com Ag por reação cruzada ou por mimetismo. o REJEIÇÃO AGUDA  Mediada principalmente por LTCD8, mas também por Ac;  LTCD8 reconhece Ag + HLA I  citotoxicidade;  Produção de citocinas;  Recrutamento de LB;  Produção de Ac.  Hipersensibilidade tardia.  LTCD4 reconhece Ag + HLA II;  Produção de citocinas;  Recruta principalmente LTCD8  citotoxicidade;  Recruta LB  anticorpos. o REJEIÇÃO CRÔNICA  Mediada principalmente por linfócitos;  Rejeição após longo tempo;  Imunidade celular;  Ex: granuloma.  PREVENÇÃO o Tipo sanguíneo; o Compatibilidade HLA; o Imunossupressores.

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IMUNODEFICIÊNCIA PRIMÁRIA  DEFINIÇÃO o Incapacidade de desenvolver resposta imune contra um antígeno o Ocorre por falha genética ou congênita.  TIPOS o

o

DEFICIÊNCIA DOS LB 1. AGAMAGLOBULINEMIA CONGÊNITA OU DE BRUTON  FALHA NO GENE XLA: falha na maturação dos LB na medula óssea; o Alteração nos precursores de LB; o Comprometimento das funções efetoras dos LB; o Comprometimento da produção de Ac e imunoglobulinas; o Impede barreira protetora e facilita infecções. 2. DEFICIÊNCIA SELETIVA DE IGA  FALHA NA MUDANÇA DE CLASSE DE IGM PARA IGA o Maturação ocorre perfeitamente; o Durante o swicht de classes não há troca da cadeia pesada pela IgA; o Reposição de IgA não é recomendada: desencadeia resposta auto-imune. DEFICIÊNCIA DOS LT 1. APLASIA TÍMICA – SÍNDROME DE DI GEORGE  DEFICIÊNCIA DOS LT DURANTE A MATURAÇÃO NO TIMO o A produção na medula ocorre normalmente; o Imunodeficiência genética: gene 22q11; o Pode ser parcial (ainda há alguns LT maduros) ou total. 2. CANDIDÍASE MUCOCUTÂNEA CRÔNICA  FALHA OU ALTERAÇÃO NO RECEPTOR DECTIN o Receptor de C. albicans; o Reconhecimento por outros receptores; o Resposta imune inadequada para o agente. 3. SÍNDROME DE HIPER-M  ALTERAÇÃO DA CO-MOLÉCULA CD40L PRESENTE NO LT o Deficiência de CD40L; o Sem interação do LT (CD40L) com LB (CD40); o LB pode ser ativado, mas haverá apenas a imunoglobulina presente no receptor (IgM principalmente), não haverá troca de classes; o Não há imunoglobulinas de memória (IgG)  favorece infecções recorrentes. 4. DEFICIÊNCIA NO RECEPTOR DE INTERLEUCINA-12  DEFICIÊNCIA NO RECEPTOR DE IL-12 NO LT o Impede interação com IFN-; o Produção e liberação de IL-12 normais; o Não há ligação ao IL-2R (deficiente);  Ausência de funções;   padrão de resposta TH1;   atividade de NK e LTCD8;  Aumenta chance de infecções. 5. IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE  Ocorre tanto nos LB quanto nos LT;  Produção é normal, a falha é na função efetora;  Deficiência na interação da IL-7 com receptores de LT e LB; o IL-7: citocina importante para LB e LT exercerem suas funções.

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Reação em cadeia: há reconhecimento e produção de citocinas, mas não há função efetora. O organismo  recrutamento celular na medula pelo  de citocinas. A maturação será mais rápida, o que pode resultar em falhas na maturação dos LT e LB (linfócitos autorreativos). Diagnosticado pelo teste do pezinho.

o

COMPLEMENTO 1. ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO  DEFICIÊNCIA NO INIBIDOR DE C1 PROTEASE o  geração de C3a, C4a e C5a; o  recrutamento celular; o  inflamação;   extravasamento proteico;   permeabilidade vascular;  Edema.

o

FAGÓCITOS

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